Podcasts about vivemos

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Latest podcast episodes about vivemos

Josué Valandro Jr
O que a Bíblia ensina sobre DISCIPULADO? - Parte 2

Josué Valandro Jr

Play Episode Listen Later Jun 17, 2025 56:01


Só o discipulado vai trazer o caráter de Cristo para a nossa Nação e restaurar o nosso país! ❤️‍

Ayurveda na Prática - GisiPaz.

"Vivemos em uma cultura que favorece o prazer fácil e instantâneo — e isso está nos tornando mais deprimidos, mais ansiosos e menos conectados com nós mesmos."...Marcar atendimento, cursos e e-books aqui: https://linktr.ee/gisipaz_atendimentos.cursosInstagram: gisipaz_ayurveda

A Vida Acontece
#81 | Saber agradecer

A Vida Acontece

Play Episode Listen Later Jun 13, 2025 38:08


Esta semana conversamos sobre saber agradecer. Às vezes, a vida parece uma correria sem fim. A cabeça a mil, o tempo sempre a fugir e nós sempre atrás dele, numa tentativa quase desesperada de dar conta de tudo. Há dias em que nos sentimos cansadas, fartas da rotina, dos mesmos afazeres de sempre. Mas talvez o segredo esteja precisamente aí: em parar.Parar para agradecer.Parar para valorizar aquilo que, por ser tão comum, deixamos de notar.As rotinas que nos cansam são, na verdade, um privilégio.Rotinas que não envolvem doenças nem hospitais.Que não têm medo, nem violência.Que não conhecem a dor da guerra.É preciso parar mais vezes.Olhar com outros olhos para o que temos.Porque temos muito.Vivemos numa era em que estamos sempre ligados. As redes sociais mostram-nos vidas perfeitas, aventuras constantes, felicidade em looping. E, sem darmos conta, começamos a comparar. A duvidar. A achar que a nossa vida é pouca. Que falta qualquer coisa. E nasce a ansiedade, a frustração. Corremos para todo o lado, mas sentimos que não chegamos a lado nenhum.Por isso, talvez devêssemos fazer menos scroll e mais pausas.Menos comparação e mais gratidão.Porque, às vezes, o que parece pouco… é tanto.Esperamos que tenham gostado desta conversa. Se acharem que este episodio pode ressoar com alguém, partilhem! Comentem e deixem o vosso feedback. Obrigada por estarem connosco.INSTAGRAM @avidaacontece.podcasthttp://instagram.com/avidaacontece.podcastQueremos agradecer ao Rodrigo e Filipe Pessoa Jorge por criarem a música do nosso podcast. Só se ouve uma pequena parte mas podem ver a jam session completa aqui http://youtu.be/8y57aAud__Iĺ

Perto de Deus | Rev. Tarzan Leão
#426 | CHAMADOS À SANTIDADE

Perto de Deus | Rev. Tarzan Leão

Play Episode Listen Later Jun 9, 2025 17:52


Dia 09, live 967 | momento devocional em 1Pedro 1.15-16“A semana em boa companhia”, leitura devocional da Bíblia apresentada no início da semana. | #jesuscristo #devocional #oraçãoChamados à Santidade | 1Pe 1.15-161. Deus chama2. O padrão é santo3. Vivemos em santidade

CEI DE CABO FRIO
A História da REDENÇÃO - Pr. Gil Pimentel

CEI DE CABO FRIO

Play Episode Listen Later Jun 9, 2025 40:19


Nesta mensagem, o Pr. Gil Pimentel, com o texto em João, capítulo 19, versículo 30, nos traz uma reflexão sobre a nossa história da redenção, o plano divino.A história da redenção é a narrativa central das Escrituras. Desde o Éden, quando o pecado entrou no mundo, a humanidade passou a viver sob a consequência da separação de Deus. Mas o amor divino não se resignou a isso. Deus, em Sua misericórdia, traçou um plano eterno para restaurar a comunhão quebrada: a redenção por meio de Jesus Cristo.No capítulo 19 de João, vemos o clímax desse plano. Jesus, já pregado na cruz, exausto, ferido e rejeitado, profere uma das frases mais poderosas de toda a história: “Está consumado”.Essa declaração não é um grito de derrota, mas um grito de vitória. Em grego, a palavra usada é "Tetelestai", que era usada no mundo antigo para indicar que uma dívida havia sido paga completamente. Ao dizer "Está consumado", Jesus estava anunciando que:A dívida do pecado foi paga por completo.O sacrifício exigido pela justiça divina foi plenamente satisfeito.As profecias do Antigo Testamento foram cumpridas.A separação entre Deus e o homem foi rompida pela cruz.A redenção da humanidade foi selada para sempre.Na cruz, Deus mostra tanto a seriedade do pecado quanto a profundidade de Seu amor. A justiça exigia punição, mas o amor providenciou um substituto: Cristo. Ele não apenas morreu por nós — Ele morreu em nosso lugar.Essa redenção não é parcial, condicional ou provisória. Jesus não deixou nada incompleto. Tudo o que era necessário para nossa salvação foi feito ali, naquele momento.Não precisamos mais tentar nos justificar diante de Deus. Jesus já o fez por nós.Não carregamos mais a culpa do passado. A cruz nos libera.Não estamos mais separados de Deus. Fomos reconciliados.Vivemos em resposta a essa graça. A vida cristã é uma expressão de gratidão.A história da redenção culmina em João 19:30, mas não termina ali. Ela continua em cada pessoa que crê nesse sacrifício, que entrega sua vida a Cristo e experimenta o poder libertador do “Está consumado.”A cruz não é apenas um símbolo de sofrimento — é o símbolo supremo da vitória de Deus sobre o pecado, a morte e o inferno.Hoje, você pode viver essa história. Porque em Cristo, a redenção já foi consumada.Se esta mensagem edificou a sua vida, curta e compartilhe com mais pessoas.Deus te abençoe!

Multiverse 5D
Catherine Fitts: Power Grids, Bankers vs. the West, Secret Underground Bases, and Extinction Events

Multiverse 5D

Play Episode Listen Later Jun 7, 2025 110:12


Catherine Fitts: Power Grids, Bankers vs. the West, Secret Underground Bases, and Extinction EventsWe live in times when trust in the traditional financial system is being put to the test. Centuries-old banks are facing silent collapses, national currencies are losing value, and ordinary citizens are beginning to question: are money as we know it on its last legs?In this episode of Multiverse 5D, we explore the signs of a possible systemic failure of banks and the accelerated advance of cryptocurrencies as a global alternative. What is behind bank failures in developed countries? Who really benefits from the transition to digital money? And more: do cryptos represent financial freedom or the beginning of a new global control?From the collapse of the fiat system to the digitization of currencies, we analyze future scenarios, dangers and promises. It is time to understand whether we are facing the end of an era or the birth of a new economic model.

Devocional Verdade para a Vida
Nós vivemos pela fé - Gálatas 2.20

Devocional Verdade para a Vida

Play Episode Listen Later Jun 7, 2025 1:51


Nós vivemos pela féEsse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. (Gálatas 2.20)A fé é uma adequação perfeita à futura graça de Deus. Ela corresponde à gratuidade e à suficiência da graça. E chama a atenção para a gloriosa confiabilidade de Deus.Uma das implicações importantes dessa conclusão é que a fé que justifica e a fé que santifica não são dois tipos diferentes de fé. “Santificar” significa simplesmente tornar santo ou transformar à semelhança de Cristo. É tudo pela graça.Logo, também deve ser por meio da fé. Pois a fé é o ato da alma que se conecta com a graça, a recebe, a canaliza como o poder da obediência e a guarda de ser anulada por meio da jactância humana.Paulo evidencia esta conexão entre fé e santificação em Gálatas 2.20 (“vivo pela fé”). A santificação é pelo Espírito e pela fé, que é outra maneira de dizer que é pela graça e pela fé. O Espírito é “o Espírito da graça” (Hebreus 10.29). O fato de Deus estar nos santificando é obra do seu Espírito; mas o Espírito opera através da fé no evangelho.A razão simples pela qual a fé que justifica é também a fé que santifica é que tanto a justificação quanto a santificação são obras da graça soberana. Elas não são o mesmo tipo de obra, mas ambas são obras da graça. Santificação e justificação são “graça sobre graça” (João 1.16).O corolário da livre graça é a fé. Se tanto a justificação quanto a santificação são obras da graça, é natural que ambas sejam por meio da fé

Pergunta Simples
Como Fazer Boas Perguntas?

Pergunta Simples

Play Episode Listen Later Jun 3, 2025 14:48


Há perguntas que mudam tudo. Mudam o rumo de uma conversa. Mudam uma decisão. Às vezes, mudam mesmo uma vida. A tua. Ou a de alguém que te ouviu perguntar no momento certo. Mas o que é, afinal, uma pergunta poderosa? Não é uma pergunta para parecer esperto. É uma pergunta que cria espaço. Espaço para o outro pensar. Para se ouvir. Para ver com mais nitidez. Vivemos rodeados de respostas apressadas, diagnósticos de bolso e certezas com prazo de validade de 30 segundos. Mas talvez o mais transformador — hoje mais do que nunca — seja isto: Fazer uma pergunta com verdadeira curiosidade. Hoje falo-te disso. Do poder da pergunta certa. De como se faz. E do que ganhamos quando deixamos de querer saber tudo — e começamos a querer entender melhor. O que é uma pergunta poderosa? Não é técnica. Não é estratégia. É uma forma de estar. É uma pergunta que não invade, não obriga, não empurra. É leve no gesto, mas profunda no efeito. Não tenta mostrar o que tu sabes. Tenta revelar o que o outro ainda não tinha visto. Ou o que talvez já soubesse — mas ainda não tinha dito em voz alta. E quase sempre… são perguntas simples. – O que é que ainda não foi dito? – O que te parece que te está a travar? – O que mudou, desde que começaste a pensar nisto? São perguntas que, quando bem feitas, não assustam. Desarmam. E o mais curioso é que não têm resposta imediata. Porque fazem pensar. Queres experimentar? Pensa numa decisão recente em que hesitaste. Agora, pergunta-te: “Se eu não tivesse medo… o que faria?” Fica aí. Vê o que aparece. Não forces. Só escuta. Este é o efeito de uma boa pergunta. Não resolve. Mas revela. E às vezes, é tudo o que precisamos. As perguntas que puxam por nós… e as que nos encolhem Já estiveste numa reunião onde alguém pergunta: “Porque é que ainda não trataste disto?” O ambiente muda. O corpo encolhe. A resposta encolhe. A conversa fecha. Agora imagina o mesmo momento, mas com outra pergunta: “O que te está a bloquear?” Ou: “O que é que ainda precisas para avançar com isto?” O conteúdo pode ser o mesmo. Mas o tom, o impacto e a disposição do outro… são totalmente diferentes. Há perguntas que abrem. E há perguntas que fecham. E depois, há aquelas perguntas que parecem neutras — mas são só julgamentos com ponto de interrogação no fim: “Não achas que devias ter feito diferente?” “Estás mesmo certo disso?” “Porque é que só falaste agora?” Estas perguntas não querem saber. Querem vencer. E quando sentimos isso, protegemo-nos. A pergunta poderosa, ao contrário, não exige resposta certa. Cria espaço para uma resposta verdadeira. Como se aprende a perguntar melhor? Como tudo o que importa: com prática. Fazer boas perguntas não é talento. É treino. É afinação. É como afinar o ouvido para a música. Ou o paladar para o vinho. Começa por escutar. Por reparar. E por parar de querer ter razão. Exercício simples: Escolhe uma conversa que vai acontecer esta semana — uma reunião, uma conversa difícil, um jantar. Prepara duas perguntas que gostavas de fazer. Só isso. Mas faz isto: – Escreve-as antes. – Lê-as em voz alta. – E pergunta a ti próprio: isto convida ou acusa? Se a pergunta for sincera — leva-a contigo. Se for uma opinião disfarçada de pergunta… deixa-a em casa. Outra prática que resulta bem: quando deres por ti prestes a dizer “eu acho que…” — trava. E tenta isto: “O que te faz pensar assim?” “Queres contar-me como chegaste a essa conclusão?” Ao fazer isso, estás a trocar julgamento por curiosidade. E a curiosidade é a argamassa de qualquer conversa que quer durar. A pausa como parte da pergunta Sabes o que quase ninguém faz? Esperar. Fazemos uma pergunta — e se o outro não responde em dois segundos, avançamos. Fazemos outra.

Josué Valandro Jr
CONSEGUIMOS SER ÍNTEGROS?

Josué Valandro Jr

Play Episode Listen Later Jun 2, 2025 43:01


Vivemos em um tempo em que as pessoas perdem o seu caminho de integridade. Somos testados constantemente, mas só conseguimos vencer as tentações da vida quando estamos conectados profundamente em Deus. Jesus é a chave para nos manter íntegros diante da angustia, dos aplausos, da traição, das ameaças, das tentações e até mesmo da morte!

Pensamentos, pitacos e poesias - Podcast com o Professor Samer Agi
O que a Apologia de Sócrates ensina sobre a cultura do cancelamento

Pensamentos, pitacos e poesias - Podcast com o Professor Samer Agi

Play Episode Listen Later Jun 2, 2025 28:02


Neste episódio, abro contigo as páginas de Apologia de Sócrates.Não pra dar aula. Mas pra pensar junto.Porque a verdade, às vezes, cobra caro. E Sócrates pagou com a vida.Talvez tenha sido o primeiro cancelado da história — não por mentir, mas por incomodar.Por pensar diferente. Por dizer o que ninguém queria ouvir.Hoje, o cenário mudou de roupa, mas não de essência.Vivemos tempos em que opinar com sinceridade pode custar caro.E a cultura do cancelamento se disfarça de justiça — quando, muitas vezes, é só medo travestido de virtude.Falo também sobre a relação com o trabalho.Será que o trabalho é a causa da vida que a gente leva... ou a consequência da vida que escolhemos viver?Se fizer sentido, se inscreve no canal. Aqui, a gente não cancela. A gente escuta. E pensa.Agora, deixa eu te fazer um convite:Nos dias 28 e 29 de junho, vai acontecer a Imersão Prática em Persuasão.Dois dias intensos, ao vivo, pra quem quer aprender a se comunicar com clareza, firmeza e impacto.Quer vencer o medo de falar?Quer ser ouvido com autoridade — no trabalho, nas ideias, na vida?Então garanta sua vaga.Te espero lá.

ECOTRIM CAST | AUTOCONHECIMENTO & ESPIRITUALIDADE
Como a Competitividade Sabota Sua Felicidade | Ecotrimcast com Marcello Cotrim

ECOTRIM CAST | AUTOCONHECIMENTO & ESPIRITUALIDADE

Play Episode Listen Later May 29, 2025 58:45


Vivemos em um mundo onde a competição é exaltada — mas será que ela realmente nos leva à realização? Neste episódio do ECOTRIMCAST, Marcello Cotrim aprofunda um dos maiores sabotadores da prosperidade: a competitividade.Com sua visão espiritualista e terapêutica, ele revela como a comparação constante alimenta sentimentos de inferioridade, gera ansiedade e nos afasta do amor-próprio e da plenitude. Você vai entender por que a verdadeira superação deve ser interna, conectada com seu próprio ritmo e valor.Aprenda a identificar se você está competindo por beleza, sucesso, espiritualidade ou até mesmo dentro da família — e como transformar esse padrão em cooperação, autoestima e leveza de viver.

Café Brasil Podcast
Café Brasil 980 - A mente colmeia - Não terceirize seu pensamento

Café Brasil Podcast

Play Episode Listen Later May 28, 2025 29:42


Vivemos conectados, mas... será que isso é bom? Neste episódio, você vai descobrir como o pensamento coletivo, potencializado pelas redes sociais, pode ser tanto uma força criadora quanto destruidora. A mente-colmeia faz com que pareça mais fácil seguir o grupo do que pensar por conta própria. Um alerta sobre os riscos de terceirizar o pensamento — e um convite para resgatar sua autonomia intelectual. O comentário do ouvinte é patrocinado pela Vinho 24 Horas. Já pensou em ter um negócio que funciona 24h, sem precisar de funcionários? Uma adega autônoma instalada no seu condomínio, com vinhos de qualidade, controle pelo celular e margem de 80%. Com apenas R$ 29.900, você inicia sua franquia e ainda ganha 100 garrafas de vinho. Acesse Vinho24.com.br e comece seu novo negócio! A Terra Desenvolvimento revoluciona a gestão agropecuária com métodos exclusivos e tecnologia inovadora, oferecendo acesso em tempo real aos dados da sua fazenda para estratégias eficientes. A equipe atua diretamente na execução, garantindo resultados. Para investidores, orienta na escolha das melhores atividades no agro. Com 25 anos de experiência, transforma propriedades em empreendimentos lucrativos e sustentáveis. Conheça mais em terradesenvolvimento.com.br. Inteligência a serviço do agro! ...................................................................................................................................................................

O Tricologista
Uma homenagem ao Esforço e ao Tempo - O Cuidado que Gera o Resultado

O Tricologista

Play Episode Listen Later May 28, 2025 18:47


Vivemos uma era que valoriza atalhos, mas a saúde — especialmente a capilar — exige tempo, escuta e disciplina. A queda de cabelo não é só um problema estético, é um sinal do corpo pedindo atenção. Cuidar dos cabelos é um ritual que envolve constância, presença e escolhas conscientes. O verdadeiro sentido do cuidado está no esforço, não na pressa.#saúdecapilar #tricologia #medicinaintegrativa #autocuidado #psicologiaanalítica #ciclosnaturais #disciplina #cuidadocomocorpo #tempoécura #cabeloscomsignificado

Inteligência para a sua vida
#1337: ALERTA! TEMPOS DE ENGANO CRESCENTE

Inteligência para a sua vida

Play Episode Listen Later May 20, 2025 12:37


Vivemos dias em que o engano se disfarça de verdade cada vez mais. Falsos cristos (salvadores), falsos profetas e até “boas intenções” podem confundir até os escolhidos — se possível fosse (Mateus 24:24).Neste vídeo, você vai descobrir: Como detectar um enganadorOs sinais sutis de falsos ensinamentosPor que você não deve terceirizar sua féAssista até o fim e fortaleça a sua fé com inteligência.

Donas da P@#$% Toda
#273 - O valor de continuar

Donas da P@#$% Toda

Play Episode Listen Later May 20, 2025 41:24


Resiliência se tornou um grande termo da moda. E foi por muito tempo intencionalmente usada pelo mercado de trabalho para dizer que tínhamos que seguir mesmo passando por necessidades e sem amparo social algum. Que as mulheres tinham que persistir em relacionamentos, mesmo quando a carga mental recaia infinitamente mais sobre elas.E aí, quando a corda puxa para um lado, também puxa do outro. Vivemos nos últimos anos um contra movimento: a percepção de que é mais fácil parar, mudar, sair, abandonar. O que é ótimo, porque fortaleceu a nossa sensação de liberdade e a necessidade de bancarmos nossas escolhas. Todos esses temas já foram muito discutidos nesses seis anos do Donas da P* Toda que comemoramos hoje. Nossa resiliência nas policrises, nosso desejo de mudar de trabalho. Falamos muito sobre amor e relacionamentos longos e também sobre separação. Sobre escolhas pra vida toda e sobre pequenos lutos. Então, para celebrar, decidimos falar sobre o valor de continuar. Não como uma obrigação ou um sofrimento, mas sobre quando, entre momentos de maior ou menor energia, decidimos permanecer em algo. ------------------APOIE O PODCAST! ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠www.apoia.se/donasdaptoda⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠-----O ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Donas da P* Toda⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ é um podcast independente. Produção, roteiro e apresentação: Larissa Guerra e Marina Melz. Edição e tratamento de áudio: Bruno Stolf. Todas as informações em ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠www.donasdaptoda.com.br⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ e ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@donasdaptoda⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠. Vamos conversar?Larissa Guerra: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@larissavguerra⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Marina Melz: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@marinamelz⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Bruno Stolf: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@brunostolf⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠

ONDEM Podcasts
MUNDO INTERNO #76: Parar de sofrer ou entender o sofrimento?

ONDEM Podcasts

Play Episode Listen Later May 19, 2025 40:02


Será que nossa sociedade está tentando sentir cada vez menos? Neste episódio, eu e Felipe Savietto conversamos sobre a crescente medicalização do sofrimento psíquico e o que ela pode estar dizendo sobre nosso tempo. Vivemos uma era em que o mal-estar parece precisar de um nome — um diagnóstico — e, tão logo ele é nomeado, vem a expectativa de um remédio que silencie o sintoma. Felipe propôs uma imagem potente: estaríamos atravessando um tempo de “harmonização facial das emoções”. Uma época em que se espera que estejamos sempre bem, emocionalmente simétricos, com afetos contidos e esteticamente regulados. Mas o que acontece com a subjetividade quando o ideal é não sofrer, não oscilar, não angustiar? Num mundo em que a informação e a desinformação circulam com a mesma rapidez, cresce a tendência de autodiagnóstico. Os sintomas — muitas vezes expressões legítimas do inconsciente — são rapidamente classificados como transtornos. E, sem espaço para escuta ou elaboração, a resposta imediata passa a ser o apagamento do sentir, por meio da medicação. Não se trata aqui de negar o valor e a importância dos diagnósticos e dos psicofármacos quando bem indicados. A reflexão que propomos é outra: o que revela essa urgência em calar o sintoma? O que perdemos quando deixamos de interrogar o sofrimento e passamos a vê-lo apenas como algo a ser eliminado?   Apresentação: Vanessa Gazetta e Felipe Savietto Edição e arte da vitrine : Anna HortaA Música de abertura/BG: Riddim - Text Me Records _ Jorge Hernandez Feed: http://onomedissoemundo.com/feed/podcast/ Instagram do Mundo Interno: @mundointernopsi — Booking — Reserve seu hotel pelo Booking.com. — Links — Mais sobre a vida emocional de quem vive fora no site Mundo Interno. Apoia.se do ONDEM Grupo do ONDEM no Facebook Você pode entrar em contato com a gente pelo Twitter, Instagram e Facebook. Para não perder nenhum episódio, assine o podcast no iTunes, no seu agregador de podcast preferido ou no Spotify. Para apoiar o ONDEM, acesse apoia.se/ondem e contribua com nosso projeto.

Consulta Aberta
Comer mal, dormir mal, viver em stress: vivemos todos em modo alarme de incêndio?

Consulta Aberta

Play Episode Listen Later May 19, 2025 21:36


Neste episódio da Consulta Aberta, Margarida Santos mergulha numa questão que afeta milhões de pessoas mas é muitas vezes banalizada: o stress. Com base na ciência, na prática clínica e na experiência pessoal, desmistifica o papel do stress como resposta natural e essencial do corpo, explicando por que motivo o cortisol (a hormona do stress) não é o vilão que pensamos. Mas quando o alarme interno não se desliga, os efeitos no corpo e na mente são profundos: insónia, problemas gastrointestinais, ansiedade, depressão e doenças cardiovasculares. Sem oferecer fórmulas mágicas mas com mudanças sustentáveis no estilo de vida, este é o primeiro de uma nova série de episódios do Consulta Aberta, da médica Margarida Santos.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Comunidade da Graça Itaquera (CG Itaquera)
O Poder do Coração Manso - Leandro Menezes

Comunidade da Graça Itaquera (CG Itaquera)

Play Episode Listen Later May 19, 2025 57:47


Vivemos num mundo onde vencer muitas vezes significa gritar mais alto, revidar rápido e mostrar força. Mas Jesus inverte essa lógica e declara: "Felizes são os mansos, porque herdarão a terra."Nesta mensagem transformadora, baseada em Mateus 5.5, você vai entender:✔️ O que é a verdadeira mansidão segundo a Bíblia✔️ Por que a mansidão é força sob controle, e não fraqueza✔️ Como cultivar um coração manso em um mundo agressivo✔️ E por que os mansos são os verdadeiros herdeiros da paz, da influência e do Reino de Deus----Mensagem ministrada no domingo (11/05 às 10h e as 18h) na CG Itaquera por Leandro Menezes (pr. líder da CG Itaquera)Para conhecer um pouco mais sobre nós acesse o link abaixo:

República de Ideias
#153 Conversas de Ateliê - Vivemos na sociedade dos algoritmos? #050

República de Ideias

Play Episode Listen Later May 19, 2025 44:22


Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê!Na mesa temos Bia Martins, Paulo Henrique Martins e Lucas Faial Soneghet. Nesse episódio conversamos sobre a influência dos algoritmos na sociedade.Numa definição mais simples, um algoritmo é uma sequência de instruções matemáticas usadas para resolver um problema ou performar um cálculo computacional. O que os torna complexos é a possibilidade de processamento de uma grande quantidade de dados. Ao submeter enormes volumes de dados a um processo pré-determinado de sequenciamento, é possível, por exemplo, sugerir um filme em um serviço de streaming com base no comportamento pregresso do usuário. As informações passadas, quando processadas automaticamente, se tornam uma base possível para prever estados de coisa futuros. Por outro lado, algoritmos podem ser usados simplesmente como substitutos para tarefas não complexas outrora realizadas por seres humanos, sem ter qualquer valor preditivo, ou como ferramentas para tarefas complexas que envolvem um grande volume de informação impossível de ser processado por pessoas.Ao longo das últimas duas décadas, esses processos de cálculo e computação automatizados passarem a permear diversos aspectos da vida social. Dos serviços de streaming e aplicativos em nossos celulares até governos e multinacionais, o algoritmo tornou-se uma ferramenta poderosa. O peso dos algoritmos levou alguns como Fourcade e Aneesh Aneesh a se perguntarem: estaríamos vivendo em uma “sociedade dos algoritmos” ou numa “algocracia”? O diagnóstico ecoa em alguns aspectos a “sociedade de controle” conceituada por Deleuze na década de 1990. Na sociedade de controle, os diferentes modos de controle compõem um sistema de geometria variável composto de estados metaestáveis e coexistentes de uma mesma modulação. Em contraste com a sociedade disciplinar, baseada no confinamento, na individualização e na distribuição no espaço, a sociedade de controle é centrada nas cifras, isto é, em senhas que marcam o acesso ou rejeição à informação, e composta de indivíduos “dividuais”, fragmentados em volumes de dados e redes que estão sujeitos ao monitoramento contínuo de suas mais sutis ondulações. Por um lado, a potência das soluções tecnológicas é inegável. Algoritmos e IAs podem ser usados no mapeamento de redes de transporte público, no tratamento de doenças e na facilitação de tarefas que exijam o processamento de enormes volumes de informação. Por outro lado, a automação de processos decisórios e o uso preditivo dessas tecnologias coloca dilemas importantes do ponto de vista de uma sociedade democrática e transparente. É preciso abrir o emaranhado das conexões humano-máquina que já compõem as atuais configurações socio-técnicas em que vivemos para que não sejam opacas ou aparentemente automáticas, mas suscetíveis a deliberações coletivas e bem orientadas.No segundo bloco, exclusivo para sócio-apoiadores, conversamos sobre a visita de Fernando Haddad às big techs e data centers nos EUA e sobre seu plano de atração de investimentos dessas empresas.Tópicos: Algoritmos; Tecnologia; Internet; Soberania Digital.Youtube: Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube!Clique no link para apoiar o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento. Você encontra as opções de apoio na página inicial do site, clicando em "Torne-se Sócio-Apoiador Aqui": https://ateliedehumanidades.com/

Sabedoria para o Coração
Tal Pai, Tal Filho: Lições da Fé de Abraão

Sabedoria para o Coração

Play Episode Listen Later May 15, 2025 27:23


Vivemos em uma cultura faminta por exemplos de caráter, coragem e fé. Em meio a celebridades sem virtude, os verdadeiros heróis são quase invisíveis. Mas Deus nos deu um exemplo digno de imitação: Abraão. Neste episódio, exploramos sete lições da vida de Abraão em Romanos 4 — lições que moldam nossa caminhada cristã. Aprenda por que a salvação não depende de quem você é, mas de quem você conhece. Descubra como a obediência, mesmo sem explicação, a fé em meio às dificuldades e a perseverança em decisões pequenas constroem uma vida que brilha. O desafio é claro: quer ser lembrado como uma pessoa de fé e coragem? Então viva como Abraão — confiando nas promessas de Deus, mesmo quando não vê o caminho à frente. Para mais ensinamentos bíblicos, visite nosso site: https://www.wisdomonline.org/?lang=Portuguese

Reportagem
Teatro brasileiro é homenageado no Festival de Avignon, o maior evento de artes cênicas do mundo

Reportagem

Play Episode Listen Later May 12, 2025 6:45


A escolha do Brasil como país "convidado de honra" do Festival Off de Avignon em 2025 marca, segundo Harold David, copresidente da associação que promove a mostra paralela, neste que é o maior evento de artes cênicas do planeta, "o início de uma colaboração de longo prazo entre a França e o Brasil". Em entrevista à RFI, David destaca que essa escolha é mais do que simbólica: segundo ele, trata-se de um "ponto de partida estratégico" que ele espera "perdurar no futuro". Onze companhias brasileiras farão parte da mostra paralela que em 2025 completa 59 anos, neste que é o maior evento de artes cênicas do mundo.Alguns nomes e peças dessa programação brasileira foram anunciados em evento na embaixada brasileira de Paris, como os espetáculos Selvageria, de Felipe Hirsch, História do Olho, de Janaina Leite e o coletivo Núcleo do Olho, além de Azira'I, de Zahy Tentehar. Eles se incluem numa extensa programação de 1.724 peças na oferta teatral de 2025, com a presença de 1347 companhias de teatro, francesas e estrangeiras. A expectativa, segundo a previsão da organização, é de vender mais de 6 milhões de ingressos. "Desde o começo da nossa conversa com a Funarte, a ideia era que essa presença brasileira não fosse um evento isolado, mas sim a base de uma cooperação contínua", afirma. O objetivo, segundo David, é criar uma "dinâmica recorrente", com "companhias brasileiras vindo regularmente a Avignon, impulsionadas pelo sucesso da primeira participação e pelo interesse do público francês"."Espero que, nos próximos anos, tenhamos 10, 12 companhias brasileiras todos os anos, que essa presença se torne natural", projeta. Ele vê nessa continuidade uma oportunidade não apenas de exposição para os artistas brasileiros, mas também de intercâmbio, com agentes culturais brasileiros descobrindo grupos franceses e levando-os de volta ao Brasil.Do lado brasileiro, a Funarte se declarou ativamente engajada na 59ª edição do Festival Off de Avignon, em 2025, conforme detalhou o produtor e representante da instituição brasileira Oswaldo Carvalho, que atua como ponto focal entre a instituição e a AF&C, a associação francesa de artistas que promove o evento paralelo. Para além do eixo Rio-São Paulo"A Funarte está apoiando a ida de 10 jovens atores, produtores e realizadores de teatro que vão participar de uma imersão num programa voltado exatamente pra isso — com jovens do mundo todo. Então a Funarte está apoiando essa participação com passagens aéreas, recursos pra estadia, tudo isso durante o festival", diz."Além disso, a gente também está colaborando com a organização, com a produção do festival, pra construir uma programação paralela que represente o Brasil também. Um exemplo disso é o Le Son du Off, no Village du Off — um espaço que apresenta shows e atividades ao longo de toda a programação do festival, oferecendo ao público momentos de convivência, de celebração mesmo. Lá tem música, tem apresentações, e a Funarte está participando também dessa parte da programação", conta."A presidenta [da Funarte] Maria Marighella sempre traz essa ideia, que eu considero muito importante, da 'ofensiva sensível'. Nosso teatro é múltiplo, tem muitas diversidades — especialmente as regionais. E é muito bacana ver que estão vindo espetáculos de fora do eixo Rio-São Paulo, o que consideramos importante", afirma Carvalho.Internacionalização e resistência culturalA proposta se insere na estratégia mais ampla do festival de promover a internacionalização das artes. "Queremos não apenas aumentar e diversificar a presença internacional no Off, mas também permitir que as companhias francesas circulem mais, que se exportem melhor", explica Harold David.Segundo o diretor, esse movimento de abertura tem um peso ainda mais relevante no contexto atual. "Vivemos uma época em que as fronteiras se fecham, o protecionismo se impõe. Eu, pessoalmente, acredito que isso é um beco sem saída para a humanidade", afirma. Para ele, os artistas e suas obras são veículos essenciais para lembrar que "o outro não é uma ameaça, mas uma riqueza a ser partilhada".O ator e diretor brasileiro Antônio Interlandi, radicado na França há mais de 30 anos, é uma figura central na colaboração cultural que este ano leva companhias teatrais do estado de Goiás ao Festival de Avignon. Com uma longa história de participação no festival, Interlandi agora atua como elo entre o evento e a cultura brasileira, especialmente a goiana, de onde ele vem.De Goiás para o mundo"Esta será a segunda vez este ano que trabalho colaborando com a secretária de Cultura do estado de Goiás, que tem uma política de financiamento de projetos culturais muito interessante, especialmente através da Lei Aldir Blanc", conta."Este ano, eles lançaram um edital que está permitindo a três companhias de teatro virem do estado de Goiás para o Festival de Avignon. Tudo isso já estava em andamento quando o festival decidiu que o Brasil seria o convidado de honra. Eles querem trazer ainda dois espetáculos do Festival de Avignon para se apresentarem em Goiás, promovendo essa troca", aponta o ator e diretor, que se apresenta este ano no Off de Avignon com o espetáculo musical La roue de la vie."Além disso, o Harold David me pediu para acompanhar, por exemplo, na semana que vem, um jornalista de uma revista importante aqui na França chamada Télérama. Ele é jornalista de teatro que vai encontrar quase a totalidade dessas companhias brasileiras em São Paulo, Recife e Goiânia, para, em seguida, produzir um encarte especial na revista que será lançado na ocasião do Festival de Avignon", revela Interlandi.Descobertas além do BrasilApesar do destaque ao Brasil, o festival também abrirá espaço para outras culturas menos representadas na cena francesa. "Vamos apresentar artistas do Cazaquistão, do Uzbequistão… regiões que são ainda mais abstratas para o público francês do que o Brasil", aponta o copresidente da associação que promove a mostra paralela. A circulação das obras, segundo Harold David, "permite a circulação de ideias" e contribui, inclusive, para a defesa da democracia: "É conhecendo outras realidades que conseguimos imaginar futuros diferentes para o nosso próprio país".Apoio aos artistas estrangeirosPara facilitar essa participação internacional, o Festival Off implementou dois programas de apoio. O primeiro é o WAM – World Professional Performing Art Meetings, voltado para jovens em início de carreira. “Dez jovens profissionais brasileiros virão este ano graças a uma parceria com a Funarte. Nós cobrimos hospedagem, alimentação e programação cultural e pedagógica em Avignon. Os voos internacionais ficam por conta dos parceiros locais”, explica David.O segundo programa, inédito em 2025, é o Off Grants, que oferece bolsas de até 2.000 euros para ajudar nas despesas de deslocamento de companhias estrangeiras. “Sabemos que o custo da viagem é uma das maiores barreiras, especialmente para quem vem de outros continentes. Queremos aliviar essa carga”, afirma. As bolsas cobrem até 50% dos custos e devem beneficiar entre 10 e 15 projetos este ano. "É um projeto-piloto, mas esperamos ampliá-lo no futuro."Como participarO formulário de inscrição para os programas será enviado diretamente às companhias estrangeiras. “O site do festival traz informações gerais, mas o processo de candidatura se dá por meio de um formulário que enviamos hoje para os grupos internacionais”, esclarece o diretor.O Festival Off fica em cartaz de 5 a 26 de julho em Avignon, no sul da França. 

TUTAMÉIA TV
Em encontro com Putin no Kremlin, Lula condena tarifas de Trump

TUTAMÉIA TV

Play Episode Listen Later May 12, 2025 67:21


TUTAMÉIA acompanha ao vivo primeiros momentos do encontro dos presidentes Lula e Putin no Kremlian, depois da grande parada militar e das cerimonias no marco dos 80 anos da vitoria da União Soviética sobre o nazismo.LULA disse: Vivemos em tempos muito difíceis. Muitas das coisas que acreditávamos que aconteceriam depois da Segunda Guerra Mundial, como o fortalecimento do multilateralismo, o fortalecimento da ONU, o crescimento do livre comércio, acreditávamos que essas coisas aconteceriam a longo prazo, para que houvesse garantias de paz no mundo. Mas, infelizmente, não vivemos nessa paz hoje.As decisões que foram tomadas e que foram expressas pelo Presidente dos Estados Unidos, a política tarifária para todos os países, enterram a questão do livre comércio, a questão do fortalecimento do multilateralismo e também enterram o respeito pelas nações livres, que não podemos esquecer.Minha visita hoje tem como objetivo fortalecer a construção da nossa parceria estratégica. O Brasil tem interesse político, cultural e comercial, e também temos interesse na Rússia em tecnologia e ciência. Da sua parte, também há muitos interesses no Brasil. Somos nações enormes, estamos em lados opostos do globo.Nós somos o Sul Global e agora temos a oportunidade de criar algo que fará nossos relacionamentos comerciais crescerem. Temos cerca de 12,5 bilhões de dólares [em volume de negócios] – um fluxo bastante deficitário para o Brasil. Mas vemos que há potencial de crescimento, e ele é muito grande. É por isso que estamos aqui.

Bispa Cléo Rossafa
Distração, o início da tragédia | Palavra de Vida e Fé

Bispa Cléo Rossafa

Play Episode Listen Later May 12, 2025 85:53


Reunião realizada Domingo 11 de Maio de 2025 Vivemos em um tempo em que a distração se tornou um dos maiores inimigos da vida espiritual. Somos constantemente bombardeados por informações, estímulos e entretenimento que nos afastam da presença de Deus e nos desviam do propósito para o qual fomos criados. Quando permitimos que essas distrações ocupem o centro da nossa atenção, acabamos nos esvaziando espiritualmente, perdendo a sensibilidade à voz de Deus e ao mover do Espírito. Aos poucos, o coração se torna frio, a mente se torna agitada, e a alma passa a vagar sem direção.É necessário coragem e discernimento para soltar tudo aquilo que nos tira do foco, inclusive o uso excessivo e vicioso do celular, que tem sido uma das principais ferramentas de distração nos dias de hoje. O tempo que antes poderia ser dedicado à oração, à meditação na Palavra e ao cultivo de uma vida íntima com o Senhor, agora é facilmente consumido por telas que não alimentam, apenas entretêm. Precisamos lutar contra esse mal, reconhecendo que cada minuto gasto longe de Deus é uma oportunidade perdida de crescer em fé, amor e verdade. O retorno ao propósito exige decisão, renúncia e um coração disposto a priorizar aquilo que é eterno.Acompanhe as minhas redes:

Soul Bela
EP 110 | E se não for menopausa? Não podemos jogar tudo na conta dela!

Soul Bela

Play Episode Listen Later May 9, 2025 35:10


Você está se sentindo diferente, mais cansada, ansiosa ou emocionalmente instável — e já concluiu que é “só a menopausa”? No episódio desta semana, vamos refletir sobre o perigo de atribuir todos os sintomas dessa fase da vida apenas às mudanças hormonais. Nem tudo que você sente é culpa da menopausa.Vivemos uma explosão de informações sobre perimenopausa, terapia hormonal e envelhecimento feminino, mas será que estamos esquecendo de investigar outras causas para nossos sintomas?Embora a perimenopausa seja uma transição real e desafiadora, ela não explica tudo. E se o que você está sentindo for algo além? Problemas na tireoide, deficiências nutricionais, sobrecarga de estresse e até condições mais sérias podem estar sendo negligenciados.Te convido a olhar com mais profundidade para a sua saúde, entender os sinais do seu corpo e assumir um papel ativo nesse processo. A terapia hormonal pode ser parte da solução, mas não substitui um cuidado completo, individualizado e consciente.Ouça agora e compartilhe com outras mulheres que também merecem essa conversa sincera. A saúde feminina precisa ser descomplicada, mas nunca superficial.Site do Podcast: https://isabelafortes.com.br/Episódios Relacionados:EP 60 | Despedaçada…Mas meus exames estão “normais” – Isabela FortesEP 63 | Quando começar a Terapia para menopausa e outras dúvidas hormonais – IsabelaFortesEP 28 | Opções NÃO hormonais para a menopausa: alternativas à Terapia Hormonal – Isabela FortesEP 23 | Será que é menopausa? Como saber se você está ou não no climatério? – Isabela FortesEP 86 | Desacelere a Mente: Técnicas para um Sono Transformador – Isabela FortesEP 02 | Hormônios Femininos: Como entender o ciclo que impacta todos os aspectos de nossas vidas mensalmente – Isabela Fortes     EP 18 | SOS HORMÔNIOS. PQP… O que está acontecendo comigo? – Isabela Fortes Instagram: https://www.instagram.com/fortes_isabela/

Horizontes: Reflexão e Devoção para vida
| FAMÍLIA CONTEMPORÂNEA e seus desafios! [Josué 24.15] - Pr. Timóteo

Horizontes: Reflexão e Devoção para vida

Play Episode Listen Later May 9, 2025 35:36


Você pode mudar o exterior de um lar, mas a menos que haja transformação das pessoas, nenhuma mudança será duradoura.Nós queremos mudar, queremos ter os nossos lares transformados, mas existem muitos desafios em nosso mundo que nos afastam da transformação que queremos viver. Quais os desafios para a Família Contemporânea?- O trabalho O cenário econômico global nos leva a rotinas de trabalho cada dia mais exaustivas. Trabalho excessivo nos afasta física e mentalmente das nossas famílias.- As tecnologias Quanto mais as tecnologias evoluem, mais dependemos das coisas, e mais confiamos nas coisas. Preenchemos o nosso vazio por relacionamento familiar com as mídias, os jogos, os filmes e séries.- Comparações As tecnologias nos possibilitam criar o álbum de fotos da família perfeita. Esse é um álbum incompleto, que só mostra aquilo que é mais atrativo. O que por sua vez acaba sendo um prato cheio para nossa mente, que por vezes se torna invejosa e quer se comparar com aquilo que vê.- Desintegração familiar Tem se tornado cada vez mais comum e corriqueiro famílias que simplesmente se desintegram.- Relativização da família Vivemos numa cultura que tenta redefinir o que é uma família.“O conceito de família não pertence à constituição, mas sim ao seu Criador.”Há um princípio que rege a família diante dos desafios neste mundo caído.“Agora, pois, temam o Senhor e o sirvam com integridade e com fidelidade. Joguem fora os deuses que os pais de vocês serviram do outro lado do Eufrates e no Egito e sirvam o Senhor. Mas, se vocês não quiserem servir o Senhor, escolham hoje a quem vão servir: se os deuses a quem os pais de vocês serviram do outro lado do Eufrates ou os deuses dos amorreus em cuja terra vocês estão morando. Eu e a minha casa serviremos o Senhor.”Josué 24.14-15O que nossas famílias precisam diante dos desafios contemporâneos?#igrejabatista #igrejanaoelugar #somosalife #familia #reflexão

Convidado
Domingos da Cruz: “A luta não violenta é o caminho mais adequado para Angola”

Convidado

Play Episode Listen Later May 7, 2025 13:26


O novo livro de Domingos da Cruz, "Ferramentas para Destruir o Ditador e Evitar Nova Ditadura", foi bloqueado no aeroporto de Luanda, em Angola, pelos serviços de segurança do Estado. Trata-se de uma versão mais radical da obra que levou à detenção dos 15+2 activistas em 2015 e que seria agora apresentada em Angola. Domingos da Cruz defende a desobediência civil como caminho para mudar Angola, critica a censura ao seu livro e denuncia a dependência da oposição ao regime. RFI: Como interpreta este bloqueio do seu livro no aeroporto por parte das autoridades angolanas? Estava à espera que isto acontecesse?Domingos da Cruz: Nunca esperei nada que fosse, digamos, de acordo com a lei, com a ética, com o que é normal numa sociedade onde aqueles que estão no poder agem de acordo com os interesses dos cidadãos. Portanto, eu esperava que isso acontecesse, até porque estamos perante uma atitude que revela coerência: é mais uma vez o regime a afirmar a sua própria natureza. Seria de uma grande ingenuidade esperar o contrário. Imagine que estivéssemos em Cuba ou na Coreia do Norte e se esperasse liberdade de imprensa, direito à manifestação, liberdade de pensamento, liberdade académica e científica, seria uma contradição. E o mesmo se aplica a Angola. Portanto, tudo o que fizeram revela tão somente a natureza do próprio regime. Para mim, é perfeitamente expectável.Gostaria de esclarecer que não falo com a imprensa sobre o assunto com a intenção de me apresentar como vítima ou de fazer qualquer denúncia. Não estou a denunciar absolutamente nada. Estou simplesmente a aproveitar a oportunidade que me é concedida para informar o que sucedeu. Se estivesse a denunciar, seria ingénuo e seria contraproducente, até porque ao longo de mais de três décadas se vão fazendo denúncias e nada melhora. Pelo contrário, o país só piora em quase todos os aspectos. Na realidade, quando se vive numa ditadura, num regime autoritário, a denúncia não funciona. O que se deve fazer é construir um plano estratégico de modo a remover a ditadura. Este é o caminho certo e não o caminho do vitimismo e da denúncia.Vamos falar disso e também do seu livro, mas antes pergunto-lhe: O que pretende ao disponibilizar o livro gratuitamente em PDF do seu livro e como é que esta decisão está a ser recebida pelo público?As pessoas estão satisfeitas pelo facto de eu ter disponibilizado o PDF. A razão que me levou a tomar esta decisão tem única e exclusivamente a ver com a minha pretensão de contribuir para esse processo de libertação, para que possamos sair do cativeiro. Eu acredito na força das ideias, na capacidade criativa e transformadora que as ideias têm. Espero que as pessoas adoptem as ideias e as pratiquem, porque me parece ser o caminho para a nossa libertação. E gostaria, mais uma vez, de aproveitar este momento para dizer que estamos numa sociedade onde, cada vez mais, a situação piora. Não vejo outro caminho que não seja, de facto, a mobilização popular para a transformação de Angola de uma ditadura para uma democracia.Essa mobilização é precisamente o que apresenta no seu livro, que inclui 168 técnicas de desobediência civil, baseadas no trabalho do intelectual e activista norte-americano Gene Sharp, considerado o maior teórico da resistência não violenta. Quais considera mais aplicáveis ao contexto actual de Angola e porquê?No contexto actual, parece-me que as técnicas de subversão do ponto de vista económico são adequadas, porque estamos num momento de grande crise, o que limita o regime financeiramente para comprar o maior número possível de pessoas, como tem sido prática. Se houver, por exemplo, indisponibilidade dos cidadãos para pagar impostos, para fazer depósitos bancários, se forem retirando o dinheiro dos bancos, isso aprofundará a crise e, de alguma maneira, limitará o regime na compra de pessoas. Essa é uma técnica perfeitamente adequada ao contexto actual.Por outro lado, as pessoas podem permanecer em casa, podem fazer abaixo-assinados, podem parar de colaborar com as instituições. Aqueles que trabalham em instituições públicas podem fingir que estão a trabalhar e não trabalharem. Tudo isso viabilizará o colapso das instituições e, perante esse colapso, chegará um momento em que as pessoas se levantarão em grande número, sem dúvida.Aproveito também para dizer que a diferença entre a edição que nos levou à prisão em 2015 e esta é que esta é uma edição crítica. Por edição crítica entende-se um texto comentado por vários pesquisadores. Temos o conteúdo da edição anterior, com algumas ideias novas, mas agora associado a comentários de vários estudiosos do Brasil, de Angola, de Moçambique, da Itália, que tornam o texto muito mais rico. Essa é a grande diferença entre a [edição] anterior e esta.Trata-se de uma reedição que acontece 10 anos depois daquela que talvez tenha sido a sua obra mais falada e conhecida, pelo menos em Angola.Sim, sim. Dez anos depois. Por acaso, não obedeceu a nenhum cálculo. Depois de tudo o que aconteceu, muitos já sabem, eu não tinha qualquer motivação para voltar ao livro. Mas, tendo em conta a degradação em que o regime se encontra e a situação geral do país, do ponto de vista económico e social, levou-me a pensar que é oportuno reeditar a obra. Ela afirma uma convicção profunda que tenho: acho que o caminho da luta não violenta, da desobediência civil, que sintetiza todas as técnicas que acabou de referir, parece-me ser efectivamente o caminho mais adequado para Angola.Se optássemos pela violência, de alguma forma estaríamos a contradizer a ética, por um lado, e a democracia que desejamos construir, por outro. Além disso, colocar-nos-íamos na mesma posição daqueles que estão no poder: seríamos todos violentos, do mesmo nível moral. Quem luta por uma democracia deve colocar-se numa posição de diferença, não só do ponto de vista ético, mas também discursivo. É óbvio que existem vários caminhos para a libertação, mas a violência colocar-nos-ia numa posição de grande desvantagem e haveria pouca possibilidade de vitória. Acho que a luta não violenta é o caminho mais adequado. Continuo a acreditar profundamente nisso, embora reconheça outras possibilidades.Domingos da Cruz, decorreram 10 anos desde o caso que levou à prisão dos 15+2 activistas, de que fez parte. Este julgamento terá sido provavelmente o mais mediático, ou um dos mais mediáticos, em Angola. O que mudou no país desde então? Considera que o actual regime de João Lourenço representa uma continuidade ou houve mudança em relação à repressão do tempo de José Eduardo dos Santos?Relativamente à repressão, houve continuidade, claramente. Não há dúvidas quanto a isso. Gostava de apresentar alguns exemplos simples. Tal como José Eduardo dos Santos fazia, qualquer tentativa de protesto é hoje reprimida pelo seu sucessor. E quando digo “seu sucessor”, baseio-me no que diz o nosso quadro legal. De acordo com a Constituição da República de Angola, o responsável pelos serviços de defesa e segurança é o Presidente da República. O ministro do Interior, da Defesa, os serviços secretos, todos agem a mando do Presidente. Aliás, temos uma das constituições que confere poderes excessivos ao Presidente.E não se trata apenas de reprimir. No caso de João Lourenço, ele aprofundou algo inédito: matar à luz do dia. Tivemos a morte de um activista numa manifestação em Luanda, por exemplo. E depois houve o caso das Lundas, onde foram assassinadas mais de 100 pessoas. Há um relatório publicado por organizações da sociedade civil angolana que descreve claramente esse drama.Falando de outros direitos; políticos, económicos e sociais, os indicadores mostram que a situação do país se degrada a cada dia. Houve também oportunidade para a sociedade civil fazer uma autocrítica e perceber que o método da denúncia é um erro, até mesmo do ponto de vista histórico. Imagine, na época colonial, se os nossos antepassados se limitassem a denunciar, provavelmente ainda estaríamos sob colonização. O que se deve fazer, na verdade, é tomar uma posição para pôr fim ao regime. E as técnicas de luta não violenta adequam-se perfeitamente para pôr fim ao nosso cativeiro. Mais de três décadas de denúncias não resolveram absolutamente nada. Os indicadores estão ali, quando se olha para os relatórios de instituições como as Nações Unidas, a Freedom House, Repórteres Sem Fronteiras, Mo Ibrahim Foundation, entre outras, todos demonstram que não saímos do mesmo lugar.Fala da sociedade civil e da oposição. Qual deve ser, a seu ver, o papel da oposição política, da sociedade civil e da juventude angolana na luta contra a repressão e na construção de uma democracia real?É preciso estabelecer uma diferença clara entre a oposição partidária e a luta cívica feita pela sociedade civil e pela juventude, como acaba de referir. A minha única esperança sincera está no povo. Primeiro, o povo deve tomar consciência de que está sozinho no mundo, literalmente abandonado. Vivemos num país com uma elite conectada ao capitalismo internacional, às grandes corporações, às potências ocidentais. É um regime que viabiliza a extração de recursos e beneficia o Ocidente.Internamente, o regime também beneficia a oposição partidária, o que significa que o povo é a única vítima disto tudo. A sociedade é que deve levantar-se. Não vejo um milímetro, não vejo um centímetro de esperança vindo da política partidária. Dou-lhe um exemplo simples: não conheço parte alguma do mundo onde se possa fazer oposição dependendo financeiramente do regime contra o qual se luta. A nossa lei dos partidos políticos confere financiamento vindo do Orçamento Geral do Estado aos partidos da oposição. E como, em Angola, o MPLA se confunde com o Estado, porque o capturou, significa que os partidos da oposição dependem literalmente do MPLA para sobreviverem. Para terem arroz e feijão na mesa, para cuidarem da sua saúde, para mandarem os filhos à escola ou comprarem um bilhete de avião, dependem do regime. Não é possível fazer oposição assim.Como dizia Thomas Sankara: quem te alimenta, controla-te, manipula-te. Por outro lado, temos uma oposição viciada, corrupta e envelhecida. Psicologicamente, não se pode esperar muito de velhos. Não é dos velhos que virá a revolução.

Em directo da redacção
Domingos da Cruz: “A luta não violenta é o caminho mais adequado para Angola”

Em directo da redacção

Play Episode Listen Later May 7, 2025 13:26


O novo livro de Domingos da Cruz, "Ferramentas para Destruir o Ditador e Evitar Nova Ditadura", foi bloqueado no aeroporto de Luanda, em Angola, pelos serviços de segurança do Estado. Trata-se de uma versão mais radical da obra que levou à detenção dos 15+2 activistas em 2015 e que seria agora apresentada em Angola. Domingos da Cruz defende a desobediência civil como caminho para mudar Angola, critica a censura ao seu livro e denuncia a dependência da oposição ao regime. RFI: Como interpreta este bloqueio do seu livro no aeroporto por parte das autoridades angolanas? Estava à espera que isto acontecesse?Domingos da Cruz: Nunca esperei nada que fosse, digamos, de acordo com a lei, com a ética, com o que é normal numa sociedade onde aqueles que estão no poder agem de acordo com os interesses dos cidadãos. Portanto, eu esperava que isso acontecesse, até porque estamos perante uma atitude que revela coerência: é mais uma vez o regime a afirmar a sua própria natureza. Seria de uma grande ingenuidade esperar o contrário. Imagine que estivéssemos em Cuba ou na Coreia do Norte e se esperasse liberdade de imprensa, direito à manifestação, liberdade de pensamento, liberdade académica e científica, seria uma contradição. E o mesmo se aplica a Angola. Portanto, tudo o que fizeram revela tão somente a natureza do próprio regime. Para mim, é perfeitamente expectável.Gostaria de esclarecer que não falo com a imprensa sobre o assunto com a intenção de me apresentar como vítima ou de fazer qualquer denúncia. Não estou a denunciar absolutamente nada. Estou simplesmente a aproveitar a oportunidade que me é concedida para informar o que sucedeu. Se estivesse a denunciar, seria ingénuo e seria contraproducente, até porque ao longo de mais de três décadas se vão fazendo denúncias e nada melhora. Pelo contrário, o país só piora em quase todos os aspectos. Na realidade, quando se vive numa ditadura, num regime autoritário, a denúncia não funciona. O que se deve fazer é construir um plano estratégico de modo a remover a ditadura. Este é o caminho certo e não o caminho do vitimismo e da denúncia.Vamos falar disso e também do seu livro, mas antes pergunto-lhe: O que pretende ao disponibilizar o livro gratuitamente em PDF do seu livro e como é que esta decisão está a ser recebida pelo público?As pessoas estão satisfeitas pelo facto de eu ter disponibilizado o PDF. A razão que me levou a tomar esta decisão tem única e exclusivamente a ver com a minha pretensão de contribuir para esse processo de libertação, para que possamos sair do cativeiro. Eu acredito na força das ideias, na capacidade criativa e transformadora que as ideias têm. Espero que as pessoas adoptem as ideias e as pratiquem, porque me parece ser o caminho para a nossa libertação. E gostaria, mais uma vez, de aproveitar este momento para dizer que estamos numa sociedade onde, cada vez mais, a situação piora. Não vejo outro caminho que não seja, de facto, a mobilização popular para a transformação de Angola de uma ditadura para uma democracia.Essa mobilização é precisamente o que apresenta no seu livro, que inclui 168 técnicas de desobediência civil, baseadas no trabalho do intelectual e activista norte-americano Gene Sharp, considerado o maior teórico da resistência não violenta. Quais considera mais aplicáveis ao contexto actual de Angola e porquê?No contexto actual, parece-me que as técnicas de subversão do ponto de vista económico são adequadas, porque estamos num momento de grande crise, o que limita o regime financeiramente para comprar o maior número possível de pessoas, como tem sido prática. Se houver, por exemplo, indisponibilidade dos cidadãos para pagar impostos, para fazer depósitos bancários, se forem retirando o dinheiro dos bancos, isso aprofundará a crise e, de alguma maneira, limitará o regime na compra de pessoas. Essa é uma técnica perfeitamente adequada ao contexto actual.Por outro lado, as pessoas podem permanecer em casa, podem fazer abaixo-assinados, podem parar de colaborar com as instituições. Aqueles que trabalham em instituições públicas podem fingir que estão a trabalhar e não trabalharem. Tudo isso viabilizará o colapso das instituições e, perante esse colapso, chegará um momento em que as pessoas se levantarão em grande número, sem dúvida.Aproveito também para dizer que a diferença entre a edição que nos levou à prisão em 2015 e esta é que esta é uma edição crítica. Por edição crítica entende-se um texto comentado por vários pesquisadores. Temos o conteúdo da edição anterior, com algumas ideias novas, mas agora associado a comentários de vários estudiosos do Brasil, de Angola, de Moçambique, da Itália, que tornam o texto muito mais rico. Essa é a grande diferença entre a [edição] anterior e esta.Trata-se de uma reedição que acontece 10 anos depois daquela que talvez tenha sido a sua obra mais falada e conhecida, pelo menos em Angola.Sim, sim. Dez anos depois. Por acaso, não obedeceu a nenhum cálculo. Depois de tudo o que aconteceu, muitos já sabem, eu não tinha qualquer motivação para voltar ao livro. Mas, tendo em conta a degradação em que o regime se encontra e a situação geral do país, do ponto de vista económico e social, levou-me a pensar que é oportuno reeditar a obra. Ela afirma uma convicção profunda que tenho: acho que o caminho da luta não violenta, da desobediência civil, que sintetiza todas as técnicas que acabou de referir, parece-me ser efectivamente o caminho mais adequado para Angola.Se optássemos pela violência, de alguma forma estaríamos a contradizer a ética, por um lado, e a democracia que desejamos construir, por outro. Além disso, colocar-nos-íamos na mesma posição daqueles que estão no poder: seríamos todos violentos, do mesmo nível moral. Quem luta por uma democracia deve colocar-se numa posição de diferença, não só do ponto de vista ético, mas também discursivo. É óbvio que existem vários caminhos para a libertação, mas a violência colocar-nos-ia numa posição de grande desvantagem e haveria pouca possibilidade de vitória. Acho que a luta não violenta é o caminho mais adequado. Continuo a acreditar profundamente nisso, embora reconheça outras possibilidades.Domingos da Cruz, decorreram 10 anos desde o caso que levou à prisão dos 15+2 activistas, de que fez parte. Este julgamento terá sido provavelmente o mais mediático, ou um dos mais mediáticos, em Angola. O que mudou no país desde então? Considera que o actual regime de João Lourenço representa uma continuidade ou houve mudança em relação à repressão do tempo de José Eduardo dos Santos?Relativamente à repressão, houve continuidade, claramente. Não há dúvidas quanto a isso. Gostava de apresentar alguns exemplos simples. Tal como José Eduardo dos Santos fazia, qualquer tentativa de protesto é hoje reprimida pelo seu sucessor. E quando digo “seu sucessor”, baseio-me no que diz o nosso quadro legal. De acordo com a Constituição da República de Angola, o responsável pelos serviços de defesa e segurança é o Presidente da República. O ministro do Interior, da Defesa, os serviços secretos, todos agem a mando do Presidente. Aliás, temos uma das constituições que confere poderes excessivos ao Presidente.E não se trata apenas de reprimir. No caso de João Lourenço, ele aprofundou algo inédito: matar à luz do dia. Tivemos a morte de um activista numa manifestação em Luanda, por exemplo. E depois houve o caso das Lundas, onde foram assassinadas mais de 100 pessoas. Há um relatório publicado por organizações da sociedade civil angolana que descreve claramente esse drama.Falando de outros direitos; políticos, económicos e sociais, os indicadores mostram que a situação do país se degrada a cada dia. Houve também oportunidade para a sociedade civil fazer uma autocrítica e perceber que o método da denúncia é um erro, até mesmo do ponto de vista histórico. Imagine, na época colonial, se os nossos antepassados se limitassem a denunciar, provavelmente ainda estaríamos sob colonização. O que se deve fazer, na verdade, é tomar uma posição para pôr fim ao regime. E as técnicas de luta não violenta adequam-se perfeitamente para pôr fim ao nosso cativeiro. Mais de três décadas de denúncias não resolveram absolutamente nada. Os indicadores estão ali, quando se olha para os relatórios de instituições como as Nações Unidas, a Freedom House, Repórteres Sem Fronteiras, Mo Ibrahim Foundation, entre outras, todos demonstram que não saímos do mesmo lugar.Fala da sociedade civil e da oposição. Qual deve ser, a seu ver, o papel da oposição política, da sociedade civil e da juventude angolana na luta contra a repressão e na construção de uma democracia real?É preciso estabelecer uma diferença clara entre a oposição partidária e a luta cívica feita pela sociedade civil e pela juventude, como acaba de referir. A minha única esperança sincera está no povo. Primeiro, o povo deve tomar consciência de que está sozinho no mundo, literalmente abandonado. Vivemos num país com uma elite conectada ao capitalismo internacional, às grandes corporações, às potências ocidentais. É um regime que viabiliza a extração de recursos e beneficia o Ocidente.Internamente, o regime também beneficia a oposição partidária, o que significa que o povo é a única vítima disto tudo. A sociedade é que deve levantar-se. Não vejo um milímetro, não vejo um centímetro de esperança vindo da política partidária. Dou-lhe um exemplo simples: não conheço parte alguma do mundo onde se possa fazer oposição dependendo financeiramente do regime contra o qual se luta. A nossa lei dos partidos políticos confere financiamento vindo do Orçamento Geral do Estado aos partidos da oposição. E como, em Angola, o MPLA se confunde com o Estado, porque o capturou, significa que os partidos da oposição dependem literalmente do MPLA para sobreviverem. Para terem arroz e feijão na mesa, para cuidarem da sua saúde, para mandarem os filhos à escola ou comprarem um bilhete de avião, dependem do regime. Não é possível fazer oposição assim.Como dizia Thomas Sankara: quem te alimenta, controla-te, manipula-te. Por outro lado, temos uma oposição viciada, corrupta e envelhecida. Psicologicamente, não se pode esperar muito de velhos. Não é dos velhos que virá a revolução.

Convidado Extra
Teatro musical: "Vivemos às custas das salas que nos são dadas"

Convidado Extra

Play Episode Listen Later May 6, 2025 33:02


Sissi Martins e Ruben Madureira contam que a paixão por cantar e pelo teatro vem desde o início das suas vidas. O casal admite que atualmente há mais pessoas formadas para fazer teatro musical.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Somos Luzeiro
#258 - Na Mesa Com Jesus: Sua Tristeza Se Transformará Em Alegria - João Eduardo Lima

Somos Luzeiro

Play Episode Listen Later May 5, 2025 46:10


Como você lida com o sofrimento? Vivemos em um mundo que tenta esconder a dor a qualquer custo — anestesiando com distrações, correria ou até usando a espiritualidade para evitar lidar com ela. Mas como devemos, de fato, enfrentar a tristeza?Nessa conversa íntima antes da cruz, Jesus mostra que a verdadeira alegria nasce do encontro com Ele — o Jesus vivo, ressuscitado. Essa alegria não depende das circunstâncias, ela pode caminhar junto com a dor, e ninguém pode tirá-la de você. Se você já se perguntou se Deus se importa com a sua dor ou se é possível ter paz mesmo em meio às lutas, essa mensagem pode falar ao seu coração. Ouça no nosso podcast ou no YouTube e descubra como a tristeza pode ser o solo onde a alegria floresce.VEM COM A GENTE!O vídeo dessa mensagem está disponível também no nosso canal do Youtube: https://youtu.be/2RSP7-Z-CF0Para acompanhar tudo o que está acontecendo no Luzeiro, acesse nosso site! https://somosluzeiro.com.brSe quiser contribuir com a gente, a chave PIX é contato@somosluzeiro.com.br, e os outros dados para contribuições estão disponíveis neste link: https://qrfacil.me/QCl5ZuEZ #somosluzeiro

Arauto Repórter UNISC
O privilégio de escolher

Arauto Repórter UNISC

Play Episode Listen Later May 2, 2025 4:00


Vivemos numa era de possibilidades infinitas. E isso, por mais incrível que pareça, também pode ser cansativo. Hoje temos acesso a tanta coisa — informação, escolhas, caminhos — que até decidir o que assistir numa noite comum pode virar um dilema.Somos uma geração presenteada com o privilégio da escolha. Mas esse presente, às vezes, vem embrulhado em ansiedade. Porque quando tudo está ao alcance, a sensação de nunca estar escolhendo o suficiente pode se tornar um peso.A gente vive como se estivesse num grande bufê: prato na mão, olhando em volta, com medo de errar na escolha — ou de perder algo melhor que ainda nem vimos. Essa inquietação nos prende. E de forma sutil, muitas vezes sem perceber, vamos nos sentindo estagnados.Mas aqui vai um lembrete gentil: escolher é um ato de coragem. E também de aceitação. É reconhecer que, sim, ao dizer "sim" para um caminho, a gente diz "não" para outros. E tudo bem. Isso não é perda, é foco.A felicidade não está em experimentar tudo. Está em viver com presença aquilo que escolhemos. Está em saborear o café enquanto ele ainda está quente. Em confiar que a nossa escolha tem valor — e que não é preciso espiar o prato do vizinho pra saber disso.No fim das contas, o mais forte não é quem tem mais opções, mas quem tem clareza sobre o que quer viver e a serenidade de sustentar essa escolha.Então, respira fundo, fecha o cardápio por um instante, e escuta a sua vontade genuína. Faça o seu pedido. Porque o arroz com feijão, quando feito com carinho, pode ser exatamente o que alimenta a alma.

Assunto Nosso
O privilégio de escolher

Assunto Nosso

Play Episode Listen Later May 2, 2025 4:00


Vivemos numa era de possibilidades infinitas. E isso, por mais incrível que pareça, também pode ser cansativo. Hoje temos acesso a tanta coisa — informação, escolhas, caminhos — que até decidir o que assistir numa noite comum pode virar um dilema.Somos uma geração presenteada com o privilégio da escolha. Mas esse presente, às vezes, vem embrulhado em ansiedade. Porque quando tudo está ao alcance, a sensação de nunca estar escolhendo o suficiente pode se tornar um peso.A gente vive como se estivesse num grande bufê: prato na mão, olhando em volta, com medo de errar na escolha — ou de perder algo melhor que ainda nem vimos. Essa inquietação nos prende. E de forma sutil, muitas vezes sem perceber, vamos nos sentindo estagnados.Mas aqui vai um lembrete gentil: escolher é um ato de coragem. E também de aceitação. É reconhecer que, sim, ao dizer "sim" para um caminho, a gente diz "não" para outros. E tudo bem. Isso não é perda, é foco.A felicidade não está em experimentar tudo. Está em viver com presença aquilo que escolhemos. Está em saborear o café enquanto ele ainda está quente. Em confiar que a nossa escolha tem valor — e que não é preciso espiar o prato do vizinho pra saber disso.No fim das contas, o mais forte não é quem tem mais opções, mas quem tem clareza sobre o que quer viver e a serenidade de sustentar essa escolha.Então, respira fundo, fecha o cardápio por um instante, e escuta a sua vontade genuína. Faça o seu pedido. Porque o arroz com feijão, quando feito com carinho, pode ser exatamente o que alimenta a alma.

velho amigo
como vivemos o APAGÃO? | velho amigo #60

velho amigo

Play Episode Listen Later Apr 30, 2025 26:13


Conteúdos exclusivos em:⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠http://www.patreon.com/VelhoAmigo

Contas do Dia
Que lições podemos retirar desde já do apagão que vivemos?

Contas do Dia

Play Episode Listen Later Apr 29, 2025 2:58


Ontem Portugal, Espanha, e outros países da Europa, ficaram sem eletricidade e comunicações. O que mudou a vida das pessoas. Análise de Helena Garrido.

Pastor Marcos Auad
COMO TER LIBERDADE EM TEMPOS DE CONFINAMENTO

Pastor Marcos Auad

Play Episode Listen Later Apr 28, 2025 29:54


Vivemos tempos de pressão, medo e incertezas. Mas a verdadeira liberdade que Jesus oferece não depende das circunstâncias ao nosso redor — ela é interior, firme e eterna.Nesta mensagem, compartilho uma palavra baseada na Bíblia sobre como viver em liberdade mesmo nos dias mais difíceis. Se você tem se sentido preso, sobrecarregado ou sem direção, essa pregação é pra você.

Mensagens da Graça de Deus
A32MOD64_20250423 - Livres da Condenação

Mensagens da Graça de Deus

Play Episode Listen Later Apr 24, 2025 44:34


Tema – Livres da Condenação. Quarta-feira – 23/04/2025 Pregador : Ap. Miguel Ângelo Neste poderoso sermão, o Ap. Miguel Ângelo revela com clareza o valor eterno da cruz e a superioridade do novo pacto em Cristo. Ele ensina que a salvação não é resultado de esforço humano, mas fruto do sacrifício consumado de Jesus. A cruz não foi derrota — foi a chave da nossa liberdade, a revelação da graça e o fim da condenação. Vivemos hoje no tempo da nova aliança, onde não há mais sacrifícios, ritos ou fardos da lei. O Espírito testifica que somos filhos de Deus, selados e herdeiros de promessas eternas. A fé não se baseia em sentimentos, mas em convicção espiritual fundamentada na Palavra. O Apóstolo também alerta sobre os falsos evangelhos que tentam misturar lei e graça, trazendo confusão e medo. A verdadeira fé gera firmeza, identidade e um testemunho vivo da glória de Cristo em nós. Não somos mais escravos. Somos livres, justificados e chamados a viver como cartas vivas do Senhor. Aula 32 Módulo – 64 Seminário: Construindo uma casa sobre a Rocha

Pastor Marcos Auad
Como reagir em tempos difíceis?

Pastor Marcos Auad

Play Episode Listen Later Apr 18, 2025 26:15


Vivemos dias de incertezas, dores e tribulações — mas a Bíblia nos ensina que mesmo em meio às tempestades, Deus continua no controle. Nesta mensagem, compartilho uma palavra de fé, esperança e encorajamento para você que está enfrentando momentos difíceis.

IB Atitude
Buscai primeiro o Reino de Deus | Pr. Efraym Silva

IB Atitude

Play Episode Listen Later Apr 17, 2025 39:50


Será que Deus tem sido o primeiro em sua vida? Mateus 6:33 indica que tudo lhe será acrescentado mediante sua prioridade às coisas de Deus. Vivemos uma geração de ansiosos que não sabem esperar as coisas em seu devido tempo.

Inteligência para a sua vida
#1321: AVISEI - O APROPRIADO ESBARRA NO INAPROPRIADO O TEMPO TODO

Inteligência para a sua vida

Play Episode Listen Later Apr 16, 2025 11:46


O que é certo? O que é errado? Quem define os limites?A verdade é que o apropriado faz fronteira com o inapropriado, e se você não tiver um mapa claro — com valores e princípios definidos por Deus — vai acabar perdido, seguindo ideias distorcidas que o mundo apresenta como "verdades".Vivemos uma era em que muitos se afastaram de Deus, inverteram os papéis e confundiram liberdade com desordem.O certo virou errado.O errado virou certo.E o resultado? Um mundo desorientado.Compartilhe com alguém que precisa dessa reflexão hoje e não esqueça de deixar o seu like!

Pastor Marcos Auad
Os 4 tipos de coração

Pastor Marcos Auad

Play Episode Listen Later Apr 16, 2025 52:34


Vivemos em uma geração que valoriza o exterior — aparência, estilo, status — mas que muitas vezes negligencia o interior. Corações feridos, cheios de mágoas, lembranças dolorosas e ressentimentos são escondidos atrás de sorrisos e filtros.A Palavra de Deus continua sendo semeada, mas será que estamos realmente deixando essa semente criar raízes?Aqui, você vai entender a importância de cuidar do coração, porque é nele que está a base da vida. Deus olha além da aparência — Ele vê o que está dentro. Ouça, reflita e permita que essa mensagem alcance o seu interior.

Juliana Goes Podcast
119. Seja prioridade | Saia do modo sobrevivência e viva com presença | Juliana Goes Podcast

Juliana Goes Podcast

Play Episode Listen Later Apr 14, 2025 21:55


Você é o seu maior ativo. Mas será que tem se tratado como tal?Vivemos em uma cultura que glorifica a produtividade e normaliza o cansaço. Mas até quando vamos aceitar viver no modo de sobrevivência, ignorando nossas necessidades mais básicas em nome de entregas constantes?Neste episódio, trago uma conversa necessária sobre o que significa se colocar na própria agenda. Falo sobre o autocuidado como base da liderança pessoal, sobre a importância de parar — mesmo estando apaixonada pelo que se faz — e sobre a prática do mindfulness como ferramenta para resgatar presença, clareza e alegria no dia a dia.Se você sente que tem vivido no automático, abrindo mão de si em nome de todos os outros papéis que exerce, esse episódio é um convite para se reconectar com quem você é — sem culpa, sem cobrança, com mais gentileza e consciência.

Mensagens da Graça de Deus
A29MOD64_20250413 - Crer para ver

Mensagens da Graça de Deus

Play Episode Listen Later Apr 13, 2025 70:07


Tema Crer para ver. Domingo – 13/04/2025 Pregador: Ap. Miguel Ângelo Nesta mensagem poderosa, o Apóstolo Miguel Ângelo proclama com firmeza que a cruz não é um símbolo, mas o lugar onde tudo foi consumado. Ele confronta as distorções da religiosidade que tentam reconstruir o véu que Deus já rasgou, impondo culpa, medo e sacrifícios humanos onde Cristo já trouxe perdão, reconciliação e paz. O Apóstolo ensina que somos uma nova criação, libertos do domínio da carne, do pecado e da velha natureza. Não somos mais devedores da Lei, mas filhos da graça, herdeiros de promessas eternas. Vivemos pela fé, guiados pelo Espírito, e não por sentimentos ou tradições. Nossa identidade está em Cristo — e essa revelação precisa ser confessada, crida e vivida com ousadia. 🙌 “A cruz não deixou nada inacabado. Está consumado. Você é livre, perdoado e selado para sempre em Cristo!” Aula 29 Módulo – 64 Seminário: Construindo uma casa sobre a Rocha

Sabedoria para o Coração
O Outro Lado de Deus – A Realidade da Ira Divina

Sabedoria para o Coração

Play Episode Listen Later Mar 17, 2025 29:26


Deus é amor, mas Ele também é justo. Em Romanos 1:18, o apóstolo Paulo nos apresenta um lado de Deus que muitos preferem ignorar: Sua ira contra o pecado. Vivemos em um tempo em que a ideia de um Deus irado é impopular, mas a Bíblia é clara – a justiça de Deus exige que Ele responda ao pecado com santidade e julgamento.Neste episódio, exploramos por que a ira de Deus é um atributo tão real quanto Seu amor e como essa verdade impacta nossa compreensão do evangelho. Ignorar a ira de Deus não a torna menos verdadeira, mas compreendê-la nos leva a valorizar ainda mais a graça e a misericórdia oferecidas por meio de Cristo. Se você deseja conhecer Deus por completo e entender a seriedade do pecado e da redenção, este episódio é essencial. Para mais ensinamentos bíblicos, visite nosso site: https://www.wisdomonline.org/?lang=Portuguese

Boa Noite Internet
Fantasia de carnaval

Boa Noite Internet

Play Episode Listen Later Feb 28, 2025 15:44


No ano em que cada mês parece ter 3000 dias, chegou o carnaval. Exceto nos lugares que já têm blocos e festas desde a virada do ano. Quem sou eu para julgar? Esse é o assunto de hoje, mas antes…Recadinhos➡ Estou publicando cris dicas em geral — mas normalmente livros — no meu canal do Instagram e no site crisdicas.com.br. Algumas indicações podem ter link de afiliados para eu ganhar uma comissão, mas todas são sinceras.➡ Não se esquece do nosso Discord, o melhor canto da Internet. O mais novo canal é o #comidinhas, onde o Robinho Bravo meio que ressuscitou o Coisas da Rua e todo mundo dá dicas de restaurantes e receitas.➡ Amanhã começa a nova fase do Clube de Cultura do Boa Noite Internet, com o livro Nação Dopamina.➡ Depois do carnaval, vou abrir a nova turma do Apresentashow, meu curso ao vivo que vai te ensinar a fazer apresentações no trabalho que são um espetáculo. Já deixa seu e-mail na lista de espera para ficar sabendo antes de todo mundo. Como sempre faço, vou dar sessões de mentoria grátis para as primeiras 10 pessoas que se matricularem.O Boa Noite Internet é uma publicação apoiada pelos leitores. Para receber novos posts e apoiar meu trabalho, cadastre-se em uma assinatura gratuita ou paga.Qual vai ser sua fantasia de carnaval?Quando eu era criança, eu tinha uma boa relação com o carnaval — tirando a parte de que meu aniversário muitas vezes era “atrapalhado” pela data. Porque… né? Carnaval! Verão, música, todo mundo alegre. Tentar ficar acordado para ver os desfiles na Globo, ser mandado pro quarto quando começavam as transmissões dos bailes de clube. Ir nas versões infantis destes bailes fantasiado de policial americano. Fora que a semana de carnaval era mais uma desculpa para ir encontrar a primalhada em Miguel Pereira e só curtir a vida mágica dos anos 1970 e 80.Na adolescência, me achei O Inteligentão quando entendi a conexão entre carnaval e quaresma. Não era a páscoa que vinha 40 dias depois do carnaval, mas o carnaval que acontecia 40 dias antes da páscoa. A festa era a despedida dos prazeres antes do período de abstinência radical. Foi assim que virei o adolescente chato que dizia: “Sabia que o carnaval é uma festa religiosa?” Já sou palestrinha desde cedo, como vocês podem ver.Até que, não tem tanto tempo assim, entendi que o carnaval não é só uma despedida da farra antes do jejum, é mais que a famosa “festa de Baco”. É um momento em que estamos autorizados a experimentar identidades diferentes das dos outros 360 dias do ano. De deixar de “ser” para somente “estar”.Sempre me chamou a atenção a contradição de o mesmo homem que seria considerado menos masculino (a maior desgraça possível na nossa sociedade) por usar uma camiseta rosa no trabalho poder sair de Sabrina Sato completa no bloco e ninguém questionar. Na quarta-feira, a fantasia volta para o armário (ou direto pro lixo), assim como a mudança. O que aconteceu no carnaval, acaba no carnaval.Ou uma pessoa com quem me relacionei no século passado, que hoje entendo que era uma das figuras mais conservadoras que já conheci. Mas que contava com orgulho como adorava sair em trio elétrico cheirando loló e competindo com as amigas pra ver quem beijava mais. E tudo bem, não havia conflito nem hipocrisia. É só carnaval.O carnaval não é só a festa da bebida ou da pegação — mas se quiser, pode. É o festival do “viva outras vidas”, materializado nas fantasias, só que muito mais do que “eu sou o Superomi”.Essa ideia de troca de papéis é antiga. Em Roma, séculos antes de Cristo, a Saturnália já promovia uma inversão social temporária. Durante esta festa, celebrada no solstício de inverno (a época do Natal, que também foi influenciado pelo festival de Saturno), os romanos suspendiam as regras da sociedade. Escravos e senhores trocavam de lugar — não só simbolicamente, mas em aspectos práticos da vida. Os escravos podiam comer à mesa com seus senhores, vestir suas roupas, falar sem restrições e até dar ordens. Os senhores os serviam. Lojas, escolas e tribunais fechavam. Guerras eram interrompidas.Os romanos usavam o pileus — um chapéu cônico que simbolizava a liberdade — e trocavam presentes simples como velas e pequenas estatuetas. As ruas se enchiam, a cidade inteira se entregava a banquetes, bebedeiras e jogos de azar, normalmente restritos. Um “rei da folia” era escolhido por sorteio para presidir o caos festivo.Quando o cristianismo virou a religião oficial do império, a igreja tentou substituir essas festas pagãs por celebrações em nome de Jesus, mas o espírito de inversão social já estava enraizado na cultura. Assim, o desejo humano de escapar temporariamente das regras encontrou novos caminhos, novos nomes e novas datas no calendário, mesmo na própria estrutura eclesiástica. Na Europa medieval, a mais famosa destas festas foi a festum fatuorum, a “Festa dos Tolos”, celebrada por clérigos em igrejas da França. Durante um dia, os padres de menor hierarquia zombavam de seus superiores, escolhiam um “Bispo dos Tolos” e realizavam paródias de cerimônias religiosas. Não só o sagrado virava profano, o sério se transformava em cômico.Existia também a Festa do Asno (festum asinorum, porque tudo fica mais católico em latim), onde um burrico era levado para dentro da igreja e celebrado como figura central, em homenagem ao corajoso animal que carregou a Sagrada Família na fuga para o Egito. Ao final da missa, em vez de dizer “vão em paz”, o padre zurrava três vezes, e o público respondia também com zurros no lugar do tradicional “amém”. A Igreja acabou proibindo as duas celebrações nos anos 1400, mas a ideia de um período de licença social não desapareceu.O nosso Rei Momo é a personificação moderna desta tradição de troca-troca. Ele não é o rei de verdade, mas por quatro dias recebe as chaves da cidade e instala seu reinado temporário. A confusão começa, a ordem é invertida, a zoeira impera. A origem do personagem está em Momo, deus grego da zombaria e do sarcasmo, o primeiro sarcasticuzão, sempre pronto pra apontar defeitos, mesmo nos outros deuses — que levou, ora ora, à sua expulsão do Olimpo. Quando a figura chegou ao Brasil no século 19, a ideia era coroar um homem gordo, bonachão, comilão e beberrão para simbolizar os excessos permitidos naqueles dias. É o anti-rei perfeito, que governa não pela austeridade, mas pela permissividade. A escolha do Momo carioca é evento oficial da prefeitura.E tem que ser. A coroação do Rei Momo é um ritual carregado de significado. O prefeito entrega as chaves da cidade ao rei da folia, numa encenação que diz algo como: “O poder real fica suspenso. Agora quem manda é a festa.”Em um mundo cada vez mais centrado na identidade, o carnaval é a hora de ser quem você não é, em uma sociedade que, ali, não funciona mais nas regras anteriores. Mas nem todo mundo se aproveita disso e fica preso nos seus personagens. É por isso que tenho uma leve implicância com um bloco de São Paulo que só toca “punk e rock pesado” (em ritmo de carnaval). Porque seus fundadores não querem ouvir essas “músicas chatas”, sejam elas marchinhas, sambas ou Ivete. Era pra ser inclusivo, achei só preconceituoso.Se o carnaval é o momento de dissolvermos nossas identidades para tentar outras experiências, toca Arerê sim, pô! Deixa os Ratos de Porão pro resto do ano. Mas tudo bem, sábado pularemos lá, porque carnaval também é estar com a nossa galera. Tenho até amigos que são roqueiros.Toda essa história de inversão da ordem se encaixa com o cristianismo ser considerado “a religião do perdão”. Jesus morreu pelos nossos pecados. Jesus existe para perdoar nossos pecados. E o carnaval é o maior perdão do ano. Enquanto aquela prefeita do Maranhão quer trocar o carnaval por um evento gospel (parece que vai rolar mesmo), dá para tentar ver o feriado não como uma contradição aos valores cristãos, mas seu complemento necessário. E se a reza ficasse pra, sei lá, pensando alto aqui, os 40 dias depois do carnaval? Desruptei agora, diz aí.Mas calma. Carnaval não é bagunça. É o famoso “se combinar direitinho…”, mas tem que combinar. Quando eu era um garoto juvenil, comecei a namorar uma menina poucas semanas antes do carnaval. Ela já estava com viagem marcada para a Região dos Lagos e, quando nos encontramos na quarta-feira, tinha um cara na porta da casa dela. Foi o primeiro “é meu primo” da minha carreira. Tudo bem, eu sobrevivi. Era só ter combinado.Então, apesar de todo esse papo de inversão, o carnaval também tem que ter muito respeito. Não é porque na quarta-feira tudo está perdoado que você vai beijar quem não quer ser beijado, ou abusar do espaço do amiguinho. Fantasia não é salvo-conduto. “Não é não” segue valendo. A inversão de papéis funciona ao haver consentimento de todas as partes envolvidas.O que me traz de volta ao cara que se veste de mulher no carnaval, mas não “vira gay” no resto do ano. A questão não é tão simples quanto parece. Ele pode se vestir de mulher, de indígena ou de qualquer fantasia sem consequências de longo prazo. A quarta-feira chega, ele volta ao terno, à vida normal, ao privilégio. O mesmo não acontece no sentido inverso, né? Eu fico aqui imaginando uma cena de carnaval onde um cara vestido de mulher é assediado por uma mulher vestida de homem.O carnaval é uma tentativa de quebra das relações de poder, mas essas relações continuam existindo, é claro. O cidadão romano sabe que não virou escravo para sempre. É só brincadeirinha. Idolatramos drag queens e pessoas trans por quatro dias para, logo depois, voltarmos a uma sociedade que as marginaliza. Vivemos no país que lidera o ranking de assassinatos de pessoas trans.Lá atrás, o carnaval era um jeito dos reis e papas dizerem “aproveitem aí, acreditem que vocês agora estão no poder”. Será que mudou? O negro vira estrela da TV, a mulher vira rainha (da bateria), o morador da comunidade é destaque do samba-enredo. Até mesmo o contraventor que financia a escola é aplaudido na avenida. Ali pode, depois volte para onde você veio, por favor.Se é assim, o carnaval é uma verdadeira quebra ou só uma válvula de escape que mantém tudo como sempre foi? O historiador russo Mikhail Bakhtin dizia que o riso e a festa podem ser subversivos, mas também podem servir para reforçar o sistema. A inversão temporária alivia as tensões sem ameaçar a estrutura. Se sabemos que tudo volta ao normal na quarta-feira, não há perigo real de mudança. A transgressão é permitida porque é passageira. Visto assim, o carnaval é uma festa de inversão de papéis e, por isso mesmo, um ritual de aceitação do resto do ano.Quem acompanhou o Clube de Cultura de “A crise da narração”, vai lembrar de Byung-Chul Han contando que antes da chegada do “storyselling” os feriados tinham função narrativa, contavam uma história coletiva. Hoje, viraram só mais uma data para o consumo, o próximo presente a ser comprado. Será que o carnaval é a última das festas que ainda carrega um significado, ou também virou só “vou beber muito”? Para mim, parte da resposta está em todos os “pré-carnavais” e “carnaval fora de época”. Não há calendário nem ritual, só uma balada temática.Mas esse não é o assunto de hoje. Só quero dizer o seguinte: aproveite o carnaval para tentar ser quem você não é. Pense no que a palavra fantasia pode significar. Nem que seja algo simples como “menos crítico comigo mesmo” ou “não ficar pensando no amanhã”. Imagine possibilidades. Talvez o você do carnaval tenha alguma coisa pra ensinar ao você do resto do ano. De um jeito ou de outro, tudo se acaba na quarta-feira.Por hoje é sóCuidem de si, cuidem dos seus. Mais que tudo, divirtam-se. Até a próxima.crisdias This is a public episode. If you'd like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit boanoiteinternet.com.br/subscribe

NerdCast
Caneca de Mamicas 183 - Gay, graças a Deus!

NerdCast

Play Episode Listen Later Feb 15, 2025 65:23


Vivemos num mundo onde o direito de simplesmente existir não se aplica igualmente a todos… a vigilância e julgamento são constantes e caso uma pessoa não se encaixe nos padrões estabelecidos pela sociedade dominante ela é simplesmente considerada algo inconveniente e que deve deixar de existir… mas em meio a toda essa repressão, aqui no Caneca a gente celebra, exalta e grita bem alto: Gay, graças a Deus! Então, meu amooor, aperte o play porque hoje é dia de arco-íris, brilho e muita resistência! ALIEXPRESS Confira o Mundo Aliexpress no Magalu: https://mamicas.page.link/Aliexpress_Magalu_CDM WIZKIDS Inglês para cada fase da infância. É Wizard. É WizKids. É WOW! Clique no link e ganhe 4 aulas grátis: https://mamicas.page.link/Wizard_WizKids_CDM REDES SOCIAIS Rafael Quina - @rafael_quina Almôndega - @almondegajn Alan Dubox - @alandubox Andreia Pazos - @deiaduboc Agatha Ottoni - @agathaottoni ARTE DA VITRINE: Felipe Camêlo Baixe Versão Wallpaper da Vitrine CONFIRA OS OUTROS CANAIS DO JOVEM NERD  Mande suas histórias, críticas, elogios e sugestões para: canecademamicas@jovemnerd.com.br APP JOVEM NERD: Google Play Store |  Apple App Store

Café Brasil Podcast
Cafezinho 663 - Totalitarismo e Liberdade Digital

Café Brasil Podcast

Play Episode Listen Later Feb 14, 2025 11:47


Vivemos em um mundo onde cada clique e cada palavra podem ser monitorados, trocando privacidade por conveniência. O totalitarismo digital avança silenciosamente, enquanto assistentes virtuais, aplicativos e algoritmos moldam nossas decisões. Mas a tecnologia não é neutra: regimes autoritários mostram como dados podem ser armas de controle. Resistir começa com a consciência, exigindo transparência e educando para questionar. A liberdade digital está em jogo. A escolha é sua: agir agora ou ceder ao controle total?See omnystudio.com/listener for privacy information.

Cafezinho Café Brasil
Cafezinho 663 - Totalitarismo e Liberdade Digital

Cafezinho Café Brasil

Play Episode Listen Later Feb 14, 2025 11:47


Vivemos em um mundo onde cada clique e cada palavra podem ser monitorados, trocando privacidade por conveniência. O totalitarismo digital avança silenciosamente, enquanto assistentes virtuais, aplicativos e algoritmos moldam nossas decisões. Mas a tecnologia não é neutra: regimes autoritários mostram como dados podem ser armas de controle. Resistir começa com a consciência, exigindo transparência e educando para questionar. A liberdade digital está em jogo. A escolha é sua: agir agora ou ceder ao controle total?See omnystudio.com/listener for privacy information.

NerdCast
Caneca de Mamicas 182 - O pão nosso de cada dia alternai

NerdCast

Play Episode Listen Later Feb 8, 2025 92:35


Ah, meu amor… nossa cabeça fica doida com tanta informação!!! Vivemos cercados de produtos que prometem mundos e fundos mas no fim das contas só criam mais barreiras no processo de emagrecimento! E é por isso que hoje nossa maravilhosa Tina Mena está de volta! Tina, nos salve dessa enxurrada de desinformação! Aperte o play e descubra como nossa nutri preferida consegue comer 4 pratos de bacalhau no réveillon e ainda assim não engordar! ALIEXPRESS Confira o Mundo Aliexpress no Magalu: https://mamicas.page.link/Aliexpress_Magalu_CDM WIZKIDS Inglês para cada fase da infância. É Wizard. É WizKids. É WOW! Clique no link e ganhe 4 aulas grátis: https://mamicas.page.link/Wizard_Wizkids_Mamicas NERDSTORE Aproveite a promoção Payday na NerdStore: https://mamicas.page.link/NerdStore_Payday_CDM REDES SOCIAIS Tina Menna - @tinamenna Andreia Pazos - @deiaduboc Agatha Ottoni - @agathaottoni ARTE DA VITRINE: Felipe Camêlo Baixe Versão Wallpaper da Vitrine CONFIRA OS OUTROS CANAIS DO JOVEM NERD  Mande suas histórias, críticas, elogios e sugestões para: canecademamicas@jovemnerd.com.br APP JOVEM NERD: Google Play Store |  Apple App Store

Café Brasil Podcast
Cafezinho 651 - Eróis sem agá

Café Brasil Podcast

Play Episode Listen Later Nov 22, 2024 10:46


Vivemos na era dos CCFs – Criadores Compulsivos de Futilidades. Eles estão por toda parte, moldando a narrativa das redes sociais e a cultura de massa, onde o talento e a substância muitas vezes cedem espaço ao espetáculo vazio. Esses "influenciadores" e "celebridades" da modernidade parecem desafiar a inteligência humana, oferecendo conteúdos cuja profundidade muitas vezes não passa da superfície da tela. A fama, antes conquistada por méritos e feitos que inspiravam, virou algo quase descartável, obtida através de controvérsias fabricadas, brigas públicas e exposição de aspectos banais da vida pessoal. See omnystudio.com/listener for privacy information.