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Foi convidado no MusicArte o Maestro Jorge Carvalho Alves para uma entrevista especial dedicada ao lançamento do novo álbum do Coro de Câmara Lisboa Cantat, intitulado “50 anos de Liberdade e Democracia”, sob a sua direção. Este trabalho revisita algumas das canções mais emblemáticas do período anterior e posterior ao 25 de Abril, numa homenagem musical que evoca o espírito da Revolução e o longo caminho da consolidação democrática em Portugal. Entre obras de referência e novas leituras corais, o álbum propõe um regresso sensível e profundo a um tempo que continua a marcar a identidade coletiva portuguesa. Na conversa, o Maestro Jorge Carvalho Alves partilha o processo artístico, o significado histórico do projeto e a importância de manter viva, através da música, a memória de Abril. Ouça esta entrevista no MusicArte, na Radio Latina, um encontro entre música e história que vale a pena ouvir.Acompanhe as atividades da Lisboa Cantat no site, facebooke instagram.
Moçambique asinalou este ano, a 25 de Junho, os 50 anos da sua independência. Por esta ocasião, a RFI propôs-vos um percurso pela história do país e a sua luta pela liberdade. Quando 2025 está prestes a chegar ao fim, tornamos a debruçar-nos sobre este cinquentenário, com alguns momentos marcantes dessa digressão. A luta armada pela independência em Moçambique encontra as suas raízes imediatas em vários acontecimentos. Um deles será o encontro organizado a 16 de Junho de 1960 em Mueda, no extremo norte do país, entre a administração colonial e a população local que reclamava um preço justo pela sua produção agricola. Só que no final dessa reunião, deu-se a detenção de alguns dos representantes do povo e em seguida a execução a tiro de um número até agora indeterminado de pessoas. Dois anos depois do massacre de Mueda, três organizações nacionalistas, a UDENAMO, União Democrática Nacional de Moçambique, a MANU, Mozambique African National Union e a UNAMI, União Nacional Africana de Moçambique Independente, reúnem-se em Dar-es-Salaam, na Tanzânia, a 25 de Junho de 1962 e fundem-se numa só entidade, a Frelimo, Frente de Libertação de Moçambique. Sob a direcção do seu primeiro presidente, o universitário Eduardo Mondlane, e a vice-presidência do reverendo Uria Simango, a Frelimo tenta negociar a independência com o poder colonial -em vão- o que desemboca na acção armada a partir de 1964. O antigo Presidente moçambicano, Joaquim Chissano, recorda essa época. “Nessa altura, nós, já estudantes, que tínhamos deixado Portugal, que estávamos na França, tomamos conhecimento disso juntamente com o Dr. Eduardo Mondlane, que trabalhava nas Nações Unidas. No nosso encontro em Paris decidimos que devíamos trabalhar, a partir daquele momento, para a unificação dos movimentos de libertação, para que houvesse uma luta mais forte. Mesmo a luta diplomática, que foi a coisa que começou, havia de ser mais forte se houvesse um movimento unificado. É assim que surge uma frente. (...) Foram três movimentos que formaram uma frente unida que se chamou a Frente de Libertação de Moçambique. E essa Frente de Libertação de Moçambique continuou a procurar meios para ver se os portugueses haviam de acatar a Resolução das Nações Unidas de 1960 sobre a descolonização. E, finalmente, quando se viu que, de facto, os portugueses não iriam fazer isso, particularmente depois do massacre da Mueda, decidiu-se começar a preparação para uma insurreição armada. E assim houve treinos militares na Argélia, onde foram formados 250 homens, porque também a luta dos argelinos nos inspirou. Então, eles próprios, depois da criação da Organização da Unidade Africana e da criação do Comité de Coordenação das Lutas de Libertação em África, fomos a esses treinos na Argélia e a Argélia é que nos forneceu os primeiros armamentos para desencadear a luta de libertação nacional”, recorda o antigo Chefe de Estado. Ao referir que a causa recebeu apoio nomeadamente da Rússia e da China, Joaquim Chissano sublinha que “a luta foi desencadeada com a ajuda principalmente africana. E mais tarde vieram esses países. A Rússia deu um apoio substancial em termos de armamento. (...)Depois também mandamos pessoas para serem treinadas na China e mais tarde, já em 1965, quando a China fica proeminente na formação político-militar na Tanzânia, mandaram vir instrutores a nosso pedido e a pedido da Tanzânia.” Sobre o arranque da luta em si, o antigo Presidente moçambicano refere que os ataques comeram em quatro frentes em simultâneo. “Nós, em 1964, criámos grupos que enviamos para a Zambézia, enviamos para Niassa, enviamos para Cabo Delgado e enviamos para Tete. Portanto, em quatro províncias simultaneamente. No dia 25 de Setembro (de 1964) desencadeamos a luta armada de libertação nacional. Porque também a ‘insurreição geral armada', como o Presidente Mondlane denominou, começou em quatro províncias em simultâneo”, recorda Joaquim Chissano. Óscar Monteiro, membro sénior da Frelimo integrou as fileiras do partido em 1963, quando era jovem líder estudantil em Portugal. Depois de um período de clandestinidade, ele torna-se representante do partido em Argel, epicentro das lutas independentistas do continente. Ao evocar a missão que lhe incumbia em Argel, Óscar Monteiro refere que o seu trabalho consistia em “fazer a propaganda do movimento de libertação em francês. Nós já tínhamos representações no Cairo, tínhamos um departamento de informação que produzia documentos, o ‘Mozambique Revolution', que era uma revista muito apreciada, que depois era impressa mesmo em offset. Mas não tínhamos publicações em francês. Então, coube-nos a nós, na Argélia, já desde o tempo do Pascoal Mocumbi, produzir boletins em francês, traduzir os comunicados de guerra e alimentar a imprensa argelina que nos dava muito acolhimento sobre o desenvolvimento da luta, a abertura da nova frente em Tete, etc e ganhar o apoio também dos diplomatas de vários países, incluindo de países ocidentais que estavam acreditados na Argélia. Falávamos com todos os diplomatas. Prosseguimos esses contactos. O grande trabalho ali era dirigido sobre a França e sobre os países de expressão francesa. Era um tempo de grande actividade política, é preciso dizer. Eram os tempos que precederam o Maio de 68. Enfim, veio um bocado de toda esta mudança. E tínhamos bastante audiência”. Durante esta luta que durou dez anos, o conflito foi-se alastrando no terreno mas igualmente no campo diplomático. Poucos meses depois de uma deslocação a Londres em que a sua voz foi amplamente ouvida, a 3 de Fevereiro de 1969, em Dar-es-Salam onde estava sediada a Frelimo, o líder do partido, Eduardo Mondlane, abre uma encomenda contendo uma bomba. A explosão do engenho é-lhe fatal. Até agora, pouco se sabe acerca desse assassínio sobre o qual Joaquim Chissano, então responsável do pelouro da segurança da Frelimo, acredita que haverá a mão da PIDE, a polícia política do regime fascista de Portugal. “Havia já alguns indícios de que havia movimentos de pessoas enviadas pelo colonialismo, mesmo para a Tanzânia, como foi o caso do Orlando Cristina, que chegou a entrar em Dar-es-Salaam e fazer espionagem. Disse que trabalhou com os sul-africanos em 1964 e continuou. Depois houve o recrutamento, isso já em 1967-68, de pessoas da Frelimo que tentaram criar uma divisão nas linhas tribais, mas que na realidade não eram representativos das tribos que eles representavam, porque a maioria eram ex-combatentes que estavam solidamente a representar a unidade nacional. Foi assim que tivemos uns traidores que depois foram levados pelos portugueses de avião e de helicópteros e entraram a fazer campanha aberta, propaganda e até houve um grupo que chegou a reivindicar a expulsão do nosso presidente, dizendo que ele devia receber uma bolsa de estudos. Quer dizer, a ignorância deles era tal que eles não viram, não souberam que ele era um doutor -duas vezes doutor- e que não era para pensar em bolsa de estudo. Mas pronto, havia um movimento de agitação. Mas a frente era tão sólida que não se quebrou. Por isso, então, foi se fortalecendo à medida que íamos andando para a frente”, conclui Joaquim Chissano. Outro episódio marcante do inicio do declínio do controlo do regime colonial em Moçambique será o Massacre de Wiriyamu ou "Operação Marosca" . A partir de 16 de Dezembro de 1972 e durante mais de três dias, depois de dois capitães portugueses morrerem quando o seu veiculo pisou numa mina, as tropas coloniais massacraram pelo menos 385 habitantes da aldeia de Wiriyamu e das localidades vizinhas de Djemusse, Riachu, Juawu e Chaworha, na província de Tete, acusados de colaborarem com os independentistas. A ordem foi de "matar todos", sem fazer a distinção entre civis, mulheres e crianças. Algumas pessoas foram pura e simplesmente fuziladas, outras mortas queimadas dentro das suas habitações incendiadas. Mustafah Dhada, historiador moçambicano e professor catedrático na Universidade de Califórnia, dedicou uma parte importante da sua vida a investigar este massacre que foi denunciado pelo mundo fora nos meses seguintes, constituindo segundo o estudioso um acontecimento "tectónico". “O massacre, tem que ser contextualizado no espaço do sistema colonial português em África. E nesse sentido, o massacre era um dos vários massacres que aconteceram em Moçambique, em Angola, na Guiné-Bissau, em São Tomé e Príncipe e também o massacre estrutural do meio ambiente em Cabo Verde. Devemos notar uma coisa: a guerra colonial portuguesa, a baixa era de 110.000 pessoas, aproximadamente civis na nossa parte dos libertadores e dos colonizados e o massacre é somente 385 pessoas que têm um nome e outros que desapareceram sem nome. E neste sentido o massacre é, do ponto de vista quantitativo, um massacre que tem uma significação menor. Mas o que foi importantíssimo é que o massacre não iria ser reconhecido como um evento tectónico se não tivesse havido uma presença da Igreja -não portuguesa- em Tete”, sublinha o historiador aludindo às denúncias que foram feitas por missionários a seguir ao massacre. Após vários anos em diversas frentes de guerra, capitães das forças armadas portuguesas derrubam a ditatura a 25 de Abril de 1974. A revolução dos cravos levanta ondas de esperança em Portugal mas também nos países africanos. A independência pode estar por perto, mas é ainda preciso ver em que modalidades. Pouco depois do 25 de Abril, as novas autoridades portuguesas e a Frelimo começaram a negociar os termos da independência de Moçambique. O partido de Samora Machel foi reconhecido como interlocutor legítimo por Portugal e instituiu-se um período de transição num ambiente de incerteza, recorda o antigo Presidente Joaquim Chissano. “A nossa delegação veio com a posição de exigir uma independência total, completa e imediata. Mas pronto, tivemos que dar um conteúdo a esse ‘imediato'. Enquanto a delegação portuguesa falava de 20 anos, falávamos de um ano e negociamos datas. Deram então um consenso para uma data que não feria ninguém. Então, escolhemos o 25 de Junho. Daí que, em vez de um ano, foram nove meses. E o que tínhamos que fazer era muito simples Era, primeiro, acompanhar todos os preparativos para a retirada das tropas portuguesas com o material que eles tinham que levar e também em algumas partes, a parte portuguesa aceitou preparar as nossas forças, por exemplo, para se ocupar das questões da polícia que nós não tínhamos. Houve um treino rápido. Depois, na administração, nós tínhamos que substituir os administradores coloniais para os administradores indicados pela Frelimo. Falo dos administradores nos distritos e dos governadores nas sedes das províncias. Nas capitais provinciais, portanto, havia governadores de província e administradores de distritos e até chefes de posto administrativo, que era a subdivisão dos distritos. E então, fizemos isso ao mesmo tempo que nos íamos ocupando da administração do território. Nesses nove meses já tivemos que tomar conta de várias coisas: a criação do Banco de Moçambique e outras organizações afins, seguros e outros. Então houve uma acção dos poderes nesses organismos. Ainda houve negociações que foram efectuadas em Maputo durante o governo de transição, aonde tínhamos uma comissão mista militar e tínhamos uma comissão para se ocupar dos Assuntos económicos. Vinham representantes portugueses em Portugal e trabalhavam connosco sobre as questões das finanças, etc. E foi todo um trabalho feito com muita confiança, porque durante o diálogo acabamos criando a confiança uns dos outros”, lembra-se o antigo chefe de Estado moçambicano. Joaquim Chissano não deixa, contudo, de dar conta de algumas apreensões que existiam naquela altura no seio da Frelimo relativamente a movimentos contra a independência por parte não só de certos sectores em Portugal, mas também dos próprios países vizinhos, como a África do Sul, que viam com maus olhos a instauração de um novo regime em Moçambique. “Evidentemente que nós víamos com muita inquietação essa questão, porque primeiro houve tentativas de dividir as forças de Moçambique e dar falsas informações à população. E no dia mesmo em que nós assinamos o acordo em Lusaka, no dia 7 de Setembro, à noite, houve o assalto à Rádio Moçambique por um grupo que tinha antigos oficiais militares já reformados, juntamente com pessoas daquele grupo que tinha sido recrutado para fazer uma campanha para ver se desestabilizava a Frelimo”, diz o antigo líder politico. A 7 de Setembro de 1974, é assinado o Acordo de Lusaka instituindo os termos da futura independência de Moçambique. Certos sectores politicos congregados no autoproclamado ‘Movimento Moçambique Livre' tomam o controlo do Rádio Clube de Moçambique em Maputo. Até serem desalojados da emissora no dia 10 de Junho, os membros do grupo adoptam palavras de ordem contra a Frelimo. Na rua, edificios são vandalizados, o aeroporto é tomado de assalto, um grupo armado denominado os ‘Dragões da Morte' mata de forma indiscriminada os habitantes dos bairros do caniço. Vira-se uma página aos solavancos em Moçambique. Evita-se por pouco chacinas maiores. Antigos colonos decidem ficar, outros partem. Depois de nove meses de transição em que a governação é assegurada por um executivo hibrido entre portugueses e moçambicanos, o país torna-se oficialmente independente a 25 de Junho de 1975. Doravante, Moçambique é representado por um único partido. Ainda antes da independência e nos primeiros anos depois de Moçambique se libertar do regime colonial, foram instituidos campos de reeducação, essencialmente na distante província do Niassa. O objectivo declarado desses campos era formar o homem novo, reabilitar pelo trabalho, as franjas da sociedade que eram consideradas mais marginais ou dissidentes. Foi neste âmbito que pessoas consideradas adversárias políticas foram detidas e mortas. Isto sucedeu nomeadamente com Uria Simango, Joana Simeão e Adelino Guambe, figuras que tinham sido activas no seio da Frelimo e que foram acusadas de traição por não concordarem com a linha seguida pelo partido. Omar Ribeiro Thomaz antropólogo ligado à Universidade de Campinas, no Brasil, que se debruçou de forma detalhada sobre os campos de reeducação, evoca este aspecto pouco falado da História recente de Moçambique. "Os campos de reeducação são pensados ainda no período de transição. Então, isso é algo que ainda deve ser discutido dentro da própria história portuguesa, porque no período de transição, o Primeiro-ministro era Joaquim Chissano, mas o governador-geral era português. Então, nesse momento, começam expedientes que são os campos de reeducação. Você começa a definir pessoas que deveriam ser objecto de reeducação, ao mesmo tempo em que você começa a ter uma grande discussão em Moçambique sobre quem são os inimigos e esses inimigos, eles têm nome. Então essas são pessoas que de alguma maneira não tiveram a protecção do Estado português. Isso é muito importante. Não conseguiram fugir. São caçadas literalmente, e são enviadas para um julgamento num tribunal popular. Eu estou a falar de personagens como a Joana Simeão, o Padre Mateus, Uria Simango, que são condenados como inimigos, como traidores. Esses são enviados para campos de presos políticos. A Frelimo vai usar uma retórica de que esses indivíduos seriam objecto de um processo de reeducação. Mas o que nós sabemos a partir de relatos orais e de alguns documentos que nós conseguimos encontrar ao longo do tempo, é que essas pessoas foram confinadas em campos de trabalho forçado, de tortura, de imenso sofrimento e que chega num determinado momento que não sabemos exactamente qual é, mas que nós podemos situar mais ou menos ali, por 1977, elas são assassinadas de forma vil", diz o antropólogo. Lutero Simango, líder do partido de oposição Movimento Democrático de Moçambique, perdeu o pai, Uria Simango, um dos membros-fundadores da Frelimo, mas igualmente a mãe. Ambos foram detidos e em seguida executados. "O meu pai foi uma das peças-chaves na criação da Frente de Libertação de Moçambique. Ele nunca foi imposto. Os cargos que ele assumiu dentro da organização foram na base da eleição. Ele e tantos outros foram acusados de serem neocolonialistas. Foram acusados de defender o capitalismo. Foram acusados de defenderem a burguesia nacional. Toda aquela teoria, aqueles rótulos que os comunistas davam a todos aqueles que não concordassem com eles. Mas se olharmos para o Moçambique de hoje, se perguntarmos quem são os donos dos nossos recursos, vai verificar que são os mesmos aqueles que ontem acusavam os nossos pais", diz o responsável político de oposição. Questionado sobre as informações que tem acerca das circunstâncias em que os pais foram mortos, Lutero Simango refere continuar sem saber. "Até hoje ninguém nos disse. E as famílias, o que pedem é que se indique o local em que foram enterrados para que todas as famílias possam prestar a última homenagem. O governo da Frelimo tem a responsabilidade de indicar às famílias e também assumir a culpa, pedindo perdão ao povo moçambicano, porque estas pessoas e tantas outras foram injustamente mortas neste processo", reclama Lutero Simango. A obtenção da independência não significou a paz para Moçambique. No interior do país, várias vozes se insurgiram contra o caminho que estava a ser tomado pelo país, designadamente no que tange ao monopartidarismo. Além disso, países segregacionistas como a África do Sul e a antiga Rodésia viram com maus olhos as instauração de um sistema político socialista em Moçambique, Foi neste contexto que surgiu em 1975, a Resistência Nacional de Moçambique, Renamo, um movimento inicialmente dirigido por um dissidente da Frelimo, André Matsangaíssa e em seguida, após a morte deste último em 1979, por Afonso Dhlakama, já dois anos depois de começar a guerra civil. António Muchanga, antigo deputado da Renamo, recorda em que circunstâncias surgiu o partido. "A Renamo nasce da revolta do povo moçambicano quando viu que as suas aspirações estavam adiadas. Segundo os historiadores, na altura em que o objectivo era que depois da frente voltariam se definir o que é que queriam. Só que durante a luta armada de libertação nacional, começou o abate de prováveis pessoas que poderiam 'ameaçar' o regime.(...) E depois tivemos a situação das nacionalizações. Quando a Frelimo chega logo em 1976, começa com as nacionalizações.(...) Então isto criou problemas que obrigaram que jovens na altura Afonso Dhlakama, sentiram se obrigados a abandonar a Frelimo e eram militares da Frelimo e foram criar a Resistência Nacional Moçambicana", recorda o repsonsável político. Apesar de ter sido assinado um acordo de paz entre a Renamo e a Frelimo em 1992, após 15 anos de conflito, o país continua hoje em dia a debater-se com a violência. Grupos armados disseminam o terror no extremo norte do território, em Cabo Delgado, há mais de oito anos, o que tem condicionado o próprio processo político do país, constata João Feijó, Investigador do Observatório do Meio Rural. "Esse conflito não tem fim à vista. Já passou por várias fases. Houve aquela fase inicial de expansão que terminou depois no ataque a Palma, numa altura em que a insurgência controlava distritos inteiros de Mocímboa da Praia. (...) Depois, a entrada dos ruandeses significou uma mudança de ciclo. Passaram a empurrar a insurgência de volta para as matas. Conseguiram circunscrevê-los mais ou menos em Macomia, mas não conseguiram derrotá-los. A insurgência consegue-se desdobrar e fazer ataques isolados, obrigando à tropa a dispersar. (...) Aquele conflito armado não terá uma solução militar. Ali é preciso reformas políticas, mas que o governo insiste em negar. E então continuamos a oito, quase oito anos neste conflito, neste impasse", lamenta o estudioso. Embora o país já não esteja em regime de partido único desde os acordos de paz de 1992, as eleições têm sido um momento de crescente tensão. No ano passado, depois das eleições gerais de Outubro de 2024, o país vivenciou largas semanas de incidentes entre populares e forças de ordem que resultaram em mais de 500 mortos, segundo a sociedade civil. Após a tomada de posse do Presidente Daniel Chapo no começo deste ano, encetou-se o chamado « diálogo inclusivo » entre o partido no poder e a oposição. Em paralelo, tem havido contudo, denúncias de perseguições contra quem participou nos protestos pós-eleitorais. Mais recentemente, foram igualmente noticiados casos, denunciados pela sociedade civil, do desaparecimento de activistas ou jornalistas. Questionada há alguns meses sobre a situação do seu país, a activista social Quitéria Guirengane considerou que o país "dorme sobre uma bomba-relógio". "Assusta-me o facto de nós dormirmos por cima de uma bomba relógio, ainda que seja louvável que as partes todas estejam num esforço de diálogo. Também me preocupa que ainda não se sinta esforço para a reconciliação e para a reparação. Nós precisamos de uma justiça restauradora. E quando eu olho, eu sinto um pouco de vergonha e embaraço em relação a todas as famílias que dia e noite ligavam desde Outubro à procura de socorro", considera a militante feminista que ao evocar o processo de diálogo, diz que "criou algum alento sob o ponto de vista de que sairiam das celas os jovens presos políticos. No entanto, continuaram a prender mais. Continua a caça às bruxas nocturna". "Não é este Moçambique que nós sonhamos. Por muito divididos que a gente esteja, precisamos de pensar em construir mais pontes do que fronteiras. Precisamos pensar como nós nos habilitamos, porque nos últimos meses nos tornamos uma cidade excessivamente violenta", conclui a activista que esteve muito presente nestes últimos meses, prestando apoio aos manifestantes presos e seus familiares.
Los jóvenes entre 18 y 29 años representan el mayor grupo de votantes en las próximas elecciones generales 2026 y RPP visitó universidades acercando a los estudiantes la simulación de la cédula electoral para conocer sus expectativas sobre el decisivo rol que tendrán. ¿Qué opinaron? Los detalles en el siguiente informe de El Poder en tus Manos.
¿Qué factores estuvieron detrás de esta evolución y qué proyecciones se manejan? Análisis del economista Luciano Magnífico.
O pagamento do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2026 no Espírito Santo começará em abril do próximo ano. Os pagamentos poderão ser feitos à vista, com desconto de 15%, ou parcelado em seis vezes. As datas do início variam entre 1º e 8 de abril, de acordo com o final da placa. Segundo a Secretaria de Estado da Fazenda, para os proprietários de veículos que optarem pelo pagamento do imposto em seis vezes, o vencimento das cotas será em abril, maio, junho, julho, agosto e setembro de 2026. As datas de vencimento foram definidas por meio da publicação do Decreto nº 6226-R/2025.No Espírito Santo, a alíquota do IPVA é a menor da região Sudeste e uma das menores do país: 1% sobre motos, ônibus e caminhões; e 2% sobre os carros de passeio e utilitários. Veículos do ano de fabricação 2010 serão isentos automaticamente do pagamento do imposto em 2026, por terem mais de 15 anos de fabricação. Em entrevista à CBN Vitória, o auditor fiscal da Receita Estadual, Yan Barssi, fala sobre o assunto.
Infonavit entrega 118 viviendas en Tamaulipas con apoyo federal Tiroteo en Universidad de Brown deja dos muertos y ocho heridos Más información en nuestro Podcast
Que vida teriam se não tivesse acontecido o 25 de Abril? A maior parte dos entrevistados pensou nisso pela primeira vez
T-MEC debe seguir, pero con mejoras: Ebrard El peso vive su mejor momento en casi año y medio EU pospone sentencia de “El Mayo” Zambada hasta 2026Más información en nuestro Podcast
Sharc Creative and Westchester Talk Radio proudly celebrated the 10th annual Stuff The Truck on Saturday and Sunday, December 6th and 7th, 2025, hosted at DeCicco & Sons locations in Sleepy Hollow and Armonk—where Quality First is lived every day. This community tradition once again rallied support for Feeding Westchester, helping bring fresh, nutritious meals to children, seniors, and families at a time when rising costs are making everyday essentials harder to afford. Thanks to generous holiday giving and the backing of sponsors including Norcom, Inspiria, 107.1 The Peak, 100.7 WHUD, Robison, PCSB Bank, Shleppers Moving & Storage, Purple Frog Graphics, and Boston Children's Health Physicians, Stuff The Truck continued its mission to ensure no neighbor goes hungry. UPDATE: As of 12/9/2025, our food collection equates to over 10,000 meals!
Lorena Penas de " ACTUAL COMUNICACIÓN - amodiño", empresa que se adica á xestión da comunicación dixital. Esta sección está centrada na comunicación dixital, nas redes sociais e nas ferramentas que necesitamos hoxe para expresarnos con creatividade e eficacia. Nesta sección propoñemos reflexións, consellos e estratexias para estar ao tanto das tendencias, optimizar a presenza dixital e resolver aquelas cuestións que xurden ao comunicar nas plataformas dixitais. Hoxe: Isto foi o máis buscado en Google en España e o mundo en 2025 "A listaxe Top Tendencias recopila aquelas consultas que experimentaron un maior repunte de tráfico durante un período de tempo prolongado durante este ano en comparación co anterior". "A clasificación de busquedas é realmente diverso, deixando patente tanto a relevancia do seguimento en tempo real de fenómenos de actualidade, meteorolóxicos ou que afectan a contorna ambiental, culturais ou de entretemento e mesmo científicos". "Debido ás novas funcións de IA en Google (AI Overviews e AI Mode) nosa forma de buscar cambiou e volveuse máis conversacional. É por iso que este 2025 moitos tops baséanse en preguntas do estilo “como…”, “que é mellor…” ou “que significa…". Google acaba de presentar o seu resumo de procuras 2025, unha recopilación das tendencias que marcaron o ano, converténdose no máis buscado na web. Os datos de España reflicten unha gran actividade informativa, destacando o interese por fenómenos globais así como por solucións creativas para o día a día. Así mesmo, debido ás novas funcións de IA en Google (AI Overviews e AI Mode) nosa forma de buscar cambiou e volveuse máis conversacional. É por iso que este 2025 moitos tops baséanse en preguntas do estilo “como…”, “que é mellor…” ou “que significa…”. O máis buscado en Google en España ➡️Top tendencias A listaxe Top Tendencias recopila aquelas consultas que experimentaron un maior repunte de tráfico durante un período de tempo prolongado durante este ano en comparación co anterior. É dicir, son procuras que rexistraron grandes picos de interese en 2025, sendo temas exclusivos deste ano. A clasificación resultante é realmente diverso, deixando patente tanto a relevancia do seguimento en tempo real de fenómenos de actualidade (Apagamento España, Novo Papa ou Flotilla Gaza), meteorolóxicos ou que afectan a contorna ambiental (Alerta choivas ou Incendios España), culturais ou de entretemento (Lalachus, A Revolta, Premio Planeta 2025 ou Labubu) e mesmo científicos (Migración da bolboreta monarca). Películas e series 1. Anora 2. Sirat 3. La infiltrada 4. Nosferatu 5. Weapons 6. The Brutalist 7. El 47 8. Superman 9. Emilia Pérez 10. Adolescencia ❓Quen é… 1. O novo Papa 2. Andy y quién es Lucas 3. Lalachus 4. Topuria 5. Salva Reina 6. Abby 7. Karla Sofia Gascón 8. Montoya 9. Rosalía 10. Alcaraz ✅Cómo… 1. Hacer fotos con IA 2. Hacer caca en el trabajo 3. Quitar maquillaje de la almohada 4. Hacer fuego con dos palos 5. Hacer crepes caseros 6. Hacer potaje de garbanzos con bacalao y espinacas 7. Hacer crumbl cookies 8. Hacer té matcha 9. Yogur casero 10. Hacer chocolate de Dubái ⁉️Por qué… 1. Se ha ido la luz 2. Israel ataca a Irán 3. Los Papas cambian de nombre 4. La Feria de Abril es en mayo 5. Han subido tanto los huevos 6. No hay luz en el espacio 7. Trump sube los aranceles 8. Me suenan las tripas 9. La sandía es símbolo de Palestina 10. Se pegan los bostezos Qué significa… 1. Edadismo 2. Queer 3. PH 4. Dana 5. Woke 6. Berghain 7. Nuda propiedad 8. FOMO 9. PEC 10. La hora espejo Que é mellor… 1. Diésel o gasolina 2. Gemini o ChatGPT 3. Mantequilla o margarina 4. Para la resaca 5. Declaración conjunta o individual 6. Amortizar plazo o cuota 7. Comprar un coche o renting 8. Desayunar antes o después de entrenar 9. Retinol o Retinal 10. Creatina o proteína Máis Información ACTUAL COMUNICACIÓN Amodiño: ✔️Páxina Web: https://actualizadoscomunicacion.com/ ✔️Facebook: https://www.facebook.com/actualizadoscomunicacion ✔️Twitter: https://twitter.com/actualizadoscom ✔️Instagram: https://www.instagram.com/actualizados_comunicacion/ ️"SUSCRÍBETE" ao podcast. MÁIS ENTREVISTAS: https://www.ivoox.com/podcast-salta-da-cama_sq_f1323089_1.html Máis Información e outros contidos: ✔️Facebook: https://www.facebook.com/PabloChichas ✔️Twitter: https://twitter.com/pablochichas ✔️Instagram: https://www.instagram.com/pablochichas/ ✔️ TikTok: https://www.tiktok.com/@pablochichas
Em solenidade de lançamento do congresso, dirigentes ressaltaram o momento singular vivenciado pelo PT e a missão de resgatar bandeiras históricas, promover atualizações frente às novas demandas sociais, o avanço da extrema-direita e do facismo no Brasil e no mundo e a reeleição do presidente Lula . Sonoras:
Tinha 24 anos em 1974 e era professora no Liceu da Amadora. Antiga deputada, eurodeputada, Presidente da CM de Sintra.
Os choques com Spínola na Guiné: “Mas que raio de general é o senhor?” As fintas à PIDE, a revolta contra o regime e as discussões mais tensas: “Eu tive sempre uma postura de confronto.” O espanto quando ouviu pela primeira vez Melo Antunes a falar: “Quem é este gajo? Temos homem!” O plano de rapto para evitar a ida para os Açores. E a forma como enganou os outros militares, para os convencer a pedirem a demissão do Exército em vez de optarem por uma manifestação.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Die Parkscheine sollen in Freiburg wieder teurer werden. Das Weingut Abril plant ein Chalet-Dorf für Übernachtungsgäste. Nach einem Rohrbruch haben Rasthöfe an der A5 bei Mahlberg kein Wasser.
¿Sientes que perdiste tu identidad cuando te convertiste en mamá? ¿O te da pánico hacer algo "drástico" por miedo a la culpa o al qué dirán?En este Episodio 3 de Sandra Sin Filtro, me siento con Marí Alejandra Oquendo (@mamisinculpas), una mujer que decidió romper el molde de la "mamá abnegada" de la forma más radical posible.Hablamos sin pelos en la lengua sobre por qué priorizarte NO te hace mala madre, aunque la sociedad te grite lo contrario.Mari nos cuenta cómo pasó de sentirse una "esposa frustrada" en casa a enlistarse en las Fuerzas Aéreas de EE.UU., raparse la cabeza en un Britney Moment y dejar a sus hijos por 4 meses para irse de misión a África.
In der heutigen Folge des Experten-Podcasts spricht Abril Johansen über Authentizität, persönliche Entwicklung und den Mut, den eigenen Weg zu gehen – auch dann, wenn er nicht dem gesellschaftlichen Standard entspricht. Abril erzählt, wie sie schon früh gelernt hat, sich nicht in vorgefertigte Schubladen stecken zu lassen, warum sie ihren Traum vom Psychologiestudium losgelassen hat und wie daraus ihr eigener, völlig neuer Karriereweg entstanden ist.Du erfährst, wie Mikro-Expressionen funktionieren, warum unser Gehirn ständig zwischen Gefahr und Sicherheit unterscheidet und wie man winzige emotionale Signale in Gesprächen erkennt – im Vertrieb, im Alltag oder sogar in Beziehungen. Abril erklärt, weshalb authentisch zu sein oft mutig ist, warum Selbstbeobachtung ein kraftvolles Werkzeug sein kann und wie man mit Rückschlägen umgehen kann, ohne sich selbst zu verlieren.Hat dir die Expertin des Tages gefallen? Konntest du wertvolle Impulse für dich mitnehmen? Weitere Informationen findest du direkt bei Abril Johansen auf www.abriljohannsen.com. Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
“Moçambique é um espaço marcado por várias atitudes anti-LGBT” no mercado de trabalho, alerta o antropólogo Anésio Manhiça, autor do estudo “Nhonguistas e Criativos LGBT+: Práticas de Negócios e Segurança para Jovens na Área Metropolitana de Maputo”. O jovem pede que o Diálogo Nacional Inclusivo em Moçambique abranja pessoas LGBT, que se implementem leis antidiscriminatórias no espaço de trabalho e que o governo reconheça associações que defendem os direitos LGBT. RFI: O estudo “Nhonguistas e Criativos LGBT+: Práticas de Negócios e Segurança para Jovens na Área Metropolitana de Maputo” cruza economia, estudos de género e a realidade do mercado de trabalho moçambicano, a partir de entrevistas e de dados recolhidos entre Abril e Agosto de 2024, junto de 148 participantes. A obra mostra como a exclusão e a violência empurram muitos jovens da comunidade LGBT+ para sectores económicos alternativos. Esta obra distingue dois perfis dominantes, nhonguistas e criativos. O que são? Anésio Manhiça, Antropólogo e artista: “Quando tentámos focar-nos nos diferentes perfis de empreendedores que existem na área metropolitana de Maputo, vimos que, olhando para a comunidade LGBT, primeiro temos um grupo que são intermediários, que chamamos de nhonguistas, que são pessoas que primeiro vivem do mercado informal, intermediando a venda de diferentes produtos informais, usando o telemóvel para fazer fotografias e conectar os fornecedores de produtos com os clientes que nem sempre estão na cidade de Maputo, às vezes estão em Nampula, em Pemba. Então, estes são intermediários. Mas também temos outros intermediários que encontramos dentro das instituições, que são aquelas pessoas que usam da sua posição de poder e vão garantindo que no processo de contratação de serviços vão tendo pessoas que são da sua rede de confiança e, por via disso, ganham também uma comissão pelo processo da intermediação. Por outro lado, sabemos muito bem que o espaço criativo é onde as pessoas LGBT se sentem com maior conforto para expressar aquilo que é a sua identidade de género, expressão de género e a sua orientação, e acaba sendo um espaço predominante para o grupo LGBT. Por isso, temos os nhonguistas e os criativos que são os dois mundos em que encontramos as pessoas LGBT a nível do auto-emprego na área metropolitana de Maputo.” Até que ponto é que a homofobia limita o potencial económico dos jovens LGBT em Moçambique? “O que nós vimos é que Moçambique é um espaço marcado por várias atitudes anti-LGBT. Temos políticos com atitudes anti-LGBT, temos um Estado que é ambíguo em relação à questão LGBT, não se posiciona no processo de promoção destes direitos, o que por si só acaba influenciando o sector privado moçambicano, fazendo com que as empresas, as multinacionais se posicionem como neutras, não promovendo por receio de como é que será a sua relação com o Estado, fazendo com que muitos jovens, muitas pessoas LGBT, acabem não acedendo ao mercado de trabalho no espaço formal. Temos agora um caso em que uma pessoa LGBT publicou em sua conta Instagram que se sentiu totalmente excluído no processo de recrutamento, teve boas notas no processo de selecção, mas no momento de iniciar o trabalho, simplesmente disseram que não, que tinha que vir uma outra pessoa, que não era a pessoa que eles queriam. Por si só temos este sector privado que acaba sendo excludente por causa da postura do Estado em relação aos direitos LGBT. Por outro lado, temos a dificuldade de acesso ao crédito. Olhando para a banca, em que temos várias pessoas LGBT, que não têm um trabalho fixo e não podem pagar um crédito porque geralmente o banco fica confortável quando temos pessoas com trabalho fixo. Então, essa exclusão das pessoas LGBT faz com que também não acedam ao crédito bancário. Depois temos toda a conduta em termos sociais de vários actores, que acaba enfraquecendo pessoas LGBT a singrarem no auto-emprego, a singrarem no mercado formal de trabalho.” Apesar de todas essas exclusões e barreiras, emergem mesmo assim novas formas de negócio? “Exactamente porque, enquanto isso, há vários actores que se devem tornar criativos. Vimos na pesquisa que algumas das pessoas LGBT no espaço criativo acabam até realçando aquilo que são os seus tiques: se são homens, os seus tiques femininos para se legitimarem como bons na moda, bons em fazer make up, bons na cozinha, para tornarem esse espaço o seu espaço para ganhar a vida, o seu espaço legítimo para o auto-emprego. Vão surgindo formas criativas para as pessoas LGBT se sustentarem e viverem com as possibilidades que existem.” Será que se pode repensar a economia moçambicana a partir das margens ou ainda é muito prematuro falar disso porque a sociedade moçambicana ainda não está preparada para aceitar plenamente as margens? “Agora, actualmente, com o Diálogo Nacional Inclusivo em Moçambique, temos a maior parte das pessoas LGBT em diferentes grupos focais porque estamos a desenvolver uma outra pesquisa. E em diferentes grupos focais que fomos desenvolvendo, há esta demanda por parte das pessoas LGBT por leis antidiscriminatórias, por uma lei que é totalmente clara, que não haja discriminação às pessoas LGBT no espaço de trabalho, mas também no processo de ensino. Mas neste todo o processo, para além de leis, há uma expectativa de que este processo garanta uma acção social, uma consciência cívica. No entanto, eu entendo que a questão LGBT em Moçambique ainda é marcada por estas antagonias. Há defensores ainda em número muito reduzido e pessoas que simplesmente são neutras.” Relativamente à questão do Diálogo Nacional Inclusivo que está na agenda política, até que ponto é que a população LGBT consegue emergir neste diálogo nacional? O que seria preciso fazer e até que ponto é uma janela de oportunidades para a comunidade LGBT? “É uma oportunidade para que as pessoas LGBT participem, de facto, num espaço político que vá além de políticas de saúde, que vá pensando em políticas económicas, na questão eleitoral... É uma oportunidade para vincar aquilo que são as suas percepções, mesmo que nem todas elas sejam consideradas, mas é uma oportunidade para as colocar no espaço público. Já estamos a ver vários grupos de jovens que tendem a se juntar em grupos que não são exclusivamente LGBT para colocar aquilo que são as suas demandas, as suas perspectivas. Vejo o movimento LGBT de líderes de associações querendo se unir a nível nacional para que, numa só voz, consigam colocar aquilo que a comunidade quer.” O que é que a comunidade LGBT quer em termos políticos? O que pedem, neste momento, ao governo moçambicano? “São duas coisas com base na questão da legalização da pauta do movimento, que é garantir que a agenda LGBT é considerada. Isso passa por o governo reconhecer associações que se apresentam, que se querem registar como organizações de defesa de direitos LGBT, o que não vem acontecendo. O outro lado tem que ver com a questão de leis antidiscriminatórias. Colocar claro na lei do trabalho a não discriminação em função de orientação sexual, para que isto fique claro, para que haja esta lei que incentive um espaço mais justo. Também tem tudo que ver com políticas claras para garantir uma consciencialização, garantir que o cidadão saiba o que é, o que são, a expressão de identidade de género, o que são orientações sexuais, para que realmente tenham noção do que é esta diversidade, para que exista paulatinamente uma normalização pública dessa diversidade. Até então, são estas demandas que temos visto.” Falou numa nova pesquisa que está neste momento a fazer. Quer explicar-nos em que consiste? “Sim. Com base no Diálogo Nacional Inclusivo, estamos a fazer vários encontros com actores LGBT e é para vermos como é que as pessoas LGBT se estão a engajar politicamente neste momento político importante, que demandas estão a colocar e que transformações sociais estão a conseguir alcançar. Então, estamos nesta fase, neste processo de análise, de obtenção de dados, de encontros, de inquéritos para melhor perceber.” Daí sairá provavelmente um relatório? “Sim, vamos lançar um dossier mais geral, onde temos a questão da juventude em Moçambique, em diferentes ângulos, associado à empregabilidade, à política. E teremos um capítulo especial para a questão do engajamento político da juventude LGBT neste contexto de crise política em Moçambique.” Quando será publicado? “Para o próximo ano, em Setembro.”
No âmbito da celebração dos 30 anos do 25 de Abril de 1974, o CNC assinalou a importância da revista Raiz & Utopia como momento fundamental de reflexão e debate na fase de estabilização da democracia portuguesa. Publicamos o depoimento de José Mariano Gago, gravado em 2004.
Fala-se muito de liberdade por estes dias. A todos os propósitos, celebra-se essa estafada ideia de que se gozam hoje conquistas feitas a grande custo pelas gerações que nos antecederam, mas talvez fosse importante colocar a mesma pergunta certa vez feita por Foucault: “Qual é o campo actual das experiências possíveis?” Se a liberdade se tornou meramente hipotética, uma espécie de abstracção, algo que partimos do princípio que gozamos, podemos ser levados a prescindir de testar essa convicção. Talvez nunca tantos se tenham saciado dessas promessas, sendo isso o suficiente para não irem mais longe nem testarem a sua disposição moral divergindo desse grande quadro de inércia que nos serve de referência. Que potência exercemos diariamente, nem que seja numa condição virtual, questionando o enredo a que estamos submetidos? Talvez a liberdade se tenha tornado uma noção demasiado abstracta, sendo esse o principal elemento de dissuasão, quando tudo se processa num nível hipotético. De facto, somos todos muitíssimo livres. Mas talvez fôssemos menos se realmente passássemos dos princípios aos actos. No entender de Kant a liberdade “é a autorização para não se obedecer a nenhuma outra lei exterior que não sejam aquelas às quais pude dar o meu assentimento”. Se partirmos daqui podemos reconhecer que a tal liberdade potencial contrasta com a falta de ânimo para oferecer resistência às orientações que nos vão seduzindo, convertendo, coagindo. Talvez Gramsci fosse mais livre na prisão do que a maioria de nós o somos no nosso dia-a-dia. Leia-se o que Italo Calvino escreveu a propósito da edição das "Cartas da Prisão" do fundador do Partido Comunista de Itália: "[As Cartas] têm as características do livro de memórias e do grande romance: a sua amplitude e o cruzamento de mundos e de temáticas. O prisioneiro revolucionário analisa minuciosamente todas as pequenas manifestações da vida que consegue captar a partir do sepulcro da sua cela: os pardais amestrados, as flores da chicória, as fotografias das suas crianças. Ele analisa qualquer fenómeno cultural, do idealismo crociano aos romances policiais, formulando interpretações novas e úteis, utilizando também todo o seu património de memórias regionais, as lendas, os costumes, os dialectos da sua Sardenha, que revive com um gosto só aparentemente anedótico.” A liberdade está longe de ser um estado natural, e daqui decorre que esta tenda a esboroar-se assim que não haja um constante esforço de a levar a efeito. A lógica do poder passa sempre por produzir a timidez daqueles que lhe estão submetidos, e é evidente que, à medida que a revolução começa a desvanecer-se, a cair na rotina, deixa de vigorar como um acontecimento, atestando uma virtualidade que não pode ser esquecida. Hoje, todos os esforços no sentido de celebrar “as conquistas de Abril” fazem por substituir os cravos por rosas brancas, limitar o alcance da revolução e moderar o seu ímpeto, retirando-lhe toda a actualidade e força anunciadora de um desejo que está ainda por cumprir-se. O signo que tem vindo a afirmar-se cada vez mais e que pretende fazer-nos renunciar às experiências que foram possíveis durante o período de dezoito meses do processo revolucionário é o do 25 de Novembro, que, como assinala Ricardo Noronha, “assumiu a forma de um evento fantasmagórico porque os seus actores – os vencedores como os vencidos – projectaram sobre os acontecimentos tantas camadas discursivas que a sua interpretação se tornou impossível sem um laborioso trabalho filológico e arqueológico”. E acrescenta que este é também um evento fantasmagórico “porque a sua evocação quebra a ténue membrana que separa o passado do presente, transportando em si um juízo sobre tudo o que antecedeu e se sucedeu àquelas horas tão saturadas de ocorrências, condensando em si a história de todas as revoluções e contrarrevoluções”. Para Noronha a evocação desta data “assombra ainda os cérebros dos vivos, servindo a um tempo enquanto fábula moral e mito fundador, efeméride comemorativa e epígrafe fúnebre”. Na verdade, e contrariamente ao que diz a direita, não foi a possibilidade de uma ditadura de sinal contrário ao do Estado Novo que foi afastada, mas a própria construção de um repertório de acção política, num raro momento na nossa história em que ganhou expressão o poder popular através de inúmeras acções de democracia directa. Durante aquele período que, de um golpe de Estado militar, fez uma verdadeira revolução, o que se viu ganhar corpo foi “uma vaga tumultuosa de contestação, insubordinação, auto-organização e radicalização, que não só empurrou o Movimento das Forças Armadas para lá dos seus propósitos iniciais como abalou profundamente os alicerces do capitalismo português”, escreve Noronha em “A Ordem Reina sobre Lisboa”. “Durante dezoito meses, as ordens foram desobedecidas, as proibições desafiadas e as leis permaneceram no papel, enquanto inúmeras herdades eram ocupadas e várias empresas eram nacionalizadas ou entravam em autogestão. Tudo isto não pode ser menos do que inaceitável visto a partir deste presente caracterizado por uma crescente resignação e apatia, desde logo porque permite vislumbrar a possibilidade de um outro mundo e de uma outra vida. Comemorar o 25 de Novembro é também uma maneira de esconjurar a possibilidade de se voltar a repetir semelhante cenário, fazendo o luto pelo trauma que tantos conservadores ainda associam ao PREC.”
Sofía Gómez creció entre montañas, ríos y un miedo a la escasez. A los 16 años encontró en el agua una salida y un destino. La apnea se convirtió en su forma de ganarse la vida y en la actividad en la que rompió récords que parecían imposibles.Hablamos de sus miedos, de la libertad bajo el agua, de la relación con el éxito y la perfección. Una conversación sobre profundidad, adentro y afuera. Sobre respirar mejor, incluso cuando falta el aire.***Si se van a hospedar en The Somos Hotels, tenga en cuenta la siguiente información: • Código: SOMOSTOPO• Descuento: 20%• Hoteles: Todos• Restricciones: No disponible para las fechas: 28 diciembre 2025 al 03 de Enero 2026; 23 al 25 de Enero; 20 y 21 de Febrero; 25 de Abril. No acumulable con otros códigos ni descuentos.• Caducidad: 31 De Diciembre 2026• Link directo para reservar: https://bit.ly/4rbiqhY ***Si algún episodio del Topo les ha resonado, ayudado, servido a ustedes o a alguien cercano, consideren unirse a nuestra comunidad. No solo estarán retribuyendo a nuestro trabajo sino que harán parte de nuestra comunidad de manera más directa y recibirán algunos beneficios más. Pueden unirse con el aporte que puedan y quieran aquí: www.patreon.com/lanoficcion Algunos de los oyentes más fieles que ya están ahí, son: Marta Di BelloAugusto EneroJuanita ValenciaLuisa Chavarro***CréditosEl Topo es una producción de La no Ficción. La mezcla y el diseño de sonido de este episodio fue de Gabriela Rivera. La ilustración de la portada es de Isabella Soto Vallejo y las redes sociales están a cargo de Sara Barriga y Shakén Moreno. Mi nombre es Miguel Reyes. La grabación del video fue realizada por No hay banderas en Marte.
Repetiu-se muitas vezes nestes dias a ideia de que o 25 de Abril nos deu a Liberdade e que foi o 25 de Novembro que nos garantiu a democracia. Mas será isso verdade? Era isso que os militares queriam?See omnystudio.com/listener for privacy information.
Repetiu-se muitas vezes nestes dias a ideia de que o 25 de Abril nos deu a Liberdade e que foi o 25 de Novembro que nos garantiu a democracia. Mas será isso verdade? Era isso que os militares queriam?See omnystudio.com/listener for privacy information.
As fontes fornecem uma visão abrangente do Estado Novo (1933–1974), o regime autoritário e corporativo português liderado por António de Oliveira Salazar que se estabeleceu após a Ditadura Militar de 1926. O sistema, caracterizado por ser profundamente conservador e nacionalista, centralizava o poder e promovia a ordem social através de propaganda, censura e uma severa política de repressão, simbolizada pela polícia política PIDE e pelo campo de prisioneiros do Tarrafal. Na esfera económica, o mecanismo de Condicionamento Industrial implementou um protecionismo eficaz ao dificultar a criação de novas empresas, nomeadamente estrangeiras, permitindo, contudo, a modernização das unidades industriais já instaladas. Embora fosse visto nos anos 30 como uma "Terceira Via" face ao fascismo e à democracia, o regime manteve uma ideologia imperialista rígida, defendendo o Império Colonial Português como parte inalienável da nação. Esta intransigência em relação às lutas de libertação nas colónias conduziu às Guerras Coloniais, um fator decisivo que enfraqueceu o governo de Marcelo Caetano e culminou no derrube do regime pela Revolução de 25 de Abril de 1974.
Num debate picado do início ao fim – e que terminou para lá da hora –, André Ventura e Luís Marques Mendes, à mesma mesa, trocaram acusações que foram do “xerife da República” à “marioneta de Luís Montenegro”. Pelo meio, falou-se do 25 de Abril versus 25 de Novembro, de justiça e corrupção, de diplomacia e sentido de Estado. Num quase vale tudo, até o BES e o ex-deputado Miguel Arruda foram armas de arremesso.See omnystudio.com/listener for privacy information.
25 de abril e 25 de novembro. Onde mora o sentido de colocar ambas as datas num paralelo adversativo? Um antagonismo que tende a dividir estas duas datas. Entre a esquerda e a direita, em que espectro político se enquadra o dia que se assinala esta terça-feira, que consolidou a democracia há meio século? Ouça o comentário de Miguel Prata Roque e de Cecília Meireles na versão podcast do programa Linhas Vermelhas, emitido na SIC Notícias a 24 de novembro. Para ver a versão vídeo deste episódio, clique aquiSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Vídeo completo en nuestro canal de You Tube: https://www.youtube.com/watch?v=nZTD7248lFQ Canal de Telegram para No perderte Nada! https://t.me/segundaguerramundialtelegram Canal de Whatsapp https://whatsapp.com/channel/0029VaSmnrC0QeatgWe2Lm27 Acompáñanos en este viaje al Berlín de abril de 1945, en los días finales antes de la caída de la capital alemana. Analizamos cómo comenzó el asalto soviético y cómo los refugiados dieron las primeras señales de alarma. Veremos la desesperada movilización de combatientes, la angustia de la población civil y el funcionamiento de las últimas fábricas en plena guerra. ¿Se abandonó Berlín de forma masiva? Descubrimos la verdad sobre la "Fortaleza de Berlín", el último cumpleaños de Hitler, el último vuelo que salió de la ciudad y la desgarradora reacción de las chicas adolescentes berlinesas ante la llegada del Ejército Rojo. Un relato intenso y conmovedor sobre el horror de los últimos días de la Segunda Guerra Mundial.
Ep. 485: En este 'Nadie Sabe Nada' aún dura la resaca de la vuelta a grabar tras los meses de parón. Andreu Buenafuente y Berto Romero siguen cargando las pilas. Celebran el 51 cumpleaños de Berto con una dosis de reproches y anécdotas veraniegas, mientras Andreu reflexiona sobre su “pachorrismo edadista” y la energía inagotable de Sílvia Abril. Las libretas de reintegración temporal traen joyas como la de Joaquín Saliva. También hay espacio para preguntas y reflexiones delirantes sobre genitales que engordan, pedos con subwoofer o cuándo va a petar la nube si todo lo acabamos subiendo a ella. El episodio culmina con el debut de Andy en el escenario, el cómico básico de casino, que se despide con un chiste de altura (literalmente). Promete volver. CITA: «Joaquín Sabina habla en cursiva» Andreu Buenafuente
Ep. 485: En este 'Nadie Sabe Nada' aún dura la resaca de la vuelta a grabar tras los meses de parón. Andreu Buenafuente y Berto Romero siguen cargando las pilas. Celebran el 51 cumpleaños de Berto con una dosis de reproches y anécdotas veraniegas, mientras Andreu reflexiona sobre su “pachorrismo edadista” y la energía inagotable de Sílvia Abril. Las libretas de reintegración temporal traen joyas como la de Joaquín Saliva. También hay espacio para preguntas y reflexiones delirantes sobre genitales que engordan, pedos con subwoofer o cuándo va a petar la nube si todo lo acabamos subiendo a ella. El episodio culmina con el debut de Andy en el escenario, el cómico básico de casino, que se despide con un chiste de altura (literalmente). Promete volver. CITA: «Joaquín Sabina habla en cursiva» Andreu Buenafuente
Niegan preliberación a exgóber Javier Duarte; esperará a Abril// Controversia por Miss UEnlace para apoyar vía Patreon:https://www.patreon.com/julioastilleroEnlace para hacer donaciones vía PayPal:https://www.paypal.me/julioastilleroCuenta para hacer transferencias a cuenta BBVA a nombre de Julio Hernández López: 1539408017CLABE: 012 320 01539408017 2Tienda:https://julioastillerotienda.com/ Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
Oiça mais um episódio do Expresso da Meia-Noite, onde se debateu a polémica comparação histórica do 25 de Novembro ao 25 de Abril. O painel analisou as diferentes leituras políticas e históricas sobre o impacto destas datas na democracia portuguesa, destacando divisões partidárias e a complexidade da memória coletiva. Foram discutidos o papel dos militares, a influência do Partido Socialista e a necessidade de despolitizar o debate, sublinhando a importância de preservar uma visão crítica e pluralista da história recente de Portugal.See omnystudio.com/listener for privacy information.
"La Federación ha descubierto que en Sevilla y en abril está la Feria de Abril..."
Las acciones se encaminan a su peor semana en siete meses; bancos recortan plan de rescate a Argentina: WSJ; EE.UU. baja aranceles a Brasil pero Lula pide más; petrolero ruso retrocede al cruzar buque de guerra de EE.UU.; Gonzalo Soto,, periodista de Bloomberg News en Ciudad de México, comenta la creciente preocupación por inseguridad en México. Newsletter Cinco cosas: bloom.bg/42Gu4pGLinkedin: https://www.linkedin.com/company/bloomberg-en-espanol/Youtube: https://www.youtube.com/BloombergEspanolWhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaFVFoWKAwEg9Fdhml1lTikTok: https://www.tiktok.com/@bloombergenespanolX: https://twitter.com/BBGenEspanolProducción: Eduardo Thomson y Paola Vega TorreSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Isaltino acusa Manuel João Vieira de plágio.
El Toreo se hace eco del Premio Taurino Ayuntamiento de Sevilla a Morante de la PueblaRecordamos sus faenas de triunfo en la pasada Feria de Abril
Elena Sánchez ha hecho un recopilatorio de las peticiones del oyente: camisetas, un programa desde un gallinero y una buena Feria de Abril.
A divergência com Otelo que levou à derrota do golpe das Caldas. A prisão e a libertação no dia 25 de abril. E o confronto sobre a descolonização com Melo Antunes — que levou Spínola a ameaçar dar-lhe um tiro. Entrevista ao general Manuel Monge, parte I.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Cinco dias depois do 25 de Abril, Francisco Pinto Balsemão dá a sua primeira entrevista à RTP, como diretor do Expresso, porque ainda não tinha sido criado o PPD. Fala nos desafios do jornalismo, de "liberdade com responsabilidade" e diz que o país ”tem de lutar para conquistar essa democracia. Será capaz de o fazer?”, questiona. Debatemos aqui o legado político e jornalístico do militante número um do PSD e fundador da Impresa, que morreu a semana passada aos 88 anos. O antigo primeiro-ministro, que contribuiu decisivamente para a consolidação da democracia com a revisão constitucional de 1982, defendia entendimentos ao centro e moderação em geral. O que aconteceu entretanto, para o líder do segundo maior partido achar que é um trunfo eleitoral ir para a televisão dizer que são precisos "três salazares para pôr o país na ordem", como fez André Ventura esta semana na SIC? Balsemão já tinha aconselhado o PSD a fazer "Chega para lá!". Será que o fez? Os comentários deste episódio são de Martim Silva, subdiretor de informação da SIC, de Eunice Lourenço, editora de Política do Expresso, e de David Dinis, diretor-adjunto, com a moderação de Vítor Matos. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Esta semana repaso como se están comportando los diferentes fondos que sigo tanto en Renta Fija, Mixtos y Renta Variable. Observamos grandes diferencias en rentabilidad desde el Podcast publicado en Abril, sobre todo en Renta Variable. Si te ha gustado el programa te agradezco le des un like en la aplicación donde lo estés escuchando para que de esta manera este contenido informativo y divulgativo pueda llegar a mas gente. Para cualquier consulta sobre este Podcast mi email es: eusgomez@gmail.com
Un frío glacial hace de marco a la última guardia de Millalén en su cuartel de conscripto. Recibió el mensaje oficial anunciando su traslado y. aunque no sabe a dónde ni por qué, estamos en la Patagonia argentina de 1982 y el lector lo sospecha. Así, en esa distancia entre el saber y el desconocer, la historia relata el tiempo de descuento del soldado Milla, quien preferiría descolgarse el FAL para visitar a su novia, como hace esta, su noche de despedida. Cristian Pelletieri compone con amor y sutileza una trama tan triste como posible sobre la que va salpicando detalles que se nos volverán inolvidables. ++++++++++++++++++++++++++++++++++ Pre producción y voz: CECILIA BONA Editó este episodio: DANY FERNÁNDEZ @danyrap.f para @activandoproducciones.proyecto ⚙️ Producción: XIMENA GONZALEZ @ximegonzal3z Edición de video: LUZ FERNÁNDEZ @luzma.fz ¡Ayudanos a crecer! Patrociná POR QUÉ LEER: https://porqueleer.com/patrocina Nuestras redes sociales: ⚡https://instagram.com/porqueleerok ⚡https://twitter.com/porqueleerok ⚡https://www.facebook.com/porqueleerok/
Na emissão especial da SIC Notícias, José Luís Carneiro expressou profundas condolências à família, amigos e colaboradores do fundador do PSD, sublinhando tratar-se de um momento muito triste para o país. O atual líder do PS destaca a importância da personalidade do fundador na vida democrática portuguesa e na defesa de uma imprensa livre, elementos essenciais para a qualidade da democracia em Portugal. Lembra ainda o papel incontornável do fundador do PSD, não só na Ala Liberal antes do 25 de Abril, mas também na transição e consolidação da democracia. O compromisso do antigo primeiro-ministro e jornalista com a independência, o serviço público e a liberdade, bem como a sua visão europeísta e cosmopolita, leva Carneiro a considerá-lo um dos políticos que mais profundamente viveu os valores da social-democracia.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Oracion con los jovenes abril 2015 Santa Maria
Trabajos del pianista brasileño afincado en Europa Henrique Gomide. Del disco 'Amaré', que firma con la cantante Céline Rudolph y el guitarrista João Luís Nogueira, 'Lugar comum' y 'Emoriô', de João Donato y Gilberto Gil ambas, 'Embaixo da imensidão', 'Preciso me encontrar' de Candeia, take 1 y take 2, y 'Abril'. Del disco de Gomide con la violinista Daphné Oltheten, 'Brasis sonhos de là', los temas 'Karatê', de Egberto Gismonti, 'Canto de Xangô', de Baden Powell y Vinicius de moraes, 'Rosa', de Pixinguinha, 'Valsinha'/'João e Maria', de Chico Buarque', y 'Na surdina'. Y dos canciones, 'A la recherche d´une métaphore' y 'Laiaralará', del disco de Céline Rudolph 'Metamorflores'.Escuchar audio
'Amaré' se titula el disco que publican esta misma semana la cantante Céline Rudolph, el pianista Henrique Gomide y el guitarrista João Luís Nogueira con canciones como 'Lugar comum' de João Donato y Gilberto Gil, 'Embaixo da imensidão', 'Beijo partido' de Toninho Horta, 'Toca de arara' o 'Abril'. Del disco de Gustavo Cysne 'Deep blue' las canciones 'Dive into the deep blue' -con Ithamara Koorax-, 'Noturno', de Guinga', e 'Inútil paisagem' de Jobim. Y algunas canciones de 'Oh snap', el nuevo disco de Cécile McLorin Salvant: 'I am a volcano', 'Anything but now', 'Take this stone', 'What does blues mean to you', 'Exponse' y 'Nun'. Escuchar audio
In recognition of National Hispanic Heritage Month 2025, Latina Today Podcast and Hispanic Chamber Cincinnati USA have launched Rooted Leadership / Liderazgo Arraigado, an initiative dedicated to highlighting the narratives that inspire Latino-rooted leadership, accomplishments, legacies, and lived experiences from across the United States. Today, we have Abriljoanna Huerta, a Mexican American artist who works closely within the community through her position at the Fairfield Lane Library and her co-creation of the Fairfield Hispanic Heritage Festival and Expo. Abril, a ten-year employee of the Fairfield Lane Library, reflects on the library's initial limited Hispanic or Latino patrons. She attributes this to the absence of programming specifically tailored to their needs. However, Abril's initiatives, particularly those initiated by Odalis Jimenez's Story time in Espanol and her own programming endeavors, have substantially increased the library's Hispanic clientele. These patrons now not only utilize the library for essential services but also actively participate in programming. This is of utmost importance as Hispanic communities have consistently been an integral component of the community. Abril, a native of the community, acknowledges the substantial Hispanic population. She is delighted to observe the heightened engagement of these individuals in the library's complimentary resources. In response, the library has stocked Spanish and ESL books, meeting the demand for bilingual materials for children. Additionally, programming initiatives have fostered community cohesion, enabling parents to connect and establish friendships. Abril recognizes the positive impact of these improvements on the library. She expresses gratitude for the supportive environment provided by the library over the past years. The library has become an ideal platform for these initiatives due to its accessibility and affordability. Abril emphasized that libraries have transcended their traditional image as quiet, silent spaces for reading. Today, they offer a multifaceted environment that encourages both academic pursuits and social engagement. Libraries host programming events that foster connections and provide opportunities for individuals to share knowledge and experiences. Furthermore, food programs cater to diverse dietary requirements and promote cultural awareness through culinary exploration. Additionally, specialized programming is designed to support individuals with developmental disabilities, ensuring their inclusion and providing a platform for learning, interaction, and socialization. Finally, Abril expressed, “If you feel lacking in self-confidence and believe you have a diminished voice, I encourage you to try speaking up. You may be surprised by the positive impact it can have. Ultimately, your voice matters. I always advocate for everyone, even those who feel awkward about it. I share your feelings, but remember that your voice matters. By speaking up, you will grow, and so will the community.”
Federico y Andrés Amorós hacen la previa de la Feria de San Miguel de Sevilla que comienza este viernes. La temporada taurina de 2025 se va a recordar por ser la de Morante de la Puebla que antes de su doble compromiso el 12 de octubre en Madrid tiene una parada en Sevilla en una corrida de alto voltaje como cierre de la temporada en la capital andaluza. En Al Alimón, la sección taurina de Es la Mañana de esRadio, Federico Jiménez Losantos y Andrés Amorós han hecho la previa de esta la Feria de San Miguel de Sevilla que arranca este viernes 26 de septiembre. El cronista, que ha reconocido que tiene "mucha debilidad" por la Feria de San Miguel de Sevilla, ha destacado que "con lo de Morante va a haber el lío grande". Amorós ha explicado que "este año resulta que se esperan llenos tremendos porque es que, además, se están llenando casi todas las plazas". Cree que "el éxito de Urtasun es enorme, clamoroso y tremendo" y "lo de Morante es fuera de lo común".Amorós recibe el Premio de Cultura 2025 y critica al "inculto" Urtasun: "La Tauromaquia es arte y vive en libertad"Olivia Moya En este sentido, Andrés Amorós ha apuntado que Morante de la Puebla "ha conseguido lo que buscaba en su momento José Tomás, que es que cualquier actuación suya es lo que se llama un acontecimiento, algo excepcional". Ha recomendado ver "el resumen de lo que hizo en Salamanca el domingo pasado" porque "es algo verdaderamente extraordinario". Para Amorós, Morante "sobre todo es que está a otro nivel de todos los demás. Está en un momento extraordinarísimo" y en Salamanca "a la gente le impresionó mucho el quite del bú". El cronista ha contado que "es una cosa que hacía Joselito usando la capa como si fuera una capa de la que te pones sobre los hombros y a la vez con eso haciendo el quite al toro. Es muy complicado y muy llamativo". También ha destacado "la sencillez" con la que esta delante del toro. Aunque ha criticado el "desbordamiento de literatura barata, tremenda" que hay alrededor de Morante cuando "lo que hay es sencillez, naturalidad y clasicismo".La Feria de San Miguel 2025 Andrés Amorós ha destacado que la Feria de San Miguel que comienza este viernes se va a ver "en Canal Sur gratis y en abierto" y que desde el ente público andaluz "han anunciado la intención de dar toda la Feria de Abril".Los toros siguen imbatibles en Madrid: Las Ventas roza los 20.000 abonados para la Feria de Otoño del doblete de MoranteJavier Romero Jordano Ha contado el cronista que "el viernes era un cartel de arte" en el que "estaba anunciado Manzanares con los dos sevillanos artistas: Ortega y Aguado". "Bueno, Manzanares tiene un problema, una lesión, y yo no sé si va a poder" torear, ha dicho Amorós. Ha explicado que al torero alicantino "este año le están cogiendo mucho a los toreros en el pase de pecho, que en principio no es lo más peligroso, es mucho más peligroso el natural. Pero el pase de pecho que lo echas para allá, pero claro, como son toros en general los que torean las figuras que llegan muy paraditos al final, alguien hace así para sacárselo por delante y se le queda debajo y claro, simplemente con eso le pega. No son cornadas graves, pero unos golpes, pues bastante malo". "Yo no sé si le sustituirá Rufo, por ejemplo, que estuvo muy bien el otro día en Guadalajara, o a lo mejor es un mano de los dos sevillanos" con "toros de Victoriano del Río", ha añadido. El sábado se lidian toros de Garcigrande por Alejandro Talavante, Daniel Luque y Borja Jiménez. Amorós ha contado que "Talavante es el que está toreando más este año; Luque está fantástico, poderosísimo, y Borja Jiménez que está toreando muy bien, con mucha entrega y triunfando y…" "entra a matar desde Guadalajara", ha rematado Jiménez Losantos.Morante y Roca Rey El domingo se lidian toros de Núñez del Cuvillo "y es el final de la temporada oficial de Sevilla" aunque "al día siguiente del Pilar hay todavía un festival muy bueno". Ese 28 de septiembre torean Morante, Roca Rey y es la alternativa de Javier Zulueta. Amorós ha explicado "el caso" de Zulueta del que ha dicho que "es muy querido en Sevilla" porque "es el hijo del alguacilillo de Sevilla y de una familia pues muy conocida". "Además lo apodera la empresa de Sevilla, es la alternativa y con eso no abre plaza Morante", ha añadido. "Es un chico que torea muy bien", ha dicho Amorós que ha contado que es de "escuela sevillana: artista y estético" y que "no más de momento". Ha lamentado que esa corrida "la que tenía que haber sido es Morante, Roca Rey y Luque". Amorós ha reiterado que "Morante está extraordinario", pero cree que "está sobre todo pensando en Madrid porque "Sevilla ya lo ha confirmado". En este sentido, ha indicado que "lo de Madrid el día 12 va a ser algo tremendo".La Feria de Otoño de Las Ventas 2025, con carteles oficiales: homenaje a Paco Camino y doblete de Morante el 12-0Javier Romero Jordano De Roca Rey ha dicho que "hace lo que puede" y que "le están pegando golpes los toros y lo están cogiendo mucho". En este sentido, ha dicho que "cuando estás forzando las cosas, porque salen bien, pero resulta que has tenido la mala suerte de que coincides con otro señor que torea mejor". "Roca Rey es muy buen torero, es taquillero, es muy popular, pero veta a Luque y no viene a la Feria de Otoño, y en las dos cosas se equivoca porque una primera figura es lo que debiera haber hecho y, ademas, tiene sus recursos", ha comentado Amorós. El cronista ha añadido que "estéticamente torea peor que Morante como todos los del escalón". "En Madrid la Feria de Otoño ha desatado la locura absoluta para el día del Pilar cuando Morante va a llenar mañana y tarde, algo histórico absolutamente", ha dicho Amorós. El cronista ha finalizado contándooslas que "se acabaron las entradas en una hora y ha acertado que TeleMadrid, que lo da en directo".
“One of the sounds I associate most with Lisbon (where my mother was born), is the eerie polyphony of the Ponte 25 de abril. The red suspension bridge across the […]