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O Antagonista
Cortes do Papo - CPMI do INSS à vista

O Antagonista

Play Episode Listen Later May 22, 2025 8:22


O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou nesta quinta-feira (22) que o requerimento para a instalação da CPMI do INSS será lido apenas em 17 de junho.Alcolumbre alegou que a decisão foi tomada em razão da ausência de um acordo entre os líderes partidários sobre a pauta e do número de vetos presidenciais pendentes de análise – segundo ele, são mais de 60. Havia a expectativa de que a leitura ocorresse em 27 de maio. Felipe Moura Brasil e Duda Teixeira comentam:Papo Antagonista é o programa que explica e debate os principais acontecimentos do   dia com análises críticas e aprofundadas sobre a política brasileira e seus bastidores.     Apresentado por Felipe Moura Brasil, o programa traz contexto e opinião sobre os temas mais quentes da atualidade.     Com foco em jornalismo, eleições e debate, é um espaço essencial para quem busca informação de qualidade.     Ao vivo de segunda a sexta-feira às 18h.    Não espere mais, assine agora e garanta 2 anos com 30% OFF - últimos dias.   2 anos de assinatura do combo O Antagonista e Crusoé com um super desconto de 30% adicional* utilizando o voucher 10A-PROMO30 Use o cupom 10A-PROMO30 e assine agora:  papo-antagonista (https://bit.ly/promo-2anos-papo)   (*) desconto de 30% aplicado sobre os valores promocionais vigentes do Combo anual | Promoções não cumulativas com outras campanhas vigentes. | **Promoção válida só até o dia 31/05 

Rabino Eliahu Stiefelmann
PESSACH SHENI - Não existe caso perdido!

Rabino Eliahu Stiefelmann

Play Episode Listen Later May 12, 2025 14:59


FELIZ PÊSSACH SHENI! Um ano após o êxodo do Egito, o povo judeu fez a oferenda de Pêssach no décimo quarto dia do mês de Nissan. Mas nem todos puderam realizá-la, pois "Havia alguns homens que estavam ritualmente impuros (pelo contato com mortos) e incapazes de preparar a oferenda de Pêssach naquele dia. Aqueles disseram: 'Por que deveríamos ser privados de fazer a oferenda do Eterno no seu tempo marcado entre os filhos de Israel?' Então é dada uma nova oportunidade àquele que não ofereceu o sacrifício de Pêssach no tempo certo - 14 de Nissan - para fazê-lo no dia 14 de Iyar, data denominada de Pêssach Sheni, o Pêssach do segundo mês, no qual costuma-se, hoje em dia, comer um pedaço de matsá. Uma lição clara de Pêssach Sheni é que a pessoa nunca deve perder a esperança. Nas palavras do Rebe anterior: "A idéia de Pêssach Sheni é de que 'nada é irrecuperável'; sempre podemos retificar nosso comportamento. Mesmo alguém que estava ritualmente impuro ou ausente numa jornada distante - mesmo que voluntariamente - pode reabilitar-se." CURTIU A AULA? FAÇA UM PIX RABINOELIPIX@GMAIL.COM E NOS AJUDE A DARMOS SEQUÊNCIA! #chassidut #mistica #judaismo #tanya #alterrebbe #chassidim #rebbe# #teshuva #almajudaica #gpsparaalma #Rebe #doacao #doação #caridade # #tzedaka #matsa #matza #pessachsheni #pessach #chabad #chassid

Mensagem do dia!
20250507 Ep 966 - Quando Deus é o Seu Chefe

Mensagem do dia!

Play Episode Listen Later May 7, 2025 2:46


Bom dia! Vamos para mais uma #MensagemDoDiaA Escritura de hoje está em Salmo 75:6-7 — NVI - "Não é do Oriente, nem do ocidente, nem do deserto que vem a exaltação. É Deus quem julga: humilha a um, e exalta a outro."Quando Deus é o Seu ChefeO verdadeiro crescimento não vem das pessoas. Não vem do seu chefe, ou de conexões humanas, nem de circunstâncias favoráveis. O desenvolvimento vem do Senhor. É Ele quem abre portas. É Ele quem levanta o caído. É Ele quem decide o tempo certo das coisas acontecerem.Havia um homem que trabalhava duro, e ele tinha um chefe que era contra ele o tempo todo. O chefe o ignorava, e desfavorecia, e até tentava sabotar. Ainda assim, aquele homem continuou fazendo o seu melhor — não para o chefe, mas como se estivesse trabalhando para Deus.Ele foi preterido várias vezes. Mas um dia, teve a oportunidade de fazer uma apresentação para o Diretor da empresa. O Diretor ficou impressionado. E cerca de um ano depois, quando surgiu uma vaga de alto escalão, então o Diretor passou por cima de todos e ligou diretamente para aquele homem. Resultado? Hoje ele é quem lidera, e o chefe injusto agora é um dos subordinados dele.Veja como Deus muda situações. Quando você permanece fiel, mesmo sendo tratado injustamente, Deus vê. Ele não deixa passar. No tempo certo, Ele levanta, Ele traz honra, Ele traz recompensa. Continue andando em integridade. Continue sendo excelente. Deus é o seu Juiz, e Ele sabe exatamente como te exaltar.Vamos fazer uma oraçãoPai, obrigado porque o meu crescimento não depende de pessoas, mas vem de Ti. Eu escolho continuar fiel, com uma atitude correta, mesmo quando não sou reconhecido. Sei que no Teu tempo, o Senhor me exaltará. Obrigado por abrir as portas certas e por corrigir tudo aquilo que parece injusto. Em nome de Jesus, Amém.

Conversas à quinta - Observador
A Vida em Revolução. José Lamego e o MRPP: “Havia uma mentalidade persecutória e um ultrapuritanismo completamente disparatado”

Conversas à quinta - Observador

Play Episode Listen Later May 5, 2025 71:33


O recrutamento pelo MRPP e a desilusão com o irrealismo do partido. A luta corpo a corpo com um agente da PIDE que o baleou — e só não o matou porque ficou sem balas. As três detenções, a tortura e o “segredo” na prisão de Caxias. A recusa de uma fuga para Paris, por achar que ir para o exílio era prova de fraqueza. Os primeiros sinais da revolução na cadeia e a libertação no dia 26 de abril de 1974. O uso de ficheiros da PIDE nas detenções de militantes do MRPP depois da revolução. O encontro com Arnaldo de Matos. As acusações de desvio burguês e de ser um bon-vivant. E o sonho de transformar Portugal na Albânia, “um delírio completo”.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Homilias - IVE
”Milagre da multiplicação“

Homilias - IVE

Play Episode Listen Later May 2, 2025 3:19


Homilia Padre Fábio Sousa, IVE:Evangelho de Jesus Cristo segundo João 6,1-15Naquele tempo,Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia,também chamado de Tiberíades.Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operavaa favor dos doentes.Jesus subiu ao montee sentou-se aí, com os seus discípulos.Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus.Levantando os olhos, e vendo que uma grande multidãoestava vindo ao seu encontro,Jesus disse a Filipe:"Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?"Disse isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer.Filipe respondeu:"Nem duzentas moedas de prata bastariampara dar um pedaço de pão a cada um".Um dos discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse:"Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes.Mas o que é isso para tanta gente?"Jesus disse:"Fazei sentar as pessoas".Havia muita relva naquele lugar,e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens.Jesus tomou os pães,deu graçase distribuiu-os aos que estavam sentados,tanto quanto queriam.E fez o mesmo com os peixes.Quando todos ficaram satisfeitos,Jesus disse aos discípulos:"Recolhei os pedaços que sobraram,para que nada se perca!"Recolheram os pedaçose encheram doze cestoscom as sobras dos cinco pães,deixadas pelos que haviam comido.Vendo o sinal que Jesus tinha realizado,aqueles homens exclamavam:"Este é verdadeiramente o Profeta,aquele que deve vir ao mundo".Mas, quando notou que estavam querendo levá-lopara proclamá-lo rei,Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte.Palavra da Salvação.

Palavra do Dia
Palavra do dia - Jo 6,1-15 - 02/05/25

Palavra do Dia

Play Episode Listen Later May 2, 2025 4:30


Naquele tempo, 1 Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades. 2 Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operava a favor dos doentes. 3 Jesus subiu ao monte e sentou-se aí, com os seus discípulos. 4 Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. 5 Levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: "Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?" 6 Disse isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer. 7 Filipe respondeu: "Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um". 8 Um dos discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: 9 "Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente?" 10 Jesus disse: "Fazei sentar as pessoas". Havia muita relva naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens. 11 Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes. 12 Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: "Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca!" 13 Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam comido. 14 Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: "Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo". 15 Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte.

Foca na Palavra
Dia do Senhor ⏳️ 25.04.2025

Foca na Palavra

Play Episode Listen Later Apr 28, 2025 4:22


Tendo Jesus entrando em Jericó, ia atravessando a cidade. Havia ali um homem rico chamado Zaqueu, um servidor público, chefe dos cobradores de impostos. E procurava ver quem era Jesus, mas não conseguia, por causa da multidão e porque era de baixa estatura. Então, correndo à frente de todos, subiu em uma figueira para o ver, porque ia passar por ali. E quando Jesus chegou aquele lugar, olhou para cima e disse: Zaqueu, desça depressa, porque hoje me convém ficar em tua casa. E, apressando-se, desceu, e o recebeu com grande alegria. E, vendo todos isto, começaram a reclamar dizendo que ia se hospedar na casa de pecador. Zaqueu se levantou e disse a Jesus: Senhor, darei aos pobres metade de tudo o que tenho e, se tenho defraudado o povo, devolverei quatro vezes mais. Eu aconselho: Façam políticas públicas com as riquezas deste mundo para que, quando elas acabarem, vocês sejam recebidos nos lares eternos. Lucas 19:1-8; 16:9 O justo juízo de Deus: Retribuir com aflição aos que causam aflição nos justos, e paz de espírito aos justos. Jesus vem com os anjos, e com fogo, trazendo o julgamento sobre aqueles que não o conhecem e não praticam a sua justiça. 2 Tessalonicenses 1:5-12; 2:3-15; 3:2,7-15 O mistério da injustiça opera, a quem Jesus destrói com a sua presença e com o sopro da sua boca. Art. 153. VII Art. 53. § 1º Art. 54. Art. 55. Art. 37. Art. 85. Art. 5º. XLIII; XLIV; DA NACIONALIDADE: Art. 12.

Palavra do Dia
Palavra do dia - Jo 3,1-8 - 28/04/25

Palavra do Dia

Play Episode Listen Later Apr 28, 2025 4:08


1 Havia um chefe judaico, membro do grupo dos fariseus, chamado Nicodemos, 2 que foi ter com Jesus, de noite, e lhe disse: "Rabi, sabemos que vieste como mestre da parte de Deus. De fato, ninguém pode realizar os sinais que tu fazes, a não ser que Deus esteja com ele". 3 Jesus respondeu: "Em verdade, em verdade te digo, se alguém não nasce do alto, não pode ver o Reino de Deus". 4 Nicodemos disse: "Como é que alguém pode nascer, se já é velho? Poderá entrar outra vez no ventre de sua mãe?" 5 Jesus respondeu: "Em verdade, em verdade te digo, se alguém não nasce da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus". 6 Quem nasce da carne é carne; quem nasce do Espírito é espírito. 7 Não te admires por eu haver dito: Vós deveis nascer do alto. 8 O vento sopra onde quer e tu podes ouvir o seu ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito".

Devocional Verdade para a Vida
Filhos de um Deus que canta - Marcos 14.26

Devocional Verdade para a Vida

Play Episode Listen Later Apr 27, 2025 1:58


Aprofunde sua devoção a Deus em fiel.in/devocionalFilhos de um Deus que cantaVersículo do dia: Tendo cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras. (Marcos 14.26)Você consegue ouvir Jesus cantando?Ele era um baixo ou um tenor? Havia um tom singelo em sua voz? Ou havia um tom de firmeza inabalável?Ele fechou os olhos e cantou para o Pai? Ou olhou nos olhos dos seus discípulos e sorriu diante da profunda comunhão que tinha com eles?Ele costumava iniciar a música?Oh, mal posso esperar para ouvir Jesus cantar! Acho que os planetas seriam sacudidos para fora da órbita se ele elevasse a sua voz natural em nosso universo. Mas temos um reino que não pode ser abalado; portanto, Senhor, vem e canta.O cristianismo é uma fé que canta, e não poderia ser de outra forma. O fundador cantou. Ele aprendeu a cantar com o seu Pai. Certamente eles estão cantando juntos desde a eternidade.A Bíblia diz que o objetivo da música é levantar “a voz com alegria” (1 Crônicas 15.16). Ninguém no universo tem mais alegria do que Deus. Ele é infinitamente feliz. Ele tem se regozijado desde a eternidade na perspectiva de suas próprias perfeições, refletidas perfeitamente na divindade do seu Filho.A alegria de Deus é inimaginavelmente poderosa. Ele é Deus. Quando ele fala, galáxias passam a existir. E quando ele canta de alegria, mais energia é liberada do que a que existe em toda a matéria e movimento do universo.Se ele escolheu a música para que manifestemos nosso deleite de coração nele, não é porque ele também conhece a alegria de expressar em cântico o deleite de seu próprio coração em si mesmo? Somos um povo que canta porque somos filhos de um Deus que canta.--Devocional Alegria Inabalável, por John Piper | Editora Fiel.Conteúdo oferecido em parceria entre Desiring God e Ministério Fiel.

Sem Falta
AMA-FCP. Havia falta antes do penálti do Estrela

Sem Falta

Play Episode Listen Later Apr 26, 2025 9:04


Para o áudio-árbitro Pedro Henriques, a equipa de arbitragem liderada por David Silva merece nota negativa (4/10). Em causa o penálti do Estrela, em que, apesar da infração, teve falta atacante antes.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Enterrados no Jardim
Pornografia, kidfluencing e iogurtes com pernas. Uma conversa com Maria João Faustino

Enterrados no Jardim

Play Episode Listen Later Apr 24, 2025 266:10


O que é decisivo transformar permanece quase sempre em segredo, leva o tempo necessário, não se apressa, mas, aos poucos, vai chegando à sua plenitude devastadora. Não leva tanto tempo como imaginam aqueles que preferem não pensar nisso, mas muitas vezes não chega a tempo de socorrer os que começam a sentir-se desesperados. Ainda assim há que aprender com essa espera, crescer com ela. Podemos ler sobre este movimento surdo no conto de duas cidades de Dickens, ouvir um diálogo entre esses que exigem que o tremor de terra cresça a ponto de engolir uma cidade. "Mas quanto tempo é preciso para que se dê um terramoto desses?", pergunta um deles. "Muitas vezes, leva bastante tempo. Mas quando chega a altura, quando ele vem, não demora muito a engolir a cidade, e faz em pedaços tudo o que encontra à sua frente. Entretanto, está sempre a preparar-se, embora não se veja nem se ouça. Esta é a vossa consolação. Guarda-a." É uma esperança diabólica. Algumas mulheres foram-se agarrando a isto, e quando falavam entre si, depois de dispensadas as ilusões de ordem romântica, detestavam ver-se vestidas por outros, envolvidas na miserável farpela que lhes foi destinada. Preferiam bater-se pela sua autonomia, pelas suas reivindicações profundas, mesmo que as expressassem desajeitadamente. "Na nossa época, para um espírito agudo, o ridículo, 'ser ridicularizado', é qualquer coisa de sublime. Sublime e inquietante", diz-nos Françoise Sagan. A partir do momento em que se reconhece que tudo isso que eles consideram “natural” não passa de uma grande impostura, necessária para a manutenção de uma determinada ordem simbólica, só existe uma razão para cada homem ou mulher que aprenda a desenvolver a inteligência da sua sensibilidade. "E nesta posição desequilibrada, procurando a queda como quem procura um repouso, encontram-se muitos dos nossos contemporâneos", adianta a escritora francesa. "Ou por uma pata, e esqueçamos os loucos de amor, os que caem numa armadilha, os doentes graves e alguns poetas." O delírio tem mais a ver com fazer outra coisa da vida. Alguns só dão por si mesmos em intrigas mirabolantes, só por meio de alguma lenda acham uma forma de alívio face à linguagem e às instruções do inimigo, e dos seus constantes desafios para a luta, que podem fazer-nos alhearmo-nos das nossas próprias vidas, do caminho que deve ser traçado à parte. Mas então, como quem desenvolve interiormente um órgão capaz dos mais discretos milagres, a tristeza transforma-se em alegria, o luto em festa. Muitas vezes foi essa a trama de que se ocupavam as mulheres. Havia avisos contra isto e aquilo, prescrições para que levassem uma vida tão doméstica quanto possível, não exagerando os períodos de tempo entregues a actividades mais ambiciosas, intelectuais, sobretudo que houvesse o cuidado de não serem vistas com a caneta na mão, a redigir missivas demasiado extensas e sem um destinatário óbvio. "Pode-se saber tudo e, no fundo, recusar aceitar que a aniquilação das mulheres é a fonte de sentido e de identidade dos homens. Pode-se saber tudo e ainda assim querer desesperadamente não saber nada, porque enfrentar o que sabemos é questionar se a vida vale alguma coisa", escreve Andrea Dworkin. Não podemos substituir-nos, mas podemos ler-nos em voz alta, descrever os ritmos, os tons, o enredo ao nosso redor. As diferentes formas de pornografia, o seu elemento comum... "Há uma mensagem básica e transversal a todos os tipos de pornografia, desde o esterco que nos atiram à cara, até à pornografia artística, o tipo de pornografia que os intelectuais classificam como erostismo, passando pela pornografia infantil de baixo calão, e as revistas de 'entretenimento' masculino. A única mensagem que é transmitida em toda a pornografia a toda a hora é esta: ela quer; ela quer ser espancada; ela quer ser forçada; ela quer ser violada; ela quer ser brutalizada; ela quer ser magoada, ela quer ser ferida. Esta é a premissa, o elemento principal, de toda a pornografia. Ela quer que lhe façam estas coisas desprezíveis. Ela gosta. Ela gosta. Ela gosta de ser atingida e gosta de ser magoada e gosta de ser forçada." Como dela não há nada publicado entre nós, vale bem a pena dar-lhe alguma folga nesta língua: "Os pornógrafos, modernos e antigos, visuais e literários, vulgares e aristocráticos, apresentam uma proposta consistente: o prazer erótico para os homens deriva da destruição selvagem das mulheres e baseia-se nela. Como o pomógrafo mais honrado do mundo, o Marquês de Sade (apelidado por alguns académicos de 'O Divino Marquês'), escreveu num dos seus momentos mais contidos e bem-comportados: 'Não haveria uma mulher na terra a quem eu desse alguma vez motivo para se queixar dos meus serviços tivesse eu a certeza de a poder matar depois.' A erotização do assassínio é a essência da pornografia, como é a essência da vida. O torturador pode ser um polícia a arrancar as unhas à vítima numa cela de prisão ou um homem dito normal empenhado no projecto de tentar foder uma mulher até à morte. O facto é que o processo de matar (e tanto a violação como a agressão são etapas desse processo) é o principal acto sexual dos homens na realidade e/ou na imaginação. As mulheres, enquanto classe, têm de permanecer em cativeiro, sujeitas à vontade sexual dos homens, porque o conhecimento de um direito imperial de matar, seja ele exercido em toda a sua extensão ou apenas parcialmente, é necessário para alimentar o apetite e o comportamento sexuais. Sem as mulheres como vítimas potenciais ou reais, os homens são, no actual jargão higienizado, “sexualmente disfuncionais”. (...) A coisa mais terrível da pornografia é que ela diz a verdade masculina. A coisa mais insidiosa da pornografia é que ela conta a verdade masculina como se fosse uma verdade universal. Aquelas representações de mulheres acorrentadas a serem torturadas são supostamente representativas das nossas aspirações eróticas mais profundas. E algumas de nós acreditam nisso, não é verdade? O mais importante na pornografia é o facto de os valores nela contidos serem os valores comuns dos homens. Este é o facto crucial que tanto a direita masculina como a esquerda masculina, nas suas formas diferentes mas que se reforçam mutuamente, querem esconder das mulheres. A direita masculina quer esconder a pornografia, e a esquerda masculina quer esconder o seu significado. Ambas querem ter acesso à pornografia para que os homens possam ser encorajados e energizados por ela. Mas, quer vejamos a pornografia ou não, os valores nela expressos são os valores expressos nos actos de violação e de espancamento das mulheres, no sistema legal, na religião, na arte e na literatura, na discriminação económica sistemática contra as mulheres, nas academias moribundas, e pelos bons e sábios e amáveis e iluminados em todos estes campos e áreas. A pornografia não é um género de expressão separado e diferente do resto da vida; é um género de expressão em plena harmonia com qualquer cultura em que floresça. Isto é assim quer seja legal ou ilegal. E, em qualquer dos casos, a pornografia funciona para perpetuar a supremacia masculina e os crimes de violência contra as mulheres porque condiciona, treina, educa e inspira os homens a desprezarem as mulheres, a usarem as mulheres, a magoarem as mulheres. A pornografia existe porque os homens desprezam as mulheres, e os homens desprezam as mulheres em parte porque a pornografia existe." Já aqui fica qualquer coisa, e serve como um bom balanço para a conversa com Maria João Faustino, feminista da linha dura, o que quer apenas dizer que tem já um longo percurso feito no estudo da violência sexual, e está a par, não do discurso cheio de boas intenções, bons sentimentos, mas do que outras antes, igualmente empenhadas, foram escrevendo e manifestando, sempre com risco, sempre pagando o preço, e, além de saber ler os indíces, tem desenvolvido várias das questões que ainda só começam agora a ser tratadas superficialmente na comunicação social, como o tema do consentimento sexual. Além disso, o trabalho crítico pauta-se ainda pela colaboração com associações feministas e de apoio a vítimas e sobreviventes de violência sexual.

Devocional Verdade para a Vida
O poder libertador do perdão - Lucas 7.48

Devocional Verdade para a Vida

Play Episode Listen Later Apr 24, 2025 2:38


Aprofunde sua devoção a Deus em fiel.in/devocionalO poder libertador do perdãoVersículo do dia: Perdoados são os teus pecados. (Lucas 7.48)Uma mulher vem a Jesus na casa de um fariseu, chorando e lavando os seus pés. Sem dúvida ela sentiu vergonha enquanto os olhos de Simão comunicavam a todos os presentes que esta mulher era uma pecadora e que Jesus não deveria permitir que ela lhe tocasse.De fato, ela era uma pecadora. Havia um lugar para vergonha. Mas não por muito tempo.Jesus disse: “Perdoados são os teus pecados” (Lucas 7.48). E quando os convidados murmuraram sobre isso, ele ajudou a sua fé novamente, dizendo: “A tua fé te salvou; vai-te em paz” (Lucas 7.50).Como Jesus a ajudou a combater os efeitos paralisantes da vergonha? Ele lhe deu uma promessa: “Os teus pecados foram perdoados! Tua fé te salvou. Teu futuro será de paz”. Ele declarou que o perdão passado agora concederia paz futura.Portanto, a questão para ela era a fé na futura graça de Deus enraizada na autoridade da obra perdoadora e da palavra libertadora de Jesus. Essa é a maneira pela qual cada um de nós deve lutar contra os efeitos de uma vergonha devida que ameaça demorar muito tempo e nos prejudicar.Devemos lutar contra a incredulidade, agarrando-nos às promessas de graça e paz futuras que vêm através do perdão de nossos atos vergonhosos.“Contigo, porém, está o perdão, para que te temam” (Salmo 130.4).“Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar” (Isaías 55.6-7).“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1.9).“Dele todos os profetas dão testemunho de que, por meio de seu nome, todo aquele que nele crê recebe remissão de pecados” (Atos 10.43).Não importa se o ato do perdão de Deus é completamente passado, ou se há um novo perdão no futuro — em ambos os casos a questão é o poder libertador do perdão de Deus para o nosso futuro — a liberdade da vergonha. O perdão é pleno de graça futura.Quando vivemos pela fé na graça futura, somos libertos dos efeitos persistentes e paralisantes da vergonha devida.--Devocional Alegria Inabalável, por John Piper | Editora Fiel.Conteúdo oferecido em parceria entre Desiring God e Ministério Fiel.

E o vencedor é...
"Papa quis romper com o medo que havia no mundo"

E o vencedor é...

Play Episode Listen Later Apr 21, 2025 22:48


O falecido líder da Igreja Católica conseguiu o equilíbrio. Será lembrado pela proximidade das pessoas, num mundo de dessacralização do Estado e da sociedade. Como será o sucessor de Papa Francisco?See omnystudio.com/listener for privacy information.

Caça ao Voto
E o Vencedor É... - "Papa quis romper com o medo que havia no mundo"

Caça ao Voto

Play Episode Listen Later Apr 21, 2025 22:48


O falecido líder da Igreja Católica conseguiu o equilíbrio. Será lembrado pela proximidade das pessoas, num mundo de dessacralização do Estado e da sociedade. Como será o sucessor de Papa Francisco?See omnystudio.com/listener for privacy information.

Palavra do Dia
Palavra do dia - Jo 18,1-19,42 - 18/04/25

Palavra do Dia

Play Episode Listen Later Apr 18, 2025 1:53


Narrador 1: Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo João. Naquele tempo, 1 Jesus saiu com os discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia aí um jardim, onde ele entrou com os discípulos. 2 Também Judas, o traidor, conhecia o lugar, porque Jesus costumava reunir-se aí com os seus discípulos. 3 Judas levou consigo um destacamento de soldados e alguns guardas dos sumos sacerdotes e fariseus, e chegou ali com lanternas, tochas e armas. 4 Então Jesus, consciente de tudo o que ia acontecer, saiu ao encontro deles e disse:Pres.: — “A quem procurais?”Narrador 1: 5 Responderam:Ass.: — “A Jesus, o Nazareno”.Narrador 1: Ele disse:Pres.: — “Sou eu”.Narrador 1: Judas, o traidor, estava junto com eles. 6 Quando Jesus disse: “Sou eu”, eles recuaram e caíram por terra. 7 De novo lhes perguntou:Pres.: — “A quem procurais?”Narrador 1: Eles responderam:Ass.: — “A Jesus, o Nazareno”.Narrador 1: 8 Jesus respondeu:Pres.: — “Já vos disse que sou eu. Se é a mim que procurais, então deixai que estes se retirem”.Narrador 1: 9 Assim se realizava a palavra que Jesus tinha dito:Pres.: — “Não perdi nenhum daqueles que me confiaste”.Narrador 2: 10 Simão Pedro, que trazia uma espada consigo, puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do servo era Malco. 11 Então Jesus disse a Pedro:Pres.: — “Guarda a tua espada na bainha. Não vou beber o cálice que o Pai me deu?”Narrador 1: 12 Então, os soldados, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o amarraram. 13 Conduziram-no primeiro a Anás, que era o sogro de Caifás, o Sumo Sacerdote naquele ano. 14 Foi Caifás que deu aos judeus o conselho:Leitor 1: — “É preferível que um só morra pelo povo”.Narrador 2: 15 Simão Pedro e um outro discípulo seguiam Jesus. Esse discípulo era conhecido do Sumo Sacerdote e entrou com Jesus no pátio do Sumo Sacerdote. 16 Pedro ficou fora, perto da porta. Então o outro discípulo, que era conhecido do Sumo Sacerdote, saiu, conversou com a encarregada da porta e levou Pedro para dentro. 17 A criada que guardava a porta disse a Pedro:Ass.: — “Não pertences também tu aos discípulos desse homem?”Narrador 2: Ele respondeu:Leitor 2: — “Não!”Narrador 2: 18 Os empregados e os guardas fizeram uma fogueira e estavam se aquecendo, pois fazia frio. Pedro ficou com eles, aquecendo-se. 19 Entretanto, o Sumo Sacerdote interrogou Jesus a respeito de seus discípulos e de seu ensinamento. 20 Jesus lhe respondeu:Pres.: — “Eu falei às claras ao mundo. Ensinei sempre na sinagoga e no Templo, onde todos os judeus se reúnem. Nada falei às escondidas. 21 Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que falei; eles sabem o que eu disse”.Narrador 2: 22 Quando Jesus falou isso, um dos guardas que ali estava deu-lhe uma bofetada, dizendo:Leitor 1: — “É assim que respondes ao Sumo Sacerdote?”Narrador 2: 23 Respondeu-lhe Jesus:Pres.: — “Se respondi mal, mostra em quê; mas, se falei bem, por que me bates?”Narrador 1: 24 Então, Anás enviou Jesus amarrado para Caifás, o Sumo Sacerdote. 25 Simão Pedro continuava lá, em pé, aquecendo-se. Disseram-lhe:Leitor 2: “Não és tu, também, um dos discípulos dele?”Narrador 1: Pedro negou:Leitor1: — “Não!”Narrador 1: 26 Então um dos empregados do Sumo Sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha cortado a orelha, disse:Leitor 2: — “Será que não te vi no jardim com ele?”Narrador 2: 27 Novamente Pedro negou. E na mesma hora, o galo cantou. 28 De Caifás, levaram Jesus ao palácio do governador. Era de manhã cedo. Eles mesmos não entraram no palácio, para não ficarem impuros e poderem comer a páscoa. 29 Então Pilatos saiu ao encontro deles e disse:Leitor1: — “Que acusação apresentais contra este homem?”Narrador 2: 30 Eles responderam:Ass.: — “Se não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti!”Narrador 2: 31 Pilatos disse:Leitor 2: — “Tomai-o vós mesmos e julgai-o de acordo com a vossa lei”.Narrador 2: Os judeus lhe responderam:

Podcasts de Ecologia/Composições musicais/Natureza Ecology Podcasts/Musical Compositions/Nature

Desvendando os sons desconhecidos da terra. A primeira vez que Marcus Maeder fixou um sensor de ruídos no solo foi por curiosidade. Artista do som e ecologista acústico, ele estava sentado sobre a grama da montanha e fincou no solo um microfone especial que ele havia construído. Ele certamente não estava preparado para a algazarra que invadiu seus fones de ouvidos. Eram sons muito estranhos. Havia vibrações, trinados e raspagens. Você precisa de um vocabulário novo para descrevê-los. Maeder percebeu que estava espionando criaturas que vivem no solo. Os ecologistas sabem há muito tempo que a terra abaixo dos nossos pés abriga a maior diversidade e quantidade de vida que quase qualquer outro lugar do planeta. Para o leigo, o solo parece pouco mais que uma camada compacta de terra suja. Mas, na verdade, o solo é um cenário labiríntico de túneis, cavidades, raízes e detritos em decomposição. [...] A vida no subsolo é uma caixa preta. À medida que a abrimos, percebemos como nosso conhecimento é pequeno. A compreensão dessa vida no subsolo é importante porque a ecologia do solo é fundamental. O solo ajuda a transformar elementos nutrientes como carbono, nitrogênio, fósforo e potássio, que alimentam as plantas, para termos comida, florestas ou para preencher o ar com oxigênio e todos nós podermos respirar. Cada organismo do solo produz sua própria trilha sonora. Larvas que se alimentam de raízes emitem cliques curtos enquanto rompem as fibras da sua refeição. Minhocas sussurram enquanto se arrastam pelos túneis, da mesma forma que as raízes das plantas à medida que empurram grãos de terra. Mas as raízes se movem mais lentamente que as minhocas e em velocidade mais constante. Diferenciando esses sons, os estudiosos da acústica do solo pretendem esclarecer questões que ainda estão sem resposta, como por exemplo: quando as raízes das plantas crescem? à noite? durante o dia? somente quando chove? [...] Para sua decepção, os pesquisadores estão descobrindo que nem tudo que eles detectam no solo é novo e exótico. Alguns ruídos são inquietantemente familiares, onde é possível "ouvir locais de construção e rodovias que estão distantes. Até aviões." Ainda não se sabe ao certo qual o impacto da poluição sonora humana sobre a vida subterrânea. É difícil acreditar que não haja nenhum impacto. E os cientistas também estão descobrindo que a orquestra subterrânea de atividade animal começou a ficar em silêncio em grandes trechos de terra, particularmente nas fazendas de agricultura intensiva, onde "as coisas ficam quietas". A redução do ruído indica diminuição da biodiversidade e, portanto, solo menos saudável. Isso coincide com um relatório recente da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) que concluiu que um terço da terra do mundo já sofreu degradação pelo menos moderada, muitas vezes devido à agricultura. Talvez a acústica do solo ajude mais pessoas a perceber a importância do que está em risco. Um projeto iniciado recentemente de ciência cidadã que empresta sensores acústicos para as pessoas ouvirem por si próprias a atividade subterrânea em alguns países europeus. As gravações estão sendo reunidas em uma biblioteca nacional de sons do solo, na esperança de incentivar a conscientização. Fonte (texto/créditos): https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-61793019 Imagem (créditos): https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-61793019 Trilha sonora (créditos): https://www.youtube.com/watch?v=vEngXaIvQWY - Film Music on Piano | Movie Soundtracks: Piano Covers - HALIDONMUS.

Sem Falta
SLB-ARO. Não havia penálti para o Arouca

Sem Falta

Play Episode Listen Later Apr 13, 2025 11:05


Para o áudio-árbitro Pedro Henriques, António Nobre assinalou mal o pontapé de penálti sobre o jogador do Arouca Jason. O árbitro principal devia ter seguido as indicações do VAR. Nota negativa 4 em 10. Ouça aqui a análise.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Sem Falta
STA-SCP. Havia penálti a favor do Santa Clara

Sem Falta

Play Episode Listen Later Apr 12, 2025 11:51


Para o áudio-árbitro Pedro Henriques, a partida em Ponta Delgada ficou marcada pelo penálti não assinalado a favor do CD Santa Clara. Nota negativa 4 em 10.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Sons de la r�dio - Cugat Radio
Ave Maria, la guarderia de principis dels anys 50 que hi havia a Sant Cugat

Sons de la r�dio - Cugat Radio

Play Episode Listen Later Apr 10, 2025 19:44


Expresso - Blitz Posto Emissor
Calema: “Em Angola, havia uma travessa com bichos. Dissemos: ‘vamos experimentar, está temperado'. Eram lagartas, mas já comemos morcego...”

Expresso - Blitz Posto Emissor

Play Episode Listen Later Apr 10, 2025 85:15


A celebrar o seu 15º aniversário enquanto grupo, que culminará com um grande concerto no Estádio da Luz, em Lisboa, a 7 de junho, os Calema passaram pelo Posto Emissor para antecipar não só esse espetáculo como para fazer o balanço desses 15 anos - não esquecendo as suas aventuras gastronómicas ou a vida em São Tomé e Príncipe. No 232º episódio do podcast da BLITZ falamos ainda dos "Quase Famosos" Travo e dos concertos que poderá ver nos próximos dias.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Conversas à quinta - Observador
A Vida em Revolução. José Gameiro: “No meio da Revolução havia quase sexo ao vivo pelos cantos. Era a libertinagem completa”

Conversas à quinta - Observador

Play Episode Listen Later Apr 7, 2025 74:53


O psiquiatra José Gameiro recorda como o 25 de abril mudou os relacionamentos. Separações (incluindo a sua), o ambiente de festa permanente sem ir a casa, a promiscuidade e as trocas de casais, os efeitos inusitados da pornografia nos cinemas. Mas também descreve o ano que passou no Alentejo a viver com um grupo de médicos, os alentejanos que achavam que viviam num “bacanal permanente”, as mulheres que não iam ao ginecologista, as lutas com o PCP, a sua campanha para deputado — e o 25 de novembro com uma pistola a ocupar a vila de Cuba.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Conversas de Fim de Tarde
A Vida em Revolução. José Gameiro: “No meio da Revolução havia quase sexo ao vivo pelos cantos. Era a libertinagem completa”

Conversas de Fim de Tarde

Play Episode Listen Later Apr 7, 2025 74:53


O psiquiatra José Gameiro recorda como o 25 de abril mudou os relacionamentos. Separações (incluindo a sua), o ambiente de festa permanente sem ir a casa, a promiscuidade e as trocas de casais, os efeitos inusitados da pornografia nos cinemas. Mas também descreve o ano que passou no Alentejo a viver com um grupo de médicos, os alentejanos que achavam que viviam num “bacanal permanente”, as mulheres que não iam ao ginecologista, as lutas com o PCP, a sua campanha para deputado — e o 25 de novembro com uma pistola a ocupar a vila de Cuba.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Enterrados no Jardim
Misoginia, linchamentos e a economia do ressentimento. Outra conversa com Maria Lis

Enterrados no Jardim

Play Episode Listen Later Apr 4, 2025 257:38


“Quero conhecer a puta./ A puta da cidade. A única./ A fornecedora./ Na rua de Baixo/ Onde é proibido passar./ Onde o ar é vidro ardendo/ E labaredas torram a língua/ De quem disser: Eu quero/ A puta/ Quero a puta quero a puta.// Ela arreganha dentes largos/ De longe. Na mata do cabelo/ Se abre toda, chupante/ Boca de mina amanteigada/ Quente. A puta quente.// É preciso crescer/ esta noite inteira sem parar (…)” Não é uma provocação, é Drummond de Andrade, o mais canalha dos anjos, o mais encarnado dessa hierarquia que se some pelo tecto da criação, o homem que envelheceu ainda de mochila às costas, indo sem querer para a escola, levando porrada no recreio, pedindo namoro à facção do outro lado, resumindo séculos de engate em bilhetinhos, que terminavam em escolha múltipla: “Sim”, “Não” ou “A gente logo vê”. Não estamos a querer simplificar, mas o fracasso amoroso implica ir batendo às portas, ir descendo, até ganhar coragem de atravessar a rua de baixo, onde nos cruzamos com essa “guardiã do limiar”, a prostituta que, segundo Benjamin, é essa figura sagrada e profana ao mesmo tempo, que guarda a passagem entre a cidade diurna e nocturna, entre o alto e o baixo. Hoje, só a vertigem ainda nos desperta. Por isso, dos anjos tudo o que nos resta é a queda, o desastre cumprido de forma ritual, que implica assumir uma escolha, muitas vezes a pior possível, até para não se entregar ao impasse como parece ser a regra entre os demais. Conhecem-se as delícias de não pensar, de não prever e acatar as obscuras transformações que devem fazer de nós homens novos, purificados, os nativos que invocam esse mundo novo, dissociado da realidade, fazendo por esquecer os cruzamentos da história e da cultura, emprestados a esse imenso coral eufórico, a uma sujeição constante da actividade individual aos imperativos da virtualidade. “O espaço social transformou-se num sistema mundial de ligações automáticas em que os indivíduos não podem experimentar a conjunção, mas apenas a ligação funcional. (…) A vida social prossegue, mais frenética do que nunca: o organismo vivo e consciente deixa-se invadir por funções matemáticas mortas e inconscientes”, vinca Franco ‘Bifo' Berardi. Há hoje uma docilidade a um futuro que renunciamos a forjar e que nos limitamos a augurar, e mesmo se contrariados, colaboramos, dominados por desejos narcísicos e impulsos manipulados. Ninguém encontra saída, mas afundamo-nos e temos cada vez mais dificuldade em estabelecer uma fronteira entre o que pensamos ou sentimos e aquilo que não passa de uma resposta induzida a uma cadeia insuperável de estímulos, a um regime de programação dos circuitos neuronais. Não nos reconhecemos uns nos outros, mas falamos a mesma língua quando exprimimos este intenso mal-estar. “Este clima de asfixia que impregna os pulmões/ de uma angústia ofegante de peixe recém-pescado”, escreve Oliverio Girondo. “Este fedor aderente e errabundo,/ que intoxica a vida,/ e nos some em viscosos pesadelos de lodo./ Este miasma corrupto,/ que insufla em nossos poros/ apetites de polvo,/ desejos de um parasita abjecto,/ não surge,/ não surgiu/ destes aglomerados de sórdida hemoglobina,/ cal viva,/ soda cáustica,/ hidrogénio,/ chichi úrico/ que infectam os colchões,/ os tectos,/ as veredas,/ com suas almas cariadas,/ com seus gestos leprosos./ Este olor homicida,/ rasteiro,/ inelutável,/ brota de outras raízes,/ arranca de outras fontes./ Através de anos mortos,/ de crepúsculos com ranço,/ de sepulcros gasosos,/ de cursos subterrâneos de rios,/ foi-se aglutinando com os sucos pestíferos/ os detritos hediondos,/ as corrosivas vísceras,/ as esquírolas pútridas que consentiram o crime,/ a idiotice purulenta,/ a iniquidade sem sexo,/ o gangrenoso engano;/ até surgir o ar,/ expandir-se no vento/ e tornar-se corpóreo;/ para abrir as janelas/ penetrar nos quartos/ agarrar-nos pela nuca,/ empurrar-nos para o nojo,/ enquanto grita seu contágio,/ sua aversão,/ seu desprezo,/ por tudo o que aquieta a aspereza das horas,/ por tudo o que alivia a angústia dos dias.” Neste episódio vamos falar da polémica que opões Madalena Sá Fernandes a João Pedro George, vamos tentar abordar os elementos de uma sanha acicatada em zonas onde se excitam os piores instintos, onde os enredos estão sempre previstos, e oferecem esse jogo em que, sem se apagar a luz, a condição dos números permite essa degradação de todo o discurso, uma exasperação dos elementos conflituantes, mas num grau tal de tensão que se suprime qualquer possibilidade de juízo crítico. “Outrora ainda se fingia respeitar a inteligência, a cultura, as atitudes cívicas e morais”, assinalava num texto já com um quarto de século José Miguel Silva. “Ninguém se atrevia a desdenhar publicamente a cultura ou a ideia de formação intelectual. Havia decerto nisso uma grande dose de hipocrisia. Mas a hipocrisia não é o mais baixo a que se pode descer: pelo menos revela ainda má consciência em relação a algo que no fundo (ainda que de forma meramente supersticiosa) se considera superior: os valores morais, a ideia de justiça, a honorabilidade da inteligência. Quando já nem hipocrisia existe, isso significa que só resta o cinismo. E o cinismo reside na constatação de que o sucesso mundano em nada depende da inteligência e da probidade, e no regozijo perante esse facto, que assume então visos de ‘libertador'.” Neste episódio convocámos a Maria Lis para uma tarefa bastante ingrata com ela nos levou a compreender ao longo desta discussão, explicando os motivos por que a possibilidade de transmitir verdadeiramente certas noções obrigaria a uma transformação tão profunda da condição daquele que escuta, que não teria apenas de o fazer com verdadeira disposição de se reconhecer nesse “outro” que é “a mulher”, mas admitir, ainda que momentaneamente, uma transfiguração profunda dos processos pelos quais nos comunicamos, deixando de lado a mera apreensão racional, para assumir uma verdadeira experiência dessa outra realidade, que, parecendo estar tão próxima, reside num pólo que em grande medida ainda nos é desconhecido.

Igreja Presbiteriana Peregrinos
16-03-2025 - 2 Reis 4.38-44 - "Havia fome... comeram e ainda sobrou"

Igreja Presbiteriana Peregrinos

Play Episode Listen Later Apr 1, 2025 50:29


2 Reis 4.38-44 por Pastor Bruno Melo

Palavra do Dia
Palavra do dia - Jo 4,43-54 - 31/03/25

Palavra do Dia

Play Episode Listen Later Mar 31, 2025 4:52


Naquele tempo, 43 Jesus partiu da Samaria para a Galileia. 44 O próprio Jesus tinha declarado, que um profeta não é honrado na sua própria terra. 45 Quando então chegou à Galileia, os galileus receberam-no bem, porque tinham visto tudo o que Jesus havia feito em Jerusalém, durante a festa. Pois também eles tinham ido à festa. 46 Assim, Jesus voltou para Caná da Galileia, onde havia transformado a água em vinho. Havia em Cafarnaum um funcionário do rei que tinha um filho doente. 47 Ouviu dizer que Jesus tinha vindo da Judeia para a Galileia. Ele saiu ao seu encontro e pediu-lhe que fosse a Cafarnaum curar seu filho, que estava morrendo. 48 Jesus disse-lhe: "Se não virdes sinais e prodígios, não acreditais". 49 O funcionário do rei disse: "Senhor, desce, antes que meu filho morra!" 50 Jesus lhe disse: "Podes ir, teu filho está vivo". O homem acreditou na palavra de Jesus e foi embora. 51 Enquanto descia para Cafarnaum, seus empregados foram ao seu encontro, dizendo que o seu filho estava vivo. 52 O funcionário perguntou a que horas o menino tinha melhorado. Eles responderam: "A febre desapareceu, ontem, pela uma da tarde". 53 O pai verificou que tinha sido exatamente na mesma hora em que Jesus lhe havia dito: "Teu filho está vivo". Então, ele abraçou a fé, juntamente com toda a sua família. 54 Esse foi o segundo sinal de Jesus. Realizou-o quando voltou da Judeia para a Galileia.

Homilias - IVE
“Acreditar, com fé simples”

Homilias - IVE

Play Episode Listen Later Mar 31, 2025 5:16


Homilia Padre Henrique de Paula, IVE:Evangelho de Jesus Cristo segundo João 4,43-54Naquele tempo,Jesus partiu da Samaria para a Galileia.O próprio Jesus tinha declarado,que um profeta não é honrado na sua própria terra.Quando então chegou à Galileia,os galileus receberam-no bem,porque tinham visto tudo o que Jesus havia feitoem Jerusalém, durante a festa.Pois também eles tinham ido à festa.Assim, Jesus voltou para Caná da Galileia,onde havia transformado a água em vinho.Havia em Cafarnaum um funcionário do reique tinha um filho doente.Ouviu dizer que Jesustinha vindo da Judeia para a Galileia.Ele saiu ao seu encontroe pediu-lhe que fosse a Cafarnaumcurar seu filho, que estava morrendo.Jesus disse-lhe:"Se não virdes sinais e prodígios,não acreditais".O funcionário do rei disse:"Senhor, desce,antes que meu filho morra!"Jesus lhe disse:"Podes ir, teu filho está vivo".O homem acreditou na palavra de Jesus e foi embora.Enquanto descia para Cafarnaum,seus empregados foram ao seu encontro,dizendo que o seu filho estava vivo.O funcionário perguntoua que horas o menino tinha melhorado.Eles responderam:"A febre desapareceu, ontem, pela uma da tarde".O pai verificou que tinha sido exatamente na mesma horaem que Jesus lhe havia dito:"Teu filho está vivo".Então, ele abraçou a fé,juntamente com toda a sua família.Esse foi o segundo sinal de Jesus.Realizou-o quando voltou da Judeia para a Galileia.Palavra da Salvação.

Igreja em Porto Alegre
Danny Baker - 1/5 - Havia uma vez uma família - Conferência da Família

Igreja em Porto Alegre

Play Episode Listen Later Mar 31, 2025 42:09


Ministrada em 31/03/2025

JORNAL DA RECORD
28/03/2025 | Edição Exclusiva: Justiça da Espanha anula sentença do ex-jogador Daniel Alves, que havia sido condenado por estupro

JORNAL DA RECORD

Play Episode Listen Later Mar 28, 2025 4:50


Confira nesta edição do JR 24 Horas: A Justiça da Espanha anulou a sentença do ex-jogador brasileiro Daniel Alves, que havia sido condenado por estupro. A Justiça considerou que o depoimento da vítima não era suficiente para manter a sentença. Daniel Alves foi condenado a quatro anos e meio de prisão por estuprar uma jovem em uma boate em Barcelona, em dezembro de 2022. Ele foi preso em janeiro de 2023, ficou na prisão por 14 meses e saiu em liberdade provisória no ano passado, depois de pagar uma fiança de cerca de R$ 6 milhões. E ainda: Museu de Arte de São Paulo inaugura edifício anexo ao prédio original nesta sexta (28).

Enterrados no Jardim
A grande guerra à realidade. Outra conversa com Rui Nunes

Enterrados no Jardim

Play Episode Listen Later Mar 28, 2025 237:05


Este tipo masturba-se à sombra de uma árvore de que não sabe o nome, é espiado também desde um ninho qualquer por pássaros sem uma espécie que pudesse distinguir das demais, tem diante de si uns quantos cadáveres, rostos familiares dos filmes, das revistas, corpos que a sua fantasia se entretém a compor e decompor, enquanto procura um ângulo que o satisfaça. Em tempos escrevia umas coisas, foi publicado, tinha boas relações, e não demorou a ver-se como uma pequena vedeta no circuito, mas em breve já lhe parecia que arrastava o seu caixão atrás de si, pelas conversas que tinha, o tipo de preocupações e ansiedades que eram tão comuns, isto naquele país de fechaduras complicadas, com um trajecto que se perde por ali, enquanto tudo enferruja, entre os que tentavam garantir-se e construir a sua zona de privilégio. Cansou-se daquela correria, começando a preferir as páginas dos eruditos, tentando passar à clandestinidade, e, se possível, integrar o grupo dos escritores mais atacados pelos colegas, preparados para divisar, nas florestas dos textos, a sombra ominosa do deus a quem pretendiam barrar o caminho. Dedicou-se a períodos de ausência, cultivou os mistérios, mas já se sabe como é só por breve tempo que suporta o homem a plenitude divina, e voltou-lhe a apetecer que todos tivessem notícia dele. Acontece que, entretanto, se habituara a registar os devaneios, e por mais que se esforçasse não conseguia ele mesmo fazer sentido daquilo que se lhe impunha, acabando sempre as suas derivas ou divagações por se extinguirem demasiado cedo. Como se a escrita o recusasse. Virou-se para os versos, naturalmente. Passou a dormir no tal caixão. “Está-se bem no teu caixão de aço, poeta./ De que é que te escondes. Tens medo dos versos./ Não te preocupes. Ao menos não mentem./ Fazem o trabalho deles como a gente faz o nosso./ E talvez tivesses amor a mais por ti próprio/ E pelo teu trabalho. Eu cá trabalho por dinheiro./ O meu prazer é depois do trabalho, cerveja e mulheres./ Agora trata-se de esquecer o que representavas para eles/ Para cada um deles, poeta. A morte paga a pronto.” Andava cheio de vozes, não sabia onde começava ele ou uns versos de Heiner Müller como esses aí em cima. Dizia a quem estivesse disposto a aturá-lo que andava a semear fantasmas, fingia-se bêbado, meio louco, sempre num transe marado, vagabundo e sei lá que mais, pedia dinheiro para comprar palavras, tinha uma tabela, preços, e de tanto as medir começou a usá-las para fins maliciosos, andava por aí já podre de inimigos, aparecendo à porta duns e dumas, arranjando problemas, fazendo ameaças, deixava-lhes cartas que exibiam um grau de paciência demoníaca, recortando frases, às vezes palavras ou até letras das revistas, já se dizia um fabricante de trovões, em vez de livros queria submergir a cidade numa imensa tempestade… “Mas de mim eles vão dizer Ele/ Fez propostas Não as/ aceitámos. Porque é que havíamos de o fazer./ É isto que deve ficar escrito na minha sepultura e/ Que os pássaros lhe caguem em cima e/ Que as ervas cresçam no meu nome/ Escrito na pedra Por todos/ Quero ser esquecido um rastro na areia.” Mas antes disso, podia despedir-se, armar um estardalhaço como aquela cidade não supunha já que fosse possível de um literato, mesmo um proscrito. Havia de regressar aos jornais do inimigo, uma última vez, antes que fosse tão má ideia nomeá-lo como noticiar suicídios. “Para quem escrevemos/ Senão para os mortos omniscientes no pó”… A imortalidade começava então a parecer-lhe um castigo que não se deve desejar a ninguém. Passou a acreditar que os verdadeiros poetas fazem de tudo para ser esquecidos, para cercar de nojo mesmo os seus mais delirantemente belos tumultos juvenis, e pela aspereza, por confidências venenosas, compram os seus versos mais delicados de volta, garantindo que a sua divina rudeza os torna insuportáveis para a memória dos que só querem encher mais não sei quantas páginas com as suas próprias inanidades sonantes. “Porquê escrevê-lo, apenas porque as massas o querem ler?” É sempre música aquilo que mais se ouve nos períodos de acentuado declínio. “Quando já tudo foi dito, as vozes soam doces”, garante Müller. Mas e se ainda nada foi dito, e se há muito tempo ninguém diz nada, não se desencadeiam então esses períodos em que a coisa mais estranha que pode soar nesta terra seja uma voz humana? Não estamos esquecidos dos elementos que implantam dentro de nós a vertigem, antecipando na carne todos os elementos da queda. Os verdadeiros poetas são perseguidos, a sua atenção torna-os atreitos a depararem-se com acidentes em toda a parte, são esses anjos desditosos, caíram tantas vezes que quebraram todos os ossos dentro da cabeça, e só lhes é dado reconhecer em cada detalhe aquilo que se aproxima, o tal desfecho. Neste episódio Rui Nunes veio incitar-nos a abrirmos mão daquilo que já julgamos saber, veio desequilibrar-nos e à arrogância com que disputamos as ficções do mundo conhecido, para nos devolver à sua outra face, a do desconhecido. Veio lembrar-nos da força do desamparo, do desinteresse pelas tenebrosas sequências ou consequências de uma urdidura que nos precede e sufoca desde sempre. Ele diria apenas: “volto ao trabalho de escrever a deserção, embora me não doa como antigamente (…) lutar com as palavras, progredir/ pelo interior desta guerra até chegar/ à palavra única da perda, esmagá-la/ contra mim, obrigar-me a dizer/ o seu corpo dizimado./ O caos/ Os cacos”.

Noticiário Nacional
7h Aguiar-Branco considera que não havia necessidade de eleições

Noticiário Nacional

Play Episode Listen Later Mar 26, 2025 13:07


Llapis de memòria
Vicente Lull: "Tenia un amor tan gran per Mallorca que havia de xuclar del seu passat"

Llapis de memòria

Play Episode Listen Later Mar 26, 2025 59:31


Vicente Lull, nascut a l'Argentina, ha dedicat la seva vida a l'arqueologia, ha especialitzat el seu treball en el sud-est de la península Ibèrica i les Illes Balears i ha treballat durant més de 50 anys en diversos jaciments de l'estat. Vicente Lull connecta el Llapis de Memòria.

Convidado
Cessar-fogo no Mar Negro: "Um passo diplomático sem garantias de segurança"

Convidado

Play Episode Listen Later Mar 26, 2025 8:45


Os Estados Unidos anunciaram esta terça-feira, 25 de Março, um acordo entre a Rússia e a Ucrânia para um cessar-fogo marítimo no Mar Negro, após negociações na Arábia Saudita. O Kremlin condiciona o cessar-fogo ao fim das sanções ocidentais sobre cereais e fertilizantes russos. Apesar de a Casa Branca celebrar o acordo, não há garantias de uma trégua efectiva, uma vez que a Rússia continua os ataques terrestres. Sandra Dias Fernandes, especialista da Rússia ligada à Universidade do Minho, afirma que embora este acordo represente "um passo diplomático", não prevê "garantias de segurança". RFI: Quais são as motivações da Rússia ao condicionar o acordo de cessar-gogo ao fim das sanções. Trata-se de uma estratégia para ganhar tempo ou de uma tentativa de enfraquecer a posição ocidental?Sandra Dias Fernandes: De facto, devemos olhar para este aparente resultado negocial no contexto da pressão exercida pela diplomacia da administração norte-americana, liderada por Donald Trump, sobre um cessar-fogo ou, pelo menos, sobre a redução das hostilidades. Temos visto tanto a Rússia como a Ucrânia a tentar não desagradar à diplomacia de Trump e, ao mesmo tempo, não há qualquer alteração na grande desconfiança mútua que existe entre russos e ucranianos.Este é um passo, mas, como sublinhou, não é um passo concreto do ponto de vista da sua implementação. Acontece precisamente neste contexto: dar a Trump a possibilidade de dizer que está a liderar um processo negocial que está a avançar. Mas, ao mesmo tempo, este aparente acordo — ou, pelo menos, a intenção de realizar um acordo — não tem quaisquer garantias de segurança. Ou seja, não há qualquer sanção ou consequência prevista caso uma das partes viole o acordo após a sua entrada em vigor.As condições que a Rússia coloca são, na verdade, as mesmas que levaram ao fim do chamado "Acordo dos Cereais", que vigorou entre o verão de 2022 e o verão de 2023. Esse tipo de acordo já existiu e, aliás, foi um processo bem conduzido diplomaticamente, pois conseguiu pegar num tema em que era possível apresentar resultados, uma vez que já tinha sido praticado no passado: a liberdade de navegação no Mar Negro para que o comércio de cereais pudesse decorrer com mais normalidade.Apesar de a Rússia se ter retirado do acordo dos cereais, no qual a Turquia e as Nações Unidas actuaram como mediadores na altura, os navios ucranianos têm conseguido circular. Ou seja, tem havido capacidade militar para proteger os navios e permitir a sua circulação. Contudo, apesar do sinal político que este novo acordo representa, não há qualquer perspectiva de concretização efectiva, até porque as exigências russas são muito elevadas. A Rússia quer o levantamento de sanções e alega restrições que já tinha alegado em 2023, mas que não estão provadas como existentes de facto. Este é um sinal muito duvidoso.Como é que a União Europeia e outros países ocidentais devem responder a esta negociação? Ceder às exigências russas pode abrir um precedente perigoso?Eu não diria que se trata de um precedente perigoso, mas sim de analisar as condições que estão em cima da mesa e que possam pressionar a Rússia a cessar as hostilidades e a entrar em compromissos para um cessar-fogo.Se retirarmos elementos que são essenciais para pressionar a liderança russa — nomeadamente sanções que limitam a sua capacidade de obter recursos financeiros e materiais para conduzir esta guerra — então, obviamente, estaremos a dar vantagens ao lado russo. O levantamento das sanções representaria uma alteração significativa nas relações de força, algo que a administração Trump já veio modificar, de forma considerável, em desfavor dos ucranianos.Qual é o papel que os Estados Unidos estão a desempenhar neste processo? A administração de Donald Trump está a agir mais a favor da Rússia do que da Ucrânia, como sugerem alguns analistas ?Não se trata apenas de uma sugestão de analistas, mas sim de analisar os factos. A administração americana normalizou as relações com a Rússia e iniciou um processo de finalização da guerra na Ucrânia que não impõe qualquer condição ao lado russo.Mais do que isso, se ouvirmos as palavras do enviado especial de Trump, Sr. Whitcoff, que é um amigo pessoal do Presidente Trump e não um diplomata de carreira, percebemos claramente esta tendência. Numa entrevista que deu há poucos dias à Fox News, ficou evidente que a actual administração americana apropriou-se do discurso da propaganda russa sobre o conflito ucraniano. Ou seja, tem adoptado a perspectiva russa que levou à invasão da Ucrânia e que legitimiza as acções de Moscovo no território ucraniano.Neste momento, a administração americana tem um claro pendor pró-russo, não assumindo uma posição de neutralidade nem defendendo os princípios internacionais de soberania, não agressão territorial ou de não alteração de fronteiras pelo uso da força.Que impacto pode ter a cimeira europeia em Paris nas negociações de paz para a Ucrânia que vai decorrer amanhã na capital francesa. A Europa conseguirá afirmar uma posição autónoma ou continuará a seguir a linha estratégica dos Estados Unidos?A Europa já se posicionou claramente, nomeadamente através de um novo programa político e económico: o programa "Rearmar Europa", anunciado há cerca de duas semanas.O papel da Europa tem sido fundamental para evitar que a Ucrânia entre em isolamento diplomático. Havia esse risco, mas Zelensky tem sido hábil em manter o diálogo com os americanos, mesmo após o incidente na Casa Branca, no encontro presidencial de 28 de Fevereiro.Os europeus estão a preparar-se para desempenhar um papel activo na implementação do cessar-fogo, garantindo a segurança da Ucrânia. O que ainda não está claro é o peso efectivo que conseguirão ter na definição dos termos do cessar-fogo. No entanto, o facto de a Europa estar a organizar-se para desempenhar um papel central nesse processo já é um sinal evidente da sua vontade de acção.Se esse acordo não for implementado devido às condições impostas por Moscovo? Quais podem ser as possíveis consequências para as futuras negociações de paz?A sua questão é difícil de responder porque os acontecimentos internacionais têm evoluído a um ritmo acelerado e há transformações profundas nos alinhamentos geopolíticos.A única resposta possível neste momento é que tudo dependerá do tipo de apoio que a Ucrânia continuar a receber para resistir à invasão russa e também do apoio que a própria Rússia continuar a obter para manter o seu esforço de guerra.Infelizmente, o cerne da questão parece centrar-se na Europa e no risco de um escalamento da guerra no continente.

JORNAL DA RECORD
21/03/2025 | 2ª Edição: Polícia liberta homem que havia sido sequestrado na zona norte de SP

JORNAL DA RECORD

Play Episode Listen Later Mar 21, 2025 3:44


Confira nesta edição do JR 24 Horas: A polícia libertou nesta sexta-feira (21) um homem que havia sido sequestrado na zona norte de SP. Imagens mostram o momento em que a vítima é levada pelos sequestradores. Quando os policiais chegaram ao local, houve confronto e os dois suspeitos foram atingidos. O homem foi resgatado sem ferimentos. A vítima teve prejuízo de R$ 100 mil, que foram transferidos aos suspeitos via PIX. E ainda: Polícia do Rio prende colecionador por desviar armas e munições para facções criminosas.

Homilias - IVE
”A caridade ao próximo e a Deus”

Homilias - IVE

Play Episode Listen Later Mar 20, 2025 10:36


Homilia Padre Juran Ruan, IVE:Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 16,19-31Naquele tempo, Jesus disse aos fariseus:"Havia um homem rico,que se vestia com roupas finas e elegantese fazia festas esplêndidas todos os dias.Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas,estava no chão à porta do rico.Ele queria matar a fomecom as sobras que caíam da mesa do rico.E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas.Quando o pobre morreu,os anjos levaram-no para junto de Abraão.Morreu também o rico e foi enterrado.Na região dos mortos, no meio dos tormentos,o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão,com Lázaro ao seu lado.Então gritou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim!Manda Lázaro molhar a ponta do dedopara me refrescar a língua,porque sofro muito nestas chamas'.Mas Abraão respondeu: 'Filho, lembra-teque tu recebeste teus bens durante a vidae Lázaro, por sua vez, os males.Agora, porém, ele encontra aqui consoloe tu és atormentado.E, além disso, há um grande abismo entre nós:por mais que alguém desejasse,não poderia passar daqui para junto de vós,e nem os daí poderiam atravessar até nós'.O rico insistiu: 'Pai, eu te suplico,manda Lázaro à casa do meu pai,porque eu tenho cinco irmãos.Manda preveni-los, para que não venham também elespara este lugar de tormento'.Mas Abraão respondeu:'Eles têm Moisés e os Profetas, que os escutem!'O rico insistiu: 'Não, Pai Abraão,mas se um dos mortos for até eles,certamente vão se converter'.Mas Abraão lhe disse:'Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas,eles não acreditarão,mesmo que alguém ressuscite dos mortos' ".Palavra da Salvação.

Liturgia Diária
Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, eles não acreditarão,mesmo q alguém ressuscite dos mortos

Liturgia Diária

Play Episode Listen Later Mar 20, 2025 4:31


Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 16,19-31 Naquele tempo, Jesus disse aos fariseus: 19 "Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias. 20 Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão à porta do rico. 21 Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas. 22 Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. 23 Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro ao seu lado. 24 Então gritou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas'. 25 Mas Abraão respondeu: 'Filho, lembra-te que tu recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. 26 E, além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós'. 27 O rico insistiu: 'Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa do meu pai, 28 porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não venham também eles para este lugar de tormento'. 29 Mas Abraão respondeu: 'Eles têm Moisés e os Profetas, que os escutem!' 30 O rico insistiu: 'Não, Pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles, certamente vão se converter'. 31 Mas Abraão lhe disse: Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 16,19-31 Naquele tempo, Jesus disse aos fariseus: 19 "Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias. 20 Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão à porta do rico. 21 Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas. 22 Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. 23 Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro ao seu lado. 24 Então gritou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas'. 25 Mas Abraão respondeu: 'Filho, lembra-te que tu recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. 26 E, além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós'. 27 O rico insistiu: 'Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa do meu pai, 28 porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não venham também eles para este lugar de tormento'. 29 Mas Abraão respondeu: 'Eles têm Moisés e os Profetas, que os escutem!' 30 O rico insistiu: 'Não, Pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles, certamente vão se converter'. 31 Mas Abraão lhe disse: 'Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos' ". Palavra da Salvação. Palavra da Salvação.

Palavra do Dia
Palavra do dia - Lc 16,19-31 - 20/03/25

Palavra do Dia

Play Episode Listen Later Mar 20, 2025 4:52


Naquele tempo, Jesus disse aos fariseus: 19 "Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias. 20 Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão à porta do rico. 21 Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas. 22 Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. 23 Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro ao seu lado. 24 Então gritou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas'. 25 Mas Abraão respondeu: 'Filho, lembra-te que tu recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. 26 E, além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós'. 27 O rico insistiu: 'Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa do meu pai, 28 porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não venham também eles para este lugar de tormento'. 29 Mas Abraão respondeu: 'Eles têm Moisés e os Profetas, que os escutem!' 30 O rico insistiu: 'Não, Pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles, certamente vão se converter'. 31 Mas Abraão lhe disse: 'Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos' ".

Darrers podcast - RàdioSeu
Terra escrita del 18/3/2025. 'L'oreneta que havia perdut els colors', d'Ares Travesset

Darrers podcast - RàdioSeu

Play Episode Listen Later Mar 18, 2025 60:00


Espai de lectura de fragments de llibres d'autors pirinencs, amb el grup Terra Escrita d'Organyà (Maria Besora, Maite Díaz, Joan Graell, Toni Guàrdia, Jaume Invernon, Marta Jordana, Paula Martínez, Montse Riu i Josep Maria Vigo). podcast recorded with enacast.com

Convidado
Ucrânia e Estados Unidos encetaram diálogo sobre cessar-fogo com Rússia

Convidado

Play Episode Listen Later Mar 11, 2025 18:58


Começaram esta terça-feira na Arábia Saudita negociações consideradas cruciais entre os Estados unidos e a Ucrânia para encetar um eventual processo de paz com a Rússia. Em cima da mesa, está o acordo sobre os minerais ucranianos que Donald Trump pretende obter em compensação do apoio dado pelos estados Unidos a Kiev durante os três anos de guerra com a Rússia. Por seu lado, Kiev espera obter garantias de segurança e preconiza um cessar-fogo aéreo e marítimo. Estas negociações acontecem poucos dias depois de as relações entre a Ucrânia e o seu -outrora- principal aliado, os Estados Unidos se terem consideravelmente degradado, com a violenta discussão entre Trump e Zelensky na Casa Branca no passado dia 28 de Fevereiro.Isto acontece também num contexto em que a Ucrânia conhece dificuldades no terreno, dificuldades acrescidas pela suspensão na semana passada da ajuda militar e das informações estratégicas americanas.Por outro lado, isto sucede igualmente numa altura em que Kiev lançou ontem à noite uma série de drones contra o território russo e em particular contra Moscovo, um ataque que a Rússia afirma ter interceptado, mas com o qual o executivo de Zelensky procura fazer inflectir Putin sobre o princípio de um cessar-fogo parcial.Dados que analisamos com Álvaro Vasconcelos, antigo director do Instituto de Estudos de Segurança da União Europeia.RFI: O que se pode dizer, para já, do contexto em que decorrem estas negociações?Álvaro Vasconcelos: São negociações entre os Estados Unidos e a Ucrânia. No fundo, os russos estão a ver o que se passa. Os russos estão a deixar ser o Trump a fazer pressão máxima sobre a Ucrânia para conseguirem aquilo que Putin terá dito a Trump que queria para um cessar-fogo. E portanto, é essa situação paradoxal que vivemos, em que não há uma negociação entre a Ucrânia e a Rússia para um cessar-fogo e depois para um acordo de paz, que são duas coisas completamente diferentes. Mas há uma negociação entre os Estados Unidos e a Ucrânia.RFI: Antes destas negociações, não se chega a perceber muito bem qual é a posição dos Estados Unidos. Enquanto Donald Trump diz que, a priori, não tenciona restabelecer a ajuda militar a Kiev, o chefe da diplomacia, Marco Rubio, não fecha completamente a porta ao restabelecimento desse apoio e também não fecha a porta a um cessar-fogo parcial no ar e no mar.Álvaro Vasconcelos: Como se dizia em Portugal durante o tempo da ditadura, há o PIDE mau e o PIDE bom. Trump e Vance fazem o papel do PIDE mau. E Marco Rubio faz um bocadinho, quanto pode, quando o deixam fazer, o papel do PIDE bom. Mas na realidade, o que nós assistimos desde o 12 de Fevereiro, quando Trump falou ao telefone com Putin, é que Trump incorporou toda a narrativa do Putin sobre a guerra da Ucrânia, ou seja, que quem começou a guerra foram os ucranianos, que Zelensky é um Presidente mal eleito, até um ditador. E toda essa pressão extraordinária sobre a Ucrânia foi completada pela retirada do apoio militar americano. Como nós sabemos, o que também foi dramático para a evolução da situação na guerra, foi a retirada das informações que os serviços de informação americanos davam aos ucranianos, o que permitiu alguns avanços significativos da Rússia nas regiões de Kursk, regiões russas que os ucranianos tinham conquistado. Toda essa pressão extraordinária sobre a Ucrânia, é aquilo que Putin queria, dá uma negociação extremamente difícil. É verdade que, entretanto, os europeus acordaram. Os europeus manifestaram como possivelmente nós não esperaríamos, porque nunca tínhamos visto isto, uma unidade significativa face aos Estados Unidos. Se nós nos lembramos, quando foi a guerra do Iraque, só a França e a Alemanha e um ou outro pequeno país se opuseram à invasão do Iraque pelos Estados Unidos. Havia a velha Europa e Nova Europa. A Europa estava profundamente dividida porque eram os Estados Unidos que estavam em causa. Hoje, a Europa está unida, no essencial, contra Trump e contra a política de Trump de obrigar os ucranianos a capitular perante exigências russas.RFI: Mas não será um pouco ilusório a Europa pensar que pode pesar sobre essas negociações, dado que, como o próprio Trump tem dito várias vezes, não têm as cartas?Álvaro Vasconcelos: Esta história das cartas, como Zelensky disse bem na conversa com Trump -se podemos chamar aquilo conversa- não se trata de um jogo de cartas. Como disse antes, trata-se é da guerra, da morte de pessoas e das perspectivas a longo prazo para a estabilidade e a segurança na Europa. E, nesse sentido, nunca é tarde para a União Europeia acordar. E evidentemente que, neste momento imediato, o seu peso nas negociações não é o que poderá ser daqui a uns meses ou daqui a uns anos, se estiver a criar os meios militares suficientes para apoiar a Ucrânia. Mas ponha a situação diferente, que a União Europeia não teria declarado a continuidade do seu apoio à Ucrânia, que o novo chanceler alemão não tinha mostrado tanta determinação em apoiar a Ucrânia, que a Europa não tinha continuado a dar o apoio militar à Ucrânia, e apesar de tudo o que diz o Donald Trump, o apoio financeiro europeu é superior ao dos Estados Unidos, a Ucrânia tinha colapsado. Portanto, apesar de a Europa não ter ainda os meios necessários para dar o apoio todo que a Ucrânia precisa, o apoio é decisivo para a Ucrânia ter alguma margem de manobra, senão não teria nenhuma. E repare-se que a pressão americana tremenda sobre Ucrânia é acompanhada por um redobrar da intervenção militar russa, pelo bombardeamento das cidades, etc. E que a Ucrânia respondeu ontem à noite, bombardeando também com drones várias cidades russas, incluindo Moscovo. Portanto, estamos num momento de negociação. E se quisermos voltar à história das cartas, cada um mostra quais são os trunfos que tem. E a Ucrânia continua a ter os trunfos de defender a sua terra, de ter resistido durante três anos com -é verdade- o apoio significativo americano, de ter do seu lado a União Europeia, o direito internacional e de ter o seu lado, de facto, a opinião pública europeia, também não é só os governos da União Europeia, e também a opinião pública europeia.RFI: Relativamente, lá está, àquilo que mencionou, o ataque durante esta noite contra o território russo e nomeadamente contra Moscovo. Kiev diz abertamente que isto deveria servir para os russos também pensarem na eventualidade de aceitar um cessar-fogo pelos ares e também a nível do mar. Julga que esse tipo de ataques, que aliás a própria Rússia diz ter interceptado, podem pesar nessas negociações?Álvaro Vasconcelos: Nas negociações com os russos, se calhar pesa pouco. Nas negociações com os americanos, pesam alguma coisa. Porque se Trump estava convencido que ao retirar o apoio aos ucranianos, estes últimos ficavam numa situação de completa vassalagem em relação a Trump -porque Trump vê-se como um imperador- e queria que Zelensky dobrasse a espinha e se apresentasse como vassalo, Zelensky quer mostrar uma prova de força e que ainda tem capacidade para atacar a Rússia e apresentar uma proposta de cessar-fogo. Porque isto do cessar-fogo parece que é simples e que amanhã acabou a guerra. Mas é muito mais complicado, porque é preciso definir as posições, é preciso verificar que nenhuma das partes utiliza o cessar-fogo para avançar, há toda uma série de questões, é preciso criar condições para a verificação do cessar-fogo. Há todo um conjunto de questões para garantir um cessar-fogo que dure. E depois é preciso iniciar negociações de paz, porque o cessar-fogo não é paz, é apenas uma pausa no conflito. A Ucrânia o que está a mostrar, não é aos russos, mas sim aos americanos. E é isso que é paradoxal, como eu disse desde o início, que a negociação não é entre a Ucrânia e a Rússia, é entre a Ucrânia e os Estados Unidos. E os europeus têm tido um papel importante também em apoiar a Ucrânia na negociação com os Estados Unidos. Mesmo que não pesem tanto como nós gostaríamos que pesassem na negociação com a Rússia. Pesam alguma coisa na negociação com os Estados Unidos.RFI: O que também interessa, aliás é o que está em cima da mesa pelo menos para os Estados Unidos, é a questão dos minerais, que é o ponto central para Donald Trump. Zelensky terá condições para de facto negociar um acordo que não seja demasiado prejudicial para a Ucrânia no que tange, por exemplo, à exploração e aos lucros que os minerais podem gerar?Álvaro Vasconcelos: Os americanos ligam a questão dos minerais ao apoio à Ucrânia para resistir à invasão russa e evidentemente que, nessa circunstância a negociação é difícil. Mas Zelensky tem continuado e os ucranianos têm continuado a dizer -e percebe-se completamente a lógica disso- que não há resultado final de negociações, ou seja, negociações sobre os minerais e negociações sobre o acordo de paz, ou seja, o cessar-fogo e o acordo de paz estão absolutamente ligados, para os ucranianos e também, de certa forma, para os americanos, à necessidade de haver garantias de segurança para a Ucrânia. E nesse sentido, até hoje não vimos mudança da posição da Ucrânia. Ou seja, aquilo que levou à situação que nós todos assistimos em directo na Casa Branca foi a recusa em aceitar um acordo sobre os minerais sem garantias de segurança para a Ucrânia. Eu não sei se para os americanos ou para Trump é mais importante os minerais ou apresentar-se aos americanos e ao mundo como o homem que impôs o cessar-fogo e a paz. Mas sei que Zelensky até agora não recuou naquilo que é absolutamente essencial. 'Ok, nós fazemos os acordos que os americanos querem, mas na condição de que os americanos dêem garantias de segurança'. Os detalhes do acordo sobre os minerais, ou seja, qual vai ser a parte ucraniana no controlo das suas próprias riquezas, qual vai ser a parte americana, como é que as empresas ucranianas serão envolvidas, que empresas americanas, quando é que isto começará a ter resultados, parece que demora muito tempo, segundo os especialistas. Tudo isso nós não conhecemos os detalhes, só conheceremos possivelmente no fim das negociações. Mas sabemos que a questão das garantias de segurança está absolutamente na agenda.RFI: Parece já estar assente para os Estados Unidos que, de qualquer forma, para haver paz entre a Rússia e a Ucrânia, deverá haver cedências territoriais por parte da Ucrânia e também que a Ucrânia desista da ideia de aderir à NATO.Álvaro Vasconcelos: Começamos, talvez pela primeira parte, que é a questão das cedências territoriais por parte da Ucrânia. Isso aí, os ucranianos vão aceitar uma situação de facto, acho eu, que é haver um cessar-fogo e um acordo de paz posteriormente. Mas começamos pelo cessar-fogo, porque os contornos do acordo de paz é difícil discuti-los hoje. Um cessar-fogo nas linhas actuais da guerra, possivelmente com um rearranjo aqui e acolá. E depois, continuarão as negociações para o acordo de paz. E é aí que as questões territoriais vão colocar-se. Mas na situação, digamos, de reconhecimento da ocupação de parte do território ucraniano pela Rússia, acho que nunca nenhum Presidente ucraniano, nenhum governo ucraniano aceitará. Ou seja, eles aceitarão uma situação de facto, mas continuarão a dizer que a reunificação da Ucrânia é um direito garantido pela comunidade internacional, pelas Nações Unidas, várias votações da Assembleia Geral das Nações Unidas e pelos tratados que foram assinados internacionalmente, inclusive pela Rússia, no fim da Guerra Fria. E, portanto, essa integridade territorial da Ucrânia vai continuar a ser defendida pelos ucranianos, ao mesmo tempo que eles farão concessões para um cessar-fogo e iniciarão uma negociação para um acordo de paz. Aliás, nos últimos dias houve esse aspecto interessante, que foi os ucranianos que estavam sempre na defensiva perante Trump, terem feito essa proposta, como já referiu, de um cessar-fogo parcial no ar e no mar, que foi no fundo também tomarem a iniciativa de serem eles a fazerem propostas e obrigarem agora os americanos a negociar com os russos. Até agora, os americanos não negociavam com os russos. Só negociavam com os ucranianos. Agora têm que negociar com os russos. Vamos ver se o Trump tem alguma capacidade ou quer ter alguma capacidade de pressão sobre a Rússia. O que não me parece ser o caso porque ele embarcou completamente na agenda do Putin.RFI: Outro aspecto que talvez possa pesar nas negociações -um aspecto que foi aliás mencionado pelo próprio Zelensky- que é a sua saída de cena. Isto foi também mencionado por outros responsáveis e pelo próprio Donald Trump que não esconde que gostaria de ver outra pessoa a dirigir a Ucrânia. Julga que isto pode ser também um elemento a ter em conta nas negociações?Álvaro Vasconcelos: Se eu não perdi nenhuma declaração do Zelensky sobre a questão- e posso ter perdido- o Zelensky diz que aceitaria sair de cena se a Ucrânia aderisse à NATO. Ou seja, se a garantia de segurança máxima que a Ucrânia pode ter, ser membro da NATO, porque até hoje nenhum membro da NATO foi atacado, não sabemos o que acontecerá amanhã com os Estados Unidos cada vez menos presentes e dando cada vez menos garantias de segurança no quadro da NATO. Mas até hoje, nenhum membro da NATO foi atacado. E o Zelensky disse que se Ucrânia entra na NATO, eu saio. Isso Evidentemente que a Rússia não vai aceitar, porque não quer que a Ucrânia tenha garantias de segurança, não aceita essas garantias de segurança máxima, não aceita as garantias de segurança que os europeus querem dar, com a presença militar europeia que tenha algum respaldo americano. Os russos e, pelos vistos, também Trump, querem sacrificar Zelensky. Mas o que é que significa sacrificar Zelensky? Significa tentar pôr no poder na Ucrânia alguém que seja dócil em relação a Trump e, logo, dócil em relação a Putin. E é no fundo, quando se fala de substituir Zelensky, que quando se diz que não é um Presidente eleito porque não houve eleições em Maio do ano passado dada a situação de guerra, o que se está a dizer? Ponham lá um homem pró-russo. Há vários. Lembremo-nos da França durante a Segunda Guerra Mundial. Acabou por chegar ao poder Pétain, que era um homem que aceitou a capitulação. Portanto, procurar um homem na Ucrânia que aceite a capitulação é o que estão a fazer russos e americanos. Mas evidentemente que isso enfrenta uma enorme dificuldade, que é a popularidade de Zelensky que aumentou desde a conversa da Casa Branca e o empenho dos ucranianos em protegerem a sua própria terra e os ucranianos terem criado nos últimos três anos um exército poderoso. Hoje a Ucrânia tem um exército poderoso, armado pelos americanos, mas também pelos europeus, e tem a sua própria indústria de armamento. Portanto, os ucranianos, apesar de todas as perdas e todas as mortes, continuam a querer defender a sua pátria. E nesse sentido, qualquer Presidente que capitula perante os russos, terá muita dificuldade de continuar no poder.RFI: No cômputo geral, o que é que se pode esperar desta primeira ronda negocial?Álvaro Vasconcelos: No fundo, isso são cenários. Não conhecemos os bastidores. Só sabemos aquilo que se passa à sua volta, os ataques ucranianos sobre as cidades russas, os ataques russos em curso, as declarações públicas de uns e de outros. Mas um cenário possível é que Donald Trump, querendo tanto a paz, consiga neste momento, que a delegação russa diga 'Ok, nós vamos fazer um primeiro passo nessa direcção', convencidos que têm Trump pelo seu lado e que Trump vai garantir os interesses russos. Ou seja, os russos vão dizer 'nós queremos uma Ucrânia desmilitarizada' e o Trump dirá 'sim a prazo'. E, entretanto, sairiam de uma negociação com a Ucrânia, aparentemente teriam conseguido alguma coisa, mas na realidade, o essencial estaria na mesma. Ou seja, Trump a apoiar o projecto russo de uma capitulação da Ucrânia e a prazo a sua desmilitarização e neutralização, o que criaria uma situação de altíssima vulnerabilidade para a Ucrânia e a Ucrânia, a prazo, seria conquistada pela Rússia. É possivelmente um cenário que permitiria a Trump dizer que teve algum sucesso nesta negociação. Mas a verdadeira negociação acontecerá quando ucranianos e russos se sentarem à mesma mesa e negociarem o que será um acordo de paz e um cessar-fogo -para começar- entre ambas as partes. E não me parece que isso vá acontecer agora na Arábia Saudita. Um outro cenário que é talvez o mais provável, é que a gente tenha a notícia de que as negociações fracassaram. Que os negociadores regressaram e marcaram outra data da negociação porque não conseguiram chegar a um acordo. Que a Ucrânia manteve a exigência de garantias de segurança e os Estados Unidos ainda não declararam, e não me parece que vão declarar, que deram essas garantias de segurança.

Expresso - Eixo do Mal
O pôr do Solverde de Montenegro

Expresso - Eixo do Mal

Play Episode Listen Later Mar 7, 2025 51:00


São estes os cenários que se prefiguram, na eminência da queda do governo, segundo Daniel Oliveira, Luís Pedro Nunes, Pedro Marques Lopes e Clara Ferreira Alves, no Eixo do Mal em podcast. De olho na próxima terça-feira, o dia em que, por cá, se vai debater e votar a moção de censura ao governo, levando provavelmente à sua queda e dia em que os Estados Unidos e a Ucrânia se vão reunir na Arábia Saudita, depois daquela cena inaudita na Sala Oval. Depois da notícia da ligação da empresa familiar de Montenegro à Solverde, tudo se precipitou: o PCP apresentou uma moção de censura ao governo, o PS subiu a parada com a intenção de criar uma Comissão de Inquérito Parlamentar ao Primeiro Ministro e o PSD respondeu com a apresentação de uma moção de confiança, que vai ser debatida na próxima 3ª feira. E, ao que tudo indica, deverá ser chumbada, levando o país para eleições. Havia maneira de evitar esta crise? O Eixo do Mal foi emitido na SIC Notícias a 06 de março.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Cultura
Retrospectiva na França celebra 40 anos de trabalho do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado

Cultura

Play Episode Listen Later Mar 7, 2025 6:33


"Antes eu acreditava em uma só espécie: a minha. Mas me decepcionei ao descobrir que somos atrozes, violentos, horríveis, que estamos nos destruindo e a nosso planeta. Descobri também que faço parte de um universo enorme de espécies, e que se a minha desaparecer, não há problema". A frase é do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, homenageado desde o dia 1° de março com uma grande retrospectiva com 166 de suas obras no centro cultural Les Franciscaines, em Deauville, na França.  "Descobri que sou parte de tudo isso", insistia Sebastião Salgado, 81 anos, na abertura da grande exposição Sebastião Salgado: Obras da Coleção da MEP, que homenageia não apenas suas séries icônicas de fotografias em preto e branco, mas também sua vida e seu olhar às vezes terno, às vezes dramático, e muitas vezes crítico sobre o mundo. O evento destaca um trabalho de mais de 40 anos percorrendo os quatro cantos do planeta, que resultou em trabalhos como "Exôdos" (1993-2000), sobre as grandes migrações humanas, "Gênesis" (2004-2011), sobre a natureza intocada do planeta, ou "A Mão do Homem" (1986-1992), sobre os trabalhadores, a precarização do trabalho artesanal e as grandes transformações do mundo industrial.A retrospectiva, que faz parte do calendário de comemorações oficiais do ano do Brasil na França, conta com a parceria da Maison Européenne de la Photographie (MEP), entidade que apoiou o fotógrafo brasileiro desde o início de sua carreira, quando trocou a formação de economista em Londres pelas lentes que imortalizariam grandes momentos da humanidade, dos animais e da natureza."Não sou um ser que domina o que está em volta, eu sou parte de tudo isso, dos minerais, dos vegetais", diz, Salgado, quando perguntado sobre o que aprendeu ao realizar a série "Gênesis", que ele afirma ter "reacendido sua esperança na vida e no planeta"."Todos os minerais têm uma inteligência inacreditável, assim como os vegetais. Uma vez fotografei uma árvore na Serra Nevada, nos Estados Unidos. Ela tinha sido parcialmente queimada, e cientistas que me acompanhavam me disseram que ela havia sido tocada pelo fogo de um determinado lado há mais de 1.500 anos. Incrível. Para ficar frente a um ser como esse é necessário muito respeito, e tempo para compreendê-lo, e para que ele possa compreender você também. Para que possamos fotografar a dignidade presente nesta árvore", argumentou um Sebastião Salgado emocionado, mas incansável durante a sequência de perguntas da imprensa internacional. "Não estou 100%"Integrante da Academia de Belas Artes da França desde 2017 e premiado pela Organização Mundial de Fotografia, em Londres, o fotógrafo surpreendeu o público presente no centro cultural Les Franciscaines, em Deauville, na região da Normandia, no norte da França, com um tom emocionado, pedindo "antes de tudo desculpas" e dizendo que não estava "100%". "Fui internado na semana passada num hospital em São Paulo para continuar um tratamento e volto na semana que vem para lá. É uma doença bem forte que eu adquiri há cerca de 15 anos trabalhando no projeto 'Gênesis', na Nova Guiné. Eu peguei malária e os médicos em Paris, no [tradicional hospital] Salpêtrière, me disseram que eu deveria descansar durante seis meses, porque a doença ataca o corpo inteiro, mas eu tive que desligar porque já estava no platô do Colorado", contou Salgado em francês, fazendo a audiência rir."Eu não pude interromper a excursão fotográfica, mas quando voltei a Paris, minha defesa imunológica despencou e eu desenvolvi uma infecção generalizada, tomando doses cavalares de antibiótico. Minha máquina de produzir glóbulos brancos e vermelhos se danificou para sempre. É uma espécie de câncer que adquiri, sou tratado por oncologistas", revelou. "Tomo medicamentos há 15 anos e isso ajuda um pouco, fiz toda a série na Amazônia assim, mas há duas semanas meu corpo começou a rejeitar o remédio e eu tive uma hemorragia no baço. Me desculpem, eu não estou nem com 50% da minha energia", disse Salgado, em meio a aplausos da plateia. O privilégio "enorme" de "estar vivo"Sebastião Salgado chegou a chorar ao lembrar de seus périplos pelo planeta, na abertura do evento, e ao celebrar colegas mortos durante sua trajetória. "O dia mais feliz da minha vida foi quando completei 80 anos... Simplesmente porque eu estava aqui. Eu não estava morto. Quantos amigos perdi, éramos todos amigos durante quatro anos em Goma [,na República Democrática do Congo], quatro fotógrafos foram assassinados, eu estava lá. Então para mim, estar vivo com 80 anos, é um privilégio enorme", confessou.Durante a coletiva, Salgado falou durante 25 minutos sobre suas experiências nos quatro cantos do globo. "Eu tive o privilégio de ir a esses lugares. Algumas vezes as pessoas me dizem que sou um artista, eu digo que não, que sou um fotógrafo. Porque vamos sozinhos a todas essas regiões do mundo, face a todos os problemas que vocês possam imaginar, todos os desafios, e temos dúvidas, questões éticas, de legitimidade, de segurança, e somos nós, fotógrafos, que devemos encontrar respostas para essas perguntas", testemunhou. O fotógrafo lembrou de quando perdeu parte da audição no Kuwait. "Foi quando houve a explosão em quase seiscentos poços de petróleo. Eu estava num barco, fotografando uma história para The New York Times. Eu me lembro que as tropas norte-americanas estavam lá, era a guerra contra Saddam Hussein. Foi um momento terrível e sublime da minha vida", destacou. "Terrível porque foi a maior poluição já vista, tinha dias que não víamos o sol. Era tão surpreendente, porque num determinado momento batia um vento, conseguíamos ver entre as nuvens e podíamos finalmente ver um raio de sol", contou. "Eram homens para mim heróicos aqueles que entravam no fogo do petróleo que tentavam tapar os poços. Havia um medo enorme de ser queimado vivo e o barulho que esses poços produziam era como trabalhar atrás da turbina de um avião", lembrou. "Quando fui embora do Kuwait, havia perdido mais da metade da minha audição", relatou Salgado.A "mão do homem" e as belezas intocadas do planetaA retrospectiva dos trabalhos em preto e branco do fotógrafo brasileiro na França resgata desde suas primeiras reportagens sobre os danos causados pela seca e pela fome na África (1984-1985), até seu trabalho sobre a condição dos trabalhadores imigrantes na Europa, passando na série "Outras Américas" (1977-1984), onde ele revisita a América Latina, com uma visão humanista e universal.Na sequência, a exposição mostra registros captados no final da década de 1980, quando Sebastião Salgado começa a trabalhar seus grandes murais fotográficos. "A Mão do Homem" (1986-1992) é uma homenagem ao trabalho manual e à condição humana. "Eu estudei geopolítica, antropologia, vi que nós estávamos chegando ao fim da primeira grande revolução industrial e que as máquinas inteligentes estavam substituindo o proletariado em toda linha de produção, que os robôs estavam substituindo o homem", declarou em entrevista à RFI em Deauville. "Eu resolvi fazer um retrato da classe trabalhadora antes que ela desaparecesse, e fiz. Minha formação [em economia com ênfase social] me permitiu ver o momento histórico que eu estava vivendo e fotografando", sublinhou."Mas eu pude ver que uma outra maior revolução estava acontecendo. Que o fato da gente estar terminando um tipo de indústria nessa parte sofisticada do planeta, não significava que ela estava acabando, mas se transferindo para a China, para o Brasil, a Indonésia, o México, esses grandes países em território e população. Trabalho barato, mão de obra barata", atestou Salgado.Com "Êxodos" (1993-2000), Salgado documenta os grandes movimentos populacionais ao redor do mundo, relacionados aos conflitos e à pobreza resultante das transformações econômicas que abalam a nossa época. "Eu fui atrás dessa reorganização da família humana que estava acontecendo no mundo. Durante seis anos eu fotografei o que se transformou no livro "Êxodos". "Então essa minha herança visual, histórica, essa minha formação que permitiu me situar. Não que eu seja um militante, não que eu quis fazer coisas diferentes dos outros, mas o que eu fiz, eu fiz com uma certa coerência política", definiu Salgado à RFI.Por fim, "Gênesis" (2004-2012), fruto de oito anos de expedições épicas pelos quatro cantos do globo, mostra a beleza de nosso planeta e permite descobrir paisagens, animais e seres humanos que até então haviam escapado à pressão do mundo contemporâneo. "Cerca de 47% do planeta Terra continua intacto", sublinhou o fotógrafo, feroz opositor ao acordo bilateral entre a União Europeia e o Mercosul. "A Europa quer nos vender produtos industrializados a baixo custo em troca de insumos agrícolas baratos, mas sabemos que as terras cultiváveis que restam no Brasil são indígenas, e deveriam ser preservadas", martelou.O inferno do genocídio em Ruanda"Foi a coisa mais dura que eu vivi na minha vida", disse Sebastião Salgado sobre o genocídio em Ruanda, entre abril e julho de 1994, quando aproximadamente quase 1 milhão de pessoas, a maioria da etnia tutsi, foram brutalmente assassinadas por extremistas hutus. "Não era fácil chegar num campo de refugiados e ver morrer por dia cerca de 20 mil pessoas, com um grande trator que escavava buracos enormes no chão para depositar os cadáveres. Era tão insuportável que cheguei a ficar doente", relatou.Consultado pelo médico indicado por Cartier-Bresson, amigo da família, Salgado conta que o especialista disse que seu corpo "estava perfeito" e que "ele estava morrendo em Ruanda". "Foi quando fomos como Lélia [Wanick Salgado, esposa e parceira do fotógrafo] e os meninos para Trancoso, na Bahia onde alugamos uma casa. Nesse momento, meus pais decidiram nos doar a fazenda onde nasci. Foi quando eu tomei a decisão de abandonar a fotografia. Eu tinha vergonha de ser fotógrafo, porque até então eu havia fotografado apenas uma espécie, a nossa. Então tomei a decisão com a Lélia de me tornar fazendeiro. Começamos a plantar, mas uma enorme chuva destruiu um morro que meu pai havia feito no terreno, matando um riacho onde eu nadava na infância. Lélia me disse então: 'vamos abandonar tudo, vamos pegar essa terra e replantar a floresta", lembra, rememorando as origens do Instituto Terra, que já restaurou cerca de 709 hectares de Mata Atlântica e plantou mais de 2,7 milhões de árvores nativas no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais."Céus dramáticos de Minas Gerais""Se você colocar 300 fotógrafos em um evento, você vai ter 300 fotografias diferentes, porque você só fotografa com a sua herança, com tudo que está dentro de você. As minhas fotografias têm séries, céus dramáticos, carregados. Isso vem de onde eu nasci, vem da chegada da época de chuva naquelas montanhas de Minas Gerais que meu pai me levava para ver... no pico mais alto da nossa fazenda, pra se chegar àquelas nuvens incríveis, para ver o raio de sol passar através dessas nuvens, ver a chuva. Então aquelas imagens ficaram em mim", diz o fotógrafo."Memória da sociedade""Cada vez que você aperta no botãozinho da câmera e faz uma imagem, você faz um corte representativo do planeta naquele momento, e você só o faz naquele momento. Precisa ter a realidade em frente para essa imagem existir, para ela ser vista como fotografia, senão ela vai ser vista como um objeto criado como um artistismo, mas não como fotografia. Fotografia é a memória da sociedade" rebate o fotógrafo."Fotografia é a memória, e a memória tem que existir. E a memória só pode ser feita através da realidade. Uma ficção não pode criar memória, então eu acho que a fotografia jamais perderá sua função", insiste. "Eu não estou querendo tirar o lugar da inteligência artificial. Eu acho que ela vai fazer coisas fantásticas, talvez até melhor do que a gente. Com a nossa inteligência normal o que nós fizemos foi destruir o planeta, fizemos guerra, fizemos violência. Talvez uma inteligência artificial seja realmente inteligente para levar a gente em outra direção", diz."Eu não sou contra a inteligência artificial, mas fotografia mesmo, só é fotografia. Quando você pega a fotografia que você faz no telefone celular, isso não é fotografia. Isso é uma linguagem de comunicação por imagem, mas que não tem nada a ver com a memória", ressalta. "Eu acho que o inteligência artificial não vai mudar absolutamente nada na fotografia porque a inteligência artificial só pode criar a partir do que já existe. Pode imaginar, transformar, mas a fotografia é outra coisa", conclui Salgado.A retrospectiva Sebastião Salgado: Obras da Coleção da MEP fica em cartaz no centro cultural Les Franciscaines, em Deauville, até o dia 1° de junho de 2025.

Pr Marcos Bomfim
#404 - A Oração Altruísta (A Oração dos Santos 6/8)

Pr Marcos Bomfim

Play Episode Listen Later Feb 22, 2025 40:56


Neste episódio, importância da prática regular da oração intercessora para o crescimento espiritual. Orar por outros pode mudar sua própria vida e fortalecer orelacionamento com Deus.A série "A Oração dos Santos" foi transmitida para todo Portugal a partir da Igreja Central de Lisboa, entre os dias 11-18 de Janeiro de 2025.Minhas anotações:Como Ele nos amou? Efésios 2:4-5 - “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, ..."  1 Joao 3:16 - “Porque Deus amou ao mundo ....”  1 Joao 3:16 - “Nisto conhecemos o amor: ...”  1 Joao 4:7-12 - “Amados, amemo-nos uns aos outros, ...”  Joao 13:34-35 - “Novo mandamento vos dou: ...” Que acontecerá se eu não amar aos outros da mesma maneira? Mat 18:23-35 - “... o reino dos céus é semelhante a um rei ....” 1Coríntios 4:1-2 -  “Assim, pois, importa que os homens nos considerem...”  É pecado não orar por outros: 1 Samuel 12:23-25 - “... longe de mim que eu peque contra o Senhor, deixando de orar por vós; ....” A oração intercessora muda a vida de quem ora!!! Jó 42:10 - “Mudou o Senhor a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; ....” Pode ser que vc não seja bem recebido Mateus 5:43-48 - “... Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; ...”Dois breves testemunhos:11/Out/24 Haviaenviado o carro para revisão. Em casa sempre oramos para que o Senhor nos faça úteis para Seu Reino. Isso significa que precisamos estar atentos às necessidades das pessoas ao nosso redor, procurar supri-las e então conduzi-las a Cristo. Quando fui buscar o carro, percebi que havia esquecido de trazer os livros missionários. Semanas depois precisei levar o carro (que é muito confiável e conservado) outra vez para manutenção. Quando o fui buscar outra vez percebi que estava sem os livros. Pensei em leva-los outra hora (eram duas pessoas), mas esqueci completamente. Um mês depois o carro parou completamente.Tive que chamar um guincho e deixa-lo outra vez à porta da oficina. Na noite anterior ao dia de busca-lo acordei de repente no meio da noite com um só pensamento: os livros. Durante o dia, ao sair de casa pensei, “Deixa eu entregar logo estes livros para que este carro pare de quebrar. Deus pode estar precisando deles dentro da oficina e não acha quem os entregue.” Procurei um “Grande Conflito” em Português, mas não encontrei. Só achei um “Caminho a Cristo.” Ao entregar, depois de pagar pelo serviço, disse a uma das pessoas, “Este livro é para quando você quiser uma leitura que lhe traga paz etranquilidade.” Ele me respondeu, “E eu estou precisando mesmo. Hoje mesmo pensei que precisava de um livro assim.” E me agradeceu muito! Quando saímos para buscar o carro, eu lhe contei que havia acordado no meio da noite com o pensamento fixo de entregar um livro especificamente a ele. Então le me disse que estava passando uma semana muito difícil. Que naquele dia mesmo havia dito a sua companheira de trabalho que iria comprar um livro que lhe devolvesse a paz e a tranquilidade. Tomou minhas mãos e agradeceu outra vez!11/Out/24 Mari me pede para perguntar aos mecânicos do carro se por acaso acharam seus óculos. Estes óculos, os preferidos, estavam perdidos há dias. Não perguntei aos mecânicos porque sabia que eles não teriam mexido nos óculos se estivessem no carro. Ao buscar o carro, examinei atentamente, mas nada dos óculos. Voltando à casa, resolvi cortar a grama e carregar o telemóvel em uma pequena bolsa à cintura. Quandotomo a bolsa, encontro um par de óculos. Quando os entrego à Mari, ela me olha incrédula. Havia acabado de orar ao Senhor dizendo: “Senhor, é uma coisa sem importância, mas sei que se queres podes trazer-me estes óculos de volta.” Momentos depois eu a encontro ajoelhada e nos unimos em oração.

Conversas à quinta - Observador
O PREC na Igreja. “Havia uma célula do PCP no seminário”

Conversas à quinta - Observador

Play Episode Listen Later Feb 10, 2025 57:35


A procissão sem padre organizada pelo PCP. A sátira ao cardeal Cerejeira. As ocupações armadas dos seminários, com Dinis Almeida a entrar "de metralhadora em riste". A perda temporária da Rádio Renascença. E o cerco ao Patriarcado. Tudo contado pelo padre Armando Duarte, último sacerdote ordenado antes do 25 de Abril.See omnystudio.com/listener for privacy information.

L'hora negra, amb Mayka Navarro
Mayka Navarro: "Isak Andic va intentar aturar la caiguda amb les mans, per

L'hora negra, amb Mayka Navarro

Play Episode Listen Later Dec 21, 2024 18:13


Amb la Mayka Navarro analitzem tot el que se sap de la mort del fundador de Mango, Isak Andic, en un sender de muntanya a Collbat

Comentario Biblico
O que havia de tão radical no discurso de Pedro? Atos 4 - Mario Persona

Comentario Biblico

Play Episode Listen Later Nov 14, 2024 19:07


Publicado primeiro nos podcasts: shows.acast.com/comentario - ApplePodcasts Deezer iHeartRadio Stitcher ListenNotes Player.fm Podtail Podbean MyTuner-Radio Castbox iVoox Chartable HubHopper Spotify Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.

99Vidas - Nostalgia e Videogames
99Vidas 641 - "Ninguém vai ter uma Nostalgia igual a nossa"

99Vidas - Nostalgia e Videogames

Play Episode Listen Later Oct 26, 2024 114:26


Jurandir Filho, Felipe Mesquita, João Pimenta, Evandro de Freitas e Bruno Carvalho batem um papo sobre a frase "antigamente que era bom". Quem nasceu na década de 1980 viveu uma nostalgia única, que talvez nunca será recriada com a mesma intensidade. Essas lembranças abraçam a década de 1990. Foi uma época mágica, o berço de revoluções culturais e tecnológicas que marcaram gerações de um jeito especial. Quem cresceu nesse período viu os videogames nascerem e evoluírem diante dos olhos, em uma era onde jogos moldaram o que hoje conhecemos como a cultura gamer. Havia algo quase ritualístico em sentar na frente da TV e passar o dia inteiro acompanhando toda a programação, que passava pelos desenhos animados, programas infantis, animes, filmes etc. E na música? E nas roupas? E nos costumes? É, vai ser difícil ter uma geração que causou mais impacto nos jovens do que a galera dos anos 80 e 90. Hoje, tudo é mais acessível e imediato, e as mudanças acontecem em ritmo tão rápido que mal temos tempo de sentir uma conexão duradoura. Nos anos 80 e 90, a espera pelo lançamento de um filme, de um jogo, ou até de uma música era quase um evento, e o que vivemos se tornou parte de quem somos. Isso explica por que essas décadas continuam vivas na memória, enquanto as mais recentes ainda buscam esse charme que marcou gerações inteiras. == AULAS DE GRAÇA | Conheça o Guia do Mochileiro Tech: mais de 20 conteúdos gratuitos, desde guias, checklists, vídeos, tutoriais e projetos de vários níveis e áreas, para se preparar para os desafios em diferentes carreiras. É só na Alura! https://alura.tv/99vidas-guia-do-mochileiro

Rádiofobia Podcast Network
Pod Notícias 34 - 15 estatísticas sobre podcast que você precisa conhecer

Rádiofobia Podcast Network

Play Episode Listen Later Oct 7, 2024 25:19


Olá, eu sou Leo Lopes e está no ar o POD NOTÍCIAS, o podcast semanal que traz até você um resumo de tudo que acontece de mais importante no mercado de podcasts no Brasil e no mundo! Hoje é segunda-feira, dia 07 de outubro de 2024 e esta é a nossa trigésima quarta edição! 1 - No episódio da semana passada nós iniciamos a contagem regressiva para celebrar os 20 anos do podcast no Brasil no próximo dia 21 de outubro. Muita coisa mudou em 20 anos, o podcast tem crescido mais a cada dia e a gente não consegue mais acompanhar tudo o que está acontecendo, tanto que foi exatamente pra cumprir essa função que o Pod Notícias nasceu e tem garimpado e publicado notícias diariamente no nosso site, resumindo as principais notícias da semana aqui neste podcast. Esta semana nós preparamos uma matéria muito bacana com 15 estatísticas sobre o podcast que você precisa saber neste ano de 2024. São números úteis, curiosos e alguns até impressionantes sobre o podcast no Brasil e no mundo, e também sobre algumas plataformas de streaming de áudio, perfil e comportamento do ouvinte, números de publicidade e, é claro, downloads também. Pra dar um gostinho e deixar você com vontade de ler a matéria completa, eu vou destacar aqui cinco das 15 estatísticas que a gente fala no artigo. Se liga: Havia apenas pouco mais de 500.000 podcasts ativos em 2018 Spotify é lar de mais de 4,7 milhões de podcasts 93% dos ouvintes de podcast ouvem o episódio inteiro 32 downloads no primeiro mês lhe posiciona entre os 50% maiores podcasters Somente nos EUA, a receita de publicidade em podcasts deve ultrapassar US$ 3,92 bilhões em 2025 Pra ler a matéria na íntegra e saber quais são as outras estatísticas, o link está aqui na descrição do episódio. Link 2 - A plataforma de análise e atribuição de podcasts Chartable anunciou que a Spotify decidiu descontinuar o serviço. Segundo o comunicado, a mudança visa integrar os recursos mais poderosos do Chartable diretamente no Megaphone, proporcionando uma experiência mais integrada para os usuários. Para os usuários do Chartable através do Megaphone, em 2025, os recursos SmartLinks e SmartPromos serão incorporados nativamente ao Megaphone, permitindo que os podcasters utilizem essas ferramentas sem sair da plataforma. Até lá, esses recursos continuarão disponíveis sem interrupções para os programas hospedados no Megaphone. Para aqueles que acessam o Chartable de forma independente, a plataforma estará disponível até 12 de dezembro de 2024. Durante esse período, todas as funcionalidades serão oferecidas gratuitamente, e os usuários que já pagaram antecipadamente serão reembolsados. Além disso, a Spotify está aprimorando os links de compartilhamento no Spotify for Podcasters para fornecer opções de rastreamento de conversão de ouvintes do Spotify. Em um segundo comunicado enviado aos usuários por e-mail, a Chartable deu detalhes sobre como serão os próximos meses até o encerramento total dos serviços em dezembro. Os links para a íntegra dos dois comunicados estão na descrição do episódio. Link 1 / Link 2 3 - Esta semana foram divulgados os resultados da pesquisa RAJAR Audio MIDAS 2024, um estudo que fornece informações sobre como, quando e onde as pessoas consomem conteúdo de áudio no Reino Unido. A pesquisa inclui dados sobre podcasts, rádio ao vivo e sob demanda, e serviços de música sob demanda. A pesquisa também fornece informações sobre uso de dispositivos, atividades, localização e com quem as pessoas ouviram. Algumas descobertas recentes da Pesquisa RAJAR Audio MIDAS são: 94% das pessoas escutam podcasts sozinhas 63% das pessoas ouvem mais da metade dos podcasts que baixam O dispositivo mais popular para ouvir podcasts é o celular O lugar mais popular para ouvir podcasts é em casa Os gêneros de podcasts mais populares são comédia, notícias e política, esportes e true crime As maneiras mais comuns de encontrar novos podcasts são através do boca a boca e das redes sociais A Pesquisa RAJAR Audio MIDAS é conduzida pela Radio Joint Audience Research (RAJAR), uma organização criada em 1992 que mede as audiências de rádio no Reino Unido. A RAJAR é de propriedade conjunta da BBC (British Broadcasting Corporation) e da RadioCentre (a entidade representativa da maioria das estações de rádio comerciais no Reino Unido). O PDF do relatório completo com 22 páginas (em inglês) pode ser acessado na matéria completa no site do Pod Notícias. Link AINDA EM NOTÍCIAS DA SEMANA: 4 - O Apple Podcasts agora suporta transcrições em mais oito idiomas, incluindo o português brasileiro, o que representa um grande avanço na acessibilidade da plataforma. Essa nova funcionalidade permitirá que os ouvintes tenham uma experiência mais rica ao consumir conteúdo, possibilitando que leiam o texto completo de um episódio, busquem por palavras ou frases específicas e acompanhem a reprodução do áudio com a sincronização do texto. Com o suporte ao português brasileiro, o Apple Podcasts não só amplia seu alcance entre os ouvintes brasileiros, mas também reforça seu compromisso em tornar o conteúdo mais acessível a todos. A transcrição é automaticamente gerada após a publicação de um novo episódio, permitindo que os ouvintes tenham acesso rápido ao texto, enquanto a gravação ainda está disponível para ser ouvida. Essa funcionalidade é especialmente importante em um mundo onde a inclusão e a acessibilidade são cada vez mais valorizadas. Com a adição do português brasileiro, o Apple Podcasts se alinha às tendências de mercado que buscam cada vez mais atender às necessidades de um público diversificado. Essa inovação não só melhora a experiência do ouvinte, mas também oferece aos criadores de conteúdo a oportunidade de alcançar um público mais amplo e engajado. Link 5 - Um novo relatório global da Acast, a maior empresa de podcasts independente do mundo, revela que o consumo de podcasts continua a crescer. Lançado no último dia 30 em celebração ao Dia Internacional do Podcast, o relatório é resultado de duas pesquisas realizadas em 13 mercados internacionais e envolvendo 2.600 ouvintes. Os mercados foram divididos em emergentes (Índia, Brasil, Singapura, Itália, Japão, Indonésia, Países Baixos e Espanha) e estabelecidos (Canadá, Estados Unidos, Suécia, Austrália e Reino Unido), com base no gasto em publicidade e na maturidade do mercado. Segundo o estudo, mais de 50% dos ouvintes de podcasts em mercados emergentes e quase 40% em mercados consolidados planejam aumentar o tempo dedicado ao formato nos próximos seis meses. Esse crescimento é especialmente significativo, considerando que quase 70% dos ouvintes diários em mercados estabelecidos gastam mais de seis horas por semana consumindo conteúdo em áudio. Em ambos os mercados os podcasts apresentam altas taxas de engajamento, com médias próximas a 80%, sendo que 40% dos entrevistados nos EUA se dizem altamente engajados, o que destaca a força crescente do podcasting como um meio de comunicação relevante e impactante, e também reflete o potencial de crescimento nas interações com o público. Além disso, o estudo destaca que 51% do público em mercados emergentes expressa interesse em participar de eventos ao vivo de seus podcasters favoritos, um número que sobe para 64% entre os ouvintes diários dessas regiões. Em mercados estabelecidos, mais de 30% dos ouvintes diários relatam que já compareceram a um evento ao vivo de um host de podcast. Essa disposição para interagir de forma mais pessoal com os criadores não só indica um engajamento com o conteúdo, mas também abre oportunidades para a monetização e a construção de comunidades em torno dos podcasts. Link E MAIS: 6 - As marcas na China estão cada vez mais investindo no universo dos podcasts como uma nova estratégia de marketing e engajamento com o público. Esse movimento reflete uma tendência global, onde o áudio digital se tornou uma ferramenta poderosa para alcançar audiências de nicho de maneira mais íntima e personalizada. A adoção dos podcasts pelas marcas chinesas é impulsionada pela crescente popularidade do podcast no país. Com uma base de ouvintes em expansão, as empresas veem nos podcasts uma oportunidade de se conectar com consumidores de forma mais autêntica. Segundo especialistas, os podcasts oferecem um espaço menos saturado em comparação com outras mídias digitais, permitindo que as marcas se destaquem e construam uma narrativa mais envolvente. Entre os setores que mais têm explorado os podcasts na China estão a tecnologia, a educação e o entretenimento. Empresas dessas áreas estão utilizando o podcast para compartilhar conhecimentos, discutir tendências e promover produtos de maneira mais sutil e eficaz. A expectativa é que essa tendência continue crescendo, à medida que mais marcas reconheçam o potencial dos podcasts para fortalecer suas estratégias de marketing. Com a evolução do consumo de mídia digital, os podcasts se afirmam como uma ferramenta essencial para as marcas que buscam inovar e se aproximar dos consumidores. O futuro promete ainda mais integração entre conteúdo de áudio e estratégias de marketing, consolidando os podcasts como um canal indispensável na comunicação empresarial. Link 7 - O crescimento da população latina nos Estados Unidos está impulsionando uma transformação significativa no consumo de áudio, com destaque para o podcasting. Segundo pesquisa da Edison Research, os latinos, que já somam 65 milhões, dedicam mais tempo ao áudio do que a população não latina, com uma média de quase cinco horas diárias. Este aumento no consumo de áudio está sendo liderado pelo podcasting, que agora representa 14% do tempo de escuta dos latinos, superando os 9% da população não latina. O interesse por podcasts entre os latinos não é apenas uma tendência passageira. Em 2014, apenas 1% do tempo de áudio dos latinos era dedicado a podcasts. Hoje, esse número cresceu 14 vezes, demonstrando uma mudança significativa nos hábitos de consumo. A pesquisa revela que os latinos estão dedicando 35% mais tempo aos podcasts do que o restante da população dos EUA, indicando que este formato está substituindo outras fontes de áudio. Segundo Gabriel Soto, Diretor Sênior de Pesquisa da Edison Research, o crescimento do podcasting entre os latinos representa uma oportunidade única para criadores de conteúdo e anunciantes que desejam alcançar este público cada vez mais engajado. Este aumento no consumo está atraindo a atenção de criadores e anunciantes, que veem no público latino um segmento em expansão no universo do áudio. Com o podcasting e a população latina em ascensão, espera-se que essa convergência continue a moldar o mercado de áudio nos próximos anos. Link HOJE NO GIRO SOBRE PESSOAS QUE FAZEM A MÍDIA: 8 - Nosso amigo e colunista Carlinhos Vilaronga traz mais uma vez sua coluna "O Podcast no Japão" com as notícias do Coletivo Podosfera Nipo-brasileira, destacando a 4ª edição da Semana Podosfera Nipo-brasileira. Carlinhos, onegaishimassu! Olá Leo e olá ouvintes do Pod Notícias. Gostaria de começar minha participação de hoje compartilhando com vocês a alegria de perceber o podcast encontrando seu espaço nos eventos da comunidade brasileira no Japão. E eu trago aqui dois exemplos: Nos dias 28 e 29 de Setembro a equipe do podcast Saidera, apresentado por Raphael Toguchi, esteve no Shiga Brazilian Fest realizando gravações com transmissão ao vivo. Já nos dias 5 e 6 de Outubro eu estive no Brazilian Day Hamamatsu moderando as gravações no estúdio montado pela Kowa Corporation, que é uma empresa de recursos humanos e que incluiu o podcast nas atividades de interação com os visitantes do evento. Aos poucos o ecossistema de produção de podcasts está se formando por aqui também. Shiga Brazilian Fest:https://www.instagram.com/shigabrazilianfest/ Saideira:https://www.instagram.com/saiderapodcast_/https://www.youtube.com/channel/UCntObsOuTVeLnWMd-mgfgyQ Brazilian Day:https://www.instagram.com/brazilianday.japan/ Kowa Corporation:https://www.instagram.com/kowa_empreiteira/ Agora falando sobre expectativa: A programação da 4ª Semana Podosfera Nipo-brasileira já foi confirmada e gostaria de compartilhar aqui com vocês o nome dos convidados desta edição. Lembrando que o evento será realizado de 21 a 28 de outubro com transmissões ao vivo às 8h30 da noite no horário do Japão. Vamos para a programação: A jornalista Érika Okazaki da Play Ground Media Solution Leo Lopes da Radiofobia Sidney Gusman do Universo HQ O jornalista e podcaster Roberto Maxwell O professor Andriolli Costa - do Laboratório de Podcasts Narrativos Universidade Estadual do Rio de Janeiro A equipe agência Base Marketing Gabriel Tuller da Cosmódromo Luciana Oncken do Estúdio Banca Ana Xavier do The Podcast Space Os convidados discutirão temas relacionados com suas áreas de trabalho e ajudarão na criação da trilha formativa que temos construído nas edições da Semana Podosfera Nipo-brasileira. Mais informações estarão disponíveis no perfil @podnipobr no Instagram. Deixo o convite para vocês maratonarem o conteúdo das edições anteriores que estão disponíveis na íntegra no canal PodNipoBr no YouTube e no podcast PodNipoBr nas plataformas de áudio. Encerro minha participação de hoje por aqui. Carlinhos Vilaronga diretamente de Kosai no Japão exclusivo para o Pod Notícias. Link SOBRE LANÇAMENTOS: 9 - Estreou semana passada o programa “De Gaveta”, apresentado pelas jornalistas Ana Luiza Machado e Geninha Nunes. O podcast se propõe a discutir comunicação com grandes nomes do jornalismo pernambucano, além de reflexões sobre a profissão. No primeiro episódio, Laurindo Ferreira, diretor de Redação do Jornal do Commercio, compartilha histórias de sua carreira de mais de 30 anos no jornalismo, trazendo detalhes de coberturas memoráveis e dos desafios enfrentados no comando de uma redação. Ele também fala sobre o futuro da comunicação e o impacto das transformações digitais no jornalismo. “De Gaveta” promete ser uma fonte de inspiração para profissionais e estudantes de jornalismo, abordando temas relevantes e trazendo novas perspectivas sobre o mercado e o papel da mídia. O podcast está disponível no YouTube e no Spotify. Link 10 - Estreou também o podcast "Autismo Sem Culpa", trazendo uma abordagem sensível e informativa sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Apresentado pela jornalista Carla Lerda, mãe atípica, e pela especialista em análise do comportamento Alexandra Duarte, o programa se propõe a discutir as dificuldades, superações e conquistas que envolvem o autismo, a partir da perspectiva de mães e profissionais da área. No episódio de estreia, Autismo Sem Culpa mergulha em relatos profundos e emocionantes, como o de Isa Veiga, mãe solo de gêmeos autistas. Isa compartilha a sua trajetória desde o diagnóstico até os desafios cotidianos de criar duas crianças com necessidades especiais. A conversa oferece uma visão íntima das responsabilidades e barreiras enfrentadas pelas mães atípicas, ao mesmo tempo que desmistifica o papel da maternidade em situações tão delicadas e complexas. A matéria sobre o lançamento do podcast "Autismo Sem Culpa" no Pod Notícias foi escrita pelo Thiago Miro, que é também um pai atípico e deixou suas impressões pessoais sobre o primeiro episódio desse programa que promete se consolidar como uma plataforma indispensável para a troca de experiências, aprendizado e apoio às famílias que vivem a realidade do autismo no Brasil. Os episódios serão lançados a cada duas semanas às 20h da segunda-feira, e estão disponíveis no YouTube e no Spotify. Link RECOMENDAÇÃO NACIONAL: 11 - E a nossa recomendação nacional da semana é o "Ineditados - conversas para além do livro", um programa de rádio que também é disponibilizado na forma de podcast, promovido pela editora UFSM - Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. A proposta desde o primeiro episódio é apresentar diálogos que usam o livro como pano de fundo para temas variados, educativos e divertidos. O programa foi idealizado e é apresentado por Jéssica Dalcin da Silva, que é formada em Desenho Industrial - Programação Visual e tem Doutorado em Educação, ambos pela Universidade Federal de Santa Maria. Jéssica foi também a organizadora da antologia Sussurros da Boca do Monte e desde 2019 participa como integrante fixa na bancada do podcast Rádiofobia. Em seus mais de 80 episódios, o Ineditados já conversou com alunos, ex-alunos, mestres, doutores, professores, autores e outros profissionais das mais diversas áreas, quase sempre com alguma relação com a Universidade Federal de Santa Maria, sendo hoje um importante disseminador de cultura e conhecimento do Rio Grande do Sul para o mundo. Desde o seu lançamento em 05 de setembro de 2022, o Ineditados Podcast vai ao ar às segundas-feiras às 13h pela Rádio UniFM 107.9 de Santa Maria, sendo depois disponibilizado (como todo bom podcast) em todos os agregadores de áudio e também no canal da Editora UFSM no YouTube! Link Este episódio contou com o apoio da CONTENT ACADEMY, uma plataforma de cursos online voltada para quem quer trabalhar com criação de conteúdo que tem na plataforma cursos como True Crime com o Ivan Mizanzuk, Webjornalismo independente com Alvaro e Ana do Meteoro Brasil, Storytelling com o Kenji do Normose, Edição de vídeo para Youtube com o Will do Jogatina Maneira, o meu curso Podcast para todos (que tá com uma mega promoção por tempo limitado) e mais um monte de cursos incríveis que você acessa em contentacademy.com.br! O Pod Notícias também conta com o apoio da HostGator, um dos melhores serviços de hospedagem do mundo, onde nós hospedamos o nosso site e que dá para o nosso ouvinte a partir de 69 até 74% de desconto em planos de hospedagem, além de contar gratuitamente com a rede global da CDN Cloudflare, que tem benefícios insuperáveis e podem ser ativados em um clique nos planos de hospedagem da HostGator. Garanta já seu desconto acessando podnoticias.com.br e clicando no banner que fica no rodapé da página ou em qualquer postagem individual. Se você, assim como a HostGator e a Content Academy, quiser anunciar a sua marca, produto ou serviço com a gente aqui no Pod Notícias – tanto no podcast como no nosso site – e atingir um público qualificado que se interessa pelo podcast aqui no Brasil, manda um e-mail pro contato@podnoticias.com.br, que nós vamos ter o maior prazer em conversar com você sobre as nossas opções de publicidade. E caso você queira colaborar com o Pod Notícias com texto, sugestão de pauta ou envio de notícias, também vai ser muito bem-vindo e pode fazer isso através do mesmo e-mail. E assim a gente fecha esta trigésima quarta edição do Pod Notícias. Acesse podnoticias.com.br para ter acesso à íntegra das notícias com todas as fontes e a transcrição completa do episódio, além dos artigos dos nossos colunistas e todos os links relacionados. 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Fluent Fiction - Catalan
Unveiling Montjuïc's Secret: A Quest Beyond Gold

Fluent Fiction - Catalan

Play Episode Listen Later Sep 27, 2024 16:28


Fluent Fiction - Catalan: Unveiling Montjuïc's Secret: A Quest Beyond Gold Find the full episode transcript, vocabulary words, and more:fluentfiction.org/unveiling-montjuics-secret-a-quest-beyond-gold Story Transcript:Ca: El vent suau de la tardor bufava entre els murs antics del Castell de Montjuïc.En: The gentle autumn breeze blew between the ancient walls of Montjuïc Castle.Ca: Guillem i Laia, dos joves amics, caminaven per les seves passarel·les mentre la ciutat de Barcelona s'estenia als seus peus.En: Guillem and Laia, two young friends, walked along its walkways while the city of Barcelona stretched out below them.Ca: Era la festa de la Mercè, però tots dos tenien una missió molt més intrigant: descobrir la veritat darrere de la llegenda familiar de la Laia.En: It was the Mercè festival, but both of them had a much more intriguing mission: to uncover the truth behind Laia's family legend.Ca: Laia somreia. Havia sentit la història del tresor des que era petita.En: Laia smiled. She had heard the story of the treasure since she was little.Ca: Els seus avantpassats havien estat guardians d'un secret valuós amagat al castell.En: Her ancestors had been guardians of a valuable secret hidden in the castle.Ca: Guillem, en canvi, era un escèptic.En: Guillem, on the other hand, was a skeptic.Ca: No creia en llegendes, però la determinació de la seva amiga l'havia convençut d'ajudar-la.En: He didn't believe in legends, but his friend's determination had convinced him to help her.Ca: "Estic segur que aquí hi ha una pista," va dir Laia, assenyalant una antiga escletxa al mur.En: "I'm sure there's a clue here," Laia said, pointing to an ancient crack in the wall.Ca: Van polsar unes quantes pedres, i amb un cruixit estremidor, la paret va revelar una porta amagada.En: They pressed a few stones, and with a creaking noise, the wall revealed a hidden door.Ca: Amb el cor bategant fort, van empènyer la porta i van trobar-se en una sala polsosa i fosca.En: With hearts pounding, they pushed the door open and found themselves in a dusty, dark room.Ca: Al centre de l'habitació hi havia una taula amb pergamins coberts de símbols críptics.En: In the center of the room was a table with parchments covered in cryptic symbols.Ca: "Què significarà, això?" va preguntar Guillem, mirant Laia.En: "What could this mean?" Guillem asked, looking at Laia.Ca: Ella va examinar els papers amb atenció.En: She examined the papers closely.Ca: "Són pistes... però hem d'anar amb compte," va respondre amb excitació i preocupació a la veu.En: "They are clues... but we have to be careful," she replied with excitement and concern in her voice.Ca: "Els guardes pot ser que sospitin."En: "The guards might get suspicious."Ca: Mentre resolien els enigmes, les seves discussions van augmentar.En: As they solved the riddles, their discussions intensified.Ca: Guillem volia ser prudent, però Laia estava decidida a avançar ràpidament.En: Guillem wanted to be cautious, but Laia was determined to move quickly.Ca: Finalment, en una nit de pluja fina, Guillem va decidir seguir els instints de la seva amiga, acceptant que potser el tresor existia de debò.En: Finally, on a night of light rain, Guillem decided to follow his friend's instincts, accepting that perhaps the treasure did indeed exist.Ca: Va arribar el dia del desenllaç.En: The day of the conclusion arrived.Ca: Davant d'ells, un últim enigma els portava a una part oculta del castell, un petit compartiment darrere d'una làpida.En: Before them, one last puzzle led them to a hidden part of the castle, a small compartment behind a tombstone.Ca: Amb paciència, van desxifrar les últimes paraules.En: With patience, they deciphered the final words.Ca: La porta es va moure amb un renou sord i davant d'ells va aparèixer un cofre antic.En: The door moved with a dull noise, and an ancient chest appeared before them.Ca: Tot i la seva expectació, el cofre no contenia or ni joies.En: Despite their anticipation, the chest contained neither gold nor jewels.Ca: A dintre hi havia una relíquia antiga, un anell amb un escut familiar semblant al de la Laia.En: Inside was an ancient relic, a ring with a family crest similar to Laia's.Ca: Ella va somriure amb emoció.En: She beamed with excitement.Ca: "És la connexió amb la meva història!" va exclamar.En: "It's the connection to my story!" she exclaimed.Ca: Guillem va observar l'anell i va assaborir el moment.En: Guillem observed the ring and savored the moment.Ca: Ell havia canviat.En: He had changed.Ca: Ara veia que el veritable tresor no era material, sinó l'aventura compartida i l'amistat que s'havia enfortit en aquell viatge.En: Now he saw that the true treasure was not material but the shared adventure and the friendship that had strengthened along the journey.Ca: Mentre sortien del castell, la pluja havia cessat, i un arc de Sant Martí s'estenia sobre Barcelona.En: As they left the castle, the rain had stopped, and a rainbow stretched over Barcelona.Ca: Guillem i Laia van mirar el cel, satisfets.En: Guillem and Laia looked at the sky, satisfied.Ca: Havien descobert la veritat del tresor i, el més important, la vàlua del camí recorregut junts.En: They had discovered the truth of the treasure and, most importantly, the value of the path they had traveled together. Vocabulary Words:the breeze: el ventthe castle: el castellthe walkway: la passarel·lathe truth: la veritatthe legend: la llegendathe treasure: el tresorthe ancestor: l'avantpassatthe guardian: el guardiàthe secret: el secretthe skeptic: l'escèpticthe crack: l'escletxathe stone: la pedrathe noise: el cruixitthe heart: el corthe room: la salathe parchment: el pergamíthe symbol: el símbolthe clue: la pistathe guard: el guardathe puzzle: l'enigmathe compartment: el compartimentthe tombstone: la làpidathe chest: el cofrethe relic: la relíquiathe crest: l'escutthe rain: la plujathe rainbow: l'arc de Sant Martíto uncover: descobrirto stretch: estendreto strengthen: enfortir

RPG Next Podcast
CNa#051: O Rito | Conto de Fantasia

RPG Next Podcast

Play Episode Listen Later Sep 25, 2024 19:12


Killgrunt é um bárbaro meio orc que precisa mostrar sua verdadeira vocação ou morrer tentando. Indicado para 12 anos ou mais.   Contos Narrados. Aqui você encontra mais um conto sonorizado produzido pelo do RPG Next. Coloque seu fone de ouvido e curta! ▬ Autor: Vinicius Mendes Souza Carneiro. ▬ Narração: Wévison Guimarães. ▬ Masterização, sonorização e edição: Rafael 47. O RPG Next agora tem um grupo oficial no Telegram!

Colunistas Eldorado Estadão
Eliane: "A esta altura, não está descartado direita versus direita na eleição"

Colunistas Eldorado Estadão

Play Episode Listen Later Sep 12, 2024 19:08


Pesquisa Quaest divulgada ontem sobre as intenções de voto à Prefeitura de São Paulo indica um empate triplo entre o prefeito Ricardo Nunes (MDB), o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e o empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB). Nunes tem 24%, Marçal, 23%, e Boulos, 21%, no cenário estimulado – quando os nomes dos candidatos são apresentados aos entrevistados. Como a margem de erro é de três pontos porcentuais, eles estão em empate técnico. "Havia muitas dúvidas sobre o poder das propagandas de TV e Rádio nas campanhas. Nunes, tem um grande 'latifundio' e é seu trunfo. Marçal teria como compensar via redes sociais, mas perdeu o X. Esta pesquisa é muito boa para o prefeito de São Paulo, mas muito ruim para Boulos, que vinha liderando. A esta altura, não está mais descartada a hipótese de direita versus direita na eleição. Lula vai arregaçar as mangas e trabalhar pelo candidato do PSOL; já o Bolsonaro, está saindo de campo, porque Nunes tem a caneta, o tempo de propaganda e o apoio do governador Tarcisio de Freitas", analisa Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.