com Sandra Martins, LuÃs Gouveia Monteiro e ChatGPT
Luis Gouveia Monteiro e Sandra Martins
O Robot despede-se com amizade e uma reflexão sobre a primeira infância da inteligência artificial.
A vantagem das palavras é que dispensam aquilo a que se referem, ao ponto de não precisarem que exista.
O equilíbrio trôpego do humano é também o testemunho tecnológico das suas amputações.
A máquina desempata: boa ciência ou chalupice?
Quem nunca esganiçou, em vão, uma voz tolhida pela emoção?
No imparável movimento para a captura do algoritmo do mundo, as máquinas avançam para a desencriptação do código-fonte da natureza.
A máquina analisa hipotética prova da existência do tempo.
Sempre estivemos em queda ou conseguimos identificar o dia em que começámos a descer?
Ao nível da hermenêutica, a máquina ainda não vale dois poetas.
Quando pensamos antes de falar, estaremos a produzir ficção?
Título: O computador parece empolgado com a hipótese de um longo romance entre natureza e cultura.
Se um dia ela te olhar nos olhos, isso pode ser apenas o resultado de uma mutação genética que se revelou eficaz na longa, lenta e caprichosa lotaria da evolução.
Máquina impávida elucida humanos temperamentais sobre a função evolutiva do choro e do riso.
A máquina equaciona a hipótese de os deuses serem pessoas da Idade do Gelo.
A máquina regressa, com as baterias carregadas.
Inteligência Artificial, vida sexual e fotografia: a máquina conversa com o seu auditório.
Primeiro estranha-se, mas depois a gente habitua-se.
O futuro pode ter sido o dia em que começámos a amar uma máquina.
Será a máquina capaz de nos ajudar a viver (e morrer) melhor?
Há noites, muitos poucas, em que o Sena passa em Londres.
Será a máquina capaz de sensações oceânicas?
E se uma relação física com a verdade fosse capaz de produzir belas mentiras?
O Robot procura a resposta: o cinema é a verdade ou a mentira, 24 vezes por segundo?
O Robot debruça-se sobre a hipótese da mentira piedosa.
O Robot apresenta o modelo de negócio da comunicação: Razão, Carácter e Emoção.
Por vezes não estamos prontos para o fim do inverno.
Uma mentira é uma mentira, é uma mentira. Mesmo quando é repetida muitas vezes.
A História está em constante aceleração. Isso é bom?
É a pergunta do dia: será possível ser feliz em Si Menor?
A música das esferas produz harmonias que não conseguimos explicar. Só sentir.
O Robot explica: caíram as duas ao mesmo tempo.
E quem nos garante a nós que as máquinas nos vão revelar os segredos do mundo, à medida que os forem descobrindo?
O mistério demora. A máquina resiste, diz que ainda não tem capacidade para fazer as contas todas ao mundo.
O segredo do mundo está escondido no trânsito. Mostra-se nos murmúrios dos pássaros.
Nunca saberemos o que vai na cabeça de Sam Altman, o ex-futuro-ex CEO da OpenAI, empresa proprietária do ChatGPT.
Diz o poeta que somos do tamanho do que vemos. Mas então e se o nosso ponto de vista esconder tanto ou mais do que nos mostra?
O tempo, esse grande estupor, é ainda mais cruel à medida que envelhecemos. Que o digam as borboletas.