Podcasts about estava

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Triangulação do Círculo
Ep. 264 - STF e redes sociais, no Brasil; Políticas de imigração; Israel vs Irão

Triangulação do Círculo

Play Episode Listen Later Jun 29, 2025 48:11


É hora de se começar a controlar a irresponsabilidade que varre as redes sociais? São terra de ninguém? Estava na hora de mexer na lei da nacionalidade? O que faz alguém ter uma determinada nacionalidade? Há nacionais de primeira e de segunda? São os imigrantes que desrespeitam os valores constitucionais ou é o governo com a proposta de lei? Ou o povo do Chega? Israel vs Irão, há jogadas de bastidores?

Homilias - IVE
“Imaculado Coração da Bem-Aventurada Virgem Maria”

Homilias - IVE

Play Episode Listen Later Jun 28, 2025 6:33


Homilia Padre Andrés Furlan, IVE:Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 2,41-51Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém,para a festa da Páscoa.Quando ele completou doze anos,subiram para a festa, como de costume.Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém,sem que seus pais o notassem.Pensando que ele estivesse na caravana,caminharam um dia inteiro.Depois começaram a procurá-loentre os parentes e conhecidos.Não o tendo encontrado,voltaram para Jerusalém à sua procura.Três dias depois, o encontraram no Templo.Estava sentado no meio dos mestres,escutando e fazendo perguntas.Todos os que ouviam o menino estavam maravilhadoscom sua inteligência e suas respostas.Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admiradose sua mãe lhe disse:"Meu filho, por que agiste assim conosco?Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados,à tua procura".Jesus respondeu:"Por que me procuráveis?Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?"Eles, porém, não compreenderamas palavras que lhes dissera.Jesus desceu então com seus pais para Nazaré,e era-lhes obediente.Sua mãe, porém,conservava no coração todas estas coisas.Palavra da Salvação.

Palavra do Dia
Palavra do dia - Lc 2,41-51 - 28/06/25

Palavra do Dia

Play Episode Listen Later Jun 28, 2025 4:08


41 Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. 42 Quando ele completou doze anos, subiram para a festa, como de costume. 43 Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. 44 Pensando que ele estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. 45 Não o tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura. 46 Três dias depois, o encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas. 47 Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas. 48 Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse: "Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura". 49 Jesus respondeu: "Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?" 50 Eles, porém, não compreenderam as palavras que lhes dissera. 51 Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente. Sua mãe, porém, conservava no coração todas estas coisas.

Linha Avançada
Estava na cara

Linha Avançada

Play Episode Listen Later Jun 26, 2025 6:07


Entendendo a Bíblia
Como sabiam as palavras de Jesus em momentos que ele estava só?

Entendendo a Bíblia

Play Episode Listen Later Jun 26, 2025 11:16


Episódio do dia 26/06/2025, Como sabiam as palavras de Jesus em momentos que ele estava só? Apresentação: Itamir Neves, André Castilho e Renata Burjato. COMO A BÍBLIA NARRA ESSES MOMENTOS EM QUE JESUS ESTAVA SÓ? ELE RELATOU AS PALAVRAS PARA ALGUEM?See omnystudio.com/listener for privacy information.

Resumão Diário
Trump diz que Irã e Israel violaram cessar-fogo e exige que Netanyahu não volte a bombardear Teerã; ‘Embaixada estava sem condições de transportar', conta brasileiro que fugiu do Irã

Resumão Diário

Play Episode Listen Later Jun 24, 2025 6:12


Trump diz que Irã e Israel violaram cessar-fogo e exige que Netanyahu não volte a bombardear Teerã. ‘Embaixada estava sem condições de transportar', conta brasileiro que fugiu do Irã. Por que o resgate da brasileira que caiu em trilha na Indonésia está demorando tanto. Onda de frio derruba temperaturas no Centro-Sul; áreas serranas do RS e SC podem ter neve nesta terça. Botafogo e Palmeiras confirmam vaga e vão se enfrentar nas oitavas da Copa do Mundo de Clubes.

Conversas à quinta - Observador
O Domínio da Guerra. "Ataque dos EUA ao Irão estava preparado à meses"

Conversas à quinta - Observador

Play Episode Listen Later Jun 23, 2025 25:17


Major General Arnaut Moreira diz que ataque dos EUA ao Irão demorou meses a ser preparado e, por isso, já estava nos planos do Pentágono. E ainda, armas de Israel não têm capacidade destrutiva total.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Convidado
As mulheres durante a luta de libertação de Moçambique e depois

Convidado

Play Episode Listen Later Jun 22, 2025 20:39


Moçambique assinala neste 25 de Junho de 2025, os 50 anos da sua independência. Por esta ocasião, a RFI propõe-vos um percurso pela história do país e a sua luta pela liberdade. No nono episódio desta digressão, debruçamo-nos sobre o estatuto da mulher durante a luta de libertação, até aos dias de hoje em Moçambique. Quando se fala das mulheres nos tempos da luta é inevitável lembrar a figura de Josina Machel, primeira mulher do Presidente Samora Machel e também heroína da guerra de libertação. Nascida em 1945 em Vilankulos, no sul do país, no seio de uma família que se opõe ao colonialismo, Josina Machel ingressa na resistência em 1964. Envolvida em actividades de formação na Tanzânia, a jovem activista rejeita uma proposta de bolsa de estudos na Suíça para se alistar em finais dos anos 60 no recém-criado destacamento feminino da Frelimo, Josina Machel militando para que as mulheres tenham um papel mais visível na luta de independência. Ela não terá contudo oportunidade de ver o seu país livre. Dois anos depois de casar com Samora Machel com quem tem um filho, ela morre vítima de cancro aos 26 anos no dia 7 de Abril de 1971, uma data que hoje é celebrada como o dia da mulher moçambicana. Símbolo de resistência no seu país, Josina Machel ficou na memória colectiva como a encarnação do destacamento feminino. Óscar Monteiro, membro sénior da Frelimo, recorda as circunstâncias em que ele foi criado em 1966. "No processo político que nós vivemos em Moçambique, houve um momento em que as pessoas pensavam ‘nós temos uma linha política clara, justa, avançada'. E uma das questões muito importantes, era a atitude em relação às mulheres. Era normal, pela tradição que as mulheres fossem consideradas disponíveis como amantes. Quando Samora assume a direção, ainda me recordo de uma frase e se formos procurar esse documento, está lá a frase. Nós tínhamos criado o destacamento feminino em 1966, Samora tinha sido o instrumento disso. Então há uma frase que ele medita nessa altura. E a frase está lá. ‘Não criamos o destacamento feminino para fornecer amantes aos comandantes'. Estava só nesta frase. Já está aqui todo um programa que nós chamamos de emancipação da mulher, mas que é, no fundo, de igualdade de qualidade política da vida. Quer dizer, tu estás a fazer a luta de libertação. Isso não te permite fazer não importa o quê. Tu tens que ser uma pessoa diferente, uma pessoa melhor", explicita o responsável político. As mulheres que combateram foram uma faceta da condição feminina durante os anos de luta. Outros rostos, menos conhecidos e bem menos valorizados, são aqueles das chamadas ‘madrinhas de guerra'. Para dar alento aos soldados portugueses que partiam para a guerra sem saber se haveria regresso, o Estado Novo promoveu a correspondência entre milhares de mulheres e militares. Numerosas relações epistolares acabaram em casamento. Em Portugal, houve muitas. O que não se sabe tanto, é que em Moçambique também houve ‘madrinhas de guerra'. Um jovem antropólogo e fotojornalista moçambicano, Amilton Neves, conheceu-as e retratou as duras condições de vida que conheceram depois da independência. "Comecei a trabalhar sobre as ‘madrinhas de guerra' em 2016. Isso porque já pesquisava e encontrei um discurso do Presidente Samora que dizia que as ‘madrinhas de guerra' são ‘meninas retardadas'. Interessei-me por isso. Porquê as ‘madrinhas de guerra'? Que é isto? Então fui ao Arquivo Histórico, até à Torre do Tombo, em Lisboa, para perceber melhor. Porque as ‘madrinhas de guerra' não começam aqui. Começam em 1916 com a Grande Guerra em Portugal. E descobri que algumas ‘madrinhas de guerra' viviam aqui em Maputo, numa zona só. (…) Então, quem eram as ‘madrinhas de guerra'? Eram miúdas que eram recrutadas para escrever cartas para os militares de forma a incentivá-los e dizer que ‘não te preocupes, quando voltares da guerra, nós vamos casar. O Estado português sempre vai ganhar.' Então, neste exercício de troca de cartas, quando houve a independência, em 1975, as madrinhas de guerra foram perseguidas pelo novo regime. Então eu fui atrás dessas senhoras. Consegui identificá-las. Levou tempo porque elas estavam traumatizadas", refere o jovem fotojornalista. "As motivações dessas mulheres eram de fazer parte da classe alta naquela altura. Porque elas tinham acesso aos bailes, ao centro associativo dos negros, nesse caso, ao Centro associativo dos Mulatos, às festas que davam na Ponta Vermelha. Elas faziam parte da grande sociedade. Não era algo que poderíamos dizer que tinham algo benéfico em termos de remuneração. Acredito que não ", considera o estudioso referindo-se às razões que levaram essas pessoas a tornarem-se ‘madrinhas de guerra' que doravante, diz Amilton Neves, "vivem traumatizadas. Algumas se calhar foram a Portugal porque tinham uma ligação. Casaram. Mas a maioria ficou em Maputo" e sofreram uma "perseguição" que "não foi uma perseguição física, foi mais uma questão psicológica". Hoje em dia, muitas heroínas esquecidas de forma propositada ou não, ficam por conhecer. A activista política e social moçambicana, Quitéria Guirengane, considera que a condição das mulheres tem vindo a regredir em Moçambique. "Quando nós dizemos que há mulheres invisibilizadas pela História, vamos ao Niassa e vemos histórias como da Rainha Achivangila. Mulheres que na altura do tráfico de escravos conseguiram se opor, se posicionar, salvar, resgatar escravos e dizer ‘Ninguém vai escravizar o meu próprio povo'. Mas nós não colocamos nos livros da nossa história essas rainhas. Nós precisamos de ir ao Niassa descobrir que afinal, há mulheres que foram campeãs neste processo de luta. Estas histórias têm que ser resgatadas. Depois começamos a falar da Joana Simeão. Ninguém tem coragem de falar sobre isso. É um tabu até hoje. E você é visto como um leproso se tenta levantar este tipo de assuntos. E não estamos a dizer com isto que vamos esquecer a luta histórica de Eduardo Mondlane, que vamos esquecer a luta histórica de Samora Machel. Não. Eu não sou por uma abordagem de dizer que a história toda está errada. Todo o povo tem a sua história e tem a sua história oficial. Mas esta história oficial tem que se reconciliar, para reconciliar o povo, trazer as mulheres invisibilizadas pela história, mas também trazer todos os outros", diz a activista. Olhando para o desempenho das mulheres durante a luta de libertação, Quitéria Guirengane considera que elas "têm um papel incrível. Tiveram, tem e sempre terão um papel na luta de libertação. Terão um papel sempre activo no ‘peace building', no ‘peace making' no ‘peace keeping'. E é preciso reconhecer desde a mulher que está na comunidade a cozinhar para os guerrilheiros, desde a mulher que está na comunidade a informar os guerrilheiros, à mulher que está na comunidade a ser usada como isca para armadilhas, a mulher que está na comunidade a ser sequestrada, a ser alvo até de violações sexuais. Essas mulheres existem. Mas também aquelas mulheres que não são vítimas, não são sobreviventes, são as protagonistas do processo de libertação. E o protagonismo no processo de libertação, como eu disse, começa pelas rainhas míticas da nossa história, que não são devidamente abordadas. O reconhecimento deriva do facto de que, em momentos em que era tabu assumir um papel forte como mulher, elas quebraram todas essas narrativas e se posicionaram em frente à libertação. Depois passamos para esta fase da luta de libertação, em que se criam os famosos destacamentos femininos em que mulheres escolhem a linha da frente, escolhem a esperança em vez do medo e se posicionam", refere a também militante feminista. Volvidos 50 anos sobre a luta de libertação, apesar de ter formulado naquela época a vontade de fazer evoluir o papel da mulher na sociedade, Quitéria Guirengane considera que "se continua a travar as mesmas lutas". "A mulher ainda tem que reivindicar um espaço. É verdade que nós temos consciência que as liberdades, tal como se ganham, também se perdem. E que nenhum poder é oferecido, que nós temos que lutar. Mas é tão triste que as mulheres tenham sempre que lutar para fazer por merecer e os homens não tenham que fazer a mesma luta. Nós não só temos que lutar para chegar, mas também temos que lutar para manter e muitas das vezes colocadas num cenário de mulheres a lutarem contra mulheres", lamenta a activista. "Quando fazemos uma análise, uma radiografia, vamos perceber que a maior parte dos processos de paz foram dominados por homens. Quando nós tivemos no processo de paz, em 2016, finalmente duas mulheres na mesa, isso foi fruto do barulho que a sociedade civil fez naquela altura. A sociedade civil fez muito barulho e resultou numa inclusão de duas mulheres, uma da parte da Renamo, uma da parte do governo. Na mesa negocial entre uma dezena de homens que fez com que elas fossem apenas 12,58% de todo o aparato negocial do processo da paz. O que é que isto implica? Quando passamos para o processo de DDR, as comissões de negociação de DDR eram masculinas, todas elas homens. A desmilitarização foi entendida como um assunto de homens. A comissão sobre assuntos legais também era de homens, não havia mulheres. Quando nós olhamos para o processo de desmilitarização e ressocialização, nós percebemos que tínhamos 253 mulheres militares a serem desmobilizadas. E nesse processo, notava-se que foi pensado numa perspectiva de homens, não de compreender as especificidades e necessidades particulares", diz. Em jeito de conclusão, a activista muito presente na defesa dos Direitos das mulheres e liberdades cívicas, mostra-se "preocupada com as realidades da mulher com deficiência, da mulher na área de extractivismo, da mulher deslocada de guerra, da mulher deslocada por exploração mineira, da mulher rural, da mulher na agricultura, da mulher no sector informal, da mulher empresária. São realidades diferentes. Então não podemos meter num pacote de ‘one size fits all' e achar que as demandas são iguais. (…) Pior ainda : nos últimos seis meses da tensão social, a vida deixou de ser o nosso maior valor. Mulheres foram mortas, mulheres perderam os seus maridos, seus pais, seus filhos. Têm que acompanhar, levar comida para o hospital ou para as cadeias, sem nenhum apoio. E ninguém pensa nesta reparação. Então voltamos muito atrás. Eu diria que regredimos", afirma Quitéria Guirengane. Podem ouvir os nossos entrevistados na íntegra aqui: Vejam aqui algumas das fotos de Amilton Neves:

Convidado
A chegada dos portugueses e a instauração da escravatura

Convidado

Play Episode Listen Later Jun 21, 2025 20:00


Moçambique assinala neste 25 de Junho de 2025, os 50 anos da sua independência. Por esta ocasião, a RFI propõe-vos um percurso pela história do país e a sua luta pela liberdade. No primeiro episódio desta digressão, abordamos a presença portuguesa e em particular a escravatura em Moçambique. Chegados em 1497 num território constituído por diversos reinos e comunidades, os portugueses vão-se fixando no litoral através de acordos com as autoridades locais ou à custa de lutas. Eles constroem fortalezas designadamente em Sofala em 1505 e na ilha de Moçambique dois anos depois e ao cabo de outras conquistas militares, instalam mais tarde uma feitoria em Sena em 1530 e em Quelimane em 1544. Em jogo estão recursos como o ouro mas também a mão-de-obra escrava, conta o historiador e antigo vice-ministro da educação de Moçambique, Luís Covane. “Moçambique, como território com fronteiras próprias é produto da colonização. Antes da chegada dos portugueses e nos finais do século XV, Moçambique era caracterizado pela existência de reinos, chefaturas, sultanatos, várias unidades políticas independentes umas das outras. Até tivemos impérios. A partir do século XV, principalmente a partir do século XVI, estabelecem-se relações comerciais entre Portugal e as diferentes unidades políticas que existiam no território. Primeiro foi o comércio do ouro no interior, principalmente na zona centro. Estava lá um grande império. E depois, com a exigência de produção de matérias-primas como mão-de-obra ultra barata, entramos no ciclo dos escravos. Depois, prosperou também o comércio de marfim”, começa por recordar o universitário. Ao referir que praticamente desde a chegada dos portugueses em Moçambique que se instaura esse regime, o estudioso detalha que “é em meados do século XVIII que se incrementa a captura de mão-de-obra para as plantações do Brasil e 1752 em diante. Chama-se a isso, na periodização da história de Moçambique, como o ciclo de escravos. Mas este ciclo de escravos termina em 1836-42, quando houve uma primeira abolição e uma segunda abolição”. Questionado sobre o número de pessoas que poderão ter sido capturadas para serem forçadas ao trabalho escravo, o historiador esclarece que “não havia registos, mas sabe-se que houve zonas em Moçambique, como o Niassa, de onde saíram muitos escravos. Na zona de Nampula, também saíram muitos.” Ao evocar o derramamento de sangue que as capturas ocasionavam, Luís Covane cita em particular “a introdução maciça de armas de fogo para alguns grupos que se especializaram quase na caça ao homem e as populações que viviam em Moçambique nas suas unidades políticas”. Nesse tempo, no século XVIII até meados do século XIX, quase até finais, o estudioso refere que “foram momentos terríveis. Agora, esse passado que nós às vezes classificamos como período pré-colonial, em que a presença europeia era mais mercantil, não dominavam as populações, politicamente, não havia (colonização). Fazia-se um negócio só com os produtos negociados que chegou a incluir o próprio o homem”. Muito embora não fossem os primeiros a praticar o comércio de escravos naquele território, ele ganhou uma importância substancial com a chegada dos portugueses que “exportaram” essa força de trabalho para colónias francesas, ou ainda o Brasil, refere Benigna Zimba, historiadora ligada à Universidade Eduardo Mondlane em Maputo, que estudou de forma aprofundada o período da escravatura. “Moçambique tem um papel central na história da escravatura na região e no complexo do Oceano Índico. Nós temos, a partir do Norte, a primeira capital que é a ilha de Moçambique. A ilha de Moçambique não produzia escravos. Ali ficavam escravos de passagem, vindos do interior. Nós temos Quelimane, temos Inhambane, nós temos aqui a zona do antigo Lourenço Marques, que hoje é Maputo, nós temos Sofala, nós temos em Cabo Delgado, vários portos pequenos. Estes portos foram tendo a sua importância consoante as oportunidades de exportação, não só para o oceano Indico, mas também para o Norte de África. Em algum momento, um dos grupos que desenvolviam as suas economias locais com base nos escravos, é o grupo do Norte de Moçambique, actual Niassa. Este grupo exportou nos meados da década de 1880 a 1890, cerca de 5000 escravos, caravanas bem escoltadas e chegavam a maior parte aparentemente andando. Saíam escravos de Moçambique. Outros, não só por via marítima, mas para o Quénia. Também havia capturas do Malawi que vinham para Moçambique para poder sair e dos pontos onde iam, eles espalhavam-se. Ficaram conhecidos como os “Moçambiques”, que não eram necessariamente naturais de Moçambique. À medida que ia se desertificando, houve uma decapitação total de população. É por isso que iam cada vez mais para as costas do interior e não para a costa marítima para ir buscar pessoas”, refere a historiadora. Por outro lado, Benigna Zimba explica que havia um tratamento diferenciado para homens e mulheres. “A diferença está mais ligada à função da força de trabalho. Aqueles que compravam escravos, normalmente diziam ‘nós estamos a comprar escravos para levar para as plantações de cana de açúcar ou de cacau', então precisavam de força de trabalho. E também precisavam de reproduzir a população escrava, através de escravas. De tal maneira que nos preços de compra, muitas vezes as mulheres eram mais caras, compradas por dois tecidos, duas cangas, dois panos. E se elas tivessem bebé ou criança, dependendo da idade e da maturidade, sabiam que aqui nós já temos um escravo bebé masculino. Era mais barato. Bebé feminino porque é uma outra fonte de reprodução, era mais caro”, refere a universitaria. “Muitas delas preferiam não resistir à captura para não serem mortas, não serem violadas, não as separarem dos filhos. Havia escravas que eram compradas para ir reproduzir com os escravocratas. Faziam um filho, depois levavam o filho. E a escrava nunca mais via aquela criança. Quando falamos da demografia da escravatura, se formos a ver, o papel da mulher é extremamente importante, porque sem ela não há reprodução de escravos e também não há reprodução do sistema no nível da cúpula e ao nível das bases”, explicita ainda Benigna Zimba. Questionada sobre o trabalho forçado, pratica que veio a seguir à abolição oficial da escravatura, a estudiosa refere que “a escravatura termina naturalmente, na medida em que ela já não responde às demandas dos sistemas coloniais imperialistas. Para o caso de Moçambique, nós temos os famosos sistemas dos prazos, que são uma outra forma de continuação da escravatura. Quem eram os senhores Prazeiros? Eram os senhores e as senhoras Donas Prazeiros, muitas deles, principalmente na região da Zambézia, que sustentaram os sistemas neo escravocratas a partir da continuidade. O escravo é liberto. Aqui em Moçambique não houve muitas cartas de alforria, isto é mais para a África do Sul, Tanzânia, Quénia, para as antigas colónias britânicas. As portuguesas nem tanto. Havia portugueses que nem sabiam o que é que se passava no mundo em termos de não poderem trabalhar com uma base de mão-de-obra escrava. Então a escravatura continua”, detalha ainda Benigna Zimba. Podem ouvir os nossos entrevistados na íntegra aqui:

Crime e Castigo
Mónica estava grávida quando desapareceu. Foi Fernando que a matou?

Crime e Castigo

Play Episode Listen Later Jun 19, 2025 14:14


Acabou o julgamento de Fernando, o homem acusado de matar Mónica, grávida de sete meses. Será condenado? Absolvido? É isso que vamos saber neste Crime e Castigo, um podcast com Paulo João Santos e Francisca Laranjo, apresentado por Rita Fernandes Batista e editado Cláudio Martins.

El búnquer
Joan Say

El búnquer

Play Episode Listen Later Jun 17, 2025 48:42


Programa 5x166, amb Francesc Mauri. En Joan Say

Dois Analógicos
Nine Sols eu não estava motivado; Animal Well sim, eu queria jogar [me fisgou]

Dois Analógicos

Play Episode Listen Later Jun 15, 2025 21:12


Breath of the Wild, Mario Tennis, Dota, Fifa: um prompt muito interessante para o pessoal do podcast DOIS ANALÓGICOS Diálogo infinito sobre games via WhatsApp.Com João Varella, Alexandre Sato, Thomas Kehl, Marcos Kiyoto, João R e Marina Andreoli2 analógicos

Audio Contos Gays
Era pra ser uma linda história de amor (parte 1)

Audio Contos Gays

Play Episode Listen Later Jun 13, 2025 6:08


Estava no bate-papo quando conheci um usuário buscando homem maduro. Combinamos de se encontrar.

Dois Analógicos
Quando eu vi já estava falando, é tarde demais: Vocês jogam sozinho? São viciados, cracudos jogando Vampire Survivors?

Dois Analógicos

Play Episode Listen Later Jun 11, 2025 27:38


Ahora, si es para mantener el venga ahí y crear un suspenso, no podemos solo estar sufriendo aquí un o más días de espera. Creo que quienes nos están escuchando también tienen que esperar un poco. Entonces, no podemos dejar este día sin tener suficiente conversación para empujar más un episodio. Entonces, voy a proponer otra discusión aquí para ustedes, poner en la mesa. Quien pueda, responda para que nos deje más suspenso para la opinión de Marina, que yo también quiero escuchar mucho sobre The Last of Us, los comentarios de John Varela. Pero es un comentario que llegó hasta mí de un colega oído.Continue escuchando, este diálogo infinito sobre games via WhatsApp.Com João Varella, Alexandre Sato, Thomas Kehl, Marcos Kiyoto, João R e Marina Andreoli2 analógicos

Jovem Pan Maringá
STF interroga Mauro Cid e Alexandre Ramagem; Bolsonaro estava presente

Jovem Pan Maringá

Play Episode Listen Later Jun 10, 2025 62:40


Esta segunda-feira (9) marcou o início do interrogatório do ex-chefe do Executivo e outros sete réus da ação penal que trata da tentativa de golpe de Estado, ato que movimentou tanto os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fizeram a mesma coisa. Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, é o primeiro a depor. Como ele fechou acordo de colaboração premiada, os demais acusados têm o direito de falar por último. Nesta segunda-feira, foram interrogados Cid e o deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Fora do Baralho
Trump e Musk desavindos reduz perigos?

Fora do Baralho

Play Episode Listen Later Jun 8, 2025 13:09


Estava escrito nas estrelas o fim da "coligação" entre o Presidente dos EUA e o dono da Tesla. O que acontece agora? E em Portugal, haver maioria constitucional representa perigos? See omnystudio.com/listener for privacy information.

Sabedoria para o Coração
Você Estava Lá! A Sua Identificação com Cristo

Sabedoria para o Coração

Play Episode Listen Later Jun 5, 2025 26:44


Você sabia que, quando Jesus morreu e ressuscitou, você estava incluído naquele evento? Não fisicamente, mas espiritualmente. Em Romanos 6.3–5, o apóstolo Paulo ensina que todo crente foi batizado em Cristo, identificado com Ele em Sua morte, sepultamento e ressurreição.Neste episódio, Stephen Davey explica que o batismo não é apenas uma cerimônia externa, mas uma poderosa imagem espiritual da nova vida que temos em Cristo. Paulo nos leva a dois lugares: a um cemitério e a uma vinha, para mostrar que:Fomos crucificados com Cristo e morremos para o domínio do pecado;Fomos ressuscitados com Cristo para andarmos em novidade de vida;Fomos unidos a Cristo como um ramo enxertado à videira, crescendo juntos com Ele.Você não precisa mais viver como prisioneiro do pecado. A sua antiga identidade morreu com Cristo, e agora você vive para Deus com um novo coração, novo propósito, novo Mestre e uma nova canção.Você não virou apenas uma página… você nasceu de novo!“Fomos sepultados com Ele… para que andemos em novidade de vida.” (Romanos 6.4) Para mais ensinamentos bíblicos, visite nosso site: https://www.wisdomonline.org/?lang=Portuguese

Aprender francês/ intercâmbio
34 - Intensivão para viagem | Podcast aula de francês com Bruna Lewis

Aprender francês/ intercâmbio

Play Episode Listen Later May 30, 2025 34:45


Você vai viajar para um país francófono e precisa aprender o essencial do francês de forma rápida e prática? Esta aula é para você! Um intensivão de aula de francês com frases e vocabulário indispensáveis para sobreviver, se comunicar e aproveitar a viagem sem estresse. Ideal para quem tem pouco tempo antes do embarque.1. Cumprimentos e apresentaçõesBonjour / Bonsoir / Salut – Bom dia / Boa noite / Oi Merci / S'il vous plaît / Excusez-moi – Obrigado(a) / Por favor / Com licença Je m'appelle… / Je suis brésilien(ne) – Me chamo… / Sou brasileiro(a) Je ne parle pas très bien français. – Não falo muito bem francês. Vous parlez anglais ? – Você fala inglês?2. No aeroporto / transporteOù est la porte d'embarquement ? – Onde fica o portão de embarque? Je voudrais un billet pour Paris. – Gostaria de uma passagem para Paris. À quelle heure part le train ? – A que horas sai o trem? Combien coûte un ticket ? – Quanto custa um bilhete? Je voudrais louer une voiture. – Gostaria de alugar um carro.3. No hotelJ'ai une réservation au nom de… – Tenho uma reserva no nome de… À quelle heure est le petit-déjeuner ? – A que horas é o café da manhã? Quel est le code pour le Wi-Fi ? – Qual a senha do wifi ? Je voudrais une chambre avec vue. – Gostaria de um quarto com vista. Il y a un problème dans la chambre. – Há um problema no quarto.4. No restaurante / caféLa carte, s'il vous plaît. – O cardápio, por favor. Je voudrais… – Eu gostaria de… C'est pour manger ici/ Sur place ou à emporter ? – É para comer aqui ou levar? L'addition, s'il vous plaît. – A conta, por favor.Ça se passe bien ? - Tudo está indo bem ?Je voudrais une carrafe d'eau, s'il vous plaît. - Eu gostaria de um jarro de água, por favor. C'était délicieux ! – Estava delicioso!5. Compras e emergênciasCombien ça coûte ? – Quanto custa? Vous avez ça en taille M ? – Você tem isso no tamanho M? Je cherche une pharmacie. – Estou procurando uma farmácia. J'ai besoin d'aide. – Preciso de ajuda. Appelez une ambulance ! – Chamem uma ambulância!6. Frases coringa e truques úteisParlez lentement, s'il vous plaît. – Fale devagar, por favor. Je ne comprends pas. – Eu não entendo. Pouvez-vous répéter ? – Você pode repetir? Montrez-moi, s'il vous plaît. – Mostre pra mim, por favor. C'est urgent. – É urgente.7. Em museus, monumentos e atrações turísticasOù est l'entrée ? / Où est la sortie ? – Onde é a entrada? / Onde é a saída? Combien coûte l'entrée ? – Quanto custa a entrada? Est-ce qu'il y a une visite guidée ? – Há visita guiada? À quelle heure commence la visite ? – A que horas começa a visita? Est-ce qu'on peut prendre des photos ? – Podemos tirar fotos? Je voudrais un billet pour l'exposition temporaire. – Gostaria de um ingresso para a exposição temporária.Exemplo: Bonjour, je voudrais deux tickets pour visiter la tour Eiffel, s'il vous plaît.8. Clima e vestuárioQuel temps fait-il aujourd'hui ? – Como está o tempo hoje? Est-ce qu'il va pleuvoir ? – Vai chover? Il fait chaud / froid / frais. – Está quente / frio / fresco. Je cherche un manteau / un parapluie. – Estou procurando um casaco / guarda-chuva.Exemplo: Je n'ai pas prévu de vêtements pour ce froid !9. Situações inesperadasJ'ai perdu mon passeport. – Perdi meu passaporte. Je me suis trompé d'adresse. – Me enganei de endereço. Je suis en retard. – Estou atrasado(a). Je dois appeler le consulat / la police. – Preciso ligar para o consulado / polícia.Exemplo: J'ai besoin d'aide, je ne trouve pas mon hôtel.Frases para lembrar: À quelle heure est - A que horas é Je voudrais - Eu gostariaCombien coûte - Quanto custaOù est la - Onde é a .. J'ai besoin - Eu precisoPouvez-vous … - Você pode .. #aprenderfrancês #francês #francêsbasico #aprenderfrancêsonline #aprenderfrancêsconversação

Gabinete de Guerra
​Gaza: "A situação estava a tornar-se dramática"

Gabinete de Guerra

Play Episode Listen Later May 22, 2025 14:57


​​Bruno Cardoso Reis diz que ​Israel aposta em soluções militares, mas sem resposta política o conflito não se resolve. O historiador defende que Israel tem o direito à defesa, mas não vale tudo. See omnystudio.com/listener for privacy information.

Expresso - Blitz Posto Emissor
Aldina Duarte: “A minha mãe era criada, costureira e cozinheira e eu estava com ela. Não podes chorar numa casa onde não passas da cozinha”

Expresso - Blitz Posto Emissor

Play Episode Listen Later May 22, 2025 90:11


Em vésperas de subir ao palco do CCB, em Lisboa, para um concerto descrito como “um intenso elogio à vida, à música das palavras”, Aldina Duarte é a mais recente convidada do podcast da BLITZ. O disco que lançou em 2024 com letras de Capicua, a situação política do país e o fado, no presente e no passado, são outros temas de conversa da presente edição do Posto EmissorSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Conversas à quinta - Observador
A Vida em Revolução. Pezarat Correia: “O Vasco Gonçalves estava extremamente perturbado na parte final do governo dele”

Conversas à quinta - Observador

Play Episode Listen Later May 19, 2025 43:05


O choque violento com Vasco Gonçalves na assembleia do MFA. As influências que viravam Otelo no Copcon. As longas reuniões do Conselho da Revolução. Os agricultores armados para se defenderem das ocupações. E a granada que rebentou numa manifestação. Segunda parte da conversa com o general Pezarat Correia, que foi membro do Conselho da Revolução e comandante da Região Militar Sul.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Rádio Comercial - Ouvir Falar de Amor
"Estava a rezar para encontrar o amor, abri os olhos e ele estava à minha frente" - A história de Joana Rocha e Mário de Bernardo

Rádio Comercial - Ouvir Falar de Amor

Play Episode Listen Later May 16, 2025 32:12


Os protagonistas desta história são de Portugal e do Brasil. Mas foi em Bali que tudo começou. Joana Rocha, surfista profissional, viajou até à Ásia com a intenção de abrir uma escola de surf. Mário de Bernardo, advogado, foi até Bali para esquecer um relacionamento que não correu bem. Durante um jantar, ele sentou-se ao lado dela, sem pedir permissão. Ela achou uma falta de respeito e, com o preconceito que tinha em relação aos surfistas brasileiros, respondeu-lhe mal. Duas semanas depois, já em Portugal, Joana desabafava com uma amiga, perto do mar, sobre a vontade de encontrar um homem bom para construir família. A amiga desafiou-a a fazerem uma reza (oração) para ela encontrar o amor. Quando terminaram, Joana abre os olhos e vê que Mário estava à frente dela. Ela não queria acreditar e chegou mesmo a dizer que não queria nada com ele. Até que se deu uma reviravolta. Saiba qual... No mais recente episódio do podcast "Ouvir Falar de Amor"!

Resumão Diário
Primeiro caso de gripe aviária em granja comercial do Brasil é detectado no RS; Vício de doméstica que estava desaparecida em jogos de aposta online acabou com a vida dela, diz marido

Resumão Diário

Play Episode Listen Later May 16, 2025 6:05


Primeiro caso de gripe aviária em granja comercial do Brasil é detectado no RS, diz Ministério da Agricultura. Vício de doméstica que estava desaparecida em jogos de aposta online acabou com a vida dela, diz marido. Cidadania italiana: veja perguntas e respostas sobre o decreto que muda as regras e limita direito. Atafona: a praia brasileira que o mar está engolindo. EUA aprovam primeiro exame caseiro de papanicolau; veja como funciona.

Podcast : Escola do Amor Responde
3069# Escola do Amor Responde (no ar 12.05.2025)

Podcast : Escola do Amor Responde

Play Episode Listen Later May 12, 2025 25:30


No programa de hoje, Renato Cardoso iniciou com uma reflexão poderosa: o amor inteligente não é aquele que simplesmente reage a sentimentos e emoções, mas sim o que os compreende e os administra com sabedoria. Ele ressaltou que, embora inclua sentimentos, o amor inteligente vai muito além deles — é guiado por decisões conscientes, maturidade e propósito.Durante o programa, Renato recebeu o casal Alessandra e Luciano, casados há dois anos e que se conheceram por meio do aplicativo exclusivo para solteiros da Terapia do Amor: “Quero Te Conhecer”. A história deles é marcada por superação, fé e transformação.Antes do encontroAntes de se conhecerem, ambos vinham de relacionamentos frustrantes e dolorosos. Alessandra revelou que, inicialmente, rejeitava a ideia de ir às palestras da Terapia doAmor. Estava tão magoada que já não acreditava mais em recomeços. Porém, ao reconhecer que esse sentimento era um sinal de feridas internas, decidiu buscar cura. No programa, ela compartilhou como sua visão foi se transformando ao longo do processo.Luciano, por sua vez, chegou à Terapia do Amor após o fim do seu casamento, que terminou de forma abrupta por uma mensagem de WhatsApp. No início, ele frequentava aspalestras com a esperança de restaurar o relacionamento, mas com o tempo compreendeu que precisava focar em si mesmo e reconstruir sua identidade e autoestima.O encontro que mudou tudoDepois de aceitar se dar uma nova chance, seguir as orientações recebidas e ter a aprovação de acesso, Alessandra entrou no aplicativo. Três meses depois, conheceu Luciano, que já estava no “Quero Te Conhecer” há um ano. O primeiro encontro presencial aconteceu no Templo de Salomão, em São Paulo, após um mês de conversas. Desde então, o interesse mútuo floresceu naturalmente.Antes de oficializarem o namoro, os dois fizeram questão de conhecer melhor um ao outro e também os respectivos pastores, demonstrando o compromisso com um relacionamento sólido desde o início. Seis meses depois, o casamento aconteceu.Bem-vindos à Escola do Amor Responde, confrontando os mitos e a desinformação nos relacionamentos. Onde casais e solteiros aprendem o Amor Inteligente. Renato e CristianeCardoso, apresentadores da Escola do Amor, na Record TV, e autores de Casamento Blindado e Namoro Blindado, tiram dúvidas e respondem perguntas dos alunos. Participe pelo site EscoladoAmorResponde.com. Ouça todos os podcasts no iTunes: rna.to/EdARiTunes             

Resposta Pronta
Putin "percebeu que estava a esticar corda"

Resposta Pronta

Play Episode Listen Later May 11, 2025 8:05


Numa análise à Rádio Observador, o especialista em Direito Internacional, Francisco Pereira Coutinho diz que proposta de negociações russa com Ucrânia é "tática dilatória" para fugir ao cessar-fogo. See omnystudio.com/listener for privacy information.

Estadão Notícias
Carlos Andreazza: “Novo ministro de Lula estava em todo lugar”

Estadão Notícias

Play Episode Listen Later May 6, 2025 38:39


No “Estadão Analisa” desta terça-feira, 06, Carlos Andreazza fala sobre o novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, nomeado no lugar de Carlos Lupi, que assinou uma proposta quando era deputado federal, em 2021, que adiou o prazo de fiscalização do desconto de mensalidades de associações e sindicatos na folha de pagamento de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A medida foi levada à Câmara por duas associações agora suspeitas de fraudar e efetuar as cobranças indevidamente. Procurado, Wolney Queiroz não comentou. Uma medida provisória assinada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2019 estabelecia que todos os descontos nas folhas de pagamento precisariam ser revalidados ano a ano, dando um instrumento de fiscalização nas operações. Após o lobby de associações que se beneficiaram com esses descontos, o prazo foi adiado duas vezes e a necessidade de revalidação acabou sendo totalmente extinta em 2022, diminuindo o controle sobre as cobranças agora investigadas pela Polícia Federal. Conforme o Estadão mostrou, o “jabuti” foi uma das ações que motivaram a explosão de descontos indevidos a partir de 2023. Leia mais: https://www.estadao.com.br/economia/inss-ministro-assinou-emenda-adiando-controle-descontos-apos-pedido-de-associacoes-suspeitas/ Apresentado pelo colunista Carlos Andreazza, programa diário no canal do Estadão no YouTube trará uma curadoria dos temas mais relevantes do noticiário, deixando de lado o que é espuma, para se aprofundar no que é relevante. Assine por R$1,90/mês e tenha acesso ilimitado ao conteúdo do Estadão. Acesse: https://bit.ly/oferta-estadao O 'Estadão Analisa' é transmitido ao vivo de segunda a sexta-feira, às 7h, no Youtube e redes sociais do Estadão. E depois, fica disponível no Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google podcasts, ou no agregador de podcasts de sua preferência. Apresentação: Carlos AndreazzaEdição/Pós-produção: Jefferson PerlebergCoordenação: Manuella Menezes e Everton OliveiraSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Relatos do Além
Refúgio Creepy #17 - Tirei uma foto dela após seu funeral. Ela estava sorrindo.

Relatos do Além

Play Episode Listen Later May 6, 2025 9:30


Clique aqui e conheça o Podcast Refúgio das SombrasAPOIE O REFÚGIO:PIX: refugiodassombraspodcast@gmail.comInstagram: @refugiodassombras.cast-----Era mesmo Grace naquela foto?

JORNAL DA RECORD
01/05/2025 | 4ª Edição: Morre Nana Caymmi, aos 84 anos, no RJ; cantora estava internada desde o ano passado

JORNAL DA RECORD

Play Episode Listen Later May 2, 2025 34:48


Confira nesta edição do JR 24 Horas: Morreu nesta quinta (1º), no Rio de Janeiro, a cantora Nana Caymmi. Ela tinha 84 anos estava internada há nove meses para tratar uma arritmia cardíaca. A artista chegou a colocar um marcapasso, mas não foi suficiente. Segundo o hospital, a morte da cantora se deu por disfunção de múltiplos órgãos. O velório aberto ao público começa às 8h30 e o enterro será às 14h. E ainda: Mais de 75% dos trabalhadores domésticos do Brasil atuam sem carteira assinada.  

Gabinete de Guerra
Trump desiludido com Putin? "Estava iludido"

Gabinete de Guerra

Play Episode Listen Later May 2, 2025 14:24


Bruno Cardoso Reis afirma que os EUA querem sinais rápidos de paz, mas que a Rússia não mostra querer compromissos. Sobre o Médio Oriente, garante que pode haver ataques mais robustos contra Houthis.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Pânico
Coronel Mello Araújo: Vice-Prefeito de São Paulo

Pânico

Play Episode Listen Later Apr 29, 2025 122:36


O convidado do programa Pânico dessa terça-feira (29) é o Coronel Mello Araújo.Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araújo, conhecido como Coronel Mello Araújo, é uma figura pública proeminente em São Paulo, que recentemente foi eleito vice prefeito da cidade.Mello Araujo, de 53 anos, ingressou na Polícia Militar aos 15 anos, vem de uma família de tradicional trajetória na segurança pública. Ele representa a terceira geração de sua linhagem na Polícia Militar de São Paulo seguindo os passos de seu pai e avô, ambos Coronéis da corporação. Durante sua carreira de 32 anos, destacou-se como Comandante da Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar (ROTA) tropa de elite da corporação, entre maio de 2017 e fevereiro de 2019. Ele se aposentou da PM em 2019.Posteriormente, presidiu a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) o maior entreposto de alimentos da América do Sul, de 2020 a 2022, (indicado pelo então presidente Jair Bolsonaro) melhorando as finanças da empresa, levando-a a registrar lucro após um período de déficit. Durante sua gestão na Ceagesp, tirou cargos políticos por técnicos e valorizou os concursados, conseguiu eliminar práticas ilegais melhorando a situação financeira, alcançando lucro pela primeira vez em cinco anos. Quitou os 90 milhões de dívida entregando ao atual governo com lucro.É Bacharel em Direito e Educação Física, com especialização em Fisiologia do Exercício pela Universidade de São Paulo e mestre em Ciências Policiais e Segurança Pública. Possui diversos cursos na área de segurança. Nos USA (Miami, Washington, Faculdade de Columbia em Nova York) e Israel (Tel Aviv). Estava trabalhando na iniciativa privada antes de concorrer às eleições.Foi eleito Vice-prefeito de São Paulo em 2024, na chapa do Prefeito reeleito Ricardo Nunes. É uma figura marcante na segurança pública de São Paulo. Com experiência em gestão, ele busca aplicar seu conhecimento no cargo de vice-prefeito para ajudar na condução das diversas secretarias, buscando melhorar a eficiência e qualidade de vida dos paulistanos.Redes Sociais:Instagram: https://www.instagram.com/melloaraujo10/

Devocionais Pão Diário
Devocional Pão Diário | Forte E Bom

Devocionais Pão Diário

Play Episode Listen Later Apr 26, 2025 2:37


Leitura Bíblica Do Dia: SALMO 118:13-14,22-29 Plano De Leitura Anual: 2 SAMUEL 23–24; LUCAS 19:1-27  Já fez seu devocional hoje? Aproveite e marque um amigo para fazer junto com você! Confira:  O jovem pastor do campus estava preocupado. Mas ele pareceu perturbar-se quando me atrevi a lhe perguntar se ele orava por direção e ajuda de Deus. Orar, como Paulo nos impeliu, sem cessar. Constrangido e franzindo a testa confessou: “Não sei se acredito mais em oração ou se acredito que Deus esteja ouvindo. Basta olhar para o mundo”. Aquele jovem líder estava “edificando” um ministério em sua própria força e, infelizmente, estava falhando. Por quê? Estava rejeitando a Deus. Jesus, como a pedra angular da Igreja, sempre foi rejeitado — começando com Seu próprio povo (JOÃO 1:11). Muitos ainda o rejeitam hoje, esforçando-se para construir a sua vida, trabalho, até mesmo igrejas sobre fundações sem valor, seus próprios planos, sonhos e outros terrenos não confiáveis. Contudo, apenas o nosso bom Salvador é a nossa força e salvação (SALMO 118:14). De fato, “a pedra que os construtores rejeitaram se tornou a pedra angular” (v.22). Situado no canto vital de nossa vida, Ele provê o único traçado certo para qualquer coisa que buscamos fazer por Ele. A Deus, portanto, oramos: “Ó Senhor, por favor, salva-nos! […] dá-nos sucesso! (v.25). O resultado? “Bendito é o que vem em nome do Senhor” (v.26). Que possamos agradecer ao Senhor por Ele ser forte e bom  Por:   PATRICIA RAYBON 

Rádio Comercial - Momentos da Manhã
Estava de costas para a parte de fora da piscina!

Rádio Comercial - Momentos da Manhã

Play Episode Listen Later Apr 21, 2025 4:43


Comidas de Páscoa, aventuras na piscina e uma viagem de finalistas caóticas.

Noticiário Nacional
19h Morreu Nuno Guerreiro. Estava internado em Lisboa

Noticiário Nacional

Play Episode Listen Later Apr 17, 2025 10:29


PODDELAS
MISSÃO PODDELAS - "QUEM ESTAVA NA RESENHA?" - com Flávia Viana

PODDELAS

Play Episode Listen Later Apr 16, 2025 54:24


No episódio de hoje nossos investigadores vão ter a difícil missão para descobrir quem estava na resenha!

Colunistas Eldorado Estadão
Eliane: "Juscelino estava precificado desde o começo; sua demissão demorou muito"

Colunistas Eldorado Estadão

Play Episode Listen Later Apr 9, 2025 20:04


O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, entregou sua carta de demissão após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF), sob acusação de desvio de emendas parlamentares. O caso foi revelado pelo Estadão em 2023. "O que fica claro é que o ministro foi demitido pelo presidente Lula, porque já estava precificado desde o início. Essa história demorou muito, porque o Estadão já tem mostrado quem é Juscelino Filho, sempre envolvido em 'coisas nebulosas'. Movimento abre as portas, finalmente, para Lula tocar a reforma ministerial", avalia Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Eliane Cantanhêde responde
"Juscelino estava precificado desde o começo; sua demissão demorou muito"

Eliane Cantanhêde responde

Play Episode Listen Later Apr 9, 2025 20:04


O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, entregou sua carta de demissão após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF), sob acusação de desvio de emendas parlamentares. O caso foi revelado pelo Estadão em 2023. "O que fica claro é que o ministro foi demitido pelo presidente Lula, porque já estava precificado desde o início. Essa história demorou muito, porque o Estadão já tem mostrado quem é Juscelino Filho, sempre envolvido em 'coisas nebulosas'. Movimento abre as portas, finalmente, para Lula tocar a reforma ministerial", avalia Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Histórias para ouvir lavando louça
Joana da Paz: a história real que inspirou o último filme de Fernanda Montenegro

Histórias para ouvir lavando louça

Play Episode Listen Later Apr 8, 2025 53:20


Joana da Paz tinha 80 anos quando decidiu comprar uma câmera e filmar, da janela do seu apartamento em Copacabana, o tráfico de drogas que operava ali a céu aberto. O que parecia cena de ficção virou realidade quando suas fitas chegaram à Polícia Civil e, logo depois, às mãos do jornalista @fabiogusmao.Ele se lembra do impacto de ver as imagens pela primeira vez: homens armados passando pela ladeira, e uma voz trêmula, mas determinada narrando a rotina do crime, enquanto pedia por ajuda. Era ela, Dona Joana. A verdadeira história, Fábio entendeu, não estava na rua. Estava dentro do apartamento. Na dor, na coragem, no isolamento de quem decidiu agir quando ninguém mais fazia nada.Por segurança, Joana virou "Dona Vitória" na reportagem. Durante meses, Fábio a acompanhou de perto: café, biscoito recheado e longas conversas. Ela queria ver sua história publicada. Queria justiça. Mas não entendia os riscos. Só aceitou sair do apartamento quando conseguiu vendê-lo. E foi aí que tudo começou: uma grande operação foi deflagrada, resultando em 27 mandados cumpridos, 9 contra policiais.A matéria saiu em 2005 e parou o Brasil. Sem redes sociais, viralizou na imprensa. Joana, ainda anônima, foi entrevistada pelo Fantástico. Disse estar com a alma lavada.Depois, entrou para o Programa de Proteção à Testemunha. Mudou de cidade, reconstruiu sua vida e, mesmo longe, nunca perdeu o vínculo com Fábio. Dona Joana morreu em 2023. E hoje, a história que ela tanto quis contar virou filme, com @fernandamontenegrooficial no papel que Dona Joana sempre sonhou: o dela mesma.A mulher que filmou o crime da sua janela queria ser vista, hoje o Brasil inteiro pôde enxergá-la e agora ela será eternizada pela atuação da Fernandona. Compre o livro que inspirou o filme aqui: https://amzn.to/42tkFmo O Oxxo é o parceiro que está apresentando a história da Joana da Paz no podcast. O Oxxo também está sempre pertinho para salvar a gente no dia a dia. Saiba mais em http://instagram.com/oxxobrasil. #VemProOxxoRoteiro: Luigi MadormoEdição: Fábio de Azevedo (Nariz)

Clube dos 52
Querido Líder. "Estava muito cansado para estar ali"

Clube dos 52

Play Episode Listen Later Apr 3, 2025 54:52


Luis Ferreira é diretor geral da Havi Portugal e adora o que faz. Um especialista em logística que partilha as experiências de liderar uma empresa que movimenta cerca de 275 milhões de euros por ano.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Linha Avançada
Estava difícil e ficou fácil

Linha Avançada

Play Episode Listen Later Mar 24, 2025 5:31


Portugal vence a Dinamarca por 5-2, Trincão marca e Roberto Martinez responde às criticas.

Trip FM
Regina Casé, 71 e acelerando!

Trip FM

Play Episode Listen Later Mar 14, 2025


A atriz e apresentadora fala sobre família, religião, casamento e conta pra qual de seus tantos amigos ligaria de uma ilha deserta Regina Casé bem que tentou não comemorar seu aniversário de 71 anos, celebrado no dia 25 de fevereiro. Mas o que seria um açaí com pôr do sol na varanda do Hotel Arpoador se transformou em um samba que só terminou às 11 horas da noite em respeito à lei do silêncio. "Eu não ia fazer nada, nada, nada mesmo. Mas é meio impossível, porque todo mundo fala: vou passar aí, vou te dar um beijo", contou em um papo com Paulo Lima. A atriz e apresentadora tem esse talento extraordinário pra reunir as pessoas mais interessantes à sua volta. E isso vale para seu círculo de amigos, que inclui personalidades ilustres como Caetano Veloso e Fernanda Torres, e também para os projetos que inventa na televisão, no teatro e no cinema.  Inventar tanta coisa nova é uma vocação que ela herdou do pai e do avô, pioneiros no rádio e na televisão, mas também uma necessidade. “Nunca consegui pensar individualmente, e isso até hoje me atrapalha. Mas, ao mesmo tempo, eu tive que ser tão autoral. Eu não ia ser a mocinha na novela, então inventei um mundo para mim. Quase tudo que fiz fui eu que tive a ideia, juntei um grupo, a gente escreveu junto”, afirma. No teatro, ao lado de artistas como o diretor Hamilton Vaz Pereira e os atores Luiz Fernando Guimarães e Patrícia Travassos, ela inventou o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, que revolucionou a cena carioca nos anos 1970. Na televisão, fez programas como TV Pirata, Programa Legal e Brasil Legal. "Aquilo tudo não existia, mas eu tive que primeiro inventar para poder me jogar ali”, conta. LEIA TAMBÉM: Em 1999, Regina Casé estampou as Páginas Negras da Trip De volta aos cinemas brasileiros no fim de março com Dona Lurdes: O Filme, produção inspirada em sua personagem na novela Amor de Mãe (2019), Regina bateu um papo com Paulo Lima no Trip FM. Na conversa, ela fala do orgulho de ter vindo de uma família que, com poucos recursos e sem faculdade, foi pioneira em profissões que ainda nem tinham nome, do título de “brega” que recebeu quando sua originalidade ainda não era compreendida pelas colunas sociais, de sua relação com a religião, da dificuldade de ficar sozinha – afinal, “a sua maior qualidade é sempre o seu maior defeito” –, do casamento de 28 anos com o cineasta Estêvão Ciavatta, das intempéries e milagres que experimentou e de tudo o que leva consigo. “Eu acho que você tem que ir pegando da vida, que nem a Dona Darlene do Eu Tu Eles, que ficou com os três maridos”, afirma. “A vida vai passando e você vai guardando as coisas que foram boas e tentando se livrar das ruins”. Uma das figuras mais admiradas e admiráveis do país, ela ainda revela para quem ligaria de uma ilha deserta e mostra o presente de aniversário que ganhou da amiga Fernanda Montenegro. Você pode conferir esse papo a seguir ou ouvir no Spotify do Trip FM.  [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d446165a3ce/header-regina-interna.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Trip. Além de atriz, você é apresentadora, humorista, escritora, pensadora, criadora, diretora… Acho que tem a ver com uma certa modernidade que você carrega, essa coisa de transitar por 57 planetas diferentes. Como é que você se apresentaria se tivesse que preencher aquelas fichas antigas de hotel? Regina Casé. Até hoje ponho atriz em qualquer coisa que tenho que preencher, porque acho a palavra bonita. E é como eu, vamos dizer, vim ao mundo. As outras coisas todas vieram depois. Mesmo quando eu estava há muito tempo sem atuar, eu era primeiramente uma atriz. E até hoje me sinto uma atriz que apresenta programas, uma atriz que dirige, uma atriz que escreve, mas uma atriz. Você falou numa entrevista que, se for ver, você continua fazendo o mesmo trabalho. De alguma maneira, o programa Brasil Legal, a Val de "Que Horas Ela Volta", o grupo de teatro "Asdrúbal Trouxe o Trombone" ou agora esse programa humorístico tem a mesma essência, um eixo que une tudo isso. Encontrei entrevistas e vídeos maravilhosos seus, um lá no Asdrúbal, todo mundo com cara de quem acabou de sair da praia, falando umas coisas muito descontraídas e até mais, digamos assim, sóbrias. E tem um Roda Viva seu incrível, de 1998. Eu morro de pena, porque também o teatro que a gente fazia, a linguagem que a gente usava no Asdrúbal, era tão nova que não conseguiu ser decodificada naquela época. Porque deveria estar sendo propagada pela internet, só que não havia internet. A gente não tem registros, não filmava, só fotografava. Comprava filme, máquina, pagava pro irmão do amigo fazer aquilo no quarto de serviço da casa dele, pequenininho, com uma luz vermelha. Só que ele não tinha grana, então comprava pouco fixador, pouco revelador, e dali a meses aquilo estava apagado. Então, os documentos que a gente tem no Asdrúbal são péssimos. Fico vendo as pouquíssimas coisas guardadas e que foram para o YouTube, como essa entrevista do Roda Viva. Acho que não passa quatro dias sem que alguém me mande um corte. "Ah, você viu isso? Adorei!". Ontem o DJ Zé Pedro me mandou um TED que eu fiz, talvez o primeiro. E eu pensei: "Puxa, eu falei isso, que ótimo, concordo com tudo". Quanta coisa já mudou no Brasil, isso é anterior a tudo, dois mil e pouquinho. E eu fiquei encantada com o Roda Viva, eu era tão novinha. Acho que não mudei nada. Quando penso em mim com cinco anos de idade, andando com a minha avó na rua, a maneira como eu olhava as pessoas, como eu olhava o mundo, é muito semelhante, se não igual, a hoje em dia.  [VIDEO=https://www.youtube.com/embed/rLoqGPGmVdo; CREDITS=; LEGEND=Em 1998, aos 34 anos, Regina Casé foi entrevistada pelo programa Roda Viva, da TV Cultura; IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49b0ede6d3/1057x749x960x540x52x40/screen-shot-2025-03-14-at-180926.png] O Boni, que foi entrevistado recentemente no Trip FM, fala sobre seu pai em seu último livro, “Lado B do Boni”, como uma das pessoas que compuseram o que ele é, uma figura que teve uma relevância muito grande, inclusive na TV Globo. Conta um pouco quem foi o seu pai, Regina. Acho que não há Wikipedia que possa resgatar o tamanho do meu pai e do meu avô. Meu avô é pioneiríssimo do rádio, teve um dos primeiros programas de rádio, se não o primeiro. Ele nasceu em Belo Jardim, uma cidadezinha do agreste pernambucano, do sertão mesmo. E era brabo, criativo demais, inteligente demais, e, talvez por isso tudo, impaciente demais, não aguentava esperar ninguém terminar uma frase. Ele veio daquele clássico, com uma mão na frente e outra atrás, sem nada, e trabalhou na estiva, dormiu na rua até começar a carregar rádios. Só que, nos anos 20, 30, rádios eram um armário de madeira bem grandão. Daí o cara viu que ele era esperto e botou ele para instalar os rádios na casa das pessoas. Quando meu avô descobriu que ninguém sabia sintonizar, que era difícil, ele aprendeu. E aí ele deixava os rádios em consignação, botava um paninho com um vasinho em cima, sintonizado, funcionando. Quando ele ia buscar uma semana depois, qualquer um comprava. Aí ele disparou como vendedor dos rádios desse cara que comprava na gringa e começou a ficar meio sócio do negócio. [QUOTE=1218] Mas a programação toda era gringa, em outras línguas. Ele ficava fascinado, mas não entendia nada do que estava rolando ali. Nessa ele descobriu que tinha que botar um conteúdo ali dentro, porque aquele da gringa não estava suprindo a necessidade. Olha como é parecido com a internet hoje em dia. E aí ele foi sozinho, aquele nordestino, bateu na Philips e falou que queria comprar ondas curtas, não sei que ondas, e comprou. Aí ele ia na farmácia Granado e falava: "Se eu fizer um reclame do seu sabão, você me dá um dinheiro para pagar o pianista?". Sabe quem foram os dois primeiros contratados dele? O contrarregra era o Noel Rosa, e a única cantora que ele botou de exclusividade era a Carmen Miranda. Foram os primeiros empregos de carteira assinada. E aí o programa cresceu. Começava de manhã, tipo programa do Silvio, e ia até de noite. Chamava Programa Casé.  E o seu pai? Meu avô viveu aquela era de ouro do rádio. Quando sentiu que o negócio estava ficando estranho, ele, um cara com pouquíssimos recursos de educação formal, pegou meu pai e falou: "vai para os Estados Unidos porque o negócio agora vai ser televisão". Ele fez um curso, incipiente, para entender do que se tratava. Voltou e montou o primeiro programa de televisão feito aqui no Rio de Janeiro, Noite de Gala. Então, tem uma coisa de pioneirismo tanto no rádio quanto na televisão. E meu pai sempre teve um interesse gigante na educação, como eu. Esse interesse veio de onde? Uma das coisas que constituem o DNA de tudo o que fiz, dos meus programas, é a educação. Um Pé de Quê, no Futura, o Brasil Legal e o Programa Legal, na TV Globo… Eu sou uma professora, fico tentando viver as duas coisas juntas. O meu pai tinha isso porque esse meu avô Casé era casado com a Graziela Casé, uma professora muito, mas muito idealista, vocacionada e apaixonada. Ela trabalhou com Anísio Teixeira, Cecília Meireles, fizeram a primeira biblioteca infantil. Meu pai fez o Sítio do Picapau Amarelo acho que querendo honrar essa professora, a mãe dele. Quando eu era menina, as pessoas vinham de uma situação rural trabalhar como domésticas, e quase todas, se não todas, eram analfabetas. A minha avó as ensinava a ler e escrever. Ela dizia: "Se você conhece uma pessoa que não sabe ler e escrever e não ensina para ela, é um crime". Eu ficava até apavorada, porque ela falava muito duramente. Eu acho que sou feita desse pessoal. Tenho muito orgulho de ter vindo de uma família que, sem recursos, sem universidade, foi pioneira na cidade, no país e em suas respectivas... Não digo “profissões” porque ainda nem existiam suas profissões. Eu tento honrar.  [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49d1e03df5/header-regina-interna6.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Em 1999, a atriz e apresentadora estampou as Páginas Negras da Trip; ALT_TEXT=] Você tem uma postura de liderança muito forte. Além de ter preparo e talento, você tem uma vocação para aglutinar, juntar a galera, fazer time. Por outro lado, tem essa coisa da atriz, que é diferente, talvez um pouco mais para dentro. Você funciona melhor sozinha ou como uma espécie de capitã, técnica e jogadora do time? Eu nasci atriz dentro de um grupo. E o Asdrúbal trouxe o Trombone não era só um grupo. Apesar do Hamilton Vaz Pereira ter sido sempre um autor e um diretor, a gente criava coletivamente, escrevia coletivamente, improvisava. Nunca consegui pensar individualmente, e isso até hoje é uma coisa que me atrapalha. Todo mundo fala: "escreve um livro". Eu tenho vontade, mas falo que para escrever um livro preciso de umas 10 pessoas de público, todo mundo junto. Sou tão grupal que é difícil. Ao mesmo tempo, eu tive que ser muito autoral. Eu, Tu, Eles foi a primeira vez que alguém me tirou para dançar. Antes eu fiz participações em muitos filmes, mas foi a primeira protagonista. Quase tudo que fiz fui eu que tive a ideia, juntei um grupo, a gente escreveu junto. Então, eu sempre inventei um mundo para mim. No teatro eu não achava lugar para mim, então tive que inventar um, que era o Asdrúbal. Quando eu era novinha e fui para a televisão, eu não ia ser a mocinha na novela. Então fiz a TV Pirata, o Programa Legal, o Brasil Legal. Aquilo tudo não existia na televisão, mas eu tive que primeiro inventar para poder me jogar ali. Eu sempre me acostumei não a mandar, mas a ter total confiança de me jogar.  E nos trabalhos de atriz, como é? No Asdrúbal eu me lembro que uma vez eu virei umas três noites fazendo roupa de foca, que era de pelúcia, e entupia o gabinete na máquina. Eu distribuía filipeta, colava cartaz, pregava cenário na parede. Tudo, todo mundo fazia tudo. É difícil quando eu vou para uma novela e não posso falar que aquele figurino não tem a ver com a minha personagem, que essa casa está muito chique para ela ou acho que aqui no texto, se eu falasse mais normalzão, ia ficar mais legal. Mas eu aprendi. Porque também tem autores e autores. Eu fiz três novelas com papéis de maior relevância. Cambalacho, em que fiz a Tina Pepper, um personagem coadjuvante que ganhou a novela. Foi ao ar em 1986 e até hoje tem gente botando a dancinha e a música no YouTube, cantando. Isso também, tá vendo? É pré-internet e recebo cortes toda hora, porque aquilo já tinha cara de internet. Depois a Dona Lurdes, de Amor de Mãe, e a Zoé, de Todas as Flores. Uma é uma menina preta da periferia de São Paulo. A outra uma mulher nordestina do sertão, com cinco filhos. A terceira é uma truqueira carioca rica que morava na Barra. São três universos, mas as três foram muito fortes. Tenho muito orgulho dessas novelas. Mas quando comecei, pensei: "Gente, como é que vai ser?". Não é o meu programa. Não posso falar que a edição está lenta, que devia apertar. O começo foi difícil, mas depois que peguei a manha de ser funcionária, fazer o meu e saber que não vou ligar para o cenário, para o figurino, para a comida e não sei o quê, falei: "Isso aqui, perto de fazer um programa como o Esquenta ou o Programa Legal, é como férias no Havaí".  Você é do tipo que não aguenta ficar sozinha ou você gosta da sua companhia? Essa é uma coisa que venho perseguindo há alguns anos. Ainda estou assim: sozinha, sabendo que, se quiser, tem alguém ali. Mas ainda apanho muito para ficar sozinha porque, justamente, a sua maior qualidade é sempre o seu maior defeito. Fui criada assim, em uma família que eram três filhas, uma mãe e uma tia. Cinco mulheres num apartamento relativamente pequeno, um banheiro, então uma está escovando os dentes, outra está fazendo xixi, outra está tomando banho, todas no mesmo horário para ir para a escola. Então é muito difícil para mim ficar sozinha, mas tenho buscado muito. Quando falam "você pode fazer um pedido", eu peço para ter mais paciência e para aprender a ficar sozinha.  Você contou agora há pouco que fazia figurinos lá no Asdrúbal e também já vi você falando que sempre aparecia na lista das mais mal vestidas do Brasil. Como é ser julgada permanentemente? Agora já melhorou, mas esse é um aspecto que aparece mais porque existe uma lista de “mais mal vestidas". Se existisse lista para outras transgressões, eu estaria em todas elas. Não só porque sou transgressora, mas porque há uma demanda que eu seja. Quando não sou, o pessoal até estranha. Eu sempre gostei muito de moda, mais que isso, de me expressar através das roupas. E isso saía muito do padrão, principalmente na televisão, do blazer salmão, do nude, da unha com misturinha, do cabelo com escova. Volta e meia vinha, nos primórdios das redes sociais: "Ela não tem dinheiro para fazer uma escova naquele cabelo?". "Não tem ninguém para botar uma roupa normal nela?".  [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49c62141c1/header-regina-interna4.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Regina Casé falou à Trip em 1999, quando estampou as Páginas Negras; ALT_TEXT=] Antes da internet, existiam muitas colunas sociais em jornal. Tinha um jornalista no O Globo que me detonava uma semana sim e outra não. Eu nunca vou me esquecer. Ele falava de uma bolsa que eu tinha da Vivienne Westwood, que inclusive juntei muito para poder comprar. Eu era apaixonada por ela, que além de tudo era uma ativista, uma mulher importantíssima na gênese do Sex Pistols e do movimento punk. Ele falava o tempo todo: "Estava não sei onde e veio a Regina com aquela bolsa horrorosa que comprou no Saara". O Saara no Rio corresponde à 25 de março em São Paulo, e são lugares que sempre frequentei, que amo e que compro bolsas também. Eu usava muito torço no cabelo, e ele escrevia: "Lá vem a lavadeira do Abaeté". Mais uma vez, não só sendo preconceituoso, mas achando que estava me xingando de alguma coisa que eu acharia ruim. Eu pensava: nossa, que maravilha, estou parecendo uma lavadeira do Abaeté e não alguém com um blazer salmão, com uma blusa bege, uma bolsa arrumadinha de marca. Pra mim era elogio, mas era chato, porque cria um estigma. E aí um monte de gente, muito burra, vai no rodo e fala: "Ela é cafona, ela é horrorosa". Por isso que acho que fiquei muito tempo nessas listas.  O filme “Ainda Estou Aqui” está sendo um alento para o Brasil, uma coisa bem gostosa de ver, uma obra iluminada. A Fernanda Torres virou uma espécie de embaixadora do Brasil, falando de uma forma muito legal sobre o país, sobre a cultura. Imagino que pra você, que vivenciou essa época no Rio de Janeiro, seja ainda mais especial. Eu vivi aquela época toda e o filme, mesmo sem mostrar a tortura e as barbaridades que aconteceram, reproduz a angústia. Na parte em que as coisas não estão explicitadas, você só percebe que algo está acontecendo, e a angústia que vem dali. Mesmo depois, quando alguma coisa concreta aconteceu, você não sabe exatamente do que está com medo, o que pode acontecer a qualquer momento, porque tudo era tão aleatório, sem justificativa, ninguém era processado, julgado e preso. O filme reproduz essa sensação, mesmo para quem não viveu. É maravilhoso, maravilhoso.  [QUOTE=1219] Não vou dizer que por sorte porque ele tem todos os méritos, mas o filme caiu num momento em que a gente estava muito sofrido culturalmente. Nós, artistas, tínhamos virado bandidos, pessoas que se aproveitam. Eu nunca usei a lei Rouanet, ainda que ache ela muito boa, mas passou-se a usar isso quase como um xingamento, de uma maneira horrível. E todos os artistas muito desrespeitados, inclusive a própria Fernanda, Fernandona, a pessoa que a gente mais tem que respeitar na cultura do país. O filme veio não como uma revanche. Ele veio doce, suave e brilhantemente cuidar dessa ferida. Na equipe tenho muitos amigos, praticamente família, o Walter, a Nanda, a Fernanda. Sou tão amiga da Fernanda quanto da Nanda, sou meio mãe da Nanda, mas sou meio filha da Fernanda, sou meio irmã da Nanda e também da Fernanda. É bem misturado, e convivo muito com as duas. Por acaso, recebi ontem um presente e um cartão de aniversário da Fernandona que é muito impressionante. Tão bonitinho, acho que ela não vai ficar brava se eu mostrar para vocês. O que o cartão diz? Ela diz assim: "Regina, querida, primeiro: meu útero sabe que a Nanda já está com esse Oscar”. Adorei essa frase. "Segundo, estou trabalhando demais, está me esgotando. Teria uma leitura de 14 trechos magníficos, de acadêmicos, que estou preparando essa apresentação para a abertura da Academia [Brasileira de Letras], que está em recesso. O esgotamento acho que é por conta dos quase 100 anos que tenho". Imagina... Com esse trabalho todo. Aí ela faz um desenho lindo de flores com o coração: "Regina da nossa vida, feliz aniversário, feliz sempre da Fernanda". E me manda uma toalhinha bordada lindíssima com um PS: "Fernando [Torres] e eu compramos essa toalhinha de mão no Nordeste numa das temporadas de nossa vida pelo Brasil afora. Aliás, nós comprávamos muito lembranças como essa. Essa que eu lhe envio está até manchadinha, mas ela está feliz porque está indo para a pessoa certa. Está manchadinha porque está guardadinha faz muitos anos". Olha que coisa. Como é que essa mulher com quase 100 anos, com a filha indicada ao Oscar, trabalhando desse jeito, decorando 14 textos, tem tempo de ser tão amorosa, gentil, generosa e me fazer chorar? Não existe. Ela é maravilhosa demais. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49b9f0f548/header-regina-interna3.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Eu queria te ouvir sobre outro assunto. Há alguns anos a menopausa era um tema absolutamente proibido. As mulheres se sentiam mal, os homens, então, saíam correndo. Os médicos não falavam, as famílias não falavam. E é engraçado essa coisa do pêndulo. De repente vira uma onda, artistas falando, saem dezenas de livros sobre o assunto. Como foi para você? Você acha que estamos melhorando na maneira de lidar com as nossas questões enquanto humanidade? É bem complexo. Tem aspectos que acho que estão melhorando muito. Qualquer família que tinha uma pessoa com deficiência antigamente escondia essa pessoa, ela era quase trancada num quarto, onde nem as visitas da casa iam. E hoje em dia todas essas pessoas estão expostas, inclusive ao preconceito e ao sofrimento, mas estão na vida, na rua. Há um tempo não só não podia ter um casal gay casado como não existia nem a expressão "casal gay", porque as pessoas no máximo tinham um caso escondido com outra pessoa. Então em muitos aspectos a gente avançou bastante. Não sei se é porque agora estou ficando bem mais velha, mas acho que esse assunto do etarismo está chegando ainda de uma maneira muito nichada. Se você for assistir a esse meu primeiro TED, eu falo que a gente não pode pegar e repetir, macaquear as coisas dos Estados Unidos. Essa ideia de grupo de apoio. Sinto que essa coisa da menopausa, do etarismo, fica muito de mulher para mulher, um grupo de mulheres daquela idade. Mas não acho que isso faz um garoto de 16 anos entender que eu, uma mulher de 70 anos, posso gostar de basquete, de funk, de sambar, de namorar, de dançar. Isso tudo fica numa bolha bem impermeável. E não acho que a comunicação está indo para outros lados. É mais você, minha amiga, que também está sentindo calores. [QUOTE=1220] Tem uma coisa americana que inventaram que é muito chata. Por exemplo, a terceira idade. Aí vai ter um baile, um monte de velhinhos e velhinhas dançando todos juntos. Claro que é melhor do que ficar em casa deprimido, mas é chato. Acho que essa festa tem que ter todo mundo. Tem que ter os gays, as crianças, todo mundo nessa mesma pista com um DJ bom, com uma batucada boa. Senão você vai numa festa e todas as pessoas são idênticas. Você vai em um restaurante e tem um aquário onde põem as crianças dentro de um vidro enquanto você come. Mas a criança tem que estar na mesa ouvindo o que você está falando, comendo um troço que ela não come normalmente. O menu kids é uma aberração. Os meus filhos comem tudo, qualquer coisa que estiver na mesa, do jeito que for. Mas é tudo separado. Essa coisa de imitar americano, entendeu? Então, acho que essa coisa da menopausa está um pouco ali. Tem que abrir para a gente conversar, tem que falar sobre menopausa com o MC Cabelinho. Eu passei meio batida, porque, por sorte, não tive sintomas físicos mais fortes. Senti um pouco mais de calor, mas como aqui é tão calor e eu sou tão agitada, eu nunca soube que aquilo era específico da menopausa.  Vou mudar um pouco de assunto porque não dá para deixar de falar sobre isso. Uma das melhores entrevistas do Trip FM no ano passado foi com seu marido, o cineasta Estêvão Ciavatta. Ele contou do acidente num passeio a cavalo que o deixou paralisado do pescoço para baixo e com chances de não voltar a andar. E fez uma declaração muito forte sobre o que você representou nessa recuperação surpreendente dele. A expressão "estamos juntos" virou meio banal, mas, de fato, você estava junto ali. Voltando a falar do etarismo, o Estêvão foi muito corajoso de casar com uma mulher que era quase 15 anos mais velha, totalmente estabelecida profissionalmente, conhecida em qualquer lugar, que tinha sido casada com um cara maravilhoso, o Luiz Zerbini, que tinha uma filha, uma roda de amigos muito grande, um símbolo muito sólido, tudo isso. Ele propôs casar comigo, na igreja, com 45 anos. Eu, hippie, do Asdrúbal e tudo, levei um susto, nunca pensei que eu casar. O que aconteceu? Eu levei esse compromisso muito a sério, e não é o compromisso de ficar com a pessoa na saúde, na doença, na alegria, na tristeza. É também, mas é o compromisso de, bom, vamos entrar nessa? Então eu vou aprender como faz isso, como é esse amor, como é essa pessoa, eu vou aprender a te amar do jeito que você é. Acho que o pessoal casa meio de brincadeira, mas eu casei a sério mesmo, e estamos casados há 28 anos. Então, quando aconteceu aquilo, eu falei: ué, a gente resolveu ficar junto e viver o que a vida trouxesse pra gente, então vamos embora. O que der disso, vamos arrumar um jeito, mas estamos juntos. E acho que teve uma coisa que me ajudou muito. O quê? Aqui em casa é tipo pátio dos milagres. Teve isso que aconteceu com o Estêvão, e também a gente ter encontrado o Roque no momento que encontrou [seu filho caçula, hoje com 11 anos, foi adotado pelo casal quando bebê]. A vida que a gente tem hoje é inacreditável. Parece realmente que levou oito anos, o tempo que demorou para encontrar o filho da gente, porque estava perdido em algum lugar, igual a Dona Lurdes, de Amor de Mãe. Essa é a sensação. E a Benedita, quando nasceu, quase morreu, e eu também. Ela teve Apgar [escala que avalia os recém-nascidos] zero, praticamente morreu e viveu. Nasceu superforte, ouvinte, gorda, forte, cabeluda, mas eu tive um descolamento de placenta, e com isso ela aspirou líquido. Ela ficou surda porque a entupiram de garamicina, um antibiótico autotóxico. Foi na melhor das intenções, pra evitar uma pneumonia pelo líquido que tinha aspirado, mas ninguém conhecia muito, eram os primórdios da UTI Neonatal. O que foi para a gente uma tragédia, porque ela nasceu bem. Só que ali aprendi um negócio que ajudou muito nessa história do Estêvão: a lidar com médico. E aprendi a não aceitar os "não". Então quando o cara dizia "você tem que reformar a sua casa, tira a banheira e bota só o chuveiro largo para poder entrar a cadeira de rodas", eu falava: "Como eu vou saber se ele vai ficar pra sempre na cadeira de rodas?".  [QUOTE=1221] Quando a Benedita fala "oi, tudo bem?", ela tem um leve sotaque, anasalado e grave, porque ela só tem os graves, não tem nem médio, nem agudo. Mas ela fala, canta, já ganhou concurso de karaokê. Quando alguém vê a audiometria da Benedita, a perda dela é tão severa, tão profunda, que falam: "Esse exame não é dessa pessoa". É o caso do Estêvão. Quando olham a lesão medular dele e veem ele andando de bicicleta com o Roque, falam: "Não é possível". Por isso eu digo que aqui em casa é o pátio dos milagres. A gente desconfia de tudo que é “não”. É claro que existem coisas que são limitações estruturais, e não adianta a gente querer que seja de outro jeito, mas ajuda muito duvidar e ir avançando a cada "não" até que ele realmente seja intransponível. No caso do Estêvão, acho que ele ficou feliz porque teve perto por perto não só uma onça cuidando e amando, mas uma onça que já tinha entendido isso. Porque se a gente tivesse se acomodado a cada “não”, talvez ele não estivesse do jeito que está hoje. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49af631476/header-regina-interna2.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Eu já vi você falar que essa coisa da onça é um pouco fruto do machismo, que você teve que virar braba para se colocar no meio de grupos que eram majoritariamente de homens, numa época que esse papo do machismo era bem menos entendido. Isso acabou forjando o seu jeito de ser? Com certeza. Eu queria ser homem. Achava que tudo seria mais fácil, melhor. Achava maravilhoso até a minha filha ser mulher. Fiquei assustadíssima. Falei: "Não vou ser capaz, não vou acertar". Aí botei a Benedita no futebol, foi artilheira e tudo, e fui cercando com uma ideia nem feminista, nem machista, mas de que o masculino ia ser melhor pra ela, mais fácil. Mas aí aprendi com a Benedita não só a amar as mulheres, mas a me amar como mulher, grávida, dando de mamar, criando outra mulher, me relacionando com amigas, com outras mulheres. Isso tudo veio depois da Benedita. Mas se você falar "antigamente o machismo"... Vou te dizer uma coisa. Se eu estou no carro e falo para o motorista “é ali, eu já vim aqui, você pode dobrar à direita”, ele pergunta assim: “Seu Estêvão, você sabe onde é para dobrar?”. Aí eu falo: “Vem cá, você quer que compre um pau para dizer pra você para dobrar à direita? Vou ter que botar toda vez que eu sentar aqui? Porque não é possível, estou te dizendo que eu já vim ali”. É muito impressionante, porque não é em grandes discussões, é o tempo todo. É porque a gente não repara, sabe? Quer dizer, eu reparo, você que é homem talvez não repare. Nesses momentos mais difíceis, na hora de lidar com os problemas de saúde da Benedita ou com o acidente punk do Estêvão, o que você acha que te ajudou mais: os anos de terapia ou o Terreiro de Gantois, casa de Candomblé que você frequenta em Salvador? As duas coisas, porque a minha terapia também foi muito aberta. E não só o Gantois como o Sacré-Coeur de Marie. Eu tenho uma formação católica. Outro dia eu ri muito porque a Mãe Menininha se declarava católica em sua biografia, e perguntaram: "E o Candomblé"? Ela falava: “Candomblé é outra coisa”. E eu vejo mais ou menos assim. Não é que são duas religiões, eu não posso pegar e jogar a criança junto com a água da bacia. É claro que eu tenho todas as críticas que você quiser à Igreja Católica, mas eu fui criada por essa avó Graziela, que era professora, uma mulher genial, e tão católica que, te juro, ela conversava com Nossa Senhora como eu estou conversando com você. Quando ela recebia uma graça muito grande, ligava para mim e para minhas irmãs e falava: "Venham aqui, porque eu recebi uma graça tão grande que preciso de vocês para agradecer comigo, sozinha não vou dar conta." Estudei em colégio de freiras a minha vida inteira, zero trauma de me sentir reprimida, me dava bem, gosto do universo, da igreja. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49cbe34551/header-regina-interna5.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Em 1999, Regina Casé foi a entrevistada das Páginas Negras da Trip; ALT_TEXT=] Aí eu tenho um encontro com o Candomblé, lindíssimo, através da Mãe Menininha. Essa história é maravilhosa. O Caetano [Veloso] disse: "Mãe Menininha quer que você vá lá". Eu fiquei apavorada, porque achei que ela ia fazer uma revelação, tinha medo que fosse um vaticínio... Até que tomei coragem e fui. Cheguei lá com o olho arregalado, entrei no quarto, aquela coisa maravilhosa, aquela presença.. Aí eu pedi a benção e perguntei o que ela queria. Ela falou: "Nada não, queria conhecer a Tina Pepper". Então, não só o Gantuar, o Candomblé como um todo, só me trouxe coisas boas e acolhida. A minha relação com a Bahia vem desde os 12 anos de idade, depois eu acabei recebendo até a cidadania de tamanha paixão e dedicação. É incrível porque eu nunca procurei. No episódio da Benedita, no dia seguinte já recebi de várias pessoas orientações do que eu devia fazer. No episódio do Estêvão também, não só do Gantuar, mas da [Maria] Bethânia, e falavam: "Olha, você tem que fazer isso, você tem que cuidar daquilo". Então, como é que eu vou negar isso? Porque isso tudo está aqui dentro. Então, acho que você tem que ir pegando da vida, que nem a Dona Darlene do “Eu Tu Eles”, que ficou com os três maridos. A vida vai passando por você e você vai guardando as coisas que foram boas e tentando se livrar das ruins. A gente sabe que você tem uma rede de amizades absurda, é muito íntima de meio mundo. Eu queria brincar daquela história de te deixar sozinha numa ilha, sem internet, com todos os confortos, livros, música. Você pode ligar à vontade para os seus filhos, pro seu marido, mas só tem uma pessoa de fora do seu círculo familiar para quem você pode ligar duas vezes por semana. Quem seria o escolhido para você manter contato com a civilização? É curioso que meus grandes amigos não têm celular. Hermano [Vianna] não fala no celular, Caetano só fala por e-mail, é uma loucura, não é nem WhatsApp. Acho que escolheria o Caetano, porque numa ilha você precisa de um farol. Tenho outros faróis, mas o Caetano foi, durante toda a minha vida, o meu farol mais alto, meu norte. E acho que não suportaria ficar sem falar com ele. 

Evangelio del día - Evangelio de hoy
[PT] Evangelho 8 Março 2025 (Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores)

Evangelio del día - Evangelio de hoy

Play Episode Listen Later Mar 7, 2025 8:21


Sábado, 8 de Março de 2025 (Sábado depois das Cinzas - Quaresma)   Evangelho do dia e reflexão... Deixe a Palavra do Senhor transformar a sua vida!   [Lucas 5, 27-32] Naquele tempo, Jesus viu um cobrador de impostos, chamado Levi, sentado na coletoria. Jesus lhe disse: "Segue-me." Levi deixou tudo, levantou-se e o seguiu. Depois, Levi preparou em casa um grande banquete para Jesus. Estava aí grande número de cobradores de impostos e outras pessoas sentadas à mesa com eles. Os fariseus e seus mestres da Lei murmuravam e diziam aos discípulos de Jesus: "Por que vós comeis e bebeis com os cobradores de impostos e com os pecadores?". Jesus respondeu: "Os que são sadios não precisam de médico, mas sim os que estão doentes. Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores para a conversão".________________   Contato: ⁠info@sercreyente.com⁠ 

Palavra Amiga do Bispo Macedo
O vulgo que estava no meio de Israel - Meditação Matinal 03/03/25

Palavra Amiga do Bispo Macedo

Play Episode Listen Later Mar 3, 2025 36:55


"Não extingais (apagueis) O ESPÍRITO." I Tessalonicenses 5:19"E aconteceu que, queixou-se o povo falando o que era mal aos ouvidos do Senhor; e ouvindo o Senhor a Sua ira se acendeu; e o fogo do Senhor ardeu entre eles e consumiu os que estavam na última parte do arraial.Então o povo clamou a Moisés, e Moisés orou ao Senhor, e o fogo se apagou.Pelo que chamou aquele lugar Taberá, porquanto o fogo do Senhor se acendera entre eles. E O VULGO, que estava no meio deles, veio a ter grande desejo; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar, e disseram: Quem nos dará carne a comer?" Números 11:1-4

Colunistas Eldorado Estadão
Eliane sobre encontro de Lula com Tarcisio: "Presidente teve um bom momento"

Colunistas Eldorado Estadão

Play Episode Listen Later Feb 28, 2025 20:38


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira, 27, que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), está “fazendo história” nas parcerias com o governo dele. Adversários políticos, os dois dividiram o palanque em evento em Santos que lançou edital para a construção do túnel que ligará a cidade a Guarujá. A obra custará R$ 6 bilhões, valor que será dividido pelos dois governos. "Essa foi uma semana pesada para o presidente, por causa do resultado da pesquisa Genial/Quaest, de popularidade; ninguém esperava que o tombo fosse tão grande. Nesse encontro de ontem, Lula teve um bom momento. Estava alegre e foi muito adequado; Tarcísio também estava leve", avalia Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Aleixo FM
Eleições alemãs

Aleixo FM

Play Episode Listen Later Feb 26, 2025 4:20


Este programa também é um programa sério, também sabe fazer análises políticas. Estava toda a gente cheia de medo destas eleições, mas, afinal, não foi caso para tanto. E o novo chanceler, quem é?

Colunistas Eldorado Estadão
Eliane: "Para Governo, Nisia não estava pronta para o desafio da Saúde"

Colunistas Eldorado Estadão

Play Episode Listen Later Feb 21, 2025 25:42


As pressões para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dê início à reforma no primeiro escalão do governo, removendo Nísia Trindade do Ministério da Saúde, aumentam a cada dia. O mais cotado para substituí-la é o ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais, e seria uma escolha do próprio Lula. Porém, Arthur Chioro, que esteve à frente da pasta dos governos Dilma Rousseff, corre por fora — indicação que seria defendida pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa. "Nísia é uma ótima técnica, muito correta e o presidente e sua esposa gostam muito dela, mas a pasta é uma potência e, na versão do Governo, ela não estava tão pronta para um desafio tão grande. Presidente Lula resistiu às pressões do Centrão pra tirá-la, a defendeu e manteve, mas acha que agora tem de resolver a gestão da Saúde. Com Padilha, PT ficaria com o controle do ministério, maz perderia a articulação política", avalia Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Portugalex
Musk estava a fazer coreografia dos Caricas

Portugalex

Play Episode Listen Later Jan 27, 2025 3:06


Trump quer acabar com guerra entre a Luísa Sobral e os piolhos

Portuguese For Listening With Eli And Friends
Episode 257: Talking about an Ideal Person

Portuguese For Listening With Eli And Friends

Play Episode Listen Later Jan 16, 2025 48:23


Tenha a sua primeira conversação inteiramente em português. Clique no link a seguir e saiba mais: https://portuguesewitheli.com/gtc To support this podcast, you can leave us a review or make a small donation here: https://buymeacoffee.com/elisousa And to grab a free learning guide to see what it looks like, go here: https://portuguesewitheli.com/school-invitation/ And here is the transcript for your benefit: Nas aulas de biologia, diziam que “o ser humano nasce, cresce, se reproduz e morre.” Mas no pensamento da minha família é diferente. Para eles, o ser humano nasce, cresce, se casa, se reproduz e morre. E por isso, para eles, eu parei na evolução porque nunca quis me casar e não quero. Pelo menos não enquanto eu não encontrar um partidão. Uma vez tentaram me arranjar com o Samuel. Samuel é um cara com quem cresci. A gente morava na mesma rua. Ele é sangue bom. Sempre que falam do Samuel, dizem: “Samuel é gente fina.” Nunca vi Samuel com raiva de ninguém. Aliás, ele é até um bom termômetro. Se alguém não gostar do Samuel, provavelmente boa bisca não é. Samuel, inclusive, tem a cabeça no lugar. Se aferrou ao primeiro emprego que conseguiu. Já trabalha lá faz quinze anos. Se tem hora extra, não importa quando — seja no fim de semana, seja de madrugada, — Samuel levanta o braço e diz que está dentro. Até se podia pensar que ele faz isso por cobiça. Mas se estaria redondamente enganado. Samuel faz isso porque gosta de ser prestativo e ajudar a quem precisa, mesmo que seja uma empresa multinacional. Além disso, com os amigos, Samuel é amigo pra valer. Ele é um parceiraço. Outro dia soube que o Juvenal tinha se envolvido com agiotas. Estava com a cabeça a prêmio. Um verdadeiro cabeça de vento. E o Samuel não só quitou a dívida que Juvenal tinha com 3 agiotas diferentes, como também ainda lhe deu uma quantia gorda para que Juvenal pudesse começar uma vida nova. Pensando bem, nunca vi pessoa mais sensata que o próprio Samuel. Depois da primeira década de trabalho, Samuel resolveu comprar uma casinha. Diferentemente do que outras pessoas fazem, Samuel não financiou. Pagou à vista. Disseram as más línguas que era dinheiro de tráfico. E muita gente que saiu aventando esse boato era amiga do Samuel. Para você ver o tanto de gente duas caras que tem por aí. A pessoa diz que é amigo, mas está ali fazendo fofoca, bando de língua de trapo. De todo modo, não foi dinheiro de tráfico coisa alguma. Samuel é uma pessoa de bem, indo e voltando. O que ele fez foi que já no primeiro salário começou a fazer um pé-de-meia. E como morava com os pais, conseguia poupar quase todo o salário. Ao cabo de 10 anos, foi lá e comprou a casa. Ele é uma pessoa íntegra mesmo, nunca se envolveria com nada ilícito. Vendo o Samuel sob essa ótica, a pessoa até pensa que ele é um partidão. E ele é. É até loucura alguém se recusar a dar uma chance a ele. Mas sabe qual o problema que eu tenho com ele? É que ele é bonzinho demais. E eu detesto gente boazinha demais.

Palavra Amiga do Bispo Macedo
Vinho com mirra X Vinagre com fezes humanas - Meditação Matinal 11/01/25

Palavra Amiga do Bispo Macedo

Play Episode Listen Later Jan 11, 2025 37:07


"E deram-Lhe a beber vinho com mirra, mas Ele não o tomou." Marcos 15:23 "Estava, pois, ali um vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja, e, pondo-a num hissopo, lha chegaram à boca." João 19:29

Palavra Amiga do Bispo Macedo
A esponja embebida de vinagre para saciar a sede de Jesus na cruz - Meditação Matinal 10/01/25

Palavra Amiga do Bispo Macedo

Play Episode Listen Later Jan 10, 2025 23:09


"Depois disso, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede. Estava, pois, ali um vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja, e, pondo-a num hissopo, lha chegaram à boca. E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito." João 19:28-30