Podcasts about muitas

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Podcast : Escola do Amor Responde
3197# Escola do Amor Responde (no ar 05.11.2025)

Podcast : Escola do Amor Responde

Play Episode Listen Later Nov 5, 2025 23:15


Renato e Cristiane Cardoso iniciaram o programa de hoje falando sobre o “medo de amar” e explicando o que isso significa. Ou seja, como o medo pode afetar a vida amorosa de uma pessoa — não apenas de quem tem medo de amar, mas também de quem já ama e pode estar sendo afetado por esse sentimento dentro do relacionamento. Na oportunidade, o casal blindado compartilhou algumas situações que têm afetado as pessoas.Nesse contexto, eles leram a pergunta de uma aluna que está passando por uma situação provocada pelo medo. Ela contou que o noivo terminou o relacionamento por achar que era menos espiritual do que ela e que, por isso, acabaria atrapalhando a vida dela com Deus. Hoje, ele quer voltar, diz estar arrependido e, sobretudo, deseja se acertar com Deus.Ela não sabe o que fazer e tem medo de tentar ajudá-lo, reatar o relacionamento e descobrir que isso não é o que Deus quer para ela. Ao mesmo tempo, a aluna percebe que essa pode ser uma oportunidade de ajudá-lo a se reconciliar com Deus.Terapia do AmorAinda durante o programa, os apresentadores mostraram depoimentos de casais sobre o que aprenderam nas palestras da Terapia do Amor.Participe todas as quintas-feiras, às 20h, no Templo de Salomão, no Brás, em São Paulo. Para mais locais e endereços, acesse terapiadoamor.tv ou ligue para (11) 3573-3535.Caso clássicoAlém disso, outra aluna contou que, no começo do namoro, tudo era perfeito, mas, com o tempo, a relação foi se desgastando. Eles estão prestes a completar dois anos de relacionamento, e ela sente que ele já não demonstra a mesma atenção e carinho de antes. Muitas vezes, ele prefere passar mais tempo com os amigos do que com ela.A aluna também pontuou outras questões, inclusive o receio de ser traída e o fato de que eles têm brigado quase todos os dias.Bem-vindos à Escola do Amor Responde, confrontando os mitos e a desinformação nos relacionamentos. Onde casais e solteiros aprendem o Amor Inteligente. Renato e Cristiane Cardoso, apresentadores da Escola do Amor, na Record TV, e autores de Casamento Blindado e Namoro Blindado, tiram dúvidas e respondem perguntas dos alunos. Participe pelo site EscoladoAmorResponde.com. Ouça todos os podcasts no iTunes: rna.to/EdARiTunes

Café com Tulipa
CT 3547 - Entrega Total

Café com Tulipa

Play Episode Listen Later Nov 5, 2025 2:59


O Senhor disse com clareza, em sua Palavra, o que ele quer de seus filhos. Muitas pessoas pensam que o Senhor quer que se sacrifiquem, que se abstenham de todos os prazeres, mas não é isso que lemos nas Escrituras. O Senhor quer que nos entreguemos completamente a ele, em plena confiança, dependência, obediência e consagração. Entrega total é o que o Senhor quer de sua vida.

Governo do Estado de São Paulo
Defesa Civil - Quinta-feira, dia 06/11/2025, o dia começa com sol entre muitas nuvens no interior do Estado

Governo do Estado de São Paulo

Play Episode Listen Later Nov 5, 2025 0:43


Defesa Civil - Boletim Previsão do Tempo para 06/11

BBC Lê
Proteína para ganhar músculos: de quanto realmente precisamos e quais os riscos do consumo excessivo

BBC Lê

Play Episode Listen Later Nov 4, 2025 16:37


Muitas vezes, uma dieta equilibrada não supre a quantidade suficiente de proteínas que o corpo precisa para a formação de músculos, principalmente em pessoas mais velhas.

MAP Curitiba
DOS HOMENS MAUS, OS PIORES SÃO OS RELIGIOSOS | PR. ADEILDO NASCIMENTO

MAP Curitiba

Play Episode Listen Later Nov 4, 2025 26:18


Nesta poderosa ministração, "Dos Homens Maus, os Piores São os Religiosos," o Pastor Adeildo Nascimento confronta a religiosidade que afasta pecadores da graça de Jesus Cristo. Muitas pessoas vivem longe do Evangelho por não se acharem "justo suficiente" ou "santos suficiente" para a igreja.O Pastor Adeildo critica aqueles que se colocam como "santos inalcançáveis", comparando-os ao fariseu e ao sepulcro caiado — branquinho por fora, mas com "podridão total" por dentro. Ele enfatiza que Jesus se irritou especialmente com esses mestres da lei que impedem outros de entrar no céu.A Santa Ceia não é para os merecedores, mas para os que reconhecem sua indignidade. O pior modo de participar é se achar merecedor, pois a graça se instala quando o mérito humano acaba. Deus resiste ao orgulhoso e soberbo, mas dá graça aos humildes.Entenda a diferença entre a tristeza segundo Deus (que produz arrependimento e salvação) e a tristeza segundo o mundo (que produz morte, como em Judas).

BBC Lê
Proteína para ganhar músculos: de quanto realmente precisamos e quais os riscos do consumo excessivo

BBC Lê

Play Episode Listen Later Nov 4, 2025 16:37


Muitas vezes, uma dieta equilibrada não supre a quantidade suficiente de proteínas que o corpo precisa para a formação de músculos, principalmente em pessoas mais velhas.

Ciência
De Bissau para Belém do Pará, activista guineense leva projecto de piscicultura à COP30

Ciência

Play Episode Listen Later Nov 3, 2025 9:21


De Bissau para Belém do Pará, o jovem activista e empreendedor Dembo Mané Nanque, director-geral da Mana Nanque Piscicultura e fundador do “Puder di Bentana”, prepara-se para participar na Cimeira do Clima das Nações Unidas (COP30), que terá lugar em Belém do Pará, no Brasil, onde pretende partilhar a sua experiência no terreno e defender políticas climáticas que cheguem às comunidades mais vulneráveis. Antes de ir para a COP30, Dembo Mané Nanque passou pela capital francesa para encontrar parceiros internacionais. O objectivo é exportar a farinha de peixe da Guiné Bissau para França: “Em França há uma comunidade africana enorme e acreditamos que até ao próximo ano o nosso produto poderá estar no mercado”. Apesar do entusiasmo, reconhece que o caminho ainda é desafiante. “Tudo o que fazemos é graças aos nossos pequenos recursos e ao apoio de alguns parceiros internacionais. Mas acreditamos que poderemos abastecer o mercado internacional de acordo com as suas demandas”. O jovem empresário é também fundador e director-geral do “Puder di Bentana”, uma iniciativa de piscicultura com forte impacto social. “‘Puder di Bentana' é um nome tradicional guineense. ‘Bentana' é o que cientificamente chamamos de tilápia”, explica. “Trata-se de um projecto de aquacultura que nasceu com o intuito de combater a insegurança alimentar, o êxodo rural e os efeitos das mudanças climáticas.” A tilápia, que é o nome comum dado a várias espécies de peixes ciclídeos de água doce, é consumida fresca ou transformada em farinha. “A farinha tem mais procura porque as infra-estruturas rodoviárias, na Guiné-Bissau, são fracas e o transporte do peixe fresco é difícil. Por isso optámos pela desidratação e embalagem, seguindo os padrões internacionais”, refere. O projecto enquadra-se numa lógica de economia azul e circular, e tem sido apresentado em fóruns internacionais como exemplo de inovação africana. “Queremos mostrar que, com criatividade e empenho, é possível criar soluções sustentáveis a partir da nossa realidade”, sublinha. Depois de Paris, Dembo Mané Nanque seguiu para Lisboa e prepara-se agora para participar na COP 30, no Brasil, onde irá participar num painel de Jovens Afro-descendentes: “A minha intervenção tem como objectivo mobilizar parceiros e impulsionar políticas que beneficiem as comunidades vulneráveis. Queremos garantir que as decisões tomadas nas cimeiras internacionais cheguem efectivamente às zonas rurais”. Para o jovem activista, estar na COP 30 representa muito mais do que uma oportunidade pessoal. “Quero mostrar que a Guiné-Bissau não é apenas sinónimo de instabilidade. Há uma juventude informada, inovadora e pronta para agir”. No entanto, o jovem empreendedor lamenta a falta de apoio governamental. “Existe um apoio limitado e dirigido apenas a determinados grupos. Muitas vezes, por ser activista ambiental e empreendedor, encontro resistência por parte das autoridades. O Estado ainda não compreende que não estamos a sabotar nada, estamos a propor soluções e a querer liderar os desafios climáticos”. A 30.ª Conferência das Partes (COP30) da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, decorre de 10 a 21 de Novembro, em Belém do Pará, no Brasil.

Papo de Vendedor | VENDAS, Gestão e Liderança!
O Investimento Mais Negligenciado para Times VENDEREM MAIS! feat Fabiola Coser & IBM

Papo de Vendedor | VENDAS, Gestão e Liderança!

Play Episode Listen Later Nov 3, 2025 49:44


O investimento mais negligenciado para times venderem mais não está em ferramentas, está nas PESSOAS.Muitas empresas ainda tratam o treinamento como custo, quando, na verdade, ele é o combustível da ALTA PERFORMANCE. Treinar não é custo. É investimento!Convidamos uma especialista em Sales Enablement da IBM, palestrante do CRM Zummit, da Zoho CRM, para contar como essa área de CAPACITAÇÃO DOS TIMES DE VENDAS surgiu, como funciona na prática dentro de uma das maiores empresas do mundo e por que ela se tornou essencial para que os times vendam mais com consistência e adaptação em um mercado em constante mudança.Pensando em todos esses pontos,  no episódio de hoje, Leandro Munhoz (@le_munhoz) conversa com Fabiola Coser  (LinkedIn) sobre O INVESTIMENTO MAIS NEGLIGENCIADO PARA TIMES VENDEREM MAIS!

Uma palavra no seu caminho
Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos - Homilia

Uma palavra no seu caminho

Play Episode Listen Later Nov 2, 2025 8:49


Hoje celebramos a Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos. Muitas vezes deixamos que este dia invada o Dia de Todos os Santos; deveria ser o contrário: olhar os defuntos à luz da santidade a que todos somos chamados, a felicidade plena para a qual Deus nos destina. Ontem escutámos: “vi uma multidão imensa, que ninguém podia contar”. Não vemos todos, mas reconhecemos rostos amados nessa multidão.Podemos viver este dia em duas perspetivas. A primeira é a do sufrágio por todos os que partiram para a eternidade: oferecemos a Deus as nossas orações e boas obras, pedindo por quem se encontra no seu tempo de purificação — aquilo a que chamamos, de modo simples, as almas do Purgatório. A segunda é a memória agradecida: recordamos familiares, amigos, vizinhos e tantas pessoas próximas, com os olhos húmidos de saudade e o desejo de falar de novo com elas. E surge a pergunta: “estarão já junto de Deus?” Não o sabemos; e esse não saber abre-nos à esperança vigilante.A primeira leitura, breve e incisiva, põe-nos nos lábios de Jó: “Eu sei que o meu Redentor vive; eu próprio O verei, os meus olhos O contemplarão”. Esta é a base do nosso celebrar hoje: o Redentor está vivo e chama-nos à visão do seu rosto. Se estamos chamados a contemplar a bondade do Senhor, também cremos que os nossos defuntos são chamados à mesma bem-aventurança.Para tal, é necessária purificação. Usando a linguagem do Apocalipse, é preciso branquear a túnica no sangue do Cordeiro. A conversão é acolher a graça e corresponder-lhe; Deus age em nós, mas nem sempre estamos disponíveis, e a túnica fica manchada. A Igreja ensina que, se essa purificação não se completa nesta vida, existe um estado — o Purgatório — onde nos deixamos impregnar pelo amor de Deus, até tudo o que se opõe a esse amor ser queimado.Por isso hoje sufragamos os que partiram. As nossas orações, sacrifícios e obras de caridade, unidas a Cristo, podem ajudá-los no seu caminho de purificação. E acolhemos também o Evangelho: “Vinde a Mim, todos os que andais cansados… Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso”. Jesus nunca recusou ninguém; acolheu a todos e, ao acolher, chamou à transformação. Deu os meios da conversão e mandou celebrar quando o perdido foi encontrado.Convido-vos a viver este dia com serenidade: celebrar a certeza de que os que morreram são chamados à presença de Deus. Isto não seca todas as lágrimas, mas aquece o coração. Ao mesmo tempo, rezar pelos defuntos compromete-nos com a nossa própria conversão. Não faz sentido pedir para os outros aquilo que não desejamos para nós. Cuidemos da vida, preparemos o encontro, ordenemos a casa interior.Sufragar é dever, consolo e responsabilidade: um bem que podemos fazer aos que amamos e um apelo a caminharmos também nós para a visão do Senhor. Preparemos desde já essa festa — o encontro, a alegria, a paz sem ocaso, onde Deus será tudo em todos.

Devocional Diário
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Devocional Diário

Play Episode Listen Later Nov 2, 2025 2:08


“Nessa ocasião Josué disse ao povo de Israel: — Até quando vão ficar esperando para tomar posse da terra que o Senhor, o Deus dos seus antepassados, deu a vocês?” Josué 18:3 NTLH Você tem aproveitado as oportunidades da vida?As oportunidades passam pela nossa vida a todo momento, ter o desejo, coragem e esforço necessário para conquista-lá, nos compete e a mais ninguém. Muitas das resposta de Deus vem em forma de oportunidades, pois por mais do que querer nos abençoar, Ele quer em nós, o sentimento de conquista e de realização pela busca por aquilo que sonhamos.O que é mais nobre, ganhar uma medalha sem o esforço, ou ter ganho pelo mérito da conquista?Avance diante das oportunidades dada por Deus, maior que a nossa própria intenção de vencer, é o desejo do Senhor em querer nos abençoar, pois seus planos são mais altos que os nossos.Que nossa vontade de vencer, seja mais forte que nossa melhor desculpa.Pensamento do dia:O que te impede de conquistar aquilo que o Senhor preparou para ti?Oração: Senhor, nos ajude a ter a confiança e a coragem de conquistar tudo aquilo que o Senhor já liberou a nós.Em nome de Jesus, amém !Que você tenha um dia abençoado!Por Ubiratan Paggio#devocionaisdiarios#deusfalacomigo #tenhacoragem#deusquerteabencoar#ubiratanpaggio@ubiratanpaggio@ubiratan.paggio

Presente Diário

Devocional do dia 02/11/2025 com o Tema: “Espada”Muitas vezes, somos atacados pelo diabo de diversas formas. Em todas elas, devemos nos lembrar que precisamos estar vestidos com toda a armadura de Deus, formada pela verdade, a justiça, o Evangelho, a fé, a salvação e a Palavra de Deus. Cada um desses itens é importante nesta luta contra o inimigo. O cristão deve vestir-se com a verdade e não dar motivos para acusações do pai da mentira.LEITURA BÍBLICA: Efésios 6.10-18 Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao Diabo, e ele fugirá de vocês (Tg 4.7). See omnystudio.com/listener for privacy information.

Noticiário Nacional
Sindicato da base das Lajes fala em muitas dificuldades

Noticiário Nacional

Play Episode Listen Later Nov 1, 2025 9:58


Sindicato da base das Lajes fala em muitas dificuldades

Dienas ziņas
Piektdiena, 31. oktobris, pl. 16:00

Dienas ziņas

Play Episode Listen Later Oct 31, 2025 40:31


Balsojums pret Stambulas konvenciju: uzklausām viedokļus. Lietuvas atbilde uz kārtējo kontrabandas meteoroloģisko balonu ielidošanu valstī no Baltkrievijas būs stingra, paziņoja Lietuvas prezidents Gitans Nausēda. Muitas darbinieku atlaišana ietekmēs muitas kontroles kvalitāti uz robežas.

Convidado
"Vitória de Paul Biya demonstra, até certo ponto, as fragilidades das instituições africanas"

Convidado

Play Episode Listen Later Oct 30, 2025 9:09


O Chefe de Estado dos Camarões, Paul Biya, acaba na segunda-feira de ser declarado oficialmente vencedor das presidenciais com um pouco mais de 53% dos votos, face ao seu principal rival Issa Tchiroma Bakary, com um pouco mais de 35% dos sufrágios.  Biya, 92 anos, encaminha-se deste modo para um oitavo mandato de sete anos, apesar de o seu adversário Tchiroma ter vindo a reclamar a vitória antes mesmo da divulgação dos resultados definitivos das eleições de 12 de Outubro e apesar da forte contestação na rua, com um balanço de pelo menos quatro mortos e múltiplos danos materiais. A repressão das manifestações da oposição no passado fim-de-semana com denúncias de um uso excessivo da força pelas autoridades mereceram condenações por parte da União Africana e da União Europeia que se declararam "preocupadas com as violações dos Direitos Humanos", enquanto as Nações Unidas apelaram, por sua vez, à "contenção, à abertura de investigações e ao fim da violência". Apesar de o poder ter anunciado que pretende responsabilizar penalmente Tchiroma pelos incidentes dos últimos dias, o líder de oposição apela os seus apoiantes a permanecer "determinados mas pacíficos". Este contexto tenso vem sobrepor-se a uma situação já por si delicada, num país onde se estima que 40% dos habitantes vive abaixo do limiar da pobreza, onde permanece activo o conflito entre a maioria francófona e a minoria anglófona da população e onde ataques esporádicos de grupos jihadistas colocam em questão a segurança do território. Para o professor de Relações Internacionais na Universidade Técnica de Angola, Osvaldo Mboco, a reeleição de Paul Biya pode ser um indicador das "fragilidades das instituições africanas". RFI: Depois de mais de quarenta anos no poder, Paul Biya foi reeleito para um oitavo mandato. Como se pode interpretar esta situação? Osvaldo Mboco: A vitória do Presidente demonstra, até certo ponto, as fragilidades das instituições africanas na corporação do próprio processo eleitoral. Durante os 42 anos de governação, o país não tem conhecido grandes avanços significativos do ponto de vista económico, social e político. E isto agrava-se em função daquilo que é a visão dos jovens que querem mudança. Ou seja, se maioritariamente os eleitores são jovens, que não estão comprometidos com a história e que já nasceram com o Presidente no poder, esses jovens querem a alternância política. Então, é uma vitória, até certo ponto, agridoce, à medida em que há vários distúrbios e até pessoas que morreram, fruto das reivindicações daquilo que provavelmente foi um resultado eleitoral que não corresponde à vontade popular dos eleitores nas urnas. E tanto era assim que o seu principal opositor Issa Tchiroma reclama a vitória e cenários como estes têm estado a acontecer não só agora nestas eleições. Se nós nos lembrarmos Maurício Kamto, que no processo eleitoral passado foi o segundo candidato mais votado, também reclamou e juridicamente foi impedido de concorrer às eleições deste ano. O Presidente tem uma idade já avançada e é o Presidente que está no poder há mais tempo a nível do continente africano. Está agora com 92 anos. Quando terminar o seu mandato, estará aproximadamente com 99 anos. E todos nós sabemos as limitações humanas de um indivíduo que já está com uma idade acima dos 90 anos. Isto também não é bom para a consolidação do Estado de Direito democrático e pensamos que este mandato será completamente desastroso em função das reivindicações, das críticas e das reclamações que apontam irregularidades e a falta de transparência no próprio processo eleitoral. RFI: O principal rival de Paul Biya, Issa Tchiroma Bakary, reclama para si a vitória nas presidenciais. É previsível que as manifestações continuem, que haja uma espécie de movimento de desobediência civil que venha a prolongar-se e que haja mais incidentes? Osvaldo Mboco: A reclamação da oposição ou de quem está na oposição em África dos resultados eleitorais é comum e é transversal em muitos países africanos. Normalmente, os partidos políticos na oposição e os candidatos na oposição reclamam as irregularidades do processo, a falta de transparência e, muitas vezes que os resultados atribuídos não representam a vontade popular expressa nas urnas pelos eleitores. Mas em muitos casos, elas têm fundamento em função do próprio processo eleitoral, que não é inclusivo, não é participativo. Em alguns momentos, não é transparente e há alguns incidentes que decorrem do próprio processo eleitoral. Entretanto, as manifestações poderão continuar ao nível do país, com uma situação tensa. Também a África já nos brindou com muitos exemplos em que as manifestações pós-eleitorais normalmente não alteram o resultado eleitoral. Elas continuam. Muitas pessoas morrem, o governo aumenta aquilo que é o aparato policial e militar, também acaba por militarizar as ruas. Mas ainda assim, não recua do ponto de vista dos resultados eleitorais, porque entende que este é um período de tensão, de crise e que atinge o seu momento mais alto, mas depois, tendencialmente vai decrescendo e depois volta-se à normalidade do próprio país. RFI: Julga que o poder vai negociar com a parte adversa para se chegar a um entendimento e acalmar a rua? Osvaldo Mboco: Bem, eu penso que é uma das saídas, mas se ela (a oposição) faz essa negociação, ela automaticamente também perde o apoio popular ou do segmento da população que está a manifestar. E se cai no descrédito, é muito perigoso para querer se reeleger daqui a sete anos. Pode pagar uma factura muito alta do ponto de vista político, daquilo que são as suas pretensões e ambições. Não estou aqui a defender que o candidato da oposição deve empurrar os jovens às ruas para manifestarem como se fossem carne de canhão. Mas estou aqui a dizer que ele deve se posicionar como um político na oposição e pressionar a acção governativa. Não deve estar a mentalizar os jovens para ir às ruas, porque os jovens reconhecem e sabem o seu posicionamento, a sua visão enquanto eleitores. Mas estou aqui a dizer que ele deve também se posicionar enquanto líder na oposição que vai reivindicar aquilo que são os resultados eleitorais. Mas é importante sublinhar que nenhuma campanha política, nenhuma ambição política de se chegar à presidência, deve estar acima daquilo que é o interesse nacional, deve estar acima daquilo que é a segurança e a estabilidade do próprio país, deve estar acima daquilo que é o bem maior que é a vida humana. Então, é fundamental que o líder da oposição não apele para manifestações violentas ao nível das ruas dos Camarões. RFI: Para além da crise pós-eleitoral, os Camarões também enfrentam uma crise socioeconómica com, em pano de fundo, o eterno conflito entre a parte anglófona do país é a parte francófona. Osvaldo Mboco: Sim, esse tem sido também um dos grandes problemas a que a liderança do próprio Presidente Paul Biya não conseguiu dar respostas. E a forma de governação também afasta um segmento do ponto de vista da unicidade do próprio país. Porque, como fez referência, os Camarões, basicamente, são um país dividido com uma parte anglófona e outra francófona. E isto pode e cria algum desequilíbrio de estabilidade. Mas a par disto, à má gestão, à corrupção que se instalou no próprio país, tem também as questões em volta de um terrorismo que vai preocupando o país e, sem grande resposta do ponto de vista de segurança, isto põe em causa a própria estabilidade do país e cria alguma fragilidade do ponto de vista da segurança do próprio país.

Buongiorno San Paolo
#268 Como se monta uma viagem em 2025 e o que è o Travel Design - Andreza Marafon, Libet Iter

Buongiorno San Paolo

Play Episode Listen Later Oct 29, 2025 34:11


Cursos IED com desconto exclusivo para seguidores do Buongiorno San Paolo: https://bit.ly/ied-buongiornoJunte-se ao network de Buongiorno San Paolo com o aplicativo Bizzy Now: https://go.bizzynow.com/buongiornosanpaolo2025Planejar um itinerário de viagem hoje exige muito mais detalhes e atenção do que no passado. O turismo se tornou muito mais exigente, e os viajantes buscam unicidade, autenticidade e experiências memoráveis, e não apenas visitar uma cidade e seus principais monumentos ou museus.Muitas viagens, inclusive, são planejadas com um propósito cultural específico, como o famoso Chicago Architecture Tour, modelo que hoje é amplamente adotado também nas cidades de arte italianas.As agências, portanto, precisam se tornar verdadeiros alfaiates, verdadeiros designers de viagens, capazes de criar um roteiro sob medida, perfeito para as necessidades de cada cliente ou grupo. É exatamente isso que faz Andreza Marafon, com a sua agência Libet Iter.Falamos sobre isso no Podcast Show sobre Design, realizado em colaboração com o IED Brasil.Nosso podcast, L'ITALIA è QUI, 2ª edição, comemora 20 anos do IED no Brasil.Agradecimentos especiais a: IED São Paulo, Aignep - Grupo Bugatti, Libet Iter, Bizzy Now, Costa Cruzeiros. Quer participar do Podcast, realizar um evento corporativo, propor uma parceria ou apenas trocar uma ideia? A Buongiorno San Paolo é feita de encontros e estamos prontos para o próximo !Preencha o formulário ou entre em contato pelos nossos canais. Vamos adorar saber como podemos colaborar: https://buongiornosanpaolo.com.br/ 

A Segunda Mulher de César
José Mourinho

A Segunda Mulher de César

Play Episode Listen Later Oct 29, 2025 25:37


Muitas famílias pediram que falasse sobre as eleições no Benfica ou sobre a estadia de Mourinho no Benfica. Resolvi pegar em metade de um desses temas e falar sobre Mourinho de forma geral. Falei dos títulos de Mourinho, da postura, do porquê do aparente declínio e, sobretudo, sobre as frases mais icónicas do treinador português. O Smooth Operator foi dos mais lastimáveis de que há memória, mas o resto do episódio compensa. 

Convidado
Lei da Nacionalidade: "Ninguém vai ter que mudar de religião mas sim respeitar a cultura portuguesa"

Convidado

Play Episode Listen Later Oct 29, 2025 14:05


Em Portugal foi aprovada a 28 de Outubro a Lei da Nacionalidade, com 157 votos "a favor" dos partidos de direita, e 64 votos "contra" de todos os partidos de esquerda. A lei altera as regras para os estrangeiros obterem cidadania portuguesa e complexifica os critérios para quem não tem origem portuguesa. A proposta tem ainda que ser promulgada pelo Presidente da República, que poderá optar por remetê-la para o Tribunal Constitucional.  RFI: Professor José Palmeira, politólogo e investigador na Universidade do Minho, antes de mais, quais são as motivações de quem pretende obter a nacionalidade portuguesa? José Palmeira: As motivações são as mais diversas. Se um cidadão imigrante vem para Portugal e se instala em Portugal, constitui família, tem o seu emprego em Portugal, naturalmente poderá ter o desejo de obter a nacionalidade portuguesa, sobretudo se for um cidadão de fora da União Europeia. Ao obter a cidadania portuguesa, obtém também a cidadania europeia, na medida em que os cidadãos dos Estados-Membros da União Europeia beneficiam de um conjunto de prerrogativas que lhes permitem circular pela Europa e ter acesso a um conjunto de regalias. Têm também obrigações, é verdade. Portanto, desde logo, tem essa vantagem de maior estabilidade do ponto de vista profissional, e do ponto de vista familiar.  RFI: Com esta nova Lei, para pedir a nacionalidade portuguesa será necessário ser residente em Portugal há dez anos, em vez dos cinco anos actuais, para os estrangeiros de todos os países. Serão exigidos sete anos de residência para cidadãos dos países de língua portuguesa e da União Europeia. Como interpreta esta distinção em função da origem? José Palmeira: Eu diria que há um objectivo de fazer uma discriminação positiva. No caso dos cidadãos de países de língua portuguesa, têm desde logo, conhecimentos da língua. Por outro lado, esses países de língua portuguesa foram antigas colónias portuguesas. Houve também uma interligação cultural forte com esses países. Nesse sentido, cria-se esta proximidade. E no caso da União Europeia, terá a ver com o facto de que existe a cidadania europeia, isto é, já existe uma proximidade maior entre os cidadãos portugueses e os cidadãos dos outros países da União Europeia. Há então também um objectivo de dar um tratamento de favor a esses cidadãos quando requerem a nacionalidade portuguesa. RFI: Para além destes critérios sobre os prazos de residência, passam a existir novas exigências. Por exemplo: o conhecimento da língua portuguesa, o conhecimento da cultura, organização política e valores democráticos. Os candidatos à nacionalidade portuguesa deverão também assinar uma "declaração solene de adesão aos princípios da República". Isto quer dizer que, por exemplo, um ucraniano, um búlgaro ou um moçambicano que queira pedir a nacionalidade portuguesa terá que a conhecer de cor os nomes de todos os rios portugueses ou, por exemplo, o nome dos reis de Portugal? José Palmeira: O critério vai ser definido pelos autores da regulamentação da lei. Agora, não me parece que seja de exigir a quem vem de fora mais do que aquilo que se exige aos nacionais. Mas por outro lado, se o país precisa - e isso está reconhecido - de imigrantes para alcançar todos os seus objectivos e particularmente os objectivos económicos, então há um objectivo de bem integrar essas pessoas. Devemos criar condições favoráveis a essa integração. RFI: A integração passa pelo conhecimento dos valores democráticos, da organização política e da cultura portuguesa? José Palmeira: No entendimento do legislador, sim. Esses valores não têm que ser assimilados. Isto é, ninguém vai ter que mudar de religião ou mudar de um conjunto de princípios para obter a nacionalidade portuguesa, mas deverá respeitá-los. Aquilo que o legislador pretende é que essa identidade portuguesa não seja colocada em causa, ainda que essa identidade não signifique, como é óbvio, que haja uma única cultura. Hoje as sociedades são multiculturais. Hoje, os países são cosmopolitas e, portanto, depende depois do critério das tais provas de acesso à nacionalidade portuguesa. RFI: A política migratória portuguesa está a evoluir. A Lei de Estrangeiros já está em vigor. A Lei da Nacionalidade foi aprovada a 28 de Outubro. Está em preparação a Lei de Retorno e afastamento de estrangeiros. E foi também recentemente aprovada a lei que proíbe o uso da burca no espaço público. Está Portugal a viver uma ofensiva anti-imigração? José Palmeira: É verdade que é um pouco o ar dos tempos. Portugal e a Europa em geral estão a virar à direita em termos político-partidários. E aquilo que estamos a assistir no caso português é evidentemente um reforço desses valores. Convém também referir que é bom que haja legislação para contemplar situações como, por exemplo, o repatriamento de cidadãos estrangeiros. Muitas vezes isso é efectuado sem que haja respeito pela situação do cidadão que vai ser repatriado. E, portanto, o facto de existir uma lei é muitas vezes para proteger as condições em que acontece. RFI: Falemos agora dos cartazes do Chega. André Ventura, o líder do partido de extrema-direita, tem-se avistado em cartazes eleitorais, com vista às presidenciais de 2026, com mensagens como "Ciganos têm de cumprir a lei" e "Isto não é o Bangladesh". Este tipo de cartaz deve ser considerado como crime ou como liberdade de expressão? José Palmeira: Ora bem, estamos aí numa fronteira que não é fácil definir. Eu diria que compete às entidades judiciais, ao Ministério Público, avaliar até que ponto isso cai numa situação de crime. No passado já tivemos um caso relativamente a cartazes do Chega que acusavam os líderes do PS e do PSD de "corruptos" e o Ministério Público considerou que isso estava dentro do foro político, e que não cabia no foro criminal. RFI: Mas este caso não implicava a existência de um potencial racismo, punível pela lei.  José Palmeira: Claro que pode haver, agora esse julgamento compete ao tribunal. Do ponto de vista da política, é inaceitável que haja candidatos ou partidos que discriminem países ou etnias. Não é aceitável do ponto de vista político, numa sociedade que deve ser integradora e não, pelo contrário, afastar pessoas. Agora, o julgamento político é feito pelos eleitores em actos eleitorais e cabe também, se for o caso, um julgamento judicial, se os tribunais entenderem que isso viola leis da República Portuguesa. RFI: Ainda há alguns anos Portugal era visto, nomeadamente por Bruxelas (UE), como uma excepção num panorama de ascensão de partidos de extrema direita e de ideologias racistas. Já não é o caso. Em 2019, pela primeira vez desde o fim da ditadura salazarista, foi criado um partido de extrema direita. Em apenas seis anos o Chega conseguiu eleger 60 deputados e tornar-se o segundo partido na Assembleia da República. Paralelamente, os discursos e actos de racismo têm vindo a ganhar visibilidade na sociedade portuguesa. O racismo não existia antes em Portugal ou estava simplesmente invisibilizado? José Palmeira: O racismo sempre existiu. Aqui a novidade é haver um partido político, um candidato presidencial que utiliza uma linguagem que permite que haja esse tipo de julgamento relativamente às suas opiniões políticas. Por outro lado, essas posições têm registado um crescimento eleitoral muito significativo. Por exemplo, estamos numa pré-campanha para as presidenciais e admite-se a possibilidade de André Ventura chegar à segunda volta destas eleições. Isto de facto não era expectável há poucos anos, como referiu, mas hoje é uma possibilidade que existe, sem dúvida.

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Descubra as doenças que você pode prevenir no seu Pet!

Pet Doc Cast

Play Episode Listen Later Oct 29, 2025 33:51


Cuidar da saúde do seu pet é um ato de amor e responsabilidade.Muitas doenças podem ser evitadas com cuidados simples e preventivos, e isso faz toda a diferença na qualidade de vida do seu amigo. Sabemos que o dia a dia é corrido, mas algumas atitudes podem garantir anos de saúde e bem-estar para ele.A vacinação, a vermifugação e a realização de exames periódicos são passos fundamentais para evitar doenças graves e garantir que seu pet tenha uma vida longa e saudável. Prevenir é mais simples e menos doloroso do que tratar, e o melhor: você pode começar hoje mesmo.Dicas importantes:- Mantenha a vacinação em dia- Realize a desparasitação regularmente- Faça check-ups de rotina para monitorar a saúde do seu petO cuidado preventivo é a base para uma vida saudável. Ao manter essas práticas em dia, você está protegendo seu pet de complicações futuras e garantindo muitos momentos felizes ao lado dele.Converse com seu veterinário de confiança e discuta o melhor plano de saúde para o seu pet.

Noticiário Nacional
16h PR: especialidade introduz muitas alterações ao Orçamento

Noticiário Nacional

Play Episode Listen Later Oct 28, 2025 12:13


Brazil UFO
ABDUZIDOS - Brazil UFO Talks

Brazil UFO

Play Episode Listen Later Oct 28, 2025 191:44


Brazil UFO TalksO editor do canal Brazil UFO Clayton Feltran, trará para um bate-papo descontraído convidados amigos do canal que têm a ufologia em seu DNA.Últimas notíciasNotícias sobre avistamentos e fenômenos anômalos ocorridos no Brasil e no mundo.TORNE-SE MEMBRO DO CANALhttps://www.youtube.com/channel/UCwMxydYVs-AujXvxpjwgC9Q/join___________________Envie seu áudio, fotos e vídeos para:WhatsApp Brazil UFO+55 11 98436-3637_________________Doação ao canal Brazil UFOhttps://streamelements.com/brazilufo/tipABDUZIDOSNeste programa de domingo receberemos, Gerha Santos e Dra. Mônica Borine. Iremos conversar sobre casos de abduções e contatos pós abduções.Eles são os escolhidos, as cobaias involuntárias de uma espécie tecnologicamente superior. Os abduzidos servem como elo entre o mundo humano e o universo alienígena, carregando implantes desconhecidos e talvez até material genético modificado. Muitas vezes dotados de novas capacidades ou um conhecimento inexplicável, precisam lidar com a dualidade de sua existência: uma parte humana, outra tocada por algo que está além da nossa compreensão. Sua jornada é uma busca pela verdade por trás de sua experiência.E você, acredita que já foi abduzido?Você não pode perder o programa! Ao Vivo a partir das 20h15.Brazil UFO TalksCom Clayton Feltran, Riba Menezes, Dra. Mônica Borine e Gerha Santos.::: LOJA BRAZIL UFO - PRODUTOS ORIGINAIS BRAZIL UFO::: https://lojabrazilufo.com.brFaça parte do Eu apoio o Brazil UFOSeja um apoiador do Brazil UFO e nos ajude a trazer conteúdos de qualidade a todos os amigos do canal. Sua ajuda fará toda a diferença.Acesse o site:https://apoia.se/brazilufo e seja um apoiador do canal.Se preferir você pode ajudar via PIX, seja um patrocinador do canal.pix@brazilufo.comhttps://brazilufo.com#brazilufo #brazilufotalks

ELAINNE OURIVES - DNA DA COCRIAÇÃO - POCKET HERTZ - SINTONIZE SUA VIBRAÇÃO
Holocast - Especial HOLOCINE_07 - O Bingo da Vida _ Quando a Positividade Não Funciona

ELAINNE OURIVES - DNA DA COCRIAÇÃO - POCKET HERTZ - SINTONIZE SUA VIBRAÇÃO

Play Episode Listen Later Oct 28, 2025 22:01


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Em directo da redacção
José Guilherme Neves apresenta poesia da tuba em Paris

Em directo da redacção

Play Episode Listen Later Oct 28, 2025 15:50


Aos 21 anos, o tubista português José Guilherme Neves, natural de Leiria, Cidade Criativa da Música pela UNESCO, integra a nova geração de músicos que alia técnica e curiosidade artística. Em Paris, na Casa de Portugal, André de Gouveia, da cidade universitária, apresenta um programa que cruza Henry Eccles, Telmo Marques, Jacques Castérède e Étienne Crausaz, num diálogo entre o barroco, a modernidade e o folclore, acompanhado pela pianista Ana Teresa Pereira. Nos estúdios da RFI, em Paris, José Guilherme fala com serenidade e humor: “Quando o professor levou o instrumento para a aula, eu disse logo: ‘Mãe, mãe, eu quero tocar isto!'”, recorda. “Acho que foi o som, que me prendeu", acrescenta. A sua iniciação musical aconteceu em Leiria, no projecto Berço das Artes, coordenado pelo professor Paulo Meirinho. “Os meus pais queriam que eu tivesse muitas actividades diferentes: desporto, cultura, música. Nesse projecto, cada semana o professor levava um instrumento novo: uma flauta, um violino, um clarinete. Até que um dia levou a tuba. E foi amor à primeira nota”. Aos oito anos começou pelo eufónio, “porque era demasiado pequeno para tocar a tuba”, e só aos doze o instrumento dos sonhos cabia nos seus braços. “Desde aí nunca mais parei. A tuba tornou-se a minha voz”, conta. A sua relação com o instrumento é física, quase sensorial. “Acho que o que me fascinou foi o som grave e a dimensão. É um instrumento enorme, exige o corpo todo. É um instrumento de respiração. E, ao mesmo tempo, é um instrumento de calma.” Quando fala, há uma doçura inesperada em cada frase, um contraste entre o peso do metal e a leveza da ideia. Hoje, José Guilherme Neves vive em Amesterdão, onde estuda no Conservatorium van Amsterdam, nos Países Baixos. É parte dessa geração de músicos portugueses que se forma fora do país, aprendendo com a exigência das escolas do norte da Europa, mas mantendo uma identidade portuguesa. “Como tubista, o nosso caminho é quase sempre o da orquestra. Somos formados para as provas orquestrais, para conseguir um lugar. Mas eu gosto de explorar outras peças, algumas portuguesas, outras menos conhecidas. Senão uma pessoa acaba por se aborrecer. Está sempre a tocar as mesmas seis ou sete obras e perde-se a curiosidade.” O concerto de Paris é uma afirmação estética, “quis cruzar obras portuguesas e francesas”, explica. “Apesar de o suíço Étienne Crausaz não ser português, a sua obra foi escrita para um festival em Portugal, para um tubista português. E isso faz dela, de certa forma, uma obra portuguesa.” O repertório inclui ainda a Sonatine de Jacques Castérède, “uma das peças francesas mais importantes para o repertório da tuba” e uma obra recente de Telmo Marques, escrita em 2002 e rapidamente adoptada por concursos internacionais. “É uma peça muito bem composta, equilibrada, e pensei que seria interessante juntá-la às outras duas. E as Danças de Crausaz têm uma energia incrível. É uma boa forma de terminar o recital”, explica. A escolha não é aleatória. Há nela um gesto de identidade, um reconhecimento daquilo que o moldou. “Leiria sempre investiu muito na cultura. Desde que foi classificada pela UNESCO, tem criado festivais, concursos de composição, eventos para filarmónicas. Eu cresci nesse ambiente. Toquei em bandas, participei em projectos de música contemporânea e em música de câmara. Tudo isso me formou.” No seu discurso há rigor e método, mas também entusiasmo e humanidade e quando fala das provas de orquestra, a voz ganha outro peso: “Uma prova de orquestra é um processo muito exigente. Normalmente começa com uma ronda por vídeo, temos de enviar gravações com excertos orquestrais difíceis. Depois, se formos escolhidos, há várias rondas presenciais. Muitas vezes, a primeira é feita com cortina, para o júri não ver quem está a tocar. É uma forma de garantir justiça. Tocamos sozinhos, sem ver ninguém. Só se ouve o som. É um momento de muita concentração.” Mesmo quando se vence um concurso de orquestra, o trabalho não termina, “Depois há um período de meses ou até de um ou dois anos em que tocamos com a orquestra. Uma fase em que o músico tem de se integrar, de perceber como respira a secção. O mais difícil não é tocar bem, é saber ouvir os outros.” Essa consciência colectiva é, para José Guilherme Neves, essencial. “Um músico profissional tem de saber o seu papel. Não é só tocar as notas, é entender o que se passa à volta, juntar-se à secção, ouvir o conjunto. É quase um trabalho de escuta. Às vezes é intuição, às vezes é disciplina.” Quando perguntamos o que o tuba representa para ele, a resposta é directa: “Para mim, é o instrumento que mais se aproxima da respiração. Mesmo quando penso: ‘Vou tirar férias do instrumento', acabo sempre por tocar. Dá-me alegria. É o meu modo de estar no mundo.” Essa alegria, contudo, vive lado a lado com a solidão: “Ser músico é um trabalho muito solitário. Quando estamos na universidade, temos colegas, há uma competição saudável, mas quando chega a altura de preparar uma prova, temos de nos isolar. É inevitável.” Ainda assim, não há espaço para amargura, “aprende-se a viver com isso. E a música de grupo ajuda, os quartetos, as orquestras, os ensaios. Mesmo quando estudamos sozinhos, há sempre alguém invisível a ouvir connosco.” Fala do estudo como um acto de paciência, “gosto do processo de evolução. Trabalhar todos os dias, perceber que o que era difícil ontem se torna natural amanhã. Há sempre uma pequena evolução. E é isso que me motiva. Gosto de descobrir até onde essa evolução me pode levar.” Para José Guilherme Neves, a tuba é mais do que um instrumento, é uma linguagem, uma forma de estar no tempo. “A tuba pode ser poesia. Pode contar histórias. Pode transformar o silêncio em som.” Ao ouvi-lo falar, percebe-se que não há nada de acidental na sua escolha. O concerto em Paris será a primeira vez que apresenta este programa completo fora dos Países Baixos. “Estou entusiasmado. É um programa que mostra a versatilidade da tuba, mas também um pouco de quem eu sou: português, europeu, curioso. É isso que quero partilhar.”

Convidado
José Guilherme Neves apresenta poesia da tuba em Paris

Convidado

Play Episode Listen Later Oct 28, 2025 15:50


Aos 21 anos, o tubista português José Guilherme Neves, natural de Leiria, Cidade Criativa da Música pela UNESCO, integra a nova geração de músicos que alia técnica e curiosidade artística. Em Paris, na Casa de Portugal, André de Gouveia, da cidade universitária, apresenta um programa que cruza Henry Eccles, Telmo Marques, Jacques Castérède e Étienne Crausaz, num diálogo entre o barroco, a modernidade e o folclore, acompanhado pela pianista Ana Teresa Pereira. Nos estúdios da RFI, em Paris, José Guilherme fala com serenidade e humor: “Quando o professor levou o instrumento para a aula, eu disse logo: ‘Mãe, mãe, eu quero tocar isto!'”, recorda. “Acho que foi o som, que me prendeu", acrescenta. A sua iniciação musical aconteceu em Leiria, no projecto Berço das Artes, coordenado pelo professor Paulo Meirinho. “Os meus pais queriam que eu tivesse muitas actividades diferentes: desporto, cultura, música. Nesse projecto, cada semana o professor levava um instrumento novo: uma flauta, um violino, um clarinete. Até que um dia levou a tuba. E foi amor à primeira nota”. Aos oito anos começou pelo eufónio, “porque era demasiado pequeno para tocar a tuba”, e só aos doze o instrumento dos sonhos cabia nos seus braços. “Desde aí nunca mais parei. A tuba tornou-se a minha voz”, conta. A sua relação com o instrumento é física, quase sensorial. “Acho que o que me fascinou foi o som grave e a dimensão. É um instrumento enorme, exige o corpo todo. É um instrumento de respiração. E, ao mesmo tempo, é um instrumento de calma.” Quando fala, há uma doçura inesperada em cada frase, um contraste entre o peso do metal e a leveza da ideia. Hoje, José Guilherme Neves vive em Amesterdão, onde estuda no Conservatorium van Amsterdam, nos Países Baixos. É parte dessa geração de músicos portugueses que se forma fora do país, aprendendo com a exigência das escolas do norte da Europa, mas mantendo uma identidade portuguesa. “Como tubista, o nosso caminho é quase sempre o da orquestra. Somos formados para as provas orquestrais, para conseguir um lugar. Mas eu gosto de explorar outras peças, algumas portuguesas, outras menos conhecidas. Senão uma pessoa acaba por se aborrecer. Está sempre a tocar as mesmas seis ou sete obras e perde-se a curiosidade.” O concerto de Paris é uma afirmação estética, “quis cruzar obras portuguesas e francesas”, explica. “Apesar de o suíço Étienne Crausaz não ser português, a sua obra foi escrita para um festival em Portugal, para um tubista português. E isso faz dela, de certa forma, uma obra portuguesa.” O repertório inclui ainda a Sonatine de Jacques Castérède, “uma das peças francesas mais importantes para o repertório da tuba” e uma obra recente de Telmo Marques, escrita em 2002 e rapidamente adoptada por concursos internacionais. “É uma peça muito bem composta, equilibrada, e pensei que seria interessante juntá-la às outras duas. E as Danças de Crausaz têm uma energia incrível. É uma boa forma de terminar o recital”, explica. A escolha não é aleatória. Há nela um gesto de identidade, um reconhecimento daquilo que o moldou. “Leiria sempre investiu muito na cultura. Desde que foi classificada pela UNESCO, tem criado festivais, concursos de composição, eventos para filarmónicas. Eu cresci nesse ambiente. Toquei em bandas, participei em projectos de música contemporânea e em música de câmara. Tudo isso me formou.” No seu discurso há rigor e método, mas também entusiasmo e humanidade e quando fala das provas de orquestra, a voz ganha outro peso: “Uma prova de orquestra é um processo muito exigente. Normalmente começa com uma ronda por vídeo, temos de enviar gravações com excertos orquestrais difíceis. Depois, se formos escolhidos, há várias rondas presenciais. Muitas vezes, a primeira é feita com cortina, para o júri não ver quem está a tocar. É uma forma de garantir justiça. Tocamos sozinhos, sem ver ninguém. Só se ouve o som. É um momento de muita concentração.” Mesmo quando se vence um concurso de orquestra, o trabalho não termina, “Depois há um período de meses ou até de um ou dois anos em que tocamos com a orquestra. Uma fase em que o músico tem de se integrar, de perceber como respira a secção. O mais difícil não é tocar bem, é saber ouvir os outros.” Essa consciência colectiva é, para José Guilherme Neves, essencial. “Um músico profissional tem de saber o seu papel. Não é só tocar as notas, é entender o que se passa à volta, juntar-se à secção, ouvir o conjunto. É quase um trabalho de escuta. Às vezes é intuição, às vezes é disciplina.” Quando perguntamos o que o tuba representa para ele, a resposta é directa: “Para mim, é o instrumento que mais se aproxima da respiração. Mesmo quando penso: ‘Vou tirar férias do instrumento', acabo sempre por tocar. Dá-me alegria. É o meu modo de estar no mundo.” Essa alegria, contudo, vive lado a lado com a solidão: “Ser músico é um trabalho muito solitário. Quando estamos na universidade, temos colegas, há uma competição saudável, mas quando chega a altura de preparar uma prova, temos de nos isolar. É inevitável.” Ainda assim, não há espaço para amargura, “aprende-se a viver com isso. E a música de grupo ajuda, os quartetos, as orquestras, os ensaios. Mesmo quando estudamos sozinhos, há sempre alguém invisível a ouvir connosco.” Fala do estudo como um acto de paciência, “gosto do processo de evolução. Trabalhar todos os dias, perceber que o que era difícil ontem se torna natural amanhã. Há sempre uma pequena evolução. E é isso que me motiva. Gosto de descobrir até onde essa evolução me pode levar.” Para José Guilherme Neves, a tuba é mais do que um instrumento, é uma linguagem, uma forma de estar no tempo. “A tuba pode ser poesia. Pode contar histórias. Pode transformar o silêncio em som.” Ao ouvi-lo falar, percebe-se que não há nada de acidental na sua escolha. O concerto em Paris será a primeira vez que apresenta este programa completo fora dos Países Baixos. “Estou entusiasmado. É um programa que mostra a versatilidade da tuba, mas também um pouco de quem eu sou: português, europeu, curioso. É isso que quero partilhar.”

Colunistas Eldorado Estadão
Mulheres Reais #172 Carla Cottini: “É surpreendente e emocionante trazer à tona músicas maravilhosas que permaneceram invisíveis apenas por terem sido escritas por mulheres”

Colunistas Eldorado Estadão

Play Episode Listen Later Oct 27, 2025 15:38


A soprano Carla Cottini, uma das vozes brasileiras de maior destaque internacional, não apenas percorre os palcos do mundo com interpretações de Mozart, Verdi e outros compositores consagrados: ela também carrega uma reflexão crítica sobre o papel da mulher no universo lírico. “A ópera retrata a realidade. Muitas peças revelam como as coisas mudaram — e também como não mudaram”, afirmou no episódio do Mulheres Reais. Nascida em São Paulo e vencedora do prêmio Revelação no concurso Maria Callas, Cottini construiu uma trajetória que a levou de musicais no Brasil a papéis de protagonista em teatros europeus. Mas, ao longo desse percurso, deparou-se com um repertório que, em suas palavras, evidencia marcas históricas de desigualdade. “Em muitas obras, as mulheres aparecem como submissas, trágicas ou sedutoras, reforçando uma lógica patriarcal. Revisitar esses papéis é sempre a chance de questionar e ressignificar essas representações”, destacou. Para Cottini, essa leitura crítica não anula a potência do gênero operístico. Pelo contrário, a soprano vê na música uma possibilidade de resistência e transformação: “Quando Mozart metaforiza a crítica social em suas óperas, abre espaço para que hoje possamos ampliar essas camadas de leitura. É muito poderoso transformar no palco aquilo que, séculos atrás, já era uma denúncia contra o machismo e a desigualdade de classes”. Além da carreira como solista, Cottini investe em projetos que dão voz a compositoras brasileiras esquecidas pela história. Ao lado do pianista Ricardo Ballestero, grava obras inéditas de mulheres que nunca tiveram suas composições registradas. “É surpreendente e emocionante trazer à tona músicas maravilhosas que permaneceram invisíveis apenas por terem sido escritas por mulheres”, disse. A maternidade e a formação em psicanálise também atravessam seu olhar artístico, reforçando o compromisso com uma escuta atenta e feminina. O podcast Mulheres Reais é apresentado por Carolina Ercolin e Luciana Garbin e está disponível semanalmente em todas as plataformas de áudio.See omnystudio.com/listener for privacy information.

SNICAST - Podcast da SEICHO-NO-IE DO BRASIL
SNICAST #279 - Vencer é o mais importante?

SNICAST - Podcast da SEICHO-NO-IE DO BRASIL

Play Episode Listen Later Oct 27, 2025 25:27


Muitas vezes, somos levados a acreditar que vencer significa superar os outros, conquistar posições, títulos ou bens materiais. Mas, à luz dos ensinamentos da Seicho-No-Ie, aprendemos que a verdadeira vitória vai muito além da comparação. No novo episódio do SNICAST, a Preletora Andrea de Avila Miranda Oliveira convida você a refletir sobre uma questão que move grande parte da humanidade: afinal, o que é vencer de verdade?| Os livros-textos deste episódio são: O Livro dos Jovens / Guia para uma vida feliz; Para adquirir e estudar ainda mais, acesse: https://snibr.org/livrariapod;| Torne-se você também um Mantenedor das Mídias da Seicho-No-Ie! Saiba como acessando: https://rebrand.ly/mantenedor;| Para encontrar a Associação Local mais próxima de você, acesse: https://rebrand.ly/onde_encontrar;| Quer começar a praticar a Meditação Shinsokan, mas não sabe como? Conheça a Meditação Shinsokan guiada: https://rebrand.ly/shinsokan_7min;| Acompanhe também as nossas redes sociais para mais conteúdos e novidades: https://rebrand.ly/FaceSNI (Facebook) e https://rebrand.ly/instaSNI (Instagram)

Brasil-Mundo
Brasileiros abrem espaço em Hollywood com estreia de peça bilíngue que fala sobre imigração

Brasil-Mundo

Play Episode Listen Later Oct 25, 2025 5:30


Hollywood recebe neste final de semana uma estreia histórica para o teatro brasileiro. A peça “EAT” teve o lançamento nesta sexta (24) e segue com apresentação também neste sábado (25). No primeiro dia as atuações foram em português e no segundo em inglês, reforçando a presença da nossa língua na capital mundial do entretenimento. O palco é o do lendário Marilyn Monroe Theatre, do Lee Strasberg Film Institute. Cleide Klock, correspondente da RFI em Los Angeles A trama acompanha dois imigrantes indocumentados presos em um frigorífico abandonado. Na atuação estão os atores Thales Corrêa e Jorge Gaspar. A peça foi escrita por Alex Tietre, dirigida por ele e por Bruna Fachetti. “Eat é sobre dois homens que estão presos dentro de um frigorífico abandonado, onde eles já estavam aprisionados em trabalho escravo. Há uma denúncia e uma fiscalização por conta desse trabalho escravo e esses dois homens, ao se esconderem, acabaram ficando presos de fato lá dentro. Só resta agora uma peça de carne. Um deles, ironicamente, ainda é vegetariano. Eles têm personalidades completamente diferentes. E a peça é sobre isso, sobre o relacionamento desses dois homens nos seus últimos dias de vida. Será? Não sabemos. Vão ser resgatados? Não vão? Vão se matar? Não vão? A peça é sobre isso. Explora a condição humana dentro de condições extremas, não só físicas, como psicológicas”, conta Bruna. Em Los Angeles, a diversidade linguística é uma das maiores do mundo. Segundo dados do U.S. Census Bureau e do Departamento de Planejamento da cidade, estima-se que sejam faladas entre 185 e 220 línguas diferentes no condado. Mas a cidade respira espanhol, presente em vitrines, rádios, canais de TV e programas locais, refletindo a grande comunidade hispânica da região. Também há produções e transmissões em línguas como coreano, mandarim, cantonês e armênio, atendendo às múltiplas comunidades de imigrantes. No entanto, apesar de existir uma comunidade brasileira significativa, o português ainda é praticamente invisível na cena cultural e midiática da cidade, tornando iniciativas como a estreia de “EAT” uma verdadeira novidade e um marco de representatividade. “A comunidade brasileira aqui é muito grande. A gente até se assusta com o tanto de gente brasileira que tem. Mas de fato, a maior diversidade que existe são peças em espanhol. Então, a gente está fazendo uma coisa muito inovadora, botando o pé na porta. Vamos falar em português. E eu acredito que desde o ano passado, principalmente com 'Ainda Estou Aqui' e o Oscar, a gente começou a se ver mais enquanto uma comunidade, a se unir e a entender o tamanho do nosso potencial, da nossa força", avalia Bruna Fachetti. "E parte dessa força está na língua portuguesa. Então, faz sentido a gente fazer em português. Acho que muita gente aqui sente falta também de ter alguma coisa na língua materna”, diz a atriz e diretora. Mais representatividade Bruna Fachetti vive um momento intenso em Hollywood. Em outubro, ela estreou na série “Monstro: A História de Ed Gein”, uma produção de Ryan Murphy para a Netflix. Ela entra em cena no quinto episódio. “Foi um desafio muito gostoso porque é um true crime story, baseado em fatos, com um elenco completamente estrangeiro. Eu falando alemão, representando uma judia na época do Holocausto. Foi um desafio muito grande como brasileira, mas me abriu novas portas e espero que também acrescente na questão da diversidade brasileira nas telas americanas.” Essa experiência reflete também uma dificuldade recorrente para atores brasileiros: encontrar papéis que reconheçam a identidade e a língua. Muitas vezes, ao buscar perfis latinos ou internacionais, os castings acabam privilegiando características de outros países da América Latina, deixando os brasileiros em um espaço de indefinição. “Ainda é um desafio, mas a gente está chegando lá. Enquanto latinos, a gente ainda não é parte da comunidade completamente por conta do português. Também tem uma questão étnica nossa, de que não veem a gente como latinos. Eles ainda trabalham dentro de um estereótipo do que é um latino. Então, para a gente é um desafio muito grande", detalha. "Quando eles fazem um casting para um latino, estão buscando gente da Colômbia, do México, de todos os lugares da América Latina. Mas em relação aos brasileiros, eles ainda não sabem muito bem como nos encaixar, eu mesma tenho enfrentado esse desafio e encontrado mais oportunidades como europeia do que como brasileira de fato", finaliza.

Brasil-Mundo
Brasileiros abrem espaço em Hollywood com estreia de peça bilíngue que fala sobre imigração

Brasil-Mundo

Play Episode Listen Later Oct 25, 2025 5:30


Hollywood recebe neste final de semana uma estreia histórica para o teatro brasileiro. A peça “EAT” teve o lançamento nesta sexta (24) e segue com apresentação também neste sábado (25). No primeiro dia as atuações foram em português e no segundo em inglês, reforçando a presença da nossa língua na capital mundial do entretenimento. O palco é o do lendário Marilyn Monroe Theatre, do Lee Strasberg Film Institute. Cleide Klock, correspondente da RFI em Los Angeles A trama acompanha dois imigrantes indocumentados presos em um frigorífico abandonado. Na atuação estão os atores Thales Corrêa e Jorge Gaspar. A peça foi escrita por Alex Tietre, dirigida por ele e por Bruna Fachetti. “Eat é sobre dois homens que estão presos dentro de um frigorífico abandonado, onde eles já estavam aprisionados em trabalho escravo. Há uma denúncia e uma fiscalização por conta desse trabalho escravo e esses dois homens, ao se esconderem, acabaram ficando presos de fato lá dentro. Só resta agora uma peça de carne. Um deles, ironicamente, ainda é vegetariano. Eles têm personalidades completamente diferentes. E a peça é sobre isso, sobre o relacionamento desses dois homens nos seus últimos dias de vida. Será? Não sabemos. Vão ser resgatados? Não vão? Vão se matar? Não vão? A peça é sobre isso. Explora a condição humana dentro de condições extremas, não só físicas, como psicológicas”, conta Bruna. Em Los Angeles, a diversidade linguística é uma das maiores do mundo. Segundo dados do U.S. Census Bureau e do Departamento de Planejamento da cidade, estima-se que sejam faladas entre 185 e 220 línguas diferentes no condado. Mas a cidade respira espanhol, presente em vitrines, rádios, canais de TV e programas locais, refletindo a grande comunidade hispânica da região. Também há produções e transmissões em línguas como coreano, mandarim, cantonês e armênio, atendendo às múltiplas comunidades de imigrantes. No entanto, apesar de existir uma comunidade brasileira significativa, o português ainda é praticamente invisível na cena cultural e midiática da cidade, tornando iniciativas como a estreia de “EAT” uma verdadeira novidade e um marco de representatividade. “A comunidade brasileira aqui é muito grande. A gente até se assusta com o tanto de gente brasileira que tem. Mas de fato, a maior diversidade que existe são peças em espanhol. Então, a gente está fazendo uma coisa muito inovadora, botando o pé na porta. Vamos falar em português. E eu acredito que desde o ano passado, principalmente com 'Ainda Estou Aqui' e o Oscar, a gente começou a se ver mais enquanto uma comunidade, a se unir e a entender o tamanho do nosso potencial, da nossa força", avalia Bruna Fachetti. "E parte dessa força está na língua portuguesa. Então, faz sentido a gente fazer em português. Acho que muita gente aqui sente falta também de ter alguma coisa na língua materna”, diz a atriz e diretora. Mais representatividade Bruna Fachetti vive um momento intenso em Hollywood. Em outubro, ela estreou na série “Monstro: A História de Ed Gein”, uma produção de Ryan Murphy para a Netflix. Ela entra em cena no quinto episódio. “Foi um desafio muito gostoso porque é um true crime story, baseado em fatos, com um elenco completamente estrangeiro. Eu falando alemão, representando uma judia na época do Holocausto. Foi um desafio muito grande como brasileira, mas me abriu novas portas e espero que também acrescente na questão da diversidade brasileira nas telas americanas.” Essa experiência reflete também uma dificuldade recorrente para atores brasileiros: encontrar papéis que reconheçam a identidade e a língua. Muitas vezes, ao buscar perfis latinos ou internacionais, os castings acabam privilegiando características de outros países da América Latina, deixando os brasileiros em um espaço de indefinição. “Ainda é um desafio, mas a gente está chegando lá. Enquanto latinos, a gente ainda não é parte da comunidade completamente por conta do português. Também tem uma questão étnica nossa, de que não veem a gente como latinos. Eles ainda trabalham dentro de um estereótipo do que é um latino. Então, para a gente é um desafio muito grande", detalha. "Quando eles fazem um casting para um latino, estão buscando gente da Colômbia, do México, de todos os lugares da América Latina. Mas em relação aos brasileiros, eles ainda não sabem muito bem como nos encaixar, eu mesma tenho enfrentado esse desafio e encontrado mais oportunidades como europeia do que como brasileira de fato", finaliza.

Podcasts de Ecologia/Composições musicais/Natureza Ecology Podcasts/Musical Compositions/Nature

Grandes centros urbanos deveriam investir mais em transportes alternativos do que alargar avenidas para mais carros! Grandes centros urbanos tendem a ser projetados para pessoas ricas que têm condições de possuir carro. Numa foto espantosa de Xangai feita em 1991, multidões de ciclistas atravessam uma ponte a caminho do trabalho. Os únicos veículos motorizados visíveis são dois ônibus. Essa era a China dos anos 1990: um "Reino da Bicicleta" em que 670 milhões de pessoas possuíam bicicleta. Os governantes ainda estavam seguindo a orientação de Deng Xiaoping, que definiu a prosperidade como "uma bicicleta em cada casa". Hoje a China é o reino das rodovias de oito pistas. A maioria das megacidades de baixa e média renda pelo mundo afora abandonaram a bicicleta, mas agora precisam recuperá-la. As chamadas megacidades modernas (definidas como aglomerados de pelo menos 10 milhões de habitantes) são os maiores assentamentos humanos da história – e estão crescendo sem parar. O mundo tinha dez megacidades em 1990 e 33 em 2018; segundo as Nações Unidas, terá 43 até o ano 2030. Mais de um terço do crescimento demográfico se dará na Índia, China e Nigéria. Mais carros significarão mais congestionamentos e mais efeitos nocivos às pessoas, ao planeta e à vida urbana. Felizmente, é perfeitamente viável que esses lugares voltem a tornar-se reinos da bicicleta. [...] Muitas megacidades ainda estão em fase suficientemente inicial de seu desenvolvimento para poderem evitar o desvio equivocado em direção aos carros seguido pelas cidades europeias após a guerra. Os prefeitos deveriam estar construindo infraestrutura de recarga de e-bikes, não mais avenidas arteriais. Algumas pessoas têm medo de andar de bicicleta em cidades assoladas pelo crime. Mas muitas pessoas em outras megacidades anseiam por andar de bicicleta. Quase metade dos chineses dizem que gostariam de usar bicicleta para ir e vir do trabalho diariamente, enquanto outros 37% prefeririam ciclomotores ou motonetas. O passo seguinte, algo que já vem sendo feito em cidades de renda alta, é substituir os caminhões de entrega por bicicletas de carga. Quantas vezes um denso emaranhado de problemas tem uma solução única, barata, verde, saudável e low-tech? As cidades inteligentes vão implementar essa solução. Fonte (texto e créditos): https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2022/06/megacidades-pobres-deveriam-investir-em-postos-de-recarga-para-bikes-eletricas-nao-em-avenidas.shtml?utm_source=sharenativo&utm_medium=social&utm_campaign=sharenativo Imagem (créditos): Carros parados em trânsito de Xangai, na China - Aly Song - 10 mar. 2021 / Reuters. Trilha sonora (créditos): https://www.youtube.com/watch?v=4_u2Gf7c5YY. NOSTALGIAS | NATIVE AMAZING MUSIC | FLUTE COVER BY WUAUQUIKUNA |

Conversas Sinceras sobre Viver e Morrer
#04 - O IMPACTO DO DIAGNÓSTICO DE UMA DOENÇA GRAVE NA FAMÍLIA

Conversas Sinceras sobre Viver e Morrer

Play Episode Listen Later Oct 23, 2025 39:38


O impacto do diagnóstico de doença grave na famíliaUm diagnóstico de uma doença grave nunca afeta só o paciente, mas toda a sua família e seu núcleo mais próximo de relações. Muitas vezes, ele cria ou aprofunda silêncios, transforma relações, altera papéis sociais e dinâmicas familiares. Os sentimentos tendem a ficar mais aflorados, as interrogações circulam por toda a parte e a comunicação pode ficar complexa.A lida do cuidado, das idas a hospitais, acompanhamento e efeitos de tratamentos também alteram a rotina.Neste quarto e último episódio do 5º Fórum AnaMi de Cuidados para Pessoas com Doenças Graves, vamos ver que é valioso identificar as cascas de banana que podem surgir por falta de comunicação para evitar que novas camadas de sofrimento surjam em um momento que já é suficientemente desafiador...Se você é paciente ou familiar impactado por uma doença grave, é mais do que bem-vindo à nossa Casa Lavanda: uma rede social que abriga uma comunidade virtual de acolhimento e informação. Um ambiente de trocas entre iguais, grupos de apoio, aulas, encontros e tudo o que pode te beneficiar a atravessar essa jornada de uma maneira melhor. Você pode participar da cidade, estado ou país onde estiver e é tudo de graça! É só chegar :) https://casa-lavanda.circle.so/c/boas-vindas/ ....................Instituto Ana Michelle Soares e A.C.Camargo Cancer Center apresentam:5º Fórum AnaMi de Cuidados para pessoas com Doenças GravesUma produção do Movimento inFINITOProdução: Maju Almeida, Larissa Barros e Flavio VieiraDireção-geral e produção-executiva: Gustavo CabralApresentação e roteiro: Juliana Dantas e Tom AlmeidaEdição e fotografia: Vitor BergomiMaquiagem: Larissa OliveiraGravado no estúdio Jacarandá Áudio, em São Paulo.Alimentação: Casa Catering Pré-Produção: Camila Santos Operadores de câmera: Rafael Bonini, Caio Brandão e Thiago TrindadeOperadora de áudio: Jennifer RodriguesAgradecimentos especiais: Alvenir Soares, Samuel Soares e a todo o staff de voluntariado da Casa Lavanda.Siga: https://www.instagram.com/paliativas/

Podcast JR Entrevista
‘Mais de 90% das ações contra cias aéreas estão no Brasil', diz presidente da Anac

Podcast JR Entrevista

Play Episode Listen Later Oct 23, 2025 33:44


O convidado do JR ENTREVISTA desta quarta-feira (22) é o diretor-presidente da Anac (Agência Nacional de aviação Civil), Tiago Faierstein. Ao jornalista Yuri Achcar, ele fala sobre o custo das passagens aéreas, o trabalho para aumentar a oferta de voos e a escassez de recursos enfrentada pela agência. Empossado na Anac no último dia 17 de setembro, Faierstein destaca que 60% dos valores de passagens aéreas praticados no país sofrem influência do dólar. "Isso a Anac não consegue controlar. Mas consegue ajudar nos outros 40%, procurando aumentar a oferta de assentos, ou atraindo novas companhias aéreas, ou ajudando as atuais a terem mais aeronaves, mais malhas, mais rotas. Estamos conversando bastante com o setor para que a gente amplie essa oferta de assentos e tenha uma redução do custo da passagem", garante, ressaltando que as empresas do setor ainda enfrentam consequências da pandemia de Covid-19. "O mercado de aeronaves, peças, manutenção, ainda não recuperou a capacidade de atendimento. Muitas aeronaves de companhias aéreas aqui do Brasil estão em solo, aguardando em filas para manutenção. Além disso, a gente tem três companhias no Brasil, e as três ou passaram ou estão passando por um processo de recuperação judicial", observa. Esse cenário, segundo o diretor-presidente, contribui para o alto custo das passagens, que também sofre influência do que Faierstein classifica como “indústria de judicialização”. "Mais de 90% das ações judiciais contra companhias aéreas no mundo estão no Brasil, sendo que nós respondemos apenas por 3% do tráfego aéreo mundial. As companhias aéreas têm custos bilionários por ano com essa judicialização alta. Hoje, tem escritórios de advocacia que esperam um passageiro na porta do avião para pegar uma procuração e entrar com um processo judicial. Isso se reflete no custo da passagem."Outro aspecto abordado na entrevista é a falta de recursos enfrentada pela Anac. Segundo Faierstein, a agência tem 30% do orçamento que tinha em 2015. "Precisamos urgentemente recompor o orçamento, porque pouco orçamento para a Anac significa menos fiscalização. E estávamos com provas de pilotos suspensas e provas de comissários também suspensas por quase um ano. Agora, em outubro, vamos voltar à prova de comissários de voo", relata. "A gente já está conversando com o governo, já está tendo ajuda do Ministério de Portos e Aeroportos, do ministro Silvio Costa Filho. Ele fez um aporte financeiro na agência neste ano para poder ajudar", conta. O programa também está disponível na Record News, no R7, nas redes sociais e no RecordPlus.

Dia a dia com a Palavra
Pode me contar sua experiência?

Dia a dia com a Palavra

Play Episode Listen Later Oct 23, 2025 1:11


Você pode me falar sobre sua experiência?Essa é uma pergunta muito comum numa entrevista de emprego. Ter experiência no trabalho é importante. Tão importante que muitas vezes aqueles que não têm experiência perdem boas oportunidades.Mas a experiência é apenas parte do processo. Quem está numa entrevista de emprego também precisa demonstrar conhecimento na área de atuação. Enquanto a experiência é a parte prática, o conhecimento é a teoria.Muitas vezes um bom profissional perde uma oportunidade por não ter a formação adequada.O Salmo 18 no verso 30 diz o seguinte: "O caminho de Deus é perfeito; a palavra do Senhor é confiável; ele é escudo para todos os que nele se refugiam."Leio esse verso e percebo as duas coisas: conhecimento e experiência.Ele fala que a Palavra de Deus é confiável, significa que Ele a conhecia, Ele lia e estudava. Mas o texto também fala de experiência. O salmista usa expressões como: perfeito, escudo, refúgio. Todas elas apontam para experiência.Na vida profissional você precisa ter conhecimento e experiência. E na vida com Deus é igual. Uma sem a outra não adianta muito. Pense nisso!

UNIFAL-MG OFICIAL
NAF Previdência em Podcast: Benefício de Prestação Continuada [Ep. 3] - Por Lays do Reis Ferreira

UNIFAL-MG OFICIAL

Play Episode Listen Later Oct 23, 2025 3:25


O terceiro episódio da série sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC) do NAF Previdência em Podcast traz um tema especial em alusão ao Outubro Rosa: os direitos previdenciários das mulheres com câncer de mama. Quem conduz o podcast é Lays dos Reis Ferreira, acadêmica do mestrado em Gestão Pública e Sociedade da UNIFAL-MG.Neste episódio, a mestranda explica que além dos desafios físicos e emocionais, o diagnóstico do câncer de mama muitas vezes traz impactos financeiros que podem ser amenizados por meio de benefícios garantidos pela Previdência Social.“O nosso papo hoje vai além da prevenção. Muitas vezes, além do impacto emocional e físico, o diagnóstico traz também desafios financeiros. E é aí que entram os direitos garantidos pela Previdência Social”, destaca.Entre os principais benefícios abordados, está o auxílio por incapacidade temporária, antigo auxílio-doença, destinado a seguradas que ficam impossibilitadas de trabalhar durante o tratamento, como cirurgias, quimioterapia ou radioterapia. Para ter direito, é necessário estar contribuindo para a Previdência Social ou dentro do chamado período de graça.Conforme a acadêmica, se a incapacidade se tornar permanente, a segurada pode solicitar a aposentadoria por incapacidade permanente, desde que a perícia médica do INSS comprove que não há condições de retorno ao trabalho.Outro direito destacado por Lays Ferreira é a isenção de Imposto de Renda para mulheres com câncer de mama que recebem aposentadoria ou pensão. A isenção vale mesmo quando a doença está controlada, mas precisa ser solicitada formalmente junto à fonte pagadora, apresentando laudo médico oficial.“Neste Outubro Rosa, além da prevenção, é importante que se espalhe informação. Compartilhe este episódio e ajude outras mulheres a conhecerem seus direitos previdenciários”, incentiva a apresentadora.O podcast é veiculado pela Rádio Federal FM de Alfenas (FM 101,3). Ouça em Federal FM.O NAF Previdência em Podcast é produzido pelo Núcleo de Apoio Fiscal (NAF) da UNIFAL-MG, do campus Varginha. A iniciativa é desenvolvida como projeto de extensão universitária e é coordenada pelo professor Wesllay Carlos Ribeiro e pela professora Larissa Gonçalves Souza, ambos do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA).

E eu com isso?
#345 Antissemitismo nas universidades

E eu com isso?

Play Episode Listen Later Oct 22, 2025 43:27


Nos últimos meses, um aumento de incidentes antissemitas tem chamado atenção em universidades de países como França, Reino Unido, Alemanha e Espanha. Muitas vezes, críticas ao governo de Israel, que são legítimas em uma democracia, muitas vezes ultrapassam fronteiras e se transformam em hostilidade contra judeus e judias.Movimentos como o BDS e certos discursos políticos têm sido apontados como fontes de intimidação para estudantes judeus, que relatam evitar usar símbolos judaicos ou expressar sua identidade por medo de represálias. Há também críticas à lentidão das universidades em reagir a casos de antissemitismo e também ao silêncio ou cumplicidade de parte do corpo docente. Para conversar sobre o tema com a gente, convidamos o Edgar Santos que é ativista e estudante da Universidade de Bristol, onde estuda Filosofia e Língua Portuguesa. Ele é membro da Union of Jewish Students (UJS) e presidente da Associação de Estudantes Judeus da Universidade de Bristol (Jsoc), onde representa estudantes judeus no espaço político no Reino Unido, na Europa e em Israel na luta contra o antissemitismo e na promoção dos direitos no meio universitário. Atualmente, faz um intercâmbio com o Labô na PUC, até Dezembro. Vive em Londres, embora tenha nascido em Portugal e seja filho de pais brasileiros.

Café com Tulipa
CT 3533 - Vivendo para o Senhor

Café com Tulipa

Play Episode Listen Later Oct 22, 2025 3:12


Como o Senhor quer que você viva? Muitas vezes temos dúvidas sobre isto e nos perguntamos se estamos vivendo como deveríamos. Para termos uma resposta segura para estas questões precisamos nos debruçar sobre as Escrituras, pois nelas o Senhor nos instrui a respeito do tipos de vida que ele quer de nós. Conhecendo a Palavra saberemos se estamos vivendo para o Senhor em todas as situações.

Inteligência para a sua vida
#1417: APRENDA A LER A BÍBLIA COM FÉ E IMAGINAÇÃO

Inteligência para a sua vida

Play Episode Listen Later Oct 21, 2025 14:40


Muitas vezes lemos a Bíblia com pressa e deixamos passar riquezas preciosas.Quando você combina fé e imaginação, a meditação te mostra a direção e revela o que precisa ser feito. Assim, a fé em ação faz a Palavra sair do papel e se cumprir na sua vida.Medite conosco em Mateus 17 e aprenda como viver a Palavra na prática.

CEI DE CABO FRIO
FIQUE TRANQUILO, Deus tem um PLANO! - Pr. Glauter Ataide

CEI DE CABO FRIO

Play Episode Listen Later Oct 21, 2025 47:53


Nesta mensagem, o Pr. Glauter Ataide, com o texto em Filipenses, capítulo 2, versículos 5 ao 8, nos traz uma reflexão sobre a obediência de Jesus, o nosso exemplo.Muitas vezes olhamos para o presente e não entendemos o que Deus está fazendo. As situações parecem fugir do controle, os caminhos se tornam confusos, e o coração é tentado a duvidar. Mas a vida de Jesus, descrita nesse texto de Filipenses, nos ensina uma verdade poderosa: Deus sempre tem um plano — e Ele sabe o que está fazendo.Jesus, sendo o próprio Deus, abriu mão de sua glória e se fez homem. Ele se esvaziou, assumiu a forma de servo, e caminhou o caminho da obediência, mesmo que esse caminho o levasse à cruz. Aos olhos humanos, tudo parecia um fracasso. Mas, na verdade, era o plano perfeito de Deus sendo cumprido.O sofrimento de Cristo não foi o fim, mas a ponte para a salvação. Aquilo que parecia derrota se transformou em vitória eterna. Assim também é com a sua vida: o que hoje parece confuso ou doloroso pode ser o exato cenário onde Deus está desenhando o Seu propósito.Às vezes, Deus não explica — Ele apenas convida a confiar. Jesus confiou. Ele não resistiu ao plano, mas se rendeu à vontade do Pai. E por isso, Deus o exaltou soberanamente.Quando você escolhe descansar em Deus, Ele transforma a sua dor em propósito, e o seu desespero em testemunho.Conclusão: Fique tranquilo. Mesmo que você não entenda o processo, Deus entende o propósito.Ele não perdeu o controle, e nada foge do Seu plano.Assim como Jesus foi exaltado depois da cruz, você também verá a glória de Deus depois do seu vale.Confie, espere e mantenha o coração em paz — o plano de Deus nunca falha.Se esta mensagem edificou a sua vida, curta e compartilhe.Deus te abençoe!

Flow Sport Club
FLAMENGO VENCE FREGUÊS PALMEIRAS E CAMPEONATO FICA ABERTO COM MUITAS POLÊMICAS - VARzea

Flow Sport Club

Play Episode Listen Later Oct 20, 2025 181:54


Café com Tulipa
CT 3525 - Fale com Sabedoria

Café com Tulipa

Play Episode Listen Later Oct 14, 2025 2:40


Nossas Palavras, muitas vezes, nos traem, pois falamos mais do que devemos, impensadamente, apressadamente. É sábio falar menos e ouvir mais, é sábio falar com cuidado e pensar bem antes de dizer qualquer coisa. Falar demais revela imprudência e falta de sabedoria. Muitas vezes a Escritura nos recomenda falar com parcimônia. Fale com sabedoria e seja benção para todos que ouvem.

Podcast Ministério Fronteira
Descobertas: abra seus olhos para ver

Podcast Ministério Fronteira

Play Episode Listen Later Oct 12, 2025 41:11


Muitas vezes chamamos o desconhecido de descobertas. Pr. Alvaro Cruz medita sobre a passagem de Lucas 24 e nos ensina, de forma prática, como abrir os olhos para ver o que é necessário. 

Brasil-Mundo
'A escrita foi meu caminho de cura', diz Lázaro Ramos em Portugal

Brasil-Mundo

Play Episode Listen Later Oct 12, 2025 4:57


Em entrevista à RFI, o ator, diretor e escritor Lázaro Ramos fala sobre literatura, identidade e o prazer da leitura em família. Entre Lisboa e novos projetos, ele revela que escrever foi uma forma de se curar e de inspirar outras pessoas. Lizzie Nassar, correspondente da RFI em Lisboa De passagem por Lisboa, onde participa de encontros literários, Lázaro Ramos fala com entusiasmo sobre sua fase como escritor. Ele acaba de lançar "Na nossa pele", depois do bem-sucedido "O tom da minha pele", publicado em 2017. “Naquele momento, eu ainda estava me entendendo como autor”, relembra. “Quando lancei 'O tom da minha pele', percebi que aquele livro era também sobre cura, sobre a formação da identidade e sobre minha trajetória como homem negro no Brasil.” Mas, para Lázaro, o impacto maior veio do público: “Quando as pessoas se apropriaram do livro e diziam que ele as ajudava a se descobrir, isso me deu uma grande alegria. A partir daí, tive coragem de lançar "Na nossa pele", que traz temas mais íntimos – histórias da minha mãe, experiências de dor, mas também de superação.” O ator diz ter aprendido que “a partir da dor também se fala de cura”. “Às vezes, uma palavra ajuda a resolver um problema que te acompanha há muito tempo”, resume. “A escrita foi isso para mim.” Do palco para a literatura Conhecido do grande público por papéis marcantes na TV e no cinema, Lázaro Ramos admite que a escrita surgiu sem grandes pretensões. “Eu nunca imaginei, no início da carreira, que o ator viraria escritor. Até uns três anos atrás, a literatura era só prazer, algo que me dava muito afeto. Eu escrevia quando dava tempo, sem compromisso.” Em 2024, ele decidiu se dedicar mais à literatura. Seus livros começam a ser traduzidos para o inglês, espanhol e francês – e Lisboa foi escolhida como ponto de partida dessa nova fase. “Achei que o lugar ideal era vir para Lisboa. É um país de língua portuguesa, e de alguma maneira a CPLP passa por aqui. Estou compartilhando dez livros – para crianças, adolescentes e adultos – que falam de cinema, autoestima, tecnologia e história negra. Quero aproximar mais gente da literatura.” Inspirações As inspirações de Lázaro vêm de uma mistura de memórias e observações do presente. “Costumo dizer que os primeiros livros infantis eu escrevi para a criança que eu fui. Porque na minha infância, eu não tive acesso a livros com personagens que me representassem, com o meu modo de ver o mundo.” Com a chegada dos filhos, os temas se ampliaram. “Quando meus filhos nasceram, comecei a escrever para os adultos que quero que eles sejam. Muitas ideias vêm das nossas conversas. Às vezes, eu não sabia responder uma pergunta e criava rimas para explicar coisas do mundo – o amor, a morte. Essa troca é mútua.” Nos livros voltados para adultos, ele adota um olhar mais coletivo. “Em diário de um diretor, compartilho a relação com minha equipe e os atores, falando de coletividade. Já 'O tom da minha pele' e 'Na nossa pele' parecem biográficos, mas são também observações do nosso tempo. Eu não sei se esses livros vão envelhecer bem, mas foram feitos para melhorar o hoje.” Entre o set e as páginas Além da literatura, Lázaro segue em ritmo intenso nas telas. “Acabei de gravar a terceira temporada de 'Os outros', com Adriana Esteves – é a primeira vez que contracenamos”, conta animado. “Em novembro, começo a gravar uma novela das seis, onde vou interpretar meu primeiro vilão! É uma história linda, com fantasia e um elenco incrível.” Mesmo com tantos projetos, ele aprendeu a administrar melhor o tempo. “Hoje, cada pausa que eu tenho é para estar com minha família. Levo os filhos à escola todos os dias. E aprendi que a gente precisa de uma boa equipe – o excesso de trabalho do ano passado me adoeceu. Agora tenho pessoas maravilhosas comigo, organizando tudo.” A leitura em família Em casa, a relação com os livros é motivo de orgulho. “Sempre fomos aqueles pais que incentivavam os filhos a ler. Desde pequenos, tinham livrinhos de banheira, aqueles que não molham”, lembra. “Agora está acontecendo o contrário: eles é que estão nos indicando livros.” E em casa, o amor pela leitura é compartilhado. “A Taís é uma leitora incrível. Ela lê todos os dias. Eu tenho fases – quando estou muito concentrado em decorar, escolho livros curtos –, mas ela não. Ela lê sempre, com prazer.” “Escrever é um ato de esperança” Entre um projeto e outro, Lázaro fala com serenidade sobre o sentido da escrita em sua vida. “Hoje, eu entendo que escrever é um ato de esperança. É tentar organizar o mundo, curar feridas, dividir o que a gente sente. E se, de alguma forma, isso ajuda outras pessoas a se curarem também, já valeu.”

Imposturas Filosóficas
#2 Filosofe com isso: Arte dos desencontros, Deleuze e Interestelar

Imposturas Filosóficas

Play Episode Listen Later Oct 10, 2025 34:12


Este é o segundo Filosófe com Isso, um podcast extra no qual trazemos indicações do que ler, ouvir e assistir. Muitas destas indicações foram referências para conversas de outros episódios do Imposturas Filosóficas. Nesta semana, trouxemos pensamentos sobre a esquizoanálise, um pouco de poesia e um comentário sobre o filme Interestelar, do Christopher Nolan.ParticipantesRafael TrindadeLinksOutros linksFicha TécnicaCapa: Felipe FrancoEdição: Pedro JanczurAss. Produção: Bru AlmeidaSupport the show

Estudo diario do Tanya Com Rabino Michaan
Tanya 14 de Tishrei Cap 21 Parte 2 -O efeito maior da Tzedaka quando distribuída em muitas vezes

Estudo diario do Tanya Com Rabino Michaan

Play Episode Listen Later Oct 9, 2025 30:02


Tanya 14 de Tishrei Cap 21 Parte 2 -O efeito maior da Tzedaka quando distribuída em muitas vezes

Morgana Secco
Vale a pena ter filhos no mundo de hoje? Alguma vez já achei que não era boa mãe?

Morgana Secco

Play Episode Listen Later Oct 9, 2025 40:14


Muitas mulheres sentem medo de ter filhos no mundo de hoje pelas incertezas, pelas doenças, pela correria e até por achar que talvez não dariam conta.Nesse vídeo, respondi perguntas sinceras sobre maternidade real: o medo, a culpa, o cansaço, as birras, e também a beleza que existe no meio do caos.Uma conversa sem romantizar, mas com o coração aberto sobre o que realmente significa ser mãe e se ainda vale a pena escolher esse caminho.LINK DOS VÍDEOS MENCIONADOS: • https://www.youtube.com/watch?v=MlanKvEbH0Q • https://www.youtube.com/watch?v=MEjNb-iM_FI Vídeo publicado no meu canal do Youtube em 08.10.2025Curso O Essencial da Maternidade: tudo que você precisa saber desde a gestação ate os 6 primeiros anos da criança: https://morganasecco.com.br/essencialRede SociaisYoutube:⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ https://www.youtube.com/@MorganaSecco⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Instagram: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.instagram.com/morganasecco/⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Facebook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.facebook.com/morganasecco⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Tiktok: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.tiktok.com/@morganasecco⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Twitter: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://twitter.com/morganasecco⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Threads: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.threads.net/@morganasecco⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Canal do Schiller (Finanças):https://www.youtube.com/@LuizSchillerNewsletter GRATUITA: https://morganasecco.com.br/newsletterPara pesquisar atrações e atividades para ir em família baixe o app GRATUITO: https://apps.apple.com/no/app/minimap-app/id6446462630

Brasil-Mundo
Atriz brasileira Melissa Vettore faz turnê na Itália com monólogo 'Prima Facie'

Brasil-Mundo

Play Episode Listen Later Oct 4, 2025 7:46


Ela tem mais de 30 anos de experiência como artista, atuando na televisão, cinema e principalmente no teatro. Sua bagagem inclui a interpretação de diversas personagens femininas em palcos de vários países, enfrentando sempre desafios e recitando em cinco línguas diferentes. Agora a atriz brasileira Melissa Vettore encara mais uma empreitada: estrelar na versão italiana do monólogo “Prima Facie”. A tournée na Itália estreou 1° de outubro no teatro Sala Umberto, em Roma, e prevê até março de 2026 pelo menos 20 apresentações em diversas cidades do país. Gina Marques, correspondente da RFI em Roma Escrita pela australiana Suzie Miller, a peça já foi traduzida em 20 idiomas e apresentada em 38 países, inclusive no Brasil, interpretada por Débora Falabella, sob a direção de Yara de Novaes. Na Itália, o diretor suíço Daniele Finzi Pasca e Melissa Vettore compraram os direitos da peça.  O enredo conta a história de Tessa Ensler, uma advogada penalista que frequentemente tem entre seus clientes homens acusados de agressão sexual. Ela passa a confrontar o sistema jurídico quando se torna vítima de um estupro. “Eu ouvi falar deste espetáculo através de um amigo, Mateus Monteiro, um advogado e ator que mora em Londres. Ele me disse: “Olha, é a peça do momento”. Depois eu soube que estavam fazendo no Brasil em português, com um sucesso extraordinário, além do México e em quase 40 países. Eu quis fazer parte desse grupo de mulheres. Nossa companhia é internacional. Os direitos ainda não tinham sido vendidos para o idioma italiano. Por sorte, pois assim foi possível interpretar a peça na versão italiana.” conta Melissa à RFI. “Não é Não” Prima Facie é uma expressão latina que significa a primeira vista. No contexto jurídico se refere a um evento considerado verdadeiro com base na primeira impressão. A peça aborda com intensidade e sensibilidade questões urgentes: violência de gênero, consentimento e a linguagem do poder, destacando a lacuna que frequentemente separa a justiça formal da justiça real. Em vez de focar na violência explícita, a narrativa se concentra no consentimento negado, mal compreendido ou manipulado, oferecendo uma perspectiva crítica sobre uma cultura e um sistema que ainda, com muita frequência, tende a culpar, em vez de ouvir e proteger, aqueles que denunciam. Na trama, a advogada Tessa aceita sair com seu colega de trabalho, com o qual já havia tido uma relação sexual consensual no escritório. A protagonista aceita sair com ele depois do expediente. Durante o encontro em um bar, ela fica bêbada e convida o homem para ir à casa dela. Depois dela passar mal, o homem insiste em fazer sexo, mas ela nega e acaba sendo estuprada. Com coragem, a advogada decide denunciar, mas acaba sofrendo outros tipos de violências e humilhações desde quando apresenta a queixa na delegacia até o julgamento.  “Prima Facie ressalta que não se deve julgar apenas pela aparência. Se uma mulher diz a um homem 'Não. Eu não quero fazer sexo', a vontade dela tem que ser respeitada. Independente se ela estava usando um decote, ficou bêbada e convidou a homem para ir até a casa dela. Não é não” diz a atriz.  Teatro onírico Melissa trabalha há muitos anos com a Companhia Finzi Pasca, fundada pelo seu marido, o ator e diretor Daniele Finzi Pasca. A companhia une teatro, dança, acrobacia, circo, ópera, luzes e outros elementos envolvendo o espectador. Na versão italiana da peça "Prima Facie", o diretor usa recursos oníricos, como folhas de papel que caem do teto e flutuam no ar, uma mesa giratória, telões com projeções de imagens, um jogo de luzes, que se junta ao movimento da atriz para contar uma história dramática.    “O Daniele é um diretor que trabalha com o estupor. Ele toca o coração do espectador, porque o teatro dele fala da fragilidade, do poder de acariciar o espectador", diz a atriz. "O espectador está na mesma situação que você, de fragilidade, de medo, de perigo, assim como um ator”, aponta. Melissa ressalta que a versão italiana da "Prima Facie" realizada pela Companhia Finzi Pasca requer uma concentração ainda maior do ator. “Além de decorar o texto, a interpretação envolve uma interação com um aparelho cenográfico que gira muito forte, coisas que caem do teto, vídeo, luzes, troca de roupas em cena. A cenografia do jogo teatral é muito presente. Agora, o que mais mexeu comigo, tecnicamente, foi como ele (o diretor) posiciona o corpo, o corpo do ator interagindo com este universo extraordinário”, pontua a artista.  Interpretar e várias línguas Melissa Vettore tem a experiência de interpretar em cinco idiomas: português, espanhol, inglês, francês e italiano. “Muitos atores falam como é difícil interpretar em outro idioma. Mas é minha paixão. Estou descobrindo italiano cada vez mais e, me dando essa possibilidade de me expressar nesse idioma, encontrar a tessitura, a sonoridade que me comove. Inclusive acho que as línguas me deram até outras liberdades que eu não tinha falando em português”, revela a brasileira.  Mas a atriz conta que, para se preparar para a peça "Prima Facie", as dificuldades de interpretação foram além do idioma. “São 95 páginas e com termos jurídicos traduzidos em italiano. Então eu demorei bastante. Comecei a me preparar e decorar no começo do ano, a partir de março. Eu tive uma pessoa para me ajudar, uma preparadora, a Ilaria Cangialosi, uma atriz italiana. Foi um preparo longo, porque são 18 cenas. O texto te empurra para frente. Ele te joga. É muito cinematográfico, mas foi intenso.” conta a artista.  No caso da personagem Tessa da peça "Prima Facie" o drama da violência sexual toca profundamente a atriz, que já interpretou mulheres que deixaram marcas na história, como a escultora francesa Camille Caudel e a bailarina norte-americana Isadora Duncan. “A história é dolorida. O tema toca em todas as mulheres, mesmo aquelas que não sofreram alguma forma de violência sexual. Na peça eu lido com respeito. Muitas mulheres ficam profundamente comovidas depois de assistir a peça”, relata.  Na Itália “Prima Facie” conta com o apoio da associação “Differenza Donna” que combate a violência masculina contra as mulheres. “A peça provoca um reviver em muitas mulheres. Por isso, temos uma associação ligada ao espetáculo. As mulheres podem ligar, se informar, pedir ajuda. É uma vontade também da Suzie Miller. Se algumas acabam revivenciando uma violência sofrida, elas podem pelo menos pedir ajuda e se sintir acolhidas” explica Melissa. A peça "Prima Facie" desencadeou no mundo um amplo debate sobre a necessidade de um sistema de justiça mais receptivo às vítimas de crimes sexuais. A indignação pública provocada por suas apresentações em Londres gerou até mesmo mudanças legislativas no Reino Unido e levou a autora Suzie Miller à Organização das Nações Unidas para discutir a abordagem adotada em relação às vítimas de abuso ou assédio sexual.

Meio Ambiente
Amazônia: a equação delicada entre preservação e combate à pobreza

Meio Ambiente

Play Episode Listen Later Oct 2, 2025 36:25


A realização da próxima Conferência do Clima da ONU em Belém do Pará (COP30) aproximará, pela primeira vez, os líderes globais de uma realidade complexa: a de que a preservação ambiental só vai acontecer se garantir renda para as populações locais. Conforme o IBGE, mais de um terço (36%) dos 28 milhões habitantes da Amazônia Legal estão na pobreza, um índice superior à média nacional. Lúcia Müzell, enviada especial da RFI a Belém e Terra Santa (Pará) Ao longo de décadas de ocupação pela agricultura, mineração e extração de madeira, incentivadas pelo Estado, instalou-se na região o imaginário de que a prosperidade passa pelo desmatamento. O desafio hoje é inverter esta lógica: promover políticas que façam a floresta em pé ter mais valor do que derrubada.    Os especialistas em preservação alertam há décadas que uma das chaves para a proteção da floresta é o manejo sustentável dos seus recursos naturais, com a inclusão das comunidades locais nessa bioeconomia. Praticamente 50% do bioma amazônico está sob Unidades de Conservação do governo federal, que podem ser Áreas de Proteção Permanente ou com uso sustentável autorizado e regulamentado, como o das concessões florestais.  A cadeia da devastação começa pelo roubo de madeira. Depois, vem o desmatamento da área e a conversão para outros usos, como a pecuária. A ideia da concessão florestal é “ceder” territórios sob forte pressão de invasões para empresas privadas administrarem, à condição de gerarem o menor impacto possível na floresta e seus ecossistemas.   Essa solução surgiu em 2006 na tentativa de frear a disparada da devastação no Brasil, principalmente em áreas públicas federais, onde o governo havia perdido o controle das atividades ilegais. A ideia central é que a atuação de uma empresa nessas regiões, de difícil acesso, contribua para preservar o conjunto de uma grande área de floresta, e movimente a economia local. Os contratos duram 40 anos e incluem uma série de regras e obrigações socioambientais, com o aval do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). A madeira então recebe um selo de sustentabilidade emitido por organismos reconhecidos internacionalmente – o principal deles é o FSC (Forest Stewardship Council).  Atualmente, 23 concessões florestais estão em operação pelo país. "Qualquer intervenção na floresta gera algum impacto. Mas com a regulamentação do manejo florestal e quando ele é bem feito em campo, você minimiza os impactos, porque a floresta tropical tem um poder de regeneração e crescimento muito grandes”, explica Leonardo Sobral, diretor da área de Florestas e Restauração do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola), parceiro do FSC no Brasil.     "O que a gente observa, principalmente através de imagens de satélite, é que em algumas regiões que são muito pressionadas e que têm muito desmatamento no entorno, a única área de floresta que restou são florestas que estão sob concessão. Na Amazônia florestal sobre pressão, que é onde está concentrada a atividade ilegal predatória, existem florestas que estão na iminência de serem desmatadas. É onde entendemos que as concessões precisam acontecer, para ela valer mais em pé do que derrubada”, complementa.  Manejo florestal em Terra Santa Na região do Pará onde a mata é mais preservada, no oeste do Estado, a madeireira Ebata é a principal beneficiada de uma concessão em vigor na Floresta Nacional de Saracá-Taquera, entre os municípios de Oriximiná, Faro e Terra Santa. Numa área de 30 mil hectares, todas as árvores de interesse comercial e protegidas foram catalogadas. Para cada espécie, um volume máximo de unidades pode ser extraído por ano – em média, 30 metros cúbicos de madeira por hectare, o que corresponde a 3 a 6 árvores em um espaço equivalente a um campo de futebol. A floresta foi dividida em 30 “pedaços” e, a cada ano, uma área diferente é explorada, enquanto as demais devem permanecer intocadas.   O plano prevê que, três décadas após uma extração, a fatia terá se regenerado naturalmente. "Para atividades extrativistas como madeira, a castanha do Brasil ou outros produtos que vem da floresta, a gente depende que ela continue sendo floresta”, afirma Leônidas Dahás, diretor de Meio Ambiente e Produtos Florestais da empresa. "Se em um ano, a minha empresa extrair errado, derrubar mais do que ela pode, eu não vou ter no ano que vem. Daqui a 30 anos, eu também não vou ter madeira, então eu dependo que a floresta continue existindo.”   Estado incapaz de fiscalizar Unidades de Conservação A atuação da empresa é fiscalizada presencialmente ou via satélite. A movimentação da madeira também é controlada – cada tora é registrada e os seus deslocamentos devem ser informados ao Serviço Florestal Brasil (SFB), que administra as concessões no país.  "Uma floresta que não tem nenhum dono, qualquer um vira dono. Só a presença de alguma atividade, qualquer ela que seja, já inibe a grande parte de quem vai chegar. Quando não tem ninguém, fica fácil acontecer qualquer coisa – qualquer coisa mesmo”, observa Dahás.  A bióloga Joice Ferreira, pesquisadora na Embrapa Amazônia Oriental, se especializou no tema do desenvolvimento sustentável da região e nos impactos do manejo florestal. Num contexto de incapacidade do Estado brasileiro de monitorar todo o território e coibir as ilegalidades na Amazônia, ela vê a alternativa das concessões florestais como “promissora” – embora também estejam sujeitas a irregularidades. Os casos de fraudes na produção de madeira certificada não são raros no país.   “Você tem unidades de conservação que são enormes, então é um desafio muito grande, porque nós não temos funcionários suficientes, ou nós não temos condições de fazer esse monitoramento como deveria ser feito”, frisa. “Geralmente, você tem, em cada unidade de conservação, cinco funcionários.”  Em contrapartida do manejo sustentável, a madeireira transfere porcentagens dos lucros da comercialização da madeira para o Instituo Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o SFB, que distribuem os recursos para o Estado do Pará e os municípios que abrigam as Flonas, como são chamadas as Florestas Nacionais.   Populações no interior da Amazônia sofrem de carências básicas O dinheiro obrigatoriamente deve financiar projetos de promoção do uso responsável das florestas, conservação ambiental e melhora da gestão dos recursos naturais na região. Todo o processo é longo, mas foi assim que a cidade de Terra Santa já recebeu mais de R$ 800 mil em verbas adicionais – um aporte que faz diferença no orçamento da pequena localidade de 19 mil habitantes, onde carências graves, como saneamento básico, água encanada e acesso à luz, imperam.  "Quase 7 mil pessoas que moram na zona rural não têm tem acesso à energia elétrica, que é o básico. Outro item básico, que é o saneamento, praticamente toda a população ribeirinha e que mora em terra firme não têm acesso à água potável”, detalha a secretária municipal de Meio Ambiente, Samária Letícia Carvalho Silva. "Elas consomem água do igarapé. Quando chega num período menos chuvoso, a gente tem muita dificuldade de acesso a água, mesmo estando numa área com maior bacia de água doce do mundo. Nas áreas de várzea, enche tudo, então ficam misturados os resíduos de sanitários e eles tomam aquela mesma água. É uma situação muito grave na região.”   Com os repasses da concessão florestal, a prefeitura construiu a sede da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, distribuiu nas comunidades 50 sistemas de bombeamento de água movido a energia solar e painéis solares para o uso doméstico. A família da agente de saúde Taila Pinheiro, na localidade de Paraíso, foi uma das beneficiadas. A chegada das placas fotovoltaicas zerou um custo de mais de R$ 300 por mês que eles tinham com gerador de energia.    "Antes disso, era lamparina mesmo. Com o gerador, a gente só ligava de noite, por um período de no máximo duas horas. Era só para não jantar no escuro, porque era no combustível e nós somos humildes, né?”, conta. "A gente não conseguia ficar com a energia de dia."  A energia solar possibilitou à família ter confortos básicos da cidade: armazenar alimentos na geladeira, carregar o celular, assistir televisão. Um segundo projeto trouxe assistência técnica e material para a instalação de hortas comunitárias. A venda do excedente de hortaliças poderá ser uma nova fonte de renda para a localidade, que sobrevive da agricultura de subsistência e benefícios sociais do governo.  "A gente já trabalhava com horta, só que a gente plantava de uma maneira totalmente errada. Até misturar o adubo de maneira errada a gente fazia, por isso a gente acabava matando as nossas plantas”, observa. “A gente quer avançar, para melhorar não só a nossa alimentação, mas levar para a mesa de outras pessoas."  Acesso à água beneficia agricultura Na casa de Maria Erilda Guimarães, em Urupanã, foi o acesso mais fácil à água que foi celebrado: ela e o marido foram sorteados para receber um kit de bombeamento movido a energia solar, com o qual extraem a água do poço ou do próprio rio, com bem menos esforço braçal. No total, quase 50 quilômetros de captura de água pelo sistema foram distribuídos nas comunidades mais carentes do município.    O casal completa a renda da aposentadoria com a venda de bebidas e paçoca caseira para os visitantes no período da estação seca na Amazônia, a partir de agosto. O marido de Maria Erilda, Antônio Conte Pereira, também procura fazer serviços esporádicos – sem este complemento, os dois “passariam fome”.  "Foi um sucesso para nós, que veio mandado pelo governo, não sei bem por quem foi, pela prefeitura, não sei. Mas sei que foi muito bom”, diz Pereira. "Não serviu só para nós, serviu para muitos aqui. A gente liga para as casas, dá água para os vizinhos, que também já sofreram muito carregando água do igarapé, da beira do rio." Urupanã é uma praia de rio da região, onde o solo arenoso dificulta o plantio agrícola. No quintal de casa, os comunitários cultivam mandioca e frutas como mamão, abacaxi e caju. O bombeamento automático da água facilitou o trabalho e possibilitou ampliar o plantio de especiarias como andiroba e cumaru, valorizados pelas propriedades medicinais. "Para muitas famílias que ainda precisavam bater no poço, foi muito legal. A gente conseguiu manter as nossas plantas vivas no verão”, conta Francisco Neto de Almeida, presidente da Associação de Moradores de Urupanã, onde vivem 38 famílias.  'Fazer isso é crime?' A prefeitura reconhece: seria difícil expandir rapidamente a rede elétrica e o acesso à água sem os recursos da madeira e dos minérios da floresta – outra atividade licenciada na Flona de Saracá-Taquera é a extração de bauxita, pela Mineração Rio do Norte.    Entretanto, o vice-prefeito Lucivaldo Ribeiro Batista considera a partilha injusta: para ele, o município não se beneficia o suficiente das riquezas da “Flona”, que ocupa um quarto da superfície total de Terra Santa. Para muitos comunitários, a concessão florestal e a maior fiscalização ambiental na região estrangularam a capacidade produtiva dos pequenos agricultores.  "Existe esse conflito. Hoje, se eu pudesse dizer quais são os vilões dos moradores que estão em torno e dentro da Flona, são os órgãos de fiscalização federal, que impedem um pouco eles de produzirem”, constata ele, filiado ao Partido Renovação Democrática (PRD), de centro-direita. "E, por incrível que pareça, as comunidades que estão dentro da Flona são as que mais produzem para gente, porque é onde estão os melhores solos. Devido todos esses empecilhos que têm, a gente não consegue produzir em larga escala”, lamenta. A secretária de Meio Ambiente busca fazer um trabalho de esclarecimento da população sobre o que se pode ou não fazer nos arredores da floresta protegida. Para ela, a concessão teria o potencial de impulsionar as técnicas de manejo florestal sustentável pelas próprias comunidades dos arredores de Sacará-Taquera. Hoje, entretanto, os comunitários não participam desse ciclo virtuoso, segundo Samária Carvalho Silva.    “Eles pedem ajuda. ‘Fazer isso não é crime?'. Eles têm muito essa necessidade de apoio técnico. Dizem: 'Por que que eu não posso tirar a madeira para fazer minha casa e a madeireira pode?'", conta ela. "Falta muito uma relação entre esses órgãos e as comunidades”, avalia.    Há 11 anos, a funcionária pública Ilaíldes Bentes da Silva trabalhou no cadastramento das famílias que moravam dentro das fronteiras da Flona – que não são demarcadas por cercas, apenas por placas esparsas, em uma vasta área de 440 mil hectares. Ela lembra que centenas de famílias foram pegas de surpresa pelo aumento da fiscalização de atividades que, até então, eram comuns na região.  "Tem muita gente aqui que vive da madeira, mas a maioria dessas madeiras eram tiradas ilegalmente. Com o recadastramento, muitas famílias pararam”, recorda-se. “Para as pessoas que vivem dessa renda, foi meio difícil aceitar, porque é difícil viver de farinha, de tucumã, de castanha e outras coisas colhidas nessa região do Pará.” Kelyson Rodrigues da Silva, marido de Ilaíldes, acrescenta que “até para fazer roça tinha que pedir permissão para derrubar” a mata. “Hoje, eu entendo, mas tem gente que ainda não entende. O ribeirinho, para ele fazer uma casa, tem que derrubar árvore, e às vezes no quintal deles não tem. Então eles vão tirar de onde?”, comenta. “Quando vem a fiscalização, não tem como explicar, não tem documento.” Espalhar o manejo sustentável A ecóloga Joice Ferreira, da Embrapa, salienta que para que o fim do desmatamento deixe de ser uma promessa, não bastará apenas fiscalizar e punir os desmatadores, mas sim disseminar as práticas de uso e manejo sustentável da floresta também pelas populações mais vulneráveis – um desafio de longo prazo.  “Não adianta chegar muito recurso numa comunidade se ela não está preparada para recebê-lo. Muitas vezes, as empresas chegam como se não houvesse nada ali e já não tivesse um conhecimento, mas ele existe”, ressalta. “As chances de sucesso vão ser muito maiores se as empresas chegarem interessadas em dialogar, interagir e aumentar as capacidades do que já existe. Isso é fundamental para qualquer iniciativa de manejo sustentável ter sucesso”, pontua a pesquisadora.   Um dos requisitos dos contratos de concessão florestal é que a mão de obra seja local. A madeireira Ebata reconhece que, no começo, teve dificuldades para contratar trabalhadores só da cidade, mas aos poucos a capacitação de moradores deu resultados. A empresa afirma que 90% dos empregados são de Terra Santa.  “No início da minha carreira em serraria, eu trabalhei em madeireiras que trabalhavam de forma irregular. Me sinto realizado por hoje estar numa empresa que segue as normas, segue as leis corretamente”, afirma Pablio Oliveira da Silva, gerente de produção da filial. Segundo ele, praticamente tudo nas toras é aproveitado, e os resíduos são vendidos para duas olarias que fabricam tijolos. Cerca de 10% da madeira é comercializada no próprio município ou destinada a doações para escolas, centros comunitários ou igrejas.  Na prefeitura, a secretária Samária Silva gostaria de poder ir além: para ela, a unidade de beneficiamento de madeira deveria ser na própria cidade, e não em Belém. Da capital paraense, o produto é vendido para os clientes da Ebapa, principalmente na Europa.   “O município é carente de empreendedorismo e de fontes de renda. A gente praticamente só tem a prefeitura e a mineração”, explica. “Essas madeireiras, ao invés de ter todo esse processo produtivo aqui... ‘Mas o custo é alto. A gente mora numa área isolada, só tem acesso por rios e isso tem um custo'. Mas qual é a compensação ambiental que vai ficar para o município, da floresta? Essas pessoas estão aqui vivendo, o que vai ficar para elas?”, indaga. Foco das concessões é conter o desmatamento O engenheiro florestal Leonardo Sobral, do Imaflora, constata que, de forma geral no Brasil, as comunidades locais não se sentem suficientemente incluídas nas soluções de preservação das florestas, como as concessões. Uma das razões é a falta de conhecimento sobre o que elas são, como funcionam e, principalmente, qual é o seu maior objetivo: conter o desmatamento e as atividades predatórias nas Unidades de Conservação.  Em regiões carentes como no interior do Pará, esses grandes empreendimentos podem frustrar expectativas. “São problemas sociais do Brasil como um todo. Uma concessão florestal não vai conseguir endereçar todos os problemas”, salienta.    Esses desafios também simbolizam um dos aspectos mais delicados das negociações internacionais sobre as mudanças climáticas: o financiamento. Como diminuir a dependência econômica da floresta num contexto em que faltam verbas para atender às necessidades mais básicas das populações que vivem na Amazônia? Como desenvolver uma sociobioeconomia compatível com a floresta se as infraestruturas para apoiar a comercialização dos produtos não-madeireiros são tão deficientes?   “O recurso que chega do financiamento climático pode ser muito importante para fazer a conservação. Nós temos um exemplo bem claro, que é do Fundo Amazônia”, lembra Joice Ferreira. “Agora, nós temos ainda uma lição a aprender que é como fazer esse link com as comunidades locais, que têm o seu tempo próprio, os seus interesses próprios. Ainda não sabemos como fazer esse diálogo de forma justa.” Entre os projetos financiados pelo Fundo Amazônia, alguns destinam-se especificamente a melhorar as condições sociais das populações do bioma, como os programas da Fundação Amazônia Sustentável e o Sanear Amazônia.   Na COP30, em Belém, o Brasil vai oficializar uma proposta de financiamento internacional específico para a conservação das florestas tropicais do planeta, inspirada no Fundo Amazônia, mas incluindo um mecanismo de investimentos que gere dividendos. A ideia central do Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF, na sigla em inglês) é prever recursos perenes para beneficiar os países que apresentem resultados na manutenção e ampliação das áreas de mata preservadas.  “Somos constantemente cobrados por depender apenas de dinheiro público para essa proteção, mas o Fundo Florestas Tropicais para Sempre representa uma virada de chave”, disse a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, em um evento em Nova York, em meados de setembro. “Não é doação, e sim uma iniciativa que opera com lógica de mercado. É uma nova forma de financiar a conservação, com responsabilidade compartilhada e visão de futuro", complementou a ministra. * Esta é a segunda reportagem de uma série do podcast Planeta Verde da RFI na Amazônia. As reportagens, parcialmente financiadas pelo Imaflora, vão ao ar todas as quintas-feiras até a COP30 em Belém, em novembro. 

Noticiário Nacional
19h PCP afirma que há muitas casas degradadas do Estado

Noticiário Nacional

Play Episode Listen Later Sep 30, 2025 12:20


SNICAST - Podcast da SEICHO-NO-IE DO BRASIL
SNICAST #275 - Vivifique e administre o tempo

SNICAST - Podcast da SEICHO-NO-IE DO BRASIL

Play Episode Listen Later Sep 29, 2025 20:17


Você tem administrado bem o seu tempo?Muitas vezes, deixamos os dias passarem entre obrigações e rotinas, sem perceber que o tempo é um presente divino que pode ser vivificado com alegria, propósito e amor. No SNICAST #275, a Preletora em Grau Máster Maria do Socorro Marques Luz nos inspira a refletir sobre: como dar mais vida ao tempo que temos; a importância de equilibrar espiritualidade, trabalho e lazer; Ensinamentos da Seicho-No-Ie que nos ajudam a viver com mais consciência; como transformar cada instante em uma oportunidade de evolução e plenitude.Dê o play e descubra como transformar seus dias em experiências mais ricas e significativas. Disponível no Spotify, Deezer, Apple Podcasts e também no YouTube da SEICHO-NO-IE DO BRASIL.

Café com Tulipa
CT 3510 - Amor de Fato

Café com Tulipa

Play Episode Listen Later Sep 29, 2025 3:07


Muitas vezes vemos um descompasso entre o que algumas pessoas dizem e o que, de fato, fazem. Há este mesmo descompasso nas pessoas que declaram grande amor por Deus, mas vivem indeferentes em relação às pessoas que o cercam. A Bíblia não deixa dúvidas sobre a relação que existe entre o amor a Deus e ao próximo. É impossível amar a Deus e não ao próximo. Quem declara grande amor por Deus mas é incapaz de amar ao outro está mentindo ou completamente encanado. Amor por Deus, de fato, é visto no amor pelo próximo.

Alta Definição
António José Seguro: “O nosso país precisa de mudar muito. Sinto o Estado a abrir muitas fendas. A nossa democracia tem uma espessura muito fina”

Alta Definição

Play Episode Listen Later Sep 27, 2025 47:21


Em entrevista intimista ao Alta Definição de Daniel Oliveira, António José Seguro revisita a infância em Penamacor, onde a simplicidade e a partilha marcaram os primeiros passos. Entre brinquedos improvisados, jogos de rua e o apoio da família, destaca os valores transmitidos pelos pais, honestidade, ética e trabalho, como pilares da sua vida pessoal e profissional. Seguro lembra a juventude ligada ao associativismo, ao desporto e à cultura, desde a criação de um jornal local à experiência na rádio. Na política, reconhece aprendizagens e dificuldades, mas rejeita ressentimentos. Sobre a candidatura à Presidência da República, afirma sentir um dever cívico e geracional: quer unir os portugueses, promover políticas duradouras e apontar caminhos de mudança estrutural. Destaca a importância de ouvir, decidir com firmeza e agir com coerência. Fora da política, partilha o gosto pela vida familiar, pelas amizades e pelo contacto com a terra. Produz vinho e azeite em homenagem ao pai, projetos que descreve como fonte de felicidade e de ligação às origens. Com humor e serenidade, resume neste Alta Definição de 27 de setembro a sua ambição: “este país tem de mudar para melhor”.See omnystudio.com/listener for privacy information.

SNICAST - Podcast da SEICHO-NO-IE DO BRASIL
SNICAST #274 - Aceite as advertências com docilidade

SNICAST - Podcast da SEICHO-NO-IE DO BRASIL

Play Episode Listen Later Sep 22, 2025 25:10


Quantas vezes, ao sermos advertidos, reagimos com orgulho, resistência ou até mesmo com tristeza? Muitas vezes, enxergamos a advertência como algo negativo, quando, na verdade, ela pode ser um presente valioso da Vida, um instrumento de Deus para lapidar nosso caráter e nos ajudar a trilhar um caminho mais iluminado.Aceitar advertências com docilidade não significa passividade, mas sim humildade, coragem e sabedoria. É reconhecer que, mesmo nos apontando algo que precisa ser ajustado, a advertência pode abrir portas para mais aprendizado, mais harmonia, mais crescimento e mais prosperidade.Neste episódio, você vai se inspirar a olhar para as advertências de uma forma completamente nova: não como críticas ou barreiras, mas como expressões de amor, sabedoria e cuidado da Vida. Neste episódio, recebemos o Preletor em Grau Sênior Regis Yoshio Shimanoe, que nos conduz em uma reflexão transformadora sobre um tema muitas vezes desafiador, mas absolutamente essencial para o nosso crescimento espiritual e pessoal: “Aceitar as advertências com docilidade”.| Conheça o livro "Existe um mundo mais livre"! Para adquirir seu exemplar acesse: https://sni.org.br/existeummundo-pod/| Os livros-textos deste episódio são: A prosperidade está na mente; Canto em Louvor ao Bodisatva que Reflete os sons do Mundo; Sutras Sagradas; O Livro dos Jovens; Para adquirir e estudar ainda mais, acesse: https://snibr.org/livrariapod;| Para encontrar a Associação Local mais próxima de você, acesse: https://rebrand.ly/onde_encontrar;| Quer começar a praticar a Meditação Shinsokan, mas não sabe como? Conheça a Meditação Shinsokan guiada: https://rebrand.ly/shinsokan_7min| Acompanhe também as nossas redes sociais para mais conteúdos e novidades: https://rebrand.ly/FaceSNI (Facebook) e https://rebrand.ly/instaSNI (Instagram);