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Phylum of amoeboid protists

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foram

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Café Crime e Chocolate
268 - Solucionados depois de 30 anos: Os Assassinatos de Michaella Welch e Jennifer Bastian | EUA

Café Crime e Chocolate

Play Episode Listen Later May 22, 2025 30:36


Em 1986, Michaella Welch, de 12 anos, e Jennifer Bastian, de 13, foram brutalmente assassinadas, com apenas meses de diferença. Foram necessárias mais de três décadas — e avanços decisivos na tecnologia de DNA — para que a justiça finalmente batesse à porta de suas famílias.Produção: Crimes e Mistérios BrasilNarração: Tatiana DaignaultEdição: Tatiana DaignaultPesquisa e Roteiro: Tatiana Daignault Fotos e fontes sobre o caso você encontra aquiO Café Crime e Chocolate é um podcast brasileiro que conta casos de crimes reais acontecidos no mundo inteiro com pesquisas detalhadas, narrado com respeito e foco nas vítimas.Não esqueça de se inscrever no podcast pela sua plataforma preferida, assim você não perde nenhum episódio. Siga-nos também em nossas redes sociais:Instagram Facebook X AVISO: A escolha dos casos a serem contados não refletem preferência ou crítica por qualquer posição política, religião, grupo étnico, clube, organização, empresa ou indivíduo.

The Dictionary
#F169 (foram to forebearance)

The Dictionary

Play Episode Listen Later May 22, 2025 29:49


I read from foram to forebearance.     The word of the episode is "foramen magnum". https://en.wikipedia.org/wiki/Foramen_magnum     The movie I mentioned was "Lost Highway". https://www.imdb.com/title/tt0116922/     Use my special link https://zen.ai/thedictionary to save 30% off your first month of any Zencastr paid plan.    Create your podcast today! #madeonzencastr     Theme music from Jonah Kraut https://jonahkraut.bandcamp.com/     Merchandising! https://www.teepublic.com/user/spejampar     "The Dictionary - Letter A" on YouTube   "The Dictionary - Letter B" on YouTube   "The Dictionary - Letter C" on YouTube   "The Dictionary - Letter D" on YouTube   "The Dictionary - Letter E" on YouTube   "The Dictionary - Letter F" on YouTube     Featured in a Top 10 Dictionary Podcasts list! https://blog.feedspot.com/dictionary_podcasts/     Backwards Talking on YouTube: https://www.youtube.com/playlist?list=PLmIujMwEDbgZUexyR90jaTEEVmAYcCzuq     https://linktr.ee/spejampar dictionarypod@gmail.com https://www.facebook.com/thedictionarypod/ https://www.threads.net/@dictionarypod https://twitter.com/dictionarypod https://www.instagram.com/dictionarypod/ https://www.patreon.com/spejampar https://www.tiktok.com/@spejampar 917-727-5757

Embolada
GE SPORT #10 - Jogo contra o Inter, mudanças no futebol e cobranças no Conselho

Embolada

Play Episode Listen Later May 22, 2025 58:32


O Sport completa dois meses sem vencer na temporada em crise dentro de campo e tentando mudar as coisas fora dele. Foram apresentados os novos nomes da diretoria de futebol, o diretor geral, Enrico Ambrogini, e o executivo, Thiago Gasparino, além de confirmada a saída do vice-presidente Guilherme Falcão. Em meio a isso, o presidente Yuri Romão recebe cobranças do Conselho Deliberativo. E na Série A, o time tenta sua primeira vitória domingo, contra o Inter, com o técnico António Oliveira ainda precisando mostrar serviços após duas partidas.

Radioagência
Mais de 140 casos de violência contra jornalistas foram contabilizados em 2024, aponta relatório lançado na Câmara dos Deputados

Radioagência

Play Episode Listen Later May 20, 2025


SBS Portuguese - SBS em Português
Telefones públicos oferecem chamadas gratuitas na Austrália. Foram 25 milhões em 2024

SBS Portuguese - SBS em Português

Play Episode Listen Later May 19, 2025 5:36


A Telstra afirma que desde 2021 todas as chamadas comuns, locais e nacionais, para números fixos e celulares australianos são gratuitas em cerca de 15 mil telefones públicos do país. "Só no ano passado, os australianos fizeram cerca de 25 milhões de chamadas gratuitas, incluindo mais de 300 mil para o Triplo Zero e outras linhas de apoio em caso de crise", afirma Teresa Corbin, do serviço de defensoria ao cliente da Telstra.

O Antagonista
Quais foram as primeiras mensagens de Leão XIV?

O Antagonista

Play Episode Listen Later May 15, 2025 11:03


Papa Leão XIV faz acenos tanto a conservadores quanto a liberais na primeira semana de sua gestão.Meio-Dia em Brasília traz as principais notícias e análises da política nacional direto   de Brasília.     Com apresentação de José Inácio Pilar e Wilson Lima, o programa aborda os temas mais quentes do cenário político e econômico do Brasil.     Com um olhar atento sobre política, notícias e economia, mantém o público bem informado.   Transmissão ao vivo de segunda a sexta-feira às 12h.    Não espere mais, assine agora e garanta 2 anos com 30% OFF - últimos dias.   2 anos de assinatura do combo O Antagonista e Crusoé com um super desconto de 30% adicional* utilizando o voucher 10A-PROMO30 Use o cupom 10A-PROMO30 e assine agora:  meio-dia ( https://bit.ly/promo2anos-meiodia)   (*) desconto de 30% aplicado sobre os valores promocionais vigentes do Combo anual | Promoções não cumulativas com outras campanhas vigentes. | **Promoção válida só até o dia 31/05 

Mensagens do Meeting Point
61 com paixão

Mensagens do Meeting Point

Play Episode Listen Later May 15, 2025 3:23


devocional Lucas leitura bíblica Depois disto, o Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e enviou-os à sua frente, dois a dois, a todas as localidades, vilas e aldeias que tencionava visitar mais tarde. Foram estas as instruções que lhes deu: “A seara é vasta e os trabalhadores são poucos. Roguem ao Senhor da seara que envie trabalhadores para ela. Agora vão, envio-vos como cordeiros para o meio de lobos. Não levem bolsa com dinheiro convosco, nem saco de viagem, nem mesmo calçado de reserva. E não percam tempo a cumprimentar as pessoas pelo caminho. Na casa em que entrarem, primeiramente declarem a paz sobre ela. Se o residente for digno de paz, deixem-lhe a vossa paz; se não, para vocês voltará. Na casa em que entrarem, fiquem nela e comam e bebam do que vos puserem à frente. Porque digno é o trabalhador do seu salário. Se uma cidade vos receber, comam do que vos oferecerem. Curem os enfermos e digam: ‘O reino de Deus chegou até vós!' Se, porém, na cidade em que entrarem não vos receberem, saiam para as ruas e digam: ‘Limpamos o pó desta povoação que se tiver incrustado aos nossos pés em protesto contra vós. Nunca se esqueçam de que o reino de Deus chegou!' Eu vos digo: Sodoma estará em melhor situação no dia do juízo do que essa cidade! Ai de ti, Corazim, e ai de ti, Betsaida! Porque, se os milagres que vos fiz tivessem sido realizados nas cidades de Tiro e Sídon, o seu povo ter-se-ia sentado, há muito, em profundo arrependimento, vestindo pano de saco e deitando cinzas sobre a cabeça em sinal de remorso. Contudo, Tiro e Sídon estarão em melhor situação no dia do juízo do que vocês! E tu, povo de Cafarnaum, serás tu levantado até ao céu? Serás antes mergulhado no inferno!” Depois disse aos discípulos: “Quem vos ouve é a mim que ouve e quem vos rejeita é a mim que rejeita. E quem me rejeitar rejeita quem me enviou.” Lucas 10.1-16 devocional Jesus foi alargando o Seu leque de seguidores com o decorrer do tempo. A Sua equipa tem vindo a ser engrossada, ainda que as instruções permaneçam as mesmas. O Seu repto mantém-se inalterável até hoje. Ele continua a entender por bem enviar-nos à Sua frente para desbravar o terreno de todos os recantos onde tem intenção de ir. No entanto, não quer que avancemos de forma solitária, mas sim solidária. A ponto de nos recomendar que não cessemos de pedir ao Pai por mais cooperadores para participar na Sua colheita. Contudo, não se esperem pêras doces, pois a tarefa é árdua e em território adverso. Sim, há uivos com fartura. Mantenha-se, até por isso, um estilo de vida simples, isento de espampanâncias, pedinchices e esquisitices. O foco deve ser constante, sem dar azo a distracções com futilidades. Independentemente do modo como nos acolham sublinhemos que “o reino de Deus está a chegar.” E não levemos a peito, nem nos deixemos desmotivar, caso recebamos como resposta a indiferença mordaz ou a rejeição desabrida. Também não nos auto-promovamos se houver bom fruto. Jesus alertou-nos: “Quem vos escutar é a Mim que escuta; quem vos rejeitar, rejeita-Me também a Mim. E quem Me rejeitar, rejeitará Aquele que Me enviou.” - jónatas figueiredo Oramos para que este tempo com Deus te encoraje e inspire. Dá a ti próprio espaço para processar as tuas notas e a tua oração e sai apenas quando te sentires preparado.

JORNAL DA RECORD
14/05/2025 | 2ª Edição: Megaoperação pelo país mira suspeitos de pedofilia na internet; mais de 40 pessoas foram presas

JORNAL DA RECORD

Play Episode Listen Later May 14, 2025 3:40


Confira nesta edição do JR 24 Horas: Uma grande investigação da Polícia Federal resultou na prisão de ao menos 44 suspeitos de abuso sexual contra crianças e adolescentes em várias partes do país. Os crimes aconteciam pela internet. Cerca de 600 policiais civis e federais participaram da operação. Além das prisões, foram cumpridos 130 mandados de busca e apreensão. O objetivo da ação é identificar e responsabilizar pessoas que armazenam, compartilham, produzem e comercializam material relacionado a abusos infantis. E ainda: Operação contra crimes de ódio na internet termina com apreensão de cinco adolescentes.

15 Minutos - Gazeta do Povo
Caso Ramagem e a crise entre Câmara e STF

15 Minutos - Gazeta do Povo

Play Episode Listen Later May 12, 2025 15:59


Vote no 15 Minutos no prêmio ibest https://premioibest.vote/747571429*) Uma decisão da Câmara dos Deputados, e a reação a ela, vindo do Supremo Tribunal Federal, representa um degrau a mais na escalada de tensões entre os poderes em Brasília. Relembrando: a Câmara aprovou a suspensão da ação penal no STF contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), réu por suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. Foram 315 votos a favor, 143 contra e 4 abstenções.Dias depois, o Supremo reagiu. A Primeira Turma da Corte decidiu, por unanimidade, derrubar a decisão da Câmara. O presidente da Turma, Cristiano Zanin, e os ministros Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia seguiram o relator, Alexandre de Moraes. Assim, Ramagem ainda responderá pelos crimes de Organização criminosa; Golpe de Estado e Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Já os crimes relacionados aos danos materiais, vinculados aos atos de 8 de janeiro de 2023, ficam suspensos até o fim do mandato do parlamentar: dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União; deterioração de patrimônio tombado.Esse episódio do podcast 15 Minutos analisa o caso do deputado Ramagem na Câmara e o novo capítulo da tensão com o STF. O convidado é o Sílvio Ribas, da equipe de República da Gazeta do Povo. 

CBN Vitória - Entrevistas
Uma vítima de acidente é internada no SUS a cada dois minutos, alerta estudo

CBN Vitória - Entrevistas

Play Episode Listen Later May 12, 2025 12:21


O Brasil registrou uma vítima de trânsito nas emergências do Sistema Único de Saúde (SUS) a cada dois minutos em 2024. É o que alerta uma pesquisa divulgada na última semana pela Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) e Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abremed). Foram 227.656 internações hospitalares no período. Os dados mostram que as principais vítimas do trânsito são os motociclistas (60%), seguidos de pedestres (16%) e por ocupantes de automóveis (7%) e ciclistas (7%).A pesquisa revela ainda que as despesas do SUS com essas internações foram de R$ 3,8 bilhões, quantia que "seria suficiente para construir de 32 a 64 hospitais de médio porte, implantar até 35 mil quilômetros de ciclovias urbanas, duplicar cerca de 505 quilômetros de rodovias federais, adquirir mais de 15 mil ambulâncias básicas ou habilitar quase 13 mil novos leitos de UTI".A pesquisa aponta também que: "o impacto sobre o Sistema Único de Saúde é alarmante: nos últimos dez anos, o SUS contabilizou 1,8 milhão de internações por sinistros de trânsito, segundo as bases oficiais do Ministério da Saúde, totalizando R$ 3,8 bilhões em despesas hospitalares diretas. Segundo os médicos, essas ocorrências pressionam cada vez mais os leitos de UTI e prolongam as internações, agregando outros custos com múltiplos procedimentos e reabilitação, com impacto também sobre a previdência e a assistência social", informa. Em entrevista à CBN Vitória, o médico Leonardo Goltara, da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede), fala sobre o assunto. Ouça a conversa completa!

#theósis
Homilia Diária - Foram embora | 2025.05.10

#theósis

Play Episode Listen Later May 10, 2025 5:09


Radio Futura
Cassiano

Radio Futura

Play Episode Listen Later May 10, 2025 149:21


Lucas Brêda RIO DE JANEIRO Eram os primeiros meses de 1970, e Cassiano desfilava seu "black power" reluzente por São Paulo quando conheceu outro cabeludo chamado Paulo Ricardo Botafogo, de aspecto e ideologia hippie, fã de Marvin Gaye como ele. Nos alto-falantes de uma lanchonete, o locutor da rádio anunciava a nova música de Tim Maia, que deixou seu novo amigo boquiaberto. Ao som de "Primavera (Vai Chuva)", a dupla pagou a conta, mas o dinheiro de Cassiano acabou. Ele estava sem lugar para dormir e pediu abrigo a Botafogo. Voltava de uma excursão, quando viu calças de homem no varal de sua mulher e não quis conversa. Também fez uma revelação. "Olha, essa música é minha, mas por favor não fale para ninguém." Dita como um pedido singelo, a frase se tornou uma maldição para Cassiano. Autor de sucessos na voz de Tim Maia e Ivete Sangalo, o paraibano fascinou músicos, virou "sample" e rima dos Racionais MCs e gravou discos até hoje cultuados. Mas morreu há quatro anos como um gênio esquecido —a dimensão de seu talento é um segredo guardado por quem conviveu e trabalhou com ele.  Reprodução de foto do músico Cassiano, morto em 2021 - Eduardo Anizelli/Folhapress Isso não quer dizer que Cassiano tenha sido um desconhecido. Bastião do movimento black e precursor do soul brasileiro, angariou uma legião de fãs, vem sendo redescoberto por novas gerações e acumula milhões de "plays" no streaming. Sua obra que veio ao mundo, no entanto, é só uma parcela do que produziu de maneira informal durante toda a vida —e que segue inédita até hoje. Cassiano, morto aos 78, deixou um disco de inéditas incompleto, gravado em 1978 e hoje em posse da Sony. Também tem gravações "demo" feitas nas décadas de 1980 e 1990 que há anos circulam entre fãs e amigos. Isso fora o que William Magalhães, líder da banda Black Rio, chama de "baú do tesouro" —as dezenas de fitas cassete com gravações caseiras nunca ouvidas. "Ele nunca parou. Só parou para o mundo", diz Magalhães, que herdou do pai, Oberdan, não só a banda que reativou nos anos 2000, mas a amizade e o respeito de Cassiano. "Todo dia ele tocava piano, passeava com gente simples, trocava ideia. Era tão puro que às vezes a gente duvidava da bondade dele." O tal baú, ele diz, contém "coisas que fizemos em estúdio, composições dele tocando em casa, ideias, tudo inédito". "E só coisa boa. Cassiano nunca fez nada ruim, musicalmente falando. Com ou sem banda, arrasava. A voz, o jeito de compor. Era uma genialidade ímpar." Acervo de Cassiano Esse material está na casa que Cassiano dividiu com a mulher, Cássia, e a filha, Clara, no fim da vida, no bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro. Há também registros escritos de memórias, recortes de revistas e jornais, filmagens de performances no palco e em casa, diversos instrumentos e até desenhos e colagens que ele costumava fazer. A viúva conta que o marido saía às vezes para o bar e para conversar na rua, mas "não era um homem de multidões". "Gostava de música e queria trabalhar o tempo todo, não era tanto de atividade social. Mas, se chamasse para o estúdio ou para o palco, esse era o grande sonho. Ele queria estar entre os músicos." Por volta de 2016, na reunião com o presidente da Sony, Paulo Junqueiro, para negociar o lançamento do disco de 1978, Cassiano estava mais interessado em apresentar o material mais novo que vinha criando. Não se opôs ao lançamento do álbum engavetado, mas suas prioridades eram diferentes daquelas da gravadora, e o papo esfriou. Descoberto antes desse encontro pelo produtor Rodrigo Gorky, hoje conhecido pelo trabalho com Pabllo Vittar, o disco chegou aos ouvidos de Junqueiro, fã declarado do cantor, que logo se interessou. Kassin, produtor que trabalhou na finalização póstuma do álbum "Racional 3", de Tim Maia, foi chamado para ajudar. No primeiro contato com as músicas, ele diz, sentiu que tinha "um negócio enorme na frente". O produtor conta que o trabalho que ele e Gorky fizeram foi apenas de "limpar e viabilizar", além de reorganizar e mixar as músicas, sem edições ou acréscimos. Em sua opinião, o álbum não precisa de muitos retoques para ser lançado. Segundo Junqueiro, ainda há o que ser feito. "Chamei Cassiano para ouvir, ele se lembrava de tudo, mas concordava que faltava muito. O que existe é uma pré-mixagem e, a partir dela, terminar o disco, caso a família queira finalizar. Na minha opinião, não está terminado. Mas, se a família achar que está terminado, tudo bem. Estamos tentando encontrar uma maneira de chegar lá." Um dos impeditivos para que o disco perdido de 1978 seja lançado é a falta de créditos aos músicos que participaram das gravações. Claudio Zoli, no entanto, lembra não só que gravou "backing vocals", mas sabe de vários dos instrumentistas envolvidos no disco. Tinha 14 anos e mal tocava violão, mas Cassiano vislumbrou um futuro para ele na música. "A gente se reunia numa casa lá em Jacarepaguá", diz Zoli. "Era aquele clima meio Novos Baianos, todo mundo dormindo lá, ensaiando. Nos reunimos para gravar esse disco da CBS, que não saiu, e o Cassiano fazia um ‘esquenta' antes de entrar em estúdio. Ficava tocando violão, falando sobre harmonia." Há alguns registros desses momentos de "esquenta" e também de estúdio feitos por Paulo Ricardo Botafogo, que é fotógrafo. Ele acreditava, sem muita certeza, que eram imagens da gravação de "Cuban Soul", disco de Cassiano do qual fez a foto da capa, gravado há 50 anos. Mas é bastante improvável que Zoli, nascido em 1964, tivesse apenas 11 anos nas imagens. Produtor que trabalhou com Tim Maia e foi amigo de Cassiano, Carlos Lemos se mudou da Philips, hoje Universal, para a CBS, hoje Sony, na segunda metade dos anos 1970. Pelas fotos, ele diz ter certeza que as gravações aconteceram no estúdio Haway, que era alugado pela CBS. Ele também confirma as identidades dos músicos lembrados por Zoli. São eles os guitarristas Paulinho Roquette, Paulinho Guitarra, Beto Cajueiro e Paulo Zdan, além de Dom Charles no piano e Paulo César Barros no baixo. Quem também corrobora as lembranças de Zoli é Paulo Zdan, médico de Cassiano, de quem se tornou grande amigo e foi letrista do disco "Cuban Soul". Morto há um ano, ele deu uma entrevista a Christian Bernard, que preparava um documentário sobre Cassiano —o filme acabou não autorizado pela família. A reportagem ouviu uma pré-mixagem desse disco de 1978, que destaca a faceta mais suingada de Cassiano. É um registro coeso de 12 faixas, mais funk do que soul, com vocais simultâneos cheios de candura e um flerte com a música disco daquela época. Para Kassin, é um registro "mais pop". "Se tivesse saído na época, teria feito sucesso", ele diz. Junqueiro, da Sony, concorda que as faixas mantêm uma coerência, mas que não é possível saber se isso se manteria caso Cassiano continuasse o trabalho no álbum. "Não tem nenhuma música que eu imagino que o Cassiano não botaria no disco. Talvez ele colocasse mais músicas. É um disco mais para cima, mas para ser mais dançante faltam arranjos." Clara, filha de Cassiano, lembra que o pai não tinha boas memórias da época que fez esse disco. "Não sei o que ele estava sentindo, mas não era um momento feliz para ele", ela diz. "Ele já não se via mais tanto como aquele Cassiano de 1978. Mas hoje reconheço a importância de lançar. Acho que todo mundo merece, mesmo que ele não tenha ficado tão empolgado assim com a ideia."  Retrato do cantor Cassiano em 1998 As gravações foram pausadas depois que Cassiano teve tuberculose e passou por uma cirurgia para a retirada de uma parte do pulmão. Mas as pessoas ouvidas pela reportagem também relatam um hábito constante do artista —demorar para finalizar seus trabalhos, ao ponto de as gravadoras desistirem de bancar as horas de estúdio e os músicos caros, pondo os projetos na geladeira. Bernard, o documentarista, também afirma que foi logo após as gravações desse álbum da CBS que Cassiano rompeu com Paulo Zdan e ficou 40 anos sem falar com ele. "Zoli depois tocou na banda do Cassiano, no show ‘Cassiano Disco Club'. Mas na verdade não tocou. Só ensaiou e, como nunca faziam shows, ele e o Zdan saíram e montaram a banda Brylho." A década de 1980 marcou o período de maior dificuldade para Cassiano, que passou a gravar esporadicamente, parou de lançar álbuns e enfrentou dificuldades financeiras. Cassiano nasceu em Campina Grande, na Paraíba, e no fim dos anos 1940 se mudou para o Rio de Janeiro com o pai, que ganhava a vida como pedreiro e era também um seresteiro e amigo de Jackson do Pandeiro. O menino acompanhava, tocando cavaquinho desde pequeno. Conheceu Amaro na Rocinha, onde morava, e formou com ele e o irmão, conhecido como Camarão, o Bossa Trio, que deu origem à banda Os Diagonais. O forte do trio eram os vocais simultâneos. Chegaram a gravar até para Roberto Carlos. "Ele era um mestre em vocalização. Era impressionante, um talento", diz Jairo Pires, que foi produtor de diversos discos de Tim Maia e depois diretor de grandes gravadoras. "Foram pioneiros nessa música negra. Esse tipo de vocalização era muito moderna. Ele já tinha essa coisa no sangue. Por isso que o Tim amava o Cassiano." Não demorou até que o lado compositor do artista fosse notado por gente da indústria. Em 1970, ele assinou quatro músicas do primeiro disco de Tim Maia e ainda é tido como um arranjador informal, por não ter sido creditado, daquele álbum. O Síndico havia voltado dos Estados Unidos impregnado pela música negra americana, e a única pessoa que tinha bagagem suficiente para conversar com ele era Cassiano. "Cassiano tinha esse dom", diz Carlos Lemos, que foi de músico a assistente de produção e depois produtor nessa época. "Ele era muito criativo e teve momentos na gravação que ele cantou a bola de praticamente o arranjo todo. Ele não escrevia, mas sabia o que queria. Praticamente nos três primeiros discos do Tim Maia ele estava junto." Dali em diante, o paraibano despontou numa carreira solo que concentra nos anos 1970 sua fase mais influente. São três discos —"Imagem e Som", de 1971, "Apresentamos Nosso Cassiano", de 1973, e o mais conhecido deles, "Cuban Soul: 18 Kilates", de 1976, que teve duas músicas em novelas da Globo. São elas "A Lua e Eu", o maior sucesso em sua voz, e "Coleção", que há 30 anos virou hit com Ivete Sangalo, na Banda Eva. Lemos se recorda de que chegou a dividir apartamento com Cassiano e outros músicos na rua Major Sertório, no centro de São Paulo, nos anos 1970. O artista estava apaixonado por uma mulher chamada Ingrid, para quem compôs algumas músicas. Era uma época inspirada para o cantor, que em 1975 atingiu sucesso com "A Lua e Eu", produzida por Lemos e feita ao longo de seis meses. "Produzir um disco com Cassiano demorava uma infinidade", afirma Carlos Lemos. "Ele entrava em estúdio, falava que queria assim e assado, chamava os músicos. Quando voltava para o aquário [espaço onde se ouvem as gravações], já tinha outra coisa na cabeça. Era difícil gravar. Você tinha que administrar uma criatividade excessiva. Ele falava ‘isso pode ficar muito melhor', e realmente ficava. Mas quem tem paciência? A gravadora quer vender logo. Mas era nessa essência que estava a verdade dele —e também seu sucesso." Lemos calcula que, na época em que faziam "A Lua e Eu", deixaram mais de 20 músicas prontas, mais de 500 horas de gravações em estúdio, uma quantidade de fitas suficiente para encher um cômodo inteiro. Procurada pela reportagem desde o fim do ano passado, a Universal, que hoje detém o acervo da Philips, onde essas gravações aconteceram, não respondeu sobre o paradeiro das fitas. O antigo assistente lembra que Jairo Pires, então um dos diretores da Philips, ficava desesperado com essa situação. "Ele tinha um temperamento difícil", diz Pires. "Fora do estúdio, era maravilhoso, um doce de criatura, mas, quando entrava no estúdio, era complicado." Cassiano era especialmente preocupado com o ritmo e a química entre baixo e bateria, com os quais gastava dias e mais dias fazendo e refazendo. Claudio Zoli diz que ele gravava cada parte da bateria separadamente para depois juntar, o que para Ed Motta era "uma invenção da bateria eletrônica antes de ela existir". Lemos conta que Cassiano tinha uma precisão detalhista. "Ele tinha uma visão de matemática forte, de como as frequências combinavam. E era o grande segredo de tudo, porque nem sempre o resultado da sonoridade é o que está na imaginação. Só vi coisa parecida em João Gilberto. E também com Tim Maia —que não respeitava quase ninguém, mas respeitava Cassiano." Outras duas pessoas ouvidas pela reportagem lembraram o pai da bossa nova para falar de Cassiano. Uma delas é Claudio Zoli, que destaca sua qualidade como compositor. O outro é Ed Motta, que foi amigo do paraibano e tentou diversas vezes viabilizar sua carreira. "Ele era o João Gilberto do soul brasileiro", afirma. "Mas, você imagine, um João Gilberto que não é abraçado pelos tropicalistas. Claro que ele tinha um gênio difícil, mas e a Maria Bethânia não tem?" Cassiano chegou a integrar a mesma gravadora de Bethânia e Caetano Veloso, a Philips, mas no braço da firma dedicado à música mais popular, a Polydor. Lemos, o assistente de produção, diz que o paraibano, na época, era humilde e não tinha rancor, mas não dava tanta importância aos baianos, "porque sua qualidade musical era muito superior à de todos eles".  Capa do álbum 'Cuban Soul: 18 Kilates', de Cassiano, de 1976 - Reprodução "Ainda tinha uma rivalidade interna dentro da Philips, criada naturalmente. Poucos sabem que quem sustentava toda a estrutura da gravadora para os baianos serem os caras eram os artistas da Polydor. A Philips gastava e tinha nome, amava os baianos, mas eles nunca venderam como Tim Maia. Vendiam coisa de 50 mil cópias", diz o produtor. Os desentendimentos com a indústria foram gerando mais problemas com o passar do tempo. Paulo Ricardo Botafogo conta que Cassiano recusava oportunidades de aparecer em programas de TV, dar entrevistas e ser fotografado. "Não sei se foi sacaneado, mas ele era um cara muito fácil de enganar. Era muito puro, quase uma criança", afirma. "Cassiano ganhava dinheiro e distribuía entre os músicos. E imagine o que ele passou. Preto, pobre e nordestino. Ele se achava feio. Chamavam ele de ‘Paraíba'", diz Paulo Ricardo Botafogo. Quando "Cuban Soul" foi lançado, depois das centenas de horas de gravações lembradas por Carlos Lemos, o cantor deixou a gravadora. Há na capa do disco um detalhe que, segundo Botafogo, Cassiano interpretou como uma indireta sutil contra ele —é um espaço entre as sílabas da primeira palavra do título do álbum, deixando um "cu" em destaque. Uma reportagem deste jornal de 2001 retratou a dificuldade de Cassiano para gravar. "Levamos para várias gravadoras, mas nenhuma teve interesse, até por ele estar há muito fora da mídia. Mas sua participação em ‘Movimento' prova que ele está a mil, numa fase criativa. Ele tem umas 150 músicas no baú", disse William Magalhães na época.  CD com músicas inéditas do músico Cassiano, morto em 2021 - Eduardo Anizelli/Folhapress "Movimento", o disco que marcou o retorno da Black Rio sob o comando do filho de Oberdan, traz composições, arranjos e a voz de Cassiano, como a faixa "Tomorrow". É uma das músicas que a dupla trabalhou em conjunto, incluindo uma gravação dela apenas com o paraibano cantando, além de duas canções já famosas de maneira informal entre fãs e amigos do artista, "Pérola" e "Maldito Celular". Feitas entre 1993 e 1995, foram gravadas como "demo" e nunca lançadas comercialmente. Magalhães já havia tocado teclado e piano com Cassiano alguns anos antes. Foi quando Ed Motta conseguiu convencer um italiano chamado Willy David a bancar um disco do cantor. "Falei que ele era um gênio, o Stevie Wonder brasileiro", diz. "George Benson era amigo desse David e ia participar do disco. Chegou até a ouvir algumas músicas." Eles gravaram as "demos" no estúdio de Guto Graça Mello, no Rio de Janeiro. As fitas em melhor qualidade dessas gravações, nunca lançadas, estariam com David, que nunca mais foi localizado depois de ter ido morar em Cuba. Nem mesmo por Christian Bernard, que o procurou exaustivamente nos últimos anos para seu documentário. Há, no entanto, cópias dessas faixas em qualidade pior com amigos do cantor. "São umas oito músicas inéditas, coisas que ele já tinha guardado por anos", diz Ed Motta. "Não era um disco pronto, mas tinha qualidade de disco." Na segunda metade da década de 1980, Cassiano passava por dificuldades financeiras até para conseguir o que comer. Tinha apenas um violão antigo, de estrutura quadrada, que o pai fez, ainda na Paraíba, e que a família guarda até hoje. Morava no Catete, no Rio de Janeiro, e costumava gravar em estúdios liberados por amigos nas horas vagas —caso da estrutura do músico e produtor Junior Mendes, na Barra da Tijuca.  Violão feito pelo pai do músico Cassiano, morto em 2021 - Eduardo Anizelli/Folhapress Cassiano viveu um breve renascimento artístico na virada dos anos 1980 para os 1990. Ele se casou com Cássia, aprendeu a tocar piano e fez um show lotado no Circo Voador, registrado em vídeo. Gravou também o álbum "Cedo ou Tarde", com um repertório de canções antigas, que saiu pela Sony em 1991 e tem participações de Djavan, Marisa Monte, Sandra de Sá e Luiz Melodia, entre outros. Esse álbum não vendeu tão bem, o que frustrou os planos de gravar material novo, mas, com o sucesso de "Coleção" na voz de Ivete Sangalo, há 30 anos, Cassiano conseguiu comprar um apartamento às margens da lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. Praticamente não fazia shows e sobrevivia dos direitos autorais que ganhava com suas composições. No início da década de 2000, William Magalhães chegou a viabilizar a gravação de um disco para Cassiano. Diretor da gravadora Regata, Bernardo Vilhena tinha US$ 140 mil para um álbum de Claudio Zoli, que acabou indo para outro selo. Com isso, decidiu redirecionar todo esse dinheiro ao paraibano. "Quando Cassiano soube disso, disse ‘US$ 140 mil é só a luva'", diz Magalhães. "Ele era muito orgulhoso, queria que as pessoas o tratassem à altura que ele se via. Seria o dinheiro para começar a produzir. A gente conseguiria fazer, mas ele recusou por causa dos traumas que tinha da indústria. Quando soube que o dinheiro era do Zoli, ainda se sentiu desmerecido, por ser um discípulo dele. Não tirando o direito dele, mas acho que ele viajou um pouco nesse trauma." Ao longo das últimas décadas, Magalhães diminuiu o contato com Cassiano, mas eles se reaproximaram no fim da vida do cantor. Falaram sobre fazer novos projetos, e o paraibano disse que o líder da Black Rio, que ele admirava por ser um grande músico negro, era uma das poucas pessoas com quem ele aceitaria trabalhar àquela altura. "O que eu posso dizer é que o Cassiano ainda vai dar muito pano para manga", afirma Magalhães. "O dia que a Cássia abrir esse baú dele, eu sou o primeiro da fila." Há muitas razões pelas quais Cassiano não conseguiu deixar uma obra mais volumosa, e elas não têm a ver com o respeito que ele tem até hoje no meio da música. Mas o ícone da soul music brasileira encarava essa devoção com ceticismo. "Mestre é o cacete. Não adianta falar isso. Me bota no estúdio", ele dizia, segundo Cássia, a viúva. "Era assim. Todo mundo pira nas ideias do cara, mas ninguém deixa ele gravar. O empresário André Midani chegou a declarar que as gravadoras devem um disco ao Cassiano", afirma ela. "Tudo bem, é ‘cult', é um nicho, mas é um nicho importante e não é tão pequeno assim." O último "não" que Cassiano ouviu de uma gravadora talvez tenha sido nos momentos posteriores à reunião de 2016 com Paulo Junqueiro. Depois de falar à reportagem, o presidente da Sony pediu para marcar uma nova entrevista, em que admitiu ter ouvido o material novo que o paraibano queria lançar e não quis apostar naquelas músicas. A Sony passava por um período complicado, ele diz. Tinha feito uma reestruturação em que perdeu muita gente de sua equipe. "Do que ouvi, não fiquei tão fascinado e, quando pensei em fazer discos inéditos do Cassiano àquela altura, disse ‘não consigo'. Não tinha estrutura financeira nem emocional." Posto isso, ele acrescenta que se arrepende profundamente. "Ajoelho no milho todos os dias. Tive uma oportunidade de ouro nas mãos, de registrar as últimas obras dele, e a perdi. Não tenho nem palavras para pedir desculpas à família, aos fãs e a mim mesmo. Não tenho como ser mais honesto do que estou sendo. Se gostei ou não, foda-se. Se vai vender para caralho ou não, foda-se." Junqueiro se põe à disposição da família para lançar o disco de 1978, diz que tinha seus motivos para fazer o que fez, mas errou. "Se alguém tivesse me contado essa história, eu ia falar ‘olha que filho da puta, não gravou as coisas do Cassiano'. Então, se eu teria essa visão sobre alguém, eu no mínimo tenho que ter essa visão sobre mim também." Hoje, Cassiano vive no imaginário por sua produção nos anos 1970 e pelos fragmentos que deixou espalhados em fitas e memórias. Dizia que fazer música era como o mar —"ondas que vêm e vão, mas nunca estão no mesmo lugar". Os fãs, por sua vez, aguardam uma movimentação das marés que traga para a superfície pelo menos algumas dessas pérolas submersas.

O Antagonista
Cortes do Papo - Caso Ramagem: Câmara levanta para STF cortar?

O Antagonista

Play Episode Listen Later May 9, 2025 25:20


O plenário da Câmara aprovou, na quarta-feira, 7, a suspensão da ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL) no caso da trama golpista. Foram registrados 315 votos a favor e 143 contrários ao parecer do relator sobre o pedido do PL, Alfredo Gaspar (União-AL), além de quatro abstenções.O parecer do relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL, traz um projeto de resolução que suspende a ação em relação a todos os crimes imputados ao parlamentar.O documento diverge do ofício enviado pelo presidente da Primeira Turma do STF, ministro Cristiano Zanin, ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em abril.Felipe Moura Brasil, Duda Teixeira e Ricardo Kertzman comentam:Papo Antagonista é o programa que explica e debate os principais acontecimentos do   dia com análises críticas e aprofundadas sobre a política brasileira e seus bastidores.     Apresentado por Felipe Moura Brasil, o programa traz contexto e opinião sobre os temas mais quentes da atualidade.     Com foco em jornalismo, eleições e debate, é um espaço essencial para quem busca informação de qualidade.     Ao vivo de segunda a sexta-feira às 18h.    Não espere mais, assine agora e garanta 2 anos com 30% OFF - últimos dias.   2 anos de assinatura do combo O Antagonista e Crusoé com um super desconto de 30% adicional* utilizando o voucher 10A-PROMO30 Use o cupom 10A-PROMO30 e assine agora:  papo-antagonista (https://bit.ly/promo-2anos-papo)   (*) desconto de 30% aplicado sobre os valores promocionais vigentes do Combo anual | Promoções não cumulativas com outras campanhas vigentes. | **Promoção válida só até o dia 31/05 

Novus Capital
NovusCast - 09 de Maio 2025

Novus Capital

Play Episode Listen Later May 9, 2025 13:02


Nossos sócios Gabriel Abelheira, Tomás Goulart e Sarah Campos debatem, no episódio de hoje, os principais acontecimentos da semana no Brasil e no mundo.⁠ ⁠ No cenário internacional, o Fed manteve a taxa de juros americana inalterada, como amplamente esperado, reforçando que não há urgência para definição dos próximos passos, que dependerão dos dados econômicos. Foram divulgados também dados de atividade (ISM de serviços), que subiram marginalmente no mês. No âmbito das tarifas, foi anunciado acordo entre EUA e Reino Unido. E lá, o BoE também se reuniu, reduzindo a taxa de juros em 0,25%, também conforme a expectativa. Por fim, foram divulgados dados de balança comercial da China, demonstrando exportações ainda firmes – apesar do recuo com os EUA, houve aumento de fluxo com outros países asiáticos, reforçando a hipótese de que esteja ocorrendo triangulação. ⁠ No Brasil, o Copom optou por elevar a taxa de juros em 0,50%, tornando o balanço de riscos para a inflação simétrico, mas com projeção para 2026 ainda elevada (3,6%). De dados econômicos, foi divulgado o IPCA, em linha com o esperado; e a produção industrial, demonstrando que a atividade segue sustentada. No âmbito político, o caso das fraudes do INSS segue repercutindo, podendo trazer impactos fiscais e de popularidade para o governo. Foram divulgados resultados corporativos, com destaque para os bancos, que foram bem recebidos pelos investidores. ⁠ Nos EUA, os juros abriram (vértice de 10 anos +7 bps), e as bolsas fecharam com variações menos relevantes – S&P 500 -0,47%, Nasdaq -0,20%, Russell 2000 +0,12%. No Brasil, os vértices mais curtos abriram (jan/26 +11 bps), enquanto os mais longos fecharam (jan/31 -29 bps); o Ibovespa subiu 1,02% e o real ficou estável. ⁠ ⁠⁠⁠⁠⁠Na próxima semana será importante acompanhar a divulgação da ata do Copom, dados de atividade aqui (PMS e PMC) e nos EUA (vendas no varejo), dados de inflação nos EUA, e possíveis negociações entre China e EUA. ⁠ ⁠Não deixe de conferir!⁠

Resumo da Semana
Aumento do número de deputados; regras para PPPs; e suspensão da ação penal contra deputado Delegado Ramagem foram destaque na semana

Resumo da Semana

Play Episode Listen Later May 9, 2025


O Assunto
A Câmara quer ter mais deputados

O Assunto

Play Episode Listen Later May 8, 2025 33:04


Em 2023, uma decisão unânime dos ministros do Supremo Tribunal Federal determinou que o Congresso redistribuísse as 513 vagas da Câmara com base nos dados do Censo de 2022 – o número de deputados é proporcional à população de cada estado. O STF deu até o dia 30 de junho deste ano para que a redistribuição fosse feita. Caso contrário, o TSE deveria fazer a redivisão. Com a aproximação do prazo final, a Câmara aprovou na última terça-feira (6), um projeto que amplia de 513 para 531 o número de deputados federais. Foram 270 votos a favor e 207 contra. Agora, o texto segue para o Senado. Para explicar os impactos políticos e econômicos do projeto, Natuza Nery recebe Lara Mesquita. Doutora em Ciência Política e professora na Escola de Economia da FGV de São Paulo, Lara detalha o que prevê o projeto e analisa se ele corrige, ou não, distorções de representatividade na Câmara dos Deputados.

Colunistas Eldorado Estadão
Eliane: "Emenda é declaração de guerra da Câmara contra STF"

Colunistas Eldorado Estadão

Play Episode Listen Later May 8, 2025 22:58


A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira, 7, projeto que suspende processo penal por tentativa de golpe contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) no Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão também beneficia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os outros 32 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por atos golpistas. A proposta foi aprovada com amplo apoio dos partidos do Centrão e da oposição. Foram 315 a favor e 143 contra. Mas a última palavra deve ser do STF que já deu indicações de que não vai acatar a decisão dos deputados. "A emenda é muito mais grave que só a defesa do deputado porque é declaração de guerra da Câmara contra o STF, tendo no olho do furacão o ex-presidente Jair Bolsonaro e o julgamento pela tentativa de golpe de Estado na Corte - que vai reagir. Os deputados usam Ramagem e os criminosos do 8 janeiro para favorecer Bolsonaro. É um recado, também, contra o Governo Lula; um momento de tensão institucional e ameaça ao equilíbrio entre os poderes", avalia Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Eliane Cantanhêde responde
"Emenda é declaração de guerra da Câmara contra STF"

Eliane Cantanhêde responde

Play Episode Listen Later May 8, 2025 22:58


A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira, 7, projeto que suspende processo penal por tentativa de golpe contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) no Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão também beneficia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os outros 32 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por atos golpistas. A proposta foi aprovada com amplo apoio dos partidos do Centrão e da oposição. Foram 315 a favor e 143 contra. Mas a última palavra deve ser do STF que já deu indicações de que não vai acatar a decisão dos deputados. "A emenda é muito mais grave que só a defesa do deputado porque é declaração de guerra da Câmara contra o STF, tendo no olho do furacão o ex-presidente Jair Bolsonaro e o julgamento pela tentativa de golpe de Estado na Corte - que vai reagir. Os deputados usam Ramagem e os criminosos do 8 janeiro para favorecer Bolsonaro. É um recado, também, contra o Governo Lula; um momento de tensão institucional e ameaça ao equilíbrio entre os poderes", avalia Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.

JORNAL DA RECORD
07/05/2025 | Edição Exclusiva: PF faz operação contra quadrilha que aliciava 'mulas' para levar drogas para a Europa

JORNAL DA RECORD

Play Episode Listen Later May 7, 2025 4:10


Confira nesta edição do JR 24 Horas: A Polícia Federal realizou nesta quarta (7) uma operação contra o tráfico internacional de drogas. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Foram alvo as residências e empresas dos investigados, além de casas de câmbio e escritórios de advocacia. Segundo a PF, os suspeitos aliciavam pessoas para atuar como ‘mulas' no transporte de drogas para a Europa. E ainda: Brasil monitora 80 milhões de pessoas com reconhecimento facial.

Colunistas Eldorado Estadão
Conversas Musicais: Astros pop que foram traídos por supostos “amigos"

Colunistas Eldorado Estadão

Play Episode Listen Later May 6, 2025 16:03


Sérgio Martins é jornalista e crítico musical. Ele apresenta a coluna Conversas Musicais às 3ªs, 8h, no Jornal Eldorado.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Novus Capital
NovusCast - 02 de Maio 2025

Novus Capital

Play Episode Listen Later May 2, 2025 15:29


Nossos sócios Gabriel Abelheira, Tomás Goulart e Sarah Campos debatem, no episódio de hoje, os principais acontecimentos da semana no Brasil e no mundo.⁠ ⁠ No cenário internacional, foram divulgados dados de mercado de trabalho nos EUA, com destaque para o “Payroll”, que veio acima da expectativa, demonstrando um bom ritmo de criação de vagas e taxa de desemprego estável. Ainda por lá, foi divulgado o PIB do 1º trimestre: apesar do número fraco, consumo e investimento fixo surpreenderam para cima (também podendo ser um efeito de antecipação às tarifas). Foram divulgados resultados de diversas empresas americanas, com destaque para Microsoft e Meta, com resultados positivos; Amazon em linha; Apple mal recebido pelos investidores. As negociações comerciais entre EUA e China parecem estar alcançando tom mais ameno. ⁠ No Brasil, também foram divulgados dados de mercado de trabalho, indicando devolução da alta observada em fevereiro, mas ainda sem demonstração significativa de desaceleração. ⁠ Nos EUA, os juros abriram (vértice de 30 anos +9 bps), e as bolsas tiveram bom desempenho – S&P 500 +2,92%, Nasdaq +3,45% e Russell 2000 +3,22%. No Brasil, os juros mais curtos tiveram leve abertura (jan/27 +5 bps), enquanto os juros mais longos fecharam (jan/35 -26 bps), e o Ibovespa subiu 0,29%. ⁠ ⁠⁠⁠⁠⁠Na próxima semana será importante acompanhar a reunião da OPEP, as decisões do Fed e do Copom, dados de atividade nos EUA (ISM de serviços) e dados de inflação no Brasil (IPCA). ⁠ ⁠Não deixe de conferir!⁠

Podcast Página Cinco
#193 – Um megafone para a poesia brasileira contemporânea

Podcast Página Cinco

Play Episode Listen Later May 1, 2025 27:48


Episódio um pouco mais ligeiro para este feriado de 1º de maio, Dia do Trabalhador. Entre os dias 16 e 18 deste mês vai rolar aqui em São Paulo o Festival Poesia no Centro, organizado pela Livraria Megafauna. Subirão no palco do teatro Cultura Artística poetas como Adelaide Ivánova, Ana Martins Marques, Marília Garcia, Oswaldo de Camargo e Prisca Agustoni. Dentre as atrações estrangeiras estão a argentina Roberta Iannamico, a alemã Uljana Wolf, o irlandês Stephen Sexton e Tracy K-Smith, dos Estados Unidos. Deixarei o link com a programação completa do evento na descrição do episódio. No intervalo entre uma mesa e outra, o bar do Cultura Artística receberá uma programação paralela. Chamada de Megafone, é ali que dezenas de poetas poderão mostrar um pouco de sua poesia em apresentações breves. Foram quase duzentas inscrições de pessoas querendo um espaço no Megafone. Quem fez a curadoria dos nomes que estarão nesse palco foi Bruna Beber. Bruna é um dos nomes mais conhecidos de nossa cena poética. Ela é autora de livros como “Veludo Rouco”, “Rua da Padaria”, “Ladainha” e “Sal de Fruta”. O Megafone e a poesia brasileira contemporânea foram os dois grandes assuntos do papo com Bruna. * Aqui o caminho para a newsletter da Página Cinco: https://paginacinco.substack.com/ ** O site do Festival Poesia no Centro: https://www.livrariamegafauna.com.br/poesia-no-centro/

Governo do Estado de São Paulo
Coletiva: Sec. Guilherme Derrite | Operação Rastreio - 30.04.2025

Governo do Estado de São Paulo

Play Episode Listen Later Apr 30, 2025 26:20


Foi realizada uma coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira para detalhar os resultados da Operação Rastreio, deflagrada pela Polícia Civil em todo o Estado de São Paulo. Foram cumpridos pelos agentes mais de mil mandados judiciais contra foragidos da Justiça, especialmente suspeitos de envolvimento em crimes que representam risco potencial à segurança da população.

Expresso - Comissão Política
O apagão, o resgate da luz e as eleições ao rádio de pilhas

Expresso - Comissão Política

Play Episode Listen Later Apr 29, 2025 42:01


A luz de todo o país esteve desligada durante mais de nove horas. O Governo foi falando, a oposição acredita que pouco. Alguns serviços falharam. Foram anunciadas auditorias e inquéritos e prometida contestação. O tema entrará no debate dos dois principais candidatos às eleições e talvez dos vários líderes partidários. Mas sobreviverá? Ou vai apagar-se também?See omnystudio.com/listener for privacy information.

Hangar 7 Church
O LEGADO DE RUTE #05 - MEIRE LAGO | ENCOUNTER NIGHT

Hangar 7 Church

Play Episode Listen Later Apr 24, 2025 42:21


Este é o último episódio da série O Legado de Rute, ministrado por Meire Lago. Assim encerramos o mês de Março, mês da mulher. Foram 5 episódios mergulhando em cada detalhe deste livro rico e profundo.

JORNAL DA RECORD
23/04/2025 | 2ª Edição: Operação da PF e da CGU investiga cobranças irregulares a aposentados e pensionistas do INSS

JORNAL DA RECORD

Play Episode Listen Later Apr 23, 2025 4:00


Confira nesta edição do JR 24 Horas: A Justiça Federal determinou o afastamento do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Ele é um dos alvos de uma operação da Polícia Federal e da CGU, que investiga cobranças irregulares de aposentados e pensionistas. A operação apura a cobrança irregular de R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024, com descontos feitos sem autorização dos beneficiários. Foram cumpridos seis mandados de prisão temporária, além de 211 mandados de busca e apreensão e ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão. A operação acontece em 13 estados e no Distrito Federal. E ainda: Caso Bernardo: condenada é encontrada morta em prisão de Porto Alegre (RS).

Quem Ama Não Esquece
ENTRE A VIDA, O AMOR E A DESPEDIDA - LOWEL QUEM AMA NÃO ESQUECE 22/04/2025

Quem Ama Não Esquece

Play Episode Listen Later Apr 22, 2025 17:20


O Lowell conheceu a Cecília de forma simples, na academia e logo sentiu que era um encontro de almas. Na época, ela estava noiva, mas terminou o noivado e eles nunca mais se separaram. Construíram uma linda família com duas filhas, Luiza e Helena, até que a Cissa começou a emagrecer sem explicação. Eles descobriram tardiamente um câncer avançado no estômago. Foram 2 anos e três meses de luta intensa, cirurgias, tratamentos e amor. Quando não havia mais o que fazer, Cissa pediu para partir em casa e se despediu de todos com força surpreendente. Gravou um vídeo emocionado para o marido e as filhas, agradecendo por tê-los como milagre em sua vida. Após sua partida, Lowell se dedicou totalmente às filhas, levando com ele a força e o amor que Cissa deixou.

Notícia no Seu Tempo
Anistia e ‘estilo Motta' travam projetos do governo na Câmara

Notícia no Seu Tempo

Play Episode Listen Later Apr 21, 2025 8:17


No podcast ‘Notícia No Seu Tempo’, confira em áudio as principais notícias da edição impressa do jornal ‘O Estado de S.Paulo’ desta segunda-feira (21/04/2025): Nos primeiros dois meses de Hugo Motta (Republicanos-PB) como presidente da Câmara dos Deputados, o plenário e as comissões votaram menos proposições legislativas em comparação com o mesmo período do primeiro ano de seu antecessor no cargo, o deputado Arthur Lira (PP-AL). Foram 197 propostas votadas no plenário e 257 em colegiados neste ano, número inferior ao registrado sob o comando de Lira entre fevereiro e abril de 2021. A lentidão afeta especialmente o governo, que vê suas principais propostas para o ano ainda empacadas — como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, que sequer teve os trabalhos iniciados em comissão especial. E mais: Internacional: Viagens para os EUA despencam com Trump; setor já prevê prejuízos Economia: Investimentos árabes aceleram no Brasil e já superam US$ 14 bilhões Metrópole: Estudo identifica 17 fatores de risco e proteção comuns a doenças cerebrais Esporte: Calderano vence chinês e conquista 1º título mundialSee omnystudio.com/listener for privacy information.

JORNAL DA RECORD
17/04/2025 | 3ª Edição: Deputado federal Sargento Portugal é alvo de ataque de criminosos no Rio de Janeiro

JORNAL DA RECORD

Play Episode Listen Later Apr 17, 2025 4:13


Confira nesta edição do JR 24 Horas: O deputado federal Sargento Portugal, do Podemos, foi alvo de um ataque a tiros, no Rio de Janeiro. O parlamentar estava de carro, com o motorista, visitando um projeto social em uma comunidade da zona oeste da cidade. O veículo foi abordado por criminosos armados com fuzis. Foram seis tiros, mas como o carro é blindado, eles não pararam e houve perseguição. O deputado e o motorista conseguiram escapar sem ferimentos. A Polícia Militar encontrou o carro usado pelos suspeitos abandonado na região. Após o ataque, o deputado disse que aguarda a investigação para identificar os envolvidos no crime. Ninguém foi preso até o momento. E ainda: Governo lança o ‘RG Animal', cadastro para cães e gatos.

Notícia no Seu Tempo
CNI vê Brasil em último lugar em competitividade industrial

Notícia no Seu Tempo

Play Episode Listen Later Apr 17, 2025 8:01


No podcast ‘Notícia No Seu Tempo’, confira em áudio as principais notícias da edição impressa do jornal ‘O Estado de S.Paulo’ desta quinta-feira (17/04/2025): O Brasil ficou em último lugar no mais recente ranking de competitividade industrial elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A entidade comparou o País com 17 nações com as quais compete no mercado internacional. Foram considerados oito fatores que afetam o desempenho das empresas. Os três aspectos que mais pesaram negativamente foram ambiente econômico, desenvolvimento humano e trabalho e educação. Em todos eles, o Brasil ocupou o último lugar. A melhor posição foi um 12.º lugar em desempenho de baixo carbono e recursos naturais. As comparações foram feitas com Coreia do Sul, Países Baixos, Canadá, Reino Unido, China, Alemanha, Itália, Espanha, Rússia, EUA, Turquia, Chile, Índia, Argentina, Peru, Colômbia e México. A CNI publica o ranking desde 2010. E mais: Política: Gasto crescente com emendas vai travar investimentos da União, estima governo Economia: Trump limita chips de IA para China; Pequim vê ‘chantagem’ em tarifaço Metrópole: SP tem mototáxi ilegal com ‘fidelidade’ Internacional: Ex-primeira-dama do Peru chega a Brasília após asilo do governo LulaSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Rádio Escafandro
136: Quer apostar?

Rádio Escafandro

Play Episode Listen Later Apr 16, 2025 56:56


Este episódio mergulha no universo das apostas esportivas e tenta entender o fenômeno das bets no Brasil. As bets foram eleitas pela opinião pública como uma das grandes vilãs do Brasil. De acordo com o Banco Central, beneficiários do Bolsa Família depositaram R$3 bilhões em casas de apostas somente em agosto de 2024. Foram 5 milhões de pessoas apostando, 10% das mais de 50 milhões beneficiadas pelo programa.Os números são alarmantes, e, ao menos desde 2018, as casas de aposta vêm ganhando muito dinheiro dentro do nosso país. Apesar disso, a discussão sobre o mercado de apostas no Congresso e na sociedade civil pouco avançou desde 2018, quando as apostas foram legalizadas em território nacional.Se 80% dos apostadores ficam no prejuízo, por que tantos seguem apostando? Como o Brasil, de acordo com pesquisa da H2 Gambling Capital, se tornou o sétimo maior mercado de apostas no planeta?Neste episódio de podcast, fazemos um mergulho no universo das apostas esportivas, e buscamos entender o porquê de os humanos se interessarem por apostas.Mergulhe mais fundo⁠Em busca de mais excitação: reflexões acerca das apostas esportivas (link para o artigo)⁠Entrevistados do episódio⁠Fernando Resende Cavalcante⁠Doutorando em educação física pela Universidade de Brasília (UNB). Autor do artigo "Em busca de mais excitação: reflexões acerca das apostas esportivas".⁠Daniel Leite⁠Apostador esportivo profissional. Criador do "Guia das Apostas".Ficha técnicaProdução e edição: Matheus Marcolino.Mixagem de som: Vitor Coroa.Trilha sonora tema: Paulo GamaDesign das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari.Direção, roteiro e sonorização: Tomás Chiaverini 

JORNAL DA RECORD
16/04/2025 | Edição Exclusiva: Queimadas caem 70% no Brasil nos primeiros três meses do ano

JORNAL DA RECORD

Play Episode Listen Later Apr 16, 2025 4:06


Confira nesta edição do JR 24 Horas: O Brasil reduziu em 70% a área queimada no primeiro trimestre deste ano. Foram queimados mais de 912 mil hectares nos primeiros três meses do ano - o equivalente a 912 campos de futebol. Roraima foi o estado com mais queimadas, seguido por Pará e Maranhão. Mesmo com a redução geral, alguns biomas registraram alta em relação ao primeiro trimestre de 2024. E ainda: PF faz operação em três estados para desarticular quadrilha especializada em tráfico de drogas.

SBS Portuguese - SBS em Português
Notícias da Austrália e do Mundo | Segunda-feira 14 de abril

SBS Portuguese - SBS em Português

Play Episode Listen Later Apr 14, 2025 7:00


Foram divulgadas fotografias da deputada da Coligação, Jacinta Price, a usar um chapéu onde consta a frase: "Make America Great Again". Esta divulgação surge poucos dias depois de Jacinta Price ter declarado que a Coligação pretende "tornar a Austrália grande novamente". O piloto australiano, Oscar Piastri, conquistou a vitória no Grande Prémio do Bahrain. Torna-se, assim, o primeiro piloto a somar duas vitórias esta temporada. Estas e outras notícias em destaque no noticiário de hoje.

Quem Ama Não Esquece
O PRAZER DA VINGANÇA - SUELLEN QUEM AMA NÃO ESQUECE 11/04/2025

Quem Ama Não Esquece

Play Episode Listen Later Apr 11, 2025 15:26


A Suellen se apaixonou pelo Almir e logo eles foram morar juntos, se casaram no civil e tiveram filhos. Foram 15 anos vivendo felizes, mas de repente, ele ficou distante e sem motivo, pediu o divórcio. A verdade veio como uma bomba: ele estava com Franciele, a irmã mais nova dela. Suellen entrou em choque, passou dias sem comer ou dormir e achou que nunca ia se recuperar. Mas o tempo passou e Almir viu que Franciele não era o que ele esperava. Ele começou a procurar a Suellen de novo, dizendo que sentia falta dela. No começo ela resistiu, mas depois teve uma ideia. Não voltou com ele, mas virou amante do próprio ex-marido, por vingança.

Pregador Nonato Souto
Quem foram os Pais da Igreja?

Pregador Nonato Souto

Play Episode Listen Later Apr 11, 2025 14:05


Quem foram os Pais da Igreja?

ONU News
Guterres afirma que os “portões do horror” foram reabertos em Gaza

ONU News

Play Episode Listen Later Apr 8, 2025 2:12


Líder da ONU pediu fim do bloqueio à entrada de ajuda humanitária; ele defende que países devem ser responsabilizados por descumprir regras do direito internacional; mais de mil crianças teriam sido mortas ou feridas apenas na primeira semana após quebra de cessar-fogo.

JORNAL DA RECORD
03/04/2025 | 2ª Edição: PF realiza operação contra esquemas de contratos fraudulentos e obras públicas superfaturadas

JORNAL DA RECORD

Play Episode Listen Later Apr 3, 2025 4:19


Confira nesta edição do JR 24 Horas: A Polícia Federal realizou, nesta quinta-feira (3), uma operação em quatro capitais contra um esquema de contratos fraudulentos e obras públicas superfaturadas. Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em Salvador (BA), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e Aracaju (SE). E ainda: São Paulo monta esquema especial para prevenir danos causados pelas fortes chuvas.

O Antagonista
A volta dos que não foram | Papo Antagonista com Felipe Moura Brasil - 31/03/2025

O Antagonista

Play Episode Listen Later Mar 31, 2025 88:05


O Papo Antagonista desta segunda-feira, 31, comenta a confissão de Dirceu sobre os mensaleiros do PT.O programa também a nova tentativa de Lula de dar uma lição de moral a Zelensky. Além disso, as discussões em torno do PL da anistia estão na pauta.Papo Antagonista é o programa que explica e debate os principais acontecimentos do   dia com análises críticas e aprofundadas sobre a política brasileira e seus bastidores.     Apresentado por Felipe Moura Brasil, o programa traz contexto e opinião sobre os temas mais quentes da atualidade.     Com foco em jornalismo, eleições e debate, é um espaço essencial para quem busca informação de qualidade.     Ao vivo de segunda a sexta-feira às 18h.    Não perca nenhum episódio! Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber   as notificações.     #PapoAntagonista    Chegou o plano para quem é Antagonista de carteirinha.    2 anos de assinatura do combo O Antagonista e Crusoé com um super desconto de 30% adicional* utilizando o voucher 10A-PROMO30.    Use o cupom 10A-PROMO30 e assine agora:   papo-antagonista (https://bit.ly/promo-2anos-papo)   (*) desconto de 30% aplicado sobre os valores promocionais vigentes do Combo anual.   Promoções não cumulativas com outras campanhas vigentes. Promoção limitada às primeiras 500 assinaturas. 

Noticiário Nacional
12h: Três ciclistas foram atropelados, esta manhã, em Oeiras

Noticiário Nacional

Play Episode Listen Later Mar 29, 2025 9:21


Noticiário Nacional
13h: Três ciclistas foram atropelados esta manhã em Oeiras

Noticiário Nacional

Play Episode Listen Later Mar 29, 2025 10:02


Trip FM
Falamos com um sobrevivente do desastre dos Andes

Trip FM

Play Episode Listen Later Mar 28, 2025


Mais de 50 anos depois da queda do voo da Força Aérea Uruguaia na Cordilheira dos Andes, Antonio Vizintín conta com sobreviveu à tragédia “Apesar de tanto ter entrado em contato com a morte nos Andes, a morte de minha esposa foi um golpe duro, me abalou muito mais. Mas a vida segue, não podemos nos deixar prender por esses momentos. Se na montanha não nos permitimos chorar porque isso nos destruiria, aqui também não podíamos”. A frase de Antonio Vizintín, o Tintin, mostra a força que marcou sua trajetória como um dos sobreviventes do famoso acidente aéreo nos Andes. Em outubro de 1972, um erro causou a queda de um avião da Força Aérea Uruguaia no meio da Cordilheira dos Andes. Durante 72 dias, os 28 sobreviventes lutaram pela vida em condições extremas, tomando decisões impensáveis para sobreviver, como se alimentar da carne de seus companheiros falecidos. “Quebramos um tabu religioso, um tabu humano, mas era uma decisão de vida ou morte. Ou nos alimentávamos e sobrevivíamos, ou não nos alimentávamos e morríamos. Foi uma decisão tomada a 3600 metros de altura, com muito frio, muita fome e uma imensa vontade de continuar vivos", conta. Em 1992, vinte anos depois da tragédia, Paulo Lima se encontrou pela primeira vez com Tintin, na época com 38 anos, para uma entrevista que estampou as páginas da Trip. Agora, eles voltam a conversar no Trip FM. Além de relembrar os momentos mais marcantes daquela experiência, o uruguaio compartilha as lições de vida que carregou nos últimos 50 anos.“Não foi por acaso que saímos da montanha. Houve muito raciocínio, planejamento, cálculo, estratégia. Foi a inteligência humana, e não o acaso, que nos permitiu sobreviver", afirma. “As pessoas acham que essa é uma história de sucesso, mas, na verdade, é uma história de muitos fracassos. Tentamos muitas expedições, falhamos, mas ganhamos experiência e aplicamos na tentativa seguinte. Assim é a vida: fracassar, aprender e evoluir”. Você pode conferir esse papo no play aqui em cima ou no Spotify do Trip FM. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67e6ea6f4eccb/antonio-vinzitin-tintin-acidente-aviao-andes-trip-fm-mh.jpg; CREDITS=Reprodução; LEGEND=Em outubro de 1972, por causa de uma falha humana, um avião da Força Aérea Uruguaia perdeu altitude e acabou se chocando contra a Cordilheira dos Andes; ALT_TEXT=Em outubro de 1972, por causa de uma falha humana, um avião da Força Aérea Uruguaia perdeu altitude e acabou se chocando contra a Cordilheira dos Andes] Trip. Depois de viver o que viveu, como você lidou emocionalmente com a perda da sua esposa, anos depois? Antonio Vizintín. A morte de minha esposa foi um golpe muito duro para mim e para meus filhos. Foi uma época muito difícil, em que eu chorava na ducha para que ninguém me visse. Apesar de estar em contato com a morte na montanha, essa perda me atingiu muito mais. A vida parecia ir bem ao lado da família e, de repente, tudo muda. Foi um golpe muito duro, mas a vida segue. Não podemos nos deixar prender por esses momentos, precisamos seguir em frente. O que foi mais difícil durante a experiência na montanha? O frio foi o maior desafio. Foram 72 dias enfrentando temperaturas extremamente baixas, chegando a -40 graus. A necessidade de comer e sobreviver superava qualquer outro pensamento. Nossa sobrevivência dependia da nossa capacidade de lidar com essas adversidades extremas. Como foi o momento em que decidiram se alimentar dos corpos dos companheiros? Foi uma decisão muito difícil, pois rompemos um grande tabu, tanto religioso quanto humano. Mas era uma questão de vida ou morte. Ou nos alimentávamos e sobrevivíamos, ou morríamos. A decisão foi tomada a 3.600 metros de altura, com muito frio e muita fome. Era uma decisão de sobrevivência. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67e6ead1dfa8c/antonio-vinzitin-tintin-acidente-aviao-andes-trip-fm-mh2.jpg; CREDITS=Reprodução; LEGEND=Por 72 dias, os 28 sobreviventes foram obrigados a improvisar pela vida e recorrer à carne de seus companheiros mortos.; ALT_TEXT=Por 72 dias, os 28 sobreviventes foram obrigados a improvisar pela vida e recorrer à carne de seus companheiros mortos.] Em algum momento você voltou a acreditar que Deus estava com vocês na montanha? No início, eu não entendia onde estava aquele Deus todo-poderoso que todos falam. Era difícil compreender por que estávamos passando por tudo aquilo. Para mim, parecia que Deus nos havia abandonado. A minha fé foi abalada profundamente durante aquele tempo. Quais foram os principais fatores que permitiram a sobrevivência do grupo? Nossa sobrevivência foi resultado de muito raciocínio, cálculo e planejamento. Criamos uma logística, nos mantivemos disciplinados e sacrificialmente nos dedicamos uns aos outros. Cada um fez o que podia para ajudar. Foi a inteligência humana e a disciplina que nos permitiram sair vivos dessa situação. Você disse que essa é uma história de fracassos. Qual foi o maior aprendizado que tirou dos fracassos? O maior aprendizado que tiramos dos fracassos foi que precisamos aprender com os erros. Tentamos várias expedições e falhamos em todas, mas cada falha nos ensinou algo novo, algo que aplicamos nas tentativas seguintes. O fracasso é uma parte do processo de aprendizagem. Só assim é possível evoluir e chegar ao sucesso. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67e6eaede900e/antonio-vinzitin-tintin-acidente-aviao-andes-trip-fm-mh3.jpg; CREDITS=Reprodução; LEGEND="Éramos 45 pessoas no total e logo na queda morreram 17 companheiros, restando 28. Durante nossa luta na neve, aos poucos foram morrendo outros. No final, sobraram só 16 de nós com vida."; ALT_TEXT="Éramos 45 pessoas no total e logo na queda morreram 17 companheiros, restando 28. Durante nossa luta na neve, aos poucos foram morrendo outros. No final, sobraram só 16 de nós com vida."] Como a experiência na montanha mudou sua visão sobre o que realmente importa na vida? Quando tudo parece perdido, você começa a dar valor às pequenas coisas: uma ducha quente, um prato de comida, um copo de água. E, principalmente, momentos com as pessoas que amamos. Nunca sabemos quando será o último abraço ou o último beijo. Essas pequenas coisas, que muitas vezes negligenciamos, são as que realmente importam.

Novus Capital
NovusCast - 28 de Março 2025

Novus Capital

Play Episode Listen Later Mar 28, 2025 16:27


Nossos sócios Luiz Eduardo Portella, Tomás Goulart e Sarah Campos debatem, no episódio de hoje, os principais acontecimentos da semana no Brasil e no mundo.⁠ ⁠ No cenário internacional, foi divulgado o PCE nos EUA, que não trouxe surpresa do lado da inflação, tendo em vista que já tinham sido divulgados outros dados que compõem o número, mas trouxe surpresa do lado de consumo, que decepcionou, apesar do crescimento da renda disponível. Ainda por lá, o Trump anunciou tarifa de 25% sobre automóveis e peças. Na Europa, foram divulgados os dados de inflação da Espanha e da França, ambos abaixo do esperado. ⁠ No Brasil, a ata do Copom trouxe viés mais hawk, demonstrando preocupação com a inflação, principalmente de serviços. Já o Relatório de Política Monetária trouxe algumas perspectivas mais dovishs do lado de atividade, mas com projeções de inflação ainda muito elevadas. Foram divulgados também alguns dados econômicos: o IPCA-15, apesar de headline mais baixo que o esperado, ainda demonstrou pressão nos serviços; o Caged, com recorde de criação de empregos; e a PNAD, que seguiu mostrando recuo na taxa de desemprego e aumento da massa salarial e do rendimento real. ⁠ Nos EUA, os juros fecharam a semana com variação marginal, e as bolsas tiveram desempenho negativo – S&P500 -1,53%, Nasdaq -2,39% e Russell2000 -1,64%. No Brasil, os juros abriram (jan/29 +29 bps), o Ibovespa caiu 0,33% e o real desvalorizou 0,57%. ⁠ ⁠⁠⁠⁠⁠Na próxima semana será importante acompanhar os dados de atividade (ISMs) e emprego (Payroll) nos EUA – além das falas do Powell e possível anúncio das tarifas pelo Trump; o restante dos dados de inflação na Europa; e divulgação de pesquisas de opinião do governo no Brasil. ⁠ ⁠Não deixe de conferir!⁠

Flow Games
COBERTURA NINTENDO DIRECT 27-03-2025, será que teremos SURPRESAS? - #FGN #flowgames

Flow Games

Play Episode Listen Later Mar 27, 2025 97:10


De surpresa, a Nintendo anunciou um Direct para o finalzinho de março de 2025 e você acompanha aqui com o Flow Games a cobertura AO VIVO da apresentação! Foram prometidos anúncios para o primeiro Nintendo Switch, talvez seja a última grande leva de anúncios antes das novidades do Nintendo Switch 2 aparecerem. Será que tivemos surpresas? Vem com a gente que o Flow Games de hoje tá

Arquivo Misterio
Ela desapareceu e foi encontrada 10 anos depois | Tanya Nicole Kach

Arquivo Misterio

Play Episode Listen Later Mar 24, 2025 26:06


Em busca de acolhimento, proteção e amor, a adolescente Tanya Kach acabou sendo enganada pelas promessas ardilosas de uma pessoa que se dizia amiga, um homem de 38 anos, que plantou em sua cabeça a promessa de uma vida nova. A menina achava que estava fugindo dos problemas familiares, mas mal percebeu que estava entrando pela porta da frente de uma casa que seria seu próprio cativeiro. Tanya passou anos da sua vida presa num cômodo, se alimentando mal e fazendo suas necessidades fisiológicas dentro de um balde. Foram 10 longos anos, ate que ela conseguisse fugir e colocar o seu sequestrador atras das grades.

Noticiário Nacional
18h Heathrow: incidente grave mas procedimentos foram cumpridos

Noticiário Nacional

Play Episode Listen Later Mar 21, 2025 12:24


Histórias para ouvir lavando louça
Meu marido desapareceu na fronteira dos EUA e nunca mais retornou

Histórias para ouvir lavando louça

Play Episode Listen Later Mar 20, 2025 10:41


A vida de Razan nunca mais foi a mesma desde que o marido partiu para os EUA e desapareceu na travessia.Desde então, tudo pesa sobre os ombros dela: três filhos para criar sozinha, um pequeno restaurante que abre aos fins de semana e a luta diária para pagar as contas, fora o fato de não ter tido oportunidade de se despedir. Mas Razan já sobreviveu à guerra na Síria. Ela sabe que não pode parar.A Síria se tornou inviável para viver, então fugir não era escolha, era necessidade. Mesmo Razan não querendo, o plano era ir para a França com o marido. Os dois não tinham filhos ainda.Mas no aeroporto, no Líbano, os sírios foram impedidos de embarcar. Tudo que tinham foi perdido naquelas passagens. Sem saída, o marido encontrou um destino inesperado: o Brasil. Razan não queria vir. Não falava português, não conhecia ninguém. Mas não havia opção.A adaptação foi dura. Um dia, sem geladeira suficiente para guardar a comida que preparou, uma vizinha sugeriu que vendessem. No final do dia, Razan tinha dinheiro na mão e uma esperança nova. Ali ela começou a cozinhar, postar nas redes sociais e, pouco a pouco, conseguiu clientes. Quando abriu a garagem para vender seus pratos, uma fila se formou na porta de casa. Pela primeira vez, ela sentiu que poderia recomeçar.Mas então veio o golpe. Seu marido decidiu ir para os EUA visitar a família. Tentou o visto, mas foi negado. Escolheu a travessia ilegal. A última ligação veio quando ele estava perto da fronteira. Mostrou o rio que atravessaria. Disse que ligaria em dez minutos. E nunca mais ligou.Foram 54 dias de desespero. O celular nunca saía da mão. Qualquer barulho de notificação era um salto no peito. Até que veio a confirmação: ele morreu e foi enterrado com outros 18 em uma cova coletiva, sem nome, sem despedida.Desde então, tudo recai sobre ela. O restaurante ainda abre, mas as contas não fecham. Porque agora, tudo depende dela. Razan não quer ser engolida pela tragédia. O sonho dela continua. Porque cozinhar sempre foi o que a manteve de pé.Para ajudar a Razan, você pode frequentar seu restaurante de comida árabe, que fica na Rua Dr Mário Vicente, 379, Ipiranga. O restaurante funciona aos fins de semana. Para reservas e pedidos, mande uma mensagem no Whatsapp 11 99880.8496.

Trip FM
Regina Casé, 71 e acelerando!

Trip FM

Play Episode Listen Later Mar 14, 2025


A atriz e apresentadora fala sobre família, religião, casamento e conta pra qual de seus tantos amigos ligaria de uma ilha deserta Regina Casé bem que tentou não comemorar seu aniversário de 71 anos, celebrado no dia 25 de fevereiro. Mas o que seria um açaí com pôr do sol na varanda do Hotel Arpoador se transformou em um samba que só terminou às 11 horas da noite em respeito à lei do silêncio. "Eu não ia fazer nada, nada, nada mesmo. Mas é meio impossível, porque todo mundo fala: vou passar aí, vou te dar um beijo", contou em um papo com Paulo Lima. A atriz e apresentadora tem esse talento extraordinário pra reunir as pessoas mais interessantes à sua volta. E isso vale para seu círculo de amigos, que inclui personalidades ilustres como Caetano Veloso e Fernanda Torres, e também para os projetos que inventa na televisão, no teatro e no cinema.  Inventar tanta coisa nova é uma vocação que ela herdou do pai e do avô, pioneiros no rádio e na televisão, mas também uma necessidade. “Nunca consegui pensar individualmente, e isso até hoje me atrapalha. Mas, ao mesmo tempo, eu tive que ser tão autoral. Eu não ia ser a mocinha na novela, então inventei um mundo para mim. Quase tudo que fiz fui eu que tive a ideia, juntei um grupo, a gente escreveu junto”, afirma. No teatro, ao lado de artistas como o diretor Hamilton Vaz Pereira e os atores Luiz Fernando Guimarães e Patrícia Travassos, ela inventou o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, que revolucionou a cena carioca nos anos 1970. Na televisão, fez programas como TV Pirata, Programa Legal e Brasil Legal. "Aquilo tudo não existia, mas eu tive que primeiro inventar para poder me jogar ali”, conta. LEIA TAMBÉM: Em 1999, Regina Casé estampou as Páginas Negras da Trip De volta aos cinemas brasileiros no fim de março com Dona Lurdes: O Filme, produção inspirada em sua personagem na novela Amor de Mãe (2019), Regina bateu um papo com Paulo Lima no Trip FM. Na conversa, ela fala do orgulho de ter vindo de uma família que, com poucos recursos e sem faculdade, foi pioneira em profissões que ainda nem tinham nome, do título de “brega” que recebeu quando sua originalidade ainda não era compreendida pelas colunas sociais, de sua relação com a religião, da dificuldade de ficar sozinha – afinal, “a sua maior qualidade é sempre o seu maior defeito” –, do casamento de 28 anos com o cineasta Estêvão Ciavatta, das intempéries e milagres que experimentou e de tudo o que leva consigo. “Eu acho que você tem que ir pegando da vida, que nem a Dona Darlene do Eu Tu Eles, que ficou com os três maridos”, afirma. “A vida vai passando e você vai guardando as coisas que foram boas e tentando se livrar das ruins”. Uma das figuras mais admiradas e admiráveis do país, ela ainda revela para quem ligaria de uma ilha deserta e mostra o presente de aniversário que ganhou da amiga Fernanda Montenegro. Você pode conferir esse papo a seguir ou ouvir no Spotify do Trip FM.  [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d446165a3ce/header-regina-interna.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Trip. Além de atriz, você é apresentadora, humorista, escritora, pensadora, criadora, diretora… Acho que tem a ver com uma certa modernidade que você carrega, essa coisa de transitar por 57 planetas diferentes. Como é que você se apresentaria se tivesse que preencher aquelas fichas antigas de hotel? Regina Casé. Até hoje ponho atriz em qualquer coisa que tenho que preencher, porque acho a palavra bonita. E é como eu, vamos dizer, vim ao mundo. As outras coisas todas vieram depois. Mesmo quando eu estava há muito tempo sem atuar, eu era primeiramente uma atriz. E até hoje me sinto uma atriz que apresenta programas, uma atriz que dirige, uma atriz que escreve, mas uma atriz. Você falou numa entrevista que, se for ver, você continua fazendo o mesmo trabalho. De alguma maneira, o programa Brasil Legal, a Val de "Que Horas Ela Volta", o grupo de teatro "Asdrúbal Trouxe o Trombone" ou agora esse programa humorístico tem a mesma essência, um eixo que une tudo isso. Encontrei entrevistas e vídeos maravilhosos seus, um lá no Asdrúbal, todo mundo com cara de quem acabou de sair da praia, falando umas coisas muito descontraídas e até mais, digamos assim, sóbrias. E tem um Roda Viva seu incrível, de 1998. Eu morro de pena, porque também o teatro que a gente fazia, a linguagem que a gente usava no Asdrúbal, era tão nova que não conseguiu ser decodificada naquela época. Porque deveria estar sendo propagada pela internet, só que não havia internet. A gente não tem registros, não filmava, só fotografava. Comprava filme, máquina, pagava pro irmão do amigo fazer aquilo no quarto de serviço da casa dele, pequenininho, com uma luz vermelha. Só que ele não tinha grana, então comprava pouco fixador, pouco revelador, e dali a meses aquilo estava apagado. Então, os documentos que a gente tem no Asdrúbal são péssimos. Fico vendo as pouquíssimas coisas guardadas e que foram para o YouTube, como essa entrevista do Roda Viva. Acho que não passa quatro dias sem que alguém me mande um corte. "Ah, você viu isso? Adorei!". Ontem o DJ Zé Pedro me mandou um TED que eu fiz, talvez o primeiro. E eu pensei: "Puxa, eu falei isso, que ótimo, concordo com tudo". Quanta coisa já mudou no Brasil, isso é anterior a tudo, dois mil e pouquinho. E eu fiquei encantada com o Roda Viva, eu era tão novinha. Acho que não mudei nada. Quando penso em mim com cinco anos de idade, andando com a minha avó na rua, a maneira como eu olhava as pessoas, como eu olhava o mundo, é muito semelhante, se não igual, a hoje em dia.  [VIDEO=https://www.youtube.com/embed/rLoqGPGmVdo; CREDITS=; LEGEND=Em 1998, aos 34 anos, Regina Casé foi entrevistada pelo programa Roda Viva, da TV Cultura; IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49b0ede6d3/1057x749x960x540x52x40/screen-shot-2025-03-14-at-180926.png] O Boni, que foi entrevistado recentemente no Trip FM, fala sobre seu pai em seu último livro, “Lado B do Boni”, como uma das pessoas que compuseram o que ele é, uma figura que teve uma relevância muito grande, inclusive na TV Globo. Conta um pouco quem foi o seu pai, Regina. Acho que não há Wikipedia que possa resgatar o tamanho do meu pai e do meu avô. Meu avô é pioneiríssimo do rádio, teve um dos primeiros programas de rádio, se não o primeiro. Ele nasceu em Belo Jardim, uma cidadezinha do agreste pernambucano, do sertão mesmo. E era brabo, criativo demais, inteligente demais, e, talvez por isso tudo, impaciente demais, não aguentava esperar ninguém terminar uma frase. Ele veio daquele clássico, com uma mão na frente e outra atrás, sem nada, e trabalhou na estiva, dormiu na rua até começar a carregar rádios. Só que, nos anos 20, 30, rádios eram um armário de madeira bem grandão. Daí o cara viu que ele era esperto e botou ele para instalar os rádios na casa das pessoas. Quando meu avô descobriu que ninguém sabia sintonizar, que era difícil, ele aprendeu. E aí ele deixava os rádios em consignação, botava um paninho com um vasinho em cima, sintonizado, funcionando. Quando ele ia buscar uma semana depois, qualquer um comprava. Aí ele disparou como vendedor dos rádios desse cara que comprava na gringa e começou a ficar meio sócio do negócio. [QUOTE=1218] Mas a programação toda era gringa, em outras línguas. Ele ficava fascinado, mas não entendia nada do que estava rolando ali. Nessa ele descobriu que tinha que botar um conteúdo ali dentro, porque aquele da gringa não estava suprindo a necessidade. Olha como é parecido com a internet hoje em dia. E aí ele foi sozinho, aquele nordestino, bateu na Philips e falou que queria comprar ondas curtas, não sei que ondas, e comprou. Aí ele ia na farmácia Granado e falava: "Se eu fizer um reclame do seu sabão, você me dá um dinheiro para pagar o pianista?". Sabe quem foram os dois primeiros contratados dele? O contrarregra era o Noel Rosa, e a única cantora que ele botou de exclusividade era a Carmen Miranda. Foram os primeiros empregos de carteira assinada. E aí o programa cresceu. Começava de manhã, tipo programa do Silvio, e ia até de noite. Chamava Programa Casé.  E o seu pai? Meu avô viveu aquela era de ouro do rádio. Quando sentiu que o negócio estava ficando estranho, ele, um cara com pouquíssimos recursos de educação formal, pegou meu pai e falou: "vai para os Estados Unidos porque o negócio agora vai ser televisão". Ele fez um curso, incipiente, para entender do que se tratava. Voltou e montou o primeiro programa de televisão feito aqui no Rio de Janeiro, Noite de Gala. Então, tem uma coisa de pioneirismo tanto no rádio quanto na televisão. E meu pai sempre teve um interesse gigante na educação, como eu. Esse interesse veio de onde? Uma das coisas que constituem o DNA de tudo o que fiz, dos meus programas, é a educação. Um Pé de Quê, no Futura, o Brasil Legal e o Programa Legal, na TV Globo… Eu sou uma professora, fico tentando viver as duas coisas juntas. O meu pai tinha isso porque esse meu avô Casé era casado com a Graziela Casé, uma professora muito, mas muito idealista, vocacionada e apaixonada. Ela trabalhou com Anísio Teixeira, Cecília Meireles, fizeram a primeira biblioteca infantil. Meu pai fez o Sítio do Picapau Amarelo acho que querendo honrar essa professora, a mãe dele. Quando eu era menina, as pessoas vinham de uma situação rural trabalhar como domésticas, e quase todas, se não todas, eram analfabetas. A minha avó as ensinava a ler e escrever. Ela dizia: "Se você conhece uma pessoa que não sabe ler e escrever e não ensina para ela, é um crime". Eu ficava até apavorada, porque ela falava muito duramente. Eu acho que sou feita desse pessoal. Tenho muito orgulho de ter vindo de uma família que, sem recursos, sem universidade, foi pioneira na cidade, no país e em suas respectivas... Não digo “profissões” porque ainda nem existiam suas profissões. Eu tento honrar.  [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49d1e03df5/header-regina-interna6.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Em 1999, a atriz e apresentadora estampou as Páginas Negras da Trip; ALT_TEXT=] Você tem uma postura de liderança muito forte. Além de ter preparo e talento, você tem uma vocação para aglutinar, juntar a galera, fazer time. Por outro lado, tem essa coisa da atriz, que é diferente, talvez um pouco mais para dentro. Você funciona melhor sozinha ou como uma espécie de capitã, técnica e jogadora do time? Eu nasci atriz dentro de um grupo. E o Asdrúbal trouxe o Trombone não era só um grupo. Apesar do Hamilton Vaz Pereira ter sido sempre um autor e um diretor, a gente criava coletivamente, escrevia coletivamente, improvisava. Nunca consegui pensar individualmente, e isso até hoje é uma coisa que me atrapalha. Todo mundo fala: "escreve um livro". Eu tenho vontade, mas falo que para escrever um livro preciso de umas 10 pessoas de público, todo mundo junto. Sou tão grupal que é difícil. Ao mesmo tempo, eu tive que ser muito autoral. Eu, Tu, Eles foi a primeira vez que alguém me tirou para dançar. Antes eu fiz participações em muitos filmes, mas foi a primeira protagonista. Quase tudo que fiz fui eu que tive a ideia, juntei um grupo, a gente escreveu junto. Então, eu sempre inventei um mundo para mim. No teatro eu não achava lugar para mim, então tive que inventar um, que era o Asdrúbal. Quando eu era novinha e fui para a televisão, eu não ia ser a mocinha na novela. Então fiz a TV Pirata, o Programa Legal, o Brasil Legal. Aquilo tudo não existia na televisão, mas eu tive que primeiro inventar para poder me jogar ali. Eu sempre me acostumei não a mandar, mas a ter total confiança de me jogar.  E nos trabalhos de atriz, como é? No Asdrúbal eu me lembro que uma vez eu virei umas três noites fazendo roupa de foca, que era de pelúcia, e entupia o gabinete na máquina. Eu distribuía filipeta, colava cartaz, pregava cenário na parede. Tudo, todo mundo fazia tudo. É difícil quando eu vou para uma novela e não posso falar que aquele figurino não tem a ver com a minha personagem, que essa casa está muito chique para ela ou acho que aqui no texto, se eu falasse mais normalzão, ia ficar mais legal. Mas eu aprendi. Porque também tem autores e autores. Eu fiz três novelas com papéis de maior relevância. Cambalacho, em que fiz a Tina Pepper, um personagem coadjuvante que ganhou a novela. Foi ao ar em 1986 e até hoje tem gente botando a dancinha e a música no YouTube, cantando. Isso também, tá vendo? É pré-internet e recebo cortes toda hora, porque aquilo já tinha cara de internet. Depois a Dona Lurdes, de Amor de Mãe, e a Zoé, de Todas as Flores. Uma é uma menina preta da periferia de São Paulo. A outra uma mulher nordestina do sertão, com cinco filhos. A terceira é uma truqueira carioca rica que morava na Barra. São três universos, mas as três foram muito fortes. Tenho muito orgulho dessas novelas. Mas quando comecei, pensei: "Gente, como é que vai ser?". Não é o meu programa. Não posso falar que a edição está lenta, que devia apertar. O começo foi difícil, mas depois que peguei a manha de ser funcionária, fazer o meu e saber que não vou ligar para o cenário, para o figurino, para a comida e não sei o quê, falei: "Isso aqui, perto de fazer um programa como o Esquenta ou o Programa Legal, é como férias no Havaí".  Você é do tipo que não aguenta ficar sozinha ou você gosta da sua companhia? Essa é uma coisa que venho perseguindo há alguns anos. Ainda estou assim: sozinha, sabendo que, se quiser, tem alguém ali. Mas ainda apanho muito para ficar sozinha porque, justamente, a sua maior qualidade é sempre o seu maior defeito. Fui criada assim, em uma família que eram três filhas, uma mãe e uma tia. Cinco mulheres num apartamento relativamente pequeno, um banheiro, então uma está escovando os dentes, outra está fazendo xixi, outra está tomando banho, todas no mesmo horário para ir para a escola. Então é muito difícil para mim ficar sozinha, mas tenho buscado muito. Quando falam "você pode fazer um pedido", eu peço para ter mais paciência e para aprender a ficar sozinha.  Você contou agora há pouco que fazia figurinos lá no Asdrúbal e também já vi você falando que sempre aparecia na lista das mais mal vestidas do Brasil. Como é ser julgada permanentemente? Agora já melhorou, mas esse é um aspecto que aparece mais porque existe uma lista de “mais mal vestidas". Se existisse lista para outras transgressões, eu estaria em todas elas. Não só porque sou transgressora, mas porque há uma demanda que eu seja. Quando não sou, o pessoal até estranha. Eu sempre gostei muito de moda, mais que isso, de me expressar através das roupas. E isso saía muito do padrão, principalmente na televisão, do blazer salmão, do nude, da unha com misturinha, do cabelo com escova. Volta e meia vinha, nos primórdios das redes sociais: "Ela não tem dinheiro para fazer uma escova naquele cabelo?". "Não tem ninguém para botar uma roupa normal nela?".  [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49c62141c1/header-regina-interna4.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Regina Casé falou à Trip em 1999, quando estampou as Páginas Negras; ALT_TEXT=] Antes da internet, existiam muitas colunas sociais em jornal. Tinha um jornalista no O Globo que me detonava uma semana sim e outra não. Eu nunca vou me esquecer. Ele falava de uma bolsa que eu tinha da Vivienne Westwood, que inclusive juntei muito para poder comprar. Eu era apaixonada por ela, que além de tudo era uma ativista, uma mulher importantíssima na gênese do Sex Pistols e do movimento punk. Ele falava o tempo todo: "Estava não sei onde e veio a Regina com aquela bolsa horrorosa que comprou no Saara". O Saara no Rio corresponde à 25 de março em São Paulo, e são lugares que sempre frequentei, que amo e que compro bolsas também. Eu usava muito torço no cabelo, e ele escrevia: "Lá vem a lavadeira do Abaeté". Mais uma vez, não só sendo preconceituoso, mas achando que estava me xingando de alguma coisa que eu acharia ruim. Eu pensava: nossa, que maravilha, estou parecendo uma lavadeira do Abaeté e não alguém com um blazer salmão, com uma blusa bege, uma bolsa arrumadinha de marca. Pra mim era elogio, mas era chato, porque cria um estigma. E aí um monte de gente, muito burra, vai no rodo e fala: "Ela é cafona, ela é horrorosa". Por isso que acho que fiquei muito tempo nessas listas.  O filme “Ainda Estou Aqui” está sendo um alento para o Brasil, uma coisa bem gostosa de ver, uma obra iluminada. A Fernanda Torres virou uma espécie de embaixadora do Brasil, falando de uma forma muito legal sobre o país, sobre a cultura. Imagino que pra você, que vivenciou essa época no Rio de Janeiro, seja ainda mais especial. Eu vivi aquela época toda e o filme, mesmo sem mostrar a tortura e as barbaridades que aconteceram, reproduz a angústia. Na parte em que as coisas não estão explicitadas, você só percebe que algo está acontecendo, e a angústia que vem dali. Mesmo depois, quando alguma coisa concreta aconteceu, você não sabe exatamente do que está com medo, o que pode acontecer a qualquer momento, porque tudo era tão aleatório, sem justificativa, ninguém era processado, julgado e preso. O filme reproduz essa sensação, mesmo para quem não viveu. É maravilhoso, maravilhoso.  [QUOTE=1219] Não vou dizer que por sorte porque ele tem todos os méritos, mas o filme caiu num momento em que a gente estava muito sofrido culturalmente. Nós, artistas, tínhamos virado bandidos, pessoas que se aproveitam. Eu nunca usei a lei Rouanet, ainda que ache ela muito boa, mas passou-se a usar isso quase como um xingamento, de uma maneira horrível. E todos os artistas muito desrespeitados, inclusive a própria Fernanda, Fernandona, a pessoa que a gente mais tem que respeitar na cultura do país. O filme veio não como uma revanche. Ele veio doce, suave e brilhantemente cuidar dessa ferida. Na equipe tenho muitos amigos, praticamente família, o Walter, a Nanda, a Fernanda. Sou tão amiga da Fernanda quanto da Nanda, sou meio mãe da Nanda, mas sou meio filha da Fernanda, sou meio irmã da Nanda e também da Fernanda. É bem misturado, e convivo muito com as duas. Por acaso, recebi ontem um presente e um cartão de aniversário da Fernandona que é muito impressionante. Tão bonitinho, acho que ela não vai ficar brava se eu mostrar para vocês. O que o cartão diz? Ela diz assim: "Regina, querida, primeiro: meu útero sabe que a Nanda já está com esse Oscar”. Adorei essa frase. "Segundo, estou trabalhando demais, está me esgotando. Teria uma leitura de 14 trechos magníficos, de acadêmicos, que estou preparando essa apresentação para a abertura da Academia [Brasileira de Letras], que está em recesso. O esgotamento acho que é por conta dos quase 100 anos que tenho". Imagina... Com esse trabalho todo. Aí ela faz um desenho lindo de flores com o coração: "Regina da nossa vida, feliz aniversário, feliz sempre da Fernanda". E me manda uma toalhinha bordada lindíssima com um PS: "Fernando [Torres] e eu compramos essa toalhinha de mão no Nordeste numa das temporadas de nossa vida pelo Brasil afora. Aliás, nós comprávamos muito lembranças como essa. Essa que eu lhe envio está até manchadinha, mas ela está feliz porque está indo para a pessoa certa. Está manchadinha porque está guardadinha faz muitos anos". Olha que coisa. Como é que essa mulher com quase 100 anos, com a filha indicada ao Oscar, trabalhando desse jeito, decorando 14 textos, tem tempo de ser tão amorosa, gentil, generosa e me fazer chorar? Não existe. Ela é maravilhosa demais. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49b9f0f548/header-regina-interna3.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Eu queria te ouvir sobre outro assunto. Há alguns anos a menopausa era um tema absolutamente proibido. As mulheres se sentiam mal, os homens, então, saíam correndo. Os médicos não falavam, as famílias não falavam. E é engraçado essa coisa do pêndulo. De repente vira uma onda, artistas falando, saem dezenas de livros sobre o assunto. Como foi para você? Você acha que estamos melhorando na maneira de lidar com as nossas questões enquanto humanidade? É bem complexo. Tem aspectos que acho que estão melhorando muito. Qualquer família que tinha uma pessoa com deficiência antigamente escondia essa pessoa, ela era quase trancada num quarto, onde nem as visitas da casa iam. E hoje em dia todas essas pessoas estão expostas, inclusive ao preconceito e ao sofrimento, mas estão na vida, na rua. Há um tempo não só não podia ter um casal gay casado como não existia nem a expressão "casal gay", porque as pessoas no máximo tinham um caso escondido com outra pessoa. Então em muitos aspectos a gente avançou bastante. Não sei se é porque agora estou ficando bem mais velha, mas acho que esse assunto do etarismo está chegando ainda de uma maneira muito nichada. Se você for assistir a esse meu primeiro TED, eu falo que a gente não pode pegar e repetir, macaquear as coisas dos Estados Unidos. Essa ideia de grupo de apoio. Sinto que essa coisa da menopausa, do etarismo, fica muito de mulher para mulher, um grupo de mulheres daquela idade. Mas não acho que isso faz um garoto de 16 anos entender que eu, uma mulher de 70 anos, posso gostar de basquete, de funk, de sambar, de namorar, de dançar. Isso tudo fica numa bolha bem impermeável. E não acho que a comunicação está indo para outros lados. É mais você, minha amiga, que também está sentindo calores. [QUOTE=1220] Tem uma coisa americana que inventaram que é muito chata. Por exemplo, a terceira idade. Aí vai ter um baile, um monte de velhinhos e velhinhas dançando todos juntos. Claro que é melhor do que ficar em casa deprimido, mas é chato. Acho que essa festa tem que ter todo mundo. Tem que ter os gays, as crianças, todo mundo nessa mesma pista com um DJ bom, com uma batucada boa. Senão você vai numa festa e todas as pessoas são idênticas. Você vai em um restaurante e tem um aquário onde põem as crianças dentro de um vidro enquanto você come. Mas a criança tem que estar na mesa ouvindo o que você está falando, comendo um troço que ela não come normalmente. O menu kids é uma aberração. Os meus filhos comem tudo, qualquer coisa que estiver na mesa, do jeito que for. Mas é tudo separado. Essa coisa de imitar americano, entendeu? Então, acho que essa coisa da menopausa está um pouco ali. Tem que abrir para a gente conversar, tem que falar sobre menopausa com o MC Cabelinho. Eu passei meio batida, porque, por sorte, não tive sintomas físicos mais fortes. Senti um pouco mais de calor, mas como aqui é tão calor e eu sou tão agitada, eu nunca soube que aquilo era específico da menopausa.  Vou mudar um pouco de assunto porque não dá para deixar de falar sobre isso. Uma das melhores entrevistas do Trip FM no ano passado foi com seu marido, o cineasta Estêvão Ciavatta. Ele contou do acidente num passeio a cavalo que o deixou paralisado do pescoço para baixo e com chances de não voltar a andar. E fez uma declaração muito forte sobre o que você representou nessa recuperação surpreendente dele. A expressão "estamos juntos" virou meio banal, mas, de fato, você estava junto ali. Voltando a falar do etarismo, o Estêvão foi muito corajoso de casar com uma mulher que era quase 15 anos mais velha, totalmente estabelecida profissionalmente, conhecida em qualquer lugar, que tinha sido casada com um cara maravilhoso, o Luiz Zerbini, que tinha uma filha, uma roda de amigos muito grande, um símbolo muito sólido, tudo isso. Ele propôs casar comigo, na igreja, com 45 anos. Eu, hippie, do Asdrúbal e tudo, levei um susto, nunca pensei que eu casar. O que aconteceu? Eu levei esse compromisso muito a sério, e não é o compromisso de ficar com a pessoa na saúde, na doença, na alegria, na tristeza. É também, mas é o compromisso de, bom, vamos entrar nessa? Então eu vou aprender como faz isso, como é esse amor, como é essa pessoa, eu vou aprender a te amar do jeito que você é. Acho que o pessoal casa meio de brincadeira, mas eu casei a sério mesmo, e estamos casados há 28 anos. Então, quando aconteceu aquilo, eu falei: ué, a gente resolveu ficar junto e viver o que a vida trouxesse pra gente, então vamos embora. O que der disso, vamos arrumar um jeito, mas estamos juntos. E acho que teve uma coisa que me ajudou muito. O quê? Aqui em casa é tipo pátio dos milagres. Teve isso que aconteceu com o Estêvão, e também a gente ter encontrado o Roque no momento que encontrou [seu filho caçula, hoje com 11 anos, foi adotado pelo casal quando bebê]. A vida que a gente tem hoje é inacreditável. Parece realmente que levou oito anos, o tempo que demorou para encontrar o filho da gente, porque estava perdido em algum lugar, igual a Dona Lurdes, de Amor de Mãe. Essa é a sensação. E a Benedita, quando nasceu, quase morreu, e eu também. Ela teve Apgar [escala que avalia os recém-nascidos] zero, praticamente morreu e viveu. Nasceu superforte, ouvinte, gorda, forte, cabeluda, mas eu tive um descolamento de placenta, e com isso ela aspirou líquido. Ela ficou surda porque a entupiram de garamicina, um antibiótico autotóxico. Foi na melhor das intenções, pra evitar uma pneumonia pelo líquido que tinha aspirado, mas ninguém conhecia muito, eram os primórdios da UTI Neonatal. O que foi para a gente uma tragédia, porque ela nasceu bem. Só que ali aprendi um negócio que ajudou muito nessa história do Estêvão: a lidar com médico. E aprendi a não aceitar os "não". Então quando o cara dizia "você tem que reformar a sua casa, tira a banheira e bota só o chuveiro largo para poder entrar a cadeira de rodas", eu falava: "Como eu vou saber se ele vai ficar pra sempre na cadeira de rodas?".  [QUOTE=1221] Quando a Benedita fala "oi, tudo bem?", ela tem um leve sotaque, anasalado e grave, porque ela só tem os graves, não tem nem médio, nem agudo. Mas ela fala, canta, já ganhou concurso de karaokê. Quando alguém vê a audiometria da Benedita, a perda dela é tão severa, tão profunda, que falam: "Esse exame não é dessa pessoa". É o caso do Estêvão. Quando olham a lesão medular dele e veem ele andando de bicicleta com o Roque, falam: "Não é possível". Por isso eu digo que aqui em casa é o pátio dos milagres. A gente desconfia de tudo que é “não”. É claro que existem coisas que são limitações estruturais, e não adianta a gente querer que seja de outro jeito, mas ajuda muito duvidar e ir avançando a cada "não" até que ele realmente seja intransponível. No caso do Estêvão, acho que ele ficou feliz porque teve perto por perto não só uma onça cuidando e amando, mas uma onça que já tinha entendido isso. Porque se a gente tivesse se acomodado a cada “não”, talvez ele não estivesse do jeito que está hoje. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49af631476/header-regina-interna2.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Eu já vi você falar que essa coisa da onça é um pouco fruto do machismo, que você teve que virar braba para se colocar no meio de grupos que eram majoritariamente de homens, numa época que esse papo do machismo era bem menos entendido. Isso acabou forjando o seu jeito de ser? Com certeza. Eu queria ser homem. Achava que tudo seria mais fácil, melhor. Achava maravilhoso até a minha filha ser mulher. Fiquei assustadíssima. Falei: "Não vou ser capaz, não vou acertar". Aí botei a Benedita no futebol, foi artilheira e tudo, e fui cercando com uma ideia nem feminista, nem machista, mas de que o masculino ia ser melhor pra ela, mais fácil. Mas aí aprendi com a Benedita não só a amar as mulheres, mas a me amar como mulher, grávida, dando de mamar, criando outra mulher, me relacionando com amigas, com outras mulheres. Isso tudo veio depois da Benedita. Mas se você falar "antigamente o machismo"... Vou te dizer uma coisa. Se eu estou no carro e falo para o motorista “é ali, eu já vim aqui, você pode dobrar à direita”, ele pergunta assim: “Seu Estêvão, você sabe onde é para dobrar?”. Aí eu falo: “Vem cá, você quer que compre um pau para dizer pra você para dobrar à direita? Vou ter que botar toda vez que eu sentar aqui? Porque não é possível, estou te dizendo que eu já vim ali”. É muito impressionante, porque não é em grandes discussões, é o tempo todo. É porque a gente não repara, sabe? Quer dizer, eu reparo, você que é homem talvez não repare. Nesses momentos mais difíceis, na hora de lidar com os problemas de saúde da Benedita ou com o acidente punk do Estêvão, o que você acha que te ajudou mais: os anos de terapia ou o Terreiro de Gantois, casa de Candomblé que você frequenta em Salvador? As duas coisas, porque a minha terapia também foi muito aberta. E não só o Gantois como o Sacré-Coeur de Marie. Eu tenho uma formação católica. Outro dia eu ri muito porque a Mãe Menininha se declarava católica em sua biografia, e perguntaram: "E o Candomblé"? Ela falava: “Candomblé é outra coisa”. E eu vejo mais ou menos assim. Não é que são duas religiões, eu não posso pegar e jogar a criança junto com a água da bacia. É claro que eu tenho todas as críticas que você quiser à Igreja Católica, mas eu fui criada por essa avó Graziela, que era professora, uma mulher genial, e tão católica que, te juro, ela conversava com Nossa Senhora como eu estou conversando com você. Quando ela recebia uma graça muito grande, ligava para mim e para minhas irmãs e falava: "Venham aqui, porque eu recebi uma graça tão grande que preciso de vocês para agradecer comigo, sozinha não vou dar conta." Estudei em colégio de freiras a minha vida inteira, zero trauma de me sentir reprimida, me dava bem, gosto do universo, da igreja. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49cbe34551/header-regina-interna5.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Em 1999, Regina Casé foi a entrevistada das Páginas Negras da Trip; ALT_TEXT=] Aí eu tenho um encontro com o Candomblé, lindíssimo, através da Mãe Menininha. Essa história é maravilhosa. O Caetano [Veloso] disse: "Mãe Menininha quer que você vá lá". Eu fiquei apavorada, porque achei que ela ia fazer uma revelação, tinha medo que fosse um vaticínio... Até que tomei coragem e fui. Cheguei lá com o olho arregalado, entrei no quarto, aquela coisa maravilhosa, aquela presença.. Aí eu pedi a benção e perguntei o que ela queria. Ela falou: "Nada não, queria conhecer a Tina Pepper". Então, não só o Gantuar, o Candomblé como um todo, só me trouxe coisas boas e acolhida. A minha relação com a Bahia vem desde os 12 anos de idade, depois eu acabei recebendo até a cidadania de tamanha paixão e dedicação. É incrível porque eu nunca procurei. No episódio da Benedita, no dia seguinte já recebi de várias pessoas orientações do que eu devia fazer. No episódio do Estêvão também, não só do Gantuar, mas da [Maria] Bethânia, e falavam: "Olha, você tem que fazer isso, você tem que cuidar daquilo". Então, como é que eu vou negar isso? Porque isso tudo está aqui dentro. Então, acho que você tem que ir pegando da vida, que nem a Dona Darlene do “Eu Tu Eles”, que ficou com os três maridos. A vida vai passando por você e você vai guardando as coisas que foram boas e tentando se livrar das ruins. A gente sabe que você tem uma rede de amizades absurda, é muito íntima de meio mundo. Eu queria brincar daquela história de te deixar sozinha numa ilha, sem internet, com todos os confortos, livros, música. Você pode ligar à vontade para os seus filhos, pro seu marido, mas só tem uma pessoa de fora do seu círculo familiar para quem você pode ligar duas vezes por semana. Quem seria o escolhido para você manter contato com a civilização? É curioso que meus grandes amigos não têm celular. Hermano [Vianna] não fala no celular, Caetano só fala por e-mail, é uma loucura, não é nem WhatsApp. Acho que escolheria o Caetano, porque numa ilha você precisa de um farol. Tenho outros faróis, mas o Caetano foi, durante toda a minha vida, o meu farol mais alto, meu norte. E acho que não suportaria ficar sem falar com ele. 

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O horror de volta à Síria

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Play Episode Listen Later Mar 11, 2025 28:30


Há três meses, a ditadura de Bashar al-Assad caiu após a ofensiva relâmpago de um grupo rebelde. Era o fim de um regime comandado por uma família que governou o país por seis décadas e de uma guerra civil que deixou centenas de milhares de mortos e milhões de refugiados. Assad foi derrubado pelo grupo jihadista Hayat Tahrir al-Sham (conhecido pela sigla HTS), que deu início a um governo sunita, grupo étnico da maior parte da população síria. Foram três meses de aparente calmaria até que, no fim da semana passada, um levante de apoiadores de Assad deu início a confrontos em duas cidades costeiras onde a maior parte da população é da mesma etnia da família do ex-ditador. A reação do governo estabelecido foi violenta: há denúncia de limpeza étnica e o Observatório Sírio para os Direitos Humanos fala em mais de 1.000 mortos, em sua maioria civis. Para explicar a atual crise e suas raízes, Natuza Nery conversa com Danny Zahreddine, professor de Relações Internacionais da PUC-MG. Zahreddine, cuja família é de origem drusa, fala dos riscos de recrudescimento dos conflitos. “É um medo existencial que perpassa as minorias todas”, diz, ao analisar como a ascensão de um governo comandado pela etnia majoritária gera dúvidas sobre o futuro de outros grupos étnicos. Ele detalha ainda as diferenças entre os grupos que formam o país, analisa o risco do ressurgimento de uma guerra civil e fala da importância da Síria no equilíbrio de forças entre as nações do Oriente Médio.

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Crise mental: o impacto no trabalho

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Play Episode Listen Later Mar 10, 2025 35:28


O Brasil teve uma alta de 68% no número de afastamentos do trabalho por ansiedade e depressão no ano passado. Foram quase 500 mil, o maior número em uma década, segundo um levantamento exclusivo feito pelo g1. Um problema que é mundial: os afastamentos do trabalho provocados por ansiedade e depressão geram um prejuízo global de US$ 1 trilhão por ano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). É neste cenário de alerta que o governo anunciou a atualização de uma norma com diretrizes sobre saúde mental no ambiente de trabalho. As regras, publicadas pelo Ministério do Trabalho, passam a valer em maio e podem gerar multa para as empresas, caso sejam identificadas questões como assédio moral e condições precárias de trabalho. Neste episódio, Natuza Nery conversa com Poliana Casemiro, repórter do g1 que fez o levantamento com base em dados exclusivos obtidos com o Ministério da Previdência Social. Poliana explica o que muda com as novas regras do governo e faz um raio-x dos números que revelam a existência de uma crise de saúde mental entre trabalhadores brasileiros. Ela conta o que ouviu de quem trabalha e relata como empresas atuam para mitigar o problema. Depois, Natuza conversa com a psicoterapeuta Renata Paparelli. Professora de Psicologia e coordenadora da Clínica do Trabalho na PUC-SP, Renata também coordena o Núcleo de Ações em Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. É ela quem analisa o que está por trás da explosão de casos de afastamento do trabalho por problemas como depressão e ansiedade.

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A segurança na aviação particular

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Play Episode Listen Later Feb 10, 2025 25:11


A queda de uma aeronave KingAir F90 em uma avenida movimentada de São Paulo se somou a outros acidentes neste início de 2025. Apenas um minuto após a decolagem, o avião caiu na Avenida Marquês de São Vicente e se chocou com um ônibus. Piloto e passageiro da aeronave morreram, e 7 pessoas que estavam em solo ficaram feridas. Menos de um mês antes, uma aeronave ultrapassou a pista do aeroporto de Ubatuba, no Litoral de São Paulo, e explodiu na Praia do Cruzeiro — o piloto morreu. Os 22 acidentes com aeronaves de pequeno porte deixaram 10 mortos neste início de ano. Isso depois de, em 2024, o número de óbitos ter dobrado em relação ao ano anterior. Foram 152 mortes no ano passado, contra 77 em 2023. A soma de casos levanta a pergunta: o número de acidentes com aeronaves particulares aumentou no país? Para responder a esta e a outras perguntas, Natuza Nery conversa com Raul Marinho, diretor técnico da Associação Brasileira de Aviação Geral. Raul explica como o aumento das aeronaves particulares no pós-pandemia fez o número absoluto de acidentes aumentar. E detalha os treinamentos pelos quais os pilotos deste tipo de aeronave passam. Ele analisa também as diferenças entre a aviação brasileira e a dos EUA, país referência na aviação e que também registrou casos de acidentes e quedas de aeronaves nos últimos meses.