Podcast de conversas sobre inovação, que procura promover e incentivar a inovação em Portugal. O podcast está integrado no Prémio Nacional de Inovação, uma iniciativa do Jornal de Negócios, do BPI e da Claranet.
Portugal tem talento, tem ideias e tem vontade. Mas falta ambição à escala certa. António Coutinho, CEO da EDP Inovação, aponta o dedo à produtividade da inovação nacional e à escassa transformação de investimento em valor real para a economia. Nesta conversa, antecipa soluções, desafia empresas e decisores a quebrar o “status quo” e explica por que razão inovação é mais do que tecnologia, é resolver problemas concretos com impacto.
O Instituto de Informática da Segurança Social está a liderar uma transformação na interação com os cidadãos e as empresas. Luís Farrajota, presidente desta entidade, revela um plano que aposta na digitalização para reforçar a eficiência, a acessibilidade e a rapidez no acesso aos serviços. O foco passou a estar nas pessoas e nas suas necessidades, com a tecnologia como facilitador.
No setor bancário, a inovação deixou de ser um extra para se tornar uma necessidade. No BPI, essa transformação começou há três anos com a criação da Direção de Inovação, reforçada mais recentemente pelo Centro de Excelência para a Inteligência Artificial (IA).De blockchain e metaverso à IA, o foco do BPI tem sido testar, adaptar e criar soluções que tornem os processos mais eficientes e melhorem a experiência dos clientes. O Pulsoo, desenvolvido com a NOS, é um exemplo desta abordagem colaborativa, simplificando a relação das pequenas empresas com o sistema financeiro.A inovação começa dentro de casa, com uma cultura que incentiva novas ideias e procura soluções reais para desafios concretos. "A inovação não é vista como algo isolado, mas como parte do ADN do banco", afirma Teresa Silva e Sousa, diretora de Inovação do BPI.
A diretora de Inovação do Grupo Brisa fala sobre startups, inteligência artificial, capital de risco e muita colaboração, abordando a forma como a empresa integra a inovação no seu ADN e como se está a preparar para um futuro em que os veículos comunicam em tempo real e a segurança rodoviária é reforçada por tecnologias preditivas. Ana Almeida Simões falou ainda dos desafios do ecossistema português de inovação, da importância de saber "matar projetos" a tempo e do papel da Brisa na mobilidade elétrica e sustentável.
Portugal tem um ecossistema de inovação mais dinâmico, mas ainda enfrenta desafios estruturais. A ligação entre o conhecimento académico e a sua aplicação prática continua a ser um desafio, reconhece Sílvia Garcia, administradora da ANI – Agência Nacional de Inovação e membro do júri do Prémio Nacional de Inovação. Para acelerar a transformação do conhecimento em soluções comercializáveis, é fundamental reforçar a colaboração entre empresas, universidades e administração pública, tornando os processos mais ágeis. A inovação exige persistência, investimento e redes de colaboração – porque, como defende a responsável, “sozinhos não vamos a lado nenhum”.
A inovação é o motor do progresso, mas estarão as empresas a tirar pleno partido dos incentivos fiscais disponíveis para crescer e competir a nível global? Paulo Reis, diretor-geral da FI Group Portugal, explica como a empresa apoia negócios na otimização dos seus investimentos em inovação, facilitando o acesso a incentivos fiscais e estruturando projetos de I&D com maior impacto e promovendo o ecossistema de inovação.
Os especialistas em design thinking e coautores do livro “Design thinking, da inspiração à inovação”, explicam como esta metodologia pode ser determinante para resolver problemas complexos e estimular a criatividade e a inovação dentro das organizações.
Paulo Rosado é o convidado de Inovcast.O CEO e fundador da OutSystems é o convidado do primeiro episódio da segunda temporada do InovCast. Vencedor do prémio Personalidade na edição do ano passado do Prémio Nacional de Inovação, partilha nesta conversa a história da criação da empresa, os seus fatores diferenciadores e o impacto da inteligência artificial no desenvolvimento do negócio. Aborda a competitividade da Europa e de Portugal, identificando os principais obstáculos e sugerindo mudanças para transformar o ecossistema de inovação e impulsionar um ambiente empresarial mais dinâmico no país e no continente.
A diretora-geral da Dell Portugal aborda a necessidade urgente de acelerar o investimento em inovação para obter resultados diferenciadores de forma mais rápida. Frequentemente, as organizações não estão preparadas para trilhar o caminho da inovação devido às suas necessidades tecnológicas, como revela o estudo Dell Innovation Index, de 2023. Isabel Reis sublinha o papel da Dell no apoio às empresas para desenvolverem uma cultura de inovação robusta, especialmente face aos desafios identificados no estudo, tais como a falta de tempo para inovar e as barreiras culturais.
A presidente da Accenture Portugal explica o desafio de gerir uma empresa que emprega 5500 pessoas de 71 nacionalidades, reconhecendo os muitos benefícios que resultam de trabalhar com tanta diversidade cultural e social. Aborda a importância da inovação para garantir um crescimento sustentável da economia e destaca que, para criar valor, é necessário talento, conhecimento da indústria e das últimas tecnologias. Para a presidente da Accenture, a importância da inovação resume-se a esta frase: “Se não inovarmos, perdemos a relevância. É um imperativo”. Sobretudo quando o ritmo de mudança aumenta a cada ano que passa.
A presidente da Associação DNS.pt explica como se criou um sistema reconhecido internacionalmente como um exemplo de ecossistema de inovação na gestão do domínio .pt. A conversa aborda a importância da inovação e a necessidade urgente de debater a neutralidade da internet, questionando se devemos ter uma rede aberta ou fechada à escala mundial. Luísa Ribeiro Lopes ressalta que, apesar dos avanços, ainda existem regiões onde a internet não é acessível de forma aberta, destacando a necessidade de um compromisso global para garantir um acesso igualitário.Outro tema central desta conversa é a promoção do papel das mulheres na ciência e na tecnologia. Embora Portugal esteja acima da média europeia em termos de inclusão feminina nas TIC, apenas duas em cada dez profissionais nesta área são mulheres. Este desequilíbrio representa não só uma questão de direitos das mulheres, mas também um imperativo económico. A União Europeia enfrenta uma escassez de 800 mil profissionais tecnológicos, e aproximadamente 70% das ofertas de emprego atuais exigem competências digitais.No seu entender, a implementação de políticas eficazes e um compromisso contínuo com a educação igualitária no ensino são o caminho para alcançar resultados positivos, que só serão visíveis nas próximas duas décadas. Luisa Ribeiro Lopes faz uma chamada à ação para construir um futuro digital mais inclusivo e equitativo, onde a igualdade de género é central para a inovação e o progresso económico e social.
O diretor-geral da Microsoft Portugal fala sobre inovação, o estado da economia portuguesa e o que se pode esperar da inteligência artificial em diferentes setores de atividade. Outro tema abordado é o papel da educação, desde o ensino primário até ao universitário, na promoção de competências digitais, e quais as aptidões digitais mínimas que devem existir nas empresas e nos conselhos de administração. Uma conversa a não perder.
O Head of Open Innovation da Galp começa esta conversa com uma reflexão sobre a Era das Disrupções e o papel crucial da inovação neste contexto. Partilha a sua análise sobre o estado da inovação em Portugal, identificando os desafios e as tendências emergentes. Manuel Andrade destaca também importância da colaboração entre empresas, governo e academia, e explica como estes ecossistemas de inovação estão a ajudar a Galp a enfrentar os desafios do setor energético, especialmente na transição energética, tendo em conta o objetivo da empresa em alcançar a neutralidade carbónica até 2050.
Este empreendedor, consultor sénior e antigo secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação analisa o estado da inovação na Europa quando comparada com os Estados Unidos e a China. Nesta conversa, fala da importância de Portugal ter empresas de maior dimensão. Justifica essa visão explicando a importância da escala para competir internacionalmente, investir em inovação, ser mais produtivo e, por esse motivo, as empresas de média e grande dimensão conseguem pagar melhores salários do que as micro e pequenas empresas e atrair talento. Para se alcançar este propósito, é necessário assistir à fusão e/ou aquisição de empresas. Uma decisão que não é fácil de tomar. Carlos Oliveira explica o que sentiu e o que fez quando vendeu a sua primeira empresa, a Mobicomp, à Microsoft.
Gil Azevedo é o convidado de Inovcast.O diretor executivo da Fábrica de Unicórnios de Lisboa fala do impacto que teve o reconhecimento de Lisboa pela Comissão Europeia como Capital Europeia da Inovação e da nova geração de empresas especializadas em setores de elevado crescimento como a inteligência artifical, as cleantech ou a mobilidade sustentável.
O diretor executivo do Ecossistema de Inovação da Nova SBE fala da evolução do ecossistema de inovação em Portugal, do reforço do investimento da investigação e inovação no setor público e privado, um esforço que merece ser reconhecido mas que ainda é insuficiente, tendo em conta que o país se encontra abaixo do objetivo de 3% do PIB em investimento de I+D. Rui Coutinho aborda o impacto do aparecimento de uma nova geração de empresas com uma forte base tecnológica e orientadas para a internacionalização, fala do impacto que a inteligência artificial está a ter nas ferramentas e metodologias de inovação e defende que o país precisa de uma ministra do Futuro, capaz de abordar vários temas com uma natureza estratégica profunda para o desenvolvimento de Portugal e que obrigam a pensar o futuro de forma diferente.
O Diretor-Geral do Gabinete Nacional de Segurança fala da escala das ameaças dos crimes cibernéticos em Portugal, dos riscos de inovar sem acautelar os temas de segurança e da aprendizagem e melhorias introduzidas após os ataques de grande dimensão que atingiram várias empresas em 2022. O contra-almirante António Gameiro Marques enfatiza a importância da segurança cibernética, comparando-a a andar de bicicleta, “se parar, há o risco de queda”. Um aviso que destaca a necessidade contínua de vigilância e investimento em segurança digital para evitar vulnerabilidades e ataques cibernéticos.
O presidente e CEO da Claranet Portugal fala do papel da inovação na transformação da empresa, que começou o seu negócio como o primeiro operador privado de Internet com cinco pessoas, e como evoluiu para uma empresa de tecnologia. Passados 30 anos, é a maior empresa de TI em Portugal, com uma faturação superior a 200 milhões de euros, empregando mais de 1000 pessoas. António Miguel Ferreira deixa um conselho: a inovação é incremental e é uma espécie de longa maratona. Todos os dias temos de fazer uma parte do caminho.
O diretor de Inovação do BPI fala dos desafios de transformação e da inovação da banca em Portugal.
O presidente da Agência de Nacional de Inovação fala dos desafios da inovação em Portugal e do papel da ANI na promoção de um ecossistema de inovação capaz de criar mais riqueza no país.