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Ciência
CanSat Portugal: microssatélites tiram estudantes da sala de aula rumo ao Espaço

Ciência

Play Episode Listen Later May 12, 2025 9:00


A ilha de Santa Maria, nos Açores, acolheu no início do mês de Maio a 12a edição do Cansat Portugal, um concurso onde alunos do ensino secundário apresentam projectos de construção e operação de satélites do tamanho de uma lata de refrigerante. A Missão A.S.T.R.O. dos Salesianos de Lisboa - Colégio Oficinas de São José - foi a grande vencedora da edição de 2025. A ilha de Santa Maria, nos Açores, acolheu no início do mês de Maio a 12a edição do Cansat Portugal, um concurso onde alunos do ensino secundário apresentam projectos de construção e operação de satélites do tamanho de uma lata de refrigerante. O concurso é organizado pela Ciência Viva e pela Agência Espacial Europeia.Para Ana Noronha, directora-executiva da Ciência Viva. Coordena o ESERO Portugal, programa educativo estabelecido entre a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Ciência Viva, a competição é “muito desafiante” para os alunos do ensino secundário e além de estimular a aprendizagem multidisciplinar a nível de engenharias e tecnologia, obriga ao trabalho de equipa e respeito pelo outro.É uma competição muito desafiante para estes alunos.São estudantes do ensino secundário, é muito trabalhoso e é muito rico, porque é um projecto que dá a ideia de uma verdadeira missão espacial escalada, obviamente, ao nível pedagógico-educativo dos conhecimentos dos alunos do ensino secundário.Mas vai um pouco para além, eles têm que aprender toda uma série de coisas que são essenciais numa missão espacial.Envolve programação, aerodinâmica, electrónica, componentes de engenharia e de tecnologia... E, por outro lado, o facto de ser um projecto obriga-os a trabalhar em equipa.Tudo isto torna o projecto muito rico, não só em termos dos currículos na escola, como também em termos de aprendizagem de vida.Ricardo Conde, presidente da Agência Espacial Portuguesa, integra o painel de júris desta competição. Ao microfone da RFI ressalvou as “Gerações Cansat”, traçando uma evolução notória na área espacial ao longo destes 12 anos.Nós começamos isto [o CanSat] há 12 anos aqui em Santa Maria. Olhando para o passado há 12 anos, o espaço era pouco disseminado nas escolas. Hoje é uma área económica. A juventude associa muito o espaço aos astronautas, ao cosmos e aos fogetões.Nestes 12 anos já preparamos gerações. É por isso que nós falamos aqui da geração dos Cansat.Muitos dos alunos que estão aqui hoje vão ser os profissionais da amanhã. E nós temos hoje já incorporados na nossa indústria, na própria Agência [Espacial Portuguesa], em todo o lado, aquilo que preparamos há 12 anos. Portanto, isto é um trabalho de resiliência no sentido de preparar as próximas gerações e um investimento que tem sido muitíssimo bem-sucedido.O nosso objectivo, é criar uma geração muito qualificada nestas áreas e depois obviamente gostaríamos muito que isto resultasse em inovação e em empreendedorismo.104 alunos e professores de escolas de todo o país participaram na 12.ª edição do Cansat. O evento decorreu de 1 a 4 de Maio, na ilha de Santa Maria, nos Açores, que acolheu as 16 equipas.Os CANssini da Escola Secundária D. Inês de Castro - Alcobaça venceram o Prémio Melhor Antena / ANACOM e o Prémio Melhor Desempenho Técnico. “O nosso projecto é com base em fotos tiradas com uma câmara no espectro visível e uma câmara térmica, reconstruir um mapa topográfico da superfície por debaixo do Cansat e um mapa térmico”, explicou um dos elementos da equipa. “Nós estamos aqui pela experiência, para explorar novas áreas, para o ano vamos para a universidade e queremos ter um maior leque de experiências”, acrescentou outro colega.O Prémio Melhor Missão Científica foi entregue à equipa Micro B-Plast, do Colégio de Santa Doroteia, em Lisboa, que construiu um satélite do tamanho de uma lata para analisar os microplásticos no ar: “Eu acho que toda a gente está muito consciente dos plásticos nos oceanos, microplásticos também na nossa alimentação, mesmo nos peixes que já andamos a ingerir. Isso é uma preocupação. E inicialmente o nosso projecto ia-se focar mais nos microplásticos na água até que percebemos que isso não ia propriamente ser possível. Então, depois começamos a investigar e percebemos que também existem microplásticos no ar, mas as pessoas não estão bem conscientes disso”, explicou uma das alunas da equipa, acrescentando que “o nosso satélite vai até 1000 metros e nós vamos ver se na descida há alguma relação entre a altitude e a presença de microplásticos”.Foi a Missão A.S.T.R.O dos Salesianos de Lisboa - Colégio Oficinas de São José - que venceu a 12ª edição do Cansat Portugal.

Quadrangular Pouso Alegre
OLHANDO PARA JESUS EM TODO TEMPO // Pr. Ayrton Zorzi

Quadrangular Pouso Alegre

Play Episode Listen Later May 5, 2025 60:15


Olhando para Jesus em todo tempo // Pr. Ayrton Zorzi - 04/05/2025

Amorosidade Estrela da Manhã
SÓ OLHANDO PARA O PASSADO PARA VER QUE LÁ NÃO TÍNHAMOS IMAGINADO ESSE PRESENTE. E SERÁ QUE AGORA VIRAMOS VIDENTES PARA ADIVINHAR O FUTURO? OU SERÁ QUE APRENDEMOS COM ISSO E JOGAMOS FORA A BOLA NÃO MÁG

Amorosidade Estrela da Manhã

Play Episode Listen Later May 2, 2025 5:50


Homilias - IVE
“Segredos para viver bem o Tempo Pascal”

Homilias - IVE

Play Episode Listen Later Apr 20, 2025 10:12


Homilia Padre Juran Ruan, IVE:Evangelho de Jesus Cristo segundo João 20,1-9No primeiro dia da semana,Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus,bem de madrugada, quando ainda estava escuro,e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo.Então ela saiu correndoe foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo,aquele que Jesus amava,e lhes disse: "Tiraram o Senhor do túmulo,e não sabemos onde o colocaram".Saíram, então, Pedro e o outro discípuloe foram ao túmulo.Os dois corriam juntos,mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedroe chegou primeiro ao túmulo.Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão,mas não entrou.Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás,e entrou no túmulo.Viu as faixas de linho deitadas no chãoe o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus,não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte.Então entrou também o outro discípulo,que tinha chegado primeiro ao túmulo.Ele viu, e acreditou.De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura,segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.Palavra da Salvação.

Adventistas Jardim dos Ipês

Olá! Seja muito bem-vindo ao Minuto Escola Sabatina! Comentário Semanal da Lição 3. De 12 a 18 de abril.Tema da semana: Imagens do Casamento, Tema Geral: Alusões, Imagens e Símbolos.O casamento é uma das imagens mais belas e poderosas que Deus escolheu para ilustrar Seu relacionamento com o Seu povo. Ao longo das Escrituras, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, essa metáfora nos convida a refletir sobre exclusividade, fidelidade, intimidade e aliança. Nesta semana, a lição nos levou a um passeio profundo por diferentes momentos bíblicos onde o casamento é símbolo da aliança de amor entre Deus e Seus filhos.A jornada começa no Éden, onde o casamento foi instituído como uma bênção divina, conforme Gênesis, capítulo 2, versículo 24. A expressão “uma só carne” aponta para um relacionamento exclusivo, leal e duradouro — reflexo da relação que Deus deseja manter com cada um de nós. Paulo e Jesus reforçam essa ideia, destacando que a união conjugal deve ser um reflexo do amor divino, conforme Efésios, capítulo 5, versículos 28 a 31 e Mateus, capítulo 19, versículo 6.Olhando para os profetas, especialmente Ezequiel, vemos que Jerusalém, a “noiva” de Deus, se tornou infiel, esquecendo-se de quem a embelezou. Ainda assim, o Senhor não anulou Sua aliança. Em vez disso, promete restaurar a cidade e torná-la gloriosa outra vez — um vislumbre da Nova Jerusalém que descerá do Céu adornada como uma noiva, Apocalipse 21.Em Oseias, o casamento com uma mulher infiel representa a dor de Deus ao ver Seu povo flertando com a idolatria. Mesmo diante da traição, o amor divino permanece, insistente, chamando os desviados de volta — “Sai dela, povo Meu!” Apocalipse, capítulo 18, versículo 4.O relato de Isaque e Rebeca nos lembra que os compromissos matrimoniais têm implicações espirituais profundas. A escolha do cônjuge é uma decisão que influencia a jornada de fé. Casamentos entre crentes e descrentes, ao longo da Bíblia, resultaram em desvios trágicos. A igreja é chamada a manter sua identidade espiritual separada, ainda que no mundo.Por fim, Apocalipse 19 nos revela o grande clímax: a queda da prostituta (Babilônia) e a celebração do casamento do Cordeiro. A justiça de Deus é exaltada, a graça é reconhecida, e a noiva — purificada e fiel — se prepara para o encontro eterno com seu Noivo.O casamento como símbolo da aliança entre Deus e Seu povo carrega um convite: ser fiel, exclusivo e comprometido com o Senhor. Como a noiva do Cordeiro, somos chamados a viver de maneira santa, resistindo aos apelos de um mundo sedutor, que tenta constantemente nos afastar da verdade.A queda de Babilônia e o juízo divino não são apenas alertas; são também promessas de restauração. O céu não será habitado por pessoas perfeitas, mas por pessoas fiéis, que aceitaram a graça de Cristo e se mantiveram firmes no amor.A história de amor entre Deus e Seu povo é antiga, real e eterna. Como Policarpo, que diante da morte não negou seu Salvador. E foi uma figura importante da igreja primitiva. Ele foi discípulo direto do apóstolo João e, por isso, é considerado um elo precioso entre os apóstolos e os cristãos da geração seguinte. Como bispo de Esmirna (atual Izmir, na Turquia), ele liderou a igreja local durante um tempo de perseguições severas do Império Romano.A frase em questão foi dita quando ele estava sendo julgado por se recusar a adorar o imperador romano e negar sua fé em Cristo. O procônsul romano insistia para que ele amaldiçoasse o nome de Jesus, o que era uma forma simbólica de renúncia à fé cristã. Em resposta, Policarpo disse com firmeza, abre aspas, há oitenta e seis anos eu O tenho servido, e Ele nunca me fez mal algum. Como posso blasfemar contra meu Rei que me salvou?, fecha aspas.O convite para o casamento do Cordeiro está feito. A pergunta é: você está se preparando como a noiva?

Caminho Da Vida
Fazendo o Bem Olhando Muito Bem a Quem

Caminho Da Vida

Play Episode Listen Later Apr 4, 2025 34:58


Mídia e Marketing – UOL
SXSW: 'Uma janela sobre o presente, olhando para o futuro', com José Saad Neto, head de insights da GoAd Media e Andréa Janer, CEO da Oxygen

Mídia e Marketing – UOL

Play Episode Listen Later Mar 31, 2025 54:32


Solidão e saúde social foram as palavras mais ouvidas do SXSW deste ano. Mas quais foram os outros debates que nortearam o evento? O conceito de 'inteligência viva'? O sucesso do podcasts? A fadiga digital? Neste episódio especial do programa Mídia e Marketing, Andréa Janer, CEO da Oxygen, e José Saad Neto, head de insights da GoAd Media, falam sobre outras tendências da edição deste ano do evento, considerado o principal encontro de inovação e economia criativa do mundo.

Estação 337
Olhando Para a Graça - Ronaldo Pacheco

Estação 337

Play Episode Listen Later Mar 26, 2025 48:52


23.03.2025 | SP (PM) | Êxodo 32

Devocionais Pão Diário
Devocional Pão Diário | Permissão Para Descansar

Devocionais Pão Diário

Play Episode Listen Later Mar 22, 2025 2:26


Leitura Bíblica Do Dia: Gênesis 1:31–2:2 Plano De Leitura Anual: Josué 10–12; Lucas 1:39-56 Já fez seu devocional hoje? Aproveite e marque um amigo para fazer junto com você! Confira: Minha amiga Susy e eu sentamo-nos na praia para ver o mar. Olhando as ondas batendo nas rochas uma após a outra, Susy disse: “Amo o oceano. Ele continua se movendo, assim eu não preciso me movimentar!”. Não é interessante como alguns de nós achamos que precisamos de “permissão” para pausar nosso trabalho para descansar? É exatamente isso o que nosso bom Deus nos concede! Durante seis dias, Ele fez existir a Terra, criando luz, solo, vegetação, animais e seres humanos. Depois, no sétimo dia, Ele descansou (GÊNESIS 1:31–2:2). Nos Dez Mandamentos, Deus listou Suas regras para uma vida saudável e que o honrasse (ÊXODO 20:3-17), incluindo o mandamento de guardar o sábado como um dia de descanso (vv.8-11). No Novo Testamento, vemos Jesus curar todos os doentes da cidade (MARCOS 1:29-34) e, então, no início da manhã seguinte ir a um lugar solitário para orar (v.35). Propositalmente, nosso Deus trabalhou e descansou. O ritmo da provisão de Deus em ação e Seu convite para descansar reverbera ao nosso redor. O plantio da primavera produz crescimento no verão, colheita no outono e descanso no inverno. Manhã, meio-dia, tarde e noite. Deus ordena a nossa vida tanto para o trabalho quanto para o descanso, oferecendo-nos permissão para fazer as duas coisas. Por: Elisa Morgan

Hemoplay Podcast - O podcast da ABHH
#119 - Hematologia em Transformação: Passado, Presente e Futuro, uma colab com HematoTalks Podcast - HEMO PLAY Podcast

Hemoplay Podcast - O podcast da ABHH

Play Episode Listen Later Mar 14, 2025 20:47


Neste episódio do podcast, Nathália Zing e Thais Fisher, em colaboração com o HEMATOTalks e a ABHH, reunimos os residentes Fernando (R4, Santa Casa de São Paulo) e Júlia (R3, C. Camargo) para refletir sobre as mudanças na Hematologia e Hemoterapia nos últimos dez anos, desde a época em que Nathália e Thais eram residentes, até 2025. A conversa destaca a evolução surpreendente da especialidade, com novas drogas, terapias como CAR-T e um foco crescente na medicina de precisão e qualidade de vida dos pacientes, além da transição de tratamentos agressivos para abordagens mais elegantes e integradas com equipes multiprofissionais. Olhando para o futuro, discutem o papel da inteligência artificial e tecnologias na prática e formação médica, enfatizando a importância do treinamento em serviço e do aspecto humano na hematologia, enquanto reconhecem avanços culturais, como a valorização da saúde mental dos residentes.

Colunistas Eldorado Estadão
Eliane: "PIB perdeu fôlego no fim do ano e entra 2025 com tendência de queda"

Colunistas Eldorado Estadão

Play Episode Listen Later Mar 7, 2025 25:31


A economia brasileira colheu um bom crescimento no ano passado, mas deu sinais de desaceleração no quarto trimestre. Em 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 3,4%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 7. No quarto trimestre, a economia brasileira avançou 0,2% na comparação com os três meses anteriores, num claro sinal de perda de fôlego. No período de julho a setembro, o País cresceu 0,7%. "Olhando o panorama de 2024, que foi um ano muito atribulado, o PIB pode ser considerado muito bom. A previsão era muito aquém do resultado; houve um final feliz do que era muito ruim. Aconteceu uma inversão tradicional. Nos anos de recessão do governo Dilma, a queda na Indústria era o que abalava o PIB e quem segurava para não ser ainda pior era a Agricultura - e nesse ano ocorreu o contrário. Isso, também, por fatores externos, como a questão climática - que não depende de política ou gestão de governo. O lado ruim é que o PIB perdeu fôlego no fim do ano, o que significa entrar em 2025 com tendência de queda", afirma Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Eliane Cantanhêde responde
"PIB perdeu fôlego no fim do ano e entra 2025 com tendência de queda"

Eliane Cantanhêde responde

Play Episode Listen Later Mar 7, 2025 25:31


A economia brasileira colheu um bom crescimento no ano passado, mas deu sinais de desaceleração no quarto trimestre. Em 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 3,4%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 7. No quarto trimestre, a economia brasileira avançou 0,2% na comparação com os três meses anteriores, num claro sinal de perda de fôlego. No período de julho a setembro, o País cresceu 0,7%. "Olhando o panorama de 2024, que foi um ano muito atribulado, o PIB pode ser considerado muito bom. A previsão era muito aquém do resultado; houve um final feliz do que era muito ruim. Aconteceu uma inversão tradicional. Nos anos de recessão do governo Dilma, a queda na Indústria era o que abalava o PIB e quem segurava para não ser ainda pior era a Agricultura - e nesse ano ocorreu o contrário. Isso, também, por fatores externos, como a questão climática - que não depende de política ou gestão de governo. O lado ruim é que o PIB perdeu fôlego no fim do ano, o que significa entrar em 2025 com tendência de queda", afirma Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Histórias para ouvir lavando louça
A médica que ensina a morrer com dignidade

Histórias para ouvir lavando louça

Play Episode Listen Later Mar 6, 2025 11:27


Desde pequena, Ana Claudia Quintana Arantes  @acqa  sabia que queria ser médica. Mas crescer em uma família com dificuldades financeiras fazia esse sonho parecer distante. Ainda assim, ela insistiu e conseguiu entrar na USP, um passo que parecia impossível, mas que abriu o caminho para tudo o que viria depois.Foi na faculdade que começou a perceber algo que a maioria dos colegas evitava: a morte. O assunto era tratado como um fracasso, um erro da medicina, algo a ser contornado a qualquer custo. Mas para Ana, essa negação não fazia sentido. Quanto mais ela estudava, mais entendia que a morte não era o oposto da vida, mas parte dela. E foi assim que encontrou sua verdadeira vocação nos cuidados paliativos.Ela começou a trabalhar com pacientes em fase terminal e percebeu algo fundamental. Não era só sobre aliviar dores físicas. Era sobre acolher, ouvir, permitir que as pessoas vivessem seus últimos dias com dignidade. Ana descobriu que a maior parte do sofrimento vinha do medo, do silêncio ao redor do tema, da solidão de não poder falar sobre o próprio fim.Enquanto a maioria dos médicos olhava para a morte como um inimigo, Ana a via como parte do processo. Falava sobre isso com naturalidade, escrevia, dava palestras. Queria quebrar o tabu, ensinar que a morte não precisava ser um momento de desespero, mas sim de significado.A experiência com os pacientes trouxe reflexões profundas sobre a vida. Sobre como gastamos tempo demais preocupados com coisas que não importam e tempo de menos vivendo de verdade. Sobre como postergamos conversas difíceis, como temos medo de dizer “eu te amo” ou pedir perdão. Ela via isso todos os dias, e isso mudou como escolheu viver.Olhando para trás, Ana Claudia não tem dúvidas: escolheu a medicina para salvar vidas, mas aprendeu que, às vezes, salvar alguém significa apenas garantir que seu fim seja tratado com respeito e humanidade.O livro "Cuidar até o fim" da Ana Claudia Quintana Arantes, publicado pela  @EditoraSextanteTV , você pode comprar aqui pelo link: https://amzn.to/3ENHubq.

Vida em França
França: Quais são as melhores opções de financiamento das pensões?

Vida em França

Play Episode Listen Later Mar 4, 2025 8:10


O primeiro-ministro francês, François Bayrou, abriu a porta à possibilidade de se realizar um referendo sobre a reforma do sistema de pensões, numa altura em que os sindicatos exigem a revogação da lei que estabelece que os franceses devem trabalhar até aos 64 anos. Vários modelos estão em cima da mesa e dividem a sociedade, nomeadamente o aumento das cotizações, a redução do valor da reforma ou o sistema por capitalização. O professor de Finanças da Universidade de Paris, Carlos Vinhas Pereira, afirma que o aumento da idade de reforma e o modelo de capitalização poderão ser as soluções para responder ao desequilíbrio do modelo de repartição, impactado pelo declínio demográfico.  O primeiro-ministro francês, François Bayrou, abriu a porta à possibilidade de se realizar um referendo sobre a reforma do sistema de pensões em França. Esta é a melhor solução?Talvez a pergunta devesse ser feita de outra forma: os franceses estão ou não de acordo em arriscar a possibilidade de, a partir de um certo momento, o sistema não ser capaz de pagar as pensões.Neste momento, os franceses recebem as pensões que estão baseadas num equilíbrio financeiro. Nesta reunião, as autoridades, os parceiros sociais e os representantes das empresas tentam encontrar uma solução para não desequilibrar o sistema de repartição, que é o único sistema que a França tem.A verdade é que, actualmente, muitos franceses são favoráveis a que uma parte do sistema seja feita através do modelo de capitalização, uma possibilidade que tem sido, até à data, recusada pelas instituições.O sistema de reformas francês é deficitário desde a década de 70. O que falhou neste sistema de repartição?O modelo de repartição está baseado na demografia, na esperança de vida e indexado à inflação. O que acontece é que, hoje em dia, já não consegue compensar o reforço que é necessário para este sistema.Para as pessoas nos perceberem, o modelo de repartição é um modelo de duplo pagamento, ou seja, uma geração faz descontos que permitem pagar as reformas da geração anterior e também faz descontos para as próprias reformas...Exactamente. Ou seja, podemos dizer que é um financiamento por gerações e também está baseado na taxa de mortalidade. Com o aumento da esperança de vida, o número de anos a pagar a reforma aumentou, mas temos menos pessoas a fazer descontos. Esta situação levou a um desequilíbrio no modelo de repartição.Uma das medidas defendidas passa por baixar o valor das reformas. Esta pode ser a resposta?É uma das possibilidades. Porém, politicamente, é muito complicado. Em França, existem cerca de 24 milhões de reformados e dizer a essas pessoas, que já descontaram, que vão receber menos e perder poder de compra é muito difícil. É mais fácil, efectivamente, entrar dentro do sistema mais tarde.Ou seja, aumentar a idade da partida para a reforma?Sim. Alargar o número de anos para poder partir para a reforma, neste momento, chega para equilibrar o sistema de pensões francês, contando também com uma taxa de crescimento e mais pessoas a cotizar. Aqui, é preciso não esquecer as pessoas que estão no desemprego e que não fazem descontos.A crise no sector do imobiliário e os conflitos mundiais têm contribuído para o aumento do desemprego, o que nos leva a pensar que o Governo também está a considerar que terá de voltar a fazer uma reforma no sistema de pensões em 2030.Todavia, o Governo está a pensar em fazer uma lista de profissões que terão um tratamento diferente, ou seja, não partirão aos 64, mas poderão sair com uma base de trimestres de cotizações, podendo essas pessoas aceder à reforma antes dos 64 anos.Uma das soluções que tem sido também avançada é o modelo de capitalização. Uma das vantagens seria contornar a crise demográfica. Concorda?Sim, permite contornar. Neste momento, os franceses têm nas suas contas poupança cerca de 6 mil milhões de euros que estão colocados em obrigações sem risco. Estas economias não permitem ter um crescimento muito importante, nem são utilizadas no financiamento das empresas, nem no crescimento económico.Se olharmos para o modelo de capitalização, com o horizonte de aplicação dos fundos muito alargado (30 ou 40 anos), é possível fazer aplicações mais arriscadas, ou seja, financiar as empresas, comprar acções com a possibilidade de ter rendimentos muito mais importantes e chegar à reforma com o montante de capitalização que vai compensar uma eventual perda que se poderia ter no sistema de repartição.Porém, muitas são as vozes a afirmar que são os mais ricos que conseguem ter um bom plano de capitalização. Como é que se pode permitir que todas as pessoas tenham acesso a esses planos de poupança reforma, isentos de impostos?Um jovem pode começar, e muitos deles já o fazem. O que está em causa é a proporcionalidade. Os 6 mil milhões de euros a que me refiro não são detidos pelos mais ricos. Estou a falar de pequenas contas, não de grandes fortunas, nem de fundos de investimento.Em vez de pôr as economias num Livret A (conta poupança), poderia ser aplicada num sistema que será criado, com incentivos fiscais e com algum controlo do Estado. Uma espécie de fundo soberano constituído pela França, onde as pessoas pudessem colocar as poupanças, mas com um único objectivo: preparar a reforma.Olhando para a evolução da nossa sociedade, acredita que o sistema de repartição será, no futuro, substituído pelo sistema de capitalização?Com o declínio demográfico, se não houver uma política familiar, não vai ser possível manter o modelo de repartição. A partir de certo momento, terá de haver um sistema de capitalização associado ao modelo de repartição.

Silvia Bincoleto
Olhando para Ele - Dia 20

Silvia Bincoleto

Play Episode Listen Later Feb 28, 2025 2:33


Devocionais de Behael

Silvia Bincoleto
Olhando para Ele - Dia 19

Silvia Bincoleto

Play Episode Listen Later Feb 27, 2025 2:54


Devocionais de Behael

Silvia Bincoleto
Olhando para Ele - Dia 18

Silvia Bincoleto

Play Episode Listen Later Feb 26, 2025 2:07


Devocionais de Behael

Silvia Bincoleto
Olhando para Ele - Dia 17

Silvia Bincoleto

Play Episode Listen Later Feb 25, 2025 2:54


Devocionais da Behael

Silvia Bincoleto
Olhando para Ele - Dia 16

Silvia Bincoleto

Play Episode Listen Later Feb 24, 2025 2:52


Devocionais de Behael

Silvia Bincoleto
Olhando para Ele - Dia 15

Silvia Bincoleto

Play Episode Listen Later Feb 21, 2025 2:43


Devocionais de Behael

Silvia Bincoleto
Olhando para Ele - Dia 14

Silvia Bincoleto

Play Episode Listen Later Feb 20, 2025 2:33


Devocionais de Behael

Silvia Bincoleto
Olhando para Ele - Dia 13

Silvia Bincoleto

Play Episode Listen Later Feb 19, 2025 2:43


Devocionais de Behael

Silvia Bincoleto
Olhando para Ele - Dia 11

Silvia Bincoleto

Play Episode Listen Later Feb 18, 2025 2:43


Devocionais de Behael

Silvia Bincoleto
Olhando para Ele - Dia 12

Silvia Bincoleto

Play Episode Listen Later Feb 18, 2025 2:46


Devocionais de Behael

Palavra do Dia
Palavra do dia - Mc 7,31-37 - 14/02/25

Palavra do Dia

Play Episode Listen Later Feb 14, 2025 4:08


Naquele tempo, 31 Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galileia, atravessando a região da Decápole. 32 Trouxeram então um homem surdo, que falava com dificuldade, e pediram que Jesus lhe impusesse a mão. 33 Jesus afastou-se com o homem, para fora da multidão; em seguida colocou os dedos nos seus ouvidos, cuspiu e com a saliva tocou a língua dele. 34 Olhando para o céu, suspirou e disse: "Efatá!", que quer dizer: "Abre-te!" 35 Imediatamente seus ouvidos se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade. 36 Jesus recomendou com insistência que não contassem a ninguém. Mas, quanto mais ele recomendava, mais eles divulgavam. 37 Muito impressionados, diziam: "Ele tem feito bem todas as coisas: Aos surdos faz ouvir e aos mudos falar".

Homilias - IVE
“Fazer o bem”

Homilias - IVE

Play Episode Listen Later Feb 14, 2025 3:58


Homilia Padre Antônio Gonzalez, IVE:Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 7,31-37Naquele tempo,Jesus saiu de novo da região de Tiro,passou por Sidôniae continuou até o mar da Galileia,atravessando a região da Decápole.Trouxeram então um homem surdo,que falava com dificuldade,e pediram que Jesus lhe impusesse a mão.Jesus afastou-se com o homem, para fora da multidão;em seguida colocou os dedos nos seus ouvidos,cuspiu e com a saliva tocou a língua dele.Olhando para o céu, suspirou e disse:"Efatá!", que quer dizer: "Abre-te!"Imediatamente seus ouvidos se abriram,sua língua se soltoue ele começou a falar sem dificuldade.Jesus recomendou com insistênciaque não contassem a ninguém.Mas, quanto mais ele recomendava, mais eles divulgavam.Muito impressionados, diziam:"Ele tem feito bem todas as coisas:Aos surdos faz ouvir e aos mudos falar".Palavra da Salvação.

Silvia Bincoleto
Olhando para Ele - Dia 10

Silvia Bincoleto

Play Episode Listen Later Feb 14, 2025 2:46


Devocionais de Behael

Silvia Bincoleto
Olhando para Ele - Dia 9

Silvia Bincoleto

Play Episode Listen Later Feb 13, 2025 2:36


Devocionais da Behael

Igreja CEI
Olhando firmemente para Jesus | Bp. Bartolomeu de Andrade

Igreja CEI

Play Episode Listen Later Feb 13, 2025 46:39


Olhando firmemente para Jesus | Bp. Bartolomeu de Andrade by Igreja Cei

Silvia Bincoleto
Olhando para Ele - Dia 8

Silvia Bincoleto

Play Episode Listen Later Feb 12, 2025 2:34


Devocionais de Behael

Silvia Bincoleto
Olhando para Ele - Dia 7

Silvia Bincoleto

Play Episode Listen Later Feb 11, 2025 2:42


Devocionais da Behael

Amorosidade Estrela da Manhã
EU SOU UM MITO, POIS EU SOU UM CAVERNOSO QUE ESTOU OLHANDO PARA A SOMBRA DA REFLEXÃO DA LUZ DO QUE PASSA, SEM SABER NEM O QUE ESTÁ PASSANDO, E NESSA SOMBRA ESTOU ACHANDO QUE SEI COMO É O MUNDO E VIDA

Amorosidade Estrela da Manhã

Play Episode Listen Later Feb 10, 2025 4:38


Silvia Bincoleto
Olhando para Ele - Dia 6

Silvia Bincoleto

Play Episode Listen Later Feb 10, 2025 2:06


Devocionais de Behael

Academia da Fé • Tijuca
Está olhando o que? | Lucas SAngi

Academia da Fé • Tijuca

Play Episode Listen Later Feb 7, 2025 34:28


Silvia Bincoleto
Olhando para Ele - Dia 5

Silvia Bincoleto

Play Episode Listen Later Feb 7, 2025 2:40


Devocionais de Behael

Silvia Bincoleto
Olhando para Ele - Dia 4

Silvia Bincoleto

Play Episode Listen Later Feb 5, 2025 2:35


Devocionais de Behael

Silvia Bincoleto
Olhando para Ele - Dia 3

Silvia Bincoleto

Play Episode Listen Later Feb 5, 2025 2:44


Devocionais de Behael

Silvia Bincoleto
Olhando para Ele - Behael Teens

Silvia Bincoleto

Play Episode Listen Later Feb 5, 2025 9:42


Olhando para Ele - Behael Teens (Tainah Fontenelle)

Silvia Bincoleto
Olhando para Ele - Dia 2

Silvia Bincoleto

Play Episode Listen Later Feb 4, 2025 2:23


Devocionais de Behael

Notícias Agrícolas - Podcasts
Mercado segue olhando clima e confirmação de chuvas pode levar soja para US$ 9,50 em Chicago

Notícias Agrícolas - Podcasts

Play Episode Listen Later Jan 8, 2025 13:14


Mesmo com problemas, 30 milhões de toneladas a mais devem entrar no mercado entre Brasil e Argentina

Igreja Missionária Evangélica Maranata
Olhando Jesus com os olhos de Maria - Diác. Eduardo Gomes

Igreja Missionária Evangélica Maranata

Play Episode Listen Later Dec 15, 2024 42:36


Olhando Jesus com os olhos de Maria - Diác. Eduardo Gomes by Igreja Missionária Evangélica Maranata de JacarepaguáPara conhecer mais sobre a Maranata: Instagram: https://www.instagram.com/imemaranata/Facebook: https://www.facebook.com/imemaranataSite: https://www.igrejamaranata.com.br/Canal do youtube: https://www.youtube.com/channel/UCa1jcJx-DIDqu_gknjlWOrQDeus te abençoe

WITcast
WITcast - Relações Brasil/EUA - Olhando para Frente

WITcast

Play Episode Listen Later Nov 26, 2024 25:07


Nesse episódio de WITcast, a Prof. de Relações Internacionais da ESPM, Denilde Holzhacker, fala sobre o legado Biden e o que vem pela frente nas relações Brasil / EUA, com o novo governo Trump. Entrevistaram Carolina Matos e Marina Carvalho. Edição Marina Carvalho.

Diego Menin
CONTINUE OLHANDO MESMO QUE NÃO VEJA NADA

Diego Menin

Play Episode Listen Later Oct 22, 2024 42:38


Me siga nas redes sociais: Facebook: Diego Menin Instagram: @diegonmenin Youtube: Diego Menin Twitter: @diegonmenin Site: www.diegomenin.com

Meio Ambiente
‘Relevância' de minerais do fundo mar para a transição será decidida pelos países, diz brasileira na ONU

Meio Ambiente

Play Episode Listen Later Sep 26, 2024 20:33


A diplomata brasileira Letícia Carvalho, eleita em agosto secretária-executiva da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA), braço das Nações Unidas sobre o tema, tem à frente um desafio histórico: obter consenso dos países membros para a definição de um código da mineração no fundo do mar, já no seu primeiro ano de mandato, em 2025. Lúcia Müzell, da RFI em ParisO documento deve regulamentar as regras do jogo para a eventual exploração comercial dos recursos minerais guardados nas profundezas dos oceanos. Segundo seus defensores, os metais raros como níquel, cobre, cobalto ou magnésio ali depositados serão, cedo ou tarde, indispensáveis para a transição energética na superfície terrestre, para a fabricação de infraestruturas para energias renováveis e veículos elétricos.“Os minerais e metais encontrados no fundo do leito oceânico são, com certeza absoluta – a ciência já provou –, uma das fontes energéticas promissoras. No meu entender, eles fazem parte das soluções para substituição de combustíveis fósseis. Mas a sua real relevância na transição energética e o seu lugar no desenvolvimento de tecnologias alternativas ao uso de óleo e gás ainda está para ser verificado”, disse, em entrevista à RFI. “Eu, como secretária-executiva da ISA, vou trabalhar de acordo com a vontade e o entendimento dos Estados partes.”Mais de 30 países, como Brasil, França, Suécia ou Guatemala, exigem uma moratória completa das prospecções nessas imensas áreas submarinas, enquanto o impacto ambiental da atividade não seja esclarecido pela ciência, de modo independente. Do outro lado, o lobby industrial tem pressa.O trabalho de Letícia não se dará em águas tranquilas, num momento que a própria ISA busca reconquistar a confiança dos Estados partes e do conjunto da comunidade internacional. O atual secretário-geral, o britânico Michael Lodge, foi descrito pela organização Greenpeace como “uma ameaça aos oceanos”: ele é suspeito de manter vínculos duvidosos com a indústria mineradora, abusar dos recursos financeiros da instituição e até tentar subornar votos pela sua eleição a um terceiro mandato.A carreira forjada nos corredores da ONU leva Letícia Carvalho, oceanógrafa de formação e ex-coordenadora da divisão marinha e de água doce do Programa Ambiental das Nações Unidas (Pnuma), a pesar a escolha de cada palavra, quando fala. Sua prioridade zero é promover a transparência em uma instituição que reagrupa os 168 signatários da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, dos quais 36 fazem parte do conselho executivo. A sede da ISA fica na Jamaica.Confira abaixo os principais trechos da entrevista:Apesar da assinatura histórica do Tratado de Proteção do Alto Mar, em 2023, essas áreas ainda são ”terra de ninguém”, e diversos países e industriais batalham para que assim permaneçam. A luta pela sua proteção é antiga e ainda promete ser longa. Quais as chances, hoje, de ver esse cenário mudar sem uma profunda mudança na governança da ISA? Letícia Carvalho: Estou aqui a celebrar, com você e com todos, a abertura para assinatura e ratificação de BBNJ, que trata da proteção da biodiversidade em alto mar e que vem, sem dúvida alguma, adicionar um elemento de suma importância ao mandato da ISA. Me deixe talvez elaborar acerca de três aspectos que considero fundamentais sobre o papel da ISA e o papel da sua mudança de governança, ou da sua ação transformativa. Vamos lembrar que o mandato da ISA visa garantir a mineração sustentável e responsável em águas profundas. Então, é parte intrínseca do seu mandato defender o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a proteção ambiental, enfatizando que as regulamentações, o regramento e o papel regulador da ISA diante da mineração precisam, devem e apenas podem obter plena fruição se baseados em ciência sólida e conhecimento abrangente.Um outro elemento fundamental é o apoio à adesão a uma abordagem preventiva, garantindo que a mineração em águas profundas não prossiga até que haja conhecimento científico suficiente para evitar danos ambientais e que isso possa estar garantido intrinsecamente na elaboração do Código de Mineração, que é o documento, o arcabouço de trabalho ao qual todos os países parte e toda a sociedade vão precisar se referir quanto a essa questão, buscando evitar danos ambientais.O outro elemento é a questão da inovação na governança da ISA, que me parece absolutamente necessária. Há uma necessidade de inovação institucional, fazendo uso da mais recente tecnologia gestão do conhecimento, acesso a dados e aos resultados das pesquisas conduzidas pela ISA e os seus contratantes ao longo dos últimos 30 anos e dando pleno conhecimento e acesso a essas informações no sentido de ajudar a tomada de decisão e a melhoria do processo regulatório.Também certamente vou levantar-me na defesa de um secretariado muito mais ativo, que busque preencher as lacunas de informação existentes entre os diferentes Estados-membros da ISA, ajudando-os a tomar decisões informadas sobre a mineração em água profunda. É visível uma grande assimetria de conhecimento entre todos os tomadores de decisão, e uma baixa participação na ISA.Há pressa para a maior regulação da exploração do fundo do mar. Ainda é possível entregar o código da mineração em 2025?Primeiro, deixe ressaltar a relevância do que você falou: a construção, o desenvolvimento e a finalização do código de mineração. A meu ver, é o ponto de consenso entre todos. Não há rejeição a esse aspecto.Me parece que toda a questão de haver uma base regulatória sólida que permita a estabilidade regulatória, que dê segurança a todos no sentido da exploração, da explotação e da proteção ambiental, é o ponto de consenso no qual residem as esperanças de que o trabalho da ISA possa acontecer a contento e como previsto na lei. Os Estados envolvidos na questão, inclusive por meio da autoridade, no que diz respeito a essas áreas além da jurisdição nacional, eu queria ressaltar que é responsabilidade primária desses Estados decidir coletivamente a melhor forma de equilibrar necessidades de proteção e preservação do meio ambiente marinho e o interesse da explotação comercial dos recursos do leito marinho, o uso comercial deles além da jurisdição nacional.Em resumo, o cronograma para finalização do código, o como e quando, está nas mãos dos Estados-membros daqueles que compõem o Conselho e a Assembleia. Eu, como secretária-executiva da ISA, vou trabalhar de acordo com a vontade e o entendimento dos Estados partes. É preciso ressaltar que não houve mudança no cronograma até agora, então estamos todos observando e trabalhando no sentido da conclusão em 2025, conforme o atual programa de trabalho.Entre a posição do seu antecessor, que defendia acelerar a exploração comercial da mineração no fundo do mar, e a de países que querem uma moratória para garantir a sua proteção, como você pretende se posicionar?Deixa eu fazer uma distinção, porque às vezes a gente mistura exploração e explotação. A exploração é no sentido da pesquisa e a explotação, no sentido do uso comercial.A questão da exploração é uma pauta absolutamente consensuada nos 30 anos de existência da ISA, e em pleno desenvolvimento. Quanto à exploração comercial e ao debate de quando e como esse uso comercial deve acontecer, a minha posição é a da devida neutralidade que se espera da secretária-geral.Como eu disse, cabe aos Estados envolvidos nessa questão, inclusive por meio da autoridade, que os reúne no que diz respeito às áreas fora de jurisdição nacional, decidir coletivamente a melhor forma de equilibrar proteção em meio ambiente, e explotação, uso, benefício, divisão e distribuição de benefícios em águas além da jurisdição nacional. Mantenho a minha posição de neutralidade, de servidora, estando a serviço das decisões dos Estados-membros.A transição energética visada sobre a Terra será possível sem os recursos escondidos no fundo do mar? Como você espera chegar a uma resposta que seja coerente com o que a ciência diz sobre os limites do planeta? É um debate absolutamente fascinante e também muito, muito desafiador. Essa é uma questão, a meu ver, portadora de futuro. A resposta ainda não está em nossas mãos, em nossa geração, pelo menos não neste momento. Ainda espero ver e fazer parte da construção da resposta como secretária-geral da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos.Os minerais e metais encontrados no fundo do leito oceânico são, com certeza absoluta – a ciência já provou – uma das fontes energéticas promissoras. No meu entender, eles fazem parte das soluções para substituição de combustíveis fósseis. Mas a sua real relevância na transição energética e o seu lugar no desenvolvimento de tecnologias alternativas ao uso de óleo e gás ainda está para ser verificado.Essas questões não dependem só da ISA. A ISA é um elemento, certamente o elemento regulatório que vai balancear as regras do jogo, que vai estabelecer, fazer cumprir as regras do jogo. Há um ator fundamental que é o próprio mercado e a inovação tecnológica. Esses dois elementos também serão fundamentais no sentido de estabelecer o real papel desses minerais encontrados no leito oceânico e da relevância que terão na transição energética.Vamos lembrar que o uso comercial desses minerais ainda não está autorizado, de modo que ainda é uma perspectiva de futuro, ainda que de futuro próximo, conforme o cronograma da Isa – esperando que o código seja finalizado ao final de 2025 e que requerimentos de mineração possam, eventualmente, ser tabulados a partir de 2026, com a devida conclusão do código.De que forma esse código vai se transportar para os países? Deverão adotar leis consequentes, em nível nacional? Como garantir que o farão? O regramento internacional certamente terá um reflexo nas legislações nacionais, sobretudo dos países interessados na exploração em águas profundas fora de jurisdição nacional. Nós sabemos que esses países reúnem um grande número de diferentes, inclusive países sem acesso ao oceano, países não costeiros. Como o fundo marinho é patrimônio comum da humanidade, eles também terão interesse em um papel e uma possibilidade de atuar como explotadores desses recursos.O que é mesmo desejável, e que eu espero poder atuar como facilitadora, é que haja complementaridade, sinergia entre essas diferentes legislações e agências dos países. Alguns países já dispõem de legislação para exploração e explotação de minerais metais dentro de suas águas jurisdicionais. Muitas vezes esse tema da mineração em água profunda já está contemplado no Código de Mineração Nacional ou não está excluído do Código de Mineração Nacional. Então, já existem referências por aí em códigos vigentes dentro da jurisdição nacional.Muito importante sobre o Código de Mineração que está sendo desenvolvido pela Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos é que ele alcança as águas fora das jurisdições nacionais, ou seja, as águas que são patrimônio comum da humanidade. Ele terá os seus próprios mecanismos de implementação de monitoramento via avaliação.E aí eu trago uma palavra muito importante, que em português eu digo como responsabilização, accountability em inglês, no sentido de que cabe à ISA, como autoridade reguladora, fazer valer a implementação dessas regras de forma harmônica com as regras nacionais, sobretudo nas águas profundas fora da jurisdição nacional que, como você mencionou no início da nossa conversa, talvez ainda tenha uma impressão de ser uma terra de ninguém, uma área pouco governada.Eu diria que isso talvez seja mais no âmbito da implementação do que no âmbito da regulação ou da própria legislação. Talvez as áreas oceânicas fora de jurisdição nacional sejam uma das mais reguladas no direito internacional. A questão está como essa múltipla governança, com tantas regras distintas e tantos setores, até o setor de transporte na navegação, pesca e proteção mineração, como tudo isso se coaduna de forma mais harmônica é talvez o grande desafio da nossa geração.Esse é um desafio imenso, em um mundo que, infelizmente, no momento atual, não está tão interligado assim nas suas decisões. Sem dúvida, a fragmentação atual do mundo não ajuda. É por isso que instituições que preveem a integração, a integridade, a gestão íntegra, completa e, sobretudo, no arcabouço jurídico internacional, precisam da mais absoluta e ampla defesa, porque senão estaremos todos entregues a nacionalismos e à fragmentação, e talvez ao imperativo negativo de não suceder na gestão integrada holística dos fundos marinhos, das águas fora de jurisdição.Você assume uma entidade internacional cujas fraturas internas foram expostas durante a última assembleia e o processo de sucessão na direção, inclusive com denúncias de conflito de interesses de seus integrantes e tentativa de suborno. Como pretende restaurar essa confiança na ISA? Haverá algum tipo de procedimento disciplinar interno a Michael Lodge, seu antecessor? Uma pergunta importantíssima. Sem dúvida uma das principais, senão a principal prioridade minha neste momento, ao assumir 1° de janeiro, é o desafio de reconstruir a confiança entre os Estados partes, o secretariado da ISA e a comunidade global, que faz parte da ISA.Isso inclui representação das comunidades locais, dos países costeiros e dos interessados dos países que não têm acesso ao mar, como também uma comunidade muito importante nesse processo.A questão da repartição de benefícios deve ser a mais ampla possível, ou seja, todos nós teremos direito a um pedaço do mar e todos nós temos uma obrigação, todos os seres humanos neste planeta, uma obrigação de cuidar desse espaço como nosso.O meu grande comprometimento é o aumento da transparência, inclusive buscando a imprensa e uma melhor gestão da informação – lembrando que dados gerados pelos contratantes não são não se transformam automaticamente em conhecimento acessível para tomada de decisão e tampouco para o público. Dados gerados pelos contratantes podem ser excepcionalmente bons do ponto de vista científico e interessantes do ponto de vista da descoberta, mas, sem dúvida, são orientados a partir de alguns interesses. Aumentar a congruência entre esses dados e dados independentes é fundamental.Também faz parte das minhas prioridades buscar com que a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos tenha uma equipe mais responsiva, coesiva, que fale como um e que tenha coerência nos seus propósitos. Mas, sobretudo, o meu objetivo é que operemos com excelência regulatória, entregando a mineração sustentável dos recursos minerais, metais, se demandados pelo mercado e pela sociedade, e, ao mesmo tempo que atue de braços dados com as demais entidades que têm responsabilidade na proteção ampliada dos ecossistemas marinhos. E que a comunicação sobre essas decisões seja ampla, com acesso a todos, traduzida para os diferentes públicos e que, sobretudo, as regras do jogo sejam implementadas, respeitadas. Também que existam mecanismos muito eficientes de correção de curso ou de, como se diz, exclusão do jogo daqueles que eventualmente se desviarem desse caminho.Eu acho que a parte de implementação dessa regulação é crucial. Olhando para o futuro, eu quero deixar a mensagem de que farei o que for necessário para assegurar o bom funcionamento da Isa.

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Luciano Subirá - QUEM É VOCÊ QUANDO NINGUÉM ESTÁ OLHANDO? | FD#89

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Play Episode Listen Later Sep 25, 2024 30:24


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Igreja do Amor
#727 - Tá olhando o quê? Pastor Bruno Abreu

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Play Episode Listen Later Sep 14, 2024 44:15


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biblecast.net.br - A Fé vem pelo Ouvir
Olhando para Filemom [Carta a Filemon]

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Play Episode Listen Later Aug 4, 2024 56:57


Por Pr. Humberto Chagas. https://bbcst.net/R8982N | Filemon

biblecast.net.br - A Fé vem pelo Ouvir
Olhando para Onésimo [Carta a Filemon #2]

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Play Episode Listen Later Jul 21, 2024 34:18


Por Pr. Humberto Chagas. Mensagem 2 da série "Carta a Filemon". https://bbcst.net/R8968M | Filemon

Palavra Amiga do Bispo Macedo
Quando menino, eu era vítima de todo embaraço de menino... - Meditação Matinal 14/06/24

Palavra Amiga do Bispo Macedo

Play Episode Listen Later Jun 14, 2024 24:21


"Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino." I Coríntios 13:11 "Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, Olhando para Jesus, Autor e Consumador da fé, o qual, pelo gozo que LHE estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-SE à destra do Trono de Deus." Hebreus 12:1-2

Palavra Amiga do Bispo Macedo
O segredo da fé que pensa, pesa e age de acordo com a Palavra de Deus - Meditação Matinal 12/06/24

Palavra Amiga do Bispo Macedo

Play Episode Listen Later Jun 12, 2024 33:12


"Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, Olhando para Jesus, Autor e Consumador da fé, O Qual, pelo gozo que LHE estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do Trono de Deus." Hebreus 12:1-2 "E respondeu-lhe Pedro, e disse: Senhor, se és Tu, manda-me ir ter Contigo por cima das águas. E ELE disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me!" Mateus 14:28-30