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História de Imigrante
153. Eu Não Estava Preparada

História de Imigrante

Play Episode Listen Later Dec 4, 2025 20:21


➡️ Precisa de um advogado de confiança em Portugal? Clica no link e fala com a Dra. Nicole e Dra. Julia.https://bit.ly/hiportugal➡️ Tem interesse em cidadania italiana? Fala com Amanda no link:https://bit.ly/hiitalia➡️Terminou de ouvir? Então corre para o nosso grupo no telegram:https://t.me/historiadeimigrante➡️Sobre o episódio 154. Eu não estava preparadaDurante uma viagem ao sul de Portugal, Cida conhece uma brasileira e as duas vivem dias intensos de amizade e liberdade. O que parecia um simples passeio de moto se transforma em algo estranho, cheio de sinais e pressentimentos. Entre o mar, o vento e uma sensação que ela não consegue entender, algo a avisa que o perigo está perto. Depois disso, nada mais seria igual.➡️Se gostou dessa história vai se divertir também com essas...Perdi minha memória na gringa

Livros que amamos - histórias para crianças
Série Religiões: Meu Bindi

Livros que amamos - histórias para crianças

Play Episode Listen Later Dec 4, 2025 9:20


Esse mês eu vou trazer 9 livros que vão levar vcs a um passeio por aspectos de algumas das religiões com mais praticantes no mundo e no Brasil: catolicismo, protestantismo (evangélicos), judaísmo, islamismo, hinduísmo, budismo, espiritismo, além das religiões afro-brasileiras candomblé e umbanda. Atualmente, mais do que nunca, o mundo precisa de tolerância, empatia e respeito a diversidade religiosa. Hoje nosso passeio pelas religiões do mundo aterrissa no hinduismo, a terceira maior religião do mundo, com o livro "My Bindi", ou "Meu Bindi", escrito por Gita Varadarajan, ilustrado por Archana Sreenivasan e não publicado no Brasil, por isso eu traduzi e adaptei especialmente pra esse episodio. Divya tem medo de colocar o bindi pela primeira vez. E se ela for ridicularizada? Como será essa sensação? Mas Amma garante que o bindi lhe trará proteção. Depois de procurar na caixa especial de Amma o bindi perfeito para colocar, Divya se olha no espelho e descobre um novo lado de si mesma, o que lhe dá força.Para acompanhar a história juntamente com as ilustrações do livro, compre o livro aqui: ⁠⁠⁠⁠https://amzn.to/4rda7SZO bindi é um ponto de cor que se usa entre os olhos ou no centro da testa, especialmente entre os hindus, simbolizando o "terceiro olho" (chakra Ajna), o centro da sabedoria e intuição. Esse livro trouxe um aspecto do hinduismo, que é a principal religião na Índia e a terceira maior religião do mundo. Tem um sistema de crenças bastante diversificado, podendo ser considerado politeísta ou monoteísta dependendo de sua vertente. Os vedas são as principais escrituras do hinduísmo e são considerados os textos religiosos, ainda em uso, mais antigos. Brahma, Shiva, Vishnu, Ganesha, Lakshmi são alguns dos seus principais deuses. Fiquem ligados que daqui a 3 dias sai mais um episodio, dessa vez sobre o budismo, não percam! Se vc gostou, compartilhe com seus amigos e me siga nas redes sociais! ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.instagram.com/bookswelove_livrosqueamamos/⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠

O Antagonista
Petista chama criminosos de “otários” e incomoda seminário do PT | Cortes OA!

O Antagonista

Play Episode Listen Later Dec 3, 2025 1:02


O prefeito de Maricá e vice-presidente do PT, Washington Quaquá (foto), voltou a destoar do partido ao chamar os criminosos mortos na megaoperação Contenção, deflagrada em outubro para impedir o avanço territorial do Comando Vermelho (CV), de “otários”.“É óbvio que a polícia do Rio, o Bope, só matou ali, otário, vagabundo, bandido. Eu perguntei aos meus meninos: ‘Tem trabalhador aí?Não, tudo bandido”, disse Quaquá durante um seminário do PT sobre segurança pública, realizado na terça-feira, 2 A declaração do vice-presidente do partido incomodou militantes que estavam na plateia. Leia mais: https://oantagonista.com.br/brasil/petista-chama-criminosos-de-otarios-e-incomoda-seminario-do-pt/"Nunca foi tão fácil se manter bem informado! Conheça nossos planos de assinatura”  https://bit.ly/planos-oa Siga O Antagonista no X:  https://x.com/o_antagonista   Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp. Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais.  https://whatsapp.com/channel/0029Va2SurQHLHQbI5yJN344  Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br 

Helping Teachers Thrive
The Burnout That Changed Everything: Rowena's Story and the Strategies That Brought Her Back

Helping Teachers Thrive

Play Episode Listen Later Dec 3, 2025 42:36


DESCRIPTION:In this powerful episode of Helping Teachers Thrive, former teacher, SENCO and Deputy Head turned burnout coach Rowena Hicks shares her journey through burnout and the lessons she now teaches thousands of educators. We explore the hidden habits and school cultures that push teachers towards exhaustion, and the practical mindset shifts that help you reclaim your wellbeing. Rowena offers simple, research-informed strategies that boost energy, reduce overwhelm and rebuild joy in teaching. This is an essential listen for any teacher who wants to prevent burnout and thrive both professionally and personally.If you would like bespoke support, book a discovery call today: https://calendly.com/tem-helpingteachersthrive/discovery-call KEY TAKEAWAYS:Recognising the early signs of teacher burnout is crucial, as there are often overlooked warning signals.Perfectionism and people-pleasing can trap teachers in cycles of overwork.Spotting the “silent stresses” in colleagues and yourself to stop burnout from escalating.Reassess your to-do list regularly to avoid the risk of burn out.BEST MOMENTS:“I'm a recovering workaholic, recovering people-pleaser… and those traits in many of us can lead to burnout.”“You don't need to constantly prove yourself, as you are enough.”“We only remember the negative… we need to dare to celebrate the positives.”“If our teachers are doing well, our students achieve 20% better”“If you're not allowed to use your most valued strengths, you will shrink into a place where you can't flow.”VALUABLE RESOURCES:https://patreon.com/thehelpingteachersthrivehub?utm_medium=unknown&utm_source=join_link&utm_campaign=creatorshare_creator&utm_content=copyLink www.rowenahicks.comhttps://www.linkedin.com/in/rowenaphicks/https://www.instagram.com/rowenaphicks?utm_source=ig_web_button_share_sheet&igsh=ZDNlZDc0MzIxNw==EPISODES TO CHECK OUT NEXT:https://podcasts.apple.com/gb/podcast/self-care-vs-numbing-how-to-truly-recharge-as-a-teacher/id1681843058?i=1000699110174 ABOUT THE HOST:Since embarking on her teaching journey in 2009, Tem has been on a mission to empower students to reach their fullest potential. Specialising as a Secondary Physical Education Teacher, Tem also has experience in Special Educational Needs (SEN) as a class teacher in an SEN provision. With an unwavering commitment to helping students become the best versions of themselves, Tem believes in the power of education to shape not just academic prowess, but character and resilience. Having mentored numerous teachers throughout her career, she is not only shaping young minds but also nurturing the growth of those who guide them.ABOUT THE SHOW:The podcast for teachers of many years, trainee teachers or Early Career Teachers (ECTs). Join Tem as she delves into the diverse world of teaching, offering valuable insights, tips, and advice on a variety of teaching strategies to help teachers thrive as classroom practitioners. CONNECT & CONTACT: Email: tem@helpingteachersthrive.comLinktree: https://linktr.ee/temsteachingtipsInstagram: instagram.com/temsteachingtipsLinkedIn: linkedin.com/in/tem-ezimokhai-23306a263 Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.

Indagini
Temù (Brescia) – 8 maggio 2021 – Seconda parte

Indagini

Play Episode Listen Later Dec 1, 2025 41:54


L'8 maggio 2021 due sorelle di Temù, in provincia di Brescia, denunciarono la scomparsa della madre: era uscita per una passeggiata e dopo ore non era ancora rientrata in casa. La donna si chiamava Laura Ziliani, aveva 55 anni, le figlie Silvia, 27 anni, e Paola Zani, 19. Il corpo venne ritrovato tre mesi dopo, l'8 agosto, vicino a una pista ciclabile lungo il fiume Oglio. Era stata un'esondazione del fiume a disseppellirlo. Nei tre mesi tra la scomparsa della donna e il ritrovamento del corpo le indagini si erano concentrate sulle sorelle Zani e su un ragazzo che viveva con loro, Mirto Milani, 27 anni, fidanzato della sorella più grande, Silvia, ma che aveva una relazione anche con la più piccola, Paola. In quei tre mesi, Silvia e Paola Zani e Mirto Milani avevano messo in atto una serie di depistaggi grotteschi e incredibili.  Dopo aver ammesso di essere gli autori dell'omicidio dissero di essersi ispirati ad alcune serie televisive: I Borgia, Dexter, Breaking Bad. Fu incredibile, soprattutto per la Corte d'assise e poi per quella d'appello, il motivo con cui i tre imputati tentarono di giustificare l'omicidio. I consulenti che sottoposero i tre a perizia li giudicarono totalmente capaci di intendere e di volere. Secondo i giudici che emisero la sentenza il movente non era quello raccontato dai tre ma non era nemmeno economico, come si era pensato all'inizio. L'omicidio, secondo i giudici, era stato pianificato e portato a termine per cementare la coesione del trio «con un piano cervellotico a cui le serie TV avevano offerto una forte componente di imitazione e ispirazione». Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices

Indagini
Temù (Brescia) – 8 maggio 2021 – Prima parte

Indagini

Play Episode Listen Later Dec 1, 2025 48:05


L'8 maggio 2021 due sorelle di Temù, in provincia di Brescia, denunciarono la scomparsa della madre: era uscita per una passeggiata e dopo ore non era ancora rientrata in casa. La donna si chiamava Laura Ziliani, aveva 55 anni, le figlie Silvia, 27 anni, e Paola Zani, 19. Il corpo venne ritrovato tre mesi dopo, l'8 agosto, vicino a una pista ciclabile lungo il fiume Oglio. Era stata un'esondazione del fiume a disseppellirlo. Nei tre mesi tra la scomparsa della donna e il ritrovamento del corpo le indagini si erano concentrate sulle sorelle Zani e su un ragazzo che viveva con loro, Mirto Milani, 27 anni, fidanzato della sorella più grande, Silvia, ma che aveva una relazione anche con la più piccola, Paola. In quei tre mesi, Silvia e Paola Zani e Mirto Milani avevano messo in atto una serie di depistaggi grotteschi e incredibili.  Dopo aver ammesso di essere gli autori dell'omicidio dissero di essersi ispirati ad alcune serie televisive: I Borgia, Dexter, Breaking Bad. Fu incredibile, soprattutto per la Corte d'assise e poi per quella d'appello, il motivo con cui i tre imputati tentarono di giustificare l'omicidio. I consulenti che sottoposero i tre a perizia li giudicarono totalmente capaci di intendere e di volere. Secondo i giudici che emisero la sentenza il movente non era quello raccontato dai tre ma non era nemmeno economico, come si era pensato all'inizio. L'omicidio, secondo i giudici, era stato pianificato e portato a termine per cementare la coesione del trio «con un piano cervellotico a cui le serie TV avevano offerto una forte componente di imitazione e ispirazione». Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices

Reportagem
Bicentenário de D. Pedro II, o imperador que foi um ‘mediador cultural' entre a França e o Brasil

Reportagem

Play Episode Listen Later Dec 1, 2025 9:18


Dom Pedro II, o segundo e último imperador do Brasil, faria 200 anos neste dois de dezembro de 2025. O bicentenário é uma boa ocasião para relembrar a vida do monarca que governou o país por quase 50 anos e teve uma relação privilegiada com a França. Para o especialista Leandro Garcia Rodrigues, professor da UFMG, o imperador brasileiro deixou “um legado de estadista, tradutor e mediador cultural” entre a França e o Brasil. Mas a cultura brasileira divulgada por ele refletia o espírito eurocentrista da sociedade do século 19.  Adriana Brandão, da RFI em Paris Dom Pedro II foi um soberano culto e erudito. O imperador brasileiro, que subiu ao trono em 1840 antes de completar 15 anos, compreendia 15 línguas, entre elas o sânscrito e o hebreu. Ele é reconhecido como um intelectual do século 19, que apreciava a arte, a literatura e a ciência.   O monarca tinha uma relação privilegiada com a cultura francesa. “A França era uma espécie de pátria intelectual” não só de Pedro II, mas da elite brasileira desde a independência do país de Portugal, em 1822, lembra Leandro Garcia, autor de um pós-doutorado sobre a relação do imperador com a França. O tema foi abordado em um webinário organizado pela Biblioteca Nacional da França (BNF) e ministrado pelo professor para celebrar o bicentenário de nascimento de Pedro II. O fascínio dele pela cultura francesa fica evidente na numerosa correspondência que mantinha. “Foram mais de 30 correspondentes ativos”, revela o professor de teoria literária e literatura comparada da UFMG. Leandro Garcia Rodrigues detalha que a rede de sociabilidade epistolar do imperador era composta por cientistas e literatos. “No caso dos cientistas, especialmente aqueles ligados à egiptologia, porque um dos fascínios de Dom Pedro II era pela cultura egípcia e, na França, especialmente em Paris, havia um núcleo de egiptólogos muito forte no século 19. No mundo dos literatos, foram especialmente poetas.” Viajante incansável  Viajante incansável, o imperador realizou três grandes viagens internacionais durante seu reinado, em 1871, 1876 e 1887. A cada vez, esteve na França, e aproveitou para conhecer pessoalmente os intelectuais ou cientistas com os quais se correspondia.   “Um dos nomes mais importantes para a França e para o Brasil foi o Louis Pasteur, que foi amigo pessoal de Dom Pedro II. Inclusive, Dom Pedro II é um dos fundadores do Instituto Pasteur”, conta Leandro Garcia Rodrigues. Entre os cientistas, vale também destacar o nome de Henri Gorceix, francês fundador da Escola de Minas em Ouro Preto.  Outro correspondente de peso foi o poeta e escritor Victor Hugo, “um dos maiores nomes da literatura francesa”. Dom Pedro II “conheceu Victor Hugo e foi à casa dele pessoalmente em Paris”, relembra o professor. A rede de correspondentes literatos do imperador tem ainda nomes como Chateaubriand, Ferdinand Denis, George Sand, Sully Proudhomme, Alphonse Lamartine, Alexandre Dumas (filho), Stéphen Liégeard que “são nomes importantíssimos para a cultura francesa,”, ressalta.  Divulgando a cultura brasileira “A relação de Dom Pedro II com esse mundo intelectual não era uma relação passiva”, salienta Leandro Garcia Rodrigues. As trocas regulares contribuíram para aumentar os conhecimentos do imperador e para divulgar a cultura francesa no Brasil, mas também para promover a cultura brasileira na França. “Ele não apenas recebia textos literários, poemas, romances, não só da França como de outros países, mas também enviava, mandava textos da literatura brasileira traduzidos nessas línguas, no caso traduzidos para o francês, para serem publicados e divulgados na imprensa francesa”, afirma. Segundo ele, um exemplo dessa mediação foi a divulgação da obra do poeta Gonçalves Dias na França. “Na época, no século 19, o Gonçalves Dias era considerado o mais importante poeta do Brasil. Ele foi amplamente traduzido para o francês a pedido de Dom Pedro II e publicado na imprensa francesa”, informa o professor. No entanto, a cultura brasileira divulgada pelo imperador carregava valores muito diferentes dos atuais e refletia o espírito da sociedade eurocentrista do século 19. Como criticava o grande escritor português Alexandre Herculano, a literatura brasileira dessa época “era escrita no Brasil, mas com umbigo na Europa”. “No século 19, o eurocentrismo era um sentimento muito forte, não se libertava fácil, até porque a gente era uma ex-colônia de um país europeu, no caso, Portugal. Então, a nossa literatura brasileira ainda tinha muitas feições europeias, embora tivesse, por exemplo, elementos nacionais, como no caso do indianismo. Mas eram alguns personagens indígenas, com características morais europeias. Isso era o comum. Eu acho até que não tinha como ser diferente porque a Europa realmente era um parâmetro para os nossos literatos”, contextualiza. Funeral nas ruas de Paris A França foi o país escolhido por Pedro II como terra de exílio depois da Proclamação da República em 1889. Ele morreu em Paris em 5 de dezembro de 1891, aos 66 anos, e foi homenageado com honras de Estado pelo governo francês. Seu funeral repercutiu em toda a imprensa francesa, relata Maud Lageiste, responsável pelo arquivo em português da Biblioteca Nacional da França e pelo site França-Brasil. “O interessante é que no nosso acervo podemos encontrar artigos da imprensa nacional da época sobre o grande funeral em Paris, na Igreja Madalena, em 1891, na imprensa regional. Ou seja, não foi um evento divulgado somente na capital, mas no país inteiro”, indica. O acervo da Biblioteca Nacional da França é rico em documentos que atestam a presença e a relação de D. Pedro II com a França. “São quatro tipos de documentos na BNF em relação ao imperador. Tem várias fotografias de quando ele estava na França, feitas pelo Ateliê Nadar. Nos arquivos de jornais, tem vários artigos sobre sua presença no país. Há também escritos do imperador, como, por exemplo, a tradução das poesias hebraico-provençais. Este livro, publicado em 1891, ilustra bem o homem de cultura humanista que falava 15 línguas. E temos reproduções de cartas do imperador e de seus diários de viagem”, elenca Maud Lageiste. Todos esses documentos estão disponíveis no site da biblioteca digital da BNF. Em Paris, alguns vestígios lembram a passagem do imperador brasileiro pela cidade, como o busto de D. Pedro II na Galeria dos Fundadores do Instituto Pasteur ou a placa em frente ao Hotel Bedford, onde ele morreu, no oitavo distrito de Paris, perto da Igreja da Madeleine. Duzentos anos depois de seu nascimento, o legado deixado pelo segundo e último imperador do Brasil é, de acordo com Leandro Garcia Rodrigues, o de “um estadista, intelectual, tradutor e mediador cultural”. Ele traduziu obras como “As Mil e Uma Noites”, partes da “Divina Comédia” e do “Corcunda de Notre Dame”, além de poemas do romantismo dos Estados Unidos. “O imperador tradutor, a tradução como mediação cultural, é importante e o grande legado dele é no mundo intelectual, especialmente nessa rede de sociabilidade cultural que ele fez”, avalia. Pedro II é lembrado como estadista, “porque sempre realmente colocou o país acima dos seus próprios interesses pessoais”, conclui o professor da UFMG.

Ciência
Fazendeiros registam “aumento de 40%, 60% das plantações”, João N´vula Agritech angolana Kilunga

Ciência

Play Episode Listen Later Dec 1, 2025 7:47


O futuro da agricultura está cada vez mais ligado às novas tecnologias. Em Angola, um dos exemplos é dado pela Kilunga. A Agritech angolana utiliza imagens de satélite e modelos de IA para monitorizar a saúde das culturas em tempo real e combina isso com ferramentas integradas de gestão agrícola, financeira e operacional que permitem a tomada de decisões agrícolas sustentáveis e baseadas em dados. A empresa de tecnologia agricola ajuda os agricultores a tomarem decisões e a melhorarem a produtividade  de forma sustentável. O fundador e CEO da Startup, João N'vula, esteve recentemente em Portugal, na Websummit, a RFI aproveitou a ocasião para descobrir mais sobre o funcionamento de uma empresa como a Kilunga. Nós usamos satélites europeus para ajudar fazendeiros em Angola e agora estamos a expandir para a África, no geral, com a nossa parceria que temos com o Corredor do Lubito. O Corredor do Lobito é um dos corredores logísticos mais importantes de África neste momento. Está a expandir essa importância a nível mundial, inclusive a China, os Estados Unidos e os Emirados também estão com investimento pesado no Corredor do Lobito. E nós estamos lá para digitalizar as fazendas ao longo daquele corredor e expandir as nossas operações lá. O que é que um agricultor que adquira os vossos serviços vai poder ter? O agricultor que adquira os nossos serviços vai poder ter o controle da sua própria fazenda. Isso a nível espacial, a nível financeiro e não vai precisar perder muito tempo naquilo que é a gestão da própria actividade, porque terá tudo num único lugar, tanto a gestão financeira, a gestão de equipa, a gestão de tarefas, o cálculo automático dos custos e consegue ter toda aquela análise, todos aqueles indicadores financeiros que vão lhe ajudar a entender a saúde técnica e também, realmente, financeira da própria fazenda. Então, é isso que nós propomos a ele, rapidez na tomada de decisão e praticidade na visualização dos dados. Quem está no terreno, quem vai fazer o plantio ou a colheita, qual é o tipo de informação que pode recolher? Se vai fazer o plantio, ele vai precisar de dados climáticos. Esses dados climáticos vão-lhe dar quando é que vai chover e fazer o melhor planeamento. Para fazer o melhor planeamento, ele vai precisar cadastrar o talhão, na plataforma ele delimita o talhão. É como se ele estivesse fisicamente a arar a terra, fazer o tratamento e plantar as sementes. Ele faz o registo online, delimita a terra e dá o nome ao talhão, a geo-referência do talhão e as descrições do que vai ser feito aqui no talhão. Depois, vai para a parte do plantio, que está também na plataforma, e aí consegue escolher o talhão, escolher os insumos que vão estar no talhão, que vão estar naquele talhão, e também a data em que o talhão vai ser usado para o plantio. Aí ele consegue automaticamente, com base nesses dados, saber quanto é que ele vai gastar, e por aí já sabe quanto ele vai vender cada produto de maneira a ter o devido rendimento. Há doenças, há pragas, há teor de humidade no solo, … . Em que é que a vossa aplicação pode ajudar o agricultor, as cooperativas?   A plataforma, por oferecer imagens de satélites, vamos lá desmistificar esse ponto... : Quando uma planta está de boa saúde, ela reflecte a luz do solo de uma certa maneira quando está saudável, então, o satélite, ao captar essas imagens, capta aquilo em quatro bandas do espectro eletromagnético, e infelizmente os nossos olhos não conseguem observar, mas o computador observa e o nosso algoritmo pega aquelas bandas e calcula. Assim consegue dar essas informações do índice de vegetação daquela zona e o índice de humidade daquela zona. Ele consegue saber, pelo índice de vegetação, consegue saber se a plantação está boa, onde está boa e onde está má e onde tem humidade ou não tem humidade, onde está completamente seco. Essas informações são cruciais para o monitoramento da fazenda e proporcionar uma actividade mais profissional e realmente mais comercial, porque vai poder ter a capacidade de produzir mais ainda e com mais qualidade.   A partir do momento da recolha até à distribuição, qual é o papel da vossa aplicação?   Os nossos clientes relatam um aumento de 40%, 60% das suas plantações. Então, nós observamos que eles estavam a ter um aumento, mas aí têm que vender a uma velocidade muito grande, porque senão os produtos acabam por estragar. E nós observamos, agora, um outro mercado aí e começamos agora a criar postos logísticos inteligentes para a stocagem (armazenamento) de produtos agrícolas. O que acontecia? Eles têm a necessidade de vender aquilo muito rápido, os escoadores cobravam muito caro, de acordo com a necessidade do cliente. Mas, já com um posto logístico inteligente, ele pode controlar tudo a partir da plataforma, ele tem a possibilidade e tem o tempo de esperar por propostas melhores, para negociar propostas melhores. Então, nós não temos carros para escoar, mas nós oferecemos a possibilidade de estocar. Por isso é que estamos entrando, também, no corredor do Lobito.   Como é que está a ser a aceitação?   Ainda é um problema, por isso é que nós estamos a investir, a levantar capital também para investir pesado na formação. Antes de vir cá, para Portugal, eu estava atrás de uma parceria com Universidade Mandume ya Ndemufayo (UMN)  , uma universidade agrária, e também com alguns centros de formação que são especializados em cursos agrários, de tal maneira a ajudar as pessoas a entender a importância desses dados, a importância de trabalhar com informação precisa de maneiras a melhorar as suas actividades. Então, a literacia ainda é um problema. Tem zonas que nem telemóvel usam, quando usam a rede é escassa. Então, é um problema. Inclusive, eu já pude contribuir com o Governo participando da Estratégia Nacional de Inclusão Financeira. Também falando em inclusão financeira, estamos a envolver o digital. Então, tínhamos que pensar também na distribuição das redes e muito mais, como é que a informação chegaria até lá. Com a minha experiência de campo, com o projeto, já pude contribuir naquela área. E aí o Governo também está a começar a olhar nesse ponto e tentamos tratar aqui da digitalização que vai facilitar também a nossa entrada no mercado.   A nível de área, qual é a área que já tem ao vosso cuidado? Quimbele, agora também estamos, Benguela, Lobito, exatamente, e estamos agora também no Cuanza Norte. São um total de 7 mil hectares. O Lobito estamos a entrar agora e pretendemos já atacar as fazendas que estão ao longo do corredor Lobito. Estiveram presentes na Web Summit, foi importante a vossa presença? Muito importante. Tivemos contacto com investidores internacionais, temos contacto com empresas e empreendedores que realmente podem agregar valor às nossas empresas. Consegui firmar uma parceria que vai levar a nossa solução para um outro nível, vai ajudar com que os nossos fazendeiros tenham portas abertas para o globo, venderem os seus produtos numa única plataforma e também importarem produtos sem múltiplas fontes. Numa única fonte conseguem importar os seus produtos sem ter necessidade de importar de vários pontos e perder a qualidade. Então, se temos um único ponto, onde eles podem confiar. Eles podem, simplesmente, entrar em contacto com aqueles que eles precisam. É, realmente, uma mais-valia para os nossos clientes e também para nós, porque estamos aqui a dar múltiplas oportunidades aos nossos clientes. Então, foi muito, muito, muito importante a nossa presença cá.

Artes
Carolina Bianchi obriga o teatro a repensar o poder masculino na história da arte e das violências sexuais

Artes

Play Episode Listen Later Dec 1, 2025 21:06


A peça “The Brotherhood”, da encenadora brasileira Carolina Bianchi, foi apresentada em Paris, no final de Novembro, no âmbito do Festival de Outono. Este é o segundo capítulo de uma trilogia teatral em torno dos feminicídios e violências sexuais e mostra como uma inquebrantável força masculina tem dominado a história da arte e do teatro, engendrando simultaneamente violência e amor quase incondicional pelos “grandes génios”. “The Brotherhood” é o segundo capítulo de uma obra sísmica, uma trilogia teatral em torno da violência contra as mulheres em que Carolina Bianchi e a sua companhia Cara de Cavalo mostram como o misterioso poder das alianças masculinas tem dominado a história da arte, do teatro e das próprias mulheres. Em 2023, no Festival de Avignon, a encenadora, actriz e escritora brasileira quebrou fronteiras e despertou o teatro europeu para a sua obra com o primeiro capítulo da trilogia “Cadela Força”, intitulado “A Noiva e o Boa Noite Cinderela”. Nessa peça, arrastava o público para o inferno dos feminicídios e violações, a partir da sua própria história, e ingeria a droga da violação, ficando inconsciente durante grande parte do espectáculo. Agora, em “The Brotherhood”, Carolina Bianchi volta a trazer consigo as 500 páginas da sua tese e expõe incontáveis histórias de violência contra as mulheres, glorificadas por Shakespeare, Tchekhov e também tantos dramaturgos e encenadores contemporâneos. Ao mesmo tempo que questiona toda a complexidade que gera a deificação dos “génios” masculinos na história da arte e no teatro, Carolina Bianchi demonstra, com brilhantes laivos de ironia, que os deuses têm pés de barro e que as musas têm uma espada numa mão, mas também uma mão atrás das costas porque - como ela - têm um amor incondicional pelos “mestres”. Este segundo capítulo volta a abrir com uma citação de “A Divina Comédia” de Dante, situando-nos no purgatório e antecipando o inferno. Talvez por isso, uma das primeiras questões colocadas pela actriz-escritora-encenadora é “o que fazemos com esse corpo que sobrevive a um estupro?”, a essa “morte em vida que é um estupro”? O teatro de Carolina Bianchi ajuda a pensar o impensável ao nomear a violência e ao apontar todos os paradoxos intrínsecos ao teatro e à arte: afinal, não é o próprio teatro quem perpetua a “brotherhood”, esse tal sistema que se autoalimenta de impunidade e violência, mas que também se mantém porque “somos todos brotherhood”? Em “A Noiva e o Boa Noite Cinderela”, a principal inspiração de Carolina Bianchi era a artista italiana Pippa Bacca, violada e assassinada. Em “The Brotherhood”, é a poetisa Sarah Kane quem mais a inspira pelo seu amor à poesia e à própria violência. Quase como uma fatalidade, Carolina recorda que Sarah Kane dizia que “não há amor sem violência”. Uma violência que atravessa toda a peça, como um tornado, porque “a violência é uma questão infinita para mim” - explica a encenadora à RFI. Resta saber quanto tempo as placas tectónicas da “brotherhood” no teatro vão conseguir resistir ao tornado Carolina Bianchi.   “The Brotherhood” foi apresentado no Festival de Outono de Paris, de 19 a 28 de Novembro, na Grande Halle de La Villette, onde conversámos com a artista.                                        “O que significa situar-se no teatro depois de voltar do inferno?” RFI: O que é “The Brotherhood” e porque é que lhe consagrou a segunda parte da trilogia “Cadela Força”? Carolina Bianchi, Autora de “The Brotherhood”: “‘Brotherhood' vem de uma expressão da Rita Segato, que é uma antropóloga argentina, que quando eu estava estudando para o primeiro capítulo ‘A Noiva e o Boa Noite Cinderela', eu cheguei a essa nomenclatura. Ela diz ‘brotherhood' para essa essa fraternidade entre homens, em que o estupro é parte de uma linguagem, de uma língua falada entre esses pares. Então, ela coloca o estupro como algo que é uma questão da linguagem com que essa fraternidade conversa, é uma consequência dessa conversa e isso para mim foi muito interessante de pensar porque tem esses aspectos dessa protecção. Fazer parte dessa fraternidade tem coisas maravilhosas e tem coisas terríveis e também acho que o espectáculo revela isso. Essa fraternidade é extremamente nociva, extremamente daninha para os membros dessa fraternidade também, para aqueles que são excluídos da fraternidade, e para aqueles que também fazem parte ela pode ser muito cruel. Acho que a peça busca trazer essa complexidade, é uma situação complexa de como olhar para esse amor que nós temos por essas grandes figuras da arte que se manifestam nesses homens que foram importantes, que são influenciadores, por exemplo, do teatro e em toda parte. O que é que atribui essa fascinação, esse poder e a complexidade que isso tem, as coisas terríveis que isso traz. Acho que é um grande embate com todas as coisas e eu não estou excluída desse embate, dessa contradição. O amor que eu sinto por esses grandes génios também é colocado ali numa posição bastante complexa e vulnerável.” O que faz desse amor que tem pelos “grandes génios”? Como é que, enquanto artista mulher, o mostra e, ao mesmo tempo, o denuncia? Diz que a peça “não é uma denúncia”, mas o que é que se faz com todo esse amor? “Eu acho que essa é uma das grandes perguntas da peça. O que é que a gente faz com todo esse amor? Eu não sei porque continuo habitando esse ponto de sombra, de contradição que é um ponto que me interessa habitar dentro da arte, dentro do teatro. Para mim, é mais sobre essa grande pergunta. Eu não tenho essa resposta. Eu não sei o que a gente faz com esse amor, mas eu acho que poder nomear que esse amor existe e que ele é complexo e que é difícil e que tem consequências e coisas que são dolorosas a partir desse amor foi uma coisa importante para mim. Como eu digo em cena, não é uma peça de denúncia, não é esse o lugar da peça, mas levantar essas questões e olhar do que é feita também essa história da arte. A trilogia toda traz muito essa pergunta: como a arte tem representado ou tem sido um espelho de coisas que, de facto, acontecem na sociedade e mesmo a arte, com toda a sua história de vanguarda e com toda a sua liberdade de certos paradigmas, ela consegue também ainda se manter num lugar de prosseguir com certos tipos de violência.” Em 2023, quando falámos do primeiro capítulo, “A Noiva e o Boa Noite Cinderela”, disse que era “uma antecâmara do inferno, já com um pé no inferno”. Agora abre novamente com uma citação da Divina Comédia. Continuamos no inferno ou estamos antes no purgatório? “Sim. Nesta peça já estamos num purgatório, é acordar no purgatório. Tem uma frase da peça que é: “O que significa situar-se no teatro depois de voltar do inferno?”. Acho que essa frase resume um pouco essa busca de um posicionamento. Eu descreveria a peça como uma grande crise de identidade. Ela parte de uma crise de identidade, como uma jornada nesse purgatório, seguindo um mestre – como Dante segue Virgílio nesse purgatório. O mestre aqui seria um grande encenador de teatro, um grande artista, esses reconhecidos génios como a gente se refere. Acho que seria isso, seria uma jornada dessa tentativa de se situar num contexto do teatro. O teatro não é só um assunto da peça, o teatro é uma forma, é a linguagem como esta peça opera a sua discussão, a sua conversa.” Ao mesmo tempo que o teatro consegue pôr em palavras o que a Carolina descreve como a “fenda” que é a violação, o teatro também perpetua esse sistema de “brotherhood”, o qual alimenta a impunidade e a violência. Por que é que o teatro contribui para a continuação desse sistema e como é que se pode travá-lo? “Aí tem uma pergunta que eu não tenho resposta mesmo e que acho que nem existe: travar uma coisa dessas. Eu acho que sou pessimista demais para conseguir dizer que isso vai acabar. O facto de estar tão imersa nos estudos dessa trilogia vai mostrando que isso, para mim, está longe de terminar. Acho que a gente tem vivido transformações bastante importantes, contundentes, em termos de mudanças mesmo, mas acho que talvez a maior mudança que a gente tem aprendido, falando numa questão de corpos que não estão dentro dessa masculinidade que tem o poder, eu acho que é a questão da autodefesa que a escritora Elsa Dorlin aponta muito bem. Então, acho que uma das estratégias de autodefesa também é conseguir falar sobre certas coisas, é conseguir articular, talvez através da escrita, talvez através desta arte que é o teatro, nomear mesmo certas coisas, trazer esse problema para um lugar de debate. Para mim, a questão das respostas é impossível, é impossível, é impossível. Eu acho que o teatro tem essa história como parte de uma questão da própria sociedade. O teatro começa com esse actor que se destaca do coro, a gente tem a tragédia, a gente tem essa perpetuação dessa jornada heroica, os grandes encenadores, os grandes dramaturgos que eram parceiros dos grandes génios. A gente tem uma história que é feita muito por esses grandes mestres.” Mas, se calhar, as placas tectónicas do teatro podem começar a mudar, nomeadamente com o que a Carolina faz… Um dos intérpretes diz “Somos todos Brotherhood”. A peça e, por exemplo, a parte da entrevista que faz ao encenador “génio” não é a demonstração de que, afinal, não somos todos “brotherhood”? “Aí é que está. Eu acho que não. Eu acho que tem uma coisa que é menos purista nesse sentido do bem e do mal, do lado certo, do lado errado. Eu acho que é justamente isso. Tudo aqui neste trabalho está habitando esse lugar de complexidade, esse lugar de que as coisas são difíceis, é esse pathos que está manchado nesta peça. Então, a questão sobre o reconhecimento, sobre a empatia e também sobre a total distância de certas coisas, ela fica oscilando. Eu acho que a peça traz essa negociação para o público. A gente habita todos esses lugares de contradições. Eu acho que quando aparece esse texto, no final da peça, “tudo é brotherhood”, também se está dizendo muito de onde a sociedade tem as suas bases fincadas e como apenas o facto de ser mulher não me exclui de estar, às vezes, compactuando com esse sistema.” É por isso que se apropria dessa linguagem da “brotherhood”, por exemplo, na forma como conclui a entrevista do encenador “génio”? “Para mim, fazer uma peça sobre a ‘brotherhood', sobretudo usando o teatro como a linguagem principal, tinha a ver também com abrir um espaço para que essa ‘brotherhood' pudesse falar dentro da peça, pudesse se infiltrar dentro da peça e governar a peça. Por isso, essa coisa de uma outra voz que narra a história. Então, para mim, a peça precisava trazer essa ‘brotherhood' como guia, de facto, e não eu tentando lutar contra isso, porque senão acho que isso também revelaria pouco dessa complexidade, desse movimento que a ‘brotherhood' traz. É uma força e uma linguagem e eu precisava falar essa língua, ou melhor, tentar falar essa língua dentro da peça. Acho que isso também revela muito da complexidade minha que aparece ali, não como uma heroína que está lutando contra alguma coisa, mas alguém que está percebendo algumas coisas, mas também se está percebendo a si própria no meio dessa confusão.” Leva para palco essa complexidade, essa confusão. Admite ter sido vítima dessa violência, mas continua atraída por ela e dá a ideia que a violência engendra a violência. Porquê insistir nessa violência que alguém chama de “tornado” dentro da peça? “Porque não tenho outra opção neste momento. Acho que tem uma coisa de uma obsessão com o mal, que combina talvez uma questão para mim de temer muito esse mal, de já ter, em algumas vezes na minha vida, sentido essa força, essa presença, esse mal. Acho que esse mal é algo que temo e, por isso, também me obceca muito. É a linguagem com a qual agora eu consigo articular parte da minha expressão, parte da minha escrita, parte da minha presença. Acho que essa questão da violência é uma questão infinita para mim. Tem uma frase do ‘Boa Noite Cinderela' que é:‘Depois que você encontra a violência, que você sofre uma violência, enfim, você fica obcecada por isso”. Tem uma frase também na própria ‘Brotherhood', quando os meninos estão lendo uns trechos das 500 páginas que me acompanham ali em cena sobre a pesquisa da trilogia, e eles dizem: ‘Bom, então ela escreve: eu não superei o meu encontro com a violência. Eu sou a sua filha'. É impossível. Você fica obcecada.” A Carolina diz, em palco, que já não pode com a palavra violação, com a palavra estupro, que já não pode falar isso… Não pode, mas não consegue parar. É mais uma contradição? “Completamente. Mas isso é muito o jeito que eu opero, é nessa contradição e, ao mesmo tempo, dizendo que se a palavra agora não está carregando essa violência dessa forma, se eu não posso dizer a palavra estupro porque eu estou cansada de me ouvir dizer isso, vem a poesia com a sua forma. E aí a forma do poema é violenta e é isso que eu também estou debatendo ali. Então, é mudar uma forma de escrita e ir para um outro lugar onde essa violência apareça de outras maneiras.” Mas que apareça na mesma? “Não sei porque, para mim, por exemplo, a violência poética é uma outra forma de violência. Se a gente for pensar em termos de linguagem, a forma de um poema tem uma outra maneira de as coisas aparecerem, de a gente descrever as coisas, delas existirem, delas saírem, que é diferente de quando você está trazendo, por exemplo, um material documental para o seu trabalho. São maneiras diferentes de expressar certas coisas. Eu acho que é isso que eu estou debatendo ali no final da peça.” Aí diz que “o melhor caminho para a poesia é o teatro”, citando T.S. Eliot. Porém, também diz que o amor que você precisa não é o teatro que lho pode dar, nem a vida. Gostaria que me falasse sobre o terceiro capítulo da trilogia. Há esperança no terceiro capítulo? “O terceiro capítulo vai falar sobre poesia e escrita que, para mim, são coisas que estão muito perto do meu coração e isso já está apontado no final de ‘Brotherhood'. Sobre a esperança, eu não sei. Eu não sei porque o terceiro capítulo tão pouco vem para concluir qualquer coisa. Vem para ter a sua existência ali. Não sei se, na trilogia, se pode esperar um “grand final”, entende? Acho que a questão da esperança para mim, não sei nem se ela é uma questão aqui. Eu acho que é mais entender o que o teatro pode fazer? O que é que essas linguagens artísticas podem fazer? E, às vezes, elas não fazem muito e outras vezes elas fazem pequenas coisas que também já parecem grandes coisas.” Em si, o que fez? Há uma mudança? “Completamente, Completamente. Acho que a cada espectáculo dessa trilogia é uma mudança enorme porque você fica ali mergulhada em todas essas questões durante muito tempo e vendo a transformação dessas questões dentro da própria peça à medida que a vai repetindo. Porque demanda um tempo para você olhar para aquilo que você fez e ver o que essa coisa faz nas outras pessoas porque você, como directora, pode pensar ‘Ok, eu quero que a peça tenha essas estratégias de comunicação com o público, mas você não sabe, você não tem como saber o que aquilo vai fazer nas pessoas, que sinapses ou que desejos ou que repulsa ou que sensações aquilo vai trazer nas pessoas. Isso, para mim, é um momento interessante do teatro, bonito, essa espécie de ritual em que estamos todos ali, convivendo durante esse tempo, em muitos tempos diferentes - o teatro tem isso, o tempo da plateia, o tempo do palco, são tempos completamente diferentes - e vendo o que acontece.” Uma das questões principais da peça, que anuncia no início, é “o que é que fazemos com esse corpo que sobrevive a um estupro? Essa morte em vida que é um estupro?”. Até que ponto o teatro é, para si, a resposta? “Eu acho que o teatro é uma maneira de se formular a pergunta. Quando a gente vê na peça a pergunta colocada, transmitida por uma pessoa que sou eu, para eu chegar até essa pergunta é muito tempo e é muita elaboração a partir do pensamento do teatro. Então, acho que o teatro me ajuda a conseguir elaborar esses enunciados, essas perguntas, esses enigmas. Eu vejo o teatro como o lugar do enigma, onde o enigma pode existir, onde há coisas que não têm respostas, onde essa complexidade pode existir e pode existir na forma de enigma, de uma forma que não apresenta a solução. Então, acho que o teatro me ajuda a formular as perguntas e isso, para mim, é uma coisa que é muito bonita do teatro, é um lugar de uma honestidade muito profunda, como fazer para se chegar nas perguntas. O teatro é, para mim, o lugar dessa formulação, esse laboratório de formulação dessas perguntas, essas grandes perguntas.” Outra grande pergunta que se ouve na peça é: “Se a brotherhood no teatro desaparece, o teatro que amamos morre com ela? Estamos preparados para ficar sem esse teatro?” A Carolina não está a abrir uma porta para que esse teatro venha a existir? “Não sei se estou abrindo essa porta, mas ao formular essas perguntas, elas também ficam ali, nesse espaço, e agora elas habitam todas essas pessoas que estiveram aqui nestes dias assistindo a este espectáculo. Isso o teatro faz, esse compactuar, essas perguntas, tornar essas perguntas um processo colectivo. Agora essas perguntas deixam de ser perguntas que me assombram e passam a ser perguntas que talvez assombrem algumas pessoas que estiveram aqui. Isso é muito interessante. Mais do que acreditar que você está operando uma grande transformação, eu gosto de pensar num outro ponto, acho que só o facto de abrir essa pergunta, de fazê-la existir agora, colectivamente, isso é um trabalho, esse é o trabalho. Para onde ela vai a partir daqui, nem sei determinar, é um ponto bem nevrálgico do teatro, deixar as coisas ficarem com as pessoas. Eu busco muito esse lugar de não infantilizar o público, de deixar o público ficar com essas perguntas, de deixar o público ficar confuso, perdido. Acho que a gente às vezes ganha muito com isso, ganha muito com a confusão, quando ela é colocada. A gente pode permanecer com o trabalho mais tempo na gente quando ele consegue apontar esses enigmas, quando ele consegue manifestar as coisas de um jeito que a gente precisa pensar, que a gente precisa se debruçar. Nem tudo precisa de estar num tempo de uma velocidade lancinante, onde todas as questões são colocadas e imediatamente resolvidas, até porque essas resoluções, não sei se elas vão ser, de facto, resoluções.”

Dois Empregos
#253 - Aceita XERECARD?

Dois Empregos

Play Episode Listen Later Dec 1, 2025 44:45


A passageira bêbada tenta pagar “de outro jeito”, mas não imaginava o problemão que iria causar…

Brasil-Mundo
'Cada frame é um quadro': o brasileiro que pode chegar ao Oscar com 'Sonhos de Trem'

Brasil-Mundo

Play Episode Listen Later Nov 30, 2025 8:07


Ao entrar no elevador para fazer entrevistas sobre o filme “Sonhos de Trem” (Netflix), a primeira coisa que ouvi de um jornalista americano foi: “Qualquer frame do filme dá um quadro maravilhoso”. Ele não sabia que o diretor de fotografia era brasileiro, mas sem perceber, acabou me dando a manchete e resumiu exatamente o que tantos profissionais têm repetido sobre o trabalho de Adolpho Veloso.  Cleide Klock, correspondente da RFI em Los Angeles O nome de Veloso circula nas principais publicações de Hollywood, entre os favoritos na corrida ao Oscar na categoria de Melhor Fotografia. Nesta última semana, ele já apareceu na shortlist do Critics' Choice Awards, premiação da principal associação de críticos de cinema dos Estados Unidos. Veloso, que mora em Portugal e carrega o Brasil na memória e no olhar, veio a Hollywood para participar do lançamento do filme e das campanhas de premiações. E parece ainda se surpreender com essa repercussão. “É muito louco. Você nunca imagina, quando está filmando, que isso vai acontecer. Não é uma coisa que faz muito sentido, ao mesmo tempo, é tão surreal que eu prefiro nem pensar tanto. E é um ano extremamente difícil, com muito filme bom, acho que é um dos melhores anos do cinema nos últimos tempos”, contou à RFI. Ele confessa que, como muitos artistas, vive crises profundas durante o processo. “É incrível ter esse reconhecimento, principalmente pela quantidade de crises que a gente tem filmando, que você acha que nunca mais vai filmar na vida. A primeira vez que assisti esse filme no cinema, pensei: ‘Meu Deus, isso está horrível, nunca mais vou conseguir trabalho'. E ver essa reação agora, que é o completo oposto, dá forças para seguir”. Memórias e naturalismo Em “Sonhos de Trem”, dirigido por Clint Bentley e inspirado na novela de Denis Johnson, acompanhamos Robert Grainier (Joel Edgerton), um lenhador do início do século XX, que vive longos períodos longe da família. A atmosfera é de recordações borradas, sensações e silêncios, algo que nasceu de forma muito consciente entre Clint e Adolpho. “A gente queria muito que, ao assistir ao filme, parecesse que você estivesse vendo as memórias de alguém, quase como se encontrasse uma caixa com fotos antigas e tentasse entender a vida daquela pessoa, às vezes meio fora de ordem, e você tenta entender quem foi aquela pessoa por aquelas fotos”, explica. Um brasileiro nos anos 1920 Filmado inteiramente no estado de Washington em apenas 29 dias, um feito raro para um longa de época, o projeto exigiu uma maratona por florestas intocadas, vales, zonas devastadas e cenários naturais extremos. A natureza no filme é praticamente uma personagem. “Num filme de época, às vezes é difícil para quem o assiste se conectar, porque tudo é tão diferente. Então queríamos trazer mais realidade, mais conexão. Filmamos só com luz natural e uma câmera bem orgânica, como se você estivesse lembrando de algo que viveu”. Veloso, que nasceu em São Paulo e hoje vive em Portugal, encontrou na história de Grainier uma identificação imediata. “Quando o diretor me mandou o roteiro, pensei: essa vida é basicamente a minha. Esse cara que fica meses longe de casa, trabalhando com gente que talvez nunca mais vai ver… é assim para quem faz cinema. Voltar para casa sempre é estranho, leva dias para sentir que você pertence de novo. Tem as questões de perda, de imigração, da gente ser estrangeiro numa terra diferente, e isso tem consequências”. Olhar brasileiro encontra caminho em Hollywood A trajetória até Hollywood foi, como ele mesmo diz, “aos poucos”. Começou filmando no Brasil, trabalhou com Heitor Dhalia, assinou filmes e documentários, entre eles “On Yoga”, que chamou a atenção de Clint Bentley. Quando Bentley preparava “Jockey” (2021), buscava justamente alguém que transitasse entre ficção e documentários. Encontrou Veloso e o contactou por e-mail. Anos depois, “Sonhos de Trem” se tornaria o segundo filme da dupla. Além de estar nas previsões de Melhor Fotografia para o Oscar, a produção, que já está disponível na Netflix, aparece com possíveis indicações de Melhor Filme, Melhor Ator (possivelmente para Joel Edgerton) e Melhor Roteiro Adaptado. O Brasil que sempre volta Quando lhe pergunto se leva algo do Brasil para seus filmes, a resposta vem quase antes da pergunta terminar: “O nosso jeitinho.” Não no sentido estereotipado, mas na criatividade diante do impossível, no drible às burocracias rígidas de sets americanos. “Aqui tudo é muito engessado e a gente não está acostumado com isso. Aqui, você tem uma ideia e já ouve um não: isso custa tanto, precisa disso, daquilo. E às vezes não precisa de tudo isso. Digo, e se a gente só fizer assim? E funciona.” Reconhecimento Conto a ele que vários jornalistas comentaram comigo espontaneamente sobre a fotografia do filme, sem saber que ele era brasileiro. Veloso abre um sorriso tímido, um pouco surpreso, um pouco orgulhoso. É o tipo de reconhecimento que o Brasil inteiro deveria ouvir. E talvez ouça, quem sabe, no palco do Oscar.

Brasil-Mundo
'Cada frame é um quadro': o brasileiro que pode chegar ao Oscar com 'Sonhos de Trem'

Brasil-Mundo

Play Episode Listen Later Nov 30, 2025 8:07


Ao entrar no elevador para fazer entrevistas sobre o filme “Sonhos de Trem” (Netflix), a primeira coisa que ouvi de um jornalista americano foi: “Qualquer frame do filme dá um quadro maravilhoso”. Ele não sabia que o diretor de fotografia era brasileiro, mas sem perceber, acabou me dando a manchete e resumiu exatamente o que tantos profissionais têm repetido sobre o trabalho de Adolpho Veloso.  Cleide Klock, correspondente da RFI em Los Angeles O nome de Veloso circula nas principais publicações de Hollywood, entre os favoritos na corrida ao Oscar na categoria de Melhor Fotografia. Nesta última semana, ele já apareceu na shortlist do Critics' Choice Awards, premiação da principal associação de críticos de cinema dos Estados Unidos. Veloso, que mora em Portugal e carrega o Brasil na memória e no olhar, veio a Hollywood para participar do lançamento do filme e das campanhas de premiações. E parece ainda se surpreender com essa repercussão. “É muito louco. Você nunca imagina, quando está filmando, que isso vai acontecer. Não é uma coisa que faz muito sentido, ao mesmo tempo, é tão surreal que eu prefiro nem pensar tanto. E é um ano extremamente difícil, com muito filme bom, acho que é um dos melhores anos do cinema nos últimos tempos”, contou à RFI. Ele confessa que, como muitos artistas, vive crises profundas durante o processo. “É incrível ter esse reconhecimento, principalmente pela quantidade de crises que a gente tem filmando, que você acha que nunca mais vai filmar na vida. A primeira vez que assisti esse filme no cinema, pensei: ‘Meu Deus, isso está horrível, nunca mais vou conseguir trabalho'. E ver essa reação agora, que é o completo oposto, dá forças para seguir”. Memórias e naturalismo Em “Sonhos de Trem”, dirigido por Clint Bentley e inspirado na novela de Denis Johnson, acompanhamos Robert Grainier (Joel Edgerton), um lenhador do início do século XX, que vive longos períodos longe da família. A atmosfera é de recordações borradas, sensações e silêncios, algo que nasceu de forma muito consciente entre Clint e Adolpho. “A gente queria muito que, ao assistir ao filme, parecesse que você estivesse vendo as memórias de alguém, quase como se encontrasse uma caixa com fotos antigas e tentasse entender a vida daquela pessoa, às vezes meio fora de ordem, e você tenta entender quem foi aquela pessoa por aquelas fotos”, explica. Um brasileiro nos anos 1920 Filmado inteiramente no estado de Washington em apenas 29 dias, um feito raro para um longa de época, o projeto exigiu uma maratona por florestas intocadas, vales, zonas devastadas e cenários naturais extremos. A natureza no filme é praticamente uma personagem. “Num filme de época, às vezes é difícil para quem o assiste se conectar, porque tudo é tão diferente. Então queríamos trazer mais realidade, mais conexão. Filmamos só com luz natural e uma câmera bem orgânica, como se você estivesse lembrando de algo que viveu”. Veloso, que nasceu em São Paulo e hoje vive em Portugal, encontrou na história de Grainier uma identificação imediata. “Quando o diretor me mandou o roteiro, pensei: essa vida é basicamente a minha. Esse cara que fica meses longe de casa, trabalhando com gente que talvez nunca mais vai ver… é assim para quem faz cinema. Voltar para casa sempre é estranho, leva dias para sentir que você pertence de novo. Tem as questões de perda, de imigração, da gente ser estrangeiro numa terra diferente, e isso tem consequências”. Olhar brasileiro encontra caminho em Hollywood A trajetória até Hollywood foi, como ele mesmo diz, “aos poucos”. Começou filmando no Brasil, trabalhou com Heitor Dhalia, assinou filmes e documentários, entre eles “On Yoga”, que chamou a atenção de Clint Bentley. Quando Bentley preparava “Jockey” (2021), buscava justamente alguém que transitasse entre ficção e documentários. Encontrou Veloso e o contactou por e-mail. Anos depois, “Sonhos de Trem” se tornaria o segundo filme da dupla. Além de estar nas previsões de Melhor Fotografia para o Oscar, a produção, que já está disponível na Netflix, aparece com possíveis indicações de Melhor Filme, Melhor Ator (possivelmente para Joel Edgerton) e Melhor Roteiro Adaptado. O Brasil que sempre volta Quando lhe pergunto se leva algo do Brasil para seus filmes, a resposta vem quase antes da pergunta terminar: “O nosso jeitinho.” Não no sentido estereotipado, mas na criatividade diante do impossível, no drible às burocracias rígidas de sets americanos. “Aqui tudo é muito engessado e a gente não está acostumado com isso. Aqui, você tem uma ideia e já ouve um não: isso custa tanto, precisa disso, daquilo. E às vezes não precisa de tudo isso. Digo, e se a gente só fizer assim? E funciona.” Reconhecimento Conto a ele que vários jornalistas comentaram comigo espontaneamente sobre a fotografia do filme, sem saber que ele era brasileiro. Veloso abre um sorriso tímido, um pouco surpreso, um pouco orgulhoso. É o tipo de reconhecimento que o Brasil inteiro deveria ouvir. E talvez ouça, quem sabe, no palco do Oscar.

Radio Terrana
#13 As ambiguidades da educação digital

Radio Terrana

Play Episode Listen Later Nov 30, 2025 67:58


A Rádio Terrana é um podcast do Pimentalab da Unifesp, um programa sobre ciências terranas, tecnopolíticas e experimentações em tempos de catástrofes. Encruzilhadas sonoras entre práticas científicas, ações de retomada e lutas pelo Comum.Sobre o episódio: Henrique Parra e Samira Correia entrevistam o professor Fernando Quiroga, para tratar de suas pesquisas e sobre tecnologias e educação, assim como seus impactos na formação ambígua de sujeitos e cidadãos.Fernando Lionel Quiroga é professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG). Ele é da área de Fundamentos da Educação e atua no CEAR — o Centro de Ensino e Aprendizagem em Rede — como professor e pesquisador. Também faz parte do Programa de Pós-Graduação em Educação, Linguagens e Tecnologias, no campus de Anápolis. Tem doutorado e mestrado em Ciências pela UNIFESP, é graduado em Educação Física e Pedagogia, e ainda tem uma especialização em Psicopedagogia Institucional. Seus temas de pesquisa giram em torno de educação e tecnologias, políticas educacionais, sociologia da educação e teoria crítica da tecnologia. Ele também escreve como colunista no Blog Brasil 247 (https://www.brasil247.com/authors/fernando-lionel-quiroga), trazendo reflexões sobre educação e sociedade.Samira Correia da Silva é mestranda em Ciências Sociais pela Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo (EFLCH-UNIFESP), sob orientação do professor Henrique Parra. Atualmente pesquisa sobre plataformização e cibermediação no ensino médio público de São Paulo.Ficha Técnica:Participantes da entrevista: Fernando Quiroga, Henrique Parra e Samira Correia.Captação, edição e montagem: Gustavo CardozoProdução:Pimentalab (Laboratório de Tecnologia, Política e Conhecimento, UNIFESP): https://www.pimentalab.net ;Apoio:UNIFESP - PIBEX e Rede Lavits (Latinoamericana de Estudos em Vigilância, Tecnologia e Sociedade): https://www.lavits.org

Dia a dia com a Palavra
Qual é a sua parte?

Dia a dia com a Palavra

Play Episode Listen Later Nov 30, 2025 1:28


Qual é a sua parte?Essa é uma pergunta que você precisa aprender a responder. Do contrário, corre o risco de não fazer aquilo que é sua responsabilidade ou de assumir coisas que nunca foram sua responsabilidade.Imagine que um casal amigo está enfrentando uma crise conjugal e eles te procuram para pedir ajuda. Qual é a sua parte? Ouvir, orientar, orar. Mas cabe ao casal a parte prática do aconselhamento e a luta pela manutenção do casamento. Você não pode estar mais interessado do que o próprio casal nesse processo.Veja o que diz o Salmo 26, nos versos 4 e 5: "Não me tenho assentado com gente falsa e com os hipócritas não me associo. Detesto a assembleia dos malfeitores e com os ímpios não me assento."Pode ser que na vida com Deus você lance sobre Ele muitas de suas expectativas e responsabilidades, incluindo as que são diretamente suas. É preciso tomar cuidado com isso.O salmista registra nesses versos atitudes simples, mas que são de sua responsabilidade: não se associar com ímpios e até mesmo nem sentar com eles.Se não fosse Deus em nossa caminhada estaríamos perdidos. Mas não se engane. Não coloque tudo na conta de Deus. Tem uma parte que é sua, só sua! Assuma essa responsabilidade.

Berg's PodCast
Sempre temos algo de bão...

Berg's PodCast

Play Episode Listen Later Nov 29, 2025 7:21


Você já teve dificuldade em reconhecer seus próprios pontos fortes? Você não está sozinho! Muitos de nós esquecemos o bem que existe em nós.No episódio de hoje, compartilho uma conversa com minha mãe que me lembrou da importância de reconhecer nossas qualidades. É hora de mudar o roteiro e celebrar o que o torna único!Tem alguma qualidadeque você aprecia em si mesmo? Vamos começar uma conversa!

Podcast Amassando o Aro
Amassando o Aro 443

Podcast Amassando o Aro

Play Episode Listen Later Nov 29, 2025 100:05


Entender o basquete nacional não é fácil. Ao mesmo tempo que a procura pelos jogos voltou a crescer e novos nomes surgem, um dos times com maior histórico na modalidade encerra as suas atividades. E pior, encerra com o feminino na final e o masculino indo bem. Mas é como as coisas funcionam no país. O famoso "Se algo não faz sentido nenhum de funcionar de um jeito, mas continua funcionando daquele jeito, é porque provavelmente tem alguém ganhando dinheiro com isto". Começamos com o título hoje e por um bom motivo, é provavelmente a principal história do momento. O Corinthians anunciou o fim do basquete do clube. Muito no mesmo estilo que o São Paulo fez anteriormente. Com as finanças completamente em frangalhos, o Corinthians precisou tomar decisões difíceis. Se elas vão ser levadas até as últimas consequências, isto é, mexer também no time de futebol, nós ainda não sabemos, mas, com as dívidas chegando quase a 3 bilhões de reais, o clube precisava começar a fazer algumas mudanças e elas chegaram. No momento o Corinthians feminino está na final do Paulista feminino com um time recheado de novos talentos e jogadoras selecionáveis. O que vai ser delas depois do fim do time, você me pergunta? Eu não tenho a menor ideia, mas considerando o funcionamento das competições femininas mundialmente, eu sei que elas já estavam contando com mudanças. Já o masculino esta com uma sequencia invicta de seis partidas e senta confortavelmente na quarta posição. Time de um dos prováveis armadores da seleção, e com jovens talentos também selecionáveis, terá esta temporada da NBB como a sua despedida. É triste de ver um time com uma história rica no basquete nacional se despedir assim e, pior, diferente do São Paulo, o Corinthians não vai nem mesmo manter as categorias de base. Em números absolutos, a soma da base e das equipes principais mal pagam dois meses de Memphis no time de futebol, mas é preciso começar de algum lugar... Na NBB, para fechar, caiu o último invicto com derrota em partida emocionante contra o Brasília em casa. Claro que perder por 2 pontos faz parte e o Flamengo já se recuperou rapidamente em seguida vencendo o Rio Claro. Agora o Flamengo enfrenta outra grata surpresa da competição, o Pinheiros, e com direito a lei do ex, uma vez que o antigo técnico do Flamengo e da seleção, Gustavinho, comanda o Pinheiros. Por falar em seleção, o Brasil masculino jogou contra o Chile durante a semana e vai jogar de novo no domingo. É o começo do Pré Mundial das Américas, que vai durar mais de um ano para terminar ( o mundial também é só em 2027) e com regras bem mais confusas do que o necessário. Mas, basta dizer que se seguir a lógica, o Brasil deve ter a vaga confirmada para mais um Mundial de basquete. Aproveitar que ainda estamos em terras brasileiras para dizer que as finais do Paulista feminino começam neste sábado, com o supracitado Corinthians enfrentando as atuais campeãs da LBF, Sesi Araraquara. Tem tudo para chegarmos a 5 jogos, e todos serem incríveis. Na Euroleague, mais uma semana com mais jogos do que é possível comentar em tão pouco tempo. Mas se estes textos podem ser um resumo rápido do que falamos no pod, e espero que sejam, tivemos o Real Madrid ganhando duas partidas seguidas por um ponto apenas, uma aparente chance de recuperação para o nosso cavalo lituano, e, com um terço de campeonato já, temos um líder estreante e um co-líder com o nosso monstrinho no time. Na NBA respondemos questões difíceis como: O que Toronto está fazendo em segundo do Leste? Será que o Knicks vai voltar a jogar um bom basquete ainda nesta temporada? Ou ainda, será que se tivesse rebaixamento na NBA teriam times que a gente teria esquecido que existem? Como podem ver, assuntos sérios e que necessitam de resposta. Então não percam tempo, clica no play e vem com a gente!

Filme Da Semana
#275 - Séries que começaram e acabaram enquanto Stranger Things acontecia

Filme Da Semana

Play Episode Listen Later Nov 29, 2025 27:57


Essa semana peguei um assunto do momento, o lançamento da última temporada de Stranger Things pra falar de outras coisas rsrs Tem crítica do modelo atual de temporadas de séries e dicas de duas ótimas séries que estão finalizadas e disponíveis nos streamings.Me siga no Instagram @filme.da.semanaBluesky @lalarilandTiktok @filmedasemanaEmail (e chave pix) podcastfilmedasemana@gmail.com

Programa Antenados
Antenados #294 - Danilo Gobatto entrevista Gabriel Braga Nunes e Eri Johnson

Programa Antenados

Play Episode Listen Later Nov 29, 2025 69:53


Antenados #294 - Danilo Gobatto conversa com o ator, comediante, apresentador, Eri Johnson, que chega com uma super novidade! É a estreia do programa ‘O Som dos Oceanos', na tela da Band, acompanhando os bastidores e entrevistas com grandes nomes da música, tudo isso, a bordo dos navios de cruzeiro.Tem ainda um bate papo com Gabriel Braga Nunes, que está em cartaz em São Paulo, no Teatro Vivo, com o espetáculo ‘O Filho', com direção de Leo Stefanini! Apresentação, produção e edição: Danilo Gobatto. Sonorização: Cayami Martins

Bibotalk - Todos os podcasts
Cristão pode comer acarajé? – BTPapo 103

Bibotalk - Todos os podcasts

Play Episode Listen Later Nov 28, 2025 60:08


Vamos de ao vivo hoje e responder a clássica pode ou não pode. Black Friday da EBT! Tem que correr pra aproveitar: clique aqui Torne-se mantenedor ou mantenedora do Bibotalk: clique aqui Compre na Amazon pelo link do Bibotalk: https://bibotalk.com/amazon Torne-se um Prime na Amazon: https://amzn.to/43cww5F Vantagens de ser Prime: (1) frete grátis nos produtos […] O conteúdo de Cristão pode comer acarajé? – BTPapo 103 é uma produção do Bibotalk - Teologia é nosso esporte!.

BTCast | Bibotalk
Cristão pode comer acarajé? – BTPapo 103

BTCast | Bibotalk

Play Episode Listen Later Nov 28, 2025 60:08


Vamos de ao vivo hoje e responder a clássica pode ou não pode. Black Friday da EBT! Tem que correr pra aproveitar: clique aqui Torne-se mantenedor ou mantenedora do Bibotalk: clique aqui Compre na Amazon pelo link do Bibotalk: https://bibotalk.com/amazon Torne-se um Prime na Amazon: https://amzn.to/43cww5F Vantagens de ser Prime: (1) frete grátis nos produtos […] O conteúdo de Cristão pode comer acarajé? – BTPapo 103 é uma produção do Bibotalk - Teologia é nosso esporte!.

Trivela
Meiocampo #189 Uma final gigantesca entre Palmeiras e Flamengo

Trivela

Play Episode Listen Later Nov 28, 2025 73:46


O duelo entre Palmeiras e Flamengo coloca as duas maiores potências do continente nos últimos anos frente a frente. Ambos os dominam a Libertadores nas útlimas temporadas e buscam ser o primeiro brasileiro tetracampeão da competição.Tem ainda os destaques da 5ª rodada da Champions League com jogaços (e grandes crises), além da apresentação pela CBF do Fair Play Financeiro do Brasil, na última quarta-feira (2611).INSCREVA-SE NA NEWSLETTER! Toda sexta-feira aberta a todos inscritos com nossos textos sobre o que rolou na semana e às terças com conteúdo exclusivo apenas para assinantes: https://newsletter.meiocampo.net/SEJA MEMBRO! Seu apoio é fundamental para que o Meiocampo continue existindo e possa fazer mais. Seja membro aqui pelo Youtube! Se você ouve via podcast, clique no link na descrição para ser membro: https://www.youtube.com/channel/UCSKkF7ziXfmfjMxe9uhVyHw/joinConheça o canal do Bruno Bonsanti sobre Football Manager: https://www.youtube.com/@BonsaFMConheça o canal do Felipe Lobo sobre games: https://www.youtube.com/@Proxima_FaseConheça o canal do Leandro Iamin sobre a Seleção Brasileira: https://www.youtube.com/@SarriaBrasil

SEXLOG
CONTO | FUI TRABALHAR COM O CUZINHO PREENCHIDO

SEXLOG

Play Episode Listen Later Nov 28, 2025 9:58


Tem um entregador muito safado no restaurante perto do meu trabalho, toda vez que eu agradecia quando ele chegava com o meu almoço, ele sempre respondia que o prazer era todo dele, mas hoje o prazer ia ser nosso! Eu avisei que eu tinha uma entrega para ele e subi na garupa da moto, o safado disse que morava ali perto e me levou pra conhecer a casa dele, ele não tinha ideia que eu estava usando uma surpresinha, mas eu tinha certeza que nos dois iamos voltar satisfeitos daquele almoço. Quer ouvir todos os detalhes picantes dessa história? Não seja tímido, aperte o play!Conto erótico narrado. Locução: @ouveamalu.

Dia a dia com a Palavra
Já sentiu um grande aperto no peito?

Dia a dia com a Palavra

Play Episode Listen Later Nov 28, 2025 1:25


Já sentiu um grande aperto no peito?Tem dias que as coisas estão complicadas demais, difíceis demais, pesadas demais. Parece que nada dá certo. Já se sentiu assim? O Salmo 25 no verso 17 tem um registro bem interessante nesse sentido. O texto diz: "‭‭Alivia-me as tribulações do coração; tira-me das minhas angústias."Lendo todo o salmo, o que você pode perceber é que o salmista estava num dia difícil. No salmo ele fala sobre vários motivos. Não há nada específico e ao mesmo tempo existem todos os motivos do mundo para ele fazer essa oração. A fala é de alguém que sente o peito ser apertado por uma grande dor. Seu coração dói, mas não por enfermidade do corpo, e sim, por enfermidade da alma. Ele se sente triste, atribulado. O pedido a Deus é simples: alívio! Estamos diante de um quadro emocional grave. Se sua oração é nessa linha, não minimize as coisas: você está doente! Mas a responsabilidade de tratamento não é só de Deus. Você tem uma parcela importante nessa conta.É preciso identificar as causas. O que tem apertado o seu peito? A pressão familiar? O trabalho? O medo de algo? A manutenção de uma auto imagem? Certamente Deus ouvirá sua oração e aliviará a dor no seu peito. Mas é hora de tratar a causa e não apenas os sintomas. Faça a sua parte.

Artes
Phoenix RDC: “Eu vou continuar a politicar até não conseguir mais”

Artes

Play Episode Listen Later Nov 28, 2025 11:22


“Último Rapper” é o mais recente álbum de Phoenix RDC. O trabalho é um testemunho que é transmitido por quem tem o poder que faz da palavra e do microfone uma arma. Com as colaborações de Wet Bed Gang, Nenny, Regula, Valete, Carlão, Chullage, Sam The Kid, Sir Scratch, Stereossauro, Missy Bity e Tekilla, o álbum “Último Rapper” é o afirmar de um percurso de engajamento de mais de duas décadas no rap feito em Portugal que abraça a dura realidade com a paixão e olhar atento do cronista Phoenix RDC. Último Rapper é um disco de futuro, Phoenix RDC afirma que vai “continuar a politicar até não conseguir mais”. Phoenix RDC: Hoje em dia há mais trap, é tudo mais cantado, com notas, e como não havia muito disso, eu fui resgatar todos aqueles artistas que também me fizeram gostar de rap, visto que eu também tenho uma boa exposição, hoje sou ouvido mesmo até pelos mais jovens, para não deixar morrer o rap. Porque eu acredito que dentro do rap tem muitos subgéneros, só que o rap não pode morrer por existirem outros subgéneros, e o rap também tem que se manter, Este é um álbum de rap numa era trap. Eu vou continuar a politicar até não conseguir mais. RFI: Há temas, aqui, que fazem observação sobre as redes sociais, sobre o consumismo, sobre conflitos sociais. Como é que este tipo de tema é aceite pelos mais novos quando existem novas veias do rap que puxam para o outro lado, que não puxa tanto pela cabeça? Phoenix RDC: A mensagem é muito importante. Eu faço questão de trazer sempre uma boa mensagem, porque quem cala consente. Se nós ficarmos calados e não falarmos, não trazermos temas que falem que é importante a música ter mensagem, todos os ouvintes actuais vão achar que é uma coisa normal ter uma música mais oca, porque ninguém fala. Por isso, em muitos dos temas eu faço questão, mesmo, de apontar o dedo, mesmo em entrevistas; de não valorizar tanto esses artistas que às vezes estão à procura de uma música para ficarem famosos. Perdeu-se muito a vontade de querer ser um grande artista, a grande vontade hoje em dia é de ser famoso apenas. Eu acho que, olhando assim, não vamos progredir, não vamos evoluir em termos de arte. RFI: O Phoenix neste trabalho tem mais de metade do álbum com parcerias, com convidados. Estou-me a lembrar de Valete, Chullage, Carlão, entre outros nomes conceituados, tal como o Fenix, que fazem parte da guarda mais experiente do rap feito em Portugal, porquê ir buscar esses parceiros de aventura, de estrada? Phoenix RDC: É para a nova geração também beber de uma fonte boa, que ainda não secou. Se eles estão vivos, para quê esconder o produto? Eu até surpreendi-me, tenho estado a receber um feedback impressionante. Nas minhas plataformas tem o gráfico das idades, diz tudo, o género, e muita malta jovem está a consumir este meu álbum, falam do Chullage, falam do Carlão, falam do Valete. Os miúdos quando estão naquela transição dos 17 para os 18, mudam de escola, vão para a faculdade, eles também já são mais exigentes com o estilo de música que consomem. E também quero motivar outros artistas para que agarrem a caneta, percam mais um bocado de tempo para conseguissem fazer uma boa arte, e para quem não percebe tanto do rap, do hip-hop, para entender e não continuar a dizer que o rap é música para marginais, que está completamente errado. Eu aprendi muito com o rap, com o Chullage, com o Valete, e são artistas que têm álbuns que são enciclopédias. RFI: Há um ou dois temas, se não mais, que fazem referência ao papel da música, a importância da música. Dizem algo como: a música salvou-me, ou mostrou-me um caminho. Falando desse exemplo que o Phoenix gravou com o Wet Bed Gang, como é que surgiu esse tema, como é que foi trabalhado? Eu, o Wet Bed Gang, Nenny, nós somos todos daqui, de Vialonga, está ali o prédio do Gson, ali é o prédio da Nenny, e já estamos a trabalhar para que isso acontecesse há muito tempo. Phoenix RDC: Claro que na altura eles eram mais novos, tinham 13 anos, eu era o mais velho, eu já trabalhava, eu já conseguia comprar material, e eu trazia eles para a minha casa, gravávamos, incentivava. Por vezes, havia um concerto, onde iam pagar um sumo: Fenix, olha, vai haver ali um concerto, consegues nos levar? Eu pegava no meu carro, levava. Mas sempre a lapidarmos. Não achávamos que ia ser tão grande, este boom. Achávamos que íamos ser reconhecidos aqui dentro do Concelho de Vila Franca de Xira, fazer festas no centro comunitário e nada mais. Hoje em dia, aconteceu. E como estamos na correria, eles estão nos concertos deles, a Nenny nos dela, eu nos meus, e nunca tivemos esse tempo é para fazer música, ainda bem que fizemos agora, na altura certa, e veio para o meu álbum. Estamos a fazer o agradecimento, e eu, quando estou a ouvir a música, as letras deles, eu fico mesmo a ter um 'déjà vu', de tudo aquilo que nós vivemos e passámos. Porque, nós não tivemos aquela direcção, infelizmente, porque também somos filhos de famílias numerosas, e estávamos numa condição não privilegiada. Os nossos pais vieram numa altura que também ainda estavam à procura de um espaço, e, então, a música salvou-nos, porque se não fosse a música, hoje se calhar, não sei qual seria o caminho, mas não ia ser um caminho muito agradável. Mas, graças a Deus, estamos a viver da música, estamos a motivar. Antigamente, os miúdos, só queriam estar na rua a brincar com um pau a fingir de pistola, hoje eles agarram o mesmo pau e fingem de microfone. RFI: Chullage é outro dos nomes que aparece no álbum, como é que foi esse trabalho com o Chullage? Phoenix RDC: Numa das festas que nós fazíamos aqui dentro de Via Longa, antes da fama, o Chullage um dia foi um dos nossos convidados, cantor, e foi nessa altura que eu o conheci. Mas eu acho que a nossa união, o que fez mesmo estarmos mais próximos, foi “real recognize, real”. Eu gostei da arte dele, antes de ele conhecer a minha, e quando eu tive voz, ele também conheceu a minha arte. Foi recíproco em momentos diferentes. Quando eu dei o toque, ele disse, olha, é uma honra para mim, e fizemos acontecer. Convidámos a Missy Bity, que também é uma grande artista da Guiné-Bissau. Fizemos magia, a música está perfeita. RFI: Carlão é outro nome que aparece neste álbum. Como é que o Carlão surge? Phoenix RDC: Quando organizaram a festa com todos do hip-hop português, no Altice Arena, estava lá o Carlão, ele elogiou-me, deu-me um abraço, foi a partir daí. A música surgiu porque o Stereossauro é que fez a ponte. Ele tinha um instrumental e disse: olha, esse beat aqui é a vossa cara. Falou com o Carlão, o Carlão curtiu, eu já tinha feito também o refrão e uma parte do meu verso. O Carlão gravou e fizemos acontecer, está aí mais uma bomba. RFI: O trabalho de composição, de escrita, como é que acontece? Como é que vocês trabalham? Phoenix RDC: Quando estamos dentro de um projecto, estou a gravar um álbum, eu já tenho aquilo tudo delineado, já sei o que eu quero, os temas e tudo. Quando vão surgindo os instrumentais, eu vou vendo, porque o instrumental muda muito. Posso ter a letra em papel ou na mente, mas quando chega o beat, eu até às vezes tenho que alterar um bocado os temas. Os temas estão na minha mente, às vezes eu estou a pensar, olha, isso vai ser uma música triste, mas depois vem o instrumental, e dá uma outra cena. Automaticamente, também me traz o artista que eu posso convidar, e que possa encaixar nesse beat. É assim o processo. Todos os beats foram assim. Quando foi a cena com o Regula também, foi a mesma coisa. Liguei e disse, oh Regula, olha, ouve lá esse beat. Eu já sabia que ele ia gostar, porque é um beat tem a ver com a vibe dele. O do Chullage eu já sabia. Isso foram coisas que aconteceram sem planos, porque os produtores também não estavam a me enviar os instrumentais a pensar nisso. Mas tudo se encaixou de forma natural. Hoje eu vejo que os artistas que não responderam à minha mensagem, que deram nega, hoje eu, estando a ver o projecto, eu digo assim, fogo, ainda bem. Isto ficou tão bom, porque as únicas pessoas que responderam foram as pessoas com mais maturidade. É um álbum sem ego. Tenho uma obra que eu até podia dar o nome de um sonho, eu podia chamar este álbum de um sonho. Porque não são só as músicas, foi a energia que foi depositada nesse projecto. É um projecto que eu digo, desde as entradas até a sobremesa, está impecável. Isto aqui é uma partilha. É a Champions League, está uma selecção de Kings. Além de ser uma partilha, é uma seleção de Kings. É um álbum para todos, é uma cena muito completa. RFI: As raízes do Phoenix são Angola. Concertos em Angola, há perspectiva, há possibilidade? Phoenix RDC: Não, não há. Por acaso, ultimamente, os números (nas redes sociais de Phoenix) têm estado a aumentar, mesmo os comentários vindos de Angola. Tem sido muito Angola, Moçambique, mas não, não há muita procura. Há aqui tantos angolanos bons a fazer música, DJ Telly, Wet Bet Gang, aqui tantos angolanos, e a irem de cinco em cinco anos, ou nem isso, para Angola, mesmo para Moçambique, Cabo Verde. Eu gostaria que olhassem mais, valorizassem mais, porque música não é só Kizomba, não é só Kuduro, e eu gostaria muito que valorizassem mais. Phoenix RDC YouTube : https://www.youtube.com/channel/UCqyPFRUdo54aeASdY3Gr4QQ

Podcast Retro Entre AMIGOS
Retro Entre Amigos 14x04 - Feliz Navidad

Podcast Retro Entre AMIGOS

Play Episode Listen Later Nov 28, 2025 209:43


Retro Entre Amigos 14x04 – FELIZ NAVIDAD Saludos a todos los queridos amigos del Retro y de Retro Entre Amigos. Nos alegra volver a vuestros receptores (antigua expresión) sean cuales sean para compartir unos ratos de conversación, tertulia, polémica e ilusión, como corresponde en estas fechas. Sabemos perfectamente, que la Navidad es MUCHO más que mantecados en septiembre y luces que pagamos todos. Es el momento de COMPARTIR juntos lo mucho o lo poco que se tenga. Por eso, volvemos encantados a reunirnos y sentir que vosotros estáis ocupando una silla más en nuestra mesa “bastante cuadrada”. Sed MÁS que bienvenidos En esta ocasión, entre los temas que tratamos en algo más de detalle, será el retorno de Commodore desde las cenizas, algunos de sus planes (secretos o no) y la confesión de algún usuario que se ha dejado la pasta gansa en un Commodore 64 de OLO chino. En fin… lo que hay que ver¡!! En el JUEGO del mes… os traemos un juego de “Temática Navideña” así con comillas. Concretamente “Duke Nuclear Winter”. Un increíble “expansion pack” para el Duke Nukem 3D. Acompañando al juego.. Os acercamos la “peli” del mes también ambientada en Navidad llamada “Cuento de Navidad” de PACO PLAZA. Creemos que ninguno de los dos… os dejará indiferentes. SORTEO SORTEO. Gracias a la generosa donación de HICKS, nuestro compañero y vecino programador de evidente éxito y talento, tenemos una copia FÍSICA del juego “Hammer Knight” para Spectrum 128. Sortearemos este ejemplar entre todos aquellos que nos enviéis una TARJETA POSTAL donde nos digáis que significa (o no) la Navidad a esta dirección: Jose Luis Clotet Calle Rafael Alberti Nº18, 3-B 29130 – Alhaurin de la Torre MALAGA Las tarjetas postales deben recibirse como MÁXIMO el día 27 de Diciembre y entre todas ellas, sortearemos este gran juego. El ganador será comunicado en el programa que se emite a primeros de Enero. Todo esto... y mucho menos. Recordando que la mejor Navidad es la que estamos viviendo, porque nos tenemos los unos a los otros. Desde este humilde rincón de REAM, sólo podemos desearos, de todo corazón. FELIZ NAVIDAD Josua Ckultur & La Alegre Pandilla

Ocene
Ida, ki je pela tako grdo, da so še mrtvi vstali od mrtvih in zapeli z njo

Ocene

Play Episode Listen Later Nov 28, 2025 7:11


Celovečerni prvenec Ester Ivakič, Ida, ki je pela tako grdo, da so še mrtvi vstali od mrtvih in zapeli z njo, delno nadaljuje izrazito domišljijsko, igrivo in hkrati surovo estetiko, ki jo je režiserka začrtala v svojih kratkih, sicer veliko bolj eksperimentalnih filmih, s katerimi je pokazala, da jo že lahko uvrščamo med najbolj samosvoje in prepoznavne ustvarjalce pri nas. Priredba zbirke kratkih zgodb Noben glas Suzane Tratnik, ki sta jo Ester Ivakič in scenaristka Nika Jurman za film nekoliko preoblikovali, ohranja geografski in delno časovni okvir prekmurskega podeželja konec 20. stoletja, vendar ga ne uporablja povsem kot realistično kuliso, temveč tudi kot polje za senzorično in asociativno pripoved. Ida odrašča v tesnem družinskem krogu: s staro mamo slabega zdravja, očetom, ki – kot je pregovorno značilno za slovensko podeželje – v nedogled gradi novo hišo, in mamo, katere preteklost je prežeta s temnejšimi toni. Ido – kot je morda pri otrocih njene starosti pogosto – nedoumljivost smrti hkrati privlači in plaši, vse močnejša je tudi slutnja, da bo prav stara mama prva, ki jo bo izgubila. Osrednji motiv izgube je prisoten na več ravneh, vendar film v tem smislu ne stremi k enotnemu emocionalnemu vrhuncu. Izguba se namesto tega pojavlja kot niz razpok v otroškem svetu domišljije in hkrati kot neizgovorjena konstanta sveta. Ta razpršenost postane logičen del poetike, ki raje vzpostavlja občutke kot dramske poudarke. Filmu se občasno pozna epizodičnost literarne predloge: posamezni motivi so izjemno močni, toda med njimi ni vedno popolne kohezije. Subtilni kvirovski podtoni iz kratkih zgodb o deklici, ki se začne zavedati svoje drugačnosti od okolja, v katerem odrašča, v filmu izginejo, to pa bi morda zlahka speljali na samocenzuro ali heteronormativizacijo pripovedi, vendar se zdi, da je odločitev delno tudi simptomatična za polje režiserkinega zanimanja: osredinjenje na fantastični, delno nadrealistični register ter zasledovanje čustvene in senzorične logike prizorov, ne pa psihološke ali identitetne strukture likov. Najizrazitejši intervencijski moment filma je v tem smislu uvedba magičnorealističnega motiva, utelešenega v žalobni, neopredeljivi navzočnosti sester Idine mame Ívane, ki delujeta kot odmev velike izgube. Ta ni izpeljan kot šok ali žanrski zasuk, temveč kot preprost, notranje konsistenten del sveta, v katerem smrt še nima trdnih kontur. Na tej točki film najjasneje razgrne svojo logiko: ne gre za vzpostavljanje dramatičnih poudarkov, temveč za ustvarjanje prostora, kjer se težko razumljive izkušnje preoblikujejo v magično-realistične elemente, ki skupaj z otroško predstavo o resničnosti določajo ton pripovedi. V tem kontekstu je pomembno sanjsko, megličasto vzdušje filma, ki ga Ester Ivakič gradi s kombinacijo zvoka, glasbe, fotografije in scenografije. Počasni delci svetlobe, ravnice in pokrajina, ki je hkrati odprta in utesnjujoča, ustvarjajo svet, ki ni povsem realističen niti povsem fantastičen, temveč liminalen prostor, kjer čarobno in vsakdanje sobivata brez potrebe po razmejitvi. Ta senzorična plast je eden najbolj izraznih in svojevrstnih elementov filma, ki z estetiko nepretencioznosti ključno soustvarja pomen. Podobno so igralske interpretacije minimalistične, zadržane in pogosto nedramatične. Lik stare mame je nekoliko prepoenostavljen na simbol starosti in minevanja, mladi igralki (Liza Muršič v vlogi Terezke in predvsem Lana Marić v vlogi naslovne Ide) pa ohranjata izrazito opazovalno držo, ki psihološko poglobitev nadomešča z občutkom otroške prisotnosti in zavedanja. Minimalizem čustveno izraznost zmanjša, vendar se to po drugi strani ujema z estetiko pripovedi, v kateri liki tu in tam niso toliko osebnosti kot bolj funkcije vzdušja. Motiv petja in religiozna motivika delujeta podobno. V naslovu film petje povzdigne v mitsko prvino, v pripovedi pa se pojavlja v nerafinirani, domačni, otroški obliki. Ida nima posluha; njeno petje nima zdravilne moči, kot si domišlja sprva, temveč je zaradi njega le tarča posmeha. Glasba in besedila, napisani za film, delujejo zavestno odmaknjeni od klasične glasbene produkcije. Gre za dosledno avtoričino strategijo, pri kateri film ne želi zveneti »filmsko«, temveč ohraniti vtis, da bi lahko te pesmi nastale v otroški sobi, med igro, brez ambicije po estetizaciji. Devica Marija ni prikazana toliko kot sakralna figura, ampak bolj kot objekt domišljije, nekakšen vsakdanji artefakt magičnega mišljenja dveh deklic. Kontrast med tem igrivim, neinstitucionalnim odnosom do religije in represivnimi pedagoškimi prijemi šole v času pozne Jugoslavije se ne razvije v kritiko sistema, temveč v še en primer preproste strategije Ester Ivakič, v kateri svet odraslih obstaja kot okvir, ne kot tema. Tem motivom se pridruži tudi nadrealistična prisotnost psičke, to je motiv, ki ga režiserka razvija že od kratkega filma Assunta naprej. Tudi tam ima žival – pes – simbolno in skoraj arhetipsko vlogo: kot prinašalec nečesa, kar presega razum odraslih in seže v otroško doživljanje sveta, kjer se naravno, čudežno in grozljivo ves čas prepletajo. Zdi se, da to, kar bi lahko poimenovali naivizem ali estetika nepretencioznosti, stopa v ospredje kot osrednji del avtorskega izraza Ester Ivakič; ker pa je igrani celovečerni film vendarle drugačna forma od poudarjeno avtorskih kratkih eksperimentalnih filmov, je bilo upravičeno pričakovati, da bo ta okvir vsaj delno avtorsko svobodo tudi omejil. Ida, ki je pela tako grdo, da so še mrtvi vstali od mrtvih in zapeli z njo kot polnokrvni celovečerni prvenec ni film, pri katerem bi bila v ospredju izoblikovanost, temveč film z dušo, ki izraža in napoveduje eno najizrazitejših avtorskih prezenc pri nas. Recenzijo je napisala Tina Poglajen. Tekst je del kulturnega projekta kritike in refleksije umetnosti z naslovom »Med enoglasjem in raznolikostjo: slovenski film v letu 2025«, ki ga je Ministrstvo za kulturo podprlo v okviru Spodbude kulturnim ustvarjalcem za izvedbo projektov kritike in refleksije umetnosti v letu 2025.

Caquitas
598 Criando NPCs Memoráveis

Caquitas

Play Episode Listen Later Nov 28, 2025 35:57


Tem dificuldades de criar NPC? Lembrar como interpretar, fazer personagens diferentes e interessantes? Seus problemas acabaram! Hoje trazemos algumas dicas de como criar NPCs memoráveis!Quem quiser anunciar com a gente, pode entrar em contato com caquitaspodcast@gmail.comPara entrar em contato direto conosco para assuntos não-comerciais, use as redes sociais ou o email caquitaspodcast@gmail.comNo mais, sigam o ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Caquitas nas redes sociais⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠, e se quiserem virar nossos padrinhos, dá pra assinar pelo ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Apoia-se⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ ou pelo ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Catarse⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠!Faça parte da ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ComunaJam!⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠LISTA DE PRESENTES DO CAQUITAS⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠

Em directo da redacção
Calixto Neto transforma o palco num “quilombo” com a peça “Bruits Marrons”

Em directo da redacção

Play Episode Listen Later Nov 28, 2025 20:33


O coreógrafo brasileiro Calixto Neto apresentou o mais recente trabalho, “Bruits Marrons”, no Festival de Outono de Paris, entre 7 de Outubro e 21 de Novembro. O espectáculo resgata o legado musical e humano do compositor afro-americano Julius Eastman e inspira-se nos quilombos, as comunidades livres criadas nas matas por escravos fugitivos. Nesta peça, o palco é “o quilombo de Calixto Neto”, um espaço de liberdade e de afirmação, onde uma comunidade de artistas negros e queer “lambem feridas” da história e “se fortalecem” para enfrentar o mundo, contou o coreógrafo à RFI. RFI: Qual é a história de “Bruits Marrons”? “'Bruits Marrons' é uma peça que é um encontro de vários artistas da dança e da música em torno de um diálogo e de uma música do Julius Eastman, que é um compositor afro-americano que morreu em 1990 e que criou um corpo de trabalho belíssimo, incrível. Ele vem da música clássica minimalista.‘Bruits Marrons' acaba sendo um diálogo com esse músico, especialmente com uma música do Julius, que é Evil Niger, numa ideia de criar uma comunidade tanto para Julius, quanto para a música de Julius. A gente na nossa pesquisa entendeu ou interpretou uma certa solidão desse compositor na época dele porque ele era um homem negro, gay, evoluindo numa sociedade muito branca, muito heteronormativa, um músico solitário no meio em que ele evoluía. A gente quis criar essa comunidade de pessoas racializadas, imigrantes, queers e, para além disso, expandir o lugar de onde essa música vem, uma música clássica, minimalista - que é como ela é classificada hoje em dia, mesmo que existam algumas controvérsias entre os músicos e musicistas - mas trazer para essa música também uma família de outros sons, de outros ruídos, de outros barulhos que podem compor a escuta para que quando essa música chegue nos nossos ouvidos a gente já tinha dado uma família para ela.” Falou em ruídos. O título é “Bruits Marrons”. O que é que quer dizer este título? Qual será depois, em português, o equivalente? “No caso de ‘Bruits Marrons', a língua francesa tem essa subtileza de permitir um duplo sentido para a palavra ‘marron'. Em português seria ‘Ruído Marron' ou, no duplo sentido da palavra em francês, poderia ser também ‘ruído quilombola'. O que acontece é que 'marron', em francês, além da cor, também designa as pessoas que estavam em situação de escravidão e que fugiam do sistema de escravidão nas plantações e se embrenhavam nas matas e criavam essas comunidades autónomas e livres, onde tinham suas vidas e trabalhavam.” É o equivalente dos quilombos no Brasil? "Exactamente, é o equivalente dos quilombos. É uma peça que é inspirada dos quilombos e, especialmente, da reflexão que a gente tem hoje em dia em torno do uso dessa palavra no Brasil. No Brasil, a gente usa essa palavra de forma mais actualizada para as comunidades de pessoas racializadas, de pessoas negras, em vários contextos. A gente não tem mais o sistema de escravidão no Brasil, mesmo que ainda exista, em alguns contextos, o que a gente chama de escravidão moderna, mas a palavra quilombo é usada em vários contextos de ajuntamento de pessoas negras, que seja formal ou informalmente, por vários motivos: para estudar, para festejar, para se cuidar, para celebrar a cultura. Então, por exemplo, lá em São Paulo tem um lugar mítico para a comunidade negra que se chama Aparelha Luzia, que é um centro cultural, um lugar de festas, um lugar de encontro de associações que foi criado pela ex-deputada Érica Malunguinho, que é uma mulher negra, trans, que saiu de Pernambuco e que em algum momento se muda para São Paulo e fez lá a sua vida. Esse é um lugar que chamam de quilombo urbano. Eu, na minha juventude, há alguns anos, quando morei com dois outros amigos negros e gay em Recife, a gente chamava à nossa casa de quilombo. Então, tem esse sentido de um espaço de emancipação que a gente cria autonomamente e que a gente actualiza hoje em dia, mesmo que o uso dessa palavra, a comunidade em si, a função dela seja actualizada. Dito isso, existem também, hoje, as comunidades remanescentes quilombolas, que são essas terras onde as pessoas que fugiram da escravidão criaram as suas comunidades e que reclamam até hoje a posse dessas terras, como as comunidades indígenas brasileiras. Então, existe essa reflexão em torno dessa palavra, de criar uma comunidade que seja em torno do som, em torno do ruído, como o ruído é um incómodo para a harmonia dos ouvidos e isso era um pouco o que Julius representava: era um homem negro num meio muito branco, um homem gay num meio muito heteronormativo e ele era um homem gay muito frontal com a sua identidade sexual e, numa das várias entrevistas que ele deu, ele disse que só desejava na vida ‘poder ser 100% gay, 100% negro, 100% músico', 'gay to the fullest, black to the fullest, musician to the fullest'". Aquilo que se passa em palco, a comunidade que reúne em palco, corpos queer, corpos negros, corresponde a esta ideia de se poder ser “100% gay, 100% negro e 100% músico”?  Esta peça tem um cunho de reparação e daí este grupo que juntou em palco? “Na verdade, esta peça tem uma temporalidade extensa. Encontrei [a música de] Julius, em 2019, no estúdio, alguém estava usando a música de Julius e houve esse encontro auditivo em que eu ouvi e meio que me apaixonei pela música dele. Em 2022, eu tive a oportunidade de começar um trabalho em torno dessa música, do trabalho dele, e na época eu queria trabalhar em torno do ‘Evil Nigger' e do ‘Crazy Nigger', mas nessa época eu tive a intuição de trabalhar só com pessoas negras porque eu queria entender qual é essa solidão de estar num meio em que a gente é sempre o único, em que a gente sempre está acompanhado de, no máximo, mais duas pessoas na sala. Foi uma aposta meio intuitiva e criou dentro do grupo uma sensação de segurança e de apaziguamento mesmo das histórias e das referências, de onde vem, o que é muito precioso e muito raro num ambiente de trabalho. Para a criação da peça, eu continuei com essa aposta, especialmente no que concerne à escolha da pessoa que toca a música porque, em 2025, mesmo com essa quantidade imensa que a gente tem de conservatórios, é uma missão hercúlea encontrar um pianista negro que tem uma formação sólida ou suficiente para tocar Julius Eastman. Hoje em dia, é praticamente impossível encontrar na Europa. Eu não sei se em Londres talvez a gente tenha mais, mas na França e na Bélgica, que foi onde concentrei mais as minhas pesquisas em 2022, foi uma tarefa muito difícil. Agora, para 2024, 2025, eu tive a ajuda de uma amiga pesquisadora, musicista, que tem uma pesquisa em torno da música de Julius e conhece alguns músicos e musicistas que se interessam pelo universo do Julius. Ela indicou-me algumas pessoas, mas, no geral, mesmo contando com pessoas da música, falei com pessoas de conservatórios, o teatro onde eu sou associado também me ajudou nessa busca, mas encontrar um pianista negro hoje em dia em França é uma tarefa possível, mas bem difícil." O piano é uma personagem, entre aspas, central na peça. É quase como a fogueira ou o batuque à volta do qual se reúnem as comunidades? “Pois é, a gente quis que o piano virasse um personagem dentro da estrutura da peça, às vezes, um objecto que pela imobilidade dele, acaba-se impondo no espaço. A gente pode atribuir várias imagens, mas, às vezes, eu penso que ele é um caixão que a gente está carregando com todo o cuidado e cantando essa música que é entre um lamento e uma canção de ninar. Às vezes, é um personagem que compõe uma estrutura sonora junto com a gente, num momento de explosão e de raiva. Às vezes é o centro da caldeira, como fala Isabela [Fernandes Santana] no começo da peça. Às vezes, é a lava ou o fogo em torno do qual a gente está girando e evocando o universo.” Até que ponto o piano ajudou a conceber os diferentes quadros de dança que variam entre a união muito forte e o êxtase e a libertação total dos corpos? Como é que criou a narrativa coreográfica da peça? “Teve um duplo trabalho. Primeiro, existiam duas imposições. Uma é a imposição da música em si porque eu decidi que a música entraria na sua integralidade, eu gostaria de propor ao público a escuta dessa música na sua inteireza - o que não foi o caso em 2022, quando era mais um jazz em torno dos universos que a música atravessa. Tem uma outra imposição, que é o objecto piano, que é um objecto imenso. Ele é imponente, ele é grande e ele ocupa o espaço. O piano não é como uma caixa de madeira que a gente muda de um lado para o outro e que está tudo bem assim. Ele tem uma carga histórica, ele tem uma carga simbólica e espacial que a gente não tem como se desenvencilhar dele. Em paralelo a essas duas imposições, existia o meu desejo de trabalhar com essa comunidade matérias que fossem em torno da alegria, em torno da criação de outros sons, uma travessia de uma floresta - que é uma cena inspirada da minha visita ao Quilombo dos Palmares, no Brasil - uma explosão raivosa e essa ideia de deslocamento desse objecto que, para mim, retoma uma tradição que a gente tinha no Brasil, no final do período da escravidão e no pós-escravidão, dos homens que carregavam o piano. As pessoas que, no processo de mudança carregam o piano, eram pessoas especializadas nisso, que tinham uma cadência específica para andar nas ruas não pavimentadas da cidade e há uma classe trabalhadora específica, com um universo musical também específico, ligado à cadência do passo. Essa é uma história que eu ouvi há muitos anos, quando eu estudava teatro, e que ficou na minha cabeça, até porque há uma expressão que a gente tem no Brasil, que são os carregadores de piano, que são as pessoas que vão carregar o peso mais pesado de um processo. Por exemplo, eu ouvi essa expressão num podcast de análise da situação económica do Brasil, em que o analista dizia que as pessoas que vão carregar o piano, as pessoas que vão carregar o peso mais pesado de uma mudança e de uma decisão para uma mudança económica, são as pessoas mais fragilizadas, as pessoas mais expostas. Então, tinha esse desejo de trazer o piano para estas histórias que a gente está contando, que ele pudesse ser um obstáculo que a gente atravessa, que ele pudesse ser talvez até um dos performers que dança com a gente e que produz esses ruídos, para além da música.” O que está neste momento a preparar?  “A gente acabou de estrear a peça, houve apresentações no Teatro de Cergy-Pontoise, que é o teatro onde estou em residência até 2026. Depois, apresentámos em Bruxelas, na Bienal de Charleroi Dance e agora no MC93. A gente está preparando a tournée da peça, com algumas apresentações, e alguns projectos ligados à minha residência do Points Communs. Tem um outro projeto com o CCN de Grenoble ligado à tradição do carnaval e à ideia da noção de gambiarra.” O que é a gambiarra? “Gambiarra são essas reparações, esses consertos improvisados para problemas reais. A imagem clássica da gambiarra no Brasil é consertar uma havaiana quebrada com um prego. É uma tradição muito comum na nossa sociedade, ao ponto de ter virado uma estética em si, é quase um jeito de pensar as coisas, um jeito de pensar a solução de problemas. A gente não vai reparar ali na base da coisa, mas a gente vai deixar com um pedaço de fita, com um prego, a coisa em estado de uso e a gente vai usar desse jeito. É um objecto de pesquisa para mim, há muitos anos, desde o meio do meu mestrado. A Shereya também fez um mestrado no mesmo lugar que eu, lá em Montpellier e é também um objecto de pesquisa para ela.” A Shereya que é outra coreógrafa e bailarina... “Ela é uma bailarina de ‘Bruits Marrons' e coreógrafa também. A gente tem uma parceria em vários outros trabalhos, ela entra em um outro trabalho meu, a ‘Feijoada'. Quando eu fui chamado pelo CCN de Grenoble para fazer esse projecto com comunidades que vivem em torno do CCN, eu tive a ideia de fazer um carnaval - porque vai acontecer no período do carnaval - então, vai ser o nosso carnaval improvisado no CCN de Grenoble. Há um outro projecto para 2027 que vai ser um solo e uma plataforma de encontros com outros trabalhos em torno da ideia da Travessia Atlântica e é inspirado no nome do meu bairro, o bairro onde eu cresci, que se chama Jardim Atlântico. É também um diálogo com a minha história, com a história da minha mãe que era bailarina, e essas histórias de migração entre um lado do Atlântico e um outro lado.” Esta é a segunda vez que conversamos, a primeira foi também no âmbito do Festival do Outono, quando apresentou ‘Il FAUX' , em 2023. A ideia que tenho é que a sua pesquisa anda sempre em torno do racismo, da História, da escravatura, dos corpos negros permanentemente ameaçados. Por que é que faz questão de levar estes temas para cima do palco e até que ponto é que o seu palco é o quilombo para os “carregadores do piano” serem reparados? “Na verdade, isso é uma prática que não planeei que ia acontecer assim. No começo do meu percurso, quando criei a minha primeira peça fora do mestrado, 'oh!rage', eu estava saindo de um mestrado em que eu passei dois anos numa instituição de ensino francesa e em que não tive a oportunidade de cruzar com nenhum professor, nenhum artista ou mesmo pessoas que estavam ali em torno do festival Montpellier Danse, não encontrei artistas negros, talvez um ou dois. Isso marcou-me muito porque eu tenho uma formação em teatro no Brasil, tenho um longo percurso na companhia da Lia Rodrigues, em que comecei a me dar conta que o leque de referências nesses espaços, tanto o espaço académico quanto o espaço profissional de Lia Rodrigues era quase exclusivamente branco e o mestrado Exerce [Montpellier] serviu para confirmar isso. Então, em 2018, quando eu criei o ‘oh!rage', fiz a aposta de dialogar apenas com criadores, com pensadores, com artistas visuais, da dança, de teatro negros, da comunidade negra - muito inspirado também do programa Diálogos Ausentes do Itaú Cultural de 2016. Fazendo essa aposta em 2018, eu me deparei - porque eu tinha um letramento racial tardio porque isso não foi uma questão na minha formação, na minha família - deparei-me com um universo de criação que me alimenta imensamente. Eu, junto com outras pessoas, com outros artistas, também experimento, experiencio, no meio das artes e na vida real, situações de subalternidade que me são impostas. Então, eu entendo a arte como um espaço de discussão do que atravessa a sociedade nos dias de hoje. Eu não acho que isso é uma ferida que esteja apaziguada e curada. Pelo contrário, ela demanda ainda reflexão, ela demanda um olhar específico, ela é muito presente, é uma chaga aberta. Eu tento fazer da arte um espaço de diálogo, de abrir uma discussão em torno disso mesmo e sempre dialogando com outros artistas que trazem as suas referências nesse sentido para criar esse espaço de emancipação, de liberdade mesmo. Esse é o meu quilombo, o palco é meu quilombo, a minha comunidade ‘marron', um espaço de autonomia e de liberdade. E nesse espaço de autonomia e liberdade a gente vai louvar os nossos, celebrar as nossas criações e lamber as nossas feridas juntos. Em alguns momentos, a gente vai abrir esse espaço e receber pessoas, como em outras peças como ‘Feijoada', que é uma peça em torno da generosidade e do gesto. Em outras peças, a gente vai estar entre a gente, celebrando as nossas existências entre a gente e lambendo as nossas feridas antes de se fortalecer para o resto do mundo.”

Misericordia en Catolico
1.1.3 Crecimiento en la Divina Misericordia

Misericordia en Catolico

Play Episode Listen Later Nov 27, 2025 12:56


Temática 1 que corresponde a: Temas de crecimiento a la Devoción de la Divina Misericordia.Bienvenidos, disfruten de este momento que conoceremos un poco mas como se desarrolló el proyecto de Dios padre sobre darnos a conocer la gracia de la Divina Misericordia.PD: Si es la primera vez que escuchas nuestro podcast, te invitamos a que escuches el episodio 0,1,1 que habla sobre las temáticas que se desarrollan en este podcast y el lenguaje que hemos propuesto para diferenciar cada una de ellas y así sea mas fácil para ti escuchar las que mas te agraden, te dejamos el link del audio y la lista de las tematicas, LINK (https://anchor.fm/miymi/episodes/0-1-1-DESCRIPCIN-NUMRICA-DE-LAS-TEMTICAS-A-DESARROLLAR-e48cna), lista de las temáticas, 0= ANUNCIOS, NOTICIAS, ETC 1=TEMAS DE CRECIMIENTO A LA DEVOCIÓN DE LA DIVINA MISERICORDIA 2=BIOGRAFÍA SANTA FAUSTINA 3=DIARIO DE SANTA FAUSTINA 4=TESTIMONIOS 5=PERSONAS INVITADAS 6= TEMA ABIERTO

Non spegnere la luce
Il caso Laura Ziliani - Uccisa dalle figlie e gettata in un fiume per l'eredità

Non spegnere la luce

Play Episode Listen Later Nov 26, 2025 88:30


Temù, maggio 2021 – Laura Ziliani, ex vigilessa e madre di tre figli, scompare misteriosamente nel cuore della Val Camonica. All'inizio si pensa a un tragico incidente in montagna, ma presto le indagini rivelano crepe profonde nella versione dei fatti raccontata dalla famiglia. Dopo tre mesi di silenzio e piste senza esito, il ritrovamento del suo corpo apre uno squarcio su una realtà sconvolgente: dietro la sua morte ci sono due delle sue figlie, Silvia e Paola, e il fidanzato di una di loro, Mirto Milani. Un delitto studiato nei minimi dettagli, preceduto da un tentativo fallito e giustificato, secondo gli assassini, da anni di tensioni familiari e desideri di emancipazione. Ma il movente è più freddo e lucido: la gestione del patrimonio di famiglia. Mentre si susseguono intercettazioni, confessioni e colpi di scena, prende forma il ritratto disturbante di un trio insospettabile, uniti da un legame tossico e da una visione distorta dell'amore e della libertà. Cosa può spingere dei figli a uccidere la propria madre? E chi è davvero Mirto Milani, il giovane definito dagli inquirenti “la mente” del gruppo? Proviamo a scoprirlo insieme a Serena Garofano: criminologa, detentrice di un master di II livello in scienze forensi presso La Sapienza di Roma, ma soprattutto autrice per la pagina Instagram e Facebook “Conversazioni sul Crimine”. Iscriviti al gruppo Telegram per interagire con noi e per non perderti nessuna delle novità in anteprima e degli approfondimenti sulle puntate: https://t.me/LucePodcast Se vuoi ascoltarci senza filtri e sostenere il nostro lavoro, da oggi è possibile abbonarsi al nostro canale Patreon e accedere a contenuti bonus esclusivi tramite questo link: patreon.com/LucePodcast

Helping Teachers Thrive
Supporting Neurodiverse Children: Autism & ADHD Insights with Cliff and Eva

Helping Teachers Thrive

Play Episode Listen Later Nov 26, 2025 41:56


DESCRIPTION:In this episode, Tem chats with Cliff and Eva from the Parenting Autism & ADHD podcast about the challenges neurodiverse children face in mainstream schools and the transformative impact of specialist education. Eva shares her personal experiences of being misunderstood in a traditional classroom and the ways point systems and social expectations often failed to support her and we discuss practical strategies parents and teachers can use to create supportive learning environments for children with autism and ADHD.KEY TAKEAWAYS:Sensory overwhelm, social anxiety, and unmet learning needs that neurodiverse children have to navigate dailyWays educators can adapt classrooms and teaching strategies to better support neurodiverse learners.Focusing on a child's strengths, rather than only their challenges, can improve learning outcomes and emotional well-being.BEST MOMENTS:"The child's dropped and suddenly they're not engaging and they're shut down.""It's the little things, the little details that really make a difference for children like Eva""I use it to draw and to regulate my emotions""I can draw and listen at the same time."VALUABLE RESOURCES:The Helping Teachers Thrive Hubhttps://www.instagram.com/cliff_kilmister08/Parenting Autism and ADHD podcastEva's presentation on Autism for teachersEPISODES TO CHECK OUT NEXT:Helping Every Child Thrive: Essential Strategies for Teachers and Parents Supporting Children with ADHD and AutismABOUT THE HOST:Since embarking on her teaching journey in 2009, Tem has been on a mission to empower students to reach their fullest potential. Specialising as a Secondary Physical Education Teacher, Tem also has experience in Special Educational Needs (SEN) as a class teacher in an SEN provision. With an unwavering commitment to helping students become the best versions of themselves, Tem believes in the power of education to shape not just academic prowess, but character and resilience. Having mentored numerous teachers throughout her career, she is not only shaping young minds but also nurturing the growth of those who guide them.ABOUT THE SHOW:The podcast for teachers of many years, trainee teachers or Early Career Teachers (ECTs). Join Tem as she delves into the diverse world of teaching, offering valuable insights, tips, and advice on a variety of teaching strategies to help teachers thrive as classroom practitioners. CONNECT & CONTACT: Email: tem@helpingteachersthrive.comLinktree: https://linktr.ee/temsteachingtipsInstagram: instagram.com/temsteachingtipsLinkedIn: linkedin.com/in/tem-ezimokhai-23306a263 Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.

Café & Corrida
ESSE RELÓGIO não fica DEVENDO NADA para os grandões | Amazfit Balance 2 | review

Café & Corrida

Play Episode Listen Later Nov 26, 2025 8:02


Ficou interessado(a) no Balance 2? Vá em https://encurtador.com.br/QGuv para saber mais. Se vc for comprar, use o cupom CORRIDANOAR para ter 10% de desconto.O Amazfit Balance 2 é um relógio supercompleto pra qualquer esporte. E pra corrida é bom, Sérgio? Pra mim, ele "tica" todos os pré-requisitos- Marca corretamente os nossos percursos com GNSS de qualidade- Tem programação de treinos intervalados simples direto no relógio_ Dá pra programar treinos intervalados complexos pelo app- Tem modo modo pista de atletismo- Marca corretamente os batimentos cardíacos- Dá pra ver um resumo do treino no próprio relógio ou no app- Dá pra customizar os campos que queremos ver no relógio durante o treino- Sobe pro StravaFora isso:- A bateria dura pra caramba- Tem display em Amoled com até 1.000 nits.- um monte de coisa que nem cabe aqui mas está no vídeo.Vc já usou algum relógio Amazfit?#amazfitbalance2

TD Ameritrade Network
Technical Tuesday: SPX, TMDX, TEM

TD Ameritrade Network

Play Episode Listen Later Nov 25, 2025 7:04


Kevin Horner's Technical Tuesday covers the S&P 500 (SPX), TransMedics (TMDX) and Tempus A.I. (TEM). He points out a “banner of resistance” on the SPX, coincident with an uptrend line. On TransMedics, he sees price trying to push past $146 and says that if it closes above there, it could be a bullish signal for the stock. Tempus A.I. is moving off a “zone of horizontal support” around the point of control, but Kevin says it might “need a breather” before heading upward.======== Schwab Network ========Empowering every investor and trader, every market day.Subscribe to the Market Minute newsletter - https://schwabnetwork.com/subscribeDownload the iOS app - https://apps.apple.com/us/app/schwab-network/id1460719185Download the Amazon Fire Tv App - https://www.amazon.com/TD-Ameritrade-Network/dp/B07KRD76C7Watch on Sling - https://watch.sling.com/1/asset/191928615bd8d47686f94682aefaa007/watchWatch on Vizio - https://www.vizio.com/en/watchfreeplus-exploreWatch on DistroTV - https://www.distro.tv/live/schwab-network/Follow us on X – / schwabnetwork Follow us on Facebook – / schwabnetwork Follow us on LinkedIn - / schwab-network About Schwab Network - https://schwabnetwork.com/about

Boa Noite Internet

O ano já está chegando ao fim e, como era de se esperar, a inteligência artificial apareceu de novo na conversa. Dessa vez, chamei a Ana Freitas pra um papo sobre IA — mas com uma proposta: nada de hype vazio, nem previsão de fim do mundo. A gente quis entender, com os pés no chão, o que realmente muda na vida das pessoas agora que essas ferramentas estão em toda parte. A Ana trouxe uma ideia daquelas de alugar triplex na minha cabeça: a IA, no fundo, tem esse poder de puxar todo mundo pra média. Quem é ruim em alguma coisa pode parecer melhor com a ajuda da máquina, e quem é excelente, se não souber usar direito, pode acabar ficando... só ok.Falamos também de um medo mais profundo, que não é da tecnologia em si, mas do que o capitalismo vai fazer com ela — a partir do papo que tive este ano com o Ted Chiang. E de como, talvez por isso, a gente só sabe imaginar futuros distópicos com robôs e algoritmos — e nunca utopias. Falta sonhar melhor. Falta disputar esse futuro. Foi daqueles episódios que começam falando de ferramentas e terminam em filosofia de bar, com direito a Black Mirror, Spore e simulações do universo. Ou seja: minha cara.No final, aproveitamos para falar do IA em curso — conhecimento à prova de futuro, uma comunidade que criamos para continuar esse papo de forma prática e constante — e explicamos por que não é só um curso. Tem mentoria quinzenal comigo e com a Ana, grupo de troca no Telegram, recursos comentados e um monte de conversa boa pra quem não quer só entender IA — mas aprender a viver com ela.Ainda por cima, mostramos como somos os piores vendedores do mundo, sem saber ser coach e vender fórmulas mágicas e certezas. É o nosso jeitinho, espero ver você lá. This is a public episode. If you'd like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit boanoiteinternet.com.br/subscribe

História de Imigrante
152. Se Correr o Bicho Pega...

História de Imigrante

Play Episode Listen Later Nov 20, 2025 24:36


➡️ Para nacionalidade e outros trâmites em Portugal, Alemanha, Polônia, Hungria e Austria.https://bit.ly/hiportugal➡️ Para nacionalidade e outros trâmites na Itália.https://bit.ly/hiitalia➡️Terminou de ouvir? Então corre para o nosso grupo no telegram:https://t.me/historiadeimigrante➡️Sobre o episódio 152. Se correr o bicho pega...Tem como cuidar de quem não é cuidado? Laura e a irmã dela levaram a mãe, dona Maria, para viver com elas na Europa. A mãe tinha sofrido um AVC no Brasil e precisava de cuidados especiais. O padrasto da Laura era um cara bastante estúpido e machista e não se esforçou pra ajudar a esposa de cama. O problema é que depois de alguns meses fora do Brasil, dona Maria resolve voltar, mas as coisas já não estavam mais como ela tinha deixado...➡️Se gostou dessa história vai se divertir também com essas...Meus amores

Kiwicast - O Podcast da Kiwify
De Uma Máquina de Costura ao Sucesso no Digital | Edi Pacheco e Rodrigo da Silva - Kiwicast #569

Kiwicast - O Podcast da Kiwify

Play Episode Listen Later Nov 20, 2025 53:42


Tem um conhecimento e quer saber como vender ele no digital? A Edi Pacheco e o Rodrigo da Silva transformaram uma simples bolsa com o nome do filho em um império digital. O que começou com uma máquina de costura em casa, se tornou um negócio digital que já faturou mais de R$ 4 milhões de reais. Com 4 anos de mercado, eles compartilham neste episódio do Kiwicast os bastidores da operação, como criar infoprodutos e tornar seguidores em fiéis compradores usando apenas o orgânico. _____________ O que você vai aprender: - Estratégia que fez eles faturarem R$ 700 mil em umlançamento- Desafios de empreender em casal- Como foi criar o primeiro infoproduto- O que faz eles venderem milhões no orgânico- Overdelivering faz a diferença no negócioE muito mais!Aprenda com quem vive o mercado digital na prática.Dá o play e deixe nos comentários qual foi o melhor insight que você tirou do episódio.Nosso Instagram é @Kiwify

Misericordia en Catolico
1.1.2 Crecimiento en la Divina Misericordia

Misericordia en Catolico

Play Episode Listen Later Nov 20, 2025 25:54


Temática 1 que corresponde a: Temas de crecimiento a la Devoción de la Divina Misericordia.Bienvenidos, disfruten de este momento que conoceremos un poco mas como se desarrolló el proyecto de Dios padre sobre darnos a conocer la gracia de la Divina Misericordia.PD: Si es la primera vez que escuchas nuestro podcast, te invitamos a que escuches el episodio 0,1,1 que habla sobre las temáticas que se desarrollan en este podcast y el lenguaje que hemos propuesto para diferenciar cada una de ellas y así sea mas fácil para ti escuchar las que mas te agraden, te dejamos el link del audio y la lista de las tematicas, LINK (https://anchor.fm/miymi/episodes/0-1-1-DESCRIPCIN-NUMRICA-DE-LAS-TEMTICAS-A-DESARROLLAR-e48cna), lista de las temáticas, 0= ANUNCIOS, NOTICIAS, ETC 1=TEMAS DE CRECIMIENTO A LA DEVOCIÓN DE LA DIVINA MISERICORDIA 2=BIOGRAFÍA SANTA FAUSTINA 3=DIARIO DE SANTA FAUSTINA 4=TESTIMONIOS 5=PERSONAS INVITADAS 6= TEMA ABIERTO

NBA das Mina
O novo Pistons e o velho Nuggets

NBA das Mina

Play Episode Listen Later Nov 20, 2025 56:00


Os fãs do Detroit Pistons estão vivendo dias de glória que lembram muito o passado. Liderando o Leste e com uma identidade muito forte, esse é cenário atual e nós falamos sobre o que tem sido a base desse time. No lado Oeste, o forte Nuggets tem uma nova identidade que pode ser o fator fundamental para Jokic e cia brigarem em uma conferência que, claramente, tem um dono. E as lesões? Só se multiplicam. Tem tudo isso no episódio da semana, vem ouvir!

COMMUNITY MANAGER
LES PUPPIES

COMMUNITY MANAGER

Play Episode Listen Later Nov 19, 2025 33:33


C'est le grand retour de Community Manager. Après quelques mois qui ont permis à Guillaume et Vincent de faire un tas de trucs sans intérêt, les voici donc à nouveau réunis pour le meilleur et le pire dans le petit studio de Pierre-Yves et Sylvain, chacun devant son micro, les mâchoires un peu rouillées mais l'esprit vif et prêts à nous instruire et nous surprendre. Mais sont-ils encore au niveau ? Musiques : Le chien dans la vitrine - Line Renaud, I Wanna Be Your Dog – The Stooges, Who Let The Dogs Out - Baha Men, Universal (musique type Ford Boyard)Extraits Youtube : Le prof du web (générique), Youtube – DEVENIR UN CHIOT, ZOO PHILIE, LIBERTÉ, SANTÉ MENTAL, PUPPY PLAY - Bailey balance son TEM, Youtube - Puppy Play: mes chiens sont des humains (DOCUMENTAIRE) Hébergé par Acast. Visitez acast.com/privacy pour plus d'informations.

The 2 Half-Squads: Advanced Squad Leader Podcast
Episode 376: Where We Say the Quiet Part Out Loud About J15 and ATT

The 2 Half-Squads: Advanced Squad Leader Podcast

Play Episode Listen Later Nov 18, 2025


Banter includes a bit about Halloween and a Trip to the Kenosha Civil War Museum to hear author and historian Lance Herdegen discuss his new book Opening Manassas. What we have played lately is Scenario FT206: FDL Chaung.  And a little D&D.  Some letters from listeners are read. In the Box is Journal 15. And we wrap things up with a little Box Art Review of the cover of Journal 15. Rally Phase Records Presents!A.T.T. (a parody)Concept and Lyrics by Dennis DonovanMixing Mark ShontzMusic by Blind Squirrel(Drums - Mark, Bass Guitar - Ray,Lead Guitar - Kevin, Vocals - Dennis)Oi, Oi, OiSee me calculate To Hit Rollson my QRDC ScreenWant the best shot I can get If you know what I meanTarget type is on the left you seeand the range is on the right.Ain't got no Acq. No Bore sight Base is 7 right?There is no TEM on To Hit right?ATT is the target type.ATT Firepower is halved you knowATT on the I.F.T. roll. div>Concealed, LV that adds a +3on the To Hit man, place a large Acq. on the target hex, understand. So load up that ordnance, warm up those dice. Recheck those numbers, then roll those dice, HE is coming down. Let's not mess around.I'll use ATT as target type, ATT Firepower is halved right?ATT on the I.F.T. roll.ATT - HE will explodeOi, Oi, Oi Theme song by Derek K. Miller of Penmachine.SHOW LINKSAuthor of Opening ManassasLFT Deluxe PackSHOW TIMES01: ATT Song3:50 Banter4:00 Whatcha Been Playing Lately?20:00 Letters35:00 Box Art Review48:45 Total Running TimeThe 2 Half-Squads is brought to you by Bounding Fire Productions, and kind donations from listeners like you.The views and opinions expressed on The 2 Half-Squads are not necessarily those of the hosts. You can also watch the show on our Youtube channel.

Telecom Reseller
Rethinking Telecom Procurement with Zenture Partners, Podcast

Telecom Reseller

Play Episode Listen Later Nov 18, 2025


In this episode of Technology Reseller News, Publisher Doug Green speaks with Rob Bye, President & Founder of Zenture Partners, about why the traditional telecom procurement and management model is breaking down—and how AI-driven lifecycle management can restore clarity and control for large enterprises. Zenture Partners is a strategic consultancy and AI-powered lifecycle management provider focused on giving enterprises full visibility into, and control over, their global telecom ecosystem, from contracts and circuits to invoices and risk. Bye explains that most large enterprises now live in a state of telecom chaos: hundreds of vendors, hundreds of invoices, and little understanding of contract terms, renewal dates, dependencies, or actual business impact. The old world of a single global MPLS provider has given way to an “internet everywhere” model, with 16,000+ ISPs worldwide, SD-WAN, and cloud-first architectures. At the same time, IT priorities have shifted—cloud infrastructure, security, AI-infused SaaS and CX platforms now consume leadership attention and budget, while telecom is largely ignored “as long as nothing is on fire.” When things break, teams react, extinguish the fire, and then move straight back to higher-visibility projects. Traditional telecom brokers and “no value” agents, Bye argues, have often added complexity rather than removed it. Unlike familiar IT resellers and VARs, telecom agents rarely bring a unified, data-driven platform to the enterprise. Zenture's model is different: it acts as an extension of both IT sourcing and network teams, combining consulting plus a global AI-enabled platform. Enterprises still contract directly with service providers, while the carriers fund Zenture through residual commissions. For customers, the Zenture platform is delivered at no cost, with no contract, ingesting data from TEM systems, carrier portals, invoices, and spreadsheets into a single pane of glass and highlighting where attention is truly needed. AI is at the center of this transformation. Zenture uses AI to continuously evaluate inventory, identify high-risk sites (such as shared last-mile paths or POP exposure), benchmark pricing, and generate recommendations on whether to renew, replace, or upgrade services as contracts approach term. Agentic AI is also used to integrate with carrier marketplaces and portals, automating quoting, ordering, status checks, inventory updates, and billing validation across hundreds of providers. Instead of humans manually combing through dense, ever-changing telecom invoices, AI flags changes, ties new charges to past orders, and confirms that disconnects and adds have been billed correctly, allowing IT and sourcing teams to focus on decisions, not data entry. Looking ahead, Bye sees AI-driven procurement reshaping RFIs, RFPs, benchmarking, and contract review. Enterprise “house” agents will query external platforms like Zenture's marketplace, shrink long vendor lists to a short set of best fits, and then assist stakeholders with risk analysis and legal review. But this doesn't eliminate the human partner; it elevates them. As Bye puts it, “AI isn't going to replace anyone—it's like the moving walkway at an airport. It just helps you get where you're going faster.” Zenture's client success managers increasingly act as digital workforce managers, overseeing and training AI agents while still providing strategic guidance on vendor consolidation and cost optimization. Ultimately, Zenture Partners aims to help enterprises move from a reactive, invoice-driven view of telecom to a strategic, outcome-focused model—consolidating vendors, simplifying billing, optimizing costs, and freeing IT teams to concentrate on cloud, security, and customer-facing innovation. To learn more about Zenture Partners and its AI-powered lifecycle management platform, listeners are invited to visit https://www.zenturepartners.com/. Software Mind Telco Days 2025: On-demand online conference Engaging Customers, Harnessing Data

Helping Teachers Thrive
Primitive Reflexes Decoded: Transform Learning in Mainstream and SEND Classrooms

Helping Teachers Thrive

Play Episode Listen Later Nov 18, 2025 37:15


DESCRIPTION:In this episode, Lara Barnes, from The Brain Development Podcast, shares her personal journey with her son Archie, highlighting the importance of understanding brain development and foundational reflexes in children. She discusses the impact of sensory circuits in educational settings and offers practical strategies for teachers to support students struggling with learning and emotional regulation.If you would like bespoke support, book a discovery call today: https://calendly.com/tem-helpingteachersthrive/discovery-call KEY TAKEAWAYS:Understanding primitive reflexes is crucial for child development.Sensory circuits can significantly improve classroom behaviour.Children with retained reflexes may struggle with social interactions.Collaboration between parents and teachers is key to success.BEST MOMENTS:"It's not their fault.""Certain teachers have told me that he's not right, that he's not able to concentrate and focus, he's not able to learn.""Poor speech, and literally one or two or three words, he couldn't string sentences together."VALUABLE RESOURCES:Go to The Helping Teachers Thrive Hub to unlock exclusive contentThe Brain Development Podcastwww.braindevelopment.co.ukLara's Instagram: braindevelopmentukEPISODES TO CHECK OUT NEXT:How to Help Students (and Yourself) Overcome Limiting Beliefs in the ClassroomABOUT THE HOST:Since embarking on her teaching journey in 2009, Tem has been on a mission to empower students to reach their fullest potential. Specialising as a Secondary Physical Education Teacher, Tem also has experience in Special Educational Needs (SEN) as a class teacher in an SEN provision. With an unwavering commitment to helping students become the best versions of themselves, Tem believes in the power of education to shape not just academic prowess, but character and resilience. Having mentored numerous teachers throughout her career, she is not only shaping young minds but also nurturing the growth of those who guide them.ABOUT THE SHOW:The podcast for teachers of many years, trainee teachers or Early Career Teachers (ECTs). Join Tem as she delves into the diverse world of teaching, offering valuable insights, tips, and advice on a variety of teaching strategies to help teachers thrive as classroom practitioners. CONNECT & CONTACT: Email: tem@helpingteachersthrive.comLinktree: https://linktr.ee/temsteachingtipsInstagram: instagram.com/temsteachingtipsLinkedIn: linkedin.com/in/tem-ezimokhai-23306a263 Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.

IB Atitude
Três afirmações sobre sua relação com Deus | Pr. Josué Valandro Jr

IB Atitude

Play Episode Listen Later Nov 17, 2025 41:02


Tem planos na sua vida que não se concretizam, e isso te deixa frustrado. Mas Deus é capaz de transformar o improvável em vitória e um exemplo a ser seguido. Com Abraão foi assim, Deus fez uma promessa e, por mais que tenha demorado, todas as promessas se cumpriram. Assim como Abraão percorreu essa trajetória de conquistas, você também pode.

Hola SEO |
Ganar dinero creando contenido. Claves de monetización

Hola SEO |

Play Episode Listen Later Nov 16, 2025 12:51


Bienvenidos a FailAgain, una newsletter / podcast sobre crear contenido y estrategia.Publicas contenido de calidad, creces, tienes una comunidad fiel... y cuando llega la hora de monetizar: grillos.Te recomiendo que escuches la versión extendida en formato pódcast de este contenido.Esta newsletter está patrocinada por Inversor DesnudoEstamos todo el día hablando de workflows, de plantillas, de qué herramienta usar para editar, inteligencia artificial.... Nos pasamos semanas optimizando el sistema de producción.Pero la pasta en tu proyecto como creador no está ahí.Hoy vamos a hablar de dinero y contenido.Veo muchos creadores que sacan piezas que son la bomba, además son consistentes, tienen comunidad fiel, crecen... y a la hora de monetizar no entienden por qué no logran buenos resultados.Lanzan un producto: venden tres.Lanzan una membresía: se apuntan cuatro.¿Cuál es el problema?Que muchas veces se confunde actividad (estar siempre publicando, siempre activos) con estrategia.Y la decisión estratégica más importante que tomas es la del tema sobre el que decides hablar, crear, escribir.No todos los nichos son iguales.Y por eso no me vas a escuchar decir eso de “sigue tu pasión como creador y el dinero vendrá”. Esa es una media verdad que te puede llevar a un nivel de frustración terrible.Los datosHe usado Google Ads Keyword Planner para entender cuánto están dispuestos a pagar los anunciantes por aparecer en determinadas palabras clave.Ejemplo simple:* Búsqueda: “cursos de finanzas”* Búsqueda: “curso de origami”Los anunciantes pagan entre 10 y 50 veces más por el curso de finanzas que por el de origami.¿Por qué? Economía básica. Pagan más donde el retorno es mayor.Y esto marca todo el ecosistema para el contenido.Hay temas donde la gente gasta dinero y temas donde la gente consume gratis (o casi gratis).Los tres niveles de nicho1. Temáticas HOBBYEjemplos: reseñas de cine, historias del fútbolLa gente disfruta consumiendo, pero es raro que saquen la tarjeta para pagar.Monetización: Indirecta (anunciantes, patrocinios, afiliación)Escala necesaria: Cientos de miles de visualizaciones al mes para rozar facturaciones de 1.000-2.000€El porcentaje de personas dispuestas a pagar de forma directa por tu contenido es muy pequeño. Necesitas impactar en muchísima gente para encontrar a esas pocas personas que conectan tanto contigo que deciden invertir.2. Temáticas de HABILIDADEjemplos: cómo usar Notion, tutorial de fotografía, estrategia de contenidoAquí hay un problema que se puede resolver. La gente está más dispuesta a pagar por aprender una habilidad porque entiende que hay retorno.Escala necesaria: Con 10.000-20.000 suscriptores puedes empezar a tener algo sólido y rentable.3. Temáticas de ALTO VALOREjemplos: finanzas, salud, relacionesAquí la gente no paga por aprender. Paga por eliminar un dolor, algo que les quita el sueño.Escala necesaria: Con 1.000-2.000 suscriptores puedes estar facturando muchísimo más que en los otros nichos, incluso con 20.000 - 40.000 seguidores.Cuando hablas de inversión, de cómo ahorrar, no estás vendiendo un curso. Estás vendiendo tranquilidad, un futuro mejor, cómo evitar un problema por una mala decisión.Por eso los creadores en estos nichos tienen una capacidad de monetización que está en otra liga.El caso Nudista InvestorEsta semana patrocina la newsletter Nudista Investor, y cuando analizas su estructura, sus números... quedas absolutamente flipado.Los números:* 34.000 suscriptores en newsletter gratuita* Más de 3.000 pagan una membresía mensual* Casi un 10% de conversión (lo normal es 3-4%)Con más de 3.000 miembros pagando 10€/mes, estamos hablando de 30.000€ al mes (datos validados en su propia web).Y lo mejor: la suscripción está cerrada hasta finales de 2025.Escasez real, sin artificios ni marketing agresivo. No te puedes suscribir aunque quieras.¿Por qué funciona tan bien?1. Está en finanzas personalesDonde la gente tiene problemas reales, urgentes. Inflación, hipotecas subiendo, futuro incierto. Mucho desconocimiento en temas universales como inversión y gestión del patrimonio.2. Usa ejemplos tangiblesHabla de gente que derrocha dinero, de personas que viven con el agua al cuello pese a cobrar 7.000-8.000€/mes. Historias con datos reales que conectan.3. El concepto de “porno financiero”Mostrar números reales, inversiones, patrimonio. Convierte una temática que podría ser aburrida en algo casi adictivo.4. Monetización optimizadaEmpezó cobrando 10€/mes. Ahora está en 20€/mes. Y puede cerrar las suscripciones porque tiene capacidad de hacerlo.Sería injusto achacar todo el éxito de Nudista solo a la temática. Su capacidad de explicar de forma entretenida y didáctica contenidos sobre ahorro e inversión es brutal.Pero... eligió un campo donde el valor económico es evidente y el público está más dispuesto a pagar.Si te interesa el tema de finanzas personales (y siendo creador, debería), te recomiendo que te suscribas a Nudista. No solo por el contenido sobre finanzas. Hazlo para entender sus mecánicas como creador y como monetizador.Bonus: Si te suscribes antes del lunes 17 de noviembre a las 17:00 (hora española), Nudista ha preparado una entrega especial que puede ayudarte con tus finanzas.¿Y ahora qué?Con todo esto... ¿significa que tengo que cerrar mi blog de poesía y abrir uno de cripto?No.Significa que tienes que entender las reglas del juego al que estás jugando.Si elegiste un tema hobby:* Disfruta del proceso* Construye tu comunidad* Acepta que la monetización será lenta y principalmente indirectaSi elegiste una temática de habilidad:* Demuestra resultados* Crea sistemas replicables* Ayuda a otros a conseguir lo que tú conseguisteSi estás en temáticas de alto valor:* Tu audiencia tiene una urgencia real (úsalo a tu favor)* La responsabilidad es mayor* El éxito lo marca tu personalidad y enfoqueLa coherencia es claveNo esperes resultados de temáticas de alto valor si estás creando contenido hobby.No te compares con nichos que juegan con otras reglas.No fuerces tu contenido hacia el dinero si no es el objetivo.Reflexión final:Puedes crear sobre origami y ser feliz con 500 suscriptores apasionados.Puedes crear sobre inversión y estar estresado e infeliz aunque tengas 10.000 suscriptores.La clave no es elegir el nicho correcto. La clave es ser consciente.Cuando ves a Nudista facturando 30.000€/mes, no es porque sea el mejor creador del sector de finanzas. Es porque:* Eligió un campo donde una membresía de 10-20€ es irrisoria comparado con el valor que aporta* Dio un ángulo y enfoque muy diferente a su contenido* Disfruta bebiendo buena cerveza y hablando de buenas ideas para lograr libertad financieraTú decides a qué juego quieres jugar. Las normas son estas. Ahora trata de divertirte.El éxito no va de cuántas horas le metes. Va de tomar decisiones estratégicas con los ojos abiertos.Y la primera es elegir ese campo de batalla. O aceptar el que ya elegiste, pero siendo consciente de las implicaciones.P.D. Si estás en ese punto de definir tu nicho o pensar en pivotar, puede ser uno de los temas que trabajemos en Factoría Creativa.Solo quedan 7 plazas en la tarifa de fundador.Un abrazote muy grande y a monetizar todos.GuillermoPD: Recuerda que el regalito de Nudista es solo para los que se suscriban antes del 17/11/2025 a las 17:00 hora peninsular ^^ This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit www.guitermo.com

Gama Revista
Alexandre Patricio de Almeida: os desafios do envelhecimento

Gama Revista

Play Episode Listen Later Nov 16, 2025 35:36


Como envelhecer bem e com alegria num mundo que valoriza a juventude acima de tudo? Neste episódio do Podcast da Semana, o psicanalista Alexandre Patricio de Almeida, fala sobre o processo de envelhecimento e de como os lutos da vida podem nos preparar para uma maturidade mais plena.“É claro que tem as limitações do corpo, tem as queixas, isso é inevitável. O importante é a gente poder abraçar esses limites para que essas frustrações não se tornem pedras no caminho que paralisem a nossa caminhada, que travam o nosso movimento vital. Estar vivo implica envelhecer”, afirma na entrevista.Doutor em psicologia clínica pela PUC de São Paulo, Alexandre Patricio de Almeida é apresentador do podcast “Psicanálise de Boteco” e autor de livros como os da série “Por uma Ética do Cuidado” e “A Clínica Winnicottiana: os Casos Difíceis”. Agora, está lançando “O Elogio à Tristeza”, pela editora Record, em que discute a importância do sentimento para a saúde mental.“Tem gente também que se fecha em si mesmo e não está disponível para aprender com a maturidade”, diz a Gama. “Para sermos capazes de sentir felicidade, precisamos ter coragem de abraçar a nossa tristeza e dar a ela dignidade. Poder assumir as nossas insuficiências, o que deu para fazer, o que não deu, o que eu posso correr atrás agora, o que eu preciso largar, o que eu preciso renunciar.”Almeida relaciona também a dificuldade de aceitar o envelhecimento com a lógica neoliberal de descartar o que está velho. “Isso não só se aplica a objetos, mas também aos seres humanos. E a gente vê isso na sociedade, o mercado de trabalho fechando, não autorizando pessoas a entrarem depois de uma certa idade, você vê a solidão dessas pessoas, dos idosos, das famílias que não acompanham mais.”Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima

Brasil-Mundo
Coletivo de artista brasileiro transforma museu de Miami em experiência imersiva

Brasil-Mundo

Play Episode Listen Later Nov 16, 2025 4:28


O artista brasileiro Eli Sudbrack constrói há mais de duas décadas uma obra feita de cor, movimento e colaboração. Fundador do coletivo Assume Vivid Astro Focus, ou simplesmente AVAF, ele transforma o museu em um espaço vivo, onde o público é convidado a completar a obra com seu corpo e presença. Luciana Rosa, correspondente da RFI em  Nova York Formado em cinema pela PUC-Rio, Sudbrack trocou as câmeras pelas artes visuais após o fim da Embrafilme, nos anos 1990. No fim dessa década, desembarcou em Nova York, em meio à efervescência da cultura digital e ao espírito do it yourself que moldou uma geração de artistas. Foi ali que nasceu o Assume Vivid Astro Focus, um projeto que mistura linguagens e identidades, borrando as fronteiras entre arte, política e performance. “Tudo o que a gente faz é fluido, moldado, mutante”, explica o artista. “Até o nome Assume Vivid Astro Focus muda. A gente brinca com as iniciais, cria novas frases, tipo ‘amoroso, vagabundo, assina fedida', ‘a very anxious feeling'. Cada projeto nasce para um espaço, para um contexto.” Nos anos 2000, o coletivo começou a ganhar visibilidade internacional com exposições em San Francisco e Nova York, além de uma instalação na galeria Deitch Projects, elogiada pelo New York Times. O sucesso levou Sudbrack à Whitney Biennial de 2004, uma das mostras mais prestigiadas do mundo, onde apresentou um projeto público inspirado nos patinadores do Central Park em uma pista que unia arte, música e performance. Instalação AVAF XI Duas décadas depois, essa mesma energia reaparece em “AVAF XI”, instalação criada originalmente em 2004 para a casa da colecionadora Rosa de la Cruz, em Key Biscayne, e que agora ganha nova vida no Bass Museum, em Miami. “Pra gente foi tipo um dream come true”, conta Sudbrack. “Finalmente esse projeto poderia ser ativado pelo público geral, e não só aquele público das artes plásticas. A gente finalmente poderia abrir esse espaço e promover performances dentro da instalação.” Sob a direção de Silvia Karman Cubiñá, que foi assistente de Rosa na época, o Bass preserva o espírito original da obra, que faz uma celebração da fluidez e da participação. Reinstalada até 2027, AVAF XI convida o público a dançar e festejar a diversidade em tempos de polarização digital. Em Miami, o coletivo também atualiza um aspecto essencial de sua trajetória: a valorização das comunidades marginalizadas e das culturas que inspiraram sua linguagem visual. No centro da mostra está o vídeo “Boot Queen Realness with a Twist in Pastel Colors”, criado antes mesmo do YouTube existir. “Esse vídeo é uma compilação de várias categorias de bailes de vogue”, explica o artista. “Tem clipes, registros de boates dos anos 80, trechos do Soul Train, vídeos de artistas jovens e renomados. A gente montou isso um ano antes do YouTube existir, com aquele espírito da internet do começo dos 2000.” Gesto político de resistência Essas imagens, no entanto, não estão ali apenas pela estética. São também um gesto político de resistência e reconhecimento das comunidades negras, latinas e queer que criaram espaços de liberdade muito antes de serem aceitas nos museus. “A gente acentuou essa característica queer, mas num sentido mais amplo — não só ligado à sexualidade”, diz Sudbrack. “É sobre fluidez, mutação, sobre incluir pessoas e comunidades que normalmente não são reconhecidas dentro de um museu. A gente queria que esse público se visse representado ali.” Sobre a experiência que espera proporcionar ao público, o artista afirma que seu objetivo é relembrar a importância da presença física, algo que as redes sociais, segundo ele, não substituem. “As mídias sociais dão uma sensação de comunidade, mas sem presença real”, diz. “A gente precisa desse encontro, dessa troca de energia. Essa instalação é uma chamada pra que as comunidades participem, se energizem.” Entre o corpo e a cor, entre o digital e o real, Assume Vivid Astro Focus XI transforma o museu em um espaço de energia compartilhada e resistência poética. A instalação fica em exibição no Bass Museum, em Miami, até 2027.

Rádio Novelo Apresenta
Caça-palavras

Rádio Novelo Apresenta

Play Episode Listen Later Nov 13, 2025 59:20


A invenção de um xingamento e o despertar de uma protagonista. No primeiro ato: a busca pelo paciente zero de um xingamento. Por Vinicius Luiz. No segundo ato: mulheres em busca de um enredo que as inclua. Por Mariana Filgueiras. Além de ouvir os episódios do Rádio Novelo Apresenta antecipadamente, os membros do Clube da Novelo tem acesso a uma newsletter especial, a eventos com membros da nossa equipe – e aos episódios de Avestruz Master uma semana antes. Quem assinar o plano anual ganha de brinde uma bolsa da Novelo feita só pra membros. Assine em ⁠⁠radionovelo.com.br/clube⁠ Tem coisa que não espera, tipo aquela fominha no meio da tarde. Neste Black November, nossa parceira Daki - o app de supermercado com a entrega mais rápida do Brasil - serve tudo o que você precisa, inclusive descontos de até 60%. Confere aqui: https://soudaki.onelink.me/FYIE/radionovelo Acompanhe a Rádio Novelo no Instagram: https://www.instagram.com/radionovelo/ Siga a Rádio Novelo no TikTok: https://www.tiktok.com/ Palavras-chave: Veado, Homossexualidade, Homofobia, José Francisco Corrêa, Valmir Costa, Jornalismo Erótico, trabalhadoras domésticas, literatura, Perifobia, Lilia Guerra. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices

Podcast : Escola do Amor Responde
3202# Escola do Amor Responde (no ar 12.11.2025)

Podcast : Escola do Amor Responde

Play Episode Listen Later Nov 12, 2025 26:33


Durante este programa, uma aluna disse que se relacionou quatro vezes e não teve sucesso. Os namoros começavam bem, tudo corria nos conformes, faziam planos de se casarem, conheciam a família um do outro e, de repente, do nada, eles diziam que não ia dar certo. A aluna disse que gostaria de entender o porquê. Na oportunidade, o casal blindado falou amplamente sobre esse assunto.É desconfiadaEm seguida, outra aluna, Ellen Cristiana, compartilhou que há dois meses namora uma pessoa que tinha uma vida muito difícil e que, inclusive, se envolveu com várias coisas erradas. Segundo ela, para os dois começarem a se relacionar foi complicado, pois ela é muito desconfiada. Ellen já teve alguns relacionamentos rápidos e foi traída duas vezes.Fora isso, os dois são muito ciumentos. A aluna disse que o coração dela se fechou e que ela não consegue amar ninguém, com medo de sofrer. Tem sido difícil para o namorado conquistar o coração dela. Apesar de terem pouco tempo de namoro, eles já pensam em morar juntos. Ademais, ela acha que ele a ama mais do que ela. Ellen pediu ajuda sobre o que fazer.Terapia do Amor Participe todas as quintas-feiras, às 20h, no Templo de Salomão, no Brás, em São Paulo. Para mais locais e endereços, acesse terapiadoamor.tv ou ligue para (11) 3573-3535. Bem-vindos à Escola do Amor Responde, confrontando os mitos e a desinformação nos relacionamentos. Onde casais e solteiros aprendem o Amor Inteligente. Renato e Cristiane Cardoso, apresentadores da Escola do Amor, na Record TV, e autores de Casamento Blindado e Namoro Blindado, tiram dúvidas e respondem perguntas dos alunos. Participe pelo site EscoladoAmorResponde.com. Ouça todos os podcasts no iTunes: rna.to/EdARiTunes

FALA COM ELA
FALA COM ELA com Carminho

FALA COM ELA

Play Episode Listen Later Nov 12, 2025 53:19


Tem um disco novo, uma participação especial no disco de Rosalía e muitos concertos no horizonte, alguns deles além fronteiras. Mulher, mãe, artista, que lugar(es) sente ela que ocupa no mundo, na música, no fado? 

Braincast
O Reddit chega, o gatonet cai e o Brasil continua sendo Maria e José

Braincast

Play Episode Listen Later Nov 10, 2025 79:01


Nessa semana, o Braincast mergulha em três jeitos diferentes de entender o Brasil digital de 2025 — das novas e velhas comunidades online à forma como a gente consome, e até como a gente se chama. Tem o Reddit, que chegou na surdina e quer reviver o espírito do Orkut; o fim do gatonet, que mostrou que o brasileiro ainda acredita em serviço pirata com CNPJ; e o novo levantamento do IBGE sobre nomes e sobrenomes, que revela muito sobre o país que fomos — e o que estamos virando. 10:49 - Pauta 01:12:38 - QEAB _ NEXGARD SPECTRA®: É OUTRO NÍVEL DE PROTEÇÃO. https://www.cobasi.com.br/pesquisa?ho... Cupom: 20nexgard Vigência: Até 31/12 Regras: 1 uso por CPF, não acumulativo com compra programada -- ✳️ TORNE-SE MEMBRO DO B9 E GANHE BENEFÍCIOS: Braincast secreto; grupo de assinantes no Telegram; e episódios sem anúncios! / @canalb9 --