ADDVERSO Podcast

Follow ADDVERSO Podcast
Share on
Copy link to clipboard

Olá, bem-vindo(a) ao podcast ADDVERSO! Aqui, Madu Porto recitará poemas e textos autorais e de outros autores, mergulhando em um mundo intenso e ADDVERSO. Venha você também! “O que pode um poeta sem o sofrimento? O poeta precisa de sofrimento tanto quanto de sua máquina de escrever.” -Charles Bukiwski

Madu Porto


    • May 16, 2023 LATEST EPISODE
    • infrequent NEW EPISODES
    • 2m AVG DURATION
    • 10 EPISODES


    Search for episodes from ADDVERSO Podcast with a specific topic:

    Latest episodes from ADDVERSO Podcast

    O cadarço/Charles Bukowski

    Play Episode Listen Later May 16, 2023 4:51


    Palavras de insanidade de um “velho safado”. Nesse episódio Madu Porto recita o poema “O cadarço” de Charles Bukowski, apresenta brevemente o autor convidado o ouvinte a conhecer mais de suas obras e finaliza com um poema autoral compartilhando a sua experiência com os textos desse autor sem igual.

    Escrita à moda “publiciotária”/Madu Porto

    Play Episode Listen Later Sep 30, 2022 3:09


    Escrita à moda “publiciotária”. Ser redatora publicitária significa expor palavras gordas em vitrines exibicionistas. Possuir vogais como mercadorias e formar textos com cédulas. Não existe arte nem beleza, apenas futileza. As campanhas emocionais, não são tão sentimentais. As ações beneficentes, não são tão recorrentes. Com toda a podridão, tenho desenvolvido apenas aversão. Prosa autoral. Madu Porto

    Eu engulo/Madu Porto

    Play Episode Listen Later Apr 14, 2022 3:08


    “Eu engulo” uma poesia que exterioriza o interno. Autora: Madu Porto Coloque seus fones, aperte o play e imerja nessa reflexão emocional. Eu engulo meus problemas, Coloco na boca as dores alheias e as minhas, Enfio no fundo da garganta as preocupações e o estresse, a ansiedade e o medo, E me obrigo a mastigar… Com os olhos cheios d'água e uma lágrima escorrendo em meu rosto por esforço e dor, eu engulo. Eu engulo, eu engulo, eu engulo. E quando acho que finalmente estou bem, que sou forte e estou pronta para continuar, O meu estômago embrulha. Lotado de angústias e energias ele transborda. Não aguenta mais segurar. Não aguenta mais digerir. Está cansado. Está doente. Um refluxo, um vômito, E tudo volta à tona.

    A arte de perder/Elizabeth Bishop

    Play Episode Listen Later Oct 11, 2021 3:09


    Elizabeth Bishop A arte de perder “A arte de perder não é nenhum mistério; Tantas coisas contêm em si o acidente de perdê-las, que perder não é nada sério. Perca um pouquinho a cada dia. Aceite, austero, A chave perdida, a hora gasta bestamente. A arte de perder não é nenhum mistério. Depois perca mais rápido, com mais critério: Lugares, nomes, a escala subseqüente da viagem não feita. Nada disso é sério. Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero lembrar a perda de três casas excelentes. A arte de perder não é nenhum mistério. Perdi duas cidades lindas. E um império que era meu, dois rios, e mais um continente. Tenho saudade deles. Mas não é nada sério. - Mesmo perder você (a voz, o riso etéreo que eu amo) não muda nada. Pois é evidente que a arte de perder não chega a ser mistério por muito que pareça (Escreve!) muito sério.”

    Neologismo em fuga/Madu Porto

    Play Episode Listen Later Sep 18, 2021 4:20


    Após um distanciamento do “eu mesmo”, da escrita e consequentemente do podcast, decidi retornar com o episódio “Neologismo em fuga”, recitando uma poesia autoral e acrescentando uma nova dinâmica aos episódios. Aperte o play e entre em um mundo ADDVERSO comigo! Poesia: Neologismo em fuga A fuga se faz presente cada vez mais. Antes era apenas uma tendência, algo hereditário ou então astrológico. Logo, surgiu uma intriga, pulginha atrás da orelha, sabe? Pensamento, de tantos sussurros se formou. Depois, tornou-se um desejo. Tardiamente, concretizou-se em um hábito. E agora… uma necessidade? Ah, fugir! Fugir de compromissos, fugir de vontades, de pessoas, do eu mesmo, e quando vi, fugi da realidade. Tropiquei, galopei, corri, acelerei, sem olhar pra trás me encontrei “fugido”. (Ou então perdido?) Não! “Fugido”. Fugi por escolha. Sei muito bem a cidade, o bairro, a rua, o nome, o número; até o CEP eu já decorei da minha “FUGA”. Fugir, “fugagem” se me permite apropriar de um verbo inexistente, não é uma arte para qualquer um, como disse, foi cativado, ignorado, alimentado, porque aliás, reprimir é potencializar, não? Não vem ao caso, a questão é que… foragido ou não, a fuga se faz presente cada vez mais. Então, abrace logo ou seja “fugado”.

    O relógio/Larissa Campello

    Play Episode Listen Later May 3, 2021 2:22


    O relógio-Pé de Nuvem/Larissa Campello “Estava parado quando a conheci. Daqui do alto, nesse lugar sagrado, observava de longe aquela pressa que a movia, mas não a deixava sair do lugar. Ainda pequena, ouviu dizer do mundo que tinha de correr. Não sabia pra onde e nunca parou para escutar. Passou a vida toda indo, poucas vezes foi. Ansiava tanto pelas chegadas que raramente reparava no caminho. Desatenta, cometia sempre os mesmos erros - e corria ainda mais para fugir deles! Os ponteiros ensinaram que o mais importante era seguir em frente. Ela só não percebia que, como eles, andava em círculos. De tanto girar, ficou tonta. Não resistiu aos vultos de suas próprias multidões. Agora era a vida que ventava sob seus olhos! Com a vista embaçada, e sem conseguir abri-los direito, foi obrigada a olhar para dentro. Há tanto tempo não se via, que quase não se reconheceu. Teve medo de nunca se encontrar - e quem a esperaria? Mas lá no fundo, diante da eternidade, percebeu que o tempo nem existia. Não havia relógios para ditar a hora certa de crescer e seus aniversários já não a pressionavam tanto a sair do casulo. Só o amor a libertava da vida presa na ilusão. E era por meio dele que ela se descobria. A cada sentido resgatado, o vento ia diminuindo até virar brisa. Foi quando olhou aqui pra cima e reparou que eu ainda marcava a mesma hora desde que viu a sua vida passar. Não vamos falar em tempo perdido, até porque preso a números e ponteiros nunca ando para trás. Mas, deste dia em diante, ela nunca mais me trocou as pilhas. Passou anos alimentando ansiedades e expectativas e pela primeira vez teve o controle de suas vontades no coração. Hoje, sabe que todo despertar vem de dentro e espera, pacientemente, que o mundo respeite o ritmo da sua caminhada.”

    Você é uma flor ou uma folha?/Madu Porto

    Play Episode Listen Later Apr 22, 2021 1:48


    Você é uma flor ou uma folha? As flores são superestimadas. São almejadas desde antes do seu brotar. Roubam toda atenção por existirem. Apenas por serem. Com suas belas mesmas cores de sempre e sem esforço algum, atraem homens, mulheres, abelhas... Eu não nasci uma flor. Não tenho pétalas formosas e nem a maciez. Sou áspera, com texturas estranhas e sistemática, Às vezes verde-escuro, às vezes verde-claro, Alaranjada e amarelada, Vermelho ou bordô. Mas ainda eu não sou uma flor. Respiro, respiro, respiro E eu ainda não sou uma flor. Não ganho atenção e muito menos admiração. Eu quero isso!? Preciso de tal contemplação? Me pergunto mais uma vez e lá vem outra transformação. Sou a vida e a morte, o inicio e o fim. Represento a prosperidade. Represento tantas coisas na verdade, por ser, mesmo não sendo como gostaria de ser. Será que uma flor é? Será que representa? Será que respira? Não importa... Não mais... Levada pela brisa gelada do outono eu digo adeus por qualquer ser que eu tenha sido, mesmo que não tenha sido... uma flor.

    Essência perdida/Madu Porto

    Play Episode Listen Later Apr 13, 2021 0:42


    Essência perdida Ao mergulhar em você eu me afoguei, Ao tentar evitar a sua dor eu sofri, Ao negar e negligenciar minhas vontades eu me silenciei. Me reprimi. Me perdi. Me desconheci. Não mais existia “eu”, nem primeira pessoa. Existia Tu, você.

    A vida na hora/Wislawa Szymborska

    Play Episode Listen Later Apr 7, 2021 2:09


    A vida na hora/Wisława Szymborska “Cena sem ensaio. Corpo sem medida. Cabeça sem reflexão. Não sei o papel que desempenho. Só sei que é meu, impermutável. De que trata a peça devo adivinhar já em cena. Despreparada para a honra de viver, mal posso manter o ritmo que a peça impõe. Improviso embora merepugne a improvisação. Tropeço a cada passo no desconhecimento das coisas. Meu jeito de ser cheira a província. Meus instintos são amadorismo. O pavor do palco, me explicando, é tanto mais humilhante. As circunstâncias atenuantes me parecem cruéis. Não dá para retirar as palavras e os reflexos, inacabada a contagem das estrelas, o caráter como o casaco às pressas abotoado eis os efeitos deploráveis desta urgência. Se eu pudesse ao menos praticar uma quarta-feira antes ou ao menos repetir uma quinta-feira outra vez! Mas já se avizinfia a sexta com um roteiro que não conheço. Isso é justo — pergunto (com a voz rouca porque nem sequer me foi dado pigarrear nos bastidores). É ilusório pensar que esta é só uma prova rápida feita em acomodações provisórias. Não. De pé em meio à cena vejo como é sólida. Me impressiona a precisão de cada acessório. Opalco giratório já opera há muito tempo. Acenderam-se até as mais longínquas nebulosas. Ah, não tenho dúvida de que é uma estreia. E o que quer que eu faça, vai se transformar para sempre naquilo que fiz.”

    Um antígeno/Madu Porto

    Play Episode Listen Later Mar 29, 2021 1:21


    Em meio a um sistema complexo constituído por trocas gasosas, seres minúsculos, proteínas, tecidos, enzimas, hormônios, células nervosas, sanguíneas, músculos e órgãos. Existia um ponto. Um “nada” insignificante e desconhecido. Um corpo estranho tão pequeno e inofensivo. Deixado de lado e ignorado por organismos ocupados. Mas esse “nada” cresce... E num piscar se transforma em tudo. Lentamente tomou espaço. Agora, o sistema está em colapso. Os organismos ocupados se encontram afetados. Sintomas aparecem: tosse, cansaço, falta de ar, rouquidão. E muita preocupação! Todos desesperados procurando a solução. Repouso, exames, remédios. Cadê o médico!? A única coisa que temos, é a certeza de que o “nada” é a consequência de anos com TRAGOS de juventude.

    Claim ADDVERSO Podcast

    In order to claim this podcast we'll send an email to with a verification link. Simply click the link and you will be able to edit tags, request a refresh, and other features to take control of your podcast page!

    Claim Cancel