José Carlos Avellar (1936-2016) foi crítico de cinema, autor, entre outros, de um livro sobre cinema e literatura no Brasil, O chão da palavra, e de outro sobre teorias de cinema na América Latina, A ponte clandestina. Foi responsável pela programação de cinema do IMS.
José Carlos Avellar destaca filmes do Festival do Rio que passarão no IMS, entre eles vários de Roberto Rossellini, como "Roma cidade aberta", e clássicos mexicanos.
O DVD da Coleção IMS é um passeio da francesa Agnès Varda por seu entorno, com a cineasta mais atenta aos outros do que a si própria. "As praias de Agnès" é exemplar no uso do equipamento digital para a realização de retratos de família.
Documentários como "Um viajante", de Marcel Ophuls, em cartaz no Festival do Rio, e "As praias de Agnès Varda", próximo DVD da coleção do IMS, mostram cineastas investigando as próprias vidas em vez de olhar para o que está fora deles.
José Carlos Avellar apresenta o cinema de Ermanno Olmi, de uma geração posterior à do neorrealismo italiano. "O emprego", seu filme de 1961, sai em DVD pelo IMS.
Citado neste programa por José Carlos Avellar, Otto Lara Resende resumiu o impacto da estreia de "Vidas secas": "Esse filme, sozinho, funda e justifica uma nação". Em 22 de agosto, exatos 50 anos depois, o IMS reexibe o longa de Nelson Pereira dos Santos.
O som das rodas de um carro de boi rangendo não estava presente no roteiro de "Vidas secas", mas Nelson Pereira dos Santos decidiu lançar mão do recurso, um dos efeitos marcantes do filme.
Ken Loach é um cineasta capaz de levar o espectador ao "encontro de algo conhecido, mas nos mostrando uma situação até então nunca vista", explica José Carlos Avellar em programa de 2013.
José Carlos Avellar comenta vários aspectos da relação entre música e cinema no Brasil, novamente em voga graças a filmes como "O que se move", com Fernanda Vianna (foto).