Um podcast que analisa as teorias e propostas liberais de maneira crítica e histórica. Episódios quinzenais. Mais informações: pvfaria.com/contrapelo
Como sabemos que existiu um homem chamado Júlio César existiu em Roma há uns dois mil anos? O episódio faz uma viagem de 70 anos para mostrar como os pensadores e historiadores iluministas mudaram o jeito como entendemos a verdade histórica: a tarefa dos historiadores deixa de ser apenas escolher o melhor relato disponível e passa a ser a construção de um relato histórico próprio. Siga o Contrapelo nas redes sociais: Twitter: @contrapelopod Instagram: @contrapelopod Facebook: /contrapelopod Ajude o Podcast no apoia.se: apoia.se/contrapelo
O Iluminismo foi mesmo a idade da razão? Como surgiram as narrativas sobre o Iluminismo que informam nosso senso comum? Nessa série de 3 episódios, apresento os resultados da minha pesquisa de doutorado. O primeiro episódio é uma introdução ao tema da tese: uma introdução ao Iluminismo e à vida e obra de David Hume. O episódio apresenta uma discussão sobre as "grandes narrativas" do século vinte sobre o surgimento da modernidade e como elas estão incorporadas em nosso senso comum. O episódio também discute como essas narrativas estão vinculadas à auto-percepção que a elite intelectual europeia do século dezoito tinha de si mesma. Apoie o podcast e nos ajude a crescer: apoia.se/contrapelo Siga o Contrapelo nas redes sociais: Twitter: @contrapelo_pod Telegram: t.me/contrapelo Créditos Músicas: Go to Town - Silent Partners, Dragón Rojo - The Mini Vandals
O segundo episódio sobre a filósofa Mary Wollstonecraft discute a relação entre republicanismo e gênero. Mary Wollstonecraft é uma das grandes responsáveis por afirmar o lugar das mulheres em uma sociedade republicana. Durante a década de 1790, quando os revolucionários franceses proclamavam os direitos universais do cidadão, Wollstonecraft chamava atenção para o fato de metade da humanidade ainda ser ignorada mesmo pelos revolucionários mais ousados. Ainda que sua visão sobre o papel da mulher em uma república pareça conservadora para nós, seus argumentos sobre o papel da família e do casamento revelam as complexidades da distinção entre o público e o privado são fundamentais para debates do século 20 sobre esses tópicos.
O Partido Trabalhista do Reino Unido sofreu uma derrota de grandes proporções nas eleições de ontem. Pedro Faria comenta os resultados e analisa os erros dos trabalhistas e o futuro da plataforma socialista do partido (ela tem futuro!) depois de Jeremy Corbyn. O futuro do próprio Reino Unido como país unificado, no entanto, não parece promissor.
O futuro do Reino Unido vai ser decidido no dia 12 de Dezembro. Há várias questões, mas cada eleitor só tera um voto: ficar ou sair da União Europeia? A Escócia fica na união ou sai? O Reino Unido vai seguir Dinamarca ou Singapura como modelo econômico? Como ficará a Irlanda do Norte no meio de todas essas questões? O futuro da própria união está em jogo, além de sua inserção internacional. Pedro Faria analisa todas essas questões, além de apresentar os programas dos principais partidos e arriscar alguns palpites sobre o resultado.
Mary Wollstonecraft foi uma pensadora do século XVIII que escreveu principalmente sobre questões de gênero, política e educação. Foi uma das pioneiras do pensamento feminista, colocando a opressão das mulheres no centro da discussão sobre liberdade e republicanismo. O episódio de hoje, a primeira de duas partes, discute como os fundamentos filosóficos do pensamento de Wollstonecraft e a maneira como ela aborda a educação das mulheres e a consequente relação de opressão das mulheres pelos homens. O episódio apresenta assim o lado crítico de Wollstonecraft: os problemas que ela percebia na sociedade de seu tempo. As mulheres eram educadas para ser dependentes e submissas aos homens e esse tipo de educação afastava a sociedade como um todo da busca pelo auto-aperfeiçoamento e a pela virtude, nossos objetivos dados por Deus. A segunda parte dará mais ênfase às suas propostas de reforma e de construção de uma sociedade republicana e livre que incluísse as mulheres.
David Hume, filósofo escocês do século dezoito, se apresentava como um pensador político moderado, que evitava tomar partido entre Whigs e Tories. A disputa partidária no Reino Unido corrompia a qualidade da teoria política e da historiografia britânica, segundo Hume. No episódio de hoje, tentamos entender como Hume constrói sua posição de neutralidade: com base em que argumentos ele se considerava o moderado entre dois extremos? De um lado, Hume desqualificava os Tories como ligado a um passado já superado; de outro, desqualificava os Country Whigs como idealistas e pouco pragmáticos. Apenas a sua posição - próxima dos Whigs ligados à corte e ao primeiro primeiro-ministro britânico, Robert Walople - era neutra e fundada numa análise isenta da natureza humana. A análise histórica sugere um paralelo com os isentões atuais: talvez os mecanismos sejam os mesmos, mas a vantagem da distância histórica torna mais fácil perceber as manobras de Hume.
Meus queridos e minhas queridas! No "Homens Brancos Mortos" de hoje, eu falo sobre Jean-Jacques Rousseau, filósofo do século XVIII, e da ideia de "bom selvagem". Tento mostrar que a ideia de que Rousseau "preferia" o "bom selvagem" é uma leitura rasa do Discurso sobre a origem e o fundamento da desigualdade entre os homens (1755). Pior ainda é dizer que a esquerda acredita demais em Rousseau, se agarra num primitivismo simples e quer condenar algumas populações a viverem excluídos do "progresso". Muito pelo contrário, Rousseau é parte de uma tradição de reflexão crítica sobre a sociedade capitalista moderna que percebe suas contradições e se interessa por outras formas de organização social. A música de hoje é "Grito de Paz" (Bixiga 70). Sigam o Contrapelo no twitter: @contrapelo_pod E também no facebook: /contrapelopod E me sigam no Twitter também: @pv_faria
Pedro Faria apresenta a trajetória de Jeremy Corbyn, socialista que lidera o Partido Trabalhista britânico desde 2015. Como um socialista conseguiu chegar ao topo de um partido que se reposiciounou como "centro-esquerda" nos anos 90? Quais são suas principais propostas? Como Corbyn tem enfrentado a ala mais conservadora do partido trabalhista? Como ele está liderando o partido em meio ao caos do Brexit? Confira as repostas no episódio. Ao fim, Pedro destaca alguns pontos da trajetória de Corbyn que propõem uma reflexão sobre como manter uma plataforma socialista dentro de uma democracia liberal. Música: Eat the Rich - Aerosmith
Pedro Faria discute a origem da ideia de divisão dos poderes, proposta pelo pensador francês Charles Secondat, Barão de Montesquieu (1689-1755). Nesse episódio, Pedro busca mostrar como foi formulada uma das ideias mais fundamentais para as constituições das democracias liberais contemporâneas. Qual era o contexto de Montesquieu? Sobre o que ele estava falando quando propôs que a divisão da constituição em três poderes garante a liberdade? O que entendemos hoje como liberdade é o mesmo que Montesquieu? A divisão dos poderes garante que teremos uma democracia? Todas essas questões são abordadas em meia hora de análise crítica e histórica dessa ideia fundamental há mais de 250 anos. Sigam o Contrapelo nas redes sociais! Twitter: @contrapelo_pod Facebook: /contrapelopod Ou visite o site do podcast: www.pvfaria.com/contrapelo
Nesse episódio, explico o que está acontecendo na política britânica. O que significa a tentativa do primeiro ministro Boris Johnson de prorrogar o parlamento? Pode? É golpe? Qual o cenário político que se desenha no momento? Música de introdução: Sinal Fechado, Chico Buarque Voz, roteiro, produção e edição: Pedro Faria
Nesse episódio curto eu explico como o Contrapelo vai funcionar nesse retorno: quais são os quadros, duração, frequência e como falar comigo! Vai ter muito homem branco morto, vai ter episódio motivacional para comunistas e também a tradicional escovada nas tretas do momento. Acompanhem! Siga o contrapelo no twitter: @contrapelo_pod Se quiser receber os áudios por WhatsApp, entre no grupo: https://chat.whatsapp.com/JIyU0UL4EHV0Oxq1P3INaI Música: Sinal Fechado, Chico Buarque Voz, roteiro, produção e edição: eu mesmo.
Na primeira escovada do canal, a série de episódios curtos sobre temas do momento, Pedro Faria fala sobre o momento atual do Brexit, em que pé está o Reino Unido e quais são as possibilidades.
Pedro Faria analisa a teoria por trás das propostas de dar independência ao Banco Central. São teorias que simplificam a política monetária, escondendo que as escolhas do Banco Central são sempre políticas e que, portanto, é melhor mantê-las vinculadas à disputa democrática. No caso brasileiro, por ainda precisarmos de reformas do sistema financeiro, a independência do Banco Central favorece a rigidez, impedido a coordenação necessária para as reformas e beneficiando os agentes estabelecidos no sistema financeiro.
No primeiro episódio, analisamos argumentos de que os problemas do capitalismo atual vêm da monopolização e da falta de competição entre as empresas. Apesar de a monopolização ser um problema real, esses argumentos se baseiam em uma idéia de competição irrealista. A competição no mercado tende a gerar empresas que dominam o setor. Tentar manter uma economia pefeitamente competitiva é um esforço fútil. A melhor opção para combater a monopolização é ter uma classe trabalhadora organizada capaz de se contrapor aos monopolistas. Temos também que pensar sobre outras formas de organização da produção para além da competição de mercado e da produção centralizada.