Além da nossa preocupação com os nossos formandos, a nossa visão atinge muito mais além, e preocupamo-nos com a qualidade técnica dos serviços de exercício físico prestados aos praticantes, seja em contexto clínico, recreativo ou competitivo. Assim, pautamos a nossa gestão pelo criticismo, credibili…
TENS CLIENTES ansiosos ou depressivos? Claro que tens! Afinal, além da ansiedade e depressão serem os distúrbios mentais mais prevalentes no mundo, Portugal está, infelizmente, na linha da frente... é um dos países com mais ansiosos e depressivos! Mas, apesar do exercício ser altamente benéfica para estas populações, prescrever exercício não é nada fácil nestas pessoas... isto porque, há um conjunto enorme de disfunções, que se estendem desde o cérebro ao corpo, do foro mental ao físico. De qualquer forma, apesar de complexo, há 4 coisas que tens de saber à partida, para que não cometas os erros mais grosseiros. Estás preparado? Ouve tudo neste podcast!
Se rebuscarmos a definição de Treino Funcional, entendendo e aceitando que relaciona o método de treino com uma adaptação positivamente aproveitada pelo corpo do praticante no seu dia-a-dia - isto é, uma melhoria da função - não seriam de esperar dois princípios mais populares - INTEGRAÇÃO e LIBERDADE de movimento - fosse tão fechados assim. Neste sentido, o professor João Moscão fez este podcast para fazer uma crítica aberta (à luz da lógica e da ciência) sobre estes dois populares princípios deste método de treino, bem como esclarecer o que, para a nossa escola REP, é realmente Treino Funcional.
Neste podcast, o professor David Costa aborda uma das principais estratégias de venda de serviços de Personal Training: a criação de oportunidades de compra espontânea através de um acompanhamento premium na sala de exercício. Ao invés do tradicional "abandono" do cliente, de forma a que este se sinta obrigado a contratar os serviços de um PT (obrigação essa que rapidamente resvala em atrito, desconfiança e, posteriormente, em baixas taxas de retenção), a nossa visão passa exatamente pelo comportamento inverso: atenção total ao cliente. Desta forma, ao sentir-se acompanhado por um profissional de excelência, o cliente mais facilmente irá: 1) contratar os seus serviços; 2) recomendar a terceiros (mesmo não contratando para si próprio); 3) fidelizar-se ao espaço que frequenta (pois não sente a necessidade de procurar atenção e saber noutro local, com outros profissionais). Para os mais desconfiados, apenas uma ressalva: em tantos anos em que o setor apresentou o "abandono" como principal ferramenta de venda para serviços de PT, o número de praticantes de exercício físico pouco se alterou, mantendo taxas de retenção muito baixas. Assim, deverão ser adotadas novas práticas de atendimento ao cliente, fazendo deste o centro da atenção dos profissionais que trabalham na sala de exercício, motivando-os, retendo-os e, desta forma, seduzindo-os para um prática mais duradoura
O nosso professor Afonso Franco, além de nos representar na ilha da Madeira, desempenha funções de coordenação e personal training numa clínica que engloba diversas profissões associadas à saúde: médicos, fisioterapeutas, osteopatas e, claro, técnicos de exercício físico, a Mais Clinic - Clínica Médica. De que forma esta associação se processa? como são acompanhados os clientes? São as respostas a estas e outras perguntas que o o professor João Moscão tentou esclarecer junto do Afonso Franco. Não perca este diálogo.
O que há de comum entre um serviço de canalização, proporcionado por um técnico canalizador, um serviço de manutenção de um carro, proporcionado por um formado mecânico automóvel, ou um serviço de aconselhamento jurídico, junto de um real advogado, e até um serviço de saúde, que é liderado por um doutorado médico? A pergunta coloca desde logo a descoberto as semelhanças, e a forma como é colocada, apesar de comparar quatro tão distintas áreas de atuação, faz com que o leitor não se insurja contra uma comparação eventualmente até injusta... de facto, em todas as situações descritas, o cliente procura espontaneamente os serviços - o profissional não tem necessariamente de vender - e isso tem a ver com a presença de dois fatores.
Nesta palestra ao vivo, retirada de uma aula do curso REP, o Professor Joao Moscao fala sobre a saúde articular, mais propriamente da cartilagem, da sua degeneração (a dita Osteoartrose) e o papel do exercício com resistências.
Perante as falhas inúmeras na definição de "Treino Funcional", que os mais populares métodos apresentam perante a lógica e a ciência, há que delinear um consenso, também ele necessariamente baseado na lógica e na ciência, para o que deverá ser considerado Exercício Funcional, no âmbito da prática para a saúde. Neste excerto de uma palestra do nosso professor David Costa, esta difícil tarefa é habilmente levada a cabo.
As aulas de grupo (AG) são parte integrante da esmagadora maioria dos ginásios e academias, sendo fundamentais na retenção dos seus clientes. Apresentam-se-nos como momentos dinâmicos, divertidos e motivantes, onde estamos ladeados por amigos, colegas ou mesmo completos desconhecidos, todos juntos procurando o mesmo: alcançar o sucesso nas tarefas e desafios propostos pelo professor. São aulas que poderíamos dividir em várias categorias, consoante o propósito de cada uma (body & mind, cardio, força, dance & fun…), fornecendo aos alunos um enorme leque de possibilidades, de forma a dar resposta às necessidades e objetivos de cada um. Mas repare-se que boa parte dessas mesmas necessidades e objetivos poderiam ser alcançadas na sala de exercício. Então, surge a questão: “porquê tanto sucesso e importância das AG na cativação e retenção dos clientes.” Os fatores comummente apontados (por alunos e professores) como mais preponderantes para tal, prendem-se com razões do foro social e psicológico, mais concretamente, a necessidade de pertença a um grupo, a interação dentro deste, a motivação de estar a praticar exercício com os pares, a superação dos próprios limites, a competitividade contra os restantes praticantes, a música/ritmo inerentes à aula em questão, a postura dinâmica do(a) professor(a), entre outros fatores que ao leitor certamente irá ocorrer.
Neste episódio, retirado de uma palestra acerca do processo de análise de exercícios com resistência, o Professor João Moscão explica porque é que a variável movimento é insuficiente para conseguirmos compreender o real impacto de cada exercício no corpo. Então, afinal, se já entende de movimento, de que mais precisa o profissional do exercício para compreender realmente os exercícios prescritos?
No início de 2021, chegou o tão esperado novo ano e, com ele, as tradicionais previsões das autoridades do setor. Após um ano de 2020 completamente atípico, onde fomos assolados por uma epidemia sem precedentes, todos ansiávamos por um reboot, por um virar da página para uma normalidade. Contudo, tal não aconteceu e vimo-nos novamente em casa, a trabalhar à distância. Preparamo-nos, à data em que laçamos este podcast, para um novo regresso aos nossos locais de trabalho. Como será?
Uma vez decidido o exercício mais adequado ao objetivo e organismo, o PT deve tomar decisões relativamente à intensidade do mesmo. Na matriz CRED (REP) esta decisão cabe nas componentes do Esforço e da Duração. Porém, sendo o esforço um resultado intrínseco e subjetivos à percepção do executante, precisamos de uma estratégia que nos permita inferir a intensidade que estamos a provocar à alteração homeostática. A Percepção Subjetiva de Esforço pode ser a solução para esta monitorização, e neste podcast pretendemos partilhar o que até hoje se sabe sobre esta ferramenta de trabalho para PTs e alunos.
Ao longo das duas últimas décadas, o termo funcional elevou-se no contexto do fitness, tornando-se sinónimo de uma prática salutar de exercício físico. Popularizado por Gary Gray e Juan Carlos Santana, foi ganhando adeptos por todo o mundo, sendo definido pelo último como o “desenvolvimento da força funcional específica para uma dada atividade”. Mais ainda, o autor refere que “se um exercício possui especificidade biomecânica, consegue ser realizado sem dor, consegue ser realizado com uma execução correta e melhora a qualidade do movimento de semana para semana, é considerado um exercício funcional e efetivo”. Daqui podemos facilmente constatar que o termo funcional está intimamente indigitado ao princípio da especificidade, onde vemos o próprio autor a referir que “quanto mais um exercício simular a atividade em causa, mais específico e funcional é”.
O Professor João Moscão foi entrevistado acerca do estado actual do Fitness, no que respeita à comercialização de serviços, o ênfase na estética dos praticantes, as aulas de grupo, o valor humano e da verdade, o papel da ciência, os preços, etc. Enfim, uma entrevista completa que não vais querer perder!
Nesta introdução da aula de biomecânica articular, gravada no módulo 3 do curso Resistance Exercise Performance - REP, o Professor João Moscão explica que não chega estudar a estrutura (por via da anatomia), nem a função (por via da fisiologia). Na realidade, estas duas disciplinas apenas cumprem a sua utilidade na medida em que soubermos o seu propósito - isto é, na medida em que entendemos para serve essa estrutura e essa função.
Falámos sobre o percurso do João, a Excelência enquanto conceito, o seu Modus Operandi enquanto profissional, a sua perspetiva sobre variados temas referentes à formação de profissionais. a Filosofia da REP Exercise Institute e muito mais! (Assinado: Ricardo Alves, programa Fala Quem Sabe - 1 de Agosto de 2020)
O mercado do fitness carece de qualidade, não porque fosse pouca – apesar de eu ser um fervoroso crítico da qualidade técnica no fitness vigente, reconheço que nos últimos anos, com a emergência de algumas escolas de formação contínua que fomentam largamente o pensamento crítico, a qualidade subiu, porque a exigência na docência também subiu. A questão central é que o consumidor, agora e daqui em diante, durante uns bons anos, mesmo que decida gastar o seu dinheiro connosco, estará híper-sensibilizado ao preço. Que quer isto dizer? Que irá medir muito bem a diferença entre preço e valor, isto é, entre o que paga e o que leva – entre o dinheiro e a experiência. E é aqui que as habilidades técnicas e pessoais serão de suma importância. Com isto, introduzo a necessidade emergente da influência da filosofia no exercício. “Para que serve a filosofia no fitness e exercício?”, perguntam-me algumas vezes, com a admiração de quem desaprova – hoje falo sobre isto!
O exercício pode ser promotor de um sistema imunitário mais forte, mas não necessariamente o cardio. Na verdade, a alta intensidade muscular em curta duração parece ser a abordagem mais eficaz na produção das mioquinas que fortalecem as nossas defesas. O treino com resistências – peso corporal, elásticos, cabos, máquinas guiadas – preconiza um ambiente ideal para controlar as variáveis da intensidade e duração do esforço muscular. Procura-se “extrair” o melhor do exercício: alteração suficientemente alta da homeostasia para que haja uma adaptação metabólica desse tecido muscular, e consequente melhoria das capacidades físicas e fortalecimento do sistema imunitário.
Nesta palestra ao vivo em Lisboa, o Prof. João Moscão fala sobre a ação muscular, comparando as acções concêntricas, isométricas e excêntricas. Como critérios, recorre à fisiologia da contração, à neurologia e à mecânica da relação entre forças (internas versus externas). Entretanto, daqui deriva o assunto da propriocepção, enquanto "código" de informação da deformação sofrida e da deformação implicada na "batalha" que retrata ser o exercício com resistências.
Atualmente, muitas metodologias de Fitness parecem fazer sentido. Mas, talvez tanta diversidade – tantas realidades distintas para a mesma observação – seja paradoxal. Assim, também aqui (além de na física) teremos de recorrer a um realismo modelo-dependente. Como descrito por Stephen Hawking, este modelo é baseado na ideia de que os nossos cérebros interpretam a entrada de informação, por parte dos nossos órgãos sensoriais, construindo um modelo do mundo. E a este modelo ser-lhe-á atribuída a qualidade de realidade, basta que explique com algum sucesso os eventos observados. Segundo esta teoria, poderão haver dois modelos que possam predizer os eventos observáveis de forma igualmente precisa. Nenhum deles é mais real que o outro, ambos são válidos, e seremos livres de usar o modelo que melhor nos convier. Talvez seja este “fenómeno cerebral” que está na origem de tanta diversidade de métodos para melhorar a saúde dos utentes de ginásios e Health Clubs por todo o mundo (Musculação, Pilates, Alongamento, Instabilidade, Crossfit®, Zumba®, BodyStep®, BodyPump®, e a lista continua infindavelmente...).
Nesta 2ª parte do podcast, serão comparados cada um dos 6 fatores experienciais (cliente, objetivo, construção, monitorização, progressão e socialização) à luz da comparação entre a tradicional abordagem (desqualificada) e uma que deverá ser de excelência (qualificada). Cada um dos fatores será analisado e serão feitas as recomendações que poderão elevar a abordagem do treinador particular nesse mesmo campo.
A esfera da experiência desqualificada, onde reside a atuação profissional da maioria dos Treinadores Particulares, é marcada por um serviço de baixo valor qualitativo. Aqui o Treinador atua com pouco recurso à lógica e à ciência, tornando toda a sua vertente técnica dependente de guias gerais de prescrição e avaliação, pouco ou nada referentes ao cliente em particular. Na verdade, o que isto quer dizer é que o serviço em si não é coerente com o nome que se lhe atribuiu – particular (de pessoal, individual). A apreciação do que é o cliente e os seus objetivos é também superficial e gera uma relação igualmente centrada na superficialidade. Por outras palavras, mais concretamente ainda, a experiência de treino foge à realidade do que é um processo de estimulação orientado por um perito na matéria – tal como todo o tipo de treino, não é inócuo, mas infelizmente carece de perícia. Portanto, ainda menos inócuo será.
Será que o alongamento é uma intervenção tão eficaz quanto o exercício de força?