"Palavras em Vermelho" é um espaço sonoro dedicado ao pensamento marxista-leninista. Aqui, encontrarás uma colecção cuidadosamente seleccionada de obras que ecoam os ideais revolucionários do proletariado. Mergulha nas palavras de visionários como Marx, Engels, Lenin, entre outros, enquanto é explorada a essência do marxismo-leninismo, servindo de inspiração aos militantes do presente e do futuro. De discursos inflamados a reflexões profundas, cada arquivo é um convite para compreender a história e moldar o amanhã. Sugestões e dúvidas para: tfcgoncalves.92@gmail.com
Álvaro Barreirinhas Cunhal, nascido em Coimbra a 10 de novembro de 1913, dedicou toda a sua vida ao ideal e projeto comunista, à causa da classe operária, dos trabalhadores e à solidariedade internacionalista. Com a sua exemplar atuação ao longo de mais de 74 anos com o Partido Comunista Português, desempenhou um papel significativo na história de Portugal do século XX. Como descrito, foi corajoso e activo na resistência anti-fascista, na luta pela liberdade e pela democracia, e desempenhou um papel fundamental nas transformações revolucionárias de Abril. O camarada Álvaro Cunhal defendeu uma sociedade livre da exploração e opressão, buscando a construção de uma sociedade socialista. Para terminar o episódio, "Verdes Anos". Tema instrumental de Carlos Paredes, um dos temas mais reconhecidos do seu repertório. Carlos Paredes foi um activo militante do Partido Comunista Português desde 1958, tendo sido preso pelo regime Salazarista nesse mesmo ano. -- Discord do colectivo ESPECTRO: https://discord.gg/5u3ccFu9
VIVA A REVOLUÇÃO DOS OPERÁRIOS, SOLDADOS E CAMPONESES! Depois do discurso de vitória de Lenine no Palácio de Inverno, lido pelo camarada @MiguelFaria96, fica o Hino da União da União Soviética acompanhado com imagens que passavam na televisão soviética no final de emissão. Escrito por Sergey Mikhalkov e composto por Alexander Alexandrov, em 1913, era inicialmente o hino do Partido Bolchevique e a partir de 1944 foi adoptado como Hino da URSS (até lá, o hino era A Internacional). Aqui fica a versão tocada e cantada pelo Coro do Exército Vermelho. -- REDES SOCIAIS DO CAMARADA MIGUEL FARIA: Instagram | Facebook | Twitter | Link Tree Discord do colectivo ESPECTRO: https://discord.gg/2Pd6rqvF
Estamos nas últimas horas antes da tomada do poder pelo Partido Bolchevique e, consequentemente, pelas massas. Quem faz o ponto de situação é o camarada Stalin, que um ano após a Revolução publica um artigo no número 241 do "Pravda" ("A Verdade", em português). Nesse artigo, intitulado "A Revolução de Outubro (O 24 e o 25 de outubro de 1917 em Petrogrado)", Stalin dá-nos o contexto material que era vivido àquela época naquela cidade, e quais as condições em que a revolução foi feita. Para terminar o episódio, a música "Por vales e pelas colinas" (tradução livre para português do russo "По долинам и по взгорьям"), popularmente conhecida como "Música dos Partisans", foi uma música utilizada pelo Exército Vermelho durante a Revolução de Outubro e Guerra Civil Russa, e mais tarde pelos Partisans jugoslávos e soviéticos durante a Segunda Guerra Mundial. -- Discord do colectivo ESPECTRO: https://discord.gg/RZdBC4RC
Nadezhda Krupskaya, nasceu a 26 de fevereiro de 1869 em S. Petersburgo, foi uma veterana do Partido Bolchevique, o Partido Comunista da União Soviética. Interessada por Marx e pelo caminho revolucionário, começa a apoiar o movimento operário e as suas greves e começa a dar aulas nas escolas de domingo, que eram frequentadas por operários fabris. Aí começa a ensinar o marxismo aos operários, fazendo com que muitos se interessem pelos estudos e ingressem em círculos estudantis. Em 1896 é presa com Lenine durante as suas actividades de apoio a uma greve. Casam-se no exílio, e não cessam mais a sua vida de luta pelo socialismo. Pelos seus conhecimentos em educação e experiência partidária, assumiu um papel basilar na educação da União Soviética, fazendo até parte da presidência do Colégio do Comissariado de Educação, sendo vice comissária do colégio desde 1929 até à sua morte, em 1939. Lutou sempre, e desde sempre, por estabelecer um novo paradigma de educação da união soviética: uma educação verdadeiramente publica, socialista, justa, abrangente e universal, focada em acabar com o analfabetismo e com a discriminação de classe. Para dar nota dessa relevância, não apenas no que toca às questões da educação, mas também no que concerne à construção do socialismo, e passando para o texto de hoje, que foi escrito em 1925 e intitulado "As lições de outubro". Krupskaya faz o ponto de situação da revolução àquela época e responde de forma assertiva e dura a um livro com o mesmo nome escrito por Trotsky, chegando mesmo a apontar as fracas capacidades de Trotsky em fazer uma análise marxista. A camarada Krupskaya lutou também de forma ávida, juntamente com outras camaradas, pela emancipação das mulheres e por isso considero fortemente redutor, e até ofensivo para com ela e para com a sua luta, diminuir a camarada Krupskaya como sendo apenas a "esposa de Lenine". Nenhuma mulher merece ser reduzida a ser apenas a esposa de alguém (mesmo que esse alguém seja o camarada Lenine, obviamente), muito menos quando essa mulher e a sua obra têm a dimensão e a relevância que Krupskaya tem. Seguindo este raciocínio, e para não ser eu, um homem, a dar voz às palavras de uma mulher, segue-se então o texto de hoje na voz da camarada Filipa Peixoto. Como música final, temos a música "Com coragem, lutaremos" (tradução livre do russo "Смело мы в бой пойдем"). De composição e arranjo incógnitos, a música foi usada pelos dois lados da guerra civil russa, com letras diferentes evidentemente, a versão bolchevique é um apelo à insurreição da massa trabalhadora e participar na conquista do poder soviético. Aqui ficamos, naturalmente, com a versão bolchevique da canção, cantada pelo Coro do Exército Vermelho conduzido por Boris Alexandrov. -- Discord do colectivo ESPECTRO: https://discord.gg/am9krwxj
Antonio Sebastiano Francesco Gramsci, nascido de uma família pobre, foi um filósofo marxista italiano de renome que deixou importantes contibuições em áreas como teoria política, sociologia, antropologia, história e linguistica. Gramsci é principalmente reconhecido pela sua teoria da hegemonia cultural, que analisa como o Estado utiliza as instituições culturais para manter o poder nas sociedades ocidentais. Desempenhou um papel fundamental como membro-fundador e secretário-geral do Partido Comunista Italiano e foi eleito deputado, sendo detido em Novembro de 1926 pelo regime fascista liderado por Benito Mussolini. Iniciou a sua militância política no Partido Socialista Italiano em 1913, tendo começado, em 1914, a escrever para o jornal local do partido em Turim, chamado "Il Grido del Popolo" ("O Grito do Povo" em português), e dois anos depois tornar-se-ia co-editor do jornal "Avanti!", jornal de tiragem diária do PSI na região de Piemonte. A partir de 1917 começa a interessar-se pela Revolução Russa, mais particularmente pelas ideias políticas de Lenine e da facção bolchevique. Rapidamente se alinhou com essas ideias e não demorou a expressar publicamente o seu apoio. À altura, eram escassas as notícias sobre a Revolução Russa que chegavam a Itália - e as que havia eram a maioria das vezes proibidas pela censura -, mas conforme novas noticias vinham chegando, Gramsci começou a desenvolver a sua interpretação pessoal dos acontecimentos, que ficou expressa no seu artigo intitulado "Notas sobre a Revolução Russa", que escreveu para o jornal "O Grito do Povo", a 29 de abril de 1917. Ao explicar a sua visão dos acontecimentos de 1917 aos camaradas italianos, Gramsci deixa-nos um legado de marxismo-leninismo e, portanto, de emancipação da classe trabalhadora. Desde o seu cárcere, em 1926 até à sua morte em 1937, às mãos do fascismo de Mussolini, teve uma produção teórica impar e a revolução de outubro permaneceu viva no seu pensamento, na ponta da sua caneta e no seu coração. Para terminar, tratando-se da obra de um marxista italiano, a inevitável "Bella Ciao". Canção popular italiana, inicialmente cantada pelas mondadeiras das regiões da Emilia Romagna e do Véneto (região que, aliás, elegeu Gramsci como deputado). Mais tarde viria a tornar-se canção de protesto contra a Primeira Guerra Mundial, e depois adaptada como hino pelos partisans da resistência italiana contra o fascismo durante a Segunda Guerra Mundial. Foi gravada em diversas línguas e a versão que vos apresento foi gravada pelo Coro Partigiano Triestino. -- Discord do colectivo ESPECTRO: https://discord.gg/am9krwxj
Sob a lente marxista-leninista, entendemos que a Revolução de Outubro não foi apenas um evento isolado, mas o resultado inevitável de uma materialidade histórica única. O século XIX viu o crescimento desenfreado do capitalismo, que exacerbou as desigualdades sociais e a exploração da classe trabalhadora. As contradições inerentes ao capitalismo empurraram o mundo em direção a uma crise iminente. Foi nesse mesmo contexto que Karl Marx, no século XIX, e Lenine, no início do século XX, desenvolveram suas as análises críticas da sociedade capitalista. Marx identificou as leis fundamentais do sistema; enquanto Lenine aplicou essas ideias ao contexto material e liderou o Partido Bolchevique na busca de uma transformação revolucionária. É precisamente pelas «Teses de Abril» que iniciamos este novo segmento do "Palavras em Vermelho" a que vou chamar "Das Teses de Abril à Revolução de Outubro". A partir de hoje, e durante os próximos episódios, vamos entrar nas profundezas da história, em direcção ao ponto de viragem que moldou o século XX, um evento que ecoou por todo o mundo e definiu uma nova era na justa luta dos trabalhadores do mundo inteiro. Essas teses eram uma chamada à ação, orientando a população russa para a realização dessas demandas fundamentais, que eram vistas como cruciais para a transformação da sociedade e o avanço em direção ao socialismo. A terminar o episódio, a música Varchavianka ("Warszawianka", ou em russo "Варшавянка", "A Varsoviana" ou "A Canção de Varsóvia" em tradução livre). É uma canção polaca, escrita no final do século XIX que ganhou notoriedade ao tornar-se hino da manifestação do Primeiro de Maio de 1905, em Varsóvia, onde foram alvejados 30 trabalhadores que se manifestaram. A canção, que ficou também muito popular na Rússia durante as Revoluções de 1905 e 1917, tem traduções em diversas línguas e uma coreografia elaborada em 1924 como celebração pela vitória das classes exploradas e oprimidas sobre o capital, por Isadora Duncan (coreógrafa e bailarina nascida nos EUA, mas soviética de nacionalidade) e aqui temos a versão do coro do Exército Vermelho, presumivelmente escrita por Gleb Krzhizhanovsky em 1897, enquanto se encontrava preso. -- Discord do colectivo ESPECTRO: https://discord.gg/am9krwxj
Neste último capítulo d'O Manifesto do Partido Comunista, Marx e Engels aprofundam a discussão sobre a relação dos comunistas com os diversos partidos de oposição de sua época. Eles delineiam uma abordagem estratégica que reflete a necessidade de colaboração tática, sem comprometer, claro, os princípios fundamentais, a independência e a identidade distintiva do movimento comunista. Vamos analisar como os comunistas entendem a importância dessa estratégia na luta pela emancipação proletária, mantendo sempre em mente o seu objectivo final: a superação do capitalismo e a fundação de uma nova sociedade sem classes e sem propriedade privada dos meios de produção. Depois da leitura deste curto capítulo, deixo um enquadramento histórico e uma simples e pequena análise pessoal ao Manifesto. Para terminar, fica a música "Understanding Marx" de um grupo formado nos anos '70 chamado Red Shadow (The Economic Rock & Roll Band), composto por três economistas - Dan Luria, Ev Ehrlich e Stephan Michelson -, que se conheceram na Universidade do Michigan. A música faz parte do LP "Live At The Panacea Hilton", de 1975. PROLETÁRIOS DE TODOS OS PAÍSES, UNI-VOS! -- Discord do colectivo ESPECTRO: https://discord.gg/am9krwxj
No terceiro capítulo do Manifesto do Partido Comunista, capítulo com o título 'Literatura Socialista e Comunista', Marx e Engels adentram no terreno da crítica literária sob a perspetiva comunista. Aqui aprofundam a relação entre a literatura, a cultura e as estruturas sociais, explorando a forma como estas esferas estão entrelaçadas na teia da luta de classes. Os autores observam que a literatura, ao longo da história, frequentemente refletiu e perpetuou as ideias e valores das classes dominantes. Ela serviu como um veículo para difundir as visões e interesses da burguesia, a classe detentora dos meios de produção. No entanto, Marx e Engels argumentam que a literatura também pode ser uma ferramenta poderosa para a tomada de consciência das massas trabalhadoras. Assim, iremos explorar como os autores viam a literatura como um instrumento capaz de questionar as estruturas de poder estabelecidas. Eles defendem que a literatura socialista e comunista deve promover uma visão crítica da sociedade, desafiando as normas e valores impostos pela burguesia, que é classe dominante. Este capítulo é, portanto, um convite a refletir sobre o impacto da literatura e da cultura na luta pelo socialismo. Vamos mergulhar nas ideias de Marx e Engels sobre como os escritores podem contribuir para a causa comunista e como a literatura pode ser uma aliada na busca por uma sociedade mais justa. Este capítulo oferece uma visão valiosa sobre a interseção entre literatura, classe social e revolução, e veremos também que as suas implicações continuam a ressoar nos debates contemporâneos. Terminando o episódio, a música "What Keeps Mankind Alive?", interpretada por Tom Waits. Foi composta por Kurt Weill e escrita por Bertold Brecht para a peça "Die Dreigroschenoper" ("A Ópera dos Três Vinténs"). A música retrata o regozijo que os ricos, senhores do grande capital, sentem pelas suas acções bestiais e pelo sofrimento das massas por elas causadas. -- Discord do colectivo ESPECTRO: https://discord.gg/am9krwxj
Continuamos a nossa leitura d'O Manifesto do Partido Comunista com o segundo capítulo, intitulado "Proletários e Comunistas", onde Marx e Engels apresentam o papel dos comunistas na luta de classes. Mergulham profundamente na relação entre os proletários, ou trabalhadores assalariados, e os comunistas, que representam a vanguarda revolucionária. Explicam de que forma os comunistas representam os interesses do proletariado e como o comunismo se configura como a resposta à exploração capitalista. Os autores destacam a importância da classe trabalhadora reconhecer seu papel na transformação revolucionária da sociedade e como os comunistas trabalham para orientar e organizar essa luta. O movimento comunista vê, portanto, na libertação da classe trabalhadora não apenas uma tarefa urgente e inevitável, como vimos no primeiro capítulo, mas também parte essencial de uma transformação mais ampla da sociedade em direção ao socialismo e ao comunismo. Neste capítulo, são estabelecidas as bases teóricas e práticas para a colaboração entre trabalhadores e comunistas, e qual o papel fundamental dos comunistas na consciencialização da classe trabalhadora sobre a sua própria condição de explorados pela burguesia. Veremos como os comunistas trabalham para superar as divisões de classe e como aspiram à abolição da propriedade privada, visando construir uma sociedade sem exploração. Para terminar, Pete Seeger apresenta-nos a sua versão de "Which Side Are You On?". A letra começou e ser escrita em 1912 por Florence Reece (activista, poeta e compositora folk), em virtude de uma greve de mineiros em que o seu pai participava. Em 1931, em plena grande depressão, a poeta recuperou o poema e actualizou-o, desta vez para a luta de Sam Reece, seu marido e sindicalista que participava também numa greve de mineiros e era constantemente aterrozidado devido à sua actividade sindicalista. -- Discord do colectivo ESPECTRO: https://discord.gg/am9krwxj
No primeiro capítulo d'O Manifesto do Partido Comunista, intitulado "Burgueses e Proletários", Marx e Engels lançam os alicerces da análise marxista da sociedade. Neste capítulo, é-nos introduzida a noção de luta de classes, realçando a divisão história entre a classe burguesa, detentora dos meios de produção; e a classe proletária, que vende sua força de trabalho, sendo explorada pela primeira. Este capítulo é a porta de entrada para compreender como o sistema capitalista gera desigualdades profundas e de que forma a exploração da classe trabalhadora é o motor impulsionador da luta pela transformação socialista. Vamos explorar como é que estas desigualdades emergem e por que é que a revolução proletária é inevitável, à luz do profundo entendimento de Marx e Engels sobre a dinâmica social e económica. Para terminar o episódio, a música "Brüder, zur Sonne, zur Freiheit" ("Irmãos, ao Sol, à Liberdade", em português), escrita por Hermann Scherchen, como ode à união e solidariedade proletária. Scherchen adaptou a música "Смело, товарищи, в ногу!" (trad. livre: "marchemos com coragem, camaradas"), escrita por Leonid Radin entre 1895 e 1896, enquanto se encontrava preso. A versão original russa serviu de inspiração tanto às forças revolucionárias da Revolução Russa de 1905; como aos Bolcheviques durante a Revolução de Outubro de 1917. -- Discord do colectivo ESPECTRO: https://discord.gg/am9krwxj
Olá! Boas-vindas ao Palavras em Vermelho, um espaço sonoro dedicado ao pensamento marxista-leninista. Aqui, encontrarás uma colecção cuidadosamente seleccionada de obras que ecoam os ideais revolucionários do proletariado. Mergulha nas palavras de visionários como Marx, Engels, Lenin, entre outros, enquanto é explorada a essência do marxismo-leninismo, transmitindo conhecimento e inspiração aos militantes do presente e do futuro. De discursos inflamados a reflexões profundas, cada arquivo é um convite para compreender a história e moldar o amanhã. Neste episódio zero, como pontapé de partida, lerei aquilo a que chamo de "prelúdio revolucionário", que é a curta secção de introdução e que serve de provocação inicial para os conceitos revolucionários que serão explorados n'O Manifesto do Partido Comunista. -- Discord do colectivo ESPECTRO: https://discord.gg/am9krwxj