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Quais os números em Portugal e no mundo? Como se previne quando consultar o médico? A prevalência é difícil de determinar porque os sintomas são diversos e inespecíficos, e porque algumas mulheres são assintomáticas. Em Portugal, os números exatos não são conhecidos. As estimativas atuais colocam o número de mulheres com endometriose entre 2-10 por cento das mulheres em idade reprodutiva. A endometriose não pode ser prevenida ou evitada, pois a sua causa é pouco conhecida. Mas, a longo prazo, o uso de hormonas anti-concepcionais pode impedir o agravamento da endometriose. Assim a mulher/adolescente deve consultar o seu médico o mais precocemente possível, ou seja, assim que começarem a surgir os primeiros sintomas. Dr. Hélder Ferreira Médico Ginecologista do Centro Hospitalar do Porto
Quais os tratamentos disponíveis para a endometriose? Se a mulher está ainda longe da menopausa e deseja engravidar, podemos, por um tempo variável, (de alguns meses a anos), suspender a menstruação através da administração de pílula de forma contínua (sem intervalo) ou análogos do GnRH. Se houver permanência dos sintomas, mesmo com tratamento medicamentoso, ou se existirem nódulos ou tumefacções quísticas volumosas, o tratamento cirúrgico, preferencialmente por laparoscopia, será a melhor opção. Dr. Hélder Ferreira Médico Ginecologista do Centro Hospitalar do Porto
Como se faz o diagnóstico da endometriose? O diagnóstico definitivo é feito pela observação direta do foco de endometriose (através de laparoscopia ou laparotomia) com biopsia da área acometida. O diagnóstico também é muito sugerido pelos sintomas e achados ao exame físico da doente. A ecografia pélvica e a ressonância magnética podem demonstrar quistos nos ovários com conteúdo denso ou nódulos no septo recto-vaginal que favorecem a hipótese de endometriose. Dr. Hélder Ferreira Médico Ginecologista do Centro Hospitalar do Porto
A causa da endometriose é desconhecida. Uma teoria comum é que algum sangue menstrual e endométrio refluem através das trompas na pelve durante o período menstrual. Este tecido cresce onde cai na pelve, originando inflamação e cicatrizes que causam dor. Esta teoria é chamada de menstruação retrógrada. A endometriose pode afectar qualquer mulher menstruada, a partir do momento da sua primeira menstruação até à menopausa, independentemente de ter tido ou não filhos, da sua raça ou etnia, ou da sua classe sócio-económica. Dr. Hélder Ferreira Médico Ginecologista do Centro Hospitalar do Porto
Endometriose consiste na presença de endométrio fora da cavidade e musculatura uterinas. Chama-se endométrio ao “tecido” que reveste internamente o útero e que é eliminado, em grande parte, durante menstruação. A endometriose é uma doença benigna mas progressiva, que compromete o bem-estar e qualidade de vida das mulheres portadoras da doença. É mais frequente na pelve mas pode atingir praticamente todos os órgãos. Dr. Hélder Ferreira, Médico Ginecologista do Centro Hospitalar do Porto
Qual o tratamento da Doença de Crohn? Na maioria dos doentes o diagnóstico é feito numa altura de agravamento dos sintomas, a chamada crise. Nessa altura o tratamento costuma passar por cortisona associada a antibióticos e, algumas vezes, pode ser necessária cirurgia. Fora das crises existem vários tratamentos possíveis que dependem do local do intestino que é mais afectado pela doença. Desta forma, não há um tratamento único! Por isso, o seguimento adequado por parte de um Gastrenterologista essencial. Dra. Débora Paiva Monteiro, Médica de Medicina Geral e Familiar
Qual é a causa da Doença de Crohn? Ainda não se descobriu qual é a causa desta doença mas pensa-se que possa dever-se a uma desregulação do sistema de defesa do organismo, a infecções ou mesmo a factores alimentares. Sabe-se que há uma maior prevalência entre pessoas da mesma família, nomeadamente entre pais e filhos e entre irmãos. Não se sabe porque é que os sintomas aparecem e desaparecem e o que é que desencadeia novas crises ou determina a sua gravidade. Dra. Débora Paiva Monteiro, Médica de Medicina Geral e Familiar
Como se faz o diagnóstico da Doença de Crohn? Através dos sintomas e do exame físico, o médico pode suspeitar de Doença de Crohn mas, muitas vezes, é necessário recorrer a exames de imagem como um raio x do abdómen ou uma colonoscopia. Para se fazer o diagnóstico definitivo é necessário fazer biópsia por colonoscopia dos locais que apresentam alterações. A partir do momento em que se faz o diagnóstico é importante ter um acompanhamento médico regular. Para ajudar a conhecer e a viver com esta doença existe a “Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino” com sede física em Matosinhos. Dra. Débora Paiva Monteiro, Médica de Medicina Geral e Familiar
Quais são os sintomas/sinais da Doença de Crohn? Dependendo do sítio do tubo digestivo que é afetado pela doença de crohn, podem ocorrer sintomas muito diferentes. Os mais comuns são diarreia, dor de barriga em cólica, perda de peso, perda de apetite e febre. É importante ter em atenção que a diarreia que não está associada a perda de peso não costuma estar relacionada com a Doença de Crohn! Quando a doença de crohn afeta a zona do ânus, costuma causar dor durante a passagem das fezes devido à existência de fístulas, abcessos ou fissuras. Algumas pessoas podem ter estes sintomas/sinais sem ter Doença de Crohn, por isso, para qualquer dúvida é importante que fale com o seu Médico. Dra. Débora Paiva Monteiro, Médica Medicina Geral e Familiar
O que é a Doença de Crohn? A Doença de Crohn é uma doença inflamatória do tubo digestivo. Esta doença caracteriza-se por uma inflamação crónica que pode ocorrer desde a boca até ao ânus sendo que habitualmente afeta a ultima porção do intestino delgado chamada de íleo terminal. Esta doença evolui por períodos de agudização ou crise e períodos em que está silenciada não dando praticamente sintomas. DRA. DÉBORA PAIVA MONTEIRO, Médica Medicina Geral e Familiar
Vacina da gripe – O que é e quem deve ser vacinado? A vacinação da Gripe não previne na totalidade a ocorrência da doença mas diminui muito significativamente o risco de a contrair. Todos os anos a OMS prediz quais os tipos de vírus que serão mais prevalentes para esse ano. Assim a vacina da Gripe muda de ano para ano. A vacinação contra a gripe é fortemente recomendada a : - Pessoas com idade igual ou superior a 65 anos; - Doentes crónicos e imunodeprimidos, com 6 ou mais meses de idade; - Grávidas com tempo de gestação superior a 12 semanas; - Profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados (lares de idosos, designadamente) Sugere-se ainda a vacinação de pessoas com idade entre os 60 e os 64 anos Dra Ester Ferreira
O que fazer se suspeitar que está com gripe? Se suspeitar que está com Gripe tente repousar e ingerir líquidos em abundancia. Para controlar as dores musculares e a febre pode usar medicamentos como o paracetamol. Evite agasalhar-se demasiado pois tal dificultará o controlo da febre. Não tome antibióticos (a não ser que estes lhe sejam prescritos pelo seu Médico) já que os antibióticos não são eficazes no tratamento das doenças virais como o caso da Gripe. Fique em casa evitando o contato próximo com outras pessoas para assim impedir a propagação da infecção. Dra Ester Ferreira
Quando suspeitar de Gripe? A Gripe manifesta-se por um início súbito de mal-estar, febre alta, dores musculares e das articulações, tosse, pingo no nariz, arrepios e dor de cabeça. Nas crianças pode também ocorrer enjoo, vómito, diarreia e dor abdominal. Quando suspeitar que está com gripe evite o contacto próximo com outras pessoas e sempre que espirrar proteja a boca e o nariz com o braço. Dra Ester Ferreira
A Gripe ocorre, habitualmente, nos meses de Inverno embora possa também ocorrer em outros períodos do ano. A transmissão desta infecção faz-se pela emissão de partículas de saliva quando um doente com gripe tosse, espirra ou simplesmente respira. Esse vírus irá penetrar nas vias respiratórias de um novo doente e aí irá entrar nas células para se multiplicar e causar inflamação.
O que é a Gripe? A gripe é uma infecção respiratória aguda. Distingue-se dos comuns resfriados pelo facto de ser causada por um grupo especifico de vírus chamados vírus Influenzae. Estes vírus subdividem-se por 3 grupos: o grupo A, o B e o C. O tipo C raramente ocorre em humanos ao contrario do subtipos A e B. Os vírus do tipo A (ao qual pertence o vírus H1N1 responsável pelo surto ocorrido em 2009) têm uma elevada capacidade de sofrer modificações aumentando assim a sua capacidade para resistir às defesas que o organismo humano desenvolve. Dra. Ester Ferreira, Médica no Hospital de S. João
A perda de audição surge, muitas vezes, como uma consequência “natural”, associada ao envelhecimento, mas o ruído é o principal causador de perda auditiva nos jovens e adultos portugueses. A QUERCUS divulgou recentemente que apenas 68 dos 308 municípios em Portugal cumprem os limites de ruído, por isso, proteja os seus ouvidos! • Limite o tempo de exposição ao ruído • Não ultrapasse metade do volume dos auscultadores, rádio ou televisão • Utilize protetores quando estiver exposto a níveis elevados de ruído • Se notar uma mudança na sua audição, consulte de imediato um especialista Dr. Pedro Paiva – Audiologista
A utilização de auscultares faz mal à nossa audição? Sim, em especial se utilizarmos os auscultadores de forma incorreta e frequente. Existem vários truques que podem ser adotados para minimizar o impacto da utilização de MP3 na audição. Não ultrapassar metade da capacidade do volume do aparelho e não utilizar os dois auscultadores em simultâneo, alternando os ouvidos, são gestos simples mas bastante eficazes. Para os mais jovens, que utilizam os leitores de música várias horas por dia, é essencial que não ultrapassem os 50 dB e que alternem períodos de exposição ao ruído com períodos de descanso. Dr. Pedro Paiva – Audiologista
Até quantos decibéis podemos ouvir em segurança? De acordo com os estudos mais recentes, não devemos expor-nos a qualquer ruído acima dos 85 decibéis. Ruído acima deste valor é prejudicial à nossa saúde auditiva, com consequências irreversíveis. A perda auditiva causada por trauma acústico apenas é recuperada com a utilização de aparelhos auditivos. Por exemplo, um concerto de rock pode emitir ruído acima dos 120 dB, o volume máximo dos leitores de música portáteis cerca de 100 dB e uma conversa entre amigos pode gerar ruído de aproximadamente 60 dB. Dr. Pedro Paiva – Audiologista
Quando falamos de higiene auditiva, o maior erro é achar que um ouvido limpo é um ouvido sem cera e, para tal, recorrer à utilização de cotonetes. Utilizar cotonetes para “limpar” os ouvidos é uma agressão que pode não só prejudicar a audição, como até mesmo comprometer o próprio sistema auditivo. Os cotonetes, mais do que limpar, empurram a cera para dentro do ouvido, ficando agarrada ao tímpano e prejudicando a audição. Os cotonetes devem ser utilizados apenas para limpar a parte exterior do ouvido. Dr. Pedro Paiva – Audiologista
A cera nos ouvidos é prejudicial à nossa audição? Considerado um incómodo e até falta de higiene pela maioria das pessoas, o cerúmen, nome técnico da cera produzida pelos ouvidos, é fundamental para manter a saúde do nosso sistema auditivo. A cera é uma proteção natural dos nossos ouvidos. Para além de lubrificante e de impedir a entrada de bactérias, fungos e insetos no canal auditivo, a cera é também essencial à limpeza do sistema auditivo, é expelida pelo canal auditivo e, no seu caminho para fora do ouvido, leva consigo todas as impurezas (pó e partículas, por exemplo) que o ouvido possa ter. Dr. Pedro Paiva – Audiologista
Não existe um tratamento específico para o vírus HPV em si. O que existe é tratamento das doenças que o vírus provoca. O tratamento das verrugas genitais, provocadas pelos HPV de baixo risco, podem ser tratadas com medicamentos prescritos pelo médico ou com uma pequena cirurgia. O cancro do colo do útero, provocado pelos HPV de alto risco, é facilmente tratável se a mulher fizer o rastreio e este for detectado nas fases iniciais. O cancro avançado pode necessitar de cirurgia e de outros tratamentos mais complicados. Dra. Inês Campos Matos – Médica Interna de Saúde Pública
Onde posso tomar a vacina contra o HPV? A vacina contra o HPV está disponível para as raparigas de 13 anos. Esta faz parte do programa nacional de vacinação e é dada de forma gratuita nos centros de saúde a todas as raparigas destas idades em Portugal. Quem estiver interessada em tomar a vacina, mesmo sendo mais velha, pode consultar o seu médico de família. No entanto, para as mulheres mais velhas, a vacina tem de ser comprada numa farmácia e tem um custo elevado, cerca de 200 euros por dose. Para as raparigas de 13 anos é gratuita. Dra. Inês Campos Matos – Médica Interna de Saúde Pública
Quem deve ser vacinado contra o HPV? A vacina contra o HPV faz parte do programa nacional de vacinação em Portugal e é dada às raparigas de 13 anos. A vacina tem de ser dada em três doses: a primeira no ano em que a rapariga faz 13 anos, a segunda dois meses depois da primeira e a terceira seis meses depois da primeira. As três doses têm de ser tomadas para que a vacina tenha efeito. A vacina não é actualmente recomendada para os rapazes. Dra. Inês Campos Matos – Médica Interna de Saúde Pública
A Vacina do HPV previne mesmo? A vacina que é dada em Portugal protege contra quatro tipos de vírus HPV: dois vírus de alto risco e dois vírus de baixo risco. A vacina é eficaz contra estes quatro tipos de vírus. Estes são os vírus mais frequentes na população e que provocam a maior parte dos cancros do colo do útero. No entanto, como existem mais de quarenta tipos de vírus, as mulheres podem ter verrugas genitais ou cancro do colo do útero mesmo que estejam vacinadas. É, por isso, muito importante que uma mulher faça o rastreio do cancro do colo do útero mesmo que já esteja vacinada. Dra. Inês Campos Matos – Médica Interna de Saúde Pública
A Prevenção do HPV A única forma de prevenir a infecção por HPV é não ter relações sexuais. Mas para prevenir as doenças provocadas pelo HPV existem duas estratégias: o rastreio e a vacina. O rastreio é a melhor forma de prevenir o cancro do colo do útero. Este deve ser feito por todas as mulheres a partir dos 21 anos de dois em dois anos, no médico de família ou ginecologista, mesmo que já estejam vacinadas! O rastreio permite encontrar lesões antes que estas se transformem em cancro. A outra forma de prevenção, tanto do cancro como das verrugas, é a vacina contra o HPV. Dra. Inês Campos Matos – Médica Interna de Saúde Pública
Diagnóstico do HPV Os testes para o diagnóstico do HPV não são muito utilizados. O mais importante é diagnosticar as doenças que são provocadas pelo HPV. As verrugas genitais são facilmente diagnosticadas com uma simples observação pelo médico. O cancro do colo do útero pode ser diagnosticado no rastreio com o teste de “papanicolau”. Quanto mais cedo for diagnosticado, mais fácil é de tratar. É por isso muito importante que todas as mulheres façam o rastreio de dois em dois anos. Dra. Inês Campos Matos – Médica Interna de Saúde Pública
Sintomas do HPV Uma pessoa com HPV pode nunca ter sintomas. Outras pessoas podem passar meses e mesmo anos desde o momento em que são infectadas até ao aparecimento dos primeiros sintomas. O HPV de baixo risco provocam verrugas genitais – no pénis, no ânus ou na vulva. Podem também provocar verrugas na boca e garganta. O HPV de alto risco começa por provocar uma pequena ferida no colo do útero, que cresce com o passar do tempo e transforma-se em cancro. O cancro do colo do útero não dá sintomas até estar muito avançado, pelo que o seu rastreio é muito importante.
Como se transmite O HPV? O HPV tansmite-se pelas relações sexuais. Mesmo quando é usado o preservativo, masculino ou feminino, o HPV pode se transmitir. No entanto, o vírus transmite-se mais facilmente quando não é usado o preservativo. A maior parte das pessoas que têm HPV não têm sintomas e não sabem que têm o vírus. É, por isso, importante perceber que mesmo que uma pessoa pareça saudável, pode infectar outra quando têm relações sexuais. Dra. Inês Campos Matos – Médica Interna de Saúde Pública
Estatísticas do HPV Não se sabe quantas pessoas em Portugal têm HPV. No entanto, sabe-se que nos Estados Unidos, pelo menos metade das pessoas são infectadas com o HPV uma vez na vida. Em Portugal são diagnosticadas, por ano, cerca de 1000 mulheres com cancro do colo do útero. Estima-se que morrem cerca de 300 mulheres por ano em Portugal por causa deste cancro. Não se sabe quantas pessoas têm verrugas genitais, mas acredita-se que seja cerca de 1% da população. Dra. Inês Campos Matos – Médica Interna de Saúde Pública
O que é o HPV? O HPV, ou Papiloma Vírus Humano, é um vírus que se transmite pelas relações sexuais. Existem vários tipos deste vírus, que se podem classificar em alto risco ou baixo risco. Os HPV de baixo risco provocam verrugas na zona genital – pénis, vulva ou ânus. Estas verrugas são lesões benignas, que não se transformam em cancro. Mais raramente, podem também aparecer na boca e garganta. Os HPV de alto risco podem causar cancro do colo do útero na mulher. O colo do útero é a base do útero que está no fundo da vagina. Mais raramente, podem também causar cancro do pénis ou da vulva. Dra. Inês Campos Matos – Médica Interna de Saúde Pública
Prevenção e conselhos para uma alimentação mais saudável na infância • Nunca sair de casa sem tomar o pequeno-almoço. • As merendas enviadas de casa ou fornecidas pela escola, devem conter essencialmente lacticínios, pão e fruta. Evitar os bolos, bolachas com recheio, sumos e refrigerantes. • Incentivar o consumo de sopa no início das refeições principais. • Avaliar a ementa servida na escola e tentar conjugar com outros alimentos em casa. • Incentivar a que criança participe na confeção dos alimentos, o contacto com os alimentos leva a uma maior aceitação dos mesmos. • A água deve ser a bebida de eleição, limitar o consumo de bebidas açucaradas. • Explicar que há alimentos que devemos ingerir todos os dias e outros que devemos deixar para os dias de festa. • Planear o dia alimentar de acordo com a Roda dos Alimentos. • Os pais não devem comprar alimentos que não querem que as crianças comam. Se estiverem disponíveis em casa, será mais difícil proibir a sua ingestão. • Não utilizar os alimentos como forma de recompensa ou punição. Dra. Mariana Bessa (Nutricionista) Ordem dos Nutricionistas
Prevenção da Obesidade Infantil A obesidade infantil pode ser prevenida e deve ser essa a principal estratégia. As principais recomendações para a prevenção da obesidade infantil passam pela adoção de um estilo de vida mais saudável que englobe uma correta alimentação e, pelo incentivo à prática de atividade física. O papel da família é fundamental pois são os pais, principalmente a mãe, que mais influenciam as práticas alimentares das crianças através de várias formas: do controlo da disponibilidade e acessibilidade dos alimentos, da estrutura das refeições, bem como ao servirem de modelo que as crianças irão imitar. A escola, sendo o local onde a criança passa grande parte do seu tempo, também vai ter um importante impacto, nomeadamente através das refeições que serve e da dinamização de projetos de educação alimentar. Dra. Mariana Bessa (Nutricionista) Ordem dos Nutricionistas
Causas da obesidade Infantil A obesidade infantil é uma doença de origem multifatorial, ou seja, existem diversos fatores que podem levar ao seu desenvolvimento. Os fatores ambientais que constituem um ambiente obesogénico são um dos contribuintes mais significativos. De uma forma simples, podemos dizer que pode resultar de um desequilíbrio entre a ingestão e o gasto energético, concretamente quando há uma ingestão energética excessiva ou um insuficiente gasto energético, ou as duas situações em simultâneo. As mudanças na alimentação, como o aumento do consumo de alimentos ricos em açúcar e gordura, de elevada densidade energética, característicos de uma alimentação menos saudável, aliadas à diminuição dos níveis de atividade física são contributos importantes para a epidemia de obesidade a que se assiste. Os genes também parecem ter também um importante papel na etiologia da obesidade. Dra. Mariana Bessa (Nutricionista) Ordem dos Nutricionistas
Consequências da obesidade infantil A obesidade na infância pode ter graves consequências a curto e a longo prazo. Uma das consequências a longo prazo é a persistência da obesidade na idade adulta. Para além disto, uma criança obesa terá um risco aumentado de vir a desenvolver determinadas doenças como a hipertensão arterial, desequilíbrios do perfil lipídico do sangue, problemas ortopédicos, resistência à insulina, isolamento social e baixa auto estima ou apneia do sono. Dra. Mariana Bessa (Nutricionista) Ordem dos Nutricionistas
A obesidade infantil é um grave problema de saúde pública devido às proporções que tem vindo a atingir. Em Portugal a prevalência de obesidade tem vindo a aumentar nas últimas décadas. Dados de 2008, mostram que em crianças portuguesas dos 6 aos 9 anos a prevalência de excesso de peso é de 32,1%, colocando Portugal nos países da europa com a maior proporção de casos de obesidade infantil. Dra. Mariana Bessa (Nutricionista) Ordem dos Nutricionistas
As recomendações internacionais (Academia Americana de Pediatria) para que as crianças tenham um estilo de vida mais ativo que contribua para a prevenção da obesidade, dizem que durante a idade pré-escolar, é importante que os pais/educadores estimulem as crianças a caminhar e evitem deixá-las mais de 2h o tempo em frente aos vários ecrãs. A partir dos 6 e, até aos 9 anos de idade, é desejável que os pais/educadores continuem a estimular as brincadeiras livres, proporcionem o início da prática de desportos organizados (basquetebol, voleibol, atletismo, ou outros) e promovam o hábito de caminhar como modo de transporte preferencial. Dra. Sandra Martins Especialista em Gestão do Peso
As estratégias para lidar com a obesidade pediátrica incluem a criação e disponibilização de infraestruturas facilitadores da prática de atividade física e a promoção da educação alimentar em casa, na escola e na comunidade. Deve ser fomentada a realização de atividade física através do aumento da duração e da qualidade do tempo das aulas de Educação Física e o tempo passado em atividades sedentárias, nomeadamente a ver TV, a utilizar o computador e a jogar vídeojogos estáticos deve ser reduzido. Devem, também, ser desenvolvidos rótulos indicadores da qualidade nutricional dos alimentos, que estarão colocados de forma visível nas embalagens e implementar referências nutricionais para a produção alimentar industrial e comercial. Dra. Sandra Martins Especialista em Gestão do Peso
A prevenção e intervenção precoce no aumento excessivo de peso, promovendo estilos de vida saudável, nomeadamente através da realização de uma alimentação equilibrada e da prática regular de atividade física, paralelamente à diminuição do tempo passado em atividades sedentárias, assumem particular importância neste contexto. Este tipo de intervenção requer uma equipa multidisciplinar envolvendo pediatras, nutricionistas, especialistas de exercício, psicólogos, enfermeiros, entre outros, que trabalhem em conjunto para a melhoria da saúde e do bem-estar das crianças. O trabalho em equipa multidisciplinar constitui um dos princípios subjacentes ao congresso PRACTICE, o qual na edição deste ano se debruça sobre a temática da “Avaliação na terapia com o exercício”. Dra. Sandra Martins Especialista em Gestão do Peso
A probabilidade de uma criança obesa, em idade pré-escolar, vir a ser um adulto com peso excessivo é o dobro da de uma criança não-obesa. Se estas circunstâncias, por si só, já são preocupantes, elas são ainda agravadas pelo facto de hoje se ter conhecimento que indicadores da saúde metabólica, como o colesterol e os triglicéridos, a produção e a capacidade de utilização da insulina, bem como a hipertensão arterial, acompanham a obesidade, podendo começar o seu desenvolvimento ainda na infância e aumentando os riscos de saúde e a mortalidade na idade adulta. Adicionalmente, a estigmatização social, a diminuição do bem-estar e da qualidade de vida, bem como algumas desordens psicológicas, entre as quais a baixa auto-estima, também, parecem ocorrer com maior frequência. Dra. Sandra Martins Especialista em Gestão do Peso
A obesidade pediátrica é um problema mundial que tem vindo a atingir níveis epidémicos nos países desenvolvidos e que, continua a aumentar gradualmente nos países em desenvolvimento. Em Portugal, cerca de 20% das crianças com idades compreendidas entre os 7 e os 9 anos de idade, apresentam excesso de peso: aproximadamente 11% são obesas, representando uma em cada três crianças portuguesas. As causas para esta situação são múltiplas: a genética influencia a susceptibilidade da criança a um envolvimento impulsionador da obesidade, mas as opções do estilo de vida (atividade física, comportamentos sedentários e alimentação) e o envolvimento socio-cultural parecem desempenhar influências determinantes no aumento generalizado da obesidade. Dra. Sandra Martins Especialista em Gestão do Peso
No Outono, segundo a Medicina Tradicional Chinesa, a cor regente é o branco e o elemento primordial é o metal, ao qual corresponde os órgãos pulmão e ao intestino grosso. Estes são os órgãos responsáveis por expelir as toxinas do organismo e pela sua purificação. Na prática, enquanto o pulmão tem como função eliminar as toxinas do sangue, o intestino grosso é o principal responsável pela expulsão das gorduras, fazendo a drenagem das impurezas, reciclando e retendo a água que nos é essencial. Assim e, por consequência, as principais doenças associadas a esta estação prendem-se com os desequilíbrios energéticos destes órgãos, das quais se destacam: irregularidades intestinais e os problemas respiratórios e dermatológicos.
Técnicas de Tratamento A Medicina Tradicional Chinesa disponibiliza vários tratamentos para combater as doenças mais frequentes nesta estação do ano. Se sofre de problemas respiratórios, como asma, bronquite ou uma alergia pontual, o tratamento Xiao Ke Chuan será o mais indicado, uma vez que consiste na combinação de acupuntura nos pontos específicos do Pulmão e do Intestino Grosso. Se são os problemas intestinais que mais o afetam durante o Outono, o tratamento Chang Ning é a terapêutica ideal. Para os problemas associados ao foro psicológico, como sensações de tristeza, melancolia e depressões, a Medicina Tradicional Chinesa tem ao seu dispor o tratamento Jie Yu que consiste na combinação da acupunctura em determinados pontos do meridiano do pulmão e nas costas.
Técnicas de Prevenção De forma a prevenir o organismo das patologias mais associadas ao Outono e, protegendo-o antecipadamente, devemos ajustar o nosso corpo às recomendações terapêuticas. A Medicina Tradicional Chinesa recomenda a massagem Qiu Shou que tem como objetivo potenciar a melhoria e reforçar os sistemas respiratório e o intestino grosso. A sua ação estimula e harmoniza os canais energéticos associados a estes órgãos, enquanto promove o armazenamento de energia essencial para o Inverno. Para além disto, são também benéficas sessões regulares de acupuntura ou fitoterapia que ajudam o organismo a manter o equilíbrio necessário para a nossa boa saúde.
Patologias de Outono Segundo a Medicina Tradicional Chinesa, as principais doenças desta estação estão associadas diretamente aos desequilíbrios dos pulmões e do intestino grosso, órgãos mais afetados nesta altura do ano. Desta forma, decorrentes da instabilidade energética do pulmão, são frequentes as doenças respiratórias, especialmente a bronquite; problemas dermatológicos como eczemas, vermelhidões e pequenas alergias; e ainda transtornos emocionais como a depressão, uma vez que este é um dos órgãos responsáveis pela energia vital. As principais patologias relacionadas com o intestino grosso são as irregularidades intestinais, entre as quais podemos encontrar a diarreia e a prisão de ventre.
A Medicina Tradicional Chinesa Segundo a filosofia da Medicina Tradicional Chinesa, o estado da nossa saúde rege-se pelo equilíbrio ou desequilíbrio da nossa energia vital, o que significa que o nosso vigor está associado a um equilíbrio energético do organismo. Esta harmonia depende, e varia consoante vários fatores e a época do ano em que nos encontramos. Como tal, a cada estação está associado um elemento, uma cor, um sabor, dois órgãos e, consequentemente, patologias específicas. Ou seja, dependendo da altura do ano, o nosso corpo está mais propício ao desenvolvimento de problemas de saúde específicos, devendo preveni-los e tratá-los atempadamente, através da adoção de comportamentos apropriados e adaptados às especificidades da estação do ano em que estamos.
Conselhos para a prevenção da DPOC A presença de obstrução pulmonar é determinada pela espirometria (um teste simples em que a pessoa ‘sopra’ para um tubo ligado a um espirometro). Um diagnóstico precoce e um tratamento atempado são fundamentais para travar a doença. Reduzir ou eliminar a irritação pulmonar (tabaco e poluição ambiental) são fundamentais no tratamento. Associação Respira