Degenerados é um podcast sobre gênero e transexualidade. Semanalmente trazemos áudios de ouvintes e promovemos reflexões a partir deles. Prezamos pelo respeito, pela liberdade expressão e pela pluralidade de pontos de vista. O podcast, é produzido por @vitor.a.lourenço, @jonasmariaa e vocês, em parceria com a NinjaCast.
Quando ouvimos um "vira homem", quem pode se tornar um homem de fato? Falamos brevemente sobre a crise da masculinidade e também nos engajamos em uma reflexão promovida por nossa ouvinte, Martina, que nos convida a pensar sobre pessoas intersexo e não binariedade. Um Programa da Rede Ativista de Vozes @FIOPodcasts @degenerados.podcast por @jonasmariaa e @vitor.a.lourenco Arte por @flavsart
Neste episódio recebemos o áudio de Campos, que nos questiona sobre sobre as relações que se estabelecem entre pessoas não binárias e suas sexualidades. Compartilhamos, portanto, nossas próprias experiências com a sapatonice, a relação entre gênero e sexualidade, e refletimos sobre a amplitude e indefinição de certos termos: quais são as implicações? Um Programa da Rede Ativista de Vozes @FIOPodcasts @degenerados.podcast por @jonasmariaa e @vitor.a.lourenco Arte por @flavsart
Nesse episódio temos o relato de Max, que nos conta sua relação com a família e com seu irmão que se revelou trans alguns anos antes dele. Conversamos não só sobre as diversas expectativas familiares quando já se tem um filho lgbt+, como também sobre o sair de casa, fato recorrente em vidas como as nossas. O tempo e espaço podem nos ajudar nessas relações? Como ajudar outras pessoas numa situação como essa? Um Programa da Rede Ativista de Vozes @FIOPodcasts @degenerados.podcast por @jonasmariaa e @vitor.a.lourenco Arte por @flavsart
Pode um homem trans não querer parecer homem? E o que ele faz sem o principau? Nossa realidade molda nosso desejo de modificações corporais? Nesse episódio conversamos sobre cobranças: a de usar packer e a de não usar, e como ela pode vir da própria comunidade trans. Um Programa da Rede Ativista de Vozes @FIOPodcasts @degenerados.podcast por @jonasmariaa e @vitor.a.lourenco Arte por @flavsart
Muitas de nossas conversas e ações são pautadas na segurança. Parecemos sempre estar alertas e vigilantes, afinal, somos alvos de discrminação e violências constantes. Para alguns de nós, nosso corpo chega antes, e sequer temos a escolha. No entanto, até que ponto nossa própria vigia é usada contra nós para que fiquemos de fato às margens e tenhamos nossos corpos restritos apenas a certos lugares e a certos momentos? Quando poderemos enfim ocupar os cafés, os restaurantes, os shoppings e conversarmos sobre quem somos sem receios ou constrangimentos? Um Programa da Rede Ativista de Vozes @FIOPodcasts @degenerados.podcast por @jonasmariaa e @vitor.a.lourenco Arte por @flavsart
Nesse episódio de Degenerados temos a participação do Fernando, que nos conta sobre sua experiência estudando em um colégio católico e a dificuldade que enfrentava para acessar o banheiro da instituição. A partir dele, refletimos não só sobre o uso do banheiro por pessoas trans e cis, mas também sobre como nossas pautas são cíclicas, como estamos sempre precisando debater os mesmos temas, pois a cada ano temos um problema de banheiro, de esporte, de nome social e afins e como isso nos impossibilita de avançarmos nos nossos debates e direitos. Um Programa da Rede Ativista de Vozes @FIOPodcasts @degenerados.podcast por @jonasmariaa e @vitor.a.lourenco Arte por @flavsart
Ser assumidamente trans é um ato de coragem? E quem decide não revelar ser trans para seu círculo social, o que seria essa pessoa? Existe a necessidade de que toda pessoa trans levante a bandeira? Nesse episódio refletimos não só sobre coragens e medos, mas também sobre o direito à privacidade, afinal, até que ponto o corpo trans é público? Um Programa da Rede Ativista de Vozes @FIOPodcasts @degenerados.podcast por @jonasmariaa e @vitor.a.lourenco Arte por @flavsart
O amor de mãe é o que mais se aproxima do amor de Deus? A família é a base de tudo? O que isso significa para nós, LGTBs? Luther compartilha conosco sua experiência como um homem trans filho de um pastor e suas dificuldades ao retornar para casa dos pais, espaço esse que deveria ser um refúgio, mas que se tornou um espaço de violência. Nesse episódio, falamos sobre religião e de como ela tem sido um empecilho para que o amor fale mais alto entre pais, mãe e filhes. Um Programa da Rede Ativista de Vozes @FIOPodcasts @degenerados.podcast por @jonasmariaa e @vitor.a.lourenco Arte por @cristianmird
Nesse episódio de estreia da terceira temporada de Degenerados recebemos o áudio de Nate, que nos convida a refletir sobre nossas relações com a moda. Enquanto trans, e cientes de que roupas não deveriam ser restritas a um determinado sexo, como podemos lidar com nossa dificuldade em usarmos determinadas peças, como saias ou vestidos? Seria hipócrita da nossa parte nos recusarmos a vestir determinada peça por ser fortemente atrelada a um outro gênero? Não somos desconstruídos o suficiente para usar maquiagens? Falaremos em especial da subcultura gótica e sobre as diversas fases que compõem nossa transição. Um Programa da Rede Ativista de Vozes @FIOPodcasts @degenerados.podcast por @jonasmariaa e @vitor.a.lourenco Arte por @flavsart
Como conciliar as leituras sociais com as identidades individuais? Como podemos conciliar nossas percepções e interpretações individuais de gênero com as percepções sociais?Neste episódio convidamos vocês a refletirem conosco sobre nossos lugares dentro da sociedade e da própria comunidade trans.Um Programa da Rede Ativista de Vozes @FIOPodcasts@degenerados.podcast por @jonasmariaa e @vitor.a.lourencoArte por @flavsart
Nesse episódio contamos com a presença do Ernesto, psicólogo, que se entendeu trans com quase 40 anos. Ele nos conta como foi sua trajetória até descobrir a transexualidade, em 2018, e como seu filho, um rapaz de mais de 20 anos, reagiu à notícia. Conversamos sobre parentalidade trans, a noção de "transição tardia", hormonização e como é aparentar ser mais jovem que o próprio filho.Um Programa da Rede Ativista de Vozes @FIOPodcasts@degenerados.podcast por @jonasmariaa e @vitor.a.lourencoArte por @flavsart
A narrativa da transexualidade é uma narrativa perfeita, que pressupõe o paciente trans ideal: aquela pessoa que desde muito cedo dá sinais de seu transtorno, passa pela puberdade com muita dificuldade e finalmente se descobre e se liberta do sofrimento que é seu próprio corpo, graças a ajuda da Medicina. Embora essa seja a história contada e difundida, nesse episódio refletiremos sobre como as histórias verdadeiramente reais de pessoas trans reais são incoerentes e cheias de incertezas, e como o processo transexual é mais burocrático do que efetivo, protegendo os profissionais ao invés dos pacientes.Um Programa da Rede Ativista de Vozes @FIOPodcasts@degenerados.podcast por @jonasmariaa e @vitor.a.lourencoArte por @flavsart
Podemos usar testosterona por toda a vida? Quais riscos o uso dela, de modo contínuo, pode trazer? O laudo é sempre uma exigência dos endócrinos? Bloqueadores hormonais são experimentais? Nesse episódio contamos com a participação do médico de família @wandsonpadilha, onde conversamos não só sobre o uso dos hormônios e sua implicação na nossa saúde, mas também sobre a resolução nº 2.265/2019, emitida pelo Conselho Federal de Medicina, que discorre sobre os cuidados específicos direcionados às pessoas trans e como a medicina tem regulado essa experiência.Um Programa da Rede Ativista de Vozes @FIOPodcasts@degenerados.podcast por @jonasmariaa e @vitor.a.lourencoArte por @flavsart
Na dinâmica dos papéis de gênero, onde pessoas trans têm sido acusadas de reforçarem os estereótipos ao mesmo tempo que cobradas para se encaixarem neles, é possível pensar em um outro lugar? É possível vencer esse jogo?Como lidar com a pressão de performar uma masculinidade na qual não fomos socializados e que muitos de nós sequer concorda?Por outro lado, seria o homem trans o homem perfeito, que é carinhoso, consciente, sensato e desconstruído? Afinal, o homem trans é o melhor dos dois mundos?Um Programa da Rede Ativista de Vozes @FIOPodcasts@degenerados.podcast por @jonasmariaa e @vitor.a.lourencoArte por @flavsart
É transfobia uma mulher lésbica cis se recusar a namorar com uma mulher lésbica trans? Até que ponto se trata de uma preferência e até que ponto se trata de transfobia? Convidamos @nataliarooosa e @penny_rinaldi para nos contar como se dá essa relação em um nível pessoal e como a sociedade a enxerga.Um Programa da Rede Ativista de Vozes @FIOPodcasts@degenerados.podcast por @jonasmariaa e @vitor.a.lourencoArte por @flavsart
Como lidar com a disforia genital quando estamos em um relacionamento? Como lidar quando ela parece surgir do nada e após anos de hormonização?Nesse episódio temos áudios de ouvintes que trazem experiências diversas sobre esse tema.Propomos também uma reflexão de quem são as nossas referências, de onde vem o discurso trans que consumimos e como tudo isso pode afetar a forma como lidamos com nosso corpo. Afinal, onde entra o racismo, a gordofobia, o capacitismo e a misoginia quando estamos falando sobre disforia de gênero? É importante que estejamos conscientes que há certas partes do nosso corpo que não estão isentas de significação social ou política e carregam consigo discursos que extrapolam o fator biológico.Um Programa da Rede Ativista de Vozes @FIOpodcasts@degenerados.podcast por @jonasmariaa e @vitor.a.lourencoArte por @vicentelara.atelier
Nesse primeiro episódio da segunda temporada de DEGENERADOS, falamos sobre os chamados "xenogêneros", sua definição, exemplos e como eles se conciliam ou não com os debates feministas de gênero. Falamos igualmente sobre o "gênero fofo" e refletimos sobre sua definição e problemática.Para além disso, discutimos sobre a linguagem não binária e como ela tem sido alvo de chacota e ridicularização e fazemos um paralelo de como historicamente esse sempre tem sido o espaço reservado às pessoas trans, a despeito de sermos homens, mulheres ou qualquer outro gênero.Um Programa da Rede Ativista de Vozes @FIOPodcasts@degenerados.podcast por @jonasmariaa e @vitor.a.lourencoArte por @flavsart
Participe da #podePlay a Semana do Podcast da Mídia NINJA! No dia internacional do Podcast, a Mídia NINJA (@midianinja) lança sua rede de podcasters com diversos programas e um encontro que vai conectar você com um novo universo da podosfera. Com a proposta de reunir criadores e ouvintes, a NINJACast (@podcast.ninja), produtora e distribuidora de podcast, lança novos programas e realiza a sua primeira Semana do Podcast, de 30 de setembro a 03 de outubro de 2020.O evento é online com uma programação com mais de cinquenta programas confirmados. A formação para criadores de podcasts aborda temas técnicos da elaboração à distribuição de um episódio nas plataformas digitais com painéis, workshop, oficinas e muito mais. Para quem é amante do formato e quer conhecer novos programas e conteúdos que estão circulando na podosfera, ou participar de uma gravação ao vivo do seu podcast favorito, a programação vai trazer debates, entrevistas e muita interação com os participantes do encontro. Uma comunidade para quem curte podcast, que se organiza em um ambiente digital e colaborativo com muita troca de conhecimento e experiências. A #podePlay é 100% online e gratuita e as inscrições serão feitas no portal da ninjacast.orgFaça parte!
No episódio de hoje, Cello compartilha conosco sua vivência junto a seu irmão gêmeo, que também é um homem trans. Ele nos conta como hoje em dia ambos sofrem com homofobia, pois são frequentemente lidos como casal, devido ao afeto e demonstração de carinho.Desse modo, o convite que Cello nos faz é para pensar a respeito da navegação de violências.A transexualidade nos faz navegar em violências que antes não conhecíamos. Do machismo a misoginia, e desta à lesbofobia, muitos de nós adentram outras violências, como homofobia e violência policial. A transexualidade, assim, revela a dinamicidade do gênero e das sexualidades.Por fim, encerramos a temporada com um áudio muito simbólico, lamentavelmente violento, porém necessário.
Vivemos em uma sociedade que desacredita e invisibiliza pessoas trans. Recaem sobre nósimposições dos padrões cisgêneros de corpos e a passabilidade é uma das poucas ferramentas que nos permite navegar na sociedade sem sermos, dentre outras coisas, física e verbalmenteviolentados.Mas como se dá essas relações quando falamos em pessoas trans com deficiência? Como pensar a imposição de padrões em um corpo com deficiência? Como a passabilidade funciona?Nesse episódio ouvimos o relato de Kollin. Kollin (@kollinnb) compartilha conosco como a sociedadeencara o desejo de uma pessoa com deficiência em transicionar.Para nos ajudar a pensar sobre o assunto, convidamos Leandrinha Du Art (@leandrinhadu), que discute os vários estigmas que rondam as PCDs e a falta de autonomia atribuída a essas pessoas aoquestionarem seu gênero.
O que é não binário? Como se dá essa identificação? Todo trans é não binário? Seria o não binário o caminho mais próximo para a abolição do cistema de gênero?No episódio de hoje, convidamos @lunenb para nos ajudar a refletir sobre questões de gênero e não binariedade. Lune fala sobre sua identidade e vivências, nos conta sobre as diversas leituras que recebe socialmente e como se relaciona com elas. Por fim, compartilha dicas de como se revelar não binário para família e de como comunicá-la à sociedade.
Algumas pessoas trans se valem da passabilidade para evitarem violências , sejam estruturais, físicas, verbais ou psicológicas. Por vezes, muitos de nós também precisam se fingirem cis (cisplay) para não perderem o emprego ou evitaram a expulsão de casa. Muitas pessoas só iniciam sua transição depois de aposentadas, já com um mínimo de estabilidade financeira e com menos medo do julgamento social. Passabilidade e cisplay são ferramentas sociais onde, por instantes, sabemos o que é cis.Será o paralelo viável? É possível que pessoas cisgêneras tenham experiências transgêneras?Estaria a transfobia, assim como a LGB+fobia, restrita apenas às pessoas LGBTs?
Quando falamos sobre transexualidade, estamos falando de gênero, e portanto, estamos falando de relações de poder, controle e hierarquização social. Como nossa liberdade morfológica (Max More), enquanto pessoas trans, é afetada pelo cistema? No episódio de hoje ouvimos o áudio de Felipe, que nos convida a pensar sobre a validação dos desejos de modificação corporal sem o atrelamento do diagnóstico de disforia de gênero.
A busca da causa biológica da homossexualidade sempre esteve ligada a ideia da cura e o que sustentou as terapias de conversão sexual no passado. No entanto, não se tinha as mesmas pesquisas sendo feitas para descobrir a origem biológica da heterossexualidade. Isso se dá por conta da heteronormatividade: a ideia de que a heterossexuaidade é a norma, o “normal”. Paralelamente, o mesmo ocorre com a transexualidade. Harry Benjamin e Robert Stoller foram nomes relevantes nos estudos a respeito da transexualidade no passado. Robert Stoller era um psicanalista e acreditava que a transexualidade se dava por causa da (má) educação da mãe. Harry Benjamin era um endócrino que acreditava que todo transexual era assexual e odiava seu genital, sendo ele quem estabeleceu os parâmetros para definir quem é trans. Nesse episódio discutimos sobre a abordagem da transexualidade como algo biológico, falamos a diferenciação entre entre uma condição biológica e uma patologização, e pensamos nos prós econtras dessa perspectiva.
Roddy Alves, ao se declarar como mulher trans, disse que “sempre teve um cérebro feminino e que agora seu corpo está sintonia com sua mente”.Nesse episódio refletimos sobre os usos da linguagem, os termos que temos disponíveis para nos expressarmos e tornarmos nossos sentimentos e emoções inteligíveis e sobre a cobrança que há em cima das pessoas trans em cada declaração feita.
A infertilidade não faz parte do protocolo médico da transexualidade. Embora ela possa ser um efeito colateral em alguns casos, ela não é pré-requisito para hormonização ou tem uma data para acontecer.Desse modo, homens trans grávidos são uma possibilidade.O problema começa quando essa possibilidade não é considerada.A sociedade aponta o corpo grávido de um homem trans como uma prova de sua mulheridade, desrespeitando seu gênero, os profissionais da saúde não sabem lidar, resultando em violências, e o estigma se estende até mesmo para dentro da própria comunidade, como se a gravidez fosse um sinal da pessoa em questão não ser “trans de verdade”.Nesse episódio ouvimos o relato de @duploshood , homem trans que está tentando engravidar. Refletimos sobre como a norma cisgênera que nos é imposta molda a forma como abordamos nosso corpo e suas possibilidades, assim como também ponderamos sobre como a transexualidade põe em jogo o principal pilar da heterossexualidade: a ideia de que homossexuais não podem reproduzir. O que define a orientação sexual de alguém?
A quem interessa estudar as consequências do uso de hormônios por pessoas trans? Temos alguém pesquisando? No passado, endócrinos se usavam como cobaias para entenderem os efeitos dos hormônios no corpo. Dos ratos aos humanos, as cobaias hormonais ainda persistem. De um um lado temos os marombas, construindo sua broscience enquanto a pesquisa biomédica lida seus limites éticos, e de outro temos as pessoas trans, atendidas por profissionais despreparados.Quais as consequências do uso contínuo dos hormônios sintéticos em pessoas trans a longo prazo? Seremos uma geração de doentes?O quão dispostos estamos em comprometer nossa saúde? Há algo que possamos fazer para minimizar qualquer possível dano enquanto esperamos por pesquisas mais concretas?
Hoje em dia, fala-se muito sobre a questão da diversidade dentro de empresas e de como ela ajuda na criatividade organizacional, na inovação, na agregação de valor, dentre outras coisas. O grande problema está quando não há a menor preparação para receber essas pessoas LGBTs, em especial pessoas trans, que por vezes exige uma reavaliação interna. Quer contratar uma pessoa trans? Seu sistema está configurado para usar o nome social? Uma pessoa trans, sem cirurgias ou hormônios, está segura em usar seu banheiro?Nesse episódio falamos também sobre nossa contrapartida: como a constante explicação de noções básicas nos deixam exauridos.
Nós, homens trans, temos como sermos machistas? Nós temos poder estrutural para isso?Tem diferença entre ocupar o local de opressor e reproduzir uma opressão?Se somos machistas, como a gente se localiza nessa estrutura e como essa estrutura se incide sobre nós?Foram essas as perguntas que nosso ouvinte Bruno nos enviou. Nesse episódio, promovemos algumas reflexões iniciais sobre esse assunto.
A passabilidade é, antes de tudo, uma ferramenta para nossa segurança. Embora volátil, é a partir dela que leituras que são feitas e passamos a sermos “homens” e “mulheres” perante a sociedade. Como nós operamos a partir disso? Quais espaços se abrem para nós? Ou, melhor dizendo, quais pessoas trans, quais corpos, podem habitar certos espaços?
A cisgeneridade estabelece seus padrões: de corpo, de comportamento, de modos de pensar. Mas ela não assume a sua responsabilidade.Ela nos aponta. Dizem que é o 1% da população o responsável por manter o cistema que oprime os outros 99%.Por que é tão difícil para as pessoas cis se reconhecerem como as responsáveis por sustentar os estereótipos de gênero?E como nós, trans, podemos desconstruir as ideias aprendidas e usar signos para além dos seus significados sociais de “masculino” e “feminino”?
Como conciliar uma relação onde duas identidades sociais entram em conflito, onde a afirmação de uma apaga a visibilidade da outra, mas que ao mesmo tempo se amam?Como lidar com as mudanças corporais dentro de um relacionamento que até então era lésbico?Nesse episódio ouviremos áudios enviados por ouvintes que trazem reflexões sobre os papeis exercidos por companheiras de homens trans, o conflito perante o desejo de modificações corporais e relato de arrependimento e término precoce. Falaremos sobre machismo, relacionamentos saudáveis e limites do amor.
Quem somos nós? Como funciona? Sobre o que é o DEGENERADOS?Conheçam um pouco sobre o seu futuro podcast preferido.