Capital of Portugal
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Neste episódio, discutimos temas atuais de tecnologia e negócios, como a procura de Mark Zuckerberg por engenheiros de elite com salários equiparados aos de jogadores de futebol, a escassez de talento no desenvolvimento de software e o impacto da inteligência artificial no mercado de trabalho. Abordam ainda um novo programa do governo para digitalizar serviços públicos, centralizando a comunicação com os cidadãos e recorrendo à IA para aumentar a eficiência. O episódio realça a importância do talento tecnológico e as mudanças necessárias para o futuro do setor.Links:Super Intelligence Team: Estado Português Digital: https://www.theportugalnews.com/news/2025-06-20/plans-to-use-ai-in-public-services/98677Procura por Software Devs.: https://www.economist.com/business/2025/07/01/superstar-coders-are-raking-it-in-others-not-so-muchIDs Digitais China: https://www.economist.com/china/2025/07/01/chinas-giant-new-gamble-with-digital-idsSubstack Henrique: https://henriquecruz.substack.com/p/6-recomendacoes-concretas-para-aGrammarly e Superhuman: https://www.reuters.com/business/grammarly-acquires-email-startup-superhuman-ai-platform-push-2025-07-01/Uber Mulheres: https://eco.sapo.pt/2025/07/02/uber-passa-a-permitir-que-clientes-escolham-apenas-motoristas-mulheres/Introdução e Apresentação do Episódio (00:00:00) Apresentação do podcast, temas do episódio e convite à participação dos ouvintes.Zuckerberg e salários de engenheiros de IA (00:01:20) Zuckerberg busca engenheiros de topo, salários comparados a futebol, competição entre empresas de tecnologia.Mercado de trabalho e impacto da IA (00:06:13) Salários altos, menos vagas para funções básicas, equipes menores e mais eficientes, importância de skills em IA.Automação e futuro do setor (00:10:53) Automação reduz procura por profissionais júnior, destaque para conhecimento especializado.Digitalização dos serviços públicos (00:12:01) Novo programa do governo para digitalizar serviços, centralização e integração de dados, uso de IA.Desafios e benefícios da automação no Estado (00:17:12) Aumento de eficiência, redução de corrupção, necessidade de transparência e rastreabilidade.Implementação de IA no setor público (00:21:17) Discussão sobre soluções open source vs. privadas e quem deve implementar: empresas, Estado ou universidades.Propostas para Portugal em IA (00:26:10) Sugestões: formação, atração de empresas, conferências, atualização curricular e investimento em infraestrutura.Identificação digital e privacidade (00:35:00) China implementa identificação digital obrigatória, comparação com Portugal, riscos de privacidade e controle estatal.Impostos sobre big tech e IA (00:43:57) Discussão sobre impostos digitais no Canadá, Europa e Portugal, desafios de regulação.Novidades em tecnologia e IA (00:46:27) Investimentos em IA e data centers, novidades do Twitter/X, Adobe e aquisições no setor.Uber lança opção só para mulheres em Lisboa (00:50:19) Uber testa serviço exclusivo para mulheres, contexto e desafios.Encerramento (00:52:25) Conclusão, agradecimentos e incentivo à participação dos ouvintes.
En este episodio, Xander te lleva a descubrir el impresionante Oceanário de Lisboa, uno de los acuarios más reconocidos del mundo y la atracción número uno de la ciudad. Sumérgete en un recorrido entre más de 8,000 animales y plantas de 500 especies distintas, desde tiburones y rayas hasta pingüinos y el famoso pez luna.Conoce los diferentes hábitats marinos del Atlántico, Pacífico, Índico y Antártico, y déjate sorprender por la innovadora arquitectura y las exposiciones inmersivas como “Forests Underwater” y “Submerged Universe”.Además, Xander comparte consejos prácticos sobre la visita, su experiencia personal con la comida y recomendaciones para aprovechar al máximo tu día en Lisboa.¿Vale la pena? ¡Descúbrelo en este episodio y prepárate para tu próxima aventura oceánica!#OceanarioLisboa #Lisboa #Podcast #TheShowWithXander #Viajes #Acuario #Portugal #Turismo
Historia enterrada, desenterrada y contada con toga y sentido del humor. En este Extra, el pasado romano de Lisboa se nos aparece como un fantasma de mármol entre callejones. David Botello (@DavidBotello4), Esther Sánchez (@estesan1969), Ainara Ariztoy y la actriz Ruth Núñez descubren el Teatro Romano: un escenario del siglo I que hoy presume de museo con 3D y salazones. Si quieres acompañarlos, ¡súbete a la Historia!
O nosso convidado é Bruno Soares Gonçalves — físico, director do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear em Lisboa e um dos mais destacados especialistas em fusão nuclear em Portugal. Lidera projectos ligados ao ITER, o maior reactor experimental de fusão do mundo, em França, e tem representado Portugal em programas científicos europeus. Neste episódio falámos do seu percurso como investigador, dos desafios técnicos e científicos da fusão nuclear, do papel de Portugal nestes esforços internacionais e do futuro da energia nuclear — tanto de fusão como de cisão — na resposta à crise climática. Debatemos a adopção de energia nuclear em Portugal, discutindo aspectos não só ambientais como económicos e de segurança.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Pela primeira vez na história, o Pavilhão João Rocha verificou um campeão que não o Sporting. No Jogo 5, o Benfica acabou por ser mais forte e evitar o pentacampeonato do leão, conseguindo interromper o mais longo reinado do futsal português. Em jeito de balanço, no último episódio ´regular´ desta temporada, falamos do que correu menos bem ao Sporting e do que o Benfica fez de diferente para chegar ao título. E do que vai acontecer no verão para mudar os dois rivais de Lisboa.
Pequenos textos, contos, histórias, lendas, pensamentos ou apenas uma frase que sirvam de reflexão para todos os que nos ouvem na RLX-Rádio Lisboa. No mundo em que vivemos faz-nos falta parar e refletir sobre tudo o que nos rodeia…
Sobre um início de verão inesperado, mas com sabor a nostalgia, bailaricos, uma ida a Lisboa e cheiro a tílias. Espero que gostem
NA ÍNDIA, COM A MALA DO PENINHA - A Europa, a Índia e o Brasil já foram uma coisa só, na época em que todos os continentes estiveram unidos, na Pangeia. Mas depois que as forças geológicas os separaram, os navegadores portugueses voltaram a os reunir. Mais especificamente Pedro Álvares Cabral, que partiu de Lisboa, chegou no sul da Bahia e seguiu até Calicute, na Índia. Que tal, então, visitar os lugares onde Cabral, Pero Vaz de Caminha, Camões e Vasco da Gama estiveram? Em Goa, em Cochim, no Malabar? E ainda na deliciosa companhia de Eduardo Bueno, falando sem parar? Mas atenção: é só para 12 eleitos – e as vagas já estão acabando... Mas se você não puder ir, tudo bem: tem esse episódio que desata essa trama toda, em Nós na História. Agora, ao vivo será melhor. Se quiser embarcar nessa, com a mala do Peninha, clique no link da viagem e venha conosco, pelos mares da aventura e da história que explica o Brasil e (re)descobre o mundo!LINK PARA VIAJAR PARA A ÍNDIA COM A MALA DO PENINHA: https://www.vemcomigoparaindia.com.br...—------------------------------APOIE o programa: APOIA.SE - https://apoia.se/nosnahistoriaSIGA-NOS no Instagram: @nosnahistoria_@buenasideias@lucianopotter @arthurdeverdadePatrocínio:TRADUZCA - https://www.traduzca.com/LIVROS INDICADOS NO EPISÓDIO - UM LIVRO - https://www.livrarianosnahistoria.com.br
breve comentário aos textos bíblicos lidos em comunidade | Solenidade dos Apóstolos Pedri e Paulo | Hospital de Santa Marta, Lisboa, 28 de Junho de 2025.Actos 3,1-10; Gálatas 1,11-20 e João 21,15-19.Actos 12, 1-11; 2 Timóteo 4,6-18 e Mateus 16,13-19.Instagram© Kurt Rosenwinkel, Berlin Baritone (Heartcore Records, 2022) – Peace Please© Mammal Hands, Shadow Work (Gondwana Records, 2017) – Near FarAntónio Pedro Monteiro
O podcast "Formação ao Longo da Vida: Uma Viagem Diacrónica" explora a evolução da aprendizagem contínua, desde o seu surgimento como "educação permanente" no pós-Segunda Guerra Mundial até aos dias de hoje. A fonte detalha a importância crescente desta abordagem educacional face às rápidas transformações tecnológicas e do mercado de trabalho, destacando marcos como o Relatório Delors e a Estratégia de Lisboa. Aborda também as diversas modalidades de formação, incluindo as tradicionais, digitais e flexíveis, com foco em inovações como a Inteligência Artificial, Realidade Virtual e microcredenciais. Por fim, examina os desafios, oportunidades e tendências futuras da educação ao longo da vida, sublinhando a exclusão digital e a necessidade de integração sistémica para uma sociedade mais justa e inclusiva.
Luis Unceta es gerente de Industrias San Isidro (iSiMAR) empresa con sede en Noáin desde donde fabrica el 100% de sus producto y exporta en torno al 70% de su producción a 45 países, con delegaciones abierta en EEUU, México, Londres, París, Lisboa, Madrid o Barcelona. Con más de 60 trabajadores y una facturación de más 8 millones de euros de los que 6,5 proceden del mobiliario de diseño.
Pequenos textos, contos, histórias, lendas, pensamentos ou apenas uma frase que sirvam de reflexão para todos os que nos ouvem na RLX-Rádio Lisboa. No mundo em que vivemos faz-nos falta parar e refletir sobre tudo o que nos rodeia…
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No Ensaio Geral desta semana escutamos o novo disco de Lina, olhamos uma peça de teatro que fala da margem sul e das raízes de Almada. Há ainda espaço para dois filmes em português, um deles uma adaptação de um livro de Mia Couto, o outro com a história de crescimento na adolescência. Conhecemos também o espaço que mostra a coleção de arte contemporânea da Câmara Municipal de Lisboa. Fica em Belém e tem mais de 200 obras de 130 artistas. Guilherme d'Oliveira Martins, do Centro Nacional de Cultura (CNC), revela as suas sugestões semanais.
Começa hoje a 10ª edição do Lisb-On no parque florestal de Monsanto, em Lisboa. José Diogo Vinagre, diretor do evento, promete 3 dias de música eletrónica e continuidade na recuperação da floresta.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A bom-despachense Samira se interessou logo na infância pelo computador do irmão e, graças à época de Tumblr, decidiu fazer Ciência da Computação. Isso lhe trouxe as primeiras oportunidades de ter experiências internacionais, com semestres acadêmicos e projetos na Colômbia e no Egito.No meio desse caminho, ela concluiu que Ciência da Computação não era o caminho, porque o interesse por front-end estava falando mais alto. Isso a levou a trancar a faculdade, se mudar para Uberlândia e, posteriormente para Campinas, onde ela dividiu seu tempo entre o trabalho de webdesigner para empresas dos EUA, e a faculdade de Análise e Desenvolvimento de Sistemas.Com uma mudança de planos graças à pandemia e, graças à vontade de ter uma experiência no exterior, ela e a namorada foram para Lisboa e, agora, para Bruxelas. Neste episódio, ela detalha melhor essa trajetória, e detalha seu dia a dia na terra dos waffles.Fabrício Carraro, o seu viajante poliglotaSamira Costa, Engenheira de Software Sênior em Bruxelas, BélgicaLinks:ErasmusInstagram da SamiraConheça a Formação Aplique TypeScript no front-end da Alura e aprenda como essa linguagem se tornou um verdadeiro game-changer no universo das pessoas que desenvolvem.TechGuide.sh, um mapeamento das principais tecnologias demandadas pelo mercado para diferentes carreiras, com nossas sugestões e opiniões.#7DaysOfCode: Coloque em prática os seus conhecimentos de programação em desafios diários e gratuitos. Acesse https://7daysofcode.io/Ouvintes do podcast Dev Sem Fronteiras têm 10% de desconto em todos os planos da Alura Língua. Basta ir a https://www.aluralingua.com.br/promocao/devsemfronteiras/e começar a aprender inglês e espanhol hoje mesmo! Produção e conteúdo:Alura Língua Cursos online de Idiomas – https://www.aluralingua.com.br/Alura Cursos online de Tecnologia – https://www.alura.com.br/Edição e sonorização: Rede Gigahertz de Podcasts
Rafael Carvalho conversa com Adolfo Nomelini, que está em Portugal, sobre suas experiências no país.Ele dá a dica de um outlet com bons preços em Lisboa, fala de sua participação no Coala Festival em Cascais e dá dicas de o que fazer no Alentejo. Essa região famosa pelos vinhos e azeites é cheia de surpresas, como as cidades de Évora, Marvão, Campo Maior e Estremoz.Veja todos os detalhes dessa viagem no @essemundoenosso- Trilha: "Cante" do Monte do Galaz by Alexandre Bateiras (CC BY-NC-ND 3.0)
As temperaturas vão subir de forma gradual a partir desta quinta-feira, podendo ultrapassar os 40 graus em vários distritos do sul do território continental, com destaque para Beja (44º), Évora (43º), Santarém e Setúbal (42º) e Lisboa (41º). O risco de incêndio aplica-se a todo o país. Neste episódio, conversamos com Carlos da Câmara, climatologista do Instituto Dom Luiz, da Universidade de Lisboa.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Até que ponto sabemos lidar com o cancro? Que papel têm a alimentação, o exercício ou os rastreios na prevenção da doença? Neste episódio, a oncologista Leonor Matos e Rui Maria Pêgo falam abertamente sobre o que podemos fazer para reduzir o risco de cancro, e o que está fora do nosso controlo.Nas últimas décadas tem havido avanços importantes na investigação, diagnóstico e tratamento de cancro. No entanto, quem é atingido pela doença, continua a ter mais dúvidas do que certezas. Sem medo de perguntas incómodas, a oncologista Leonor Matos coloca a ciência no centro da conversa para responder às questões que todos queremos saber: há realmente alimentos que previnem – ou provocam - o cancro? A vacinação pode fazer a diferença? Que influência têm os rastreios e quando devem ser feitos? E o estilo de vida, pesa mais do que a genética?Neste episódio, descobrimos ainda os fatores ‘invisíveis' que podem estar a causar doenças oncológicas, os impressionantes benefícios do exercício físico e a importância da relação entre médico e doente - porque enfrentar o cancro não é só uma questão clínica mas também envolve empatia, informação e escolhas difíceis.Oiça o novo episódio do [IN]Pertinente e fique a par de tudo o que a Ciência já sabe... e o que ainda está por explicar.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISBynum, William, «A Little History of Science», (editora: Yale University press Trade)Garutti M, Foffano L, Mazzeo R, Michelotti A, Da Ros L, Viel A, Miolo G, Zambelli A, Puglisi F. «Hereditary Cancer Syndromes: A Comprehensive Review with a Visual Tool. Genes (Basel)». 2023 Apr 30;14(5):1025Cancer Control: «Knowledge into Action: WHO Guide for Effective» Programmes: Module 2: Prevention.Normas Direção Geral de Saúde relativas a rastreio. Exemplo: Programa de rastreio de base populacional do Cancro do Colo do Útero - NORMA N.º09/2024 de 17/10/2024«Public health policy and legislation instruments and tools: an updated review and proposal for further research», Organização Mundial da Saúde«The Genetics of Cancer», National Cancer InstituteCancro e fatores de risco (fact sheet), Organização Mundial da SaúdeCancro e fatores de risco, International Agency for Research on Cancer (OMS)«Be physically active», World Cancer Research Fund InternationalBIOSLEONOR MATOSMédica oncologista e investigadora, trabalha na Fundação Champalimaud, onde se dedica ao tratamento do Cancro de Mama, integrando também o grupo de investigação em qualidade de vida e exercício físico. É assistente convidada e orientadora de alunos do mestrado em Exercício e Saúde da Faculdade de Motricidade Humana. Lidera ensaios clínicos na área do cancro de mama.RUI MARIA PÊGOTem 36 anos, 17 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão. Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School. Já apresentou programas nos três canais generalistas de televisão, é autor da série satírica «Filho da Mãe» (Canal Q, 2015), e está hoje na Rádio Comercial, com o podcast «Debaixo da Língua».
Viver apesar da guerra. Apesar das mortes. Apesar da dor. É nesse “viver apesar de” que Cesar Rossilho e o escritor Marcos Pamplona constroem o pilar que sustenta as histórias de O tigre e outros contos, publicado em 2024, pela Kotter Editorial. Sete contos entrelaçados esculpem o passado de Cesar Rossilho, empresário que sonhava ser artista. Originalmente contratado como ghost-writer, Marcos Pamplona reconstruiu ficcionalmente a vida real do personagem a partir de informações fornecidas pelo próprio. Surge assim uma inusitada autoficção, onde a autoria foi revelada por decisão de Cesar, resultando na assinatura 'Cesar Rossilho por Marcos Pamplona'." Para conversar sobre a obra, vamos receber Marcos Pamplona para uma conversa sobre a obra.Sobre o convidado:Marcos Pamplona nasceu em Curitiba, em 1964. Cursou Letras na Universidade Federal do Paraná. Trabalhou até 2004 como roteirista e redator publicitário, tendo conquistado diversos prêmios internacionais, entre eles o Leão de Cannes e o Grand Prix no New York Film Festival. A partir de 2005 dedicou-se exclusivamente à literatura. É escritor e editor. Seus poemas foram selecionados em três edições do Prêmio Off Flip de Literatura, integrando as coletâneas de 2006, 2008 e 2010. Publicou o livro de poemas Tranverso ( Kotter Editorial, 2016), o livro de crônicas Ninguém nos Salvará de Nós (Kotter, 2021), e O Anjo da Incerteza, também de crônicas (Arte& Letra, 2023). Desde 2019 vive em Lisboa, onde, além de exercer a atividade de editor, escreve crônicas para o Jornal Plural, nascidas de suas andanças pelas terras portuguesas.Veja na versão em vídeo:https://youtube.com/live/EEphnekL0GM
Nos 50 anos da independência de Cabo Verde, a RFI publica e difunde várias reportagens sobre este tema. Neste segundo episódio, falámos com antigos combatentes que se prepararam para a luta armada em Cabo Verde através de formações político-militares na Argélia, em Cuba e na antiga União Soviética. Foi planeado um desembarque no arquipélago, mas Cabo Verde acabaria por chegar à independência sem guerrilha no seu território e os cabo-verdianos foram lutar para as frentes de combate na Guiné e também na clandestinidade. Participaram, ainda, em batalhas políticas, de saúde, de formação e de informação. Nesta reportagem, ouvimos Pedro Pires, Silvino da Luz, Osvaldo Lopes da Silva, Maria Ilídia Évora, Amâncio Lopes e Alcides Évora. A 5 de Julho de 1975, depois de cinco séculos de dominação portuguesa, às 12h40, era oficialmente proclamada a independência de Cabo Verde por Abílio Duarte, presidente da Assembleia Nacional Popular, no Estádio Municipal da Várzea, na Praia. A luta tinha começado há muito e acabaria por ser o PAIGC, Partido Africano da Independência da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, a consolidar os anseios nacionalistas e a conduzir o arquipélago à independência, quase dois anos depois de a Guiné-Bissau se ter autoproclamado independente. O líder da luta e do partido, Amílcar Cabral, nascido em Bissau e filho de cabo-verdianos, não pôde assistir nem a uma nem a outra por ter sido assassinado em Janeiro de 1973. Considerado como o pai das duas independências, Amílcar Cabral defendeu, desde o princípio, o lema da “unidade e luta”: unir esforços para combater o inimigo comum que era o colonialismo português. No programa, ancorado numa concepção pan-africana de unidade política para o continente, estava a luta pela independência da Guiné e de Cabo Verde e a futura união dos dois Estados, separados por mar alto. Mas ao contrário da Guiné, em Cabo Verde a luta nunca chegou a ser armada, ainda que a intenção tenha estado em cima da mesa. Foi em Julho de 1963, na cidade de Dacar, numa reunião de quadros nacionalistas do PAIGC, que Pedro Pires chegou a dizer não ter cabimento “falar em luta de libertação nacional sem falar em luta armada”. O comandante e destacado dirigente político-militar do PAIGC tinha "dado o salto" em 1961 quando integrou o grupo de dezenas de jovens africanos que abandonou, clandestinamente, Portugal, rumo à luta pela independência. Mais de meio século depois, com 91 anos, o comandante da luta de libertação recebe a RFI no Instituto Pedro Pires para a Liderança, na cidade da Praia, e recorda-nos o contexto em que se decidiu que o recurso à luta armada “era obrigatório” e como é que ele esteve ligado à preparação da luta em Cabo Verde. “A questão da luta armada, colocámos a seguinte questão: ‘Será obrigatório?' Chegámos à conclusão que era obrigatório. Tinha que se ir nessa direcção por causa daquilo que já tinha acontecido porque não é uma questão de qualquer coisa por acontecer, mas a violência já tinha acontecido em Angola, no Congo Kinshasa, na Argélia, de modo que estávamos obrigados a pensar nessa via. É assim que nós abraçamos o projecto do PAIGC de prepararmo-nos e organizarmos o recurso à violência armada. As tarefas que me foram conferidas no PAIGC estiveram, até 1968, sempre ligadas a Cabo Verde e à preparação da possibilidade da luta armada em Cabo Verde”, conta Pedro Pires [que se tornaria o primeiro primeiro-ministro de Cabo Verde (1975-1991) e, mais tarde, Presidente do país (2001-2011)]. E era assim que, meses depois do anúncio do início das hostilidades pelo PAIGC contra o exército português no território da Guiné, se desenhava a intenção de desencadear também a luta armada em Cabo Verde. A Pedro Pires foi confiado o recrutamento e a preparação política dos combatentes. A ajudá-lo esteve Silvino da Luz que, meses antes, tinha desertado do exército português e sido preso em Kanu, na Nigéria. Aos 86 anos, Silvino da Luz recebe a RFI em sua casa, na cidade do Mindelo, na ilha de São Vicente e explica-nos por que é que a acção militar em Cabo Verde era necessária. “A grande decisão tomada em 1963, nessa reunião de Dacar, da qual eu saio como um dos responsáveis militares, era a criação de condições para desencadear a luta armada em Cabo Verde porque estávamos absolutamente seguros que os colonialistas, e Salazar em particular, não aceitariam nunca largar as ilhas que já estavam nos radares da NATO que considerava Cabo Verde e Açores como os dois pontos cruciais para a defesa do Ocidente e no Atlântico Médio eram indispensáveis”, explica Silvino da Luz que foi, depois, comandante das Forças Armadas Revolucionarias do Povo (FARP), ministro da Defesa e Segurança (1975-1980) e dos Negócios Estrangeiros (1980-1991) e depois deputado até 1995. Começou a pensar-se num desembarque de elementos do PAIGC no arquipélago e houve preparação de combatentes na Argélia, em Cuba e na antiga União Soviética. O grupo dos militantes nacionalistas, encabeçado por Pedro Pires, preparou-se na clandestinidade total em Cuba, durante dois anos, e é aqui que nascem as Forças Armadas cabo-verdianas, a 15 de Janeiro de 1967, data em que os cabo-verdianos prestam, perante Amílcar Cabral, o juramento de fidelidade à luta de libertação de Cabo Verde. No grupo de Cuba, havia apenas uma mulher, Maria Ilídia Évora, conhecida como Tutu. Aos 89 anos, recebe a RFI em sua casa, no alto de São Nicolau, no Mindelo. À entrada, destacam-se duas fotografias de Amílcar Cabral, mas há ainda muitas fotografias que ela nos mostra dos tempos da formação político-militar em Cuba. Foi em Dacar, onde estava emigrada, que Tutu conheceu Amílcar Cabral e aderiu logo à luta. “Foi ideia de Cabral. Disse que eu tinha de participar. Em Cuba, os treinos eram de tiro, esforço físico, correr, fazer ginástica, fazer marchas, aprender a lidar com a arma, limpar as armas, e escola também. Tinhamos aulas de matemática e várias aulas porque no grupo havia estudantes que tinham fugido da universidade, eles tinham mais conhecimento do que nós e partilhavam os conhecimentos deles com quem tinha menos”, revela, acrescentando que um camarada lhe disse um dia que “muitas vezes os homens queriam desistir, mas tinham vergonha porque tinham uma mulher no grupo”. Também Alcides Évora, conhecido como “Batcha”, esteve no grupo de Cuba. Entrou na luta pela mão do comandante Pedro Pires, depois de ter estado emigrado em França durante pouco mais de um ano. Viajou para a Argélia e, passados uns meses, seguiu para o treino militar em Cuba. É na Fundação Amílcar Cabral, na Praia, que, aos 84 anos, ele recorda essa missão à RFI. “Nós tivemos uma preparação político-militar intensa. Tivemos aulas militares e também havia aulas de política para complementar o nosso curso. A nossa preparação era para desencadear a luta em Cabo Verde, mas não se efectivou o nosso desembarque porque com a morte do Che Guevara na Bolívia, os americanos passaram a controlar todos os barcos que saíam de Cuba. Então, o Fidel mandou chamar o Amílcar e eles depois chegaram à conclusão que realmente não era aconselhável esse desembarque”, afirma Alcides Évora depois de nos fazer a visita guiada às salas da fundação, onde também se vê uma fotografia dele no escritؚório do PAIGC em Conacri. O desembarque estava a ser preparado no maior dos segredos e estava tudo pronto. Amâncio Lopes, hoje com 86 anos, era também um dos membros do grupo. Tinha sido recrutado junto dos emigrantes cabo-verdianos da região francesa de Moselle, onde se encontrava a trabalhar como operário na siderurgia. Amâncio Lopes começou por receber formação em Argel e depois foi para Cuba. “Era um grupo de 31 que foi maioritariamente recrutado na Europa, em Moselle, no seio da emigração. De lá, recebi preparação militar em Argel, depois fomos reunidos em Cuba porque havia dois grupos. Passados os seis meses de instrução, fomos reunidos todos em Cuba. Foram uns dois anos. Era uma preparação inicial e depois recebíamos ajuda para desembarcar em Cabo Verde. Quando já estávamos preparados para desembarcar em Cabo Verde, Cabral fez uma visita e nessa visita fizemos o juramento em 1967”, recorda Amâncio Lopes, quando recebe a RFI na sua casa, na periferia de Mindelo. Ao fim de quase dois anos de treinos e formação político-militar, o grupo de Cuba encontrava-se pronto para a operação de desembarque. Amílcar Cabral desloca-se a Havana para dar instruções e procede-se ao juramento solene da bandeira, a 15 de Janeiro de 1967, mas a morte de Che Guevara na Bolívia, a 8 de Outubro de 1967, é uma das razões que leva à suspensão da operação. Silvino da Luz recorda que estava tudo a postos. “O assunto foi tratado sempre no máximo sigilo, as informações não escapavam. Tínhamos desaparecido do mundo, as pessoas não sabiam, vivíamos em plena clandestinidade em Cuba, lá pelas montanhas interiores da ilha, em acampamentos com bastante segurança. Recebemos preparação militar bastante avançada. Depois, já tínhamos terminado a preparação, Fidel já se tinha despedido de nós, tinha oferecido uma espingarda a cada um de nós, Amílcar já se tinha despedido, mas houve uma série de desastres que aconteceram, como a queda do Che [Guevara] na Bolívia, uma tentativa de infiltração de revolucionários na Venezuela (…) Nós já estávamos no barco à espera da ordem de partida, mas cai o Che, houve essas infelicidades, o cerco à volta de Cuba aumentou, os americanos quase fecharam a ilha e não havia possibilidade de nenhum barco sair sem ser registado. Naturalmente que, para nós, sair era quase que meter a cabeça na boca do lobo”, relembra Silvino da Luz. Também o comandante Pedro Pires admite que “quando se é jovem se pensa em muitas coisas, algumas impossíveis” e o desembarque era uma delas, pelo que se optou por um “adiamento” e por "criar as condições políticas para continuar a luta". “Quando se é jovem, pensa-se em muitas coisas, algumas possíveis e outras impossíveis. Concebemos um projecto, pusemos em marcha a criação das condições para a concretização do projecto, mas verificou-se que era complicado de mais. Uma das características das lutas de libertação e, sobretudo, das guerrilhas, é a problemática da retaguarda estratégica. Em relação a Cabo Verde, em pleno oceano, não há retaguarda estratégica e você vai desenrascar-se por si. É preciso analisar as condições reais de sustentabilidade dessa ideia, se era possível ou não possível. O nosso apoiante mais entusiasta ficava nas Caraíbas, a milhares de quilómetros de distância, não serve de retaguarda, a não ser na preparação, mas o apoio à acção armada ou possivelmente outro apoio pontual era muito difícil. Por outro lado, o que nos fez reflectir bastante sobre isso foi o fracasso do projecto de Che Guevara para a Bolívia”, explica. Adiado o projecto inicial, os cabo-verdianos continuaram a formação e foram para a União Soviética onde receberam formação de artilharia, algo que viria a ser decisivo para a entrada deles na luta armada na Guiné. Amâncio Lopes também foi, mas admite que sentiu “uma certa tristeza” por não ver concretizado o desembarque em Cabo Verde. “Éramos jovens e todos os jovens ao entrarem numa aventura destas querem ver o programa cumprido. Mas o programa tem de ser cumprido sem risco suicida. Em Cuba fizemos preparação política e de guerrilha mas, depois, na União Soviética, já fizemos preparação semi-militar. (…) Os soviéticos foram taxativos: vocês têm um bom grupo, grande grupo, consciente do que quer, mas metê-los em Cabo Verde é suicidar esse grupo. Então, ali avisaram-nos que já não íamos desembarcar em Cabo Verde. Aí ficámos numa certa tristeza porque em Cuba tínhamos a esperança de desembarcar, na União Soviética durante quase um ano também tínhamos essa esperança, mas depois perdemos a esperança de desembarcar em Cabo Verde”, diz Amâncio Lopes. Entretanto, entre 1971 e 1972, houve também um curso de marinha para uma tripulação de cabo-verdianos que deveria vir a constituir a marinha de guerra do PAIGC. O grupo era chefiado por Osvaldo Lopes da Silva que considera que se o projecto tivesse avançado, teria sido decisivo, mas isso não foi possível devido à animosidade que se sentia da parte de alguns militantes guineenses contra os cabo-verdianos. “Da mesma maneira que os cabo-verdianos entraram para a artilharia e modificaram o quadro da guerra, Cabral pensou: ‘Vamos criar uma unidade com cabo-verdianos, aproveitar os cabo-verdianos que havia, concentrá-los na marinha para ter uma marinha de guerra. Eu estive à frente desse grupo. Esse grupo se tivesse entrado em acção seria para interceptar as ligações entre a metrópole e Cabo Verde e a Guiné e as outras colónias. Seria uma arma letal. Da mesma maneira que a entrada dos mísseis anti-aéreos imobilizou completamente a aviação, a entrada dos cabo-verdianos na marinha com as lanchas torpedeiras teria posto em causa a ligação com a metrópole. Podíamos mesmo entrar em combate em território da Guiné e afundar as unidades que os portugueses tinham que não estavam ao nível do armamento que nós tínhamos”, explica. Então porque não se avançou? A resposta de Osvaldo Lopes da Silva é imediata: “As unidades estavam ali, as lanchas torpedeiras, simplesmente não havia pessoal qualificado. Nós é que devíamos trazer essa qualificação. Quando esse meu grupo regressa em 1972, o ambiente na marinha estava completamente degradado. O PAIGC tinha uma marinha e é nessa marinha que foi organizado todo o complô que veio dar lugar à morte de Cabral.” A análise retrospectiva é feita em sua casa, no bairro do Plateau, na Praia, onde nos mostra, aos 88 anos, muitas das fotografias dos tempos da luta, quando também foi comandante das FARP, e imagens de depois da independência, quando foi ministro da Economia e Finanças (1975-1986) e ministro dos Transportes, Comércio e Turismo (1986-1990). Houve, ainda, outras tentativas de aproximação de guerrilheiros a Cabo Verde. O historiador José Augusto Pereira, no livro “O PAIGC perante o dilema cabo-verdiano [1959-1974]”, recorda que a URSS, em 1970, cedeu ao PAIGC um navio de pesca de longo alcance, o 28 de Setembro, que reunia todo o equipamento necessário ao transporte e desembarque de homens e armamento. A luta armada no arquipélago não estava esquecida e no final de 1972 foram enviados a Cuba dois militantes provenientes de Lisboa que deveriam ser preparados para desencadear, em Cabo Verde, ações de guerrilha urbana. Um deles era Érico Veríssimo Ramos, estudante de arquitectura em Lisboa e militante do PAIGC na clandestinidade, que sai de Portugal em Dezembro de 1972 em direcção a Cuba. “Em Dezembro de 1972, saio de Portugal com um passaporte português, vou para Cuba receber preparação para regressar para a luta. Não estava ainda devidamente estruturada essa participação para depois dessa formação. Fui eu e mais um outro colega e mais um elemento que veio da luta da Guiné-Conacri. Quando Amílcar Cabral foi assassinado, nós estávamos em Cuba e, logo a seguir, tivemos de regressar”, conta. De facto, o assassínio de Amílcar Cabral a 20 de Janeiro de 1973 levou à saída da ilha dos activistas por ordem das autoridades de Havana. Entretanto, combatentes cabo-verdianos tinham integrado as estruturas militares da luta armada na Guiné, mas sem abandonarem a ideia de um lançamento futuro da luta armada em Cabo Verde. Porém, isso acabaria por não acontecer. Apesar de a luta armada não se ter concretizado em Cabo Verde, a luta política na clandestinidade continuou nas ilhas e a PIDE apertou bem o cerco aos militantes. Muitos foram parar ao Tarrafal e a outras prisões do “Império”, onde também houve resistência. Os cabo-verdianos destacaram-se na luta armada na Guiné, mas também noutras frentes de batalha como a propaganda, a educação, a saúde, a diplomacia e muito mais. Sobre alguns desses temas falaremos noutros episódios desta série. Pode também ouvir aqui as entrevistas integrais feitas aos nossos convidados.
Ricardo Dias Felner costuma passar longas temporadas longe de Portugal a experimentar receitas de todo o mundo e, apesar de não ser dado a gastronacionalismos - defende que cada região tem o seu charme -, continua a ser um indivíduo de hábitos e memórias. Há sempre comidas das quais guarda saudade e foram muitos os pratos com que sonhou, mas houve um que levou o troféu. Pensou na cabidela, no arroz de lebre, no bacalhau. Mal aterrou em Lisboa marcou mesa num restaurante do bairro, bastião de consistência e diversidade, onde podia satisfazer o seu desejo. Só que nenhum destes pratos foi o que pediu. O crítico optou pela simplicidade e percebeu que essa é a maior qualidade da cozinha portuguesa. Esta é a crónica de um estrangeiro faminto, ouça aqui em podcast e descubra que prato matou as saudades d'O Homem que Comia Tudo. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Pequenos textos, contos, histórias, lendas, pensamentos ou apenas uma frase que sirvam de reflexão para todos os que nos ouvem na RLX-Rádio Lisboa. No mundo em que vivemos faz-nos falta parar e refletir sobre tudo o que nos rodeia…
Nos 50 anos da independência de Cabo Verde, a RFI publica uma série de reportagens sobre este tema. Neste primeiro episódio, abordamos as raízes da revolta com algumas das pessoas que lutaram pela libertação nacional, como Pedro Pires, Osvaldo Lopes da Silva, Alcides Évora, Maria Ilídia Évora e Marline Barbosa Almeida, mas também com o historiador António Correia e Silva e o jornalista José Vicente Lopes. Foram mais de cinco séculos de dominação colonial, uma história marcada pelo comércio de pessoas escravizadas, ciclos de fome, secas e emigração forçada. A independência foi a 5 de Julho de 1975, mas a resistência começou muito antes, ainda que tenha sido a Geração Cabral a desencadear a luta de libertação e a conduzir Cabo Verde à independência. No século XIX, a elite letrada já manifestava uma atitude contestatária face ao poder colonial. Intelectuais como Eugénio Tavares, Pedro Cardoso, Luís Loff e, mais tarde, os chamados “claridosos” denunciaram os problemas que afectavam a população e exaltaram a singularidade e a identidade do povo cabo-verdiano. Na década de 1940, uma nova geração de intelectuais, inspirados pelos antecessores, passam a reivindicar o direito à independência. O historiador e sociólogo António Correia e Silva sublinha que a Geração Cabral é fruto de lutas anteriores, que o fantasma das fomes foi determinante para desencadear o movimento de libertação e que, nessa altura, a ideia de “independência se torna politicamente credível”. “Gabriel Mariano vai escrever um grande poema sobre a fome que se chama 'Capitão Ambrósio': 'Bandeira negra, negra bandeira da fome…'. Eu costumo dizer aos meus alunos que bandeira, negra e fome é um triângulo virado para o futuro e que a bandeira negra da fome era, na verdade, uma fome de bandeira, uma fome de independência”, descreve António Correia e Silva. “Essa geração de Amílcar Cabral, o grande salto é que, através de uma aliança pan-africana, aproveitando uma conjuntura pós-guerra, a criação das Nações Unidas e a ideia de autodeterminação que surge naquela altura, a ocorrência de algumas independências de países afro-asiáticos, países grandes como a Indonésia, a Índia, o Egipto, etc, tudo isto provoca a passagem, a violação do interdito, a passagem do intransponível limite que era a independência. Isto é, a independência torna-se pensável, mas mais, torna-se politicamente credível”, acrescenta o historiador. As grandes crises de fome em Cabo Verde entre 1941 e 1942 e entre 1947 e 1948 foram de uma violência brutal, com milhares de mortos. Em 1939, a população estava avaliada em 174 mil pessoas e caiu, em 1950, para 139 mil. Os sobreviventes emigravam em massa para as plantações de São Tomé e Príncipe, onde viviam, trabalhavam e muitos morriam em condições semelhantes às da escravatura. Outros conseguiam emigrar clandestinamente para espaços que não o do Império português. Na memória colectiva há um episódio trágico que não se esquece. Foi a 20 de Fevereiro de 1949, na cidade da Praia e ficou conhecido como o Desastre da Assistência. Centenas de pessoas, que aguardavam pela distribuição de refeições quentes, morreram quando caiu o muro do edifício dos Serviços de Assistência. Estima-se que mais de três mil pessoas se reuniam diariamente nesse espaço para receber a única refeição do dia. Dados oficiais apontavam para 232 vítimas, mas teme-se que o número tenha sido muito superior. Muitas vítimas foram enterradas em valas comuns no Cemitério da Várzea, embrulhadas em lençóis, por falta de caixões. Alcides Évora era uma criança nessa altura, mas lembra-se de ter visto as valas comuns. “Eu comecei a ter uma certa revolta interna desde o início da década de 40. Na altura, eu tinha sete ou oito anos e presenciei a fome de 47. Ainda lembro quando houve o desastre da assistência em que foram transportados, feridos e mortos do local para o Hospital da Praia. Havia tantos mortos. Inclusive muitas casas ficaram fechadas porque não houve nenhum sobrevivente da família que pudesse abrir a porta das suas residências. Da mesma forma, assisti ao enterro na Várzea, na vala comum, em que punham um grupo de cadáveres, depois deitavam o cal e depois punham outra camada de mortos e assim sucessivamente. É algo que ficou gravado na memória. Isto também me fez despertar uma certa revolta interna contra o sistema colonial português”, recorda. Gil Querido Varela também testemunhou a fome de 1947 e viu crianças a morrerem. Por isso, a revolta foi inevitável e quando surgiu a oportunidade aderiu à luta clandestina nas fileiras do PAIGC em Cabo Verde. “Quem já tinha visto a fome de 47 - que eu vi - não ficava sem fazer nada. Vi crianças a morrerem de fome, corpos inflamados de fome. Vi mães com crianças mortas nas costas, não as tiravam para poderem achar esmola. Os colonialistas troçavam do povo, da fome do pobre. Quando veio o PAIGC, entrei rápido. Quem viu aquela fome, era impossível para não lutar. Só quem não tem sentimento”, lembra Gil Querido Varela, que nos leva, num outro episódio ao Campo de Concentração do Tarrafal. A fome também ensombra as memórias de Marline Barbosa Almeida. Foi a partir daí que ela decidiu juntar-se à luta, também na clandestidade. Quis ver a sua terra “livre e independente”. “Nós, que nascemos nos anos 40, 50, vimos aquele período de fome, em que morreram muitas pessoas e o culminar foi o Desastre da Assistência, que matou dezenas, para não dizer centenas de pessoas. Daí cresceu em nós uma certa revolta que não estava classificada politicamente, mas era uma revolta contra a situação de Cabo Verde. Mais tarde, eu, como lia muito - eu devorava livros – fui-me apercebendo das desigualdades, da opressão, do que era necessário para que saíssemos do jugo do colonialismo”, conta Marline Barbosa Almeida, em sua casa, na Praia. No livro “Cabo Verde - Um Corpo que se Recusa a Morrer - 70 anos de fome - 1949-2019”, o jornalista José Vicente Lopes fala sobre o Desastre da Assistência, considerando que a luta de libertação do PAIGC teve como um dos motores a fome que assolava desde sempre o arquipélago. “Este livro fala de um acontecimento que houve em Cabo Verde, que foi o Desastre de Assistência de 1949, e cobre a história de Cabo Verde de 1949 a 2019, numa perspectiva da questão alimentar em Cabo Verde, a história das fomes, o impacto que isto foi tendo nos cabo-verdianos até desembocar inclusive na criação do PAIGC. O PAIGC foi uma reacção à calamidade famélica que foi sucedendo em Cabo Verde desde o século XVI ao século XX porque até 1949, quando se dá o Desastre de Assistência, qualquer seca que acontecesse em Cabo Verde matava no mínimo 10.000, 20.000 pessoas”, sublinha o jornalista, acrescentando que “o espectro da fome não desapareceu porque, apesar de todos os investimentos feitos, apesar de tudo o que se conseguiu fazer, mesmo um bom ano agrícola, um bom ano de chuvas em Cabo Verde, Cabo Verde não consegue produzir mais de 20% das suas necessidades alimentares, logo, 80% tem que ser importado”. As violências coloniais eram de toda a ordem. Maria Ilídia Évora tinha cinco anos quando viu o pai a ser espancado por brancos. A imagem nunca mais a deixou, assim como o medo incontrolável sempre que via alguém de pele branca. Mais tarde, ela viria a integrar um grupo de cabo-verdianos que foi treinado em Cuba para desencadear a guerrilha em Cabo Verde e viria ainda a trabalhar em hospitais durante a guerra na Guiné. “Uma pessoa a bater em alguém que não fez nada, a bater daquela maneira como baterem no meu pai, uma criança não entende. Eu não entendi. Nunca entendi. Até conhecer o Amílcar, para mim, o branco era o diabo. Eu considerava o branco uma coisa muito ruim. Bater em alguém que não fez nada, que só estava lá porque quis conviver com um patrício amigo, não tinha sentido. Porque para a gente, amizade é amizade. Ele não foi fazer nada, ele não tinha nada nas mãos, nem nos pés, nem em nenhum lugar, e acharam que era um inimigo a ser abatido. Essa coisa nunca me saiu da cabeça”, conta-nos na sua casa, no Mindelo. Todas estas circunstâncias alimentaram a coragem dos que acreditaram na luta. Muitos deles, depois de terem passado no Liceu Gil Eanes, em São Vicente, depois na Casa dos Estudantes do Império, em Portugal, acabariam por "dar o salto". Em 1961, dezenas de angolanos, mas também moçambicanos e cabo-verdianos nacionalistas fogem clandestinamente de Portugal e protagonizam uma fuga massiva histórica para França nas barbas do salazarismo. Vários acabaram por ser figuras de destaque nas lutas de libertação nacional e, mais tarde, ocuparam também postos de relevo nos novos Estados. Pedro Pires foi um dos que escolheu seguir Amílcar Cabral, o líder da luta de libertação da Guiné e Cabo Verde. Era o momento de deixar tudo para trás e arriscar por uma causa. “Chegou um momento em que era preciso alguém correr riscos. Não quer dizer que todos iam correr riscos, mas tinha chegado o momento em que aqueles que achassem que podiam correr riscos ou aqueles que achassem que estivessem no dever de correr riscos, no dever da solidariedade e no dever de serviço em favor do seu país, do seu povo, decidiu correr o risco. Mas o risco é inerente a qualquer decisão e aí nós optamos ou ficar parados e não fazer nada ou então agir e correr riscos. Eu acho que tem sempre resultados, com maiores ou menores dificuldades. O facto de corrermos risco, podemos mudar muita coisa. Foi o que aconteceu connosco. Nós éramos um grupo que saiu na mesma altura ou no mesmo dia, éramos cerca de 60 jovens que decidiram correr o risco”, resume o antigo comandante. Osvaldo Lopes da Silva, comandante de artilharia mobilizado na Guiné, também correu o risco e esteve nessa fuga. Ele recorda esse pontapé de saída para a luta de libertação. “Atravessámos a fronteira de autocarro. Foram vários grupos, cada um foi à sua maneira. Depois, estivemos concentrados nas cercanias de San Sebastian. Quando íamos atravessar a fronteira, o elemento na fronteira que devia facilitar a nossa saída, tinha desaparecido. De forma que fomos presos. Estivemos dois dias na prisão central de San Sebastian e, às tantas, de repente, aparece o director da prisão com um discurso todo terceiro-mundista que 'o povo, o governo da Espanha estiveram sempre ao lado daqueles que lutam pela liberdade, pela independência, etc, etc'. Para nós, foi uma grande surpresa e fomos postos em liberdade. E a verdade é que, pelos documentos que reuniram, viram que essa gente não são maltrapilhos quaisquer, são gente com qualificação”, lembra. Muitos dos que estiveram nessa fuga, tinham frequentado e cultivado a reafricanização dos espíritos num dos principais berços da contestação ao colonial fascismo português: a Casa dos Estudantes do Império. Foi criada em 1944, em Lisboa, pelo próprio regime ditatorial para apoiar os jovens “ultramarinos” que fossem estudar para a “metrópole”, e encerrada em 1965. Duas décadas em que foi uma escola de consciencialização política do nacionalismo africano, fosse na sede lisboeta ou nas delegações de Coimbra e no Porto, ajudando à criação dos movimentos de libertação das colónias portuguesas em África. Outro centro de pensamento anticolonial foi o Centro de Estudos Africanos, em cujo grupo fundador esteve o futuro pai das independências da Guiné-Bissau e de Cabo Verde. Amílcar Cabral foi também vice-presidente da Casa dos Estudantes do Império em 1951. A sua segunda esposa, Ana Maria Cabral, também por lá passou e recorda a importância do local para a contestação. “Fui levada pelos meus irmãos mais velhos e não havia só bailes, havia encontros, havia reuniões sobre a situação dos nossos países, em especial quando os franceses e os ingleses começaram a dar a independência às suas antigas colónias. Seguimos todo o processo dessas independências. Nós todos éramos Lumumba e Nkrumah. Nós seguíamos a luta dos outros povos, dos povos das colónias e não só das colónias em África”, explica Ana Maria Cabral. Muitos dos que passaram pela Casa dos Estudantes do Império vieram a assumir importantes responsabilidades na luta anticolonial e de libertação dos antigos territórios em África, como Amílcar Cabral, Vasco Cabral, Agostinho Neto, Mário Pinto de Andrade, Eduardo Mondlane, Marcelino dos Santos, Joaquim Chissano e Miguel Trovoada. Pedro Pires também conheceu de perto a Casa dos Estudantes do Império. Aquele que foi comandante e destacado dirigente político-militar do PAIGC na luta de libertação, assim como o principal arquitecto do Acordo de Lisboa para a independência, resume que a luta contra a opressão colonial foi desencadeada pelo próprio colonialismo. “É o próprio sistema colonial, que não dava resposta às necessidades e às dificuldades, enfim, às crises por que passava a Cabo Verde, mas também que não se interessava especialmente em encontrar soluções para esses problemas. O percurso histórico de Cabo Verde é trágico, em certa medida, porque os cabo-verdianos tiveram que enfrentar situações extremamente complicadas e difíceis de fome, secas, fugas, ter que buscar por outras vias as soluções e o próprio sistema que não dava resposta às necessidades e às exigências, para não dizer também aos sonhos daqueles que queriam ver o país numa via diferente. Portanto, o colonialismo era um sistema de bloqueio e era indispensável lutar contra ele, a fim de abrir novas perspectivas ao país para realizar os seus objectivos, os seus sonhos, mas também por uma coisa muito simples: para ter uma vida melhor”, considera Pedro Pires. Foi para buscar essa “vida melhor” que estes homens e mulheres abrem o caminho para a luta de libertação, da qual vamos recordar alguns momentos nos próximos episódios. Pode ouvir aqui as entrevistas integrais feitas aos diferentes convidados.
O convidado do JR ENTREVISTA desta quarta-feira (25) é o decano do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes. Ao jornalista Clébio Cavagnolle, ele fez um balanço dos 23 anos na Corte, os julgamentos mais marcantes e os maiores desafios enfrentados. Um desses é o julgamento sobre o 8 de Janeiro. O ministro rebateu às críticas de que as penas estariam sendo exagerados. Segundo ele, é preciso dar um exemplo e mostrar a gravidade do que aconteceu. “Nesses quase 40 anos de Constituição de 1988, nós não conhecemos nenhum episódio similar a isso”, afirmou. “Então é preciso perceber que o tribunal, quando julgou naquele momento, estava julgando um atentado ao Estado de Direito e um golpe de Estado pressentido. Eu acho que a mensagem que o tribunal passou com essas condenações mais longas, de 14 anos, era no seguinte sentido, de não permitir que novamente se atentasse contra a democracia”, explicou. Por isso, ele acha que não se deve comparar esse julgamento com a Lava Jato, operação que ele é crítico. “Eu me pergunto, o que nós fizemos de errado para termos produzido Curitiba, termos produzido esse modelo de Curitiba e termos de fato, aparentemente, nos alucinado”, ponderou. “O sistema político todo acabou sendo engolido por isso, porque é notório, como depois se viu, que havia um projeto político”, completou. O ministro ainda elencou o mandato de Jair Bolsonaro como outro momento desafiador. “O Bolsonaro tenta fazer um tipo de demarcação de terreno com manifestações em frente ao tribunal, aquelas manifestações em frente a quartéis, os tanques na rua”, elencou. “E isso vai se construir um grande desafio, para não dizer a fixação, algo quase fetiche que havia em relação à justiça eleitoral e especialmente as urnas eletrônicas, que hoje se diz que foi algo planejado para, de alguma forma, legitimar, no caso de uma derrota, a permanência no poder”, detalhou. Por fim, Gilmar Mendes ainda comentou as críticas enfrentadas ao Fórum de Lisboa, que é promovido por ele e ganhou o apelido de “Gilmarpalloza”. “Eu acho só um pouco de graça das brincadeiras sobre ‘Gilmarpalloza' e fico muito honrado de termos desenvolvido essa parceria com a Universidade de Lisboa, com a FGV e temos consolidado um evento que hoje é uma referência no debate jurídico, no debate político, no debate econômico, no mundo”, afirmou. O programa também está disponível na Record News, no R7, nas redes sociais e no PlayPlus.
Veja o vídeo em expresso.pt/podcasts/45-graus Luís M. A. Bettencourt é físico, professor na Universidade de Chicago, e um dos investigadores mais reputados a nível mundial na ciência dos sistemas complexos, sobretudo aplicados ao estudo das cidades. Licenciou-se em Engenharia Física pelo Técnico, em Lisboa, obteve o doutoramento em Física Teórica no Imperial College London e acabou por se dedicar à investigação na Biologia evolutiva e na chamada “ciência urbana” É actualmente professor na Universidade de Chicago, de Ecologia e Evolução, onde é também membro associado do Departamento de Sociologia e Professor Externo no Santa Fe Institute. A nível de investigação, destacou-se sobretudo por desenvolver teoria quantitativa e preditiva da dinâmica urbana, ao identificar leis de escala que ligam a dimensão da população de uma cidade à sua infraestrutura, inovação, riqueza e criminalidade, juntamente com autores como Goffrey West (autor de um livro de 2017 “Scale” precisamente sobre estes temas). _______________ Bilhetes para o 45 Graus ao vivo _______________ Índice: (0:00) Início (5:00) O que são Sistemas Complexos; percurso do convidado (24:12) Porque há cada vez mais pessoas a viver em cidades? (27:37) Paralelos entre Biologia e Urbanismo | Lei de Zipf (35:10) Esta Ciência ajuda-nos a compreender a evolução das cidades e dos países? (50:49) Leis de “scaling” nas cidades (58:04) Leis de velocidade de crescimento das cidades (1:00:31) Pode esta Ciência ajudar-nos a resolver problemas colectivos? | Habitação: o caso de Viena. O caso de Singapura | Livro sobre emergência da democracia em Atenas (1:12:57) História: o que explica que alguns países melhorem e outros piorem? (1:29:03) Internet e redes sociais: Why the Internet Must Become More Like a City (1:34:53) De que precisamos para criar uma Silicon Valley na Europa? | O caso de Israel.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Premiação da maratona de curitiba será a maior do país, Celani, o cara do monociclo fez um pronunciamento oficial, a medalha da SP City Marathon ficou animal, Meia de Lisboa agora só com loteria e o lançamento da Nike que chegou aqui. #corrida #corridaderua #corredores #corredoresderua #maratona #maratonadorio #maratonadorio2025 #meiadelisboa #spcitymarathon
Com Joana Azevedo e Diogo Beja
O presidente do Chega, André Ventura, afirmou nesta segunda-feira, 23, que o partido irá fazer uma investigação própria sobre "influência, patrimônio e rede de interesses" do ministro Gilmar Mendes, do STF, em Portugal. Ventura escreveu no X:“Depois de milhares de denúncias recebidas, o CHEGA irá fazer uma investigação própria à influência, património e rede de interesses do ministro do STF Gilmar Mendes, em Portugal. Todos sabemos que o Governo Lula e os seus amigos tiveram e ainda têm em Portugal um lote grande de amigos que lhes apara os golpes, mesmo tendo em conta a ditadura em que o Brasil se está a tornar. Esse tempo, no que depender do CHEGA, vai acabar.”O Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), do qual o ministro Gilmar ésócio-fundador, realiza anualmente o Fórum de Lisboa, mais conhecido como Gilmarpalooza,no qual a elite política, judicial e empresarial brasileira se reúne longe do povo. Felipe Moura Brasil e Ricardo Kertzman comentam:Papo Antagonista é o programa que explica e debate os principais acontecimentos do dia com análises críticas e aprofundadas sobre a política brasileira e seus bastidores. Apresentado por Felipe Moura Brasil, o programa traz contexto e opinião sobre os temas mais quentes da atualidade. Com foco em jornalismo, eleições e debate, é um espaço essencial para quem busca informação de qualidade. Ao vivo de segunda a sexta-feira às 18h. Apoie o jornalismo Vigilante: 10% de desconto para audiência do Papo Antagonista https://bit.ly/papoantagonista Siga O Antagonista no X: https://x.com/o_antagonista Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp. Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais. https://whatsapp.com/channel/0029Va2SurQHLHQbI5yJN344 Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br
Fernando Alvim conversa com Raquel André e Tonan Quito sobre a peça de teatro "Começar Tudo Outra Vez", em cena na Culturgest, em Lisboa, de 25 a 28 de junho.
Literatura, absenta y modernismo con dos de azúcar. En este Extra de LHER, David Botello (@DavidBotello4), Esther Sánchez (@estesan1969), Ainara Ariztoy y la actriz Ruth Núñez se sientan a tomar un café con Fernando Pessoa en A Brasileira, el café más literario de Lisboa. Y te cuentan cómo el poeta más esquivo del siglo XX montó un grupo de WhatsApp consigo mismo, escribió para el cajón y acabó convertido en estatua con silla libre para selfies. Si quieres acompañarlos, ¡súbete a la Historia!
Carlos Moedas diz que não é um político convencional e que gosta de abordar quem discorda dele primeiro, para saber as opiniões contrárias. Nesta conversa intimista, relata a morte da mãe, da qual tem boas memórias, e também o alcoolismo do pai e de como isso o afetou e afeta ainda hoje em pequenos momentos da sua vida. Pai de família, enaltece o amor que tem pelos filhos mas também as dificuldades que existem por ter uma vida pública, que tem um preço elevado. O Alta Definição com Carlos Moedas foi conduzido por Daniel Oliveira e transmitido na SIC a 21 de junho.See omnystudio.com/listener for privacy information.
We kick things off with former Congressman J.D. Hayworth, now spokesperson for the Pharmaceutical Reform Alliance. He joins the show to expose Big Pharma's runaway profits—with margins more than twice the average of S&P 500 companies—and their outrageous spending, including $36 billion on direct-to-consumer advertising. Hayworth explains how President Trump has assembled a nonpartisan, pro-American team to tackle this crisis head-on. This is an American problem that demands an American solution, and the people are united in their demand for change. 84% blame pharmaceutical companies for high prices, and they overwhelmingly support reforms to force drugmakers to put patients before profits. Then we're joined by Michael Deibert, journalist and longtime Haiti expert, who just returned from the region. He gives us a look at the current humanitarian crisis, political collapse, and gang violence that has displaced over 1.3 million Haitians. We also hear from Shay Khatiri, a young Iranian-American man who shares his moving personal story of escape and perseverance while raising awareness for the ongoing fight for freedom in Iran. And as always, stay tuned for Kiley's Corner, where Brennen shares the La Bamba story—the tragic plane crash that took the life of rock and roll legend Ritchie Valens.www.breakingbattlegrounds.voteTwitter: www.twitter.com/Breaking_BattleFacebook: www.facebook.com/breakingbattlegroundsInstagram: www.instagram.com/breakingbattlegroundsLinkedIn: www.linkedin.com/company/breakingbattlegroundsTruth Social: https://truthsocial.com/@breakingbattlegroundsShow sponsors:Invest Yrefy - investyrefy.comOld Glory DepotSupport American jobs while standing up for your values. OldGloryDepot.com brings you conservative pride on premium, made-in-USA gear. Don't settle—wear your patriotism proudly.Learn more at: OldGloryDepot.comDot VoteWith a .VOTE website, you ensure your political campaign stands out among the competition while simplifying how you reach voters.Learn more at: dotvote.vote4Freedom MobileExperience true freedom with 4Freedom Mobile, the exclusive provider offering nationwide coverage on all three major US networks (Verizon, AT&T, and T-Mobile) with just one SIM card. Our service not only connects you but also shields you from data collection by network operators, social media platforms, government agencies, and more.Use code ‘Battleground' to get your first month for $9 and save $10 a month every month after.Learn more at: 4FreedomMobile.comAbout our guest:Former Congressman J.D. Hayworth is the spokesperson for the Pharmaceutical Reform Alliance, advocating for drug‑pricing reforms and criticizing Big Pharma's pricing strategies.-My name is Michael Deibert, and I am a journalist, author and Researcher at the Centro de Estudos Internacionais at the Instituto Universitário de Lisboa. For the more than two decades, my work as a reporter and analyst has focused on conflict, peacebuilding, democratic movements and organized crime, with regional focuses on the Great Lakes Region of Africa, Latin America and the Caribbean, especially Haiti. With my writing here, as with all of my work, I hope to increases awareness of that which binds us together and the common humanity we all share. This kind of reporting, though I believe it is vitally important, is often a struggle financially, being both labour and cost-intensive with very modest remuneration. Please consider supporting this work if you can.-Shay Khatiri is the VP of development and a senior fellow at Yorktown Institute. An immigrant from Iran, he is an alumnus of Arizona State University and the Strategic Studies Department at Johns Hopkins University, School of Advanced International Studies. He publishes the Substack newsletter, The Russia–Iran File. Get full access to Breaking Battlegrounds at breakingbattlegrounds.substack.com/subscribe
Este é um ano especial para a atriz Cleo Diára, que acaba de ser distinguida em Cannes com o prémio de melhor interpretação feminina na secção “Un Certain Regard” com o filme “O Riso e a Faca”, de Pedro Pinho. Cleo nasceu em Cabo Verde, cresceu na periferia de Lisboa e afirma ter demorado a acreditar que merecia um lugar de destaque na representação. Cleo prepara-se agora para realizar uma curta metragem da sua autoria, sonha entrar na série “Black Panther”, da Marvel, e espera que esta sua recente premiação internacional faça outras raparigas imigrantes, e dos subúrbios, acreditarem nas suas próprias utopias e desejos. Ouçam-na nesta primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Já ouviu falar das 'Gerações Roubadas'? Para muitos um dos capítulos mais sombrios na história da Austrália. Hoje falamos sobre os anos 1910 a 1970 quando milhares de crianças indígenas foram afastadas à força das suas famílias, para serem integradas na sociedade das famílias brancas. Um chefe da polícia portuguesa foi preso por integrar um grupo de neonazistas que planejava atacar o parlamento em Lisboa. Nossa entrevista com o cineasta Gabriel Mascaro que está na Austrália.
Dar Voz a esQrever: Pluralidade, Diversidade e Inclusão LGBTI
O DUCENTÉSIMO TRIGÉSIMO SÉTIMO EPISÓDIO do Podcast Dar Voz A esQrever
Curador e professor na Universidade de Belas Artes de Lisboa, saiu recentemente da administração do CCB e vem ao Fala com Ela dias depois da inauguração do Pavilhão Julião Sarmento, um amigo que lhe deixa saudades.
Estão previstos 64 novos hotéis em Lisboa e 122 no Porto.
Bienvenidos al Chiado: el barrio donde la ciudad se rinde a tus pies, los poetas se multiplican y las estatuas tienen voz de fax renacentista. En este Extra de LHER, David Botello (@DavidBotello4), Esther Sánchez (@estesan1969), Ainara Ariztoy y la actriz Ruth Núñez recorren el corazón bohemio de Lisboa entre cafés modernistas, elevadores steampunk y conventos que se quedaron sin techo, pero con mucha historia. Una ruta con olor a tinta, café y revolución de terciopelo. Si quieres acompañarnos, ¡súbete a la Historia!
Marina Lemos tem uma trajetória poética e corajosa. Desde pequena, ela já via a moda como forma de expressão e tinha uma sensibilidade muito única para enxergar arte nas coisas, influência direta dos avôs: um lojista e outro artista. Ela é formada em Design de Moda, e desde então, passou por diferentes áreas da indústria - como marketing e comunicação, compras, vendas, trabalhando com grandes marcas como Colcci, Cavalera, Dafiti, Riachuelo e até na SPFW. A Marina é uma verdadeira mochiler, já morou em São Paulo, Barcelona, Viena, Lisboa e hoje está na Holanda. Mas a experiência de ser imigrante trouxe não só novas paisagens, como também desafios profissionais e pessoais, e a força de transformar tudo isso em novos caminhos, como a consultoria de estilo com foco em sustentabilidade.convidada: https://www.instagram.com/ultramarina____/ https://www.linkedin.com/in/marinacrolemos/ Consultoria do Moda na Mochila: https://www.modanamochila.com/consultoria newsletter: https://modanamochila.substack.com/about Ig: https://www.instagram.com/modanamochila/
Conversamos com o cineasta brasileiro Gabriel Mascaro que está na Austrália apresentando o filme premiado 'O Último Azul'. A polícia portuguesa encerrou mais uma rodada de buscas pelos restos mortais de Madeleine McCann. Celebramos 50 anos da SBS com Francisco Sena Santos, nosso correspondente em Lisboa. Julia Pimenta é uma das organizadoras da Copa do Mundo das Crianças de Rua.
This week we go back to May 3rd to present the first hour of Carlos Manaça set recorded at Kremlin in Lisbon, one of the best Portuguese clubs, in another sold out night ! More info athttps://linktr.ee/carlosmanacahttps://linktr.ee/magnarecordingshttps://music.beepd.co/card/carlosmanaca
Ao vivo na Feira do Livro de Lisboa nos 40 anos da assinatura do Tratado de Adesão à CEE, Fernando Alvim conversa com Sofia Moreira de Sousa (rep. Comissão Europeia em Portugal) e com a Jovem Embaixadora Matilde Tristão.
Conversamos com Kleber Mendonça Filho, melhor diretor no Festival de Cannes deste ano por "O Agente Secreto", que está na Austrália para a exibição do longa no Sydney Film Festival. Na semana em que a SBS completa 50 anos, preparamos uma entrevista com Francisco Sena Santos, veterano do jornalismo em Portugal e correspondente da SBS em português em Lisboa desde 1995. E uma reportagem especial sobre o que mudou nos últimos 50 anos para os australianos LGBTQIA+.
El MAAT de Lisboa no es un museo: es una ola de cerámica blanca que ha decidido quedarse a vivir en el Tajo. En este Extra de LHER, David Botello (@DavidBotello4), Esther Sánchez (@estesan1969), Ainara Ariztoy y la actriz Ruth Núñez se suben al espinazo de este edificio marciano para hablar de arte, arquitectura, turbinas, skaters desorientados y tragaluces extraterrestres. Un lugar que posa para ti. Que cambia de color. Y que no te cobra por flipar. Si quieres acompañarnos, ¡súbete a la Historia!
No último episódio da série da SBS em português sobre mães imigrantes na Austrália, Carolina Norton de Matos explica onde fica a cultura portuguesa na criação dos filhos quando o parceiro é australiano. Em mais uma reportagem especial dos 50 anos da SBS, vamos relembrar acontecimentos marcantes das últimas cinco décadas. Francisco Sena Santos, de Lisboa, fala do 10 de junho, Dia de Portugal a homenagear o poeta Camões e as comunidades portuguesas pelo mundo. No esporte, neste domingo tem Portugal e Espanha no topo do futebol das nações europeias.
En 1588 se hizo a la mar desde Lisboa la Grande y Felicísima Armada, una imponente flota española, algo de unas proporciones desconocidas hasta ese momento, cuyo objetivo era recoger las tropas que el duque de Parma, Alejandro Farnesio, tenía en Flandes y trasladarlas a Inglaterra. El plan partió de Felipe II, que quería con ello conseguir varias cosas. La primera y fundamental derrocar a Isabel I que, tras la muerte de María Tudor había reinstaurado la reforma anglicana. Deseaba también cobrarse cumplida venganza por la ejecución de María Estuardo, reina católica de Escocia. Quería también poner fin a los constantes ataques de corsarios ingleses como Francis Drake o John Hawkins a las posesiones y flotas españolas en América. Aparte de eso, Isabel I también prestaba apoyo a los rebeldes protestantes de los Países Bajos cuyas costas se encuentran frente a las de Gran Bretaña. El plan, inicialmente pensado para que el experimentado almirante Álvaro de Bazán lo llevase a cabo, era ambicioso y de cierta complejidad. La Armada debía navegar desde España hasta el canal de la Mancha, establecer contacto con los Tercios del duque de Parma, unos 30.000 hombres con sus pertrechos, embarcarlos y ofrecer protección a una operación anfibia. Una vez en Inglaterra esas tropas debían dirigirse a Londres, destronar a Isabel I y colocar en su lugar a un soberano afín a los intereses de Felipe II. Pero el destino quiso que Álvaro de Bazán muriera antes de que la flota estuviera lista. Felipe II, ante la urgencia, nombró a Alonso Pérez de Guzmán el Bueno y Zúñiga, VII Duque de Medina Sidonia, como nuevo comandante en jefe. Medina Sidonia, un noble de alta cuna y excelente administrador, pero sin experiencia naval, aceptó el cargo con reticencia e incluso planteó al rey la idoneidad de la empresa. La Gran Armada era grande por méritos propios. Estaba compuesta por unos 130 barcos de distintos tipos armados con 2.500 cañones. Los preparativos se realizaron en España y la flota se reunió en Lisboa para su partida. Pero todo se torció desde el principio ya que por culpa de una tormenta se dispersaron frente a Galicia y tardaron mucho en reagruparse. Una vez en el canal fueron acosados por la más ágil flota inglesa, que rehuyó el combate directo. A pesar de ello, Medina Sidonia logró mantener una formación compacta y prosiguió hacia su objetivo: el puerto de Calais donde deberían embarcar las tropas. Pero los Tercios, muy numerosos y envueltos en una guerra en Holanda, necesitaban una semana para embarcar, por lo que Medina Sidonia fondeó frente a Calais para esperar. Los ingleses, al mando de Charles Howard, atacaron de noche y por sorpresa con brulotes. El pánico obligó a los barcos españoles a cortar amarras y dispersarse. Un día después se produjo la batalla de Gravelinas, que selló el destino de la Armada. Dispersos y sin la posibilidad de reorganizarse, los galeones españoles fueron blanco fácil para los cañones ingleses. Tomaron rumbo norte porque los vientos les impedían regresar por el Canal de la mancha, lo que les forzó a rodear las islas Británicas. Los elementos hicieron el resto. Los temporales, la falta de suministros y las enfermedades diezmaron a las tripulaciones. Solo unos 60 barcos y la mitad de los hombres regresaron a España. Para Felipe II fue una humillación y para Isabel I todo lo contrario. Convirtió la expedición española en un símbolo de su reinado a pesar de que un año más tarde fueron los ingleses derrotados frente a las costas españolas. En El ContraSello: 0:00 Introducción 3:58 La derrota de la Gran Armada 1:07:26 El surgimiento de las ciudades 1:15:42 Interpretaciones de la historia Bibliografía: - "La Armada invencible" de Robert Hutchinson - https://amzn.to/3Hmm5Y6 - "Felipe II y el mito de la Armada invencible" de Antonio Luis Gómez Beltrán - https://amzn.to/4kuq4Aw - "Breve historia de la Armada invencible" de Víctor Luis Sánchez - https://amzn.to/3FJ2bpx - "Contra Armada" de Luis Gorrochategui - https://amzn.to/3HvL8I5 · Canal de Telegram: https://t.me/lacontracronica · “Contra la Revolución Francesa”… https://amzn.to/4aF0LpZ · “Hispanos. Breve historia de los pueblos de habla hispana”… https://amzn.to/428js1G · “La ContraHistoria de España. Auge, caída y vuelta a empezar de un país en 28 episodios”… https://amzn.to/3kXcZ6i · “Lutero, Calvino y Trento, la Reforma que no fue”… https://amzn.to/3shKOlK · “La ContraHistoria del comunismo”… https://amzn.to/39QP2KE Apoya La Contra en: · Patreon... https://www.patreon.com/diazvillanueva · iVoox... https://www.ivoox.com/podcast-contracronica_sq_f1267769_1.html · Paypal... https://www.paypal.me/diazvillanueva Sígueme en: · Web... https://diazvillanueva.com · Twitter... https://twitter.com/diazvillanueva · Facebook... https://www.facebook.com/fernandodiazvillanueva1/ · Instagram... https://www.instagram.com/diazvillanueva · Linkedin… https://www.linkedin.com/in/fernando-d%C3%ADaz-villanueva-7303865/ · Flickr... https://www.flickr.com/photos/147276463@N05/?/ · Pinterest... https://www.pinterest.com/fernandodiazvillanueva Encuentra mis libros en: · Amazon... https://www.amazon.es/Fernando-Diaz-Villanueva/e/B00J2ASBXM #FernandoDiazVillanueva #armada #inglaterra Escucha el episodio completo en la app de iVoox, o descubre todo el catálogo de iVoox Originals