Podcasts about passados

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RdMCast
RdMCast #509 – Especial Extermínio: a evolução de uma franquia

RdMCast

Play Episode Listen Later Jul 3, 2025 90:54


No agora longínquo ano de 2002 chegava aos cinemas Extermínio (28 Days Later), filme escrito por Alex Garland e dirigido por Danny Boyle, que buscava reinventar o subgênero dos zumbis com uma trama mais ligada a preocupações e ansiedades quanto a epidemias e armas biológicas. Com um orçamento reduzido e câmeras semi-amadoras, o filme trouxe um retrato marcante de uma Londres devastada apenas 28 dias após o surgimento de uma nova doença. Anos após uma sequência realizada em 2007 por outra equipe criativa e não tão bem recebida quanto o original, a franquia Extermínio volta aos cinemas sob o comando da mesma dupla original: Garland na escrita e Boyle na direção. Passados 28 anos da primeira contaminação, o Reino Unido foi completamente abandonado a própria sorte, e tanto os grupos de infectados quanto os de não-infectados passaram por profundas transformações sociais. Em um RdMCast que traz discussões sérias sobre ansiedades do início do século e paralelos com a “Guerra ao Terror”, não perdemos a oportunidade também de comentar (mais de uma vez) sobre a rol@ impressionante do Alpha de Evolução. Então dê play neste RdMCast especial sobre a trilogia Extermínio e prepare-se para se assustar, refletir e morrer de rir praticamente na mesma proporção.O RdMCast é produzido e apresentado por: Thiago Natário, Gabriel Braga e Gabi Larocca.Apoie o RdM e receba recompensas exclusivas: https://apoia.se/rdmCITADOS NO PROGRAMA:Extermínio (2002)Extermínio 2 (2007)Extermínio: A Evolução (2025)Citações off topic:A Lenda de Candyman (2021)Men: Faces do Medo (2022)Trainspotting (1996)A Praia (2000)30 Dias de Noite (2007)A Noite dos Mortos-Vivos (1968)Contágio (2011)Sunshine: Alerta Solar (2007)Shin Gojira (2016)Guerra Civil (2024)Tempo de Guerra (2025)Apocalypse Now (1979)Segredos e Crimes de Jimmy Savile (2022)EPISÓDIOS CITADOS:RdMCast #355 – Embate Sci-Fi: Ex Machina X AniquilaçãoRdMCast #451 – Guerra Civil: violência política nos EUA e o jornalismo de guerraRdMCast #409 – 7 ótimos filmes de horror no espaçoRdMCast #308 – A Trilogia dos Mortos de George RomeroRdMCast #349 – Franquia Sexta-Feira 13: seu nome é JasonRdMCast #328 – Candyman: diga seu nome (se tiver coragem)RdMCast #447 – Godzilla e a história do Japão no séc. XXRdMCast #508 – The Ugly Stepsister: padrões de beleza, cirurgia plástica e a busca pela perfeiçãoRdMCast #507 – Pecadores: o filme do ano?Siga o RdMYoutube: https://www.youtube.com/c/Rep%C3%BAblicadoMedoInstagram: @republicadomedoTwitter: @RdmcastEntre em contato através do: contato@republicadomedo.com.brLoja do RdMConheça nossos produtos: https://lojaflutuante.com.br/?produto=RdmPODCAST EDITADO PORFelipe LourençoESTÚDIO GRIM – Design para conteúdo digitalPortfólio: https://estudiogrim.com.br/Instagram: @estudiogrimContato: contato@estudiogrim.com.br

Homilias - IVE
“Imaculado Coração da Bem-Aventurada Virgem Maria”

Homilias - IVE

Play Episode Listen Later Jun 28, 2025 6:33


Homilia Padre Andrés Furlan, IVE:Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 2,41-51Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém,para a festa da Páscoa.Quando ele completou doze anos,subiram para a festa, como de costume.Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém,sem que seus pais o notassem.Pensando que ele estivesse na caravana,caminharam um dia inteiro.Depois começaram a procurá-loentre os parentes e conhecidos.Não o tendo encontrado,voltaram para Jerusalém à sua procura.Três dias depois, o encontraram no Templo.Estava sentado no meio dos mestres,escutando e fazendo perguntas.Todos os que ouviam o menino estavam maravilhadoscom sua inteligência e suas respostas.Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admiradose sua mãe lhe disse:"Meu filho, por que agiste assim conosco?Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados,à tua procura".Jesus respondeu:"Por que me procuráveis?Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?"Eles, porém, não compreenderamas palavras que lhes dissera.Jesus desceu então com seus pais para Nazaré,e era-lhes obediente.Sua mãe, porém,conservava no coração todas estas coisas.Palavra da Salvação.

Palavra do Dia
Palavra do dia - Lc 2,41-51 - 28/06/25

Palavra do Dia

Play Episode Listen Later Jun 28, 2025 4:08


41 Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. 42 Quando ele completou doze anos, subiram para a festa, como de costume. 43 Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. 44 Pensando que ele estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. 45 Não o tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura. 46 Três dias depois, o encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas. 47 Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas. 48 Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse: "Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura". 49 Jesus respondeu: "Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?" 50 Eles, porém, não compreenderam as palavras que lhes dissera. 51 Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente. Sua mãe, porém, conservava no coração todas estas coisas.

Convidado
50 anos da independência: Por que não houve luta armada em Cabo Verde?

Convidado

Play Episode Listen Later Jun 26, 2025 24:30


Nos 50 anos da independência de Cabo Verde, a RFI publica e difunde várias reportagens sobre este tema. Neste segundo episódio, falámos com antigos combatentes que se prepararam para a luta armada em Cabo Verde através de formações político-militares na Argélia, em Cuba e na antiga União Soviética. Foi planeado um desembarque no arquipélago, mas Cabo Verde acabaria por chegar à independência sem guerrilha no seu território e os cabo-verdianos foram lutar para as frentes de combate na Guiné e também na clandestinidade. Participaram, ainda, em batalhas políticas, de saúde, de formação e de informação. Nesta reportagem, ouvimos Pedro Pires, Silvino da Luz, Osvaldo Lopes da Silva, Maria Ilídia Évora, Amâncio Lopes e Alcides Évora. A 5 de Julho de 1975, depois de cinco séculos de dominação portuguesa, às 12h40, era oficialmente proclamada a independência de Cabo Verde por Abílio Duarte, presidente da Assembleia Nacional Popular, no Estádio Municipal da Várzea, na Praia.   A luta tinha começado há muito e acabaria por ser o PAIGC, Partido Africano da Independência da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, a consolidar os anseios nacionalistas e a conduzir o arquipélago à independência, quase dois anos depois de a Guiné-Bissau se ter autoproclamado independente. O líder da luta e do partido, Amílcar Cabral, nascido em Bissau e filho de cabo-verdianos, não pôde assistir nem a uma nem a outra por ter sido assassinado em Janeiro de 1973. Considerado como o pai das duas independências, Amílcar Cabral defendeu, desde o princípio, o lema da “unidade e luta”: unir esforços para combater o inimigo comum que era o colonialismo português. No programa, ancorado numa concepção pan-africana de unidade política para o continente, estava a luta pela independência da Guiné e de Cabo Verde e a futura união dos dois Estados, separados por mar alto. Mas ao contrário da Guiné, em Cabo Verde a luta nunca chegou a ser armada, ainda que a intenção tenha estado em cima da mesa. Foi em Julho de 1963, na cidade de Dacar, numa reunião de quadros nacionalistas do PAIGC, que Pedro Pires chegou a dizer não ter cabimento “falar em luta de libertação nacional sem falar em luta armada”. O comandante e destacado dirigente político-militar do PAIGC tinha "dado o salto" em 1961 quando integrou o grupo de dezenas de jovens africanos que abandonou, clandestinamente, Portugal, rumo à luta pela independência.  Mais de meio século depois, com 91 anos, o comandante da luta de libertação recebe a RFI no Instituto Pedro Pires para a Liderança, na cidade da Praia, e recorda-nos o contexto em que se decidiu que o recurso à luta armada “era obrigatório” e como é que ele esteve ligado à preparação da luta em Cabo Verde. “A questão da luta armada, colocámos a seguinte questão: ‘Será obrigatório?' Chegámos à conclusão que era obrigatório. Tinha que se ir nessa direcção por causa daquilo que já tinha acontecido porque não é uma questão de qualquer coisa por acontecer, mas a violência já tinha acontecido em Angola, no Congo Kinshasa, na Argélia, de modo que estávamos obrigados a pensar nessa via. É assim que nós abraçamos o projecto do PAIGC de prepararmo-nos e organizarmos o recurso à violência armada. As tarefas que me foram conferidas no PAIGC estiveram, até 1968, sempre ligadas a Cabo Verde e à preparação da possibilidade da luta armada em Cabo Verde”, conta Pedro Pires [que se tornaria o primeiro primeiro-ministro de Cabo Verde (1975-1991) e, mais tarde, Presidente do país (2001-2011)]. E era assim que, meses depois do anúncio do início das hostilidades pelo PAIGC contra o exército português no território da Guiné, se desenhava a intenção de desencadear também a luta armada em Cabo Verde. A Pedro Pires foi confiado o recrutamento e a preparação política dos combatentes. A ajudá-lo esteve Silvino da Luz que, meses antes, tinha desertado do exército português e sido preso em Kanu, na Nigéria. Aos 86 anos, Silvino da Luz recebe a RFI em sua casa, na cidade do Mindelo, na ilha de São Vicente e explica-nos por que é que a acção militar em Cabo Verde era necessária. “A grande decisão tomada em 1963, nessa reunião de Dacar, da qual eu saio como um dos responsáveis militares, era a criação de condições para desencadear a luta armada em Cabo Verde porque estávamos absolutamente seguros que os colonialistas, e Salazar em particular, não aceitariam nunca largar as ilhas que já estavam nos radares da NATO que considerava Cabo Verde e Açores como os dois pontos cruciais para a defesa do Ocidente e no Atlântico Médio eram indispensáveis”, explica Silvino da Luz que foi, depois, comandante das Forças Armadas Revolucionarias do Povo (FARP), ministro da Defesa e Segurança (1975-1980) e dos Negócios Estrangeiros (1980-1991) e depois deputado até 1995. Começou a pensar-se num desembarque de elementos do PAIGC no arquipélago e houve preparação de combatentes na Argélia, em Cuba e na antiga União Soviética. O grupo dos militantes nacionalistas, encabeçado por Pedro Pires, preparou-se na clandestinidade total em Cuba, durante dois anos, e é aqui que nascem as Forças Armadas cabo-verdianas, a 15 de Janeiro de 1967, data em que os cabo-verdianos prestam, perante Amílcar Cabral, o juramento de fidelidade à luta de libertação de Cabo Verde. No grupo de Cuba, havia apenas uma mulher, Maria Ilídia Évora, conhecida como Tutu. Aos 89 anos, recebe a RFI em sua casa, no alto de São Nicolau, no Mindelo. À entrada, destacam-se duas fotografias de Amílcar Cabral, mas há ainda muitas fotografias que ela nos mostra dos tempos da formação político-militar em Cuba. Foi em Dacar, onde estava emigrada, que Tutu conheceu Amílcar Cabral e aderiu logo à luta.  “Foi ideia de Cabral. Disse que eu tinha de participar. Em Cuba, os treinos eram de tiro, esforço físico, correr, fazer ginástica, fazer marchas, aprender a lidar com a arma, limpar as armas, e escola também. Tinhamos aulas de matemática e várias aulas porque no grupo havia estudantes que tinham fugido da universidade, eles tinham mais conhecimento do que nós e partilhavam os conhecimentos deles com quem tinha menos”, revela, acrescentando que um camarada lhe disse um dia que “muitas vezes os homens queriam desistir, mas tinham vergonha porque tinham uma mulher no grupo”. Também Alcides Évora, conhecido como “Batcha”, esteve no grupo de Cuba. Entrou na luta pela mão do comandante Pedro Pires, depois de ter estado emigrado em França durante pouco mais de um ano. Viajou para a Argélia e, passados uns meses, seguiu para o treino militar em Cuba. É na Fundação Amílcar Cabral, na Praia, que, aos 84 anos, ele recorda essa missão à RFI. “Nós tivemos uma preparação político-militar intensa. Tivemos aulas militares e também havia aulas de política para complementar o nosso curso. A nossa preparação era para desencadear a luta em Cabo Verde, mas não se efectivou o nosso desembarque porque com a morte do Che Guevara na Bolívia, os americanos passaram a controlar todos os barcos que saíam de Cuba. Então, o Fidel mandou chamar o Amílcar e eles depois chegaram à conclusão que realmente não era aconselhável esse desembarque”, afirma Alcides Évora depois de nos fazer a visita guiada às salas da fundação, onde também se vê uma fotografia dele no escritؚório do PAIGC em Conacri. O desembarque estava a ser preparado no maior dos segredos e estava tudo pronto. Amâncio Lopes, hoje com 86 anos, era também um dos membros do grupo. Tinha sido recrutado junto dos emigrantes cabo-verdianos da região francesa de Moselle, onde se encontrava a trabalhar como operário na siderurgia. Amâncio Lopes começou por receber formação em Argel e depois foi para Cuba. “Era um grupo de 31 que foi maioritariamente recrutado na Europa, em Moselle, no seio da emigração. De lá, recebi preparação militar em Argel, depois fomos reunidos em Cuba porque havia dois grupos. Passados os seis meses de instrução, fomos reunidos todos em Cuba. Foram uns dois anos. Era uma preparação inicial e depois recebíamos ajuda para desembarcar em Cabo Verde. Quando já estávamos preparados para desembarcar em Cabo Verde, Cabral fez uma visita e nessa visita fizemos o juramento em 1967”, recorda Amâncio Lopes, quando recebe a RFI na sua casa, na periferia de Mindelo. Ao fim de quase dois anos de treinos e formação político-militar, o grupo de Cuba encontrava-se pronto para a operação de desembarque. Amílcar Cabral desloca-se a Havana para dar instruções e procede-se ao juramento solene da bandeira, a 15 de Janeiro de 1967, mas a morte de Che Guevara na Bolívia, a 8 de Outubro de 1967, é uma das razões que leva à suspensão da operação. Silvino da Luz recorda que estava tudo a postos. “O assunto foi tratado sempre no máximo sigilo, as informações não escapavam. Tínhamos desaparecido do mundo, as pessoas não sabiam, vivíamos em plena clandestinidade em Cuba, lá pelas montanhas interiores da ilha, em acampamentos com bastante segurança. Recebemos preparação militar bastante avançada. Depois, já tínhamos terminado a preparação, Fidel já se tinha despedido de nós, tinha oferecido uma espingarda a cada um de nós, Amílcar já se tinha despedido, mas houve uma série de desastres que aconteceram, como a queda do Che [Guevara] na Bolívia, uma tentativa de infiltração de revolucionários na Venezuela (…) Nós já estávamos no barco à espera da ordem de partida, mas cai o Che, houve essas infelicidades, o cerco à volta de Cuba aumentou, os americanos quase fecharam a ilha e não havia possibilidade de nenhum barco sair sem ser registado. Naturalmente que, para nós, sair era quase que meter a cabeça na boca do lobo”, relembra Silvino da Luz. Também o comandante Pedro Pires admite que “quando se é jovem se pensa em muitas coisas, algumas impossíveis” e o desembarque era uma delas, pelo que se optou por um “adiamento” e por "criar as condições políticas para continuar a luta". “Quando se é jovem, pensa-se em muitas coisas, algumas possíveis e outras impossíveis. Concebemos um projecto, pusemos em marcha a criação das condições para a concretização do projecto, mas verificou-se que era complicado de mais. Uma das características das lutas de libertação e, sobretudo, das guerrilhas, é a problemática da retaguarda estratégica. Em relação a Cabo Verde, em pleno oceano, não há retaguarda estratégica e você vai desenrascar-se por si. É preciso analisar as condições reais de sustentabilidade dessa ideia, se era possível ou não possível. O nosso apoiante mais entusiasta ficava nas Caraíbas, a milhares de quilómetros de distância, não serve de retaguarda, a não ser na preparação, mas o apoio à acção armada ou possivelmente outro apoio pontual era muito difícil. Por outro lado, o que nos fez reflectir bastante sobre isso foi o fracasso do projecto de Che Guevara para a Bolívia”, explica. Adiado o projecto inicial, os cabo-verdianos continuaram a formação e foram para a União Soviética onde receberam formação de artilharia, algo que viria a ser decisivo para a entrada deles na luta armada na Guiné. Amâncio Lopes também foi, mas admite que sentiu “uma certa tristeza” por não ver concretizado o desembarque em Cabo Verde. “Éramos jovens e todos os jovens ao entrarem numa aventura destas querem ver o programa cumprido. Mas o programa tem de ser cumprido sem risco suicida. Em Cuba fizemos preparação política e de guerrilha mas, depois, na União Soviética, já fizemos preparação semi-militar. (…) Os soviéticos foram taxativos: vocês têm um bom grupo, grande grupo, consciente do que quer, mas metê-los em Cabo Verde é suicidar esse grupo. Então, ali avisaram-nos que já não íamos desembarcar em Cabo Verde. Aí ficámos numa certa tristeza porque em Cuba tínhamos a esperança de desembarcar, na União Soviética durante quase um ano também tínhamos essa esperança, mas depois perdemos a esperança de desembarcar em Cabo Verde”, diz Amâncio Lopes. Entretanto, entre 1971 e 1972, houve também um curso de marinha para uma tripulação de cabo-verdianos que deveria vir a constituir a marinha de guerra do PAIGC. O grupo era chefiado por Osvaldo Lopes da Silva que considera que se o projecto tivesse avançado, teria sido decisivo, mas isso não foi possível devido à animosidade que se sentia da parte de alguns militantes guineenses contra os cabo-verdianos. “Da mesma maneira que os cabo-verdianos entraram para a artilharia e modificaram o quadro da guerra, Cabral pensou: ‘Vamos criar uma unidade com cabo-verdianos, aproveitar os cabo-verdianos que havia, concentrá-los na marinha para ter uma marinha de guerra. Eu estive à frente desse grupo. Esse grupo se tivesse entrado em acção seria para interceptar as ligações entre a metrópole e Cabo Verde e a Guiné e as outras colónias. Seria uma arma letal. Da mesma maneira que a entrada dos mísseis anti-aéreos imobilizou completamente a aviação, a entrada dos cabo-verdianos na marinha com as lanchas torpedeiras teria posto em causa a ligação com a metrópole. Podíamos mesmo entrar em combate em território da Guiné e afundar as unidades que os portugueses tinham que não estavam ao nível do armamento que nós tínhamos”, explica. Então porque não se avançou? A resposta de Osvaldo Lopes da Silva é imediata: “As unidades estavam ali, as lanchas torpedeiras, simplesmente não havia pessoal qualificado. Nós é que devíamos trazer essa qualificação. Quando esse meu grupo regressa em 1972, o ambiente na marinha estava completamente degradado. O PAIGC tinha uma marinha e é nessa marinha que foi organizado todo o complô que veio dar lugar à morte de Cabral.”  A análise retrospectiva é feita em sua casa, no bairro do Plateau, na Praia, onde nos mostra, aos 88 anos, muitas das fotografias dos tempos da luta, quando também foi comandante das FARP, e imagens de depois da independência, quando foi ministro da Economia e Finanças (1975-1986) e ministro dos Transportes, Comércio e Turismo (1986-1990). Houve, ainda, outras tentativas de aproximação de guerrilheiros a Cabo Verde. O historiador José Augusto Pereira, no livro “O PAIGC perante o dilema cabo-verdiano [1959-1974]”, recorda que a URSS, em 1970, cedeu ao PAIGC um navio de pesca de longo alcance, o 28 de Setembro, que reunia todo o equipamento necessário ao transporte e desembarque de homens e armamento. A luta armada no arquipélago não estava esquecida e no final de 1972 foram enviados a Cuba dois militantes provenientes de Lisboa que deveriam ser preparados para desencadear, em Cabo Verde, ações de guerrilha urbana. Um deles era Érico Veríssimo Ramos, estudante de arquitectura em Lisboa e militante do PAIGC na clandestinidade, que sai de Portugal em Dezembro de 1972 em direcção a Cuba. “Em Dezembro de 1972, saio de Portugal com um passaporte português, vou para Cuba receber preparação para regressar para a luta. Não estava ainda devidamente estruturada essa participação para depois dessa formação. Fui eu e mais um outro colega e mais um elemento que veio da luta da Guiné-Conacri. Quando Amílcar Cabral foi assassinado, nós estávamos em Cuba e, logo a seguir, tivemos de regressar”, conta. De facto, o assassínio de Amílcar Cabral a 20 de Janeiro de 1973 levou à saída da ilha dos activistas por ordem das autoridades de Havana. Entretanto, combatentes cabo-verdianos tinham integrado as estruturas militares da luta armada na Guiné, mas sem abandonarem a ideia de um lançamento futuro da luta armada em Cabo Verde. Porém, isso acabaria por não acontecer. Apesar de a luta armada não se ter concretizado em Cabo Verde, a luta política na clandestinidade continuou nas ilhas e a PIDE apertou bem o cerco aos militantes. Muitos foram parar ao Tarrafal e a outras prisões do “Império”, onde também houve resistência. Os cabo-verdianos destacaram-se na luta armada na Guiné, mas também noutras frentes de batalha como a propaganda, a educação, a saúde, a diplomacia e muito mais. Sobre alguns desses temas falaremos noutros episódios desta série. Pode também ouvir aqui as entrevistas integrais feitas aos nossos convidados.

Notícia no Seu Tempo
Nordeste deve superar o Sul e ser o 2º polo em consumo no Brasil

Notícia no Seu Tempo

Play Episode Listen Later May 19, 2025 9:20


No podcast ‘Notícia No Seu Tempo’, confira em áudio as principais notícias da edição impressa do jornal ‘O Estado de S.Paulo’ desta segunda-feira (19/05/2025): Passados os efeitos econômicos da pandemia, o Nordeste deve superar o Sul em 2025 e voltar a ocupar o segundo lugar como centro de consumo do Brasil, ficando atrás apenas do Sudeste, informa Luiz Guilherme Gerbelli. Em valores, a projeção é de que as famílias dos Estados nordestinos gastem R$ 1,515 trilhão no ano. O Nordeste deverá responder por 18,59% do consumo brasileiro, enquanto RS, SC e PR devem representar, juntos, 18,51%, de acordo com levantamento da consultoria IPC Maps. No ano passado, a participação dessas regiões foi de 18,06% e 18,57%, respectivamente. No Sul, a queda é explicada pelos efeitos das chuvas no RS. Os Estados nordestinos, além do turismo, são beneficiados pelo Bolsa Família, aumento do salário mínimo e investimentos em energia renovável. E mais: Metrópole: Na ‘estreia’, Leão XIV diz que é hora de amor e recebe políticos Economia: Exportação de frango brasileiro está suspensa para nove destinos Política: Decisões do Supremo com impacto no Congresso crescem e acirram embate Internacional: Direita vence em Portugal, mas não elege maioria parlamentar Caderno 2: Filme brasileiro é aplaudido de pé em Cannes See omnystudio.com/listener for privacy information.

Voz de Cama
Vida comum com voto diferente.

Voz de Cama

Play Episode Listen Later May 15, 2025 8:31


Passados dois anos de namoro, prestes a irem viver juntos, mas também a irem às urnas para as próximas legislativas, uma ouvinte percebe que o namorado tem uma intenção de voto diferente da sua. Será conciliável?

Voz de Cama
Vida comum com voto diferente

Voz de Cama

Play Episode Listen Later May 15, 2025 8:27


Passados dois anos de namoro, prestes a irem viver juntos, mas também a ir às urnas na próximas legislativas. Uma ouvinte percebe que o namorado tem uma intenção de voto totalmente oposta à sua.

Bom Sai
T2 | Ep.37 - Um ciclo chegou ao fim

Bom Sai

Play Episode Listen Later May 8, 2025 21:55


Passados dois anos, encerramos um ciclo na nossa dinâmica familiar. E eu já passei do medo para a alergia. Partilho tudo convosco. -- Entra na Comunidade Vegetal: anaruasmelonutricionista.pt/subscricao-…de-vegetal/ https://anaruasmelonutricionista.pt/ www.instagram.com/anaruasmelo.nutricionista/ www.facebook.com/anaruasmelo.nutricionista/ Contacto: info@anaruasmelonutricionista.pt -- Música: Joseph McDade - Sunrise Expedition

Direto ao Ponto
Máscaras, isolamento e covid-19: o que ainda está em debate na ciência cinco anos depois? 

Direto ao Ponto

Play Episode Listen Later Mar 31, 2025 33:54


Passados mais de cinco anos do início pandemia de Covid-19, estudos sobre o comportamento do vírus e ações tomadas para enfrentá-lo foram publicados. Um dos mais recentes chegou a levantar suspeitas sobre a eficiência das máscaras. No Direto ao Ponto de hoje, os especilistas em epidemiologia Isaac Schrarstzhaupt e Paulo Petry falam sobre como a eficácia do uso de máscaras, isolamento social e lockdown hoje são vistos pela ciência e o que mudaria numa eventual futura nova epidemia. A apresentação é de Lucas Keske.

KrishnaFM
As entidades vivas [nós] tomam suas diferentes formas nas diversas espécies de vida de acordo com seus feitos passados, e o Senhor Krishna não interfere com elas kfm9279

KrishnaFM

Play Episode Listen Later Mar 25, 2025 64:32


Os Escapistas
Os Escapistas – STARMAN #6: OUTROS TEMPOS PASSADOS

Os Escapistas

Play Episode Listen Later Mar 17, 2025 109:43


No sexto episódio da série do Starman¹, Luwig Sá, Reginaldo Yeoman e Jamerson Tiossi discutem as edições nº 36, 42, 44, 46, 54, 74, DC 1.000.000 e [o crossover] Hellboy/Batman/Starman. Nesse recorte, vamos ao encontro da 2ª leva de Tempos Passados, os registros contidos no Diário do Sombra; do qual Jack Knight passa a ler e conhecer causos dos primórdiosRead More ...

15 Minutos - Gazeta do Povo
Governo Lula vai ainda mais pra esquerda

15 Minutos - Gazeta do Povo

Play Episode Listen Later Mar 6, 2025 17:36


*) Analistas costumam dizer que o fato de Lula (PT) ter construído uma espécie de “frente ampla” em 2022 o ajudou a vencer a eleição, na disputa contra Jair Bolsonaro (PL). Acontece que, desde o início da formação do governo, foi ficando cada vez mais claro que essa ideia ficou só para o periodo eleitoral. Na “Hora H”, os principais cargos, os mais próximos do presidente, acabaram ficando mesmo com o PT. Passados dois anos da gestão, Lula enfrenta graves problemas de popularidade, aliados aos já costumeiros problemas de construção de base aliada no Congresso Nacional. Houve quem dissesse que uma possível saída para os problemas seria trazer mais gente do Centro (e do Centrão) para perto do Governo. O que Lula parece estar fazendo? Exatamente o contrário. Escolheu Gleisi Hoffmann para a articulação política. E estaria cogitando Guilherme Boulos para a Secretaria-Geral da Presidência. Esse episódio do podcast 15 Minutos fala sobre como Lula reforça o viés esquerdista do governo, ao cogitar um ministério para Boulos. O convidado para a análise é o Silvio Ribas, da equipe de República da Gazeta do Povo. 

Convidado
"Davos não deixa de ser um supermercado de ideias"

Convidado

Play Episode Listen Later Jan 23, 2025 17:37


O Fórum Económico Mundial de 2025, em Davos, reúne mais de 3000 líderes para discutir questões geopolíticas, económicas e tecnológicas. A ministra do Ambiente e Energia de Portugal, Maria da Graça Carvalho, participa no fórum sob o tema "Colaboração para a Era Inteligente", destacando a urgência de usar inovações tecnológicas de forma ética para enfrentar desafios globais. RFI: O que se pode esperar da edição deste ano do Fórum Económico em Davos?Maria da Graça Carvalho: A nossa participação, a participação portuguesa, tem sido muito útil. Eu, como ministra com a pasta da Energia, levei a mensagem de que Portugal é um país com uma quantidade abundante de energias renováveis a preços acessíveis. Estamos com um plano ambicioso de produção de hidrogénio de origem renovável, o que nos torna um país seguro e estável. Estas políticas de energia têm o apoio dos maiores partidos, tanto do governo quanto da oposição. Como foi demonstrado agora no Parlamento, com a aprovação praticamente generalizada do Plano Nacional de Energia e Clima para 2030. Portanto, Portugal é um país que tem todas as condições para atrair investimento, tanto na produção de energias renováveis quanto nas indústrias que precisam utilizar essa energia, especialmente o hidrogénio. Temos condições mais favoráveis do que vários países da Europa Central e do Norte, que durante muitos anos, na anterior Revolução Industrial, eram muito baseados no carvão e no petróleo, recursos dos quais Portugal não dispõe. Mas, neste momento, somos nós, no sul da Europa, que temos essas condições. Combinamos sol, vento e também energia hídrica. Temos uma grande quantidade de energia hídrica. Aliás, no ano passado, 71% da nossa electricidade foi de origem renovável. A energia renovável com maior percentagem foi exactamente a hídrica, com 28%, seguida da eólica com 27%, solar e biomassa. Portanto, temos condições únicas ao combinar a hídrica, que são as barragens, com o vento, com o sol e com toda a vontade política de atrair o investimento. E para isso, estamos a fazer um grande esforço de simplificação dos procedimentos, sem ser menos rigorosos, porque somos rigorosos do ponto de vista ambiental, mas sendo mais rápidos a decidir e com processos mais simples, de modo a criar um bom ambiente para o investimento tanto nacional quanto estrangeiro.Portugal atingiu 71% de energias renováveis na produção eléctrica em 2024, como dizia a senhora ministra, e tem como meta alcançar 93% em 2030. Pela primeira vez na história do Fórum Económico Mundial, em Davos, as alterações climáticas aparecem no topo das maiores preocupações dos empresários e dos líderes das maiores economias do mundo. Portugal está a fazer a sua parte na transformação energética, mas é um esforço que deve ser global?Maria da Graça Carvalho: Sim, é um esforço que deve ser global, exactamente porque é um fenómeno global. A Europa representa cerca de 7% das emissões globais e, mesmo que se reduzam completamente as emissões na Europa, o efeito será de escala mundial. Portanto, não se consegue alterar o rumo das coisas se não for com o esforço de todos. Mas eu penso que é algo que, principalmente com os eventos dos últimos um ou dois anos, levou a uma consciência muito grande das pessoas, das empresas, das cidades, dos presidentes de câmara. E, portanto, acho que é um percurso irreversível. Todos têm consciência de que o ambiente é fundamental para a qualidade de vida, para a saúde, mas também para a economia. É um factor de competitividade ter um país com ar puro, boa qualidade da água, com um ambiente com espaços verdes que emitem pouco CO2 e com poucas emissões, ou reduzindo ao máximo as emissões que perturbam a qualidade do ar. E isso é um valor que não é só um valor para o ambiente, não é só um valor para a saúde humana, é também um valor económico. Os países mais ricos do mundo são países que têm muita atenção às questões ambientais.Esteve reunida com a sua homóloga espanhola. É importante esta colaboração com a Espanha no mercado energético ibérico para fortalecer ainda mais a independência energética da região e ajudar, claro, na construção de um futuro sustentável e competitivo para os dois países?Maria da Graça Carvalho: É essencial. A nossa colaboração com a Espanha é essencial do ponto de vista da energia, porque temos um mercado de electricidade integrado, não é um mercado ibérico, e, portanto, agora temos novas regras para o mercado de eletricidade, novas regras europeias. Eu tive o privilégio de ser uma das relatores, porque era deputada europeia. Até Abril passado, tive responsabilidades nesse dossiê, mas, portanto, há todo um conjunto de novas regras para o mercado da electricidade a nível europeu. E é importante que os dois países façam também essa adaptação às novas regras, nomeadamente no que respeita às regras para o armazenamento de electricidade, com uma estratégia comum, uma estratégia em paralelo. E é isso que estamos a fazer, estamos a trabalhar em conjunto. Combinámos agora ter um grupo de trabalho dos dois directores-gerais que têm a responsabilidade da energia, exactamente para desenharmos essa estratégia de armazenagem de energia de modo semelhante.Outro ponto que é fundamental é uma boa relação com a Espanha na questão da água. Nós temos mais de 50% da nossa água vinda dos rios que nascem em Espanha. Portanto, temos esta gestão entre os dois países que é essencial. Hoje estamos a ter muita chuva e é essencial coordenarmos os planos das barragens, descargas das barragens, e é isso que estamos a fazer em contacto com os nossos homólogos espanhóis para evitar os efeitos de cheia. Portanto, é muito importante esta boa relação com a Espanha no domínio da água. No fim do ano passado, tivemos um acordo histórico em relação aos rios. Tivemos um acordo. Faltava completar a Convenção de Albufeira, que é uma convenção assinada há 25 anos sobre a gestão dos rios em comum com Portugal e Espanha. Mas havia assuntos que precisavam ser especificados, como o caso do Guadiana, sobre o qual, durante 25 anos, se tentou negociar sem conseguir chegar a um acordo. Finalmente, chegámos a um acordo, o que possibilitou termos uma utilização maior de água do Guadiana para abastecer o Algarve. Como se sabe, o Algarve tem tido e tem problemas de escassez de água. Nos últimos oito anos, tem diminuído a quantidade de água disponível no Algarve e parte do Alentejo. Era necessário, para resolver este problema, termos a autorização de Espanha para utilizar mais água do Guadiana para abastecer o Algarve. Chegámos a um acordo nisso. É possível fazer uma tomada de água de 30 milhões de metros cúbicos na região do Marão, a sul de Mértola, para aumentar a quantidade de água que pode ser utilizada no Algarve. A ministra com quem fiz este acordo no ano passado é agora vice-presidente da comissão, a senhora Teresa Ribera. Temos uma nova ministra e tive a oportunidade de confirmar e rever este acordo com a nova ministra.Aguarda-se o discurso de Donald Trump em videoconferência. O Presidente norte-americano já anunciou que os Estados Unidos vão sair do Acordo de Paris. Quais são as implicações, a seu ver, desta saída dos EUA do Acordo de Paris e as implicações económicas protecionistas que Donald Trump pode ter no âmbito ambiental? Maria da Graça Carvalho: Vamos ver. Como eu disse, a luta contra as alterações climáticas é algo que já está muito enraizado na população, nas cidades, nas empresas. Todas as empresas têm os seus planos. Praticamente todas as cidades têm os seus planos de luta contra as alterações climáticas e a defesa do ambiente. Portanto, acho que é um processo irreversível. Por outro lado, os Estados Unidos são um grande parceiro da Europa e um grande parceiro de Portugal, e assim queremos que continue a ser. O senhor ministro dos Negócios Estrangeiros também esteve presente em Davos, tudo faremos para continuar com essa boa relação e essa relação preferencial com um aliado. Iremos ver com algum optimismo o que vai acontecer.O administrador executivo da Fundação Oceano Azul, Tiago Pitta e Cunha, participa no Fórum de Davos, onde, pela primeira vez na história do evento, as alterações climáticas aparecem no topo das maiores preocupações dos empresários e líderes das maiores economias do mundo. O que se pode esperar deste reconhecimento? É possível acreditar que vai haver uma mudança?Tiago Pitta e Cunha: Essa sondagem foi feita aqui. Posso até verificar que já estive aqui em Davos em outros anos. Nos últimos cinco anos, a agenda das alterações climáticas esteve mais elevada do que está hoje, uma vez que a agenda da inteligência artificial ocupa hoje a maior parte das discussões. Eu diria que há, de facto, uma grande preocupação com o tema das alterações climáticas, porque as indústrias começam a compreender os impactos concretos que isso tem na sua capacidade de desenvolvimento, na sua produtividade. Preveem-se perdas muito elevadas do PIB, o que já havia sido indicado num famoso relatório que saiu quando o filme de Al Gore foi apresentado no início do século. Saiu um relatório feito por um grande especialista britânico na altura, que já explicava que iriam ocorrer enormes quebras no PIB mundial se as alterações climáticas não fossem combatidas. E, no fundo, perdemos muitos anos porque, entre a saída desse relatório e o filme de Al Gore, que foi em 2002, levou-se até 2015 para ter um plano em Paris, o Acordo de Paris. E depois? Ainda hoje estamos completamente fora dos trilhos dos objectivos de Paris. Portanto, temos realmente uma situação que está a chegar com muito mais força e muito mais rapidez do que todos esperavam, começando pela indústria. E é neste sentido que as campainhas estão a soar e as luzes vermelhas estão a piscar. Em 2024, passámos pela primeira vez a marca dos 1,5°C.Nas últimas edições falou-se muito e continua-se a falar do impacto ambiental gerado pelos jactos particulares, por exemplo, e da imagem elitista associada a este Fórum Económico Mundial de Davos. De que forma é que os líderes presentes podem também alinhar acções pessoais e decisões empresariais com compromissos globais de sustentabilidade? A mudança talvez passe por aí?Tiago Pitta e Cunha: Não, eu diria que não. A questão verdadeiramente não será essa.Mostrando o exemplo...Tiago Pitta e Cunha: Mostrar uma mudança. Mas sabe, acho que estamos a falar de uma escala global, mundial, para conseguir fazer estas alterações. Tudo se discute aqui. As discussões filosóficas. Davos não deixa de ser um pouco um supermercado de ideias também. E aqui, o que é interessante é que você consegue ouvir o contrário e o seu oposto de uma sala para outra. Uma pessoa pode ouvir Javier Milei, da Argentina, com uma determinada posição, e depois ouvir um filósofo a tomar uma posição diametralmente oposta sobre o que é a liberdade, por exemplo. Não há, digamos assim, homogeneidade, como muitas pessoas pensam quando pensam em Davos. Diria que há alguma pluralidade também nas discussões e nas ideias apresentadas. Isso é, digamos, o que melhor permite tirar partido do fórum.O que para mim é realmente importante e que ainda não vejo acontecer é que, mesmo aquilo que diz respeito ao clima, é sempre abordado, como é próprio da Agenda das Nações Unidas, do Clima, da UNESCO, entre clima e indústria. A questão da indústria e do clima é que a natureza fica ainda de fora. E, portanto, o tema da natureza e da biodiversidade, que é o que estamos a ver que está a falhar no mundo. As tais campainhas que estão a tocar, porque há sinais claros de que os sistemas de suporte de vida do planeta não estão a aguentar. É isso que está a criar esta mobilização e que está a levar o sector da economia a pensar, realmente, nos relatórios que existem desde o início do século e que nos diziam que iríamos baixar o PIB, baixar a produtividade, baixar o potencial de crescimento económico. Isso é verdade.A indústria e o clima não são sectores incompatíveis?Tiago Pitta e Cunha: Exactamente. Há uma relação directa entre a indústria e o clima, porque a descarbonização terá de ser feita pela indústria. A transição para uma economia verde, começando pelo sector da energia, mas incluindo todos os outros sectores, também se procura discutir. E talvez não se discuta aqui suficientemente o sector da alimentação e da agricultura, que é um sector altamente agonizante e que também precisa de ter propostas. É preciso haver políticas públicas que apoiem esse sector a fazer uma transição. A ligação entre alterações climáticas e indústria é imediata e é aquela que tem de ser feita. Mas não pode ser a única na equação. A comunidade internacional, a humanidade de maneira geral, está a esquecer da natureza.Vou dar-lhe um exemplo. Para mim, é absolutamente flagrante e uma das principais decisões tomadas pela humanidade neste século XXI, como há pouco disse, também foi o Acordo de Paris. Muitas pessoas dizem que Paris é o único plano que a humanidade tem para a sua sobrevivência no planeta. Ok, mas aquilo que dizem hoje os cientistas é que Paris sozinho não chega, porque entretanto começámos a compreender que a delapidação da natureza, que é o combustível dos nossos sistemas de suporte do planeta – a biosfera, a hidrosfera – precisa dessa natureza. E ela está a desaparecer. E por isso houve outra decisão fundamental tomada pela humanidade há dois ou três anos atrás, que foi o Pacto de Kunming, que visa alcançar 30% de áreas protegidas no planeta até 2030, e que ainda não está sequer em discussão. Não é um tema, por exemplo, em Davos, no Fórum Económico Mundial, e que é igualmente fundamental, tanto quanto Paris, para podermos continuar aqui no século XXII e no século XXIII.De que forma é que observa este cepticismo ambiental do Presidente norte-americano. Donald Trump anunciou que os Estados Unidos voltariam a sair do Acordo de Paris?Tiago Pitta e Cunha: Mais preocupado ainda porque, com tudo o que se conseguiu, apesar de tudo, de progresso com Paris, com de facto, o desenvolvimento acelerado das energias renováveis em África, também na China, não apenas no Ocidente, com políticas industriais muito mais progressistas e incentivadoras desta transição para uma economia verde, como o Green Deal na União Europeia, por exemplo, se mesmo assim não estamos a conseguir cumprir com os objectivos de Paris. Passados dez anos da entrada em vigor do Acordo de Paris, o que será então, com estes retrocessos, que eu consideraria praticamente distopias da realidade? Portanto, a preocupação é enorme.Como também hoje aqui se disse, no Fórum Económico Mundial em Davos, muitos americanos, muitos decisores americanos, principalmente económicos, também têm consciência de que muito foi feito nos últimos anos, o que leva a que o investimento e os activos económicos investidos, por exemplo, no sector de renováveis, sejam de tal forma elevados que não é possível voltar para trás. O que não vai acontecer? Não vamos descontinuar os subsídios aos combustíveis fósseis, que nos estão a matar, no fundo, que estão a agredir o planeta. Obviamente, porque isso foi comunicado pelo Presidente Trump quando tomou posse. Mas vai ser difícil desviar o sector da economia de um comboio que já está em marcha, que é o da transição para uma economia verde.

Mensagens do Meeting Point
13 com paixão

Mensagens do Meeting Point

Play Episode Listen Later Jan 21, 2025 3:07


devocional Lucas leitura bíblica Todos os anos os pais de Jesus iam a Jerusalém à festa da Páscoa . Quando o menino tinha doze anos, foram lá como de costume. Passados os dias da festa, José e Maria voltaram para casa, mas Jesus ficou em Jerusalém sem os pais darem por isso. Julgavam que ele vinha com algum grupo pelo caminho. Ao fim de um dia de viagem, começaram a procurá-lo entre os parentes e os amigos, mas não o encontraram. Voltaram por isso a Jerusalém à sua procura. Ao fim de três dias descobriram-no dentro do templo , sentado entre os doutores. Escutava o que eles diziam e fazia-lhes perguntas. Todos os que o ouviam ficavam maravilhados com a sua inteligência e as suas respostas. Quando os pais o viram, ficaram muito impressionados e a mãe disse-lhe: «Filho, por que nos fizeste isso? O teu pai e eu temos andado aflitos à tua procura.» Jesus respondeu-lhes: «Por que é que me procuravam? Não sabiam que eu tinha de estar na casa de meu Pai?» Mas eles não compreenderam o que lhes disse. Jesus voltou então com eles para Nazaré, e continuou a ser-lhes obediente. Sua mãe guardava atentamente todas estas coisas no coração. Jesus crescia em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens. Lucas 2.41-52 devocional Há tradições que fazem um bem que eu sei lá. Perseverar naquilo que nos aproxima de Deus é para preservar e repassar às gerações vindouras. O melhor que pode dizer-se das nossas raízes espirituais é que, “como de costume”, nos mantivemos na rota da fé. Quem dera que os passos do nosso agregado familiar se dirijam natural e ciclicamente em direcção à casa do Pai. Esse é o melhor lugar para encontrar aqueles que amamos e nos foram entregues para cuidar. Mais, é altamente desejável que criemos uma rede de relacionamentos fraternais que nos permita regressar ao lar sem sentir a necessidade de controlar cada passinho que os nossos filhos dêem. E lá está, quando os perdermos de vista que tenhamos a alegria de os encontrar pertinho de Deus, mediante o que foi sendo semeado também por nós. Já quando nos for difícil entender o que Jesus esteja a dizer, olhemos para o modo como actua. Guardemos no coração a Sua humildade e a forma respeitosa como lidava com as pessoas, incluindo as que Lhe eram mais próximas. Cresçamos n'Ele “em sabedoria e graça diante de Deus e dos homens.” - jónatas figueiredo Oramos para que este tempo com Deus te encoraje e inspire. Da a ti próprio espaço para processar as tuas notas e oração e sai só quando se sentires preparado.

Os Crimes da Ditadura
Ep 63 - Ainda estamos aqui: esperando por Justiça

Os Crimes da Ditadura

Play Episode Listen Later Jan 15, 2025 134:39


O episódio de hoje vai trazer todos os detalhes não contados pelo filme Ainda estou aqui, que tem levado multidões ao cinema, resgatando o orgulho brasileiro conquistando diversas premiações planeta a fora. Saiba tudo sobre o caso Rubens Paiva, o ex-deputado federal assassinado pela ditadura em 1971.Rubens Paiva foi morto pela repressão menos de 48 horas depois de ser detido em casa, na frente da família, por agentes da ditadura. Passados 55 anos destes acontecimentos, seus restos mortais nunca foram encontrados.Fontes Consultadas:⁠https://www.bbc.com/portuguese/articles/cj6e5886n3do⁠ ⁠⁠⁠https://memoriasdaditadura.org.br/personagens/rubens-beirodt-paiva/⁠⁠https://zonacurva.com.br/e-sequestro-o-embaixador-suico-quase-esqueceu-o-cigarro/⁠⁠https://oglobo.globo.com/blogs/blog-do-acervo/post/2024/11/ainda-estou-aqui-o-sequestro-que-motivou-agentes-da-ditadura-a-torturar-rubens-e-eunice-paiva.ghtml⁠⁠https://oglobo.globo.com/politica/mp-vai-denunciar-4-militares-pela-morte-de-rubens-paiva-11891519⁠https://memorialdademocracia.com.br/card/repressao-mata-rubens-paiva-e-monta-farsa⁠⁠https://veja.abril.com.br/coluna/e-tudo-historia/quem-foi-rubens-paiva-ex-deputado-retratado-no-filme-ainda-estou-aqui⁠⁠https://memorialdademocracia.com.br/card/ato-1-da-ditadura-rasga-a-constituicao⁠⁠https://m.folha.uol.com.br/poder/2013/03/1251805-nao-houve-delacao-no-caso-rubens-paiva-diz-ex-exilado.shtml⁠⁠https://www.nucleomemoria.com.br/stf-demora-e-3-acusados-de-assassinar-rubens-paiva-morrem-sem-julgamento⁠⁠https://www.estadao.com.br/politica/decisao-sobre-assassinos-de-rubens-paiva-ficou-parada-com-moraes-no-stf-por-tres-anos/?srsltid=AfmBOoopElAH7dOWaTPiMxrh8gNpxQuaP8v8Pv2xt8eHsZRLd7ZV0HR0https://brasil.elpais.com/brasil/2021-07-06/governo-paga-12-milhao-de-reais-por-mes-a-herdeiras-de-militares-acusados-de-crimes-na-ditadura.html https://www.terra.com.br/diversao/entre-telas/filmes/reus-por-assassinato-de-rubens-paiva-recebem-r-1402-mil-por-mes-do-governo-em-salarios-e-pensoes,b3aded8eb6db5662fd8066cf4b6a9854z0g11a60.html https://oglobo.globo.com/politica/chegada-de-rubens-paiva-ao-doi-foi-testemunhada-confirmada-por-oficio-11891547 https://apublica.org/2020/07/novo-advogado-de-flavio-bolsonaro-ja-defendeu-o-miliciano-orlando-curicica/ https://oglobo.globo.com/politica/mp-vai-denunciar-4-militares-pela-morte-de-rubens-paiva-11891519Indicações: - Artigo de Fernanda Torres sobre o livro "Ainda Estou Aqui" - ⁠https://vejario.abril.com.br/coluna/fernanda-torres/ainda-estou-aqui/#google_vignette⁠- Filme "Uma noite de 12 anos", de Álvaro Brechner (fora do streaming)- Filme "A ópera do Malandro" (1985), de Ruy Guerra - ⁠https://www.youtube.com/watch?v=q-KT_pE2-rY ⁠- Filme "Desaparecido", de Costa Gavras (fora do streaming)- Documentário "Arqueologia no DOI-CODI: rompendo o silêncio", da TV Unicamp -⁠ https://youtu.be/It9SeMZXtQ

Sigilo Quebrado
Difícil resolução [S02E05] | Caso Gaia

Sigilo Quebrado

Play Episode Listen Later Jan 7, 2025 109:29


Passados 10 anos da morte da turista italiana Gaia Barbara Molinari, de 29 anos, em Jericoacoara, o que ainda é motivo de investigação, o que falta ser buscado, quais laudos ainda não foram divulgados? Você acredita que o culpado ainda será identificado? Essas são algumas das discussões do 5º e último episódio da 2ª temporada do podcast Sigilo Quebrado - Caso Gaia: 10 anos sem respostas. Depois de refazer os passos da italiana em Jericoacoara, mostrar os suspeitos do caso e o drama das duas pessoas presas, chegou a hora de revelar supostas falhas cometidas durante os 10 anos em que o assassinato foi investigado pela Polícia Civil do Ceará e pela Perícia Forense do Ceará (Pefoce). O isolamento no local do crime deixou a desejar? E a coleta de material genético? A cadeia de custódia foi seguida como preconizam os órgãos oficiais? Além das lacunas do inquérito, citamos possíveis suspeitos que a investigação, aparentemente, ainda não esgotou as possibilidades de diligências. Tudo isso você confere no episódio já disponível em todas as plataformas de áudio e no YouTube do Diário do Nordeste. Créditos Siga nosso podcast na plataforma de áudio da sua preferência ou no Youtube do Diário do Nordeste. Compartilhe com parentes e amigos. Deixe seu comentário e avalie nosso programa. Se você tiver qualquer sugestão, crítica, dúvida ou foi citado e quer direito de resposta, envie um e-mail para sigiloquebrado@svm.com.br. Produção, roteiro, gravação e edição: Emerson Rodrigues Músicas: YouTube Library Áudios e Pixabay Vídeos e áudios de arquivo: Centro de Documentação do SVM Distribuição e redes sociais: Clarice do Nascimento/Melissa Carvalho/ Yohana Capibaribe/ Levi de Freitas/ Lígia Costa/ Arthur Calado/ Paulo César Sena/Iury Figueiredo Supervisão do conteúdo, distribuição e redes sociais: Aline Conde/Geovana Rodrigues Coordenação de Núcleo: Alan Barros/Karine Zaranza/Nayana Siebra Gerente de jornalismo: Ívila Bessa Gerente de audiovisual: André Melo Diretor de jornalismo: Gustavo Bortolli

15 Minutos - Gazeta do Povo
Chuvas no RS: a tragédia que marcou 2024

15 Minutos - Gazeta do Povo

Play Episode Listen Later Jan 3, 2025 20:46


*) O ano de 2024 ficou marcado pela maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul.O número de mortes confirmadas chegou a 183. Mais de 600 mil tiveram que deixar suas casas. Quase 2,4 milhões de gaúchos afetados em 478, dos 497 municípios. E um rastro de destruição por todo o estado. Passados cerca de oito meses, a vida voltou ao normal? E o que as enchentes revelaram sobre o Rio Grande do Sul?Estes são alguns dos temas da conversa neste episódio do podcast 15 Minutos. O convidado é o jornalista gaúcho Guilherme Macalossi, que é colunista aqui da Gazeta do Povo.

Homilias - IVE
“A Família é o berçário da vida social”

Homilias - IVE

Play Episode Listen Later Dec 29, 2024 3:17


Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 2,41-52Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém,para a festa da Páscoa.Quando ele completou doze anos,subiram para a festa, como de costume.Passados os dias da Páscoa, começaram a viagemde volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém,sem que seus pais o notassem.Pensando que ele estivesse na caravana,caminharam um dia inteiro.Depois começaram a procurá-loentre os parentes e conhecidos.Não o tendo encontrado,voltaram para Jerusalém à sua procura.Três dias depois, o encontraram no Templo.Estava sentado no meio dos mestres,escutando e fazendo perguntas.Todos os que ouviam o menino estavam maravilhadoscom sua inteligência e suas respostas.Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admiradose sua mãe lhe disse:'Meu filho, por que agiste assim conosco?Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados,à tua procura.'Jesus respondeu:'Por que me procuráveis?Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?'Eles, porém, não compreenderamas palavras que lhes dissera.Jesus desceu então com seus pais para Nazaré,e era-lhes obediente.Sua mãe, porém,conservava no coração todas estas coisas.E Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça,diante de Deus e diante dos homens.Palavra da Salvação.

Os Escapistas
Os Escapistas – STARMAN #3: TEMPOS PASSADOS

Os Escapistas

Play Episode Listen Later Dec 16, 2024 122:31


No terceiro episódio da série do Starman¹, Luwig Sá, Reginaldo Yeoman, Maurício Dantas e Jamerson Tiossi discutem as edições 6, 11, 18, 28 de Starman, bem como o Anual de 1996, Showcase 1996 nº 4-5 e Arquivos Secretos & Origens nº 1. Nesse recorte, vamos ao encontro da 1ª leva de Tempos Passados, os registros contidos no Diário do Sombra;Read More ...

Mix Tudo
13.12.24 - O que você aprendeu com seus relacionamentos passados?

Mix Tudo

Play Episode Listen Later Dec 13, 2024 28:50


Convidado
Catedral de Notre-Dame de Paris vai receber 15 milhões de visitas anuais

Convidado

Play Episode Listen Later Dec 8, 2024 16:34


Os franceses e o mundo católico acompanharam este fim-de-semana a reabertura a catedral de Notre Dame de Paris, cinco anos após o incêndio que a destruiu quase totalmente. As celebrações da reabertura da catedral de Notre Dame de Paris prosseguiram este domingo, 8 de Dezembro, com duas missas. Pela primeira vez desde 2019, a Sé de Paris celebrou uma missa com público.O Presidente Macron esteve presente, reafirmando o compromisso pessoal com a restauração do edifício histórico. A cerimónia religiosa contou com mais de 170 bispos de todo o mundo, bem como representantes das paróquias da diocese de Paris.No sábado à noite, o arcebispo de Paris, Laurent Ulrich, abriu as portas da catedral para uma cerimónia em dois tempos: político e litúrgica. O arcebispo de Paris bateu três vezes com a sua cruz nas portas, abrindo-as novamente ao público.No seu discurso, dentro da catedral, devido ao mau tempo, o Presidente francês, Emmanuel Macron, expressou a "gratidão da nação francesa a todos os que salvaram, ajudaram e reconstruíram" a catedral de Paris.Foram ainda homenageados os bombeiros e artesãos que ajudaram a salvar a catedral gótica do século XII.O monumento histórico voltou a abrir perante caras bem conhecidas: o Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Joe Biden estive ausente, mas representado pela esposa, Jill Biden, o príncipe William, em nome do Reino Unido, bem como o empresário norte-americano Elon Musk. O Presidente guineense, Umaro Sisocco Embaló, o primeiro-ministro são-tomense e a secretária de Estado da Cultura portuguesa marcaram presença.Patrice Trovoada recordou o dia 15 de Abril de 2019 e descreveu um choque emocional. "Todas as televisões estavam viradas para o incêndio. O primeiro choque emocional fez-me pensar no 11 de Setembro, ao ver o edifício a ser consumido pelo incêndio e cair aos pedaços. Tendo vivido uma parte da minha juventude em Paris, é evidente que ficamos com uma grande tristeza, mas o facto de o governo francês, dos franceses terem, em cinco anos, recuperado o edifício mostrou uma forma de resiliência, de engajamento, de patriotismo, é positivo", descreveu.O chefe de governo são-tomense reconhece a reatividade da França e dos franceses para restaurar em cinco anos o monumento histórico. "Há muitas coisas positivas: a tecnologia, mas também a preservação de métodos antigos, criativos. Não só o património, mas as pessoas, os artesãos que conseguiram salvaguardar o monumento", acrescentou Patrice Trovoada, sublinhando a importância deste ter havido um dialogo inter-religioso."Estive ainda há uns meses com a Sua Santidade, o Papa Francisco, e estou convencido de que a Igreja Católica está aberta ao diálogo inter-religioso. O mundo precisa de tolerância e precisa de paz e é por isso que estamos todos aqui, católicos, muçulmanos, laicos e outras religiões", concluiu.Em Abril de 2019, na altura do incêndio, o arquitecto português Amadeu Magalhães, chefe de projeto no atelier parisiense PCA-STREAM, acreditava que era tempo de repensar a Catedral de Paris. Passados cincos anos, o debate em torno da estética inicial passou para segundo plano: "Aquando do incêndio, tenho memória de ter dito que seria provavelmente uma oportunidade para repensar a Notre-Dame. A estratégia que foi definida foi claramente outra; foi a de reconstruir. Mas também essa parte de reconstruir teve o seu interesse porque foi reconstruído, utilizando métodos diferentes, introduzindo elementos diferentes em relação ao que existia. Não podemos esquecer que estamos a trabalhar num edifício que é património mundial, que tem a sua autenticidade histórica. Houve bastantes pressões internacionais para se manter esta identidade da Catedral. Era uma estrutura que estava em perigo, o incêndio afectou muito a estabilidade do edifício, então foi necessário utilizar métodos que deixassem proteger de certa forma a estrutura existente e que permitissem receber, de novo, as estruturas dos elementos que tinham caído", descreve o arquitecto.O Papa Francisco enviou uma mensagem lida pelo arcebispo de Paris, Laurent Ultrich, durante a cerimónia oficial de reabertura da catedral. Na mensagem, o Papa pediu às autoridades francesas que acolham "generosa e gratuitamente" a "enorme multidão" de pessoas que vão querer visitar a reconstruída catedral de Notre-Dame, em Paris.A mensagem do Papa, que não esteve fisicamente na cerimónia, surge na altura em que o ministério francês da Cultura levantou um debate, propondo que seja cobrada a entrada aos visitantes de Notre-Dame.São esperados 15 milhões de visitas anuais, Notre-Dame de Paris vai voltar a ocupar o lugar como um dos marcos culturais e espirituais mais importantes do mundo. "Rever de novo a Notre-Dame é muito bom. Vamos perceber que não foi feita da mesma forma, mas se calhar até foi enriquecida com as técnicas como foi reconstruída. Vai voltar a trazer todas aquelas pessoas que se deslocavam, que ouviam falar de Notre-Dame, que vinham a Paris", acredita Amadeu Magalhães.A catedral gótica do século XII nasceu num tempo em que se construía uma nova relação entre o Homem e Deus. Assume-se, hoje, como um pilar de valores, sobretudo num mundo de fragilidades, defende a secretária de Estado da Cultura portuguesa, Maria de Lurdes Craveiro.A catedral de Notre Dame "congrega valores simbólicos importantíssimos. Não é por acaso que ela nasce num tempo em que se começa a construir outra relação do Homem com Deus. Não é muito em função de toda uma prática filosófica de matriz religiosa, e com São Tomás de Aquino, à mistura, que apela a outra participação do homem, como destinatário e construtor do seu destino. Os modelos artísticos que se propagam decorrem muito a partir, não exatamente em primeira mão da Catedral, mas a partir do trabalho laborioso do abade Suger, que, exactamente às portas de Paris, projecta este modelo de construção e de articulação entre o Homem e Deus. Portanto, é uma nova relação que se constrói e que se projecta, tanto que a partir daqui", explica-nos.Maria de Lurdes Craveiro lembra o carácter cíclico destas tragédias: "As igrejas, de maior ou menor dimensão, são organismos que têm a sua própria vida, organismos que se desgastam, organismos que são construídos a partir de materiais perecíveis e, portanto, estão, de alguma forma, também condenados a uma vida que tem princípio, meio e fim. Os incêndios fazem parte da trajectória normal das construções porque são construídas por vários materiais, obviamente, onde consta a madeira, que não deixa de ser um material frágil e portanto, a determinada altura, ocorrem estas situações. Nestas ocorrências, na medida do possível, tentamos essa recuperação, como se verificou neste caso concreto aqui em Notre-Dame".A estrutura de madeira destruída depois do incêndio foi reconstruída a 32 metros de altura, utilizando ferramentas do século XIII. Foram precisas 20.000 horas de estudo para conceber esta nova estrutura, 100.000 horas de trabalho nos ateliers e 40.000 horas de montagem. A limpeza minuciosa dos vitrais, uma tarefa considerada impossível dentro dos prazos temporais, foi bem sucedida e resultou numa catedral que nunca esteve tão iluminada. O custo da restauração ultrapassou os 700 milhões de euros, financiados por 340.000 doadores.

Programa Bem Viver
Das pessoas negras é cobrado que acertem sempre, diz Ana Maria Gonçalves, autora de ‘Um Defeito de Cor’

Programa Bem Viver

Play Episode Listen Later Nov 28, 2024 60:36


Passados quase 10 meses do carnaval, Ana Maria Gonçalves admite ainda estar em “processo de compreensão da grandiosidade que foi estar na Sapucaí”. A escritora premiada se refere ao livro dela, Um Defeito de Cor, que foi homenageado como tema do desfile da escola Portela neste ano. O romance lançado em 2006 soma mais de […] O post Das pessoas negras é cobrado que acertem sempre, diz Ana Maria Gonçalves, autora de ‘Um Defeito de Cor’ apareceu primeiro em Rádio Brasil de Fato.

Perdidos na Estante
PnE 317 - Like a Dragon: Yakuza

Perdidos na Estante

Play Episode Listen Later Nov 21, 2024 50:54


A série Like a Dragon: Yakuza, disponível na Amazon Prime Video é uma adaptação da série de jogos Yakuza, da Sega. Na série, quatro amigos órfãos cometem um grande erro em suas vidas e acabam tendo que trabalhar pra Yakuza. Passados muitos anos, acompanhamos o desfecho da história desses quatro personagens e descobrimos segredos sobre a máfia. Neste episódio, Basso e Guaxa analisam a série Like a Dragon: Yakuza, na esperança de que ela não seja renovada, já que ela é claramente uma bomba. Mas como aqui no Perdidos na Estante falamos sobre o que gostamos, eles também falam dos jogos. Bom episódio!Apresentação: Senhor Basso e GuaxaPauta: Senhor Basso Produção: Domenica MendesAssistente: Leonardo TremeschinEdição: Ace Barros

Esportes
Rio de Janeiro recebe o primeiro Museu Olímpico da América do Sul: acervo expõe legado para a cidade

Esportes

Play Episode Listen Later Nov 17, 2024 13:52


Passados oito anos dos Jogos Olímpicos Rio 2016, o maior evento esportivo do mundo continua rendendo frutos aos cariocas. A cidade se prepara para receber o Museu Olímpico, tornando-se a primeira da América do Sul a fazer parte da rede Olympic Museums Network (Rede de Museus Olímpicos) do COI (Comitê Olímpico Internacional). A novidade foi celebrada nessa semana no Congresso Anual das Cidades Olímpicas, em Lausanne, na Suíça.   Maria Paula Carvalho, da RFI em ParisO novo museu Olímpico vai ocupar o andar superior do Velódromo, no Parque Olímpico, um complexo esportivo e de lazer construído para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Verão de 2016, na zona oeste do Rio de Janeiro. Os preparativos estão na reta final e a expectativa é de abertura no primeiro trimestre de 2025.Em exposição, haverá muito mais do que medalhas e outras lembranças das competições, já que o acervo é um testemunho das transformações ocorridas na cidade por conta das competições. "Essa história de transformação, de superação de uma cidade do Sul global para entregar os Jogos Olímpicos, os primeiros Jogos Olímpicos e Paralímpicos da América do Sul, é uma história que merece ser lembrada e celebrada", afirma Rafael Lisbôa, consultor de comunicação da prefeitura do Rio de Janeiro para grandes eventos."É muito importante fazer parte dessa rede dos museus olímpicos porque a gente se conecta com outras cidades que, como o Rio, seguem inspirando por conta da realização dos Jogos Olímpicos. A gente aprende com outras cidades e troca experiências e conhecimentos", completa.O Museu Olímpico terá um acervo com relíquias dos atletas e das competições, os melhores momentos, os medalhistas, mas também registros da cidade do Rio, outra protagonista desses Jogos Olímpicos. "Tal como um atleta, a cidade também superou seus obstáculos, venceu desafios, se preparou para poder receber o mundo e para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. Então, o Museu Olímpico do Rio é sobre esportes, é sobre atletas, é sobre superação, mas principalmente sobre legado", define.   Outros Museus Olímpicos que fazem parte deste seleto grupo estão em Montreal, no Canadá; Pequim, na China; Atenas, na Grécia; Tel Aviv, em Israel, e Barcelona, na Espanha, entre outras cidades.O projeto permite programas educacionais e de desenvolvimento de negócios em torno do esporte, além de atrair o público e visitantes virtuais, para aumentar a promoção dos valores do olimpismo, explica Tânia Braga, head de impacto e legado dos Jogos Olímpicos junto ao COI."O Museu Olímpico está dentro desse contexto do Parque Olímpico do Rio, com todas as novidades que vieram nesse último ano, com a Escola Isabel Salgado, o Parque Rita Lee, a reabilitação e abertura do parque para a população. Então, é uma revitalização dessa área, completando os planos de legado que tinham sido feitos antes dos Jogos, mas cuja implementação foi interrompida por alguns anos", diz.  A representante do COI observa que o legado físico de utilização das instalações esportivas demorou, mas foi completado recentemente. "Eu acho que é uma história que mostra a importância não só do planejamento, mas da importância de você criar alguns mecanismos de resiliência em relação à mudança política. Com a mudança de liderança política em nível municipal no Rio, a execução do plano de legado não era uma prioridade. Depois, voltou a ser. Então, demorou mais do que o esperado para executar", lamenta.  Por outro lado, o COI elogia o exemplo carioca do ponto de vista do legado humano e educacional. "O programa de educação lançado com os Jogos continua nesses oito anos e com bastante sucesso, através de dois programas: um realizado pelo Comitê Olímpico Brasileiro e o outro por uma fundação privada", diz. "A gente também tem uma visão do legado em termos de sustentabilidade em eventos que ficou", completa.  Receber 15 mil atletas de mais de 200 nacionalidades, 30 mil jornalistas e 1,5 milhão de visitantes, em 2016, representou para o Rio de Janeiro uma oportunidade para tirar do papel projetos de infraestrutura e mobilidade. A prefeitura afirma que o legado para a cidade foi entregue antes dos Jogos, com destaque para a revitalização da Zona Portuária, a construção de 150 quilômetros de linhas de ônibus articulados BRTs, além de corredores como a Transoeste, a Transcarioca, a Transolímpica e a Transbrasil.Outros projetos entregues são o Parque Madureira, o Centro de Operações para segurança, os reservatórios de água para conter alagamentos na região da Grande Tijuca, a duplicação do Elevado do Joá, a linha 4 do metrô, o VLT (veículo leve sobre trilhos), o saneamento da Zona Oeste da cidade, o fechamento do Aterro sanitário de Gramacho e a abertura do Centro de Tratamento de Resíduos de Seropédica."Tudo isso eram compromissos olímpicos entregues antes dos Jogos. O que ficou faltando era o plano de legado das arenas esportivas", explica Lisbôa. "Esse plano estava pronto. Só que passado o ano de 2016, uma nova administração municipal assumiu e não levou adiante o plano de legado. Ao ser reeleito em 2020, o prefeito Eduardo Paes colocou como prioridade implementar o plano de legado para as arenas esportivas", continua. "Então, a gente tem muito orgulho de ser a primeira cidade olímpica a ter transformado arenas olímpicas, estádios esportivos, em escolas", comemora.  Legado pós-olímpicoA Arena 3, que recebeu as competições de taekwondo e esgrima, tornou-se um colégio da rede municipal para mais de mil alunos, batizado com o nome da jogadora de vôlei Isabel Salgado.  A Arena do Futuro, sede das partidas de handebol, foi desmontada e o material usado na construção de quatro Ginásios Educacionais Tecnológicos (GETs) em Rio das Pedras, Bangu, Campo Grande e Santa Cruz, beneficiando 1.700 estudantes.  Parte da estrutura do IBC – o centro de mídia dos Jogos – foi utilizada para erguer o Terminal Gentileza (TIG), que conecta linhas de ônibus, VLT e BRT.  A Via Olímpica, o boulevard que conectava todas as arenas no Parque Olímpico, virou o colorido Parque Rita Lee, uma área de lazer com 136 mil m². A Arena 2, palco das provas de judô e de luta livre, vai virar um novo campus do Instituto Federal do Rio de Janeiro. E a piscina olímpica do antigo Centro Aquático, que testemunhou a despedida do nadador americano Michael Phelps, está sendo instalada no Parque Oeste – uma herança que a prefeitura do Rio apresentou na capital olímpica e sede do COI, na Suíça.  Inspiração para Paris 2024"É muito interessante ver como o legado até hoje segue inspirando cidades", destaca Rafael Lisbôa, cintando alguns dos participantes do encontro ocorrido na Europa, na última terça-feira (12). "Lá estavam representantes de Sarajevo, que recebeu os Jogos Olímpicos de Inverno há 40 anos, de Saint-Louis, nos Estados Unidos, que recebeu a terceira edição dos Jogos Olímpicos de 1904, e tinha, obviamente, Paris, a última sede olímpica", relata. "Foi muito bacana ver todo o planejamento de Paris para o pós-Jogos. Paris fez transformações incríveis na cidade e agora eles têm justamente a preocupação em ampliar esse legado e mantê-lo vivo", completa."A prefeita Anne Hidalgo e o prefeito Eduardo Paes são muito próximos. Eles trocaram muitas ideias e experiências por conta das Olimpíadas e a prefeita Hidalgo, em várias oportunidades, destacou como a experiência olímpica do Rio era uma inspiração", diz. "Ela falou que aprendeu com o prefeito Eduardo Paes pelo menos duas lições: a primeira, tentar antecipar ao máximo tudo. E a segunda, apostar nas estruturas permanentes já existentes e o que for fazer de estrutura temporária, pensar como podem ser reaproveitadas para novos equipamentos públicos. Então, essa lição de não deixar elefante branco é algo que Paris se inspirou no Rio", afirma Rafael Lisbôa em entrevista à RFI. Estudo recente da Fundação Getúlio Vargas sobre o legado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 calculou um impacto de R$ 100 bilhões na economia da cidade, com geração de meio milhão de empregos.Quem paga a conta?Tânia Braga, head de impacto e legado dos Jogos Olímpicos junto ao COI, admite que existam críticas em termos de custos dos Jogos Olímpicos, segundo ela, motivadas "às vezes por uma falta de conhecimento de onde vêm os recursos". Conforme destaca, "os Jogos são realizados majoritariamente com recurso privado, não público, mas, infelizmente, a percepção ainda é, em muitos locais, de que os Jogos são feitos com recursos públicos, mesmo que isso tenha sido demonstrado com dados", observa. Ela destaca um levantamento feito há dois anos pelo COI, sobre a utilização de todas as instalações olímpicas, desde os primeiros Jogos Modernos de Atenas, em 1896 até os Jogos de inverno de PyeongChang, na Coreia do Sul, em 2018. "A gente descobriu que 83% de todas as instalações ainda são utilizadas, sendo que a percepção às vezes é um pouco diferente disso."  No Rio de Janeiro, estudo da Fundação Getúlio Vargas apontou que a maior parte dos custos dos Jogos Rio 2016 foram de investimentos privados."A prefeitura procurou soluções de engenharia financeira criativas por meio de PPPs (Parcerias Público Privadas) e concessões", explica Rafael Lisbôa, consultor de comunicação da prefeitura do Rio de Janeiro. "O Parque Olímpico não teve dinheiro público, foi dinheiro privado. A Vila dos Atletas também. No campo de golfe foi dinheiro privado, então, 60% do orçamento olímpico, quem arcou foi a iniciativa privada, por meio de parcerias, de concessões, de PPPs", diz. "Os recursos públicos se deram principalmente para as obras de legado e não eram obras para as Olimpíadas, mas para a população e para a cidade", completa."Em relação a todos os compromissos olímpicos da cidade do Rio, foi entregue além. A gente tinha se comprometido no dossiê de candidatura com 17 projetos de legado e entregou 27", finaliza.

Direto ao Ponto
Patinetes elétricos e segurança no trânsito de Porto Alegre

Direto ao Ponto

Play Episode Listen Later Nov 15, 2024 22:36


Há cinco anos, Porto Alegre já havia tentado implementar patinetes elétricos compartilháveis. As operações não duraram muito e os serviços foram suspensos. Mas em 2023, duas empresas passaram a oferecer novamente esse tipo de transporte na Capital. Passados os 12 meses dessa nova tentativa, a cidade registrou a primeira vítima fatal em um acidente envolvendo um patinete e uma moto.A fatalidade trouxe novas camadas para uma discussão que já vinha acontecendo na cidade sobre a segurança (ou a falta dela) no trânsito, envolvendo esses veículos. Para compreender os desafios e possíveis soluções para essa alternativa de transporte compartilhável, o Direto ao Ponto conversou com o professor Júlio Celso Borello, que é doutor em Engenharia de Transportes e Professor de Planejamento Urbano e Mobilidade Urbana na Ufrgs.

Histórias para ouvir lavando louça
Fui o único sobrevivente de um acidente de avião

Histórias para ouvir lavando louça

Play Episode Listen Later Nov 7, 2024 8:11


Ricardo foi o único sobrevivente de um acidente de avião ocorrido há 50 anos, o famoso Voo Varig 820. Depois de muito tempo esperando realizar o sonho de viajar a Londres para assistir o show de sua banda preferida, ele finalmente conseguiu sua passagem, com escala em Paris. Quando foi escolher seu assento, ele pediu para ficar na última fileira do avião, acreditando que era a parte mais segura em caso de acidentes. Ele se acomodou na janela da fileira 27, pronto para realizar seu sonho. Mal sabia ele que esse voo mudaria sua vida para sempre. 5 minutos antes do pouso em Paris, uma fumaça começou a aparecer na parte traseira da aeronave. No início, ninguém deu muita atenção. Mesmo assim, por um instinto inexplicável, Ricardo decidiu se levantar e caminhar em direção à frente do avião. Ele passou por um comissário que o repreendeu, mas seguiu em frente, ignorando o aviso. Em poucos minutos, a fumaça tóxica tomou conta de toda a aeronave. As pessoas foram sufocadas em seus assentos, sem chance de reagir. Quando o avião fez uma aterrissagem de emergência numa plantação de cebola, a fuselagem se desprendeu e caiu sobre os passageiros. Uma placa enorme atingiu suas costas, queimando-o gravemente, mas, milagrosamente, ele sobreviveu. Resgatado pelos bombeiros, Ricardo foi levado ao hospital em estado crítico. As queimaduras profundas de terceiro grau o deixaram irreconhecível. Ele passou por um período de coma e, quando acordou, descobriu que havia sido confundido com um comissário falecido, Sérgio Balbino. Durante os dias em que esteve inconsciente, sua família chegou a preparar seu funeral. Mas sua mãe nunca desistiu. Ela acreditava que seu filho estava vivo. A recuperação foi longa e dolorosa. Ele ficou três meses internado, dois deles no CTI, com dificuldades respiratórias e queimaduras que marcaram seu corpo para sempre. Mas, aos poucos, foi reconstruindo sua vida. Sua mãe, sempre ao seu lado, até preparava suas refeições no hospital. A fé dela em sua sobrevivência inspirava a equipe médica. Ricardo começou a receber cartas de apoio de pessoas que ele nunca conheceu, de todas as partes do mundo. Essas mensagens o fizeram refletir sobre a bondade das pessoas e sobre como, mesmo em meio ao caos, a humanidade ainda tinha esperanças. Ele percebeu que havia algo mais naquela tragédia, algo que o mantinha vivo. Um ano depois do acidente, ao conversar com um amigo, ele ouviu algo que mudou sua perspectiva: "Ricardo, não era a morte te abraçando, era a vida te protegendo." Ainda assim, algo o incomodava. Ele sentia que a viagem para Londres, interrompida tão bruscamente, precisava ser concluída. Então, um ano após o acidente, ele voltou à mesma agência da Varig e pediu uma passagem para Londres, com escala em Paris. O atendente ficou chocado quando descobriu quem era o cliente, mas atendeu seu pedido. E, assim, Ricardo retomou o destino que acreditava ter sido interrompido. Passados quase 50 anos do acidente, Ricardo recebe uma ligação de um homem também chamado Ricardo, que lhe contou uma história intrigante. Duas pessoas que estavam prestes a embarcar no mesmo voo que Trajano, há 50 anos, acabaram não viajando. Essas pessoas eram a mãe e a tia do homem, e a mãe estava grávida dele na época. As duas poltronas vazias ao lado de Ricardo eram delas. Ele se deu conta de que, se essas mulheres estivessem ao seu lado, ele provavelmente não teria se levantado por medo de incomodá-las. Se tivesse ficado na poltrona por mais alguns segundos, talvez ele não estivesse vivo para contar sua história. E nem o Ricardo que lhe fez a ligação. Essa sequência de eventos levou Ricardo a questionar se tudo o que aconteceu foi uma coincidência, um acaso ou algo maior. Ele deixou essa pergunta aberta, sem resposta definitiva, mas com uma certeza: sua vida foi marcada para sempre por aquele dia, e ele continua refletindo sobre o significado de estar vivo.

Carta Podcast
Apagão Da Enel Desgasta Nunes Em São Paulo E O 'Partido Militar' Cresce Nas Eleições | Fechamento Carta

Carta Podcast

Play Episode Listen Later Oct 18, 2024 63:44


Neste episódio, André Barrocal, Mariana Serafini e Rodrigo Martins comentam os desdobramentos do apagão da Enel nas eleições paulistanas. Parceiro do governador Tarcísio de Freitas na privatização da Sabesp, o prefeito Ricardo Nunes tem sido cobrado pela falta de poda preventiva das árvores, que não resistiram ao vendaval da sexta-feira 11 e provocaram danos à rede elétrica, deixando 3,1 milhões de domicílios sem luz. Passados seis dias, 36 mil imóveis continuavam às escuras na manhã da quinta-feira 17. E Nunes usou uma reunião com a direção da Enel para faltar a uma debate contra o adversário Guilherme Boulos, do PSOL. O programa apresenta ainda os principais destaques da edição semanal de CartaCapital. Um estudo mapeia a influência de católicos reacionários e empresários ultraliberais na ascensão da extrema-direita mundial. E mais: o ‘Partido Militar' amplia sua participação na política: ao todo, 856 policiais e agentes das Forças Armadas foram eleitos no primeiro turno das eleições municipais, entre eles 759 vereadores, 52 prefeitos e 45 vices. O Fechamento é transmitido ao vivo, no canal de CartaCapital no YouTube, a partir das 17h. Na tevê aberta, a TVT exibe uma reprise às 22h30. Acompanhe e participe do debate pelo nosso chat.

KrishnaFM
As almas eternas [nós] entram em diferentes formas de vida de acordo com seus feitos passados e o Deus Supremo Krishna não interfere nessas decisões kfm9121

KrishnaFM

Play Episode Listen Later Oct 18, 2024 71:42


Perdidos na Estante
PnE 310 - Agatha Desde Sempre - Primeiras Impressões

Perdidos na Estante

Play Episode Listen Later Oct 2, 2024 57:39


Agatha Desde Sempre é a nova série da Marvel, com episódios semanais que saem às quartas-feira na Disney Plus. Na série, acompanhamos a jornada de Agatha Harkness em busca de recuperar seus poderes retirados por Wanda, no final da série Wandavision. Passados três anos, finalmente Agatha se lembra de quem é e parte junto com seu coven pelo Caminho das Bruxas. Quem chega ao final, segundo a lenda, conseguirá tudo aquilo que mais quiser. Para falar das primeiras impressões da série (3 primeiros episódios) e traçar teorias em busca dos grandes mistérios, Domenica conversa com Basso sobre essa série. Bom episódio!Apresentação: Domenica Mendes e Senhor BassoPauta: Domenica Mendes e Senhor BassoProdução: Domenica MendesAssistente: Leonardo TremeschinEdição: Leonardo Tremeschin

Rumo a Laftel
Rumo Drops #7 - Elbaf, Nami, Ussop e passados revelados?

Rumo a Laftel

Play Episode Listen Later Sep 25, 2024 46:26


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Embolada
Embolada #311 - O que o Sport precisa para retomar a confiança na Série B?

Embolada

Play Episode Listen Later Aug 23, 2024 66:47


O Sport trocou de técnico na Série B, mas a chegada de Guto Ferreira não trouxe a evolução necessária. Passados apenas quatro jogos, o treinador já sente críticas da torcida e deixa no ar questionamentos se o trabalho fará o Leão conquistar o acesso ao fim da temporada. O momento preocupante do clube, as decisões da diretorias e de Guto, além do desempenho dos jogadores são tema de debate do Embolada com Cabral Neto e Daniel Leal.

Podcast Cinem(ação)
#566: Diário de uma Paixão

Podcast Cinem(ação)

Play Episode Listen Later Aug 16, 2024 87:01


Há 20 anos, mais precisamente em agosto de 2004, chegou aos cinemas um filme que tinha dois atores em início de carreira: Ryan Gosling e Rachel McAdams. O filme vendeu quase 80 milhões de ingressos em um mês e se tornou o queridinho do público. Passados 20 anos, Diário de uma Paixão é considerado por muitos um dos romances mais icônicos do cinema contemporâneo.Sob a tutela de Nicholas Sparks, um dos "magos do romance", Diário de uma Paixão arrebatou o coração dos fãs sobretudo por uma história bem amarrada, que oferecia uma dose de surpresa e uma química entre seus protagonistas que deixa o espectador vidrado na história.Hoje, aqui no Cinem(ação),  Rafael Arinelli recebe Laysa Zanetti (Entre Telas) e Cecília Barroso (Cenas de Cinema) para debater por que este jovem clássico é tão cativante entre seus fãs. Também discutem aspectos do filme que se alinham, melhoram ou pioram a história em relação ao livro. E claro, vão falar de atuação, direção e muito romance!Ah! Vale ressaltar que este episódio foi gravado na terça-feira, 13 de agosto de 2024. No dia 15 de agosto de 2024, a atriz Gena Rowlands faleceu. Gena foi uma das mais talentosas atrizes de sua geração, com mais de 50 anos de carreira, e marcou uma geração com sua atuação fabulosa em Uma Mulher Sob Influência, de 1974. Em Diário de uma Paixão, Gena, que era mãe do diretor Nick Cassavetes, empresta um pouco do seu talento para Allie e, com pouco tempo de tela, encanta com uma personagem contida, distante e confusa. Além de homenagear o filme que completa 20 anos, deixamos aqui nossa homenagem a Gena Rowlands.É isso. Pegue o seu fone, vá para a chuva e pule no colo de alguém para ouvir esse episódio! É só dar o PLAY!• 03m00: Pauta Principal• 1h10m15: Plano Detalhe• 1h19m15: EncerramentoOuça nosso Podcast também no:• Feed: https://bit.ly/cinemacaofeed• Apple Podcast: https://bit.ly/itunes-cinemacao• Android: https://bit.ly/android-cinemacao• Deezer: https://bit.ly/deezer-cinemacao• Spotify: https://bit.ly/spotify-cinemacao• Amazon Music: https://bit.ly/amazoncinemacaoAgradecimentos aos patrões e padrinhos: • André Marinho• Bruna Mercer• Charles Calisto Souza• Daniel Barbosa da Silva Feijó• Diego Lima• Eloi Xavier• Gabriela Pastori• Guilherme S. Arinelli• Gustavo Reinecken• Katia Barga• Thiago Coquelet• William SaitoFale Conosco:• Email: contato@cinemacao.com• Facebook: https://bit.ly/facebookcinemacao• Twitter: https://bit.ly/twittercinemacao• Instagram: https://bit.ly/instagramcinemacao• Tiktok: https://bit.ly/tiktokcinemacaoApoie o Cinem(ação)!Apoie o Cinem(ação) e faça parte de um seleto clube de ouvintes privilegiados, desfrutando de inúmeros benefícios! Com uma assinatura a partir de apenas R$5,00, você terá acesso a vantagens incríveis. E o melhor de tudo: após 1 ano de contribuição, recebe um presente exclusivo como agradecimento! Não perca mais tempo, acesse agora a página de Contribuição, escolha o plano que mais se adequa ao seu estilo e torne-se um apoiador especial do nosso canal! Junte-se a nós para uma experiência cinematográfica única!Plano Detalhe:• (Cecília): Curta: Sideral• (Cecília): Curta: Inabitável• (Cecília): Curta: A morte branca do feiticeiro negro• (Laysa): Livro: Trilogia Comando Sul• (Rafa): Série: Shrinking (Falando a Real)Edição: ISSOaí

Rádio Gaúcha
RS ainda tem 18,4 mil animais em abrigos, South Summit é confirmado para 2025 Cais e mais

Rádio Gaúcha

Play Episode Listen Later Jul 11, 2024 3:14


A montadora americana General Motors detalhou, nesta quinta-feira, o investimento de 1,2 bilhão de reais na fábrica de Gravataí. Será a mantida a realização do South Summit Brazil de 2025 em Porto Alegre. Representantes da Unesco estarão nesta sexta-feira em Porto Alegre para acompanhar o trabalho de recuperação de cerca de um milhão de processos judiciais atingidos pela enchente. Passados mais de dois meses do período de resgate emergencial em meio à enchente, o Rio Grande do Sul segue com 18,4 mil animais em 363 abrigos segundo dados desta quarta-feira. A Justiça do Rio Grande do Sul recebeu as denúncias do Ministério Público e tornou réu o pai de santo Cleber Otavio Silva da Silva, de 45 anos, pelo estupro de cinco crianças e adolescentes em Viamão.

radinho de pilha
os sonhos turísticos do ChatGPT, cem milhões de borboletas! a maldição dos passados imaginários

radinho de pilha

Play Episode Listen Later Jul 8, 2024 33:39


Legado de Alexandre, o Grande vira campo minado na diplomacia internacional http://estadao.com.br/internacional/legado-de-alexandre-o-grande-vira-campo-minado-na-diplomacia-internacional Why I'm embarrassed to be German https://youtu.be/W1ZZ-Yni8Fg?si=URywsPErwVidT5l_ A Breathtaking Swarm of 100 Million Butterflies | Earth's Great Seasons | BBC Earth https://youtu.be/fJ6emHEBAeo?si=rGuVUMSaAgyAg5d8 (via chatGPT) Monarch Butterfly Migration Overview https://chatgpt.com/share/3377ddbc-5302-450d-8290-50bf57cabe15 Why Europe and America's dying forests could be good news https://youtu.be/c9UprJXSVSg?si=6KgTrM1asnvCMgPJ (via ChatGPT) Humanoid ... Read more The post os sonhos turísticos do ChatGPT, cem milhões de borboletas! a maldição dos passados imaginários appeared first on radinho de pilha.

GP3S - Divórcio Consciente
#153 [throwback] Richard Zimler: viver uma vida genuína

GP3S - Divórcio Consciente

Play Episode Listen Later Jun 25, 2024 40:05


Este episódio foi gravado em Setembro de 2021. Passados quase 3 anos, continua a ser uma das conversas mais surpreendentes, bonitas e imersivas que tive aqui no Podcast. Hoje apeteceu-me revisitá-la e partilhar novamente convosco. Alterei o título, porque também a ouvi de outra forma. Se já a ouviste, ouve novamente; vale muito a pena.   Tanto a carreira como a história de vida do Richard Zimler são, para mim, exemplos da coragem de viver em liberdade as nossas escolhas. Conversámos sobre Divórcio, porque é que este é um tema que é lhe querido, embora nunca o tenha vivenciado, sobre a sua Infância e mudança de país, crenças conservadoras e estereótipos, parentalidade, liberdade e autenticidade... «Os Insubmissos», o seu romance lançado na altura, foi o mote para o "arranque" desta conversa.   Ouve, partilha e contribui para uma cultura de relações saudáveis, responsáveis e autênticas.    O Richard Zimler veio dos Estados Unidos para Portugal, em 1990. Começando por ser professor de jornalismo, foi-se afirmando como escritor. Dezasseis anos depois, passou a dedicar-se exclusivamente à escrita. O Richard já publicou 12 romances, uma coletânea de contos e cinco livros infantis. Vários dos seus livros fazem parte do plano nacional de leitura e ganhou diversos prémios literários. A sua obra encontra-se traduzida para 23 línguas. Podes conhecer melhor o trabalho do Richard no seu website ⁠⁠www.zimler.com⁠⁠ e segui-lo nas redes sociais @rczimler. Os seus livros estão disponíveis nas livrarias físicas e online, nomeadamente na Fnac, Wook e Bertrand.   O episódio está disponível no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts... e nas plataformas habituais de distribuição de Podcasts. Também podes ver o vídeo do episódio no Spotify ou no nosso canal do ⁠Youtube⁠.   Para saberes mais sobre nós: * na página ⁠https://www.gp3sdivorcioconsciente.com/⁠  * nas redes sociais @gp3s.divorcioconsciente; e * no Youtube ⁠https://www.youtube.com/@gp3s.divorcioconsciente382⁠   Para adquirir o nosso livro vai ao nosso site ⁠https://www.gp3sdivorcioconsciente.com/livro⁠ directamente à ⁠editora⁠ ou a qualquer outra livraria física ou online

Resumão Diário
Fugitivos recapturados voltam à prisão de Mossoró em celas separadas e monitoradas; Contas do governo causa mudança no pagamento de dividendos da Petrobras

Resumão Diário

Play Episode Listen Later Apr 5, 2024 3:51


Fugitivos recapturados no Pará retornam à Penitenciária de Mossoró para ficar em celas separadas e monitoradas; Governo decide que a Petrobras deve pagar dividendos extraordinários aos acionistas após reunião com o presidente Lula e ministros; Hoje acontece o 2º dia do júri do assassinato do menino Miguel, de 7 anos, morto pela mãe e pela madrasta; Passados 6 meses, polícia do Rio conclui que 5 criminosos que atacaram médicos em quiosque da Barra da Tijuca foram mortos.

Canaltech Podcast
IA vai substituir criativos nas agências de publicidade?

Canaltech Podcast

Play Episode Listen Later Feb 27, 2024 18:45


Desde a popularização das inteligências artificiais generativas, profissionais de marketing e propaganda começaram a se perguntar se essa tecnologia poderia substituir os criativos nas agências de publicidade. Passados alguns meses, os avanços desses sistemas têm colocado em cheque o verdadeiro papel desses profissionais nesse setor que sempre teve como diferencial a capacidade humana de inovar. Para falar mais sobre esse assunto eu recebo hoje aqui no Podcast Canaltech o Ricardo Tarza, diretor de inovação e criatividade da DreamOne. Este é o Podcast Canaltech, publicado de terça a sábado, às 7h da manhã no nosso site e nos agregadores de podcast. Conheça o Porta 101. Entre nas redes sociais do Canaltech buscando por @Canaltech nelas todas. Entre em contato pelo nosso e-mail: podcast@canaltech.com.br Entre no Canaltech Ofertas. Este episódio foi roteirizado e apresentado por Gustavo Minari. O programa também contou com reportagens de André Lourenti Magalhães, Paulo Amaral, Ricardo Syozi, Nathan Vieira e Victor Carvalho. Edição por Vicenzo Varin. A revisão de áudio é do Wallace Moté. A trilha sonora é uma criação de Guilherme Zomer e a capa deste programa é feita por Erick Teixeira.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Embolada
Embolada #275 - Quais os acertos e erros do início de Mariano Soso no Sport?

Embolada

Play Episode Listen Later Feb 16, 2024 47:43


Passados 50 dias de trabalhos oficiais de Mariano Soso como técnico do Sport, o Leão apresenta um aproveitamento superior a 70% em dez jogos disputados. Mas além dos números, o que há de positivo a ser destacado. E o que pode melhorar? Sobre o futuro, como Lucas Lima e Titi Ortiz, que ainda não estreou, podem contribuir? Os aspectos táticos e técnicos do Leão são debatidos neste episódio, que conta com Cabral Neto, Alexandre Barbosa e Daniel Leal.

Fronteiras no Tempo
Fronteiras no Tempo: Giro Histórico #10 Manoel Congo, Mariana Crioula e os Passados Presentes

Fronteiras no Tempo

Play Episode Listen Later Feb 6, 2024 15:21


O Fronteiras no Tempo: Giro Histórico, o seu museu de grandes novidades conta em seu 9 episódio com a participação dos historiadores Anderson Couto e C. A. O primeiro falará sobre uma revolta de escravizados pouco conhecida em nossa história que ocorreu no período regencial, em 1838, liderada por Manoel Congo e Mariana Crioula que foram eleitos por seus pares como o Rei e a Rainha do quilombo. Na sequência o C. A. apresenta e recomenda as produções audiovisuais desenvolvidas pelo projeto Passados Presentes desenvolvido pelo Laboratório de História Oral e Imagem (LABHOI) da Universidade Federal Fluminense. Estas produções representam um importante material para a recuperação das memórias e das histórias das populações negras fluminense e, especialmente, para a promoção de uma educação antirracista.   Arte da Capa   Arte da Capa: Beatriz Molina MENCIONADO NO EPISÓDIO Links Coletânea UFF LABHOI Passados Presentes Referências Grinberg, K., Abreu, M., & Mattos, H. (2019). História pública, ensino de história e educação antirracista. Revista História Hoje, v.8, n.15, p.17-38. Disponível em: https://doi.org/10.20949/rhhj.v8i15.523 Financiamento Coletivo   Ajude nosso projeto! Você pode nos apoiar de diversas formas: PADRIM  – só clicar e se cadastrar (bem rápido e prático) https://www.padrim.com.br/fronteirasnotempo PIX: [chave] fronteirasnotempo@gmail.com INSCREVA-SE PARA PARTICIPAR DO HISTORICIDADE   O Historicidade é o programa de entrevistas do Fronteiras no Tempo: um podcast de história. O objetivo principal é realizar divulgação científica na área de ciências humanas, sociais e de estudos interdisciplinares com qualidade. Será um prazer poder compartilhar o seu trabalho com nosso público. Preencha o formulário se tem interesse em participar. Link para inscrição: https://forms.gle/4KMQXTmVLFiTp4iC8 Selo saberes históricos   Agora o Fronteiras no Tempo tem o selo saberes históricos. O que é este selo? “O Selo Saberes Históricos é um sinal de reconhecimento atribuído a:● Práticas de divulgação de saberes ou produções de conteúdo histórico ou historiográfico● Realizadas em redes sociais ou mídias digitais, voltadas para públicos mais amplos e diversificados● Comprometidas com valores científicos e éticos.”Saiba mais: https://www.forumsabereshistoricos.com/ Redes Sociais Twitter, Facebook, Youtube, Instagram Contato fronteirasnotempo@gmail.com Como citar esse episódio Fronteiras no Tempo: Giro Histórico #9 NUTS! Segunda Guerra Mundial e crimes verdadeiros no Brasil. Locução Cesar Agenor F. da Silva e Anderson Couto. [S.l.] Portal Deviante, 06/02/2024. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/?p=61471&preview=true Expediente Produção Geral e Host: C. A. Arte do Episódio: Beatriz Molina. Edição: C. A. Trilha sonora utilizada Birds – Corbyn Kites Wolf Moon – Unicorn Heads Dance, Don't Delay de Twin Musicom é licenciada de acordo com a licença Atribuição 4.0 da Creative Commons. https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ Fonte: http://www.twinmusicom.org/song/303/dance-dont-delay Artista: http://www.twinmusicom.org Madrinhas e Padrinhos  Alexsandro de Souza Junior, Aline Lima, Allen Teixeira Sousa, Anderson Paz, André Luiz Santos, Andre Trapani Costa Possignolo, Artur Henrique de Andrade Cornejo, David Viegas Casarin, Elisnei Menezes de Oliveira, Ettore Riter, Flavio Henrique Dias Saldanha, Klaus Henrique De Oliveira, Luciano Abdanur, Manuel Macias, Rafael Machado Saldanha, Ramon Silva Santos, Renata Sanches, Ricardo Augusto Da Silva Orosco, Rodrigo Olaio Pereira, Thomas Beltrame, Tiago Nogueira e Wagner de Andrade AlvesSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Podcast – Fronteiras no Tempo
Fronteiras no Tempo: Giro Histórico #10 Manoel Congo, Mariana Crioula e os Passados Presentes

Podcast – Fronteiras no Tempo

Play Episode Listen Later Feb 6, 2024 15:21


O Fronteiras no Tempo: Giro Histórico, o seu museu de grandes novidades conta em seu 9 episódio com a participação dos historiadores Anderson Couto e C. A. O primeiro falará sobre uma revolta de escravizados pouco conhecida em nossa história que ocorreu no período regencial, em 1838, liderada por Manoel Congo e Mariana Crioula que foram eleitos por seus pares como o Rei e a Rainha do quilombo. Na sequência o C. A. apresenta e recomenda as produções audiovisuais desenvolvidas pelo projeto Passados Presentes desenvolvido pelo Laboratório de História Oral e Imagem (LABHOI) da Universidade Federal Fluminense. Estas produções representam um importante material para a recuperação das memórias e das histórias das populações negras fluminense e, especialmente, para a promoção de uma educação antirracista.   Arte da Capa   Arte da Capa: Beatriz Molina MENCIONADO NO EPISÓDIO Links Coletânea UFF LABHOI Passados Presentes Referências Grinberg, K., Abreu, M., & Mattos, H. (2019). História pública, ensino de história e educação antirracista. Revista História Hoje, v.8, n.15, p.17-38. Disponível em: https://doi.org/10.20949/rhhj.v8i15.523 Financiamento Coletivo   Ajude nosso projeto! Você pode nos apoiar de diversas formas: PADRIM  – só clicar e se cadastrar (bem rápido e prático) https://www.padrim.com.br/fronteirasnotempo PIX: [chave] fronteirasnotempo@gmail.com INSCREVA-SE PARA PARTICIPAR DO HISTORICIDADE   O Historicidade é o programa de entrevistas do Fronteiras no Tempo: um podcast de história. O objetivo principal é realizar divulgação científica na área de ciências humanas, sociais e de estudos interdisciplinares com qualidade. Será um prazer poder compartilhar o seu trabalho com nosso público. Preencha o formulário se tem interesse em participar. Link para inscrição: https://forms.gle/4KMQXTmVLFiTp4iC8 Selo saberes históricos   Agora o Fronteiras no Tempo tem o selo saberes históricos. O que é este selo? “O Selo Saberes Históricos é um sinal de reconhecimento atribuído a:● Práticas de divulgação de saberes ou produções de conteúdo histórico ou historiográfico● Realizadas em redes sociais ou mídias digitais, voltadas para públicos mais amplos e diversificados● Comprometidas com valores científicos e éticos.”Saiba mais: https://www.forumsabereshistoricos.com/ Redes Sociais Twitter, Facebook, Youtube, Instagram Contato fronteirasnotempo@gmail.com Como citar esse episódio Fronteiras no Tempo: Giro Histórico #9 NUTS! Segunda Guerra Mundial e crimes verdadeiros no Brasil. Locução Cesar Agenor F. da Silva e Anderson Couto. [S.l.] Portal Deviante, 06/02/2024. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/?p=61471&preview=true Expediente Produção Geral e Host: C. A. Arte do Episódio: Beatriz Molina. Edição: C. A. Trilha sonora utilizada Birds – Corbyn Kites Wolf Moon – Unicorn Heads Dance, Don't Delay de Twin Musicom é licenciada de acordo com a licença Atribuição 4.0 da Creative Commons. https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ Fonte: http://www.twinmusicom.org/song/303/dance-dont-delay Artista: http://www.twinmusicom.org Madrinhas e Padrinhos  Alexsandro de Souza Junior, Aline Lima, Allen Teixeira Sousa, Anderson Paz, André Luiz Santos, Andre Trapani Costa Possignolo, Artur Henrique de Andrade Cornejo, David Viegas Casarin, Elisnei Menezes de Oliveira, Ettore Riter, Flavio Henrique Dias Saldanha, Klaus Henrique De Oliveira, Luciano Abdanur, Manuel Macias, Rafael Machado Saldanha, Ramon Silva Santos, Renata Sanches, Ricardo Augusto Da Silva Orosco, Rodrigo Olaio Pereira, Thomas Beltrame, Tiago Nogueira e Wagner de Andrade AlvesSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer
Sobre Fantasmas de Natais Passados (e, quiçá, futuros)

Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer

Play Episode Listen Later Dec 23, 2023 50:56


Vem aí uma nova AD. Desta vez sem monárquicos. O PPM já protestou. Não estará a sigla registada? É melhor que PSD e CDS verifiquem isso e, em caso extremo, se a coisa der para o torto, podem passar a chamar-se (não nos oporemos) ‘Coligação Cuja Sigla Estamos Legalmente Impedidos de Usar'. Fica no ouvido. Entretanto, Pedro Nuno Santos já é oficialmente aquilo que se diz que sempre quis ser. E na primeira grande entrevista como secretário-geral do PS foi ao programa de Júlia Pinheiro. Em pose humilde e conciliatória. Como é Natal, regressaram à ribalta duas ricas prendas: Sócrates e Passos Coelho. Vai haver quem diga, maldosamente, que andam por aí fantasmas de Natais passados.See omnystudio.com/listener for privacy information.

DW em Português para África | Deutsche Welle
16 de Novembro de 2023 - Jornal da Noite

DW em Português para África | Deutsche Welle

Play Episode Listen Later Nov 16, 2023 19:59


Passados 50 anos da independência da Guiné-Bissau, sonhos e conquistas dos que libertaram o país estão a desaparecer. Província do Niassa pretende produzir e fornecer trigo ao mercado moçambicano até novembro de 2024. Madagáscar elege próximo Presidente, em eleições boicotadas pela oposição.

Terapia Interior
#03 EP17 - Como superar feridas de relacionamentos passados e amar de novo?

Terapia Interior

Play Episode Listen Later Nov 7, 2023 32:10


Amar é desafiador. Porém mais desafiador ainda é amar após ter vivido relações difíceis. Muitos relacionamentos deixam marcas profundas dentro de nós. E superar essas feridas é fundamental para viver um amor sadio. Mas como fazer esse processo e se permitir amar de novo? É sobre isso que fala Alexandro Gruber, filósofo e autor do livro Revolução Existencial, no novo episódio do seu Podcast Terapia Interior. Vem ouvir e fazer esse mergulho dentro de si mesmo. . E se você gostou desse episódio saiba mais sobre meus cursos e livros: MEUS CURSOS: Jornada dos Recomeços: ⁠⁠⁠https://terapiainterior.com.br/recomece⁠⁠⁠   Liberte-se: ⁠⁠⁠https://terapiainterior.com.br/libertese⁠⁠⁠   MEUS LIVROS: Revolução Existencial: ⁠⁠⁠https://www.amazon.com.br/dp/6555355824⁠⁠⁠   Tudo que o seu coração precisa te falar: ⁠⁠⁠https://a.co/d/6Zn0jVr

Pauta Segura - Os bastidores da reportagem
Caso Natália: Luto sem fim | Sigilo Quebrado #05

Pauta Segura - Os bastidores da reportagem

Play Episode Listen Later Nov 6, 2023 39:39


O 5º episódio traz entrevista com José Mota Lopes, o Zezinho Siebra, pai da pequena Natália. Passados 31 anos do sequestro e morte da menina de seis anos, Zezinho diz que segue em um "luto sem fim". O editor de segurança do Diário do Nordeste e apresentador do podcast Emerson Rodrigues também conversou com dois dos irmãos de Natália Albuquerque Lopes. Zezinho segue protagonizando uma luta em prol de manter viva a memória da filha assassinada. A menina foi vítima do primeiro sequestro com extorsão no Ceará. _____________________________________ Siga nosso podcast na plataforma de áudio da sua preferência ou no⁠⁠⁠⁠ Youtube do Diário do Nordeste⁠⁠⁠⁠. Compartilhe com parentes e amigos.  Deixe seu comentário e avalie nosso programa. Se você tiver qualquer sugestão, crítica, dúvida ou foi citado e quer direito de resposta, envie um e-mail para ⁠sigiloquebrado@svm.com.br⁠. Produção, roteiro, gravação e edição: Emerson Rodrigues Músicas: YouTube Library  Áudios e documentos: Centro de Documentação do SVM Distribuição e redes sociais: Melissa Carvalho/ Clarice do Nascimento/ Yohana Capibaribe/ Levi de Freitas/ Lígia Costa/ Arthur Calado/ Paulo César Sena/ Iury Figueiredo Supervisão do conteúdo, distribuição e redes sociais: Alan Barros/Aline Conde/Geovana Rodrigues Coordenação de Núcleo: Karine Zaranza Gerente de jornalismo: Ívila Bessa

Rádio PT
BOLETIM | Eleição do presidente Lula completa 1 ano

Rádio PT

Play Episode Listen Later Oct 30, 2023 9:03


Logo após o resultado das urnas, o presidente prometeu reconstruir o país. E é o que ele está fazendo. Passados 12 meses, programas foram relançados e criados, como o Bolsa Família, que em outubro chegou à marca de 21,4 milhões de famílias atendidas; além do Desenrola Brasil, de renegociação de dívidas, que já limpou o nome de 6 milhões de brasileiros.  Sonoras:  - Luiz Inácio Lula da Silva (Presidente do Brasil) [1'23'']  - Teresa Leitão (Senadora do Brasil PT-PE) [54'']  - Fabiano Contarato (Líder do PT no Senador PT-ES) [47'']  - Humberto Costa (Senador do Brasil PT-PE) [38'']  - Rogério Carvalho (Senador do Brasil - PE-SE) [26'']  - Beto Faro (Senador do Brasil PT-PA) [34''] 

Podcast : Escola do Amor Responde
2661# Escola do Amor Responde (no ar 18.10.2023)

Podcast : Escola do Amor Responde

Play Episode Listen Later Oct 18, 2023 26:19


No programa de hoje, o professor Renato, ao lado da esposa Cristiane, iniciou dizendo que tem notado que, na verdade, “ninguém é solteiro”. Na oportunidade, ele explicou o porquê desse termo. Cris também abordou amplamente o assunto amplamente. O casal também fez um alerta importante sobre o mal da substituição de uma pessoa por alguma coisa.    Que decisão tomar? Em outro momento, uma aluna contou que está casada há 14 anos e descobriu que o marido a traiu. Diante disso, ela o colocou para fora de casa. Passados pouco mais de dois anos que ele havia ido embora, eles resolveram dar uma nova chance ao relacionamento. No entanto, ela descobriu que a pessoa com quem ele tinha um envolvimento engravidou. A aluna perguntou o que fazer para que o casamento ande nos trilhos. Outra aluna compartilhou que ela e o esposo participavam de troca de casais em casas de swing e isso levou os dois ao fundo do poço. Agora, que voltaram, ela está tentando fazer tudo diferente e tem negado a ele essa prática. Com isso, ele tem ficado distante e, como forma de punição, não tem dado nenhum carinho a ela. Bem-vindos à Escola do Amor Responde, confrontando os mitos e a desinformação nos relacionamentos. Onde casais e solteiros aprendem o Amor Inteligente. Renato e Cristiane Cardoso, apresentadores da Escola do Amor, na Record TV, e autores de Casamento Blindado e Namoro Blindado, tiram dúvidas e respondem perguntas dos alunos. Participe pelo site EscoladoAmorResponde.com Ouça todos os podcasts no iTunes: rna.to/EdARiTunes    --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/edar/message

Encontro com a Beleza
Onde é que eu já ouvi isto?

Encontro com a Beleza

Play Episode Listen Later Oct 2, 2023 10:39


Em 1727, Handel escrevia a música para a coroação de Jorge II. Passados trezentos anos, de onde é que todos conhecemos esta música?See omnystudio.com/listener for privacy information.

Pauta Segura - Os bastidores da reportagem
SIGILO QUEBRADO Ep.5 | Caso Natália: Luto sem fim

Pauta Segura - Os bastidores da reportagem

Play Episode Listen Later Sep 19, 2023 1:45


O 5º episódio traz entrevista com José Mota Lopes, o Zezinho Siebra, pai da pequena Natália. Passados 31 anos do sequestro e morte da menina de seis anos, Zezinho diz que segue em um "luto sem fim". Você confere o episódio completo no feed do podcast ⁠Sigilo Quebrado⁠, disponível em todas as plataformas de áudio e YouTube. _______________ Gosta de true crime? O Sigilo Quebrado é o novo podcast do Diário do Nordeste. A primeira temporada traz todos os detalhes do Caso Natália: o primeiro sequestro do Ceará.

Pauta Segura - Os bastidores da reportagem
#43 - Órfãos do feminicídio do Ceará

Pauta Segura - Os bastidores da reportagem

Play Episode Listen Later Aug 21, 2023 20:17


Em menos de cinco anos, 148 mulheres foram vítimas de feminicídios no ceará. Os filhos, na maior parte dos casos, ficam órfãos de mãe e pai ao mesmo tempo, já que muitas das vezes são os próprios companheiros que cometem os assassinatos. Mas afinal, quantos órfãos de feminicídio existem no ceará? Quem fica com a guarda dessas crianças? Essas foram alguns questionamentos feitos para as autoridades na reportagem especial de Emanoela Campelo. Os bastidores dessa apuração foram tema do episódio 43, do podcast Pauta Segura. A repórter Emanoela Campelo e o editor Emerson Rodrigues discutiram as dificuldades para obter dados e conversaram sobre a experiência de ouvir filhos e mães dessas vítimas. No episódio, temos o relato de um menino de 11 anos, que aos sete, viu a mãe ser morta pelo pai, que já chegou atirando enquanto ele brincava com os amigos na calçada de casa. Passados quatro anos da morte de Maria Rosimeire de Santana, as memórias dos bons momentos e da tragédia que presenciou no dia 2 de abril de 2019 não se apagam da mente do menino. Ele perdeu a mãe para a violência do pai, Severo Manoel Dias Neto, condenado a 23 anos de prisão. A família da criança também enfrenta a dificuldade em ter de forma oficial a guarda do menino. ---------------------------- Siga nosso podcast na plataforma de áudio da sua preferência ou no YouTube do Diário do Nordeste. Compartilhe com parentes e amigos.  Deixe seu comentário e avalie nosso programa. Se você tiver qualquer sugestão, crítica, dúvida ou foi citado e quer direito de resposta, envie um e-mail para ⁠podcastpautasegura@svm.com.br⁠. Produção e roteiro: Emerson Rodrigues e Emanoela Campelo de Melo Gravação, edição e masterização: Emerson Rodrigues. Músicas: Youtube Library  Supervisão do conteúdo, distribuição e redes sociais: Alan Barros/Aline Conde/Geovana Rodrigues. Coordenação de Núcleo: Karine Zaranza Gerente de jornalismo: Ívila Bessa.

Alta Definição
José Milhazes sobre os tempos passados na Rússia: "Podem chamar-lhe cegueira ideológica. Não fico chateado"

Alta Definição

Play Episode Listen Later Apr 9, 2023 46:46


José Milhazes vem da aldeia piscatória de Caxinas, na Póvoa de Varzim, e cresceu a ouvir que "filho de burro não pode ser cavalo". Da infância, onde acabar no mar, como o pai e o irmão, parecia uma fatalidade, conseguiu trazer o que de melhor encontrou. Estudou para ser padre, mas desistiu do seminário e alistou-se no Partido Comunista Português. Ainda jovem, foi para a União Soviética à procura da sociedade ideal, mas não a encontrou. Sobre esses tempos, diz que não fica chateado se lhes chamarem cegueira ideológica. "Não tenho problema em reconhecer que estou errado. Fico surpreendido com aquelas pessoas que já têm ideias acabadas para toda a vida". José Milhazes, numa grande entrevista de vida com Daniel OliveiraSee omnystudio.com/listener for privacy information.