POPULARITY
Categories
Noite insular, jardins invisíveis, imagens desgarradas e fendas por entre as quais ainda toca a alguns espreitar essa luz que dança reconciliando o homem com os seus deuses desdenhosos. Nas imagens possíveis traçadas pelo poeta cubano José Lezama Lima está o germe das suas eras imaginárias, de um outro tempo, feito de vincos, simetrias diamantinas, precipitações inesperadas, cortes, colagens. Estamos no âmbito de “um tempo não encarnado, o tempo que não fez História sobre a terra”. É aquilo a que ele chama “o tempo poemático, forma subtil de resistir sem fazer história”. Assim, em seu entender, a poesia gera uma temporalidade diferente, fruto da rebeldia do poeta que se nega a converter-se em matéria histórica e em pasto do sucessivo, mas é também fruto dessa recusa em acatar apenas uma versão das coisas, preferindo pôr-se a manejá-la, abrindo o tempo, trabalhando num compasso em que esta está sujeita aos próprios abalos de um mundo exterior convulso. Se este tempo poemático não marca a terra ou o homem com as dolorosas cicatrizes do tempo histórico, não deixa de fornecer uma síntese que se pode encarar no espelho, construindo a seu modo uma resistência, sendo “uma das mais poderosas redes que o homem possui para capturar o fugaz e para o animismo do inerte”. Seguimos a leitura de Abel E. Prieto, ex-ministro da Cultura cubano, um político que escreve ensaios sobre poesia e que com Lezama Lima aprendeu esse modo de investigar os grandes e pequenos afluentes da utopia e o seu transporte confuso. Ele diz-nos que se pode fazer um jogo mágico valendo-se de personagens e momentos históricos, desviando-os deliberadamente, combinando livremente as peças dessa História que nos deixou tanta pele cicatrizada, como se nos permitíssemos reabrir as feridas, explorando enlaces ocultos, dando assim espaço à formação de uma história convulsiva, e que, se não encarnou, mesmo assim foi capaz de despertar um movimento, sugerir uma perspectiva secreta, a qual persiste e vai “alcançando a sua infinitude ou absurdo criador ao diluir-se no banco de areia do tempo”. Prieto diz-nos que esta supra-história poética coloca de novo em campo extensões do tempo que foram esquecidas, que não puderam configurar-se, mas foram destruídas, e este esforço passa então por justapor aquilo que não chegou a realizar-se classicamente. Esta subversão das hierarquias é decisiva ao pensamento descolonizador de Lezama Lima, entendendo que não há porque se outorgar uma proeminência castigadora às etapas conclusas da história que se realizou, essas etapas que cumpriram o seu ciclo, nem nos limitarmos a ir buscar a estas as suas categorias gerais. Pelo contrário, o esforço passa por ir mais longe, até às insólitas fronteiras dessa história que não chegou a cumprir-se, a história possível, e mergulhar nesse jogo de infinitas possibilidades tentando perceber como as situações imaginadas engendram uma lógica de germinação que não perde valor nem cede pelo simples facto de viver à margem da história orgânica e poderosa. Neste sentido, para Lezama Lima, para se alcançar uma visão superior do processo histórico, deve propiciar-se a cópula entre a História e a Poesia. Algo de semelhante a isto é o que nos diz Musil nas páginas do seu grande romance inacabado… “Ora, se existe um sentido de realidade (…) então também tem de haver qualquer coisa a que possamos chamar o sentido de possibilidade. (…) Assim, poderia definir-se o sentido de possibilidade como aquela capacidade de pensar tudo aquilo que também poderia ser, não dando mais importância àquilo que é do que àquilo que não é.” Fazendo saltos, se podemos projectar-nos no terreno tão instável do futuro, não é menos instigante reaver o passado como matéria para uma espécie de revisionismo convulsivo, sem receio de raiar o absurdo. E se se costuma dizer que estes métodos, e mesmo os próprios sonhos, são para aqueles que não conseguem aguentar a realidade, que não são suficientemente fortes para estar à altura dela, Slavoj Žižek faz uma inversão que acaba assim: “a realidade é para aqueles que não parecem suficientemente fortes para confrontarem os seus sonhos”. Para Ursula K. Le Guin viver no mundo real é muito mais do que estar imerso na realidade, e, na verdade, aquilo que nos exige a responsabilidade pelos nossos actos e sentimentos é uma imensa culpabilidade, pois se há tantas vidas-pleonasmo, ou paráfrases, elipses, sarcasmos, também há outras que, não podendo mudar o mundo nem determinar o acordo de vontades ao seu redor, derramam a sua frustração e aproveitam-se da imaginação para gerar essas sombras desertoras, reinos que ficam para aqueles que deram meia volta, não se ficaram à superfície da realidade… Não aceitaram da língua nem da pressa a injunção de uma obrigação de falar, fazê-lo mesmo que atabalhoadamente, representando-se a si ou aos outros através daquelas categorias gerais que tudo degradam, mas preferiram deixar as palavras habituais, aceitar o silêncio, até que algo de novo apareça, com a possibilidade de que esse algo de novo traga novos modos de nos relacionarmos. Neste episódio, e para seguirmos no encalço de Le Guin, nas suas explorações e nas cópulas que ela foi gerando entre as mitologias e a história, a ficção-científica e a poesia, nessa alforria dos géneros e com um ímpeto de constante e subtil subversão, contámos com a orientação de Liliana Coutinho. Curadora e programadora de Debates e Conferências da Culturgest, partimos do ensaio com que nos apresenta à obra da escritora norte-americana no segundo volume de contos que dela se publicaram entre nós, “Ela Tira-lhes Os Nomes e outros contos”, uma edição da Barricada de Livros.
Luciana Raggi"Nella bolla"Edizioni Ensemblewww.edizioniensemble.it«Entriamo nella bolla di Luciana Raggi in punta di piedi, quasi sospesi, con l'intenzione di compiere un viaggio nell'universo. Non è scontato immaginare le bolle di sapone che nel soffio completano una magia. Così le parole prendono il volo e si lasciano afferrare per definire il disegno che racchiude emozioni e profonde riflessioni».Michela ZanarellaLuciana Raggi (Sogliano al Rubicone) vive a Roma. Ha pubblicato Sorsi di sole e Un bastimento carico di (2010), Oltremisura (2015), il poemetto S'è seduta, utilizzato anche come testo teatrale (2017), Variazioni minime (2020) e, con Ensemble, La cruna della notte (2022). Ha curato una raccolta di zirudéli in dialetto romagnolo di Decio Raggi e, negli ultimi anni, antologie e lavori collettivi di vario tipo. Promuove poesia in collaborazione con le Biblioteche di Roma.Diventa un supporter di questo podcast: https://www.spreaker.com/podcast/il-posto-delle-parole--1487855/support.IL POSTO DELLE PAROLEascoltare fa pensarehttps://ilpostodelleparole.it/
A poesia sonora do poeta e escritor italiano Gian Paolo Roffi01 - Gian Paolo Roffi - Censio e Recensio02 – Gian Paolo Roffi - Per ipotesi03 – Gian Paolo Roffi - Voli - Battendo le al04 – Gian Paolo Roffi - Amor05 - Gian Paolo Roffi & Adriano Spatola – Autoroutte06 - Silvia Tarozzi e Deborah Walker - La lega (Feat. Coro delle Mondine di Bentivoglio)07 - Silvia Tarozzi e Deborah Walker - Il bersagliere ha cento penne (Featuring Ola Obasi Nnanna)Produção, gravação, edição e locução: marcelo brissacMúsica “Drácula” usada no prefixo e sufixo, autoria de marcelo brissac e livio tragtenberg
Olá, Poetas e admiradores de Poesia! Bem-vindos a mais umepisódio da série “Nonô Lê Versos do Blogue”.A vida é uma jornada contínua de evolução. Inspirada poressa verdade, escrevi o poema "Mudanças, transformações e metamorfoses", que vos partilho hoje.Neste áudio, a minha leitura explora a nossa capacidade deadaptação e resiliência. O poema é uma ode a todos os desequilíbrios, quedas e recomeços que nos moldam e nos permitem descobrir que temos asas.Espero que este poema vos inspire a abraçar as mudanças davossa vida, a encontrar força nas transformações e a acreditar no vosso potencial. Que momentos de "metamorfose" vos marcaram? Partilha noscomentários!
“A cruz da estrada” e “Tragédia no lar” são dois poemas de Castro Alves, datados de 1865 e reunidos no livro Os Escravos (1883), publicado postumamente. Com diferentes focos, um no fim da vida e outro no princípio dela - as crianças - , o cantor dos escravos esmiuça as dores do povo escravizado. Note que se trata de “A cruz da estrada” e não a cruz na estrada, como estamos acostumados a visualizar, pelos caminhos: “da estrada” prevê um corpo, ali sepultado, um hábito antigo, quando os corpos eram espalhados pelos caminhos, longe do interior das igrejas e desassistidos dos cemitérios. Na poesia, não se trata só do símbolo do ‘Descanso', é o leito da liberdade, que foi a noiva desposada pelo escravizado. A tradição de erguer memoriais à beira do caminho tem origem antiga na Península Ibérica e foi trazida para o Brasil, especialmente para o Nordeste, até se espalhar por todo o território. Já “Tragédia no lar” é uma narrativa que culmina no implorar de uma mulher: “é impossível que me roube da vida o único bem”; “Deixai meu filho: arrancai-me antes a alma e o coração”. Mas o senhor de escravos invade o casebre onde uma escrava embalava e cantava para seu filho, para tomá-lo de seus braços e o vender. Os versos sensibilizam porque são muito reais e o enredo, desenrolado em outras histórias, por outros autores antiescravagista, como Maria Firmina dos Reis, no conto “A escrava” e Ana Maria Gonçalves, no romance histórico Um defeito de cor. Boa leitura!✅ Torne-se MEMBRO do CLUBE LEITURA de OUVIDO: encontros virtuais mensais, com notas de rodapé ao vivo e interação entre os leitores e Daiana Pasquim. Para isso, faça um apoio a partir de R$ 20 mensais:
Nicola Magrin"Dall'erba dei campi alle stelle del cielo"Rabindranath TagoreSalani Editorewww.salani.it«'Leggo Rabindranath ogni giorno; leggere un suo verso significa dimenticare tutti i tormenti del mondo'».W.B. YeatsIspirato da uno dei poeti più luminosi e complessi del Novecento, Nicola Magrin con i suoi dipinti traccia un itinerario poetico fra luce e silenzio, panorami e costellazioni, disegnando versi che appartengono all'umanità intera. Perché leggere Tagore significa intrecciare la saggezza delle tradizioni orientali con una sensibilità universale, entrare in un tessuto di poesia che è canto, preghiera e meraviglia insieme, celebrare l'amore, la natura, il dialogo, il mistero della vita, la sacralità dell'esistenza quotidiana, l'anelito verso l'eternità del tempo e dell'universo attorno a noi. E scoprire come la sua voce riesca ancora oggi a parlare all'uomo contemporaneo con limpidezza e intensità. Un invito alla contemplazione e alla meraviglia, rivolto a chi cerca nella poesia non solo bellezza, ma anche pace e verità.«Lo vediamo vagabondare tra gli alberi, osservare gli occhi fedeli di un cane, come le stagioni dei temporali e dei cieli infiniti dell'India, che lo portano all'ispirazione che è poi l'esistenza vera del poeta, seguendo lo Spirito della fioritura che tutto governa, dalle rotazioni delle stelle, agli amori e ai dolori, all'immensa Energia che pervade l'universo».Dall'introduzione di Brunilde NeroniRabindranath Tagore è stato il poeta e filosofo indiano che ha fatto conoscere e apprezzare in Occidente la grande spiritualità del suo Paese. Nato nel 1861 da una famiglia nobile, a sedici anni fu inviato a studiare in Inghilterra, dove rimase tre anni. Già famosissimo in India, la sua notorietà si diffuse in Europa nel 1913, quando pubblicò, tradotte in inglese da lui stesso, le due raccolte di versi Gitanjali e Il Giardiniere. Subito apprezzato dai grandi poeti come W. B. Yeats e Ezra Pound, fu insignito in quello stesso anno del premio Nobel per la letteratura. Morì nel 1941.Nicola Magrin è nato a Milano nel 1978. Ha illustrato, tra le altre cose, l'opera di Primo Levi (Einaudi), Le otto montagne di Paolo Cognetti (Einaudi), Il silenzio di Erling Kagge (Einaudi), Alpi ribelli di Enrico Camanni (Editori Laterza), Le antiche vie di Robert Macfarlane (Einaudi) e i volumi di Tiziano Terzani (Tea). Ha illustrato il libro di Folco Terzani Il Cane, il Lupo e Dio (Longanesi 2017). Nel 2018 il Centro Saint-Bénin di Aosta ospita la sua mostra personale La traccia del racconto (catalogo Silvana Editoriale). Per i grandi classici ha illustrato Il richiamo della foresta di Jack London nella traduzione di Gianni Celati (Nuages). Nel 2019 illustra il libro di Federico Rampini, L'oceano di mezzo (Editori Laterza) e la favola scritta da Ester Armanino, Una balena va in montagna (Salani Editore). Nel 2020 il libro Passi silenziosi nel bosco di Hugo Pratt, Nicola Magrin e Marco Steiner (Nuages).Diventa un supporter di questo podcast: https://www.spreaker.com/podcast/il-posto-delle-parole--1487855/support.IL POSTO DELLE PAROLEascoltare fa pensarehttps://ilpostodelleparole.it/
O Canto da Poesia Nós Na Fita é um programa destinado a leitura de poemas, textos e letras de músicas com o objetivo de transmitir, através das palavras e da musicalidade, uma mensagem para o nosso ouvinte, através da curadoria dos nossos jornalistas.Nesta edição, Leonardo Sá leu "O homem com a orquestra em miniatura", de Dave Algonquin, da série Mad Men. Confira:"Tinha trechos da Nona Sinfonia de Beethoven que ainda faziam o Coe chorar. Ele sempre achou que tinha a ver com as circunstâncias da própria composição. Ele imaginava Beethoven surdo e com a alma doente, de coração partido, rabiscando furiosamente enquanto a Morte ficava na porta, cortando as unhas.Ainda assim, Coe pensou, talvez fosse morar no interior que estava fazendo ele chorar. Estava matando ele com seu silêncio e solidão – tornando tudo comum, normal e bonito demais para aguentar."
“Personne n'est Pessoa” é um espectáculo que parte do amor pelas palavras e pela poesia de Fernando Pessoa para contar a importância das raízes e da sua transmissão pela arte. A peça tem, esta terça-feira, a última representação no Studio Hebertot, em Paris, onde subiu ao palco durante cerca de dois meses. Entre teatro, circo, poesia, dança e música, o espectáculo de Nico Pires é uma homenagem a Fernando Pessoa e à dupla cultura franco-portuguesa. É com o poema “Autopsicografia” que começa a peça “Personne n'est Pessoa”, uma viagem pelo imaginário de quatro pessoas em palco, quatro poetas. A poesia deles é feita de palavras, de malabarismos, de acrobacias, de melodias... O fio condutor é literalmente um fio, o de um diábolo que chegou à vida de Nico Pires aos nove anos, que o mantém ligado ao mundo mágico da infância e que o ajuda a contar a sua história. Um objecto com duas semi-esferas opostas que se complementam, tal como a sua dupla cultura, a francesa e a portuguesa. “Personne n'est Pessoa” é um espectáculo que parte do amor pelas palavras e pela poesia de Fernando Pessoa para contar a importância das raízes e a sua transmissao pela arte. O texto é do artista franco-português Nico Pires e a peça esteve no Festival Off de Avignon, em 2024, tendo circulado desde então por França, nomeadamente em Paris, no Studio Hebertot, onde esteve de 22 de Setembro a 18 de Novembro. Foi aí que conversámos com Leo Calvino, Solène Martins, Bruno Sousa e Nico Pires. RFI: Como descrevem “Personne n'est Pessoa”? Nico Pires, actor, co-encenador e actor em “Personne n'est Pessoa”: “Personne n'est Pessoa é uma mistura de vários universos artísticos do circo. Todos os artistas que fazem parte desta peça têm um background de artista circense, mas não só. Circo e poesia. É uma homenagem a Fernando Pessoa, à pluralidade da identidade, à sua relação com os heterónimos, à variedade de personalidades que ele sentia e que realmente fazia sentido para nós explorarmos. Como artistas, gostamos realmente de nos reinventarmos, de explorar novas coisas. Então, esta peça era uma forma de falar, como artista luso-francês, da minha relação com Portugal, com as palavras, com a arte e desse caminho que eu tentei fazer para reaproximar essa parte da minha cultura porque aprendi português mais tarde, tenho família lá, mas foi assim, um processo nessa direcção.” Como surgiu a paixão por Fernando Pessoa e a ideia de o levar para palco? Conta que estudava Comércio quando foi fazer Erasmus para Lisboa... “Sim. Na verdade já faz tempo, já são mais de 15 anos que decidi ir pelo caminho artístico. A descoberta da obra de Pessoa é muito mais recente, como digo no espectáculo. Quando comecei a trabalhar nesta peça era um solo inicialmente, onde eu queria falar sobre a minha relação com as palavras e com o circo. E tinha colocado só esse primeiro texto de Pessoa, “Autopsicografia”, e daí fui convidado por um director artístico a mergulhar mais nessa relação. É assim que realmente comecei a descobrir tudo isso e esse mundo gigante da obra dele, dessa relação com a identidade muito particular. Para mim, inscreve-se na continuação da minha relação que estou a estabelecer com a língua portuguesa, com a minha família... É mais um passo nessa direção da minha própria identidade, da minha própria dupla cultura.” Trazer Fernando Pessoa para o mundo do circo não é muito comum. Como é que foi essa tradução ou reapropriação? “Foi muito interessante porque neste caminho de descobrir a obra de Pessoa, às vezes tinha frases ou textos inteiros que me chamavam muito a atenção e havia muita vontade de pôr em movimento palavras que são de um livro. Às vezes, nós que usamos o corpo como linguagem, parecia natural tentar pôr gestos, acrobacias, movimentos com o diábolo, em relação com alguns dos textos e das questões existenciais de Pessoa. Então, na verdade, não foi assim tão difícil encontrar alguns textos que faziam muito sentido.” Como foi, então, dançar com as palavras de Fernando Pessoa, fazer esse malabarismo com os poemas de Fernando Pessoa? “Eu gosto do exemplo do momento do Bruno [Sousa] de acrobacia no final, que é um momento muito pesado, onde dá para sentir toda a solidão de Pessoa, a raiva dele. São coisas que realmente podem muito passar pelo corpo. Às vezes, tentamos realmente combinar os dois, que os gestos sejam muito ligados e também de forma mais abstracta. Não ser sempre um comentário super óbvio...” Não é uma tradução. “Exacto, não é uma tradução literal, é também uma reapropriação dessas palavras em nossas linguagens.” E para si Bruno, como foi o processo criativo? Bruno Sousa, Artista: “Foi uma experiência completamente nova. O diábolo é uma coisa em que o Nico me meteu há muito pouco tempo. Então, isto tem sido basicamente uma estreia no mundo do diábolo, no mundo do malabarismo e tudo. Já tenho um background de capoeira de muitos anos, de ginástica, eventualmente de escola de circo, onde aprendi dança contemporânea, ballet e tudo, o que ajudou com os textos de Fernando Pessoa que foram proporcionados pelo Nico. Deu para explorar um bocadinho todas as fases desta borracheira nos bares da faculdade, de que ele fala no espectáculo, e chegou-se a um conjunto completo que espero que agrade a toda a gente.” E como foi musicar Fernando Pessoa? Solène Martins, Artista: “Uma experiência, também acho que a melhor palavra é mesmo experiência. Não foi uma coisa que, para mim, apareceu de repente. Eu acho que nós fomos construindo musicalmente o espectáculo. Vamos melhorando a cada apresentação e cada vez vou encontrando mais a minha voz do Fernando Pessoa interior. Isso tem sido um processo muito interessante porque não tenho a mesma relação com Fernando Pessoa que tinha quando começámos a peça, nem com a minha maneira de o apresentar em palco, seja com a voz ou com a corporalidade. Acho que é um caminho que cada vez vai melhorando. Vamos encontrando o que vai funcionando, o que não vai funcionando e, aos poucos, encontrando a nossa voz do Fernando Pessoa.” Trabalhar com artistas que são lusófonos foi de propósito ou aconteceu? Nico Pires: “De propósito, sim, mas na verdade, entre 2020 e 2024 eu morava em Portugal. O Leo foi o primeiro que conheci lá, o Bruno e a Solene, nós os quatro conhecemo-nos lá. No ano passado, tivemos uma oportunidade de apresentar em Avignon, no Festival Off, e fazia sentido realmente construir este colectivo para ir para a frente com este projecto e também para dar mais profundeza nessa relação com a língua.” É também um espectáculo cheio de poesia. Poesia com palavras, mas também no que vemos, seja através dos movimentos do diábolo que desenham no ar todas aquelas pinturas, seja através das bolinhas de sabão que se transformam em berlindes, que se transformam numa esfera de cristal com que o Leo Calvino brinca... Como foi criar essa parte tão poética do espectáculo? Leo Calvino, Artista: “Também para mim é muito especial trazer isso porque é algo que eu pratiquei durante muito tempo. Foi um convite do Nico de trazer essa parte que eu acho que combina bastante com toda a poesia que ele está trazendo, toda a história do Fernando Pessoa, aquela bola representando - cada um consegue criar a sua interpretação - mas as diferentes almas que o Fernando Pessoa tem e como é que uma pessoa joga com isso, com um objecto que, quem olha, não sabe se é leve, se é pesado, se é uma bolha, se é uma pedra. O que é? Isso, para mim, já remete para uma coisa bastante poética.” “Personne n'est Pessoa”, em português “Ninguém é Pessoa”, é um título cheio de camadas. O que significa este título?a Nico Pires: “Na verdade, é mesmo uma oportunidade incrível que o nome dele, Pessoa, em francês queira dizer 'personne', mas 'personne' também quer dizer 'ninguém' em português. Há essa relação enigmática com a personalidade, não é? Então, tentámos também trazer essa definição para o palco. Eu acho que Fernando Pessoa, ele mesmo, sentia que não era ninguém ou todo o mundo ao mesmo tempo. É um título que representa bem o que queremos trazer para o palco.” No espectáculo, diz que em Lisboa começou a acreditar na arte. Como é que foi essa sua relação com Portugal, com Lisboa, com a arte? “Em 2007, quando fui lá estudar Erasmus, eu tinha bastante tempo. Nessa época, comecei a treinar muito mais em circo e a escrever. São realmente essas duas coisas que comecei a fazer nessa época e estabeleci uma relação com Lisboa nesse sentido. Para mim, é uma cidade de criatividade, uma cidade para andar nas ruas e ter tempo para pensar o que realmente queremos fazer da vida. É mesmo nessa época que começou.” Leo Calvino: “E é uma cidade que traz muita inspiração. Eu vivo no Porto, ou seja, sou suspeito porque eu gosto também muito do Porto, mas Lisboa é uma cidade que realmente tem um ar muito inspirador.” O fio condutor do espectáculo é o diábolo, que o acompanha desde criança. Quer-me falar sobre a simbologia do diábolo? Nico Pires: “Sim. Com este espectáculo, comecei a treinar muito mais e a estabelecer uma relação mais profunda. É um objecto chinês que tem quase mil anos e é um símbolo de equilíbrio e de yin-yang na cultura chinesa. É um objecto que sempre me chamou muito a atenção, desde criança, desde os nove anos, e que me ajudou na vida em termos de confiança, de vínculo com o mundo, com os outros, comigo mesmo. É um objecto incrível na minha vida e, mesmo que de vez em quando precisemos de distância - é quase um casal - faz parte de mim mesmo e continuamos assim neste caminho juntos.”
Zara Finzi"Ascoltami forte"Manni Editoriwww.mannieditori.itQuesta raccolta poetica è scritta in prima persona da una donna che analizza una storia d'amore nei suoi sviluppi attraverso gli anni. Rivolta ad un tu maschile, ripensa senza sconti la vita di coppia con la quotidianità del rapporto, fin dagli inizi, evidenziata dalla situazione di privilegio storicamente maschile, in contrapposizione al carico di incombenze, abitudini e responsabilità che gravano sul femminile. Viene fuori un esame impietoso, raccontato nel bene e nel male attraverso ricordi, emozioni, illusioni e disillusioni, la maternità, accettazione e poi rifiuto della superiorità dell'uomo.Quindi, per gradi, anche una presa di coscienza della propria identità, del proprio valore sociale, nei versi che scorrono in una acuta ma serena ironia, per l'emersione del deterioramento di un lungo rapporto che alla fine, passo dopo passo, porta alla rivalutazione di sé.Zara Finzi, mantovana, con la guida di Luciano Anceschi si è laureata a Bologna, dove vive ed opera. Ha pubblicato Gemente seflente (Centauro 2001) con introduzione di Ezio Raimondi, Il trimestre mancante (Il girasole 2005), La porta della notte (Manni 2008), Compensazioni (Raffaelli 2011) e due plaquettes (Pulcinoelefante 2005 e 2006). Suoi testi compaiono su “Poesia”, “Le Voci della Luna”, “Graphie”, e in varie antologie fra cui Cinque anni dopo il duemila (Giraldi 2005), Laboratorio di parole (Pendragon 2006), Caleidoscopio (Pontegobbo 2010). Diventa un supporter di questo podcast: https://www.spreaker.com/podcast/il-posto-delle-parole--1487855/support.IL POSTO DELLE PAROLEascoltare fa pensarehttps://ilpostodelleparole.it/
Don Paolo Alliata"Nel tempo di Dio"Poesia e meditazione per le Ore del giornoPonte alle Graziewww.ponteallegrazie.itDalla notte dei tempi, poesia e preghiera hanno camminato insieme. Perché la poesia, anche quando non invoca Dio in modo esplicito ma dà voce all'inquietudine della condizione umana, alla confusa bellezza dei sentimenti che ci agita, alle asperità del quotidiano, è ascesi – un esercizio di attenzione al mondo e a ciò che lo trascende. La poesia, quando è davvero poesia, religiosa o meno che sia, ci spinge oltre noi stessi, sull'orlo dell'indicibile, là dove terra e cielo si sfiorano. E, su quel confine vibrante, ricava uno spazio sacro in cui le parole si intrecciano in modo inaspettato, smentiscono le leggi della grammatica, accendono immagini e orizzonti: non servono solo a comunicare, ma ad abitare il Mistero. In questo breviario personale, don Paolo Alliata sceglie le poesie che più parlano al suo cuore e le dispone lungo la giornata secondo le Ore liturgiche per scortarci nella grande avventura di diventare vivi. Dal Notturno – o Mattutino – al Vespro, dalle Lodi alla Compieta, nel meriggiare dell'Ora Media, i versi di Rilke e Pozzi, di Whitman e Turoldo, di Milton e Pessoa ci infondono una grazia potente che ci trasforma tutti – poeti e lettori – in profeti. Perché se la nostra anima, come quella degli angeli, è piena di canto, è solo cantando che possiamo liberare lo Spirito che soffia nel fondo della nostra umanità.Don Paolo Alliata è sacerdote della Diocesi di Milano. Laureato in Lettere classiche, cerca di raccontare, nella predicazione e negli scritti, il grande Mistero cristiano ricorrendo volentieri a immagini e temi tratti dalla letteratura e dal cinema. Per Ponte alle Grazie ha pubblicato: Dove Dio respira di nascosto (2018), C'era come un fuoco ardente (2019), Gesù predicava ai bradipi (2021) e L'amore fa i miracoli (2024). Dal 2022 è rettore del liceo Montini di Milano.Diventa un supporter di questo podcast: https://www.spreaker.com/podcast/il-posto-delle-parole--1487855/support.IL POSTO DELLE PAROLEascoltare fa pensarehttps://ilpostodelleparole.it/
Esta semana, temos na estante o ensaio “Imaginação: Cores, Deuses, Viagens e Amores”, de Francisco Louçã; o terceiro volume da “Conta-Corrente”, de Vergílio Ferreira; contos de Clarice Lispector em “A Legião Estrangeira”; e a reedição (aumentada) de “O Silêncio dos Poetas”, de Alberto Pimenta.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Na contradição entre o tempo que passa e a eternidade que perdura, não devemos desapontar aqueles que nos procuram para nos encher de ouro a boca, vindos com outro balanço e outra razão, e que tantas vezes aproveitam algum enredo tempestuoso, sendo certo, como notou Borges, que a chuva é uma coisa que sem dúvida ocorre no passado. Devemos então definir uma resistência a partir desse espanto de que o tempo, a nossa substância, possa ser partilhado. Contra a obscenidade da evidência, e o próprio mundo, que hoje não parece existir senão em função da publicidade que lhe pode ser feita num outro mundo, o cinema propõe-se como uma arte da exploração do tempo, sendo capaz de reinstaurar o presente, e procura, assim, superar as imagens que não estão já do lado da verdade dialéctica do "ver" e do "mostrar", mas que se passaram inteiramente para o lado da promoção e da publicidade, ou seja, do poder. "O nosso trabalho será mostrar como os indivíduos, reunidos como povos na escuridão, punham a arder o seu imaginário para aquecer o seu real", escreve Godard, exaltando a era do cinema mudo. "E como acabaram por deixar apagar a chama ao ritmo das conquistas sociais, contentando-se em mantê-la em lume brando – é então o cinema sonoro e a televisão num canto da sala." Baudrillard espantou-se com essa espécie de fantasmagoria técnica, esse ritual de protecção daqueles que buscam por todos os meios afastar o silêncio e a noite, num receio de virem à superfície de si mesmos, e fala-nos da "televisão programada vinte e quatro horas sobre vinte e quatro horas, e que muitas vezes funciona de uma forma alucinante nas salas vazias da casa ou nos quartos de hotel por ocupar". Dá o exemplo dessa sinistra espectralidade que encontrou em hotéis de beira de estrada por toda a América, e de um cujas "cortinas estavam rasgadas, a água cortada, as portas a bater; mas no ecrã fluorescente de cada quarto o locutor descrevia a subida da nave espacial". E depois acrescenta: "Nada há de mais misterioso do que uma televisão a funcionar num quarto vazio, é bastante mais estranho do que um homem a falar sozinho ou uma mulher a sonhar em frente das caçarolas. Dir-se-ia que outro planeta nos fala, de repente a televisão revela-se pelo que é: vídeo de um outro mundo, não se dirigindo no fundo a ninguém, libertando indiferentemente as suas imagens, e indiferente às suas próprias mensagens (é facilmente imaginável a funcionar ainda depois do desaparecimento do homem)." Num mundo sem as investigações e o labor que são próprios do cinema, das artes que resistem ao abandono da substância temporal, essas sínteses, cortes, montagens e extensões dolorosas que constituem um modo de fazer o seu próprio atraso, para se "refazer" e para se fazer, como nos diz Serge Daney, num mundo em que não somos já capazes de mostrar o acontecimento a suceder enquanto acontecimento, o real torna-se apenas essa indústria de tudo o que nos escapa, continuando a engrossar os elementos alucinatórios e a trivialidade das fantasias que nos atravessam e degradam todo o processo de consciência. Assim, estamos absorvidos num loop de uma realidade que, na forma como abunda em reflexos e em interpolações, estende uma distância intransponível, esse desfasamento que produz o fantasma. "Hoje em dia, nenhuma performance pode prescindir de um ecrã de controlo não para se ver ou para se reflectir, como a distância e a magia do espelho, não: como refracção instantânea e em profundidade", assinala Baudrillard. "O vídeo, em toda a parte, serve apenas para isso: ecrã de refracção extática que já não tem nada da imagem, da cena ou da teatralidade tradicional, que já não serve de modo algum para jogo ou para contemplação, serve para se estar ligado a si próprio. Sem esta ligação circular, sem esta rede breve e instantânea que um cérebro, um objecto, um acontecimento, um discurso criam ligando-se a si próprios, sem este vídeo perpétuo, nada tem hoje sentido. O estádio vídeo substituiu o estádio do espelho." Todas as ligações se destinam a conduzir uma energia que possa alastrar superficialmente, e isto a um ponto tal que os ecrãs estabelecem uma cadeia de reflexos ininterrupta, congelandoa realidade, não ficando dependente do acontecimento, substituindo-o ao gerar esse imenso circuito que já não se deixará demover do seu frenesim constante e que alcança uma des-sublimação espectacular de todos os nexos, das causas e até do próprio pensamento. Trata-se de um abandono da corporeidade, dos limites e das tensões físicas, da relação biológica, instaurando um tempo sem tempo, que já não obedece aos ciclos da mortalidade e regeneração. Assim, os pólos e as oposições dissolvem-se e o que força esse efeito de design total, que apaga qualquer atrito ou resistência, é a lógica da ligação. "Não se trata de ser, nem mesmo de ter um corpo, mas de estar ligado ao próprio corpo. Ligado ao sexo, ligado ao próprio desejo. Conectados às próprias funções como a diferença de energia ou a ecrãs vídeo. Hedonismo em ligação directa: o corpo é um enredo cuja curiosa melopeia higienista corre entre os inumeráveis estúdios de reculturação, de musculação, de estimulação e de simulação que vão de Venice a Tupanga Canyon, e que descrevem uma obsessão colectiva e assexuada." Neste quadro de elisões que se concertam, a própria relação sexual torna-se um ritual arcaico, uma relíquia de um mundo em que as tensões ainda se definiam pelo gozo que se tirava em provar a diferença que se encontrava no outro, no campo do desconhecido. Num mundo em que tudo se converte ao mesmo, o circuito já não tropeça, não falha. E isto, num plano íntimo, acaba po corresponder a esse desejo de afastar toda a dor, todo o embate entre modos ou "ficções" defendidas por esse diferencial energético. "Houve um tempo em que as coisas levavam tempo para existir, através de processos lentos, penosos, dolorosos: era preciso tempo para construir, e esse tempo tinha valor", nota Daney. Mas hoje, pelo contrário, a urgência vai no sentido de alcançar imediatamente os benefícios, e isto significa destruir o campo artístico na sua capacidade de reaver um acontecimento, apossar-se dele por meio de uma linguagem, reapreciá-lo, produzir uma transformação do sentido. Há um princípio de sobrevivência que, ao ser levado a um extremo, põe em causa até o real, aplanando tudo. Baudrillard rejeita inscrever todo este fenómeno como expansão narcísica, alertando para o erro de se abusar deste termo na definição deste tipo de efeitos. "Não é um imaginário narcísico que se desenvolve em torno do vídeo ou da estéreo-cultura, é um efeito de auto-referência ilimitada, é um curto-circuito que liga imediatamente o mesmo ao mesmo, e portanto sublinha simultaneamente a sua intensidade à superfície e a sua insignificância em profundidade." Neste episódio, e no rescaldo de mais uma edição do DocLisboa, Cíntia Gil fez uma acostagem corsária para nos ajudar a encontrar um fio e uma razão mais funda nesse esforço de densificação do real que o cinema assume enquanto um dos seus processos de forma a integrar em nós o mundo enquanto experiência. Tendo dirigido aquele festival de cinema entre 2012 e 2019, esta programadora continua a reclamar esse papel de quem engendra e articula percursos como um modo de intervir e fazer cinema, procurando refundar um espaço crítico, que indaga e desassossega, precisamente para que o tempo possa ser reclamado de novo como essa substância difícil e que, mais do que ligações, nos fornece as possibilidades de resgatar a presença e essa zona activa, comum.
Michela D'Ascenzo"Piacer figlio d'affanno"Edizioni Ensemblewww.edizioniensemble.itLa prima raccolta poetica di Michela D'Ascenzo.Può la gioia di vivere nascere direttamente dal dolore?Attraverso un viaggio di lunghi anni, interiore, profondo e intimo – mediato dalla poesia –, l'autrice di Piacer figlio d'affanno, in un continuo interrogarsi su sé stessa e sul mondo, giunge alla propria verità.In due atti e in un intermezzo, la successione dei componimenti guida il lettore attraverso un percorso esistenziale permeato di affanni e di piaceri, ma anche di amore, d'identità, di tempo, di esistenza e di morte. Un cammino, quello della vita, ch'è un “interrogativo doloroso”, ma che aspetta piacevolmente d'esser dipanato.Michela D'Ascenzo (Roma, 2000) è laureata in Lettere Moderne e scrive per «Il Nuovo Magazine», occupandosi di cultura. Piacer figlio d'affanno è la sua prima raccolta poetica.Diventa un supporter di questo podcast: https://www.spreaker.com/podcast/il-posto-delle-parole--1487855/support.IL POSTO DELLE PAROLEascoltare fa pensarehttps://ilpostodelleparole.it/
Olá, Poetas e admiradores de Poesia! Bem-vindos a mais umepisódio da série “Nonô Lê Versos do Blogue”.Mesmo com o outono a avançar, a natureza tem as suaspróprias surpresas. Inspirada pela beleza inesperada das papoilas, escrevi este poema que vos partilho hoje.Neste áudio, partilho a leitura de "Papoilas Vermelhas,Lilás e Laranja", um poema que celebra a delicadeza destas flores que resistem e embelezam as nossas caminhadas. Elas lembram-nos de que a beleza está na simplicidade, mesmo quando menos se espera.Que outras flores silvestres alegram as vossas caminhadas de outono? Se quiseres partilha nos comentários!
A poesia sonora que vem de Portugal01 – Tomás Cunha Ferreira – (A)02 – Tomás Cunha Ferreira – (O)03 – Tomás Cunha Ferreira – Brilhar de vladimir maiakóvski com tradução de augusto de campos04 – Laurence Osborn Essential Relaxing Classical Hits - Volume 1 by Ensemble Klang05 – Charles Amirkhanian Produção, gravação, edição e locução: marcelo brissacMúsica “Drácula” usada no prefixo e sufixo, autoria de marcelo brissac e livio tragtenberg
“Minha mãe” e “Que mundo é este? são dois poemas, dos 40 que Luiz Gama (1830-1882) compôs em seu único livro Primeiras Trovas Burlescas de Getulino (1859), além das inúmeras peças retóricas e legislativas que empreendeu, tornando-se o terror dos fazendeiros, em sua militância para alforriar escravizados, enquanto denunciava a escravização ilegal, como rábula. Em “Minha mãe”, descortinamos esta mulher que veio escravizada em África, onde era pelo filho tida como rainha, para o Brasil, onde se tornou escrava. Das lembranças que Gama tem dela, conta que tinha um irmão e das saudades que cultivava, desde próximo de seus dez anos de vida, quando não mais a viu. Este poema tem cunho autobiográfico, pois descreve a guerreira da Revolta dos Malês, Luísa Mahin, tanto fisicamente, quanto em temperamento: seus beijos, seus dentes alvíssimos, seus olhos, seus braços roliços de ébano, o quanto era meiga, terna, com coração de santa. Já o poema “Que mundo é este?” conversa com “quem sou eu?” Em “Que mundo é este?” temos ênfase à corrupção e à pobreza, com um tom mais rebelde. E não é para menos. Ele sofreu a escravidão, antes de integrar a República das Letras, já que a proclamação e os movimentos para tal, eram iminentes. Nesta poesia, trata de paradoxos políticos, éticos e morais da sociedade imperial. Nas notas de hoje, costuramos estas produções com alguns fatos que nos foram revelados no romance histórico Um defeito de cor, da primeira mulher negra imortalizada pela ABL, Ana Maria Gonçalves. Boa leitura!✅ Torne-se MEMBRO do CLUBE LEITURA de OUVIDO: encontros virtuais mensais, com notas de rodapé ao vivo e interação entre os leitores e Daiana Pasquim. Para isso, faça um apoio a partir de R$ 20 mensais:
Contare contare contare Il testo è mio, la foto è di Matteo Baldini che ringrazio
Um programa quinzenal, da autoria do poeta e escritor Antero Jerónimo, que pretende ser um espaço de divulgação de poesia com particular enfoque nos novos autores. Porque a poesia merece ser partilhada, como um estado de espírito que permite olhar para a vida com olhos de ver, contribuindo para a melhoria do nosso viver.
Durante a Expo Favela Innovation, evento de celebração da cultura periférica, o espaço Favela Literária recebeu Ramon Cunha, conhecido como Monra (@poetamonra), para um debate sobre o slam e outras expressões artísticas das juventudes urbanas. Nossa equipe esteve presente.Reportagem: Sophia SantanaEdição: Vinicius Piedade
No Mondolivro de hoje, comentamos sobre os poemas de Eugênio Bucci em, Os Dois Hemisférios do Meu Colarinho são achados e perdidos no tempo errado da gramática.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Photo Bridge é um novo projeto dedicado à fotografia na capital francesa, onde as imagens nos convidam a atravessar fronteiras físicas, simbólicas e culturais. De 7 a 9 de novembro, na Halle des Blancs-Manteaux, no Marais, a primeira edição tem como convidada Françoise Schein — artista franco-belga que transforma alteridade, urbanismo e democracia em arte pública. Ao lado de Glaucia Nogueira, da associação Iandé, e de Charlotte Flossaut, da PhotoDoc, a fotógrafa constrói pontes entre territórios e direitos humanos. A proposta curatorial da primeira edição da Photo Bridge em Paris parte de um gesto coletivo. “Pensamos em conjunto em um momento, um evento, um encontro que permitirá que diferentes regiões do mundo se reúnam através da fotografia. Daí o nome ‘Photo Bridge'”, explica Charlotte Flossaut, da associação Photo Doc. “Não se trata de fotografias feitas no Brasil ou sob o olhar francês, mas de colocar em diálogo a energia que nos conecta.” Glaucia Nogueira, da associação Iandé, reforça: “Essa visibilidade que a gente tenta há 10 anos dar pra fotografia brasileira, que é muito rica, finalmente acontece. Nesse evento, são fotógrafos engajados com comunidades, com pertencimento, com território. Por isso a escolha da Françoise [Schein].” A relação de Schein com o Brasil nasceu de um desejo íntimo: adotar uma criança. “Durante os anos da adoção da minha filha, eu queria conhecer o país da minha filha, conhecer as raízes da minha filha, de onde ela vem, que tipo de pessoas moram lá”, conta. Foi esse impulso que a levou a propor, para o Photo Bridge, uma instalação chamada A Cascata: “uma cachoeira gigante de moradias, as pequeninas casinhas feitas de tijolos da favela, de várias favelas onde trabalhei e que eu fotografei”. A obra monumental de Françoise Schein reúne 27 fotógrafos que representam uma parte essencial da fotografia brasileira engajada. Para a artista franco-belga, o Brasil real está nas comunidades e nos territórios populares. “Vamos dizer, [quis trazer] uma apresentação desse olhar de hoje em dia super engajado sobre as questões da ecologia, do humanismo, da relação com a Terra — que é muito importante — dos indígenas, das origens da história, mas também da população da periferia da cidade, da questão das favelas e da força da população.” Ela vê nas construções informais uma arquitetura viva. “As comunidades agora são consideradas como uma tipologia de construção vernacular muito interessante e muito parecida com a dos nossos europeus. É só esperar mais tempo, mais um século, mais dois séculos, e você vai ver que a Rocinha vai ser um lugar genial, porque as casas vão ser melhoradas pelos moradores, e vai se tornar um lugar turistico — já é, mas por razões diferentes hoje.” Democracia entre azulejos e mapas A artista chegou ao Brasil em 1999 e, logo ao desembarcar, foi a São Paulo. “Bati à porta do Metrô Metropolitano de São Paulo e apresentei o meu trabalho que eu fiz em Portugal, em Lisboa”, lembra. O projeto foi aceito, e ela passou a trabalhar na Estação da Luz, no centro da cidade. “A Luz, como você sabe, é um bairro muito importante no centro da cidade que tem, de um lado, muitos museus super importantes: a Pinacoteca, o Museu da Língua Portuguesa. Também é um bairro muito pobre; só tem riqueza e pobreza junto nesse bairro. Adorei essa situação. Eu fiz essa ação durante 10 anos.” No Rio de Janeiro, integrou o programa Favela-Bairro e criou uma ágora e um mapa pintado na entrada da comunidade. “Tem um mapa enorme pintado na entrada da favela, porque quando você chega no Rio não há mapa de nenhuma favela. Os únicos mapas que existem estão nos computadores da cidade.” Em Copacabana, realizou uma obra sobre democracia na estação Siqueira Campos, pouco antes das eleições de Lula. “Foi um trabalho bem interessante, porque tive que fazer isso antes das eleições de Lula. O projeto até foi uma ação política, pois o presidente do metrô na época era uma pessoa negra, e ele viu imediatamente o interesse para a comunidade negra de ter um projeto sobre os direitos humanos no coração de Copacabana, que é o coração da cidade.” Uma artista entre subterrâneos e revoluções A trajetória de Françoise Schein é marcada por uma obsessão: inscrever os direitos humanos no cotidiano urbano. “Na época, eu vivia em Nova York. Eu era uma jovem arquiteta, estudando Urban Design na Columbia University e eu decidi que tive que analisar os mapas da cidade de Nova York, mas também de outras cidades: Buenos Aires, Paris, Bruxelas, outras cidades no mundo, porque eu acho que os mapas da cidade falam da cidade.” Foi ao analisar o mapa de Paris que ela percebeu a centralidade do Sena, dos museus, da história gravada no solo. “Isso fala de quê? Fala da realeza. E que também, contra essa realeza, veio a Revolução Francesa. E com a Revolução Francesa vem o primeiro texto da Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, feito em 1789.” A partir dessa constatação, nasceu sua obra mais emblemática: a intervenção na estação Concorde, inaugurada em 1991. Lá, Schein revestiu completamente as paredes do túnel com cerâmica branca, sobre a qual estão inscritas, em letras azuis, todas as palavras da Declaração de 1789. Cada azulejo traz uma letra, e as palavras se sucedem sem espaços, como um texto contínuo, onde apenas as pontuações marcam pausas visuais. O resultado é um mosaico textual monumental — cerca de 45 mil peças — que convida o passageiro a um contato cotidiano com os princípios fundadores da República Francesa: liberdade, igualdade e fraternidade. A escolha do local também carrega peso histórico. A Place de la Concorde, sob a qual passa a estação, foi palco de execuções durante a Revolução Francesa e é hoje símbolo da reconciliação nacional. Schein quis, com essa instalação, reintroduzir no coração do espaço público uma memória política e ética, reafirmando a importância dos direitos humanos num ambiente onde circulam milhões de pessoas todos os dias. “Eu preciso construir o texto embaixo da cidade, no subterrâneo da cidade”, disse, ao lembrar como a Revolução Francesa e a realeza se misturaram em sua mente com o metrô, a democracia e a arquitetura. A primeira edição da Photo Bridge, que faz parte do calendário cultural da temporada cruzada Brasil-França; fica em cartaz até 9 de novembro em Paris.
A música poética de Judd Greenstein01 – Judd Greenstein - Sing Along 02 – Joe Rainey - b.e. son03 – Joe Rainey - jr. flip '04 – Gruopo Texto Poetico - Un Cietro Tiempo de Desconcierto05 – Santosa - C.S. n.206 - Giovanni Bignone - Maschinengewehr
Olá, Poetas e admiradores de Poesia! Bem-vindos a mais umepisódio da série “Nonô Lê Versos do Blogue”.Hoje, convido-vos a uma viagem muito especial, uma viagem no tempo através dos sentidos. Acredito que os cheiros são uma das formas mais poderosas de despertar memórias, e foi com base nessa ideia que escrevi o poema"Os cheiros da minha infância".Neste áudio, partilho a leitura deste poema que evoca aromas da minha vida, como o da terra molhada, do pão quente e da maresia do mar em Sintra e Cascais. Cada cheiro é uma porta para uma história, uma recordação feliz ou agridoce.Espero que este poema vos inspire a fechar os olhos e a redescobrir os cheiros que marcaram a vossa própria infância. Deixe nos comentários qual é o cheiro que mais te transporta no tempo!
Consagrado como um dos maiores poetas brasileiros, e um dos precursores dos haikaiss no país, Paulo Leminski também transformou as palavras em músicas, compondo mais de 100 canções durante a vida. Conheça algumas delas no episódio de hoje do Música entre Artes. Ficha TécnicaApresentação, produção e edição: Isabela VilelaArte de capa: Maria Clara Pimentel
La lettura di due poesie di Pier Paolo Pasolini, a 50 anni dal suo assassinio, si unisce alle nostre esplorazioni musicali al chiaro di luna. I due componimenti poetici dell'autore friulano sono tratti dalla raccolta "Poesie" pubblicata nel 2021 da Garzanti.Qui il link per l'ascolto della playlist musicale >> https://open.spotify.com/playlist/5X8mzq8szJNnLybyyO6w4F?si=uUkhhYE3TFqi_1sonthqVA&pi=bNh4kuP6QW21yPLAYLIST:Bonobo - SapienRival Consoles - World Turns- Lettura - Pier Paolo Pasolini, Senza te tornavo w/ Barrie - Hard CandyHVOB & Winston Marshall - Hands AwayGodugong ft. Washé, Dj Khalab - Autana- Lettura - Pier Paolo Pasolini, Lo scandalo del contraddirmi w/ Alsogood & Kuranes - Back HomeNino Gvilia - NicoleWhitemary - Abisso-Dialect & Lyz Cooper - Sonic Sunrise, The Ultimate AlarmJB Dunckel - TranshumanityThe Smile - The SmokeMaria Chiara Argirò - GreenarpCaterina Barbieri - Broken MelodyFloating Points - GrammarMoon Safari, esplorazioni musicali e poetiche al chiaro di luna - Stagione 12. Puntata in onda sabato 15 e domenica 16 marzo 2025.Un programma di e con Claudio Petronella in onda su RBE radio TV (fino al mese di giugno 2025) ogni sabato alle 23 in replica ogni domenica alle 22. Info su podcast, frequenze FM, DAB, TV e audio video streaming su www.rbe.it
Alessio Vailati"La mappa del dolore"Riflessioni in versi su trenta fotografie vincitrici del Premio Pulitzer.il ramo e la foglia edizioniwww.ilramoelafogliaedizioni.itLa mappa del dolore è un libro di poesie a tema civile che ripercorre importanti vicende storiche dalla Seconda guerra mondiale ai giorni nostri, affrontando argomenti come la guerra, la povertà, la discriminazione razziale, l'emarginazione, i flussi migratori eccetera.Si tratta pertanto di un libro attuale imperniato sulle immagini icastiche di trenta tragici avvenimenti che hanno segnato la Storia, immortalati in altrettante fotografie vincitrici del Premio Pulitzer. Pur essendo scaturiti dalle fotografie i testi mantengono una certa autonomia e si occupano del lato umano delle vicende narrate. Non si tratta di testi con giudizi di natura politica ed economica quanto piuttosto di un lungo racconto che getta lo sguardo sulla disumanità di quanto ci accade attorno, pur non toccandoci direttamente.Il titolo del libro sta a indicare proprio questo percorso, quasi un viaggio nell'inferno dantesco, così tristemente reale e documentato. Le vicende (le immagini) trattate sono trenta e il loro andamento è scandito attraverso un testo guida che si apre in ulteriori sei testi.Riportiamo i titoli delle trenta poesie contenute nella raccolta di Alessio Vailati, La mappa del dolore - riflessioni in versi su trenta fotografie vincitrici del Premio Pulitzer (in libreria dal 19 settembre 2025); in corrispondenza di ogni titolo si trova il link a una pagina esterna che mostra la fotografia a cui l'autore si è ispirato. I titoli delle poesie non sono gli stessi delle fotografie a cui si ispirano. In corrispondenza dei titoli si trovano i nomi dei fotografi e l'anno in cui hanno vinto il Premio Pulitzer con le loro fotografie.1. Il ritorno di un eroe, Earle Bunker 19442. Il ponte sul Taedong, Max Desfor 19513. La morte e il vagoncino rosso, William Seaman 19594. Due uomini soli, Paul Vathis 19625. Rivoluzione e assoluzione, Hector Rondon 19636. Interludio di pace, Toshio Sakai 19687. Ritratto della dignità, Moneta Sleet 19698. La marea di migranti, Dallas Kinney 19709. Un magazzino per persone, Jack Dykinga 197110. Vendetta all'autodromo, Horst Faas e Michel Laurent 197211. Cicatrici di guerra, David Hume Kennerly 197212. La ragazza di Trangbang, Nick Út 197313. Fine dell'incendio, Gerald Gay 197514. Un volto nella folla, Robin Hood 197715. Disordini politici a Bangkok, Neal Ulevich 197716. Esecuzione sulla spiaggia, Larry Price 198117. Il campo della morte di El Salvador, James B. Dickman 198318. Carestia, Stan Grossfeld 198519. L'inverno dei senzatetto, Tom Gralish 198620. La bambina e l'avvoltoio, Kevin Carter 199421. Un rito di passaggio africano, Stephanie Welsh 199622. Il cammino delle lacrime, Martha Rial 199823. I rifugiati del Kosovo, C. Guzy, M. Williamson, L. Perkins 200024. Attacco al World Trade Center, Staff del New York Times 200225. Monrovia sotto assedio, Carolyn Cole 200426. Ultimo saluto, Todd Heisler 200527. Il viaggio di una madre, Renee C. Byer 200728. Il catastrofico terremoto di Haiti, C. Guzy, N. Kahn, R. Carioti 201129. La bambina in verde, Massoud Hossaini 201230. Il cinico disprezzo della vita umana, Daniel Berehulak 2017Alessio Vailati è nato a Monza nel 1975 e vive in provincia di Monza e Brianza. È laureato in giurisprudenza. Le sue raccolte di poesia sono: L'eco dell'ultima corda (Lietocolle, 2008), Sulla via del labirinto (L'arcolaio, 2010), Sulla lemniscata – L'ombra della luce (La Vita Felice, 2017), Piccolo Canzoniere privato (Controluna, 2018, Premio Poeti e Narratori per caso 2019 e finalista Premio Marineo 2018), Orfeo ed Euridice (Puntoacapo Editrice, 2018), Hirosaki (Lietocolle 2019, plaquette), Il moto perpetuo dell'acqua (Biblioteca dei Leoni, 2020), Lungo la muraglia (Bertoni editore, 2020), Luci da Oriente (Nulla Die edizioni, 2021). È autore del romanzo Ninfa alla selva (Robin, 2024).Diventa un supporter di questo podcast: https://www.spreaker.com/podcast/il-posto-delle-parole--1487855/support.IL POSTO DELLE PAROLEascoltare fa pensarehttps://ilpostodelleparole.it/
Este episódio recebe o autor mineiro Edimilson de Almeida Pereira, que este ano celebra 40 anos de sua trajetória de poeta com o lançamento da antologia Poesia & Agora (Mazza). Ele conversa com a colunista do 451 MHz Bruna Beber sobre sua relação com o tempo e a importância de escutar o mundo para orquestrar as palavras. Autor celebrado também de livros infantojuvenis, como o recente Coisa Sim, Coisa Não (FTD), o convidado conta como descobriu as palavras na infância, quando versos de Manuel Bandeira o levaram à poesia, e fala ainda sobre a necessidade de entrar no imaginário das crianças para escrever para elas. Apoio confirmado: Lei Rouanet – Incentivo a Projetos Culturais Assine a Quatro Cinco Um por R$ 10/mês: https://bit.ly/Assine451 Seja um Ouvinte Entusiasta e apoie o 451 MHz: https://bit.ly/Assine451
Elisa Biagini"Quanto preme ai vetri"Poetica e poesiaManni Editoriwww.mannieditori.itLa poesia di Elisa Biagini è un viaggio nella vita della parola essenziale, della parola abitata dal silenzio. I versi, che uniscono nitore e leggerezza, via via disegnano una fisica poetica, affidata a uno sguardo che sa collocarsi nell'intimo dell'apparire, nello stare dell'oggetto, nell'esatta geometria del mondo. La parola si tiene stretta, mirabilmente, al respiro delle cose. E per questo ha una sua luce e una sua musica. Anche le composizioni di oggetti che nella prima sezione del libro si fanno immagini fotografiche raccontano questa limpida cura del visibile.In questo libro, che ripercorre un bell'itinerario, con le sue scansioni e i suoi indugi, si fa esplicita una scommessa: mostrare – nella lingua della poesia, nella sua dolcezza e nelle sue asperità – la comune appartenenza di uomini e cose al bios, al ritmo del mondo. In dialogo con i versi, la riflessione sulla poesia, sulla sua necessità, sulla sua responsabilità. Antonio PreteElisa Biagini è nata nel 1970 a Firenze, dove vive. Insegna Storia dell'arte, Letteratura e Scrittura creativa alla New York University Florence.Ha esordito in poesia nel 1993 e da allora ha pubblicato varie raccolte, alcune bilingui. Con Einaudi L'ospite (2004), Nel bosco (2007), Da una crepa (2014), Filamenti (2020), L'intravisto (2024). Ha curato e tradotto Nuovi poeti americani (Einaudi, 2006), l'antologia di Paul Celan Non separare il no dal sì (Ponte alle Grazie, 2020), e con Antonella Anedda Poesia come ossigeno. Per un'ecologia della parola (chiarelettere, 2021).I suoi libri sono tradotti in oltre quindici lingue.Diventa un supporter di questo podcast: https://www.spreaker.com/podcast/il-posto-delle-parole--1487855/support.IL POSTO DELLE PAROLEascoltare fa pensarehttps://ilpostodelleparole.it/
Marilena Garis"Rainer Maria Rilke. Luce sull'invisibile"Edizioni Areswww.edizioniares.itUn'inquietudine profonda ha segnato l'esistenza di Rainer Maria Rilke (1875-1926), poeta dell'anima, la cui vita, contraddistinta da un incessante vagabondare geografico e interiore, si intreccia indissolubilmente alla sua opera. Nato a Praga nel 1875, cresciuto tra l'amore soffocante di una madre che lo vestiva come una bambina e l'austerità delle scuole militari imposte dal padre, Rilke sviluppò fin da giovane uno straordinario e complesso mondo interiore che sarebbe diventato il nucleo pulsante della sua poetica.Dall'incontro con Lou Andreas-Salomé, musa e guida intellettuale, ai viaggi in Russia che segnarono la sua spiritualità, dall'influenza di Auguste Rodin a Parigi fino al rifugio creativo nel castello di Duino e nella torre di Muzot, sulle Alpi svizzere, ogni tappa della sua esistenza fu un passo verso la creazione dei suoi capolavori, come le Elegie duinesi e i Sonetti a Orfeo. La sua poesia, spesso carica di immagini e metafore visionarie, ha innovato il linguaggio lirico del Novecento per aprirsi a un verso libero, che rispecchia il fluire dell'anima.Marilena Garis, in questa appassionata biografia, non racconta solo una vita straordinaria, ma anche un viaggio nei luoghi che plasmarono l'esistenza e l'opera del poeta.Marilena Garis (1976), giurista, cultrice della letteratura e della poesia, scrive per la rivista letteraria Pangea. Studiosa rilkiana, è membro della Association des Amis de la Fondation Rilke di Sierre (Svizzera). Ha curato l'epistolario R.M. Rilke e A. Forrer, La tentazione della rima(Magog 2023) e insieme a Giorgio Anelli il carteggio C. Pozzi e R.M. Rilke, Non dimenticherò che mi avete teso la mano (Ladolfi 2023). Con Ares ha pubblicato il profilo Rainer Maria Rilke. Luce sull'invisibile.Diventa un supporter di questo podcast: https://www.spreaker.com/podcast/il-posto-delle-parole--1487855/support.IL POSTO DELLE PAROLEascoltare fa pensarehttps://ilpostodelleparole.it/
Maddalena Claudia Del Re"Il distacco"Luoghi lontani invisibili ad altriPrefazione di Maria BorioEdizioni Ensemblewww.edizioniensemble.itl distacco – luoghi lontani invisibili ad altri è la raccolta poetica con cui Maddalena Claudia Del Re ha vinto la VI edizione del “Premio internazionale Pushkin in Italia” per la sezione “Il poeta sconosciuto – Raccolta di poesie”.«La funzione della scrittura suggerita da questo libro è, infatti, un esercizio all'attenzione, verso noi stessi e verso le relazioni, soggettivo e intersoggettivo, possibile se raggiungiamo la capacità dell'attesa – come quando lasciamo coagulare le immagini nel senso di una poesia – e della cura – come quando ponderiamo la forma di una poesia».Maria BorioMaddalena Claudia Del Re è nata a Roma dove vive. È avvocata penalista ed esperta di diritto di famiglia; ha pubblicato diversi scritti giuridici, di cui l'ultimo sul reato di tortura. Sue poesie sono apparse sulle riviste «Nuovi Argomenti» e «Nazione indiana». È stata finalista nel Premio Poesia Nuovi Argomenti 2022 e vincitrice della VI edizione del “Premio internazionale Pushkin in Italia” per la sezione “Il poeta sconosciuto – Raccolta di poesie”.Diventa un supporter di questo podcast: https://www.spreaker.com/podcast/il-posto-delle-parole--1487855/support.IL POSTO DELLE PAROLEascoltare fa pensarehttps://ilpostodelleparole.it/
Enrico Bruschi"Riflessi inversi"Nella mente di Mariù PascoliMaschietto Editorewww.maschiettoeditore.comÈ morto davvero l'unico poeta di casa Pascoli?Una salma scomoda. Una sorella indomita. Una verità a cui non si vuole e non si può dare ascolto.Quando Giovanni Pascoli muore, non lascia solo un'eredità poetica. Lascia a sua sorella Maria una promessa da mantenere: tumularlo nell'unico posto dove sia mai stato felice. In un'Italia che non perdona le donne che osano sfidare il potere, Maria, detta Mariù — sola, ostinata, coraggiosa — si trasforma in un'Antigone moderna, pronta a tutto pur di dare compimento alla volontà estrema del fratello.Tra ostacoli, silenzi e verità taciute, il suo viaggio di soli tre giorni con il feretro si trasforma in un confronto serrato con i fantasmi della cultura ufficiale, della politica, della famiglia. Ma soprattutto con i lati più oscuri e controversi del legame che per decenni ha unito due anime inseparabili, la relazione più misteriosa e discussa della letteratura italiana.Una storia avvincente. Un mistero letterario. Un romanzo potente sul coraggio femminile, i silenzi e i segreti che condizionano i rapporti famigliari e la ricerca della verità.Enrico Bruschi, nato ad Ancona, vive e lavora da oltre venti anni a Milano. Si occupa di comunicazione d'impresa e per qualche anno ha gestito uno storico ristorante milanese. Nel 2018 ha pubblicato il suo primo romanzo, La Sottomissione. Con lo scoppio della Pandemia ha collaborato con gli Ospedali di Lodi e Codogno, dove ha raccolto le testimonianze degli straordinari medici del Reparto di Terapia Intensiva che sono diventate un libro. Oltre alla cucina è appassionato di architettura e arte contemporanea, cura un blog dove pubblica storie di cibo e di persone.Diventa un supporter di questo podcast: https://www.spreaker.com/podcast/il-posto-delle-parole--1487855/support.IL POSTO DELLE PAROLEascoltare fa pensarehttps://ilpostodelleparole.it/
Esta homenagem a Francisco Pinto Balsemão vai para além de um simples tributo a uma das figuras mais marcantes da história contemporânea portuguesa. Compilando entrevistas de várias personalidades de todos os quadrantes da sociedade, o Alta Definição deste sábado faz uma reflexão profunda sobre valores, liderança, responsabilidade social e o papel fundamental da comunicação social e da democracia da vida dos portugueses. Uma viagem pelos principais ensinamentos e ideias do homem que viveu para criar instituições, desdobrando cada um deles em conselhos práticos que podem inspirar não só jornalistas e políticos, mas qualquer pessoa que queira deixar o mundo melhor.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Professor da Letras-USP foi um dos selecionados e recebeu o convite da Associação de Chinesa de Escritores para apresentar seu trabalho no evento
Chiedersi quale sia il senso della danza oggi è una delle domande che mi stanno più a cuore da quando ho iniziato a occuparmi di danza. La danza butoh ci invita allo scandalo della carne, perché si ribella alle regole e alle norme che pretendono di dirci cosa è giusto e cosa è sbagliato nel movimento, cosa è bello e cosa è brutto, al punto da ricordarci che anche il confine tra ciò che è vivo e ciò che è morto non è così netto.Spring of a Dancer è un inno al ritmo senza tempo che pulsa in tutte le cose: il fuoco che dà vita alle stelle. Invocando la sua preghiera al Sole, indifferente alle nostre domande, il ballerino si libera della pelle del mondano, facendo eco all'antica saggezza del serpente: “Se rimani sotto la tua pelle, ti perdi la maggior parte di ciò che muove i cieli”. Mentre il Grande Corvo batte le ali e Giano ci sussurra di aprire la porta, FÜYA ci esorta a interrogare il significato del dolore: "La vita è dura. Tutto questo dolore può distruggerti. Eppure, nella danza, la grazia sboccia come i primi fiori di primavera, effimera ed eterna. Per questo motivo, vale la pena ballare oggi".Spring of a Dancer è un film, un libro, una poesia, uno spettacolo teatrale, un podcast e una lezione filosofica sulla danza. Ti invito a guardare il trailer del film su YouTube e a leggere il mio nuovo libro Primavera di un danzatore su Amazon Books.Diventa un supporter di questo podcast: https://www.spreaker.com/podcast/lettere-a-mia-mamma--5917887/support.Scopri di più sulla ricerca artistica e accademica di Damiano Fina su www.damianofina.it
Verrà la morte e avrà i tuoi occhi di Cesare Pavese parla di amore, perdita e del bisogno umano di vita anche davanti alla fine.
Francesco Zambon"L'altra metà del sogno mi appartiene"Il libro neroAlicia GallienneMolesini Editore Veneziawww.molesinieditore.itUna ragazza travolta dall'amore, che dà del tu alla morteTraduzione di Francesco Zambon«Dura e segreta è la mia anima». La morte, l'amore, la vita: avrebbe potuto essere questo il motto di una ragazza che adorava la poesia di Éluard e Baudelaire. Tanto più che, a differenza della maggior parte dei poeti che con il pensiero della fine hanno soprattutto un legame intellettuale, Alicia Gallienne ha dato del tu alla morte negli anni dell'adolescenza, fino ad affrontarla, ventenne, all'alba del 24 dicembre 1990. Solo trent'anni dopo, le raccolte poetiche da lei lasciate in alcuni quaderni sono state pubblicate da Gallimard. I suoi versi, precisi e incandescenti, sono carne dolorante che dice di sì alla vita, sono l'eco commossa di un destino che non smette di ardere, sintesi sconcertante di tenebra e di folgore. Nel 2023 sono stati tradotti in questa collana i suoi primi due quaderni di poesie, Le dominanti e I notturni. Si pubblica qui il terzo quaderno – sotto tutti gli aspetti centrale – Il libro nero, quello che, come avverte la stessa Gallienne, «ha il colore del non detto»: libro in cui le esperienze affettive e amorose più intense e le riflessioni più intime raggiungono accenti di un'incandescenza simile a quella delle grandi mistiche. Opera in tre volumi: I. Le Dominanti. I Notturni; II. Il libro nero; III. L'infinito meno unoL'altra metà del sogno mi appartieneIl libro neroLa gente se ne vaCome un rosario che si sgranaRestiamo soliSconcertati e colpevoliArrivederci signoreHo fatto il salto dell'angeloE la mia memoria si è infrantaNulla serve a nullaFuggi in fretta musicistaAl quinto tempo ti uccidoSono solo un sognoChe insegue la sua immagineSono solo un sognoNon faccio altro che passareHo fatto il salto dell'angeloE il mondo è volato viaAlicia Gallienne (Parigi 1970 – ivi 1990) muore, ventenne, per una malattia incurabile. Tra il 1986 e il 1990, gli ultimi quattro anni della sua coraggiosa, straziante e appassionata esistenza, ha scritto centinaia di poesie. Grazie soprattutto a suo cugino, l'attore Guillaume Gallienne, i suoi versi sono stati «ritrovati» nel febbraio 2020, a tre decenni dalla morte, e pubblicati da Gallimard con il titolo L'autre moitié du songe m'appartient. Il libro ha avuto uno straordinario successo di critica e di pubblico. «Non m'importa quello che lascio, mi basta che la materia si ricordi di me, basta che le parole che vivono in me siano scritte da qualche parte e mi sopravvivano».Francesco Zambon (Venezia 1949) è professore emerito di Filologia romanza presso l'Università di Trento. Studioso di fama internazionale, ha indagato su numerosi aspetti della letteratura allegorica e religiosa del medioevo latino e romanzo (bestiari, mito del Graal, trovatori, eresia catara, letteratura mistica). Ha scritto inoltre su alcuni poeti italiani ed europei contemporanei. Con questa casa editrice ha pubblicato L'iride nel fango. L'anguilla di Eugenio Montale e curato la traduzione italiana e il commento di Messaggio di Fernando Pessoa e del primo volume di L'altra metà del sogno mi appartiene di Alicia Gallienne. Ha ricevuto il Premio Nazionale per la Traduzione 2023 del Ministero della Cultura.Diventa un supporter di questo podcast: https://www.spreaker.com/podcast/il-posto-delle-parole--1487855/support.IL POSTO DELLE PAROLEascoltare fa pensarehttps://ilpostodelleparole.it/
E uscimmo a riveder le stelle è il simbolo della rinascita: per Dante, e per tutti, dopo le difficoltà arriva sempre una nuova luce.
Valeria Bianchi Mian, Max Ponte"La rivoluzione poetica degli animali"Buendia Bookswww.buendiabooks.itIn un imprecisato futuro, in cui gli umani hanno ridotto la terra a un colabrodo, gli animali della savana urbana assaltano la televisione nazionale con un messaggio chiaro: per evitare il disastro, è necessaria un'alleanza fondata su un linguaggio comune. Margherita l'antilope, Attilio il giraffo e un branco molto speciale sono i protagonisti di una favola interspecista per tutte le età, alla scoperta del potere dell'amicizia e dei… versi.Valeria Bianchi Mian è psicologa e psicoterapeuta junghiana specializzata in Psicodramma. Ha creato il Metodo Tarotdramma®. Conduce corsi di scrittura terapeutica con Giunti Psicologia e altre case editrici. Ha curato saggi tra i quali Fare storie (Giunti, 2025). Ha scritto racconti e curato antologie di racconti, tra le quali Psicoporno ed Eros svelato (Buendia Books). Ha pubblicato e curato raccolte di Poesia a tematica antispecista e femminista. È autrice in Piemonte in Noir, Capricorno Edizioni. Ha sceneggiato mazzi di Oracoli con White Star, Vivida Books.Max Ponte, nato ad Asti nel 1977, è poeta, narratore, ricercatore. Ha pubblicato alcune raccolte di poesia, l'ultima dal titolo Il mio paese è una stella (Letteratura Alternativa 2024). È stato incluso da Alfredo Rienzi nella raccolta Poesia a Torino – Cent'anni e quaranta volti (puntoacapo, 2024). Una sua poesia, La promessa della felicità, è diventata un brano del cantautore Federico Sirianni, finalista alle Targhe Tenco 2024. È anche autore di racconti, nel 2025 ha pubblicato La vittoria dei cappellai matti in La stessa cosa del sangue. Racconti con la resistenza (DeriveApprodi) a cura di Sergio Sichenze.Diventa un supporter di questo podcast: https://www.spreaker.com/podcast/il-posto-delle-parole--1487855/support.IL POSTO DELLE PAROLEascoltare fa pensarehttps://ilpostodelleparole.it/
Francesco Napoli"Giorgio Caproni. Scrittore in versi"Edizioni Areswww.edizioniares.it“Caproni è un poeta che scende nelle profondità dell'essere, nel porto sepolto dell'animo per ricavare poi l'inesauribile segreto della poesia”.Francesco NapoliGiorgio Caproni (1912-1990) è sempre più protagonista assoluto della nostra poesia. In queste pagine, Francesco Napoli ne ripercorre la vita e le opere: dagli anni dell'infanzia a Livorno a quelli di formazione a Genova, fino al periodo romano della maturità letteraria. Poeta dal tono apparentemente semplice e colloquiale, era in grado, in realtà, di toccare le grandi domande della vita, trasformando il proprio vissuto in versi indimenticabili: dolore, morte, amore, memoria e ricerca di Dio.Arricchisce questo invito alla lettura un'intima conversazione con lo scrittore Maurizio Cucchi, che racconta l'uomo dietro al poeta.Francesco Napoli (Napoli 1959) è critico letterario, giornalista e consulente. Ha pubblicato numerosi saggi sulla poesia italiana contemporanea su quotidiani, riviste e in volume tra i quali: Novecento prossimo venturo. Conversazioni critiche sulla poesia (Jaca Book 2005), Poesia presente in Italia dal 1975 al 2010 (Raffaelli Editore 2011) e Poeti nati negli anni '60. Letteratura come condizione (Interno Poesia Editore 2024). Per Ares ha pubblicato il profilo letterario Giorgio Caproni. Scrittore in versi (2025).Diventa un supporter di questo podcast: https://www.spreaker.com/podcast/il-posto-delle-parole--1487855/support.IL POSTO DELLE PAROLEascoltare fa pensarehttps://ilpostodelleparole.it/
Emilio Russo"Un Papa poeta"Maffeo Barberini e la cultura di primo SeicentoCon saggi di Emilio Russo, Clizia Carminati, Roberta Ferro, Marco Leone e Saverio RicciOfficina Librariawww.officinalibraria.netMaffeo Barberini (Firenze, 1568-Roma, 1644), divenuto pontefice con il nome di Urbano VIII nel 1623, è una figura fondamentale per la cultura del primo Seicento. Ancora prima di diventare papa, Barberini è protagonista di un percorso letterario che lo porta in contatto con alcuni tra i più importanti scrittori e pensatori contemporanei, da Giovan Battista Marino a Gabriello Chiabrera, da Galileo Galilei a Tommaso Campanella. Né va dimenticato che in quei primi mesi del secolo Maffeo è attivo come mecenate, ed è persino capace di avvicinare con successo un artista di prima grandezza come Caravaggio, dal quale ottiene un ritratto e soprattutto il capolavoro rappresentato dal Sacrificio di Isacco, oggi agli Uffizi. Il volume, articolato in cinque saggi di Emilio Russo, Clizia Carminati, Roberta Ferro, Marco Leone e Saverio Ricci, illustra le diverse opere di Barberini, tra rime volgari e carmi latini, oltre ai suoi legami con la stagione del primo Barocco in Italia.Emilio Russo è professore ordinario di Letteratura italiana alla «Sapienza» Università di Roma. Le sue ricerche si concentrano su autori del Rinascimento e del Barocco (Ariosto, Tasso, Marino), oltre che dell'Ottocento (Leopardi, Nievo). Ha pubblicato, tra gli altri, Studi su Tasso e Marino (2005), Marino (2008), Guida alla lettura della «Gerusalemme liberata» di Tasso (2014), Ridere del mondo. La lezione di Leopardi (2017). Nel 2024 ha co-curato la mostra Poesia e pittura nel Seicento. Giovan Battista Marino e la «meravigliosa» passione (Officina Libraria, 2024), tenutasi alla Galleria Borghese di Roma.Diventa un supporter di questo podcast: https://www.spreaker.com/podcast/il-posto-delle-parole--1487855/support.IL POSTO DELLE PAROLEascoltare fa pensarehttps://ilpostodelleparole.it/
Dove finisce il “sé” e dove comincia l'“altro da sé”? Una domanda fondamentale, che si interseca con il senso della nostra esistenza, con l'origine della vita. La nascita, infatti, appare come una separazione: lo staccarsi del cordone ombelicale. Nascere – come morire – ci espone a uno dei grandi quesiti dell'umanità, che mi piace riassumere con il titolo di un celebre quadro di Paul Gauguin: Da dove veniamo, chi siamo, dove andiamo? Nascere è il primo problema, il problema originario. Prenderne consapevolezza significa decidere di esporsi alla vulnerabilità del problema. Ma non è forse proprio questo rischio ciò che restituisce alla nostra vita tutti i suoi più autentici colori e le sue più originali sfumature?Diventa un supporter di questo podcast: https://www.spreaker.com/podcast/lettere-a-mia-mamma--5917887/support.Scopri di più sulla ricerca artistica e accademica di Damiano Fina su www.damianofina.it
La newsletter gratuita ➤➤➤ http://eepurl.com/c-LKfz ⬇⬇⬇SOTTO TROVI INFORMAZIONI IMPORTANTI⬇⬇⬇ Abbonati per live e contenuti esclusivi ➤➤➤ https://bit.ly/memberdufer Leggi Daily Cogito su Substack ➤➤➤ https://dailycogito.substack.com/ I prossimi eventi dal vivo ➤➤➤ https://www.dailycogito.com/eventi Scopri la nostra scuola di filosofia ➤➤➤ https://www.cogitoacademy.it/ Racconta storie di successo con RISPIRA ➤➤➤ https://cogitoacademy.it/rispira/ Impara ad argomentare bene ➤➤➤ https://bit.ly/3Pgepqz Prendi in mano la tua vita grazie a PsicoStoici ➤➤➤ https://bit.ly/45JbmxX Tutti i miei libri ➤➤➤ https://www.dailycogito.com/libri/ Il nostro podcast è sostenuto da NordVPN ➤➤➤ https://nordvpn.com/dufer #rickdufer #divinacommedia #dante INSTAGRAM: https://instagram.com/rickdufer INSTAGRAM di Daily Cogito: https://instagram.com/dailycogito TELEGRAM: http://bit.ly/DuFerTelegram FACEBOOK: http://bit.ly/duferfb LINKEDIN: https://www.linkedin.com/pub/riccardo-dal-ferro/31/845/b14 -------------------------------------------------------------------------------------------- Chi sono io: https://www.dailycogito.com/rick-dufer/ -------------------------------------------------------------------------------------------- La musica della sigla è tratta da Epidemic Sound (author: Jules Gaia): https://epidemicsound.com/ Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
Massimo Gezzi"Adriatica"Gramma Feltrinelliwww.feltrinellieditore.it/gramma/È una sera di metà maggio ad Adriatica, la luna è alta in cielo e il mare è quasi immobile. Emilie va verso il molo. Ha bisogno del silenzio questa sera. Non ha nessuna voglia di rimettere piede a casa. Ha gli occhi gonfi e la gola irritata per le urla. Sua madre si scola una bottiglia di vino al giorno e ha il coraggio di accusare lei di fare schifo. Troppo, per una sera così calma di vento. Meglio poi il molo, meglio quel “coso in mezzo al mare” della lingua di spiaggia accanto allo sbocco del depuratore dove lei e Giada, l'amica del cuore, hanno appena dato fiato alle smanie, alle fantasie e ai loro segreti inconfessabili di adolescenti. Anche Tullio ha bisogno del silenzio e del mare questa sera. Ha quasi settant'anni e vive da solo nell'appartamento che sua madre gli ha lasciato. Gli gira forte la testa, ma non riesce a smettere di bere. Benedice e maledice il mare, il profumo delle acacie, il brillio intermittente del faro e una reliquia conservata in una scatola sepolta nel mobile della sua camera: l'immagine di una giovane donna, la più preziosa e la più cara. Entrambi, la ragazza e il sessantottenne, percorrono il lungomare di Adriatica e si avventurano su quel molo, con la speranza di ordinare i pensieri e di ritrovare la calma. Ma le loro vite finiranno per scontrarsi e per aprirsi l'una all'altra, e i due scopriranno di condividere memorie e segreti, zone d'ombra e sospetti. Finché alla fine del loro girovagare notturno, consumati da un fuoco che si riaccende in un pub popolato da tifosi rumorosi e razzisti, assisteranno a un evento singolare che metterà fine a tutto, o da cui tutto potrà ricominciare.Massimo Gezzi mette assieme generazioni diverse, sogni perduti e ingenue speranze, in una provincia immaginaria, una indimenticabile provincia dell'anima che si affaccia sul mare. E fonde giovinezza e senilità in un affresco misurato, preciso e nitido. Massimo Gezzi (1976) ha pubblicato i libri di poesia Il mare a destra, L'attimo dopo, Il numero dei vivi, Uno di nessuno. Storia di Giovanni Antonelli, poeta, Sempre mondo, e il libro di racconti Le stelle vicine (Bollati Boringhieri, 2021, finalista Premio Mastercard Letteratura Esordienti). Ha curato per Mondadori il Diario del '71 e del '72 di Eugenio Montale e lo Specchio Poesie (1975-2025) di Franco Buffoni. Dirige con Fabio Pusterla la collana di poesia Le Ali di Marcos y Marcos. Ha fondato e coordina il sito letterario “Le parole e le cose”. Vive a Lugano, dove insegna italiano in un liceo. Per Feltrinelli Gramma ha pubblicato Adriatica (2025).Diventa un supporter di questo podcast: https://www.spreaker.com/podcast/il-posto-delle-parole--1487855/support.IL POSTO DELLE PAROLEascoltare fa pensarehttps://ilpostodelleparole.it/
Giovanni Maria di Lieto"Opere. Giannino Di Lieto"Saggi di Giorgio Bárberi Squarotti, Maurizio Perugi, Luigi Fontanella e Ottavio RossaniInterlinea Edizioniwww.interlinea.com"L'attività e l'itinerario dell'opera letteraria, poetica, narrativa, critica, intellettuale, di pensiero e di polemiche fervide e appassionate di Giannino di Lieto offrono un'esemplare illuminazione e una lezione preziosissima per far comprendere che cosa è stata la vicenda della nostra cultura letteraria fra la fine degli anni sessanta del Novecento e l'inizio del nuovo secolo": così scrive Giorgio Bárberi Squarotti nel saggio introduttivo. L'attività letteraria di Giannino di Lieto (1930-2006) si distingue per la vitalità della sua scrittura nonché per la sua originale alterità e viene raccolta per la prima volta in un unico volume, dalla prima raccolta del 1969 agli inediti: "La mia scrittura si svolge per linee logiche, drammatiche o figurative seguendo lo schema e gli spazi della pittura vascolare".Giannino di Lieto, originario di Minori, sulla Costiera Amalfitana in provincia di Salerno (1930-2006), è stato un poeta lontano dalle mode letterarie e al di fuori dei comuni moduli della poesia italiana. Approdato alla letteratura con Poesie (Rebellato, 1969), ha pubblicato, tra molteplici raccolte, Punto di inquieto arancione (Vallecchi, 1972). Medaglia d'oro al premio LericiPea, ha ricevuto diversi riconoscimenti tra cui il premio della cultura della Presidenza del Consiglio. Numerose anche le opere di poesia visiva inserite in mostre nazionali e internazionali. Il volume Giannino di Lieto, la ricerca di forme nuove del linguaggio poetico ha raccolto interventi e inediti dopo il convegno dedicato alla sua memoria nel 2007 nella nativa Minori. Le sue Opere sono state pubblicate da Interlinea nel 2010.Diventa un supporter di questo podcast: https://www.spreaker.com/podcast/il-posto-delle-parole--1487855/support.IL POSTO DELLE PAROLEascoltare fa pensarehttps://ilpostodelleparole.it/
Antonio Scommegna"Sempre ritorni come l'onda"Prefazione di Gianfranco LauretanoSBS Edizioniwww.sbsedizioni.itIn "Sempre ritorni come l'onda", Antonio Scommegna affida alla poesia il suo canto, una riflessione profonda sulla vita, il tempo, la fede e l'amore per la propria terra. I suoi versi, densi di memoria e interrogativi, attraversano il dolore e la speranza, sfiorando l'anima con immagini vibranti e sensazioni che si imprimono nella mente del lettore. La crisi del sacro, il legame con le radici, il desiderio di infinito si intrecciano in un dialogo intimo con l'esistenza, mentre la parola diventa onda, in un perpetuo ritorno di emozioni e consapevolezza. Una silloge intensa e toccante, in cui il poeta si confronta con l'impermanenza delle cose e con la necessità di dare un senso ai propri passi. Il suo canto, pur segnato dalla malinconia, non rinuncia alla luce: come il mare che non cessa di tornare a riva, la poesia diventa un rifugio, un atto di resistenza alla fugacità del tempo.Penso che l'Autore della silloge, Antonio Scommegna, si possa quasi identificare con il mare, il suo mare, quello di Margherita di Savoia, una pagina bianca su cui scrivere la sua vita. Leggiamo, infatti: “Al mare che ho dentro affido i miei pensieri”, i sogni, i desideri e soprattutto i ricordi, sempre vividi, salati e frizzanti nelle narici e nel cuore. Il mare è metafora della vita e dell'amore, calmo, sereno o tempestoso, che, però, offre sempre un porto sicuro. È per lui abbraccio, incanto, sogno, respiro, similitudini che ho ricavato dai titoli di alcune poesie. Nel libro, diviso in sezioni o argomenti, Scommegna affronta temi importanti. Inizia con riflessioni sul tempo della pandemia, che ci ha segnati tutti; nella poesia “Pandemico Natale” aleggia una nota di pessimismo, confrontando il Natale dei nostri giorni con quello vissuto nella sua terra in passato. Si chiede: “Perché affannarsi tanto, se poi non cambia nulla”; in affetti non è una domanda, è un'amara constatazione: ”Oggi di quel bambinello di gesso, che si baciava in chiesa non sanno più che farsene”. Emerge un senso di vuoto, di fede annebbiata. Torna, però la speranza: “Forse l'anno nuovo porterà qualcosa di buono”. Maria Franca Dallorto PeroniPresidente dell'Associazione Culturale “Massimiliano Kolbe” - Premio di Poesia.Diventa un supporter di questo podcast: https://www.spreaker.com/podcast/il-posto-delle-parole--1487855/support.IL POSTO DELLE PAROLEascoltare fa pensarehttps://ilpostodelleparole.it/
Obrigada por ouvirem meu peeps e beijoooooos!
Esta semana, na estante, um novo livro do poeta António Manuel Pires Cabral: “A Partilha do Lume”; o ensaio “O Canto das Sirenes”, de Chris Hayes; a novela “O Lavagante”, de José Cardoso Pires, agora adaptada ao cinema; e o novo romance de Ian McEwan: “O Que Podemos Saber”.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Este é o segundo Filosófe com Isso, um podcast extra no qual trazemos indicações do que ler, ouvir e assistir. Muitas destas indicações foram referências para conversas de outros episódios do Imposturas Filosóficas. Nesta semana, trouxemos pensamentos sobre a esquizoanálise, um pouco de poesia e um comentário sobre o filme Interestelar, do Christopher Nolan.ParticipantesRafael TrindadeLinksOutros linksFicha TécnicaCapa: Felipe FrancoEdição: Pedro JanczurAss. Produção: Bru AlmeidaSupport the show
A poeta e historiadora angolana Ana Paula Tavares, autora de uma vasta obra literária em prosa e poesia e de textos científicos, é a vencedora do Prémio Camões 2025. Em comunicado emitido em 8 de outubro, o júri da DGLAB sublinha “a sua fecunda e coerente trajetória de criação estética e, em especial, o seu resgate de dignidade da Poesia”. No podcast A Beleza das Pequenas Coisas recuperamos a entrevista que a escritora deu a Bernardo Mendonça em 19 de abril de 2024. Vale a pena ouvi-la. ---- Após a independência de Angola, a guerra continuou e Paula Tavares fugiu muitas vezes, mas escreveu e ensinou sempre. Tinha 33 anos quando publicou o seu primeiro livro de poesia, “Ritos de passagem”, em 1985. A obra foi catalogada de imprópria para senhoras de bom nome e bom porte. Porque a sua poesia rasgava com a ideia de mulher-continente, dando-lhe corpo, identidade e sexualidade. Mas é hoje uma das vozes literárias mais amadas e destacadas de Angola, com diversas antologias poéticas publicadas no mundo. O seu último livro, “Poesia Reunida - seguido de Água Selvagem”, saiu em 2023, pela Caminho, e é um tremor poético. Enquanto historiadora e professora da Faculdade de Letras, em Lisboa, assina Ana Paula Tavares e colabora atualmente com a RDP África. “Um bom poema deve conter simplicidade, que o faz sobreviver ao tempo. Cada dia com menos palavras, cada palavra com menos sílabas só para poder ouvir os sopros.” Ouçam-na aqui nesta conversa em podcast com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.