Série de bate-papos com profissionais do setor especialmente convidados para debater ideias, ações e compartilhar boas práticas.
A automação de sistemas é algo cada vez mais comum em nosso dia a dia: soluções conectadas, integradas e com informações disponíveis em tempo real são tendências que observamos com mais frequência atualmente. Tanto é que, cada vez mais, fala-se na possibilidade de levar o setor logístico brasileiro a outro patamar, o da Logística 4.0. Avaliação é do diretor técnico da Associação Brasileira de Automação, Roberto Matsubayashi, que participou do Papo em Movimento, série de entrevistas virtuais da Intermodal South America.
Agrega Tech aposta na gestão de fretes e na rastreabilidade de cargas via aplicativos de celular. Monitoramento ocorre em tempo real, proporcionando maior controle de cargas e mais redução de custos aos clientes. Transformação digital é o assunto do momento. A busca por produtos e serviços cada vez mais conectados é algo que se torna mais constante a cada dia, não apenas por consumidores finais, mas na relação Business to Business também. Nos setores logístico e de transporte de cargas não é diferente. A procura por inovações e soluções tecnológicas que possam suprir as necessidades da cadeia de suprimentos nacional é permanente. Quem comenta mais sobre isso é o sócio-fundador e diretor de operações da Agrega Tech, especializada no fornecimento de soluções inovadoras de logística e de transporte para a indústria, Jarlon Nogueira, que participou do Papo em Movimento, série de entrevistas virtuais organizadas pela Informa Markets, empresa realizadora da Intermodal South America.
Mesmo os setores logístico e de transporte de cargas sendo considerados essenciais, ou seja, tendo autorização para continuar com as atividades em meio à crise do novo coronavírus, ainda assim, suas operações sentiram os impactos causados pela pandemia, principalmente no segmento aeroportuário, um dos mais afetados deste mercado. Segundo a Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), a variação do volume de cargas em voos domésticos é de 17,7% nesse período, enquanto a queda nas importações e nas exportações é de 9,9%. Outros levantamentos do setor, inclusive, apontam que o mercado aéreo nacional pode levar até dois anos para se recuperar totalmente dessa recessão. É o que acredita também o gerente do terminal de cargas do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, Leandro Pinheiro. “Na verdade, depende muito de como a economia do Brasil vai se comportar daqui para frente, mas acredito que, de uma maneira geral, o prazo médio para uma retomada gradual do setor seja este. Até porque houve uma redução muito significativa na quantidade de voos que chegam ou que deixam o País, principalmente no quesito passageiros, o que acaba impactando também a capacidade do transporte de cargas pelo modal. 91% das cargas de importação que chegam ao Aeroporto de Guarulhos, por exemplo, é proveniente dos voos de passageiros”, afirma.
Pioneira neste tipo de serviço, Pitney Bowes Brasil oferece soluções exclusivas de digitalização, entrega e retirada de encomendas. Com a pandemia do novo coronavírus, o mercado corporativo precisou se adaptar a uma nova realidade de trabalho, a do home office. Cercado de benefícios, como o de proporcionar maior produtividade e qualidade de vida aos profissionais, este modelo, no entanto, continuava enfrentando um desafio: o acesso a importantes documentos físicos que, muitas vezes, são fundamentais e indispensáveis em algumas operações. Pensando nisso, a Pitney Bowes, empresa global especializada em soluções para correspondências, oferece serviços exclusivos de digitalização, entrega e retirada de documentos, onde quer que estejam, sem a necessidade dos colaboradores saírem de casa.
Quem explica um pouco mais sobre os desafios do setor em época de pandemia é o presidente do Porto de Suape, Leonardo Cerquinho. As adversidades impostas pela pandemia do novo coronavírus afetam todos os segmentos econômicos e industriais do País, inclusive o setor portuário. Mas, diferentemente de muitos mercados, este é um segmento que, assim como os setores logístico e de transporte de cargas no geral, não pode parar. Sendo assim, como ficam suas operações? Quais os procedimentos necessários para mantê-las em pleno funcionamento? Quais as perspectivas para o setor nos próximos meses?
Empresas disponibilizam também sistemas que mapeiam os postos que permanecem abertos em meio a quarentena e que calculam o impacto do isolamento nas praças de pedágio do País. A Freto e a Repom, empresas especializadas em transporte de cargas rodoviárias do Grupo Edenred Brasil, são duas marcas que permanecem atentas às necessidades dos caminhoneiros em meio a pandemia do novo coronavírus, visto que são profissionais que não podem parar. Por isso, as companhias vêm, desde o início desta delicada situação, colocando à disposição destes trabalhadores alguns serviços exclusivos que visam auxiliá-los neste momento.
Esta é apenas uma das iniciativas de ajuda humanitária da companhia, que também realizou doações de 50 mil kits de alimentação e de higiene pessoal para caminhoneiros. Sustentabilidade é algo fundamental para qualquer negócio, qualquer momento. Mas, em tempos de pandemia de Covid-19, ela se torna ainda mais essencial. Por isso, a VLI, empresa especializada em serviços logísticos integrados (por meio de operações em ferrovias, portos e terminais), investe ainda mais em ações neste sentido. Segundo a diretora de regulatório, institucional, sustentabilidade e comunicação da VLI, Silvana Alcântara, este é um dos pilares da companhia. “A VLI já vem nessa jornada de sustentabilidade a alguns anos, na qual segue se dedicando à realização de trabalhos sociais com afinco e olhando para as comunidades que estão ao redor de suas operações com atenção, até pelo fato de estar inserida em um grande número de municípios. Somente com as ferrovias, passamos em mais de 300 cidades brasileiras, o que torna nossa presença nas respectivas comunidades muito forte. Por isso, a parceria entre nossas atividades e o desenvolvimento social é um fator indispensável para nós”, afirma.
Em paralelo, companhia investe também em estudos que visam identificar os impactos causados pelo novo coronavírus em sua rede de frotas urbanas. Diante do cenário de desafios impostos pelo novo coronavírus, as empresas, de uma forma geral, buscam reinventar-se para encontrar soluções e minimizar eventuais prejuízos causados por esta delicada situação. Com os players dos setores logístico, de transporte de cargas e de comércio exterior, não é diferente. A Ticket Log, empresa especializada em frotas e mobilidade urbana do grupo francês Edenred, é um deles. Segundo o head de mercado urbano da companhia, Douglas Pina, a melhor forma que a empresa encontrou para enfrentar as adversidades foi focar em atitudes que deveria adotar para superá-las, no que poderia fazer para levar aos colaboradores, aos clientes e à sociedade como um todo a melhor experiência possível, mesmo em momento de pandemia. Um exemplo disso foi a adoção da inteligência artificial em seus sistemas de relacionamento com clientes. Nesse sentido, duas ferramentas se destacam. “Temos um assistente virtual chamado EVA, que visa auxiliar não apenas usuários dos postos de abastecimento como também nossos clientes a resolverem seus problemas de forma online. Inicialmente, era um sistema restrito somente a alguns parceiros, agora o expandimos e ele está disponível para todos. Além dele, contamos também com uma ferramenta chamada TED, que é a grande companheira do gestor de frotas, já que pode executar várias funções, como corrigir cadastros, indicar locais com preços mais acessíveis, negociar preços, apresentar propostas, entre vários outros tipos de apoio de maneira digital”, diz Pina.
Desde o início da pandemia, a operadora logística já transportou mais de 3 milhões de máscaras de proteção e 100 mil testes de avaliação da doença para o Brasil. Quem explica mais sobre isso é o executivo Gabriel Carvalho, diretor comercial da Blu Logistics, operadora logística especializada na importação e na exportação de mercadorias. Para ele, um dos diferenciais da empresa, além da expertise no transporte destes tipos de itens, é sua atuação internacional, que lhe permite fazer a ponte necessária entre o país de origem dos produtos e o Brasil.
Como garantir o abastecimento durante a crise do novo coronavírus? Essa, sem dúvida, é uma das questões mais recorrentes entre as empresas e profissionais dos setores logístico, de transporte de cargas e de comércio exterior neste momento.
Entre as iniciativas, está a destinação de um auxílio de R$ 550,00 aos caminhoneiros da companhia que tenham sido afastados do trabalho por conta do Covid-19. O CEO da Jadlog, Bruno Tortorello, comenta sobre as ações que adotaram no combate e na prevenção como a adoção de Home Office para o time administrativo e afastamento dos colaboradores que se encaixam nos grupos de risco, por exemplo. Tortorello ressalta que as medidas abrangem também todas as empresas e profissionais franqueados da companhia, que totalizam mais de 12 mil pessoas e a criação de um fundo Jadlog Covid-19, onde é depositado um valor adicional de R$ 500 mil às empresas franqueadas, além do que já é pago normalmente. Saiba mais sobre a Jadlog: https://www.jadlog.com.br
Danilo Abbondanza, diretor da ModalGR, fala sobre como a tecnologia tem ajudado o setor de logística nesse momento de pandemia global.
Tecnologia: uma aliada para manter a agilidade nas relações comerciais. Em tempos de distanciamento social, as inovações tecnológicas mostram-se as melhores alternativas para otimizar o dia a dia de trabalho nos setores logístico e de comércio exterior A adoção e a utilização de novas tecnologias, com o intuito de aumentar a produtividade, otimizar o trabalho e garantir maior segurança aos mais variados setores econômicos e segmentos industriais do País é algo cada vez mais comum nos dias de hoje, em especial em um momento de pandemia como o que estamos vivendo. Em tempos de isolamento social, a inovação torna-se uma aliada ainda maior para todos, seja para empresas, profissionais ou consumidores. No âmbito comercial não é diferente: as relações de negócios entre estados e países adotam soluções de tecnologia para agilizar tanto o comércio interno quanto externo. Quem explica um pouco mais sobre isso é o diretor executivo da ABTRA, instituição que congrega terminais portuários e recintos alfandegados de todo o Brasil, Angelino Caputo. Para ele, quando se fala em tecnologia neste mercado, observa-se a grande adoção de inovações associadas a processos, algo fundamental para contribuir para a desburocratização das cadeias logísticas. “Neste ponto, a tecnologia tem uma contribuição significativa. Recentemente, o Banco Mundial classificou o Brasil como o modelo a ser seguido no enfrentamento da pandemia, no que diz respeito a medidas emergentes para a facilitação do comércio. Isso porque o governo federal e os respectivos órgãos anuentes do setor adotaram novas soluções de gestão de risco, de aceitação de documentos de forma eletrônica, de fluxos automatizados, entre outras, que fazem a logística de cargas ser mais rápida ou, ao menos, com a mesma velocidade que já se possui”.
Iniciativa visa auxiliar no abastecimento destes equipamentos aos profissionais de saúde que atuam na linha de frente do combate ao novo Coronavírus. Em épocas de desafios como o que enfrentamos, de pandemia do novo coronavírus, um sentimento ganha ainda mais força entre todos os elos da sociedade: o de solidariedade. São em momentos como esses que a empatia, o carinho e o amor ao próximo mostram-se ainda mais fundamentais para a superação de qualquer adversidade. É o que acredita a Nuno Fracht, empresa de origem alemã especializada no transporte de cargas, que apoia um projeto social que busca auxiliar na produção de máscaras de proteção facial para profissionais de saúde, por meio de impressão 3D. Quem explica um pouco mais sobre isso é a CEO da companhia, Denise Alves. “A Nuno sempre participou de ações sociais, mas quando deu-se início a essa questão da pandemia, avaliamos como poderíamos ajudar ainda mais. De repente, vi uma campanha nas redes sociais deste projeto, que, coincidentemente, foi idealizado por um ex-colaborador de nossa empresa. Na hora entrei em contato e disse que gostaríamos de ajudar. Foi assim que começamos essa parceria muito bacana”. A executiva comenta ainda como esse apoio funciona na prática. “A princípio, fizemos a doação de uma quantia em dinheiro para a ação e, logo na sequência, demos início a uma campanha de incentivo para nossos clientes também participarem. Dessa forma, estabelecemos que a cada embarque feito por nós, uma máscara seria doada para um hospital ou profissional de saúde que estivesse precisando. E os clientes não apenas gostaram da ideia, como a adotaram e a elogiaram. Inclusive, no final de abril, fizemos um balanço e vimos que metade das máscaras produzidas por nosso parceiro ao longo do mês são frutos dessa colaboração. Este retorno foi tão satisfatório para nós que pretendemos renovar essa cooperação por mais tempo”. A CEO da Nuno Fracht ressalta também que este momento, além de inspirar solidariedade, leva a uma outra reflexão, a de enxergar e de reconhecer a essencialidade dos profissionais que atuam na linha de frente em situações como essa, que até então eram colocados em segundo plano. “Hoje, o mundo todo está vendo que devemos valorizar muito mais os cientistas, que buscam constantemente a cura e a vacina para diversas doenças, e os profissionais de saúde, que são os que as enfrentam diariamente. O que tenho a dizer para eles é muito obrigado por tudo que fizeram e fazem por nós, pois não é fácil se expor a uma situação como essa, com um risco tão alto. Por isso, o mínimo que podemos fazer é respeitar o isolamento social necessário, por mais incômodo que seja, pois assim garantimos não apenas a nossa segurança, mas a deles também, que arriscam suas vidas por nós”.
Empresas criam site de apoio a caminhoneiros durante período de isolamento. O Papo em Movimento gravou uma entrevista incrível com Denny Mews, CEO da Cargon, que contou como que a startup Cargon, em parceria com a Coopercarga, desenvolveu em apenas dois dias o site Caminhoneiro Herói, para fornecer informações de funcionamento de estabelecimentos para motoristas. A plataforma traz indicações de postos de gasolina, lojas de conveniência, restaurantes, oficinas, entre outros pontos na estrada que estão funcionando durante o período de quarentena. Colaborativa, todas as pessoas podem acessar, preencher o formulário e informar o que está funcionando e onde. Ele traz uma extensa lista de postos de gasolina por todo o Brasil, com mais de 400 postos cadastrados até o momento. Mews reforça que durante a pandemia do Covid-19 os profissionais tiverem treinamento intensificado e a empresa pensou também em formas de reduzir o contato do motorista com possíveis fontes de contágio.