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Dona da Casa
Ana Gomes, ex-eurodeputada do PS e ex-candidata presidencial

Dona da Casa

Play Episode Listen Later Dec 27, 2025 67:04


Ser mulher diplomata, a independência de Timor-Leste, a corrupção em Portugal, o caso Isabel dos Santos, os riscos, a candidatura a Presidente da República, as queixas por difamação, o impacto do processo Casa Pia no PS. Primeiro de três episódios antes da eleição de 2026 com todas as mulheres que já foram candidatas a Presidente da República (além de Maria de Lourdes Pintasilgo, em 1986).

Convidado
Misterioso e tangível, Eduardo Malé expõe Água Mole em Pedra Dura

Convidado

Play Episode Listen Later Dec 26, 2025 12:28


Água Mole em Pedra Dura é a exposição que Eduardo Malé apresenta em Lisboa, no Museu da Água. Aqui, o artista são-tomense reúne trabalhos de desenho, escultura, pintura e instalação. Eduardo Malé pensa o Mundo, as sociedades, e constrói narrativas. Numa tensão poética que apela ao ideal de belo mais original, Água Mole em Pedra Dura fala-nos de resiliência, de sofrimento, de resistência, de ancestralidade e de África. Na exposição, as correntes oceânicas, as mesmas que arrastam corpos, podem puxar-nos em diferentes direcções. Uma possibilidade, a quem se encontrar em tal situação, será o procurar agarrar o diário íntimo de muitos que nunca foram representados e de outros cuja existência só será reconhecida abstractamente. A RFI esteve no Museu da Água para falar com o artista Eduardo Malé, que nos fez uma visita guiada e expôs o conceito criativo de algumas das peças que apresenta na exposição, e falou também com a directora do Museu da Água, Mariana Castro Henriques, que começa por explicar o interesse em ter a exposição de Eduardo Malé no espaço que dirige. Mariana Castro Henriques, Directora do Museu da Água: Foi-nos proposta esta ideia pelo curador da exposição, pelo Ricardo Vicente, e, de facto, interessou-nos logo. É uma exposição de artes plásticas, digamos assim, portanto, com água. O que é que isto tem a ver com água? Para nós tem tudo a ver. Primeiro, porque a água está presente na própria exposição, não só no nome, no título da exposição, mas em toda a exposição. Pela forma como flui a água. Flui na forma como a água se enquadra em tudo, seja nos materiais, na vida, nas viagens, nos percursos, em tudo. Para nós interessa-nos também a questão da ideia de território. A exposição também abrange esse tema, ou seja, olhar para a água, a presença da água no território, como é que a água interfere com o território, como é que a água molda o território. E portanto, a experiência artística aqui condiciona-nos também a esse caminho. Por outro lado, e talvez para nós aquilo que é mais importante, porque tem muito a ver com o nosso trabalho, tem a ver com o sentido que a expressão artística pode dar ao valor da água. É um trabalho que nós intensamente tentamos fazer. Ou seja, hoje a água é um elemento muito desvalorizado enquanto bem utilitário e, portanto, a expressão artística muitas vezes deixa de olhar para a água apenas enquanto bem utilitário ou bem económico, dá-lhe uma expressão mais emocional. Talvez através dessa expressão consigamos chegar mais perto das pessoas e consigamos dar mais valor ao bem. Eduardo Malé, artista plástico: Água Mole em Pedra Dura, aqui eu tento falar, ou pelo menos partilhar com o público, a ideia da resistência. Isso tem uma relação também com várias pessoas que eu, no fundo, utilizo como inspiração. Estou a pensar agora no caso da investigadora Isabel Castro Henriques. Ela escreve muito sobre a história da colonização, as vivências dos africanos em Lisboa e, curiosamente, ela tem um texto que fala muito da pouca visibilidade que têm os africanos aqui. E Água Mola em Pedra Dura tem a ver justamente com essa falta de visibilidade, que tem a ver com esta ideia de paciência, de resistência que é preciso ter. Quando migramos temos que observar todos esses preceitos porque senão o sofrimento ainda é maior. Daí que eu entendi que o título tinha que ser algo que tenha a ver com esse tempo de espera, essa paciência que foi necessário ter até chegar aqui, a este espaço, a este museu, e poder, no fundo, falar ou fazer abordagens de inquietações que eu acredito que não serão apenas inquietações de Eduardo Malé. Serão, quiçá, inquietações de milhares de africanos, milhares de santomenses que deixam a sua terra natal pelas variadíssimas razões que cada um tem. Imigrar, ir à busca de melhores condições. Nem sempre estar aqui é sinónimo de sucesso logo à primeira e é preciso trilhar este caminho difícil, daí o título uma vez mais. “Água mole em pedra dura”, para completar o provérbio, “tanto dá até que fura”. E é este fura, este processo de afirmação também, para ir buscar a referência da Isabel Castro Henriques. Este furar é passar para outro lado, é passar para o lado do bem que acho que todos almejamos. Todo migrante sonha com ter uma vida mais desafogada, uma vida mais condigna, com mais dignidade. RFI: Algumas das peças aqui apresentadas ficam agora, pela primeira vez, sob o olhar do público. Uma das peças mais antigas aqui apresentadas e que simboliza a riqueza do manifestar artístico de Eduardo Malé, usando diferentes suportes, podemos chamar-lhe uma escultura de arame? Eduardo Malé: Sim, é uma escultura feita com arame queimado. A ideia de arame queimado tem muito a ver, uma vez mais, com a história da escravatura, porque os escravos, como eram marcados anteriormente no período colonial, como um elemento identitário para distinguir um escravo que pertence a um senhor dos outros, então eram marcados a ferro e fogo, daí a utilização desta matéria, este elemento simbólico é o arame queimado. Queimado porque é levado ao fogo para ter a textura e a tonalidade escura que normalmente assume. Aqui, o outro elemento ferrugem é deixado aqui de maneira propositada, e esta peça chama-se Racionalização. Tem muito a ver com a actualidade, a vida quotidiana actual das pessoas que habitam São Tomé e África, de uma maneira geral. Essa ideia de tomar banho debaixo de uma torneira, com o problema de escassez de água que existe. E esta relação, uma vez mais, água mole em pedra dura, para fazer o enquadramento em relação ao espaço onde estamos, o Museu da Água, a torneira para fazer essa ligação. A água está sempre presente, mas, no fundo, detrás da água, ou detrás do tema da água, está muito sofrimento, muita resiliência, muitas peripécias, muitas dificuldades. É um bocadinho esta ideia que eu pretendo ressaltar com os vários trabalhos que estão aqui expostos. RFI: Do ponto de vista mais formal, poder-se-á dizer que é uma escultura de um rosto sobre a qual está uma torneira, quase dois metros de altura. Eduardo Malé: Sim, quase dois metros. Aqui é uma provocação, no fundo, ou se quisermos uma chamada de atenção para os difíceis problemas. No fundo, este apelo social que é preciso, esta intervenção da sociedade para reclamar às autoridades, o acesso a bens tão necessários como é o caso da água. Eu próprio vivi essa situação durante muitos anos, e hoje em dia as pessoas que vivem em São Tomé têm que continuar a fazer grandes distâncias para ir à busca da água, deste alimento tão precioso, e que, apesar de vivermos num país com muitos rios, com muitas fontes de água, mesmo assim o fornecimento da água e a disponibilidade da água em boas condições para o consumo é sempre muito difícil. Daí esta peça com esta dimensão, e sobretudo a figura feminina aqui, joga este papel importante. Porque são, normalmente, as mulheres, mas também as crianças. Eu lembro-me que, em criança, a minha mãe fazia-me levantar, despertar muito cedo, para ir buscar água. Este é um ritual que acontece até aos dias de hoje, porque em 2025 continua a haver problemas muito sérios de abastecimento de água. RFI: Um outro trabalho, avançamos aqui para esta escultura, que é formada por um conjunto de esculturas, podemos dizer assim, são pés, estão fora de um rectângulo, de uma bacia rectangular ou quadrangular. Eduardo Malé: Aqui está subjacente a ideia da migração, do fenómeno migratório. Este rectângulo, este quadrado, vai ter um elemento simbólico aqui, que é a água, que é quase uma espécie também de representação das pateiras, dos barcos que fazem as travessias para chegarem à Europa. Gente que vem, gente que sucumbe. É um bocadinho em alusão a essas travessias difíceis que esta peça foi concebida. RFI: Na peça “Racionalização” a matéria-prima foi o arame. Aqui temos pedra e cimento. Eduardo Malé: A pedra representa um bocadinho a dureza da própria travessia, e os caminhos pedregosos, sinuosos. Eu tive a sorte de não fazer todo o trajecto, atravessar várias fronteiras, para chegar aqui à Europa. Mas há gente que tem que passar, tem que fazer caminhadas, daí, se reparar bem na escultura dos pés, os pés estão toscos para simbolizar justamente o desgaste desse sofrimento de caminhadas de muitos dias, muitos meses, até chegar à fronteira, para depois meter-se no barco. E esta relação com a água está sempre presente aí. RFI: A transversalidade do tema da relação Europa-África depois ganha uma outra dimensão, que é da pintura, com estes mapas convencionais sobre os quais o Eduardo Malé fez uma intervenção pictórica. Eduardo Malé: A ideia do mapa, se notar bem, há uma relação até com os arames. A trama, as linhas que compõem um entranhado de linhas, de caminhos, de estradas, de vias férreas, que se cruzam e criam, de alguma maneira, esta imagem do entranhado, que também podemos ver nos arames. Eu lembro um filósofo africano, francês, que escreve muito do corpo como fronteira. Daí a utilização do mapa e a inclusão destes corpos, que têm a relação. Se notarmos no exemplo da escultura em arame, vemos esse entranhado de linhas que passam de um lado para o outro, as sombras. Se nos aproximarmos mais lá ao pé do quadro, vemos também essa relação. É evidente que este trabalho tem um tema, trabalhar sobre um conceito específico, que é a terra prometida. É um bocado essa ideia de que a terra, o mundo, é global, é de todos. Da mesma maneira como vai um sul-africano, vai um português, ou foi um português, colonizou, impôs sua cultura, impôs suas regras. Eu sinto hoje, em pleno século XXI, como cidadão do mundo, também fazer esta apropriação. Evidentemente que aqui é mais uma história que quero contar, uma narrativa, mas no fundo eu quero trazer para o território europeu esta ideia tão rica da cultura africana, que tem matizes às vezes seculares e às vezes de coisas que foram levadas daqui para lá e que agora são importantes. É o caso, por exemplo, do Tchiloli, que é hoje Património Imaterial da Unesco, que foi levado daqui da Europa para a África, ganhou a sua própria identidade e hoje é marca identitária do povo de São Tomé e Príncipe. Eu, ao trabalhar sobre este mapa, crio uma nova narrativa, acrescento elementos que dão corpo, que dão luz, que dão vida ao mapa europeu. Eis algumas das obras de Eduardo Malé: Sobre Eduardo Malé : https://thisisnotawhitecube.com/artists/168-eduardo-male/

Resumão Diário
Indulto natalino de Lula exclui condenados por crimes contra a democracia; Semana do Natal terá onda de calor e mais

Resumão Diário

Play Episode Listen Later Dec 23, 2025 4:18


Lula assina decreto de indulto de Natal e exclui condenados por crimes contra a democracia. Augusto Heleno começa a cumprir prisão domiciliar. Saiba quem é o youtuber norte-americano preso por suspeita de crimes sexuais contra menores no RJ. Nova onda de calor deve elevar temperaturas no Brasil nesta semana de Natal. Primeiro foguete comercial lançado no Brasil explode após decolagem.

Rádio Cruz de Malta FM 89,9
Prefeita Stela Talamini faz balanço do primeiro ano de governo em Urussanga

Rádio Cruz de Malta FM 89,9

Play Episode Listen Later Dec 23, 2025 16:12


A prefeita de Urussanga, Stela Talamini (MDB), participou nesta terça-feira (23) de entrevista no programa Cruz de Malta Notícias, onde fez uma avaliação detalhada do ano de 2025, que marcou sua estreia à frente da administração pública do município. Durante a conversa, a chefe do Executivo municipal destacou que o primeiro ano de mandato foi marcado por desafios importantes, especialmente no processo de organização interna da prefeitura, adequação de projetos e alinhamento das políticas públicas às necessidades da população. Segundo a prefeita, o período também foi fundamental para conhecer de perto a realidade administrativa do município e estruturar ações de médio e longo prazo. Stela Talamini ressaltou ainda as iniciativas desenvolvidas ao longo do ano em todas as secretarias, enfatizando avanços nas áreas administrativa, de infraestrutura, educação cultura e turismo. A prefeita avaliou que, apesar das dificuldades iniciais, a gestão conseguiu apresentar resultados positivos e construir bases sólidas para a continuidade dos trabalhos.

Rádio Cruz de Malta FM 89,9
Vereador Tininho Maçarico faz balanço do primeiro ano de mandato

Rádio Cruz de Malta FM 89,9

Play Episode Listen Later Dec 23, 2025 11:09


O vereador Tarcísio Padilha dos Santos, conhecido o Tininho Maçarico (PSD), participou nesta terça-feira (23) da série de entrevistas com lideranças políticas nos microfones da rádio Cruz de Malta, que tem como objetivo apresentar um balanço das atividades desenvolvidas ao longo do ano de 2025. Integrando o grupo de parlamentares que estrearam na Câmara de Vereadores neste período, Tininho avaliou seu primeiro ano de mandato, destacando a experiência inicial no Poder Legislativo e o processo de adaptação às rotinas e responsabilidades da função parlamentar. Durante a entrevista, o vereador comentou sobre os principais desafios enfrentados ao longo do ano, a atuação nas sessões legislativas e o acompanhamento de pautas consideradas prioritárias para a comunidade. Segundo ele, o período foi de aprendizado intenso, diálogo com a população e construção de propostas voltadas às demandas locais. Ouça a entrevista completa:

Renascença - A Essência
Dois vinhos de sonho e o famoso Bolinhol de Vizela

Renascença - A Essência

Play Episode Listen Later Dec 22, 2025 9:36


A pensar no Natal, as histórias que hoje lhe contamos falam de Vinho do Porto e Pão-de-Ló. Primeiro, dois vinhos de sonho lançados pela Menin Douro Estates, um Branco e um Tawny, ambos 80 Anos. Depois, vamos até ao Minho e entramos na “Casa do Pão de Ló Delícia” para conhecer o famoso Bolinhol de Vizela. No final, temos ainda as sugestões de vinhos para a sua Consoada.

Governo do Estado de São Paulo
Boletim: Governo de SP entrega primeiro trecho do Rodoanel Norte

Governo do Estado de São Paulo

Play Episode Listen Later Dec 22, 2025 3:42


O Governo de São Paulo entregou nesta segunda-feira (22) a primeira metade do trecho norte do Rodoanel Mário Covas – do km 129 ao km 153 – entre as rodovias Presidente Dutra e Fernão Dias. Com a entrega, a operação no local tem início nesta terça-feira (23). A iniciativa reforça o compromisso com a modernização da infraestrutura viária, a geração de empregos e a melhoria da qualidade de vida da população.

Convidado
2025, o ano em que Moçambique assinalou os 50 anos da sua independência

Convidado

Play Episode Listen Later Dec 22, 2025 33:37


Moçambique asinalou este ano, a 25 de Junho, os 50 anos da sua independência. Por esta ocasião, a RFI propôs-vos um percurso pela história do país e a sua luta pela liberdade. Quando 2025 está prestes a chegar ao fim, tornamos a debruçar-nos sobre este cinquentenário, com alguns momentos marcantes dessa digressão. A luta armada pela independência em Moçambique encontra as suas raízes imediatas em vários acontecimentos. Um deles será o encontro organizado a 16 de Junho de 1960 em Mueda, no extremo norte do país, entre a administração colonial e a população local que reclamava um preço justo pela sua produção agricola. Só que no final dessa reunião, deu-se a detenção de alguns dos representantes do povo e em seguida a execução a tiro de um número até agora indeterminado de pessoas. Dois anos depois do massacre de Mueda, três organizações nacionalistas, a UDENAMO, União Democrática Nacional de Moçambique, a MANU, Mozambique African National Union e a UNAMI, União Nacional Africana de Moçambique Independente, reúnem-se em Dar-es-Salaam, na Tanzânia, a 25 de Junho de 1962 e fundem-se numa só entidade, a Frelimo, Frente de Libertação de Moçambique. Sob a direcção do seu primeiro presidente, o universitário Eduardo Mondlane, e a vice-presidência do reverendo Uria Simango, a Frelimo tenta negociar a independência com o poder colonial -em vão- o que desemboca na acção armada a partir de 1964. O antigo Presidente moçambicano, Joaquim Chissano, recorda essa época. “Nessa altura, nós, já estudantes, que tínhamos deixado Portugal, que estávamos na França, tomamos conhecimento disso juntamente com o Dr. Eduardo Mondlane, que trabalhava nas Nações Unidas. No nosso encontro em Paris decidimos que devíamos trabalhar, a partir daquele momento, para a unificação dos movimentos de libertação, para que houvesse uma luta mais forte. Mesmo a luta diplomática, que foi a coisa que começou, havia de ser mais forte se houvesse um movimento unificado. É assim que surge uma frente. (...) Foram três movimentos que formaram uma frente unida que se chamou a Frente de Libertação de Moçambique. E essa Frente de Libertação de Moçambique continuou a procurar meios para ver se os portugueses haviam de acatar a Resolução das Nações Unidas de 1960 sobre a descolonização. E, finalmente, quando se viu que, de facto, os portugueses não iriam fazer isso, particularmente depois do massacre da Mueda, decidiu-se começar a preparação para uma insurreição armada. E assim houve treinos militares na Argélia, onde foram formados 250 homens, porque também a luta dos argelinos nos inspirou. Então, eles próprios, depois da criação da Organização da Unidade Africana e da criação do Comité de Coordenação das Lutas de Libertação em África, fomos a esses treinos na Argélia e a Argélia é que nos forneceu os primeiros armamentos para desencadear a luta de libertação nacional”, recorda o antigo Chefe de Estado. Ao referir que a causa recebeu apoio nomeadamente da Rússia e da China, Joaquim Chissano sublinha que “a luta foi desencadeada com a ajuda principalmente africana. E mais tarde vieram esses países. A Rússia deu um apoio substancial em termos de armamento. (...)Depois também mandamos pessoas para serem treinadas na China e mais tarde, já em 1965, quando a China fica proeminente na formação político-militar na Tanzânia, mandaram vir instrutores a nosso pedido e a pedido da Tanzânia.” Sobre o arranque da luta em si, o antigo Presidente moçambicano refere que os ataques comeram em quatro frentes em simultâneo. “Nós, em 1964, criámos grupos que enviamos para a Zambézia, enviamos para Niassa, enviamos para Cabo Delgado e enviamos para Tete. Portanto, em quatro províncias simultaneamente. No dia 25 de Setembro (de 1964) desencadeamos a luta armada de libertação nacional. Porque também a ‘insurreição geral armada', como o Presidente Mondlane denominou, começou em quatro províncias em simultâneo”, recorda Joaquim Chissano. Óscar Monteiro, membro sénior da Frelimo integrou as fileiras do partido em 1963, quando era jovem líder estudantil em Portugal. Depois de um período de clandestinidade, ele torna-se representante do partido em Argel, epicentro das lutas independentistas do continente. Ao evocar a missão que lhe incumbia em Argel, Óscar Monteiro refere que o seu trabalho consistia em “fazer a propaganda do movimento de libertação em francês. Nós já tínhamos representações no Cairo, tínhamos um departamento de informação que produzia documentos, o ‘Mozambique Revolution', que era uma revista muito apreciada, que depois era impressa mesmo em offset. Mas não tínhamos publicações em francês. Então, coube-nos a nós, na Argélia, já desde o tempo do Pascoal Mocumbi, produzir boletins em francês, traduzir os comunicados de guerra e alimentar a imprensa argelina que nos dava muito acolhimento sobre o desenvolvimento da luta, a abertura da nova frente em Tete, etc e ganhar o apoio também dos diplomatas de vários países, incluindo de países ocidentais que estavam acreditados na Argélia. Falávamos com todos os diplomatas. Prosseguimos esses contactos. O grande trabalho ali era dirigido sobre a França e sobre os países de expressão francesa. Era um tempo de grande actividade política, é preciso dizer. Eram os tempos que precederam o Maio de 68. Enfim, veio um bocado de toda esta mudança. E tínhamos bastante audiência”. Durante esta luta que durou dez anos, o conflito foi-se alastrando no terreno mas igualmente no campo diplomático. Poucos meses depois de uma deslocação a Londres em que a sua voz foi amplamente ouvida, a 3 de Fevereiro de 1969, em Dar-es-Salam onde estava sediada a Frelimo, o líder do partido, Eduardo Mondlane, abre uma encomenda contendo uma bomba. A explosão do engenho é-lhe fatal. Até agora, pouco se sabe acerca desse assassínio sobre o qual Joaquim Chissano, então responsável do pelouro da segurança da Frelimo, acredita que haverá a mão da PIDE, a polícia política do regime fascista de Portugal. “Havia já alguns indícios de que havia movimentos de pessoas enviadas pelo colonialismo, mesmo para a Tanzânia, como foi o caso do Orlando Cristina, que chegou a entrar em Dar-es-Salaam e fazer espionagem. Disse que trabalhou com os sul-africanos em 1964 e continuou. Depois houve o recrutamento, isso já em 1967-68, de pessoas da Frelimo que tentaram criar uma divisão nas linhas tribais, mas que na realidade não eram representativos das tribos que eles representavam, porque a maioria eram ex-combatentes que estavam solidamente a representar a unidade nacional. Foi assim que tivemos uns traidores que depois foram levados pelos portugueses de avião e de helicópteros e entraram a fazer campanha aberta, propaganda e até houve um grupo que chegou a reivindicar a expulsão do nosso presidente, dizendo que ele devia receber uma bolsa de estudos. Quer dizer, a ignorância deles era tal que eles não viram, não souberam que ele era um doutor -duas vezes doutor- e que não era para pensar em bolsa de estudo. Mas pronto, havia um movimento de agitação. Mas a frente era tão sólida que não se quebrou. Por isso, então, foi se fortalecendo à medida que íamos andando para a frente”, conclui Joaquim Chissano. Outro episódio marcante do inicio do declínio do controlo do regime colonial em Moçambique será o Massacre de Wiriyamu ou "Operação Marosca" . A partir de 16 de Dezembro de 1972 e durante mais de três dias, depois de dois capitães portugueses morrerem quando o seu veiculo pisou numa mina, as tropas coloniais massacraram pelo menos 385 habitantes da aldeia de Wiriyamu e das localidades vizinhas de Djemusse, Riachu, Juawu e Chaworha, na província de Tete, acusados de colaborarem com os independentistas. A ordem foi de "matar todos", sem  fazer a distinção entre civis, mulheres e crianças. Algumas pessoas foram pura e simplesmente fuziladas, outras mortas queimadas dentro das suas habitações incendiadas. Mustafah Dhada, historiador moçambicano e professor catedrático na Universidade de Califórnia, dedicou uma parte importante da sua vida a investigar este massacre que foi denunciado pelo mundo fora nos meses seguintes, constituindo segundo o estudioso um acontecimento "tectónico". “O massacre, tem que ser contextualizado no espaço do sistema colonial português em África. E nesse sentido, o massacre era um dos vários massacres que aconteceram em Moçambique, em Angola, na Guiné-Bissau, em São Tomé e Príncipe e também o massacre estrutural do meio ambiente em Cabo Verde. Devemos notar uma coisa: a guerra colonial portuguesa, a baixa era de 110.000 pessoas, aproximadamente civis na nossa parte dos libertadores e dos colonizados e o massacre é somente 385 pessoas que têm um nome e outros que desapareceram sem nome. E neste sentido o massacre é, do ponto de vista quantitativo, um massacre que tem uma significação menor. Mas o que foi importantíssimo é que o massacre não iria ser reconhecido como um evento tectónico se não tivesse havido uma presença da Igreja -não portuguesa- em Tete”, sublinha o historiador aludindo às denúncias que foram feitas por missionários a seguir ao massacre. Após vários anos em diversas frentes de guerra, capitães das forças armadas portuguesas derrubam a ditatura a 25 de Abril de 1974. A revolução dos cravos levanta ondas de esperança em Portugal mas também nos países africanos. A independência pode estar por perto, mas é ainda preciso ver em que modalidades. Pouco depois do 25 de Abril, as novas autoridades portuguesas e a Frelimo começaram a negociar os termos da independência de Moçambique. O partido de Samora Machel foi reconhecido como interlocutor legítimo por Portugal e instituiu-se um período de transição num ambiente de incerteza, recorda o antigo Presidente Joaquim Chissano. “A nossa delegação veio com a posição de exigir uma independência total, completa e imediata. Mas pronto, tivemos que dar um conteúdo a esse ‘imediato'. Enquanto a delegação portuguesa falava de 20 anos, falávamos de um ano e negociamos datas. Deram então um consenso para uma data que não feria ninguém. Então, escolhemos o 25 de Junho. Daí que, em vez de um ano, foram nove meses. E o que tínhamos que fazer era muito simples Era, primeiro, acompanhar todos os preparativos para a retirada das tropas portuguesas com o material que eles tinham que levar e também em algumas partes, a parte portuguesa aceitou preparar as nossas forças, por exemplo, para se ocupar das questões da polícia que nós não tínhamos. Houve um treino rápido. Depois, na administração, nós tínhamos que substituir os administradores coloniais para os administradores indicados pela Frelimo. Falo dos administradores nos distritos e dos governadores nas sedes das províncias. Nas capitais provinciais, portanto, havia governadores de província e administradores de distritos e até chefes de posto administrativo, que era a subdivisão dos distritos. E então, fizemos isso ao mesmo tempo que nos íamos ocupando da administração do território. Nesses nove meses já tivemos que tomar conta de várias coisas: a criação do Banco de Moçambique e outras organizações afins, seguros e outros. Então houve uma acção dos poderes nesses organismos. Ainda houve negociações que foram efectuadas em Maputo durante o governo de transição, aonde tínhamos uma comissão mista militar e tínhamos uma comissão para se ocupar dos Assuntos económicos. Vinham representantes portugueses em Portugal e trabalhavam connosco sobre as questões das finanças, etc. E foi todo um trabalho feito com muita confiança, porque durante o diálogo acabamos criando a confiança uns dos outros”, lembra-se o antigo chefe de Estado moçambicano. Joaquim Chissano não deixa, contudo, de dar conta de algumas apreensões que existiam naquela altura no seio da Frelimo relativamente a movimentos contra a independência por parte não só de certos sectores em Portugal, mas também dos próprios países vizinhos, como a África do Sul, que viam com maus olhos a instauração de um novo regime em Moçambique. “Evidentemente que nós víamos com muita inquietação essa questão, porque primeiro houve tentativas de dividir as forças de Moçambique e dar falsas informações à população. E no dia mesmo em que nós assinamos o acordo em Lusaka, no dia 7 de Setembro, à noite, houve o assalto à Rádio Moçambique por um grupo que tinha antigos oficiais militares já reformados, juntamente com pessoas daquele grupo que tinha sido recrutado para fazer uma campanha para ver se desestabilizava a Frelimo”, diz o antigo líder politico. A 7 de Setembro de 1974, é assinado o Acordo de Lusaka instituindo os termos da futura independência de Moçambique. Certos sectores politicos congregados no autoproclamado ‘Movimento Moçambique Livre' tomam o controlo do Rádio Clube de Moçambique em Maputo. Até serem desalojados da emissora no dia 10 de Junho, os membros do grupo adoptam palavras de ordem contra a Frelimo. Na rua, edificios são vandalizados, o aeroporto é tomado de assalto, um grupo armado denominado os ‘Dragões da Morte' mata de forma indiscriminada os habitantes dos bairros do caniço. Vira-se uma página aos solavancos em Moçambique. Evita-se por pouco chacinas maiores. Antigos colonos decidem ficar, outros partem. Depois de nove meses de transição em que a governação é assegurada por um executivo hibrido entre portugueses e moçambicanos, o país torna-se oficialmente independente a 25 de Junho de 1975. Doravante, Moçambique é representado por um único partido. Ainda antes da independência e nos primeiros anos depois de Moçambique se libertar do regime colonial, foram instituidos campos de reeducação, essencialmente na distante província do Niassa. O objectivo declarado desses campos era formar o homem novo, reabilitar pelo trabalho, as franjas da sociedade que eram consideradas mais marginais ou dissidentes. Foi neste âmbito que pessoas consideradas adversárias políticas foram detidas e mortas. Isto sucedeu nomeadamente com Uria Simango, Joana Simeão e Adelino Guambe, figuras que tinham sido activas no seio da Frelimo e que foram acusadas de traição por não concordarem com a linha seguida pelo partido. Omar Ribeiro Thomaz antropólogo ligado à Universidade de Campinas, no Brasil, que se debruçou de forma detalhada sobre os campos de reeducação, evoca este aspecto pouco falado da História recente de Moçambique. "Os campos de reeducação são pensados ainda no período de transição. Então, isso é algo que ainda deve ser discutido dentro da própria história portuguesa, porque no período de transição, o Primeiro-ministro era Joaquim Chissano, mas o governador-geral era português. Então, nesse momento, começam expedientes que são os campos de reeducação. Você começa a definir pessoas que deveriam ser objecto de reeducação, ao mesmo tempo em que você começa a ter uma grande discussão em Moçambique sobre quem são os inimigos e esses inimigos, eles têm nome. Então essas são pessoas que de alguma maneira não tiveram a protecção do Estado português. Isso é muito importante. Não conseguiram fugir. São caçadas literalmente, e são enviadas para um julgamento num tribunal popular. Eu estou a falar de personagens como a Joana Simeão, o Padre Mateus, Uria Simango, que são condenados como inimigos, como traidores. Esses são enviados para campos de presos políticos. A Frelimo vai usar uma retórica de que esses indivíduos seriam objecto de um processo de reeducação. Mas o que nós sabemos a partir de relatos orais e de alguns documentos que nós conseguimos encontrar ao longo do tempo, é que essas pessoas foram confinadas em campos de trabalho forçado, de tortura, de imenso sofrimento e que chega num determinado momento que não sabemos exactamente qual é, mas que nós podemos situar mais ou menos ali, por 1977, elas são assassinadas de forma vil", diz o antropólogo. Lutero Simango, líder do partido de oposição Movimento Democrático de Moçambique, perdeu o pai, Uria Simango, um dos membros-fundadores da Frelimo, mas igualmente a mãe. Ambos foram detidos e em seguida executados. "O meu pai foi uma das peças-chaves na criação da Frente de Libertação de Moçambique. Ele nunca foi imposto. Os cargos que ele assumiu dentro da organização foram na base da eleição. Ele e tantos outros foram acusados de serem neocolonialistas. Foram acusados de defender o capitalismo. Foram acusados de defenderem a burguesia nacional. Toda aquela teoria, aqueles rótulos que os comunistas davam a todos aqueles que não concordassem com eles. Mas se olharmos para o Moçambique de hoje, se perguntarmos quem são os donos dos nossos recursos, vai verificar que são os mesmos aqueles que ontem acusavam os nossos pais", diz o responsável político de oposição. Questionado sobre as informações que tem acerca das circunstâncias em que os pais foram mortos, Lutero Simango refere continuar sem saber. "Até hoje ninguém nos disse. E as famílias, o que pedem é que se indique o local em que foram enterrados para que todas as famílias possam prestar a última homenagem. O governo da Frelimo tem a responsabilidade de indicar às famílias e também assumir a culpa, pedindo perdão ao povo moçambicano, porque estas pessoas e tantas outras foram injustamente mortas neste processo", reclama Lutero Simango. A obtenção da independência não significou a paz para Moçambique. No interior do país, várias vozes se insurgiram contra o caminho que estava a ser tomado pelo país, designadamente no que tange ao monopartidarismo. Além disso, países segregacionistas como a África do Sul e a antiga Rodésia viram com maus olhos as instauração de um sistema político socialista em Moçambique, Foi neste contexto que surgiu em 1975, a Resistência Nacional de Moçambique, Renamo, um movimento inicialmente dirigido por um dissidente da Frelimo, André Matsangaíssa e em seguida, após a morte deste último em 1979, por Afonso Dhlakama, já dois anos depois de começar a guerra civil. António Muchanga, antigo deputado da Renamo, recorda em que circunstâncias surgiu o partido. "A Renamo nasce da revolta do povo moçambicano quando viu que as suas aspirações estavam adiadas. Segundo os historiadores, na altura em que o objectivo era que depois da frente voltariam se definir o que é que queriam. Só que durante a luta armada de libertação nacional, começou o abate de prováveis pessoas que poderiam 'ameaçar' o regime.(...) E depois tivemos a situação das nacionalizações. Quando a Frelimo chega logo em 1976, começa com as nacionalizações.(...) Então isto criou problemas que obrigaram que jovens na altura Afonso Dhlakama, sentiram se obrigados a abandonar a Frelimo e eram militares da Frelimo e foram criar a Resistência Nacional Moçambicana", recorda o repsonsável político. Apesar de ter sido assinado um acordo de paz entre a Renamo e a Frelimo em 1992, após 15 anos de conflito, o país continua hoje em dia a debater-se com a violência. Grupos armados disseminam o terror no extremo norte do território, em Cabo Delgado, há mais de oito anos, o que tem condicionado o próprio processo político do país, constata João Feijó, Investigador do Observatório do Meio Rural. "Esse conflito não tem fim à vista. Já passou por várias fases. Houve aquela fase inicial de expansão que terminou depois no ataque a Palma, numa altura em que a insurgência controlava distritos inteiros de Mocímboa da Praia. (...) Depois, a entrada dos ruandeses significou uma mudança de ciclo. Passaram a empurrar a insurgência de volta para as matas. Conseguiram circunscrevê-los mais ou menos em Macomia, mas não conseguiram derrotá-los. A insurgência consegue-se desdobrar e fazer ataques isolados, obrigando à tropa a dispersar. (...) Aquele conflito armado não terá uma solução militar. Ali é preciso reformas políticas, mas que o governo insiste em negar. E então continuamos a oito, quase oito anos neste conflito, neste impasse", lamenta o estudioso. Embora o país já não esteja em regime de partido único desde os acordos de paz de 1992, as eleições têm sido um momento de crescente tensão. No ano passado, depois das eleições gerais de Outubro de 2024, o país vivenciou largas semanas de incidentes entre populares e forças de ordem que resultaram em mais de 500 mortos, segundo a sociedade civil. Após a tomada de posse do Presidente Daniel Chapo no começo deste ano, encetou-se o chamado « diálogo inclusivo » entre o partido no poder e a oposição. Em paralelo, tem havido contudo, denúncias de perseguições contra quem participou nos protestos pós-eleitorais. Mais recentemente, foram igualmente noticiados casos, denunciados pela sociedade civil, do desaparecimento de activistas ou jornalistas. Questionada há alguns meses sobre a situação do seu país, a activista social Quitéria Guirengane considerou que o país "dorme sobre uma bomba-relógio". "Assusta-me o facto de nós dormirmos por cima de uma bomba relógio, ainda que seja louvável que as partes todas estejam num esforço de diálogo. Também me preocupa que ainda não se sinta esforço para a reconciliação e para a reparação. Nós precisamos de uma justiça restauradora. E quando eu olho, eu sinto um pouco de vergonha e embaraço em relação a todas as famílias que dia e noite ligavam desde Outubro à procura de socorro", considera a militante feminista que ao evocar o processo de diálogo, diz que "criou algum alento sob o ponto de vista de que sairiam das celas os jovens presos políticos. No entanto, continuaram a prender mais. Continua a caça às bruxas nocturna". "Não é este Moçambique que nós sonhamos. Por muito divididos que a gente esteja, precisamos de pensar em construir mais pontes do que fronteiras. Precisamos pensar como nós nos habilitamos, porque nos últimos meses nos tornamos uma cidade excessivamente violenta", conclui a activista que esteve muito presente nestes últimos meses, prestando apoio aos manifestantes presos e seus familiares.

Noticiário Nacional
10h A neve chegou no primeiro dia de inverno

Noticiário Nacional

Play Episode Listen Later Dec 21, 2025 8:29


Podcast Amassando o Aro
Amassando o Aro 446

Podcast Amassando o Aro

Play Episode Listen Later Dec 20, 2025 114:39


Edição com dois campeões não é todo dia. E com jogos legais também. Primeiro, claro, no quinto jogo, o Sesi Araraquara levantou a taça do Paulista Feminino de basquete. Dois dias depois foi a vez do Knicks levantar seu primeiro caneco desde de 1973. Mas claro, começamos falando primeiro do basquete masculino nacional. Na NBB já temos 3 classificados para o Super 8, Flamengo e Minas eram mais ou menos esperados, mas o surpreendente Pinheiros está na ponta e classificado também. Franca, Brasília e Corinthians estão muito próximos também. Corinthians, inclusive, se recuperou bem de um momento de baixa com uma bela vitória em cima do Brasília. Outro Corinthians que parece que está encaixando bem é o União, que fez sua tour pelo Rio de Janeiro e apresentou um bom basquete. Mas não é só de rosas que vive o basquete masculino, e nos torneios continentais parece que vamos perdendo a hegemonia dos últimos anos. Se a Sula já foi difícil, com o melhor brasileiro indo apenas até a segunda fase, na BCLA, só o Minas largou bem e garantiu duas vitórias. Franca e Flamengo perderam a primeira e ganharam a segunda e estão no segundo lugar do grupo. Chegamos então a final do paulista feminino, quinto jogo, em São Paulo, Corinthians contra Sesi Araraquara. Cada time havia ganhando os dois jogos que jogou em casa. Tudo apontava para uma comemoração alvinegra, mas não foi o que aconteceu. O Araraquara soube controlar muito bem o jogo, se manteve com uma defesa firme, acelerou quando precisou e cadenciou para tirar o ímpeto das rivais. Resultado foi o Tetracampeonato que sacramenta o bom trabalho do Sesi Araraquara. Na Euro, mais uma semana com duas rodadas significa que tivemos 20 jogos para falar e quem roubou a cena mesmo assim foi o mascote do Zalgiris. Zalgiris que não derreteu completamente como no ano passado e se mantem na briga por vaga direta para os playoffs. Dos brasileiros, o único que se mantem jogando é Márcio Santos, que vem tendo boa minutagem no Maccabi e ajudando a recuperação do time na competição. Na NBA falamos, claro, da vitória do Knicks na NBA Cup. Mas eles dizem que nem vão pendurar o bandeirão de campeão no ginásio. É título não é? Você penduraria? Aproveitamos para falar também da draga em que andam Clippers e Cavs. Clippers está, inclusive, empatado com a vice pior campanha. Situação patética com um time com tantas estrelas. Começamos a preparar o final do ep falando da provável greve das jogadoras da WNBA. Um cenário que já vinha se desenhando durante a temporada e que fica cada vez mais provável. E fechamos falando do ótimo texto das Rainhas do Garrafão que fizeram uma excelente leitura do cenário nacional feminino depois de um post da CBB no twitter (ou X, se você preferir) exaltando um ótimo ano do basquete brasileiro. O nosso basquete precisa de todo o apoio e parcerias que puder ter para continuar a crescer e recuperar o lugar que já teve no país e no mundo. Deixo aqui link pro ótimo texto no blog delas: https://rainhasdogarrafaoblog.wordpress.com/2025/12/18/um-ano-magico-pra-quem/ O episódio ficou enorme, então não perde tempo e já solta o play!

Quem Ama Não Esquece
PERDI TUDO, ATÉ A MINHA LIBERDADE - HISTÓRIA DO HÉLIO | QUEM AMA NÃO ESQUECE 18/12/25

Quem Ama Não Esquece

Play Episode Listen Later Dec 19, 2025 14:40


O Hélio cresceu com seu irmão em uma casa humilde, com um pai ausente e uma mãe que trabalhava muito. Desde cedo, ele precisava ajudar em casa, mas escolheu o crime. Primeiro os pequenos furtos, até chegar nos assaltos maiores. Ele não se orgulhava, porém era o caminho mais curto. Até que a Camila apareceu na sua vida, uma mulher trabalhadora, que despertou uma esperança dele largar a vida do crime. Decidido a fazer "só mais um roubo", ele foi detido e o seu irmão fugiu. Para não complicar a vida de mais ninguém, ele não dedurou e foi preso. Na cadeia, ele recebeu uma carta da Camila, dizendo que ela se aproximou do seu irmão e eles se apaixonaram. Hélio percebeu que as suas escolhas o fizeram perder tudo. Hoje, no semiaberto, ele conseguiu ter uma liberdade, mas vive remoendo a culpa e uma vida que não vale mais nada.

Convidado
Secretário-geral do ANAMOLA: "é tempo de o Presidente procurar trabalhar mais e falar menos"

Convidado

Play Episode Listen Later Dec 19, 2025 23:25


A Rádio França Internacional recebeu nesta quinta-feira nos seus estúdios Messias Uarreno, secretário-geral do ANAMOLA, Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autónomo, partido de oposição moçambicano fundado este ano e liderado por Venâncio Mondlane, responsável político que reclama a vitória nas presidenciais do ano passado e que liderou os protestos pós-eleitorais que marcaram os últimos meses de 2024 e o começo deste ano. De passagem por Paris onde efectuou uma série de contactos em nome do ANAMOLA, Messias Uarreno evocou com a RFI os desafios enfrentados por esta nova formação que se reivindica como um partido "jovem", a sua ideologia e seus projectos, o processo de diálogo inclusivo encaminhado pelo Presidente da República e algumas das problemáticas que afligem o país, nomeadamente o terrorismo no norte. RFI: O que é que veio cá fazer a Paris? Messias Uarreno: O ANAMOLA vem a Paris numa missão muito específica que é a busca da abertura e alargamento das suas parcerias, em particular diplomáticas, porque trata-se de um partido que tem uma visão bastante clara para o futuro de Moçambique e achamos que não podemos fazer um Moçambique sem os nossos grandes parceiros. E a França, como país, é a uma referência bastante importante. RFI: Esteve em contacto com que entidades ou pessoas aqui em França? Messias Uarreno: Algumas entidades tiveram contactos connosco e obviamente ainda há um certo receio de partilhar assim publicamente, mas a nível institucional nós estivemos já na Embaixada (de Moçambique em Paris), podemos ter uma conversa com o embaixador e a sua equipa, mas também algumas instituições ligadas aos Direitos Humanos ou outras ligadas à questão da democracia, que têm interesses específicos que, na sua maioria, são instituições que na verdade já trabalham connosco quando ainda nem partido éramos. E para nós interessa continuar a estreitar as nossas relações. RFI: O ANAMOLA é um partido jovem, um partido que apareceu recentemente durante este ano de 2025 e também o partido que se assume como um partido de jovens, formado essencialmente por jovens. Quais são os desafios que enfrenta um partido que está em plena formação? Messias Uarreno: Uma das questões que eu enquadro como um problema primário é a questão mesmo da formação de quadros. Nós temos jovens bastante motivados e, como sabe, o ANAMOLA é um partido de massas. É um partido em que não é só numa questão da acessibilidade na zona urbana, mas também na zona rural. Nós temos um grande apoio das nossas bases e, a cada dia, nós vamos conseguindo implantar mais o partido. No contexto em que o ANAMOLA surge, durante as manifestações pós-eleitorais, aquela crise vivenciada, o receio que nós temos é que esse ambiente possa se tornar cíclico. Então é necessário formar os nossos quadros do partido a compreenderem que o ANAMOLA é um partido democrático, é um partido que vem implantar mais paz, mais concordância entre os actores políticos no país e para membros que, por sua natureza, não têm um contacto, um conhecimento claro sobre essas matérias, é preciso nos focarmos numa formação, num acompanhamento, em capacitação contínua. Mas isto está relacionado também com recursos. Um partido tão jovem, tão novo, precisaria de muitos recursos para conseguir formar, do topo à base, os seus quadros a assumirem essa política com uma postura democrática no verdadeiro sentido da palavra, e não ser confundido com o que nós temos chamado aqui, entre aspas, de vândalos. Porque nós somos realmente aquilo que é a esperança do povo moçambicano. E isto tem que se revelar de dentro para fora. Então eu classificaria a questão da formação um grande desafio para nós. Agora, temos também outro desafio, não menos importante, que é a questão daquilo que é o espaço político, que é muita das vezes manipulado sob o ponto de vista de captura das instituições em Moçambique. E eu acredito nessa nossa luta, a luta que o Presidente Venâncio Mondlane muita das vezes tem levado nestes últimos tempos, a despartidarização das instituições do Estado, porque enquanto as instituições forem partidarizadas, a acção política torna-se fragilizada, não só para o ANAMOLA, mas para qualquer outro partido dentro de um determinado território. E em Moçambique, infelizmente, até hoje nós sentimos que há partidarização. Ela atingiu dimensões inaceitáveis e o Presidente Venâncio tem lutado para este desafio. RFI: Também falou dos desafios de um partido que acaba de aparecer. Um deles, lá está, mencionou-o, é a questão dos recursos. Como é que são financiados? Messias Uarreno: Até agora, a base de apoio do partido ANAMOLA é identificada em dois prismas. O primeiro é aquilo que nós chamamos de contribuição, outros chamariam de quotização. Mas os nossos membros, ao se filiar ao partido, eles contribuem com valores simbólicos e estes valores têm suportado até agora aquilo que são parte das nossas actividades, mas é preciso compreender que também nós temos simpatizantes. Temos pessoas que acreditam na causa e que vão fazendo algumas doações. E essas doações têm apoiado aquilo que é o grande número das nossas despesas. E, como sabe, tem muitas instituições que financiam partidos políticos. RFI: Quais são os vossos objectivos em termos concretos e imediatos? Messias Uarreno: São vários. Eu vou citar aqui assim alguns rapidamente. A primeira prioridade, para nós, está ligada neste exacto momento, após a criação do partido, à questão da nossa Constituição da República. Como sabe, o ANAMOLA submeteu um grande dossier de propostas de reformas de leis de Estado que visam eliminar a grande porta de entrada dos problemas que Moçambique vive. Porque já é costume as nossas eleições serem caracterizadas com aspectos que indicam claramente fraudes e nós podemos eliminar essas fragilidades a partir da lei. O ANAMOLA tem trabalhado neste aspecto. Agora, é preciso compreender que, como partido, nós temos um foco de organização a nível territorial para que possamos nos preparar para as eleições 2028 que são as autárquicas, e em 2029, que são as gerais e legislativas. Estas eleições são muito importantes para nós, como um partido recentemente criado, porque precisamos ocupar este espaço político e assumir o nosso projecto de governação. RFI: Outro dos objectivos tem a ver com o diálogo inclusivo que foi encaminhado este ano. O que é que pretendem fazer relativamente a este diálogo inclusivo? Messias Uarreno: Quando falamos de diálogo inclusivo em Moçambique, pessoalmente, como secretário-geral, eu tenho trazido aqui dois aspectos claros. Primeiro é que o ANAMOLA foi excluído do diálogo. E isto nós repudiamos desde o princípio. Fizemos o nosso TPC (Trabalho de Casa), que foi uma acção popular onde fomos recolher a real intenção das famílias moçambicanas para o nosso país, compilamos e fizemos a entrega recentemente à liderança da COTE (Comissão para o Diálogo Nacional Inclusivo). Eu acho que ainda temos tempo para que tanto os grandes parceiros que financiam a COTE e também os próprios membros da COTE, a nível nacional, possam reflectir sobre esta questão, sobre esta voz que não pára de ecoar sobre a inclusão da ANAMOLA. Porque nós somos o grande motivo para que fosse criado este diálogo. RFI: Relativamente ao estado do país, o Presidente Daniel Chapo fez uma comunicação sobre o estado da Nação. Ele disse que não foi possível fazer tanto quanto gostaria de ter feito, designadamente, por causa dos incidentes pós-eleitorais que marcaram não só o final do ano passado, como também o começo deste ano. O que é que tem a dizer quanto a isso? Messias Uarreno: Dificilmente confronto aquilo que são os posicionamentos do Presidente da República por uma questão mesmo de desgaste, desgaste como político, desgaste como académico, desgaste como jovem moçambicano. Porque ao avaliar só aquilo que é a actuação do Presidente da República Daniel neste período, vai constatar gastos excessivos em viagens com membros que seriam, na minha óptica e na nossa óptica, como partido, dispensáveis, e converter estes recursos em acções concretas para o país. Estes recursos poderiam ser utilizados neste período ainda para coisas como a melhoria da qualidade das nossas escolas, a colocação de medicamentos nos hospitais e materiais. Fiz recentemente uma visita a um hospital para ver as mães parturientes e vi uma situação deplorável, em que as parteiras até têm problemas de luvas. Coisas básicas. Portanto, custa-me acreditar que saiu da boca do Presidente da República uma abordagem semelhante de que teve dificuldades por causa desse aspecto. Mas eu acho que é tempo de o Presidente mudar de narrativa e procurar trabalhar mais e falar menos. RFI: Relativamente às problemáticas que existem em Moçambique, uma delas é a questão do terrorismo em Cabo Delgado. Como é que vê o tratamento dessa problemática? Já há mais de oito anos que estamos nesta situação em Cabo Delgado. Messias Uarreno: A primeira coisa que eu queria dizer sobre o terrorismo é que, como partido, nós lamentamos as grandes perdas humanas que nós temos e, mais do que isso, lamentamos também aquilo que é a interferência do terrorismo nos grandes investimentos que muitas instituições, ao exemplo da Total Energies, têm feito e eu acho que deveria também continuar a fazer é não recuar. Relativamente à questão do terrorismo em Moçambique, é uma questão que, a nível doméstico, nós poderíamos ter tratado, porque eu acredito que a nossa interferência interna, ela fala mais alto do que a interferência externa. Esta é a primeira opção que eu tenho sobre este aspecto, mas, no entanto, é de lamentar que o Governo do dia, nos discursos que podemos encontrar, diga que a situação está calma, que a situação está boa, que já não há terrorismo. São as últimas manchetes que nós vimos. Mas, em contrapartida, nós continuamos a receber, obviamente, evidências de que o terrorismo continua a assolar não só a Cabo Delgado, mas a tendência é para alastrar para a província de Nampula. E isto deixa realmente a desejar. Quando reparo para os grandes parceiros na área, por exemplo, de extracção em Cabo Delgado e eu acho que, como partido ANAMOLA, na nossa perspectiva, uma das grandes vontades seria manter uma abertura clara para os que já estão a trabalhar, mas também com a abordagem um pouco mais para o desenvolvimento local e devolver a estabilidade àquela região. RFI: Estas últimas semanas evocou-se a hipótese da Total retomar efectivamente as suas actividades em Cabo Delgado. Como é que vê esta perspectiva? Julga que não será prematuro, até porque a Total reclama uma série de novas condições para retomar as suas actividades. Messias Uarreno: Penso que, como investidor, é justo que reclame que hajam melhores condições para a sua actuação. Pessoalmente, eu acredito que numa visão política, um país precisa que os seus investimentos avancem e não que sejam interrompidos. E o retorno da Total poderia constituir a continuidade de um projecto importante para o país. As actividades não podem parar e nós temos que gerar alguma coisa para resolver problemas concretos que o país tem. Simplesmente impedir isso, seria adiar aquilo que são respostas que nós queremos com esses investimentos. RFI: Voltando agora à vida interna do partido, um dos desafios que têm enfrentado ultimamente é a saída já de alguns dos seus membros, em particular em Cabo Delgado. Como é que explica esta situação? O que eles alegam é que há falta de consideração pelos quadros dentro do partido. Messias Uarreno: Pessoalmente, recebi também no meu gabinete várias cartas. Não são assim tantas como a media também tem tentado propalar, mas eu acredito que para um partido em construção, para um partido bastante novo, são fenómenos a considerar como normais do ponto de vista de vida de um partido político. Qualquer partido político já teve dissidência, já teve renúncias e o ANAMOLA não pode ser uma excepção. É preciso também perceber que um partido que está a começar com uma força como a nossa é vítima, obviamente, de ataques de outras organizações políticas que têm interesse em ver reduzir do nosso esforço a nada. E, obviamente, maior parte dos membros que conseguiram fazer-se identificar como membros do ANAMOLA podem utilizar este caminho para desacreditar aquilo que é a coesão interna do nosso partido. Este é um dado. Outro dado muito importante é que, como humanos, algumas pessoas vêem o partido como uma forma ou um caminho para atingir objectivos pessoais. E eu vou lhe recordar uma coisa: o presidente Venâncio Mondlane é um indivíduo, um cidadão moçambicano que largou a maior parte dos seus benefícios como actor político moçambicano para abraçar uma causa que tem como foco responder aqui às necessidades do povo moçambicano, o que quer dizer que a disciplina interna, ela está caracterizada por indivíduos que vão trabalhar em prol do crescimento de um partido que vai responder às necessidades das famílias moçambicanas. Então, todo aquele que não está preparado para esta abordagem e pensa que o partido é um local onde vai resolver os seus problemas, como por exemplo, um cargo de chefia imediato, porque estamos agora em eleições internas a nível do distrito, obviamente encontra como uma forma de manifestação a saída do partido. E eu posso-lhe confirmar de que a maior parte dessas narrativas em Cabo Delgado e um pouco espalhadas pelo país estão relacionadas com esse aspecto. Não temos uma dissidência por um motivo diferente deste. O que justifica que nós continuámos ainda mais coesos e vamos ficar realmente com qualidade e não com quantidade. RFI: Relativamente ainda à vossa vida interna, o vosso líder, Venâncio Mondlane, tem sido acusado, a nível judicial, de incitar a desordem no país. Pode haver algum tipo de condenação. O partido ANAMOLA está preparado para a eventualidade de ficar sem o seu líder? Messias Uarreno: O presidente Venâncio Mondlane não fez nada mais nada menos do que sua obrigação em todo o processo. E, aliás, estas acusações que pesam sobre o presidente Venâncio Mondlane são acusações que, a nível da Justiça, vai ser comprovado num futuro breve, que são infundadas porque aquelas famílias que estavam na rua no período das manifestações, elas estavam, por consciência própria e plena de que Moçambique precisa de mudança. Foi um recado claro, dado num momento específico, num contexto bem localizado, que eram depois das fraudes eleitorais, de que 'Olha, nós estamos cansados e basta'. A soberania reside no povo moçambicano. E se esse recado for mal recebido pela justiça moçambicana que é de continuar a levar este caminho de tentar sacrificar o líder Venâncio Mondlane, isto vai dar a uma situação de grande risco para o actual governo, por uma razão muito simples: porque o povo só está à espera de que eles façam isso. Agora, se estamos preparados ou não, eu acho que, como partido, ficaria com receio de responder. Eu acho que gostaria de colocar esta questão ao povo moçambicano: se está preparado para prender o presidente Venâncio Mondlane. Eu não sei se há alguma barreira física que pode parar o povo quando isso acontecer. Agora, a nível de liderança interna, o presidente Venâncio Mondlane tem trabalhado para capacitar os membros, tem trabalhado para recrutar pessoas qualificadas, competentes, que podem sim, dar continuidade ao projecto político, mas não porque teme uma prisão, mas porque nós, os humanos, somos finitos. Amanhã podemos não estar aqui. E o líder Venâncio é um homem com uma visão a longo termo sobre Moçambique e ele sabe muito bem preparar e está a fazer esse trabalho muito bem. RFI: No começo da nossa conversa, nós evocamos os contactos que têm feito, designadamente aqui em França. Ainda antes da fundação oficial do ANAMOLA, o vosso presidente, Venâncio Mondlane, esteve em Portugal e esteve em contacto com o partido Chega (na extrema-direita). Qual é a relação que existe entre o ANAMOLA e o Chega? Messias Uarreno: O presidente Venâncio Mondlane esteve em Portugal, Sim. E teve contacto com Chega, teve contacto com a Iniciativa Liberal, tivemos com o PSD e a abordagem foi a mesma. Não existe um contacto exclusivo com o Chega. Existiu contacto com partidos políticos na diáspora e maioritariamente da oposição. E o partido Chega, assim com o partido Iniciativa Liberal e os outros, foram parceiros e continuarão sendo parceiros para aquilo que constituir um aprendizado para um líder político visionário que pretende fazer uma grande revolução num país que, por sinal, é um país que foi colonizado por Portugal. Então temos alguma coisa, sim, a aprender. E até então o Chega tem conseguido olhar para aquilo que são os objectivos do ANAMOLA e dar o devido apoio, tanto a nível do Parlamento português, assim como Parlamento Europeu. E as nossas relações baseiam-se neste apoio mútuo para garantir a democracia em Portugal e a democracia em Moçambique por via de canais legais. RFI: Como é que se traduz esse apoio, concretamente do Chega relativamente ao ANAMOLA? Messias Uarreno: O grande suporte é no domínio da justiça, nos processos em que nós estamos. Como sabe, o Presidente Venâncio Mondlane reivindicou a sua vitória e até hoje o Conselho Constitucional não se pronunciou claramente, apenas fez o anúncio dos resultados. Nós estamos à espera de uma resposta clara sobre os 300 quilos de documentos que nós deixamos no Conselho Constitucional, que foram praticamente marginalizados. E o Chega, assim como outros partidos, tem sido uma voz que continua a gritar em prol da devolução da Justiça Eleitoral em Moçambique. RFI: Como é que se assumem no xadrez político moçambicano? Diriam que estão mais à esquerda, no centro, à direita? Estava a dizer que esteve em contacto com uma série de partidos que se situam mais no centro-direita ou até na extrema-direita, no caso do Chega em Portugal. Messias Uarreno: Nós temos discutido internamente esta questão da ideologia do nosso partido e, brevemente, nós teremos posicionamentos muito claros sobre a nossa ideologia. O que eu posso-lhe dizer é que há um esforço interno em mobilizarmos posicionamentos políticos que venham responder às reais necessidades das famílias moçambicanas. E, como sabe, se reparar um pouco por todos os partidos políticos em África, de uma forma muito rápida, vai compreender que nós não nos movemos muito com a questão de esquerda ou direita. Movemo-nos por outros valores, mas precisamos de evoluir. Precisamos dar um passo à frente. E eu acho que temos encontrado similaridades em alguns pontos de agenda que vão nortear aquilo que é a nossa posição final, que obviamente, como pode perceber, nós não temos aqui uma apresentação oficial de se nós pertencemos à esquerda, à direita, centro-esquerda, centro-direita actualmente. Mas estamos a trabalhar para fazer esse alinhamento e, quando for oportuno, obviamente o mundo saberá qual é, afinal, a grande linha ideológica que nos dirige. RFI: Estamos prestes a terminar este ano 2025. Quais são os seus votos Messias Uarreno para 2026? Messias Uarreno: Tem aqui três esferas dos meus votos. A esfera global é que eu espero que o mundo esteja mais equilibrado. Temos várias guerras, vários desafios, conflitos políticos um pouco por toda a parte. Eu espero que os líderes mundiais possam procurar em 2026 reduzir esta intensidade de conflitos e procurar mais diálogo, um diálogo mais sereno e realístico sobre os grandes projectos das grandes nações, que muita das vezes está por detrás dos grandes conflitos também. Segundo, há uma dimensão dos meus votos que se dirige aos grandes parceiros internacionais um pouco espalhados pelo mundo. Como um partido, nós estamos abertos a continuar a trabalhar com grandes parceiros que já actuam em Moçambique. E a única coisa que vamos fazer é procurar melhorar o ambiente desta parceria. E esta abertura é uma abertura legítima e uma abertura real. É por isso que temos viajado. Eu, pessoalmente vou continuar a viajar para, com estas grandes organizações, procurar estreitar esses laços e manter a sua actuação no nosso país, mas com um paradigma diferente. E por fim, é uma questão doméstica. A todas as famílias moçambicanas, nós desejamos muita força. Devem continuar a acreditar que um processo de libertação leva tempo. Vamos continuar a defender a verdade até ao fim e, acima de tudo, procurar ser um partido que, quando chegar ao poder, vai responder realmente às necessidades das famílias moçambicanas. Que 2026 seja realmente próspero e seja tão próspero como as grandes nações têm experimentado aquilo que é a sua evolução.

GE Vasco
GE Vasco #437 - O que funcionou no primeiro jogo da final?

GE Vasco

Play Episode Listen Later Dec 18, 2025 46:58


Episódio analisa a atuação vascaína no jogo de ida da decisão da Copa do Brasil. Como o time conseguiu anular o Corinthians? Faltou produção ofensiva? O que precisa mudar no domingo? Dá o play!

Oxigênio
#209 – Sinais de vida num planeta fora do sistema solar?

Oxigênio

Play Episode Listen Later Dec 18, 2025 38:18


Em abril deste ano foi anunciada a detecção de possíveis sinais de vida extraterrestre num planeta fora do sistema solar com o telescópio espacial James Webb, mas a descoberta não foi confirmada. Afinal, tem ou não tem vida nesse outro planeta? Que planeta é esse? Como é possível saber alguma coisa sobre um planeta distante? Este episódio do Oxigênio vai encarar essas questões com a ajuda de dois astrônomos especialistas no assunto: o Luan Ghezzi, da UFRJ, e a Aline Novais, da Universidade de Lund, na Suécia. Vamos saber um pouco mais sobre como é feita a busca por sinais de vida nas atmosferas de exoplanetas.  __________________________________________________________________________________________________ ROTEIRO Danilo: Você se lembra de quando uma possível detecção de sinais de vida extraterrestre virou notícia de destaque em abril deste ano, 2025? Se não, deixa eu refrescar a sua memória: usando o telescópio espacial James Webb, pesquisadores teriam captado sinais da atmosfera de um exoplaneta que indicariam a presença de um composto químico que aqui na Terra é produzido pela vida, algo que no jargão científico é chamado de bioassinatura.  A notícia bombou no mundo todo. Aqui no Brasil, o caso teve tanta repercussão que a Folha de São Paulo dedicou um editorial só para isso – os jornais costumam comentar política e economia nos editoriais, e raramente dão espaço para assuntos científicos. Nos dois meses seguintes, outros times de pesquisadores publicaram pelo menos quatro estudos analisando os mesmos dados coletados pelo James Webb e concluíram que as possíveis bioassinaturas desaparecem quando outros modelos são usados para interpretar os dados. Sem o mesmo entusiasmo, os jornais noticiaram essas refutações e logo o assunto sumiu da mídia. Afinal, o que aconteceu de fato? Tem ou não tem vida nesse outro planeta? Aliás, que planeta é esse? Como é possível saber alguma coisa sobre um planeta distante? Eu sou Danilo Albergaria, jornalista, historiador, e atualmente pesquiso justamente a comunicação da astrobiologia, essa área que estuda a origem, a evolução e a possível distribuição da vida no universo. Nesse episódio, com a ajuda de dois astrofísicos, o Luan Ghezzi e a Aline Novais, vou explicar como os astrofísicos fazem as suas descobertas e entender porque a busca por sinais de vida fora da Terra é tão complicada e cheia de incertezas. Esse é o primeiro episódio de uma série que vai tratar de temas relacionados à astrobiologia. [Vinheta] Danilo: Eu lembro que li a notícia quentinha, assim que ela saiu no New York Times, perto das dez da noite daquela quarta-feira, dia 16 de abril de 2025. No dia seguinte, acordei e fui checar meu Whatsapp, já imaginando a repercussão. Os grupos de amigos estavam pegando fogo com mensagens entusiasmadas, perguntas, piadas e memes. Os grupos de colegas pesquisadores, astrônomos e comunicadores de ciência, jornalistas de ciência, também tinham um monte de mensagens, mas o tom era diferente. Em vez de entusiasmo, o clima era de preocupação e um certo mau-humor: “de novo DMS no K2-18b fazendo muito barulho”, disse uma cientista. Outra desabafou: “eu tenho coisa melhor pra fazer do que ter que baixar a fervura disso com a imprensa”. Por que o mal-estar geral entre os cientistas? Já chego lá. Os cientistas eram colegas que eu tinha conhecido na Holanda, no tempo em que trabalhei como pesquisador na Universidade de Leiden. Lá eu pesquisei a comunicação da astrobiologia. Bem no comecinho do projeto – logo que eu cheguei lá, em setembro de 2023 – saiu a notícia de que um possível sinal de vida, um composto chamado sulfeto de dimetila, mais conhecido pela sigla DMS, havia sido detectado num planeta a 124 anos-luz de distância da Terra, o exoplaneta K2-18b. Eu vi a repercussão se desenrolando em tempo real: as primeiras notícias, os primeiros comentários críticos de outros cientistas, a discussão nas redes sociais e blogs. Como eu estava no departamento de astronomia de Leiden, vi também como isso aconteceu por dentro da comunidade científica: os astrônomos com quem conversei na época estavam perplexos com a forma espalhafatosa com que o resultado foi comunicado. O principal era: eles não estavam nem um pouco animados, otimistas mesmo de que se tratava, de verdade, da primeira detecção de vida extraterrestre. Por que isso estava acontecendo? Vamos começar a entender o porquê sabendo um pouco mais sobre o exoplaneta K2-18b, em que os possíveis sinais de vida teriam sido detectados. Primeiro: um exoplaneta é um planeta que não orbita o Sol, ou seja, é um planeta que está fora do sistema solar (por isso também são chamados de extrassolares). Existem planetas órfãos, que estão vagando sozinhos pelo espaço interestelar, e planetas girando em torno de objetos exóticos, como os pulsares, que são estrelas de nêutrons girando muito rápido, mas quando os astrônomos falam em exoplaneta, quase sempre estão falando sobre um planeta que gira em torno de outra estrela que não Sol. O Sol é uma estrela, obviamente, mas o contrário da frase geralmente a gente não ouve, mas que é verdade… as estrelas são como se fossem sóis, elas são sóis. As estrelas podem ser maiores, mais quentes e mais brilhantes do que o Sol – muitas das estrelas que vemos no céu noturno são assim. Mas as estrelas também podem ser menores, mais frias e menos brilhantes do que o Sol – as menores são chamadas de anãs vermelhas. Elas brilham tão pouco que não dá para vê-las no céu noturno a olho nu. O K2-18b é um planeta que gira em torno de uma dessas anãs vermelhas, a K2-18, uma estrela que tem menos da metade do tamanho do Sol. Só que o planeta é relativamente grande. Luan Ghezzi: Ele é um planeta que tem algo entre 8 e 9 vezes a massa da Terra, ou seja, é um planeta bem maior do que a Terra. E ele tem um raio ali aproximado de 2.6 vezes o raio da Terra. Então, com essa massa e com esse raio há uma dúvida se ele seria uma super-Terra, ou se ele seria o que a gente chama de Mini-Netuno, ou seja, super-Terra, são planetas terrestres, mas, porém, maiores do que a Terra. Mini-Netunos são planetas parecidos com o Netuno. Só que menores. Mas com essa junção de massa e raio, a gente consegue calcular a densidade. E aí essa densidade indicaria um valor entre a densidade da Terra e de Netuno. Então tudo indica que esse K2-18b estaria aí nesse regime dos mini-Netunos, que é uma classe de planetas que a gente não tem no sistema solar. Danilo: Netuno é um gigante gelado e ele tem uma estrutura muito diferente da Terra, uma estrutura que (junto com o fato de estar muito distante do Sol) o torna inabitável, inabitável à vida como a gente a conhece. Mini-Netunos e Super-Terras, de tamanho e massa intermediários entre a Terra e Netuno, não existem no sistema solar, mas são a maioria entre os mais de 6 mil exoplanetas descobertos até agora.  A estrela-mãe do K2-18b é bem mais fria, ou menos quente do que o Sol: enquanto o Sol tem uma temperatura média de 5500 graus Celsius, a temperatura da K2-18 não chega a 3200 graus. Então, se a gente imaginasse que o Sol fosse “frio” assim (frio entre aspas), a temperatura aqui na superfície da Terra seria muito, mas muito abaixo de zero, o que provavelmente tornaria nosso planeta inabitável. Só que o K2-18b gira muito mais perto de sua estrela-mãe. A distância média da Terra para o Sol é de aproximadamente 150 milhões de quilômetros, enquanto a distância média que separa o K2-18b e sua estrela é de 24 milhões de quilômetros. Outra medida ajuda a entender melhor como a órbita desse planeta é menor do que a da Terra: a cada 33 dias, ele completa uma volta ao redor da estrela. E comparado com a estrela, o planeta é tão pequeno, tão obscuro, que não pode ser observado diretamente. Nenhum telescópio atual é capaz de fazer imagens desse exoplaneta, assim como acontece com quase todos os exoplanetas descobertos até agora. São muito pequenos e facilmente ofuscados pelas estrelas que orbitam. Como, então, os astrônomos sabem que eles existem? O Luan Ghezzi explica. Luan Ghezzi: a detecção de exoplanetas é um processo que não é simples, porque os planetas são ofuscados pelas estrelas deles. Então é muito difícil a gente conseguir observar planetas diretamente,  você ver o planeta com uma imagem… cerca de um por cento dos mais de seis mil planetas que a gente conhece hoje foram detectados através do método de imageamento direto, que é realmente você apontar o telescópio, e você obtém uma imagem da estrela e do planeta ali, pertinho dela. Todos os outros planetas, ou seja, noventa e nove porcento dos que a gente conhece hoje foram detectados através de métodos indiretos, ou seja, a gente detecta o planeta a partir de alguma influência na estrela ou em alguma propriedade da estrela. Então, por exemplo, falando sobre o método de trânsito, que é com que mais se descobriu planetas até hoje, mais de setenta e cinco dos planetas que a gente conhece. Ele é um método em que o planeta passa na frente da estrela. E aí, quando esse planeta passa na frente da estrela, ele tampa uma parte dela. Então isso faz com que o brilho dela diminua um pouquinho e a gente consegue medir essa variação no brilho da estrela. A gente vai monitorando o brilho dela. E aí, de repente, a gente percebe uma queda e a gente fala. Bom, de repente passou alguma coisa ali na frente. Vamos continuar monitorando essa estrela. E aí, daqui a pouco, depois de um tempo, tem uma nova queda. A diminuição do brilho e a gente vai monitorando. E a gente percebe que isso é um fenômeno periódico. Ou seja, a cada x dias, dez dias, vinte dias ou alguma coisa do tipo, a gente tem aquela mesma diminuição do brilho ali na estrela. Então a gente infere a presença de um planeta ali ao redor dela. E aí, como são o planeta e a estrela um, o planeta passando na frente da estrela, tem uma relação entre os tamanhos. Quanto maior o planeta for, ele vai bloquear mais luz da estrela. Então, a partir disso, a gente consegue medir o raio do planeta. Então esse método do trânsito não só permite que a gente descubra os exoplanetas, como a gente também pode ter uma informação a respeito dos raios deles. Esse é o método que está sendo bastante usado e que produziu mais descobertas até hoje. Danilo: e foi por esse método que o K2-18b foi descoberto em 2015 com o telescópio espacial Kepler. Esse telescópio foi lançado em 2009 e revolucionou a área – com o Kepler, mais de 2700 exoplanetas foram detectados. Com ele, os astrônomos puderam estimar que existem mais planetas do que estrelas na nossa galáxia.  A órbita do K2-18b é menor do que a do planeta Mercúrio, que completa uma volta ao redor do Sol a cada 88 dias terrestres. Mas como sua estrela-mãe é mais fria do que o Sol, isso coloca o K2-18b dentro do que os astrônomos chamam de zona habitável: nem tão longe da estrela para que a superfície esfrie a ponto de congelar a água, nem tão perto para que o calor a evapore; é a distância ideal para que a água permaneça em estado líquido na superfície de um planeta parecido com a Terra. Só que o estado da água depende de outros parâmetros, como a pressão atmosférica, por exemplo. E é por isso que a tal da zona habitável é um conceito muito limitado, que pode se tornar até mesmo enganoso: um planeta estar na zona habitável não significa que ele seja de fato habitável. Claro, estar na zona habitável é uma das condições necessárias para que a superfície de um planeta tenha água líquida, o que é fundamental para que essa superfície seja habitável. Ter uma atmosfera é outra condição necessária. Além de estar na zona habitável, o K2-18b tem atmosfera e o Luan também explica como os astrônomos fazem para saber se um exoplaneta como o K2-18b tem uma atmosfera. Luan: a gente estava falando sobre o método de trânsito. E a gente falou que o planeta passa na frente da estrela e bloqueia uma parte da luz dela. Beleza, isso aí a gente já deixou estabelecido. Mas se esse planeta tem uma atmosfera, a luz da estrela que vai atingir essa parte da atmosfera não vai ser completamente bloqueada. A luz da estrela vai atravessar a atmosfera e vai ser transmitida através dela. A gente tem essa parte bloqueada da luz que a gente não recebe, a gente percebe a diminuição de brilho da estrela, com o método de trânsito, mas tem essa luz que atravessa a atmosfera e chega até a gente depois de interagir com os componentes da atmosfera daquele planeta. Então a gente pode analisar essa luz, que é transmitida através da atmosfera do planeta para obter informações sobre a composição dela. Danilo: e como é possível saber a composição química dessa atmosfera? A Aline Novais é uma astrofísica brasileira fazendo pós-doutorado na Universidade de Lund, na Suécia. A tese de doutorado dela, orientada pelo Luan, foi exatamente sobre esse tema: a coleta e a análise dos dados de espectroscopia de atmosferas de exoplanetas. Aline: No início, a gente não está olhando uma foto, uma imagem dos planetas e das estrelas. A gente está vendo eles através de uma coisa que a gente chama de espectro, que é a luz da estrela ou do planeta em diferentes comprimentos de onda. O que é o comprimento de onda? É literalmente o tamanho da onda. Você pode ver também como se fossem cores diferentes. Então a gente vai estar vendo vários detalhes em diferentes comprimentos de onda. O que acontece? A gente já sabe, não da astronomia, mas da química de estudos bem antigos que determinados compostos, vou usar aqui, por exemplo, a água, ela vai ter linhas muito específicas em determinados comprimentos de onda que a gente já conhece, que a gente já sabe. Então já é estabelecido que no cumprimento de onda X, Y, Z, vai ter linha de água. Então, quando a gente está observando novamente o brilho da estrela que passou ali pela atmosfera do planeta. Interagiu com o que tem lá, que a gente não sabe. Quando a gente vê o espectro dessa estrela que passou pela atmosfera, a gente vai poder comparar com o que a gente já sabe. Então, por exemplo, o que a gente já sabe da água, a gente vai ver que vai bater. É como se fosse um código de barras. Bate certinho o que tem na estrela, no planeta e o que tem aqui na Terra. E aí, a partir disso, a gente consegue dizer: “Ah, provavelmente tem água naquele planeta.” Claro que não é tão simples, tão preto no branco, porque tem muitas moléculas, muitos átomos, a quantidade de moléculas que tem ali também interferem nessas linhas. Mas, de forma mais geral, é isso. A gente compara um com o outro. E a gente fala: essa assinatura aqui tem que ser de água. Danilo: Em setembro de 2023, o time de pesquisadores liderado pelo Nikku Madhusudhan, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, anunciou a caracterização atmosférica do K2-18b feita com o telescópio espacial James Webb. Alguns anos antes, a atmosfera do exoplaneta tinha sido observada com o telescópio espacial Hubble, que havia indicado a presença de vapor de água. Com o James Webb, esses cientistas concluíram que a atmosfera não tinha vapor de água, mas fortes indícios de metano e dióxido de carbono, o gás carbônico. Não só isso: no mesmo estudo, eles também alegaram ter detectado, com menor grau de confiança, o sulfeto de dimetila, também chamado de DMS, uma molécula orgânica que aqui na Terra é produzida pela vida marinha, principalmente pelos fitoplânctons e microalgas. O DMS pode ser produzido em laboratório mas não existe um processo natural em que o nosso planeta, sozinho, consiga fazer essa molécula sem envolver a vida. Ou seja, o DMS seria uma possível bioassinatura, um sinal indireto da existência de vida. Por isso, esses cientistas alegaram ter encontrado uma possível evidência de vida na atmosfera do K2-18b. O fato é que a suposta evidência de vida, a detecção de DMS lá de 2023, tinha um grau de confiança estatística muito baixo para contar seriamente como evidência de vida. O time liderado pelo Madhusudhan continuou observando o K2-18b e voltou a publicar resultados apontando a presença de DMS usando outros instrumentos do James Webb. Foram esses resultados que fizeram tanto barulho em abril de 2025. E por que tanto barulho? Porque esse novo estudo apresenta um grau de confiança estatística mais alto para a detecção de DMS. Ele também alega ter detectado outra possível bioassinatura, uma molécula aparentada ao DMS, o DMDS, ou dissulfeto de dimetila. O resultado pareceu reforçar muito a hipótese da presença dessas possíveis bioassinaturas no K2-18b e, por isso, os grandes meios de comunicação deram ainda mais atenção ao resultado do que há dois anos atrás. O problema é que é muito complicado analisar os resultados do James Webb sobre essas atmosferas, e ainda mais difícil cravar a presença desse ou daquele composto químico ali. Aline Novais: Acho que a primeira etapa mais difícil de todas é como você tinha falado, Danilo, é separar o que é a luz do planeta e o que é a luz da estrela. Quer dizer, da atmosfera do planeta e o que é luz da estrela. E isso a gente faz como quando a gente está observando o trânsito. A gente não só observa o planeta passando na frente da estrela. Mas a gente também observa a estrela sem o planeta, e a gente compara esses dois. É literalmente subtrair um do outro. Então, assim, supondo que a gente já tem aqui o espectro pronto na nossa frente. O que a gente vai fazer para entender o que está naquele espectro? Aquilo ali é uma observação. Só que a gente tem da teoria da física, a gente sabe mais ou menos quais são as equações que vão reger a atmosfera de um planeta. Então a gente sabe o que acontece de formas gerais, que é parecida com o que acontece aqui na Terra e com o planeta do sistema solar. Então a gente sabe mais ou menos como deve ser a pressão, a temperatura. A gente sabe mais ou menos quais compostos químicos vão ter em cada camada da atmosfera, que depende de várias coisas. A gente sabe que se um planeta está muito próximo da estrela, ele vai ter determinados compostos químicos que ele não teria se ele estivesse muito mais longe da estrela dele. Então tudo isso interfere. E aí, o que a gente faz? A gente tem os dados, a gente tem o que a gente observou no telescópio. E a gente vai comparar com a teoria, com modelos que a gente faz no computador, programando, parará, parará, que vão reger aquela atmosfera. E aí, a partir disso, a gente vai comparar e ver o que faz sentido, o que não faz, o que bate e o que não bate. Danilo: Notaram que a Aline ressalta o papel dos modelos teóricos na interpretação dos dados? Os astrônomos comparam os dados coletados pelo telescópio com o que esperam observar, orientados pelas teorias e modelos considerados promissores para representar o que de fato está lá na atmosfera do planeta. E é nessa comparação que entra a estatística, a probabilidade de que as observações correspondem a este ou aquele modelo teórico. Aline Novais: Na estatística, a gente sempre vai estar quando a gente tiver probabilidade de alguma coisa, a gente sempre vai estar comparando uma coisa X com uma coisa Y. A gente nunca vai ter uma estatística falando que sim ou que não, vai ser sempre uma comparação de uma coisa ou de outra. Então, quando a gente, por exemplo, a gente tem o espectro lá de um planeta, a gente tem assinaturas que provavelmente podem ser de água, mas vamos supor que essa assinatura também é muito parecida com algum outro elemento. Com algum outro composto químico. O que a gente vai fazer? A gente vai comparar os dois e a resposta não vai ser nem que sim nem que não. A resposta vai ser: “Ah, o modelo que tem água é mais favorável.” Ou então, ele ajusta melhor os dados, do que o modelo com aquele outro composto químico.  Danilo: O time do Nikku Madhusudhan, que fala em possível detecção de DMS, tem um modelo predileto que eles mesmos desenvolveram para explicar planetas como o K2-18b: os mundos hiceanos, planetas inteiramente cobertos por um oceano de água líquida debaixo de uma espessa atmosfera de hidrogênio molecular – por isso o nome, que é uma junção do “hi” de hidrogênio e “ceano” de oceano. É esse modelo que orienta a interpretação de que os dados do K2-18b podem conter as bioassinaturas.  Aline: Todo o resultado final, que é: possivelmente detectamos assinaturas, não dependem dos dados em si, mas dependem de como eles analisaram os dados e que modelos foram utilizados para analisar esses dados. […] Os resultados vão sempre depender de como a gente analisou esses dados. […] Então a questão da detecção, ou possível detecção de bioassinatura depende principalmente de como foram colocados os modelos, do que foi inserido nos modelos e como esses modelos foram comparados. Nesse caso, os modelos utilizados foram modelos que estavam supondo que o planeta era hiceano. Que o planeta tinha um oceano e tinha uma atmosfera de hidrogênio, majoritariamente de hidrogênio. Porém, outros estudos levantaram também a possibilidade de esse planeta não ser desse tipo, ser um planeta, por exemplo, coberto de lava e não de oceano, ou com uma atmosfera, com compostos diferentes, onde a maioria não seria hidrogênio, por exemplo. E esses modelos não foram utilizados para testar essas bioassinaturas. Então o que acontece: no modelo deles, com o oceano, com a atmosfera X, Y e Z, é compatível com a existência de bioassinaturas. Porém, é completamente dependente do modelo.  Danilo: Então, a escolha de modelos teóricos diferentes afetam a interpretação dos resultados e das conclusões sobre a composição química da atmosfera de exoplanetas.  Aline: Esse grupo acredita que o planeta tenha majoritariamente hidrogênio na sua composição. O que eles vão fazer no modelo deles? Eles vão colocar sei lá quantos por cento de hidrogênio na composição, no modelo deles. Então eles estão construindo um modelo que seja semelhante ao que eles acreditam que o planeta tem. Eu não vou colocar nitrogênio se eu acho que não tem nitrogênio. Então, aí que entra a controvérsia, que é justamente o modelo ser feito para encontrar o que eles tentam encontrar. Então, assim, se você pegasse um modelo completamente diferente, se você pegasse um modelo, por exemplo, de um planeta feito de lava, que tem metano, que tem isso, que tem aquilo, será que você encontraria a mesma coisa? Danilo: Saber qual modelo teórico de atmosferas de exoplanetas corresponde melhor à realidade é algo muito difícil. O que dá pra fazer é comparar os modelos entre si: qual deles representa melhor a atmosfera do exoplaneta em comparação com outro modelo. Aline: A gente nunca vai estar falando que o modelo é perfeito. A gente nunca vai estar falando que a atmosfera é assim. A gente sempre vai estar falando que esse modelo representa melhor a atmosfera do que um outro modelo. E se você pegar uma coisa muito ruim que não tem nada a ver e comparar com uma coisa que funciona, vai ser muito fácil você falar que aquele modelo funciona melhor, certo? Então, por exemplo, no caso do K2-18b: eles fizeram um modelo que tinha lá as moléculas, o DMS, o DMDS e tal, e compararam aquilo com um modelo que não tem DMS e DMDS. O modelo que tem falou “pô, esse modelo aqui se ajusta melhor aos dados do telescópio do que esse outro que não tem”. Mas isso não significa que tenha aquelas moléculas. Isso significa que aquele modelo, naquelas circunstâncias, foi melhor estatisticamente do que um modelo que não tinha aquelas moléculas.  Danilo: O Luan tem uma analogia interessante pra explicar isso que a Aline falou. Luan: É como se você, por exemplo, vai em uma loja e vai experimentar uma roupa. Aí você pega lá uma mesma blusa igualzinha, P, M ou G. Você experimenta as três e você vê qual que você acha que se ajusta melhor ao seu corpo, né? Qual ficou com um caimento melhor? Enfim, então você vai fazendo essas comparações, não é que a blusa talvez M não tenha ficado boa, mas talvez a P ou a G tenha ficado melhor. Então os modelos são agitados dessa forma, mas também como a Aline falou depois que você descobriu o tamanho, por exemplo, você chegou à conclusão que o tamanho da blusa é M, você pode pegar e escolher diferentes variações de cores. Você pode pegar essa mesma blusa M, azul, verde, amarela, vermelha, né? E aí elas podem fornecer igualmente o mesmo bom ajuste no seu corpo. Só que a questão é que tem cores diferentes. […] A gente obviamente usa os modelos mais completos que a gente tem hoje em dia, mas não necessariamente, eles são hoje mais completos, mas não necessariamente eles são cem por cento completos. De repente está faltando alguma coisa ali que a gente não sabe.  [Música] Danilo: Eu conversei pessoalmente com o líder do time de cientistas que alegou ter descoberto as possíveis bioassinaturas no K2-18b, o Nikku Madhusudhan, quando ele estava na Holanda para participar de uma conferência em junho de 2024. Ele pareceu entusiasmado com a possibilidade de vir a confirmar possíveis bioassinaturas em exoplanetas e ao mesmo tempo cuidadoso, aparentemente consciente do risco de se comunicar a descoberta de vida extraterrestre prematuramente. A questão é que ele já cometeu alguns deslizes na comunicação com o público: por exemplo, em abril de 2024, num programa de rádio na Inglaterra, ele disse que a chance de ter descoberto vida no K2-18b era de 50% – o próprio apresentador do programa ficou surpreso com a estimativa. Naquela mesma conferência da Holanda, o Madhusudhan também pareceu muito confiante ao falar do assunto com o público de especialistas em exoplanetas – ele sabia que enfrentava muitos céticos na plateia. Ele disse que os planetas hiceanos eram “a melhor aposta” que temos com a tecnologia atual para descobrir vida extraterrestre.   Na palestra em que apresentou os novos resultados esse ano, o Madhusudhan contou que essa hipótese de mundos hiceanos foi desenvolvida com a ajuda de alunos de pós-graduação dele quando ele os desafiou a criar um modelo teórico de Mini-Netuno que oferecesse condições habitáveis, amenas para a vida. Mas a questão é que a gente não sabe se os mundos hiceanos sequer existem. É uma alternativa, uma hipótese para explicar o pouco que sabemos sobre esses exoplanetas. Há outras hipóteses, tão promissoras quanto essa, e muito menos amigáveis à existência da vida como a conhecemos. Enfim, a gente ainda sabe muito pouco sobre esses exoplanetas. Ainda não dá para decidir qual hipótese é a que melhor descreve a estrutura deles. Mas o que vai acontecer se algum dia os cientistas conseguirem resultados que apontem para uma detecção de possível bioassinatura que seja num alto grau de confiança, a tal ponto que seria insensato duvidar de sua existência? Estaríamos diante de uma incontroversa descoberta de vida extraterrestre? Digamos que os cientistas publiquem, daqui a algum tempo, novos resultados que apontam, com um grau de confiança altíssimo, para a presença de DMS no K2-18b. Mesmo que a gente tivesse certeza de que tem DMS naquela atmosfera, não seria possível cravar que a presença de DMS é causada pela vida. Como a gente tem ainda muito pouca informação sobre os ambientes que os Mini-Netunos podem apresentar, e como o nosso conhecimento sobre a própria vida ainda é muito limitado, vai ser muito difícil – para não dizer praticamente impossível – ter certeza de que a presença de uma possível bioassinatura é de fato uma bioassinatura.  Luan: A gente sabe que aqui na Terra, o DMS e o DMDS estão associados a processos biológicos. Mas a gente está falando de um planeta que é um Mini-Netuno, talvez um planeta hiceano. Será que esse planeta não tem processos químicos diferentes que podem gerar essas moléculas sem a presença da vida?  Danilo: Como disse o Luan, pode ser que processos naturais desconhecidos, sem o envolvimento da vida, sejam os responsáveis pela presença de DMS no K2-18b. A gente sabe que o DMS pode ser gerado fora da Terra por processos naturais, sem relação com a presença de vida. Para que seja gerado assim, são necessárias condições muito diferentes das que temos aqui na Terra. O interior de planetas gigantes como Júpiter, por exemplo, dá essas condições. DMS também foi detectado recentemente na superfície de um cometa, em condições muito hostis para a vida como a gente a conhece. Mais hostis ainda são as condições do meio interestelar, o espaço abissal e incrivelmente frio que existe entre as estrelas. Mesmo assim, DMS já foi detectado no meio interestelar.  É por isso que detectar uma possível bioassinatura num exoplaneta não necessariamente responde à pergunta sobre vida fora da Terra. É mais útil pensar nesses dados como peças de um quebra-cabeças: uma possível bioassinatura em um exoplaneta é uma peça que pode vir a ajudar a montar o quebra-cabeças em que a grande questão é se existe ou não existe vida fora da Terra, mas dificilmente será, sozinha, a resposta definitiva. Luan: Será que as bioassinaturas efetivamente foram produzidas por vida? Então, primeiro, estudos para entender diversos processos químicos ou físicos que poderiam gerar essas moléculas, que a gente considera como bioassinaturas, pra tentar entender em outros contextos, se elas seriam produzidas sem a presença de vida. Mas fora isso, nós astrônomos, nós também tentamos procurar conjuntos de bioassinaturas. Porque se você acha só o DMS ou o DMDS é uma coisa. Agora, se você acha isso e mais o oxigênio ou mais outra coisa, aí as evidências começam a ficar mais fortes. Um par muito comum que o pessoal comenta é você achar metano e oxigênio numa atmosfera de exoplaneta. Por quê? Porque esses dois compostos, se você deixar eles lá na atmosfera do planeta sem nenhum tipo de processo biológico, eles vão reagir. Vão formar água e gás carbônico. Então, se você detecta quantidades apreciáveis de metano e oxigênio numa atmosfera, isso indica que você tem algum processo biológico ali, repondo constantemente esses componentes na atmosfera. Então, a gente vai tentando buscar por pares ou conjuntos de bioassinaturas, porque isso vai construindo um cenário mais forte. Você olha, esse planeta está na zona habitável. Ele tem uma massa parecida com a da Terra. Ele tem uma temperatura parecida com a da Terra. Ele tem conjuntos de bioassinaturas que poderiam indicar a presença de vida. Então você vai construindo um quebra-cabeça ali, tentando chegar num conjunto de evidências.  Danilo: Talvez só vamos conseguir ter certeza quando tivermos condições de viajar os 124 anos-luz que nos separam do K2-18b, por exemplo, para examinar o planeta “in situ”, ou seja, lá no local – só que isso ainda é assunto para a ficção científica, não para a ciência atual. Não quer dizer que, dada a dificuldade, a gente deva desistir de fazer ciência nesse sentido, de detectar bioassinaturas nos exoplanetas. Luan: É claro que é super interessante aplicar esses modelos e sugerir a possível existência dessas moléculas. Isso ajuda a avançar o conhecimento, porque isso gera um interesse, gera um debate, um monte de gente vai testar, e outras pessoas já testaram e mostraram que, ou não tem a molécula nos modelos deles, ou eles não detectam ou detectam uma quantidade muito baixa. Enfim, então isso gera um debate que vai avançar o conhecimento. Então isso, no meio científico, é muito interessante esse debate, que gera outras pesquisas, e todo mundo tentando olhar por diferentes ângulos, para a gente tentar entender de uma maneira mais completa. Mas o cuidado… E aí, o grande serviço que o seu podcast está fazendo é como a gente faz chegar essa informação no público, que é o que você falou, uma coisa é: utilizamos um modelo super específico, e esse modelo indica a possível presença dessas moléculas que, na Terra, são associadas à vida. Outra coisa é dizer, na imprensa, achamos os sinais mais fortes de vida até agora. É uma distância muito grande entre essas duas coisas. Aline: Se eu analisei o meu dado e eu vi que tem aquela molécula de bioassinatura, uma coisa é eu falar: “Tem!” Outra coisa é falar: “Ó, eu analisei com esse modelo aqui e esse modelo aqui faz sentido. Ele representa melhor os meus dados do que o outro modelo”. São maneiras diferentes de falar. Mas qual que é a que vende mais? Danilo: Foi no final do nosso papo que o Luan e a Aline tocaram nessa questão que tem se tornado central nos últimos anos: como comunicar os resultados da astrobiologia da forma mais responsável? É possível que com o James Webb vamos continuar vendo potenciais detecções de bioassinaturas num futuro próximo. Por isso, a comunidade científica está preocupada com a forma como comunicamos os resultados da busca por vida fora da Terra e está se movimentando para contornar os problemas que provavelmente teremos no futuro. Eu venho participando desses esforços, pesquisando como a astrobiologia está sendo comunicada, e até ajudei a organizar um evento no ano passado para discutir isso com cientistas e jornalistas de ciência, mas conto essa história em outra hora. No próximo episódio, vamos falar sobre uma possível detecção de bioassinatura sem o James Webb e muito mais próxima da gente. A notícia veio em setembro de 2025. O planeta em que a bioassinatura pode ter sido encontrada? O vizinho cósmico que mais alimentou a imaginação humana sobre extraterrestres: Marte. Roteiro, produção, pesquisa e narração: Danilo Albergaria Revisão: Mayra Trinca, Livia Mendes e Simone Pallone Entrevistados: Luan Ghezzi e Aline Novais Edição: Carolaine Cabral Músicas: Blue Dot Sessions – Creative Commons Podcast produzido com apoio da Fapesp, por meio da bolsa Mídiaciência, com o projeto Pontes interdisciplinares para a compreensão da vida no Universo: o Núcleo de Apoio à Pesquisa e Inovação em Astrobiologia e o Laboratório de Astrobiologia da USP [VINHETA DE ENCERRAMENTO]

Amorosidade Estrela da Manhã
Vídeo - A intuição fala primeiro e depois a mente tenta explicar o que está acontecendo

Amorosidade Estrela da Manhã

Play Episode Listen Later Dec 18, 2025 0:50


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Morning Call BTG Pactual digital
Primeiro payroll após a paralisação nos EUA - Morning Call - Bruno Henriques e Larissa Quaresma, CFA - 16/12/2025

Morning Call BTG Pactual digital

Play Episode Listen Later Dec 16, 2025 17:49


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Noticiário Nacional
10h Último dia de aulas: o balanço do primeiro período

Noticiário Nacional

Play Episode Listen Later Dec 16, 2025 14:06


Podcasts epbr
Com adesão expressiva, greve na Petrobras tem prisões e unidades paralisadas I comece seu dia

Podcasts epbr

Play Episode Listen Later Dec 16, 2025 3:59


NESTA EDIÇÃO. Primeiro dia de greve dos petroleiros tem adesão em 17 plataformas, além de refinarias e terminais. Petroleira estatal venezuelana acusa EUA de ciberataque. ENBPar adota medidas para evitar déficit na Eletronuclear. Fabricante de eletrolisadores dos EUA desembarca no Brasil para competir com chineses. ***Locução gerada por IA

Reportagem Observador
UE apresenta primeiro plano para habitação acessível

Reportagem Observador

Play Episode Listen Later Dec 16, 2025 19:03


Comissão Europeia apresenta hoje ao Parlamento Europeu o primeiro plano comunitário de habitação acessível, objetivo é proteger famílias europeias da crise da habitação, já a partir de 2026. Ainda, premiados hoje dois jornalistas presos na Geórgia e Bielorrúsia com o prémio Sakharov.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Arauto Repórter UNISC
ARAUTO REPÓRTER UNISC 16 de Dezembro de 2025

Arauto Repórter UNISC

Play Episode Listen Later Dec 16, 2025 18:29


No Arauto Repórter UNISC de hoje, você confere:* Santa Cruz abre licitação para retomar projeto de duplicação da BR-471* Governo do Estado libera mais de 110 milhões de reais para obras de reconstrução da RSC-287* Primeiro desfile da Christkindfest ocorre hoje à noite em Santa Cruz* Em destaque na segurança pública: Motorista capota veículo em Santa Cruz

Assunto Nosso
ARAUTO REPÓRTER UNISC 16 de Dezembro de 2025

Assunto Nosso

Play Episode Listen Later Dec 16, 2025 18:29


No Arauto Repórter UNISC de hoje, você confere:* Santa Cruz abre licitação para retomar projeto de duplicação da BR-471* Governo do Estado libera mais de 110 milhões de reais para obras de reconstrução da RSC-287* Primeiro desfile da Christkindfest ocorre hoje à noite em Santa Cruz* Em destaque na segurança pública: Motorista capota veículo em Santa Cruz

A DITA HISTÓRIA DO VIDEOGAME
#21 - Década de 80: PC Engine - Hudson Soft, NEC e a Revolução do CD-ROM

A DITA HISTÓRIA DO VIDEOGAME

Play Episode Listen Later Dec 15, 2025 54:15


Primeiro da quarta geração! Como a Hudson transformou um "não" da Nintendo no primeiro console com CD-ROM da história.Destaques:Primeiro console com CD-ROM comercial (1988)Chipset HuC62 superior ao Famicom rejeitado pela NintendoMultitap para 5 jogadoresInúmeras versões do mesmo videogamePersonagens: Yuji e Hiroshi Kudo, Takahashi Meijin, Toshinori OyamaJogos: Ys I & II, Bomberman, R-Type, Street Fighter II, Magical ChaseCuriosidades: Vendeu mais que Master System e Mega Drive no Japão!Revolução do CD-ROM e a parceria que criou o console mais inovador dos anos 80!

biblecast.net.br - A Fé vem pelo Ouvir
Em Busca do Rei Prometido – Profecias do Primeiro Natal

biblecast.net.br - A Fé vem pelo Ouvir

Play Episode Listen Later Dec 14, 2025 26:42


Por Pr. L. Roberto Silvado. | https://bbcst.net/B9479N

Encontro com a Beleza
Lembra-se do primeiro all-time hit da história da música?

Encontro com a Beleza

Play Episode Listen Later Dec 14, 2025 9:29


Martim Sousa Tavares celebra os 300 anos de "As Quatro Estações" de Vivaldi. Qual é a importância desta obra e como é que o compositor retratou de forma inovadora as estações do ano através da música? See omnystudio.com/listener for privacy information.

Pr. L. Roberto Silvado
Em Busca do Rei Prometido – Profecias do Primeiro Natal

Pr. L. Roberto Silvado

Play Episode Listen Later Dec 14, 2025 26:42


Por Pr. L. Roberto Silvado. | https://bbcst.net/B9479N

O Lado Bom da Vida
Lembra-se do primeiro all-time hit da história da música?

O Lado Bom da Vida

Play Episode Listen Later Dec 14, 2025 9:29


Martim Sousa Tavares celebra os 300 anos de "As Quatro Estações" de Vivaldi. Qual é a importância desta obra e como é que o compositor retratou de forma inovadora as estações do ano através da música? See omnystudio.com/listener for privacy information.

Rádio Gazeta Online - Podcasts
Boletim Rádio Gazeta Online - 1ª edição (12 de dezembro de 2025)

Rádio Gazeta Online - Podcasts

Play Episode Listen Later Dec 12, 2025 3:13


Na primeira edição deste boletim você confere:- STF forma maioria para cassar mandato de Carla Zambelli;- Primeiro-ministro da Bulgária renuncia após onda de protestos da Geração Z;- Japão é atingido por terremoto.O Boletim Rádio Gazeta Online é um conteúdo produzido diariamente com as principais notícias do Brasil e do mundo. Esta edição contou com a apresentação das monitoras Maria Clara Pinheiro e Maria Eduarda Palermo, do curso de Jornalismo.Escute agora!

SBD
N510 - EASD 2025 - Resmetirom: Primeiro tratamento aprovado para MASH - Dhiãnah Santini e Fernando Valente

SBD

Play Episode Listen Later Dec 10, 2025 3:44


N510 - EASD 2025 - Resmetirom: Primeiro tratamento aprovado para MASH - Dhiãnah Santini e Fernando Valente by SBD

Governo do Estado de São Paulo
Natália Resende - Secretária de Meio Ambiente Infraestrutura e Logística - Primeiro ano e desestatização da Sabesp

Governo do Estado de São Paulo

Play Episode Listen Later Dec 10, 2025 2:22


Natália Resende - Secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística -

Do Zero ao Topo
A expansão da Drako Academias e o fortalecimento da Cimerian

Do Zero ao Topo

Play Episode Listen Later Dec 8, 2025 62:13


Neste episódio do podcast Do Zero ao Topo, do InfoMoney, apresentado por Mariana Amaro conversa com duas personalidades fundamentais por trás do crescimento e expansão das Drako academias e da fabricante nº1 de equipamentos de musculação do Brasil, a Cimerian. Primeiro, Marcio Jordis Gaspar, CEO e fundador das duas empresas que se tornaram referência no ecossistema fitness. Ele conta como começou sua trajetória profissional ainda jovem, pintando casas, descarregando caminhões e trabalhando em fábricas, e como essas experiências o prepararam para empreender do zero. Márcio compartilha também sua visão sobre o mercado fitness, o papel da inovação e da disciplina na gestão empresarial, além de dividir lições de vida, referências de leitura e conselhos para quem sonha em criar algo grande a partir do nada. Em seguida, Gabriel Pereira, CFO da Drako e da Cimerian, conta como surgiu a ideia da franqueadora de academias, os objetivos do grupo e como o negócio pretende se expandir nos próximos anos. *Este é um conteúdo patrocinado pela Drako e pela Cimerian, produzido em parceria com o InfoMoney*

Podcast do Ladeira
Ep. 392 - Títulos que convertem milhões

Podcast do Ladeira

Play Episode Listen Later Dec 8, 2025 22:05


Neste episódio, faço duas consultorias ao vivo focadas em promessas e headlines. Primeiro, oriento a Mariana, uma fonoaudióloga que vende materiais em PDF, a focar na facilidade e no benefício prático do produto ("material rápido e fácil para executar na terapia") em vez de apenas descrevê-lo, usando o exemplo de cases de sucesso que faturam milhões com produtos similares. Depois, ajudo a Flávia, do nicho de relacionamento, a transformar uma headline genérica em uma que toca na ferida da audiência ("Se você vive ciclos de brigas constantes..."), criando uma conexão imediata e aumentando a conversão. #copywriting Aproveite a Black do Ladeira:http://vtsd.com.br/quero-bf-ladeira-ep392 Me siga no Instagram:https://bit.ly/Insta-Leandro-LadeiraConheça o canal principal:https://bit.ly/Canal-Metodo-VTSDOuça nosso podcast:https://bit.ly/Podcast-do-Ladeira-no-Spotify

Noticiário Nacional
09h Primeiro aniversário da queda de Bashar Al-Assad

Noticiário Nacional

Play Episode Listen Later Dec 8, 2025 10:43


PodAcelerar - Empreendedorismo e Negócios
Como a nutrição levou ao seu faturamento de 70 milhões | Patrícia Galbiati - #GiantsCast #EP001

PodAcelerar - Empreendedorismo e Negócios

Play Episode Listen Later Dec 7, 2025 51:03


No episódio de estreia do GiantsCast, você vai conhecer a história de Patrícia Galbiatti, CEO da Galbiatti Refeições, uma empresa que atua no segmento de refeições coletivas corporativas e que já impacta milhares de pessoas todos os dias.Com mais de 100 colaboradores e uma operação que não para, Patrícia abre os bastidores da sua jornada empreendedora, desde os desafios do início até as decisões que fizeram sua empresa escalar. Aqui, ela compartilha erros, viradas de chave, aprendizados e o que mudou após entrar para o Giants, a maior comunidade de empresários de alto valor do Brasil.Se você busca clareza, inspiração e a visão real de quem está construindo negócios extraordinários, esse episódio é pra você.O que você vai ouvir neste episódio:• A trajetória da Galbiatti Refeições • Como liderar uma operação com mais de 100 colaboradores• Desafios do mercado de alimentação corporativa • As decisões que transformaram o crescimento da empresa • O impacto da comunidade Giants no desenvolvimento do negócio • Insights práticos para quem quer acelerar sua gestão e seus resultadosSobre o GiantsCastO GiantsCast é o podcast com histórias reais de empresários que fazem acontecer. Um quadro oficial do PodAcelerar, criado para revelar bastidores, desafios e estratégias de quem movimenta mais de 30 bilhões de reais por ano dentro da comunidade Giants.Aqui, o foco é simples: histórias que inspiram, resultados que ensinam e empresários que transformam o mercado.

Noticiário Nacional
7h Futsal feminino: Portugal tenta o troféu no primeiro mundial

Noticiário Nacional

Play Episode Listen Later Dec 7, 2025 9:05


Professor HOC
POR QUE OS EUA USARAM BOMBAS ATÔMICAS NO JAPÃO? A EXPLICAÇÃO PARA HIROSHIMA E NAGASAKI

Professor HOC

Play Episode Listen Later Dec 2, 2025 27:46


O dia 6 de agosto de 1945 é possivelmente o mais importante do século XX. Naquela madrugada, no céu da cidade de Hiroshima, a bomba “Little Boy” inaugurou a era atômica da humanidade. Poucos dias depois, a segunda bomba foi detonada em Nagasaki, empurrando o Japão para a capitulação e encerrando a guerra mais sangrenta da história.Não existe dúvida alguma que esses acontecimentos mudaram completamente a realidade do mundo, ao mesmo tempo colocando o fim da humanidade ao alcance de um botão, mas criando as décadas mais pacíficas que a história já conheceu, mesmo que sob o fantasma da destruição total.O que ainda suscita muita dúvida e um grande debate é se o uso das bombas naquele momento era necessário ou não. Essa é uma das maiores polêmicas da história da geopolítica e também o tema do vídeo de hoje.Afinal, o uso das bombas foi uma fútil e cruel demonstração de força dos americanos, ou foi o amargo, mas necessário, custo a se pagar pela paz?Primeiro, vamos expor os argumentos dos dois lados e depois vou dar a minha opinião sobre o assunto!

O Assunto
A sonegação bilionária da Refit

O Assunto

Play Episode Listen Later Nov 28, 2025 26:53


Convidados: Bruno Tavares, jornalista da Globo em São Paulo; e Malu Gaspar, comentarista da GloboNews e da CBN e colunista de O Globo. R$ 26 bilhões. Segundo investigadores, este é o prejuízo aos cofres de SP, RJ e da União provocado por um esquema de sonegação de impostos envolvendo um grupo que atua no setor de combustíveis. Comandado pelo empresário Ricardo Magro, o grupo Refit é considerado o maior devedor de impostos de SP, o segundo do RJ e um dos maiores da União. O esquema de sonegação foi alvo da operação Poço de Lobato nesta quinta-feira (27) – no total, foram 190 alvos de mandados – incluindo pessoas físicas e empresas ligadas direta ou indiretamente ao grupo Refit. Neste episódio, Victor Boyadjian recebe dois convidados para explicar como funcionava a fraude e por que um projeto que poderia endurecer regras para combater crimes deste tipo demora a avançar no Congresso. Primeiro, a conversa é com Bruno Tavares, jornalista da Globo em São Paulo. Depois, Victor recebe Malu Gaspar, comentarista da GloboNews e da CBN, e colunista do jornal o Globo. Bruno detalha a operação e como funcionava o esquema bilionário de sonegação. O jornalista explica como os envolvidos pulverizavam dinheiro em diversas empresas para dificultar o rastreamento de valores, e responde quais são os próximos passos dessa investigação. Depois, Malu esclarece o que é um “devedor contumaz” e por que a Refit é considerada um exemplar deste tipo de devedor. Ela conta quais as relações entre o empresário Ricardo Magro e pessoas influentes em Brasília. Malu explica também como a operação repercutiu no Congresso – nesta quinta-feira, o presidente da Câmara anunciou quem será o relator do projeto que pode inibir este tipo de crime.

radinho de pilha
convicção é uma armadilha? como o verde conquistou a Terra, os delírios de Hitler

radinho de pilha

Play Episode Listen Later Nov 25, 2025 26:21


Primeiro líquen conhecido no registro fóssil ajudou a estruturar ecossistemas terrestres https://agencia.fapesp.br/primeiro-liquen-conhecido-no-registro-fossil-ajudou-a-estruturar-ecossistemas-terrestres/56450 Trees Are So Weird https://youtu.be/ZSch_NgZpQs?si=ohWtW8GQb8Km3Gsn The Nazis at War: Hitler Strikes West (Part 1) https://therestishistory.com/620-the-nazis-at-war-hitler-strikes-west-part-1/ canal do radinho no telegram: http://t.me/radinhodepilha meu perfil no Threads: https://www.threads.net/@renedepaulajr meu perfil no BlueSky https://bsky.app/profile/renedepaula.bsky.social meu twitter http://twitter.com/renedepaula aqui está o link para a caneca no Colab55: https://www.colab55.com/@rene/mugs/caneca-rarissima para xs raríssimxs internacionais, aqui está nossa caneca no Zazzle: https://www.zazzle.com/radinhos_anniversary_mug-168129613992374138 minha lojinha no Colab55 (posters, camisetas, adesivos, sacolas): http://bit.ly/renecolab meu livro novo na lojinha! blue notes https://www.ko-fi.com/s/550d7d5e22 meu livro solo https://www.ko-fi.com/s/0f990d61c7 o adesivo do radinho!!! http://bit.ly/rarissimos minha lojinha no ko-fi: https://ko-fi.com/renedepaula/shopmuito obrigado pelos cafés!!! http://ko-fi.com/renedepaula The post convicção é uma armadilha? como o verde conquistou a Terra, os delírios de Hitler appeared first on radinho de pilha.

Rádio PT
BOLETIM | Criado no primeiro mandato de Lula, Disque 180 completa 20 anos

Rádio PT

Play Episode Listen Later Nov 24, 2025 3:52


Símbolo do compromisso do Governo Lula com a prevenção e o enfrentamento à violência contra as mulheres, o serviço realizou mais de 877 mil atendimentos, de janeiro a outubro de 2025, uma média de 2.895 por dia.Sonora:

SBS Portuguese - SBS em Português
Notícias da Austrália e do Mundo | Sexta-feira 21 de novembro

SBS Portuguese - SBS em Português

Play Episode Listen Later Nov 21, 2025 10:04


Primeiro-ministro Anthony Albanese encontra-se na África do Sul a propósito da cimeira do G20. Meteorologistas preveem que o ciclone Fina volte a ganhar força à medida que avança em direção à região mais a norte do Território do Norte. Polícia do Território da Capital Australiana apresentou desculpas a adolescente aborígene que foi expulso e detido, por lapso, de um autocarro, em Camberra. Incêndio sobressaltou ontem os participantes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) na Zona Azul do parque da cidade, em Belém, Brasil.

Kiwicast - O Podcast da Kiwify
Como Criar Produtos Digitais que Vendem Todos os Dias | Danilo Maia - Kiwicast #570

Kiwicast - O Podcast da Kiwify

Play Episode Listen Later Nov 21, 2025 53:01


Quer começar a ganhar dinheiro com o mercado digital, mas não sabe por onde começar? O Danilo Maia te mostra o caminho neste Kiwicast! Ele é especialista em criação de produtos low ticket e de softwares de serviço (SaaS), já faturou R$ 5 milhões e impactou mais de 100 mil alunos com seus produtos e serviços. Neste episódio, ele compartilha sua trajetória, os erros e acertos do caminho, e revela estratégias para transformar uma simples ideia em um produto digital lucrativo. ------------------- O que você vai aprender: -      Primeiro passo para criar um infoproduto-      Como identificar o problema do cliente para ofereceruma solução-      Ofertas para produtos low ticket: estratégias e dicasimportantes-      Depois da venda, o que fazer?-      O que é SaaS e como combinar ele com infoprodutos-      Ferramentas de IA para estruturar um SaaS E muito mais!Aprenda com quem vive o mercado digital na prática.Dá o play e deixe nos comentários qual foi o melhor insight que você tirou do episódio.Nosso Instagram é @Kiwify

GE Flamengo
GE Flamengo #546 - Primeiro tempo assustador custa caro: as lições da derrota no clássico

GE Flamengo

Play Episode Listen Later Nov 20, 2025 83:30


Jorge Natan recebe Fred Gomes, Luiza Sá e Sergio Lobo para analisar desempenho no duelo contra o Fluminense, com críticas ao planejamento para a zaga e o ataque. Flamengo segue líder no Brasileirão!

Lito Cavalcanti
#272 Três provas restantes, três pilotos no páreo e uma pergunta: quem será o campeão?

Lito Cavalcanti

Play Episode Listen Later Nov 19, 2025 56:51


A temporada chega ao seu antepenúltimo Grande Prêmio. Primeiro, vem Las Vegas — já neste fim de semana. Depois, vêm Catar e Abu Dhabi. Lando Norris (McLaren) tem 390 pontos contra 366 de Oscar Piastri (McLaren) e 341 de Max Verstappen (Red Bull). A questão é: uma pista de rua relativamente nova na F1, em corrida noturna, com temperatura baixa, tende a favorecer algum desses três pilotos — ou alguma dessas duas equipes?Apresentação: Cassio Politi e Lito Cavalcanti.Veja as melhores análises da Fórmula 1 no site The Race Brasil: https://www.youtube.com/@wearetherace_br.Inscreva-se no canal do Lito Cavalcanti no YouTube e participe toda terça-feira, às 20h (horário de Brasília), da live: https://www.youtube.com/LitoCavalcanti. Participe do Bolão:https://pitacof1.com.br/

ONU News
OMS marca primeiro Dia para Eliminação do Câncer de Colo de Útero

ONU News

Play Episode Listen Later Nov 17, 2025 1:50


Doença mata mais de 350 mil mulheres por ano; vacinação e rastreio ajudam a prevenir; Angola aparece em lista de países que aumentaram taxas de imunização; agência da ONU quer mobilizar governos e sociedade civil para combater novos casos.

Linha de Passe
Brasil faz primeiro tempo de gala e vence Senegal em amistoso com clima de Copa do Mundo - Linha de Passe

Linha de Passe

Play Episode Listen Later Nov 15, 2025 67:22


Neste sábado (15), nossos comentaristas analisam tudo da vitória do Brasil contra o Senegal em amistoso. A amarelinha venceu a partida por 2 a 0, com gols de Estêvão e Casemiro. Vem com a gente! Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

Rádio PT
BOLETIM | COP30: Governo Lula lança primeiro plano climático do mundo voltado à saúde

Rádio PT

Play Episode Listen Later Nov 13, 2025 3:44


O documento traz diversas ações que podem ser realizadas pelos países para uma preparação dos sistemas de saúde e resposta às mudanças climáticas. O plano destaca como os eventos climáticos extremos afetam a saúde das pessoas, com a proliferação das doenças, mortalidade e problemas de qualidade do ar.Sonora:

Palavra Amiga do Bispo Macedo
A diferença entre o crer e o acreditar faz a diferença - Meditação Matinal 10/11/25

Palavra Amiga do Bispo Macedo

Play Episode Listen Later Nov 10, 2025 21:03


Primeiro passo: "O Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que Eu te mostrarei."Segundo passo: "E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção." Gênesis 12:1-2Primeiro: "disse Jesus aos Seus discípulos: Se alguém quiser vir após Mim…"Segundo: "renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-Me;" Mateus 16:24"Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de Mim, achá-la-á." Mateus 16:25

3 em 1
Lula na COP30 / STF forma maioria para manter condenação de Bolsonaro

3 em 1

Play Episode Listen Later Nov 7, 2025 116:19


No 3 em 1 desta sexta-feira (07), o destaque foi o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que defendeu, durante a Cúpula dos Líderes da COP30 em Belém (Pará), que o lucro do petróleo seja usado na transição energética. O líder brasileiro afirmou que é “tempo de diversificar nossas matrizes energéticas”. Reportagem: Bruno Pinheiro. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), e o do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil), também participaram da Cúpula do Clima. Motta destacou o papel do Parlamento na pauta ambiental, enquanto Alcolumbre falou sobre os avanços no Amapá. Reportagem: Lucas Martins. O presidente da França, Emmanuel Macron, disse durante a COP30, em Belém (Pará), estar otimista sobre o acordo Mercosul–União Europeia. Reportagem: Luca Bassani. STF forma maioria para negar recurso e manter condenação de Bolsonaro. Primeiro voto foi do relator Alexandre de Moraes, que foi acompanhado pelos magistrados Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Reportagem: Janaína Camelo. Líderes do Congresso Nacional consideram o Projeto de Lei (PL) Antifacção uma “jogada de alto risco” do governo Lula (PT). O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL), é o mais cotado para ser o relator da proposta na Câmara dos Deputados. Reportagem: Victoria Abel. Representantes de autoescolas se reuniram com o deputado Arthur Lira (PP) pedindo apoio contra o fim das aulas obrigatórias para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A proposta é de autoria do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), adversário político de Lira em Alagoas. Reportagem: Victoria Abel. Tudo isso e muito mais você acompanha no 3 em 1. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices

Rádio Comercial - Momentos da Manhã

Primeiro encontro no cinema ou no café? E ainda... Unhas grandes e podres.