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Primeiro da quarta geração! Como a Hudson transformou um "não" da Nintendo no primeiro console com CD-ROM da história.Destaques:Primeiro console com CD-ROM comercial (1988)Chipset HuC62 superior ao Famicom rejeitado pela NintendoMultitap para 5 jogadoresInúmeras versões do mesmo videogamePersonagens: Yuji e Hiroshi Kudo, Takahashi Meijin, Toshinori OyamaJogos: Ys I & II, Bomberman, R-Type, Street Fighter II, Magical ChaseCuriosidades: Vendeu mais que Master System e Mega Drive no Japão!Revolução do CD-ROM e a parceria que criou o console mais inovador dos anos 80!
Martim Sousa Tavares celebra os 300 anos de "As Quatro Estações" de Vivaldi. Qual é a importância desta obra e como é que o compositor retratou de forma inovadora as estações do ano através da música? See omnystudio.com/listener for privacy information.
Martim Sousa Tavares celebra os 300 anos de "As Quatro Estações" de Vivaldi. Qual é a importância desta obra e como é que o compositor retratou de forma inovadora as estações do ano através da música? See omnystudio.com/listener for privacy information.
Na primeira edição deste boletim você confere:- STF forma maioria para cassar mandato de Carla Zambelli;- Primeiro-ministro da Bulgária renuncia após onda de protestos da Geração Z;- Japão é atingido por terremoto.O Boletim Rádio Gazeta Online é um conteúdo produzido diariamente com as principais notícias do Brasil e do mundo. Esta edição contou com a apresentação das monitoras Maria Clara Pinheiro e Maria Eduarda Palermo, do curso de Jornalismo.Escute agora!
N510 - EASD 2025 - Resmetirom: Primeiro tratamento aprovado para MASH - Dhiãnah Santini e Fernando Valente by SBD
Natália Resende - Secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística -
Podcast que inicia a comemoração dos 40 anos do mangá clássico de Saint Seiya. Discutimos e analisamoss a primeira aparição e o desenvolvimento inicial da série na revista Weekly Shōnen Jump de 1985. Percorremos a trajetória de publicação do mangá, destacando capas originais, páginas coloridas e em duas cores, anúncios de brindes e pesquisas de popularidade entre leitores, além das propagandas da época. Analisamos também curiosidades editoriais e as alterações feitas em ilustrações e no cânone da história entre as publicações da revista e os volumes encadernados (como a versão Kanzenban), e os participantes antecipam futuras comemorações e a segunda parte do podcast. ACESSE Blog: http://podcastsaintseiya.blogspot.com.brSimpleCast: http://simplecast.com/PodcastSaintSeiyaFeed: http://feeds.feedburner.com/podcastsaintseiyaDiscord: https://discordapp.com/invite/T9JVaWS
O profesor e escritor ferrolán Henrique Dacosta presentará o vindeiro xoves no Centro Cívico de Canido a súa última novela, Mortes con argumento. Trátase do seu primeiro thriller policial, aínda que o autor recoñece que tende de maneira natural a escribir obras híbridas, difíciles de encadrar nun único xénero. A historia arrinca cunha morte estraña ao pé da Pena Molexa e continúa cunha explosión nun parque eólico próximo, feitos que serán investigados pola inspectora Iria Arnoso e o subinspector Telmo Chelas. A novela combina unha trama policial clásica con elementos simbólicos, lendarios e socioculturais propios de Ferrolterra, reflexionando sobre a perda das raíces, a transformación social e o desarraigo cultural. Como na maioría da súa obra, Dacosta escolle escenarios que coñece de primeira man, reforzando o peso do contexto como parte esencial do relato.
A produção literária e científica de Getúlio Vargas passa a contar com uma instituição dedicada exclusivamente ao fomento da cultura e ao incentivo da leitura nas escolas. A Academia Getuliense de Letras (AGL) oficializou sua primeira diretoria e iniciará ações práticas para dar visibilidade a autores regionais e despertar o interesse de novas gerações pelos livros. A entidade ocupará um espaço no Centro Municipal de Cultura, junto à Biblioteca Pública.Em entrevista ao programa Olho Vivo, da Rádio Sideral, nesta segunda-feira (8), o presidente empossado Maurício João Farinon detalhou o funcionamento da instituição. Segundo ele, a AGL atuará sem fins lucrativos e sem vínculos políticos ou religiosos, com a missão de conectar escritores locais à comunidade.
Neste episódio do podcast Do Zero ao Topo, do InfoMoney, apresentado por Mariana Amaro conversa com duas personalidades fundamentais por trás do crescimento e expansão das Drako academias e da fabricante nº1 de equipamentos de musculação do Brasil, a Cimerian. Primeiro, Marcio Jordis Gaspar, CEO e fundador das duas empresas que se tornaram referência no ecossistema fitness. Ele conta como começou sua trajetória profissional ainda jovem, pintando casas, descarregando caminhões e trabalhando em fábricas, e como essas experiências o prepararam para empreender do zero. Márcio compartilha também sua visão sobre o mercado fitness, o papel da inovação e da disciplina na gestão empresarial, além de dividir lições de vida, referências de leitura e conselhos para quem sonha em criar algo grande a partir do nada. Em seguida, Gabriel Pereira, CFO da Drako e da Cimerian, conta como surgiu a ideia da franqueadora de academias, os objetivos do grupo e como o negócio pretende se expandir nos próximos anos. *Este é um conteúdo patrocinado pela Drako e pela Cimerian, produzido em parceria com o InfoMoney*
Neste episódio, faço duas consultorias ao vivo focadas em promessas e headlines. Primeiro, oriento a Mariana, uma fonoaudióloga que vende materiais em PDF, a focar na facilidade e no benefício prático do produto ("material rápido e fácil para executar na terapia") em vez de apenas descrevê-lo, usando o exemplo de cases de sucesso que faturam milhões com produtos similares. Depois, ajudo a Flávia, do nicho de relacionamento, a transformar uma headline genérica em uma que toca na ferida da audiência ("Se você vive ciclos de brigas constantes..."), criando uma conexão imediata e aumentando a conversão. #copywriting Aproveite a Black do Ladeira:http://vtsd.com.br/quero-bf-ladeira-ep392 Me siga no Instagram:https://bit.ly/Insta-Leandro-LadeiraConheça o canal principal:https://bit.ly/Canal-Metodo-VTSDOuça nosso podcast:https://bit.ly/Podcast-do-Ladeira-no-Spotify
No episódio de estreia do GiantsCast, você vai conhecer a história de Patrícia Galbiatti, CEO da Galbiatti Refeições, uma empresa que atua no segmento de refeições coletivas corporativas e que já impacta milhares de pessoas todos os dias.Com mais de 100 colaboradores e uma operação que não para, Patrícia abre os bastidores da sua jornada empreendedora, desde os desafios do início até as decisões que fizeram sua empresa escalar. Aqui, ela compartilha erros, viradas de chave, aprendizados e o que mudou após entrar para o Giants, a maior comunidade de empresários de alto valor do Brasil.Se você busca clareza, inspiração e a visão real de quem está construindo negócios extraordinários, esse episódio é pra você.O que você vai ouvir neste episódio:• A trajetória da Galbiatti Refeições • Como liderar uma operação com mais de 100 colaboradores• Desafios do mercado de alimentação corporativa • As decisões que transformaram o crescimento da empresa • O impacto da comunidade Giants no desenvolvimento do negócio • Insights práticos para quem quer acelerar sua gestão e seus resultadosSobre o GiantsCastO GiantsCast é o podcast com histórias reais de empresários que fazem acontecer. Um quadro oficial do PodAcelerar, criado para revelar bastidores, desafios e estratégias de quem movimenta mais de 30 bilhões de reais por ano dentro da comunidade Giants.Aqui, o foco é simples: histórias que inspiram, resultados que ensinam e empresários que transformam o mercado.
Convidada: Isadora Ferraz
Primeiro ministro quer anistia total.Esse conteúdo é uma parceria entre RW Cast e RFI.
O dia 6 de agosto de 1945 é possivelmente o mais importante do século XX. Naquela madrugada, no céu da cidade de Hiroshima, a bomba “Little Boy” inaugurou a era atômica da humanidade. Poucos dias depois, a segunda bomba foi detonada em Nagasaki, empurrando o Japão para a capitulação e encerrando a guerra mais sangrenta da história.Não existe dúvida alguma que esses acontecimentos mudaram completamente a realidade do mundo, ao mesmo tempo colocando o fim da humanidade ao alcance de um botão, mas criando as décadas mais pacíficas que a história já conheceu, mesmo que sob o fantasma da destruição total.O que ainda suscita muita dúvida e um grande debate é se o uso das bombas naquele momento era necessário ou não. Essa é uma das maiores polêmicas da história da geopolítica e também o tema do vídeo de hoje.Afinal, o uso das bombas foi uma fútil e cruel demonstração de força dos americanos, ou foi o amargo, mas necessário, custo a se pagar pela paz?Primeiro, vamos expor os argumentos dos dois lados e depois vou dar a minha opinião sobre o assunto!
Podshow 01 Dez - Entrevista com Rafael Sambatti primeiro leilão da CMTU
Carlton Jumel Smith – Soul Man Vivendo na América em uma época em que muitos no poder são completamente desprovidos dealma, é preciso um Super Soul Man para manter a balança em equilíbrio genuíno! Esse é Carlton Jumel Smith.Soul Man de renome mundial, cantor, compositor, produtor e ator, construiu sua carreira sozinho e incendiou palcos de shows de Finlândia, China, Rússia, Turquia, Inglaterra, França e, claro, sua cidade natal, Nova York. Lexington Avenue", de 2019 é sua obra prima. Teve a honra de interpretar seu maior herói musical, James Brown, no filme "Liberty Heights" (1999), de Barry Levinson, e teve um papel principal ao lado de Cyndi Lauper no musical off-Broadway "Largo" (sobre a vida do compositor clássico tcheco Dvořák). Nasceu em no Spanish Harlem – com três irmãs e sua mãe. Ela quem levou Carlton, aos 8 anos, para assistir a James Brown no lendário Apollo – um local que não era apenas sagrado para Brown, mas também para todos os artistasnegros. A experiência de ver James Brown, com sua orquestra de 16 músicos, cantores e dançarinos, deixou uma marca indelével em Carlton. Ao mesmo tempo, por meio de discos, sua mãe o apresentou à maestria de Ray Charles, Otis Redding, Sam Cooke, Joe Tex, Marvin Gaye, Johnnie Taylor, Al Green, e muitos outros. A profundidade do impacto deles foi tamanha que Carlton tem os nomes tatuados em ambos os braços.Passou os anos 80 aprimorando os vocais com os mentores locais Rick Torres e Greg Fore, experimentando a composição e enviando demos. Uma demo o conectou com a empresária, Yvonne Turner, resultando no single de estreia de Carlton em 1986, uma faixa de House Music apropriadamente intitulada "Excite Me". Após embarcar em um avião para Hollywood para entregar pessoalmente sua fita ao diretor Barry Levinson, lhe garantiu o papel de um Brown ambicioso da década de 1950 no filme "Liberty Heights", Carlton estreou no B.B. King's Club, na Times Square, em Nova York, em 2002 – inicialmente como substituto de Ray Charles, que estava doente. Isso o levou a anos de shows lotados em New York, onde gravou dois álbuns ao vivo independentes lá: um deles: Carlton J. Smith Live at B.B. King's, de 2003 (com músicas associadas a Ray Charles e James Brown). O lendário empresário Alan Leeds, que gerenciou as carreiras de Brown e Prince, apelidou carinhosamente Carlton de "Soul Brother Number New".Essa distinção em particular provou ser profética, pois Carlton teve uma grande oportunidade quando uma banda de jazz cancelou sua temporada em um clube na China, o agente ligou freneticamente para o mundo todo em busca de umsubstituto de última hora. Carlton, voou imediatamente e encantou o público asiático ávido por soul autêntico. Um contrato de três meses se transformou em quase uma década de trabalho constante, com seis shows por semana e três por dia, entre 2005 e 2014. Durante esse período, Carlton também gravou mais discos: Primeiro veio Waiting (2006), um projeto composto principalmente por regravações comoventes de obras de uma influência singular: o compositor experimental Tom Waits, que Carlton descreve – assim como Bobby Womack – como um tio que transmite “a verdade nua e crua”. De volta da China em 2014, Carlton lançou G.U.M. (Grown-up Music), direcionando seu foco para um público mais maduro. Em plena ascensão, morou na Turquia, Reino Unido, Suíça, Romênia, Indonésia, Rússia e Noruega. Lançou um livro "Nothing Matters Except the Music", que narra as experiências que teve com Sly Stone, The Isley Brothers, Patti LaBelle e muitos outros. “Acredito firmemente que uma ótima canção é um beijo de Deus, afinal, na minha equação da alma: “Música + Letra = Sua Vida…”(Scott Galloway, June 2021)
Convidados: Bruno Tavares, jornalista da Globo em São Paulo; e Malu Gaspar, comentarista da GloboNews e da CBN e colunista de O Globo. R$ 26 bilhões. Segundo investigadores, este é o prejuízo aos cofres de SP, RJ e da União provocado por um esquema de sonegação de impostos envolvendo um grupo que atua no setor de combustíveis. Comandado pelo empresário Ricardo Magro, o grupo Refit é considerado o maior devedor de impostos de SP, o segundo do RJ e um dos maiores da União. O esquema de sonegação foi alvo da operação Poço de Lobato nesta quinta-feira (27) – no total, foram 190 alvos de mandados – incluindo pessoas físicas e empresas ligadas direta ou indiretamente ao grupo Refit. Neste episódio, Victor Boyadjian recebe dois convidados para explicar como funcionava a fraude e por que um projeto que poderia endurecer regras para combater crimes deste tipo demora a avançar no Congresso. Primeiro, a conversa é com Bruno Tavares, jornalista da Globo em São Paulo. Depois, Victor recebe Malu Gaspar, comentarista da GloboNews e da CBN, e colunista do jornal o Globo. Bruno detalha a operação e como funcionava o esquema bilionário de sonegação. O jornalista explica como os envolvidos pulverizavam dinheiro em diversas empresas para dificultar o rastreamento de valores, e responde quais são os próximos passos dessa investigação. Depois, Malu esclarece o que é um “devedor contumaz” e por que a Refit é considerada um exemplar deste tipo de devedor. Ela conta quais as relações entre o empresário Ricardo Magro e pessoas influentes em Brasília. Malu explica também como a operação repercutiu no Congresso – nesta quinta-feira, o presidente da Câmara anunciou quem será o relator do projeto que pode inibir este tipo de crime.
O coreógrafo brasileiro Calixto Neto apresentou o mais recente trabalho, “Bruits Marrons”, no Festival de Outono de Paris, entre 7 de Outubro e 21 de Novembro. O espectáculo resgata o legado musical e humano do compositor afro-americano Julius Eastman e inspira-se nos quilombos, as comunidades livres criadas nas matas por escravos fugitivos. Nesta peça, o palco é “o quilombo de Calixto Neto”, um espaço de liberdade e de afirmação, onde uma comunidade de artistas negros e queer “lambem feridas” da história e “se fortalecem” para enfrentar o mundo, contou o coreógrafo à RFI. RFI: Qual é a história de “Bruits Marrons”? “'Bruits Marrons' é uma peça que é um encontro de vários artistas da dança e da música em torno de um diálogo e de uma música do Julius Eastman, que é um compositor afro-americano que morreu em 1990 e que criou um corpo de trabalho belíssimo, incrível. Ele vem da música clássica minimalista.‘Bruits Marrons' acaba sendo um diálogo com esse músico, especialmente com uma música do Julius, que é Evil Niger, numa ideia de criar uma comunidade tanto para Julius, quanto para a música de Julius. A gente na nossa pesquisa entendeu ou interpretou uma certa solidão desse compositor na época dele porque ele era um homem negro, gay, evoluindo numa sociedade muito branca, muito heteronormativa, um músico solitário no meio em que ele evoluía. A gente quis criar essa comunidade de pessoas racializadas, imigrantes, queers e, para além disso, expandir o lugar de onde essa música vem, uma música clássica, minimalista - que é como ela é classificada hoje em dia, mesmo que existam algumas controvérsias entre os músicos e musicistas - mas trazer para essa música também uma família de outros sons, de outros ruídos, de outros barulhos que podem compor a escuta para que quando essa música chegue nos nossos ouvidos a gente já tinha dado uma família para ela.” Falou em ruídos. O título é “Bruits Marrons”. O que é que quer dizer este título? Qual será depois, em português, o equivalente? “No caso de ‘Bruits Marrons', a língua francesa tem essa subtileza de permitir um duplo sentido para a palavra ‘marron'. Em português seria ‘Ruído Marron' ou, no duplo sentido da palavra em francês, poderia ser também ‘ruído quilombola'. O que acontece é que 'marron', em francês, além da cor, também designa as pessoas que estavam em situação de escravidão e que fugiam do sistema de escravidão nas plantações e se embrenhavam nas matas e criavam essas comunidades autónomas e livres, onde tinham suas vidas e trabalhavam.” É o equivalente dos quilombos no Brasil? "Exactamente, é o equivalente dos quilombos. É uma peça que é inspirada dos quilombos e, especialmente, da reflexão que a gente tem hoje em dia em torno do uso dessa palavra no Brasil. No Brasil, a gente usa essa palavra de forma mais actualizada para as comunidades de pessoas racializadas, de pessoas negras, em vários contextos. A gente não tem mais o sistema de escravidão no Brasil, mesmo que ainda exista, em alguns contextos, o que a gente chama de escravidão moderna, mas a palavra quilombo é usada em vários contextos de ajuntamento de pessoas negras, que seja formal ou informalmente, por vários motivos: para estudar, para festejar, para se cuidar, para celebrar a cultura. Então, por exemplo, lá em São Paulo tem um lugar mítico para a comunidade negra que se chama Aparelha Luzia, que é um centro cultural, um lugar de festas, um lugar de encontro de associações que foi criado pela ex-deputada Érica Malunguinho, que é uma mulher negra, trans, que saiu de Pernambuco e que em algum momento se muda para São Paulo e fez lá a sua vida. Esse é um lugar que chamam de quilombo urbano. Eu, na minha juventude, há alguns anos, quando morei com dois outros amigos negros e gay em Recife, a gente chamava à nossa casa de quilombo. Então, tem esse sentido de um espaço de emancipação que a gente cria autonomamente e que a gente actualiza hoje em dia, mesmo que o uso dessa palavra, a comunidade em si, a função dela seja actualizada. Dito isso, existem também, hoje, as comunidades remanescentes quilombolas, que são essas terras onde as pessoas que fugiram da escravidão criaram as suas comunidades e que reclamam até hoje a posse dessas terras, como as comunidades indígenas brasileiras. Então, existe essa reflexão em torno dessa palavra, de criar uma comunidade que seja em torno do som, em torno do ruído, como o ruído é um incómodo para a harmonia dos ouvidos e isso era um pouco o que Julius representava: era um homem negro num meio muito branco, um homem gay num meio muito heteronormativo e ele era um homem gay muito frontal com a sua identidade sexual e, numa das várias entrevistas que ele deu, ele disse que só desejava na vida ‘poder ser 100% gay, 100% negro, 100% músico', 'gay to the fullest, black to the fullest, musician to the fullest'". Aquilo que se passa em palco, a comunidade que reúne em palco, corpos queer, corpos negros, corresponde a esta ideia de se poder ser “100% gay, 100% negro e 100% músico”? Esta peça tem um cunho de reparação e daí este grupo que juntou em palco? “Na verdade, esta peça tem uma temporalidade extensa. Encontrei [a música de] Julius, em 2019, no estúdio, alguém estava usando a música de Julius e houve esse encontro auditivo em que eu ouvi e meio que me apaixonei pela música dele. Em 2022, eu tive a oportunidade de começar um trabalho em torno dessa música, do trabalho dele, e na época eu queria trabalhar em torno do ‘Evil Nigger' e do ‘Crazy Nigger', mas nessa época eu tive a intuição de trabalhar só com pessoas negras porque eu queria entender qual é essa solidão de estar num meio em que a gente é sempre o único, em que a gente sempre está acompanhado de, no máximo, mais duas pessoas na sala. Foi uma aposta meio intuitiva e criou dentro do grupo uma sensação de segurança e de apaziguamento mesmo das histórias e das referências, de onde vem, o que é muito precioso e muito raro num ambiente de trabalho. Para a criação da peça, eu continuei com essa aposta, especialmente no que concerne à escolha da pessoa que toca a música porque, em 2025, mesmo com essa quantidade imensa que a gente tem de conservatórios, é uma missão hercúlea encontrar um pianista negro que tem uma formação sólida ou suficiente para tocar Julius Eastman. Hoje em dia, é praticamente impossível encontrar na Europa. Eu não sei se em Londres talvez a gente tenha mais, mas na França e na Bélgica, que foi onde concentrei mais as minhas pesquisas em 2022, foi uma tarefa muito difícil. Agora, para 2024, 2025, eu tive a ajuda de uma amiga pesquisadora, musicista, que tem uma pesquisa em torno da música de Julius e conhece alguns músicos e musicistas que se interessam pelo universo do Julius. Ela indicou-me algumas pessoas, mas, no geral, mesmo contando com pessoas da música, falei com pessoas de conservatórios, o teatro onde eu sou associado também me ajudou nessa busca, mas encontrar um pianista negro hoje em dia em França é uma tarefa possível, mas bem difícil." O piano é uma personagem, entre aspas, central na peça. É quase como a fogueira ou o batuque à volta do qual se reúnem as comunidades? “Pois é, a gente quis que o piano virasse um personagem dentro da estrutura da peça, às vezes, um objecto que pela imobilidade dele, acaba-se impondo no espaço. A gente pode atribuir várias imagens, mas, às vezes, eu penso que ele é um caixão que a gente está carregando com todo o cuidado e cantando essa música que é entre um lamento e uma canção de ninar. Às vezes, é um personagem que compõe uma estrutura sonora junto com a gente, num momento de explosão e de raiva. Às vezes é o centro da caldeira, como fala Isabela [Fernandes Santana] no começo da peça. Às vezes, é a lava ou o fogo em torno do qual a gente está girando e evocando o universo.” Até que ponto o piano ajudou a conceber os diferentes quadros de dança que variam entre a união muito forte e o êxtase e a libertação total dos corpos? Como é que criou a narrativa coreográfica da peça? “Teve um duplo trabalho. Primeiro, existiam duas imposições. Uma é a imposição da música em si porque eu decidi que a música entraria na sua integralidade, eu gostaria de propor ao público a escuta dessa música na sua inteireza - o que não foi o caso em 2022, quando era mais um jazz em torno dos universos que a música atravessa. Tem uma outra imposição, que é o objecto piano, que é um objecto imenso. Ele é imponente, ele é grande e ele ocupa o espaço. O piano não é como uma caixa de madeira que a gente muda de um lado para o outro e que está tudo bem assim. Ele tem uma carga histórica, ele tem uma carga simbólica e espacial que a gente não tem como se desenvencilhar dele. Em paralelo a essas duas imposições, existia o meu desejo de trabalhar com essa comunidade matérias que fossem em torno da alegria, em torno da criação de outros sons, uma travessia de uma floresta - que é uma cena inspirada da minha visita ao Quilombo dos Palmares, no Brasil - uma explosão raivosa e essa ideia de deslocamento desse objecto que, para mim, retoma uma tradição que a gente tinha no Brasil, no final do período da escravidão e no pós-escravidão, dos homens que carregavam o piano. As pessoas que, no processo de mudança carregam o piano, eram pessoas especializadas nisso, que tinham uma cadência específica para andar nas ruas não pavimentadas da cidade e há uma classe trabalhadora específica, com um universo musical também específico, ligado à cadência do passo. Essa é uma história que eu ouvi há muitos anos, quando eu estudava teatro, e que ficou na minha cabeça, até porque há uma expressão que a gente tem no Brasil, que são os carregadores de piano, que são as pessoas que vão carregar o peso mais pesado de um processo. Por exemplo, eu ouvi essa expressão num podcast de análise da situação económica do Brasil, em que o analista dizia que as pessoas que vão carregar o piano, as pessoas que vão carregar o peso mais pesado de uma mudança e de uma decisão para uma mudança económica, são as pessoas mais fragilizadas, as pessoas mais expostas. Então, tinha esse desejo de trazer o piano para estas histórias que a gente está contando, que ele pudesse ser um obstáculo que a gente atravessa, que ele pudesse ser talvez até um dos performers que dança com a gente e que produz esses ruídos, para além da música.” O que está neste momento a preparar? “A gente acabou de estrear a peça, houve apresentações no Teatro de Cergy-Pontoise, que é o teatro onde estou em residência até 2026. Depois, apresentámos em Bruxelas, na Bienal de Charleroi Dance e agora no MC93. A gente está preparando a tournée da peça, com algumas apresentações, e alguns projectos ligados à minha residência do Points Communs. Tem um outro projeto com o CCN de Grenoble ligado à tradição do carnaval e à ideia da noção de gambiarra.” O que é a gambiarra? “Gambiarra são essas reparações, esses consertos improvisados para problemas reais. A imagem clássica da gambiarra no Brasil é consertar uma havaiana quebrada com um prego. É uma tradição muito comum na nossa sociedade, ao ponto de ter virado uma estética em si, é quase um jeito de pensar as coisas, um jeito de pensar a solução de problemas. A gente não vai reparar ali na base da coisa, mas a gente vai deixar com um pedaço de fita, com um prego, a coisa em estado de uso e a gente vai usar desse jeito. É um objecto de pesquisa para mim, há muitos anos, desde o meio do meu mestrado. A Shereya também fez um mestrado no mesmo lugar que eu, lá em Montpellier e é também um objecto de pesquisa para ela.” A Shereya que é outra coreógrafa e bailarina... “Ela é uma bailarina de ‘Bruits Marrons' e coreógrafa também. A gente tem uma parceria em vários outros trabalhos, ela entra em um outro trabalho meu, a ‘Feijoada'. Quando eu fui chamado pelo CCN de Grenoble para fazer esse projecto com comunidades que vivem em torno do CCN, eu tive a ideia de fazer um carnaval - porque vai acontecer no período do carnaval - então, vai ser o nosso carnaval improvisado no CCN de Grenoble. Há um outro projecto para 2027 que vai ser um solo e uma plataforma de encontros com outros trabalhos em torno da ideia da Travessia Atlântica e é inspirado no nome do meu bairro, o bairro onde eu cresci, que se chama Jardim Atlântico. É também um diálogo com a minha história, com a história da minha mãe que era bailarina, e essas histórias de migração entre um lado do Atlântico e um outro lado.” Esta é a segunda vez que conversamos, a primeira foi também no âmbito do Festival do Outono, quando apresentou ‘Il FAUX' , em 2023. A ideia que tenho é que a sua pesquisa anda sempre em torno do racismo, da História, da escravatura, dos corpos negros permanentemente ameaçados. Por que é que faz questão de levar estes temas para cima do palco e até que ponto é que o seu palco é o quilombo para os “carregadores do piano” serem reparados? “Na verdade, isso é uma prática que não planeei que ia acontecer assim. No começo do meu percurso, quando criei a minha primeira peça fora do mestrado, 'oh!rage', eu estava saindo de um mestrado em que eu passei dois anos numa instituição de ensino francesa e em que não tive a oportunidade de cruzar com nenhum professor, nenhum artista ou mesmo pessoas que estavam ali em torno do festival Montpellier Danse, não encontrei artistas negros, talvez um ou dois. Isso marcou-me muito porque eu tenho uma formação em teatro no Brasil, tenho um longo percurso na companhia da Lia Rodrigues, em que comecei a me dar conta que o leque de referências nesses espaços, tanto o espaço académico quanto o espaço profissional de Lia Rodrigues era quase exclusivamente branco e o mestrado Exerce [Montpellier] serviu para confirmar isso. Então, em 2018, quando eu criei o ‘oh!rage', fiz a aposta de dialogar apenas com criadores, com pensadores, com artistas visuais, da dança, de teatro negros, da comunidade negra - muito inspirado também do programa Diálogos Ausentes do Itaú Cultural de 2016. Fazendo essa aposta em 2018, eu me deparei - porque eu tinha um letramento racial tardio porque isso não foi uma questão na minha formação, na minha família - deparei-me com um universo de criação que me alimenta imensamente. Eu, junto com outras pessoas, com outros artistas, também experimento, experiencio, no meio das artes e na vida real, situações de subalternidade que me são impostas. Então, eu entendo a arte como um espaço de discussão do que atravessa a sociedade nos dias de hoje. Eu não acho que isso é uma ferida que esteja apaziguada e curada. Pelo contrário, ela demanda ainda reflexão, ela demanda um olhar específico, ela é muito presente, é uma chaga aberta. Eu tento fazer da arte um espaço de diálogo, de abrir uma discussão em torno disso mesmo e sempre dialogando com outros artistas que trazem as suas referências nesse sentido para criar esse espaço de emancipação, de liberdade mesmo. Esse é o meu quilombo, o palco é meu quilombo, a minha comunidade ‘marron', um espaço de autonomia e de liberdade. E nesse espaço de autonomia e liberdade a gente vai louvar os nossos, celebrar as nossas criações e lamber as nossas feridas juntos. Em alguns momentos, a gente vai abrir esse espaço e receber pessoas, como em outras peças como ‘Feijoada', que é uma peça em torno da generosidade e do gesto. Em outras peças, a gente vai estar entre a gente, celebrando as nossas existências entre a gente e lambendo as nossas feridas antes de se fortalecer para o resto do mundo.”
A Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça decidiu que, nos processos de apuração de ato infracional, deve-se aplicar ao adolescente o procedimento do art. 400 do Código de Processo Penal, garantindo o interrogatório ao final da instrução. A medida complementa a audiência de apresentação prevista no art. 184 do Estatuto da Criança e do Adolescente.O relator, ministro Rogerio Schietti Cruz, explicou que o ECA assegura aos adolescentes todos os direitos fundamentais e o devido processo legal, razão pela qual o interrogatório precisa ocorrer somente depois de o jovem conhecer todas as provas produzidas contra ele. O ministro lembrou que, no passado, entendia-se que a audiência inicial era suficiente, mas a jurisprudência evoluiu para evitar tratamento mais rígido que o dado a adultos.O colegiado destacou que a ordem de produção probatória é essencial para a autodefesa, já que, como observou o ministro, ninguém pode se defender do que desconhece. Assim, o descumprimento do procedimento gera nulidade apenas se houver demonstração de prejuízo e se a parte alegá-lo no primeiro momento oportuno, sob pena de preclusão.A Terceira Seção também reafirmou cinco diretrizes que devem ser seguidas na apuração de ato infracional. Primeiro, a audiência de apresentação serve apenas para decidir sobre internação provisória e remissão, sem colheita de provas. A segunda diz que eventual confissão nessa fase não fundamenta, sozinha, a procedência da representação. A Terceira prevê que o interrogatório final deve ocorrer segundo o art. 400 do CPP. A quarta é que o entendimento vale para instruções encerradas após 3/3/2016. E, por último, a nulidade deve ser arguida no momento adequado.Essa decisão foi tomada em julgamento realizado sob o rito dos recursos repetitivos, Tema 1.269. Agora, ela deve orientar juízes e tribunais de todo o país.
O FIAP Decode está no ar! André David, Rafael Coelho e Bruno Germano decodificamo "mea culpa" da Cloudflare após falhas críticas e o que muda com a novidade[LM1] do NanoBanana Pro do Google e com a chegada da tecnologia de impedimentosemiautomático ao futebol brasileiro. Decodifique novas conexões- André David: Instagram e LinkedIn - Rafael Coelho: Instagram e LinkedIn - Bruno Germano: LinkedIn Conheça os projetos dos nossos decoders:Desafio Toalha.Dev Azion Participe do AIDAY | 04/12 às 9h no Instituto Caldeira em Porto Alegre. Inscreva-se agora NOTÍCIAS: CBF anuncia a implementação do impedimento semiautomático a partir de 2026 “Falhamos com Nossos Clientes e com a Internet em Geral”, Diz CTO da Cloudflare Wikipedia pede que empresas de IA usem a API PAGA e parem de apenas fazer scraping Google libera Nano Banana Pro com melhorias poderosas Primeiro procedimento robótico transatlântico abre novaera no tratamento de AVC
O coreógrafo brasileiro Calixto Neto apresentou o mais recente trabalho, “Bruits Marrons”, no Festival de Outono de Paris, entre 7 de Outubro e 21 de Novembro. O espectáculo resgata o legado musical e humano do compositor afro-americano Julius Eastman e inspira-se nos quilombos, as comunidades livres criadas nas matas por escravos fugitivos. Nesta peça, o palco é “o quilombo de Calixto Neto”, um espaço de liberdade e de afirmação, onde uma comunidade de artistas negros e queer “lambem feridas” da história e “se fortalecem” para enfrentar o mundo, contou o coreógrafo à RFI. RFI: Qual é a história de “Bruits Marrons”? “'Bruits Marrons' é uma peça que é um encontro de vários artistas da dança e da música em torno de um diálogo e de uma música do Julius Eastman, que é um compositor afro-americano que morreu em 1990 e que criou um corpo de trabalho belíssimo, incrível. Ele vem da música clássica minimalista.‘Bruits Marrons' acaba sendo um diálogo com esse músico, especialmente com uma música do Julius, que é Evil Niger, numa ideia de criar uma comunidade tanto para Julius, quanto para a música de Julius. A gente na nossa pesquisa entendeu ou interpretou uma certa solidão desse compositor na época dele porque ele era um homem negro, gay, evoluindo numa sociedade muito branca, muito heteronormativa, um músico solitário no meio em que ele evoluía. A gente quis criar essa comunidade de pessoas racializadas, imigrantes, queers e, para além disso, expandir o lugar de onde essa música vem, uma música clássica, minimalista - que é como ela é classificada hoje em dia, mesmo que existam algumas controvérsias entre os músicos e musicistas - mas trazer para essa música também uma família de outros sons, de outros ruídos, de outros barulhos que podem compor a escuta para que quando essa música chegue nos nossos ouvidos a gente já tinha dado uma família para ela.” Falou em ruídos. O título é “Bruits Marrons”. O que é que quer dizer este título? Qual será depois, em português, o equivalente? “No caso de ‘Bruits Marrons', a língua francesa tem essa subtileza de permitir um duplo sentido para a palavra ‘marron'. Em português seria ‘Ruído Marron' ou, no duplo sentido da palavra em francês, poderia ser também ‘ruído quilombola'. O que acontece é que 'marron', em francês, além da cor, também designa as pessoas que estavam em situação de escravidão e que fugiam do sistema de escravidão nas plantações e se embrenhavam nas matas e criavam essas comunidades autónomas e livres, onde tinham suas vidas e trabalhavam.” É o equivalente dos quilombos no Brasil? "Exactamente, é o equivalente dos quilombos. É uma peça que é inspirada dos quilombos e, especialmente, da reflexão que a gente tem hoje em dia em torno do uso dessa palavra no Brasil. No Brasil, a gente usa essa palavra de forma mais actualizada para as comunidades de pessoas racializadas, de pessoas negras, em vários contextos. A gente não tem mais o sistema de escravidão no Brasil, mesmo que ainda exista, em alguns contextos, o que a gente chama de escravidão moderna, mas a palavra quilombo é usada em vários contextos de ajuntamento de pessoas negras, que seja formal ou informalmente, por vários motivos: para estudar, para festejar, para se cuidar, para celebrar a cultura. Então, por exemplo, lá em São Paulo tem um lugar mítico para a comunidade negra que se chama Aparelha Luzia, que é um centro cultural, um lugar de festas, um lugar de encontro de associações que foi criado pela ex-deputada Érica Malunguinho, que é uma mulher negra, trans, que saiu de Pernambuco e que em algum momento se muda para São Paulo e fez lá a sua vida. Esse é um lugar que chamam de quilombo urbano. Eu, na minha juventude, há alguns anos, quando morei com dois outros amigos negros e gay em Recife, a gente chamava à nossa casa de quilombo. Então, tem esse sentido de um espaço de emancipação que a gente cria autonomamente e que a gente actualiza hoje em dia, mesmo que o uso dessa palavra, a comunidade em si, a função dela seja actualizada. Dito isso, existem também, hoje, as comunidades remanescentes quilombolas, que são essas terras onde as pessoas que fugiram da escravidão criaram as suas comunidades e que reclamam até hoje a posse dessas terras, como as comunidades indígenas brasileiras. Então, existe essa reflexão em torno dessa palavra, de criar uma comunidade que seja em torno do som, em torno do ruído, como o ruído é um incómodo para a harmonia dos ouvidos e isso era um pouco o que Julius representava: era um homem negro num meio muito branco, um homem gay num meio muito heteronormativo e ele era um homem gay muito frontal com a sua identidade sexual e, numa das várias entrevistas que ele deu, ele disse que só desejava na vida ‘poder ser 100% gay, 100% negro, 100% músico', 'gay to the fullest, black to the fullest, musician to the fullest'". Aquilo que se passa em palco, a comunidade que reúne em palco, corpos queer, corpos negros, corresponde a esta ideia de se poder ser “100% gay, 100% negro e 100% músico”? Esta peça tem um cunho de reparação e daí este grupo que juntou em palco? “Na verdade, esta peça tem uma temporalidade extensa. Encontrei [a música de] Julius, em 2019, no estúdio, alguém estava usando a música de Julius e houve esse encontro auditivo em que eu ouvi e meio que me apaixonei pela música dele. Em 2022, eu tive a oportunidade de começar um trabalho em torno dessa música, do trabalho dele, e na época eu queria trabalhar em torno do ‘Evil Nigger' e do ‘Crazy Nigger', mas nessa época eu tive a intuição de trabalhar só com pessoas negras porque eu queria entender qual é essa solidão de estar num meio em que a gente é sempre o único, em que a gente sempre está acompanhado de, no máximo, mais duas pessoas na sala. Foi uma aposta meio intuitiva e criou dentro do grupo uma sensação de segurança e de apaziguamento mesmo das histórias e das referências, de onde vem, o que é muito precioso e muito raro num ambiente de trabalho. Para a criação da peça, eu continuei com essa aposta, especialmente no que concerne à escolha da pessoa que toca a música porque, em 2025, mesmo com essa quantidade imensa que a gente tem de conservatórios, é uma missão hercúlea encontrar um pianista negro que tem uma formação sólida ou suficiente para tocar Julius Eastman. Hoje em dia, é praticamente impossível encontrar na Europa. Eu não sei se em Londres talvez a gente tenha mais, mas na França e na Bélgica, que foi onde concentrei mais as minhas pesquisas em 2022, foi uma tarefa muito difícil. Agora, para 2024, 2025, eu tive a ajuda de uma amiga pesquisadora, musicista, que tem uma pesquisa em torno da música de Julius e conhece alguns músicos e musicistas que se interessam pelo universo do Julius. Ela indicou-me algumas pessoas, mas, no geral, mesmo contando com pessoas da música, falei com pessoas de conservatórios, o teatro onde eu sou associado também me ajudou nessa busca, mas encontrar um pianista negro hoje em dia em França é uma tarefa possível, mas bem difícil." O piano é uma personagem, entre aspas, central na peça. É quase como a fogueira ou o batuque à volta do qual se reúnem as comunidades? “Pois é, a gente quis que o piano virasse um personagem dentro da estrutura da peça, às vezes, um objecto que pela imobilidade dele, acaba-se impondo no espaço. A gente pode atribuir várias imagens, mas, às vezes, eu penso que ele é um caixão que a gente está carregando com todo o cuidado e cantando essa música que é entre um lamento e uma canção de ninar. Às vezes, é um personagem que compõe uma estrutura sonora junto com a gente, num momento de explosão e de raiva. Às vezes é o centro da caldeira, como fala Isabela [Fernandes Santana] no começo da peça. Às vezes, é a lava ou o fogo em torno do qual a gente está girando e evocando o universo.” Até que ponto o piano ajudou a conceber os diferentes quadros de dança que variam entre a união muito forte e o êxtase e a libertação total dos corpos? Como é que criou a narrativa coreográfica da peça? “Teve um duplo trabalho. Primeiro, existiam duas imposições. Uma é a imposição da música em si porque eu decidi que a música entraria na sua integralidade, eu gostaria de propor ao público a escuta dessa música na sua inteireza - o que não foi o caso em 2022, quando era mais um jazz em torno dos universos que a música atravessa. Tem uma outra imposição, que é o objecto piano, que é um objecto imenso. Ele é imponente, ele é grande e ele ocupa o espaço. O piano não é como uma caixa de madeira que a gente muda de um lado para o outro e que está tudo bem assim. Ele tem uma carga histórica, ele tem uma carga simbólica e espacial que a gente não tem como se desenvencilhar dele. Em paralelo a essas duas imposições, existia o meu desejo de trabalhar com essa comunidade matérias que fossem em torno da alegria, em torno da criação de outros sons, uma travessia de uma floresta - que é uma cena inspirada da minha visita ao Quilombo dos Palmares, no Brasil - uma explosão raivosa e essa ideia de deslocamento desse objecto que, para mim, retoma uma tradição que a gente tinha no Brasil, no final do período da escravidão e no pós-escravidão, dos homens que carregavam o piano. As pessoas que, no processo de mudança carregam o piano, eram pessoas especializadas nisso, que tinham uma cadência específica para andar nas ruas não pavimentadas da cidade e há uma classe trabalhadora específica, com um universo musical também específico, ligado à cadência do passo. Essa é uma história que eu ouvi há muitos anos, quando eu estudava teatro, e que ficou na minha cabeça, até porque há uma expressão que a gente tem no Brasil, que são os carregadores de piano, que são as pessoas que vão carregar o peso mais pesado de um processo. Por exemplo, eu ouvi essa expressão num podcast de análise da situação económica do Brasil, em que o analista dizia que as pessoas que vão carregar o piano, as pessoas que vão carregar o peso mais pesado de uma mudança e de uma decisão para uma mudança económica, são as pessoas mais fragilizadas, as pessoas mais expostas. Então, tinha esse desejo de trazer o piano para estas histórias que a gente está contando, que ele pudesse ser um obstáculo que a gente atravessa, que ele pudesse ser talvez até um dos performers que dança com a gente e que produz esses ruídos, para além da música.” O que está neste momento a preparar? “A gente acabou de estrear a peça, houve apresentações no Teatro de Cergy-Pontoise, que é o teatro onde estou em residência até 2026. Depois, apresentámos em Bruxelas, na Bienal de Charleroi Dance e agora no MC93. A gente está preparando a tournée da peça, com algumas apresentações, e alguns projectos ligados à minha residência do Points Communs. Tem um outro projeto com o CCN de Grenoble ligado à tradição do carnaval e à ideia da noção de gambiarra.” O que é a gambiarra? “Gambiarra são essas reparações, esses consertos improvisados para problemas reais. A imagem clássica da gambiarra no Brasil é consertar uma havaiana quebrada com um prego. É uma tradição muito comum na nossa sociedade, ao ponto de ter virado uma estética em si, é quase um jeito de pensar as coisas, um jeito de pensar a solução de problemas. A gente não vai reparar ali na base da coisa, mas a gente vai deixar com um pedaço de fita, com um prego, a coisa em estado de uso e a gente vai usar desse jeito. É um objecto de pesquisa para mim, há muitos anos, desde o meio do meu mestrado. A Shereya também fez um mestrado no mesmo lugar que eu, lá em Montpellier e é também um objecto de pesquisa para ela.” A Shereya que é outra coreógrafa e bailarina... “Ela é uma bailarina de ‘Bruits Marrons' e coreógrafa também. A gente tem uma parceria em vários outros trabalhos, ela entra em um outro trabalho meu, a ‘Feijoada'. Quando eu fui chamado pelo CCN de Grenoble para fazer esse projecto com comunidades que vivem em torno do CCN, eu tive a ideia de fazer um carnaval - porque vai acontecer no período do carnaval - então, vai ser o nosso carnaval improvisado no CCN de Grenoble. Há um outro projecto para 2027 que vai ser um solo e uma plataforma de encontros com outros trabalhos em torno da ideia da Travessia Atlântica e é inspirado no nome do meu bairro, o bairro onde eu cresci, que se chama Jardim Atlântico. É também um diálogo com a minha história, com a história da minha mãe que era bailarina, e essas histórias de migração entre um lado do Atlântico e um outro lado.” Esta é a segunda vez que conversamos, a primeira foi também no âmbito do Festival do Outono, quando apresentou ‘Il FAUX' , em 2023. A ideia que tenho é que a sua pesquisa anda sempre em torno do racismo, da História, da escravatura, dos corpos negros permanentemente ameaçados. Por que é que faz questão de levar estes temas para cima do palco e até que ponto é que o seu palco é o quilombo para os “carregadores do piano” serem reparados? “Na verdade, isso é uma prática que não planeei que ia acontecer assim. No começo do meu percurso, quando criei a minha primeira peça fora do mestrado, 'oh!rage', eu estava saindo de um mestrado em que eu passei dois anos numa instituição de ensino francesa e em que não tive a oportunidade de cruzar com nenhum professor, nenhum artista ou mesmo pessoas que estavam ali em torno do festival Montpellier Danse, não encontrei artistas negros, talvez um ou dois. Isso marcou-me muito porque eu tenho uma formação em teatro no Brasil, tenho um longo percurso na companhia da Lia Rodrigues, em que comecei a me dar conta que o leque de referências nesses espaços, tanto o espaço académico quanto o espaço profissional de Lia Rodrigues era quase exclusivamente branco e o mestrado Exerce [Montpellier] serviu para confirmar isso. Então, em 2018, quando eu criei o ‘oh!rage', fiz a aposta de dialogar apenas com criadores, com pensadores, com artistas visuais, da dança, de teatro negros, da comunidade negra - muito inspirado também do programa Diálogos Ausentes do Itaú Cultural de 2016. Fazendo essa aposta em 2018, eu me deparei - porque eu tinha um letramento racial tardio porque isso não foi uma questão na minha formação, na minha família - deparei-me com um universo de criação que me alimenta imensamente. Eu, junto com outras pessoas, com outros artistas, também experimento, experiencio, no meio das artes e na vida real, situações de subalternidade que me são impostas. Então, eu entendo a arte como um espaço de discussão do que atravessa a sociedade nos dias de hoje. Eu não acho que isso é uma ferida que esteja apaziguada e curada. Pelo contrário, ela demanda ainda reflexão, ela demanda um olhar específico, ela é muito presente, é uma chaga aberta. Eu tento fazer da arte um espaço de diálogo, de abrir uma discussão em torno disso mesmo e sempre dialogando com outros artistas que trazem as suas referências nesse sentido para criar esse espaço de emancipação, de liberdade mesmo. Esse é o meu quilombo, o palco é meu quilombo, a minha comunidade ‘marron', um espaço de autonomia e de liberdade. E nesse espaço de autonomia e liberdade a gente vai louvar os nossos, celebrar as nossas criações e lamber as nossas feridas juntos. Em alguns momentos, a gente vai abrir esse espaço e receber pessoas, como em outras peças como ‘Feijoada', que é uma peça em torno da generosidade e do gesto. Em outras peças, a gente vai estar entre a gente, celebrando as nossas existências entre a gente e lambendo as nossas feridas antes de se fortalecer para o resto do mundo.”
Primeiro líquen conhecido no registro fóssil ajudou a estruturar ecossistemas terrestres https://agencia.fapesp.br/primeiro-liquen-conhecido-no-registro-fossil-ajudou-a-estruturar-ecossistemas-terrestres/56450 Trees Are So Weird https://youtu.be/ZSch_NgZpQs?si=ohWtW8GQb8Km3Gsn The Nazis at War: Hitler Strikes West (Part 1) https://therestishistory.com/620-the-nazis-at-war-hitler-strikes-west-part-1/ canal do radinho no telegram: http://t.me/radinhodepilha meu perfil no Threads: https://www.threads.net/@renedepaulajr meu perfil no BlueSky https://bsky.app/profile/renedepaula.bsky.social meu twitter http://twitter.com/renedepaula aqui está o link para a caneca no Colab55: https://www.colab55.com/@rene/mugs/caneca-rarissima para xs raríssimxs internacionais, aqui está nossa caneca no Zazzle: https://www.zazzle.com/radinhos_anniversary_mug-168129613992374138 minha lojinha no Colab55 (posters, camisetas, adesivos, sacolas): http://bit.ly/renecolab meu livro novo na lojinha! blue notes https://www.ko-fi.com/s/550d7d5e22 meu livro solo https://www.ko-fi.com/s/0f990d61c7 o adesivo do radinho!!! http://bit.ly/rarissimos minha lojinha no ko-fi: https://ko-fi.com/renedepaula/shopmuito obrigado pelos cafés!!! http://ko-fi.com/renedepaula The post convicção é uma armadilha? como o verde conquistou a Terra, os delírios de Hitler appeared first on radinho de pilha.
Símbolo do compromisso do Governo Lula com a prevenção e o enfrentamento à violência contra as mulheres, o serviço realizou mais de 877 mil atendimentos, de janeiro a outubro de 2025, uma média de 2.895 por dia.Sonora:
Primeiro-ministro Anthony Albanese encontra-se na África do Sul a propósito da cimeira do G20. Meteorologistas preveem que o ciclone Fina volte a ganhar força à medida que avança em direção à região mais a norte do Território do Norte. Polícia do Território da Capital Australiana apresentou desculpas a adolescente aborígene que foi expulso e detido, por lapso, de um autocarro, em Camberra. Incêndio sobressaltou ontem os participantes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) na Zona Azul do parque da cidade, em Belém, Brasil.
Quer começar a ganhar dinheiro com o mercado digital, mas não sabe por onde começar? O Danilo Maia te mostra o caminho neste Kiwicast! Ele é especialista em criação de produtos low ticket e de softwares de serviço (SaaS), já faturou R$ 5 milhões e impactou mais de 100 mil alunos com seus produtos e serviços. Neste episódio, ele compartilha sua trajetória, os erros e acertos do caminho, e revela estratégias para transformar uma simples ideia em um produto digital lucrativo. ------------------- O que você vai aprender: - Primeiro passo para criar um infoproduto- Como identificar o problema do cliente para ofereceruma solução- Ofertas para produtos low ticket: estratégias e dicasimportantes- Depois da venda, o que fazer?- O que é SaaS e como combinar ele com infoprodutos- Ferramentas de IA para estruturar um SaaS E muito mais!Aprenda com quem vive o mercado digital na prática.Dá o play e deixe nos comentários qual foi o melhor insight que você tirou do episódio.Nosso Instagram é @Kiwify
Jorge Natan recebe Fred Gomes, Luiza Sá e Sergio Lobo para analisar desempenho no duelo contra o Fluminense, com críticas ao planejamento para a zaga e o ataque. Flamengo segue líder no Brasileirão!
A temporada chega ao seu antepenúltimo Grande Prêmio. Primeiro, vem Las Vegas — já neste fim de semana. Depois, vêm Catar e Abu Dhabi. Lando Norris (McLaren) tem 390 pontos contra 366 de Oscar Piastri (McLaren) e 341 de Max Verstappen (Red Bull). A questão é: uma pista de rua relativamente nova na F1, em corrida noturna, com temperatura baixa, tende a favorecer algum desses três pilotos — ou alguma dessas duas equipes?Apresentação: Cassio Politi e Lito Cavalcanti.Veja as melhores análises da Fórmula 1 no site The Race Brasil: https://www.youtube.com/@wearetherace_br.Inscreva-se no canal do Lito Cavalcanti no YouTube e participe toda terça-feira, às 20h (horário de Brasília), da live: https://www.youtube.com/LitoCavalcanti. Participe do Bolão:https://pitacof1.com.br/
Doença mata mais de 350 mil mulheres por ano; vacinação e rastreio ajudam a prevenir; Angola aparece em lista de países que aumentaram taxas de imunização; agência da ONU quer mobilizar governos e sociedade civil para combater novos casos.
E a grande questão será respondida mais uma vez: como vocês estão meus grandes? Esperemos que bem, sempre. Esperemos também que mercúrio retrogrado não vos afecte muito, principalmente em primeiros dates. Primeiros dates esses que podem logo ser arruinados com uma frase, uma primeira impressão ou uma selfie. E já agora queremos saber de que forma já escaparam de um date que estava a correr mal? E também se preferem uma cama sedosa ou bem esticada.REDES SOCIAISMafalda Castro: https://www.instagram.com/mafaldacastroRui Simões: https://www.instagram.com/ruisimoes10Bate Pé instagram: https://www.instagram.com/batepeclipsBate Pé Tiktok: https://www.tiktok.com/@bate.peSPOTIFYhttps://open.spotify.com/show/7bnvbtG4aHEKp90XbN0xm3?si=rsZeIGW1Q4ShAQaRRegnbA#MafaldaCastro#RuiSimõesAPOIOSEste podcast tem o apoio do ActivoBank
Neste sábado (15), nossos comentaristas analisam tudo da vitória do Brasil contra o Senegal em amistoso. A amarelinha venceu a partida por 2 a 0, com gols de Estêvão e Casemiro. Vem com a gente! Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
O documento traz diversas ações que podem ser realizadas pelos países para uma preparação dos sistemas de saúde e resposta às mudanças climáticas. O plano destaca como os eventos climáticos extremos afetam a saúde das pessoas, com a proliferação das doenças, mortalidade e problemas de qualidade do ar.Sonora:
Encerramento do primeiro dia I diálogos da transição 2025 by agência eixos
Primeiro passo: "O Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que Eu te mostrarei."Segundo passo: "E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção." Gênesis 12:1-2Primeiro: "disse Jesus aos Seus discípulos: Se alguém quiser vir após Mim…"Segundo: "renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-Me;" Mateus 16:24"Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de Mim, achá-la-á." Mateus 16:25
No 3 em 1 desta sexta-feira (07), o destaque foi o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que defendeu, durante a Cúpula dos Líderes da COP30 em Belém (Pará), que o lucro do petróleo seja usado na transição energética. O líder brasileiro afirmou que é “tempo de diversificar nossas matrizes energéticas”. Reportagem: Bruno Pinheiro. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), e o do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil), também participaram da Cúpula do Clima. Motta destacou o papel do Parlamento na pauta ambiental, enquanto Alcolumbre falou sobre os avanços no Amapá. Reportagem: Lucas Martins. O presidente da França, Emmanuel Macron, disse durante a COP30, em Belém (Pará), estar otimista sobre o acordo Mercosul–União Europeia. Reportagem: Luca Bassani. STF forma maioria para negar recurso e manter condenação de Bolsonaro. Primeiro voto foi do relator Alexandre de Moraes, que foi acompanhado pelos magistrados Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Reportagem: Janaína Camelo. Líderes do Congresso Nacional consideram o Projeto de Lei (PL) Antifacção uma “jogada de alto risco” do governo Lula (PT). O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL), é o mais cotado para ser o relator da proposta na Câmara dos Deputados. Reportagem: Victoria Abel. Representantes de autoescolas se reuniram com o deputado Arthur Lira (PP) pedindo apoio contra o fim das aulas obrigatórias para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A proposta é de autoria do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), adversário político de Lira em Alagoas. Reportagem: Victoria Abel. Tudo isso e muito mais você acompanha no 3 em 1. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
Hoje, ‘No Pé do Ouvido, com Yasmim Restum, você escuta essas e outras notícias: Na véspera da COP30, Lula propõe plano global e fundo para florestas. Ex-deputado Paulo Frateschi é morto a facadas pelo filho em SP. . PF abre inquérito e ex-ministros cobram ação direta de Lula no Rio de Janeiro. Tinder testa recurso de IA que analisa fotos do celular para sugerir matches. Primeiro trailer da cinebiografia Michael Jackson é divulgado. E Gilberto Gil e Maria Bethânia anunciam mais shows de suas turnês.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Confira nesta edição do JR 24 Horas: A primeira etapa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será realizada neste domingo (9) nos 26 estados e no Distrito Federal. 4,8 milhões inscritos participarão da prova. O limite para entrada nos locais de prova é às 13h no horário de Brasília. Os candidatos devem imprimir o cartão de confirmação de inscrição no site do INEP. A prova abordará conhecimentos nas áreas humanas e incluirá redação. A segunda etapa ocorrerá dia 16. Em Belém e outros três municípios do Pará, as provas serão realizadas em novembro e dezembro devido à COP30. E ainda: Tufão Kalmaegi chega ao Vietnã após devastar as Filipinas.
Confira na edição do Jornal da Record deste sábado (1º): Polícia argentina prende três suspeitos de integrarem o Comando Vermelho. Relatório do Ministério Público revela a estrutura da facção com funções definidas. Empresária que ficou cega depois de consumir bebida com metanol apresenta melhora da visão. Primeiro-ministro do Canadá pede desculpas a Donald Trump por propaganda contra tarifas. Moradores da Faixa de Gaza denunciam execuções cometidas pelo grupo terrorista Hamas. No Brasil, o fim de ano deve ter mais de 500 mil oportunidades de vagas temporárias. Como a falta de engenheiros no mercado de trabalho impacta o desenvolvimento econômico do país. A dura missão do São Paulo: parar a sequência de vitórias do Vasco pelo Brasileirão.
Data visa reconhecer papel vital dos oceanos profundos na sustentabilidade do planeta e na cooperação global, reforçando um passo importante na proteção de um “património comum”.
Primeiro encontro no cinema ou no café? E ainda... Unhas grandes e podres.
Neste episódio, faço duas consultorias ao vivo. Primeiro, ajudo a Vivi, que criou um curso de automaquiagem mas ainda não rodou anúncios, a refinar seu nome (sugestão: "Make Linda em 10 Minutos"), criar um criativo de impacto e um bônus irresistível (links secretos de maquiadores), mas principalmente, a destravar a execução com um plano de ação de 4 passos focado em rodar tráfego pago. Depois, oriento a Silvana, advogada e professora com múltiplas ideias (empreendedorismo 50+, mães narcisistas), mostrando que todas são viáveis, mas o sucesso depende de escolher uma, criar a oferta (como um evento transformacional baseado no livro dela) e aplicar os fundamentos de marketing para atrair o público certo.Se inscreva na Ultra Black Friday Infinita:http://vtsd.com.br/quero-bf-ep369Me siga no Instagram:https://bit.ly/Insta-Leandro-LadeiraConheça o canal principal:https://bit.ly/Canal-Metodo-VTSDOuça nosso podcast:https://bit.ly/Podcast-do-Ladeira-no-Spotify
O Célio sempre acreditou no amor, mas sua trajetória não foi fácil. Primeiro, ele conheceu a Diana e mesmo com muitas brigas, ele se casou acreditando que ela mudaria. Resultado, ele foi traído por ela e seu melhor amigo, felizmente ele lutou e conseguiu a guarda do filho. Mais tarde, ele se casou com Cássia, que trouxe amor e estabilidade, mas os conflitos entre ela e seu filho acabaram com o relacionamento. Um ano depois, ele conheceu a Dávida, que também vinha de uma traição, e juntos reconstruíram suas vidas. Hoje, casados há cinco anos, Célio sente que finalmente encontrou a felicidade que sempre buscou.
Neste episódio, eu faço duas consultorias ao vivo. Primeiro, ajudo uma empreendedora a otimizar sua estratégia de ManyChat para DMs do Instagram, focando em CTAs claros, iscas de lead valiosas e o rastreamento de métricas para escalar suas vendas orgânicas (atualmente R$ 15k/mês). Depois, aconselho a Cristina, mentora de empreendedoras na Áustria que converte 10% em um produto de €3.9k com um ROI incrível (€75k de receita para €5k em anúncios) , sugerindo que ela foque em escalar seus funis de webinar atuais e explore eventos imersivos online antes de diversificar seu mix de produtos. Se inscreva na Ultra Black Friday Infinita:http://vtsd.com.br/quero-bf-ep365Me siga no Instagram:https://bit.ly/Insta-Leandro-LadeiraConheça o canal principal:https://bit.ly/Canal-Metodo-VTSDOuça nosso podcast:https://bit.ly/Podcast-do-Ladeira-no-Spotify
Neste episódio, eu, Érico Rocha e Thiago Nigro fazemos uma consultoria tripla ao vivo. Primeiro, ajudamos o Adriel a encontrar um caminho para escalar seu braço de treinamentos corporativos presenciais, focando na criação de um método replicável, um modelo de remuneração e uma visão clara (os 3 Ms). Depois, orientamos o Norton Mello, personal trainer com um app de sucesso, a lidar com a sensação de "platô" no mercado digital, reforçando a importância dos rituais (como produção consistente de criativos), a exploração de novas plataformas (YouTube) e a criação de ofertas high-ticket para destravar o crescimento. Se inscreva na Ultra Black Friday Infinita:http://vtsd.com.br/quero-bf-ep366Conheça o VTSD: https://vtsd.com.br/vtsd-venda/Me siga no Instagram:https://bit.ly/Insta-Leandro-LadeiraConheça o canal principal:https://bit.ly/Canal-Metodo-VTSDOuça nosso podcast:https://bit.ly/Podcast-do-Ladeira-no-Spotify
Em declarações em direto à SIC por telefone, Miguel Sousa Tavares recorda o papel de Francisco Pinto Balsemão, fundador do Expresso e da SIC falecido hoje aos 88 anos, no jornalismo em Portugal e na liberdade de imprensa.See omnystudio.com/listener for privacy information.
São 100 anos e, com eles, inúmeras histórias terríveis! Hoje @katbarcelos e @odeiopepe trazem alguns destaques, com direito a vídeos de gravações que vocês nunca viram antes, pra comemorar essa data improvável!Desconto especial nos planos usando o nosso link no Nordvpn: https://nordvpn.com/vortexpodou CUPOM: VORTEXPODO Guia do Mochileiro Tech da Alura está de volta! Se inscreva com o nosso link e tenha acesso a materiais feitos especialistas do Talent Lab da Alura. https://alura.tv/vortex-guia-2025 Acesse o link do Vortex e ganhe 15% de desconto na sua matrícula na Alura: https://www.alura.com.br/vortexou CUPOM: VORTEX Host: Katiucha Barcelos. Instagram: @katbarcelos | Twitter/X: @katiuchaCo-Host: Pedro Pinheiro. Instagram: @odeiopepe | Twitter/X: @OdeioPePeInstagram: @feedvortexBluesky: @feedvortex.bsky.sociaTwitter: @feedvortexTiktok: @feedvortexReddit: r/feedvortexGrupo paralelo não-oficial do Vortex no telegram: https://t.me/+BHlkG92BfPU5ZjdhEsse grupo é dos ouvintes, para os ouvintes e pelos ouvintes. Não temos qualquer afiliação oficial ou responsabilidade por QUALQUER COISA falada neste grupoLink do post do episódio nas redes sociais:InstagramTwitterLinks comentados no episódio:Geração BetaJabuti é resgatado após 'botar fogo' em casa na InglaterraMacaco invade casa, bebe álcool e causa confusão no MaranhãoM de Macaco em açãoRecibo de cabaré no CE cobra “tarifa do Trump” de americanoHe-man do Nordeste(historia)HE-MAN DOS NORDESTE ENFRENTA 35 HOMENSIgNobel 2024: brasileiro é um dos premiados por pesquisa sobre planta que 'copia' outras espécies Produção: Thyara Castro, Bruno Azevedo e Aparecido SantosEdição: Joel SukeIlustração da capa: Brann Sousa
Puxar um comboio pelos dentes e um primeiro date com gatos.
To book your conversation with Eli this very week, go to https://portuguesewitheli.com/get-your-roadmap/And here is the monologue for your benefit:Depois que me divorciei, meus amigos me aconselharam a cuidar de algo, planta ou cachorro, para ocupar a mente. Afinal, cabeça vazia é oficina do Diabo. Mas eu me sentia bem, e o divórcio não foi nem litigioso, foi por incompatibilidade de gênios mesmo... De qualquer forma, ter um cachorro é muito trabalhoso e planta, sem graça, mas, no fim das contas, acatei a sugestão e fui para a floricultura que fica ali perto do centro.— E o senhor já tem um espaço para a planta? — o vendedor me perguntou.O vendedor explicou que eu precisava saber bem o espaço disponível, porque podia tanto levar uma muda quanto uma planta já adulta. Se fosse uma muda, teria que cuidar bem na hora do transplante. Se fosse uma planta grande, o ideal era um vaso com boa drenagem e dar uma soltada no torrão para arejar a terra.— Fica na varanda mesmo — respondi, dizendo que um dia ia ter uma casa de vergonha, mas por enquanto ia ficar na varandinha.O vendedor agradeceu a informação e me conduziu até uma seção em que estavam várias samambaias bem frondosas dentro de vasos. Eram plantas perfeitas para se ter dentro de casa, “especialmente para quem é meio esquecido.”Não sei como o vendedor descobriu essa informação sobre mim, de que sou esquecido, mas ele acertou na mosca. Eu bem que podia passar dois ou três dias sem cuidar da plantinha e ela morreria de sede.— E como é que eu devo regar a plantinha? — perguntei.Era simples. Primeiro, você pode usar um regador ou qualquer outra coisa que tenha em casa. Um regador é melhor, mas um copo d’água dá conta do recado. Agora é muito importante testar o solo antes de molhar.“Mete o dedo na terra e vê se a areia fica grudada no seu dedo. Caso fique, então significa que o solo está bastante úmido, e aí não vai despejar tanta água. E, se perceber que as folhas estão ficando amarronzadas, isso pode ser falta d’água ou o tempo pode estar muito seco.”O vendedor me deu uma cotoveladinha enquanto eu ponderava se levava ou não a planta.— E tem um segredinho — ele confidenciou. — Coloca um pratinho com umas pedrinhas debaixo do vaso e põe água. Isso ajuda a manter a umidade.Depois fez outra pausa e continuou.— E me diz uma coisa. Bate sol na sua varanda?Pior que batia.Ao que o vendedor falou que samambaia era planta de sombra, com no máximo luz de sol indireta. Se eu colocasse a planta no sol, ela ia queimar e morrer.Eu já estava me aporrinhando com a ideia do tanto de trabalho, mas o vendedor não se deu por satisfeito.— E se o senhor perceber que tem muitas folhas secas, é hora de podar. Pode usar uma tesourinha boa de casa, desde que seja bem afiada, para desbastar sem machucar a planta.Quando ouvi isso, me peguei pensando em quem faria a poda das folhas enquanto eu viajasse.E acho que o vendedor leu os meus pensamentos. Disse que, se eu viajasse, não precisava me preocupar tanto: era uma planta de baixa manutenção. Bastava ter regado a planta pelo menos uma vez na semana, além de ter colocado, claro, o substrato correto, ter arejado a terra e deixado a planta num ambiente protegido.— Substrato é tipo adubo? — perguntei, para não dizer estrume e parecer um matuto.Não, não eram a mesma coisa, mas se complementavam.E tinha mais. Ai de mim se colocasse a planta em ambiente com ar-condicionado! E também era bom ter outras coisinhas plantadas por perto. E colocar a samambaia longe do sol não significava colocá-la no escuro, porque era uma planta, não um urso, para ficar entocada dentro de uma caverna. Ficando confortável, tudo ia ficar tranquilo.Depois de ouvir tudo aquilo vindo de um vendedor tão atencioso, decidi me escafeder dali e ir para minha casinha. Ia curtir a solteirice sem nem cachorro nem planta por perto.