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Bom dia! ☕️Quiz do Pod by Remessa Online. Aqui você envia dinheiro para fora.No episódio de hoje:MUNDO+BRASIL: Tour pelas principais manchetes deste sabadãoSAÚDE: Cirurgia inédita troca coração sem abrir o peito do pacienteECONOMIA: Roubo de café dispara e produtores lançam plano de emergênciaVARIEDADES: Ferrari troca o volante pelo luxo e vale mais que Fiat, Peugeot e Citroën juntasNEGÓCIOS: Guerra de cérebros na AI chega aos nove dígitos
Passagens Complementares:Mateus 10,37-38Filipenses 3,13-14João 12,25Mateus 6,33
O 1º semestre de 2025 terminou e o Ibovespa B3, principal índice de ações da bolsa brasileira, fechou o período em alta expressiva. Confira os detalhes no #MinutoB3 de hoje.#Restituição #ÍndicesB3 #IbovespaB3Este conteúdo foi gerado por inteligência artificial
Celebramos hoje a Solenidade de São Pedro e São Paulo, que encerra simbolicamente o ciclo das festas dos chamados santos populares. Embora Pedro seja, tradicionalmente, o último destes santos celebrados, hoje a Igreja propõe uma memória conjunta, apesar de cada um ter também uma celebração litúrgica própria: a Conversão de São Paulo a 25 de janeiro, e a Cátedra de São Pedro a 22 de fevereiro. Esta celebração conjunta não é acidental: sugere-nos que a santidade e a fundação da Igreja não assentam em heróis impecáveis, mas em vidas transformadas pela graça.É curioso notar que os chamados “santos populares” – Santo António, São João Batista e São Pedro – tiveram existências marcadas por austeridade e radicalidade, bem distintas do espírito festivo que caracteriza muitas celebrações em sua honra. E, no entanto, é justamente por isso que são celebrados com tanta alegria. A verdadeira festa só acontece quando há verdade, justiça e reconciliação. Assim como não é possível alegrar-se num convívio em que haja conflito não resolvido, também não é possível viver uma fé autêntica sem integridade e comunhão. Pedro e Paulo, com as suas vidas intensas e transformadas, recordam-nos isso mesmo.A Igreja é edificada sobre alicerces humanos e concretos. Pedro e Paulo são as colunas visíveis dessa edificação. Ambos foram chamados não na sua perfeição, mas na sua vulnerabilidade. Pedro é chamado por Jesus após uma noite de fracasso, quando não conseguiu pescar nada. É nesse momento de fragilidade que o Senhor o convida a lançar as redes de novo e a confiar. Pedro, impulsivo e entusiasta, mostrou também ser frágil e medroso, negando Jesus quando mais precisava dele. E, no entanto, é a ele que Cristo confia a missão de confirmar os irmãos na fé. Não porque fosse forte, mas porque, tocado pelo perdão, se tornou capaz de amar com verdade.Paulo, por outro lado, era culto, firme nas suas convicções e determinado. Perseguiu os cristãos por zelo religioso, mas deixou-se interpelar profundamente pela experiência mística a caminho de Damasco. Tornou-se dependente dos outros, deixou-se conduzir, reaprendeu. A sua sabedoria já não foi apenas teórica, mas experiência de encontro com Cristo. E foi esse novo Paulo, reconciliado e convertido, que se tornou o apóstolo dos gentios.Se estivéssemos a recrutar os fundadores da Igreja segundo critérios humanos, talvez nenhum dos dois fosse escolhido. Mas Deus vê de outro modo: escolhe os pequenos, os frágeis, os errantes – e, através deles, realiza a sua obra. As histórias de Pedro e Paulo revelam-nos que a Igreja nasce de homens reais, com virtudes e fragilidades, e que a ação de Deus atua precisamente nesse tecido humano.Estas histórias deixam-nos três lições fundamentais. Primeiro, não há vida pessoal na qual Deus não possa operar: todos somos, potencialmente, lugar da sua graça, se nos abrirmos a ela. Segundo, não é o mérito pessoal que conta, mas o espaço que damos à ação divina: quando confiamos apenas nas nossas capacidades, caímos facilmente no orgulho; quando nos deixamos conduzir por Deus, a nossa vida floresce. Por fim, a fé cristã é sempre comunitária: não há cristianismo sem pertença concreta a uma comunidade. A diversidade é legítima e necessária, como se viu na assembleia de Jerusalém (At 15), onde Pedro e Paulo debateram com posições divergentes, mas alcançaram a comunhão pela graça.Neste dia, ao celebrarmos Pedro e Paulo, a Igreja recorda que todas as histórias, inclusive as mais frágeis, cabem no seu seio. A condição é deixarmo-nos transformar, com humildade, pela ação de Deus. Mesmo com diferenças, é possível viver unidos. Porque a Igreja é comunhão, edificada não sobre perfeições, mas sobre a fidelidade do amor que reconcilia.
“Relembre continuamente os termos deste Livro da Lei. Medite nele dia e noite, para ter certeza de cumprir tudo que nele está escrito. Então você prosperará e terá sucesso em tudo que fizer.”Josué 1:8 NVT Você espera receber a benção para fazer, ou faz para ser abençoado?Todos nós, a todo momento estamos sujeito a tomar decisões, sejam elas fáceis ou difíceis, escolhas que podem mudar completamente a trajetória da nossa vida. Por essa razão, as dúvidas sobre o que fazer, podem nos fazer adiar ou até mesmo desistir de escolher. É comum atribuirmos a Deus a necessidade dele nos abençoar primeiro, para depois termos a atitude. Poderá uma árvore dar fruto primeiro, antes de ser plantada?Neste versículo existe a chave para o nosso sucesso e prosperidade que são:Primeiro medite na Bíblia continuamente para que suas escolhas sejam respaldadas na palavra de Deus.Depois haja, faça, plante e escolha, a inércia não te moverá do lugar aonde está.E finalmente você receberá de Deus a benção por tudo aquilo que você fez e por sua atitude de fé.Medite na palavra de Deus, faça e receberá a benção e prosperidade de Deus!Pensamento do dia:O que você tem feito para receber a benção de Deus?Oração: Senhor, abençoe o fruto do nosso trabalho, nos ajude em nossas escolhas para que elas sejam baseadas em sua palavra.Em nome de Jesus, Amém !Que você tenha um dia abençoado!Por Ubiratan Paggio#devocionaisdiarios#deusfalacomigo #renovaminhasforcas#pazeequilibrio #ubiratanpaggio@ubiratanpaggio@ubiratan.paggioQuer receber o devocional diretamente em seu celular?Faça parte deste grupo fechado (as pessoas apenas recebem mensagens).Para receber áudio e texto: https://chat.whatsapp.com/E4EIRmpA1OE3xhjfHGwdekPara receber apenas texto: https://chat.whatsapp.com/Lb9ip9ZifJ3A0suipaEFoVSiga-nos no telegram:https://t.me/omilagre
Fabio Mollica já é de casa na Gregario. Primeiro contou sua história, depois compartilhou sua paixão pelo ciclismo competitivo. Neste episódio ele conta mais sobre sua vivência com viagens de bicicleta pela Europa, um sonho para todo apaixonado pelo ciclismo de estrada. Junto com Fabio, que tem uma agência especializada no ramo, Ana Lidia Borba e Alvaro Pacheco. Ambos com uma memória fresca de ótimos pedais pelo velho continente. Um episódio com ótimas dicas e soluções para quem pretende fazer uma viagem de bicicleta ou, simplesmente, para sonharmos juntos com uma próxima pedalada especial.
QUER APOIAR O PIRATAS?Meses atrás, Carol convenceu Luã a assistir a Bojack Horseman e compartilhar sua experiência no podcast. Hoje, continuamos a conversa sobre a série dramédia da Netflix sobre um ator decadente que por acaso também é um cavalo antropomórfico, falando dessa vez sobre a terceira e a quarta temporada. O que nos aguarda na grande montanha-russa emocional de Bojack Horseman? Ouça e descubra!Primeiro episódioPARTICIPANTES: Victor Gurgel, Luã Bitencourt, Carol BardiniEDIÇÃO: Victor GurgelASSUNTOS DO EPISÓDIO:0:00:00 Introdução: Um beijo pro algoritmo0:07:46 Bojack quer ser uma pessoa melhor?0:11:32 SPOILERS de Bojack Horseman temporada 31:00:49 SPOILERS de Bojack Horseman temporada 41:46:27 Como estamos com Bojack indo pra 5ª temporada1:55:03 Considerações finaisREDES SOCIAIS:Bluesky do VictorTwitch do VictorTikTok do VictorBluesky do LuãINSCREVA-SE E RECEBA NOVOS EPISÓDIOS ASSIM QUE LANÇAREM:FEEDYOUTUBEAPPLE PODCASTSSPOTIFYENDEREÇO DIRETO DO SITE:Acesse aqui: www.piratasdoespaco.com/QUER TER O SEU COMENTÁRIO LIDO NO PRÓXIMO PIRATAS?Comente aqui, no YouTube, ou envie-nos um email: pirataespacialshow@gmail.comVocê também pode se juntar à discussão no Twitter, por reply ou usando a tag #PiratasPodDeixe uma mensagem para nós!
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Bom dia! ☕️Saiba mais sobre trabalhar, investir ou viver nos EUA com a D4U aqui.Dicas de leituras e trends literárias aqui com Papel Pólen.No episódio de hoje:
Roteirista e diretor. Entre seus trabalhos estão “Maria e o Cangaço”, “Cidade Baixa”, “Abril Despedaçado”, “Madame Satã” e muito, mas muito mais! Sérgio é uma das figuras mais importantes do cinema nacional e na conversa, falou sobre experiências, referências, salas de roteiro, seus filmes, parcerias entre outros assuntos. No papo de abertura, como foram os … Continue lendo "Primeiro Tratamento – Sérgio Machado – # 346"
Confira na edição do Jornal da Record desta terça (24): Demora em resgate e clima extremo podem ter contribuído para morte de brasileira em vulcão na Indonésia. Trilha que Juliana percorreu já registrou pelo menos outras cinco mortes. Primeiro-ministro israelense declara fim do conflito contra Irã e destaca vitória histórica. Em Brasília, Mauro Cid confirma ter recebido dinheiro do ex-ministro Braga Netto. Vítimas de fraudes no INSS terão dinheiro devolvido a partir do mês que vem. Relatório do Ministério Público revela que PCC já atua em 28 países, além do Brasil. Cidades no Sul registram temperaturas abaixo de zero e chafariz congela.
No Arauto Repórter de hoje, você confere:* Sistema produtivo eficiente impulsiona tabaco ao topo do agronegócio no PRIMEIRO trimestre de 2025* Prefeitura de Santa Cruz promove audiência pública para apresentação do Plano Plurianual* Escritora de Santa Cruz cria biblioteca comunitária no Residencial Viver Bem* Em destaque na segurança pública: Idoso perde 2 mil reais para golpista que se passou por filha
No Arauto Repórter de hoje, você confere:* Sistema produtivo eficiente impulsiona tabaco ao topo do agronegócio no PRIMEIRO trimestre de 2025* Prefeitura de Santa Cruz promove audiência pública para apresentação do Plano Plurianual* Escritora de Santa Cruz cria biblioteca comunitária no Residencial Viver Bem* Em destaque na segurança pública: Idoso perde 2 mil reais para golpista que se passou por filha
O Palmeiras empatou com o Inter Miami por 2 a 2, marcando seus dois gols no final da partida, depois de estar perdendo por 2 a 0. Neste episódio, João Pedro Brandão, Camila Alves, Eduardo Rodrigues e Leandro Bocca analisam o jogo, os principais pontos de atenção da equipe, além do grande mérito de não desistir da partida. O podcast ainda debate qual a melhor escalação do time para o restante da competição e o que esperar das oitavas de final. Estêvão deve sair do time titular? Foi melhor pegar o Botafogo do que o PSG? Dá o play!
Na manhã de 24 de junho, num contexto marcado por instabilidade crescente e um frágil cessar-fogo, recebemos Daniel Pinéu para analisar os impactos geopolíticos do ataque israelita ao Irão. Especialista em relações internacionais, Pinéu é professor e investigador na Universidade de Amesterdão, com um percurso académico que passa pelos EUA, Alemanha e Paquistão, onde aprofundou o conhecimento da complexa dinâmica do Médio Oriente. O episódio centra-se na recente ofensiva militar de Israel contra o Irão, desencadeada sob o argumento da iminente ameaça nuclear. Netanyahu, com o apoio tácito dos EUA, parece ter avançado com um plano mais vasto: desestabilizar os vizinhos, consolidar o poder regional e eliminar qualquer possibilidade de um Estado palestiniano. Discutimos também a erosão da ordem internacional, o papel ambíguo da ONU e o silêncio cúmplice das grandes potências perante alegações de genocídio em Gaza. O episódio aborda o papel de Trump, a possível retirada do Irão do Tratado de Não Proliferação Nuclear, e o impacto desta escalada no equilíbrio geoestratégico global, com destaque para o posicionamento cauteloso da China e da Rússia. Num mundo onde a guerra parece uma constante, Daniel Pinéu ajuda-nos a perceber se ainda há espaço para soluções diplomáticas ou se estamos perante uma mudança irreversível na arquitetura internacional. Este é um episódio urgente, gravado num dos momentos mais voláteis da política mundial recente.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A primeira rodada de diálogos do chamado Balanço Ético Global em Londres entre a Presidência da COP30 e grupos seletos de lideranças da Europa, nesta terça-feira (24), coincidiu com o início da reunião da Otan e parte do mundo em guerra. O multilateralismo, fundamental para se chegar a um acordo climático, está em cheque. Yula Rocha, correspondente da RFI em Londres Como falar da luta ambiental, enquanto as maiores potências do mundo se comprometem a se armar cada vez mais para enfrentar o cenário instável da geopolítica atual? Como engajar a sociedade civil, empresas, governos e países vulneráveis a toda forma de conflito e manter a meta do limite de aquecimento global a 1,5 grau, acordada em Paris, há dez anos? A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, idealizadora desse ciclo de escutas abraçado pelo presidente Lula e o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, aproveitou a ocasião para falar de ética em tempos de guerra. “Acho que nesses momentos difíceis que nós estamos vivendo de guerra é fundamental criar um constrangimento ético em relação à diferentes formas de auto-destruição que estamos fazendo. Uma hora é por uma guerra de uns contra os outros, mas há uma guerra silenciosa e essa não é sentida com a mesma radicalidade das guerras bélicas.” A guerra silenciosa a que a ministra se refere é a guerra contra a natureza, em curso há séculos e que, como consequência, mata mais gente por ano do que matou toda a pandemia de COVID-19. Para ela, o único caminho é o caminho da paz entre pessoas, nações e a natureza. “Ou nós interrompemos essa guerra e integramos economia e ecologia numa mesma equação, o social e o ambiental , o político e o ético, ou não haverá chance de manutenção da vida, do desenvolvimento e da prosperidade no planeta”, disse a Marina Silva. O embaixador do Brasil no Reino Unido, Antonio Patriota, que também participou da rodada do Balanço Ético Global, lembrou que os investimentos militares foram recorde no ano passado, o dobro comparados à cifra do financiamento climático em discussão nas últimas COPs de 1,3 trilhão de dólares, a partir de 2035. “Desafio para todos nós pararmos para refletir um pouquinho se vale a pena continuar investindo em salvação ou destruição.” O primeiro de seis diálogos regionais do Balanço Ético Global aconteceu no Jardim Botânico de Londres, dentro do pavilhão de clima temperado, a temperaturas tropicais do verão europeu. A sessão foi facilitada pela ex-presidente da Irlanda, Mary Robinson, que ouviu dos participantes - entre líderes religiosos, artistas, comunidades locais, afrodescendentes, jovens, cientistas, empresários e ativistas - a necessidade de se reconstruir relações e comunidades. É o espírito do mutirão proposto pela presidência brasileira da COP30, a cúpula climática da ONU que acontece em novembro em Belém, palavrinha ainda difícil de ser pronunciada pelos estrangeiros. As contribuições apresentadas nessas sessões de diálogo serão entregues aos chefes de Estado e de governo e negociadores da COP30 e em diferentes formatos - de textos técnicos à pintura, exposições e poesia. O curador dos diálogos do Balanço Ético, diretor da Outra Onda Conteúdo, Eduardo Carvalho, acredita na cultura como uma plataforma eficiente de ação para solução climática. “Além da cultura em si, teatro, cinema, etc., a gente trazer a valorização dos saberes tradicionais da cultura dos povos ancestrais e quilombolas, tudo isso que precisa ser respeitado e que, na verdade, se inspira na natureza e pode nos inspirar a combater essa crise de imaginação que o mundo vive hoje".
Tanya 27 Sivan Cap 8 Parte 2-A sabedoria como primeiro atributo.
Primeiro-ministro Albanese diz que apoia ataques, mas que ação foi unilateral. Após bombardeios, Irã promete retaliação aos Estados Unidos. Partido Verde pressiona governo para revelar se a base de vigilância por satélite montada em Pine Gap, no Território do Norte, foi usada nos ataques dos Estados Unidos contra o Irã. Confira as principais notícias do dia.
Moçambique assinala neste 25 de Junho de 2025, os 50 anos da sua independência. Por esta ocasião, a RFI propõe-vos um percurso pela história do país e a sua luta pela liberdade. No décimo primeiro episódio desta digressão, evocamos as circunstâncias do surgimento da Renamo. A obtenção da independência não significou a paz para Moçambique. Para além de países segregacionistas como a África do Sul e a antiga Rodésia verem com maus olhos as instauração de um sistema político socialista em Moçambique, no interior do país, várias vozes se insurgiram contra o caminho que estava a ser tomado pelo país, designadamente no que tange ao monopartidarismo. Foi neste contexto que surgiu em 1975, a Resistência Nacional de Moçambique, Renamo, um movimento inicialmente dirigido por um dissidente da Frelimo, André Matsangaíssa. Após a morte deste último em 1979, já durante a guerra civil, Afonso Dhlakama passa a liderar a resistência. António Muchanga, militante e antigo deputado da Renamo evoca o nascimento deste movimento. "A Renamo nasce da revolta do povo moçambicano quando viu que as suas aspirações estavam adiadas. Como sabem, a Frelimo é o resultado da fusão de três movimentos. (…) Segundo os historiadores independentes, não esses que feitos com sistema, o objectivo era que depois da frente voltariam a definir o que é que queriam. Só que durante a luta armada de libertação nacional, começou o abate de prováveis pessoas que poderiam ameaçar o regime", conta o antigo deputado de oposição referindo-se nomeadamente a dissidentes como Uria Simango. "Depois, tivemos a situação das nacionalizações. Quando a Frelimo chega, logo em 1976, começa com as nacionalizações. Primeiro disse que era para lhes dar andamento, mas foi tirando casas às pessoas. O Eusébio perdeu a sua casa, apesar de terem vindo já dar mais uma outra casa. O próprio pai do Presidente Chissano tinha perdido cinco casas. Foi muita coisa feita. E há pessoas que não concordaram muito. Também não podiam chamar a atenção porque eram perseguidos, eram presos, eram assassinados. Naquele tempo era pecado ter um carro de marca Peugeot. Era pecado ter um carro de marca Volvo, para não falar de Mercedes Benz, porque essas marcas eram marcas do Estado. Quem devia ter eram os dirigentes. Então isto criou problemas. Jovens como Afonso Dhlakama sentiram-se obrigados a abandonar a Frelimo e foram criar a Resistência Nacional Moçambicana", diz António Muchanga. Edgar Silva, antigo deputado e guerrilheiro da Renamo, recorda também que na altura da fundação do partido, Moçambique estava a atravessar grandes dificuldades económicas, devido ao embargo então em vigor com os países que eram os vizinhos imediatos de Moçambique. "Ficamos fechados e o país mergulhou numa pobreza tal. Não tínhamos nada do estrangeiro não vinha nada, a não ser aquilo que vinha da Rússia e da Rússia não vinha a comida nessa altura. Nós vivíamos de donativos, graças aos Estados Unidos da América, que mandavam donativos para aqui para apoiar os centros, os internatos, algumas pequenas comunidades, mas o resto não havia. A economia decresceu. Não tínhamos nada, não produzíamos praticamente nada. Não tínhamos exportações nem importações. Começámos a passar um momento caótico. E daí que alguns moçambicanos viram a hipótese de terminar com aquilo. Afonso Dhlakama e outros moçambicanos tinham que arranjar meios para pôr termo a este sistema que só desgastava os moçambicanos. Daí que surgiu a Renamo", conta o antigo guerrilheiro. Ao recordar as circunstâncias em que começou a guerra civil em 1977, o antigo deputado explica que a ausência de multipartidarismo foi o foco da luta. "Não haviam eleições. A Frelimo impôs-se. Impôs-se quando chegou e disse que os outros são uns ‘bandidos quaisquer'. Diziam na altura que era um instrumento do imperialismo o instrumento do apartheid, instrumento do regime minoritário do Ian Smith, mas que na verdade não era. Isso provou-se. Com o avanço da guerra, zonas libertadas foram-se criando e a Frelimo vivia praticamente confinada nas cidades grandes porque todo o resto as pessoas estavam bem, já andavam, já circulavam, até produziam e estavam à vontade", diz Edgar Silva. O movimento anti-marxista teve como aliados objectivos entidades e países como a Rodésia e a África do Sul que não concordavam com a linha escolhida pelo novo poder de Moçambique. Questionado sobre as consequências desta aliança em termos de imagem, António Muchanga responde que a Renamo só podia buscar apoio junto de quem era contra a Frelimo. "Dada a própria natureza da região, a Renamo, só podia ir buscar armas a quem era contra Frelimo", justifica o antigo parlamentar ao acusar, por seu lado, a Frelimo de ter morto "muita gente em nome da Renamo", diz que "até agora continua a matar". No mesmo sentido, Edgar Silva sublinha, quanto a si, que quem lutou contra a Frelimo eram combatentes moçambicanos. "Nós não fomos buscar militares lá na Rodésia. Foram moçambicanos. Porque aqui no território nacional, mesmo a própria Frelimo, não começou a luta no interior. Teve que se deslocar à Tanzânia, que era inimiga do governo colonial. Tivemos que ir buscar algum apoio. Muitas vezes não foi desses governos, mas de pessoas de bem lá de fora que traziam o material para nós. Dizemos que também era falso que depois do Ian Smith cair, que nós ficamos sem as portas para o Zimbábue. Continuamos logicamente a ir para Zimbábue buscar apoio e depois, quando o Zimbabué se torna independente, dizer também que a África do Sul é que passou a apoiar-nos, não constitui verdade. Aí nós já estávamos avançados, nós íamos buscar material às forças do inimigo e crescemos muito", afirma o antigo guerrilheiro. Após 16 anos de uma guerra civil que resultou em mais de um milhão de mortos, cinco milhões de refugiados, toda a ordem de violações dos direitos Humanos e a destruição de praticamente todas as infraestruturas do país, a Frelimo no poder e a Renamo assinam um acordo de paz em 1992. O muro de Berlim caiu, a antiga URSS ruiu e a comunidade internacional, especialmente a Igreja Católica, desdobra-se em esforços para acabar com o conflito. Questionado sobre as suas expectativas nessa época, Edgar Silva fala da "abertura do caminho para a democracia multipartidária". "Isto é um ganho que a Renamo conseguiu com os acordos de paz de 1992. (…) Isto é muito para nós", considera. António Muchanga, quanto a si, sublinha que o processo de paz, nomeadamente no que tange à desmobilização e ao desarmamento, continua em andamento. "Este é um processo que está a consolidar-se a cada dia que está a passar. Há militares que abandonaram as armas e se juntaram à política activa naquele tempo. Há outros que foram constituir o exército único que agora estão saindo e que também estão a ingressar na política. E assim vamos fazendo o nosso dia-a-dia. Temos muitos membros agora que são membros das assembleias municipais. Já tivemos muitos nas assembleias provinciais. Já tivemos muitos também, que eram deputados da Assembleia da República. Por causa da fraude eleitoral, desta vez temos poucos", lamenta António Muchanga. Podem ouvir os nossos entrevistados na íntegra aqui:
Deeper Camp 2025 - PRIMEIRO DIA 16.05 - André Melo by Igreja Verbo da Vida Bauru – Vila Flores
Homilia Padre Jaime Villavicencio, IVE:Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 7,1-5Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:"Não julgueis, e não sereis julgados.Pois, vós sereis julgados com o mesmo julgamento com que julgardes;e sereis medidos, com a mesma medida com que medirdes.Por que observas o cisco no olho do teu irmão, e não prestas atenção à trave que está no teu próprio olho?Ou, como podes dizer ao teu irmão: 'deixa-me tirar o cisco do teu olho', quando tu mesmo tens uma trave no teu?Hipócrita, tira primeiro a trave do teu próprio olho, e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão". Palavra da Salvação.
Esta semana, com a companhia da comentadora televisiva Inês R., Pedro condena a utilização de “tudo bem?” depois de cumprimentar alguém. Além disso, e como é habitual, os dois analisam os principais temas da semana: a queda do avião da Air India, o encontro de António Costa e Donald Trump, o processo em tribunal entre Anjos e Joana Marques e a possibilidade de trabalhadores comprarem dias de férias. Igualmente, ou até mais importante que todas estes assuntos, Pedro lançou a sua própria edição de óculos de sol com a marca portuguesa FORA.(00:00) Intro(00:23) Ter cara de sono durante demasiado tempo(01:15) PTM sugere abolição de “tudo bem?” quando se cumprimenta uma pessoa(09:55) Inês Rogeiro foi a show de Morgan Jay(14:48) Métodos para concentração(19:16) Colaboração PTM x FORA(25:52) Inês conta experiência de ir a “irritações”(29:55) Quais as maiores inseguranças de homens(33:13) PTM desafia Inês a trazer irritações para watch.tm(35:59) Primeiro dia de julgamento de Anjos e Joana Marques(38:07) Análise de argumentos de Anjos(46:10) Possibilidade de comprar dias de férias(49:55) Levar o conceito de pay to win longe demais(52:31) António Costa oferece a Trump camisola autografada por CR7(01:00:22) Desastre de avião na Índia(01:04:58) Avaria na montanha russa onde PTM andou(01:05:47) Recomendação de tiktoker
Este podcast tem o apoio do Activobank. Então e não é que o caso da semana tem a ver com o facto do Batatinha e do Companhia terem voltado a ser amigos? Que engraçado.Vamos todos ignorar o facto de não termos voltado a falar das traições (cérebro de pais?), mas falaremos no próximo episódio se assim vocês quiserem.Mas para compensar temos uma bela conversa sobre sandálias de pai, sobre como reagir a uma noticia trágica que chega como uma chapada e ainda do verdadeiro caso mais mediático da semana.
Moçambique assinala neste 25 de Junho de 2025, os 50 anos da sua independência. Por esta ocasião, a RFI propõe-vos um percurso pela história do país e a sua luta pela liberdade. No décimo episódio desta digressão, evocamos os campos de reeducação. Ainda antes da independência, durante o período de transição em que Moçambique foi governado por uma autoridade híbrida luso-moçambicana, foram instituídos campos de reeducação, essencialmente na distante província do Niassa. O objectivo declarado desses campos era formar o homem novo, reabilitar pelo trabalho, as franjas da sociedade que eram consideradas mais marginais ou dissidentes. Foi neste âmbito que pessoas consideradas adversárias políticas foram detidas e mortas em circunstâncias que até agora não foram esclarecidas. Isto sucedeu nomeadamente com Uria Simango, Joana Simeão e Adelino Guambe, figuras que tinham sido activas no seio da Frelimo e que foram acusadas de traição por não concordarem com a linha seguida pelo partido. Omar Ribeiro Thomaz, antropólogo ligado à Universidade de Campinas no Brasil que se debruçou de forma detalhada sobre os campos de reeducação, conta em que circunstâncias começou a estudar este aspecto pouco falado da História recente de Moçambique. "Eu comecei a interessar-me porque eu comecei a conhecer pessoas que tinham sido objecto desse tipo de expediente autoritário, por um lado, e por outro lado, porque eu via uma grande ansiedade da população no que diz respeito ao desaparecimento de algumas pessoas que foram pessoas-chave no período tardio colonial moçambicano ou no período de transição do colonialismo para a independência. São figuras como Uria Simango, a Joana Simeão, o Padre Mateus, enfim, são pessoas que sumiram e que havia uma demanda para essas pessoas", começa por relatar o investigador. "Os campos de reeducação são pensados ainda no período de transição. Então, isso é algo que ainda deve ser discutido dentro da própria história portuguesa, porque no período de transição, o Primeiro-ministro era Joaquim Chissano, mas o governador-geral era português. Então, nesse momento, começam expedientes que são os campos de reeducação. Você começa a definir pessoas que deveriam ser objecto de reeducação, ao mesmo tempo em que você começa a ter uma grande discussão em Moçambique sobre quem são os inimigos e esses inimigos, eles têm nome. Então essas são pessoas que de alguma maneira não tiveram a protecção do Estado português. Isso é muito importante. Não conseguiram fugir. São caçadas literalmente, e são enviadas para um julgamento num tribunal popular. Eu estou a falar de personagens como a Joana Simeão, o Padre Mateus, Uria Simango, que são condenados como inimigos, como traidores. Esses são enviados para campos de presos políticos. A Frelimo vai usar uma retórica de que esses indivíduos seriam objecto de um processo de reeducação. Mas o que nós sabemos a partir de relatos orais e de alguns documentos que nós conseguimos encontrar ao longo do tempo, é que essas pessoas foram confinadas em campos de trabalho forçado, de tortura, de imenso sofrimento e que chega num determinado momento que não sabemos exactamente qual é, mas que nós podemos situar mais ou menos ali, por 1977, elas são assassinadas de forma vil", diz o antropólogo. "Quando você tem a Operação Produção, que é a partir de 1983, que é uma operação para você retirar de maneira forçada todos aqueles indivíduos classificados ou acusados de vagabundagem, de serem inimigos da revolução ou de prostituição, no caso das mulheres, são recolhidos e são enviados não só para o Niassa, mas no país inteiro, mas particularmente no Niassa, porque tem um subtexto moral, ou seja, a ideia de que o trabalho seria uma componente moral fundamental para a formação do ‘Homem novo'. Mas havia a ideia também por parte do Samora em particular, mas de muitas pessoas que constituíam a elite da Frente de Libertação de Moçambique, de que o Niassa seria a província mais fértil do país e que poderia se transformar numa espécie de local de produção de alimentos para o país como um todo. Então, isso vai perdurar em Moçambique por um período bastante significativo", refere o universitário. "A primeira grande operação chamada ‘Operação Limpeza' é de Outubro de 1974, que é justamente você limpar a Rua Araújo, que era a rua da prostituição. Mais ou menos 300 mulheres foram acusadas de prostituição e foram enviadas para campos de trabalho agrícola. Boa parte delas morre. E esse tipo de expediente se mantém em Moçambique entre os anos 70 até meados dos anos 80, quando, na verdade, a guerra civil inviabiliza o próprio empreendimento. Porque o campo, no contexto moçambicano, não é um lugar fechado, com muros de onde as pessoas não podem fugir. As pessoas eram jogadas em áreas rurais. Muitas delas não tinham nenhum tipo de experiência rural e não são campos onde o próprio Estado garantisse a chegada de alimentos. Então você gera uma situação de conflito muito pouco estudada ainda. Eu trabalhei numa região específica na província de Inhambane, em que as pessoas eram despejadas e muitas delas não tinham muito o que fazer. Ou você acaba estabelecendo uma relação de troca entre essas pessoas que vêm da cidade e camponeses do local, como é muito bem descrito num romance magnífico do escritor moçambicano João Paulo Borges Coelho, ‘Campo de Trânsito'. Ou você tem -o que me foi dito por camponeses da região- um medo terrível, porque os reeducandos eram entregues a uma situação de abandono. Então eles acabavam roubando os camponeses, porque eles não tinham outra alternativa. E ao mesmo tempo, nós temos essa guerra que muito tardiamente vai ser definida como guerra civil. E é importante dizer que parte dos que vão alimentar esse exército de oposição à Frelimo, eram pessoas insatisfeitas destes próprios campos de trabalhos forçados", refere Omar Ribeiro Thomaz. O antigo Presidente moçambicano Joaquim Chissano, Primeiro-ministro durante o período de transição e em seguida chefe da diplomacia moçambicana depois da independência, justifica a instauração desses campos. "Reeducar era um princípio que nós tínhamos durante a própria luta de libertação. Se houvesse indisciplina, tínhamos formas de isolar as pessoas. Reeducar é reeducar mesmo, para voltar a reintegrá-los no nosso seio. Não era, como se costuma dizer aí, campos de concentração, etc", diz o antigo dirigente. "Houve pessoas que eram marginais, que era preciso encontrar uma forma de lhes dar uma formação. Isso inclui mesmo pessoas que até estavam nas cadeias. Criaram-se os centros de reeducação para esses indivíduos. Também houve o caso das prostitutas, que também se criou um campo para reabilitação porque sabia-se que faziam isto, porque é uma maneira de viver. Isso é claro que foi mal visto por muita gente que não compreendia a nossa visão e que pensavam que eram campos de castigo apenas. Mas eu tive uma boa experiência nesse capítulo porque quando eu era ministro dos Negócios Estrangeiros, convidei um grupo de diplomatas estrangeiros acreditados em Moçambique e fomos visitar o principal campo de reeducação de ex-reclusos. E os diplomatas que estiveram comigo nessa altura disseram me o seguinte ‘Ó senhor ministro, vocês deviam ter chamado isto prisões abertas e nós teríamos compreendido melhor'", declara Joaquim Chissano. Óscar Monteiro, membro sénior da Frelimo, recorda o que guiou inicialmente a instalação dos campos, mas reconhece que houve excessos. "Devo dizer que a escolha do nome é uma escolha infeliz. A reeducação fazia-se ali, dentro de nós, um bocado com esta ideia de que o trabalho regenera", refere o responsável político que ao ser questionado sobre o destino reservado aos dissidentes políticos como Uria Simango ou Joana Simeão, diz que "de facto isso aconteceu e que (os membros da Frelimo) não estão orgulhosos disso". Lutero Simango, líder do partido de oposição Movimento Democrático de Moçambique (MDM), perdeu o pai, Uria Simango, um dos membros-fundadores da Frelimo, mas igualmente a mãe. Ambos foram detidos e em seguida executados, Lutero Simango pedindo esclarecimentos ao poder. "O meu pai foi uma das peças-chaves na criação da Frente de Libertação de Moçambique. Ele nunca foi imposto. Os cargos que ele assumiu dentro da organização foram na base da eleição. Ele e tantos outros foram acusados de serem neocolonialistas. Foram acusados de defender o capitalismo. Foram acusados de defenderem a burguesia nacional. Toda aquela teoria, aqueles rótulos que os comunistas davam a todos aqueles que não concordassem com eles. Mas se olharmos para o Moçambique de hoje, se perguntarmos quem são os donos dos nossos recursos, vai verificar que são os mesmos aqueles que ontem acusavam os nossos pais", diz o responsável político de oposição. Questionado sobre as informações que tem acerca das circunstâncias em que os pais foram mortos, Lutero Simango refere continuar sem saber. "Até hoje ninguém nos disse. E as famílias, o que pedem é que se indique o local em que foram enterrados para que todas as famílias possam prestar a última homenagem. O governo da Frelimo tem a responsabilidade de indicar às famílias e também assumir a culpa, pedindo perdão ao povo moçambicano, porque estas pessoas e tantas outras foram injustamente mortas neste processo", reclama Lutero Simango. Neste processo, Sam Malema Guambe também perdeu e nunca conheceu o pai -Adelino Guambe-, fundador da UDENAMO, uma das organizações independentistas que estiveram na raíz da fundação da Frelimo. "Eu não cheguei a conhecê-lo. Eu de facto nem vi a cara dele. A minha avó nos contava aquela história. A minha mãe não queria tocar mais nesse assunto de Guambe, essa pessoa já não existe, Vamos deixar. Mas a minha avó sempre nos ensinava, nos dizia que nosso pai, as coisas que ele fazia", diz Sam Malema Guambe ao apelar a um diálogo, a "falar para a gente pôr todos mãos à obra, para fazer um Moçambique melhor, porque os nossos pais contribuíram muito para esse país". Inicialmente militante da Frelimo, Joana Simeão, entra em linha de colisão com o partido por discordar do monopartidarismo instaurado depois da independência. Acusada de ser agente da PIDE, será, como Uria Simango e Adelino Guambe, executada em circunstâncias por esclarecer. A filha, Emíade Chilengue, era um bebé. "Eu pessoalmente não tenho nenhuma memória de vivência com a minha mãe, uma vez que na altura dos acontecimentos eu era bebé. Tudo o que eu sei é através de notícias dos órgãos de comunicação social. (…) Por volta dos sete, oito anos, eu constantemente perguntava sobre a minha mãe e eles um dia vieram até mim com um recorte de jornal, creio que sobre a ação que determinou o fuzilamento dela e das outras pessoas que fizeram parte do grupo, e mostraram-me. E foi assim que eu fiquei a saber que a minha mãe já não estava entre os vivos", conta Emíade Chilengue. Ao dizer que também procurou ter mais informações, sem sucesso, a filha de Joana Simeão refere esperar que, no âmbito da celebração dos 50 anos da independência de Moçambique, que haja "alguma explicação para que haja, de facto, uma reconciliação nacional. No meu entender, não podemos, de forma alguma, comemorar 50 anos sem que esses dossiers sejam de alguma forma tratados com a devida atenção e respeito que é merecido". Podem ouvir os nossos entrevistados na íntegra aqui:
Olá, somos a Igreja Maranatha Fellowship Japan, localizados na província de Hiroshima.Mensagem pregada no dia 22 de Junho de 2025 pelo Pr.Sergio Watanabe e com tradução simultânea para o Inglês pelo Irmão Stewart Rodnei.Mais mensagens no nosso canal do Youtubehttps://www.youtube.com/channel/UClgx4P5SqGbuyWydEu0nVQA?ou visite nosso site:https://maranathafellowship155738535.wordpress.comHello, we are Maranatha Fellowship Japan Church, located in Hiroshima Prefecture.Message preached on June 22, 2025 by Pastor Sergio Watanabe and with simultaneous translation into English by Brother Stewart Rodnei.More messages on our YouTube channelhttps://www.youtube.com/channel/UClgx4P5SqGbuyWydEu0nVQA?or visit our website:https://maranathafellowship155738535.wordpress.com
Sábado. 11a semana do tempo comum
Moçambique assinala neste 25 de Junho de 2025, os 50 anos da sua independência. Por esta ocasião, a RFI propõe-vos um percurso pela história do país e a sua luta pela liberdade. No primeiro episódio desta digressão, abordamos a presença portuguesa e em particular a escravatura em Moçambique. Chegados em 1497 num território constituído por diversos reinos e comunidades, os portugueses vão-se fixando no litoral através de acordos com as autoridades locais ou à custa de lutas. Eles constroem fortalezas designadamente em Sofala em 1505 e na ilha de Moçambique dois anos depois e ao cabo de outras conquistas militares, instalam mais tarde uma feitoria em Sena em 1530 e em Quelimane em 1544. Em jogo estão recursos como o ouro mas também a mão-de-obra escrava, conta o historiador e antigo vice-ministro da educação de Moçambique, Luís Covane. “Moçambique, como território com fronteiras próprias é produto da colonização. Antes da chegada dos portugueses e nos finais do século XV, Moçambique era caracterizado pela existência de reinos, chefaturas, sultanatos, várias unidades políticas independentes umas das outras. Até tivemos impérios. A partir do século XV, principalmente a partir do século XVI, estabelecem-se relações comerciais entre Portugal e as diferentes unidades políticas que existiam no território. Primeiro foi o comércio do ouro no interior, principalmente na zona centro. Estava lá um grande império. E depois, com a exigência de produção de matérias-primas como mão-de-obra ultra barata, entramos no ciclo dos escravos. Depois, prosperou também o comércio de marfim”, começa por recordar o universitário. Ao referir que praticamente desde a chegada dos portugueses em Moçambique que se instaura esse regime, o estudioso detalha que “é em meados do século XVIII que se incrementa a captura de mão-de-obra para as plantações do Brasil e 1752 em diante. Chama-se a isso, na periodização da história de Moçambique, como o ciclo de escravos. Mas este ciclo de escravos termina em 1836-42, quando houve uma primeira abolição e uma segunda abolição”. Questionado sobre o número de pessoas que poderão ter sido capturadas para serem forçadas ao trabalho escravo, o historiador esclarece que “não havia registos, mas sabe-se que houve zonas em Moçambique, como o Niassa, de onde saíram muitos escravos. Na zona de Nampula, também saíram muitos.” Ao evocar o derramamento de sangue que as capturas ocasionavam, Luís Covane cita em particular “a introdução maciça de armas de fogo para alguns grupos que se especializaram quase na caça ao homem e as populações que viviam em Moçambique nas suas unidades políticas”. Nesse tempo, no século XVIII até meados do século XIX, quase até finais, o estudioso refere que “foram momentos terríveis. Agora, esse passado que nós às vezes classificamos como período pré-colonial, em que a presença europeia era mais mercantil, não dominavam as populações, politicamente, não havia (colonização). Fazia-se um negócio só com os produtos negociados que chegou a incluir o próprio o homem”. Muito embora não fossem os primeiros a praticar o comércio de escravos naquele território, ele ganhou uma importância substancial com a chegada dos portugueses que “exportaram” essa força de trabalho para colónias francesas, ou ainda o Brasil, refere Benigna Zimba, historiadora ligada à Universidade Eduardo Mondlane em Maputo, que estudou de forma aprofundada o período da escravatura. “Moçambique tem um papel central na história da escravatura na região e no complexo do Oceano Índico. Nós temos, a partir do Norte, a primeira capital que é a ilha de Moçambique. A ilha de Moçambique não produzia escravos. Ali ficavam escravos de passagem, vindos do interior. Nós temos Quelimane, temos Inhambane, nós temos aqui a zona do antigo Lourenço Marques, que hoje é Maputo, nós temos Sofala, nós temos em Cabo Delgado, vários portos pequenos. Estes portos foram tendo a sua importância consoante as oportunidades de exportação, não só para o oceano Indico, mas também para o Norte de África. Em algum momento, um dos grupos que desenvolviam as suas economias locais com base nos escravos, é o grupo do Norte de Moçambique, actual Niassa. Este grupo exportou nos meados da década de 1880 a 1890, cerca de 5000 escravos, caravanas bem escoltadas e chegavam a maior parte aparentemente andando. Saíam escravos de Moçambique. Outros, não só por via marítima, mas para o Quénia. Também havia capturas do Malawi que vinham para Moçambique para poder sair e dos pontos onde iam, eles espalhavam-se. Ficaram conhecidos como os “Moçambiques”, que não eram necessariamente naturais de Moçambique. À medida que ia se desertificando, houve uma decapitação total de população. É por isso que iam cada vez mais para as costas do interior e não para a costa marítima para ir buscar pessoas”, refere a historiadora. Por outro lado, Benigna Zimba explica que havia um tratamento diferenciado para homens e mulheres. “A diferença está mais ligada à função da força de trabalho. Aqueles que compravam escravos, normalmente diziam ‘nós estamos a comprar escravos para levar para as plantações de cana de açúcar ou de cacau', então precisavam de força de trabalho. E também precisavam de reproduzir a população escrava, através de escravas. De tal maneira que nos preços de compra, muitas vezes as mulheres eram mais caras, compradas por dois tecidos, duas cangas, dois panos. E se elas tivessem bebé ou criança, dependendo da idade e da maturidade, sabiam que aqui nós já temos um escravo bebé masculino. Era mais barato. Bebé feminino porque é uma outra fonte de reprodução, era mais caro”, refere a universitaria. “Muitas delas preferiam não resistir à captura para não serem mortas, não serem violadas, não as separarem dos filhos. Havia escravas que eram compradas para ir reproduzir com os escravocratas. Faziam um filho, depois levavam o filho. E a escrava nunca mais via aquela criança. Quando falamos da demografia da escravatura, se formos a ver, o papel da mulher é extremamente importante, porque sem ela não há reprodução de escravos e também não há reprodução do sistema no nível da cúpula e ao nível das bases”, explicita ainda Benigna Zimba. Questionada sobre o trabalho forçado, pratica que veio a seguir à abolição oficial da escravatura, a estudiosa refere que “a escravatura termina naturalmente, na medida em que ela já não responde às demandas dos sistemas coloniais imperialistas. Para o caso de Moçambique, nós temos os famosos sistemas dos prazos, que são uma outra forma de continuação da escravatura. Quem eram os senhores Prazeiros? Eram os senhores e as senhoras Donas Prazeiros, muitas deles, principalmente na região da Zambézia, que sustentaram os sistemas neo escravocratas a partir da continuidade. O escravo é liberto. Aqui em Moçambique não houve muitas cartas de alforria, isto é mais para a África do Sul, Tanzânia, Quénia, para as antigas colónias britânicas. As portuguesas nem tanto. Havia portugueses que nem sabiam o que é que se passava no mundo em termos de não poderem trabalhar com uma base de mão-de-obra escrava. Então a escravatura continua”, detalha ainda Benigna Zimba. Podem ouvir os nossos entrevistados na íntegra aqui:
Moçambique assinala neste 25 de Junho de 2025, os 50 anos da sua independência. Por esta ocasião, a RFI propõe-vos um percurso pela história do país e a sua luta pela liberdade. No terceiro episódio desta digressão, evocamos as circunstâncias em que foi lançada a guerra de libertação de Moçambique. A 16 de Junho de 1960 deu-se um episódio que foi um marco antes do desencadear da luta armada. Naquele dia, foi organizado um encontro em Mueda, no extremo norte do país, entre a administração colonial e a população local que reclamava um preço justo pela sua produção agrícola. Só que no final dessa reunião que teria sido exigida pela MANU, uma organização independentista que viria a integrar a Frelimo, deu-se a detenção de alguns dos representantes do povo e em seguida a execução a tiro de um número até agora indeterminado de pessoas. O historiador Luís Covane recorda as circunstâncias do sucedido. “Primeiro, a injustiça praticada na compra dos produtos agrícolas dos camponeses e entra para primeiro a luta pela melhoria das condições de compra e venda dos seus produtos e a intransigência do outro lado da força”, começa por explicar o historiador recordando que nos “anos 60, os movimentos para a conquista da independência sem violência nos países vizinhos já eram uma realidade. Os ingleses, os franceses, adoptaram um sistema de entrega, ajudaram até a desenhar a bandeira, o hino nacional, a segurança”. “Acontece que Portugal era um país colonizador. Mas na sua própria colónia, também era colonizado. Por exemplo, o sul de Moçambique exportava mão-de-obra. O Governo que viesse nesse assunto de exportação de mão-de-obra não havia de precisar de Portugal”, refere por outro lado o estudioso ao sublinhar paralelamente que “Portugal investiu muito pouco na Educação. Assim, em 1975, o nível de analfabetismo em Moçambique era de 93%. Apesar de Salazar ter feito entendimentos com a Santa Sé em 1940. (...) Para entrar na escola, já para o escalão mais avançado, era preciso ser assimilado. Mas lá no campo, tinha-se 18 anos, já se era objecto de perseguição para o trabalho, não havia espaço, também não havia escolas para isso, não havia escolas secundárias, não tinha como. Uma pessoa sabia ler e escrever e pronto, acabou. Podia ser catequista, no máximo. O investimento que não se fez na educação tornou a situação em Moçambique muito mais delicada.” Dois anos depois do massacre de Mueda, três organizações nacionalistas, a UDENAMO, União Democrática Nacional de Moçambique, a MANU, Mozambique African National Union, e a UNAMI, União Nacional Africana de Moçambique Independente, reúnem-se em Dar-es-Salaam, na Tanzânia, a 25 de Junho de 1962 e fundem-se numa só entidade, a Frelimo, Frente de Libertação de Moçambique. Sob a direcção do seu primeiro presidente, o universitário Eduardo Mondlane, e a vice-presidência do reverendo Uria Simango, a Frelimo tenta negociar a independência com o poder colonial, em vão. A partir de 1964, começa então a acção armada. O antigo Presidente moçambicano, Joaquim Chissano, recorda essa época em que tomaram conhecimento da existência de movimentos independentistas nos países vizinhos de Moçambique e decidiram se inspirar deles. “Nessa altura, nós, já estudantes, que tínhamos deixado Portugal, que estávamos na França, tomamos conhecimento disso juntamente com o Dr. Eduardo Mondlane, que trabalhava nas Nações Unidas. No nosso encontro em Paris decidimos que devíamos trabalhar, a partir daquele momento, para a unificação dos movimentos de libertação, para que houvesse uma luta mais forte. Mesmo a luta diplomática, que foi a coisa que começou, havia de ser mais forte se houvesse um movimento unificado. É assim que surge uma frente. (...) Foram três movimentos que formaram uma frente unida que se chamou a Frente de Libertação de Moçambique. E essa Frente de Libertação de Moçambique continuou a procurar meios para ver se os portugueses haviam de acatar a Resolução das Nações Unidas de 1960 sobre a descolonização. E, finalmente, quando se viu que, de facto, os portugueses não iriam fazer isso, particularmente depois do massacre da Mueda, decidiu-se começar a preparação para uma insurreição armada. E assim houve treinos militares na Argélia, onde foram formados 250 homens, porque também a luta dos argelinos nos inspirou. Então, eles próprios, depois da criação da Organização da Unidade Africana e da criação do Comité de Coordenação das Lutas de Libertação em África, fomos a esses treinos na Argélia e a Argélia é que nos forneceu os primeiros armamentos para desencadear a luta de libertação nacional”, recorda o antigo Chefe de Estado. Ao referir que a causa recebeu apoio nomeadamente da Rússia e da China, Joaquim Chissano sublinha que “a luta foi desencadeada com a ajuda principalmente africana. E mais tarde vieram esses países. A Rússia deu um apoio substancial em termos de armamento. (...)Depois também mandamos pessoas para serem treinadas na China e mais tarde, já em 1965, quando a China fica proeminente na formação político-militar na Tanzânia, mandaram vir instrutores a nosso pedido e a pedido da Tanzânia.” Sobre o arranque da luta em si, o antigo Presidente moçambicano refere que os ataques comeram em quatro frentes em simultâneo. “Nós, em 1964, criámos grupos que enviamos para a Zambézia, enviamos para Niassa, enviamos para Cabo Delgado e enviamos para Tete. Portanto, em quatro províncias simultaneamente. No dia 25 de Setembro (de 1964) desencadeamos a luta armada de libertação nacional. Porque também a ‘insurreição geral armada', como o Presidente Mondlane denominou, começou em quatro províncias em simultâneo”, recorda Joaquim Chissano. Óscar Monteiro, membro sénior da Frelimo e antigo representante do partido em Argel, também recorda a época em que, jovem líder estudantil em Portugal, integra as fileiras da Frelimo em 1963. “Eu começo por ser um dirigente estudantil em Portugal. Sou um dirigente da Associação Académica de Coimbra, juntamente com outras pessoas, como Manuel Alegre. É um nome de que me recordo. Éramos colegas de estudo. E éramos colegas no movimento estudantil e, ao mesmo tempo, sendo parte do movimento estudantil, vou migrando para o movimento anticolonial, Na Casa dos Estudantes do Império e mais tarde sou recrutado por Marcelino dos Santos, aproveitando uma viagem de fim de curso em que eu levava um relatório da célula do PAIGC em Coimbra para uma pessoa do PAIGC em Paris. Sou recrutado para organizar os estudantes moçambicanos em Portugal, mas também os estudantes de todas as colónias. Não sou dos primeiros nacionalistas em Portugal, mas sou do grupo que permanece em Portugal depois da grande fuga dos anos 62. Então, esse meu trabalho começa em 63. Em 63, eu recebo essa missão, na qual me empenho, saio de Coimbra para Lisboa. Ainda publicamos boletins, um boletim chamado Anti-Colonial. E acontece que ousamos demais. Começamos a distribuir o Boletim Anticolonial em Moçambique, na Beira e em vários sítios, mas na Beira é que somos apanhados e eu sou avisado por um colega meu que ainda está aqui, o Luís Filipe Pereira, um pedagogo. Ele avisa-me ‘Olha fulano de tal e fulano de tal foram presos.' Foi o sinal para mim de passar a uma outra vida, que é uma vida completamente diferente, que é de me esconder. A gente poderia dizer de uma maneira muito elegante ‘passei à clandestinidade', mas no fundo eu estava simplesmente a fugir. Não estava a fazer clandestinidade. Tinha feito antes, mas nesse momento saí pela porta de trás e pronto, cheguei a Paris utilizando o caminho dos imigrantes. Fui esperando lá. Continuando a manter a relação com os estudantes em Portugal e mais tarde sou chamado para a Argélia por Pascoal Mocumbi, que me tinha visto em Paris e que eu conhecia porque ele era muito amigo do Chissano”, conta Óscar Monteiro. Ao evocar a missão que lhe incumbia em Argel, Óscar Monteiro refere que o seu trabalho consistia em “fazer a propaganda do movimento de libertação em francês. Nós já tínhamos representações no Cairo, tínhamos um departamento de informação que produzia documentos, o ‘Mozambique Revolution', que era uma revista muito apreciada, que depois era impressa mesmo em offset. Mas não tínhamos publicações em francês. Então, coube-nos a nós, na Argélia, já desde o tempo do Pascoal Mocumbi, produzir boletins em francês, traduzir os comunicados de guerra e alimentar a imprensa argelina que nos dava muito acolhimento sobre o desenvolvimento da luta, a abertura da nova frente em Tete, etc e ganhar o apoio também dos diplomatas de vários países, incluindo de países ocidentais que estavam acreditados na Argélia. Falávamos com todos os diplomatas. Prosseguimos esses contactos. O grande trabalho ali era dirigido sobre a França e sobre os países de expressão francesa. Era um tempo de grande actividade política, é preciso dizer. Eram os tempos que precederam o Maio de 68. Enfim, veio um bocado de toda esta mudança. E tínhamos bastante audiência”. A 3 de Fevereiro de 1969, em Dar-es-Salaam onde está sediada a Frelimo, Eduardo Mondlane abre uma encomenda que contém uma bomba. A explosão do engenho é-lhe fatal. Até agora, pouco se sabe acerca desse assassínio sobre o qual Joaquim Chissano, então responsável do pelouro da segurança da Frelimo, acredita que haverá a mão da PIDE, a polícia política do regime fascista de Portugal. “Havia já alguns indícios de que havia movimentos de pessoas enviadas pelo colonialismo, mesmo para a Tanzânia, como foi o caso do Orlando Cristina, que chegou a entrar em Dar-es-Salaam e fazer espionagem. Disse que trabalhou com os sul-africanos em 1964 e continuou. Depois houve o recrutamento, isso já em 1967-68, de pessoas da Frelimo que tentaram criar uma divisão nas linhas tribais, mas que na realidade não eram representativos das tribos que eles representavam, porque a maioria eram ex-combatentes que estavam solidamente a representar a unidade nacional. Foi assim que tivemos uns traidores que depois foram levados pelos portugueses de avião e de helicópteros e entraram a fazer campanha aberta, propaganda e até houve um grupo que chegou a reivindicar a expulsão do nosso presidente, dizendo que ele devia receber uma bolsa de estudos. Quer dizer, a ignorância deles era tal que eles não viram, não souberam que ele era um doutor -duas vezes doutor- e que não era para pensar em bolsa de estudo. Mas pronto, havia um movimento de agitação. Mas a frente era tão sólida que não se quebrou. Por isso, então, foi se fortalecendo à medida que íamos andando para a frente”, conclui Joaquim Chissano. Podem ouvir os nossos entrevistados na íntegra aqui:
Moçambique assinala neste 25 de Junho de 2025, os 50 anos da sua independência. Por esta ocasião, a RFI propõe-vos um percurso pela história do país e a sua luta pela liberdade. No quarto episódio desta digressão, evocamos o massacre de Wiriyamu, em 1972. O Massacre de Wiriyamu ou “Operação Marosca” aconteceu a 16 de Dezembro de 1972. Depois de dois capitães portugueses morrerem quando o seu veículo pisou numa mina, as tropas coloniais massacraram pelo menos 385 habitantes da aldeia de Wiriyamu e das localidades vizinhas de Djemusse, Riachu, Juawu e Chaworha, na província de Tete, acusados de colaborarem com os independentistas. A ordem foi de "matar todos", sem fazer a distinção entre civis, mulheres e crianças. Algumas pessoas foram pura e simplesmente fuziladas, outras mortas queimadas dentro das suas habitações incendiadas. Mustafah Dhada, historiador moçambicano e professor catedrático na Universidade da Califórnia, dedicou uma parte importante da sua vida a investigar o que sucedeu em Wiriyamu. “O massacre, tem que ser contextualizado no espaço do sistema colonial português em África. E nesse sentido, o massacre era um dos vários massacres que aconteceram em Moçambique, em Angola, na Guiné-Bissau, em São Tomé e Príncipe e também o massacre estrutural do meio ambiente em Cabo Verde. Devemos notar uma coisa: a guerra colonial portuguesa, a baixa era de 110.000 pessoas, aproximadamente civis na nossa parte dos libertadores e dos colonizados e o massacre é somente 385 pessoas que têm um nome e outros que desapareceram sem nome. E neste sentido o massacre é, do ponto de vista quantitativo, um massacre que tem uma significação menor. Mas o que foi importantíssimo é que o massacre não iria ser reconhecido como um evento tectónico se não tivesse havido uma presença da Igreja -não portuguesa- em Tete”, sublinha o historiador aludindo às denuncias que foram feitas por missionários a seguir ao massacre. “A história rebentou no ‘Times of London' em Julho de 1973, e aquilo teve em mim um impacto muito grande. Quando tive uma oportunidade de ir para Moçambique para reconstruir a anatomia do massacre, eu tive uma bolsa da Fulbright nos Estados Unidos, fui ali e parei no sítio mesmo do massacre, onde durante oito meses eu conduzi entrevistas com 206 famílias, famílias com três a quatro membros, e fiz uma reconstrução quase completa. O meu objectivo era duas coisas: normalmente os estudiosos que fazem estudos como esses, sobre a violência em massa colonial ou pós-colonial, focam-se exclusivamente sobre o objectivo de reconstruir a anatomia do massacre. Para mim, eu pensei que ‘porque é que nós estamos focados somente na anatomia da matança, sem primeiramente ressuscitar o que foi perdido depois do massacre?' Neste sentido, eu fiz um estudo onde eu reconstruí a vida, a história sociocultural das aldeias do Triângulo de Wiriyamu para apreciar qual foi o peso do massacre, o que é que nós perdemos devido esse massacre, quantos porcos eles tinham, quantas cabras, quantas galinhas e etc, etc. Onde é que estavam os riachos? Quantas pedras, quantas árvores e os caminhos que estavam aí? Dissecar a anatomia do que aconteceu, documentar a hora a hora, minuto a minuto”, refere o universitário reconhecendo que existem lacunas no seu trabalho. “Nós não sabemos o que aconteceu na última fase da matança, em que os comandos estavam a ir caçar as pessoas que sobreviveram ao massacre. No dia antes, naquele sábado, e também o que se passou numa vila pequenina que era abaixo da vila de Wiriyamu, que se chamava Riachu”, admite o historiador. Meses depois do massacre, um sacerdote britânico, Adrian Hastings, denunciou o sucedido num livro editado em Julho de 1973, sendo que Peter Pringle, jornalista do ‘Times of London', publica na mesma altura um artigo e fotografias relatando o que viria ser considerado um dos episódios mais chocantes da guerra de libertação. Estas revelações coincidiram com a visita do então chefe do executivo português, Marcelo Caetano, a Londres, com um impacto desastroso para um regime já sob pressão tanto no terreno como a nível diplomático. “Eu conheci o Padre Adrian Hastings, anos e anos. Era um jovem. Ela era o meu mentor naquele tempo. E eu que fiz a classificação dos documentos dele que agora estão anos arquivos da York University. O padre Adrian Hastings estava envolvido no Instituto Católico das Relações Internacionais. E no âmbito desta visita (de Marcelo Caetano), o Instituto queria montar uma discussão objectiva sobre a relação entre Grã-Bretanha e Portugal naquele tempo. Adrian Hastings ouviu ecos desses massacres, mas tangencialmente, porque a história já tinha sido revelada num jornal espanhol e também italiano. Mas não tinha pernas para andar mais à frente. Naquele tempo, o padre Adrian Hastings tinha que sair para o Zimbabué para dar algumas palestras histórico-eclesiásticas. É ali que ouviu falar sobre o massacre. Viu os padres Burgos (da Rodésia), cuja relação com os padres Burgos de Moçambique estava bem forte e bem estabelecida. Dessa maneira, os Burgos da Rodésia do Sul disseram ao padre Hastings ‘olha, se tu queres detalhes sobre este massacre que nós sabemos que aconteceu, vai lá falar com o XXX em Madrid.' O padre ia para uma conferência em Salamanca. Foi ali que a história lhe foi revelada. De maneira que mudou o plano dele. Foi a Madrid e falou com o padre Superior dos Burgos. Depois de alguns dias, o padre superior enviou-lhe documentos primários. Ali foi a primeira revelação para o padre Hastings. E ele agora sentiu que havia aqui uma coisa tectonicamente importante. Mas o problema era que ele não tinha nenhuma ligação com o ‘Times of London'. O editor do ‘Times of London' era de uma camada social proto-aristocrática e tinha sido formado em Oxford. O padre era de Oxford e o hábito dele era simplesmente às 16h00 de ir para o clube dele, que era o ‘Oxford Cambridge Club', onde ele tomava um ‘Gin tónico'. Naquele dia, ele disse ao sub-editor que já tinha experiência como sub-editor em Washington DC que era a pessoa que tinha a responsabilidade executiva para tomar uma decisão. E ele é que decidiu publicar a história na primeira página. É ali que foi a revelação”, conta Mustafah Dhada. “Quando a história rebenta, o Caetano e a reputação do governo português está verdadeiramente danificada, porque isto revela-se em 1973 e no 25 de Abril de 1974, há uma revolução em Portugal. Durante essa época, também houve a publicação do livro do Spínola (“Portugal e o futuro”). De maneira que a história não somente era tectónica do ponto de vista da conduta dos militares na África portuguesa, mas também internacionalmente. Dizia ao mundo ‘Olha, vocês devem olhar o que é que está a acontecer aqui Internacionalmente', porque Portugal também era um membro da NATO, tinha os benefícios da NATO, etc, etc. Mas quando ele volta para Lisboa, há impactos internos juntamente com a publicação do livro 'Portugal e o futuro'. O regime já está aí perto do mortuário”, diz o estudioso. No terreno, a Frelimo, então ainda em plena luta contra as tropas coloniais, não soube imediatamente do sucedido, conta ainda Mustafah Dhada. “A Frelimo não sabia dinamicamente o que estava acontecer. A única pessoa que tinha verdadeiramente fontes primárias sobre o massacre de Wiriyamu era um comandante extraordinário da etnia maconde, cujo nome agora me falha, e um moço pequeno, que era sobrevivente dos acontecimentos. Havia redes que são muito complicadas de explicar aqui, mas de qualquer maneira, a Frelimo não tinha necessariamente uma ideia do que estava a acontecer. Havia claramente reportagens, mas essas eram reportagens secundárias. Isso não quer dizer que a Frelimo estava aí sem um modo de saber. O problema era simplesmente de comunicação logística. E sabes-se que na guerra de guerrilha, não se podia utilizar métodos modernos para comunicar, porque guerra era guerra. (...) De maneira que a Frelimo só soube desses massacres quando o pequeno moço António Mixone (sobrevivente do massacre), chegou via a Zâmbia e depois foi entrevistado. Mas quando o Adrian Hastings e o meu amigo Peter Pringle foram para os Estados Unidos, às Nações Unidas, para dar evidências e verificações, o Marcelino dos Santos é que ficou a saber disso pelo padre Adrian Hastings. O padre Adrian disse-me que ele obviamente não queria associar o nome dele com a Frelimo, simplesmente porque aquilo iria danificar a integridade da sua personalidade e da história. Em conclusão, nós podemos dizer que a Frelimo chegou à mesa do jantar um bocadinho tarde”, conta Mustafah Dhada. Por sua vez, o antigo Presidente moçambicano, Joaquim Chissano, recorda o impacto que o massacre teve no decurso da guerra de libertação. “Tornou-se claro que a nossa luta tinha razão de ser e que o colonialismo português não queria ceder, nem dialogar, nem nada. Então ganhamos já a opinião pública mundial. Foi sobretudo pelo trabalho que nós fazíamos a nível diplomático, porque a nossa luta não foi só luta armada”, diz o antigo chefe de Estado. O governo português desmentiu os acontecimentos, apesar de este assunto constar das discussões do Conselho de Ministros, a 18 de Agosto de 1973 e apesar também de um relatório interno comprovar os factos relatados. Assunto tabu durante largos anos, o massacre de Wiriyamu acabou por ser reconhecido e ser objecto de um pedido de desculpas oficial formalizado em 2022 pelo Primeiro-ministro português da época, António Costa, por ocasião de uma visita a Moçambique. Mustafah Dhada que tinha publicado havia pouco a versão portuguesa de um dos livros que dedicou ao massacre de Wiriyamu, recorda as circunstâncias em que chegou este pedido de desculpas. “Havia um silêncio e um silêncio enorme. Mas eu estive em Portugal e estive ali como investigador associado na universidade de Coimbra, onde que eles lançaram o meu livro e depois o livro foi traduzido em português. Depois de uma campanha com a ajuda dos sábios, dos estudiosos portugueses, o Primeiro-ministro recebeu uma cópia desses livros e outros membros do gabinete português receberam também. Foi mandada uma cópia para a cúpula militar portuguesa e eles confidencialmente disseram ‘sim, o livro claramente está a esclarecer aqui o que aconteceu e com definição'. Essa foi a resposta que eles deram ao Primeiro-ministro. E o Primeiro-ministro que agora é o presidente da Comissão Europeia (António Costa), finalmente admitiu publicamente em Moçambique que ‘sim, nós fizemos este massacre e estamos aqui a pedir desculpa'”, conta o investigador. “Nós, como historiadores, trabalhamos anos para reconstruir o passado, mas os nossos trabalhos não são reconhecidos, mas têm um peso para mudar a consciência de um país. Eu não estou a sugerir aqui que eu sou importante. É simplesmente dizer que uma obra como essa, para os historiadores, verdadeiramente dão-nos uma esperança para nos engajar numa disciplina que tem um peso e que provavelmente tem uma influência para reagir e para mudar o ritmo historiográfico de um país”, remata Mustafah Dhada. Podem ouvir o nosso entrevistado na íntegra aqui:
Assim que os primeiros bombardeios israelenses atingiram o território iraniano, o secretário de Estado dos EUA se apressou em negar a participação americana no ataque. O presidente Donald Trump também se apresentou para defender uma solução diplomática e disse que estava perto de um acordo para o programa nuclear do Irã. Menos de uma semana depois, tudo mudou. Primeiro, Trump subiu o tom num ultimato contra o Irã, exigindo que o regime desista totalmente de seu programa nuclear. Depois, foi ainda mais longe. O presidente americano falou como se os próprios EUA já estivessem dentro da guerra, afirmou ter controle total e completo dos céus iranianos e ameaçou: “Não vamos matar o Líder Supremo [o aiatolá Ali Khamenei, chefe de Estado do Irã]. Por enquanto”. Para explicar o que quer Donald Trump com esse vaivém e quais são os objetivos americanos no conflito, Natuza Nery entrevista Fernando Brancoli, professor de Segurança Internacional e de Geopolítica da UFRJ. Fernando analisa também quais as consequências de uma eventual entrada americana na guerra: “Se a gente olha as invasões americanas no Oriente Médio, o que acontece é uma guerra assimétrica com morte de civis e destruição de infraestrutura”.
Roteirista, diretor e professor. Formado pela Columbia University com bolsa Fulbright, criou e escreveu séries para Netflix, HBO, Amazon e National Geographic. Seu trabalho transita entre drama, thriller e temas sociais. Atualmente vive no Canadá, onde também pesquisa IA aplicada à criação audiovisual. É criador da série Sutura (2024). No papo, falou sobre experiências, criação, … Continue lendo "Primeiro Tratamento – Fabio Montanari – # 345"
Se hoje pessoas LGBTQIA+ podem casar e construir legalmente uma família, saiba que isso tem nome e tem história: a de Toni e David.No final dos anos 80, Toni, um jovem assumidamente gay do interior do Paraná, decidiu mudar de ares. Foi pra Europa sem dominar outros idiomas, com coragem, fome de liberdade e o desejo de viver com dignidade. Ele não sabia, mas estava a poucos degraus de encontrar o amor da sua vida. Literalmente.Foi na estação de metrô mais profunda de Londres que ele cruzou o olhar com David, um inglês de terno, sobretudo e uma história escondida atrás de um casamento heterossexual. Bastou um sorriso, um "do you wanna be my husband forever?" e, a partir dali, eles nunca mais se desgrudaram.Mas viver esse amor não seria simples.David teve que romper com o passado, se entender, se assumir. E, mais tarde, se mudar pro Brasil, onde juntos começaram uma vida e uma luta. Primeiro pelo direito de David ficar no país. Depois, para transformar o amor deles em um vínculo legal.Os dois foram rejeitados e ridicularizados em cartórios. Tiveram o pedido de união estável negado. Mas também foram abraçados por uma rede de apoio que cresceu com eles: advogados, parlamentares, ativistas, jornalistas que queriam vê-los felizes.O caso deles explodiu na mídia e acabou sensibilizando a opinião pública. De perseguidos, viraram símbolo. A mobilização foi tanta que permitiu, anos depois, a entrada do casal com um pedido no Supremo Tribunal Federal. E foi assim, no dia 5 de maio de 2011, que eles ajudaram a fazer história: o reconhecimento da união homoafetiva como um direito constitucional.Não parou por aí.Eles também foram pioneiros na adoção por casais do mesmo sexo. Esperaram sete anos até conseguir, finalmente, o direito de serem pais juntos, com registro legal em nome dos dois.Hoje, Toni e David seguem juntos, há mais de 35 anos. E não só venceram pelo próprio amor, mas abriram as portas pra que milhares de pessoas pudessem sonhar, amar e existir com dignidade.No fundo, tudo começou com um espaguete e uma garrafa de vinho em uma sacola rasgada. Mas o que eles construíram foi muito maior: uma vida, uma família, e um legado.O Oxxo é o parceiro que está apresentando a história da Karine no podcast. O Oxxo também está sempre pertinho para salvar a gente no dia a dia. Saiba mais em http://instagram.com/oxxobrasil. #VemProOxxoEdição: Fábio de Azevedo (Nariz)Roteiro: Luigi Madormo
Assine a Brasil Paralelo: https://sitebp.la/bp-cartas-na-mesa ___________ Nosso programa de análise política, para começar a semana bem informado. As principais notícias do Brasil, comentadas por Luiz Philippe de Orleans e Bragança, Adriano Gianturco, Christian Lohbauer e Renato Dias. Esse é o Cartas Na Mesa. Ao vivo, todas as segundas, às 20h. __________ Precisa de ajuda para assinar? Fale com nossa equipe comercial: https://sitebp.la/yt-equipe-de-vendas Já é assinante e gostaria de fazer o upgrade? Aperte aqui: https://sitebp.la/yt-equipe-upgrade __________ Siga a #BrasilParalelo: Site: https://bit.ly/portal-bp Instagram: / brasilparalelo Facebook: / brasilparalelo Twitter: / brasilparalelo Produtos oficiais: https://loja.brasilparalelo.com.br/ ___________ Sobre a Brasil Paralelo: Somos uma empresa de entretenimento e educação fundada em 2016. Produzimos documentários, filmes, séries, trilogias, cursos, podcasts e muito mais. Nosso foco é o conteúdo informativo e educativo relacionado ao contexto social, político e econômico brasileiro.
Milton Teixeira conta como, em 14 de junho de 1909, após a morte de Afonso Pena, o vice Nilo Peçanha assumiu a presidência e promoveu uma profunda reforma no ensino, valorizando professores, modernizando escolas e cuidando da agricultura e das finanças. Pouco lembrado hoje, Nilo foi o primeiro presidente negro das Américas — e, apesar do racismo da época, deixou um legado admirável em apenas um ano de governo.
Fernando Barcellos é Cineasta e roteirista. Nascido na Cidade de Deus, formou-se em audiovisual pela CUFA (Central Única das Favelas). Entre seus trabalhos, foi roteirista do Filme “5x favela” e “5x pacificação”, coordenador de conteúdo audiovisual do Ponto Cine e a direção dos curtas “Se Todos Fossem Iguais” (2009), “Arroz com Feijão” (coprodução com Canal … Continue lendo "Primeiro Tratamento – Fernando Barcellos – # 344"
Edição de 09 Junho 2025
O presidente dos EUA e o homem mais rico do planeta protagonizaram nesta quinta-feira um bate-boca público para o mundo inteiro ver, e ler. Primeiro, Trump disse estar decepcionado com Musk, que nos últimos dias fez uma série de críticas ao megaprojeto de lei orçamentária que o presidente dos EUA quer fazer passar no Congresso. A resposta do bilionário veio via X: o empresário disse que, sem sua ajuda, o republicano não teria sido eleito e ameaçou cancelar o uso público de foguetes da Space X. Musk ainda endossou uma publicação que pedia o impeachment de Trump. E, sem apresentar provas, ligou o nome do presidente dos EUA ao escândalo sexual envolvendo Jeffrey Epstein – empresário condenado por tráfico sexual de menores que morreu dentro da prisão. Do outro lado, o presidente dos EUA ameaçou cortar subsídios e contratos do governo com empresas de Musk. Após a discussão pública, as empresas do empresário perderam US$ 148 bilhões em valor. Neste episódio, Natuza Nery recebe Oliver Stuenkel, professor de relações internacionais da FGV, pesquisador de Harvard e do Carnegie Endowment, nos EUA. Oliver detalha os efeitos de cada fase da épica discussão pública. “Musk corre o risco de destruir suas próprias empresas”, avalia Oliver, ao citar os impactos econômicos da briga. O professor fala também das chances de um pedido de impeachment contra Trump prosperar e os efeitos políticos para o presidente americano.
Amanda é roteirista de “De Volta aos 15”, é uma das criadoras de “Reencarne”, série de suspense e terror da Globo, que estreou mundialmente no Festival de Berlim (Berlinale Series Market). No papo, falou sobre experiências, referências, processos e muito mais. Na conversa de abertura, nossos dias no Rio2C
Quem busca ao Senhor pode ter certeza de que o encontrará. Deus não brinca de esconde-esconde, ele está sempre disposto a acolher aquele que o busca. Se você não o tem encontrado, talvez esteja buscando do modo errado. Primeiro precisamos saber que Jesus [e o único caminho que nos leva a Deus, portanto precisamos ouvir e crer em Jesus como nosso Salvador; segundo, precisamos buscar com todo nosso coração, u seja, com o desejo sincero de encontrá-lo. Busque ao Senhor e o encontrará, buscando de todo coração, através de Jesus, nosso Salvador.
Nesse episódio o nosso analista Wagner Yanaguizawa traz um resumo sobre a confirmação do primeiro caso de Gripe Aviária de Alta Patogenicidade (GAAP) em uma granja comercial no Rio Grande do Sul e os principais impactos esperado para o curto prazo.
Primeiro episódio do mês é dia de falar sobre carreira! Hoje, conversamos sobre a carreira da pessoa desenvolvedora Full Stack: escolha de carreira ou adaptação às demandas do mercado? Da importância das soft skills ao aprendizado contínuo, descubra as diferentes perspectivas e os "dependes" que cercam essa carreira. Vem ver quem participou desse papo: André David, o host que quer entender o cinza Vinny Neves, Líder de Front-End na Alura Patrícia Silva, Senior Fullstack Engineer Guilherme Lima, Tech Educator e Professor na Alura e na USP
Edinho Silva, Romênio Pereira, Rui Falcão e Valter Pomar apresentaram suas ideias, responderam questionamentos sobre suas ações caso sejam eleitos e levaram até os militantes suas pretensões em relação a gestão, alinhamento com o governo Lula e ações para combater a extrema direita. Sonoras:
Para ouvir e ler o catálogo completo de historinhas, acesse o Imagina Só App aqui!É primeiro de abril, e o marreco Genésio não vê a hora de começar as pegadinhas!Mas algumas brincadeiras podem ser perigosas, e ele vai aprender uma lição importante junto com os amigos.Essa e outras historinhas estão na coleção Turma do Banhado do Imagina Só App.O Imagina Só está no Instagram em @imaginaso.oficialTexto: Adriano QuadrosVozes: Luciana Espósito, Celso Henrique, Marcelo Ferrari, Bruno Acosta e Luciana Silveira.Produção, Trilhas Sonoras e Sound Design: Adriano QuadrosArte: Dayane Ribeiro e Juliana PaivaUma produção original Superplayer & Company. -->O aplicativo do Imagina Só tem mais historinhas GRÁTIS!Estamos também no Instagram!
Tarcísio depõe como testemunha no STF, exalta Bolsonaro e nega trama golpista. E Suprema Corte dos EUA autoriza Trump a revogar visto temporário de mais de 500 mil migrantes.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Segundo o IBGE, as altas na Agropecuária e nos Serviços contribuíram para o crescimento, com a indústria se mantendo estável após significativa recuperação. No acumulado dos últimos quatro trimestres, a economia brasileira registrou elevação de 3,5%.Sonora:
Organização Mundial do Turismo calculou número de turistas internacionais no mesmo período de 2024; Ásia-Pacífico, África, Europa Central e Oriental tiveram maior crescimento; receita do setor equivale a US$ 2 trilhões.
Primeiro destrona PS como segunda força política. O que se segue com o partido de André Ventura? Luís Montenegro deve apostar em entendimentos com o Chega? Com que riscos? See omnystudio.com/listener for privacy information.
Quando Joel parou de competir, continuou com a mentalidade de atleta... mas esqueceu do corpo.O resultado? 22kg a mais, saúde em queda, até que a perda do pai trouxe um novo despertar.Saúde, família e trabalho, nessa ordem.