Podcasts about pouco

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Rádio Novelo Apresenta
Sala de Espera - Parte 1

Rádio Novelo Apresenta

Play Episode Listen Later Jul 10, 2025 68:50


Um alerta: esse episódio – e toda essa série – fala sobre violência sexual e violência médica. Em dezembro de 2023, a suspensão do serviço de atendimento a vítimas de violência sexual de um importante hospital de São Paulo acendeu um alerta entre os profissionais que realizam aborto legal no país. O serviço do Hospital Vila Nova Cachoeirinha estava em funcionamento há anos, recebendo pacientes não só do estado de São Paulo, mas de vários cantos do país e, do dia pra noite, foi fechado. Num primeiro momento, a prefeitura da capital paulista afirmou que a decisão foi meramente burocrática – o hospital iria priorizar a realização de outros procedimentos. Pouco a pouco, foi ficando claro que o Vila Nova Cachoeirinha havia sido capturado por uma disputa maior, que uniu velhos conhecidos dos movimento antiaborto a aliados improváveis: o conselhos de medicina. O primeiro episódio da série Sala de Espera investiga essa história para tentar entender o que e quem está por trás dessa nova ameaça ao aborto legal. Por Natália Silva, Bia Guimarães e Carolina Moraes. (A produção dessa série tem o apoio do Nem Presa Nem Morta, uma campanha que luta para transformar o debate e as leis sobre aborto no Brasil. E esse primeiro episódio também contou com o apoio do Brasil LAB, iniciativa acadêmica que considera o Brasil um nexo planetário vital.) A transcrição do episódio está disponível no site da Rádio Novelo: https://bit.ly/transcriçãorna137 Que tal deixar a sua jornada de trabalho mais leve, criativa e menos estressante? O navegador Opera Air acaba de chegar ao Brasil e traz muitas ferramentas para uma navegação eficiente, segura e que não te deixa esquecer o principal: do outro lado da tela, tem uma pessoa que também precisa de um respiro. Baixe aqui o navegador para computador e experimente uma rotina de trabalho mais equilibrada: opera.com/air Essa dica é pra quem é fã de cinema: nossa pareceira Filmicca é uma plataforma de streaming brasileira feita para os apaixonados por filmes. A curadoria é escolhida a dedo, e dá pra assistir quando e onde quiser: na TV, no celular ou no tablet. Aproveite os planos a partir de R$ 14,90 no www.filmicca.com.br Palavras-chave: aborto legal, violência sexual, estupro, Hospital Vila Nova Cachoeirinha, assistolia fetal, Conselho Federal de Medicina, Conselho Regional de Medicina de São Paulo, Raphael Câmara, Supremo Tribunal Federal Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices

Genial Podcast
Paulo Val na Conversa com Zé Márcio: "A inflação de 2026 é igual a deste ano ou até um pouco acima"

Genial Podcast

Play Episode Listen Later Jul 5, 2025 35:15


Amorosidade Estrela da Manhã
SERÁ QUE DEUS ERRA EM NOS LIMITAR? SE JÁ APANHAMOS AO LIDAR COM POUCO, COMO SERIA LIDAR COM O MUITO?

Amorosidade Estrela da Manhã

Play Episode Listen Later Jul 5, 2025 5:02


Conversas com as Entidades sobre temas diversos

O Assunto
O que o Brasil pode fazer para sair da lama fiscal

O Assunto

Play Episode Listen Later Jul 4, 2025 36:39


Diante de um orçamento inexequível para 2023, o recém-eleito governo Lula negociou com o Congresso uma PEC que liberava gastos na casa dos R$ 145 bilhões; em contrapartida, o Executivo deveria apresentar uma nova regra fiscal para controlar as contas públicas. Ela veio: o chamado arcabouço fiscal foi aprovado no Legislativo e até celebrado por parte do mercado financeiro. Pouco mais de dois anos depois, ele dá sinais de que não para de pé. Um problema multifatorial. O Executivo insiste em tentar buscar o equilíbrio fiscal apenas pelo lado da receita, a partir da elevação da carga tributária, sem indicar como vai conter o crescente aumento das despesas. E ignora os problemas estruturais das contas públicas. O Congresso perde a oportunidade de avançar com uma agenda capaz de equacionar a crise fiscal e mantém um orçamento turbinado sob seu controle: são R$ 50 bilhões apenas neste ano, 25% de todo o gasto discricionário do governo – um percentual que foge, e muito, à média mundial. O mesmo se vê no Judiciário, que custa 1,43% do PIB brasileiro, muito acima da média de economias emergentes (0,5%) e de economias avançadas (0,3%). Neste episódio, Natuza Nery conversa com Bruno Carazza para explicar o que pode ser feito para que o Brasil desate seu nó fiscal. Comentarista do Jornal da Globo e colunista do jornal Valor Econômico, Bruno dimensiona qual o tamanho da “bomba” brasileira. Ele, que também é professor da Fundação Dom Cabral, desenha alternativas para solucionar o problema e conclui como decisões tomadas pelos três Poderes aumentam as despesas públicas.

Pânico
Márcia Dantas

Pânico

Play Episode Listen Later Jul 4, 2025 125:34


A convidada do programa Pânico dessa sexta-feira (04) é Márcia Dantas.Márcia Dantas é jornalista, apresentadora e paraense de coração e origem. Sua trajetória no jornalismo começou aos 19 anos como estagiária na TV Record Belém, onde deu os primeiros passos na produção de reportagens e fez da rua sua verdadeira escola. Aos 21 anos, foi contratada como apresentadora do Jornal da Band/PA, permanecendo até os 23, quando retornou à TV Record como repórter. Pouco tempo depois, assumiu a apresentação do Fala Pará (jornal das manhãs), que liderou a audiência nas manhãs da emissora por três anos. Seu estilo dinâmico e irreverente lhe rendeu reconhecimento, incluindo o Prêmio SEBRAE de Jornalismo em 2015.Buscando novos desafios, decidiu deixar a estabilidade no Pará para se aventurar em São Paulo. No meio dessa grande mudança, veio um presente inesperado: a maternidade. Mas nem isso a afastou do objetivo maior. Assim que seu filho, Gabriel, completou sete meses, conquistou uma vaga como freelancer no SBT, onde ganhou destaque como repórter ao vivo, sendo apelidada de "Para-raio da notícia". O esforço e a dedicação a levaram a apresentar o Primeiro Impacto e, posteriormente, um dos maiores telejornais do país, o SBT Brasil.Além da TV, Márcia se dedica a ensinar jornalismo prático para novos profissionais, oferecendo cursos, mentorias de oratória e palestras. Também atua como mestre de cerimônias e compartilha conteúdos informativos nas redes sociais. Recentemente, criou um Instagram de notícias, que, em poucos dias, já apresentou um crescimento expressivo de engajamento. Sua trajetória é a prova de que dedicação e perseverança fazem a diferença. Afinal, para quem se dedica, o sucesso vem!Redes Sociais:Instagram: https://www.instagram.com/marciadantastv/Instagram de News: https://www.instagram.com/mdnoticias/Site: https://marciadantasnews.com.br/

Conexão Israel
#308 - Mortos e mortes em Gaza, Netanyahu convidado à Casa Branca, Comissão de ética do Knesset aprova a cassação de Ayman Odeh, Gadi Eizenkot sai do Campo Republicano

Conexão Israel

Play Episode Listen Later Jul 4, 2025 127:32


Depois do Irã, voltamos à realidade de Gaza. E ela é assustadora. Bloco 1- Mortes e mortos em Gaza. Números de vítimas podem chegar a 100 mil.- Dedo leve: soldados tinham autorização para atirar em palestinos em postos de distribuição de ajuda humanitária.- Irã: muita confusão sobre o resultado da guerra entre Israel-Irã-EUA- Após ataques de colonos terroristas a soldados, governo promete agir.Bloco 2- Pouco antes da visita de Netanyahu à Casa Branca, Trump fez campanha para cancelar o julgamento de Netanyahu.- Comissão de ética do Knesset aprova a cassação de Ayman Odeh e agora o parlamento vai decidir.- Estudante na Universidade de Haifa disse que foi intimidado pelo Shin Bet - Supremo determina que Netanyahu e Conselheira Jurídica devem buscar solução para a nomeação do próximo chefe do Shin Bet.- Gadi Eizenkot e Matan Kahana saem do Campo Republicano.- Ultraortodoxos voltam a sabotar votações do governo enquanto não houver lei do alistamento.Bloco 3- Palavra da semana- Dica cultural- Correio dos ouvintesPara quem puder colaborar com o desenvolvimento do nosso projeto para podermos continuar trazendo informação de qualidade, esse é o link para a nossa campanha de financiamento coletivo. No Brasil - ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠apoia.se/doladoesquerdodomuro⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠No exterior - ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠patreon.com/doladoesquerdodomuro⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Nós nas redes:bluesky - @doladoesquerdo.bsky.social e @joaokm.bsky.socialsite - ladoesquerdo.comtwitter - ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@doladoesquerdo⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ e ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@joaokm⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠instagram - ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠@doladoesquerdodomuro⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠youtube - ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠youtube.com/@doladoesquerdodomuro⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Tiktok - @esquerdomuroPlaylist do Spotify - Do Lado Esquerdo do Muro MusicalSite com tradução de letras de músicas - https://shirimemportugues.blogspot.com/Episódio #308 do podcast "Do Lado Esquerdo do Muro", com Marcos Gorinstein e João Miragaya.

Soundbite
José Luís Carneiro eleito secretário-geral do PS: é para durar muito ou pouco?

Soundbite

Play Episode Listen Later Jul 1, 2025 10:01


Ano e meio depois, José Luís Carneiro foi eleito secretário-geral do PS com 95,4% da votação, e mais votos do que quando concorreu contra Pedro Nuno Santos. O novo secretário-geral socialista promete ser uma "pessoa ponderada", com "sentido de responsabilidade" e o seu PS será uma "oposição leal, responsável, firme e enérgica". Mas avisa que o partido "usará todos os instrumentos de fiscalização para se opor a medidas erradas, injustas e ineficazes". Carneiro é apenas um líder de transição num Partido Socialista fragilizado?See omnystudio.com/listener for privacy information.

Amorosidade Estrela da Manhã
TALVEZ A FEIURA ESTEJA NOS OLHOS QUE AMAM POUCO

Amorosidade Estrela da Manhã

Play Episode Listen Later Jun 27, 2025 3:18


Abertura dos trabalhos na Amorosidade

Convidado
Acordo de Lisboa: A vitória do PAIGC rumo à independência de Cabo Verde

Convidado

Play Episode Listen Later Jun 26, 2025 19:36


Nos 50 anos da independência de Cabo Verde, a RFI publica várias reportagens sobre o tema. Neste nono episódio, falamos da luta política no pós-25 de Abril que se travou dentro e fora de Cabo Verde para culminar no Acordo de Lisboa rumo à independência de 5 de Julho de 1975. Nesta reportagem, vamos ao encontro de Pedro Pires, um dos arquitectos do Acordo de 19 de Dezembro de 1974, e de Silvino da Luz, também dirigente do PAIGC que dirigiu a luta política em Cabo Verde nos meses que se seguiram ao 25 de Abril de 1974. O Acordo de Lisboa foi assinado a 19 de dezembro de 1974 entre o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e o governo Português. O documento representava uma meta histórica na luta de libertação e fixava os termos em que iria decorrer a independência do arquipélago seis meses depois, a 5 de Julho de 1975. Este era o culminar de um intenso processo negocial entre as duas partes e de uma desgastante luta armada, na Guiné- Bissau, de 11 anos. O protocolo de Lisboa surgia meses depois da assinatura dos Acordos de Argel (26 de Agosto), em que o Estado português reconhecia a independência da Guiné-Bissau, proclamada unilateralmente pelo PAIGC, a 24 de Setembro de 1973, reconhecendo também o direito de Cabo Verde à autodeterminação e independência. O Acordo de Lisboa foi rubricado, da parte do PAIGC, por Pedro Pires, Amaro da Luz e José Luís Fernandes Lopes; e, do Estado português, pelos ministros Melo Antunes, Mário Soares e Almeida Santos. O comandante Pedro Pires, hoje com 91 anos, entende que foi feito um “excelente trabalho” por se ter resolvido o conflito e se terem criado condições para relações “amistosas e úteis” com Portugal. “Apesar da nossa inexperiência em matéria de negociações, a nossa inexperiência em matéria de preparação técnica e jurídica para negociações, apesar disso, entendo que fizemos um bom trabalho. Fizemos um excelente trabalho. Está claro que não fizemos o trabalho sozinhos. Tivemos uma assessoria pela qual tenho também muito respeito. Nessa equipa de negociadores, havia duas pessoas que estavam à frente do processo. Eu era o líder ou chefe da delegação, portanto o estratega, e o nosso jurista era o Dr. José Araújo. Eu entendo - é um juízo em causa própria - mas eu entendo que fizemos um bom trabalho porque fizemos duas coisas importantes: resolvemos o conflito, mas, ao mesmo tempo, criámos as condições políticas para o desenvolvimento de relações amistosas com o Estado português, amistosas e úteis com o Estado português”, explica Pedro Pires. Pouco antes do 25 de Abril, em Março de 1974, tinha havido um encontro secreto, em Londres, entre o enviado do governo português, José Manuel Villas-Boas, e três elementos do PAIGC, nomeadamente Silvino da Luz, então representante da Guiné Bissau junto das Nações Unidas. O objectivo era tentar pôr fim à guerra na Guiné, abrir caminho ao reconhecimento da independência desse país, mas a questão de Cabo Verde era colocada na gaveta, conta Silvino da Luz. “Há um facto importantíssimo de que não se fala, um célebre encontro com o enviado de Marcello Caetano em Londres, que teve lugar em Março de 1974. Porque é que não prosseguiu? Porque a nossa delegação continuou as discussões, mas o mandatário não estava legitimado, não tinha instruções para falar de Cabo Verde, só queria falar da Guiné-Bissau e encontrar um meio termo para pôr fim à guerra na Guiné. Quando eu levanto o problema de Cabo Verde, ele diz-me que não tinha instruções, não podia falar sobre isso, e nós, para não dar a missão por falhada, ele aceitou o princípio de regressar a Lisboa, receber instruções, e marcámos a próxima reunião para as primeiras duas semanas de Maio. Isso já não se pôde cumprir porque, entretanto, dá-se o 25 de Abril”, conta Silvino da Luz. Pedro Pires acrescenta, justamente, que “as negociações só foram possíveis com a mudança de regime em Portugal”. “O regime anterior, dirigido por Marcello Caetano e pelo Presidente da República, Américo Tomás, não aceitaria de maneira nenhuma negociar ou, pelo menos, resistiram e não quiseram aceitar. Perderam o poder, foram destituídos e instala-se em Portugal um novo regime e é esse novo regime que decidiu, corajosa mas também inteligentemente, ir para as negociações”, afirma o comandante que tinha participado na luta de libertação de Cabo Verde e Guiné-Bissau e que chefiou a delegação do PAIGC nas conversações de Londres e Argel. O 25 de Abril de 1974 vai acelerar o calendário da história. O Acordo de Lisboa é assinado oito meses depois e, à semelhança dos acordos para os outros territórios independentistas, eles só foram possíveis depois da publicação, a 27 de Julho, em Portugal, da Lei da Descolonização que revogava a norma que impedia o Estado português de qualquer cedência do seu ultramar, conforme a Constituição de 1933. Até à publicação dessa lei, a parte portuguesa tinha dúvidas quanto à forma como realizar essa descolonização: a questão era se deveria consultar as populações, no quadro da chamada autodeterminação dos povos ou se deveria negociar directamente e apenas com os movimentos históricos armados, declarados pela Organização da Unidade Africana e pelas Nações Unidas como os representantes legítimos dos seus povos. De um lado, estavam as forças conservadoras chefiadas pelo general António de Spínola e Presidente da República (a partir de 15 de Maio), que defendera meses antes a tese da federação no livro “Portugal e o futuro”. Do outro, estavam as forças “progressistas” do Movimento das Forças Armadas (MFA), integradas pelos Capitães de Abril. Venceu a tese do MFA no sentido de uma descolonização a mais rápida possível, com a publicação, a 27 de Julho, da Lei da Descolonização. Um diploma que Spínola dirá mais tarde ter sido publicado sem o seu conhecimento prévio e, o mais grave, sem a sua assinatura. Os que hesitavam em entregar o poder ao PAIGC, como Spínola, mas também Mário Soares, argumentavam que do ponto de vista cultural, Cabo Verde estava mais próximo de Portugal que da Guiné e duvidava-se da viabilidade económica do novo Estado, a braços com uma seca desde 1967 e inteiramente dependente de Lisboa para a sua sobrevivência. Por outro lado, no contexto da Guerra Fria, a posição geoestratégica do arquipélago atraía as atenções internacionais e havia quem temesse a sua sovietização. Por isso, o acordo para “Cabo Verde não foi tão fácil como parecia à primeira vista”, admite Pedro Pires. “Cabo Verde não foi tão fácil como parecia à primeira vista porque tendo nós negociado em Argel e fixado algumas ideias no acordo, Cabo Verde era a continuação das negociações de Argel. Ora, só sete meses depois é que conseguimos reiniciar as relações que tinham sido suspensas depois de Argel. Em Cabo Verde entrou um outro factor que durante muito tempo não sei se esteve ausente, mas esteve quase ausente, que é a questão da posição geoestratégica do Cabo Verde. A grande questão dos responsáveis portugueses na altura era: ‘o que é que o PAIGC vai fazer com Cabo Verde? Vai entregar isso aos russos ou aos Soviéticos?'. Porque dentro da campanha de deslegitimação do regime português da altura contra os movimentos de libertação e contra o PAIGC em particular, nós éramos agentes do estrangeiro, serviçais ou serventuários dos comunistas, anticristãos... E subjacente a isso, na mentalidade dos próprios dirigentes ou de alguns dirigentes portugueses, a situação continuava, o risco de nós sermos agentes da Rússia ou da União Soviética e entregássemos essa posição geoestratégica importantíssima ao inimigo ou ao adversário. Isso complicou bastante o processo negocial. Foi precisa muita persistência do nosso lado para vencer esses posicionamentos”, conta o também antigo Presidente de Cabo Verde. Depois de uma guerra de 11 anos, com milhares de mortos, feridos e mutilados, Pedro Pires tinha para a sua orientação, que a soberania da Guiné-Bissau não era negociável e o direito à independência de Cabo Verde também não era negociável. O PAIGC também exigia ser considerado como o único interlocutor válido nos dois territórios. O PAIGC tinha sido o único movimento de libertação a proclamar, ainda que unilateralmente, a independência de uma das colónias portuguesas, a Guiné, e a reivindicar, desde os finais da década de 1960, o controlo de uma parte significativa do território guineense. Porém, não tendo havido luta armada dentro do território de Cabo Verde, os meses que antecederam a proclamação da independência do arquipélago foram de trabalho político intenso e de confronto entre forças políticas nas ilhas.  É que se a nível internacional, o PAIGC era reconhecido tanto pela Organização das Nações Unidas (ONU) como pela Organização da Unidade Africana (OUA) como o único e legítimo representante do povo de Cabo Verde, dois outros partidos queriam mostrar que existiam e participar no futuro do arquipélago: a União do Povo das Ilhas de Cabo Verde (UPICV) e a União Democrática Cabo Verdiana (UDC). Para Pedro Pires, quem lutou pela independência foi o PAIGC e o resto é “fantasia”: “Lutar pela independência é o PAIGC. O resto é fantasia. Toda a gente quer, mas essa coisa é com provas, não basta dizer 'aqui estou eu', mas é preciso provar se fez alguma coisa que credibilize, que dê legitimidade.” Também a historiadora Ângela Benoliel Coutinho, autora de “Os Dirigentes do PAIGC - Da Fundação à Ruptura 1956-1980” diz que falta documentação para se fundamentar a existência enquanto partidos constituídos da UPICV e da UDC e lembra que “o PAIGC foi reconhecido pela OUA como o único legítimo representante dos cabo-verdianos e também foi reconhecido pelas Nações Unidas no dia 5 de Abril de 1974 como o único legítimo representante dos cabo-verdianos”. “Temos conhecimento da actuação de José André Leitão da Graça. Terá fundado a UPICV - a União dos Povos Independentes de Cabo Verde - que tinha como principal objectivo obter a independência política de Cabo Verde, e não estava de acordo com o PAIGC relativamente ao projecto de unidade com a Guiné-Bissau. E sabemos que José André Leitão da Graça actuou com a sua esposa, viveu muito tempo em Dacar, viveu também no Gana, mas eu desconheço um levantamento de arquivo de documentação relativa a esse partido, se é que foi um partido, porque conhecemos duas pessoas, não é? Fala-se de outros militantes sem que se saiba o que terão feito (…) É-nos difícil para nós, como historiadores, compreender a natureza, a actuação desses movimentos, quando são escassos os próprios depoimentos. Não temos livros de memórias, entrevistas das pessoas que terão estado envolvidas no outro dito partido que terá sido criado depois do 25 de Abril, a UDC. São referidos alguns nomes, mas essas pessoas nunca deram uma entrevista longa. Não temos documentos nenhuns. Temos uma ou outra notícia, um panfleto”, explica à RFI, por telefone, Ângela Benoliel Coutinho. No livro “Cabo Verde – Os Bastidores da Independência”, o jornalista José Vicente Lopes foi pioneiro a falar dessas forças políticas que tentavam rivalizar com o PAIGC. Também o historiador José Augusto Pereira fala disso na obra “O PAIGC perante o dilema Cabo-Verdiano”. A UPICV era uma organização fundada em 1959, liderada pelo nacionalista José Leitão da Graça, que teria mais presença em Santiago e um pouco na ilha do Fogo, era a favor da independência mas contra a unidade com a Guiné. A UDC, criada em Maio de 1974, estava localizada em São Vicente e um pouco em Santo Antão, sendo chefiada pelo advogado João Baptista Monteiro e estando inicialmente contra a independência, mas a favor do projecto federativo do general Spínola, ou seja, defendia o estatuto de adjacência para Cabo Verde, como o caso dos Açores e da Madeira. Entre o 25 de Abril e o 19 de Dezembro de 1974, houve meses quentes de intensa luta política. Logo após a Revolução dos Cravos, Silvino da Luz foi o primeiro dirigente do partido a ser enviado para Cabo verde para organizar as estruturas do partido. Ele conta-nos que foi designado como o primeiro responsável do PAIGC a ir para Cabo Verde fazer a luta política e tirar o partido da clandestinidade. Era “o homem do terreno”, como nos conta, em sua casa, no Mindelo. “Nessa altura fui designado como o primeiro responsável do PAIGC que vinha para Cabo Verde para fazer a luta política e tirar o partido da clandestinidade. E depois o 25 de Abril, eu fui o primeiro dirigente a ser enviado e aqui estive até à independência nacional. Criou-se na altura uma comissão de três membros, em Conacri, que eram eu, o Comandante Osvaldo Lopes da Silva e o Comandante Carlos Reis, mas eu era o primeiro responsável, eu é que praticamente dirigia. Regressei à minha terra com essa missão e, felizmente, foi missão cumprida. Eu era o homem encarregado de criar as condições localmente, de fazer a manifestação de forças do PAIGC, tornar o PAIGC o único a ser visto. Eu é que dirigi essa campanha”, descreve. Quanto aos outros partidos, Silvino da Luz afirma que “o UDC foi uma criação do Spínola”. Sobre o UPICV, diz ter “muito respeito” por Leitão da Graça, “um homem sério, nacionalista convicto, africano de gema”, mas que esteve “sempre no exterior, [o partido] era quase um grupo familiar e não tinha bases significativas em Cabo Verde”. Perante a posição de Portugal, o PAIGC vai tentar dominar a situação interna, a nível social e político. Foram criadas milícias pelo PAIGC, integradas também por mulheres, e os quadros do partido regressaram em força para concentrar os seus esforços em Cabo Verde. O braço-de-ferro durou entre Maio e Dezembro e culminou no dia 9 de Dezembro com a tomada, por dirigentes e apoiantes do PAIGC, da Rádio Barlavento que difundia as ideias da UDC, no Mindelo. Por essa altura, eram detidas 70 pessoas para averiguações, a grande maioria era alegadamente da UPICV e da UDC. Eram retidas no temporariamente no reaberto campo do Tarrafal. Silvino da Luz lembra que o PAIGC ainda não estava no poder e diz que o facto de as forças armadas portuguesas as terem colocado no Tarrafal era uma forma de “garantir a segurança” de tanta gente. Reitera, ainda, que essas pessoas estavam guardadas por militares portugueses. Também o jornalista José Vicente Lopes destaca que “a responsabilidade primeira foi das autoridades portuguesas” no que toca aos adversários do PAIGC presos no Tarrafal, admitindo que “são as autoridades portuguesas que acabaram por ajudar o PAIGC a neutralizar os seus adversários políticos”. Com o PAIGC a dominar e a neutralizar as outras forças políticas, a 19 de Dezembro é assinado o Acordo de Lisboa. Determinam-se os termos da transferência da soberania portuguesa para o Estado cabo-verdiano. É estabelecido um governo de transição, chefiado por um alto-comissário português com a categoria de primeiro-ministro, Vicente de Almeida d'Eça, e composto por três ministros escolhidos pelo PAIGC, Carlos Reis, Amaro da Luz e Manuel Faustino, e dois por Portugal. Ficam, também, previstas eleições para uma assembleia constituinte que deveria proclamar a independência a 5 de Julho de 1975. Nesse dia, é proclamada a República de Cabo Verde como Estado Independente e Soberano. Era o fim de cinco séculos de dominação colonial portuguesa.    Se quiser aprofundar este assunto, pode ouvir aqui as entrevistas integrais a Pedro Pires e a Silvino da Luz.    

Entrevistas Jornal Eldorado
Base de Lula no Congresso ajuda a derrubar aumento do IOF: como fica o governo? Ouça análise

Entrevistas Jornal Eldorado

Play Episode Listen Later Jun 26, 2025 18:23


A Câmara e o Senado derrubaram ontem o decreto do governo que elevava alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Na Câmara, a sustação da medida passou com 383 votos a favor e 98 contra. O Palácio do Planalto foi pego de surpresa pelo anúncio do presidente da Casa, Hugo Motta, de que colocaria o tema em votação. Pouco mais de uma hora depois, o Senado também aprovou o projeto, em votação simbólica. Ainda na noite de ontem, senadores e deputados concluíram a apreciação da proposta que aumenta o número de deputados federais de 513 para 531. O projeto vai à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A expansão do número de cadeiras na Câmara vai resultar em uma despesa anual extra de R$ 64,8 milhões, além de gerar efeito cascata nas Assembleias Legislativas. Em entrevista à Rádio Eldorado, o cientista político Bruno Silva, um dos diretores do Movimento Voto Consciente, apontou um maior nível de dificuldades na relação do governo Lula com o Congresso, apesar da liberação de pagamentos de emendas parlamentares. “Houve mudança nas moedas de troca. É um Congresso fortalecido, que avança sobre fatias cada vez mais expressivas do Orçamento”, afirmou.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Jovem Pan Maringá
Donald Trump faz proposta de cessar-fogo entre Israel e Irã

Jovem Pan Maringá

Play Episode Listen Later Jun 24, 2025 66:48


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou ontem um cessar-fogo no conflito entre Israel e Irã, após uma conversa telefônica com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, informou a agência Reuters. Um alto funcionário americano, sob anonimato, revelou que Israel aceitou a trégua desde que o Irã evitasse novos ataques. O Irã também teria sinalizado aceitação do acordo.A proposta foi discutida com o emir do Catar, após um ataque iraniano a uma base americana. Trump pediu ajuda ao Catar para persuadir o Irã a aceitar o cessar-fogo. Embora o chanceler catariano tenha negado que o acordo estivesse fechado, a Reuters reportou que o Irã concordou durante uma ligação com o primeiro-ministro do Catar.Segundo Trump, as operações militares deveriam cessar hoje, com a suspensão dos ataques em até 24 horas. Até o anúncio, Israel não confirmou oficialmente o acordo.Pouco depois do início da trégua, Israel acusou o Irã de violá-la e prometeu reagir. O Irã negou qualquer descumprimento. A situação permanece instável, e as próximas horas serão decisivas para a manutenção da paz.

Governo do Estado de São Paulo
Defesa Civil - Terça-feira 24 de junho, o tempo fica com muitas nuvens e o sol aparece pouco em grande parte do estado de São Paulo

Governo do Estado de São Paulo

Play Episode Listen Later Jun 23, 2025 1:25


Grandes Voces do Noso Mundo
EP. 406: REGUEIFA TOUR (Séchu Sende)

Grandes Voces do Noso Mundo

Play Episode Listen Later Jun 22, 2025 60:49


Había unha vez un docente soñador que estreou paternidade e deixou en segundo plano a guitarra eléctrica para modular a voz de maneira que agradase os ouvidos da súa crianza. Pouco tempo tardou en comezar a improvisar as letras das súas cancións, seguindo o modelo de Pinto de Herbón e Manu Chao. O docente soñador tivo sorte, porque uns anos máis tarde a crianza comezou tamén a improvisar... até que chegou unha auténtica Maré, e a improvisación foi maior aínda. Provista de tres pés, a improvisación chamada Regueifa fixo primeiro a liña Vila de Cruces - Baio e despois viaxou por toda a xeografía galega e estivo en Euskádi, en Cataluña e en Portugal e mesmo chegou ao Kurdistán e ao arquipélago da Madeira. Agora o "Povo improvisador" xa dispón dun libro-guía, do que tamén falamos nesta conversa do Deixe Falar. E, obviamente, non esquecemos o Regueifa Tour.

Um pouco mais de azul
Um Pouco Mais de Azul: a palavra da semana é livro

Um pouco mais de azul

Play Episode Listen Later Jun 21, 2025 42:51


O que junta Fernando Alves, Francisco Louçã e Rita Taborda Duarte no podcast Um pouco mais de azul?See omnystudio.com/listener for privacy information.

Convidado
As negociações e a proclamação da independência de Moçambique

Convidado

Play Episode Listen Later Jun 21, 2025 20:46


Moçambique assinala neste 25 de Junho de 2025, os 50 anos da sua independência. Por esta ocasião, a RFI propõe-vos um percurso pela história do país e a sua luta pela liberdade. No quinto episódio desta digressão, evocamos a independência de Moçambique. Após vários anos em várias frentes de guerra, capitães das forças armadas portuguesas derrubam a ditatura no dia 25 de Abril de 1974. A revolução dos cravos levanta ondas de esperança em Portugal mas também nos países africanos. A independência pode estar por perto, mas é ainda preciso ver em que modalidades. Óscar Monteiro, militante sénior da Frelimo e um dos membros da delegação que negociou os acordos de Lusaka juntamente com Portugal, recorda como recebeu a notícia. “No dia 25 de Abril, tenho a primeira notícia sobre o golpe de Estado em Portugal, quando procurava ouvir a Rádio França Internacional. Nós estávamos num curso político e eu estava à procura do noticiário da RFI quando ouço ‘Cette fois, c'est pour de bon' (desta vez, é a valer). Então parece que houve mesmo qualquer coisa em Portugal e a partir daí começamos a procurar informações. No dia 27, nós produzimos uma declaração que eu acho que foi dos mais bonitos documentos políticos em que participei. Continuamos a dar aulas porque era a nossa tarefa. A luta não termina só assim. Mas à tarde o Samora chamou-nos, nós tínhamos um telefone de campanha daqueles com manivela. ‘Venham cá porque a coisa parece ser séria'. Então fomos para lá e começamos a produzir. Devo dizer que estávamos num muito bom momento politicamente e por isso que não ficamos perturbados. Dissemos ‘Sim senhor, muito bem. Felicitamo-nos por esta vitória do povo português, mas a nossa luta é pela independência.' (...) Sabe que o Manifesto das Forças Armadas tinha só uma linha, a linha final, que dizia depois de 20 e tal pontos sobre a democratização de Portugal, dizia que ‘a solução do problema do Ultramar é política e não militar.' Quer dizer, foi agarrados nessa linha que nós começámos as primeiras conversações. Aí devo dizer e relevar que nós nunca falamos suficientemente do papel do Dr. Mário Soares, que propõe logo conversações com os movimentos de libertação. E, portanto, estamos a falar logo no dia 5 de Maio por aí. Ele vem a Lusaka. Nós ensaiamos esse momento. Então vamos para lá, mas como é que cumprimentamos? Então dissemos ‘Não vamos cumprimentar, dizendo o seguinte -até me recordo da frase- Apertamos a mão porque o senhor representa um Portugal novo'. Sabe que para evitar intimidades excessivas, até pedimos aos zambianos, porque as conversações foram em Lusaka para não os forçar a vir a Dar-es-Salaam, que era muito conotado com o apoio aos movimentos de libertação. E ele surpreendeu-nos quando nós começamos com a nossa expressão ‘saudamos o novo Portugal'. Ele disse ‘deixe-me dar-lhe um abraço' e atravessou a mesa que nós tínhamos posto para separar e dá um abraço ao Presidente Samora. Eu acho que isso foi de uma grande generosidade humana, porque a opinião pública portuguesa não estava preparada para aceitar a independência. Nós éramos os ‘terroristas', nós éramos ‘os pretos', nós éramos ‘os incapazes.' Como é que eles vão ser capazes de governar? O que explica depois o abandono em massa dos colonos. Portanto, nós começamos este período de negociações com muitos factores contra nós. Eu acho que foi a qualidade e a generosidade dos moçambicanos que permitiu que este processo tivesse andado bem. (...) Eu sei que a solidariedade da opinião pública portuguesa, não da classe política mais avançada, não do Movimento das Forças Armadas, foi mais para com os colonos do que para connosco. E houve a ideia de que nós, intimidamos os colonos. Não. Os colonos, intimidaram-se com o seu próprio passado. Quer dizer, cada um deles pensava como tinha tratado o seu empregado doméstico, como tinha tratado o negro no serviço e fugia, fugia de si-próprio, não fugia de perseguições. Nessa altura, e honra seja feita ao Presidente Samora, ele desdobrou-se em declarações até que, a um certo ponto algumas pessoas disseram Mas olha lá, vocês estão sempre a falar da população portuguesa que não deve sair, que são tratados como iguais. Vocês já nem falam muito a nós moçambicanos negros. Mas era deliberado, era deliberado porque nós sabíamos que a reconstrução do país só com moçambicanos negros ia ser muito difícil. E felizmente -é um ponto que vale a pena neste momento focar- houve muitos jovens, a nova geração, brancos, mulatos, indianos que eram estudantes da universidade, que tinham criado um movimento progressista e que foram eles, naquela fase em que era preciso pessoas com alguma qualificação, que foram os directores, os colaboradores principais dos ministros. E é momento também de prestar homenagem a essa nova geração. Foi um grupo progressista que se pôs declaradamente ao lado da independência. Também tiveram as suas cisões. Houve outros que foram embora. São transições sociais muito grandes. Nós próprios estamos a passar transições muito grandes”, diz Óscar Monteiro. Pouco depois do 25 de Abril, as novas autoridades portuguesas e a Frelimo começaram a negociar os termos da independência de Moçambique. O partido de Samora Machel foi reconhecido como interlocutor legítimo por Portugal e instituiu-se um período de transição num ambiente de incerteza, recorda o antigo Presidente Joaquim Chissano. “A nossa delegação veio com a posição de exigir uma independência total, completa e imediata. Mas pronto, tivemos que dar um conteúdo a esse ‘imediato'. Enquanto a delegação portuguesa falava de 20 anos, falávamos de um ano e negociamos datas. Deram então um consenso para uma data que não feria ninguém. Então, escolhemos o 25 de Junho. Daí que, em vez de um ano, foram nove meses. E o que tínhamos que fazer era muito simples Era, primeiro, acompanhar todos os preparativos para a retirada das tropas portuguesas com o material que eles tinham que levar e também em algumas partes, a parte portuguesa aceitou preparar as nossas forças, por exemplo, para se ocupar das questões da polícia que nós não tínhamos. Houve um treino rápido. Depois, na administração, nós tínhamos que substituir os administradores coloniais para os administradores indicados pela Frelimo. Falo dos administradores nos distritos e dos governadores nas sedes das províncias. Nas capitais provinciais, portanto, havia governadores de província e administradores de distritos e até chefes de posto administrativo, que era a subdivisão dos distritos. E então, fizemos isso ao mesmo tempo que nos íamos ocupando da administração do território. Nesses nove meses já tivemos que tomar conta de várias coisas: a criação do Banco de Moçambique e outras organizações afins, seguros e outros. Então houve uma acção dos poderes nesses organismos. Ainda houve negociações que foram efectuadas em Maputo durante o governo de transição, aonde tínhamos uma comissão mista militar e tínhamos uma comissão para se ocupar dos Assuntos económicos. Vinham representantes portugueses em Portugal e trabalhavam connosco sobre as questões das finanças, etc. E foi todo um trabalho feito com muita confiança, porque durante o diálogo acabamos criando a confiança uns dos outros”, lembra-se o antigo chefe de Estado moçambicano. Joaquim Chissano não deixa, contudo, de dar conta de algumas apreensões que existiam naquela altura no seio da Frelimo relativamente a movimentos contra a independência por parte não só de certos sectores em Portugal, mas também dos próprios países vizinhos, como a África do Sul, que viam com maus olhos a instauração de um novo regime em Moçambique. “Evidentemente que nós víamos com muita inquietação essa questão, porque primeiro houve tentativas de dividir as forças de Moçambique e dar falsas informações à população. E no dia mesmo em que nós assinamos o acordo em Lusaka, no dia 7 de Setembro, à noite, houve o assalto à Rádio Moçambique por um grupo que tinha antigos oficiais militares já reformados, juntamente com pessoas daquele grupo que tinha sido recrutado para fazer uma campanha para ver se desestabilizava a Frelimo”, diz o antigo lider politico. A 7 de Setembro de 1974, é assinado o Acordo de Lusaka instituindo os termos da futura independência de Moçambique. Certos sectores politicos congregados no autoproclamado ‘Movimento Moçambique Livre' tomam o controlo do Rádio Clube de Moçambique em Maputo. Até serem desalojados da emissora no dia 10 de Junho, os membros do grupo adoptam palavras de ordem contra a Frelimo. Na rua, edificios são vandalizados, o aeroporto é tomado de assalto, um grupo armado denominado os ‘Dragões da Morte' mata de forma indiscriminada os habitantes dos bairros do caniço. O estudioso moçambicano Calton Cadeado recorda esse momento. “Foi notório, naquela altura, que havia uma elite branca colonial que percebeu que ia perder os seus privilégios e ia perder poder. Isto é mais do que qualquer coisa, poder, influência, que eles tinham aqui, poder económico. Não estavam predispostos a negociar com a nova elite dirigente do Estado e temiam que eles fossem subalternizados. Então construíram toda uma narrativa de demonização da independência e das futuras lideranças, a tal ponto que criou um certo ódio dentro da sociedade portuguesa. E vale dizer que este ódio não era generalizado. Podemos ir ver nos jornais de 1974, temos o retrato de pessoas que vivenciaram abraços entre militares da Frelimo e militares portugueses que estavam a combater juntos e que diziam que não percebiam o motivo de tanta matança que existia entre eles, mas fizeram um abraço e estavam dispostos a fazer a reconciliação. Mas a elite branca e económica que tinha perdido e sentia que ia perder os privilégios, os benefícios, criou esta narrativa e esta narrativa foi consumida por algumas pessoas também dentro do círculo de defesa e segurança. Estou a falar da PIDE e da DGS a seguir. Não é toda a gente. Houve alguns círculos que conseguiram mobilizar algumas pessoas para fazer a desordem que aconteceu a seguir ao dia 7 de Setembro, que é a tomada do Rádio Clube. Depois tivemos o dia 21 de Outubro, que foi um dia sangrento, violento na história aqui em Moçambique. E quem estiver aqui em Maputo e for visitar a Praça 21 de Outubro e conversar com as pessoas que viviam naquelas zonas, percebem a violência que foi gerada. Infelizmente, essa foi uma violência que tomou conotações de cor de pele. Que era matar o branco, matar o negro. Mas foi uma coisa localizada, de curta duração, que não foi para além daqueles dias, porque a euforia da preparação e da visão da independência que vinha ali era mais forte do que o contágio de ódio que foi gerado entre estes grupos. Entretanto, não podemos menosprezar esse ódio que foi gerado. Essas perdas foram geradas porque as pessoas que perderam os privilégios não se resignaram, não se conformaram e, por causa disso, saíram de Moçambique. Foram se juntar a outros e fizeram o estrago que fizeram com a luta de desestabilização de 1976 a 1992, que aconteceu aqui”, conta Calton Cadeado. Vira-se uma página aos solavancos em Moçambique. Evita-se por pouco chacinas maiores. Antigos colonos decidem ficar, outros partem. Depois de nove meses de transição em que a governação é assegurada por um executivo hibrido entre portugueses e moçambicanos, o país torna-se oficialmente independente a 25 de Junho de 1975. Doravante, Moçambique é representado por um único partido. Uma escolha explicada por Óscar Monteiro. “Pouco depois do 25 de Abril. Começam a pulular pequenos movimentos. Há sempre pessoas que, à última hora, juntam algumas iniciais e criam um partido político. Houve quantidades de organizações e uma parte poderia até ser genuína, mas nós sentimos que essa era a forma de tentar frustrar a independência. Isso foi a primeira fase. Depois, houve outra coisa. Agora é fácil falar dessa época, mas naquele momento, nós estávamos a cravar um punhal no coração da África branca, e essa África branca ia reagir. Portanto, tínhamos a oeste, à Rodésia, tínhamos a África do Sul, Angola tinha Namíbia e África do Sul. Então, é neste contexto que nós temos que preparar uma independência segura, uma independência completa, Porque esta coisa de querermos ser completamente independentes é um vício que nos ficou mesmo agora. Nós queremos ser independentes”, explica o membro sénior da Frelimo ao admitir que ao optarem pelo monopartidarismo os membros da sua formação demonstraram “um bocado de autoconfiança excessiva e mesmo uma certa jactância”.

Endörfina com Michel Bögli
#417 Marise Nunes

Endörfina com Michel Bögli

Play Episode Listen Later Jun 19, 2025 135:35


Durante as férias de verão, ela adorava passar horas no mar com seu pai — tanto que sua mãe costumava dizer que ela quase aprendeu a nadar antes de andar. Depois da escola, brincava na rua, pedalava, jogava bola e subia em árvores. Inquieta por natureza, aos sete anos foi levada à piscina para tratar sua bronquite asmática. A água fria não a incomodava, desde que pudesse brincar na piscina após as aulas. Quando passou da escolinha para os treinos com a equipe do clube, o prazer dos momentos na água transformou-se em trauma quando, aos doze anos, duas competições mal-sucedidas a afastaram das piscinas. Foi quando aprendeu que errar era inaceitável. Levada então pelos pais a praticar balé clássico — como forma de corrigir sua postura —, enfrentou uma nova forma de pressão psicológica: “Eu me via no enorme espelho do estúdio, desengonçada, tentando performar uma graça que nunca foi minha.” Ainda assim, frequentou as aulas por cerca de três anos. Ao ingressar no 2º grau, passou a se dedicar exclusivamente aos estudos, e o esporte limitou-se às aulas de educação física. Suas prioridades passaram a ser a faculdade, depois o casamento, o trabalho e os filhos. Até então, sua trajetória fora marcada por renúncias constantes — algumas voluntárias, outras não —, mas sempre com o intuito de atender às expectativas alheias. Essas renúncias geraram inquietações e questionamentos profundos. Aos 32 anos, divorciada e com dores nas costas, ouviu de um médico: volte a nadar. Era 1987. Nas piscinas, redescobriu sensações que julgava esquecidas. A água lhe devolveu algo que nem sabia ter perdido: o direito ao prazer sem perfeição. Um ano depois, enfrentou sua primeira competição. Apreensiva diante de sensações que a remetiam à infância, chegou atrasada, errou na largada, mas, mesmo assim, terminou com uma medalha nos 800m livres. Aquela experiência lhe mostrou que era possível falhar e ainda assim ser reconhecida. Foi o início do rompimento de suas primeiras amarras psicológicas. Ela descobriu que, além de gostar de nadar, também gostava de competir. Continuou participando de campeonatos e de algumas travessias. Em 1990, decidiu entrar em uma prova de triathlon. A sensação ao cruzar a linha de chegada a levou a querer participar da próxima prova. Melhor preparada, adorou a experiência e, dali em diante, nunca mais abandonou o esporte. Pouco a pouco, viu o corpo se fortalecer e a mente se aquietar. A modalidade, a princípio um esforço solitário, revelou-se uma poderosa ferramenta de autoconhecimento, resiliência e prazer. Em 1994, participou do Meio Ironman de Porto Seguro e, no ano seguinte, do seu primeiro Mundial de Ironman, no Havaí. O esporte passou a ser seu norte: um refúgio de ordem, superação e silêncio — o mesmo silêncio que, na infância, já buscava para organizar os sentimentos. Descobriu que o esporte não exigia perfeição, apenas coragem para continuar. No esporte, encontrou um campo fértil para ressignificar diverso conceitos. Conosco aqui, a pedagoga e triatleta que, entre as 12 provas de Ironman que disputou, esteve presente em 5 edições do Mundial do Havaí. Sua trajetória mostra que o esporte não é um capítulo à parte da vida, mas um fio condutor capaz de reorganizar, fortalecer e dar sentido à existência. Autora do livro A vida começa aos 40… ou quando você quiser, a primeira brasileira a participar do Ultraman do Havaí, a curitibana Marise Junqueira Nunes. Inspire-se! Um oferecimento da Meia do Corredor Lupo Sport. Compre com desconto clicando aqui. @luposportoficial A 2 Peaks Bikes é a importadora e distribuidora oficial no Brasil da Factor Bikes, Santa Cruz Bikes e de diversas outras marcas e conta com três lojas: Rio de Janeiro, São Paulo e Los Angeles. Lá, ninguém vende o que não conhece: todo produto é testado por quem realmente pedala.  A 2 Peaks Bikes foi pensada e criada para resolver os desafios de quem leva o pedal a sério — seja no asfalto, na terra ou na trilha. Mas também acolhe o ciclista urbano, o iniciante e até a criança que está começando a brincar de pedalar. Para a 2 Peaks, todo ciclista é bem-vindo.  Eu convido você a conhecer a 2 Peaks Bikes, distribuidora oficial da Factor e Santa Cruz Bikes no Brasil. @2peaksbikes @2peaksbikesla SIGA e COMPARTILHE o Endörfina através do seu app preferido de podcasts. Contribua também com este projeto através do Apoia.se.    

INVESTIGAÇÃO CRIMINAL
A VIÚVA DO PCC, O POLICIAL DE LUXO E A TEIA DE CORRUPÇÃO - CASO VINICIUS GRITZBACH - IC NEWS #014

INVESTIGAÇÃO CRIMINAL

Play Episode Listen Later Jun 17, 2025 15:43


Com a execução de Vinícius Gritzbach no Aeroporto Internacional de Guarulhos, desenrolou-se uma das investigações policiais mais importantes dos últimos anos. Pouco a pouco, aquilo que parecia um caso isolado de ass4ssin4to foi revelando-se parte de uma articulação assustadora entre o cr1me organizado e as forças de segurança do país. Agora, com a prisão de Danielle Bezerra, conhecida como “viúva do PCC”, a história ganhou novos contornos, aumentando a extensão da teia criminosa que domina o sistema brasileiro. Assista a este IC News e entenda as novas revelações que vieram à tona com a m0rte de Gritzbach.#ViniciusGritzbach #PCC #investigaçãocriminal Assista aos demais programas do Investigação Criminal:https://www.youtube.com/@ICInvestigacaoCriminal

Paracatu Rural - Jornal do agronegócio
Agricultura irrigada: Brasil irriga pouco?

Paracatu Rural - Jornal do agronegócio

Play Episode Listen Later Jun 15, 2025 16:17


O Dia da Agricultura Irrigada comemorado no dia 15 de junho, foi instituído com a finalidade de criar uma postura crítica e ativa em relação à importância da agricultura irrigada para a produção sustentável de alimentos, contribuindo para a segurança alimentar, econômica e ambiental do Brasil.

Um Passeio pela História | Com Milton Teixeira
Nilo Peçanha: primeiro presidente negro das Américas

Um Passeio pela História | Com Milton Teixeira

Play Episode Listen Later Jun 14, 2025 2:22


Milton Teixeira conta como, em 14 de junho de 1909, após a morte de Afonso Pena, o vice Nilo Peçanha assumiu a presidência e promoveu uma profunda reforma no ensino, valorizando professores, modernizando escolas e cuidando da agricultura e das finanças. Pouco lembrado hoje, Nilo foi o primeiro presidente negro das Américas — e, apesar do racismo da época, deixou um legado admirável em apenas um ano de governo.

Toca Do Dragão
TDD EP#225 | ESPECIAL DIA DOS NAMORADOS: Sinopses Nem Um Pouco Românticas!?

Toca Do Dragão

Play Episode Listen Later Jun 14, 2025 149:00


#tocadodragao #2025 #podcast #diadosnamorados #valentinesday #sinopsesromanticas #rolenamorados #dicasderelacionamentosEpisódio de hoje: Mais um dia dos Namorados agarradinhos com você na Toca mais quentinha do Reinado!# ENTRE NA COMUNIDADE DO TOCA! #⁠⁠https://cesber.wixsite.com/tocadodragao⁠⁠# REDES SOCIAIS E MUITO MAIS! #Encontre todas as Redes do Toca em um só lugar.⁠⁠https://flow.page/tocadodragao⁠⁠Encontre os Parceiros do Toca em um só lugar.⁠⁠https://flow.page/parceirosdotoca⁠⁠# FAÇA SUA DOAÇÃO #APOIE a TOCA a partir de R$ 5,00/ mês:⁠⁠https://www.catarse.me/pt/atocadodragao⁠⁠# DOADORES DE JUNHO/2025 #POWER RANGERSPAULO CÉSAR BITENCOURT JR., THIAGO KAWABATA, BRUNO BRAZ, FELIPE DANIEL LOPES, MISTERDOVAH, RODRIGO SILVA, MARCIA REGINA BERNARDES, MASON YEON, JOHNATHAN CARVALHO, RYAN MOREIRA, PAULA GESTAL, GABRIEL SCHADE, LEONARDO DE PAULA, CRISTIANO MARQUES, WESLEY SOUZA, JORGE CANELAS, OMAR, CEZAR AUGUSTO, VICTOR FERNANDES, RAPHAEL BRUNO, DIEGO RIBEIRO, TIAGO FELIX, FLAVIO HENRIQUE, RICHARD COCIELLO, HERON TEIXEIRA, VLADMIR, NICHOLAS LACERDA.Agradecemos aos Inscritos do Podcast que fizeram suas doações pelo PICPAY nosso e-mail: tocadodragaopodcast@gmail.com#GRUPO DO TELEGRAM E WHATSAPP#Participe do nosso Grupo do Telegram: ⁠⁠GRUPO DO TOCA⁠⁠Participe do nosso Canal no Whatsapp: CANAL DO WHATSAPP # IMPORTANTE # Deixe seu comentário e compartilhe se você gostou :D Isso ajuda o nosso podcast a ganhar mais alcance e assim poderemos melhorar e trazer novos equipamentos, temas e pessoas também! Obrigado!CASTERS NESSE EPISÓDIO: Richard (O Bardo), Rodrigo Silva (Capivara), Francine (Galega) Alessandra Dantas (Lelê Dantas)# MÚSICAS ORIGINAIS DO TOCA #Compositor: Caio Varalta Tema do Podcast: "Entrando na Toca"Todos os Direitos ReservadosLINKTREE: ⁠⁠CLIQUE AQUI E SIGA!⁠⁠

DO LIVRO NÃO ME LIVRO
8 anos de cadeia é pouco !!

DO LIVRO NÃO ME LIVRO

Play Episode Listen Later Jun 9, 2025 20:49


Agora, Leo Lins vai ter tempo de sobra pra escrever umnovo repertório. Dentro da cadeia, onde piadas com negros, pobres, mulheres,deficientes e nordestinos não arrancam gargalhadas — arrancam dentes. Onde o"humor perturbador" dele não vai passar como provocação genial, mascomo ofensa barata de um playboy de olhos azuis e pele branca que sempre achouque podia tudo.Vai descobrir rápido que, ali, quem faz piada com a dor dosoutros sem medir consequência vira o próprio palhaço da cela. E que no ambienteonde a pedofilia é punida sem piada, e onde a hierarquia não respeita o QI dostand-up, talvez suas piadinhas sobre hidrocefalia, Chapecoense e criançasafricanas não rendam aplausos — rendam cicatrizes.Quem sabe ele descubra, enfim, que dignidade não épunchline. E que o riso fácil comprado com o sofrimento alheio custa caro.Porque agora, Leo, quem vai escrever o roteiro da tua temporada não é mais você— é o sistema prisional. E lá dentro, a graça muda de lado.

Alta Definição
Carolina Patrocínio: ”Tenho muitos defeitos. Nenhum deles é ser caprichosa ou pouco trabalhadora. É horrível, mas tornaram isso verdade”

Alta Definição

Play Episode Listen Later Jun 7, 2025 50:39


Carolina Patrocínio volta a sentar-se na cadeira do Alta Definição 16 anos depois. ”A essência é a mesma, a ingenuinidade perdeu-se algures, mas a miúda que conheceste nessa altura ainda é a mesma”, diz a apresentadora da SIC ao apresentador, Daniel Oliveira. Escolheu a televisão, o emprego volátil numa família de carreiras tradicionais, e fez as pazes com isso, sem nunca esquecer os piores momentos: ”Criou-se a narrativa de que sou mimada, fundamentalista ou exigente, o que em nada se cola com a pessoa que eu sou. Não sei como, mas em algum momento tornaram isso verdade. É horrível, mas é possível tornar verdade uma coisa que não é”. Oiça aqui a entrevista completa See omnystudio.com/listener for privacy information.

Clube dos Detetives
#97 - Horror em Amityville | MISTÉRIOS

Clube dos Detetives

Play Episode Listen Later Jun 7, 2025 40:48


Em 1974, Ronald DeFeo Jr. assassinou 6 membros da sua família, supostamente por ouvir vozes que o mandaram fazer isso. Pouco tempo depois, a família Lutz se mudou e presenciou diversos eventos sobrenaturais. Mas o quanto dessa história é verdade? Esse é o podcast Clube dos Detetives, eu sou o Rodolfo e hoje nós vamos falar do caso do Horror em Amityville.• VERSÃO ESCRITA:- • APOIE O PODCAST: - Apoia.se: https://apoia.se/clubedosdetetives- PIX: podcastcdd@gmail.com• REDES SOCIAIS:- Site:⁠ ⁠http://www.podcastcdd.com.br⁠⁠- Instagram:⁠ ⁠https://www.instagram.com/podcastcdd/⁠⁠- YouTube: https://www.youtube.com/@podcastcdd- E-mail: podcastcdd@gmail.com• FONTES: The Real Amityville Horror, HowStuffWorks, The New York Times, Crime Library, New York Post.

Notícias Agrícolas - Podcasts
Com prêmios renovando a máxima e dólar em queda, preços da soja ao produtor pouco mudam no BR em semana fraca de negócios

Notícias Agrícolas - Podcasts

Play Episode Listen Later Jun 6, 2025 26:47


Na Bolsa de Chicago, soja fecha em alta nesta 6ª feira, mas mantém-se volátil e espera por dados importantes que o USDA traz na próxima semana. Relações China-EUA são monitoradas de perto.

Vamos Falar Sobre Música?
VFSM #355 - Gostamos muito, falamos pouco!

Vamos Falar Sobre Música?

Play Episode Listen Later Jun 5, 2025 96:41


Nesta edição, Cleber Facchi (@cleberfacchi), Isadora Almeida (@almeidadora), Renan Guerra (@_renanguerra) e Nik Silva (@niksilva) dão uma pausa nas novidades para falar sobre artistas que eles gostam muito, mas comentam pouco no programa.Apoie a gente: https://apoia.se/podcastvfsmNão Paro De Ouvir➜ Jadsa https://tinyurl.com/yrw5jd7n➜ Whitney https://tinyurl.com/ym4ae8un➜ Hotline TNT https://tinyurl.com/ys2w9asf➜ Drugdealer https://tinyurl.com/3mu5zprs➜ Luedji Luna https://tinyurl.com/3b9ushft➜ Candy Mel https://tinyurl.com/mrbykdnv➜ Raquel https://tinyurl.com/2ranp4c6➜ Haim https://tinyurl.com/2zfp6s25➜ Alex G https://tinyurl.com/5ez7heeh➜ Lupe de Lupe https://tinyurl.com/467j2b35➜ Mateus Fazeno Rock https://tinyurl.com/42kedarr➜ Dingo https://tinyurl.com/mru4rr94➜ Fernando Motta https://tinyurl.com/37vn85s6➜ Tui https://tinyurl.com/ycynjx8m➜ Miley Cyrus https://tinyurl.com/4ra43zyh➜ Yeule https://tinyurl.com/54fjmx6w➜ Caroline https://tinyurl.com/muvedr93Você Precisa Ouvir Isso➜ Popload Festival 2025➜ Female Trouble➜ Lazarus (MAX)➜ Sturday Night (MAX)Playlist Seleção VFSM: https://bit.ly/3ETG7oEContato: sobremusicavamosfalar@gmail.com

RADAR 97.8fm podcasts
A VIDA POUCO SECRETA DAS MARCAS - #111 (RÃ)

RADAR 97.8fm podcasts

Play Episode Listen Later Jun 2, 2025 1:24


Factos Curiosos e às vezes até interessantes sobre as marcas. Essas coisas que passam a vida a tentar seduzir-nos. Com João Soares Barros

Estadão Notícias
Carlos Andreazza: “Governo Lula põe Marina e Haddad na chuva”

Estadão Notícias

Play Episode Listen Later May 28, 2025 36:56


No “Estadão Analisa” desta quarta-feira, 28, Carlos Andreazza fala sobre teste de resistência que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, enfrentou em sessão marcada por intenso bate-boca, na Comissão de Infraestrutura do Senado. A gestão que não tem maioria no Legislativo e precisa de presidente do Congresso, favorável à exploração de petróleo na foz do Amazonas. Marcos Rogério presidia a sessão em que a ministra foi convidada para explicar o motivo da criação de uma unidade de conservação ambiental marinha na chamada Margem Equatorial da foz do Amazonas. A Petrobras reivindica autorização do Ibama para prospectar petróleo naquela área e os senadores avaliam que Marina é quem cria obstáculos para dificultar a exploração. Pouco antes, o mesmo Plínio Valério, líder do PSDB, tinha feito o seguinte comentário: “Ministra Marina, que bom reencontrá-la! E, ao olhar para a senhora, eu estou vendo uma ministra, eu não estou falando com uma mulher. Porque a mulher merece respeito; a ministra, não”. Soube-se, horas depois, que o presidente Lula, a primeira-dama Janja da Silva e outros ministros telefonaram para Marina e se solidarizaram com ela. Não basta. Leia mais: https://www.estadao.com.br/politica/vera-rosa/desrespeito-a-marina-em-sessao-do-senado-indica-que-governo-lula-e-refem-de-alcolumbre/ Apresentado pelo colunista Carlos Andreazza, programa diário no canal do Estadão no YouTube trará uma curadoria dos temas mais relevantes do noticiário, deixando de lado o que é espuma, para se aprofundar no que é relevante. Assine por R$1,90/mês e tenha acesso ilimitado ao conteúdo do Estadão. Acesse: https://bit.ly/oferta-estadao O 'Estadão Analisa' é transmitido ao vivo de segunda a sexta-feira, às 7h, no Youtube e redes sociais do Estadão. E depois, fica disponível no Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google podcasts, ou no agregador de podcasts de sua preferência. Apresentação: Carlos AndreazzaEdição/Pós-produção: Jefferson PerlebergCoordenação: Manuella Menezes e Everton OliveiraSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Sai da Média - Podcast | Geronimo Theml
6 técnicas simples (e pouco usadas) para ter CONSISTÊNCIA na vida | Podcast Sai da Média #235

Sai da Média - Podcast | Geronimo Theml

Play Episode Listen Later May 24, 2025 45:55


Você já prometeu para si mesmo que “dessa vez vai”? Aquela empolgação inicial, aquela energia do começo… Mas os dias passam. E o plano desanda. A rotina engole. E, quando você se dá conta, parou de novo. De novo. A promessa que você fez pra você mesmo vira frustração. Você se sente fraco, se cobra, se julga. E o pior: começa a acreditar que o problema é você. Mas e se não for? E se ninguém nunca tivesse te ensinado a ser consistente? E se consistência não fosse talento… Nem força de vontade, mas sim um conjunto de hábitos, técnicas e decisões simples — que ninguém nunca te mostrou? É disso que a gente fala no episódio 235. Dá o play e assista! → Destrave o Coach que Existe em Você – 2 dias criando o plano para transformar sua habilidade de ajudar pessoas em uma carreira de coaching com faturamento acima de 100 mil por ano, mesmo que você esteja começando agora. Inscreva-se agora! https://igtcoaching.site/lp-destrave-o-coach-jun25-youtube → Para mais conteúdos gratuitos sobre produtividade e desenvolvimento pessoal, se inscreve aqui no canal e me segue no Instagram: https://www.instagram.com/geronimotheml/ → Segue a Paty no Instagram se quiser descobrir os segredos de um evento ao vivo que gera alta transformação e conversão em vendas: https://www.instagram.com/patyaraujo.oficial/ #SaiDaMédia #VidaNoComando #GeronimoTheml

RADAR 97.8fm podcasts
A VIDA POUCO SECRETA DAS MARCAS - #110 (PARABELLUM)

RADAR 97.8fm podcasts

Play Episode Listen Later May 19, 2025 1:18


Factos Curiosos e às vezes até interessantes sobre as marcas. Essas coisas que passam a vida a tentar seduzir-nos. Com João Soares Barros

Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer

Já estamos em reflexão. Depois de tanto entretenimento, chegou a hora da verdade. E nem nos furtamos a uma declaração de voto. No rescaldo de dias com pouco jornalismo e muita azia, este é o fim de semana das decisões: ficaremos a conhecer o campeão de futebol e a canção vencedora de Eurovisão. Parece que também há eleições, mas ainda não aquelas de que o Almirante veio falar, num anúncio de que já se arrependeu. Arrepende-se muito o Almirante. Não nos arrependamos nós também, no domingo à noite.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Linha Avançada
Faltava pouco, agora já não falta quase nada

Linha Avançada

Play Episode Listen Later May 16, 2025 5:49


Véspera do final do campeonato e o Rally de Portugal.

THShow
50 milhãozinho é pouco

THShow

Play Episode Listen Later May 13, 2025 27:56


"ah mas eu recusei 10 milhões pra dançar o quadradinho""ah mas eu recusei 20 milhões pra jogar pro coroa""ah mas eu recusei 50 milhões pro tigrinho"Tudo isso aí é poucoTem coisa nessa vida que é muito mais absurdo de se fazer por qualquer dinheiro...Tipo beijar de língua o Olavo de CarvalhoEscute, comente e compartilhe (pelo amor de Deus)

RADAR 97.8fm podcasts
A VIDA POUCO SECRETA DAS MARCAS - #109 (MARQUÊS DE POMBAL)

RADAR 97.8fm podcasts

Play Episode Listen Later May 12, 2025 2:04


Factos Curiosos e às vezes até interessantes sobre as marcas. Essas coisas que passam a vida a tentar seduzir-nos. Com João Soares Barros

JORNAL DA RECORD
08/05/2025 | 4ª Edição: Avião de pequeno porte desaparece após decolar em Santiago, no Chile

JORNAL DA RECORD

Play Episode Listen Later May 9, 2025 7:24


Confira nesta edição do JR 24 Horas: Equipes de resgate seguem as buscas por avião de pequeno porte que desapareceu após decolar em Santiago, no Chile. Cerca de seis pessoas estavam a bordo da aeronave, incluindo os dois pilotos. Pouco tempo depois de decolar, o avião perdeu o contato com a torre de controle e desapareceu em uma região montanhosa, nos arredores de Santiago. O voo, que transportava um paciente, saiu da capital chilena com destino a Arica, no norte do país. E ainda: Aumento de 55% no desmatamento da Amazônia acende alerta do governo federal.

Modus Operandi
#261 - O desaparecimento de Laci Peterson

Modus Operandi

Play Episode Listen Later May 8, 2025 63:02


Laci Peterson, que estava grávida de 8 meses, desapareceu na véspera de Natal em 2002. Não havia nenhuma evidência do que tinha acontecido com ela, até que a polícia reparou que a história do marido não fazia muito sentido. Pouco tempo depois, uma revelação chocante mudou todo o rumo da história.〰️Episódios exclusivos aqui:https://apoia.se/modusoperandihttps://orelo.cc/modusoperandi

GE Botafogo
GE Botafogo #418 - Pouco a comemorar

GE Botafogo

Play Episode Listen Later May 7, 2025 65:07


Vitória sobre o Carabobo, na Venezuela, com gol nos acréscimos, salva atuação ruim de um time ainda desorganizado e sem inspiração. O que falta para o Botafogo de Renato Paiva apresentar um futebol vistoso e competitivo? De quem é a responsabilidade pelo mau momento? Jogadores? Paiva? Textor? O cenário confuso fora de campo, com problemas enfrentados por John com a Eagle, influencia na (des)organização e no planejamento ruim da temporada? DÁ O PLAY!

SAD No Ar – Seu Alívio no Divã
208b | Bônus: Um pouco mais do bode

SAD No Ar – Seu Alívio no Divã

Play Episode Listen Later May 5, 2025 12:44


RADAR 97.8fm podcasts
A VIDA POUCO SECRETA DAS MARCAS - #108 (J PIMENTA)

RADAR 97.8fm podcasts

Play Episode Listen Later May 5, 2025 1:28


Factos Curiosos e às vezes até interessantes sobre as marcas. Essas coisas que passam a vida a tentar seduzir-nos. Com João Soares Barros

E o Resto é História
O dia em que Adolf Hitler se suicidou

E o Resto é História

Play Episode Listen Later Apr 30, 2025 46:32


Há 80 anos, a 30 de Abril de 1945, Adolf Hitler suicidou-se com um tiro na cabeça no seu bunker em Berlim. Pouco antes tinha-se casado com a sua companheira, Eva Braun. Esta é a história desse dia.See omnystudio.com/listener for privacy information.

RADAR 97.8fm podcasts
20250428 A VIDA POUCO SECRETA DAS MARCAS - #107 (JACK DANIELS)

RADAR 97.8fm podcasts

Play Episode Listen Later Apr 30, 2025 2:08


Factos Curiosos e às vezes até interessantes sobre as marcas. Essas coisas que passam a vida a tentar seduzir-nos. Com João Soares Barros

GE Fluminense
GE Fluminense #439 - Pouco futebol e ponto importante na Sula: Flu sofre no sintético, mas acha empate no fim

GE Fluminense

Play Episode Listen Later Apr 24, 2025 46:30


Edgard Maciel de Sá, Cauê Rademaker, Phill e Gustavo Garcia analisam a atuação contra o Unión Española, a situação do Flu na Copa Sul-Americana e o clássico contra o Botafogo no sábado. DÁ O PLAY!

Meio Ambiente
Da visita à Amazônia à “ecologia integral”, como o papa Francisco impulsionou a preservação do planeta

Meio Ambiente

Play Episode Listen Later Apr 24, 2025 25:12


A proteção da natureza e do meio ambiente perde um dos seus defensores mais influentes: o papa Francisco colocou a crise ecológica no foco da sua liderança da Igreja Católica. As mensagens do pontífice em favor da preservação do planeta, amparadas pela ciência, ecoaram muito além dos 1,4 bilhão de fiéis no mundo. Lúcia Müzell, da RFI em ParisDos novos paradigmas conceituais para alertar sobre a destruição do planeta à primeira viagem de um papa à Amazônia, passando pela valorização inédita dos povos indígenas, Francisco incorporou na liturgia cristã as constatações da ciência sobre o aquecimento global e os seus efeitos devastadores nas populações, principalmente as mais vulneráveis. No mesmo ano em que seria assinado o Acordo de Paris sobre o Clima, em 2015, o papa publicou a Carta Encíclica Laudato Si, na qual introduziu o termo "ecologia integral”, a interconexão entre os sistemas sociais e naturais. Para ele, a humanidade é uma parte de um ecossistema mais amplo – e as suas ações afetam o ambiente.O pontífice argentino multiplicou os apelos para que homens e mulheres cuidassem melhor da “nossa casa comum”, a Terra. “A humanidade perde uma grande liderança que buscava sempre nos sensibilizar para o cuidado da casa comum e de nos recordar que tudo está interligado: uma coisa que acontece na região amazônica vai ter consequências no sudeste do Brasil, no sul da América do Sul, mas também na Europa”, afirma o padre jesuíta Adelson Araújo dos Santos, professor de Teologia da Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.“Ele mostra que isso está intrinsecamente ligado com a nossa fé, na medida em que Deus é o criador de tudo e nós não somos proprietários de nada: somos meros administradores e devemos cuidar bem da obra de Deus”, explica ele, segundo a fé católica.Proximidade com a ciênciaO cientista Virgilio Viana, superintendente da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), foi o primeiro brasileiro a integrar a Pontifícia Academia de Ciências Sociais do Vaticano, um seleto grupo de especialistas – entre eles, 35 prêmios Nobel – que orientam o papa sobre diversos ramos da ciência, incluindo os ambientais. Doutor em Biologia por Harvard e pós-doutor em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade da Flórida, Viana teve diversas oportunidades de debater sobre a crise climática com Francisco.“O papa fala não apenas da ecologia integral como fala da necessidade de repensarmos a economia. Não é uma mensagem apenas ambientalista: é um pensamento muito ancorado numa visão holística, sistêmica, que percebe, a partir da visão da ecologia integral, que os nossos hábitos de consumo, o nosso estilo de vida, estão conectados com a crise global”, indica. “Nós precisamos de uma profunda reflexão, enquanto indivíduos e enquanto atores econômicos e políticos, que temos impacto, com as nossas decisões, no futuro do planeta”, complementa.Oito anos depois da Carta Encíclica Laudato Si, Francisco voltou a se aprofundar no tema com a Exortação Apostólica Laudate Deum, esta específica sobre as mudanças climáticas. Jorge Bergoglio demonstrou, mais uma vez, o seu apreço pela ciência, observa o padre Adelson.“Ele se preocupou em chamar o mundo da ciência para escutá-lo, e isso gerou, no meio científico, uma admiração pela sua pessoa. Eu acredito que isso é algo para a gente não perder. É uma lição que fica: a nossa fé não é fechada em si mesma, ela é dialogal”, analisa o teólogo.O pontífice costumava enviar mensagens aos participantes das conferências das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COPs) e chegou a planejar ir pessoalmente à COP28 em Dubai, em 2023, mas teve de cancelar a viagem por razões de saúde. Em sua última mensagem aos fiéis brasileiros, em fevereiro, na ocasião do lançamento da Campanha da Fraternidade sobre a ecologia integral, mencionou a importância da Conferência de Belém, em novembro. Francisco desejou que, no evento, "as nações e os organismos internacionais possam comprometer-se efetivamente com práticas que ajudem na superação da crise climática e na preservação da obra maravilhosa que Deus nos confiou e que temos a responsabilidade de transmitir às futuras gerações".Sínodo para a Amazônia e valorização indígenaA noção da proteção do planeta está longe de ser nova na Igreja: foi introduzida por São Francisco de Assis, inspirador do papa argentino, há mais de 800 anos. Pouco a pouco, o tema ganhou importância após a doutrina social da Igreja, no fim do século 19. Com a publicação de Fides e Ratio (“Fé e Razão”), em 1998, João Paulo II pedia que a fé fosse amparada pela ciência, e vice-versa.Mas foi sob Francisco que a temática ganhou uma nova dimensão, como quando anunciou a realização do Sínodo para a Amazônia e viajou, pela primeira vez na história da Igreja, para o coração da floresta. Em Puerto Maldonato, no Peru, escutou os “guardiões da floresta”.“Ele pôde ouvir de diversos povos indígenas a visão deles sobre a natureza, a preservação da floresta e a ação do ser humano. Eles são os primeiros a sofrerem quando veem seus rios poluídos, diminuírem os seus peixes e verem suas florestas incendiarem”, salienta Araújo dos Santos, ligado à arquidiocese de Manaus e autor de “Os passos espirituais do caminho sinodal”, sobre o legado do evento. “Há uma sabedoria, de fato, nas tradições dos povos originários que o papa Francisco percebeu, com muita sensibilidade e uma abertura imensa.”No momento em que a Igreja se prepara para eleger um sucessor, Virgilio Viana avalia que, apesar do fortalecimento do discurso negacionista em diversos países e governos, o Vaticano não deverá recuar neste caminho.“Eu não vejo uma ruptura. A própria doutrina de Francisco se ancora no pensamento de papas que o antecederam, então eu acredito que o próximo papa dará continuidade a esse pensamento, mesmo porque ele é baseado não só em ciência, como na leitura da Bíblia”, destaca o superintendente da FAS. “No Gênesis diz que Deus não dá ao homem o direito de explorar a natureza.”Padre Adelson Araújo dos Santos relembra, entretanto, que dentro da própria Igreja, as palavras de Francisco sobre o “pecado ecológico” causaram rejeição da ala mais conservadora da Cúria. Os críticos alegavam que Francisco “gostava mais de defender as árvores do que as almas”, relata o professor da Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.“Ainda temos uma tarefa muito grande de sensibilização. A Laudato Si está completando 10 anos, mas em muitos lugares, em paróquias e meios cristãos católicos, ela não chegou ainda, porque não há a sensibilidade e uma palavra que o papa usa nas suas encíclicas, o processo de conversão”, detalha o teólogo. “Nestes casos, falta ver a dimensão do pecado presente quando você causa a destruição do meio ambiente e dos recursos naturais. Temos que realmente mudar os nossos paradigmas: não podemos mais ficar num modelo de desenvolvimento que esquece que tudo parte de uma harmonia”, observa.

RADAR 97.8fm podcasts
A VIDA POUCO SECRETA DAS MARCAS - #106 (GREENWASHING)

RADAR 97.8fm podcasts

Play Episode Listen Later Apr 24, 2025 2:53


Factos Curiosos e às vezes até interessantes sobre as marcas. Essas coisas que passam a vida a tentar seduzir-nos. Com João Soares Barros

Quem Ama Não Esquece
UM DESLIZE NO DIA DO CASAMENTO - VINÍCIUS QUEM AMA NÃO ESQUECE

Quem Ama Não Esquece

Play Episode Listen Later Apr 17, 2025 18:57


O Vinícius teve um relacionamento de 4 anos bem conturbado com a Mariana. Tinha amor, mas eram idas e vindas, brigas e promessas não cumpridas. Logo ele se separou e conheceu a Lilian e decidiu se casar. Pouco antes da cerimônia, ele reencontrou a Mariana e aconteceu uma traição. Mesmo arrependido, ele não teve coragem de contar para a sua esposa e a culpa foi crescendo. No dia do casamento, durante a festa, Vinícius finalmente confessou a traição. A lilian terminou, mas ainda casado legalmente, ele perde perdão publicamente para todo o Brasil, na esperança que ela lhe dê uma última chance para reconstruir o que ele destruiu.

Colunistas Eldorado Estadão
Acorda, Pedrinho!: Por que sabemos tão pouco sobre o Bolsa Família?

Colunistas Eldorado Estadão

Play Episode Listen Later Apr 15, 2025 11:05


Pedro Fernando Nery, colunista do Estadão, professor de economia do IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa), analisa a Economia interna, às 3ªs, 7h45, no Jornal Eldorado.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Alexandre Garcia - Vozes - Gazeta do Povo
Falta muito pouco para a anistia andar na Câmara

Alexandre Garcia - Vozes - Gazeta do Povo

Play Episode Listen Later Apr 11, 2025 4:39


Alexandre Garcia comenta mobilização pela anistia na Câmara dos Deputados e postura do presidente da casa, Hugo Motta.

MotherChip - Overloadr
MotherChip #518 - Um pouco sobre Switch 2, The First Berserker Khazan, R.E.P.O. e mais

MotherChip - Overloadr

Play Episode Listen Later Apr 3, 2025 105:10


O Direct do Nintendo Switch 2 aconteceu, as informações do console foram divulgadas… e não é bem o que a gente esperava. Ao lado do Lucas Eduard, do Nautilus, a gente comenta um pouco do que foi esse Direct e os detalhes compartilhados posteriormente. Além disso, também temos The First Berzerker Khazan, impressões do R36S e mais.Participantes:Lucas EduardHeitor De PaolaAssuntos abordados:03:00 - Um pouco sobre o Switch 253:00 - The First Berzerker Khazan1:04:00 - Impressões R36S1:24:00 - R.E.P.O.1:33:00 - Look OutsideVai comprar jogos na Nuuvem? Use o link de afiliado do Overloadr!Use nosso link de filiado ao fazer compras na Amazon Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.

Conversas à quinta - Observador
Contra-Corrente. Um ano de Governo Montenegro: fez muito ou pouco?

Conversas à quinta - Observador

Play Episode Listen Later Apr 2, 2025 8:37


Governo de Luís Montenegro tomou posse faz hoje um ano. Não chegou verdadeiramente a aquecer o lugar, o que não evita o balanço sobre o que correu melhor, o que correu pior e andou assim-assim.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Pânico
Cleber Machado

Pânico

Play Episode Listen Later Mar 26, 2025 123:03


O convidado do programa Pânico desta quarta-feira (26) é Cleber Machado. Cleber Machado estreou na televisão em 1984, na TV Gazeta, onde permaneceu por três anos. Em 1988, foi trabalhar na TV Globo Vale do Paraíba, de São José dos Campos. Foi no ambiente de trabalho do interior de São Paulo que Cleber Machado conheceu sua atual esposa, a também jornalista Mônica Pinheiro.De São José dos Campos, Cleber Machado foi para a capital.Ao todo, foram quase 35 anos na Globo. Nesse período, foi repórter, apresentador e narrador de futebol e de diversas outras modalidades, acumulando incontáveis transmissões esportivas, com diversas grandes coberturas, incluindo nove Copas do Mundo e seis Olímpiadas.Ao longo da carreira, Cleber Machado acumulou dezenas de narrações marcantes. No futebol, foram inúmeras finais da Libertadores, incluindo os títulos de Santos, Corinthians e Atlético-MG, em 2011, 2012 e 2013, respectivamente, Mundial de Clubes de 2011, várias finais de Copa do Brasil, as decisões da Champions League de 2013 e 2014, além de jogos decisivos do Brasileirão.Na Fórmula 1, entre tantas narrações, foi a voz da vitória de Nelson Piquet no Grande Prêmio da Austrália, em 1990, de Ayrton Senna, no Grande Prêmio de Mônaco de 1992 e o Grande Prêmio da Áustria de 2002, quando soltou a inesquecível frase “Hoje não, hoje não... hoje sim!”.O bom trabalho o levou a alcançar o status de ser uma das vozes mais conhecidas da televisão brasileira nas transmissões e programas esportivos.No Sportv, canal esportivo fechado do Grupo Globo, foi apresentador do Arena SporTV de 2004 a 2010 e, por diversas vezes, substituiu Galvão Bueno como apresentador do programa Bem, Amigos!Além das transmissões esportivas, Cleber Machado foi responsável por narrar o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro entre 2001 e 2009 e do Carnaval de São Paulo, de 2010 a 2013.Em março de 2023, após uma longa jornada de 35 anos, Cléber Machado se despediu da Globo. Curiosamente, sua última narração pela emissora foi justamente na Supercopa do Brasil daquele ano, em um jogo emocionante entre Palmeiras e Flamengo, que terminou com a vitória do Palmeiras.Pouco tempo depois, ainda em março, Cléber foi anunciado pela RecordTV para um trabalho específico: a transmissão das duas partidas decisivas do Campeonato Paulista, que aconteceram em abril. E mais uma vez, o Palmeiras se sagrou campeão, dessa vez contra o Água Santa. A princípio, a contratação de Cléber pela Record foi noticiada como algo pontual, focado nessas finais.Na sequência, em abril, Cléber Machado expandiu sua atuação e foi contratado pelo Prime Video para narrar jogos da Copa do Brasil. E a movimentação na carreira do narrador não parou por aí: em setembro, ele foi anunciado como parte do time de narradores e apresentadores esportivos do SBT. Inclusive, em outubro, assumiu a apresentação do programa "Arena SBT".Um ano depois, em outubro de 2024, surgiram notícias de que Cléber estaria de saída do SBT, com um novo acordo encaminhado com a Record para ser um dos principais narradores do Paulistão e do Brasileirão de 2025. No entanto, o próprio Cléber, em nota oficial divulgada pelo SBT, negou a saída naquele momento, embora tenha confirmado que existiam negociações com a emissora concorrente. Dias depois, o SBT oficializou a saída de Cléber, que permaneceria no canal até a final da Copa Sul-Americana.A reviravolta final aconteceu quando Cléber participou de um evento publicitário da Record em novembro, chegando a conceder entrevista ao "Jornal da Record". Esse movimento acabou antecipando sua saída do SBT, e ele não chegou a narrar a final da Sul-Americana, sendo também afastado do "Arena SBT".Redes Sociais:Instagram: https://www.instagram.com/oficial_clebermachado/

O Assunto
O caso Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal

O Assunto

Play Episode Listen Later Mar 25, 2025 35:06


Pouco mais de dois anos após os ataques de Oito de Janeiro em Brasília, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começa a analisar se aceita a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras sete pessoas, incluindo militares de alta patente, por tentativa de golpe. A segurança em Brasília foi reforçada. A análise do caso vai desta terça-feira (25) até quarta-feira (26). Além de Bolsonaro, integram o grupo de denunciados pela Procuradoria-Geral da República cujo caso será analisado agora Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha do Brasil; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal; general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência; Mauro Cid, ex-chefe da Ajudância de Ordens da Presidência; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil. Integram a Primeira Turma Alexandre de Moraes, relator do caso; Cármen Lúcia, Cristiano Zanin; Flávio Dino e Luiz Fux. Para explicar os trâmites, o que acontece se a denúncia for aceita e a dimensão da análise do caso, Natuza Nery conversa com Eloísa Machado, professora da Faculdade de Direito da FGV em São Paulo. Para ela, que também é coordenadora do grupo de pesquisa Supremo em Pauta, trata-se de algo histórico. "A gente está diante de algo muito relevante, que vai não só, talvez, resolver algumas pendências do passado, mas também se projetar para um futuro, talvez, com mais segurança e garantia de estabilidade democrática."