É um podcast voltado para a declamação de poemas com o intuito de levar mundo da poesia através da palavra falada. Assim como toda seleção revela um olhar de quem selecionou temos literatos brasileiros, estrangeiros e, trazendo poetas da minha terra: sergipanos! Estamos abertos para recitar novos poemas de poetas que estejam interessados em ouvir seu poema aqui no nosso podcast. Entre em contato com a gente através do Intagram: @_joaopaulocruz e o e-mail: paulocruz18@msn.com
Lourival Batista Patriota, o Louro do Pajeú, nasceu na hoje cidade de Itapetim, então distrito de São José do Egito no estado de Pernambuco, em 06 de janeiro de 1915 e faleceu em 05 de dezembro de 1992. De uma família de cantadores de viola, destacou-se desde cedo dos demais, pela agilidade de raciocínio que era peculiar aos bons repentistas, dos quais fazem parte uma casta de excepcionais cantadores dentre os quais se consagrou como o Rei do Trocadilho. Da sua geração e mais ou menos da mesma época, destacamos como bons repentistas, entre outros nomes: Pinto do Monteiro, a cascavel do repente, Manoel Xudu do Pilar, Canhotinho, Diniz Vitorino e João Furíba, que foram sucedidos por Louro Branco, Valdir Teles, Sebastião da Silva, Rogério Menezes, Pedro Bandeira que faleceu essa semana e, Geraldo Amâncio Pereira hoje o maior repentista vivo do Brasil. Essa sucessão de genialidade é uma mostra de que, em que pese a modernização decorrente do passar dos anos, a cantoria de viola continua sobrevivendo, enlevando e produzindo novos quadros de repentistas mais jovens como Jonas Bezerra do Iguatu e Raul Sá de Lavras da Mangabeira.
Nasceu em Campo do Brito, Sergipe em 1939. Seu primeiro livro de poesias, Rosa do Tempo (1958), foi publicado aos 18 anos, pelo Movimento Cultural de Sergipe. No ano seguinte ganha o 1° prêmio no Concurso Universitário de Poesia em Belo Horizonte. No mesmo gênero publicou, Acaso (Salvador/1975), Cantos ao Parapitinga (Aracaju/1991), Poemas de Amar (edição pessoal, 1995); em parceria com N. Marques e C. Fontes, Baladas do Inútil Silêncio (Salvador/1964) e Verdeoutono (Aracaju/ 1982); participa de coletâneas, Palavra de Mulher (Rio/1979), Aperitivo Poético (Aracaju, edições de 1986/87/88/89), NORdestinos (Lisboa/1994); entre os ensaios literários, Esboço para uma análise do significado da obra poética de Santo Souza (Aracaju/1996). Reúne sua poesia, publicada e inédita, em ROSA NO TEMPO, Scortecci Editora, São Paulo, 2003. Doutora em Psicologia pela Universidade de Lyon (França), com a tese L'Ecriture et la Lecture, 1970); lecionou nas universidades federais de Sergipe e da Bahia e, como convidada, na Universidade de Nice. Tem vários trabalhos científicos em livros e revistas, entre os quais Pesquisa e Realidade no Ensino de 1° Grau (Cortez Ed. São Paulo/1980). É membro da Academia Sergipana de Letras. Romances já publicados: JANE BRASIL, Aracaju/1986; IBIRADIÔ, 1ª ed. Aracaju/1990, 2ª ed. Scortecci Ed. SP. 2003, ed. francesa: Editions du Petit Véhicule, Nantes, 1999; PREPAREM OS AGOGÔS, Ed. Bagaço, Recife/1996, (Menção Honrosa no concursos nacional de romance do governo do Paraná ,1994); ABSOLVO E CONDENO, Vertente editora, SP, 2000 (menção especial, UBE, 2002); FELIZ AVENTUREIRO, Scortecci Ed. SP, 2001 (prêmio AJC, Especial do Júri, 2002).
Reside atualmente na cidade de São Domingos - SE e é professora de língua espanhola. Pesquisadora e tem interesse de estudo nas seguintes áreas: ensino-aprendizagem do espanhol, literatura, identidade cultural, (re)construção de identidades socioculturais, questões étnico-raciais, descolonialidade e elaboração de materiais didáticos. O poema declamdo foi publicado na I Antologia LGBTQIAP+ de Sergipe: Vidas sem preconceito.
O poeta e jornalista Antônio Amaral Cavalcante, nasceu em Simão Dias, Sergipe. Criou e edita o jornal alternativo Folha da Praia, impresso de circulação na capital há 29 anos. Foi, ainda, militante estudantil e nas hostes da contracultura. Trabalhou com cinema, teatro e assumiu cargos na Administração Pública como agente cultural. Membro da Academia Sergipana de Letras.
Nasceu no dia 3 de novembro de 1932, na cidade de Itabaiana onde iniciou seus estudos, transferindo-se para Aracaju onde completou o curso técnico em Contabilidade na Escola Técnica de Comércio e curso de Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito de Sergipe.
Dou início a um pouco da literatura sergipana. Trago com carinho uma mulher, escritora e pedagoga.
Nascida em Cruz das Almas, Bahia, em 1914, foi autora de quatro livros de poemas. Seu livro mais importante, Canção da partida, foi ilustrado pelo artista Lasar Segall. Tornou-se uma das mais ativas jornalistas da Bahia na década de 40, escrevendo sobre os assuntos que mais a interessavam, pelos quais lutava: política, transformações sociais e posição da mulher na sociedade. Militante do Partido Comunista Brasileiro de 1945 até a morte, em 1973 na cidade de Aracaju-SE, dedicou grande parte da vida ao trabalho penoso, clandestino e cotidiano de luta por um Brasil menos injusto. A partir de 1951, sofreu crises nervosas periódicas, com delírios persecutórios, tendo recebido o diagnóstico de esquizofrenia paranóide, doença considerada progressiva e incurável. Recolhida ao sanatório público Adauto Botelho, em Aracaju, até ser transferida, graças à interferência da família Passos, para a Casa de Saúde Santa Maria, sanatório particular da cidade. Aí permanece até morrer. Escreve regularmente, compondo à mão poemas, peças para teatro e radioteatro, aforismos, textos sobre teoria da arte, poesias e reflexões políticas.
Mineiro de Belo Horizonte, nasceu em 1937. Bacharelou-se em Letras Neolatinas. Nos anos 1960 participou ativamente de diversos movimentos de renovação da nossa poesia e, durante a ditadura militar, publicou, nos principais jornais brasileiros, corajosos poemas, reativando a relação do poeta com a vida social e política do país. Com cerca de quarenta livros publicados, entre poesia, ensaios e crônicas.
Nasceu em 13 de dezembro de 1935 em Divinóplis-MG. Graduada em Filosofia enveredou-se pela poesia e chama atenção da crítica por sua originalidade, estilo e pela recepção positiva do leitor. Sua linguagem leve e coloquial alinhada a uma observação do cotidiano e reflexões do ser.
Austregésilo Carrano Bueno (1957 — 2008) foi um escritor brasileiro, integrante do Movimento da Luta Antimanicomial. Autor do livro Canto dos Malditos onde conta sua experiência nos hospitais psiquiátricos e denuncia os absurdos cometidos diariamente nessas instituições. Foi o livro em que se baseou o premiado filme Bicho de sete cabeças.
Charles Bukowski (1920-1994) foi um escritor alemão, que viveu e morreu nos Estados Unidos. Poeta, contista, romancista e novelista foi considerado o último “escritor maldito” da literatura norte-americana. Deixou uma vasta obra marcada por seu humor ferino e seu estilo obsceno. Sua forma descuidada com a escrita, onde predominam personagens marginais, como prostitutas, corrida de cavalos, pessoas miseráveis etc. Foi visto como um ícone da decadência norte-americana e da representação niilista característica presente após a Segunda Guerra Mundial. Publicou: “Notas de Um Velho Safado”, “Crônicas de Um Amor Louco”, “Ao Sul de Lugar Nenhum” e “O Amor é Um Cão dos Diabos”, entre outros.
(1902-1987) Formado em farmácia. Em 1930, publica Alguma Poesia, de caráter moderno e inquietante, embora o autor o considere uma “deleitação ingênua com o próprio individuo”. Por décadas funcionário público, colaborou em jornais, revistas, suplementos literários e tradutor. Sua obra abrange poesia, crônicas e contos. Sua obra poética explora temas suscitados por uma observação aguda das idiossincrasias do século XX. De matriz modernista, a poesia de Drummond ultrapassa o quadrante estético e ideológico dos anos 20 no Brasil, ao lançar-se a níveis temáticos e formais de maior complexidade, com perquirições banais ou extraordinárias.