POPULARITY
Categories
Jorge Abrahão, coordenador-geral do Instituto Cidades Sustentáveis e da Rede Nossa São Paulo, debate problemas e soluções para São Paulo e outras cidades brasileiras, quinzenalmente, às quintas-feiras, 8h, no Jornal Eldorado.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Pessoas que dançam sem parar até a exaustão, freiras que miam, surtos de doenças misteriosas e epidemias de riso. Conheça alguns intrigantes casos de histeria coletiva e entenda as explicações científicas para esse fenômeno que está presente desde o início da história da humanidade até os dias de hoje.Apoie nosso podcast: www.1001crimes.com.brMande suas histórias: 1001medinhos@gmail.comFale com a gente: 1001crimes@gmail.comConfira nosso canal! youtube.com/1001crimes
Siga a gente emhttp://youtube.com/@diariodebordopodIndicações de hoje:- canais: @papopossivel / @gabrielcastro- livro: atmosfera- série: the trust
Enquanto o Brasil celebra a menor taxa de desemprego da história, a exclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho persiste. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, mais de 56 mil PCDs deixaram seus postos desde 2023. Atualmente, existem mais de 828 mil vagas reservadas por lei para esse público, mas mais da metade delas segue desocupada. O cenário é ainda mais grave na administração pública, onde cerca de 88% das posições destinadas a pessoas com deficiência estão vazias. Quais são as causas desse esvaziamento? Barreiras de acessibilidade? Falta de preparo das empresas? Desinformação ou preconceito? Adriana Perroni e a repórter Gabriela Dias conversam com Leticia Lefevre, secretária-adjunta da Comissão de Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB-SP.
15/06/2025 - Culto Vespertino - Filipenses 2
Homilia Padre Antônio Gonzalez, IVE:Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 5,27-32Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:"Ouvistes o que foi dito:'Não cometerás adultério'.Eu, porém, vos digo:Todo aquele que olhar para uma mulher,com o desejo de possuí-la,já cometeu adultério com ela no seu coração.Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado,arranca-o e joga-o para longe de ti!De fato, é melhor perder um de teus membros,do que todo o teu corpo ser jogado no inferno.Se a tua mão direita é para ti ocasião de pecado,corta-a e joga-a para longe de ti!De fato, é melhor perder um dos teus membros,do que todo o teu corpo ir para o inferno.Foi dito também:'Quem se divorciar de sua mulher,dê-lhe uma certidão de divórcio'.Eu, porém, vos digo:Todo aquele que se divorcia de sua mulher,a não ser por motivo de união irregular,faz com que ela se torne adúltera;e quem se casa com a mulher divorciada comete adultério".Palavra da Salvação.
No novo episódio de 'Irritações', o painel recebe a visita de Inês Rogeiro, conhecida advogada em crescimento nas redes sociais, sobretudo no TikTok. É precisamente sobre a app que se centra a sua irritação, dirigida a pessoas que se recusam a instalar a aplicação: "Recusam com toda a força em instalar a app, e depois mandam-me coisas por outros lados que eu já tinha tentado mostrar há quatro meses". Luís Pedro Nunes fala sobre a nova 'feature' na rede de encontros Tinder, para assumir que as mulheres "sempre discriminaram a altura dos homens". Luana do Bem lança críticas às pessoas que não conseguem jogar simples desafios como o 'preferias', com José de Pina a fazer atualizações sobre o tema 'outdoors', questionando o motivo pelo qual ainda continua a ver Pedro Nuno Santos. Com moderação de Pedro Boucherie Mendes, o Irritações foi emitido a 13 de junho, na SIC Radical.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Confira na edição do Jornal da Record News desta quinta-feira (12): Israel realiza ataque aéreo contra o Irã. Mais de 240 pessoas morrem em queda de avião na Índia. E mais: drones interrompem pousos e decolagens no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).
Entre as orientações previstas, estão a eliminação de barreiras arquitetônicas, adaptação de espaços e capacitação de profissionais.
Pessoas queridas, Amanda por aqui
'Acho que o papel do médico é ajudar as pessoas em todos os estágios de suas vidas, e a morte assistida é uma extensão disso', diz Stefanie Green.
Pessoas com albinismo enfrentam discriminação, pobreza, violência e até assassinatos; risco de câncer de pele é extremamente alto; ONU quer mais ações de proteção por parte dos governos.
Francisco Sena Santos é um dos grandes nomes do jornalismo em Portugal. Francisco é, além disso, correspendente da SBS em Português desde 1995. Este mês de junho, a SBS completa 50 anos. Em jeito de celebração deste grande marco, convidamos Francisco a refletir sobre o trabalho realizado nos últimos 30 anos. Nesta conversa, o jornalista revisita momentos marcantes da sua colaboração com a Rádio SBS e discorre sobre os pilares e missão do jornalismo nos dias de hoje.
Uma ouvinte quer compreender e desmistificar o porquê das traições.
'Acho que o papel do médico é ajudar as pessoas em todos os estágios de suas vidas, e a morte assistida é uma extensão disso', diz Stefanie Green.
Dois policiais e um bombeiro morreram durante confrontos entre forças de segurança e apoiadores do ex-presidente Evo Morales. Os protestos pedem a renúncia do presidente Luis Arce e a permissão para que Morales dispute as eleições de agosto. E mais:- Estados Unidos e a China anunciaram um acordo preliminar que deve pôr fim à crise de tarifas. Entre os pontos-chave doacordo, a China deve fornecer terras raras e ímãs, o que permitiria que estudantes chineses frequentem universidades na América- Elon Musk recuaram e afirma que foi longe demais e lamentou algumas das mensagens postadas em relação a Trump, que disse ao The New York Post que achou muito legal que Musk tenha se arrependido- Parlamento de Israel votou contra a moção que poderia significar o fim do governo de Benjamin Netanyahu- Enchentes que atingiram a província do Cabo Oriental, na África do Sul, já deixaram 49 mortos, incluindo crianças queestavam em um micro-ônibus escolar arrastado pela correnteza- Mulheres sírias e turistas só podem frequentar praias e piscinas públicas usando burquínis ou trajes que cubram todo o corpo, é o que determina o novo governo sírio Notícias em tempo real nas redes sociais Instagram @mundo_180_segundos e Linkedin Mundo em 180 Segundos Fale conosco através do mundo180segundos@gmail.com
O deputado estadual Marcos da Rosa (União Brasil) protocolou na Assembleia Legislativa de Santa Catarina o projeto de lei que institui o programa “SC Zero Morador em Situação de Rua”, voltado a promover ações integradas de acolhimento, tratamento, reinserção social e profissional de pessoas em situação de rua em todo o estado. A proposta prevê a ampliação de vagas em abrigos e centros de convivência, além da criação de unidades de acolhimento emergencial. Também contempla a implementação de programas de tratamento especializado para pessoas com dependência química, em parceria com redes públicas de saúde e comunidades terapêuticas. O texto propõe ainda convênios com instituições de ensino profissionalizante e empresas, garantindo à população em situação de rua cursos, capacitação e preparação para entrada no mercado de trabalho, além de apoio à formalização de empregos. Atualmente, o projeto tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alesc, onde será avaliado quanto à legalidade e adequação constitucional. O parecer deverá ser apresentado nas próximas semanas, determinando se a proposta segue para comissões temáticas e, posteriormente, para votação em plenário. Casas legislativas de outros estados que adotaram modelos de acolhimento e reinserção enfatizam que a aprovação de iniciativas como o SC Zero traz apoio efetivo à população vulnerável, além de ganhos sociais e econômicos, reduzindo custos com saúde e fortalecendo a cidadania. O deputado estadual Marcos da Rosa (União Brasil), participou de entrevista no programa Cruz de Malta Notícias e comentou sobre essa proposta. Ouça a entrevista completa:
O Manhã Brasil desta quarta (11), com o jornalista Mauro Lopes como âncora, tem os seguintes destaques: 1) o destaque do interrogatório dos líderes da tentativa de golpe de 2022/23 foi a covardia de todos. Em vez de defenderem sua ação política e suas ideias, ficaram tentando escapar das perguntas como minhocas. Um contraste completo com o que ocorreu no país com os militantes de esquerda presos e torturados na ditadura; 2) Thiago Ávila e outros ativistas do barco Madlen continuam sequestrados em Israel por terem se recusado a assinar da deportação; o brasileiro está em greve de fome Pessoas convidadas: Martin Granovsky, colunista do jornal Página 12, de Buenos Aires, integrante do Conselho do Instituto Novos ParadigmasMateus Oliveira, formado em Ciências Sociais e mestrando em Ciência Política, ambos na Unicamp, atuando na linha de Sindicalismo e Movimentos Sociais. Atualmente, desenvolve pesquisa sobre organização coletiva no setor logístico de grandes comércios virtuais, como Amazon e Mercado Livre, analisando a expansão das big techs no Brasil e a contratação da força de trabalho envolvida, os direitos e conflitos trabalhistas no setor, e as formas de mobilização e de representação sindical de trabalhadoras e trabalhadores.
Fala galera, Matheus Rothe do Juntos ao Bilhão aqui.Hoje saiu esse vídeo, que acredito que seja um vídeo muito profundo e que dê fato, irá te ajudar, assista agora e me conte nos comentários!
"Nuvem Negra - O drama do 27 de Maio de 1977" é o livro onde o advogado e professor universitário Miguel Francisco, mais conhecido como “Michel”, relata, na primeira pessoa, os três anos de pesadelo em que esteve preso. Michel testemunha as torturas, fuzilamentos, trabalhos forçados, as condições mais desumanas a que foram sujeitos aqueles que em Angola foram acusados de colaborarem com os “fraccionistas” (Nito Alves e José Van-Dúnem). "Nuvem Negra - O drama do 27 de Maio de 1977" é o livro onde o advogado e professor universitário Miguel Francisco, mais conhecido como “Michel”, relata, na primeira pessoa, os três anos de pesadelo em que esteve preso e viveu as condições mais desumanas a que foram sujeitos aqueles que em Angola foram acusados de colaborarem com os “fraccionistas” (Nito Alves e José Van-Dúnem). Michel, que em 1977 era militar do MPLA, fez parte dos milhares de prisioneiros, condenados sem julgamento, que foram enviados para o “campo de concentração”, “campo da morte”, o campo de Calunda. O livro "Nuvem Negra - O drama do 27 de Maio de 1977" foi recentemente reeditado em Portugal pela Perfil Criativo. Em entrevista à RFI, Michel, que considera que a reconciliação entre angolanos ainda está por fazer, começa por lembrar o choque que teve ao chegar ao campo. Os amigos de Luanda, que pensava que estariam mortos, estavam ali, vivos, mas o aspecto de farrapos humanos, doentes, cadavéricos, com lêndeas e cabelo a cair, eram marcas das condições desumanas do campo da morte. Michel: Quando eu vi, o Manél está vivo! Eu pensava que o gajo estava já morto, afinal ele está vivo. Mas ele estava em mau estado, com lêndeas, anémico, muito magro. Ele disse-me: "Vocês estão aqui e recebemos ordens. Nós não podemos comunicar com vocês." A segurança lá, o DISA. Então, o campo é novo, não tem condições nenhumas, meteram-nos aqui como se fossemos farrapos. Então, começámos mesmo a dormir ao relento. Isto estou a resumir, no livro está tudo. Veio esse primeiro grupo no dia 26 de agosto. Depois veio o segundo no dia 30 ou 31. E depois veio... depois veio o último grupo no dia 3. Este último grupo, dia 3, é que fez o número para eles realizarem o comício satânico para fazerem um fuzilamento em hasta pública, com a população lá, assistindo. Terrível, nunca vi uma coisa assim. Nós fomos obrigados a assistir ao fuzilamento de dois rapazes. Um deles até chamava-se António Ambrige. Jovem, só 18 anos. Estou a ver como se fosse agora. E depois tiraram mais um miúdo. No dia antes nós fomos à Tonga, inculparam-lhe que ele ia fugir. Mas aquilo era uma farsa. Inventaram aquilo. Eles já tinham planificado o fuzilamento para incutir o medo no grosso de toda a malta que estava ali no campo. É uma estratégia que eles tinam montado. De tal forma que nós assistimos, horrorizados. Para nós pensarmos que não vamos sair daqui vivos. No comício, esteve presente o administrador comunal daquela região. Um gajo muito tribalista, o gajo que mais incitava ao ódio ali, naquele comício. E as populações (vieram), pediram a toda a população dos bairros (para vir ver). Estavam ali, concentrados. Todo o mundo assistiu. Tanto mais que naquele fuzilamento, a população também não embalou. Era visível no rosto dos populares a revolta e a reprovação do que eles estavam a assistir. Muitos até não quiseram assistir. Uns até choravam. Por toda essa peripécia que a gente viveu, é que me levou a escrever o livro. Eu disse logo. Por todo este clima de terror que nós estamos aqui a viver. Nunca me passou pela cabeça que o MPLA fosse capaz de criar um campo desta dimensão, nem a PIDE na época colonial. Aquilo era terror autêntico. Nós chegámos lá no dia 26 e tiveram que nos evacuar no dia 17 de outubro. Se continuasse mais tempo não sobraria ninguém. Porque depois surgiram muitas doenças. Por quê? Porque chovia muito. Não havia casas suficientes. Alimentação não havia. Trabalhos forçados, torturas, pancadarias, fuzilamentos. Olha, eu vou só lhe dizer um caso que aconteceu. No dia em que eu fiz 22 anos, no dia 26 de setembro, eu não fui à Tonga. Tonga é lá a roça onde se ia para fazer trabalhos forçados. Eu não fui. Simulei qualquer coisa e fiquei mesmo lá, no campo. Até havia mais benefício em ir à Tonga, porque lá tem água. No campo, nem água tinha. A água era de um tanque. Você nem água tinha para beber. A situação era tão grave no campo que você nem água tinha. Portanto, era melhor ir para a tonga,porque lá tem os rios. Tomas um banho, bebes água à vontade. E quando chegas (ao campo) tens o papo cheio, já não tem necessidade de beber água. Então, eu não fui mesmo, disse não vou. Então, fui à caserna de um indivíduo chamado Jerónimo. Ainda está vivo. E eu disse: "Oh, Jerônimo, eu, hoje, fiz 22 anos. Aí o gajo disse assim: "Epá, você fez 22 anos! Hoje tens que te aventurar e ir lá na bicha, para ver se comes qualquer coisa." Pronto, a bicha (a fila que se formava para receber uma ração) era terrível. Não se conseguia receber comida, porque a cozinha era única e o número de prisioneiros era muito. Aquilo era uma luta tão grande para conseguir uma migalha de comida que nem todos recebiam. Só os mais fortes é que conseguiam. Eu não conseguia mesmo, não conseguia. Por isso eu vim de lá (do campo) com mazelas. Cheguei a ficar quatro dias sem comer mesmo nada. Então, o que é que eu fazia? Recolhia as escamas de peixe que estavam no chão junto da cozinha. Depois acendia um fogareiro numa lata e tomava aquele molho com sal para mitigar a fome. Mas nesse dia, esse meu amigo Jerónimo disse, "Epá, tens que ir à bicha. Vai! faz alguma coisa! Já não vais fazer mais outro aniversário aqui. Porque aqui nós estamos todos condenados à morte. Então, nesse dia eu tentei ir à bicha. Não é que, por meu azar, e isso está tudo em livro, não é que, por meu azar, nesse dia, também o próprio chefe do campo decidiu ir à bicha para acompanhar o comportamento (dos prisoneiros) e ver como estava a ser distribuída a refeição. Eu estava naquela confusão, para ver se conseguia festejar o aniversário pelo menos comendo alguma coisa. E aquele gajo, de um momento para o outro, disse: "mas que brincadeira é essa? Vocês estão-me enervando. Eu mato já um gajo!" Eu até pensei que ele estivesse a intimidar para que a gente se organizasse melhor. O gajo saca da pistola... Epá, eu nunca tinha visto uma coisa assim. Saca da pistola... Epá, prime o gatilho (com a arma) na testa de um gajo... Epá! De um gajo aleatoriamente. Pumm! Epá, antes dele fazer esse disparo, eu vi o gajo. Eu fiquei com medo. Eu vi o gajo e saí da bicha. Logo que o gajo faz o tiro, Epá, eu... O sangue a jorrar, a bicha se desfez toda, … todo o mundo disperso. Fui para a caserna. Então, disse logo: Epá, isto aqui é mau sinal. Então hoje mesmo que eu faço o aniversário e me acontece uma coisa dessa. Então, é porque já não vou sobreviver. Mas jurei comigo mesmo, se algum dia eu sobreviver, eu vou escrever um livro para relatar todas essas situações que eu estou a viver. É essa a razão que me levou a escrever o livro. RFI: Sobre este drama do 27 de maio de 1977, o Michel já escreveu outros livros, estou-me a lembrar do livro O Racismo como Cerne da Tragédia de 27 de Maio de 1977. Este é um relato de todos os factos que eu vivi, senti na carne e na alma, o que me levou a escrever o livro. Mas, como cidadão que eu sou, com alguma formação que eu tenho, quis ir ao fundo do que realmente esteve na base deste processo. Contrariamente ao que muita gente pensa, é um livro polémico, porque são ideias minhas. Eu fiz uma incursão, fiz uma investigação e fiz uma reflexão. Porquê aquela sangria toda? Tem matérias muito complexas, que tem a ver com a realidade própria do meu país, cujo cerne cai exactamente no racismo. Por isso eu escrevi O Racismo como Cerne da Tragédia de 27 de Maio. Agora, as pessoas lêem. Podem concordar com o que está lá ou não concordar. É o que eu fiz. Esta é uma reflexão pessoal, a minha análise, a minha opinião sobre o que esteve na base do 27,com a qual as pessoas não são obrigadas a concordar. É uma questão de liberdade. Eu penso que o que esteve na base daquela tragédia é aquilo que está no livro que eu escrevi. Agora as pessoas podem concordar. O que o faz ter a opinião de que terá sido o racismo? Ah! aí está o problema! Porque é muito difícil dizê-lo, mas é o que aconteceu. Porque os factos são factos. Quem dirigiu a repressão em Angola foram mestiços. Foram maioritariamente mestiços. São mestiços que planificaram isso. Para mim, são mestiços. E quem viveu em Angola sabe a realidade, sabe que é isso que se passou. Agora, usaram o Presidente Neto, como escudo. Instrumentalizaram o Presidente Neto. Agora, se ele se deu conta, isso é um problema dele. Mas penso que ele deu-se conta. Por quê? Porque eu tive um encontro com a dona Maria Eugénia, viúva do Presidente Neto. Tive uma reunião com ela em 2011, a pedido dela. Esta reunião foi intermediada pelo antigo primeiro-ministro Marcolino Mouco. Um encontro muito frutífero. Ela foi com o meu livro, a primeira versão. Foi com o meu livro para me fazer perguntas. Fez uma série de perguntas e eu respondi. E ela, no fim, diz assim, "coitadinho, o homenzinho, fizeram tudo sem ele saber e o homem sofreu até morrer". No encontro que ela teve comigo, estava ela, esteve um indivíduo chamado Amarildo Vieira Dias e estava a filha, a doutora Irene Neto. Se elas ouvirem, podem confirmar, em 2011. Eu tenho uma grande admiração pelo Presidente Neto, mas não posso perdoar o que ele fez. Então, aquela ideia de uma divisão entre nitistas e netistas faz sentido ou não? Não faz sentido. Isso está no livro que eu escrevi. Na minha perspectiva, aquilo é um falso problema. Eles manipularam de tal forma o Presidente Neto para influenciar a opinião pública nacional e internacional de que a luta do Nito (Alves) era contra o (Agostinho) Neto. Mas não, não é verdade. É falso dizer que havia netismo e nitismo, como se o Nito fosse adversário do Neto. Não, é mentira! Isto não é verdade. A verdade é que o Neto, naquela altura, naquela conjuntura,era uma peça fundamental e qualquer uma das alas queria tê-lo do seu lado. E venceu a área que tinha o Neto do seu lado. Porque o Neto, na altura decisiva da contenda, bandeou-se para o lado da ala que reprimiu. É por isso que eu disse que o problema resvala no racismo. Não vale a pena escondermos. Quem são os gajos que dirigiram a repressão? Lúcio Lara, Igo Carreira, Onambwé, Costa Andrade "Ndunduma", Hermínio Escórcio, todos eram mestiços!. Para quê esconder? É verdade que tinha lá uns pretinhos, mas não tinham aquilo que se chama o domínio do facto. Quem dirigiu a repressão são essas gentes. Isto eu não escondo. É uma realidade. Os factos são factos. E todo mundo sabe disso. Agora, as pessoas podem não concordar comigo. Eu sempre disse, e neste meu livro está lá, o problema do 27 de maio não é ideológico, na minha perspectiva. O problema do 27 de maio é político, é profundo. Já vem da essência do próprio MPLA. Quem fundou o MPLA? Isto não vale a pena esconder. É a minha perspectiva. Eu sou um homem livre. Exprimo aquilo que penso. Agora, posso estar errado, mas têm que me provar o contrário. No campo onde esteve preso, havia pessoas que morriam por causa dos maus-tratos, mas uma grande parte dos mortos era por causa da doença. Sim, a maior parte que morreu no campo, está no livro, era por doenças. Havia um ou outro... Tortura havia ali. (Mesmo sobre) Aqueles gajos, indivíduos que iam roubar mandioca. Chegou uma altura em que a situação estava de tal forma insustentável... O ser humano tem instinto de sobrevivência... Começaram a ir para as lavras roubar as mandiocas. Quando voltavam, aquilo era uma tortura que não era brincadeira. Eram postos nus, e o chefe do campo, com a mulher a assistir, pegava num cacete e batia no pénis. O pénis ali a inchar e a sangrar. Todo mundo a ver, ele nu. Aquilo não era coisa de brincadeira. É o que me levou a escrever o livro. Eu dizia assim: Epá, eu nunca vi uma coisa dessa. Epá, mas é mesmo o MPLA que está a fazer isso? O MPLA vai criar um campo destes? O MPLA que diz que é o povo, e o povo é o MPLA, vai-lhe dar na cabeça para criar um campo desta magnitude? Por isso é que esse tipo de coisas que estão aí a fazer, isso não é reconciliação. Isso não é reconciliação, não é nada. Pela gravidade do assunto, é um assunto que tem que ser bem... Não é só vir com um papelzinho, olha, peço desculpa. Não, aquilo é formal. É um bom passo. Mas agora tem que ir ao fundo do problema. Tem de haver responsabilização política. Pode não ser criminal, ninguém precisa disso. Mas responsabilização política tem de haver. Só assim poderá haver reconciliação. Caso contrário, não há. É assim no Chile, é assim no Brasil. É assim aqui. Aqui, os da PIDE têm mais espaço aqui? Os gajos que fizeram a PIDE aqui têm espaço? Não pode. São cidadãos, vivem ali, mas não tem possibilidade nenhuma de aparecer. Nós em Angola, não. Estão a condecorar até verdugos. Os próprios gajos que mataram, os algozes, estão a ser condecorados. Isto é sério? É assim que se faz? É um prémio pelas matanças que levaram a cabo? Em vez de se criar uma comissão da verdade para se explorar bem, se determinar bem as responsabilidades, e para que uma situação do género não se volte a repetir, estão a ser condecorados. Isto é sério? Por amor de Deus, pá! Só no meu país. Mas eu, como sobrevivente, como angolano que dei o meu melhor nesse país, vou lutar até as últimas consequências. Ainda que me matem. Se quisermos uma verdadeira reconciliação nacional, teremos que ir buscar as causas profundas que estiveram na base disso. O que é que sugeria para que, realmente, essa reconciliação nacional acontecesse? O que eu proponho é a criação de uma comissão da verdade, até podem chamar outro nome qualquer, para primeiro descobrir quem foram os indivíduos que assassinaram aqueles comandantes que apareceram no dia 21 nas Barrocas do Sabizanga. Esse é o ponto de partida. Porque é a partir dali, deste facto bárbaro, que o Presidente Neto veio a público dizer que não perdia tempo com os julgamentos. Não haverá perdão nem... Isso vem em letras grossas. Aliás, escritas pomposamente pelo Costa Andrade "Ndunduma". Que depois inventou mais uma outra célebre frase, "É preciso bater no ferro quente", numa alusão para instigar a matança que já estava a ser levada a cabo. Em função desta frase do Presidente Neto, "Não vamos perder tempo com os julgamentos". Por quê? Por causa daqueles comandantes. Então é preciso saber quem foram as pessoas que assassinaram aqueles comandantes. Foram os fraccionistas? Duvido muito. Até por uma questão de lógica. Se o golpe falhou às 11 horas, mais ou menos às 11 horas, 11 e meia, já as tropas cubanas tomaram a cidade toda. E os próprios fraccionistas já estavam em demandada. Como é que tiveram tempo, durante a noite, para assassinar, meter num carro, numa Kombi, e ir meter (os corpos) alí nas barrocas? Por amor de Deus, pá! Isso é uma questão de lógica. Tem de haver alguma estratégia. Agora, temos que saber quem foram. A gente sabe quem são. A gente sabe! Mas a minha opinião vale o que vale. Por isso é que tem, mesmo, que haver uma comissão da verdade. Olha, se lerem o livro do Nito Alves, nesse livro, tem lá muita carga ideológica. Purga e aquela carga ideológica está lá. E vão às informações que o livro tem. Há uma página 172 ou 173, está lá tudo. Aquelas reuniões que eram levadas a cabo na casa do Júlio de Almeida, era reunião de quê? Era para fazer o quê? Está lá tudo. Matrículas todas, as pessoas que iam lá frequentar. Vamos lá, só ver. Ali temos um bom ponto de partida. Agora, se querem que as pessoas todas que estavam envolvidas nesse processo trágico, morram todas para depois não serem responsabilizadas, isto não é reconciliação. Com toda sinceridade, não é! Qual é o impacto que o drama do 27 de Maio de 1977 ainda tem, nos dias de hoje, na sociedade angolana? Basta ver o país como está. Tão simples quanto isso. Isso não é uma questão de romantismo, é uma questão de realismo. O MPLA inflectiu para um rumo depois do 27 de Maio. O MPLA não é mais o mesmo. E a prova está ali, hoje, no que temos. Que MPLA temos hoje? Que MPLA temos hoje? Os melhores patriotas que o MPLA teve na sua vida são aqueles que foram trucidados no 27 de Maio. Não me venham lá com outras teorias. São esses que foram mortos no 27 de Maio. Hoje só temos aí os escroques! Indivíduos mais ligados para a riqueza. Não é?! Todos eles são ricos. São milionários. Têm casa aqui, dupla nacionalidade. Todos eles. Que patriotismo é esse? Eles é que andaram a instigar esses miúdos todos a virem para aqui. Porque copiam. Um verdadeiro patriota pensa no seu país! Investe lá! Mas eles todos vêm aqui e morrem aqui. Depois é que vão lá ser enterrados. Ou não é? Esse é patriotismo de quê? Podem ser tudo menos patriotas. Se é que têm noção do que significa patriotismo? Portanto, este é o impacto do 27 de Maio. O MPLA está completamente descaracterizado porque os melhores quadros que eles tiveram, os melhores patriotas, são esses que foram mortos no 27 de maio. Nisso não tenho dúvidas. Mesmo as pessoas que participaram nesta repressão têm noção disso, reconhecem. Hoje O MPLA está descaracterizado. Isto não é romantismo do Michel, não, é um facto. Está aí, palpável. Olha como é que o MPLA está hoje, completamente desacreditado. Acha que ainda é possível com o MPLA no poder alcançar essa verdade que o Michel defende, que o Michel procura? Eu acredito no ser humano. É uma questão de vontade política. Ainda é possível, vão a tempo. Mas se não for possível, vão ser forçados a fazê-lo. A reconciliação só pode passar por este caminho. Olha, é uma questão de filosofia de vida, Luís Guita. A filosofia de vida nos ensina que não se constrói um edifício a partir do tecto. Os edifícios se constroem a partir da base. O que é que se faz primeiro? Criam-se os alicerces. Depois, criam-se os pilares para sustentar o edifício. Olha, a CIVICOP está a fazer exactamente o contrário. Está a começar por cima para depois terminar em baixo. Não se dá certidão. Certidões, ossadas, é um processo que vai culminar lá. Depois até se pode erigir um monumento. Mas primeiro temos que ir às raízes, àquilo que esteve na base do 27. O que é que deu para matarem tanta gente? Isso é que é fundamental. Se a gente discutir isso, chamar as pessoas à razão, confessarem ali na comissão o que é que fizeram, porquê que fizeram, o caso morre aí. Nós estamos todos disponíveis para perdoar. Sem isso, nada feito. Está a acontecer a reedição do livro "Nuvem Negra", que o Michel escreveu sobre o drama do 27 de Maio de 1977. No poder, em Angola, já está a chegar uma nova geração, pessoas que, algumas, ainda nem sequer tinham nascido quando isto aconteceu. Qual a importância que este tema seja também dado a conhecer com profundidade a essa nova geração? Por isso é que se escreveu o livro. É para que eles leiam. Vão ler o que eu escrevi, vão ler a opinião das outras pessoas que também escreveram, porque não serei o único que escreveu sobre esta matéria, e eles próprios, depois, vão chegar a uma conclusão. Eu estou a deixar aqui um registo, é um legado. No fim do texto está lá escrito: "Para que as gerações vindouras saibam o que é que se passou. Para que não se silencie e casos do género não se repitam". Agora, eu não estou a dizer à juventude que eles têm que abraçar aquilo que está lá escrito. Não, isso é uma ferramenta de apoio para que eles reflitam sobre o que é que se passou neste país. Para que coisas do género não voltem a acontecer. O que eu quero é que se faça a justiça e que o governo angolano pense, repense, que leia o sinal do tempo. Vai a tempo de inflectir o rumo que ele está a seguir com este processo de 27? Porque o processo de 27 não morre assim. É a verdade. De resto, eu sinto-me bem e sou agradecido, mais uma vez, à RFI por me entrevistar, porque eu nunca tive espaço lá em Angola, é um pouco difícil, senão nas rádios privadas. Nas rádios públicas nem é pensado passar isto, porque eles não fazem, por razões óbvias. O livro termina mesmo com uma frase que é "Que se faça justiça". Quem julga? Essa justiça não é a justiça formal dos tribunais, é a justiça do povo, da juventude, da geração que está para vir. Aliás, uma das passagens deste livro do Michel faz referência ao povo e à maneira como o povo olhou para vós, prisioneiros, no momento em que estavam no Luau... Sim!! ... e escreveu, "até ao anoitecer, as velhas, e mesmo os jovens camponeses, traziam produtos das suas lavras como mandioca, tomate, cebola, batata e ervas. Foi um gesto de profunda sensibilidade e solidariedade que me marcou profundamente e que jamais esquecerei. Este comportamento, por parte do povo, desde o campo, até nesse dia, no Luau, ajudou-me a consolidar o princípio segundo o qual Os povos nunca são maus". Sim! Os povos nunca são maus! Maus são os políticos. Os povos nunca são maus, ó Luís. Os povos nunca são maus. É exactamente pela vivência que eu tive. Esta vivência dramática que me marcou para toda a vida. Eu estou a fazer 70 anos. Mais um ano ou dois anos, você vai ouvir dizer ... e pensar ... entrevistei aquele jovem, já foi. Mas eu deixo esse registo para a eternidade. Morro eu, mas o meu livro não. As minhas ideias vão ficar sempre. Por causa disso, os povos nunca são maus. Eu nunca digo que o povo português é mau. Nem digo que o povo russo é mau. Não! Maus são os políticos que se servem dos povos para gizar um projecto que não é aquele que o povo quer. Isto é que é verdade!
Confira na edição do Jornal da Record News desta terça-feira (10): Bolsonaro nega tentativa de golpe de estado em 2022 em interrogatório no STF. Quatro pessoas são baleadas e cerca de 20 são presas em operação policial em comunidade no Rio de Janeiro. E mais: Rússia dispara centenas de drones contra Kiev, capital da Ucrânia.
O Governo de São Paulo, por meio da Sabesp, entregou, nesta quarta-feira (11), a ampliação da estação de tratamento de água (ETA) Rio Grande, em São Bernardo do Campo. A unidade passa agora a produzir 400 litros de água por segundo a mais, o suficiente para abastecer 120 mil pessoas. Além disso, cinco grandes obras de coleta e tratamento de esgoto tiveram início no município, como parte do programa IntegraTietê. Além de saneamento para a cidade, as obras vão contribuir para a melhoria da qualidade dos rios e córregos da região. Juntos, os investimentos superam R$ 320 milhões. Na ocasião, o governador Tarcísio de Freitas também vistoriou as obras do Piscinão Jaboticabal, no limite entre São Bernardo, São Caetano do Sul e a capital.
Confira nesta edição do JR 24 Horas: A manhã foi de caos e medo no Rio de Janeiro em mais um tiroteio que fechou a avenida Brasil e a Linha Vermelha na cidade. Passageiros de transporte público precisaram se proteger dos tiros trocados por policiais e criminosos. Um motorista e um passageiro de ônibus acabaram feridos e levados para o hospital. A Polícia Civil foi às ruas nesta terça-feira (10) para o cumprimento de pelo menos 70 mandados de prisão de integrantes de uma facção criminosa na comunidade do Complexo de Israel, na zona norte do Rio. E ainda: Inflação desacelera em maio e acúmulo no ano é de 2,75%.
Duas pessoas foram baleadas dentro de ônibus diferentes próximo ao Complexo de Israel onde a Polícia faz operação para prender setenta criminosos. Vias importantes da cidade como Avenida Brasil e Linha Vermelha foram fechadas.O Giro de Notícias mantém você por dentro das principais informações do Brasil e do mundo. Confira mais atualizações na próxima edição.
O entrevistado é o promotor de Justiça e coordenador auxiliar do Caocidadania, Hugo Porto.
Pequenas partículas estão presentes em todos os lugares, das profundezas do oceano ao topo do Monte Everest, e até mesmo em todo o corpo humano; em média, cada pessoa consome mais de 50 mil partículas de microplásticos por ano.
Confira nesta edição do JR 24 Horas: Houve confusão e correria na porta do presídio durante a saída do funkeiro MC Poze do Rodo, no Rio de Janeiro. O cantor, que é investigado por apologia ao crime e associação para o tráfico de drogas, foi beneficiado por um habeas corpus na noite de segunda-feira (2). E ainda: Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga esposa de MC Poze do Rodo.
Espíritos familiares, espíritos galhofeiros, espíritos sedutores, espíritos para todos os gostos!
00:00 A bomba-relógio da previdência vai explodir00:32 Colapso das aposentadorias em 5 anos01:17 O rombo escondido01:28 Déficit do INSS01:40 Previsão para déficit do INSS02:34 Envelhecimento da população 03:17 Queda da população em idade ativa04:24 Pessoas idade ativa vs. idade inativa05:10 Como o governo esconde a conta06:13 O plano de fuga 06:29 Tesouro IPCA | FIIs | Ações06:52 Carteira protegida06:58 Investimentos no exterior07:04 Blindagem patrimonial e planejamento sucessório07:11 Conclusão
Leitura Bíblica Do Dia: ISAÍAS 2:1-5 Plano De Leitura Anual: 2 CRÔNICAS 17–18; JOÃO 13:1-20 Vamos ler o devocional juntos? Separe um tempo especial para Deus hoje e faça sua reflexão diária: A maior fronteira internacional do mundo é a que divide o Canadá e os Estados Unidos, cobrindo incríveis 8.891 quilômetros de terra e água. As árvores que cobrem a linha são cortadas, gerando uma faixa desmatada de cerca de 6 metros; além disso, há postes de pedra marcando claramente onde fica a divisão. Trata-se de uma amostra clara da separação entre governos e culturas. Como seguidores de Jesus, temos esperança no tempo em que Deus reverterá isso e unirá todas as nações do mundo sob a Sua mão. O profeta Isaías falou de um futuro quando o Templo do Senhor será firmemente estabelecido e exaltado (ISAÍAS 2:2). Pessoas de todas as nações se ajuntarão para aprender de Deus e andar em Seus caminhos (v.3). Não mais dependeremos de esforços humanos, falíveis, para manter a paz. Como nosso verdadeiro rei, Deus julgará as causas das nações e “resolverá os conflitos” (v.4). Você consegue imaginar um mundo sem conflito ou divisão? É isso que Deus promete! Apesar de toda a desunião ao nosso redor, podemos “andar na luz do Senhor” (v.5) e sermos leais a Ele agora. Sabemos que Deus domina sobre todas as coisas, e um dia Ele unirá todos os povos sob a Sua bandeira. Por: KAREN PIMPO
Pessoas que não param quietas na praia, dois extraterrestres amigos e o caos para estacionar na praia!