Poesias autorais da Poeta do Invisível pro mundo.
Isabella Cecilia do Nascimento
Meu primeiro encontro com o mar foi na Bahia de Iemanjá...
Ahhh o arrepio vem de dentro, de fora, lá e aqui me arrepio...
O amanhã virá como antes?...as espiriais de dentro me engolem. Assim chove, eis que chega 2019
A chuva chega trazendo um passageiro desconhecido em cada gota...
Estradas de ferro trazem as idas e vindas de um novo amanhecer.
Em frente a fogueira, respirei fundo e me entregando ao calor, senti o sabor do fogo.
Andando pela rua, Maria me atravessou com sua história em movimento.
Elefante cego tem seu coração arrebatado por um alguém distante...bem me quer, mal me quer...Um alguém para um alguém ou alguéns para os alguéns?..
A despedida me chega adocicada, e abraço o sonho da permanência desesperada.
Bebi um sonhífero e viajei para a beira do rio dos sem nome. Uma baleia cuspindo fogo pela imensidão das águas correntes me surpreendeu em meio a tudo que me rodeava...
No caminho do academicismo, o cientificismo em execesso nos suga, deixando um vazio substancial nos montes de um sucesso surreal.
Nas profundezas de si, o mergulho é profundo, há dores e destemperos da mente e corpo doente. Encarando-os de coração aberto, a alma se revela e seguimos a jornada no caminho da nossa verdade interior. A cura reside no......AMOR.
O cabelo é uma parte de mim, por um bom tempo não o aceitei, pois os padrões nos torturavam e doía, assim o escondia. Mas um dia a força de ser quem sou floresceu e a liberdade de um cabelo livre nasceu.
Um verso solitário nasce no meio da noite e o declamo sorrateira em um recital inexistente.
Tu és a raiz do que planta, respire a integração natural que somos com a Mãe Terra.
O movimento traz o balanço preciso de uma dança mental, suando a brilhantina de uma música astral.
Reverencio a natureza em seus detalhes, que revelam o reflexo do ser integral que sou, que somos.
As vezes choro embaixo do chuveiro, é um breve momento emotivo que meus olhos deságuam em meio às águas de um lugar escondido.
Sabe aquele momento que você chega em casa depois de um festejo, após ter bebido a tal ponto, e vem uma euforia interior pra dizer algo?! A escrevi sem freio e nasceu esse breve devaneio.
Sentei sozinho no sofá do inconsciente e mergulhei fundo na escuridão alada.
Já me senti inútil nessa sociedade descartável, da produtividade em massa, oca, vazia de sentidos. Porém o real sentido do nada é muito além do não fazer.
Ela chega muitas vezes sem avisar e nos leva a mergulhar no escuro. Dói, lateja em demasia até alcançar um ponto sábio de sua travessia.
A imensidão da lua é como uma obra de arte, através de suas nuances cósmicas viajo sem cessar.
A Equilibrista balança o coração entre a ponderação e as loucuras do caminho, as vezes forma-se nó, sem nunca perder o riso, e em outras tantas laços muito bonitos.
Salte de olhos abertos, é chuva de sol, não tenha medo de pular a janela, o horizonte das possibilidades é logo ali.
Do outro lado, há mundos repletos de infinitude, e os sonhos são os portais para acessá-los. Aqui, a borboleta azul me guiou para um oásis mágico.
Os sabores de um sonho invertem nossos sentidos em aventuras inigualáveis.
Caminhar sem sentir o chão abaixo dos pés, é uma possibilidade de ir mais além. Percebendo cada ruga expressada pelo tempo, vamos nos integrando ao todo que somos.
O fascismo nos violenta, segrega e silencia. Lutemos de peito de aberto através do conhecimento, mobilização coletiva e amor.
Na floresta reside o coração da Terra, protege-la é vital pras existências da fauna e flora. Nutrir uma nova consciência é a peça chave para a preservação e transformação do ser integral que somos.
As vezes manter o equilíbrio é cansativo, e aí é preciso parar, observar, e ir rasgando tudo por dentro.
Escorar o coração na parede do tempo nos atravessa a tal ponto que mesmo distantes, estamos mais próximos do que nunca. O sentir nos guia e atrai.
A quarentena mexe com todos os nossos sentidos, respirar fundo e observar nos da mais possibilidades de caminhar. Como está sua jornada nesse emaranhado de incertezas?
As vezes me encontro entre dois paralelos, um aqui e outro na Lua. Ah mundo da lua, eu sou tão seu, você é tão eu!
A saudade quando bate, arde, queima e nos incendeia entre o que já foi, e sua vivacidade no presente.
Observar o céu de onde está, revela muitas possibilidades de olhar.
Intro de apresentação do podcast Poeta do Invisível. Através de sensibilidades e vivências do meu cotidiano trago poesias autorais pra nutrir e tocar o coração de vocês. Me sigam também no Instagram: @poetadoinvisivel