Podcasts about louren

  • 660PODCASTS
  • 2,007EPISODES
  • 39mAVG DURATION
  • 5WEEKLY NEW EPISODES
  • May 27, 2025LATEST

POPULARITY

20172018201920202021202220232024

Categories



Best podcasts about louren

Show all podcasts related to louren

Latest podcast episodes about louren

BEN-YUR Podcast
LOURENÇO MUTARELLI - papo filosófico, HQs, literatura e muita risada - BAT-YUR 004

BEN-YUR Podcast

Play Episode Listen Later May 27, 2025 139:56


No episódio de hoje do Bat-Yur, Batata e Yuri Moraes recebem o multitalentoso Lourenço Mutarelli — escritor, ator, dramaturgo e um dos grandes nomes dos quadrinhos alternativos brasileiros. Uma conversa que mistura humor, filosofia, literatura, existencialismo e bastidores da arte no Brasil. Mutarelli fala sobre seu processo criativo, a solidão do artista, a experiência com teatro e cinema, e ainda arranca boas risadas com histórias inusitadas da vida e da carreira. Se você curte papo cabeça com gente genial, mas sem perder o absurdo e o bom humor, esse episódio é pra você.

From Our Own Correspondent Podcast
Turkey's chance for peace

From Our Own Correspondent Podcast

Play Episode Listen Later May 24, 2025 28:50


Kate Adie presents stories from Turkey, the South China Sea, Ukraine, the US and Angola.Outlawed Kurdish group the PKK, which has waged a 40-year insurgency against Turkey, has announced it's disbanding. More than 40,000 people were killed during its fight for an independent Kurdish state - now the group says the Kurdish issue 'can be resolved through democratic politics'. Orla Guerin reports from Diyarbakir, in the Kurdish heartland.In the South China Sea, the tiny island of Pagasa is at the centre of a dispute between the Philippines and China. For the past 10 years, China has been expanding its presence in the region - but the Philippines is one of the few southeast Asian countries to stand its ground. Jonathan Head gained rare access to the island.Over the last decade, the Ukrainian Orthodox church gradually distanced itself from the Moscow Patriarchate, until it formally severed ties in 2022. But some priests and parishioners are reluctant to give up the traditions that were so familiar to them. Nick Sturdee reports from Western Ukraine.In Arizona, we meet the Native American 'knowledge keepers', who are now willing to share some of their secrets, as part of a cultural project which is uniting some of the major tribes, including the Navajo, the Hopi and the Apache nations. Stephanie Theobald went to find out more about their vision.Angolan president, João Lourenço, has made it his mission to claw back millions of dollars stolen by corrupt past leaders. At the National Currency Museum in the capital Luanda, Rob Crossan reflects on the meaning of money - asking where has it all gone?Series Producer: Serena Tarling Production Coordinators: Sophie Hill & Katie Morrison Editor: Richard Fenton-Smith

ONU News
Angola promete US$ 8 milhões para investimento global da OMS

ONU News

Play Episode Listen Later May 23, 2025 1:49


Verba servirá para ampliar a voz da África no Financiamento para Saúde Sustentável; anúncio foi feito pelo presidente do país, João Lourenço, durante Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, no início da semana.

PODDELAS
SOFIA SANTINO, DOARDA E CICLOPIN - PODDELAS PODCAST #466

PODDELAS

Play Episode Listen Later May 22, 2025 144:44


Neste episódio, o PodDelas PodCast recebe um trio cheio de humor, deboche e autenticidade. Um verdadeiro fenômeno da internet! Eles dominam as redes, estão bombando no YouTube e ainda conciliam com carreiras individuais. Se separados já causam, juntos é simplesmente imperdível!Os convidados são os apresentadores do “Pograma”, um dos programas mais irreverentes e “nonsense” da internet brasileira. Misturando fofoca, exposed, tretas, pronunciamentos e muita torta na cara, eles entregam tudo o que a internet ama e ainda parecem dividir o mesmo neurônio!Diretamente de Recife, São Lourenço do Oeste e Roraima, eles conquistam com carisma, sinceridade e muito riso. Com vocês, Sofia Santino, Doarda e Ciclopin--------------------------------------------------------------------------------------✅ Canal de Cortes Oficial - https://www.youtube.com/channel/UCab-x2Tf0zK3WLkKXG9Ot5Q✅ Instagram Oficial @poddelas - https://www.instagram.com/poddelas/✅ Facebook Oficial - https://m.facebook.com/POD-DELAS-101517452551396/✅ Shorts - https://www.youtube.com/channel/UCItcEi_6J6l2iuhABXq1OTg✅ PodDelas Melhores Momentos - https://www.youtube.com/channel/UCYa1bLsG-RumuKrrznSdRHg✅ Playlist oficial com todos os episódios - https://youtube.com/playlist?list=PLXEx5PB_zX1qkkx06VRZFepiRHheozMSRANFITRIÃ:

Semana em África
Moçambique: Desmobilizados da Renamo exigem demissão de Ossufo Momade

Semana em África

Play Episode Listen Later May 16, 2025 10:48


Em Moçambique, os desmobilizados da Renamo tomaram de assalto e ocuparam a sede nacional, na cidade de Maputo, exigindo a demissão de Ossufo Momade da liderança do partido.Em declarações à imprensa, Raól Novinte, que regressou à Renamo, afirmou que Ossufo Momade já deu sinais de querer deixar o seu cargo.Os antigos secretários-gerais do partido, Manuel Bissopo, André Magibiri, Manuel de Araújo, Elias Dhlakama, Alfredo Magumisse e Ivone Soares são os nomes apontados para a sucessão de Ossufo Momade. Os Governos de Angola e Moçambique assinaram cinco instrumentos jurídicos, para o reforço da cooperação, nas áreas dos transportes, cultura, acção social e turismo.O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, termina neste sábado, 17 de Maio, uma visita de dois dias a Angola. O Sindicato dos Jornalistas manifestou "profundo repúdio" pela expulsão da equipa da RTP destacada para a cobertura de um evento na sede da Presidência angolana, em Luanda. Em comunicado, o SJ considerou esta expulsão "um atentado à Liberdade de Imprensa, ao acesso às fontes e ao direito a informar", e afirmou que "estas acções configuram interferências e pressões políticas inaceitáveis sobre os jornalistas que vivem e trabalham no país". Luísa Rogério, jornalista e presidente da comissão de carteira e ética de Angola, descreveu um acto hostil.A presidência angolana acusou hoje a RTP de “vitimização”, salientando que o acesso ao Palácio Presidencial foi barrado devido às “notícias tendenciosas” e que a cadeia de televisão “ignorou” a decisão previamente comunicada.Uma equipa da RTP em Luanda foi “expulsa” na terça-feira do Palácio Presidencial, antes de um encontro entre o Presidente da República, João Lourenço, e o líder da UNITA Adalberto Costa Júnior. Decisão repudiada veementemente pela estação televisiva e pelo Governo português, que “lamentou seriamente a situação, salientando que "Portugal respeita profundamente a liberdade de imprensa".A Missão de Avaliação do FMI reviu em baixa a economia angolana em 2025 e alertou sobre os riscos do desempenho orçamental. Abebe Aemro Selassie, director do FMI para África, esteve esta semana em Luanda e encontrou-se com João Lourenço. Avelino Miguel.Ainda no país, a organização independentista de Cabinda FLEC-FAC emitiu um comunicado onde relata os "intensos confrontos", na madrugada desta quinta-feira, entre a FLEC e as Forças Armadas Angolanas, que terão alegadamente causado 21 mortos.Cabo Verde vai implementar, este ano, o sistema de pulseira electrónica para monitorizar reclusos em prisão domiciliária ou em trabalho comunitário, uma garantia dada à imprensa pela ministra da Justiça, Joana Rosa, explica que a pulseira electrónica, para além de reduzir a presença física dos reclusos nas prisões, que tem acarretado muitos custos para o estado, alivia os tribunais.A França doou à Guiné-Bissau quatro milhões de euros para reabilitar um liceu e construir, de raiz, um pavilhão multiusos. A primeira pedra destas obras foi lançada esta semana, em Bissau, pelo Presidente Umaro Sissoco Embaló, na companhia do embaixador da França.

Debate 93
29/04/2025: Frieza Espiritual do Cônjuge, com Pr Wanderson Bisnaga, Bsp Davi Gualberto, Pra Nadyege Macário e Pr Rodrigo Lourenço

Debate 93

Play Episode Listen Later May 14, 2025


Mulheres que não conseguem admirar seus maridos por julgarem que eles têm uma vida espiritual fria: esse é o cenário deste Debate 93!! Não perde!!!

Podcast Matéria Bruta
Boca Livre: o grupo vocal que encantou o Brasil

Podcast Matéria Bruta

Play Episode Listen Later May 14, 2025 17:07


Olá! O Matéria Bruta de hoje te convida a mergulhar na história de um dos grupos vocais mais importantes da música brasileira: o Boca Livre. Formado no final dos anos 1970, o grupo ficou conhecido pelos arranjos vocais sofisticados, pela liberdade criativa e por parcerias marcantes com grandes nomes da MPB. Na conversa com o Curta!, os integrantes David Tygel, Maurício Maestro, Zé Renato e Lourenço Beata relembraram como tudo começou. Eles contaram como surgiu o Boca Livre e também falaram sobre o primeiro disco do grupo, lançado em 1979 — um trabalho independente que surpreendeu pelo sucesso e trouxe composições autorais e de outros nomes da MPB, além de arranjos que mesclam música regional e folk. Ao longo da trajetória, eles colaboraram com artistas como Milton Nascimento, Edu Lobo, entre outros. E claro, falamos também sobre o presente. Depois de uma separação durante a pandemia, o Boca Livre voltou aos palcos com shows e novos projetos — entre eles, a turnê Rasgamundo.

DW em Português para África | Deutsche Welle
13 de Maio de 2025 – Jornal da Noite

DW em Português para África | Deutsche Welle

Play Episode Listen Later May 13, 2025 20:00


Angola: Encontro entre João Lourenço, e o líder da oposição, Adalberto Costa Júnior, poderá ajudar a amenizar os ânimos na sociedade angolana. Moçambique: Polícia da República de Moçambique celebra 50 anos desde a sua criação. Impactos dos cortes na USAID (Agência norte-americana para o Desenvolvimento Internacional) já são visíveis no continente africano.

Wiwibloggs: The Eurovision Podcast
NAPA (Portugal Eurovision 2025) | Interview @ House of Helvetia in Basel

Wiwibloggs: The Eurovision Podcast

Play Episode Listen Later May 12, 2025 26:29


NAPA's band members — Diogo Góis, Francisco Sousa, João Guilherme Gomes, João Lourenço Gomes, and João Rodrigues — join us on stage at the House of Helvetia. The band, formerly known as Men on the Couch, explain how their song “Deslocado” speaks of dislocation and the experience of so many people from their home island of Madeira. We also discuss the creation of their song, how they were rejected from Festival da Canção 2024, and how they share hateful and shady comments from social media in a private WhatsApp group for laughs. Interviewer: William: http://instagram.com/williamleeadams  

Segundo Take
408 / Imitation of Life

Segundo Take

Play Episode Listen Later May 12, 2025 64:13


Neste episódio, dou continuidade à exploração de filmes e dos seus remakes, desta vez com ‘Imitation of Life', o filme que em 1934 enfrentou abertamente temas de raça, maternidade e ambição feminina, refeito num filme de grande sucesso em 1959 pelo mestre dos melodramas Douglas Sirk. Para falar comigo sobre esta dupla de filmes tenho Inês Lourenço, uma das vozes mais atentas e respeitadas da crítica de cinema em Portugal. Se gostas do podcast, segue-me nas redes sociais! Estou no YouTube, onde encontras também este episódio seguindo esta ligação, no Letterboxd, no Instagram, no Facebook e agora também no BlueSky. A tua ajuda faz toda a diferença, por isso interage, comenta e partilha para fazer crescer a comunidade Segundo Take. Encontra aqui todos os links onde podemos continuar esta conversa sobre cinema: Site: https://www.segundotake.com/ YouTube: https://www.youtube.com/@segundotake Letterboxd: https://letterboxd.com/segundotake/ Facebook: https://www.facebook.com/segundotakepodcast Instagram: https://www.instagram.com/segundotake/ BlueSky: https://bsky.app/profile/segundotake.com Substack: https://substack.com/@segundotake Desde já, obrigado pelo teu apoio! Tema ‘Wonder Cycle' interpretado por Chris Zabriskie sob a licença CC BY 3.0

Em directo da redacção
Domingos da Cruz: “A luta não violenta é o caminho mais adequado para Angola”

Em directo da redacção

Play Episode Listen Later May 7, 2025 13:26


O novo livro de Domingos da Cruz, "Ferramentas para Destruir o Ditador e Evitar Nova Ditadura", foi bloqueado no aeroporto de Luanda, em Angola, pelos serviços de segurança do Estado. Trata-se de uma versão mais radical da obra que levou à detenção dos 15+2 activistas em 2015 e que seria agora apresentada em Angola. Domingos da Cruz defende a desobediência civil como caminho para mudar Angola, critica a censura ao seu livro e denuncia a dependência da oposição ao regime. RFI: Como interpreta este bloqueio do seu livro no aeroporto por parte das autoridades angolanas? Estava à espera que isto acontecesse?Domingos da Cruz: Nunca esperei nada que fosse, digamos, de acordo com a lei, com a ética, com o que é normal numa sociedade onde aqueles que estão no poder agem de acordo com os interesses dos cidadãos. Portanto, eu esperava que isso acontecesse, até porque estamos perante uma atitude que revela coerência: é mais uma vez o regime a afirmar a sua própria natureza. Seria de uma grande ingenuidade esperar o contrário. Imagine que estivéssemos em Cuba ou na Coreia do Norte e se esperasse liberdade de imprensa, direito à manifestação, liberdade de pensamento, liberdade académica e científica, seria uma contradição. E o mesmo se aplica a Angola. Portanto, tudo o que fizeram revela tão somente a natureza do próprio regime. Para mim, é perfeitamente expectável.Gostaria de esclarecer que não falo com a imprensa sobre o assunto com a intenção de me apresentar como vítima ou de fazer qualquer denúncia. Não estou a denunciar absolutamente nada. Estou simplesmente a aproveitar a oportunidade que me é concedida para informar o que sucedeu. Se estivesse a denunciar, seria ingénuo e seria contraproducente, até porque ao longo de mais de três décadas se vão fazendo denúncias e nada melhora. Pelo contrário, o país só piora em quase todos os aspectos. Na realidade, quando se vive numa ditadura, num regime autoritário, a denúncia não funciona. O que se deve fazer é construir um plano estratégico de modo a remover a ditadura. Este é o caminho certo e não o caminho do vitimismo e da denúncia.Vamos falar disso e também do seu livro, mas antes pergunto-lhe: O que pretende ao disponibilizar o livro gratuitamente em PDF do seu livro e como é que esta decisão está a ser recebida pelo público?As pessoas estão satisfeitas pelo facto de eu ter disponibilizado o PDF. A razão que me levou a tomar esta decisão tem única e exclusivamente a ver com a minha pretensão de contribuir para esse processo de libertação, para que possamos sair do cativeiro. Eu acredito na força das ideias, na capacidade criativa e transformadora que as ideias têm. Espero que as pessoas adoptem as ideias e as pratiquem, porque me parece ser o caminho para a nossa libertação. E gostaria, mais uma vez, de aproveitar este momento para dizer que estamos numa sociedade onde, cada vez mais, a situação piora. Não vejo outro caminho que não seja, de facto, a mobilização popular para a transformação de Angola de uma ditadura para uma democracia.Essa mobilização é precisamente o que apresenta no seu livro, que inclui 168 técnicas de desobediência civil, baseadas no trabalho do intelectual e activista norte-americano Gene Sharp, considerado o maior teórico da resistência não violenta. Quais considera mais aplicáveis ao contexto actual de Angola e porquê?No contexto actual, parece-me que as técnicas de subversão do ponto de vista económico são adequadas, porque estamos num momento de grande crise, o que limita o regime financeiramente para comprar o maior número possível de pessoas, como tem sido prática. Se houver, por exemplo, indisponibilidade dos cidadãos para pagar impostos, para fazer depósitos bancários, se forem retirando o dinheiro dos bancos, isso aprofundará a crise e, de alguma maneira, limitará o regime na compra de pessoas. Essa é uma técnica perfeitamente adequada ao contexto actual.Por outro lado, as pessoas podem permanecer em casa, podem fazer abaixo-assinados, podem parar de colaborar com as instituições. Aqueles que trabalham em instituições públicas podem fingir que estão a trabalhar e não trabalharem. Tudo isso viabilizará o colapso das instituições e, perante esse colapso, chegará um momento em que as pessoas se levantarão em grande número, sem dúvida.Aproveito também para dizer que a diferença entre a edição que nos levou à prisão em 2015 e esta é que esta é uma edição crítica. Por edição crítica entende-se um texto comentado por vários pesquisadores. Temos o conteúdo da edição anterior, com algumas ideias novas, mas agora associado a comentários de vários estudiosos do Brasil, de Angola, de Moçambique, da Itália, que tornam o texto muito mais rico. Essa é a grande diferença entre a [edição] anterior e esta.Trata-se de uma reedição que acontece 10 anos depois daquela que talvez tenha sido a sua obra mais falada e conhecida, pelo menos em Angola.Sim, sim. Dez anos depois. Por acaso, não obedeceu a nenhum cálculo. Depois de tudo o que aconteceu, muitos já sabem, eu não tinha qualquer motivação para voltar ao livro. Mas, tendo em conta a degradação em que o regime se encontra e a situação geral do país, do ponto de vista económico e social, levou-me a pensar que é oportuno reeditar a obra. Ela afirma uma convicção profunda que tenho: acho que o caminho da luta não violenta, da desobediência civil, que sintetiza todas as técnicas que acabou de referir, parece-me ser efectivamente o caminho mais adequado para Angola.Se optássemos pela violência, de alguma forma estaríamos a contradizer a ética, por um lado, e a democracia que desejamos construir, por outro. Além disso, colocar-nos-íamos na mesma posição daqueles que estão no poder: seríamos todos violentos, do mesmo nível moral. Quem luta por uma democracia deve colocar-se numa posição de diferença, não só do ponto de vista ético, mas também discursivo. É óbvio que existem vários caminhos para a libertação, mas a violência colocar-nos-ia numa posição de grande desvantagem e haveria pouca possibilidade de vitória. Acho que a luta não violenta é o caminho mais adequado. Continuo a acreditar profundamente nisso, embora reconheça outras possibilidades.Domingos da Cruz, decorreram 10 anos desde o caso que levou à prisão dos 15+2 activistas, de que fez parte. Este julgamento terá sido provavelmente o mais mediático, ou um dos mais mediáticos, em Angola. O que mudou no país desde então? Considera que o actual regime de João Lourenço representa uma continuidade ou houve mudança em relação à repressão do tempo de José Eduardo dos Santos?Relativamente à repressão, houve continuidade, claramente. Não há dúvidas quanto a isso. Gostava de apresentar alguns exemplos simples. Tal como José Eduardo dos Santos fazia, qualquer tentativa de protesto é hoje reprimida pelo seu sucessor. E quando digo “seu sucessor”, baseio-me no que diz o nosso quadro legal. De acordo com a Constituição da República de Angola, o responsável pelos serviços de defesa e segurança é o Presidente da República. O ministro do Interior, da Defesa, os serviços secretos, todos agem a mando do Presidente. Aliás, temos uma das constituições que confere poderes excessivos ao Presidente.E não se trata apenas de reprimir. No caso de João Lourenço, ele aprofundou algo inédito: matar à luz do dia. Tivemos a morte de um activista numa manifestação em Luanda, por exemplo. E depois houve o caso das Lundas, onde foram assassinadas mais de 100 pessoas. Há um relatório publicado por organizações da sociedade civil angolana que descreve claramente esse drama.Falando de outros direitos; políticos, económicos e sociais, os indicadores mostram que a situação do país se degrada a cada dia. Houve também oportunidade para a sociedade civil fazer uma autocrítica e perceber que o método da denúncia é um erro, até mesmo do ponto de vista histórico. Imagine, na época colonial, se os nossos antepassados se limitassem a denunciar, provavelmente ainda estaríamos sob colonização. O que se deve fazer, na verdade, é tomar uma posição para pôr fim ao regime. E as técnicas de luta não violenta adequam-se perfeitamente para pôr fim ao nosso cativeiro. Mais de três décadas de denúncias não resolveram absolutamente nada. Os indicadores estão ali, quando se olha para os relatórios de instituições como as Nações Unidas, a Freedom House, Repórteres Sem Fronteiras, Mo Ibrahim Foundation, entre outras, todos demonstram que não saímos do mesmo lugar.Fala da sociedade civil e da oposição. Qual deve ser, a seu ver, o papel da oposição política, da sociedade civil e da juventude angolana na luta contra a repressão e na construção de uma democracia real?É preciso estabelecer uma diferença clara entre a oposição partidária e a luta cívica feita pela sociedade civil e pela juventude, como acaba de referir. A minha única esperança sincera está no povo. Primeiro, o povo deve tomar consciência de que está sozinho no mundo, literalmente abandonado. Vivemos num país com uma elite conectada ao capitalismo internacional, às grandes corporações, às potências ocidentais. É um regime que viabiliza a extração de recursos e beneficia o Ocidente.Internamente, o regime também beneficia a oposição partidária, o que significa que o povo é a única vítima disto tudo. A sociedade é que deve levantar-se. Não vejo um milímetro, não vejo um centímetro de esperança vindo da política partidária. Dou-lhe um exemplo simples: não conheço parte alguma do mundo onde se possa fazer oposição dependendo financeiramente do regime contra o qual se luta. A nossa lei dos partidos políticos confere financiamento vindo do Orçamento Geral do Estado aos partidos da oposição. E como, em Angola, o MPLA se confunde com o Estado, porque o capturou, significa que os partidos da oposição dependem literalmente do MPLA para sobreviverem. Para terem arroz e feijão na mesa, para cuidarem da sua saúde, para mandarem os filhos à escola ou comprarem um bilhete de avião, dependem do regime. Não é possível fazer oposição assim.Como dizia Thomas Sankara: quem te alimenta, controla-te, manipula-te. Por outro lado, temos uma oposição viciada, corrupta e envelhecida. Psicologicamente, não se pode esperar muito de velhos. Não é dos velhos que virá a revolução.

Convidado
Domingos da Cruz: “A luta não violenta é o caminho mais adequado para Angola”

Convidado

Play Episode Listen Later May 7, 2025 13:26


O novo livro de Domingos da Cruz, "Ferramentas para Destruir o Ditador e Evitar Nova Ditadura", foi bloqueado no aeroporto de Luanda, em Angola, pelos serviços de segurança do Estado. Trata-se de uma versão mais radical da obra que levou à detenção dos 15+2 activistas em 2015 e que seria agora apresentada em Angola. Domingos da Cruz defende a desobediência civil como caminho para mudar Angola, critica a censura ao seu livro e denuncia a dependência da oposição ao regime. RFI: Como interpreta este bloqueio do seu livro no aeroporto por parte das autoridades angolanas? Estava à espera que isto acontecesse?Domingos da Cruz: Nunca esperei nada que fosse, digamos, de acordo com a lei, com a ética, com o que é normal numa sociedade onde aqueles que estão no poder agem de acordo com os interesses dos cidadãos. Portanto, eu esperava que isso acontecesse, até porque estamos perante uma atitude que revela coerência: é mais uma vez o regime a afirmar a sua própria natureza. Seria de uma grande ingenuidade esperar o contrário. Imagine que estivéssemos em Cuba ou na Coreia do Norte e se esperasse liberdade de imprensa, direito à manifestação, liberdade de pensamento, liberdade académica e científica, seria uma contradição. E o mesmo se aplica a Angola. Portanto, tudo o que fizeram revela tão somente a natureza do próprio regime. Para mim, é perfeitamente expectável.Gostaria de esclarecer que não falo com a imprensa sobre o assunto com a intenção de me apresentar como vítima ou de fazer qualquer denúncia. Não estou a denunciar absolutamente nada. Estou simplesmente a aproveitar a oportunidade que me é concedida para informar o que sucedeu. Se estivesse a denunciar, seria ingénuo e seria contraproducente, até porque ao longo de mais de três décadas se vão fazendo denúncias e nada melhora. Pelo contrário, o país só piora em quase todos os aspectos. Na realidade, quando se vive numa ditadura, num regime autoritário, a denúncia não funciona. O que se deve fazer é construir um plano estratégico de modo a remover a ditadura. Este é o caminho certo e não o caminho do vitimismo e da denúncia.Vamos falar disso e também do seu livro, mas antes pergunto-lhe: O que pretende ao disponibilizar o livro gratuitamente em PDF do seu livro e como é que esta decisão está a ser recebida pelo público?As pessoas estão satisfeitas pelo facto de eu ter disponibilizado o PDF. A razão que me levou a tomar esta decisão tem única e exclusivamente a ver com a minha pretensão de contribuir para esse processo de libertação, para que possamos sair do cativeiro. Eu acredito na força das ideias, na capacidade criativa e transformadora que as ideias têm. Espero que as pessoas adoptem as ideias e as pratiquem, porque me parece ser o caminho para a nossa libertação. E gostaria, mais uma vez, de aproveitar este momento para dizer que estamos numa sociedade onde, cada vez mais, a situação piora. Não vejo outro caminho que não seja, de facto, a mobilização popular para a transformação de Angola de uma ditadura para uma democracia.Essa mobilização é precisamente o que apresenta no seu livro, que inclui 168 técnicas de desobediência civil, baseadas no trabalho do intelectual e activista norte-americano Gene Sharp, considerado o maior teórico da resistência não violenta. Quais considera mais aplicáveis ao contexto actual de Angola e porquê?No contexto actual, parece-me que as técnicas de subversão do ponto de vista económico são adequadas, porque estamos num momento de grande crise, o que limita o regime financeiramente para comprar o maior número possível de pessoas, como tem sido prática. Se houver, por exemplo, indisponibilidade dos cidadãos para pagar impostos, para fazer depósitos bancários, se forem retirando o dinheiro dos bancos, isso aprofundará a crise e, de alguma maneira, limitará o regime na compra de pessoas. Essa é uma técnica perfeitamente adequada ao contexto actual.Por outro lado, as pessoas podem permanecer em casa, podem fazer abaixo-assinados, podem parar de colaborar com as instituições. Aqueles que trabalham em instituições públicas podem fingir que estão a trabalhar e não trabalharem. Tudo isso viabilizará o colapso das instituições e, perante esse colapso, chegará um momento em que as pessoas se levantarão em grande número, sem dúvida.Aproveito também para dizer que a diferença entre a edição que nos levou à prisão em 2015 e esta é que esta é uma edição crítica. Por edição crítica entende-se um texto comentado por vários pesquisadores. Temos o conteúdo da edição anterior, com algumas ideias novas, mas agora associado a comentários de vários estudiosos do Brasil, de Angola, de Moçambique, da Itália, que tornam o texto muito mais rico. Essa é a grande diferença entre a [edição] anterior e esta.Trata-se de uma reedição que acontece 10 anos depois daquela que talvez tenha sido a sua obra mais falada e conhecida, pelo menos em Angola.Sim, sim. Dez anos depois. Por acaso, não obedeceu a nenhum cálculo. Depois de tudo o que aconteceu, muitos já sabem, eu não tinha qualquer motivação para voltar ao livro. Mas, tendo em conta a degradação em que o regime se encontra e a situação geral do país, do ponto de vista económico e social, levou-me a pensar que é oportuno reeditar a obra. Ela afirma uma convicção profunda que tenho: acho que o caminho da luta não violenta, da desobediência civil, que sintetiza todas as técnicas que acabou de referir, parece-me ser efectivamente o caminho mais adequado para Angola.Se optássemos pela violência, de alguma forma estaríamos a contradizer a ética, por um lado, e a democracia que desejamos construir, por outro. Além disso, colocar-nos-íamos na mesma posição daqueles que estão no poder: seríamos todos violentos, do mesmo nível moral. Quem luta por uma democracia deve colocar-se numa posição de diferença, não só do ponto de vista ético, mas também discursivo. É óbvio que existem vários caminhos para a libertação, mas a violência colocar-nos-ia numa posição de grande desvantagem e haveria pouca possibilidade de vitória. Acho que a luta não violenta é o caminho mais adequado. Continuo a acreditar profundamente nisso, embora reconheça outras possibilidades.Domingos da Cruz, decorreram 10 anos desde o caso que levou à prisão dos 15+2 activistas, de que fez parte. Este julgamento terá sido provavelmente o mais mediático, ou um dos mais mediáticos, em Angola. O que mudou no país desde então? Considera que o actual regime de João Lourenço representa uma continuidade ou houve mudança em relação à repressão do tempo de José Eduardo dos Santos?Relativamente à repressão, houve continuidade, claramente. Não há dúvidas quanto a isso. Gostava de apresentar alguns exemplos simples. Tal como José Eduardo dos Santos fazia, qualquer tentativa de protesto é hoje reprimida pelo seu sucessor. E quando digo “seu sucessor”, baseio-me no que diz o nosso quadro legal. De acordo com a Constituição da República de Angola, o responsável pelos serviços de defesa e segurança é o Presidente da República. O ministro do Interior, da Defesa, os serviços secretos, todos agem a mando do Presidente. Aliás, temos uma das constituições que confere poderes excessivos ao Presidente.E não se trata apenas de reprimir. No caso de João Lourenço, ele aprofundou algo inédito: matar à luz do dia. Tivemos a morte de um activista numa manifestação em Luanda, por exemplo. E depois houve o caso das Lundas, onde foram assassinadas mais de 100 pessoas. Há um relatório publicado por organizações da sociedade civil angolana que descreve claramente esse drama.Falando de outros direitos; políticos, económicos e sociais, os indicadores mostram que a situação do país se degrada a cada dia. Houve também oportunidade para a sociedade civil fazer uma autocrítica e perceber que o método da denúncia é um erro, até mesmo do ponto de vista histórico. Imagine, na época colonial, se os nossos antepassados se limitassem a denunciar, provavelmente ainda estaríamos sob colonização. O que se deve fazer, na verdade, é tomar uma posição para pôr fim ao regime. E as técnicas de luta não violenta adequam-se perfeitamente para pôr fim ao nosso cativeiro. Mais de três décadas de denúncias não resolveram absolutamente nada. Os indicadores estão ali, quando se olha para os relatórios de instituições como as Nações Unidas, a Freedom House, Repórteres Sem Fronteiras, Mo Ibrahim Foundation, entre outras, todos demonstram que não saímos do mesmo lugar.Fala da sociedade civil e da oposição. Qual deve ser, a seu ver, o papel da oposição política, da sociedade civil e da juventude angolana na luta contra a repressão e na construção de uma democracia real?É preciso estabelecer uma diferença clara entre a oposição partidária e a luta cívica feita pela sociedade civil e pela juventude, como acaba de referir. A minha única esperança sincera está no povo. Primeiro, o povo deve tomar consciência de que está sozinho no mundo, literalmente abandonado. Vivemos num país com uma elite conectada ao capitalismo internacional, às grandes corporações, às potências ocidentais. É um regime que viabiliza a extração de recursos e beneficia o Ocidente.Internamente, o regime também beneficia a oposição partidária, o que significa que o povo é a única vítima disto tudo. A sociedade é que deve levantar-se. Não vejo um milímetro, não vejo um centímetro de esperança vindo da política partidária. Dou-lhe um exemplo simples: não conheço parte alguma do mundo onde se possa fazer oposição dependendo financeiramente do regime contra o qual se luta. A nossa lei dos partidos políticos confere financiamento vindo do Orçamento Geral do Estado aos partidos da oposição. E como, em Angola, o MPLA se confunde com o Estado, porque o capturou, significa que os partidos da oposição dependem literalmente do MPLA para sobreviverem. Para terem arroz e feijão na mesa, para cuidarem da sua saúde, para mandarem os filhos à escola ou comprarem um bilhete de avião, dependem do regime. Não é possível fazer oposição assim.Como dizia Thomas Sankara: quem te alimenta, controla-te, manipula-te. Por outro lado, temos uma oposição viciada, corrupta e envelhecida. Psicologicamente, não se pode esperar muito de velhos. Não é dos velhos que virá a revolução.

Jones Manoel
Desmitificando heróis: turismo antirracista com Alexandre Lourenço

Jones Manoel

Play Episode Listen Later May 4, 2025 59:50


Alexandre Lourenço, guia turístico, afirmou que hoje o povo preto tem memória por conta da história de resistência. Ele apresentou seu projeto com perspectiva antirracista que resgata histórias apagadas das narrativas oficiais.

Clepsidra: Conversas de Café à Mesa da Rádio
Clepsidra de 2 de maio de 2025

Clepsidra: Conversas de Café à Mesa da Rádio

Play Episode Listen Later May 3, 2025 59:47


António Apolinário Lourenço e João Pedro Gonçalves falam de todo o mundo mas centram a conversa nos comboios, especialmente na zona centro de Portugal.

N'A Caravana
Parentalidade Reflexiva com Mariana Nunes Rodrigues | N'A Caravana #291

N'A Caravana

Play Episode Listen Later Apr 28, 2025 52:35


É psicóloga, professora do Método DeRose e mãe da Julieta e do Lourenço. Aos 19 anos, apaixonou-se por este método e decidiu transformar esse caminho em profissão, que segue há mais de 20 anos. Viveu 8 anos em São Paulo, onde casou e foi mãe pela primeira vez. Mais tarde, de regresso a Portugal, sentiu que tinha de fechar um ciclo e voltou à faculdade, terminando o Mestrado em Psicologia em 2024.Fez um estágio transformador que a levou até até Londres, onde se especializou em Parentalidade Reflexiva. Hoje, mantém duas áreas profissionais aparentemente distintas — Psicologia e o Método DeRose — mas que se cruzam num mesmo ponto: o desenvolvimento pessoal.Hoje N'a Caravana recebemos a Mariana Nunes Rodrigues.@parentalidade_reflexivahttps://www.clinicamnrpsicologia.pt/https://www.parentalidadereflexiva.ptPatrocínio:Ultra Suave da Garnier - A hora do Banho.A Hora do Banho chegou com Ultra Suave para transformar a rotina do banho num momento especial mais divertido e em família. Cantem com o Abacate, a Aveia, o Alperce e a Camomila e tornem este momento do dia–a–dia em pura alegria!Ultra Suave, cuida do que é importante.Podes cantar a música aqui: https://www.youtube.com/watch?v=9poK-KGOU50E saber mais da campanha: https://www.garnier.pt/hora-do-banhoPodem seguir @ritaferroalvim no instagramSupport the show

Noticiário Nacional
1h O povo português vai festejar em força, diz Vasco Lourenço

Noticiário Nacional

Play Episode Listen Later Apr 25, 2025 8:33


ESCS FM
Apito Final - Análise às competições europeias e fase final dos campeonatos europeus - 22 de abril

ESCS FM

Play Episode Listen Later Apr 25, 2025 71:13


No programa de hoje, falamos dos inúmeros jogos das competições europeias como das fases finais dos campeonatos europeus.Moderação:Tomás Lourenço Comentários:Diogo BértolaGonçalo GilVasco AntónioCréditos:Design:- Logo: Patrícia CamposSonoplastia:- Genérico: Nuno Viegas- Rubricas: Luís Batista e Miguel Martins

Noticiário Nacional
1h Adiados festejos 25 de abril, Vasco Lourenço surpreendido

Noticiário Nacional

Play Episode Listen Later Apr 24, 2025 9:01


Noticiário Nacional
23h Foi um tiro nos pés, adiar festejos, diz Vasco Lourenço

Noticiário Nacional

Play Episode Listen Later Apr 24, 2025 10:28


Noticiário Nacional
0h 25 de abril é um dia de afirmação, diz Vasco Lourenço

Noticiário Nacional

Play Episode Listen Later Apr 24, 2025 12:45


Convidado
RDC e M23 anunciam querer “trabalhar para concluir uma trégua” – O que mudou?

Convidado

Play Episode Listen Later Apr 24, 2025 8:52


O governo da República Democrática do Congo e o grupo rebelde M23 publicaram, esta quarta-feira, pela primeira vez, uma declaração conjunta na qual dizem querer “trabalhar para concluir uma trégua”. Sérgio Calundungo, coordenador do Observatório Político e Social de Angola, considera que se trata de “uma boa notícia” e que talvez seja o “prelúdio de que as partes directamente envolvidas no conflito se venham sentar à mesa”, mas avisa que não foram dadas garantias de que esta trégua não seja violada como tantas anteriormente anunciadas. "Após discussões francas e construtivas, representantes da República Democrática do Congo (RDC) e do AFC/M23 concordaram em trabalhar para a conclusão de uma trégua", anunciaram o M23 e o governo da RDC em uma declaração conjunta transmitida, esta quarta-feira, pela televisão nacional congolesa e pelo porta-voz do M23.O comunicado acrescenta que "ambas as partes reafirmam o seu compromisso com a cessação imediata das hostilidades", algo que pretendem respeitar "durante toda a duração das negociações e até sua conclusão".Esta é “realmente uma boa notícia”, considera Sérgio Calundungo, coordenador do Observatório Político e Social de Angola, notando “talvez significar a compreensão das partes de que os conflitos ou as divergências que têm não podem ser resolvidas pela via da violência armada”.O problema é que o texto não especifica se esse compromisso de interromper os combates no leste da RDC e negociar uma trégua permanente constitui uma declaração de princípios ou se será formalizado imediatamente. Algo também constatado por Sérgio Calundungo que guarda o lado optimista do anúncio, mas deixa reservas: “Quando se está no desespero, há uma ténue luz, porque até há bem pouco tempo não se falava sequer da oportunidade de conversações. Houve uma série de tentativas de pôr as partes a dialogar e, face às dinâmicas do conflito no terreno, ao eclodir da guerra, não havia nem sequer isto. Então, pode ser que seja o prelúdio de alguma tentativa de que as partes directamente envolvidas no conflito se venham sentar à mesa. É claro que o cessar-fogo e a disponibilidade para o diálogo é uma condição necessária, mas não é suficiente. Têm de acontecer outras questões.”Quais as outras questões, então? Basicamente, “há muitos interesses económicos por detrás disto”, lembra o analista, falando em “instrumentalização política da desordem”. De facto, o leste da República Democrática do Congo, que faz fronteira com o Ruanda, é uma região rica em recursos naturais e minerais. Ruanda é acusada pela RDC de usar o M23, liderado por tutsis, para saquear as riquezas dessa região, mas Kigali nega e diz que a RDC aí protege um grupo armado criado por hútus ruandeses, as Forças Democráticas de Libertação do Ruanda, responsáveis pelo genocídio de tutsis em 1994. O leste da RDC é assolado por conflitos justamente há 30 anos, mas o M23 ressurgiu no final de 2021 e a crise intensificou-se nos últimos meses com o avanço do grupo armado para as cidades de Goma e Bukavu, na fronteira com o Ruanda.“Há muitos interesses económicos por detrás disto. Era importante que também estes interesses fossem ou neutralizados ou, pelo menos, que se desse a transparência entre eles e dizer ‘Ok, podemos continuar a ter interesses económicos nessa região, mas vamos explorá-los num contexto de paz, não necessariamente a violência como um recurso para a melhor exploração dos minerais que existem na região'. Isto é que são as causas profundas do conflito. Tudo o resto, os avanços do M23, os discursos mais empolados, eu diria que são as causas dinâmicas, mas não necessariamente as causas profundas do próprio conflito. E é isto que ainda não se vislumbra: uma discussão à volta das grandes causas profundas que estão enraizadas naquela sociedade e quepermitem que o conflito tenha chegado a estes níveis”, acrescenta Sérgio Calundungo.O que é que muda com este anúncio inesperado desta quarta-feira, em que os dois lados "concordam em trabalhar para a conclusão de uma trégua", reafirmam “o seu compromisso com o fim imediato das hostilidades" e dizem que o cessar-fogo permanecerá em vigor até a conclusão das conversações?Até agora e desde o ressurgimento do M23 no final de 2021, o Presidente da RDC, Félix Tshisekedi, recusava negociações directas com o M23 e o seu braço político (AFC/M23). O que mudou para ele agora aceitar? Para Sérgio Calundundo, Félix Tshisekedi mostra um “reconhecimento implícito do poder de força que o M23 obteve” e admite que agora é “parte da solução do conflito”.“Eu creio que tardiamente, Tshisekedi percebe que o poder da força que tem não é tanto para conter o M23 e também vai percebendo que não vai encontrar uma saída pela via militar. Ou seja, de certa forma, por detrás dessa disponibilidade de conversação, há o reconhecimento implícito do poder de força que o M23 infelizmente obteve. E digo ‘infelizmente' na óptica da população daquela região. O M23 se agigantou nos últimos anos, fruto da negligência que as próprias autoridades congolesas foram dando ao problema. Antes, não passavam de forças negativas a quem havia de marginalizar na busca de solução, hoje, há a perceção de que se eles são parte do conflito, então automaticamente passam a ser parte da solução do conflito”, sublinha o nosso convidado.Sérgio Calundungo relembra, também, que “muita coisa mudou desde a entrada do Qatar” como mediador das negociações, aparecendo como “equidistante”, o que não acontecia, a seu ver, com Angola que “em determinados momentos teve uma posição firme, inequívoca, provavelmente ao abrigo daquilo que diz a União Africana em favor de uma das partes”. A favorecer a aparente eficácia do Qatar estarão, eventualmente, “outro tipo de promessas ou factores que não são conhecidos”, quanto mais não seja simplesmente “o melhorar a sua imagem como um país com forte influência na arena mundial”.Haverá, ainda, interesses económicos em causa? Recorde-se que o Qatar investiu já mais de mil milhões de dólares num futuro hub aeroportuário perto de Kigali e também se comprometeu em modernizar as instalações portuárias e aeroportuárias na RDC. Sérgio Calundundo admite que isso coloca o Qatar numa “posição de parceiro forte”, com o qual, no futuro, se pode “estabelecer relações económicas fortes e atrair investimentos para o território”.A 24 de Março, o Presidente angolano, João Lourenço -que liderava a mediação desde 2022 - anunciou o abandono dessa mediação, uma semana depois do encontro entre os presidentes congolês, Félix Tshisekedi, e ruandês, Paul Kagame, em Doha, a 18 de Março, dia em que Luanda deveria acolher a primeira ronda de conversações directas com o M23. Entretanto, no início de Abril, o Presidente do Togo, Faure Gnassingbé, foi oficialmente designado como novo mediador da União Africana para o conflito no Leste da RDC, sucedendo a João Lourenço. Paralelamente, as conversações teriam começado em Doha, em Abril, mas ainda não havia nenhuma comunicação oficial de ambas as partes. Será que, em um mês, o Qatar conseguiu o que Angola tentava desde 2022? Sérgio Calundungo responde assim: “Como numa partida de futebol, o árbitro não deve ser o mais visível, mas sim aqueles que estão a disputar. O Qatar está numa posição de arbitragem”.Estendendo a metáfora do futebol, se “prognósticos só no fim do jogo”, até que ponto esta promessa agora é plausível quando, desde o final de 2021, houve mais de meia dezena de tréguas que foram assinadas e depois violadas?“As pessoas mais cépticas perguntam o que é que há de diferente nessa trégua de cessar-fogo em relação a outra. Honestamente, ninguém vê grandes diferenças. Há mais um esforço negocial, há o reconhecimento de que o M23 já não é aquela força residual, aquelas forças negativas, mas sim um parceiro negocial. Isto claramente é diferente, mas não há grandes novidades em relação a qual é a garantia que temos que desta vez o cessar-fogo se vai cumprir. Independentemente de quem seja o medianeiro, eu queria valorizar a hipótese de nunca se abandonar a mesa de diálogo. Eu sei que estes acordos, às vezes, levam muito tempo - na nossa experiência de Angola, foram feitos vários acordos de cessar-fogo e muitos deles inesperadamente violados. Então, é preciso fazer esses anúncios, mas também comunicar as garantias de por que é que agora vai ser diferente. E isto não é muito claro no meu ponto de vista”, conclui Sérgio Calundungo.

Convidado
Papa Francisco foi "o pai, amigo e avô" que “provocou e exortou a Humanidade”

Convidado

Play Episode Listen Later Apr 21, 2025 10:14


O cardeal Américo Aguiar é um dos quatro cardeais portugueses que vão participar no conclave para a eleição do sucessor do Papa Francisco e espera que o escolhido dê continuidade ao legado de “fraternidade” que Francisco deixou. O mais jovem cardeal português diz que o Papa Francisco deu atenção às pessoas e às periferias mais diversas, que “provocou e exortou a Humanidade” com as suas mensagens e recorda-o como “um pai, um amigo e um avô” que se deliciou com pastéis de Belém na Jornada Mundial da Juventude em Lisboa. RFI: Qual é o legado que deixa o Papa Francisco?Cardeal Américo Aguiar: “A palavra que resume o pontificado, o legado, é ‘fraternidade'. Ou seja, o Papa Francisco, neste seu pontificado, desde 2013, provocou, convidou, exortou, sensibilizou a humanidade toda ao gosto de nos redescobrirmos verdadeiramente, irmãos. Que o outro, a outra, que é de outro país, que é de outra religião, que é de outra raça, que é de outra proveniência, que é de outra sensibilidade, que tem gostos diversos, não é um problema, nem um obstáculo, nem uma ameaça, é um irmão. Sendo um irmão, somos todos irmãos e todos juntos somos capazes de fazer o que for necessário para a felicidade e para a alegria de “todos, todos, todos”, como nos ensinou o Papa Francisco em Lisboa. É, por isso, que eu acho que o grande legado, acima de tudo, a grande herança com que ficámos todos, cristãos, católicos, não crentes, é este desafio, a redescoberta desta fraternidade universal.”Essa mensagem de fraternidade não foi um pouco manchada por algumas críticas. É que o Papa Francisco suscitou tanto fervor, quantas críticas… Quais foram as medidas que, se calhar, mudaram uma página no Vaticano? “O que o Papa Francisco nos propôs, o que o Papa Bento XVI nos propunha, o que o nosso querido e saudoso Papa João Paulo II também nos propôs, foi sempre o Evangelho e o Evangelho, já no tempo de Jesus, teve as consequências que teve. Eu acredito que cada homem, cada mulher, cada crente, cada homem e mulher de boa vontade, em cada circunstância, faz uma leitura dos acontecimentos e reage e adere ou não adere àquilo que são as propostas. O Papa Francisco foi-nos acompanhando, foi-nos provocando para esse caminho. Há coisas que ficaram resolvidas e decididas, outras que não, mas sempre naquilo que ele nos pedia que aprendêssemos com o estilo sinodal, ou seja, ouvirmo-nos todos uns aos outros, cada um tem uma opinião, cada um tem uma sensibilidade e, depois, escolhermos em conjunto aquilo que possa ser o caminho comum, apesar daquilo que nos torna diferenciados, por ventura. Esse é o desafio maior que nós temos pela frente. É óbvio que nestes 13 anos, quer na Igreja, quer fora da Igreja, há homens e mulheres que entenderam de modo diferente, sentem de modo diferente, mas isso nunca é problema, isso é a riqueza da diversidade dos filhos de Deus.”O combate aos abusos sexuais no seio da Igreja Católica foi uma das suas bandeiras. Foi uma luta que deu frutos?“Eu acredito, creio e sei que sim. Aliás, a situação que a sociedade, em geral, vive em relação à questão do abuso de menores não tem nada a ver com o antes. E ainda bem. Por exemplo, falando da situação de Portugal, o 2019 e depois de 2019, a situação é totalmente diferente. Nós aprendemos todos a colocar a vítima no lugar que lhe é devido, no respeito, na protecção, a fazer tudo para que nada se volte a repetir. Aquele slogan do Papa “tolerância zero” e “transparência total” fizeram caminho e fazem parte agora do quotidiano de todos. Infelizmente ainda não está resolvido na totalidade, seja no contexto da Igreja, seja no contexto da sociedade, mas é um assunto que temos de continuar a acompanhar, sem distrações sequer.”O Papa Francisco discursou sobre grupos marginalizados, sobre os refugiados, sobre a população LGBTQ+. Que peso é que estes discursos tiveram e podem continuar a ter? Haverá uma continuidade no seio do Vaticano?“Se eu falei há bocadinho de fraternidade, naquilo que significa a palavra legado, eu agora posso falar naquilo que foi uma marca muito portuguesa, muito Jornada Mundial da Juventude 2023 e que é o tal “todos, todos, todos”. Ou seja, o Papa dizia muitas vezes que o importante é a pessoa. Aliás, numa entrevista com jovens, a certa altura, ele diz que o importante é o substantivo, não os adjectivos. Portanto, nós temos que ter presente - e eu acredito e rezarei para que o próximo Papa, o próximo pontificado, não deixe de ter esta palavra e esta força desta palavra repetida no coração e na mente e naquilo que é a atenção às periferias mais diversas, mas, acima de tudo, às pessoas e a cada pessoa.”Mais do que rezar, o cardeal Américo Aguiar tem um poder de voto. No colégio cardinalício há quatro cardeais portugueses eleitores para o conclave que irá escolher o sucessor de Francisco. Há mais cardeais lusófonos: sete brasileiros, um cabo-verdiano e um timorense. Desta vez poderia haver um Papa de língua portuguesa?“Neste dia, esse não é propriamente o assunto nem mais prioritário, nem que deva merecer da minha parte alguma reflexão. O que eu quero que aconteça naquilo que disse é que nós nos abramos àquilo que será o sopro do Espírito Santo. Eu acredito profundamente que estes mais de 140 homens que estarão na Capela Sistina, cada um à sua maneira, com o seu modo de ser, com a sua história de vida, adaptar-se-à e adaptar-se-à com o seu coração e com a sua mente para sentir aquilo que o Espírito Santo de Deus diz à Igreja em relação àquilo que será o sucessor de Pedro.” Há 137 cardeais eleitores, 108 foram escolhidos pelo Papa Francisco. A sucessão do Papa Francisco deverá ser marcada pela continuidade daquilo que ele defendia? Acredita que isso pode acontecer? “Acredito, quero acreditar e, do que me toca a mim, farei para que assim seja.” O Papa Francisco apelou à acção no combate às alterações climáticas. Isto foi recordado pela ONU esta segunda-feira. Até que ponto foi importante esta mensagem?“Nós não podemos esquecer - e vou usar a imagem – que nunca tínhamos tido um ‘Papa verde' e, por isso, o Papa, quer com a ‘Laudato si', quer o ‘Laudato Deum', se não estou enganado, no quinto aniversário da ‘Laudato si', digamos que formalmente, institucionalmente e com documento formal da parte da Igreja assinado por um Papa, foi um pronunciamento muitíssimo importante para colocar a Igreja na frente daquilo que significa a salvaguarda do planeta, a urgência e o grito da Mãe Terra, do planeta, para aquilo que significa a possibilidade de não termos muita margem de manobra para salvaguardar o planeta que é a nossa casa comum. Os pronunciamentos do Papa, as suas palavras, os seus gestos e as suas decisões fizeram dele efectivamente o ‘Papa verde'.” Outra encíclica feita por ele foi um alerta contra o populismo e o neoliberalismo, a ‘Fratelli tutti”. Este foi também um combate, mas serviu para alguma coisa? No domingo de Páscoa, quando ele fez a última aparição pública, o seu testamento espiritual, digamos assim, foi para denunciar o populismo, o agravamento dos actuais conflitos armados, o desrespeito das liberdades fundamentais…“Isto tem tudo a ver com a palavra-chave que é a fraternidade. Eu explico: quando o bem comum sai do centro da mesa de reuniões, quando o bem comum desaparece da sala, desaparece a pessoa, o critério da pessoa humana. E quando o chefe de Estado, o chefe de um partido, o responsável de um governo, o pai de família, o bispo, o padre ou cardeal, quando sai do centro da preocupação a pessoa humana e o bem comum, as coisas começam a correr mal. E é o que nós temos assistido um pouquinho nos tempos que vivemos. Quando o Papa nos chama, nos exorta, nos provoca à fraternidade universal, está a colocar no meio da mesa, no meio da sala, no coração, no centro do coração, a preocupação pela pessoa, por cada pessoa. Acho que não precisamos de muitas explicações para entender que os tempos que vivemos agora não são de ter a pessoa no centro e muito menos o bem comum.”Conheceu pessoalmente o Papa Francisco? Como é que o descreve? “O mais normal que possa imaginar. Um pai, um amigo, um avô. E eu não posso esquecer, durante a preparação da Jornada Mundial da Juventude, em que várias vezes tivemos reuniões em privado. Não esqueço o abraço confortável, o cheirinho a café que partilhávamos.”O gosto pelo futebol?“Exactamente, o São Lourenço dele. Aqui em Lisboa, na Jornada Mundial da Juventude, no almoço com jovens, a certa altura, há uma jovem, que lhe pergunta se ele já tinha provado os pastéis de Belém. E ele olha para mim com ar de crítica e diz assim: ‘Já me falaram, mas ninguém me ofereceu.' E eu percebi e mandei uma mensagem ao presidente da Câmara, o engenheiro Carlos Moedas, para ele me salvar e enviar uns pastéis de nata que chegaram passado pouco tempo. Sei que nesse dia e no dia seguinte se maravilhou a degustar os pastéis de Belém!”

Invité Afrique
Conflit dans l'est de la RDC: «Le M23 a montré que son contrôle de la situation n'était pas total»

Invité Afrique

Play Episode Listen Later Apr 17, 2025 9:48


Pour essayer de résoudre le conflit meurtrier dans l'est de la RDC, l'Union africaine va chercher aujourd'hui un médiateur qui vient d'un pays très éloigné du théâtre des opérations. Il s'agit de Faure Gnassingbé, le président du Togo. Pourquoi ce choix ? A-t-il plus de chances de réussir que son prédécesseur, l'Angolais Joao Lourenço ? Pour l'Institut Ebuteli, Pierre Boisselet est responsable des recherches sur les violences en République Démocratique du Congo. Il répond aux questions de Christophe Boisbouvier.   RFI :  L'attaque des quartiers ouest de Goma le week-end dernier est-elle le signe que le M23 ne contrôle pas la totalité du territoire qu'il a conquis ces trois derniers mois dans l'est du Congo ?  Pierre Boisselet : Oui, en tout cas, c'est certainement le signe que leM23 n'est pas totalement en mesure d'assurer la paix et la sécurité dans le territoire sous son contrôle. Alors les événements du week-end dernier sont probablement les plus spectaculaires qui ont eu lieu, au moins depuis que le M23 a pris les villes de Goma et Bukavu, au début de l'année… Mais il y en a eu d'autres. On pense notamment aux explosions qui ont eu lieu à Bukavu peu après la conquête de cette ville, en marge d'un meeting de Corneille Nangaa. Il y a aussi eu ces derniers jours des incursions de miliciens wazalendo aux abords de la localité de Kavumu, au Sud-Kivu, où l'on trouve le principal aéroport de cette province du Sud-Kivu. Donc, on voit que, à plusieurs endroits et à plusieurs moments, le M23 a montré que son contrôle de la situation n'était pas total.Il y a un mois, le M23 s'est emparé aussi de la ville de Walikale, sur la route de Kisangani. Et puis, quelques jours plus tard, le mouvement rebelle s'est retiré de cette position importante. Est-ce un retrait stratégique ou politique ? Alors, c'est probablement un peu des deux. Ce qu'on peut dire, c'est qu'on a constaté que le M23 avait beaucoup de difficultés à maintenir ses lignes logistiques jusqu'à cette localité de Walikale qu'il venait de conquérir, notamment la route entre Masisi et Walikale n'était pas du tout sécurisée et les convois étaient à la merci d'attaques de harcèlement. Mais par ailleurs, ce retrait est aussi intervenu au moment où les discussions étaient relancées par le Qatar. Une des conséquences de la prise de Walikale, ça a été la fermeture de la mine d'Alphamin qui est contrôlée par des capitaux américains. Et donc voilà, le fait qu'il se soit retiré, ça a permis l'annonce au moins de la reprise de la production dans cette mine. Donc on peut imaginer qu'il y a pu aussi avoir des pressions politiques qui ont abouti à ce retrait.Et le retrait du M23 de Walikale a coïncidé avec la visite d'un émissaire américain à Kigali ?Tout à fait, Monsieur Boulos, qui d'ailleurs a lui-même annoncé la reprise des activités d'Alphamin dont je parlais à l'instant. Donc voilà, on peut imaginer qu'il y a eu un message de passé à cette occasion.Y a-t-il eu un deal entre messieurs Trump et Kagame ?Alors… Là, je ne saurais m'avancer jusque-là. Ce qu'on sait, c'est qu'il y a eu des discussions. Alors en réalité, surtout entre le gouvernement congolais et le gouvernement américain sur l'accès aux immenses ressources minérales congolaises. Alors est-ce qu'il y a eu d'autres négociations parallèles ? Ça, je ne le sais pas.Du côté des médiations internationales, le Qatar a réussi un joli coup, c'était le 18 mars dernier, quand il a réuni les présidents Tshisekedi et Kagame à Doha. Mais est-ce que cela n'a pas été un succès sans lendemain ? Alors c'est peut-être un tout petit peu tôt pour l'affirmer, mais c'est vrai que ça n'a pas forcément embrayé avec un processus très convaincant, je dirais. On sait que, depuis ce 18 mars, il y a eu des délégations du M23 et du gouvernement congolais qui devaient se rencontrer à Doha pour poursuivre sur la lancée du sommet. Mais à ce stade, il y a vraiment peu d'écho. Il semblerait qu'il y ait assez peu d'avancées dans ces discussions qui ont donc suivi le sommet.Dernière surprise, c'était le week-end dernier :  l'Union africaine a désigné le président togolais Faure Gnassingbé comme nouveau médiateur à la place de l'Angolais João Lourenço. Est-ce que João Lourenço se heurtait à la méfiance de Paul Kagame ? Ce qui n'est peut-être pas le cas du nouveau médiateur togolais ? Alors ce qui est certain, c'est que le Togo entretient de très bonnes relations avec le Rwanda. Ce qui était peut-être un peu moins le cas de João Lourenço. Donc ça, ça peut être un point positif.Faure Gnassingbé s'entend bien aussi avec Felix Tshisekedi ?Oui, il semblerait. Et donc, l'arrivée fracassante du Qatar dans cette médiation n'avait pas forcément été anticipée par l'Union africaine et l'a quelque peu marginalisée. Donc probablement qu'il s'agit aussi, au moins en partie, de replacer l'Union africaine dans cette médiation.En allant chercher un pays en Afrique de l'Ouest, très loin du théâtre des opérations ?Oui, notamment. Alors c'est vrai que, contrairement à João Lourenço d'ailleurs, le président togolais ne siège dans aucune de ces deux organisations que sont la SADEC et l'EAC, dont on connaît les tensions. Et donc ça pourrait lui donner un avantage en termes de neutralité. Mais peut-être que la difficulté, par contre, ça sera pour le président togolais d'arriver à convaincre les deux présidents d'arriver à un compromis. On ne voit pas forcément de quel moyen de pression, il dispose pour leur tordre le bras et y arriver.À lire aussiConflit dans l'est de la RDC: le président togolais désigné médiateur par l'Union africaine

Debate 93
24/03/2025: Paternidade de Deus, com Pr Rodrigo Lourenço, Virginia Pelles, Pr Carlos Gilmar e Pr Gilson Paulo

Debate 93

Play Episode Listen Later Apr 17, 2025


Deus é pai, mas como O enxergar como Pai quando o nosso pai da terra foi péssimo?! Não perde este Debate 93!!

Appels sur l'actualité
[Vos questions] RDC/Rwanda : un nouveau médiateur ?

Appels sur l'actualité

Play Episode Listen Later Apr 9, 2025 19:30


Les experts et journalistes de RFI répondent à vos questions sur la loi sur la chefferie traditionnelle au Bénin et les négociations entre Washington et Téhéran sur le nucléaire. RDC/Rwanda : un nouveau médiateur ?Le président angolais à la tête de l'Union africaine, également ancien médiateur entre Kinshasa et Kigali, a proposé le nom de Faure Gnassingbé pour poursuivre la médiation. Pourquoi le choix de João Lourenço s'est-il porté sur son homologue togolais ? Quelles relations Faure Gnassingbé entretient-il avec les deux parties ?Avec Patient Ligodi, journaliste au service Afrique de RFI. Bénin : les chefs traditionnels réduits au silence politique ?Les députés ont adopté une loi visant « à clarifier et structurer » la chefferie traditionnelle au Bénin. Le texte interdit désormais aux rois et chefs traditionnels de s'impliquer dans la vie politique du pays sous peine de sanctions. Comment expliquer cette nouvelle disposition ? Comment les principaux concernés réagissent-ils ?Avec Jean-Luc Aplogan, correspondant de RFI à Cotonou.Iran/États-Unis : des discussions en cours sur le nucléaireAlors que Washington et Téhéran n'ont plus de relations diplomatiques depuis 45 ans, Donald Trump a annoncé des discussions « directes » sur le nucléaire iranien. Quelle est la position de l'Iran concernant ces négociations ? Pourquoi reprendre le contact maintenant alors que Donald Trump avait, lors de son premier mandat, retiré les États-Unis de l'accord sur le nucléaire iranien ?Avec Thierry Coville, chercheur à l'Iris (Institut de relations internationales et stratégiques), spécialiste de l'Iran. 

Happy Work
#2209 - Tout savoir sur... Comment (toujours) améliorer le bien-être des salariés - Interview de Daniel Lourenço - Head of People Operations France - OCTOPUS ENERGY

Happy Work

Play Episode Listen Later Apr 6, 2025 23:24


Curieux de découvrir le secret des entreprises où il fait bon travailler ? Je vous invite à écouter cette interview de Daniel Lourenço, Head of People Operations France chez Octopus Energy.Pourquoi cette interview ? Parce qu'Octopus Energy est certifiée Great Place To Work et je me posais la question suivante : mais que peux faire une entreprise qui est déjà une Great Place To Work ? Quoi de mieux ? Quoi de plus ?Daniel Lourenço partage son expérience au sein d'Octopus Energy France, filiale d'un groupe britannique devenu le premier fournisseur d'électricité verte au Royaume-Uni en neuf ans. Une réussite que le groupe développe maintenant en France.L'interview révèle les défis humains d'une entreprise passée de 40-50 personnes à une scale-up en expansion. Comment maintenir une culture d'entreprise de qualité dans ce contexte de croissance rapide ? Quelles pratiques ont permis à Octopus Energy d'obtenir cette certification Great Place To Work et surtout... quels sont les défis pour les années à venir pour toujours améliorer le bien-être des salariés ? J'ai trouvé notre conversation riche en enseignements sur les ressources humaines repensées et l'avenir du secteur énergétique.Une écoute intéressante pour celles et ceux qui s'intéressent au management innovant et aux entreprises qui placent le bien-être de leurs collaboratrices et collaborateurs au cœur de leur stratégie.Soutenez ce podcast http://supporter.acast.com/happy-work. Hébergé par Acast. Visitez acast.com/privacy pour plus d'informations.

DW em Português para África | Deutsche Welle
2 de Abril de 2025 - Jornal da Manhã

DW em Português para África | Deutsche Welle

Play Episode Listen Later Apr 2, 2025 20:00


Parlamento moçambicano debate hoje proposta de lei do acordo político para pacificar o país. RENAMO lamenta que acordo não preveja amnistia de Venâncio Mondlane. Presidente João Lourenço volta a estar na mira em Angola por autorizar demasiados "ajustes diretos". Fugas nas prisões da Nigéria revelam falhas nos serviços secretos, defende analista.

SBS Portuguese - SBS em Português
Festa do Bairro Português em Sydney: Alma Portuguesa e Sabor a Casa

SBS Portuguese - SBS em Português

Play Episode Listen Later Apr 1, 2025 10:04


Cultura e tradição portuguesas foram celebradas com todo o fulgor, no Festival do Bairro Português, em Sydney. A SBS em Português marcou presença no evento e entrevistou participantes portugueses. No episódio de hoje, apresentamos-lhe João, Vanessa, Jacinta, Otília, Lourenço, Gonçalo e Francisco.

Semana em África
Angola retira-se da mediação do conflito no leste da RDC, mas mantém negociações

Semana em África

Play Episode Listen Later Mar 28, 2025 8:23


Os Presidentes de Angola e da República Democrática do Congo reafirmaram boas relações e garantiram manter consultas sobre a crise no leste da RDC, apesar de Angola ter deixado a mediação do conflito no leste do país. Em Moçambique, o Presidente Daniel Chapo reuniu-se com o antigo candidato presidencial, Venâncio Mondlane, para promover a estabilidade. No Sudão, o exército retomou Cartum após quase dois anos de guerra contra as Forças de Apoio Rápido, um avanço simbólico na recuperação da capital. Os Presidentes de Angola e da República Democrática do Congo, João Lourenço e Félix Tshisekedi, estiveram esta terça-feira reunidos, em Luanda, onde reafirmaram as boas relações entre os dois países. Apesar da saída de Angola da mediação do conflito no leste da RDC, João Lourenço esclareceu que isso "não significa o distanciamento das relações diplomáticas entre os países implicados". No entanto, havia desconfiança sobre a neutralidade angolana, especialmente por parte do Ruanda e do grupo M23. Segundo o coordenador do Observatório Político e Social de Angola, Sérgio Camundongo, “havia um mal-estar, provavelmente mais do lado do Ruanda, quer do M23, com a mediação angolana”.Em Moçambique, o Presidente Daniel Chapo encontrou-se com Venâncio Mondlane para promover a estabilidade nacional. Daniel Chapo destacou que “foi um bom encontro porque vai permitir estabilizar Moçambique politicamente, socialmente e economicamente”. Entre os acordos alcançados, Venâncio Mondlane anunciou garantias de assistência médica gratuita para os feridos nos protestos pós-eleitorais, incluindo membros da polícia e da Frelimo, além de um consenso para conceder indultos a detidos. O antigo candidato presidencial reforçou que "deve acabar todo o tipo de violência contra aqueles que não estiverem de acordo connosco".Em São Tomé e Príncipe, o Orçamento Geral do Estado foi aprovado com um tecto financeiro de 265 milhões de euros. O documento prevê um crescimento do PIB em 3 ponto percentuais, redução da inflação em 7 ponto percentuais e investimentos em saúde, educação e infraestrutura.No Sudão, o exército anunciou a retomada da capital Cartum após quase dois anos de conflito contra as Forças de Apoio Rápido. A investigadora independente em assuntos de geopolítica no Corno de África e Médio Oriente, Ana Cascão, destacou que esta guerra é atípica porque “começou na capital, o que não é normal”, e que a recuperação de Cartum é “simbólica no sentido de recuperar território que é importante recuperar”. 

Invité Afrique
RDC: «Le compromis avec le M23 ne peut passer que si le président Kagame l'avalise»

Invité Afrique

Play Episode Listen Later Mar 27, 2025 11:02


Notre Grand Invité Afrique aujourd'hui est Christophe Lutundula, président de la Commission des Affaires Étrangères du Sénat de la République démocratique du Congo. L'ancien ministre des Affaires étrangères du Congo-Kinshasa est de passage Paris, où il séjourne dans le cadre d'une mission de travail conduite par le président du Sénat français. Mercredi, il a été reçu par les sénateurs de la commission des Affaires Étrangères. Christophe Lutundula est interrogé par Esdras Ndikumana. RFI :  Vous venez d'être auditionné par la commission des Affaires Étrangères du Sénat français. Quel message leur avez-vous adressé ? Christophe Lutundula : Notre message est simple. Il y a nécessité pour la communauté internationale de renforcer les sanctions contre le Rwanda et son président pour obtenir que la résolution 2773 du Conseil de sécurité, la demande unanime de la communauté internationale de cessez-le-feu, le retrait des troupes rwandaises de la RDC et de mise en œuvre du plan de démantèlement des FDLR, que tout cela soit appliqué, que ça devienne des réalités. La France est un pays membre permanent du Conseil de sécurité. La France est un pays qui participe au leadership de l'Union européenne et avec lesquels nous nous retrouvons au sein d'une communauté, la Francophonie. Donc c'est normal que nous puissions visiter nos collègues pour les sensibiliser afin que la France assume totalement ses responsabilités. Que le gouvernement français participe activement à cette démarche-là.Alors, vous êtes ici pour donner ce message, alors que le processus de Luanda que vous aviez entamé en tant que chef de la diplomatie congolaise vient de se conclure par un échec. Pourquoi selon vous ? Je ne pense pas que c'est un échec. Le président Lourenço a accompli sa mission. Je crois que tout le monde oublie rapidement la mission qui a été confiée par l'Union africaine. C'était de maintenir le dialogue entre le Rwanda et la RDC pour résoudre les conflits qui les opposent. Et aujourd'hui, le président de Lourenço, grâce à lui, on a obtenu des solutions acceptées par toutes les parties. Si le président Kagame n'avait pas refusé de venir en Angola le 15 décembre, on aurait signé, on serait passé maintenant à la phase d'exécution.À lire aussiEst de la RDC: l'Angola annonce abandonner sa médiation entre Kinshasa et KigaliJusqu'ici, en fait, on avait un médiateur, le chef de l'État angolais, un président très influent sur le continent africain, qui a finalement jeté l'éponge et qui va être remplacé cette fois par un panel de cinq anciens chefs d'État qui vont suivre une feuille de route qui a été concoctée par l'EAC et la SADEC. Est-ce que cela n'a pas rendu caduc ce qui avait été convenu avant ? Ce n'est pas un nouveau processus qui commence maintenant ?C'est ce qu'il faut éviter. Effectivement, le danger est réel, de recommencer. Et là, vraiment, on ne le souhaite pas, c'est une crainte qui est réelle. L'autre crainte, parce que ça fait quand même un peu trop de cuisiniers, je crois que c'est une première en Afrique, qu'on ait une médiation à cinq. Il faut craindre de la lenteur alors qu'il y a une urgence à la fois politique, sécuritaire et humanitaire.Je ne sais pas si vous avez constaté que, en fait, il n'y a plus de Nairobi à part. Il n'y a plus de Luanda à part. Il y a un processus qui est fusionné aujourd'hui. Il y a une nouvelle feuille de route qui parle de négociations directes entre le gouvernement congolais et l'AFC/M23, aujourd'hui, c'est comme ça qu'il s'appelle. Est-ce que le gouvernement congolais ne sera pas obligé de s'y plier ? La fusion n'est pas une bonne chose à mon avis. Luanda et Nairobi sont complémentaires, certes, mais sont distinctes. Donc, vous les fusionnez, première conséquence et qui est dangereuse : c'est que cela veut dire qu'on légitime les arguments du président Kagame qui a toujours dit « pas de problème, c'est un problème entre Congolais » et lui, il est dédouané. La deuxième conséquence, elle n'est pas des moindres, si ou tant qu'on n'a pas encore trouvé un compromis avec le M23. L'Armée rwandaise est fondée à rester en RDC alors que nous savons que le compromis avec le M23 ne peut passer que si le président Kagame avalise, c'est-à-dire que s'il contient les désidératas, le président Kagame notamment d'avoir un espace d'exploitation économique, un espace d'influence. C'est ça les conséquences qu'on ne peut pas minimiser.Et la question de la négociation directe entre le gouvernement et le M23, vous êtes pour ou contre ? C'est un problème qui ne se pose pas. Pour quelle raison ? Parce que, si on entreprend une opération pour humilier le président Tshisekedi, pour humilier le peuple congolais, certainement, je ne peux pas accepter.Comment est-ce que le gouvernement congolais, selon vous, pourrait contraindre le M23 à rendre les parties qu'il a conquises sans négocier ? Le M23 n'existe pas. C'est l'armée rwandaise, c'est une évidence qui ne se discute plus. Que le Rwanda sorte de la RDC parce qu'on nous dit que c'est un problème congolo-congolais et qu'on nous laisse résoudre nos problèmes !À écouter aussiEchec du sommet de Luanda: «On est une nouvelle fois dans l'impasse»

Appels sur l'actualité
[Vos questions] Sénégal : le FMI confirme la dette « cachée » de Macky Sall

Appels sur l'actualité

Play Episode Listen Later Mar 26, 2025 19:30


Les experts et journalistes de RFI répondent à vos questions sur la fin de la médiation angolaise entre la RDC et le Rwanda, un cessez-le-feu accepté en mer Noire pour l'Ukraine et la Russie et des informations militaires confidentielles envoyées par erreur à un journaliste américain. Sénégal : le FMI confirme la dette « cachée » de Macky Sall  Le Fonds Monétaire International a confirmé le rapport de la Cour des comptes publié en février 2025, attestant alors que l'administration de Macky Sall a délibérément camouflé une datte de sept milliards de dollars entre 2019 et 2024. Comment une dette aussi importante a-t-elle pu être cachée pendant plusieurs années sans être détectée plus tôt ? Que risque l'ancien président ? Depuis ces révélations des autorités sénégalaises, le programme d'aides du FMI au Sénégal est suspendu. Quelles conditions le pays doit-il remplir pour que ce programme soit rétabli ?Avec Léa-Lisa Westerhoff, correspondante permanente de RFI à Dakar. RDC/Rwanda : clap de fin pour la médiation angolaise  Après plus de deux ans de médiation entre la République démocratique du Congo et le Rwanda, le président João Lourenço renoncé à poursuivre sa médiation censée aboutir à un accord de paix durable entre les deux pays. Comment expliquer une telle décision ? Quel autre pays africain pourrait prendre la relève de l'Angola ?Avec Patient Ligodi, journaliste au service Afrique de RFI.Guerre en Ukraine : fin des hostilités en mer Noire ? Après de longues discussions à Riyad sous la médiation américaine, Moscou et Kiev ont conclu un accord de cessez-le-feu en mer Noire, où 30% de la flotte russe a été détruite par l'Ukraine. Comment les Ukrainiens ont-ils pris le dessus sur ce front alors qu'ils ne possèdent pas une marine de guerre ? Quelles conséquences pour Moscou ?Avec Ulrich Bounat, analyste en géopolitique, spécialiste de l'Europe centrale et de l'Est, chercheur associé à l'Institut Open Diplomacy.  États-Unis : des plans militaires envoyés par erreur à un journaliste  Le numéro de téléphone du rédacteur en chef du magazine américain The Atlantic a été ajouté par erreur à un groupe de discussions dans lequel se trouvaient le secrétaire d'État américain, le vice-président ou encore le patron de la CIA. C'est ainsi que ce journaliste a reçu le plan détaillé des frappes que les États-Unis allaient mener deux heures plus tard contre les rebelles Houthis au Yémen. Comment la Maison Blanche justifie-t-elle une telle erreur ?Avec Jérémy Ghez, professeur en Affaires internationales à HEC Paris, spécialiste des États-Unis. 

O Sargento na Cela 7
Episódio 2: Canetas que disparam balas | O Misterioso Engenheiro Jardim

O Sargento na Cela 7

Play Episode Listen Later Mar 24, 2025 40:15


Jorge Jardim admira James Bond e tenta copiar o agente secreto britânico em tudo. A casa onde mora com a família em Moçambique é digna de um filme do espião mais famoso do mundo, com torre de controlo e uma pista de aterragem para o seu avião privado. Em janeiro de 1961, Jardim viaja para o Brasil para tentar resolver um caso que centra todas as atenções do mundo: o impasse do sequestro do paquete Santa Maria. Nesse mesmo ano, segue para Angola para combater no início da guerra em África. Anos mais tarde, quando o conflito se estende finalmente a Moçambique, recebe uma nova missão. Tem de entrar em contacto com um poderoso homem em África. "O Misterioso Engenheiro Jardim" é o novo Podcast Plus do Observador. É narrado por Lourenço Ortigão e a banda sonora original é de HMB. Pode ouvir semanalmente os episódios de "O Misterioso Engenheiro Jardim" na playlist própria do podcast na Apple Podcasts, Spotify, Youtube ou outras plataformas de podcast. Os assinantes standard e premium do Observador têm acesso antecipado a todos os episódios no site do Observador. See omnystudio.com/listener for privacy information.

Piratinha do Ar
Episódio 2: Canetas que disparam balas | O Misterioso Engenheiro Jardim

Piratinha do Ar

Play Episode Listen Later Mar 24, 2025 40:15


Jorge Jardim admira James Bond e tenta copiar o agente secreto britânico em tudo. A casa onde mora com a família em Moçambique é digna de um filme do espião mais famoso do mundo, com torre de controlo e uma pista de aterragem para o seu avião privado. Em janeiro de 1961, Jardim viaja para o Brasil para tentar resolver um caso que centra todas as atenções do mundo: o impasse do sequestro do paquete Santa Maria. Nesse mesmo ano, segue para Angola para combater no início da guerra em África. Anos mais tarde, quando o conflito se estende finalmente a Moçambique, recebe uma nova missão. Tem de entrar em contacto com um poderoso homem em África. "O Misterioso Engenheiro Jardim" é o novo Podcast Plus do Observador. É narrado por Lourenço Ortigão e a banda sonora original é de HMB. Pode ouvir semanalmente os episódios de "O Misterioso Engenheiro Jardim" na playlist própria do podcast na Apple Podcasts, Spotify, Youtube ou outras plataformas de podcast. Os assinantes standard e premium do Observador têm acesso antecipado a todos os episódios no site do Observador. See omnystudio.com/listener for privacy information.

O Encantador de Ricos
Episódio 2: Canetas que disparam balas | O Misterioso Engenheiro Jardim

O Encantador de Ricos

Play Episode Listen Later Mar 24, 2025 40:15


Jorge Jardim admira James Bond e tenta copiar o agente secreto britânico em tudo. A casa onde mora com a família em Moçambique é digna de um filme do espião mais famoso do mundo, com torre de controlo e uma pista de aterragem para o seu avião privado. Em janeiro de 1961, Jardim viaja para o Brasil para tentar resolver um caso que centra todas as atenções do mundo: o impasse do sequestro do paquete Santa Maria. Nesse mesmo ano, segue para Angola para combater no início da guerra em África. Anos mais tarde, quando o conflito se estende finalmente a Moçambique, recebe uma nova missão. Tem de entrar em contacto com um poderoso homem em África. "O Misterioso Engenheiro Jardim" é o novo Podcast Plus do Observador. É narrado por Lourenço Ortigão e a banda sonora original é de HMB. Pode ouvir semanalmente os episódios de "O Misterioso Engenheiro Jardim" na playlist própria do podcast na Apple Podcasts, Spotify, Youtube ou outras plataformas de podcast. Os assinantes standard e premium do Observador têm acesso antecipado a todos os episódios no site do Observador. See omnystudio.com/listener for privacy information.

Revue de presse Afrique
À la Une: rendez-vous manqué à Luanda

Revue de presse Afrique

Play Episode Listen Later Mar 18, 2025 4:19


Revirement de dernière minute… La délégation de l'AFC-M23 ne se rendra pas ce mardi dans la capitale angolaise pour parler de la paix dans l'est de la RDC.La rébellion justifie cette annulation, précise Jeune Afrique, « par l'annonce, hier, de nouvelles sanctions imposées par l'Union européenne. Ces mesures visent plusieurs membres du M23, dont le président de sa branche politique, Bertrand Bisimwa, qui avait été officiellement invité par l'Angola à participer au dialogue. Outre des officiers rwandais sanctionnés pour leur soutien aux rebelles, ces mesures ciblent aussi différents cadres du mouvement, dont le “colonel“ John Imani Nzenze, chargé du renseignement au sein du M23, ou encore John Musanga Bahati, alias “Erasto“, nommé “gouverneur“ du Nord-Kivu après la prise de Goma ». « Sabotage ! »« L'AFC-M23 évoque (donc) un sabotage du processus de paix, pointe le site congolais Actualité CD. Le groupe rebelle estime que ces décisions (notamment les sanctions européennes) renforcent la position du président Félix Tshisekedi, qu'il accuse de poursuivre une politique belliciste. L'AFC-M23 affirme également que les forces congolaises et leurs alliés poursuivent leurs offensives sur plusieurs fronts, notamment par des bombardements aériens et l'utilisation de drones de combat CH-4. Selon le mouvement, ces attaques rendent toute négociation impossible ».« Presque simultanément aux sanctions européennes, relève pour sa part Le Monde Afrique, le Rwanda a décidé de “rompre les relations diplomatiques avec effet immédiat“ avec la Belgique. Kigali accuse l'ex-puissance coloniale d'avoir “pris parti [pour Kinshasa] bien avant et pendant le conflit en cours [en RDC]“ ».Le M23 en position de force…Afrikarabia, site spécialisé sur la RDC s'interroge : « le choix de l'Union européenne d'annoncer des sanctions contre le M23 et le Rwanda la veille de négociations à Luanda était-il vraiment judicieux ? Et est-ce que l'annulation de la rencontre entre le M23 et le gouvernement congolais n'arrange finalement pas tout le monde ? Sur le carambolage de calendrier entre l'annonce de l'Union européenne et les négociations de Luanda, on peut clairement dire qu'il s'agit d'une erreur, estime Afrikarabia, permettant d'offrir, sur un plateau, un prétexte idéal au M23 pour claquer la porte. D'autant que les Européens planchent sur ces sanctions depuis plusieurs semaines. On peut également se demander, pointe encore le site, si les rebelles et Kinshasa avaient vraiment envie de cette rencontre surprise, organisée dans la précipitation par João Lourenço ? Le M23 est dans une telle position de force militaire qu'il peut tout se permettre en restant maître du jeu et des horloges ».En effet, « gagner du temps est plutôt favorable aux rebelles, qui continuent d'avancer sur le terrain, notamment en progressant vers la ville de Walikale. Face à une armée congolaise qui n'est plus offensive, le M23 peut espérer s'emparer de nouveaux territoires, au Nord, à l'Ouest et au Sud, laissant ainsi Kinshasa avec des marges de manœuvre de plus en plus limitées lorsqu'il sera venu le temps de négocier. Quant au pouvoir congolais, relève encore Afrikarabia, on sait que le président Tshisekedi, qui a répété à l'envi pendant de longs mois qu'il ne négocierait jamais avec le M23, semble vouloir retarder le moment fatal où il sera bientôt obligé de s'asseoir en face de la rébellion ».Responsable…Pour Ledjely en Guinée, « le M23 porte l'entière responsabilité de cette autre occasion manquée. Si les autorités congolaises avaient réussi à surmonter leurs réticences à dialoguer directement avec les rebelles, ce sont finalement ces derniers qui ont opté pour le boycott et la chaise vide. Ce choix du M23 est d'autant plus condamnable qu'il révèle le manque d'intérêt du mouvement rebelle pour le rétablissement de la paix et de la tranquillité. En particulier, se cacher derrière les sanctions adoptées hier par l'Union européenne pour refuser de participer aux négociations relève d'un chantage malsain ».Qui sera le « bon sapeur-pompier » ?Alors « et maintenant ? », s'interroge WakatSéra au Burkina Faso. « Que vaudra la “feuille de route“ accouchée par les ministres des Affaires étrangères de la Communauté de l'Afrique de l'Est et de la Communauté de développement d'Afrique australe, au cours de leur rencontre conjointe d'Harare, hier, sur la base des recommandations des chefs d'état-major des deux régions ? Luanda reviendra-t-il encore à l'ordre du jour, avec les sanctions prises et celles en vue, et que l'AFC-M23 pointe du doigt comme un frein à la marche vers la sortie de conflit ? (…) Pour le moment, soupire WakatSéra, la RDC attend toujours le bon sapeur-pompier, alors que les ingrédients s'accumulent dans la marmite et la rendent davantage explosive ! »

Explicador
Podcast Plus - O Misterioso Engenheiro Jardim

Explicador

Play Episode Listen Later Mar 18, 2025 16:40


Em dia de estreia do novo Podcast Plus do Observador “O Misterioso Engenheiro Jardim”, recebemos quem lhe deu vida. Um podcast narrado pelo Lourenço Ortigão com banda sonora dos HMB. See omnystudio.com/listener for privacy information.

Revue de presse Afrique
À la Une: Goma coupée du monde…

Revue de presse Afrique

Play Episode Listen Later Mar 17, 2025 4:25


Aéroport fermé, système bancaire paralysé… « L'économie de la capitale du Nord-Kivu, (dans l'est de la RDC), conquise fin janvier par le M23 et ses alliés rwandais, est au point mort. »C'est ce que constate l'envoyé spécial du Monde Afrique. « Un mois et demi après la prise de la ville (…), les affrontements ont cessé. Mais le désespoir, faute de clients, gagne les cœurs des commerçants du marché de Birere comme d'une grande partie des habitants de la capitale provinciale, suspendue dans une situation d'entre deux. Certes, ce ne sont plus les explosions de la guerre. Elle s'est déplacée plus au sud, vers les hauts plateaux d'Uvira. Mais ce n'est pas non plus la paix. »L'activité économique de Goma est paralysée. L'aéroport est toujours fermé. Impossible d'importer des marchandises, notamment les biens de première nécessité qui transitaient principalement par les airs. Le système bancaire est bloqué. Impossible de retirer de l'argent liquide.Et « parallèlement, relève encore Le Monde Afrique, il faut des talents de funambule pour traiter avec ce nouveau pouvoir aux contours incertains ». « On ne sait pas qui fait quoi au sein des nouvelles autorités ?, explique un activiste de la société civile. Qui des militaires – rwandais ou du M23 – ou des politiques de l'AFC de Corneille Nangaa décide quoi ? Il vaut mieux n'en froisser aucun et être extrêmement prudent ». « La sécurité s'est améliorée, mais la nuit, dans les quartiers, on entend le bruit des balles, témoigne un habitant. Des bandits, comme avant ? Des prisonniers évadés ? Des anciens FARDC ou miliciens Wazalendo traqués par le M23 ? Là-dessus non plus, on ne sait pas où on va“. »Des négociations mal engagées…Demain mardi, des négociations de paix doivent s'ouvrir à Luanda en Angola. Mais l'heure n'est guère à l'optimisme… Kinshasa annonce qu'elle va envoyer une délégation sur place, mais sans en préciser la composition et surtout sans s'engager à rencontrer directement la délégation du M23.De son côté, rapporte Jeune Afrique, le mouvement rebelle accuse le gouvernement congolais « d'utiliser des avions de chasse et des drones pour bombarder ces derniers jours “des zones densément peuplées. Cette escalade meurtrière […] témoigne de la volonté du régime de Kinshasa de torpiller le dialogue tant attendu“, affirme le porte-parole du M23 et de l'AFC, Lawrence Kanyuka. »Et pour sa part, pointe encore Jeune Afrique, « le président angolais João Lourenço, médiateur du conflit, a appelé samedi à un cessez-le-feu dès dimanche minuit, un appel auquel aucun des belligérants n'a répondu. »Résultat, les médias congolais restent très prudents… « À la veille des négociations, incertitudes sur le cessez-le-feu et tensions persistantes sur le terrain », titre le site Actualité CD. « La méfiance demeure entre les parties, et les affrontements se poursuivent. (…) Dans le territoire de Kabare, au Sud-Kivu, un affrontement entre des combattants Wazalendo et des éléments du M23 a été signalé vendredi à Cirunga. Au Nord-Kivu, la situation s'est également dégradée. Les rebelles du M23 se sont emparés, mercredi dernier, de la localité de Kashebere, dans le territoire de Walikale. »La rébellion en position de force ?Alors, « une chose est sûre, relève Afrikarabia, site spécialisé sur la RDC, les négociations de Luanda demain mardi, si elles ont réellement lieu, se dérouleront dans un rapport de force très déséquilibré, et très favorable au M23 et à son soutien rwandais. Même si un cessez-le-feu a été demandé par le médiateur angolais, la rébellion a (donc) poursuivi ces derniers jours son avancée vers l'Ouest, et la ville de Walikale, rencontrant toujours une résistance extrêmement faible de l'armée régulière congolaise et de ses milices supplétives. Une situation militaire qui laisse à Kinshasa une marge de manœuvre extrêmement réduite autour de la table des négociations. »En tout cas, résume Afrik.com, « la RDC se trouve à un moment charnière de son histoire. La position du Rwanda, accusé de soutenir le M23, demeure un facteur clé, tout comme la volonté des différents acteurs d'aboutir à une paix durable. Le gouvernement congolais devra jongler entre les aspirations des populations locales, les exigences diplomatiques et les contraintes militaires pour trouver une issue favorable à cette crise. Une chose est certaine, conclut Afrik.com : la stabilité et l'avenir de l'est de la RDC dépendront largement des décisions qui seront prises dans les prochains jours à Luanda. »

Journal de l'Afrique
Une médiation et beaucoup d'attentes : la RDC et le M23 invités à des discussions à Luanda

Journal de l'Afrique

Play Episode Listen Later Mar 16, 2025 14:54


En RD Congo, c'est une semaine de rendez-vous pour le dossier du conflit dans l'est du pays. Les ministres de la SADC et de l'EAC doivent se réunir lundi. Les autorités congolaises et le mouvement armé M23 sont, eux, invités pour des discussions mardi 18 mars à Luanda, en Angola. Entre-temps, le médiateur João Lourenço a appelé à un cessez-le-feu dans l'Est de la RDC.

Semana em África
Luanda à espera das “negociações directas” entre RDC e M23

Semana em África

Play Episode Listen Later Mar 14, 2025 8:39


Esta semana ficou marcada pelo anúncio das “negociações directas” entre a República Democrática do Congo e o M23 que vão decorrer em Luanda, a 18 de Março. Destaque, também, para a retenção, no aeroporto da capital angolana, do político Venâncio Mondlane e de ex-Presidentes da Colômbia e do Botsuana quando se preparavam para participar numa conferência internacional sobre democracia em Benguela. Oiça aqui o resumo da semana em África. A Presidência angolana anunciou que vai acolher no dia 18 de Março, em Luanda, “negociações directas” entre as autoridades da vizinha República Democrática do Congo e o M23, no âmbito da mediação de Angola do conflito no leste da RDC. A iniciativa foi feita após uma visita do Presidente Félix Tshisekedi, que se encontrou na segunda-feira em Luanda com o seu homólogo angolano, João Lourenço.Entretanto, a SADC decidiu retirar do Leste da RDC a sua força de 1.400 soldados, após vários ataques terem causado duras baixas no contingente que deveria ajudar a manter a paz na região. Para Osvaldo Mboco, especialista em Relações Internacionais ligado à Universidade Técnica de Angola, esta retirada não é surpreendente, já que os combates com o M23 levaram à morte de muitos soldados e que o Ruanda se opunha à presença desta missão na região.Esta quinta-feira, o ex-candidato presidencial de Moçambique, Venâncio Mondlane, e os ex-Presidentes da Colômbia e do Botsuana ficaram retidos no aeroporto 04 de Fevereiro, em Luanda, quando se preparavam para participar numa conferência internacional sobre democracia em Benguela, entre esta sexta-feira e domingo. A UNITA, maior partido da oposição angolana, também participa e condenou o ocorrido. Álvaro Daniel, secretário-geral da UNITA, denunciou “uma tendência velada de sabotar o evento”.A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique aplicou, na terça-feira, a medida de termo de identidade e residência a Venâncio Mondlane, num processo em que o político é acusado de incitação à violência nas manifestações pós-eleitorais, o que o impede de ficar mais de cinco dias fora de casa, devendo avisar as autoridades. À saída da audiência, Mondlane garantiu que vai continuar a actividade política normal e disse que continua sem saber de que crime é acusado. Entretanto, foi noticiado que a Polícia de Moçambique deteve, na quarta-feira, a responsável das finanças de Venâncio Mondlane. Também esta semana, o activista social Wilker Dias, diretor da Plataforma Decide, apresentou uma queixa-crime contra o ex-comandante geral da polícia e o antigo ministro do Interior de Moçambique, responsabilizando-os pelas mortes nos protestos pós-eleitorais. Desde Outubro, pelo menos 353 pessoas morreram, incluindo cerca de duas dezenas de menores, de acordo com a Plataforma Decide.Ainda em Moçambique, no início da semana, o ciclone tropical Jude deixou um rasto de destruição e pelo menos 14 mortos. O ciclone afectou as províncias da Zambézia, Nampula, Niassa e Cabo Delgado, no norte, assim como Tete e Manica, no centro.Em Angola, começou esta segunda-feira, em Luanda, o julgamento dos generais Leopoldino Fragoso do Nascimento "Dino" e Hélder Vieira Dias "Kopelipa", personalidades ligadas ao antigo Presidente José Eduardo dos Santos. Eles são acusados da prática de vários crimes, entre eles tráfico de influências e branqueamento de capitais.Cabo Verde e Angola vão reforçar a cooperação cultural, nomeadamente na tentativa de recuperação do acervo cultural. A informação foi comunicada por Filipe Zau, ministro angolano da Cultura, que esteve no arquipélago esta semana. Outra visita a Cabo Verde foi a de Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil. Do encontro, ficou a proposta de Cabo Verde vir a ser a plataforma de comércio brasileiro na Africa Ocidental. Ainda em Cabo Verde, a presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública, Maria da Luz Lima, anunciou, que desde 28 de Janeiro não existem casos de dengue na capital e que está a ser preparada uma proposta para declarar o fim da epidemia.Por outro lado, esta quinta-feira, a Comissão Europeia anunciou um pacote de investimentos de 4,7 mil milhões de euros para a África do Sul, para projectos que apoiam a transição energética e para a produção local de vacinas. O anúncio foi feito na sessão plenária da cimeira entre a União Europeia e a África do Sul, que decorreu na Cidade do Cabo. A África do Sul é o maior parceiro comercial da UE na África subsaariana e  assume, desde Dezembro e até Novembro, a presidência rotativa do G20, o grupo que reúne as maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana.

Revue de presse Afrique
À la Une: la possibilité d'un dialogue direct entre Kinshasa et le M23

Revue de presse Afrique

Play Episode Listen Later Mar 12, 2025 4:11


Le président congolais Félix Tshisekedi s'est toujours refusé à discuter avec les rebelles du M23, qui occupent désormais une grande partie du Kivu dans l'est de la RDC. Mais cela pourrait changer très vite…En effet, hier, rapporte le site congolais Actualité CD, « Félix Tshisekedi s'est entretenu à Luanda avec son homologue angolais, João Lourenço, médiateur désigné dans le conflit. (…) Et selon la présidence angolaise, Luanda pourrait amorcer prochainement des contacts avec le M23 en vue de faciliter des négociations directes entre les deux parties. Une initiative qui marque une nouvelle étape dans la médiation angolaise, après plusieurs tentatives infructueuses de désescalade. Contacté par Actualité CD, un responsable angolais impliqué dans la médiation a confirmé que Luanda “multipliait les efforts pour rapprocher les positions” et encourager un dialogue direct entre Kinshasa et le M23 “dans les prochains jours” ».Reste que selon Objectif Infos, autre site congolais, la pilule aura du mal à passer dans l'opinion. « Cette position ne semble pas rencontrer l'assentiment des congolais qui estiment qu'accepter de négocier avec le M23 reviendrait à cracher sur la mémoire de milliers de leurs compatriotes décédés suite aux atrocités de cette guerre ».Qu'est-ce qui peut être négocié ?En tout cas, constate Afrikarabia, site spécialisé sur la RDC, « acculé par 3 années de défaites militaires en cascade, Félix Tshisekedi pourrait bien finir par céder et franchir la fameuse ligne rouge qu'il s'était lui-même imposée : à savoir négocier directement avec le M23 ».Toutefois, pointe le site, « reste maintenant à savoir ce qui peut être négocié (…). Kinshasa a toujours annoncé qu'elle ne réintégrerait pas les rebelles dans l'armée régulière. Cette pratique du “brassage“ a été l'un des facteurs qui a considérablement affaibli les FARDC, en plus de la corruption et d'une chaîne de commandement dysfonctionnelle ».Et Afrikarabia de s'interroger :« (le chef de l'AFC, branche politique du M23) Corneille Nangaa, va-t-il s'inviter aux négociations avec ses revendications qui tournent autour de l'illégitimité du président et de sa mauvaise gouvernance. Peut-il demander une transition sans Tshisekedi ? Que demandera le M23, la branche militaire ? Et surtout, que peut espérer Kinshasa face à des rebelles qui occupent désormais une bonne partie de l'est congolais et l'administrent avec leurs propres fonctionnaires, prélevant leurs propres taxes et exploitant les riches sites miniers ? Mais l'heure n'est pas encore aux négociations, relève encore Afrikarabia. L'Angola doit d'abord se rapprocher du M23 et trouver un modus operandi avec le gouvernement congolais. Ce qui est loin d'être fait ».Tshisekedi dos au mur ?« Tshisekedi ira-t-il finalement à la même table que l'ennemi ? », s'interroge WakatSéra. « Trop tôt pour le dire, mais, pointe le site burkinabé, la République Démocratique du Congo est peut-être sur la voie de l'accalmie, à défaut de la paix des braves. Des signaux ont été lâchés par Felix Tshisekedi qui, après avoir élargi des opposants, et pas des moindres, a annoncé la mise en place d'un gouvernement d'ouverture. Il pourrait donc bien être prêt à s'asseoir à la table des négociations avec ses ennemis de l'AFC/M23 ».D'autant, précise WakatSéra, que Félix Tshisekedi est acculé sur le plan militaire et politique. Le président congolais doit en effet faire face au récent lâchage d'un chef des milices wazalendos qui soutiennent les Forces armées de la RDC : « si les Wazalendos passent à l'ennemi, alors Felix Tshisekedi sera, certainement, contraint à la capitulation, dans une guerre qui prendrait fin, faute de combattants ! »Et puis sur le plan politique, poursuit le site ouagalais, il faut compter avec « le retour progressif, selon un tempo visiblement bien calculé, de l'ancien président Joseph Kabila : un caillou de plus dans la chaussure de Felix Tshisekedi. C'est sans la moindre hésitation que, celui à qui il a succédé, et qui lui a donné le pouvoir sur un plateau d'or, le charge sans ménagement, le traitant d'être la cause de tous les maux actuels de la RDC ».Conclusion, pointe WakatSéra : « mieux vaut donc, pour l'homme fort de Kinshasa, gagner encore du temps en négociant, tout en espérant, pourquoi pas, renverser la situation à son profit ».

DW em Português para África | Deutsche Welle
12 de Março de 2025 - Jornal da Noite

DW em Português para África | Deutsche Welle

Play Episode Listen Later Mar 12, 2025 19:59


Influência de João Lourenço abre portas a cessar-fogo no leste da RDC, diz analista. Amnistia Internacional exige investigação a tiroteios contra oposição moçambicana. UNITA distancia-se da detenção do seu secretário provincial. Moscovo equaciona cessar-fogo na Ucrânia.

O Sargento na Cela 7
Trailer "O Misterioso Engenheiro Jardim". Estreia a 18 de março

O Sargento na Cela 7

Play Episode Listen Later Mar 10, 2025 4:01


Esta é a história de Jorge Jardim, o agente secreto que parecia um simples homem de negócios, mas liderou missões perigosas em todo o mundo, tentou criar um país e foi pai de um clã de mulheres aventureiras. “O Misterioso Engenheiro Jardim” é o novo Podcast Plus do Observador. É narrado por Lourenço Ortigão e tem banda sonora original dos HMB. Estreia a 18 de março Pode ouvir semanalmente os episódios de “O Misterioso Engenheiro Jardim” na playlist própria do podcast na Apple Podcasts, Spotify, Youtube ou outras plataformas de podcast. Os assinantes standard e premium do Observador têm acesso antecipado a todos os episódios em www.observador.pt.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Piratinha do Ar
Trailer "O Misterioso Engenheiro Jardim". Estreia a 18 de março

Piratinha do Ar

Play Episode Listen Later Mar 10, 2025 4:01


Esta é a história de Jorge Jardim, o agente secreto que parecia um simples homem de negócios, mas liderou missões perigosas em todo o mundo, tentou criar um país e foi pai de um clã de mulheres aventureiras. “O Misterioso Engenheiro Jardim” é o novo Podcast Plus do Observador. É narrado por Lourenço Ortigão e tem banda sonora original dos HMB. Estreia a 18 de março Pode ouvir semanalmente os episódios de “O Misterioso Engenheiro Jardim” na playlist própria do podcast na Apple Podcasts, Spotify, Youtube ou outras plataformas de podcast. Os assinantes standard e premium do Observador têm acesso antecipado a todos os episódios em www.observador.pt.See omnystudio.com/listener for privacy information.

O Encantador de Ricos
Trailer "O Misterioso Engenheiro Jardim". Estreia a 18 de março

O Encantador de Ricos

Play Episode Listen Later Mar 10, 2025 4:01


Esta é a história de Jorge Jardim, o agente secreto que parecia um simples homem de negócios, mas liderou missões perigosas em todo o mundo, tentou criar um país e foi pai de um clã de mulheres aventureiras. “O Misterioso Engenheiro Jardim” é o novo Podcast Plus do Observador. É narrado por Lourenço Ortigão e tem banda sonora original dos HMB. Estreia a 18 de março Pode ouvir semanalmente os episódios de “O Misterioso Engenheiro Jardim” na playlist própria do podcast na Apple Podcasts, Spotify, Youtube ou outras plataformas de podcast. Os assinantes standard e premium do Observador têm acesso antecipado a todos os episódios em www.observador.pt.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Semana em África
Moçambique: Acordo de mediação deixa Mondlane de fora

Semana em África

Play Episode Listen Later Mar 7, 2025 8:44


Esta semana, a actualidade em moçambique ficou marcada pela assinatura do acordo histórico com o Presidente Daniel Chapo e os nove partidos da oposição, no âmbito do diálogo político para o fim da crise pós-eleitoral no país. Todavia, este acordo deixa de fora o ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane que classificou este entedimento como um acordo "sem povo".  O Presidente da Guiné-Bissau marcou para 23 de Novembro as eleições gerais no país, presidenciais e legislativas, Sissoco Embaló tinha anunciado 30 de novembro, mas teve que ajustar a data ao período previsto na lei eleitoral. A oposição exige que o escrutínio seja em Maio, justificando que o mandato de Umaro Sissoco Embaló terminou no dia 27 de Fevereiro.O país continua a aguardar o posicionamento da missão da CEDEAO, que esteve em Bissau entre 21 e 28 de Fevereiro, mas que deixou o país na madrugada de 1 de Março, sob ameaça de expulsão por parte do chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló.O silêncio da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental CEDEAO, afirmou Domingos Simões Pereira, presidente da Assembleia Nacional popular da Guiné Bissau, que em entrevista à RFI, acrescentou que a CEDEAO está a provar "o veneno" que os guineenses têm vindo a consumir ao longo do mandato de Umaro Sissoco Embalo.Já o ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Carlos Pinto Pereira, afirmou que o país “aguarda da parte da CEDEAO uma retratação pública”, acrescentando que o nome do país foi “vilipendiado na praça pública” pela delegação de alto nível da organização sub-regional.O Presidente angolano rejeitou, esta semana, as tentativas de deslocalização do povo palestiniano e a contínua política israelita de expansão dos colonatos e ocupação de territórios pertencentes à Palestina. As declarações de João Lourenço foram feitas na cimeira extraordinária da Liga Árabe sobre a situação na Faixa de Gaza, que decorre no Cairo, Egipto, onde falou na qualidade de presidente em exercício da União Africana.Em Cabo Verde, foi apresentada uma tradução da Constituição para língua materna, nomeadamente para a variedade da ilha de Santiago da língua cabo-verdiana. A tradução é da autoria do linguista e escritor Manuel Veiga. A obra foi apresentada pelo Presidente cabo-verdiano, José Maria Neves, em mais uma iniciativa para a valorização do idioma nos 50 anos de independência.

DW em Português para África | Deutsche Welle
4 de Março de 2025 - Jornal da Manhã

DW em Português para África | Deutsche Welle

Play Episode Listen Later Mar 4, 2025 20:00


Eventual saída das forças ruandeses de Cabo Delgado traria "recuo ao pico da violência", alerta analista. Presidente angolano, João Lourenço, participa em cimeira da Liga Árabe que debate conflito na Faixa de Gaza. Presidente dos EUA, Donald Trump, suspende ajuda militar à Ucrânia.

DW em Português para África | Deutsche Welle
17 de Fevereiro de 2025 - Jornal da Manhã

DW em Português para África | Deutsche Welle

Play Episode Listen Later Feb 17, 2025 20:00


Angola preside a União Africana. João Lourenço promete ajudar a pacificar o continente. Imigrantes angolanos na Alemanha preocupados com as políticas anti-imigração propostas pelos partidos concorrentes às eleições do próximo domingo. Radionovela Learning by Ear - Aprender de Ouvidos.

45 Graus
#180 Pedro Tadeu - Ainda faz sentido ser comunista em 2025?

45 Graus

Play Episode Listen Later Feb 12, 2025 108:37


Pedro Tadeu é jornalista desde 1983 e tem uma longa carreira na imprensa, rádio e televisão. Foi subdirector do Diário de Notícias (de 2010 a 2014), diretor de várias publicações, incluindo o jornal *24horas* e a agência de fotografia Global Imagens. Actualmente, é comentador político na CNN Portugal, colunista no *Diário de Notícias* e apresenta também o programa *Panfletos* na Antena 1, além de um podcast, *Os Comentadores*. Participa também -- e foi a razão do meu convite -- no programa *Radicais Livres* da Antena 1, com Jaime Nogueira Pinto.  _______________ Post sobre as alterações ao regime de mecenas: https://www.patreon.com/posts/122073158/ Inscreva-se ou ofereça o Curso de Pensamento Crítico: https://bit.ly/cursopcritic Pós-graduação em «Pensamento Crítico para Tomada de Decisão» no ISCTE Executive Education: https://bit.ly/PC_ISCTE _______________ Índice: (0:00) (3:36) Introdução ao episódio (6:47) Porquê o comunismo? (21:05) A disciplina que diferencia os partidos comunistas do resto da esquerda radical | Como funciona o PCP | Maoismo (37:22) Relação com a Igreja | Como a esquerda vê o Estado (45:55) Porque é que o comunismo deu sempre em totalitarismo e culto da personalidade? (1:04:20) A força do capitalismo | Previsão de Samuelson (1:14:04) Comunidade à parte. | Comparação com a igreja primitiva  (1:18:51) Marxismo vs comunismo  | Entrevista ao Público de Svetlana Aleksievitch, autora do livro ‘O fim do Homem Soviético' (1:23:41) Comunismo vs capitalismo (1:29:41) Quem era Stalin? Check dn partido racista (1:37:36) Há futuro para o Comunismo? (1:41:05) As novas esquerdas identitárias Livro recomendado: A Verdade e a Mentira na Revolução de Abril, de Álvaro Cunhal _______________ Esta conversa foi editada por: Hugo Oliveira ______________ Obrigado aos mecenas do podcast: Francisco Hermenegildo, Ricardo Evangelista, Henrique Pais João Baltazar, Salvador Cunha, Abilio Silva, Tiago Leite, Carlos Martins, Galaró family, Corto Lemos, Miguel Marques, Nuno Costa, Nuno e Ana, João Ribeiro, Helder Miranda, Pedro Lima Ferreira, Cesar Carpinteiro, Luis Fernambuco, Fernando Nunes, Manuel Canelas, Tiago Gonçalves, Carlos Pires, João Domingues, Hélio Bragança da Silva, Sandra Ferreira , Paulo Encarnação , BFDC, António Mexia Santos, Luís Guido, Bruno Heleno Tomás Costa, João Saro, Daniel Correia, Rita Mateus, António Padilha, Tiago Queiroz, Carmen Camacho, João Nelas, Francisco Fonseca, Rafael Santos, Andreia Esteves, Ana Teresa Mota, ARUNE BHURALAL, Mário Lourenço, RB, Maria Pimentel, Luis, Geoffrey Marcelino, Alberto Alcalde, António Rocha Pinto, Ruben de Bragança, João Vieira dos Santos, David Teixeira Alves, Armindo Martins , Carlos Nobre, Bernardo Vidal Pimentel, António Oliveira, Paulo Barros, Nuno Brites, Lígia Violas, Tiago Sequeira, Zé da Radio, João Morais, André Gamito, Diogo Costa, Pedro Ribeiro, Bernardo Cortez Vasco Sá Pinto, David , Tiago Pires, Mafalda Pratas, Joana Margarida Alves Martins, Luis Marques, João Raimundo, Francisco Arantes, Mariana Barosa, Nuno Gonçalves, Pedro Rebelo, Miguel Palhas, Ricardo Duarte, Duarte , Tomás Félix, Vasco Lima, Francisco Vasconcelos, Telmo , José Oliveira Pratas, Jose Pedroso, João Diogo Silva, Joao Diogo, José Proença, João Crispim, João Pinho , Afonso Martins, Robertt Valente, João Barbosa, Renato Mendes, Maria Francisca Couto, Antonio Albuquerque, Ana Sousa Amorim, Francisco Santos, Lara Luís, Manuel Martins, Macaco Quitado, Paulo Ferreira, Diogo Rombo, Francisco Manuel Reis, Bruno Lamas, Daniel Almeida, Patrícia Esquível , Diogo Silva, Luis Gomes, Cesar Correia, Cristiano Tavares, Pedro Gaspar, Gil Batista Marinho, Maria Oliveira, João Pereira, Rui Vilao, João Ferreira, Wedge, José Losa, Hélder Moreira, André Abrantes, Henrique Vieira, João Farinha, Manuel Botelho da Silva, João Diamantino, Ana Rita Laureano, Pedro L, Nuno Malvar, Joel, Rui Antunes7, Tomás Saraiva, Cloé Leal de Magalhães, Joao Barbosa, paulo matos, Fábio Monteiro, Tiago Stock, Beatriz Bagulho, Pedro Bravo, Antonio Loureiro, Hugo Ramos, Inês Inocêncio, Telmo Gomes, Sérgio Nunes, Tiago Pedroso, Teresa Pimentel, Rita Noronha, miguel farracho, José Fangueiro, Zé, Margarida Correia-Neves, Bruno Pinto Vitorino, João Lopes, Joana Pereirinha, Gonçalo Baptista, Dario Rodrigues, tati lima, Pedro On The Road, Catarina Fonseca, JC Pacheco, Sofia Ferreira, Inês Ribeiro, Miguel Jacinto, Tiago Agostinho, Margarida Costa Almeida, Helena Pinheiro, Rui Martins, Fábio Videira Santos, Tomás Lucena, João Freitas, Ricardo Sousa, RJ, Francisco Seabra Guimarães, Carlos Branco, David Palhota, Carlos Castro, Alexandre Alves, Cláudia Gomes Batista, Ana Leal, Ricardo Trindade, Luís Machado, Andrzej Stuart-Thompson, Diego Goulart, Filipa Portela, Paulo Rafael, Paloma Nunes, Marta Mendonca, Teresa Painho, Duarte Cameirão, Rodrigo Silva, José Alberto Gomes, Joao Gama, Cristina Loureiro, Tiago Gama, Tiago Rodrigues, Miguel Duarte, Ana Cantanhede, Artur Castro Freire, Rui Passos Rocha, Pedro Costa Antunes, Sofia Almeida, Ricardo Andrade Guimarães, Daniel Pais, Miguel Bastos, Luís Santos

45 Graus
#179 [EN] Steven Braekeveldt - An artist CEO's guide to business, creativity and life

45 Graus

Play Episode Listen Later Jan 22, 2025 61:31


Steven Braekeveldt served until November 2024 as CEO of Continental Europe Ageas (a multinational insurance group) and CEO of Ageas Portugal. He has a quite impressive career: with degrees in Law and Economics, a teaching background, and decades of leadership roles across continents—from Hong Kong to Mexico, Singapore, Belgium, and Portugal. -> Apoie este podcast e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45grauspodcast.com -> Inscreva-se ou ofereça o Curso de Pensamento Crítico: https://bit.ly/cursopcritic _______________ Index: (0:00) Introduction (2:37) Coming to Portugal | Why is working in Insurance more interesting than we think? (9:28) Why do many companies in PT still don't treat sustainability seriously? (14:20) Portuguese culture | Long-term planning | Hierarchy | Hegel's dialectics | delegating (24:41) Finding one's purpose | challenges of retirement | teambuildings (34:18) The art of changing perspective; finding the good in setbacks (36:31) With a demanding job, how to find headspace to read | finding creativity | Multidisciplinarity and finding intersections  (46:38) Why you should reply to all emails every day | Again headspace (53:34) Telluric radiation Recommended book: For Those I Loved Capa, Martin Gray ______________ Esta conversa foi editada por: Hugo Oliveira ______________ Obrigado aos mecenas do podcast: Francisco Hermenegildo, Ricardo Evangelista, Henrique Pais João Baltazar, Salvador Cunha, Abilio Silva, Tiago Leite, Carlos Martins, Galaró family, Corto Lemos, Miguel Marques, Nuno Costa, Nuno e Ana, João Ribeiro, Helder Miranda, Pedro Lima Ferreira, Cesar Carpinteiro, Luis Fernambuco, Fernando Nunes, Manuel Canelas, Tiago Gonçalves, Carlos Pires, João Domingues, Hélio Bragança da Silva, Sandra Ferreira , Paulo Encarnação , BFDC, António Mexia Santos, Luís Guido, Bruno Heleno Tomás Costa, João Saro, Daniel Correia, Rita Mateus, António Padilha, Tiago Queiroz, Carmen Camacho, João Nelas, Francisco Fonseca, Rafael Santos, Andreia Esteves, Ana Teresa Mota, ARUNE BHURALAL, Mário Lourenço, RB, Maria Pimentel, Luis, Geoffrey Marcelino, Alberto Alcalde, António Rocha Pinto, Ruben de Bragança, João Vieira dos Santos, David Teixeira Alves, Armindo Martins , Carlos Nobre, Bernardo Vidal Pimentel, António Oliveira, Paulo Barros, Nuno Brites, Lígia Violas, Tiago Sequeira, Zé da Radio, João Morais, André Gamito, Diogo Costa, Pedro Ribeiro, Bernardo Cortez Vasco Sá Pinto, David , Tiago Pires, Mafalda Pratas, Joana Margarida Alves Martins, Luis Marques, João Raimundo, Francisco Arantes, Mariana Barosa, Nuno Gonçalves, Pedro Rebelo, Miguel Palhas, Ricardo Duarte, Duarte , Tomás Félix, Vasco Lima, Francisco Vasconcelos, Telmo , José Oliveira Pratas, Jose Pedroso, João Diogo Silva, Joao Diogo, José Proença, João Crispim, João Pinho , Afonso Martins, Robertt Valente, João Barbosa, Renato Mendes, Maria Francisca Couto, Antonio Albuquerque, Ana Sousa Amorim, Francisco Santos, Lara Luís, Manuel Martins, Macaco Quitado, Paulo Ferreira, Diogo Rombo, Francisco Manuel Reis, Bruno Lamas, Daniel Almeida, Patrícia Esquível , Diogo Silva, Luis Gomes, Cesar Correia, Cristiano Tavares, Pedro Gaspar, Gil Batista Marinho, Maria Oliveira, João Pereira, Rui Vilao, João Ferreira, Wedge, José Losa, Hélder Moreira, André Abrantes, Henrique Vieira, João Farinha, Manuel Botelho da Silva, João Diamantino, Ana Rita Laureano, Pedro L, Nuno Malvar, Joel, Rui Antunes7, Tomás Saraiva, Cloé Leal de Magalhães, Joao Barbosa, paulo matos, Fábio Monteiro, Tiago Stock, Beatriz Bagulho, Pedro Bravo, Antonio Loureiro, Hugo Ramos, Inês Inocêncio, Telmo Gomes, Sérgio Nunes, Tiago Pedroso, Teresa Pimentel, Rita Noronha, miguel farracho, José Fangueiro, Zé, Margarida Correia-Neves, Bruno Pinto Vitorino, João Lopes, Joana Pereirinha, Gonçalo Baptista, Dario Rodrigues, tati lima, Pedro On The Road, Catarina Fonseca, JC Pacheco, Sofia Ferreira, Inês Ribeiro, Miguel Jacinto, Tiago Agostinho, Margarida Costa Almeida, Helena Pinheiro, Rui Martins, Fábio Videira Santos, Tomás Lucena, João Freitas, Ricardo Sousa, RJ, Francisco Seabra Guimarães, Carlos Branco, David Palhota, Carlos Castro, Alexandre Alves, Cláudia Gomes Batista, Ana Leal, Ricardo Trindade, Luís Machado, Andrzej Stuart-Thompson, Diego Goulart, Filipa Portela, Paulo Rafael, Paloma Nunes, Marta Mendonca, Teresa Painho, Duarte Cameirão, Rodrigo Silva, José Alberto Gomes, Joao Gama, Cristina Loureiro, Tiago Gama, Tiago Rodrigues, Miguel Duarte, Ana Cantanhede, Artur Castro Freire, Rui Passos Rocha, Pedro Costa Antunes, Sofia Almeida, Ricardo Andrade Guimarães, Daniel Pais, Miguel Bastos, Luís Santos  

q: The Podcast from CBC Radio
José Lourenço: His new rom-com based on an 18th-century German tragedy

q: The Podcast from CBC Radio

Play Episode Listen Later Jan 10, 2025 19:05


José Avelino Gilles Corbett Lourenço is a Toronto-based writer and filmmaker whose debut film, “Young Werther,” reimagines Johann Wolfgang von Goethe's classic novella “The Sorrows of Young Werther” as a modern-day rom-com. José sits down with Tom Power to talk about the film and why he thinks this 18th-century German tragedy is a universal story that we can still learn from today.