Coração na Mão

Poésie contemporaine sur l'amour et la vie, avec une touche féministe de l'auteur. Poésie et voix de: Maria. Malgré Vous ne vous aimez pas pour ceci ou cela... Vous vous aimez malgré... On ne s'aime pas par les vertus; Vous vous aimez pour ne pas mériter. Vous ne vous aimez pas pour l'idéologie; Vous vous aimez pour ne pas vous adapter. Vous ne vous aimez pas pour des combinaisons parfaites; Vous vous aimez pour rien à faire, Et pourtant, vous vous aimez! Vous ne vous aimez pas pour le temps qu'il faut; Il est aimé pour ce moment inoubliable. Vous ne vous aimez pas pour les droits acquis; Vous vous aimez pour tout perdre. Vous ne vous aimez pas pour ce que vous conservez; Vous vous aimez car elle déborde. Vous ne vous aimez pas pour être ensemble; Vous vous aimez pour être de l'autre. C'est aimé et non expliqué! Il est aimé et ne complique pas! Vous ne vous aimez pas pour les raisons, Mais en raison de leur absence... (Maria Assunção Moraes)

Poesia contemporânea sobre o amor e a vida, com o toque feminista da autora. Poesia e voz de Maria Assunção Moraes. Se for me medir, faça com a medida do amor que eu te dei. Nem mais, nem menos. Vou cobrar, vou gritar, vou berrar: eu te dei, eu te dei. Me devolva, me devolva. Se o amor não é egoísta, porque estou com raiva agora? Dívida ou dívida? Dúvida ou dúvida? Do próprio amor ou do amor próprio? Qual dos dois faltou? Qual dos dois sobrou? Me devolva. Maria Assunção Moraes

Poesia contemporânea sobre o amor e a vida, com o toque feminista da autora. Poesia e voz de Maria Assunção Moraes. Desquerer, desamar, desfolhar. Desconstruir, desatar, desgraçar. Para o verbo que tu conjugas-te, não tenho tempo, não conheço o modo, não quero a pessoa e o meu amor é pretérito imperfeito. A boca fala do que o coração está cheio. Maria Assunção Moraes

Poesia contemporânea sobre o amor e a vida, com o toque feminista da autora. Poesia e voz de Maria Assunção Moraes. Ficamos duras, mas não perdemos a ternura. Não é amargura, é sobrevivência. Ainda sabemos amar. Aliás, conhecemos bem essa dor de dar e não receber amor, de ser homem quando o homem falha, e de honrar a própria saia. Ainda sabemos amar. Também sabemos trocar lâmpada. Somos do Bolshoi, do Cirque du Soleil... Quantos malabares rotinais, sociais... Quantos malabares hormonais. Maria Assunção Moraes

Poesia contemporânea sobre o amor e a vida, com o toque feminista da autora. Poesia e voz de Maria Assunção Moraes. Cheguei à plenitude. Nada mais me ilude. Não perco os sonhos, mas prefiro vivê-los. Já não me importo tanto, mas ainda faço questão. Acho que isso é viver, sentir bater o coração. Nada mais me ilude, mas minha esperança não é rude. Sou uma criança esperta. Sou do alvo a seta. Ponho a fila pra andar. Se não vem a mim, eu vou lá. Não me venha com impossíveis, porque sem saber que o era, fui e fiz, chorei e sorri, vivi e aprendi. Não sou a lua que a tudo rege, sou do vento a folha levada, sou da águia as asas renovadas, amo a liberdade, solto, deixo voar, voluntariamente. Eu que era Rio, agora sou mãe, mas nada mais me ilude; a não ser eu mesma quando quero me apaixonar. Maria Assunção Moraes

Poesia contemporânea sobre o amor e a vida, com o toque feminista da autora. Poesia e voz de Maria Assunção Moraes. Prenda seus seios. Controle sua bunda. Use uma burca. Não balance o quadril feito vagabunda. Sorria sem dentes. Melhor ainda se não falar. Aprenda aquela frase hipócrita: “sexy sem ser vulgar”. Não cruze as pernas. Não mostre o fundo, pois é lá que a verdade pode estar. Não levante, não sente, não ande, não seja tão quente. Não beba, não ame, não seja tão gente. Louca! Se você não se oferecer, ele não fará nada com você. Maria Assunção Moraes

Poesia contemporânea sobre o amor e a vida, com o toque feminista da autora. Poesia e voz de Maria Assunção Moraes. Nas horas em que tenho o coração na mão, ganho o céu, perco o chão, fluem as palavras como ser mão. Sou sentimentos, sou desalentos, menos ego, mais me entrego. Sou a pauta, o frio na barriga, o calor no coração. Quase estou, quase tenho, mas quase é só quase... Não tenho as horas, nem tão pouco o coração, que já não está nas minhas, mas em suas fortes mãos. Ledo engano. Doce ilusão... Agora só tenho poesia. Mas já tive você em minhas mãos. Maria Assunção Moraes.

Poesia contemporânea sobre o amor e a vida, com o toque feminista da autora. Poesia e voz de Maria Assunção Moraes. Princesa Maria e Encantado para sempre. Princesa Maria e Encantado para sempre. Princesa Maria e Encantado para sempre. Mas ele não era encantador. Estava muito atrasado para o amor. Maria se desencantou, pra vida acordou, fez um café, deu um rolé e sozinha se salvou. Fim! Maria Assunção Moraes

Poesia contemporânea sobre o amor e a vida, com o toque feminista da autora. Poesia e voz: Maria Assunção Moraes. Dei uma festa pra você. Você não veio. Havia tanta alegria. Havia tanto sonhar. A festa só existia, porque era festa de amar. A música que se ouvia era meu coração retumbar. A festa não acabou, porque era festa de amar. Se você não vier, o próximo virá. Maria Assunção Moraes.

Poesia contemporânea sobre o amor e a vida, com o toque feminista da autora. Poesia e voz de Maria Assunção Moraes. Não ama-se por isso ou por aquilo. Ama-se apesar de... Não ama-se pelas virtudes; não ama-se por ideologia. Ama-se por não caber em si. Não ama-se por combinações perfeitas. Ama-se por nada a ver; e mesmo assim, ama-se. Não ama-se pelo tempo que se demora; ama-se pelo tempo inesquecível. Não ama-se por direitos adquiridos. Ama-se por tudo perder. Não ama-se pelo que retém. Ama-se porque transborda. Não ama-se por estar junto. Ama-se por este no outro. Ama-se e não se explica. Ama-se e não complica. Não ama-se pelas razões, mas pela ausência delas. Maria Assunção Moraes.

Poesia contemporânea sobre o amor e a vida, com toque feminista da autora. Poesia e voz de: Maria Assunção Moraes. Quem não se desarma, se desalma. Desarmada saquei tudo. Tú, amado, sacou nada. E o amor no fogo cruzado, foi mais fogo desarmado, que o seu medo desalmado. Me despi da armadura, te venci na minha chama, fiz da guerra a paz na cama. Maria Assunção Moraes.