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Em directo da redacção
São Tomé e Príncipe, nos 50 anos da independência um país entre conquistas e desafios

Em directo da redacção

Play Episode Listen Later Dec 15, 2025 23:02


O último semestre de 2025 trouxe a São Tomé e Príncipe a qualificação de todo o seu território como reserva da Biosfera e ainda a classificação da representação teatral Tchiloli como Património Cultural Imaterial da Humanidade. No entanto, o país continua a enfrentar desafios entre a vaga de emigração e o mistério à volta do desaparecimento do processo do 25 de Novembro de 2022.   São Tomé e Príncipe celebrou este ano os 50 anos da sua independência. A RFI esteve em São Tomé e Príncipe para falar com os são-tomenses sobre este meio século de autonomia, as conquistas, mas também o que ficou por realizar.  Em Julho de 2025 emitimos nas nossas antenas, e pode também ainda ouvir na internet, um especial sobre os 500 anos da história deste arquipélago, assim como o domínio colonial e a passagem à constituição de um Estado são-tomense. Alguns meses depois destas emissões, vamos revisitar alguns dos temas desse especial e dar conta do que se passou entretanto. O primeiro país reserva da biosfera da UNESCO Entre florestas verdejantes, rotas de nidificação de tartarugas e paraíso dos ornitólogos, a beleza e riqueza natural de São Tomé e Príncipe não é nenhum segredo, mas até agora só uma parte - a ilha do Príncipe - era reconhecida pela UNESCO como reserva da biosfera. Em Setembro, e após uma candidatura de vários anos, também a ilha de São Tomé, especialmente a grande floresta chamada Ôbo, foi reconhecida como reserva da biosfera, transformando o país no primeiro Estado no Mundo a ser completamente abrangido por esta denominação. Algo inédito, mas impulsionado pelo "trabalho exemplar" feito no Príncipe, como explicou António Abreu, director da Divisão de Ciências Ecológicas e da Terra na UNESCO, disse em entrevista à RFI no mês de Setembro. "É algo inédito, mas muito interessante. Durante 12, 13 anos, era apenas a ilha do Príncipe, que é de facto uma reserva da biosfera exemplar e onde, apesar dos problemas estruturais e de ser uma região ultraperiférica marítima num país em vias de desenvolvimento. Há um sucesso não só ao nível da conservação da natureza, mas também o impacto que teve na promoção do crescimento económico, da demonstração de que há alternativas viáveis em relação à exploração e utilização sustentável dos recursos naturais fez com que a ilha maior, São Tomé, também encarasse essa perspectiva. Teremos o primeiro país, mesmo sendo pequeno, integralmente reserva da Biosfera. O que demonstra que o modelo das reservas da biosfera não tem limites exclusivamente nas reservas da biosfera", disse o alto funcionário da UNESCO. Este alargamento da reserva da biosfera a São Tomé vem estabelecer uma escolha estratégica do país para o seu desenvolvimento futuro, preferindo a conservação do património natural à destruição da floresta. No Sul da ilha de São Tomé instalaram-se há alguns anos plantações de palmeiras tendo como intuito a extração do óleo de palma, uma tendência que deve agora parar de forma a honrar esta distinção da UNESCO. "Em 2008, 2009, a opção do povo do Príncipe, do Governo Regional do Príncipe, em concertação com o Governo nacional, foi optar por uma via alternativa à da monocultura do óleo de palma. Porque a monocultura do óleo de palma tem uma dimensão inicial que pode proporcionar algum rendimento, mas ao fim de alguns anos o ciclo produtivo esgota se. Entretanto, a monocultura ajudou a destruir o potencial, a diversidade ecológica e, portanto, os serviços dos ecossistemas que proporcionam água, que proporcionam abrigo, proporcionam cultura e identidade ao território, acabam por destruir. E, portanto, neste caso, na ilha de São Tomé, o que se espera que possa haver então? Aquilo que nós chamamos uma restauração ecológica, que é uma das funções que as reservas da biosfera também promovem em alguns sítios, tem promovido com muito sucesso e que permitem recuperar alguns erros e algumas decisões que não foram bem apoiadas do ponto técnico e de sustentabilidade", disse António Abreu. O país espera agora a classificação das roças São João, Água-Izé, Monte Café e Diogo Vaz na Ilha de São Tomé e Belo Monte e Sundy, na Ilha do Príncipe, como Património Mundial da UNESCO. A historiadora Nazaré Ceita, que participa neste processo de classificação, considera que mais do que o património, está a salvaguardar-se a memória de todos os são-tomenses. “Quer dizer que há qualquer coisa que se está a passar que é uma valorização da memória? Na verdade, a memória colectiva sobre as roças, que é tão grande que não será apenas para São Tomé e Príncipe, será uma memória coletiva de Cabo Verde, de Moçambique, de Angola e quiçá de outros espaços que nós falamos menos. E a valorização da memória colectiva é muito necessária para a perpetuação da história. E eu acredito que o monumento mais visível que temos para esse efeito é precisamente o conjunto das roças. Será uma forma de criar uma exceção para São Tomé e Príncipe em termos históricos. Hoje é como na UNESCO se diz, quando nós falamos da questão da autenticidade, da exclusividade, do valor universal excepcional, vários países podem ter tudo, mas para São Tomé e Príncipe eu acredito que o valor universal excepcional está precisamente nas roças que nós temos que na candidatura. Aliás, já temos a candidatura preliminar, mas é preciso agora todo um trabalho para a classificação que leva às vezes um tempo. Estamos esperançados. Apesar dos meus 60 anos, eu acredito que eu ainda consiga ver esta classificação mundial” Já no final do ano, também o Tchiloli, uma encenação teatral e musical representada há centenas de anos nas ilhas foi oficialmente inscrita no Património Cultural Imaterial da Humanidade. Emir Boa Morte, director-geral da Cultura e secretário da comissão nacional da UNESCO, lembra que “mais importante que o prémio, é a preservação do Tchiloli” e prometeu uma estratégia de salvaguarda desta tradição. "Nós recebemos este prémio, mas, no entanto, o que é mais importante agora é nós preservarmos. Vai haver aqui uma estratégia para a preservação desse mesmo património cultural imaterial", garantiram as autoridades. Impasse no sector do turismo Com o reconhecimento internacional na conservação da natureza e do património histórico, São Tomé e Príncipe tem todas as potencialidades para uma aposta no turismo que respeite e ajude a conservar o ambiente, mas também seja fonte de rendimento para o país como explicou António Abreu, director da Divisão de Ciências Ecológicas e da Terra na UNESCO. "Outra área também que é demonstrativa é, digamos, o investimento na área do turismo sustentável, em que o modelo que se pratica nas reservas da biosfera é o exemplo e o Príncipe é um exemplo disso. É um modelo de qualidade que oferece uma experiência única e, portanto, oferecendo uma experiência única, baseada nos valores naturais e culturais, o visitante não vai apenas pelo sol e pela praia, mas vai porque vai vivenciar e vai ter a oportunidade de ter uma experiência que é única. E isso em termos de competitividade no mercado do turismo, naquilo que é o mercado global, dá uma vantagem comparativa a estes sítios", explicou António Abreu. No entanto, para ter um turismo sustentável e de qualidade, não aderindo à moda do turismo de massas, são necessários operadores turísticos por um lado capazes de proporcionar estadias e experiências extraordinárias aos turistas e, por outro, que respeitem e preservem a natureza das ilhas. Até agora, o maior operador no país era o grupo HBD, do multimilionário Mark Shuttleworth, sendo também o maior empregador da ilha Príncipe.  Este grupo que gere actualmente a Roça Sundy, a Roça Paciência e os resorts Sundy Praia e Bombom, entre outros investimentos também em São Tomé, instalou-se no país no início dos anos 2010 e desde lá promove também acções a nível social. Entretanto, em Outubro deste ano, após disputas com o governo regional do Príncipe e desacordos com o Governo central, especialmente porque o HBD queria cobrar o acesso dos habitantes locais a praias dos seus resorts, o grupo anunciou que iria abandonar as ilhas. Mark Shuttleworth disse numa carta dirigida ao governo regional do Príncipe que se uma parte das lideranças políticas da ilha pensa que o trabalho do seu grupo é, e passo a citar, “feito de má-fé, com intenções neocoloniais”, o grupo iria retirar-se do país. Em entrevista à RFI, em Julho de 2025, o presidente da região autónoma do Príncipe, Filipe Nascimento, reconheceu o perigo de um possível monopólio e disse, já nessa altura, querer aposta na diversificação de investidores. "Como tudo na vida, temos sempre que lidar com os temas, com todos os cuidados, as cautelas, mas considerar que devemos trabalhar com confiança. E é isso que trabalhamos diariamente para estabelecer a confiança em toda a sociedade ou em todo o mercado, que é na relação, os poderes democráticos e os investimentos, nomeadamente dos empresários estrangeiros, mas também com uma componente muito importante que é a população. Criar as condições políticas para o ambiente de negócio, isto é, o sucesso dos investimentos e, ao mesmo tempo, que haja este benefício para todas as partes, sobretudo para a população, para as metas que as autoridades pretendem almejar. Em que é importante as receitas, a população, o emprego, mas também criar um quadro jurídico legal que regule de forma harmoniosa e equilibrada todas estas relações, que dê, por um lado, garantia de proteção dos investimentos, mas, por outro lado, respeito para não só as regras do mercado funcionarem, como também o respeito da cultura, o ambiente, as pessoas de um modo geral existe, embora no dia a dia aspectos que vão surgindo que é preciso gerir na base de um diálogo que temos feito com muita responsabilidade e continuaremos a fazer. Os riscos há em qualquer mercado, mas sim, no caso do Príncipe, uma economia pequena numa ilha. Há, portanto, necessidade de continuarmos a trabalhar para a diversificação dos subsectores da economia, mas também dos intervenientes. Isto é, mais empresários, mais investidores", disse Filipe Nascimento. Após um mês de impasse e negociações, o desfecho deste imbróglio ainda não é conhecido, com as autoridades a assegurar que querem que o grupo permaneça e manifestações da sociedade civil a favor do HBD. A imigração são-tomense face às novas regras sem Portugal Este é um grupo que se tornou essencial nas ilhas, já que emprega quase mil pessoas, num território onde é difícil encontrar trabalho qualificado, o que nos últimos anos tem levado muitos jovens e menos jovens a procurar emprego fora do país, especialmente desde 2023, altura em que a CPLP abriu portas à mobilidade dos seus cidadãos. Assim, São Tomé terá perdido nos últimos três anos cerca de 10% da sua população, com grande incidência na faixa etária dos 18 aos 35 anos. Mais de metade escolhe Portugal para viver e partem à procura de melhores condições económicas. Este é um movimento que a historiadora e professora universitária Nazaré Ceita identificou nas salas de aula do ensino superior no país e que tem já fortes impactos no dia a dia de quem vive nas ilhas. Esta académica espera que também venha a haver impactos positivos. "Hoje, quando eu procuro um canalizador que não encontro, eu procuro um eletricista que não encontro. E muitos deles são levados por empresas portuguesas organizadas. Quer dizer que há qualquer coisa que está a escapar. Então eu vejo isto com preocupação, mas a minha preocupação ao mesmo tempo é levada para o outro lado, porque há muitos países em que são as remessas dos emigrantes é que desenvolvem o país. Pode ser que as pessoas que estejam fora estejam a criar condições para ajudarem a desenvolver São Tomé e Príncipe. Uns podem continuar lá, mas pode ser que outros regressem. Só me preocupa o facto de muitos deles, caso dos alunos daqui da faculdade, que às vezes não terminam a sua monografia e vão para lá fazer trabalhos completamente humildes. Quando eu acho que houve um investimento bastante grande e nós estamos com salas vazias, às vezes de alunos que dizem eu vou me embora. Quer dizer que há qualquer coisa que se está a passar", declarou a docente universitária. O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Américo Ramos, deplorou em Agosto a saída dos jovens o estrangeiro e disse querer implementar uma “emigração consciente”, que permita aos são-tomenses terem boas condições de vida nos países de destino. A gestão dos fluxos migratórios é uma das prioridades do seu Governo, segundo afirmou em Agosto. "Enquanto não atingimos o nível de desenvolvimento desejado, devemos saber gerir os fenómenos migratórios com responsabilidade. A migração está, por isso, na agenda política deste Governo, através do programa de envolvimento da diáspora no desenvolvimento nacional. Foram já definidas políticas públicas com acções concretas, algumas das quais já em curso desde o início do ano de 2025. Entre estas acções destacam-se a criação do Gabinete das Comunidades, com o objectivo de acompanhar e implementar políticas públicas direccionadas à nossa diáspora. O reforço da protecção consular através da CPLP, sobretudo em países sem representação diplomática directa. A ampliação da rede diplomática. A facilitação do acesso a documentos oficiais essenciais para legalização e integração. A criação de incentivos fiscais e aduaneiros, nomeadamente através de regime simplificado de pequenas remessas e do Regime Especial para bens Essenciais", detalhou o líder do Governo. Desde lá, as regras da imigração para Portugal mudaram, com os portugueses a endurecerem os critérios para quem se pode instalar no seu território. Tendo em conta este acordo, os fluxos migratórios dos países lusófonos não foram completamente travados, mas quem se quiser estabelecer em Portugal vindo de um país da CPLP terá agora de passar pelo crivo da unidade de coordenação de fronteiras do sistema de segurança interno, isto é, da verificação dos sistemas de segurança. É este órgão que atribui depois um parecer para obter o visto de residência, deixando assim de ser possível pedir em Portugal autorizações de residência CPLP apenas com vistos de turismo ou com isenção de visto. Assim, com a nova lei de estrangeiros quem queira imigrar para Portugal terá primeiro de obter um visto consular e depois pedir uma autorização de residência. Nas ilhas, pouco a pouco, verifica-se também o fenómeno inverso, com alguns jovens, desiludidos com o projecto de se mudarem para a Europa, regressam e reinstalam-se nas suas comunidades, como relatou Filipe Nascimento, presidente da região autónoma do Príncipe, tendo ele próprio vivido e estudado em Portugal antes de ter regressado às suas origens, assumindo o comando do governo regional a partir de 2020.  “Estamos a perder os nossos jovens e isso preocupa sempre, tratando-se particularmente de quadros e talentos. Temos pessoas a sair, seja professores, enfermeiros, pessoas empregadas no sector do turismo que está em crescimento e sentimos dos empregadores esse desafio de continuidade, de formação, capacitação, de novos quadros. Mas, como tudo na vida, devemos olhar por um lado, com preocupação, mas não com drama. Temos que continuar a fazer o nosso trabalho e interessa ver que mesmo se olharmos para os dois últimos anos em que saiu um maior número de jovens como nunca saiu, fruto desta evolução da legislação de migração de Portugal enquanto parte do Tratado da CPLP para a mobilidade das pessoas, mas respeitar porque subscrevemos esse tratado. Mas, por outro lado, dizer que muitos jovens que saíram reconheceram que afinal não é tão mau estar no Príncipe. Eu sei de quatro jovens que já estavam lá há alguns meses e já regressaram e mais que lá estão, estão a preparar o seu regresso. E sei de muitos que também vão em jeito de férias para explorar, chegam lá e respeitam o tempo de férias de um mês ou 15 dias e regressam ao perceberem que é um bom país. O Príncipe oferece tudo para se ser feliz, constituir família, realizar sonhos cá com o que temos. Então isto também nos orgulha, mas é um desafio para nós. Criar um ambiente melhor, dar mais terrenos aos jovens para a construção de casa, oferecer e já temos feito também uma trajetória interessante. Fizemos parceria com universidades e temos centenas de pessoas hoje a frequentar o ensino superior à distância. Continuamos a trabalhar para baixar o custo de vida, continuarmos a oferecer uma saúde de mais qualidade” O roubo do processo do 25 de Novembro Se a imigração tem contribuído para desgastar o capital social do país, o caso do 25 de Novembro de 2022 tem assombrado a política são-tomense. Este ataque ao quartel fez quatro mortos e foi qualificado pelas autoridades nessa altura como uma tentativa de golpe de Estado, com a Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) a ter dito em 2025 que “não existem provas sérias e convincentes” de que o grupo quisesse tomar o poder. Foi o próprio Presidente, Carlos Vilas Novas, a pedir no dia 12 de Julho deste ano que a situação real daquele dia fosse esclarecida o mais rapidamente possível. "Aproveito a ocasião para exortar as autoridades competentes e de uma vez por todas, a darem o respetivo seguimento à conclusão do processo da morte de quatro cidadãos, na sequência da invasão do quartel das Forças Armadas, em 25 de Novembro de 2022. As autoridades devem o desfecho deste caso as vítimas aos seus familiares e à sociedade. A vida é o bem jurídico supremo e é a todos os títulos inadmissível que os que contra ela atentam fora das causas de justificação previstas na lei, saiam impunes. É necessário que a verdade seja conhecida e a justiça seja feita em conformidade com as leis em vigor na nossa República", declarou o chefe de Estado. No entanto, o processo do julgamento da alegada tentativa de golpe de Estado de 25 de Novembro de 2022 que resultou na morte de quatro homens no quartel militar de São Tomé, desapareceu das instalações do Estado-Maior das Forças Armadas no final de Outubro.  Mais de vinte militares, nomeadamente altas patentes, foram acusados pelo Ministério Público de estarem envolvidos na morte e tortura dos quatro homens, mas até ao momento não foram julgados porque o Tribunal Civil se declarou incompetente e remeteu o processo para o Tribunal Militar que, por sua vez, refere não dispor de meios para este julgamento. No terceiro aniversário deste acontecimento, a ministra da Justiça são-tomense, Vera Cravid, considerou que este acontecimento permanece "na memória colectiva como um dos momentos mais sombrios da história recente” do país. Já para Filinto Costa Alegre, membro da Associação Cívica e que lutou pela independência do país, o esclarecimento do que se passou naquele dia é essencial para que os jovens voltem a acreditar no país e para construir um futuro colectivo. “Há que fazer um trabalho que leve as pessoas a paulatinamente irem Acreditando que há vida para além da emigração. Há vida para além da emigração? Há futuro para além da emigração? Então, mas é preciso demonstrar isso? Isso não é com discursos, é na prática. E então, do meu ponto de vista, há matérias que podem servir como rampa de lançamento para essa nova fase para os próximos 50 anos. Mobilizar as pessoas, as pessoas de boa vontade, as pessoas que ainda acreditam que querem regenerar.  Então vamos construir grupos de trabalho para diversos assuntos. Mas os mais prioritários são o combate ao 25 de novembro. Esta, esta política, essa estratégia de intentonas, inventonas para para resolver problemas. Por isso tem que acabar” Se, como o Presidente Carlos Vila Nova expressou no seu discurso dos 50 anos de independência do país, o país não está onde gostaria de estar, há também motivos de regozijo e de esperança de um futuro melhor para São Tomé e Príncipe. "Mas se nem tudo são rosas, nem tudo são espinhos, não podemos ignorar as conquistas alcançadas ao longo destes 50 anos, apesar das dificuldades económicas. Os sucessivos governos de São Tomé e Príncipe fizeram importantes avanços no campo da educação, da saúde e dos direitos humanos. A escolarização foi uma prioridade nas primeiras décadas da independência. O governo procurou formar uma nova geração de líderes e técnicos que pudessem colaborar na edificação de uma sociedade mais justa e igualitária. A inclusão social também foi um ponto chave das políticas públicas, com ênfase na redução das desigualdades, na garantia do acesso à saúde e à educação para todos os cidadãos, especialmente em áreas rurais e isoladas. As políticas de educação foram conduzidas no sentido de promover maior equidade e um maior acesso à formação profissional essencial para o desenvolvimento do país no cenário global. As universidades e centros de formação técnica. Entretanto, surgidos a desempenhar um papel cada vez mais importante na capacitação da população e no desenvolvimento do capital humano, As dificuldades com que nos temos debatido não podem desbotar ganhos como o aumento da taxa de escolarização e a consequente redução da analfabetização a níveis residuais. A construção de um grande número de jardins de infância, de escolas primárias e secundárias em todos os distritos do país e na região Autónoma não podem desbotar ganhos como a construção de vários liceus que visam juntar se ao antigo e único. A data da independência, integrado na antiga Escola Técnica Silva Cunha, não podem desbotar ganhos como o surgimento de instituições de ensino superior privadas no país e a criação da Universidade de São Tomé e Príncipe e dos seus diversos pólos, traduzida na possibilidade de formar mais homens e mulheres que melhor sirvam o país e o mundo. hoje convertido em aldeia global. As dificuldades com que nos debatemos não podem anular ganhos, como a redução significativa das taxas da mortalidade materna e infantil, o aumento da cobertura vacinal, o aumento da esperança média de vida ou a erradicação do paludismo não podem anular ganhos como o aumento exponencial da construção de novos centros de tratamento de água potável, bem como o aumento da cobertura do fornecimento de água potável e da eletricidade a quase toda a população do país", concluiu o Presidente são-tomense.

O Mundo Agora
Economia mundial avança sob risco de recessão sincronizada

O Mundo Agora

Play Episode Listen Later Dec 15, 2025 4:36


O panorama econômico de final de 2025 é marcado por contrastes. Enquanto algumas das principais economias exibem resiliência surpreendente, outras patinam, compondo um quadro de crescimento fragmentado, que convive com o espectro de uma recessão global sincronizada. Organismos internacionais refletem essa dualidade em suas projeções: o FMI, por exemplo, elevou sua estimativa de alta do PIB mundial para 3,2% em 2025, ligeiramente acima do previsto meses antes. Thiago de Aragão, analista político Ainda assim, trata-se de um ritmo anêmico, a Allianz Trade chegou a projetar apenas 2,5%, o patamar mais baixo desde 2008 fora de anos de crise, carregado de divergências regionais. Tensões geopolíticas persistentes também pairam sobre o horizonte, freando o comércio global e alimentando incertezas. Não por acaso, alertas se acumulam: um novo choque protecionista, por exemplo, poderia inverter esse frágil equilíbrio. O economista-chefe do FMI chegou a notar que uma guerra comercial renovada entre Washington e Pequim seria um “risco muito significativo” para a economia mundial, capaz de reduzir sensivelmente as projeções de crescimento nos próximos anos. Ou seja, o mundo cresce, mas com o freio de mão puxado e olhando pelo retrovisor o perigo de um engavetamento econômico global. Nos Estados Unidos, o tom é de alívio, ainda que cauteloso. A tão anunciada recessão americana não deu as caras; ao contrário, a maior economia do mundo vem conseguindo algo próximo de um soft landing. A inflação arrefeceu sem empurrar o país ladeira abaixo, e o mercado de trabalho manteve-se robusto. Para analistas, a "recessão mais esperada de todos os tempos" não se concretizou. De fato, o desemprego segue baixo em termos históricos e a criação de empregos continua resiliente, mesmo após sucessivos aumentos dos juros pelo Federal Reserve. O consumo das famílias se sustentou em boa medida, os salários, por fim, voltaram a crescer mais rápido que os preços e os balanços corporativos mostraram fôlego. Com isso, o PIB americano surpreendeu. O FMI prevê 2,0% de expansão nos EUA em 2025, desempenho que, embora mais moderado que os 2,8% estimados para 2024, indica uma economia ainda vibrante e longe da contração. Bonança relativa Entretanto, nem tudo são flores na paisagem americana. Por trás da bonança relativa, espreitam desequilíbrios preocupantes. Um deles é o descompasso fiscal: Washington opera com déficits cronicamente altos, agora exacerbados pela combinação de cortes de impostos pós-2017 e gastos elevados. Em 2025, o rombo orçamentário deve ultrapassar 8% do PIB, alarmante para tempos de paz e prosperidade. A dívida pública cresce, e os juros altos tornaram seu peso mais difícil de ignorar. Não por acaso, até as agências de classificação de risco perderam a paciência: em maio, a Moody's rebaixou a nota de crédito soberano dos EUA (a derradeira avaliação AAA que restava), citando o aumento persistente da dívida e dos encargos com juros como motivos centrais. Outro ponto de atenção é a desigualdade dentro do país. A prosperidade agregada mascara disparidades internas gritantes, já que o “excepcionalismo” americano nem sempre beneficia o americano comum. Os ganhos econômicos têm se concentrado no topo da pirâmide, aprofundando um fosso social já histórico. Para se ter ideia, em 2023, famílias situadas no 95º percentil de renda ganharam em média 3,5 vezes a renda de uma família mediana, enquanto em 1980 essa razão era de 2,6. Em outras palavras, mesmo com pleno emprego, muitos trabalhadores não sentem os frutos do crescimento, o que confere um tom paradoxal à bonança, com um caldo de desigualdade e frustração latente em meio aos números positivos. Europa em marcha lenta Do outro lado do Atlântico, a Europa segue em marcha lenta. A zona do euro praticamente estagnou e flerta com a recessão técnica. Projeções recentes apontam para um crescimento em torno de 1% a 1,3% em 2025, com gigantes como a Alemanha mal saindo do zero (a economia alemã deve avançar apenas 0,3% neste ano após ter encolhido em 2024). O bloco europeu vem enfrentando o legado amargo da crise energética e inflacionária pós-pandemia. A inflação, embora em trajetória de queda, mostrou-se teimosa e permaneceu acima da meta por um período prolongado, corroendo o poder de compra e minando a confiança. Essa pressão inflacionária persistente exigiu do Banco Central Europeu uma postura dura: o BCE elevou os juros a níveis não vistos em mais de uma década, esfriando investimentos e consumo. Somente em meados de 2025 o banco central pôde pausar e até iniciar cortes modestos, à medida que a inflação finalmente cedeu para patamares próximos do objetivo de 2%. Mas o dano já estava feito. O alto custo do dinheiro e a incerteza econômica deixaram a Europa num limbo de crescimento pífio. Muitos falam em estagflação branda: a atividade mal se move enquanto os preços ainda não estão totalmente sob controle. Some-se a isso os desafios fiscais (vários governos aumentaram gastos com defesa e subsídios em meio a conflitos geopolíticos, atrasando ajustes nas contas públicas) e tem-se um continente em compasso de espera. O continente europeu termina 2025 lutando para não escorregar de vez, tentando conciliar a necessidade de estimular economias quase estagnadas com o dever de domar a inflação remanescente. Desaceleração na China Já a China enfrenta uma desaceleração estrutural que vem redesenhando o mapa do crescimento global. Após décadas de expansão vertiginosa, a segunda maior economia do mundo entrou numa fase mais contida. O FMI e a OCDE projetam cerca de 5% de crescimento chinês em 2025, ritmo que seria excelente para um país desenvolvido, mas que representa uma clara perda de fôlego para os padrões chineses. Vários fatores internos explicam essa mudança de marcha. O país está envelhecendo rapidamente, o que reduz a oferta de mão de obra e a taxa de poupança. Os ganhos de produtividade também arrefeceram, à medida que o modelo de investimento pesado em infraestrutura e indústria começa a mostrar rendimentos decrescentes. E há, sobretudo, a ressaca de uma bolha imobiliária que se formou ao longo da última década e estourou, deixando um rastro de problemas. Quatro anos após o pico da crise imobiliária, o setor de imóveis na China permanece instável. Grandes incorporadoras enfrentam dificuldades para honrar dívidas, projetos imobiliários foram paralisados e milhões de apartamentos novos encalham sem compradores, abalando a confiança de famílias e investidores. Esse esfriamento drástico no mercado imobiliário é particularmente preocupante porque imóveis foram, por muito tempo, um motor central da economia chinesa (representando direta ou indiretamente até um terço do PIB). O resultado é que a China agora flerta perigosamente com riscos deflacionários. “As perspectivas continuam preocupantes na China, onde o setor imobiliário ainda se encontra instável”, afirmou Pierre-Olivier Gourinchas, do FMI, acrescentando que os riscos à estabilidade financeira estão elevados e crescendo, com demanda fraca por crédito e a economia à beira de uma armadilha de deflação e dívida. Em suma, a era do crescimento chinês de dois dígitos ficou para trás. Isso tem implicações globais: a menor demanda chinesa por insumos e commodities já se faz sentir em países que dependem dessas exportações, e a Ásia emergente como um todo perdeu um pouco de tração sem a mesma locomotiva de antes. O mundo acostumou-se a contar com a China como catalisadora do crescimento; agora, observa apreensivo a gigante asiática lidar com seus próprios dilemas domésticos. Contexto de apreensão para a América Latina Para a América Latina, esse contexto internacional é motivo de apreensão, ainda que com alguns matizes positivos. A região tem uma longa tradição de vulnerabilidade a choques externos, mas em 2025 mostrou certa resiliência inesperada. O FMI projeta que a América Latina e Caribe cresça 2,4% em 2025, ritmo modesto porém ligeiramente melhor do que se antecipava anteriormente (a OCDE igualmente prevê uma região “crescendo lentamente” nos próximos anos). Parte desse desempenho se deve a um alívio na frente inflacionária local e à ação ágil de bancos centrais latino-americanos, que subiram juros cedo e agora começam a baixá-los conforme a inflação recua. Além disso, as exportações de commodities deram um fôlego providencial: no primeiro semestre de 2025, as vendas externas foram o principal motor de crescimento na América Latina, com destaque para o cobre chileno, a manufatura mexicana e o agronegócio no Brasil, Argentina e vizinhos. A safra agrícola brasileira recorde e a demanda externa aquecida por alimentos e minérios ajudaram a evitar uma desaceleração mais forte. Contudo, os fundamentos econômicos latino-americanos ainda inspiram cuidado. Muitos países saíram da pandemia com dívida pública elevada e espaço fiscal reduzido, após gastos emergenciais que salvaram vidas mas esgotaram cofres. Isso significa que governos da região têm pouca munição para reagir a uma nova crise global, ao contrário, alguns já enfrentam pressão para ajustar contas e reconquistar credibilidade fiscal. Ademais, a dependência de matérias-primas persiste como uma faca de dois gumes: garante ganhos em tempos de boom de commodities, mas expõe a região a volatilidades externas. Se a economia chinesa espirrar, exportadores sul-americanos de minério de ferro, soja ou petróleo provavelmente pegarão um resfriado. Da mesma forma, um aperto monetário adicional nos EUA, com juros mais altos, poderia provocar fuga de capitais e desvalorização cambial nos mercados latino-americanos, desestabilizando inflação e investimentos. Em síntese, a América Latina permanece altamente atrelada aos humores das grandes potências e aos ciclos globais. Como pontuou a OCDE, a região deve seguir avançando devagar, limitada por inflação ainda alta em diversos países e por políticas públicas sem muito fôlego fiscal para estimular a demanda. O lado bom é que, até aqui, conseguiu evitar recuos graves; o lado preocupante é que tal resistência talvez se esgote caso os ventos externos mudem para tempestade. Recessão sincronizada? Diante desse mosaico global, a pergunta inevitável é: quão perto estamos de uma recessão mundial sincronizada? Por enquanto, o cenário básico ainda indica crescimento, fraco, mas crescimento, não uma contração simultânea em todas as frentes. No entanto, os riscos estão à espreita e não são triviais. Basta um deslize maior de política econômica ou um choque geopolítico para alinhar os astros de forma negativa. Imagine-se, por exemplo, que o Fed (o banco central dos EUA) aperte ou tarde demais os juros, precipitando enfim a recessão que não ocorreu em 2023-24; ao mesmo tempo, a Europa seguiria estagnada e a China desaceleraria ainda mais, formando uma tempestade perfeita. Não é um cenário absurdo, de fato, no início deste ano o próprio FMI reconheceu que a probabilidade de uma recessão global em 2025 havia praticamente dobrado, de cerca de 17% para 30%, dada a conjunção de riscos comerciais e financeiros então presentes.  Essa estimativa foi feita com todas as letras pelo economista-chefe do Fundo em abril, enfatizando que, embora não se esperasse oficialmente uma recessão, “os riscos associados a essa possibilidade aumentaram consideravelmente”. E ainda que desde então algumas tensões tenham arrefecido (evitou-se, por exemplo, uma escalada tarifária completa entre EUA e China, e a inflação global cedeu um pouco mais), o fato é que navegamos em águas incertas. O ano termina com uma sensação mista: por um lado, 2025 surpreendeu pela resiliência, o pior não se materializou e vários países desviaram das armadilhas que muitos previam; por outro, a fragilidade subjacente permanece. O crescimento segue desigual e sustentado por fios tênues de demanda aqui e acolá. A qualquer tranco mais forte, esses fios podem se romper, sincronizando as quedas e transformando fragmentação em recessão generalizada. Em suma, vivemos um equilíbrio instável. A economia global mostrou vigor para aguentar os trancos até agora, mas continua sob a sombra de um possível revés sincronizado. A prudência, portanto, continua sendo a palavra de ordem, tanto para os formuladores de política quanto para os observadores desse complexo tabuleiro geoeconômico mundial.

YIRA YIRA
Blindados por el bien

YIRA YIRA

Play Episode Listen Later Dec 11, 2025 52:02


por Yaiza Santos Leyó muy sorprendido los versos por los que dicen que un Iniesta recién fallecido es el último gran filósofo y el último gran humanista y literato: «Miente el carnet de identidad, tu culo es mi localidad» o «Ahora que ya no entiendo nada y no me funciona un hemisferio quiero saber si entre tus bragas está la clave del misterio». Por supuesto, entiende que no se puede leer todo esto sin la melodía que lo viste, pero debería abandonarse del todo la idea de que la música es poesía, filosofía o cualquier tipo de literatura. El deber de ocuparse de las cosas de su tiempo lo hizo detenerse en un segundo momento musical. La Conferencia Episcopal ha concedido un premio al disco Lux. ¡Una sociedad que solía regirse por reglas serias! Eso es lo que da, exclusivamente, el paso del posmodernismo por la civilización. Y hablando de Conferencia Episcopal, ese Illa recibiendo a Pujol, justo cuando este es juzgado por graves delitos en la Audiencia Nacional, no lo hace por cálculo político, sino por esa superioridad moral que observa mucho en cristianos. Blindados por el bien, pasan por encima de las leyes laicas. Otro asimismo creyente es el presidente del Gobierno, al que ve, una vez conocida la cárcel para Leire Díez y demás, como ese cohete que sigue por el espacio una vez desprendido el propulsor. Sánchez se cree cohete y es solo la basura que ya está cayendo al vacío. Contó la conversación que sostuvo con el mejor sommelier que conoce, Valerio Carrera, sobre los vinos del desconcierto y celebró que le descubriera en Madrid la tienda Entretanto, donde poder comprar su manzanilla favorita. Se comentó un nuevo burning, sobre devolver regalos navideños, y, ante los hallazgos antropológicos más recientes, Santos observó: no será el Arcadio de 20 años, pero sí el neanderthal que descubrió el fuego. Y fue así que Espada yiró. Bibliografía Alicia H. Pascual, «Mangalica: el cerdo lanudo que parece una oveja y es una joya gastronómica», ¡Hola! Yung Wan et al., «“Holiday effect” in online product Returns: Evidence from negative expectation disconfirmation and post-purchase dissonance», Journal of Retailing and Consumer Services A’Barra See omnystudio.com/listener for privacy information.

EL MIRADOR
EL MIRADOR T06C067 Merece un like, con Cris Alcázar (09/12/2025)

EL MIRADOR

Play Episode Listen Later Dec 9, 2025 8:56


Cris nos promete decirnos dónde esta esa tapa de alcantarilla, que hará las delicias de los aficionados a la serie de los hermanos Duffer, la semana que viene. Entretanto, una pista: está cerca del campus universitario de La Merced.Hay más 'perlas' recopiladas por Cris Alcázar. Algunas nos llevan a la nostalgia, con una entrañable grabación entre bambalinas de un episodio de "Fraggle Rock". Hasta volcanes vienen hoy a mano con una cuenta de inquietante nombre: "Volcaholic".Cris Alcázar recopila esta y otras curiosidades para pasar un buen rato en sus redes sociales.

Expresso - Expresso da Meia-Noite
Sócrates e o caso influencer: o que nos dizem sobre o estado da Justiça?

Expresso - Expresso da Meia-Noite

Play Episode Listen Later Dec 6, 2025 48:24


"A semana foi uma vez mais marcada pelas críticas à justiça", é assim que Bernardo Ferrão abre este episódio do 'Expresso da Meia-Noite'. A notícia sobre as 50 escutas do Ministério Público a António Costa, em que apenas duas eram relevantes para a investigação, motivam esta observação. Há um excesso de escutas e o MP transformou-se num estado dentro de em estado. Entretanto, nas palavras do diretor da SIC Notícias, o julgamento de Sócrates vai-nos fazendo "corar" de vergonha. Soubemos agora que o ex-primeiro-ministro esteve em Abu Dhabi sem avisar as juízas ao ponto dos procuradores da Operação Marquês colocarem a dúvida sobre uma possível fuga do antigo político. Sócrates e influencer, duas realidades aparentemente distintas mas que tocam numa mesma justiça cada vez mais frágil e alvo de muita indignação. Para discutir estes casos e o estado da Justiça, Bernardo Ferrão e Ângela Silva convidam os advogados Magalhães e Silva e Garcia Pereira e os jornalistas Ana Sá Lopes e José Manuel Fernandes. Ouça aqui o programa em podcast, emitido na SIC a 6 de dezembro.See omnystudio.com/listener for privacy information.

La ContraHistoria
El año de los cuatro emperadores

La ContraHistoria

Play Episode Listen Later Dec 5, 2025 74:09


El año 69 d.C. es uno de los más agitados y caóticos de la historia del imperio romano. En poco más de un año, cuatro hombres se hicieron con el trono tras la muerte de Nerón: Galba, Otón, Vitelio y Vespasiano. Este período demostró que, una vez desaparecido el prestigio de la dinastía julio-claudia, el Senado era ya un mero órgano decorativo y la dignidad imperial dependía exclusivamente de contar con el apoyo de las legiones. Nerón se suicidó el 9 de junio del año 68. Sin heredero, el vacío de poder desató una guerra civil. El primer beneficiario fue Servio Sulpicio Galba, gobernador de la Tarraconense. Hombre de linaje patricio y 73 años, fue reconocido por el Senado y la Guardia Pretoriana. Llegó a Roma en octubre de ese año, pero su gobierno fue un desastre desde el primer día: recortó gastos, se negó a pagar el donativo prometido a los pretorianos y adoptó como heredero a Lucio Calpurnio Pisón, un aristócrata sin carisma ni apoyos militares. Tres meses más tarde las legiones de Germania Superior e Inferior se sublevaron y proclamaron emperador a Aulo Vitelio. Cuando la noticia llegó a Roma los pretorianos asesinaron a Galba y a Pisón en pleno Foro. El Senado, aterrorizado, proclamó emperador a Marco Salvio Otón. Otón, antiguo compañero de juergas de Nerón y gobernador de Lusitania, tenía el apoyo del Pretorio y de parte del pueblo romano. Intentó negociar con Vitelio, que ya marchaba hacia Italia con sus legiones. La negociación fracasó. El 14 de abril del año 69 se libró la primera batalla de Bedriacum (cerca de Cremona). Las tropas de Otón fueron aplastadas. Al recibir la noticia, Otón se suicidó, pero no sin antes pronunciar una frase que ha pasado a la historia: “Es más justo que muera uno por todos, que todos por uno”. Había reinado 91 días. Vitelio entró en Roma en julio entre desfiles, banquetes y celebraciones. Su gobierno fue un espectáculo de despilfarro y crueldad: ejecuciones masivas de oficiales fieles a Otón, disolución de las cohortes pretorianas para sustituirlas por sus tropas germanas y un despilfarro que dejó exhausto el tesoro imperial. Entretanto, en Oriente, las legiones de Judea, Siria y Egipto proclamaron emperador a Tito Flavio Vespasiano, el general que se encargaba en esos momentos de la revuelta judía. Vespasiano controlaba los envíos de grano de Egipto y tenía el apoyo de su hijo Tito y del prefecto de Egipto, Tiberio Julio Alejandro. Las legiones del Danubio que estaban al mando de Marco Antonio Primo invadieron Italia en octubre. A finales de ese mes se libró la segunda batalla de Bedriacum y las tropas de Vitelio fueron aniquiladas. En diciembre, Antonio Primo entró en Roma. Vitelio intentó abdicar y esconderse, pero fue descubierto, arrastrado desnudo por las calles y arrojado al Tíber tras ser torturado. El día 21 de diciembre del año 69, el Senado proclamó a Vespasiano, que aún estaba en Alejandría. Con él comenzó la dinastía Flavia. Para hablar de este año tan importante en la historia de la Antigua Roma nos acompaña hoy Federico Romero, que ya pasó por aquí hace unos meses para hablarnos de aquellos bárbaros que se significaron en su defensa del imperio. Hoy nos vamos cuatro siglos atrás al momento en el que Roma estaba en la cúspide de su poder. Bibliografía: “En defensa de Roma” de Federico Romero - https://amzn.to/48zc0AZ “El año de los cuatro emperadores” Desperta Ferro - https://www.despertaferro-ediciones.com/revistas/numero/72-69-d-c-el-ano-de-los-cuatro-emperadores-roma-vespasiano/ “El imperio romano” de Isaac Asimov - https://amzn.to/3XEwa7w “Rome: An Empire's Story” de Greg Woolf - https://amzn.to/4rFaTrZ Escucha el episodio completo en la app de iVoox, o descubre todo el catálogo de iVoox Originals

Meio Ambiente
Após COP30 não avançar para o fim do desmatamento, flexibilização da Lei Ambiental ameaça meta no Brasil

Meio Ambiente

Play Episode Listen Later Dec 4, 2025 20:24


A realização da Conferência do Clima das Nações Unidas em plena Amazônia não bastou para os países chegarem a um consenso sobre como encaminhar o fim do desmatamento no mundo. Dias após o fim do evento, a nova Lei de Licenciamento Ambiental Especial (LAE) ameaça o cumprimento dessa meta pelo Brasil, país que mais devasta florestas no planeta. Lúcia Müzell, da RFI em Paris O desmatamento é a segunda maior fonte de emissões de gases de efeito estufa, atrás do uso de combustíveis fósseis. Mesmo assim, a COP30 falhou em apontar um caminho para o cumprimento de uma das metas do Acordo de Paris: acabar com a destruição das florestas até 2030. O objetivo está previsto no tratado internacional há dez anos. Com uma linguagem vaga, os documentos da Conferência de Belém mencionam a importância da preservação da natureza e do aumento dos “esforços para deter e reverter o desmatamento e a degradação florestal” nos próximos cinco anos – sem especificar como nem com quais recursos. “Eu acho que ela podia ter entregado muito mais do que entregou. A gente viu que dois textos até tratam da questão das florestas. Mas do ponto de vista da implementação mesmo, a gente viu zero avanços”, lamenta Fernanda Carvalho, diretora global de políticas climáticas da organização WWF. Ela acompanhou as negociações da COP30 como observadora da sociedade civil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou emplacar a discussão de dois roteiros fundamentais para o combate efetivo das mudanças climáticas: um para o fim dos combustíveis fósseis e um segundo para o desmatamento. Nenhum dos temas estava na agenda oficial de negociações da conferência. Um primeiro projeto da decisão Mutirão da COP30 – o pacote de acordos políticos do evento – chegou a incluir a discussão sobre os temas. Entretanto, diante da forte resistência de cerca de um terço dos países participantes à questão do petróleo, ambos os trechos foram retirados dos documentos finais. Foco nos combustíveis fósseis  Os debates acirrados sobre as energias fósseis acabaram por abafar as possibilidades de progressos no tema do desmatamento, avalia Fernanda Carvalho. “Não soube de ninguém que bloqueou especificamente o desmatamento, mas como isso não era um item de agenda, a opção foi não avançar com isso. Como já estava gerando tanto conflito a parte de combustíveis fósseis, eu acho que não teve como avançar”, reitera. A especialista salienta que, sem um planejamento robusto, os cinco anos que restam pela frente podem não ser suficientes para o cumprimento do objetivo. “É um prazo curtíssimo para implementar coisas que a gente já tinha que ter implementado. E, no caso de florestas, já existem compromissos anteriores, que eram sobre 2020, que a gente não conseguiu alcançar”, lembra. “Então era superimportante que a gente tivesse tratado disso com mais força nessa COP.” A solução apresentada pela presidência brasileira da COP30 foi lançar discussões oficiais sobre os dois mapas do caminho – para o fim da dependência das energias fósseis e o fim do desmatamento – ao longo do próximo ano, durante o mandato do embaixador André Corrêa do Lago. O papel das florestas na crise climática é central: elas não apenas absorvem cerca de 30% do CO₂ emitido no planeta, como a derrubada das árvores as torna fonte de mais emissões. O Brasil, com a maior floresta tropical do mundo, lidera o ranking dos países que mais devastam as florestas, seguido por República Democrática do Congo, Bolívia, Indonésia e Peru, entre outros. Mas o país é o único que já possui um roteiro para acabar com a devastação até o fim desta década, salientou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ao final da conferência em Belém. “A Amazônia não recebe apenas um legado, mas ela também oferece um legado. Com certeza o Brasil será uma referência para mapas do caminho em outros lugares e em outras regiões do mundo, salvaguardando os diferentes contextos e realidades em termos de conformação florestal”, indicou Silva. Liderança brasileira ameaçada Na visão de Fernanda Carvalho, o país tem demonstrado que poderá cumprir o objetivo: o desmatamento caiu 32% de 2023 para 2024, e iniciativas como o Plano Nacional de Bioeconomia alavancam o desenvolvimento sustentável na região, sem devastação. Entretanto, os retrocessos promovidos pelo Congresso na agenda ambiental, como a simplificação do licenciamento de grandes projetos dos governos, colocam a meta brasileira em xeque. “Tudo depende de vontade política, e a gente vê sempre que existem batalhas políticas internas. A flexibilização do licenciamento pode ser desastrosa e gerar mais desmatamento”, adverte Carvalho. A nova versão da Lei de Licenciamento Ambiental Especial (LAE) – criada por Lula por meio da Medida Provisória 1.308/2025 – foi aprovada a toque de caixa pelo Senado nesta quarta-feira (3), dias depois de o Congresso derrubar quase todos os vetos de Lula à atualização da Lei de Licenciamento Ambiental no país, o chamado PL da Devastação. Na prática, 52 dos 63 vetos não apenas caíram, como a nova lei amplia o alcance da LAE, que agora poderá se aplicar a qualquer obra considerada “estratégica” pelo governo, com liberação simplificada em até 12 meses. “O parecer da MP, aprovado com aval do governo Lula, já traz em seu texto a primeira encomenda: a BR-319, estrada que implodirá o controle do desmatamento - e, por tabela, das emissões de gases de efeito estufa do Brasil – passará a ser licenciada por LAE”, apontou o Observatório do Clima, em nota após a aprovação do texto. “A rodovia recebeu uma licença prévia ilegal no governo Bolsonaro, que fez o desmatamento no entorno da estrada explodir 122% em um ano após sua concessão. A licença hoje está suspensa na Justiça”, complementa a organização, que reúne quase 200 entidades de proteção do meio ambiente.

Devocionais Pão Diário
DEVOCIONAL PÃO DIÁRIO | LUZ DE DEUS EM MEIO ÀS SOMBRAS

Devocionais Pão Diário

Play Episode Listen Later Dec 4, 2025 2:33


Leitura Bíblica Do Dia: SALMO 23 Plano De Leitura Anual: EZEQUIEL 47–48; 1 JOÃO 3  O devocional de hoje está uma bênção! Marque um amigo aqui nos comentários para ler com você!  Quando Elaine foi diagnosticada com um câncer avançado, ela e o seu marido, Carlos, sabiam que não demoraria muito até ela partir para estar com Jesus. Ambos valorizavam a promessa do Salmo 23, de que Deus estaria com eles, até mesmo ao andarem pelo vale mais profundo e difícil dos seus 54 anos de casados. O casal se confortou com base no fato de que Elaine sentia-se pronta para encontrar-se com Jesus e isso lhes trouxe esperança, pois ela tinha colocado a sua fé nele há décadas. No serviço fúnebre de sua esposa, Carlos compartilhou que ele ainda estava viajando “pelo escuro vale da morte” (SALMO 23:4). A vida de sua esposa no lar eterno já havia começado. Entretanto, ele e outros que muito a amavam ainda estavam passando pelo “escuro vale da morte”. Ao viajarmos pelo vale escuro, onde podemos encontrar nossa fonte de luz? O apóstolo João declara: “Deus é luz, e nele não há escuridão alguma” (1 JOÃO 1:5). E Jesus também proclamou: “Eu sou a luz do mundo. Se vocês me seguirem, não andarão no escuro, pois terão a luz da vida” (JOÃO 8:12). Sendo pessoas que creem em Jesus, nós “[andamos] na luz de [Sua] presença” (SALMO 89:15). Nosso Deus prometeu estar sempre conosco e ser nossa fonte de luz, mesmo quando viajamos pelo vale escuro da morte.  Por: CINDY HESS KASPER 

Economia
Energia eólica em alto-mar desacelera no mundo e mira recuperação nas potências emergentes

Economia

Play Episode Listen Later Dec 3, 2025 7:31


As energias renováveis, em pico de expansão, viveram um paradoxo em 2025: ao mesmo tempo em que superaram pela primeira vez o carvão na geração de eletricidade no mundo, os projetos de eólicas em alto-mar (offshore) recuaram. Na Europa e em potências como Japão e Índia, planos de novas instalações são adiados ou cancelados, em um contexto fragilizado pelo revés norte-americano no setor. Lúcia Müzell, da RFI em Paris A Agência Internacional de Energia (AIE) antecipa uma desaceleração da abertura de novos parques eólicos offshore até o fim da década. Em seu relatório anual publicado em outubro, a instituição reduziu em 27% a sua expectativa de novas capacidades até 2030. Diversos aspectos influenciam esse cenário: aumento dos custos de matérias-primas fundamentais, como aço e cobre, flutuações nas cadeias globais de suprimentos e desaceleração econômica mundial, com impacto na demanda de energia. Na Europa, o redirecionamento dos recursos para defesa, no contexto da guerra na Ucrânia, desmobilizou o impulso às offshores, mais onerosas. Em termos de volume de investimentos, a complexidade dos projetos torna a comparação com as outras fontes limpas desfavorável. "A necessidade de capital fixo é muito maior do que a eólica onshore, porque você tem que levar para o mar e, lá, você pode fazer instalações com muito maior capacidade”, salienta o professor do Instituto de Economia da UFRJ Nivalde de Castro, coordenador-geral do Grupo de Estudos do Setor Elétrico. "Enquanto que onshore você tem torres de 4, 5 ou 10 MW de capacidade instalada, no mar você tem a possibilidade de instalar 20, 30, 50 MW. E como está no mar, todo o sistema de transmissão também é muito mais caro.” Freio nos EUA e foco nos emergentes Os ventos do negacionismo climático de Donald Trump contribuem: o presidente congelou os projetos de energias renováveis nos Estados Unidos, afetando não apenas o desenvolvimento do setor no próprio país, como o acesso a equipamentos americanos pelos clientes do planeta. Entretanto, em um mundo na rota da descarbonização, a tendência a médio e longo prazos continua de crescimento, tanto nos países europeus como, principalmente, nos emergentes. O recorde de 9 gigawatts offshore instalados em 2024 deve despontar para 37 GW até o fim desta década, segundo a AIE. A China desponta na frente e deve responder por cerca da metade das novas capacidades. O Brasil, com quase metade da sua matriz energética e 90% da elétrica já renováveis, engatinha na via das eólicas em alto-mar. Nos últimos 15 anos, investimentos em solares e eólicas terrestres dispararam, impulsionados por subsídios. Mas os projetos offshore ainda não decolaram. "Não faz sentido a gente investir agora em uma fonte que é cinco vezes mais cara do que a energia solar, por exemplo. Mas a eólica offshore não está fora do radar do planejamento energético brasileiro”, frisa Castro. Brasil espera promover leilão em 2026 As regiões do Brasil com maior atratividade para os futuros parques são o sul, o norte e o nordeste. Elbia Gannoum, presidente da ABEEOLICA (Associação Brasileira de Energia Eólica), avalia que a maturação desta indústria no mundo só trará vantagens para o país. “Quando a tecnologia eólica começou a se tornar viável no mundo e a se tornar viável no Brasil, começamos a fazer as eólicas onshore. A mesma coisa aconteceu com a energia solar, e com as offshore, vai ser igual”, indica. "Essa tecnologia está no processo de ganho de escala e redução de custos. Em 2030, quando o Brasil implementar, estaremos numa situação muito diferente”, observa. Em janeiro, o país aprovou o marco regulatório do setor, e a expectativa é realizar o primeiro leilão para eólicas offshore em 2026. Mais de 100 projetos já solicitaram licenciamento ambiental do Ibama para lançar operações na costa brasileira, uma das maiores do mundo. "Você tem que criar um arcabouço regulatório muito sólido, que envolve um alinhamento de várias instituições públicas e ministérios, como o da Marinha, da Indústria e Comércio, o Ibama. A gente está a caminho, mas a gente não tem pressa – essa é que é a diferença”, afirma o professor da UFRJ. Os desafios do curtailment Além disso, o país tem o desafio de acomodar o equilíbrio entre oferta e demanda das novas plantas energéticas. O excesso de geração dos grandes parques renováveis tem levado à repetição dos casos de curtailment, como são chamados os cortes propositais de plantas, para evitar uma pane do sistema. O problema levou a prejuízos de R$ 5 bilhões desde 2023, segundo a ABEEOLICA, e impacta as decisões de investimentos nas eólicas onshore no país, que caíram dois terços no período. Para Castro, é hora de o Brasil amadurecer os sistemas de armazenamento do excesso de energia gerado pelas novas fontes, por meio de baterias químicas e hidráulicas. “Já teremos no ano que vem um leilão de sistemas de armazenamento de baterias. Como elas podem ser instaladas rapidamente, a solução já está a caminho”, aponta. "Mas nós vamos ter ainda um período de muitos cortes e há um risco de dar um apagão no ano que vem”, adverte o especialista. Apesar dos desafios, Elbia Gannoum não tem dúvidas de que, no futuro, o potencial brasileiro em renováveis vai atrair também investimentos estrangeiros de indústrias altamente dependentes de energias limpas. "O mercado interno brasileiro está, sim, passando por uma crise neste momento, associada ao próprio ritmo da economia brasileira. No entanto, a gente já percebe uma recuperação com a chegada de data centers, projetos futuros de hidrogênio verde, descarbonização das indústrias, no conceito de powershoring”, sublinha a presidente da associação do setor. "A gente espera que, a partir de 2027, a gente já tenha uma retomada mais forte dos investimentos em renováveis." A Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas em Belém (COP30) colocou os potenciais do país sob os holofotes. Para encaminhar a transição energética, o mundo precisa triplicar as capacidades das renováveis até 2030.

Momento Sociedade - USP
Sociedade em Foco #259: Pobreza e desigualdade no Brasil atingem menor patamar em 30 anos

Momento Sociedade - USP

Play Episode Listen Later Dec 2, 2025 8:12


Os índices de pobreza e desigualdade no Brasil registraram os menores números dos últimos trinta anos, com um aumento da renda média da população e a diminuição de pessoas em condição de extrema pobreza. Entretanto, os motivos para a melhora dos índices são diversos e mostram que a qualidade de vida da população vulnerável ainda está comprometida. O professor José Luiz Portella, pós-doutor em História Econômica pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e pesquisador do Instituto de Estudos Avançados, explica a situação. “As políticas que melhoraram os índices de extrema pobreza não continuaram a ser focadas, como o Bolsa Família, por exemplo. Se você distribuir dinheiro de uma forma extensa, você vai contar com isso. O problema é a sustentabilidade disso, ainda temos cerca de 11 milhões de pessoas na extrema pobreza e uns 45 milhões de pessoas que estão abaixo da linha da pobreza. Há um contingente de pessoas que estão fora da linha da pobreza em termos de números, mas vivem uma vida bastante difícil. A melhoria não quer dizer que a coisa esteja caminhando para se extinguir.” Para garantir a manutenção das políticas públicas, Portella defende a diminuição das isenções para os ricos do País. “O Brasil caminha para um cenário de não poder financiar isso, porque o governo está aumentando a sua dívida e concedendo mais privilégios. São R$650 bilhões em isenções, com 400 bilhões para os ricos. Nós precisamos de mais políticas públicas na inovação, na criação de empregos qualificados em termos salariais e em termos de produtividade para o futuro. É necessário embarcar os brasileiros que estão com renda menor, que estão com conhecimento mais reduzido sobre isso, para que eles possam aumentar a renda pessoal e aumentar a produtividade e fazer o País ficar mais rico.” “Temos que solucionar a questão da renda média com um aumento brutal, ascensão da renda dos mais pobres e, sobretudo, retirar da extrema pobreza os 11 milhões que estão lá, o que é possível fazer em quatro anos. Nós precisamos melhorar a vida do brasileiro mais pobre, que não melhora só com o aumento da renda média, que pode vir do aumento do ganho dos mais ricos, para enfim acabar com a extrema desigualdade vergonhosa que existe no nosso país”, finaliza o professor.

FAMÍLIA DOS QUE CREEM
Um Corpo, Muitos Membros - Pr. Fabiano Krehnke

FAMÍLIA DOS QUE CREEM

Play Episode Listen Later Nov 26, 2025 41:40


Reconhecer Cristo como salvador é um milagre vindo da parte de Deus e, por ser um milagre, tendemos a crer que a razão de viver é ser salvo. Entretanto, essa é só uma parte desse lindo processo em nossas vidas. Cristo é o cabeça, a Igreja é o corpo e o corpo é uma unidade. Nesse contexto, a menor expressão visível dessa unidade do corpo é uma igreja local bíblica e saudável. Somos salvos para viver em unidade. Embora o corpo de Cristo tenha muitos membros, todos os membros formam um único corpo. Individualmente não há como ser igreja, apenas na reunião de membros, no Espírito e em Cristo. Obrigado Senhor Jesus, por nos tornar uma família debaixo do seu precioso sangue! _ #FAMÍLIADOSQUECREEM #SÉRIEPARÁBOLASDEJESUS Visite nosso site: http://familiadosquecreem.com Compre nossos livros e produtos: http://familiadosquecreem.com/loja Contribua financeiramente: http://familiadosquecreem.com.br/contribuir Ouça nossas músicas: https://open.spotify.com/artist/6aPdiaGuHcyDVGzvZV4LHy Siga-nos no Instagram: http://instagram.com/familiadosquecreem Curta-nos no Facebook: http://facebook.com/familiadosquecreem Siga-nos no Twitter: http://twitter.com/familiadqc

Momento Tecnologia - USP
Momento Tecnologia #141: Posicionador radiográfico universal personalizável

Momento Tecnologia - USP

Play Episode Listen Later Nov 25, 2025 5:59


A radiografia periapical é um exame odontológico que utiliza raios X e permite a visualização detalhada de dentes, raízes e estruturas ósseas adjacentes. Tais imagens são essenciais para o planejamento do acompanhamento e tratamentos odontológicos. Entretanto, para garantir bons resultados, a cabeça do paciente e o receptor das imagens precisam estar alinhados, sendo fundamental a utilização de um posicionador radiográfico, suporte intraoral que mantém o receptor da imagem e o feixe de raios X no ângulo adequado. Visando a minimizar as dificuldades enfrentadas durante a realização do exame e a movimentação do paciente, pesquisadores da USP desenvolveram um novo posicionador radiográfico. O dispositivo, desenvolvido por pesquisadores da Faculdade de Odontologia, é capaz de reduzir os movimentos e repetições do exame. Gostou do tema? Então confira essa e outras tecnologias desenvolvidas pela Universidade acessando o link https://jornal.usp.br/sinopses-podcasts/momento-tecnologia/ ou ouvindo pelo seu agregador de podcast de preferência.

Catalisadores
Ep 59 - Max Weber: Autoridade Carismática, Burocracia e o Poder na Igreja

Catalisadores

Play Episode Listen Later Nov 24, 2025 19:57


Max Weber foi um dos mais brilhantes observadores da sociedade moderna. Seu nome tornou-se sinônimo de análise rigorosa da autoridade, da burocracia e das formas pelas quais as instituições moldam a ação social. Sua tipologia das formas de dominação — carismática, tradicional e racional-legal — ainda é amplamente aplicada na compreensão das organizações contemporâneas. Entretanto, quando essas categorias são utilizadas para interpretar ou, pior, organizar a vida da igreja, um dilema profundo emerge: pode uma comunidade chamada a viver segundo o Espírito ser administrada segundo os princípios da racionalidade burocrática? Esse é o ponto crítico deste episódio: a influência do pensamento weberiano sobre a estrutura de liderança e o sistema de governo da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Por um lado, Weber nos oferece uma lente poderosa para descrever o funcionamento organizacional da IASD. Por outro, seus pressupostos — se aceitos como normativos — representam uma ameaça à ordem espiritual, escatológica e profética que sustenta o movimento adventista. O risco não é pequeno: é possível que a fidelidade ao modelo de eficiência e previsibilidade acabe por apagar a chama do carisma, da missão e da reforma contínua.

CBN Vitória - Entrevistas
O que pode e o que não se pode fazer em visita aos Parques Estaduais

CBN Vitória - Entrevistas

Play Episode Listen Later Nov 24, 2025 14:17


Aproximando-se dos meses de férias, vai a dica de turismo! No Espírito Santo, seis unidades administradas pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) são abertas para visitação do público: os parques Cachoeira da Fumaça, Forno Grande, Pedra Azul, Itaúnas, Paulo César Vinha e Mata das Flores. Entretanto, fica a dica: por serem áreas de proteção ambiental, é preciso seguir algumas regras importantes para garantir a conservação dos ecossistemas. Durante o passeio, por exemplo, é permitido realizar atividades como caminhadas, trilhas, contemplação da paisagem, piqueniques e práticas esportivas leves. Em alguns parques é possível fazer atividades de ecoturismo, como escaladas, ciclismo e caiaque, desde que acompanhadas de um condutor especializado, que deve ser previamente contratado e agendado pelo visitante.

La ContraHistoria
El final del franquismo

La ContraHistoria

Play Episode Listen Later Nov 21, 2025 91:08


Entre 1973 y 1976 se produjo el colapso del franquismo y comenzó la transición a la democracia. El régimen, personalista y atado a la figura de Francisco Franco —que gobernaba desde 1939—, había intentado institucionalizarse mediante siete Leyes Fundamentales que configuraban un Estado católico, monárquico y corporativo, un “reino sin rey” con Franco como jefe de Estado vitalicio. En 1969 designó sucesor a Juan Carlos de Borbón, confiando en que el joven príncipe, educado en el régimen, mantendría una política continuista bajo la tutela de Luis Carrero Blanco, nombrado presidente del Gobierno en 1973 con la idea de supervisar la sucesión. El asesinato de Carrero Blanco por la organización terrorista ETA el 20 de diciembre de 1973 desmontó esos planes. El magnicidio provocó una crisis interna y evidenció la fragilidad de un sistema basado más en lealtades personales que institucionales. Aquello coincidió además con la crisis del petróleo, que puso fin al milagro económico español, disparó la inflación, incrementó el desempleo, y erosionó la principal fuente de legitimidad del tardofranquismo: la prosperidad de la clase media. Franco, ya mayor y enfermo, nombró presidente a Carlos Arias Navarro unos días después del asesinato de Carrero. Arias Navarro prometió una tímida apertura, pero la presión del sector inmovilista, conocido entonces como el búnker, y sus propias limitaciones personales y políticas paralizaron cualquier reforma real. El gobierno alternó gestos aperturistas con represión. Entretanto la oposición se organizaba: en 1974 nació la Junta Democrática impulsada por el PCE, y en 1975 la Plataforma de Convergencia Democrática que puso en marcha el PSOE. En marzo de 1976 se fusionaron en la Coordinación Democrática, bautizada como la “Platajunta”), que exigía una ruptura con el régimen, amnistía y elecciones constituyentes. Franco murió el 20 de noviembre de 1975 tras una larga agonía. Juan Carlos I fue proclamado rey dos días más tarde y mantuvo inicialmente a Arias Navarro, que formó un nuevo gabinete en el que incluyó a aperturistas como Manuel Fraga o José María de Areilza. Pero la conflictividad social les estalló en las manos forzando al rey a prescindir de Arias y a agilizar los cambios. El rey, asesorado por Torcuato Fernández-Miranda, nombró presidente del Gobierno a Adolfo Suárez, un ministro joven proveniente del régimen que parecía inofensivo para el búnker pero era manejable. Fernández-Miranda apostaba por la estrategia “de la ley a la ley”, que se materializó en la Ley para la Reforma Política. A través de ella se podía desmantelar toda la institucionalidad franquista desde dentro. La ley establecía Cortes bicamerales elegidas por sufragio universal y abría la puerta a la legalización de los partidos políticos. Las Cortes la aprobaron el 18 de noviembre de 1976 por una amplia mayoría en lo que ha pasado a la historia como el “harakiri” de las Cortes de Franco. Tras ello se convocó un referéndum que la ratificó con más del 90% de los votos a favor. De este modo, en apenas un año se liquidó jurídicamente el franquismo y quedó encarrilada la monarquía parlamentaria, algo que culminaría con las elecciones de junio de 1977 y la Constitución de 1978. El proceso, en buena medida improvisado y lleno de tensiones, logró una transición pacífica que alumbró la España actual. En El ContraSello: 0:00 Introducción 4:00 El final del franquismo 31:45 “Contra el pesimismo”… https://amzn.to/4m1RX2R 1:24:14 El punto muerto de la guerra de Cuba Bibliografía: “Historia del franquismo” de Luis Palacios Bañuelos - https://amzn.to/3LRO8ke “El franquismo: una introducción” de Giuliana di Febo - https://amzn.to/4r9UdbN “Tiempo de incertidumbre” de Carlos Blanco - https://amzn.to/4pkX2oN “El guionista de la transición” de Juan Fernández-Miranda - https://amzn.to/4ifbDQo “No había costumbre: crónica de la muerte de Franco” de Miguel Ángel Aguilar - https://amzn.to/4o9nSiP · Canal de Telegram: https://t.me/lacontracronica · “Contra el pesimismo”… https://amzn.to/4m1RX2R · “Hispanos. Breve historia de los pueblos de habla hispana”… https://amzn.to/428js1G · “La ContraHistoria del comunismo”… https://amzn.to/39QP2KE · “La ContraHistoria de España. 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Devocional Verdade para a Vida
Cinco razões pelas quais a morte é lucro - Filipenses 1.21

Devocional Verdade para a Vida

Play Episode Listen Later Nov 20, 2025 3:29


Aprofunde sua devoção a Deus em fiel.in/devocionalCinco razões pelas quais a morte é lucroPorquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro. (Filipenses 1.21)Como o morrer é lucro?1) Nossos espíritos serão aperfeiçoados (Hebreus 12.22-23).Não haverá mais pecado em nós. Acabaremos com a guerra interior e com as decepções angustiantes por ofendermos o Senhor que nos amou e a si mesmo se entregou por nós.Mas tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial, e a incontáveis hostes de anjos, e à universal assembleia e igreja dos primogênitos arrolados nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados.2) Nós seremos aliviados da dor deste mundo (Lucas 16.24-25).A alegria da ressurreição ainda não será nossa, mas a alegria da liberdade da dor será. Jesus conta a história de Lázaro e do homem rico para mostrar a grande inversão que está se aproximando.Então, clamando, [o homem rico] disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos.3) Será concedido um profundo repouso em nossa alma (Apocalipse 6.9-11).Haverá uma serenidade sob o olhar e cuidado de Deus que ultrapassará qualquer coisa que conhecemos aqui, na mais calma noite de verão, diante do lago mais pacífico, em nossos momentos mais felizes.Vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo4) Experimentaremos uma profunda familiaridade (2 Coríntios 5.8).Sem que saiba, toda a raça humana sente saudades de Deus. Quando voltarmos para casa e para Cristo, haverá um contentamento além de qualquer senso de segurança e paz que já conhecemos.Entretanto, estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor.5) Estaremos com Cristo (Filipenses 1.21-23).Cristo é uma pessoa mais maravilhosa do que qualquer outra na terra. É mais sábio, forte e bondoso do que qualquer outro com quem você gosta de estar. Ele é infinitamente interessante. Ele sabe exatamente o que fazer e o que dizer a cada momento para fazer os seus hóspedes tão felizes quanto eles possam ser. Ele transborda em amor e com uma visão infinita de como usar esse amor para fazer seus queridos se sentirem amados. Portanto, Paulo disse:Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro. Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher. Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor.--Devocional Alegria Inabalável, por John Piper | Editora Fiel.Conteúdo oferecido em parceria entre Desiring God e Ministério Fiel.

Reportagem
'Nem parece Brasil': moradores de Belém celebram legado da COP30, mas temem por continuidade

Reportagem

Play Episode Listen Later Nov 19, 2025 7:31


Para Belém, houve um antes e um depois da COP30, a Conferência do Clima das Nações Unidas, sediada este ano na capital paraense. A cidade recebeu R$ 5 bilhões em investimentos para obras de melhoria em diversos pontos críticos, como saneamento, urbanização e infraestrutura de transportes. Mas a permanência e a continuidade dos avanços preocupam os moradores. Lúcia Müzell, enviada especial da RFI a Belém Um rápido passeio pela região central já escancara as diferenças: os principais monumentos históricos foram restaurados, como o Teatro da Paz, a Catedral Metropolitana, a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré e os mercados Ver-o-Peso, símbolo de Belém, e de São Brás, totalmente revitalizado. A auxiliar de limpeza Marlene de Jesus Amaral está maravilhada. “Belém estava meio esquecida, mas agora deu uma grande melhorada. Está linda, maravilhosa, cheia de turistas, gente nova”, diz. "Isso é muito importante para nós, paraenses." O próprio Parque da Cidade, local onde acontece a conferência, será um legado inquestionável do evento, assim como a revitalização das Docas, transformadas em centro cultural e gastronômico da cidade e frequentadas pela população local. A capital carecia desses espaços de lazer, afirma o fiscal de obras Edgar Veloso. "Tinha alguns, mas eram contados. Agora, com as entregas de algumas obras e a expansão de algumas ruas, surgiram mais alternativas e, de certo modo, mais cidadania. Isso melhora a qualidade de vida e deixa as pessoas mais felizes”, comenta. Para o prefeito Igor Normando, a principal obra não é física: é "o senso de pertencimento da população com a cidade”. “É a volta do orgulho do belenense de viver numa cidade que, depois de séculos, voltou a ter um protagonismo relevante mundial”, avaliou. Ele destaca ainda o potencial de alavancar o turismo, a bioeconomia e de a cidade se tornar o novo polo logístico após a requalificação do porto de Outeiro. Trânsito mais fluido “Eu, que rodo por tudo, nem reconheço a cidade. Passo em algumas áreas, principalmente em Umarizal, nas Docas, e foram obras que partiram do zero. Mudou da água para o vinho muito rápido”, observa o motorista Marcelo Augusto Freitas Lobato, que há 13 anos transporta passageiros pelas redondezas. "Eu nem acreditei quando eu vi aquilo ali. Parecia que eu estava em outro país, 'não é Brasil aqui, não estou na cidade de Belém'”, brinca. A vinda da COP30 teve um impacto direto no seu trabalho: a construção de dois viadutos em Ananindeua diminuiu os congestionamentos na entrada da cidade. Além disso, a abertura de ciclovias tornou o trânsito mais seguro, nota o motorista. "O carro não precisa mais estar disputando espaço com o ciclista, com o pedestre. Cada um tem o seu espaço”, aponta. "Até os nossos amigos motoqueiros têm o espaço deles, com uma via exclusiva na avenida Pedro Álvares Cabral." Os investimentos em transporte público, entretanto, deixaram a desejar. Marlene não notou qualquer redução no tempo que leva para ir de Ananindeua, onde mora, até o trabalho, no bairro de Nazaré — entre 1h e 1h30 por dia —, apesar da renovação de parte da frota de ônibus, com mais de 300 veículos menos poluentes e equipados com ar condicionado, e a criação de duas novas linhas.  Um dos piores IDHs entre as capitais brasileiras A vigilante Virginia Cardoso reconhece os benefícios para a capital, mas salienta que eles foram desiguais. "O grande legado que vai ficar é para a cidade de Belém. Nas periferias, a situação continua ruim e eu acredito que vai continuar, porque o governador vai mudar, a COP vai acabar, e é aí que nós vamos ver”, teme. Com um IDH de 0,74, Belém ocupa uma das piores posições no ranking de desenvolvimento humano entre as capitais brasileiras, em 22⁠º lugar. O déficit de saneamento é o maior símbolo da precariedade, com esgoto correndo a céu aberto nas sarjetas, inclusive nos bairros mais nobres. Apenas 20% dos habitantes têm acesso ao sistema de saneamento. Dois parques em volta dos canais da Nova Doca e de Tamandaré buscaram amenizar o problema. Entretanto, durante a realização das obras, o esgoto de um deles foi desviado para a comunidade carente de Vila da Barca, que se mobilizou contra o projeto. Os trabalhos ainda não estão concluídos e preveem o tratamento dos dejetos e um novo sistema de drenagem na comunidade, conhecida como a quarta maior favela do Brasil. “Belém vai aumentar a sua capacidade em até 50% até 2028”, promete o prefeito. “A COP30 nos mostrou que é possível ter ajuda da comunidade internacional para financiar esses projetos, seja através de créditos ou de fundos filantrópicos. A Vila da Barca vai poder ter acesso ao tratamento de água de esgoto, que não tinha antes." No total, 13 canais estão sendo modernizados pelas obras de macrodragagem, 11 deles na periferia. Vendedora ambulante em frente à Basílica de Nazaré, Edina Bahia Batista percebeu a diferença. "Com certeza fez bem. Estávamos precisando. Principalmente o saneamento, que foi ótimo”, avalia. "Quando chovia, enchia tudo. Agora, deu umas chuvas fortes e foi tudo bem." Melhorias até quando?  O fiscal Edgar Veloso atuou nos preparativos da COP30 e concorda que as periferias receberam menos atenção do que os bairros centrais de Belém. Em bairros como Guamá, a pavimentação das ruas se limitou a trechos essenciais, embora o eixo seja importante para os eventos paralelos à conferência. "Pessoas que precisam mais do que eu estão sentindo. A macrodrenagem, o asfalto, estão chegando”, constata. "Não solucionou, não está 100%. Mas pelo menos está sendo feita alguma coisa.” A vigilante Virginia Cardoso salienta que serviços essenciais à população, como a saúde, continuam tão precários quanto antes – o que a leva a duvidar da permanência das melhorias promovidas na cidade. "Agora durante a COP, está tudo magnífico. Muitas coisas melhoraram e vai ficar muito legado. O problema é a manutenção depois”, destaca. "Essa é a grande verdade: sem manutenção, nada sobrevive, e aí nós vamos voltar à estaca zero novamente. No momento, só estão vivendo esse brilho de COP30, mas eu acho que vai continuar da mesma forma que era antes.” Outro motorista de aplicativo, Reginaldo Gomes, concorda: "Volte aqui daqui a um ano para você ver. Vai estar tudo pichado de novo e em 10 anos, tudo como era antes", lamenta. "Em plena região nobre, tem uma ponte que caiu em cima do canal de esgoto há uns 20 anos e até hoje não foi consertada. É uma vergonha", constata. Um efeito colateral das obras é a aceleração da gentrificação dos bairros de classe média, os mais procurados para hospedagens durante a conferência. Na preparação para o evento, moradores foram obrigados a partir depois que os proprietários dos imóveis se recusaram a renovar os contratos de aluguel, de olho nos potenciais lucros da COP. Depois das melhorias nas infraestruturas, os valores agora tendem a subir.

La ContraCrónica
Pasó Kast

La ContraCrónica

Play Episode Listen Later Nov 18, 2025 53:20


Este domingo Chile vivió una importante jornada electoral. Más de 13 millones de votantes, el 86% del censo, acudieron a las urnas. Se elegía en primera vuelta al presidente y se renovaba toda la cámara de diputados y la mitad del Senado para los próximos cuatro años. No hubo sorpresas. Las encuestas acertaron. Ningún candidato alcanzó el 50% requerido para evitarse el balotaje, que tendrá lugar el próximo 14 de diciembre. Concurrirán los dos más votados este domingo. Por un lado la oficialista Jeannette Jara, que obtuvo el 26,8% de los votos, y por otro el republicano José Antonio Kast, que obtuvo el 23,9% de los votos. El tercer puesto se lo quedó Franco Parisi, seguido de Johannes Kaiser y Evelyn Matthei. La fragmentación de la derecha impidió que un único candidato conservador superara a Jara en primera vuelta. Sumados Kast, Kaiser y Matthei habrían superado el 50%. En el Congreso también se produjo un claro giro a la derecha. Aunque la coalición de izquierdas unidad por Chile fue la más votada, las tres alianzas en la derecha lograron juntas 76 diputados, quedándose así a un paso de la mayoría absoluta. Es la primera vez en muchos años que los partidos de derecha está tan cerca de controlar ambas cámaras. El resultado dice mucho sobre el descontento con el gobierno de Gabriel Boric, cuya tasa de aprobación ronda el 25%. Como consecuencia directa del estallido social de 2019, Boric llegó al poder dos años más tarde con una agenda de reformas muy ambiciosa que habría de acompañar el proceso ya en marcha que traería una nueva constitución más afín sus intereses. Pero ese proceso constituyente fracasó. Hace dos años los chilenos rechazaron la nueva constitución en plebiscito. Entretanto la inflación se disparó, el crecimiento económico se estancó y la delincuencia se incrementó de forma notable. La vuelta al voto obligatorio, una de las pocas reformas que han prosperado durante el mandato de Boric, ha movilizado a millones de abstencionistas, pero en vez de beneficiar a la izquierda, parece haber premiado a los partidos de derecha y a los populistas como el de Parisi. Chile cierra de esta manera un ciclo de seis años muy convulsos, que comenzó con el estallido social y la voluntad por parte de la izquierda de reinventarse desde cero la democracia chilena. Fue esa misma izquierda la que apostó por fragmentar la sociedad confiándose a una nueva constitución que nunca vio la luz. El resultado lo tenemos a la vista. La derecha chilena ha crecido y se ha diversificado dando cabida a corrientes antes inexploradas y que, naturalmente, no comparecían en las cámaras. El próximo 14 de diciembre se enfrentarán dos ideas de Chile irreconciliables. Jara representa el continuismo del gobierno de Boric, mientras que Kast significa el regreso al orden y el rechazo frontal a todo lo que esa izquierda representa. Las encuestas dan ventaja a este último, lo cual es perfectamente lógico ya que resulta difícil imaginar a los votantes de Kaiser o Matthei entregando su voto a una candidata comunista. Salvo sorpresa mayúscula lo más probable es que José Antonio Kast sea el próximo presidente de Chile. En La ContraRéplica: 0:00 Introducción 3:40 Pasó Kast 31:28 “Contra el pesimismo”… https://amzn.to/4m1RX2R 33:27 La privatización de la TVP argentina 35:52 La huída del centro de las ciudades - https://youtu.be/6Wjklc7hyfE 43:40 ¿Destruirá empleo la IA? · Canal de Telegram: https://t.me/lacontracronica · “Contra el pesimismo”… https://amzn.to/4m1RX2R · “Hispanos. Breve historia de los pueblos de habla hispana”… https://amzn.to/428js1G · “La ContraHistoria del comunismo”… https://amzn.to/39QP2KE · “La ContraHistoria de España. Auge, caída y vuelta a empezar de un país en 28 episodios”… https://amzn.to/3kXcZ6i · “Contra la Revolución Francesa”… https://amzn.to/4aF0LpZ · “Lutero, Calvino y Trento, la Reforma que no fue”… https://amzn.to/3shKOlK Apoya La Contra en: · Patreon... https://www.patreon.com/diazvillanueva · iVoox... https://www.ivoox.com/podcast-contracronica_sq_f1267769_1.html · Paypal... https://www.paypal.me/diazvillanueva Sígueme en: · Web... https://diazvillanueva.com · Twitter... https://twitter.com/diazvillanueva · Facebook... https://www.facebook.com/fernandodiazvillanueva1/ · Instagram... https://www.instagram.com/diazvillanueva · Linkedin… https://www.linkedin.com/in/fernando-d%C3%ADaz-villanueva-7303865/ · Flickr... https://www.flickr.com/photos/147276463@N05/?/ · Pinterest... https://www.pinterest.com/fernandodiazvillanueva Encuentra mis libros en: · Amazon... https://www.amazon.es/Fernando-Diaz-Villanueva/e/B00J2ASBXM #FernandoDiazVillanueva #chile #kast Escucha el episodio completo en la app de iVoox, o descubre todo el catálogo de iVoox Originals

Geopizza
Z: A CIDADE PERDIDA na AMAZÔNIA#133

Geopizza

Play Episode Listen Later Nov 17, 2025 212:19


Você conhece a Lenda de Z? Ou melhor , o mito de "Ratanabá"?De acordo com essa história, existe uma cidade dourada perdida no meio da Amazônia. Será?Essa história é antiga: desde as épocas coloniais, ela encantava estrangeiros e colonos, que queriam encontrar o tão aclamado "El Dorado" . Durante séculos, espanhóis, britânicos, franceses e portugueses procuraram esse lugar, mas fracassaram. Em 1753, um bandeirante português escreveu o "Manuscrito 512" dizendo que encontrou uma cidade cheias de templos, colunas e estradas de mármore no interior da Bahia. Entretanto, o local nunca foi encontrado oficialmente pela Coroa Portuguesa.Mais de 200 anos depois, o documento caiu nas mãos do explorador britânico Percy Fawcett, que reforçou sua crença que existia uma grande civilização amazônica na floresta.Veterano do exército e explorador, Fawcett organizou várias expedições pela Amazônia, tendo contato pacífico com povos como os Bakairi, Pareci e Nambikwara. Obcecado com a ideia de encontrar a cidade, ele a chamou de “Z”: a última letra do alfabeto e o seu último objetivo de vida.Desacreditado por cientistas e arqueólogos, Fawcett se aproximou de médiuns e místicos. Mesmo isolado e sem recursos, conseguiu financiamento de jornais e investidores dos Estados Unidos como os Rockefeller.Em 1925, partiu com o filho para a Amazônia, dizendo que só voltaria da selva quando "encontrasse Z”. Mas será que a Cidade de Z realmente existiu? Seria apenas uma lenda fabricada por estrangeiros?Ou, a Amazônia realmente abrigou grandes civilizações e cidades, mas talvez não da forma como os europeus idealizaram?____________________________________Personagens, lugares e mapas no nosso site: https://geopizza.com.br/z-a-cidade-perdida-na-amazonia-133/ ____________________________________Nos siga nas redes:⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Instagram ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Twitter⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Tiktok ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Youtube ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠_____________⁠⁠⁠⁠⁠Confira nossa loja ⁠⁠⁠ ⁠_____________⁠Anuncie no Geopizza ⁠_____________Para escutar nossos episódios EXCLUSIVOS, apoie o Geo através do PIX: pix@geopizza.com.br Siga essas etapas:1: Programe o pix - R$ 5 valor mínimo - para todo dia 5 do mês2: Mande o comprovante de agendamento para o mesmo e-mail3: Aguarde!_____________Outras maneiras de apoio:⁠Apoiase: https://apoia.se/geopizza⁠⁠Patreon: https://www.patreon.com/geopizza

DrauzioCast
Avanços tecnológicos transformam o tratamento do câncer de próstata - DrauzioCast #249

DrauzioCast

Play Episode Listen Later Nov 14, 2025 39:19


Somente em 2023, o câncer de próstata causou a morte de mais de 17 mil homens. Segundo o Ministério da Saúde, a doença é responsável por cerca de 57 mortes por dia no Brasil.Entretanto, quando diagnosticado precocemente, o câncer de próstata pode ter até 90% de chances de cura. Graças aos avanços tecnológicos, as possibilidades de detecção precoce e as opções de tratamento estão cada vez mais amplas.Neste episódio do DrauzioCast, o dr. Drauzio Varella conversa com o dr. Diogo Rosa, oncologista e urologista da Rede Américas, sobre a importância do diagnóstico precoce, e com o dr. Rafael Coelho, um dos maiores especialistas do mundo em cirurgia robótica aplicada à urologia, sobre as inovações tecnológicas que vêm transformando o tratamento dos pacientes.Conteúdo produzido em parceria com a Rede Américas.Veja também: Rastreamento do câncer de próstata: o que dizem as entidades médicas?

P4Cast
P4Cast 352 - Mesmo quando os olhos não veem - Pr. Rodrigo Freitas

P4Cast

Play Episode Listen Later Nov 14, 2025 65:54


Mensagem gravada em 09/11/2025Pastor Rodrigo FreitasMesmo quando os olhos não veem1 Coríntios 2:6-10 NVI[6] Entretanto, falamos de sabedoria entre os que já têm maturidade, mas não da sabedoria desta era ou dos poderosos desta era, que estão sendo reduzidos a nada. [7] Ao contrário, falamos da sabedoria de Deus, do mistério que estava oculto, o qual Deus preordenou, antes do princípio das eras, para a nossa glória. [8] Nenhum dos poderosos desta era o entendeu, pois, se o tivessem entendido, não teriam crucificado o Senhor da glória. [9] Todavia, como está escrito: “Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam”; [10] mas Deus o revelou a nós por meio do Espírito. O Espírito sonda todas as coisas, até mesmo as coisas mais profundas de Deus.https://bible.com/bible/129/1co.2.6-10.NVIGênesis 39:1-4 NVI[1] José havia sido levado para o Egito, onde o egípcio Potifar, oficial do faraó e capitão da guarda, comprou-o dos ismaelitas que o tinham levado para lá. [2] O Senhor estava com José, de modo que este prosperou e passou a morar na casa do seu senhor egípcio. [3] Quando este percebeu que o Senhor estava com ele e que o fazia prosperar em tudo o que realizava, [4] agradou-se de José e tornou-o administrador de seus bens. Potifar deixou a seu cuidado a sua casa e lhe confiou tudo o que possuía.https://bible.com/bible/129/gen.39.1-4.NVI#Jesus #igreja #honra #transformação #Jesus #ressurreição #PalavraDeDeus #DeusPai #EspiritoSanto #PAI #Mensagem #Pregação #Sermão #p4 #p4church #onLine--Curta, compartilhe e inscreva-se para ficar atualizado com os nossos conteúdos!Para saber mais sobre nossa igreja:Site: https://igrejaprojeto4.com.br/Faça seu pedido de Oração: https://igrejaprojeto4.com.br/pedidosFacebook: https://www.facebook.com/p4church/Instagram:  https://www.instagram.com/igrejaprojeto4/Podcast:  https://igrejaprojeto4.com.br/p4cast/Youtube:  https://www.youtube.com/@IgrejaProjeto4Culto online todos os domingos no YouTube!

Convidado
Mês da identidade Africana mostra a “fotografia multicultural que existe em Portugal”

Convidado

Play Episode Listen Later Nov 14, 2025 10:36


O Mês da Identidade Africana chega ao fim este sábado. A 4º edição do evento criado para “questionar, reflectir e pensar o futuro da existência da comunidade afro-descendente e africana”, tem uma programação, de entrada livre, que junta arte, cinema, literatura, infância, formação e música. A iniciativa da Bantumen tem-se desenrolado no centro da capital portuguesa, na Casa do Comum, no Bairro Alto. A RFI falou com Vanessa Sanches, administradora de projectos e co-fundadora da Bantumen. Uma ocasião para percebermos melhor o que é esta plataforma, as iniciativas futuras, e, acima de tudo, ficarmos por dentro de alguns dos pontos altos da programação do Mês da Identidade Africana e de como este surgiu. Vanessa Sanches, administradora de projectos e co-fundadora da Bantumen: O MIA surgiu em 2022, pouco depois da pandemia, pouco depois de todas aquelas questões sobre o movimento negro, de George Floyd. Surgiu numa altura em que a equipa da Bantumen começou a reflectir sobre a necessidade de em Portugal haver também um momento em que pudéssemos questionar, refletir e pensar o futuro da existência da comunidade afro-descendente e africana, sobretudo pelo facto de não ser uma comunidade que é reconhecida como estando cá há tanto tempo, é sempre reconhecida como uma comunidade estrangeira, quando não é. Eu, por exemplo, nasci em Portugal, vivi aqui toda a minha vida, portanto, é um país que também me pertence. Então, nestas conversas sobre este assunto, achávamos que fazia todo o sentido criarmos algo que noutros países já existe, como por exemplo o Black History Month nos Estados Unidos e no Reino Unido, assim como no Brasil lá há o Mês da Consciência Negra. E achávamos que aqui também está na hora de podermos conversar abertamente e sem pudor sobre este assunto. Esta fotografia multicultural que existe em Portugal, mas que ainda muitos têm receio de mostrar, de identificar e de nomear também. Então, este MIA surgiu nesta vertente cultural porque a cultura está sempre de braços abertos para toda a gente. Portanto, essa é a nossa intenção, é mostrar o que a comunidade africana e afro-descendente tem feito por aqui através da cultura e abraçarmos todos os que quiserem se aproximar e conhecer. RFI: O MIA, Mês da Identidade Africana, está na 4ª edição. O que é que a Bantumen propôs, o que é que há em cartaz? Vanessa Sanches: A intenção do MIA é propor sempre uma exposição, que é a base do ciclo de eventos, dentro desse ciclo depois há sempre conversas. Este ano, por exemplo, tivemos uma conversa sobre a parentalidade, sobre o brincar com a identidade, porque é que é importante as crianças se reverem em termos de representatividade em diferentes esferas. Tivemos também o lançamento online de uma biblioteca, a Biblioteca Negra, onde há todo um acervo de livros que falam sobre estes temas da afro descendência, da negritude. Vamos ter também neste sábado, dia 15, uma sessão de leitura para crianças. Portanto, tentamos sempre ter eventos que possam chamar até nós do mais pequeno ao mais velho e que possam proporcionar alguma reflexão. O tema central deste ano é os 50 anos da independência dos PALOP, o tema que atravessa de alguma forma todos os eventos. RFI: Esta exposição de que falou, onde é que está a acontecer e quais são os artistas que podem ser vistos lá? Vanessa Sanches: Todo o ciclo de eventos acontece na Casa do Comum, no Bairro Alto, em Lisboa. A exposição está patente também até este dia 15. As obras que apresentamos são dos artistas Ricardo Parker, é português mas tem origens em Cabo Verde, a Gigi Origo, francesa e cabo-verdiana, o Sai Rodrigues também, que vive na Holanda mas tem origens cabo-verdianas também, e da moçambicana Naia Sousa. RFI: Em relação à conversa sobre a parentalidade, como é que decorreu? O que é que se discutiu? Vanessa Sanches: Na conversa sobre parentalidade “Brincar com Identidade”, porque era este o tema da conversa, tivemos a psicoterapeuta Henda Vieira Lopes, tivemos a Bárbara Almeida, que tem o projecto TitaCatita, para crianças e pais e cuidadores de crianças, e tivemos a Ângela Almeida, que é assistente social, e a intenção foi, nesta conversa moderada pelo Wilds Gomes, jornalista da Bantumen e apresentador de televisão do Bem Vindos, foi perceber quão importante é criar, de alguma forma, representatividade em diferentes esferas para os mais pequenos. Quando, enquanto crianças, não nos revemos a fazer determinadas coisas, não imaginamos que é possível fazermos essas determinadas coisas, eu se nunca tiver visto um médico negro vou achar que a única coisa normal é aquela possibilidade, portanto não vou sonhar que também eventualmente posso fazê-lo, sobretudo quando estamos a falar num país em que a comunidade negra é minoria de facto, portanto, a necessidade de podermos proporcionar às crianças modelos de representatividade e levá-los a espaços onde isto é possível acontecer. Onde é possível, também, abraçar a sua própria identidade, explicando que o cabelo, por exemplo, que é um tema super importante dentro da comunidade afro-ascendente, que o seu cabelo é bonito, que o seu cabelo tem milhões de possibilidades, por exemplo, as crianças mais dificilmente terão alguns traumas, digamos assim, que levam até à idade adulta. Portanto, este foi o tema central da conversa. RFI: Para quem estiver interessado em descobrir e ler algo mais sobre a africanidade, foi também apresentada a Biblioteca Negra. Como é que funciona esta Biblioteca Negra? Vanessa Sanches: A Biblioteca Negra é um projecto que foi pensado e materializado pelo realizador Fábio Silva. Ela parte da experiência pessoal do próprio Fábio, ele começou a compilar, num simples Excel, alguns livros que ele ia lendo sobre esta temática da africanidade, da negritude, porque nem sempre é fácil chegar a estes livros numa livraria normal. Então, ele achou que faria todo o sentido começar a compilar estes títulos. Entretanto, o ano passado, se não estou em erro, decidiu que faria todo o sentido lançar um site onde as pessoas pudessem facilmente encontrar uma panóplia de livros que abordassem então estes temas. É assim que nasce, então, a Biblioteca Negra, onde ele compila uma série de livros, com as sinopses desses livros, e onde é possível encontrar também casas parceiras, que actualmente são três, onde eventualmente podem encontrar alguns destes livros à disposição e onde também podem efectuar doações, caso tenham os livros em casa e já não os queiram mais, podem doar esses livros a estas casas parceiras. RFI: Casas parceiras na Grande Lisboa, para já, e qual é o site? Vanessa Sanches: O site é muito simples, http://www.bibliotecanegra.pt  RFI: O filme do brasileiro Lázaro Ramos, Medida Provisória, foi exibido nos encontros MIA. Foi um momento muito participado? Vanessa Sanches: Bastante, bastante. Na verdade, nós tínhamos uma lotação para 50 pessoas e houve um dado momento em que houve pessoas a sentarem-se no chão porque os lugares estavam absolutamente lotados. Acho que é um filme que muita gente ainda queria ver, não teve a hipótese de o ver, e aproveitou então este ciclo de eventos do MIA para poder ver o filme. Tem um tema que nos leva à reflexão de algo que, provavelmente, muitas vezes já nos passou pela cabeça de forma inconsciente, que é; Todos os negros serão realmente de África? Porque, no filme há uma medida provisória que diz às pessoas negras brasileiras que, se calhar, o melhor para o futuro delas seria voltarem para a África. E então há toda uma panóplia de circunstâncias que acontecem ali, porque estamos a falar de pessoas que pertencem àquele país há centenas de anos. Então, é um debate que merece ser tirado do ecrã para o físico e convidámos o actor e cineasta Welket de Bungé e a actriz Cléo Diára para poder, então, conversar sobre este tema. Então foi um momento especial, não só pela lotação mas pelo tema abordado em si mesmo. RFI: Dia 15, sábado, encerra-se o MIA deste ano, o que é que foi pensado para o encerramento? Vanessa Sanches: Encerramos em grande com um momento dedicado às crianças, com uma sessão de leitura com a actriz, jornalista e autora Aoani Salvaterra, com origens santomenses. Vamos ler o livro da Nuna, A Aventureira Marielle, e logo de seguida, um bocadinho mais tarde, encerramos em grande com festa, como gostamos, com os sons da Independência. Basicamente, é um DJ set do DJ Camboja, que tem um acervo gigantesco de músicas que surgiram na altura das Independências e que têm, justamente, como moto a liberdade, a independência e o anticolonialismo. RFI: O Mia é apenas um dos momentos em que a Bantumen dá a conhecer o trabalho que desenvolve. Depois deste Mês da Identidade Africana, o que é que a Bantumen vai propor? Vanessa Sanches: Eu vou começar por explicar, dado que há algumas pessoas que têm alguma dificuldade em entender o que é a Bantumen. A Bantumen é, no fundo, uma plataforma de cultura e de informação. Portanto, online nós temos uma revista, mas no plano físico nós também fazemos algumas coisas. Portanto, resulta, então, neste MIA. E no final do ano temos o nosso maior evento, que é a Powerlist 100, a iniciativa que pretende prestar homenagem a 100 personalidades negras da lusofonia. Este ano a lista vai ser, então, revelada no dia 6 de Dezembro, a nível digital, no seu site próprio, podem encontrá-lo facilmente em bantumen.com. Ao mesmo tempo, irá acontecer também uma Gala para que algumas destas 100 personalidades possam, então, se sentir homenageadas de viva voz e olho no olho por esta comunidade, que se revê no seu trabalho de excelência, que tem feito e que é um espelho também para nós, as actuais gerações e para, quem sabe, futuras gerações. RFI: São personalidades que actuam nas mais diversas áreas, alguns exemplos? Vanessa Sanches: Nas mais diversas áreas. Já tivemos uma empregada doméstica, temos pessoas vindas do percurso associativo, como temos advogados, como temos cientistas, músicos, dançarinos. Nós tentamos não ter Categorias justamente para isso, para que possa ser o mais ampla possível esta lista final dos 100 homenageados. Link site Bantumen : https://www.bantumen.com 

Economía
Crece la preocupación entre los viajeros ante la prolongación del 'shutdown' en EE. UU.

Economía

Play Episode Listen Later Nov 12, 2025 8:20


El secretario de Transporte estadounidense, Sean Duffy, no ocultó que podría tomar medidas en contra de los controladores aéreos que se ausenten de sus labores en medio del cierre de Gobierno un día después de que el presidente Donald Trump amenazara con “reducir su salario”. Entretanto, pese a que todo hace indicar que el final del ‘shutdown' está cerca, las aerolíneas alertan que las irregularidades en los itinerarios podrían extenderse.

Momento Tecnologia - USP
Momento tecnologia #140: Sistema de medição capilar

Momento Tecnologia - USP

Play Episode Listen Later Nov 11, 2025 5:50


O tempo de enchimento capilar (TEC) é uma técnica para avaliar quanto tempo leva para o sangue voltar à pele após uma leve pressão, em um intervalo denominado tempo de reperfusão. A quantidade observada demonstra a saúde da circulação sanguínea, além de mostrar problemas no sistema — os quais podem ocorrer por desidratação, infecções, doenças crônicas ou alterações cardiovasculares.  A medição é avaliada visualmente por um profissional médico, que acompanha o retorno do sangue graças a um cronômetro. Entretanto, o exame está suscetível a variáveis como iluminação, temperatura ambiente, cor da pele e experiência do observador, que podem comprometer o resultado.  Como forma de evitar erros, pesquisadores do Laboratório de Instrumentação Fotobiomédica do Departamento de Física da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP desenvolveram uma forma automatizada e quantitativa, aliada à placa de vidro transparente — como uma balança digital comercial —, para acompanhar o TEC por meio dos pés. Trata-se de sensores ópticos, acoplados ao objeto no chão. O próprio corpo do paciente realiza a pressão e um algoritmo matemático registra exatamente a variação da cor da pele durante o processo. Gostou do tema? Então confira essa e outras tecnologias desenvolvidas pela Universidade acessando o link https://jornal.usp.br/sinopses-podcasts/momento-tecnologia/ ou ouvindo pelo seu agregador de podcast de preferência.

Devocionais Pão Diário
DEVOCIONAL PÃO DIÁRIO | AMAR POR MEIO DA ORAÇÃO

Devocionais Pão Diário

Play Episode Listen Later Nov 10, 2025 2:56


LEITURA BÍBLICA DO DIA: LUCAS 6:27-31 PLANO DE LEITURA ANUAL: JEREMIAS 48–49; HEBREUS 7  Já fez seu devocional hoje? Aproveite e marque um amigo para fazer junto com você! Confira:  Durante anos, João foi alguém desagradável na igreja: mal- -humorado, exigente e muitas vezes rude. Ele reclamava constantemente de não ser “bem servido” e de voluntários e funcionários não fazerem o seu trabalho. Era complicado amá-lo. Quando soube que ele foi diagnosticado com câncer, achei difícil orar por ele. Memórias de suas palavras duras e caráter desagradável me vieram à mente. Entretanto, lembrando-me do amor de Jesus, comecei a orar por João todos os dias. Alguns dias depois, pensei com menos frequência sobre suas qualidades desagradáveis. Ele deve estar sofrendo muito, pensei. Talvez esteja se sentindo realmente perdido agora. A oração, percebo, abre a nós mesmos, nossos sentimentos e relacionamentos com os outros para Deus, permitindo que Ele entre e traga Sua perspectiva para tudo. O ato de submeter nossa vontade e sentimentos ao Senhor em oração permite que o Espírito Santo transforme o nosso coração, lenta, mas seguramente. Não é de admirar que o chamado de Jesus para amar nossos inimigos esteja intimamente ligado a um convite à oração: “abençoem quem os amaldiçoa, orem por quem os maltrata” (LUCAS 6:28). Tenho que admitir, ainda luto para pensar bem de João. Mas, com a ajuda do Espírito, estou aprendendo a vê-lo com os olhos e o coração de Deus, como uma pessoa a ser perdoada e amada.  Por: LESLIE KOH 

Hoy por Hoy
El Abierto | El día tras la dimisión de Mazón y choque en la Fiscalía por García Ortiz

Hoy por Hoy

Play Episode Listen Later Nov 4, 2025 65:58


El PP intentan cerrar la presidencia del Govern de la Comunitat Valenciana después de que Mazón anunciase su marcha. En Génova quieren evitar elecciones allí pero, para ello, tendrán que proponer un candidato del agrado de Vox. O que, al menos, cuente con su aprobación. Pero la ultraderecha ya ha dejado claro que la negociación no será fácil. Entretanto, empieza la Comisión de Investigación de la DANA en el Congreso, donde empiezan a declarar las víctimas. También continúa el inédito juicio al Fiscal General en el Supremo, donde declara como testigo Miguel Ángel Rodríguez; el jefe de gabinete de Ayuso. Fue él quien filtró a algunos medios el bulo que sostenía que la Fiscalía ofreció un pacto a González Amador cuando, en realidad, sucedió al revés. Opinión y análisis: Víctor Lapuente, Mariola Urrea y Eduardo Madina. 

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A rábula dos três salazares, três vezes repetida, percorreu a semana política. Os cartazes também vieram ajudar na campanha desesperada pela obtenção de tempo de antena por parte do candidato que o tem tido abundantemente. Siga o circo, portanto. Outro candidato (ao contrário do primeiro, que afirmou três vezes) por três vezes negou a sua pertença ideológica; parece que por uma questão de gaveta. Há quem diga que para não correr o risco de ir parar à gaveta onde Mário Soares em tempos, celebremente, disse ter metido o socialismo. Entretanto, o orçamento passou viabilizado pelo PS, enquanto o PSD se entendia com o Chega para definir as regras da arte de ser português. Enquanto se fala de imigrantes e nacionalidade, não se fala tanto de saúde e habitação. E dos 10 cêntimos de aumento no subsídio de refeição. (Calma, não é já: só a partir de 2027.) See omnystudio.com/listener for privacy information.

La ContraCrónica
¿Bastarán las sanciones?

La ContraCrónica

Play Episode Listen Later Oct 30, 2025 58:16


¡Vótame en los Premios iVoox 2025! La Casa Blanca quiere poner punto y final cuanto antes a la guerra de Ucrania, pero se trata de una empresa difícil ya que el Kremlin prioriza sus objetivos territoriales sobre cualquier acuerdo de paz. Para forzar a Putin, el Gobierno estadounidense acaba de imponer las primeras sanciones del segundo mandato de Trump. Van dirigidas contra Rosneft y Lukoil, las mayores petroleras rusas, y sus filiales, golpeando de este modo la principal fuente de ingresos del Gobierno ruso, que no es otra que las exportaciones de hidrocarburos. El secretario del Tesoro, Scott Bessent, justificó las medidas en la intransigencia rusa y exigió un alto el fuego inmediato. Trump se mostró optimista, convencido de que esto bastará para llevar a los rusos a la mesa de negociación. Después de nueve meses evitando presionar a Putin, esta decisión supone un notable cambio en el modo de abordar la cuestión ucraniana. Rusia cuadra su presupuesto con petróleo y gas; sancionar a su sector energético es un arma poderosa para obligarles a dialogar. Las sanciones entran en vigor dentro de un mes, pero ya se siente su impacto. China y la India, los dos principales compradores de crudo ruso, han reducido sus importaciones mientras sus refinerías recalibran futuras adquisiciones para evitar riesgos innecesarios. Si sumamos a eso la última ronda de sanciones europea, el sector energético ruso podría verse muy afectado. El mercado reaccionó rápido: el barril subió un 5% la semana pasada, regresó a los 60 dólares ante la expectativa de escasez. A diferencia de medidas previas EEUU ataca con sanciones a la fuente, es decir, a los productores. Cualquier entidad (banco, puerto, empresa) que negocie con Rosneft o Lukoil se expone al aislamiento financiero. Esto afecta a todo el petróleo de origen ruso que entre por vía marítima o por oleoducto. Hasta la fecha Rusia ha evadido las sanciones con una flota en la sombra de petroleros, una idea copiada de Irán, pero que mueve volúmenes mucho mayores. A cambio tiene que vender a descuento y ponerse en manos de intermediarios de dudosa reputación. Entretanto, el ejército ucraniano ha recrudecido sus ataques con drones contra refinerías y depósitos de combustible en el interior de Rusia. Como consecuencia, en septiembre los ingresos del Kremlin en concepto de hidrocarburos eran ya la mitad que hace tres años. Los temores de que el precio del barril se dispare están ahí, pero el mercado mundial se encuentra sobreabastecido porque se extrae más petróleo que nunca. Los inventarios, de hecho, están en máximos. ¿Bastará eso para obligar a Putin a negociar un alto el fuego? Lo desconocemos, pero su ejército no consigue realizar avances y el frente económico se le está complicando. A pesar de ello no parece tener intención de ceder. Para llegar a un armisticio ha exigido unas condiciones inaceptables tanto para los ucranianos como para los mediadores. Esto de Ucrania es para él una cuestión existencial y sólo entiende el lenguaje de la fuerza. Las sanciones por si solas no reblandecerán al Kremlin; la presión económica y en el campo de batalla podría hacerlo, pero no hay una solución rápida. Esta guerra es algo muy personal para Putin. En ella se juega su prestigio, su legado y su lugar en la historia de Rusia. En La ContraRéplica: 0:00 Introducción 3:45 ¿Bastarán las sanciones? 33:33 Premios iVoox - https://premios.ivoox.com/ 35:59 El impuesto del carbono 41:21 La realidad de Cuba 49:24 Por qué no les gusta el fútbol · Canal de Telegram: https://t.me/lacontracronica · “Contra el pesimismo”… https://amzn.to/4m1RX2R · “Hispanos. Breve historia de los pueblos de habla hispana”… https://amzn.to/428js1G · “La ContraHistoria del comunismo”… https://amzn.to/39QP2KE · “La ContraHistoria de España. Auge, caída y vuelta a empezar de un país en 28 episodios”… https://amzn.to/3kXcZ6i · “Contra la Revolución Francesa”… https://amzn.to/4aF0LpZ · “Lutero, Calvino y Trento, la Reforma que no fue”… https://amzn.to/3shKOlK Apoya La Contra en: · Patreon... https://www.patreon.com/diazvillanueva · iVoox... https://www.ivoox.com/podcast-contracronica_sq_f1267769_1.html · Paypal... https://www.paypal.me/diazvillanueva Sígueme en: · Web... https://diazvillanueva.com · Twitter... https://twitter.com/diazvillanueva · Facebook... https://www.facebook.com/fernandodiazvillanueva1/ · Instagram... https://www.instagram.com/diazvillanueva · Linkedin… https://www.linkedin.com/in/fernando-d%C3%ADaz-villanueva-7303865/ · Flickr... https://www.flickr.com/photos/147276463@N05/?/ · Pinterest... https://www.pinterest.com/fernandodiazvillanueva Encuentra mis libros en: · Amazon... https://www.amazon.es/Fernando-Diaz-Villanueva/e/B00J2ASBXM #FernandoDiazVillanueva #rusia #ucrania Escucha el episodio completo en la app de iVoox, o descubre todo el catálogo de iVoox Originals

Brasil-Mundo
Bailarino brasileiro celebra 10 anos na França como único latino no clássico ‘Aida' da Ópera de Paris

Brasil-Mundo

Play Episode Listen Later Oct 26, 2025 7:35


Thiago Menezes é o único dançarino brasileiro e latino-americano na temporada do clássico Aida, na Ópera de Paris, em cartaz até 4 de novembro. Ele começou sua carreira ainda criança no subúrbio do Rio de Janeiro, passou por companhias de dança, se formou como ator e viveu intensas experiências profissionais. Desde 2016, o carioca fixou residência na França, onde atuou por várias companhias de teatro e dança e, agora, alcança seu ápice profissional aos 38 anos, ao passar pela entrada de artistas da consagrada Ópera Bastille. Thiago sempre se percebeu como artista: “Eu sempre quis dançar, desde pequeno. Sempre quis fazer algo com arte. Eu amava o mundo da televisão. Lembro de muito pequeno já ver os programas infantis e querer estar ali dentro”, recorda. Criado no bairro de Quintino, aos 16 anos Thiago precisou trabalhar para apoiar sua família, mas conseguiu continuar sonhando com a carreira de artista. “Eu comecei a fazer cursos de teatro, de dança. Tudo com bolsa, porque eu não podia pagar. Era uma época em que não tinha muito meninos e os cursos davam bolsa para homens”, explica. Ele passou por inúmeras escolas de dança como o Centro de Dança Rio, no Méier, a Cia Nós da Dança, a Petite Danse, e se tornou ator na Escola de Teatro da Faetec, no Rio, antes de fazer seu caminho no exterior. No entanto, o bailarino e ator considera as ruas do Rio de Janeiro como o lugar que o moldou para ser hoje um artista “plural”. “Eu tive a experiência da rua, das companhias de dança, o que me formou como artista, a ter disciplina e ideia de grupo. Mas sou um bailarino de danças urbanas, de jazz que vem do subúrbio do Rio de Janeiro. Eu ensaiava no MAM (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro) ou no baile do viaduto de Madureira. A gente ia se formar ali na rua. Dos bailarinos que conheço que estão no Brasil ou no mundo, a gente teve essa pluralidade de formação”, aponta. Carreira entre Brasil e França Mas as poucas oportunidades para artistas e dançarinos negros na TV e teatro fizeram com que Thiago, que sentia sua carreira estagnada no Brasil, olhasse para fora no ano de 2012.  “Surgiu uma audição para vir para o circo na França como bailarino. A base do circo era em Toulouse, mas a gente viajava. Eu conheci a França inteira, gente!", relembra o carioca. "Fiquei um ano aqui, não quis renovar o contrato, quis voltar para o Brasil”, disse em entrevista à RFI. Durante esse breve retorno ao Brasil, Thiago Menezes fez teatro, participação em novela e até musicais, e permaneceu alguns anos trabalhando com o grupo Nós do Morro. Mas em 2016 decidiu voltar à França visando construir uma carreira sólida na dança.  Dez anos de carreira na França O artista destaca que não poderia haver melhor momento para estar trabalhando em uma das instituições mais importantes do cenário cultural europeu e mundial. “Aida é uma das minhas óperas preferidas e é um sonho realizar esta ópera agora, porque faz 10 anos que estou aqui. Comemorar os 10 anos fazendo uma ópera na Ópera de Paris”, celebra Thiago. Aida é uma obra clássica italiana criada em 1871 por Giuseppe Verdi. Com mais de 3 horas e meia de duração, entre cenas épicas, árias e a famosa marcha triunfal, a ópera conta a história de uma princesa etíope escravizada no Egito, que enfrenta a rivalidade de Amneris, filha do faraó, que ama o mesmo homem que ela, Radamés.  Thiago Menezes detalhou o processo para conquistar sua vaga no espetáculo que está em cartaz até o dia 4 de novembro na Ópera de Paris: “Fiz uma audição com mais de 60 pessoas, bem complicada. A gente teve várias fases, mas começou com a dança porque eles precisavam de bailarinos de universos diferentes. Desde acrobatas, dançarinos de hip hop, balé clássico, contemporâneo e jazz. Foram cinco horas de audição”, explica. Apesar da seleção intensa, que também contou com uma fase de testes de interpretação, Thiago revela que teve um pressentimento positivo sobre conseguir a oportunidade. “Nesse dia eu falei: 'Eu vou pegar!'. Joguei para o universo. Recebi a resposta por e-mail uma semana depois, e fiquei muito feliz. Estou muito feliz!”, festeja. Representando o Brasil  Para Thiago, o caminho para chegar onde está sempre foi solitário, enquanto único brasileiro em diversas produções das quais já participou. Entretanto, ele se mostra esperançoso para um futuro com mais jovens sonhadores dos subúrbios sonhando alto e chegando longe. “Eu fico muito orgulhoso de ser o único brasileiro nessa produção, em mais de cem pessoas, sem contar a parte técnica, numa ópera desse tamanho. Eu fui muitas vezes o único latino-americano e único brasileiro em vários projetos. Infelizmente ainda é a minha realidade. Eu gostaria que houvesse mais brasileiros, mas vai ter. Isso vai acontecer!”, projeta Thiago Menezes. “Ser o único brasileiro é trazer essa leveza que a gente tem, trazer também o riso, levar a galera para ir comer comida brasileira, levar a galera para um samba depois do palco. Acho que a gente também é conhecido pela nossa alegria, pela nossa espontaneidade. Eu trago não só eu, Thiago, mas o Brasil comigo nessa leveza e alegria que a gente tem e que a gente emana muito para o mundo!”, aposta o bailarino.    

JORNAL DA RECORD
20/10/2025 | 4ª Edição: Lula nomeia Guilherme Boulos ministro da Secretaria-Geral da Presidência, com missão de mobilizar base social

JORNAL DA RECORD

Play Episode Listen Later Oct 21, 2025 19:23


Confira nesta edição do JR 24 Horas: Lula decola nesta terça-feira (21) para a Ásia, onde pode reunir-se com Trump até domingo (26). O presidente ainda deve indicar, dentro das próximas horas, o ministro da Advocacia Geral da União, Jorge Messias, para a vaga de Luís Roberto Barroso no STF. Ibama autoriza Petrobras a pesquisar petróleo na foz do Amazonas. Entretanto, a questão pode parar na Justiça.

Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer

Durante a gravação deste episódio, registaram-se alguns problemas de rede que afectaram o áudio. Foi como em todas as eleições: houve vencedores vencedores, vencedores vencidos e os outros de que não reza a história. Montenegro deu mais uma vitória eleitoral ao PSD, nalguns casos com a habilidade de cooptar gente de outras proveniências: até uma antiga autarca comunista. De tal modo que os dois nomes de que se fala para a presidência da Associação Nacional de Municípios, no rescaldo das autárquicas, são os de Santana Lopes e Isaltino Morais, dois antigos barões laranja que abandonaram o partido e foram agora a votos como trunfos pródigos do PSD. Entretanto, com o lavar dos cestos a nível local, instala-se em força a vindima das presidenciais. E quando o PS se prepara para apresentar o apoio formal à candidatura de António José Seguro, o Expresso descobriu que, entre os apoiantes de Passos Coelho, Seguro é visto como o candidato ideal. Socialistas e passistas, estranho caldo. Será o empurrão que faltava ao candidato ou o beijo da mulher-aranha?See omnystudio.com/listener for privacy information.

DrauzioCast
Outubro Rosa: desmistificando o câncer de mama - DrauzioCast #244

DrauzioCast

Play Episode Listen Later Oct 17, 2025 47:10


Com mais de 70 mil novos casos anualmente, o câncer de mama é o câncer que mais atinge as mulheres. Entretanto, com os diversos avanços da medicina, grande parte dos casos tem bom prognóstico.Neste DrauzioCast, o dr. Drauzio Varella fala sobre as opções mais modernas de tratamento para o câncer de mama com o dr. Romualdo Barroso, líder nacional de câncer de mama da Rede Américas, e a dra. Natália Polidorio, líder nacional de mastologia da Rede Américas.Conteúdo produzido em parceria com a Rede Américas.Veja também: Nem todo tratamento para câncer de mama precisa de quimioterapia

Estadão Notícias
Sucessão de Barroso: Lula e o seu Messias | Estadão Analisa

Estadão Notícias

Play Episode Listen Later Oct 17, 2025 46:44


No “Estadão Analisa” desta sexta-feira, 17, Carlos Andreazza fala sobre a sucessão no STF com a aposentadoria precoce do ministro Luís Roberto Barroso, alguns integrantes da Corte têm manifestado apoio à indicação de uma magistrada para a vaga. Entretanto, o advogado-geral da União e o ex-presidente do Congresso são os mais cotados para o lugar do ministro Luís Roberto Barroso. Jorge Messias é próximo do PT e evangélico, já Rodrigo Pacheco tem mais apoio do mundo político. Assine por R$1,90/mês e tenha acesso ilimitado ao conteúdo do Estadão.Acesse: https://bit.ly/oferta-estadao O 'Estadão Analisa' é transmitido ao vivo de segunda a sexta-feira, às 7h, no Youtube e redes sociais do Estadão. Também disponível no agregador de podcasts de sua preferência. Apresentação: Carlos AndreazzaEdição/Produção: Jefferson PerlebergCoordenação: Leonardo Cruz e Everton OliveiraSee omnystudio.com/listener for privacy information.

O Antagonista
Cortes do Papo - As fake news da esquerda sobre derrota no Congresso

O Antagonista

Play Episode Listen Later Oct 10, 2025 19:38


O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) desmentiu os também deputados Guilherme Boulos (Psol-SP), Erika Hilton (Psol-SP) e Duda Salabert (PDT-MG) sobre o aumento da taxação das apostas esportivas, as bets, por meio da Medida Provisória que a Câmara retirou de pauta.Os parlamentares de esquerda criticaram a decisão da Casa de deixar a MP caducar, dizendo que agora se deixa de cobrar mais imposto das bets. Entretanto, Kim rebateu a alegação, mencionado que o relator da MP na comissão mista que a analisou, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), já havia retirado essa taxação maior do texto, por meio de seu parecer, que foi aprovado pelo colegiado na terça-feira, 7. Felipe Moura Brasil e Duda Teixeira comentam:Papo Antagonista é o programa que explica e debate os principais acontecimentos do   dia com análises críticas e aprofundadas sobre a política brasileira e seus bastidores.     Apresentado por Felipe Moura Brasil, o programa traz contexto e opinião sobre os temas mais quentes da atualidade.     Com foco em jornalismo, eleições e debate, é um espaço essencial para quem busca informação de qualidade.     Ao vivo de segunda a sexta-feira às 18h.    Apoie o jornalismo Vigilante: 10% de desconto para audiência do Papo Antagonista  https://bit.ly/papoantagonista  Siga O Antagonista no X:  https://x.com/o_antagonista   Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp. Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais.  https://whatsapp.com/channel/0029Va2SurQHLHQbI5yJN344  Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br 

Semana em África
Cabo Verde ainda na luta pelo Mundial 2026

Semana em África

Play Episode Listen Later Oct 10, 2025 8:53


Neste programa, voltamos a alguns dos temas que marcaram a semana afrolusófona. Cabo Verde continua na luta por chegar à fase final do Mundial 2026. Em Moçambique, o recrudescimento da violência em Cabo Delgado continua a preocupar, num país onde, por estes dias, se lembra que ainda estão 2.000 pessoas nas cadeias depois de terem sido presas, há um ano, nos protestos pós-eleitorais. Entre as seleções lusófonas, apenas Cabo Verde continua na luta para chegar à fase final do Mundial de 2026 que vai decorrer nos Estados Unidos, Canadá e México. Angola e Guiné-Bissau já estão fora da corrida e Moçambique muito dificilmente conseguirá chegar ao segundo lugar do seu grupo para aceder ao play-off. Esta semana, Cabo Verde empatou a três golos na Líbia e tudo se decidirá na próxima segunda-feira, no Estádio Nacional, na Cidade da Praia. Os Tubarões Azuis continuam a sonhar com um apuramento inédito para o Mundial. Ainda em Cabo Verde, a Empresa Pública de Produção de Eletricidade fez uma participação à Polícia Judiciária para averiguar as avarias na central eléctrica da ilha de Santiago e os apagões prolongados na capital. Em Moçambique, entre 22 de Setembro e 6 de Outubro, quase 40 mil pessoas fugiram de seis distritos de Cabo Delgado, e ainda da província vizinha de Nampula, devido ao recrudescimento dos ataques terroristas no norte do país, segundo dados da Organização Internacional para as Migrações. No ano passado, mais de 400 crianças foram recrutadas para as fileiras dos grupos armados. Entretanto, esta semana, a população do distrito de Mocímboa da Praia em Cabo Delgado viu uma das suas mesquitas usada por um grupo de supostos terroristas. Ainda em Moçambique, um ano depois das eleições gerais de 09 de outubro e dos protestos e violência que se seguiram, cerca de 2.000 pessoas ainda estão detidas no âmbito das manifestações de contestação dos resultados eleitorais. O coordenador da Plataforma Wilker Dias apresentou essa preocupação à comissão técnica do diálogo nacional inclusivo. Entretanto, o partido Podemos, líder da oposição parlamentar moçambicana, criticou o silêncio e falta de esclarecimento sobre o homicídio dos apoiantes Elvino Dias e Paulo Guambe, há praticamente um ano, considerando a Justiça “lenta, desfavorável e partidarizada”. A União Europeia assinou, na segunda-feira, um novo acordo de pescas que permitirá aos navios europeus regressarem à actividade nas águas de São Tomé e Príncipe por quatro anos. Ainda em São Tomé e Príncipe, o Governo e os sindicatos chegaram a consenso sobre o reajuste salarial na função pública de 25% a 45%, já a partir deste mês.

Un Mensaje a la Conciencia
«El choque del descubrimiento del Nuevo Mundo»

Un Mensaje a la Conciencia

Play Episode Listen Later Oct 8, 2025 4:01


(12 de octubre: Día del Encuentro entre dos Culturas — República Dominicana) «En 1508, cuando las autoridades [españolas] realizaron el primer censo de indios, apenas quedaban sesenta mil indios de los cuatrocientos mil que había cuando [Cristóbal] Colón pisó por primera vez la isla [Española, hoy República Dominicana] —señala el reconocido historiador dominicano Frank Moya Pons—.... Durante todo ese tiempo, los españoles creyeron que la población indígena nunca se extinguiría, y la manejaron como si fuera un recurso natural inagotable, como animales de caza de los que se podía disponer a su antojo, y matar por placer para satisfacer sus instintos más primitivos.... »En otro censo tomado en 1510 sólo se registraron treinta y tres mil quinientos veintitrés indios —continúa Moya Pons—. Familias enteras desaparecían día tras día. Muchas se suicidaban en masa, y en numerosos casos mataban a sus propios hijos. Aquellos que huían a los montes morían de hambre y de frío en las montañas. Entretanto, los españoles acentuaban las mudanzas de comunidades enteras para suplir con mano de obra a las minas que perdían sus trabajadores de la noche a la mañana.... »En 1517 solamente quedaban once mil taínos vivos. En diciembre de 1518 se desató una epidemia de viruelas, la primera en el Nuevo Mundo, que hizo morir más de ocho mil indios, quedando unos dos mil quinientos sobrevivientes en toda la isla. La mayoría de estos últimos indios también murió en los años siguientes, con excepción de unos quinientos individuos que huyeron a las montañas en 1519 encabezados por el cacique Enriquillo, un joven nitaíno educado por los frailes franciscanos en Santo Domingo. »Enriquillo y su grupo se mantuvieron alzados en las serranías del suroeste de la Española, haciendo una guerra de guerrillas a los españoles hasta que convinieron en firmar las paces en 1533 y fueron asentados en un lugar llamado Boyá después de haber forzado a las autoridades a reconocerles su libertad y a dejarlos tranquilos para siempre. Sin embargo, este tardío triunfo les sirvió de muy poco, pues hacía mucho tiempo que los indios de la Española habían perdido su capacidad para reproducirse, y poco tiempo después quedaron extinguidos para siempre.... »[Así como preguntaron los] frailes dominicos... Pedro de Córdoba... Antonio Montesinos y... Bartolomé de las Casas [a partir de 1511,] ... todavía [hoy debiéramos sentir la obligación de preguntarnos nosotros]: ¿Es que no eran seres humanos? ¿Es que no tenían almas? ¿Es que no eran también hijos de Dios?»1 No nos queda más que señalar lo mejor que pudiera resultar de esas increpantes interrogaciones retóricas del historiador Moya Pons al final de su conferencia titulada «El choque del descubrimiento del Nuevo Mundo»: ¡que sería eternamente valioso si nos llevaran a cada uno a descubrir que, sin excepción alguna, a todos los que recibimos a Jesucristo el Hijo de Dios y creemos en Él, nos concede el privilegio de llegar a ser hijos de Dios y de disfrutar de una nueva vida ahora y de un nuevo mundo incomparable por la eternidad!2 Carlos ReyUn Mensaje a la Concienciawww.conciencia.net 1 Frank Moya Pons, «El choque del descubrimiento», Revista Ciencia y Sociedad, Vol. XVII, Núm. 3, Julio-Septiembre 1992, pp. 230-33,238-39,241. 2 Jn 1:12; 3:1-16; 10:10

Catalisadores
Ep 45 - John Locke: A Legitimidade da Autoridade e a Vocação Comunitária na Liderança Adventista

Catalisadores

Play Episode Listen Later Oct 6, 2025 15:58


John Locke é uma das figuras centrais do pensamento político moderno. Conhecido como o “pai do liberalismo”, ele lançou as bases filosóficas do contratualismo, da liberdade de consciência e da tolerância religiosa. Seus escritos, especialmente o Segundo Tratado sobre o Governo Civil e a Carta sobre a Tolerância, exerceram enorme influência sobre os sistemas democráticos ocidentais e sobre a organização das igrejas protestantes modernas. Entretanto, aplicar os conceitos de Locke diretamente à governança eclesiástica pode trazer riscos. Ao absolutizar a liberdade individual e o consentimento como critério único de legitimidade, seu pensamento pode fomentar a fragmentação institucional, a autonomia radical e a erosão da autoridade espiritual. Neste episódio, examinamos com profundidade como os princípios lockeanos interagem — e colidem — com o modelo de liderança, autoridade e comunidade da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Nosso ponto de partida é teológico e escatológico: a igreja não é um contrato entre indivíduos livres, mas um corpo unido pelo Espírito, fundado na verdade e guiado por um chamado divino. Portanto, qualquer reflexão sobre governo eclesiástico deve começar com fidelidade à Palavra, não com modelos políticos seculares. Locke tem muito a ensinar — mas também muito a ser criticado.

JORNAL DA RECORD
06/10/2025 | 1ª Edição: Anvisa libera importação de antídoto contra contaminação por metanol

JORNAL DA RECORD

Play Episode Listen Later Oct 6, 2025 3:57


A Anvisa autorizou a importação excepcional de 2.600 frascos de um antídoto para tratar sintomas causados pela intoxicação por metanol. A medida responde ao aumento de casos associados a bebidas adulteradas no país. Ainda não há previsão para a chegada desses medicamentos ao Brasil". Entretanto, o Ministério da Saúde já distribuiu quase 600 frascos de etanol farmacêutico para cinco estados.Veja também: começa nesta segunda (6) a campanha nacional de multivacinação, visando atualizar as cadernetas de crianças e adolescentes até 15 anos. Todas as vacinas do calendário estarão disponíveis nos postos até 31 deste mês, com um "Dia D" agendado para dia 18 de outubro.

Expresso - Eixo do Mal
Uma flotilha intercetada, um plano de paz em suspenso, uma renda moderada e um juiz investigado em segredo

Expresso - Eixo do Mal

Play Episode Listen Later Oct 3, 2025 50:54


Começamos pela flotilha humanitária que estava a caminho da Gaza e que teve o destino esperado: foi intercetada pela marinha israelita e os 4 portugueses, incluindo Mariana Mortágua, estarão agora num porto à espera de deportação. No feriado do Yom Kippur. Entretanto, o plano de paz proposto por Trump para Gaza tem o apoio dos países árabes e até da Turquia. Para resolver a crise da habitação, o governo introduziu o conceito de rendas moderadas, que vão até 2300€. A semana ficou também marcada pela descoberta de que o juiz Ivo Rosa foi investigado pela PJ, durante três anos, por ordem do Ministério Público. É o que temos hoje no Eixo do Mal em podcast, com Clara Ferreira Alves e Luís Pedro Nunes, Daniel Oliveira e Pedro Marques Lopes. O programa foi emitido a 2 de outubro na SIC Notícias. Para a versão vídeo deste episódio clique aqui.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Novus Capital
NovusCast - 03 de Outubro 2025

Novus Capital

Play Episode Listen Later Oct 3, 2025 16:09


Nossos sócios Luiz Eduardo Portella, Sarah Campos e Yara Cordeiro debatem, no episódio de hoje, os principais acontecimentos da semana no Brasil e no mundo. No cenário internacional, os dados nos EUA seguem indicando desaceleração do mercado de trabalho: apesar da ausência de divulgação do Payroll por conta do shutdown americano, os dados privados do ADP indicaram contração de vagas no mês. Do lado da atividade, os ISMs sinalizaram enfraquecimento da demanda. A OPEP está considerando um aumento na produção de petróleo, em ritmo superior aos anteriores; e o Hamas indicou que está disposto a negociar o plano de paz proposto pelo Trump. No Brasil, o principal destaque foi a aprovação do projeto que amplia a faixa de isenção do IR para R$5 mil na Câmara dos Deputados, com aumento da tributação dos super ricos, sendo considerada uma vitória do governo. Entretanto, acendeu alertas sobre a possível retomada de pautas populistas no Congresso, como fim da escala 6x1, reajuste do Bolsa Família e redução das tarifas de transporte. Na economia, os dados de indústria de agosto e de confiança de setembro surpreenderam positivamente, enquanto os dados de mercado de trabalho indicaram desaceleração: o Caged veio bem abaixo do esperado e a PNAD mostrou queda na população ocupada pela primeira vez desde 2023. Nos EUA, o juro de 2 anos fechou 7 bps, e as bolsas performaram bem: S&P 500 +1,09%, Nasdaq +1,15% e Russell 2000 +1,72%. No Brasil, os juros abriram (jan/29 + 19 bps), o Ibovespa caiu 0,86% e o real valorizou 0,13%. Na próxima semana, destaque para a minuta do Fed e negociação do shutdown e, no Brasil, para o IPCA de setembro e a possível votação da MP 1.303. Não deixe de conferir!

Meio Ambiente
Amazônia: a equação delicada entre preservação e combate à pobreza

Meio Ambiente

Play Episode Listen Later Oct 2, 2025 36:25


A realização da próxima Conferência do Clima da ONU em Belém do Pará (COP30) aproximará, pela primeira vez, os líderes globais de uma realidade complexa: a de que a preservação ambiental só vai acontecer se garantir renda para as populações locais. Conforme o IBGE, mais de um terço (36%) dos 28 milhões habitantes da Amazônia Legal estão na pobreza, um índice superior à média nacional. Lúcia Müzell, enviada especial da RFI a Belém e Terra Santa (Pará) Ao longo de décadas de ocupação pela agricultura, mineração e extração de madeira, incentivadas pelo Estado, instalou-se na região o imaginário de que a prosperidade passa pelo desmatamento. O desafio hoje é inverter esta lógica: promover políticas que façam a floresta em pé ter mais valor do que derrubada.    Os especialistas em preservação alertam há décadas que uma das chaves para a proteção da floresta é o manejo sustentável dos seus recursos naturais, com a inclusão das comunidades locais nessa bioeconomia. Praticamente 50% do bioma amazônico está sob Unidades de Conservação do governo federal, que podem ser Áreas de Proteção Permanente ou com uso sustentável autorizado e regulamentado, como o das concessões florestais.  A cadeia da devastação começa pelo roubo de madeira. Depois, vem o desmatamento da área e a conversão para outros usos, como a pecuária. A ideia da concessão florestal é “ceder” territórios sob forte pressão de invasões para empresas privadas administrarem, à condição de gerarem o menor impacto possível na floresta e seus ecossistemas.   Essa solução surgiu em 2006 na tentativa de frear a disparada da devastação no Brasil, principalmente em áreas públicas federais, onde o governo havia perdido o controle das atividades ilegais. A ideia central é que a atuação de uma empresa nessas regiões, de difícil acesso, contribua para preservar o conjunto de uma grande área de floresta, e movimente a economia local. Os contratos duram 40 anos e incluem uma série de regras e obrigações socioambientais, com o aval do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). A madeira então recebe um selo de sustentabilidade emitido por organismos reconhecidos internacionalmente – o principal deles é o FSC (Forest Stewardship Council).  Atualmente, 23 concessões florestais estão em operação pelo país. "Qualquer intervenção na floresta gera algum impacto. Mas com a regulamentação do manejo florestal e quando ele é bem feito em campo, você minimiza os impactos, porque a floresta tropical tem um poder de regeneração e crescimento muito grandes”, explica Leonardo Sobral, diretor da área de Florestas e Restauração do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola), parceiro do FSC no Brasil.     "O que a gente observa, principalmente através de imagens de satélite, é que em algumas regiões que são muito pressionadas e que têm muito desmatamento no entorno, a única área de floresta que restou são florestas que estão sob concessão. Na Amazônia florestal sobre pressão, que é onde está concentrada a atividade ilegal predatória, existem florestas que estão na iminência de serem desmatadas. É onde entendemos que as concessões precisam acontecer, para ela valer mais em pé do que derrubada”, complementa.  Manejo florestal em Terra Santa Na região do Pará onde a mata é mais preservada, no oeste do Estado, a madeireira Ebata é a principal beneficiada de uma concessão em vigor na Floresta Nacional de Saracá-Taquera, entre os municípios de Oriximiná, Faro e Terra Santa. Numa área de 30 mil hectares, todas as árvores de interesse comercial e protegidas foram catalogadas. Para cada espécie, um volume máximo de unidades pode ser extraído por ano – em média, 30 metros cúbicos de madeira por hectare, o que corresponde a 3 a 6 árvores em um espaço equivalente a um campo de futebol. A floresta foi dividida em 30 “pedaços” e, a cada ano, uma área diferente é explorada, enquanto as demais devem permanecer intocadas.   O plano prevê que, três décadas após uma extração, a fatia terá se regenerado naturalmente. "Para atividades extrativistas como madeira, a castanha do Brasil ou outros produtos que vem da floresta, a gente depende que ela continue sendo floresta”, afirma Leônidas Dahás, diretor de Meio Ambiente e Produtos Florestais da empresa. "Se em um ano, a minha empresa extrair errado, derrubar mais do que ela pode, eu não vou ter no ano que vem. Daqui a 30 anos, eu também não vou ter madeira, então eu dependo que a floresta continue existindo.”   Estado incapaz de fiscalizar Unidades de Conservação A atuação da empresa é fiscalizada presencialmente ou via satélite. A movimentação da madeira também é controlada – cada tora é registrada e os seus deslocamentos devem ser informados ao Serviço Florestal Brasil (SFB), que administra as concessões no país.  "Uma floresta que não tem nenhum dono, qualquer um vira dono. Só a presença de alguma atividade, qualquer ela que seja, já inibe a grande parte de quem vai chegar. Quando não tem ninguém, fica fácil acontecer qualquer coisa – qualquer coisa mesmo”, observa Dahás.  A bióloga Joice Ferreira, pesquisadora na Embrapa Amazônia Oriental, se especializou no tema do desenvolvimento sustentável da região e nos impactos do manejo florestal. Num contexto de incapacidade do Estado brasileiro de monitorar todo o território e coibir as ilegalidades na Amazônia, ela vê a alternativa das concessões florestais como “promissora” – embora também estejam sujeitas a irregularidades. Os casos de fraudes na produção de madeira certificada não são raros no país.   “Você tem unidades de conservação que são enormes, então é um desafio muito grande, porque nós não temos funcionários suficientes, ou nós não temos condições de fazer esse monitoramento como deveria ser feito”, frisa. “Geralmente, você tem, em cada unidade de conservação, cinco funcionários.”  Em contrapartida do manejo sustentável, a madeireira transfere porcentagens dos lucros da comercialização da madeira para o Instituo Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o SFB, que distribuem os recursos para o Estado do Pará e os municípios que abrigam as Flonas, como são chamadas as Florestas Nacionais.   Populações no interior da Amazônia sofrem de carências básicas O dinheiro obrigatoriamente deve financiar projetos de promoção do uso responsável das florestas, conservação ambiental e melhora da gestão dos recursos naturais na região. Todo o processo é longo, mas foi assim que a cidade de Terra Santa já recebeu mais de R$ 800 mil em verbas adicionais – um aporte que faz diferença no orçamento da pequena localidade de 19 mil habitantes, onde carências graves, como saneamento básico, água encanada e acesso à luz, imperam.  "Quase 7 mil pessoas que moram na zona rural não têm tem acesso à energia elétrica, que é o básico. Outro item básico, que é o saneamento, praticamente toda a população ribeirinha e que mora em terra firme não têm acesso à água potável”, detalha a secretária municipal de Meio Ambiente, Samária Letícia Carvalho Silva. "Elas consomem água do igarapé. Quando chega num período menos chuvoso, a gente tem muita dificuldade de acesso a água, mesmo estando numa área com maior bacia de água doce do mundo. Nas áreas de várzea, enche tudo, então ficam misturados os resíduos de sanitários e eles tomam aquela mesma água. É uma situação muito grave na região.”   Com os repasses da concessão florestal, a prefeitura construiu a sede da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, distribuiu nas comunidades 50 sistemas de bombeamento de água movido a energia solar e painéis solares para o uso doméstico. A família da agente de saúde Taila Pinheiro, na localidade de Paraíso, foi uma das beneficiadas. A chegada das placas fotovoltaicas zerou um custo de mais de R$ 300 por mês que eles tinham com gerador de energia.    "Antes disso, era lamparina mesmo. Com o gerador, a gente só ligava de noite, por um período de no máximo duas horas. Era só para não jantar no escuro, porque era no combustível e nós somos humildes, né?”, conta. "A gente não conseguia ficar com a energia de dia."  A energia solar possibilitou à família ter confortos básicos da cidade: armazenar alimentos na geladeira, carregar o celular, assistir televisão. Um segundo projeto trouxe assistência técnica e material para a instalação de hortas comunitárias. A venda do excedente de hortaliças poderá ser uma nova fonte de renda para a localidade, que sobrevive da agricultura de subsistência e benefícios sociais do governo.  "A gente já trabalhava com horta, só que a gente plantava de uma maneira totalmente errada. Até misturar o adubo de maneira errada a gente fazia, por isso a gente acabava matando as nossas plantas”, observa. “A gente quer avançar, para melhorar não só a nossa alimentação, mas levar para a mesa de outras pessoas."  Acesso à água beneficia agricultura Na casa de Maria Erilda Guimarães, em Urupanã, foi o acesso mais fácil à água que foi celebrado: ela e o marido foram sorteados para receber um kit de bombeamento movido a energia solar, com o qual extraem a água do poço ou do próprio rio, com bem menos esforço braçal. No total, quase 50 quilômetros de captura de água pelo sistema foram distribuídos nas comunidades mais carentes do município.    O casal completa a renda da aposentadoria com a venda de bebidas e paçoca caseira para os visitantes no período da estação seca na Amazônia, a partir de agosto. O marido de Maria Erilda, Antônio Conte Pereira, também procura fazer serviços esporádicos – sem este complemento, os dois “passariam fome”.  "Foi um sucesso para nós, que veio mandado pelo governo, não sei bem por quem foi, pela prefeitura, não sei. Mas sei que foi muito bom”, diz Pereira. "Não serviu só para nós, serviu para muitos aqui. A gente liga para as casas, dá água para os vizinhos, que também já sofreram muito carregando água do igarapé, da beira do rio." Urupanã é uma praia de rio da região, onde o solo arenoso dificulta o plantio agrícola. No quintal de casa, os comunitários cultivam mandioca e frutas como mamão, abacaxi e caju. O bombeamento automático da água facilitou o trabalho e possibilitou ampliar o plantio de especiarias como andiroba e cumaru, valorizados pelas propriedades medicinais. "Para muitas famílias que ainda precisavam bater no poço, foi muito legal. A gente conseguiu manter as nossas plantas vivas no verão”, conta Francisco Neto de Almeida, presidente da Associação de Moradores de Urupanã, onde vivem 38 famílias.  'Fazer isso é crime?' A prefeitura reconhece: seria difícil expandir rapidamente a rede elétrica e o acesso à água sem os recursos da madeira e dos minérios da floresta – outra atividade licenciada na Flona de Saracá-Taquera é a extração de bauxita, pela Mineração Rio do Norte.    Entretanto, o vice-prefeito Lucivaldo Ribeiro Batista considera a partilha injusta: para ele, o município não se beneficia o suficiente das riquezas da “Flona”, que ocupa um quarto da superfície total de Terra Santa. Para muitos comunitários, a concessão florestal e a maior fiscalização ambiental na região estrangularam a capacidade produtiva dos pequenos agricultores.  "Existe esse conflito. Hoje, se eu pudesse dizer quais são os vilões dos moradores que estão em torno e dentro da Flona, são os órgãos de fiscalização federal, que impedem um pouco eles de produzirem”, constata ele, filiado ao Partido Renovação Democrática (PRD), de centro-direita. "E, por incrível que pareça, as comunidades que estão dentro da Flona são as que mais produzem para gente, porque é onde estão os melhores solos. Devido todos esses empecilhos que têm, a gente não consegue produzir em larga escala”, lamenta. A secretária de Meio Ambiente busca fazer um trabalho de esclarecimento da população sobre o que se pode ou não fazer nos arredores da floresta protegida. Para ela, a concessão teria o potencial de impulsionar as técnicas de manejo florestal sustentável pelas próprias comunidades dos arredores de Sacará-Taquera. Hoje, entretanto, os comunitários não participam desse ciclo virtuoso, segundo Samária Carvalho Silva.    “Eles pedem ajuda. ‘Fazer isso não é crime?'. Eles têm muito essa necessidade de apoio técnico. Dizem: 'Por que que eu não posso tirar a madeira para fazer minha casa e a madeireira pode?'", conta ela. "Falta muito uma relação entre esses órgãos e as comunidades”, avalia.    Há 11 anos, a funcionária pública Ilaíldes Bentes da Silva trabalhou no cadastramento das famílias que moravam dentro das fronteiras da Flona – que não são demarcadas por cercas, apenas por placas esparsas, em uma vasta área de 440 mil hectares. Ela lembra que centenas de famílias foram pegas de surpresa pelo aumento da fiscalização de atividades que, até então, eram comuns na região.  "Tem muita gente aqui que vive da madeira, mas a maioria dessas madeiras eram tiradas ilegalmente. Com o recadastramento, muitas famílias pararam”, recorda-se. “Para as pessoas que vivem dessa renda, foi meio difícil aceitar, porque é difícil viver de farinha, de tucumã, de castanha e outras coisas colhidas nessa região do Pará.” Kelyson Rodrigues da Silva, marido de Ilaíldes, acrescenta que “até para fazer roça tinha que pedir permissão para derrubar” a mata. “Hoje, eu entendo, mas tem gente que ainda não entende. O ribeirinho, para ele fazer uma casa, tem que derrubar árvore, e às vezes no quintal deles não tem. Então eles vão tirar de onde?”, comenta. “Quando vem a fiscalização, não tem como explicar, não tem documento.” Espalhar o manejo sustentável A ecóloga Joice Ferreira, da Embrapa, salienta que para que o fim do desmatamento deixe de ser uma promessa, não bastará apenas fiscalizar e punir os desmatadores, mas sim disseminar as práticas de uso e manejo sustentável da floresta também pelas populações mais vulneráveis – um desafio de longo prazo.  “Não adianta chegar muito recurso numa comunidade se ela não está preparada para recebê-lo. Muitas vezes, as empresas chegam como se não houvesse nada ali e já não tivesse um conhecimento, mas ele existe”, ressalta. “As chances de sucesso vão ser muito maiores se as empresas chegarem interessadas em dialogar, interagir e aumentar as capacidades do que já existe. Isso é fundamental para qualquer iniciativa de manejo sustentável ter sucesso”, pontua a pesquisadora.   Um dos requisitos dos contratos de concessão florestal é que a mão de obra seja local. A madeireira Ebata reconhece que, no começo, teve dificuldades para contratar trabalhadores só da cidade, mas aos poucos a capacitação de moradores deu resultados. A empresa afirma que 90% dos empregados são de Terra Santa.  “No início da minha carreira em serraria, eu trabalhei em madeireiras que trabalhavam de forma irregular. Me sinto realizado por hoje estar numa empresa que segue as normas, segue as leis corretamente”, afirma Pablio Oliveira da Silva, gerente de produção da filial. Segundo ele, praticamente tudo nas toras é aproveitado, e os resíduos são vendidos para duas olarias que fabricam tijolos. Cerca de 10% da madeira é comercializada no próprio município ou destinada a doações para escolas, centros comunitários ou igrejas.  Na prefeitura, a secretária Samária Silva gostaria de poder ir além: para ela, a unidade de beneficiamento de madeira deveria ser na própria cidade, e não em Belém. Da capital paraense, o produto é vendido para os clientes da Ebapa, principalmente na Europa.   “O município é carente de empreendedorismo e de fontes de renda. A gente praticamente só tem a prefeitura e a mineração”, explica. “Essas madeireiras, ao invés de ter todo esse processo produtivo aqui... ‘Mas o custo é alto. A gente mora numa área isolada, só tem acesso por rios e isso tem um custo'. Mas qual é a compensação ambiental que vai ficar para o município, da floresta? Essas pessoas estão aqui vivendo, o que vai ficar para elas?”, indaga. Foco das concessões é conter o desmatamento O engenheiro florestal Leonardo Sobral, do Imaflora, constata que, de forma geral no Brasil, as comunidades locais não se sentem suficientemente incluídas nas soluções de preservação das florestas, como as concessões. Uma das razões é a falta de conhecimento sobre o que elas são, como funcionam e, principalmente, qual é o seu maior objetivo: conter o desmatamento e as atividades predatórias nas Unidades de Conservação.  Em regiões carentes como no interior do Pará, esses grandes empreendimentos podem frustrar expectativas. “São problemas sociais do Brasil como um todo. Uma concessão florestal não vai conseguir endereçar todos os problemas”, salienta.    Esses desafios também simbolizam um dos aspectos mais delicados das negociações internacionais sobre as mudanças climáticas: o financiamento. Como diminuir a dependência econômica da floresta num contexto em que faltam verbas para atender às necessidades mais básicas das populações que vivem na Amazônia? Como desenvolver uma sociobioeconomia compatível com a floresta se as infraestruturas para apoiar a comercialização dos produtos não-madeireiros são tão deficientes?   “O recurso que chega do financiamento climático pode ser muito importante para fazer a conservação. Nós temos um exemplo bem claro, que é do Fundo Amazônia”, lembra Joice Ferreira. “Agora, nós temos ainda uma lição a aprender que é como fazer esse link com as comunidades locais, que têm o seu tempo próprio, os seus interesses próprios. Ainda não sabemos como fazer esse diálogo de forma justa.” Entre os projetos financiados pelo Fundo Amazônia, alguns destinam-se especificamente a melhorar as condições sociais das populações do bioma, como os programas da Fundação Amazônia Sustentável e o Sanear Amazônia.   Na COP30, em Belém, o Brasil vai oficializar uma proposta de financiamento internacional específico para a conservação das florestas tropicais do planeta, inspirada no Fundo Amazônia, mas incluindo um mecanismo de investimentos que gere dividendos. A ideia central do Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF, na sigla em inglês) é prever recursos perenes para beneficiar os países que apresentem resultados na manutenção e ampliação das áreas de mata preservadas.  “Somos constantemente cobrados por depender apenas de dinheiro público para essa proteção, mas o Fundo Florestas Tropicais para Sempre representa uma virada de chave”, disse a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, em um evento em Nova York, em meados de setembro. “Não é doação, e sim uma iniciativa que opera com lógica de mercado. É uma nova forma de financiar a conservação, com responsabilidade compartilhada e visão de futuro", complementou a ministra. * Esta é a segunda reportagem de uma série do podcast Planeta Verde da RFI na Amazônia. As reportagens, parcialmente financiadas pelo Imaflora, vão ao ar todas as quintas-feiras até a COP30 em Belém, em novembro. 

Novus Capital
NovusCast - 26 de Setembro 2025

Novus Capital

Play Episode Listen Later Sep 26, 2025 20:53


Nossos sócios Gabriel Abelheira, Tomás Goulart, Sarah Campos e Victor Ary debatem, no episódio de hoje, os principais acontecimentos da semana no Brasil e no mundo. No cenário internacional, os PMIs americanos mostraram moderação na atividade e nos preços. Entretanto, a revisão do PIB e os pedidos de auxílio desemprego abaixo do esperado reforçaram a resiliência da atividade. Dados recentes de agosto, como pedidos de bens duráveis e consumo real, surpreenderam positivamente. Na Europa, os PMIs vieram em linha com as expectativas. No campo geopolítico, tensões voltaram a crescer após declarações de Trump sobre apoio a contraofensivas ucranianas. No Brasil, o IPCA-15 de setembro veio abaixo do esperado. A ata do Copom e o Relatório de Política Monetária mantiveram tom conservador, demonstrando preocupação com a trajetória desancorada das expectativas e confiança na desaceleração da atividade econômica. No cenário político, manifestações da esquerda ganharam força no final de semana e pressionaram a retirada de pautas sensíveis do Congresso, como a PEC da Blindagem. Ainda, o noticiário foi repleto de informações divergentes sobre as candidaturas de direita para 2026. No mercado de crédito, as emissões no primário foram um pouco mais fracas, com cerca de R$7,2 bi de emissões tradicionais e R$2,9 bi de incentivadas. Os índices DI core e DI low rated abriram 5 e 6,8 bps, respectivamente, enquanto o índice de incentivadas fechou mais 7 bps. Porém, as atenções ficaram voltadas para as repercussões dos cases de Ambipar e Braskem, esclarecidos no episódio. Nos EUA, a curva de juros abriu ao longo de todos os vértices, e as bolsas tiveram desempenho negativo (S&P 500 -0,31%). No Brasil, a curva de juros também abriu, o Ibovespa caiu 0,29% e, o real, 0,37%. Na próxima semana, destaque para dados de mercado de trabalho e possibilidade de shutdown nos EUA, inflação na Europa e emprego e atividade no Brasil.

La ContraCrónica
¿Qué Estado palestino?

La ContraCrónica

Play Episode Listen Later Sep 22, 2025 48:27


El Reino Unido, Canadá y Australia acaban de reconocer oficialmente al Estado palestino. Se espera que Francia y otros países europeos lo hagan a no mucho tardar. Esto supone de por sí un cambio sustantivo en el modo en el que las potencias europeas veían el conflicto. Que gobiernos tan proisraelíes como el británico o el canadiense hayan dado este paso tiene, además, un importante componente simbólico. Pero la realidad en los territorios palestinos contradice la idea de que ese Estado sea hoy posible. Sobre el terreno la situación es muy diferente a la que había hace tres décadas y la viabilidad de un Estado palestino tal y como se concibió entonces es en estos momentos una quimera. Los Acuerdos de Oslo de 1994 definieron el territorio del futuro Estado palestino en dos regiones: Cisjordania y la franja de Gaza. Cisjordania se dividió en tres zonas, una bajo control palestino, otra bajo control conjunto y otra más controlada directamente por Israel. Desde entonces se han ido estableciendo asentamientos en los territorios ocupados, asentamientos que la ONU considera ilegales, pero que en la práctica han reducido progresivamente el territorio bajo control palestino. En la actualidad Gaza está devastada tras dos años de guerra sin cuartel. En Cisjordania el territorio bajo control palestino directo no llega al 20%. La Autoridad Nacional Palestina (ANP), creada en Oslo y cuya capital se encuentra en la ciudad de Ramala, se encuentra con serias limitaciones y es una administración inoperante. Israel ha bloqueado los ingresos aduaneros que recauda en su nombre y eso ha afectado a su capacidad para pagar salarios y mantener los servicios. Además, el sistema bancario palestino depende del israelí. Las restricciones impuestas por Bezalel Smotrich, el ministro de finanzas de Netanyahu, complican todavía más las transacciones comerciales. La movilidad en Cisjordania es extremadamente difícil debido a la profusión de controles militares y a los asentamientos israelíes, que han fragmentado el territorio en un "archipiélago" de comunidades palestinas aisladas. Por ejemplo, viajar entre Belén y Hebrón, a solo 27 km, puede llevar varias horas debido a los controles y a las carreteras restringidas. Los asentamientos israelíes, impulsados por colonos religiosos que consideran la ocupación un mandato divino, han crecido exponencialmente. Estos colonos hostigan a los palestinos y, aunque algunos asentamientos agrícolas son formalmente ilegales, reciben apoyo estatal directo. La ANP, presidida desde hace más de 20 años por Mahmoud Abás, es impopular y gobierna por decreto. La división entre Fatah (que controla Cisjordania) y Hamás (que gobernaba en Gaza) ha debilitado aún más la causa palestina. Entretanto, el gobierno de Netanyahu amenaza con anexionar Cisjordania si más países reconocen el Estado palestino. En la práctica la anexión ya está en marcha. Muchos cisjordanos han perdido la esperanza en la resistencia armada, especialmente tras lo ocurrido en Gaza. En ciudades relativamente prósperas como Hebrón, son muchos los que desean marcharse o incluso aceptar acuerdos locales con Israel para garantizarse la estabilidad, aunque ésta implicase la anexión. En Israel no hay tantos partidarios de llegar a acuerdos como los que hubo en el pasado. Los partidos de derecha religiosa se oponen a ellos y los países árabes vecinos, como Jordania y Egipto, restringen la inmigración palestina. En definitiva, mientras en Europa se apresuran a reconocer un Estado palestino, sobre el terreno ese Estado se evapora. Sería una solución óptima, pero los acuerdos de Oslo han quedado sobrepasados por todo lo ocurrido desde entonces. Deben cambiar muchas cosas, empezando por los líderes de ambos lados, para que se pueda avanzar en esa dirección. En La ContraRéplica: 0:00 Introducción 4:12 ¿Qué Estado palestino? 30:58 Contra el pesimismo - https://amzn.to/4m1RX2R 32:46 El activismo de Charlie Kirk 38:01 ¿Existe el buen activismo? 42:33 El control de la ciudad de Gaza · Canal de Telegram: https://t.me/lacontracronica · “Contra el pesimismo”… https://amzn.to/4m1RX2R · “Hispanos. Breve historia de los pueblos de habla hispana”… https://amzn.to/428js1G · “La ContraHistoria del comunismo”… https://amzn.to/39QP2KE · “La ContraHistoria de España. Auge, caída y vuelta a empezar de un país en 28 episodios”… https://amzn.to/3kXcZ6i · “Contra la Revolución Francesa”… https://amzn.to/4aF0LpZ · “Lutero, Calvino y Trento, la Reforma que no fue”… https://amzn.to/3shKOlK Apoya La Contra en: · Patreon... https://www.patreon.com/diazvillanueva · iVoox... https://www.ivoox.com/podcast-contracronica_sq_f1267769_1.html · Paypal... https://www.paypal.me/diazvillanueva Sígueme en: · Web... https://diazvillanueva.com · Twitter... https://twitter.com/diazvillanueva · Facebook... https://www.facebook.com/fernandodiazvillanueva1/ · Instagram... https://www.instagram.com/diazvillanueva · Linkedin… https://www.linkedin.com/in/fernando-d%C3%ADaz-villanueva-7303865/ · Flickr... https://www.flickr.com/photos/147276463@N05/?/ · Pinterest... https://www.pinterest.com/fernandodiazvillanueva Encuentra mis libros en: · Amazon... https://www.amazon.es/Fernando-Diaz-Villanueva/e/B00J2ASBXM #FernandoDiazVillanueva #israel #palestina Escucha el episodio completo en la app de iVoox, o descubre todo el catálogo de iVoox Originals

Hoy por Hoy
Las 8 de Hoy por Hoy | El Fiscal General del Estado ordena abrir diligencias para investigar los crímenes de guerra de Israel en Gaza

Hoy por Hoy

Play Episode Listen Later Sep 18, 2025 15:47


La justicia española se suma así a las iniciativas que ya han abierto la Corte Penal Internacional y el tribunal de Naciones Unidas y que sitúan a Benjamin Netanyahu y a su gobierno como posibles responsables de crímenes contra la humanidad. Entretanto, la Unión Europea detalló ayer sus medidas contra Israel. Van a imponer sanciones por las que el país hebreo dejará de percibir un trato preferente, aunque no del todo. Solo gravará sus exportaciones y el 37% de las que hace a Europa. Además, deja la decisión en manos de los estados. Las sanciones a los ministros más ultras van a requerir la unanimidad de los estados.

La ContraCrónica
Francia ingobernable

La ContraCrónica

Play Episode Listen Later Sep 9, 2025 53:27


Tal y como estaba previsto, esta semana ha caído el Gobierno francés en la moción de confianza que François Bayrou presentó a la Asamblea Nacional hace unos días. El de Bayrou es el segundo Gobierno fulminado por el parlamento en menos de un año. El primero, presidido por Michel Barnier, duró tres meses, el de Bayrou ha durado nueve. Esto agudiza la parálisis política en un momento en que las finanzas públicas están en una situación crítica. El déficit público podría alcanzar el 6% este año y la deuda pública ya supera el 114% del PIB. Los intereses de la deuda, de hecho, consumen ya más recursos que el presupuesto de defensa, lo que permite hacernos una idea de la gravedad de la crisis. Bayrou, al igual que su predecesor, trató de sacar adelante un presupuesto que incorporaba un ligero ajuste de gasto, pero los partidos populistas de izquierda y derecha se han negado a aprobarlo. La fragmentación de la Asamblea Nacional, dividida en tres bloques irreconciliables (los centristas de Macron con 210 escaños, la izquierda con 192 escaños y la Agrupación Nacional de Marine Le Pen con 138 escaños), imposibilita la gobernabilidad. Los centristas rechazan subir impuestos, la extrema izquierda se opone a recortes en el estado de bienestar, y la extrema derecha culpa a la inmigración y quiere reducir los fondos que se entregan a la UE. Esta polarización hace imposible cualquier tipo de acuerdo, empezando por el de los presupuestos del Estado. La caída de Bayrou obliga a Macron a nominar a un nuevo primer ministro, que deberá ser investido por la Asamblea y lograr apoyos para aprobar el presupuesto de 2026 antes de fin de año. El país enfrenta además un "otoño caliente" con movilizaciones callejeras de izquierda y derecha contra los recortes. La opinión pública, cada vez más frustrada, alimenta el discurso de los partidos en ambos extremos del espectro, que piden elecciones anticipadas. La extrema izquierda exige incluso la dimisión de Macron y que los franceses sean llamados a las urnas cuanto antes para renovar las dos cámaras y al inquilino del palacio del Elíseo. Las encuestas indican que unas elecciones anticipadas no resolverían el problema ya que la Asamblea seguiría fragmentada. El adelanto electoral del año pasado, decidido por Macron para frenar el ascenso de la Agrupación Nacional tras su victoria en las elecciones europeas, resultó en una pérdida de 86 escaños para su partido y en una Asamblea ingobernable. Entretanto, los costes de financiación de Francia superan a los de Grecia y se igualan a los de Italia. Se espera que Fitch Ratings rebaje la calificación crediticia del país esta misma semana. Macron enfrenta el dilema de nominar a un primer ministro que pueda sobrevivir en una Asamblea tan dividida. Entre los candidatos de su bloque hay varios ministros, pero todos tendrían dificultades para obtener apoyo de la oposición. La izquierda, liderada por los socialistas, propone un presupuesto alternativo con impuestos más altos para los ricos y la derogación de la reforma de pensiones, dos medidas que Macron rechaza. Pero aunque Macron cediese, un Gobierno socialista podría ser muy efímero sin el apoyo sostenido de La Francia Insumisa de Jean-Luc Mélenchon. Quien si podrían capitalizar unas elecciones anticipadas es la Agrupación Nacional de Marine Le Pen y Jordan Bardella, pero su vinculación con figuras polémicas en Francia como Donald Trump y la condena de Le Pen por malversación podrían volverse en su contra. Para el expresidente Nicolas Sarkozy unas legislativas darían una mayoría clara a Le Pen. Para él es la única salida, aunque eso implicaría el fracaso del proyecto político de Macron que, tras ocho años en el poder, ve cómo su presidencia total ha roto el equilibrio de la Quinta República. El resultado es una crisis política y económica para la que nadie tiene una solución clara. En La ContraRéplica: 0:00 Introducción 4:20 Francia ingobernable 33:54 Contra el pesimismo - https://amzn.to/4gm1a4S 35:45 ¿Es viable el estado del bienestar? 43:04 El GPS de von der Leyen 49:31 La heladería vandalizada · Canal de Telegram: https://t.me/lacontracronica · “Contra el pesimismo”… https://amzn.to/4m1RX2R · “Hispanos. Breve historia de los pueblos de habla hispana”… https://amzn.to/428js1G · “La ContraHistoria del comunismo”… https://amzn.to/39QP2KE · “La ContraHistoria de España. 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La ContraCrónica
El ocaso del macronismo

La ContraCrónica

Play Episode Listen Later Sep 1, 2025 55:39


Francia se encuentra sumida en una doble crisis económica y política que recuerda a la de los países del sur de Europa durante la crisis de deuda. A pesar de su relevancia, el país lidia con problemas estructurales y coyunturales que han empeorado en los últimos años. Estos son de índole muy variada: un déficit y una deuda pública demasiado altos, desempleo juvenil persistente, inflación y pérdida de competitividad internacional. Todo ello agravado por la inestabilidad política crónica que complica las reformas necesarias. El déficit público francés, que no baja del 5% desde la pandemia, es uno de los principales problemas. En 2019, durante el primer mandato de Emmanuel Macron, se logró reducirlo al 2,4% para cumplir con el pacto de estabilidad de la UE. Pero los gastos asociados a la pandemia lo volvieron a disparar y desde entonces no se ha recuperado. Este desequilibrio se debe a un gasto público muy alto que no se puede financiar con nuevas subidas de unos impuestos que ya están por las nubes. Para cubrirlo el Estado no hace más emitir títulos de deuda, una deuda que está ahogando al Gobierno ya que en estos momentos supera holgadamente el 100% sobre PIB. Se han propuesto reformas como recortar subsidios sociales y elevar la edad de jubilación de 62 a 64 años, medidas que han generado protestas y oposición a izquierda y derecha. A las reformas para flexibilizar el mercado laboral se oponen los sindicatos y las que persiguen reducir el gasto social se encuentran con un muro en la asamblea nacional. Entretanto, la industria francesa no hace más que perder competitividad frente a economías emergentes como China. Esto, junto a los aranceles estadounidenses, ha puesto contra las cuerdas al sector exportador. Las disparidades entre las grandes ciudades como París, que sigue creciendo y prosperando, y las zonas rurales y los suburbios alimentan el descontento social, como ya se pudo ver en las protestas de los "chalecos amarillos” de hace unos años. Políticamente Macron está desgastado. Su partido, Ensemble pour la République, tiene solo 91 escaños frente a los 123 de la Agrupación Nacional de Marine Le Pen. La coalición de centro-derecha es muy inestable. Hace menos de un año cayó el Gobierno de Michel Barnier con una moción de censura. Le sucedió François Bayrou, que en julio presentó un plan de ajuste progresivo para reducir el déficit hasta dejarlo por debajo del 3% dentro de cuatro años. Las medidas son muy impopulares. Bayrou pretende congelar las pensiones, los salarios de funcionarios y las prestaciones sociales. Quiere también duplicar la franquicia médica, reducir la administración pública y eliminar dos festivos nacionales. Para sacar adelante la reforma ha solicitado una moción de confianza a la asamblea que probablemente pierda, lo que obligaría a Macron a nombrar otro primer ministro. El hecho es que las reformas son necesarias y urgentes, pero la fragmentación parlamentaria impide que cualquier proyecto de estas características sea aprobado. La oposición a ambos lados del espectro disfruta con el espectáculo viendo como Macron consume sus dos últimos años en el Elíseo asediado por los problemas. No podrá volver a presentarse en 2027 y ahí es donde la extrema izquierda y la extrema derecha aspiran a tomar el relevo. En La ContraRéplica: 0:00 Introducción 3:43 El ocaso del macronismo 37:02 El catalán en Barcelona 43:03 Cambio climático y corrientes oceánicas 50:53 Gases de efecto invernadero · Canal de Telegram: https://t.me/lacontracronica · “Contra la Revolución Francesa”… https://amzn.to/4aF0LpZ · “Hispanos. Breve historia de los pueblos de habla hispana”… https://amzn.to/428js1G · “La ContraHistoria de España. Auge, caída y vuelta a empezar de un país en 28 episodios”… https://amzn.to/3kXcZ6i · “Lutero, Calvino y Trento, la Reforma que no fue”… https://amzn.to/3shKOlK · “La ContraHistoria del comunismo”… https://amzn.to/39QP2KE Apoya La Contra en: · Patreon... https://www.patreon.com/diazvillanueva · iVoox... https://www.ivoox.com/podcast-contracronica_sq_f1267769_1.html · Paypal... https://www.paypal.me/diazvillanueva Sígueme en: · Web... https://diazvillanueva.com · Twitter... https://twitter.com/diazvillanueva · Facebook... https://www.facebook.com/fernandodiazvillanueva1/ · Instagram... https://www.instagram.com/diazvillanueva · Linkedin… https://www.linkedin.com/in/fernando-d%C3%ADaz-villanueva-7303865/ · Flickr... https://www.flickr.com/photos/147276463@N05/?/ · Pinterest... https://www.pinterest.com/fernandodiazvillanueva Encuentra mis libros en: · Amazon... https://www.amazon.es/Fernando-Diaz-Villanueva/e/B00J2ASBXM #FernandoDiazVillanueva #francia #macron Escucha el episodio completo en la app de iVoox, o descubre todo el catálogo de iVoox Originals

Geopizza
O CARDEAL MAQUIAVÉLICO: CESARE BORGIA #130

Geopizza

Play Episode Listen Later Aug 25, 2025 366:29


Cesare Borgia foi um dos nobres mais ricos e temidos da Europa renascentista. Isso só foi possível graças ao dinheiro do seu pai, o papa Rodrigo Borgia.Cardeal na adolescência, duque na juventude e capitão dos exércitos papais na vida adulta, Cesare era conhecido pelo seu comportamento explosivo, manipulador e genocida. Apesar de tudo, era um hábil estrategista: transformava inimigos em aliados e territórios arruinados em fontes de lucro.

La ContraCrónica
Bolivia despide al MAS

La ContraCrónica

Play Episode Listen Later Aug 24, 2025 51:15


En las elecciones generales de Bolivia del pasado día 17, el Movimiento al Socialismo, el partido de Evo Morales, sufrió el mayor revés de su historia al quedar fuera de la segunda vuelta presidencial programada para el próximo 19 de octubre. El candidato del MAS, Eduardo del Castillo, obtuvo solo el 3% de los votos y quedó en sexto lugar. Los contendientes por la presidencia serán Rodrigo Paz Pereira, un senador centrista que sorprendió con el 32% de los votos, y Jorge Quiroga, expresidente conservador con el 27%. El MAS ha dominado la política boliviana desde 2006, cuando Evo Morales asumió la presidencia con el 53% de los votos. La revalidó en 2009 y 2014 con resultados electorales aún mejores. Inspirado por el chavismo venezolano, Morales quiso emular a su maestro y alineó a Bolivia con regímenes antioccidentales como Venezuela, Nicaragua, Irán y China. Pero la Constitución de 2009, promovida por el propio Morales, limitaba los mandatos presidenciales a dos. Emulando a Hugo Chávez trató de eliminar este límite mediante un referéndum en 2016 que perdió. Aun así, el Tribunal Constitucional, controlado por él, le permitió presentarse en 2019. Las elecciones de ese año estuvieron marcadas por el fraude, que confirmó una auditoría de la OEA. Las protestas obligaron a Morales a marcharse en noviembre de 2019. Tras ello huyó del país y se estableció en Argentina apadrinado por Alberto Fernández. Entretanto, Jeanine Áñez asumió la presidencia interina. Su gestión, en principio de transición, se prolongó debido a la irrupción de la pandemia. Áñez terminó encarcelada por corrupción poco después de las elecciones de 2020 en las que el MAS regresó al poder con Luis Arce, ex ministro de Morales, que obtuvo el 55% de los votos. Pero la relación entre Arce y Morales se deterioró rápidamente, lo que resultó en una fractura interna dentro del MAS. En 2023, el Tribunal Constitucional anuló la reelección indefinida, inhabilitando de paso a Morales, que desde su escondite en la provincia de Chapare, donde está refugiado tras ser acusado de un delito sexual, pidió el voto nulo. Pero en el vuelco electoral ha tenido más que ver con la crisis económica que con la implosión de la izquierda boliviana. El país, que en los primeros años de Morales se benefició de los altos precios del gas natural, atraviesa desde hace años una crisis económica que no ha hecho más que empeorar. La producción de gas se ha reducido a la mitad por simple descuido y falta de inversiones. Del resto se han encargado los controles económicos, la corrupción y la falta de seguridad jurídica que se tradujo en el pasado en expropiaciones a empresas extranjeras, algunas españolas como Abertis o Iberdrola, cuyos activos fueron expropiados entre 2012 y 2013. Eso ha ahuyentado la inversión ahondando los problemas económicos. El resultado es una escasez crónica de divisas. Las reservas del banco central están en mínimos, la inflación ronda el 25%, el déficit público supera el 10% y los bonos son de alto riesgo. Los bolivianos se las ven y se las desean para llenar la cesta de la compra cuyo precio crece sin parar desde hace años. Los candidatos que se disputan la segunda vuelta tendrán que implementar reformas drásticas. Rodrigo Paz promete “capitalismo para todos”, mientras Quiroga aboga por cambiar “absolutamente todo” tras veinte años perdidos. Ambos capitalizan el deseo de cambio de la mayor parte de los bolivianos. La izquierda, entretanto, se enfrenta a una crisis duradera a la que no se le ve final. En La ContraRéplica: 0:00 Introducción 4:20 Bolivia despide al MAS 32:32 Elecciones en Bolivia 41:55 Principio de precaución 48:34 Field Target · Canal de Telegram: https://t.me/lacontracronica · “Contra la Revolución Francesa”… https://amzn.to/4aF0LpZ · “Hispanos. Breve historia de los pueblos de habla hispana”… https://amzn.to/428js1G · “La ContraHistoria de España. Auge, caída y vuelta a empezar de un país en 28 episodios”… https://amzn.to/3kXcZ6i · “Lutero, Calvino y Trento, la Reforma que no fue”… https://amzn.to/3shKOlK · “La ContraHistoria del comunismo”… https://amzn.to/39QP2KE Apoya La Contra en: · Patreon... https://www.patreon.com/diazvillanueva · iVoox... https://www.ivoox.com/podcast-contracronica_sq_f1267769_1.html · Paypal... https://www.paypal.me/diazvillanueva Sígueme en: · Web... https://diazvillanueva.com · Twitter... https://twitter.com/diazvillanueva · Facebook... https://www.facebook.com/fernandodiazvillanueva1/ · Instagram... https://www.instagram.com/diazvillanueva · Linkedin… https://www.linkedin.com/in/fernando-d%C3%ADaz-villanueva-7303865/ · Flickr... https://www.flickr.com/photos/147276463@N05/?/ · Pinterest... https://www.pinterest.com/fernandodiazvillanueva Encuentra mis libros en: · Amazon... https://www.amazon.es/Fernando-Diaz-Villanueva/e/B00J2ASBXM #FernandoDiazVillanueva #Bolivia #MAS Escucha el episodio completo en la app de iVoox, o descubre todo el catálogo de iVoox Originals

La ContraHistoria
La bomba de Hiroshima

La ContraHistoria

Play Episode Listen Later Aug 21, 2025 94:03


En el verano de 1945 el imperio japonés se encontraba ante una situación insostenible tras la derrota de Alemania, que durante toda la guerra había sido su principal apoyo. Esto permitía a los aliados, especialmente a EEUU, concentrar todos sus recursos en el Pacífico y redoblar el esfuerzo para rendir a Japón. A pesar de que la fuerza aérea aliada había realizado devastadores bombardeos con bombas convencionales, como los de Tokio en el mes de marzo, el Gobierno japonés, dominado por la facción más militarista del régimen imperial, rechazaba la rendición incondicional que le exigía EEUU. Lo cierto es que, aunque en el curso de la guerra Japón había perdido territorios, su imperio aún abarcaba desde Manchuria hasta Indonesia. Incluía Corea, partes de China, Indochina y muchas islas del Pacífico. Entretanto, la Unión Soviética de Stalin permanecía neutral para evitar abrirse un segundo frente. En la conferencia de Potsdam, que se celebró entre julio y agosto de 1945, los aliados exigieron la rendición incondicional de Japón advirtiendo a su Gobierno que, de no ser así, el país sería destruido. En Japón ignoraron el ultimátum, lo que llevó al presidente de Estados Unidos, en aquel entonces Harry Truman, a decidirse por el uso de la bomba atómica que acababa de ser desarrollada en el Proyecto Manhattan. De este proyecto, en origen concebido para Alemania, salieron dos bombas a las que bautizaron "Little Boy" y "Fat Man”. Ambas estaban operativas. En julio se realizó en el desierto de Nuevo México la prueba Trinity que confirmó la viabilidad de "Fat Man”, una bomba de plutonio algo más compleja que su hermana. La "Little Boy” era de uranio y no se ensayó previamente porque el equipo científico estaba completamente seguro que funcionaría. La decisión de usar las bombas no fue unánime. Truman justificó su empleo para evitar una invasión terrestre, la Operación Downfall, que estimaban que costaría entre 250.000 y un millón de bajas aliadas. Los números los calcularon tomando como referencia las numerosas bajas en la batalla de Okinawa. Pero generales de alto rango como Dwight Eisenhower y William Leahy se opusieron. Creían que Japón ya estaba derrotado por el bloqueo naval y los bombardeos convencionales. Pero el lanzamiento tenía también un propósito geopolítico, el de demostrar superioridad tecnológica estadounidense ante la Unión Soviética. Se escogieron los objetivos y, con todo listo, el 6 de agosto "Little Boy" fue lanzada desde un avión B-29 llamado Enola Gay sobre Hiroshima. Tres días más tarde y como Japón no se rendía, se lanzó"Fat Man" sobre la ciudad de Nagasaki. Los ataques fueron devastadores. Ocasionaron la muerte de entre 150.000 y 250.000 personas y ambas ciudades quedaron completamente destruidas. Los supervivientes sufrieron algo desconocido hasta entonces, el síndrome de irradiación aguda que terminó provocando muchas más muertes y sufrimiento a cientos de miles de personas durante años. Pero las bombas consiguieron su objetivo. Eso y que los soviéticos declararon la guerra a Japón el 8 de agosto. Una semana después, el 15 de agosto, el emperador Hirohito anunció públicamente que aceptaba la declaración de Potsdam. Japón se rindió oficialmente el 2 de septiembre a bordo del acorazado Missouri fondeado en la bahía de Tokio. La rendición supuso el fin de la Segunda Guerra Mundial, dio comienzo a la ocupación estadounidense de Japón y marcó el surgimiento de Estados Unidos y la Unión Soviética como superpotencias. Pese a que la guerra terminase con estas dos bombas atómicas, el debate ético sobre si se debieron lanzar o no persiste hasta nuestros días. Unos justifican los bombardeos como un mal necesario para evitar una invasión muy costosa en vidas. Otros creen que fueron crímenes de guerra inaceptables. En El ContraSello: 0:00 Introducción 4:22 La bomba de Hiroshima 1:23:00 La reunificación de Suiza 1:26:50 La Biblia en castellano Bibliografía - "La segunda guerra mundial" de Antony Beevor - https://amzn.to/4mp95Ah - "Hiroshima" de John Hersey - https://amzn.to/45PphnH - "Hiroshima" de Agustín Rivera - https://amzn.to/4fWkDc8 - "Flores de verano" de Tamiki Hara - https://amzn.to/4fJUU6s · Canal de Telegram: https://t.me/lacontracronica · “Contra la Revolución Francesa”… https://amzn.to/4aF0LpZ · “Hispanos. Breve historia de los pueblos de habla hispana”… https://amzn.to/428js1G · “La ContraHistoria de España. 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La ContraCrónica
Armisticio con trampa

La ContraCrónica

Play Episode Listen Later Aug 11, 2025 53:55


El pasado miércoles Putin presentó al Gobierno de Estados Unidos una propuesta de alto el fuego para Ucrania. La propuesta incluye concesiones territoriales importantes por parte de Ucrania, como ceder el Donbás (las provincias de Donetsk y Lugansk) y reconocer oficialmente las reclamaciones rusas en Crimea a cambio de un armisticio. Más allá de esto poco se sabe, los detalles específicos no han trascendido, lo que ha provocado que tanto los ucranianos como sus aliados europeos se lo tomen con mucha cautela. Trump respondió rápidamente anunciando una reunión con Putin en Alaska el próximo día 15, es decir, este mismo viernes. Esta será la primera vez en casi una década que Putin pisa suelo estadounidense. La última fue un encuentro con Barack Obama en Nueva York allá por el mes de septiembre de 2015. Eso no ha sido obstáculo para que Trump y Putin mantuviesen una relación fluida durante el primer mandato de Trump. Se reunieron personalmente en una serie de cumbres del G20 (las de 2017, 2018 y 2019) e incluso llegaron a organizar una cumbre bilateral en Helsinki en 2018. Su sintonía personal es evidente, lo que contrasta con la tensa relación entre Trump y el presidente ucraniano, Volodímir Zelenski, marcada desde el principio por el desprecio mutuo. Zelenski ha rechazado ceder territorio y exige participar en cualquier negociación. Los Gobiernos europeos, informados directamente por Trump, comparten esta postura y ven la propuesta de Putin como una posible maniobra para evitar nuevas sanciones occidentales mientras la guerra continúa su curso. Rusia ocupa actualmente gran parte de Donetsk, Zaporiyia, Jersón y la totalidad de Lugansk y Crimea, territorios que anexionó formalmente en 2022. La propuesta de Putin implica que Ucrania retire sus tropas de Donetsk a cambio de un alto el fuego, pero no está claro si Rusia se retiraría de Zaporiyia y Jersón. En la Casa Blanca creen que Putin trata de congelar las líneas de frente actuales para negociar el control total de Zaporiyia y Jersón, pero sin ofrecer garantías claras a Ucrania. Trump considera la oferta interesante en tanto que Putin esta vez pide menos que hace sólo unos meses. La propuesta actual constaría de dos fases. En la primera Ucrania se retiraría de Donetsk y comenzaría un armisticio con las línea de frente actual. En la segunda Trump y Putin negociarían un tratado de paz definitivo que posteriormente presentarían a Zelenski. Ucrania y Europa rechazan ceder territorio sin armisticio y garantías de seguridad como la posible entrada de Ucrania en la OTAN, algo que Putin descarta de plano. Los europeos, liderados por Francia, Alemania y el Reino Unido, insisten en que cualquier acuerdo debe incluir a Ucrania y al resto de Europa que se ha involucrado en su defensa. La propuesta europea, presentada este mismo fin de semana, exige reciprocidad territorial y un alto el fuego incondicional. Entretanto, el ejército ruso ha intensificado sus ataques contra Ucrania, especialmente contra infraestructura y objetivos civiles, lo que hace dudar de la sinceridad de Putin y su voluntad de poner fin a esto. La presión que ha ejercido sobre él Trump en las últimas semanas con un ultimátum y amenazando con imponer sanciones a a países como la India por comprar petróleo ruso, parece haber forzado esta oferta de paz. Parece un buen momento, pero la simpatía que Trump tiene a Putin y su deseo de resolver el conflicto rápidamente podrían complicar las negociaciones para Ucrania y sus aliados, que tratan de evitar una salida en falso con concesiones inaceptables. En La ContraRéplica: 0:00 Introducción 4:01 Armisticio con trampa 31:56 Google y la publicidad 42:32 Meteorología y medios de comunicación 48:08 Memoria térmica · Canal de Telegram: https://t.me/lacontracronica · “Contra la Revolución Francesa”… https://amzn.to/4aF0LpZ · “Hispanos. Breve historia de los pueblos de habla hispana”… https://amzn.to/428js1G · “La ContraHistoria de España. 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