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Esse podcast é um convite dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora.

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    • May 23, 2021 LATEST EPISODE
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    Escrita Dramática

    Play Episode Listen Later May 23, 2021 46:29


    Oi oi! Bem vindes a mais um episódio do CeniCAST!! Pois é, já faz tempo, não?! Estamos passando por uma pausa para reestabelecer as baterias, mas não aguentamos de saudades! Então, de vez em quando, vamos passando por aqui apresentar novos projetos para vocês ^^ No episódio de hoje conversamos com a Daniela Bristot e Mara Pithan sobre a finalização do eixo de escrita dramática, num papo muito bom sobre os desafios e maravilhas desse campo imenso das Artes Cênicas. Também participa do episódio o professor Rafael Ary, que ministrou a disciplina "Processos criativos - Escrita Dramática IV" na UFSC. Esperamos que gostem!! ---------- Querem fazer alguma sugestão? Seja para uma pauta ou um comentário sobre o formato do programa? Críticas e elogios são sempre bem vindos, os contatos estão abaixo: E-mail: cenicast.ufsc@gmail.com Facebook: CeniCAST POD Instagram: www.instagram.com/cenicast_ Twitter: twitter.com/cenicast ⠀ O CeniCAST é um convite dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora.

    Improvisação (Parte 2)

    Play Episode Listen Later Aug 8, 2020 50:01


    Bem vindes ao quinto episódio da segunda temporada do CeniCAST! Trazemos para esta semana a segunda parte da entrevista feita com da Cia. Clandestinos sobre Teatro de Improvisação! ⠀ Seguem abaixo as recomendações culturais dos convidados: Perfil da Cia. Clandestinos no instagram - https://www.instagram.com/clandestinoscia Cia. Os Mequetrefes - https://www.instagram.com/ciaosmequetrefes Era Preciso Ouvir Outras vozes - https://www.youtube.com/watch?v=EviKrWSU2cY ---------- Querem fazer alguma sugestão? Seja para uma pauta ou um comentário sobre o formato do programa? Críticas e elogios são sempre bem vindos, os contatos estão abaixo: E-mail: cenicast.ufsc@gmail.com Facebook: CeniCAST POD Instagram: www.instagram.com/cenicast_ Twitter: twitter.com/cenicast ⠀ O CeniCAST é um convite dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora.

    Artes Pretas na Cena

    Play Episode Listen Later Jul 25, 2020 53:20


    Olá, bem vindes ao quarto episódio da segunda temporada do CeniCAST! Nessa semana apresentamos uma entrevista com Alicia Prudêncio, Nataly Delacour e Rafael Gregório para debater a formação e as referências pretas nas cenas artísticas. Pra reverberar bem o assunto, esse episódio é um pouco mais longo, mas o papo vale! Sigam nossos convidades e suas recomendações culturais: Perfil da Nataly - https://www.instagram.com/natalydelacour Perfil da Cia. THE CUPS no instagram - https://www.instagram.com/thecupsinthecloset Perfil do Rafael - https://www.instagram.com/_rafaelgregorio Perfil da Alicia - https://www.instagram.com/aliciaprudencio Moana, Drive in - https://minhaentrada.com.br/evento/moana-o-show-teatro-musical-arena-drive-in-16098 Lista Preta - https://www.instagram.com/listapreta Cia. Nosso Olhar - https://www.instagram.com/cianossoolhar Série Sague e Água - https://www.netflix.com/title/81044547 Projeto Graffiti Queens - https://www.instagram.com/graffitiqueens ---------- Querem fazer alguma sugestão? Seja para uma pauta ou um comentário sobre o formato do programa? Críticas e elogios são sempre bem vindos, os contatos estão abaixo: E-mail: cenicast.ufsc@gmail.com Facebook: CeniCAST POD Instagram: www.instagram.com/cenicast_ Twitter: twitter.com/cenicast ⠀ O CeniCAST é um convite dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora.

    Improvisação

    Play Episode Listen Later Jul 10, 2020 34:04


    Olá, bem vindes ao terceiro episódio da segunda temporada do CeniCAST! Para este episódio, num modelo mais curto, trazemos uma entrevista feita com parte da Cia. Clandestinos sobre Teatro de Improvisação! Um papo muito legal com Nata, Michel e o Tatu, com direito a jogo de improviso no final! ⠀ Seguem abaixo as recomendações culturais dos convidados: Perfil da Cia. Clandestinos no instagram - https://www.instagram.com/clandestinoscia Canal dos Barbixas - https://www.youtube.com/user/videosimprovaveis Portátil, da Porta dos fundos - https://www.netflix.com/title/81173301 Middleditch and Schwartz [cara do Nata] - https://www.netflix.com/title/81122572 ---------- Querem fazer alguma sugestão? Seja para uma pauta ou um comentário sobre o formato do programa? Críticas e elogios são sempre bem vindos, os contatos estão abaixo: E-mail: cenicast.ufsc@gmail.com Facebook: CeniCAST POD Instagram: www.instagram.com/cenicast_ Twitter: twitter.com/cenicast ⠀ O CeniCAST é um convite dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora.

    Corpos Negros na Cena

    Play Episode Listen Later Jul 4, 2020 73:34


    Olá, bem vindes ao segundo episódio da segunda temporada do CeniCAST! Trazemos uma entrevista feita com dois artistas das Artes Cênicas para conversarmos sobre suas trajetórias e ampliar a conversa sobre a importância da ocupação e presença de negras, negros e negres na cena artística. Nataly Delacour está nos períodos finais da graduação em Artes Cênicas da UFSC e Leandro Batz já é graduado no mesmo curso. Ainda assim contam com diferentes trajetórias e óticas que nos levam a experenciar um pouco da pluralidade da cena. Seguem abaixo as recomendações culturais dos convidados: Pefil do instagram do grupo teatral da Nataly - https://www.instagram.com/thecupsinthecloset Coletivo NEGA - https://www.instagram.com/coletivonega Cia Nosso Olhar - https://www.instagram.com/cianossoolhar Drag Katy Uabba - https://www.instagram.com/dragkatyuabba Elizandra Souza - https://www.instagram.com/elizandra_mjiba Ação Zumbi - https://www.instagram.com/acaozumbi Pegada Nagô - https://www.instagram.com/pegadanago Reaja ou Será Mort@! - https://www.instagram.com/reajaouseramorta ⠀ ---------- Querem fazer alguma sugestão? Seja para uma pauta ou um comentário sobre o formato do programa? Críticas e elogios são sempre bem vindos, os contatos estão abaixo: E-mail: cenicast.ufsc@gmail.com Facebook: CeniCAST POD Instagram: https://www.instagram.com/cenicast_ Twitter: https://twitter.com/cenicast ⠀ O CeniCAST é um convite dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora.

    A Palhaçaria nos Tempos de Pandemia

    Play Episode Listen Later Jun 13, 2020 61:53


    Demorou, mas chegou!!! Bem vindxs à segunda temporada do CeniCAST! Uma fase cheia de novidades e episódios especiais. ⠀ Links para ouvir: SoundCloud - https://soundcloud.com/user-758730035 Deezer - https://www.deezer.com/br/show/973922 Spotify - https://open.spotify.com/show/67ma20iz7J7Gz9KQowLhc6 iTunes - https://podcasts.apple.com/br/podcast/cenicast/id1504249901 ⠀ Para reabrir as nossas portas, trazemos a vocês um episódio com duas entrevistas gravadas com profissionais da palhaçaria. Na primeira entrevista, temos Araís, João Quinalha e Vinícius Damian, que são alunes do curso de Artes Cênicas da UFSC (nosso berço

    ABUSIVO

    Play Episode Listen Later Apr 27, 2020 0:56


    Poesia: ABUSIVO Texto e Voz: Lara Cardoso Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. ABUSIVO De Lara Cardoso Então eu te darei a arma E você irá atirar em mim Quantas vezes quiser Ou quantas vezes achar necessário E mesmo machucada, eu irei levantar E limpar o seu suor Pois me machucar te deixa exaurido Logo irei limpar a sujeira que eu causei Não se preocupe, deixarei tudo limpo Quando precisar me machucar mais Você sabe, eu vou estar aqui.

    Dor d'alma

    Play Episode Listen Later Apr 26, 2020 2:04


    Texto e Voz: Vivi Macedo Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Dor d'alma De Vivi Macedo Abro meus olhos e vejo pessoas sonhando com um mundo melhor Ouço canções de lamento sobre a maldade ao nosso redor É sufocante a realidade, parece que não tem para onde fugir O meu refúgio é a arte, que sempre suave, me ajuda a sorrir Não tenho eira nem beira, tudo é emprestado de um outro alguém Pago por tudo com vida, cada minuto, vintém a vintém Esta infinita oferta e procura só me distrai do que eu “devia” ser Me refugio na arte, que sem distrações, me ensina a crescer Tenho medo de me distrair por muitos anos, e só acordar quando “é tarde demais” Só sobreviver deve ser bem frustrante; ‘aproveite', ‘passa rápido', é o que dizem os pais Viver num roteiro criado por outros, dói na minh'alma, causa dissabor Prefiro sonhar com dias melhores, e junto com a arte, semear amor!

    Sonhe

    Play Episode Listen Later Apr 25, 2020 1:25


    Texto: Clarice Lispector Voz: Laura Schmidt Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Sonhe De Clarice Lispector Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance de fazer aquilo que quer. Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz. As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos. A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam. Para aqueles que buscam e tentam sempre. E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas.

    As sem-razões do amor

    Play Episode Listen Later Apr 24, 2020 1:11


    Texto: Carlos Drummond de Andrade Voz: Mary Clifford Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. As Sem-Razões do Amor De Carlos Drummond de Andrade Eu te amo porque te amo. Não precisas ser amante, e nem sempre sabes sê-lo. Eu te amo porque te amo. Amor é estado de graça e com amor não se paga. Amor é dado de graça, é semeado no vento, na cachoeira, no eclipse. Amor foge a dicionários e a regulamentos vários. Eu te amo porque não amo bastante ou de mais a mim. Porque amor não se troca, não se conjuga nem se ama. Porque amor é amor a nada, feliz e forte em si mesmo. Amor é primo da morte, e da morte vencedor, por mais que o matem (e matam) a cada instante de amor.

    7PEITOS

    Play Episode Listen Later Apr 23, 2020 1:23


    Texto e Voz: P4M1 Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. 7PEITOS De P4M1 quem pensa criar justiça se perde em vingança e come a fome fria por onde escorre o sangue das minhas imãs do apodrecimento eles nunca saberiam do alento que carregamos em abraços trago proteção pra nossa guerra contra o estado de estagnação em um passado criado pra alimentar a imprensa desses velhos empoeirados soldados que confundem nossos moinhos com vasos sanitários não venham jogar suas merdas nos nossos movimentos engulam sua falta de lucidez e nos deixem dançar aos ventos que sopram mensagens de libertação desse aprisionamento que insiste em achar que pode nos manter em cativeiro rasgarei suas grades amaldiçoadas com as 7 espadas que trago no peito

    Demônios

    Play Episode Listen Later Apr 22, 2020 1:36


    Texto e Voz: Ana Gabriela Granado Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Demônios De Ana Gabriela Granado Eu era melhor Estava no caminho da dúvida Mas não era esse o pior Era das minhas certezas a única súdita Não ter certeza nem de quem sou Não quero seguir as ordens de um estranho Mas ao invés de mudar meu ramo Fui do mundo um orador fanho Aquele que não realiza bem sua função É como se eu não tivesse nascido para viver Não entendo o mundo quando está são É possível ter-se nascido apenas para ser visto perecer? Tentei escolher o que mais me alegrava Tentei não me preocupar com tudo Mas esqueci que o mundo ainda girava Em uma sala de gritos, eu era apenas um surdo Não sei nem quem sou E quero desvendar o mundo Aos meus demônios me ofereço, me dou Numa outra versão perdida, eu sumo Fora do meu próprio eu Perdido entre a névoa da verdade Nada mais do que um monstro do mundo seu Uma criação falha de duas metades

    Dos poemas que esqueci

    Play Episode Listen Later Apr 21, 2020 0:52


    Texto e Voz: Bruna Flor Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Dos poemas que esqueci De Bruna Flor Tem poema q'é que bem pássaro Pousa, pia e sai a voar novamente Hoje mesmo me veio um lindo Enquanto cortava batata E quando pensei em anotar O danado me voa deixando A lembrança que de foi bom Voei fora da asa...

    VIVARESTA

    Play Episode Listen Later Apr 20, 2020 1:49


    Texto e Voz: P4M1 Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. VIVARESTA De P4M1 ante o espelho reconheci meu medo e engoli o que vi ali achando que a percepção que tinha sobre mim era única e verdadeira e sanguínea e traiçoeira. por muitos passos olhei pro chão entoando a voz rouca e baixa no coração que vinha corajosamente de encontro com a vida a cada nova batida. e a garganta? a cada estalo que vinha da coluna depois dos estilhaços que vieram da barriga transmutei sorrindo pra que assim fosse capaz de manter minha camuflagem intacta: viver na bolha. até que a morte me separe? roncou mais uma vez... a barriga? não, dessa vez é ronco que rompe o céu da minha boca quando um tambor do peito anuncia mensagens vindas de Olho e agora eu até me divirto por perceber que tudo aquilo qu'eu sentia morta bagagem a carregar como s'eu fosse outro: uma pilha de roupa velha. interessante aqui ver que a ideia continua e que a gente tem que viver pra ver o que resta: viva

    Personagens

    Play Episode Listen Later Apr 19, 2020 2:22


    Texto: Ana Gabriela Granado Voz: Douglas Trindade Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Personagens De Ana Gabriela Granado Sinto-me algo além do que sou Mais de você e menos de mim Nem sei se existes, e se existes, o que te restou? Porque me sinto como se fosse assim... Li apenas linhas de alguém que desconheço Que descrevem você como alguém ilegal Deram à sua história um fim, um meio e um começo Enquanto minha mente se distancia do modo racional Não citarei nomes de quem nem sei se existe Mas sinto sua dor e me sinto menos eu Ela penetra fundo e a realidade não resiste Peso que meu mundo se transforme no teu Tuas roupas, teus cabelos, teus traços Pareço-me com você sem querer Sinto como se os seus fossem meus laços E por fim, não sei nem onde fui me meter Sinto a dor da tua perda A doçura de alguns de teus beijos Teus únicos vestidos de seda Aquela tua ânsia por pães com queijos Mas no fim, nem sei quem sou Se sou eu, tu, ou nossas mentes misturadas Perco-me do mundo e nem sei onde realmente estou Vislumbro a esperança de mãos atadas Só eu te conheço? Não, talvez centenas Que se sentem em você com o breve som de um hino Transformo-me, mas sei que você é apenas Uma esplêndida personagem de um livro

    Bicho tempo

    Play Episode Listen Later Apr 18, 2020 0:45


    Texto e Voz: Bruna Flor Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Bicho tempo De Bruna Flor Oxe o tempo sempre esteve aí; tagarela volátil desmedido bicho doido que nunca ninguém conseguiu passar a mão pelos cabelos, ele vai, num pede licença...

    Abate

    Play Episode Listen Later Apr 17, 2020 1:17


    Texto e Voz: Sarah S. Motta Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Abate De Sarah S. Motta Cravo o pedaço de vidro dentro do peito. Quanto mais dói, mais finco estas fibras transparentes na carne. Enquanto afunda neste peito sem fundo, o reflexo do mundo se expande dentro de meu cadáver. O caco invade as veias, e o sangue grita, jorra, arde. Da boca saem vogais, sílabas Desespero. Perdido sentido. De dor os rugidos implodem sem filtros Explode a birra, a cor, a arte. Cadê os que amam, cadê quem odeia Cadê EU? Amando, odiando, criando... Cadê minhas crias de outras vidas?! "Fugiram!", clamam, "fugiram!" Deixaram-me a esmo, deixaram-me lesma Sozinha comigo berrando e eu mesma Lesmando o meu próprio abate

    Preço Bom Nós Tem

    Play Episode Listen Later Apr 16, 2020 1:58


    Texto: Orquestra Manancial da Alvorada Voz: Isadora Marques Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Preço Bom Nós Tem De Orquestra Manancial da Alvorada Só quem antes viu O pó da terra arrasada na brasa Pressentiu O terror que se incutiu Na alma de um povo esbelto Que pela lama caiu E pela rampa viu descer O velho cheiro de morte que grita quando vem Preço bom nós tem Preço bom como ninguém vai oferecer Dez quarteirão daqui eu sei bem Que ninguém vai proteger o que é de ninguém Eu solicito pista extra Pro pai de fora congestiona não Eu te licito a higiene Que preto e pobre deixa duro não Vou te passar uma lista boa Vê se tá com papel e lápis na mão Vô te dizer do que, que cê precisa Pro pai de fora dá co pau na mão Cê mata as bicha e os drogado Lança mosquito com infecção Vende uns ingresso parcelado Blinda os cavalo blinda teus canhão Compra uns brinquedo umas algema Que o pai de fora também é safadão Vô te dize do que, que ele gosta No quarto do hostel da federação Tem que te litro de aguardente Rabo de porco, banda-larga e pão Umas morena bem novinha Pano pro esperma e o sangue nu Esperma e o sangue no chão (Esperma e o sangue nu)

    Uma carta para meu amor que deve estar vindo

    Play Episode Listen Later Apr 15, 2020 3:36


    Texto e Voz: Michel Oliveira Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Uma carta para meu amor que deve estar vindo De Michel Oliveira Não sei por onde começar, talvez não saiba nem o que dizer, mas a boca enche para despejar tudo aquilo que já fez derramar lágrimas dos olhos de quem prometeu não chorar mais. Prometer não chorar? Essa promessa eu não fiz. Já me vem o choro na vista só em pensar em ficar um só dia sem me jogar aos prantos, em qualquer canto, qualquer cômodo, ou lugar mais bonito que seja. O choro me lava. Chorar me encharca de tudo aquilo que pensei guardar, mas não guardarei, ou se já guardei não sei, ou sei? Sim, claro que sei. Muito guardei, escondi, comprimi dentro de um potinho pequeno, guardado no fundo da gaveta, onde sabia, ninguém vasculharia. Talvez outros pertences ou até mesmo a poeira ajudasse a esconder ainda mais. Mas desisti disso. O choro é livre me disseram. E assim faço dele meu acordar da alma. Se eu tenho medo, choro. Se me sinto corajoso, me fortaleço em lágrimas que rolam pela minha pele e purificam-me num todo. Quem ama chora. Chora por não ter o amor correspondido, chora por ser traído, chora por esperar demais quem disse vir, mas muito demorou e nem veio. Quem não ama também chora. Chora por sentir falta de amar. Chora porque não consegue amar de novo. Chora por precisar de um amor, mas não sabe onde encontrar. Derramo esse choro. Quem precisa de um amor quando já se ama pai e mãe, a irmã, o irmão, o filho, o cachorro, o amigo. Quem precisa de mais amor? Eu preciso! Eu necessito de amor. O amor cura, o amor muda, molda, move, movimenta, atormenta, lamenta, trás problemas, resolve problemas, conflita, limita, te imita. Me imita? Reflete. Eu vejo no amor o que não vejo em mim, mas quero ver e sentir. Vejo no amor o que vejo em mim e quero arrancar. Por que você é tão como eu meu amor? Por que viver com você me causa essa dor? Não quero ser como você, mas você é tão como eu. Então, tudo bem. Eu mudo isso e aquilo para ficar de bem, mas quando você for embora, vai levar isso que me ensinou também? Deixa só um tiquinho dessa bondade aqui, não leve toda essa paz, nem fique com toda essa risada alta, me deixe continuar sorrindo, me deixe enxergar o mundo assim como você vê, tão lindo. Obrigado por me fazer ver que é possível continuar evoluindo mesmo com você longe. Obrigado por aceitar meu choro sem motivo, talvez fosse falta de carinho, falta de um amor como você comigo. Obrigado por eu ser tão parecido contigo. Obrigado por não termos nada a vê um com o outro. Obrigado por isso e por aquilo. Você me amou e foi embora, mas deixou seu amor comigo.

    Soneto de Fidelidade

    Play Episode Listen Later Apr 14, 2020 1:07


    Texto: Vinicius de Moraes Voz: Giulia Barth Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Soneto de Fidelidade De Vinicius de Moraes De tudo, ao meu amor serei atento antes E com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento E assim quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa lhe dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure

    T de Tempo

    Play Episode Listen Later Apr 13, 2020 3:04


    Poesia: T de Tempo Texto e Voz: Ipê Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. T de Tempo De Ipê Tenho muito tempo trilhado em tão pouco tempo... E o maldito que resolveu medir isso merecia passar pelo que passei. Tanto tempo pra esse encontro, e ao mesmo tempo, tão pouco tempo... Gasto meu tempo de muitas maneiras. Gasto meu tempo com asneiras. Rindo do vento e falando comigo mesma... Com você não gasto mais meu tempo. E ainda tenho tempo pra pensar em... futuro. Cogito tempo ao teu lado. Quero mais tempo ancorados um ao cais do outro. Ah, tu és meu porto. E como me faz feliz sentir que sou o teu. Não aguento mais a angústia de perder o tempo que poderia estar aproveitando contigo. Perco meu tempo reclamando. Tempo que podia estar amando. Mas jamais esqueço de agradecer. Agradecer a você pelo tempo bem empregado em escolhas que muito me satisfazem. Obrigada. Obrigada pelo tempo. Obrigada pelos dias, horas, milésimos maravilhosos ao teu lado. E obrigada pelo tempo que há de vir. Sou grata pelo tempo. Ingrata pelo tempo Deslocada pelo tempo. Alojada no tempo. Tenho tanta noção de tempo quanto tenho de física quântica. E amo o tempo, na mesma intensidade que odeio. Quero mais tempo; Quero menos tempo; Uma dualidade absurda me corrói, Mas gosto dela. Gosto. Amo o tempo, mais ainda contigo. Odeio o tempo, mais ainda sem ti. Tempo vem me matando. Tempo vem me dando vida. Vida de tempo. Tempo de vida. 18 anos, 8 meses, 13 dias, 1 hora e 36 minutos. Talvez agora já sejam 37. É pouco. É muito. Temos todo o tempo do mundo e tempo algum de nós mesmos.

    Amor é Síntese

    Play Episode Listen Later Apr 12, 2020 1:11


    Poesia: Amor é Síntese Texto: Mario Quintana Voz: Mary Clifford Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Amor é Síntese De Mario Quintana Por favor, não me analise Não fique procurando cada ponto fraco meu. Se ninguém resiste a uma análise profunda, Quanto mais eu... Ciumento, exigente, inseguro, carente Todo cheio de marcas que a vida deixou Vejo em cada grito de exigência Um pedido de carência, um pedido de amor. Amor é síntese É uma integração de dados Não há que tirar nem pôr Não me corte em fatias Ninguém consegue abraçar um pedaço Me envolva todo em seus braços E eu serei o perfeito amor.

    Talvez

    Play Episode Listen Later Apr 11, 2020 1:08


    Texto e Voz: Verônica Chalni Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Talvez De Verônica Chalni Talvez. Talvez eu soubesse o que estava fazendo, ou não Talvez eu espere isso passar ou deixe o acaso reagir de forma mais correta. Mais, afinal, se é de talvez que estamos falando, então porque procuramos o correto? A verdade O justo A moral A definição abissal Porque? Talvez tudo isso seja inconstante, fluido, líquido ou talvez sejamos mais concretos que pensamos. Será? Não sei, agora vou deixar o talvez responder Quem sabe ele tem uma resposta, talvez, não é?

    Corpos Opacos

    Play Episode Listen Later Apr 10, 2020 1:19


    Texto: Ana Gabriela Granado Voz: Douglas Trindade Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Corpos Opacos De Ana Gabriela Granado E enquanto sentamos para olhar Para quem ensina-nos a arte Existe um homem a vagar Por cada canto, cheirando à morte Mas existe uma legião Um anjo para cada alma em corpo Monitorando cada ação Do homem de corpo morto E se ele ameaça a um atacar Os anjos entram em combate Até que se cumpra o afastar E que na alma concretize-se o abate E o amor voltará a reinar Naquele Deus que protege suas criações E se algum demônio novamente ameaçar Os anjos desmascararão suas ações

    Puta Que Pariu

    Play Episode Listen Later Apr 9, 2020 1:39


    Texto e Voz: Krys KW Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Puta Que Pariu De Krys KW Sou filha da filha da Puta Neta da Puta que Pariu Amo a vó que não pode parir e que criou a filha e a neta da Puta Mas também a Puta que Pariu A Puta que Pariu mais de uma vez Que não pode criar E também não pode não parir A Puta que Pariu, porque teve de dar um pouco de si para muitos homens E sempre receber porra nenhuma em troca A Puta que Pariu e não quis que sua filha fosse mais uma Puta que Pariu A vó que não pode parir, mas criou desde os 4 meses a filha da Puta que Pariu E a filha da que criou e da Puta que Pariu, que teve a neta da Puta que Pariu A neta da vó que não pode parir e foi mãe da filha da Puta que Pariu Filha da filha da que criou e da Puta que Pariu E neta da Puta que Pariu

    VOZ SER 2

    Play Episode Listen Later Apr 8, 2020 1:19


    Texto e Voz: P4M1 Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. VOZ SER 2 De P4M1 e a imagem falou comando cortante conversa mortalidade renovando inverta atualidade quilombo purifica fortalece agora espera logo a outra imagem respondeu terremoto afiado filtrada guiada talentos bonito borboleta espera memória jornada tambor aberta numa dança as duas concluíram comando terremoto cortante afiado conversa filtrada mortalidade guiada renovando talentos inverta bonito atualidade borboleta quilombo espera purifica memória fortalece jornada agora tambor espera aberta você

    Assentimentalismo

    Play Episode Listen Later Apr 7, 2020 1:36


    Texto e Voz: Ana Gabriela Granado Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Assentimentalismo De Ana Gabriela Granado Luzes brancas Piscam os faróis Cobertas e mantas No novo coração, nós A boneca dorme De peito aberto O sangue se encolhe No corpo esbelto O médico sai A cirurgia está feita O novo coração vai Batendo à espreita “Ela ainda não acorda Mas o peito já funciona” Há sangue nas bordas Ela na maca, em coma Quando ao abrir as íris A boneca de coração novo Sente um sorriso que insiste Em sair-lhe aos jorros Felicidade abraça Novos batimentos de cristal Nunca fora doença imensa Mas para ela a paixão era um mal “Troque este coração partido Que te darei um Assentimental” E fez a compra; o ocorrido Foi quase a ela fatal Tão triste quando ela Se viu amando-o outra vez Arrependeu-se não em centelha Por ter-se feito o mal que fez

    Faço toalha do sol

    Play Episode Listen Later Apr 6, 2020 1:14


    Texto e Voz: Bruna Flor Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Faço toalha do sol De Bruna Flor As flores selvagens nos jardins Dos arquipélagos siderais Tem cheio de alguma coisa Que me lembra você, Corpo suado como de quem Sofre da febre dos trópicos, Se cravo meus dentes é Pra degustar o mundo e se Te devoro é porque te amo e quero Te mostrar que não se sai ileso No hiato dos nossos desejos me movo aprendo a ceder Toda vez que conto estrelas no céu da tua boca Descubro que nossos dedos São parecidos e que a cor Dos teus olhos carrega um Pouco das lembranças do mundo inteiro e que mesmo Quando não me enxuga faço do sol toalha e tudo bem.

    Me perdi

    Play Episode Listen Later Apr 5, 2020 2:13


    Texto e Voz: Lola Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Me perdi De Lola Me perdi de ti Te procuro e não te vejo Dói não conseguir cuidar de você Dói ter te afastado Tão difícil estar perto e longe ao mesmo tempo Assisto nossa vida passar tão rápido sem poder fazer nada. Todos os dias tento não desistir de você Todos os dias tento fazer com que me perdoe Pelas coisas ruins que disse sobre você Pelas coisas que fiz você acreditar que fosse. Desculpe te machucar por fora e por dentro É que é muito díficil te amar Amar tuas imperfeições Aceitar tudo o que passou sem te julgar Te procurei Já não te acho mais Já te perdi faz muito tempo As vezes não te sinto e acho que se foi para sempre Juro que vou continuar tentando te encontrar E quando encontrar não vou mais Me perder.

    Além do Ponto

    Play Episode Listen Later Apr 4, 2020 1:46


    Texto: Caio F. Abreu Voz: Silvia Maritani Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Além do Ponto (trecho) De Caio F. Abreu Mas chovia ainda, meus olhos ardiam de frio, o nariz começava a escorrer, eu limpava com as costas das mãos e o líquido do nariz endurecia logo sobre os pêlos, eu enfiava as mãos avermelhadas no fundo dos bolsos e ia indo, eu ia indo e pulando as poças d'água com as pernas geladas. Tão geladas as pernas e os braços e a cara que pensei em abrir a garrafa para beber um gole, mas não queria chegar na casa dele meio bêbado, hálito fedendo, não queria que ele pensasse que eu andava bebendo, e eu andava, todo dia um bom pretexto, e fui pensando também que ele ia pensar que eu andava sem dinheiro, chegando a pé naquela chuva toda, e eu andava, estômago dolorido de fome, e eu não queria que ele pensasse que eu andava insone, e eu andava, roxas olheiras, teria que ter cuidado com o lábio inferior ao sorrir, se sorrisse, e quase certamente sim, quando o encontrasse, para que não visse o dente quebrado e pensasse que eu andava relaxando, sem ir ao dentista, e eu andava, e tudo que eu andava fazendo e sendo eu não queria que ele visse nem soubesse, mas depois de pensar isso me deu um desgosto porque fui percebendo percebendo, por dentro da chuva, que talvez eu não quisesse que ele soubesse que eu era eu, e eu era.

    O meu quarto

    Play Episode Listen Later Apr 3, 2020 2:29


    Texto e Voz: Ryan Muller Siqueira Dassoler Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. O meu quarto De Ryan Muller Siqueira Dassoler O incenso trás o ar puro em momentos que nem a natureza pode oferecer, e as paredes do meu quarto, geladas, pedem que eu me una a elas por compartilhar vazios semelhantes. Cada um pode contar suas histórias, de guerra e poesias vividas, mas é como se ao final de cada conversa, voltasse ao que era antes, estranhos dividindo o mesmo teto. Meus olhos rodeiam o quadrado do meu quarto, ambíguo não. Quadrado, redondo, faz sentido ao pensar que os dois podem viver um dentro do outro, mas nunca serão iguais. Para que lado eu posso seguir, existem apenas quatro possibilidades ao momento em que me encontro, e todas consigo ver o resultado que obteria se escolhesse o inverso, indiferente. Eu tenho uma melhor amiga, em que divido meus sonhos toda noite, ou todo dia, ou em momentos aleatórios, já não sei quando sinto sono. Ela sabe os meus segredos, por quê não fala nada, seria apenas uma observadora, teria raiva das paredes que, ao passarem horas falando, já se cansou de ouvir e quer apenas silêncio. Tem o lugar onde guardo minhas sujeiras e minha pele, as vezes gostaria de esvaziar ele e dar um tempo, acredito que ele também deseje isso, alguém botando suas coisas cotidianas em você sem pedir permissão, não. E se nada existisse no meu quarto, se eu for um intruso, e se eu fiquei trancado pro lado de dentro, e se eu não desejo sair dele. Pra que pensar tanto no eu e não pensar tanto nele. Talvez eu nem saiba seu nome.

    A ilha dos sentimentos

    Play Episode Listen Later Apr 2, 2020 2:34


    Texto: Reinilson Câmara Voz: Alicia Prudencio Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. A ilha dos sentimentos De Reinilson Câmara Era uma vez uma ilha, onde moravam todos os sentimentos: a Alegria, a Tristeza, a Sabedoria e todos os outros sentimentos. Por fim o amor. Mas, um dia, foi avisado aos moradores que aquela ilha iria afundar. Todos os sentimentos apressaram-se para sair da ilha. Pegaram seus barcos e partiram. Mas o amor ficou, pois queria ficar mais um pouco com a ilha, antes que ela afundasse. Quando, por fim, estava quase se afogando, o Amor começou a pedir ajuda. Nesse momento estava passando a Riqueza, em um lindo barco. O Amor disse: - Riqueza, leve-me com você. - Não posso. Há muito ouro e prata no meu barco. Não há lugar para você. Ele pediu ajuda a Vaidade, que também vinha passando. - Vaidade, por favor, me ajude. - Não posso te ajudar, Amor, você esta todo molhado e poderia estragar meu barco novo. Então, o amor pediu ajuda a Tristeza. - Tristeza, leve-me com você. - Ah! Amor, estou tão triste, que prefiro ir sozinha. Também passou a Alegria, mas ela estava tão alegre que nem ouviu o amor chamá-la. Já desesperado, o Amor começou a chorar. Foi quando ouviu uma voz chamar: - Vem Amor, eu levo você! Era um velhinho. O Amor ficou tão feliz que esqueceu-se de perguntar o nome do velhinho. Chegando do outro lado da praia, ele perguntou a Sabedoria. - Sabedoria, quem era aquele velhinho que me trouxe aqui? A Sabedoria respondeu: - Era o TEMPO. - O Tempo? Mas porque só o Tempo me trouxe? - Porque só o Tempo é capaz de entender o "AMOR".

    Amor-próprio

    Play Episode Listen Later Apr 1, 2020 1:13


    Texto: Rupi Kaur Voz: Laura Schmidt Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Amor-próprio De Rupi Kaur primeiro peguei minhas palavras cada não posso, não vou, não sou boa o bastante. fiz uma fila e dei um tiro em todas depois peguei meus pensamentos invisíveis e dispersos não dava tempo de reunir um por um joguei água em tudo transformei meu cabelo em tecido deixei de molho com limão e menta coloquei na boca e fui escalando a trança até chegar na parte de trás da cabeça fiquei de joelhos e comecei a limpar minha mente demorou vinte e um dias ralei os joelhos mas não me importei não ganhei de presente o ar do meu pulmão para depois sufocá-lo esfreguei a falta de confiança até o osso até o amor ficar exposto

    Nó(s) Súbito

    Play Episode Listen Later Mar 31, 2020 1:52


    Texto: Vinícius Romano Voz: Nalu Pacheco Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Nó(s) súbito De Vinícius Romano Cada grão de areia testemunhou. No olhar, no primeiro: honestidade; No abraço, inteiro: sinceridade; Nem adeus, quando tarde, nos separou. Os relatos de chuva e noite fria, Eu confesso, me trazem desconfiança. Pois, a noite que trago em minha lembrança Não sei tempo, espaço... Nem teoria. O olhar, que tão longo tempo olhamos, Foi criando, aos poucos, cada degrau Dessa escada, levando ao que viramos. E descemos, com ritmo tão igual, Nesse “nós” do olhar nosso, que nem notamos: Nos perdemos tão fundo, em espiral.

    A poesia não dita

    Play Episode Listen Later Mar 30, 2020 0:49


    Texto e Voz: P4M1 Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. A poesia não dita De P4M1 A poesia não dita: (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) ... e o que o seu coração ditou nessas batidas?

    O que é, o que é?

    Play Episode Listen Later Mar 29, 2020 2:33


    Texto: Gonzaguinha Voz: Vinicius Damian. ⠀ Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. ⠀ O que é, o que é? De Gonzaguinha ⠀ E a vida E a vida o que é? Diga lá, meu irmão Ela é a batida de um coração Ela é uma doce ilusão Mas E a vida Ela é maravilha ou é sofrimento? Ela é alegria ou lamento? O que é? O que é? Meu irmão ⠀ Há quem fale Que a vida da gente É um nada no mundo É uma gota, é um tempo Que nem dá um segundo ⠀ Há quem fale Que é um divino Mistério profundo É o sopro do criador Numa atitude repleta de amor ⠀ Você diz que é luta e prazer Ele diz que a vida é viver Ela diz que melhor é morrer Pois amada não é E o verbo é sofrer ⠀ Eu só sei que confio na moça E na moça eu ponho a força da fé Somos nós que fazemos a vida Como der, ou puder, ou quiser ⠀ Sempre desejada Por mais que esteja errada Ninguém quer a morte Só saúde e sorte ⠀ E a pergunta roda E a cabeça agita Eu fico com a pureza Da resposta das crianças É a vida, é bonita E é bonita ⠀ Viver E não ter a vergonha De ser feliz Cantar e cantar e cantar A beleza de ser Um eterno aprendiz ⠀ Ah meu Deus! Eu sei, eu sei Que a vida devia ser Bem melhor e será Mas isso não impede Que eu repita É bonita, é bonita E é bonita

    Mundo, brutal mundo

    Play Episode Listen Later Mar 28, 2020 1:58


    Texto: Lara Fischer⠀ Voz: Pedro Neto. ⠀ ⠀ Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. ⠀ Mundo, brutal mundo De Lara Fischer ⠀ Um espelho. Um olho, o meu. Sístole e diástole; sístole e diástole. Tudo que está ao meu redor já não importa mais, me concentro no espelho. Pelo reflexo de meu olho vejo as chamas, queimando tudo ao meu redor, tal qual meu ódio; mas nada importa, só o movimento. Sístole e diástole; sístole e diástole. ⠀ Isabele? Isabele? Você está me ouvindo? - Uma chorosa clama por mim e, obediente que sou só de mim, fico parada, imóvel imortal. ⠀ Sístole, embrenhando rancor em cada pedaço de meu corpo; diástole, meu coração se enche novamente com ódio. Que ódio que tenho deles, de tudo que me envolve. Minhas sobrancelhas estão contraídas, calças e blusa rasgadas, mãos ensanguentadas, e apesar disso, não sinto dor ou calor; o que há é movimento. ⠀ Uma madeira cai ao meu lado, mas não ouso olhá-la, sinto-a lambendo minha perna com as chamas. Só me concentro no espelho e em meu olho ardente.

    Kahlo

    Play Episode Listen Later Mar 27, 2020 1:00


    Texto e Voz: Nathallia Machado Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Kahlo De Nathallia Machado A fidelidade pouco me importa Quando o coração grita lealdade Me derramo ao não cumprir E me despedaço ao desunir Me parece importância alguma fazer Quando palavras repetem o sentir Lealdade se esvai No coração desse capataz.

    Meu Talento

    Play Episode Listen Later Mar 26, 2020 3:43


    Texto e Voz: Matheus Vieira Santos Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Meu talento De Matheus Vieira Santos Eu poderia dizer que meu talento é cantar Mas que graça teria se eu só fosse falar Eu poderia dizer que meu talento é tocar Tantos instrumentos que eu não consigo nem lembrar Eu poderia dizer que o meu talento é desenhar Mas com essa, ninguém eu iria enganar Eu poderia dizer que meu talento é falar Tantos idiomas que eu não posso nem pronunciar Eu poderia dizer que meu talento é maquiar Mas são tantas as vezes que no espelho eu não consegui me olhar Eu poderia dizer que meu talento é assistir Mas acho que pra isso todo iriam rir Eu poderia dizer que meu talento é performar Mas a verdade é que só close eu sei dar Eu poderia dizer que meu talento é correr Tão rápido e tão sem direção que você não ia nem crer Eu poderia dizer que meu talento é nadar Mas essas aulas eu não pude nem pagar Eu poderia dizer que meu talento é solfejar Mas nem do que é uma colcheia eu consigo recordar Eu poderia dizer que meu talento é jogar Vôlei, basquete e até mesmo futsal Mas a verdade é que todos eu só consegui começar Eu poderia dizer que atuar sempre foi o meu lar Mas na verdade tudo que eu fiz foi contar Mentiras e mais mentiras pra me poupar Eu poderia dizer que meu talento é escrever Mas acho que a essa altura foi o que te levei a crer Eu poderia dizer que meu talento é lutar Mas nem pra faixa verde eu cheguei a passar Eu poderia dizer que meu talento é amar Pois isso sim eu faço sem olhar Sem temer, sem querer e muitas vezes sem dizer Eu poderia dizer que meu talento é ser empático É sentir por todos e ao mesmo tempo ser um só É querer te esganar e ao mesmo te abraçar Eu poderia que meu talento é perdoar Pois a essa altura todo mundo já fez algo pra me machucar Eu poderia dizer que meu talento é ser belo Mas essa inverdade Dentro de mim Eu não quero alimentar Eu poderia dizer que meu talento é estudar Mas tudo que eu faço é procrastinar Eu poderia dizer que meu talento é “crushar” Tantas pessoas que eu nunca nem vou falar Eu poderia dizer que meu talento é programar Mas esse só foi um pretexto pros meus sonhos realizar Eu poderia dizer que meu talento é sonhar Mas viver em um sonho não me faz cantar Por isso eu vivo até meus sonhos realizar No fim dia eu sei Que meu talento não é um só Meu talento é continuar Meu talento é revidar Meu talento é lutar É vencer É aprender É no meio de tanta maldade e tanta guerra É me amar Meu talento e eu somos um só Mas acho que agora Essa história já tem de voltar ao só Ao lugar onde tudo começou e tudo terminará A mim

    Reencontrar

    Play Episode Listen Later Mar 25, 2020 1:26


    Texto e Voz: Araís Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Reencontrar De Araís me perder não não admito me perder novamente pois eu não sei se aguento mais uma vez retomar a caninhada apesar das milhares voltas eu ainda estou envolta e me envolvo a me reencontrar ainda embarco em caminhos e me perder no meio talvez seja pior que no início. Alerta a reencontrada foi suada eu me fiz me refiz depois desfiz me encurralei em lugares coloquei pessoas em altares idealizei varios eus inexistente agora compreendo e aviso se aqui for entrar alguém entenda sou nascida do sopro moldada no pântano entregue aos rios e lapidada em caminhos não espero que você compreenda mas lhe digo aqui você não entra.

    Fotografia 3x4

    Play Episode Listen Later Mar 24, 2020 1:51


    Texto: Belchior Voz: Nego Trovo Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Fotografia 3x4 De Belchior Eu me lembro muito bem do dia que eu cheguei Jovem que desce do Norte pra cidade grande Os pés cansados e feridos de andar légua tirana De lágrimas nos olhos de ler o Pessoa E de ver o verde da cana Em cada esquina que eu passava um guarda me parava Pedia os meus documentos e depois sorria Examinando o 3x4 da fotografia E estranhando o nome do lugar de onde eu vinha Pois o que pesa no Norte, pela lei da gravidade Disso Newton já sabia cai no Sul, grande cidade São Paulo violento, corre o Rio que me engana Copacabana, Zona Norte e os cabarés da Lapa onde eu morei Esses casos de família e de dinheiro eu nunca entendi bem Veloso, o sol não é tão bonito pra quem vem do Norte e vai viver na rua A noite fria me ensinou a amar mais o meu dia E pela dor eu descobri o poder da alegria E a certeza de que tenho coisas novas Coisas novas pra dizer A minha história é talvez É talvez igual a tua, jovem que desceu do Norte Que no sul viveu na rua E ficou desnorteado, como é comum no seu tempo E que ficou desapontado, como é comum no seu tempo E que ficou apaixonado e violento como eu como você

    Certidão de Óbito

    Play Episode Listen Later Mar 23, 2020 1:26


    Texto: Conceição Evaristo Voz: Vinícius Romano Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Certidão de Óbito de Conceição Evaristo Os ossos de nossos antepassados colhem as nossas perenes lágrimas pelos mortos de hoje. Os olhos de nossos antepassados, negras estrelas tingidas de sangue, elevam-se das profundezas do tempo cuidando de nossa dolorida memória. A terra está coberta de valas e a qualquer descuido da vida a morte é certa. A bala não erra o alvo, no escuro um corpo negro bambeia e dança. A certidão de óbito, os antigos sabem, veio lavrada desde os negreiros.

    Ora (direis) ouvir estrelas

    Play Episode Listen Later Mar 23, 2020 1:15


    Texto: Olavo Bilac Voz: Vivi Macedo Esse podcast é um convite para você. Um convite, dos alunos do curso de Artes Cênicas, da UFSC, para um momento poético, uma partilha de poesia no espaço do agora. Ouvir Estrelas - Olavo Bilac "Ora (direis) ouvir estrelas! Certo, Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto, Que, para ouvi-las, muita vez desperto E abro as janelas, pálido de espanto... E conversamos toda a noite, enquanto a Via-Láctea, como um pálio aberto, Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto, Inda as procuro pelo céu deserto. Direis agora: "Tresloucado amigo! Que conversas com elas? Que sentido Tem o que dizem, quando estão contigo?" E eu vos direi: "Amai para entendê-las! Pois só quem ama pode ter ouvido Capaz de ouvir e e de entender estrelas".

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