Poesias e crônicas de Nêodo Noronha Dias
Conto de Simões Lopes Neto MBoitatá publicado no livreto Contos gauchescos e lendas do sul, L &M Pocket Porto Alegre 1999 --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/diasjrneodon/message
Conto de Simões Lopes Neto publicado no livreto "Contos gauchescos e Lendas do Sul, editora L&M Picket, vol 102, Porto Alegre RS, 1999 --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/diasjrneodon/message
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Poema de Nêodo Noronha Dias --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/diasjrneodon/message
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Conto de Enéas Athanázio. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/diasjrneodon/message
Parte final do conto de Enéas Athanázio "Mulher de Bigode" --- Send in a voice message: https://anchor.fm/diasjrneodon/message
Conto de Enéas Athanázio --- Send in a voice message: https://anchor.fm/diasjrneodon/message
Conto de Enéas Athanázio --- Send in a voice message: https://anchor.fm/diasjrneodon/message
Conto de Enéas Athanázio, publicado no livro "A Liberdade fica loge", Editora Minarete, 2007 - Bal. Camburiú - SC --- Send in a voice message: https://anchor.fm/diasjrneodon/message
Conto de Enéas Athanázio, na voz de Nêodo Júnior --- Send in a voice message: https://anchor.fm/diasjrneodon/message
Pessoal, as recompensas já foram enviadas! Agora estamos na fase do pré-lançamento. A Noite de autógrafos será no dia 23 de setembro, a partir das 18 horas, no Auditório do SESC-Paranavaí. Aguardem novas informações. Abraços, e ouçam o episódio de hoje, temos mais novidades chegando....
Notícias sobre o financiamento do Livro de Poesias de Nêodo Noronha Dias.
Ano Velho Adeus ano velho! Também tu passaste por minha vida amargamente triste. Tu, de ilusão, minh’alma alimentaste e ao coração meu tu também feriste. Adeus ano velho! As ilusões vividas, as mesmas ilusões que inspiraste, jazem todas mortas e perdidas, desde que tu, ano velho, me deixaste. O ano novo vem, abro os meus braços, a fim de esquecer todos os fracassos, todas as dores, ilusões e desventuras. Adeus ano velho! Bebo à tua morte. Pois se tu ontem eras minha sorte, hoje representas: amarguras!
A noite é bela, d’uma estrela, o brilho ofusca-me o olhar magoado em dores. A terra toda enfeita-se de flores para saudar Jesus, de Deus o filho. Véspera de natal; no céu um trilho luminoso de um cometa, milhões de cores despencam pelo céu. Canções de amores a terra canta alegre em estribilho. É meia-noite, os sinos da capela tangem docemente e é tão singela aquela rosa vermelha do portal, que me parece ter vida, ser contente, meu Deus, parece até que ela pressente ser hoje a grande noite de natal!
>> Campanha de Financiamento Coletivo para o Livro de Poesias do Nêodo > Visite! Participe! Nascimento de Cristo Era dezembro, numa manjedoura humilde e pobre, um menino dormitava. Uma estrela, no céu de cor de cobre, aos pastores e ao povo enfim, guiava, Maria, a mãe de Deus, meiga sorria, amparada pelos braços de José. Ambos olhando ao menino que dormia na manjedoura, sob o céu de Nazareth. Em volta, os cordeiros, mansamente, cochilavam, do ceu um som dolente, vinha ao berço num clarão de luz. Os pastores chegando ajoelhavam, em adoração, com fé, oravam na manjedoura em que nasceu Jesus.
E tudo floriu. Os nossos sonhos, As nossas esperanças, nossa vida. Éramos dois felizes, dois risonhos Numa felicidade nunca concebida. E tudo feneceu. Os mesmos sonhos, As mesmas esperanças, nossa vida. Já não somos mais os dois risonhos, E a felicidade nossa está perdida. Tudo passou como tudo passa. Nosso romance foi um pingo na vidraça. Que durou enquanto o céu choveu. Quando o ciúme, sol dos meus desejos, Quebrou a vidraça com seus beijos, Aquele pingo d'água derreteu... Poesia de Nêodo Noronha Dias Voz de Joaquim de Paula
Estava eu naquela praia, um dia, Olhando extasiado o mar. A minha vista ao longe se perdia Quando um vulto veio me chamar. Era um vulto de mulher... Havia Um irônico brilho em seu olhar... Pelo sorriso diabólico parecia Ter algo muito tétrico a contar. O que queres tu de mim? Fui perguntando... Porque irônica assim estás olhando? Porque premente apertas minha mão? "-pois bem... Se queres que te diga... Há muito que sou tua amiga, Meu nome? Meu nome é solidão..." Poesia de Nêodo Noronha Dias Voz: Joaquim de Paula
Quisera estar numa praia ensolarada, Só com minha solidão sem fundamento. Quisera ouvir do mar todo o lamento Quando a maré na praia é derramada. Quisera estar numa campina bem florada, Mas num sepulcro de silêncio e cores. Só ouvindo o vento a balançar as flores, Contemplando borboletas em revoada. Quisera estar numa planície imensaz Num deserto de areia enorme, infindo, Quisera ver no céu, anjos sorrindo E ouvir sons de violino em nuvem densa. Eu sou o mar, que à praia, soluçando, Derrama lágrimas de lamento e dores. Tu és borboleta revoando... Tu é o vento balançando as flores. Poesia de Nêodo Noronha Dias Voz de Joaquim de Paula
O Telefonema Um telefonema... um encontro marcado, Um mistério a ser desvendado uma angustia atróz um sofrer por minutos que correm ilusões e alegrias que morrem ao ouvir pelo fio uma voz a voz da mulher que se ama pelo fone, nervosa, nos chama sem dizer a razão pensamentos atrozes torturam e lembranças suaves murmuram está morta aquela paixão Nossos olhos marejam de água nosso peito se enche de mágoa numa frase insosa, banal talvez seja o amor florencendo talvez seja o amor que morrendo vá chegando ao seu ponto final. Poesia de Nêodo Noronha Dias Voz de Joaquim de Paula
No dia que me vires na miséria, Paupérrimo, roto, desgraçado, A implorar de porta em porta A esmola que conforta, Há de esclamar: "Coitado..." No dia em que me vires na miséria, Quse rastejando a teus pés, Pobre, caminhando pelo mundo, Quase sem vida, quase moribundo, Hás de perguntar: "Quem és?..." No dia em que me vires na miséria, Implorando quase já sem voz, Esqálido, me sustendo a custo, Vais reconhecer-me e com susto, Hás de te lembrar: Quem fomos nós..?! Poesia de Nêodo Noronha Dias Voz de Joaquim de Paula Música: La Puñalada
Gosto de tudo que está acontecendo Gosto da tua companhia , do teu afago , da tua liberdade Gosto de te sentir , sem nem mesmo me tocar Gosto da tua voz, do teu timbre forte e suave , que pode até me ninar Gosto do teu toque, meio com medo de se aproximar Gosto da tua mão pequena, forte e protetora Gosto da tua inquietute, misturada a sutileza de teus atos Gosto muito desse momento, meio profano, tenho medo Medo de tudo em volta, não do que está dentro de mim Gosto também de te tocar por cima da camisa para não marcar Gosto da maciez do pelode teu braço , que sinto ao fingir tocar o teu relógio Gosto do teu cheiro discreto, de gente, de homem , de criança Gosto dessa desordem nos sentimentos Gosto tanto de te gostar... (Preciso de sua ajuda!!) Anônimo
Vivo sonhando com a côr azul celeste da felicidade abstrata e fugidía. Feliz é o ramo do cipreste Que a borboleta visita todo o dia. Feliz é lagoa que se veste De flores e com isso se extasia... Vivo sonhando com a côr azul celeste Em minha eterna fantasia... Feliz é a praia branca e pura, Que o mar, eterno namorado, Sempre a beija, sempre a procura Com sua espuma - roupa de noivado... Feliz é o pássaro voando Na imensidão do céu. Feliz é o vento meigo, brando, Vagando leve ao léu... Feliz é a nuvem cor-de-rosa Pelo sol dourada... Feliz é gaivota airosa Voando em.madrugada. Feliz é a flor quando beijada Pelo orvalho da manhã. Sorriso de mulher apaixonada Carícias de irmã... Feliz é o céu todo estrelado Em noite de luar Feliz é o homem apaixonado Com sua amada e o mar... Poesia de Nêodo Noronha Dias
Rasga o céu azul, um sol dourado. E o véu das nuvens se dissolve lento... O mar, agora mais sereno e mais calado, Ouve os queixumes de choroso vento. Por sobre as águas desse mar parado, O sol desliza, como pensamento. E a nuvem, meiga, como se chorado, Lança nas águas todo seu tormento. A chuva fina, pelo sol beijada, Serenamente bela e perfumada, Aumenta as ondas desse mar sem fundo. Eu assistindo essa paisagem calma, Ergo um tributo com grandeza d'alma, Ao grande artista criador do mundo! Poesia de Nêodo Noronha Dias
Você não sabe o que é sentir saudade... Nunca viveu com a dor angustiante, Nem teve o olhar triste e cruciante, Desta tristeza que minh'alma invade. Você não sabe o que é sentir saudade... Você só foi feliz... A todo instante... Eu? Pobre de mim.. sou um errante, A sofrer vendavais e tempestade. Não me queira tirar esta ilusão Que guarda com ansiedade um coração Dilacerado nessa inglória lida. Deixa ser feliz um só segundo A pobre alma que no vasto mundo Só teve sofrimento e dor (em sua vida)! Poesia de Nêodo Noronha Dias
Sou feliz porque te amo Se uma estrela brilha ofuscante e bela, Eu penso em ti olhando aquela estrela E penso mais... eu penso ser aquela Estrela lá no céu suspensa, O teu olhar, que é toda a minha crença. Se uma borboleta em revoada mansa, De flor em flor, beijando-as, descansa, Eu penso sempre que vejo aquela dança: Quisera eu ser flor em plena primavera. E que a borboleta foste tu, eu bem quisera. Se um raio de sol, deslisa mansamente Sobre a água verde-azul do mar potente, Eu noto que este mar, beijando, sente Uma alegria idêntica a que sinto Quando tu passas por mim rente... Poesia de Nêodo Noronha Dias
Era um cachorro, Pequeno, vivaz Que corria atrás de borboleta E latia sorrindo nos quintais. Trombava nas samambaias Rolava no capim Gania e latia pedindo leite Dormia e se coçava no sonho Despertava bocejava E voltava a traquinagem canina Correndo atrás de borboletas Grande e pequenina Dunga era um ser feliz Nem parecia cachorro Parecia alienígena Alienígena de outro mundo Como parecia dizer O azul do seu olhar profundo. Dunga morto. Não pude entender Como uma.vida tão intensa Pudesse fenecer. Mas no céu uma estrela Deu um salto E eu quis crer que fosse o Dunga, O Dunga lá no alto Caçando estrelas E, sua doce e tola Mania de perseguir ilusões... Poesia de Nêodo Noronha Dias
Receita para espantar tristeza Pega-se uma flor vermelha em cuja luz se espelha A alegria sutil d'uma alvorada e espeta-se na lapela. Prende-se uma cigarra alvoroçada com o barulho da mata, E junta-se o seu canto ao canto soberbo da cascata. Depois encha o teu peito com o ar frio da madrugada, Segura no ar o canto de algum seresteiro e enamorado. Prenda por momentos a luz do ocaso e pensa na amada. E ponha um pouco de cor em teu coração calado. Molha o teu cabelo com o orvalho da manhã fria Toma a caridade ofuscante de uma estrela erradia E junta tudo isso dentro de tua alma negra de amargura. Se não sentires dentro de tua alma a calma almejada, E se teu olhar não tiver a luz clara azul da madrugada, Então meu grande amigo, para o teu mal, não vejo cura! Poesia de Nêodo Noronha Dias
Não sei se tu pensas como eu penso Na madrugada que ri tisnando a noite... Nem sei se tu amas a luz fosca... Os ramos que choram para o chão, As sombras que deslizam nas calçadas... Não sei o que sentes, do que vibras Se teus olhos captam o que é belo, Nas coisas mais banais onde estremeço, E onde sem querer, sinto um querer Que inebria a vida de prazer, Mostrando-me um eu que eu mesmo desconheço... Não sei qual nada que me atrai Que força incrível que me leva pelas ruas, Não sei se pela luz da etérea lua, Se pelo mistério de um céu púmbleo Pela saudade de um amor que foi Dormir nos braços de um outro amor, Se pelo perfume de uma flor, Se para encontrar algo diverso Não sei porque razão eu ando a esmo Procurando talvez... Quem sabe ao certo... Procurando divisar no chão deserto, Os traços d'uma imagem, de mim mesmo... Poesia de Nêodo Noronha Dias
Quando criança, chovia; eu brincava, Soltando n'água barquinhos de papel. E, quando novamente o sol raiava, Eu vi ao longe, ainda, meu Batel. O tempo foi passando, e eu cuidava Agora das estrelas lá do céu... E quando a branca lua despontava Minha alma se sentia solta, ao léu... Hoje sinto a impressão que, quando Os barquinhos à água ia lançando, E as estrelas mirava com emoção... Todo o meu ser, toda a minha vida, Numa vontade louca e incontida, Viajavam no barco da ilusão... Poesia de Nêodo Noronha Dias
Parece que o mar alucinado chora, Com suas lágrimas rebolando forte. Não há ninguém a prantear-lhe a sorte, Ninguém a triste dor do mar, deplora. Ele se contorce em convulsões agora E espuma de irá - luta de.mortr. O velho mar chorando e o vento norte Dando um fundo de música sonora. As convulsões aumentam pouco a pouco, Com bravura e intrepidez de louco Ele se.lqna decidido à luta. O mar, com força então se agiganta. Cresce, se enfurece, se levanta, Engulindo de roldão a terra bruta! Poesia de Nêodo Noronha Dias.
Louco porque...? Porque bebendo definha Nas noites sem fim? Porque namora as estrelas Neste céu cor de carmim...? Céu crepuscular De nuvens dançarinas Que em neblinas Caem languidamente Louco... mas vê na madrugada Olhos mornos da amada sorrisos, sente emoção, quando namora as estrelas brilhando na amplidão. Louco, que anda a esmo nunca encontrando a si mesmo mas... feliz, sonhando alguém. Que do nada faz um tudo Que não liga para o mundo Nem se importa com ninguém! Poesia de Nêodo Noronha Dias
Eu vejo Que o beijo Que dava Na boca Era louca Ilusão. Teu lábio Marcado Sangrava Queimando O meu coração. Poesia de Nêodo Noronha Dias.
Chorar é compreender a dor que amargamente O coração guardou em ânsia louca. É reviver em lágrima silente A sinfonia cantada pra boca... Poesia de Nêodo Noronha Dias
Sorri, embora te nhas dentro d’alma A dor que o mundo desconhece. Sorri, que o teu sorriso será prece Que te aliviará te dando calma Sorri, como se em tua alma, Nenhum mal, nenhuma dor houvesse Pois o sorriso é o bálsamo que acalma Os males que na vida se padece Faças como eu, vá mentindo Não deixe o mundo saber que estás fingindo Não deixe o mundo saber que és infeliz Pois se viveres sempre assm sorrindo Ninguém saberá que estás fingindo Todos pensarão que és feliz! Poesia de Nêodo Noronha Dias
Levanta, interrompendo assim, um sonho bom, para cair no cotidiano inexorável ... O eterno ... Poesia de Nêodo Noronha Dias
Porque poeta vives tão tristonho e ao mundo tão indiferente? Porque poeta nunca está contente? "- eu sonho!" Poesia de Nêodo Noronha Dias
Na estrada que sigo, passo a passo, esbarro em ilusões. Meu coração, em vão, segue o compasso de outros corações ... Poesia de Nêodo Noronha Dias
Ouves? É o vento que chora. O mesmo vento que você viu menino. O vento eterno, um murmurar agora ... Poesia de Nêodo Noronha Dias
Quem sou? Que fazer nesta hora? Qual força me impele à nostalgia? ... Poesia de Nêodo Noronha Dias
Sonhei: um lago azul, uma igrejinha, um prado verdejante, uma casinha toda branca e crianças no quintal ... Poesia de Nêodo Noronha Dias (1970)
A voz do vento disse: - crês na mulher que diz amar-te, louco? não vês que o seu amor é pouco? não vês que tudo é fingimento? (assim me falou a voz do vento)... Poesia de Nêodo Noronha Dias (1970)
Que adianta... lamentações que saem formigando na garganta.... Mais uma poesia de Nêodo Noronha Dias...aqui, no Ponderando.. seu podcast de poesias e crônicas.. todo dia um episódio novo!
Poesia de Nêodo Noronha Dias, publicado no Livro "Lira das Quatro Luas".
Este é o Ponderando, crônicas e poesias de Nêodo Noronha Dias. Cada dia um episódio novo!
Nesta poesia o poeta nos leva a um dia frio na Florianópolis da sua meninice. Relembra o velho Miramar... todo dia um POD novo aqui no Ponderando.. acompanhe no seu tocador preferido!
No episódio de hoje o cronista nos leva numa volta ao passado de sua meninice na Ilha de Santa Catarina. Revê seus heróis de HQ.