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Com o piloto automático ativado para tentar dar conta de tudo, cresce percepção de aceleração do tempo. Resgatar fatos do passado pode nos trazer alguns insights sobre essa corrida maluca. Carolina Ercolin e Luciana Garbin conversam sobre o tema. O podcast Mulheres Reais está disponível semanalmente em todas as plataformas de áudio.See omnystudio.com/listener for privacy information.
No Alta Definição em podcast, Mariana Cabral, conhecida como Bumba na Fofinha, revela-se com humor e franqueza a Daniel Oliveira. Fala do medo de perder a graça, da síndrome do impostor e da dificuldade em desligar da persona pública criada ao longo de mais de uma década. A humorista confessa ser tímida e introvertida, apesar da imagem extrovertida, e valoriza a liberdade e o direito ao erro. Entre risos e introspeção, Mariana Cabral partilha o lado menos visível da maternidade, como a exaustão, a culpa e a depressão na gravidez, mas também a alegria profunda de ver crescer os filhos. A comediante recorda a infância em família numerosa, o humor partilhado entre irmãos e a liberdade para ser “pateta”. Rejeita o culto da perfeição nas redes e defende um olhar mais verdadeiro sobre a vida. O Alta Definição foi emitido na SIC a 18 de outubro.See omnystudio.com/listener for privacy information.
“África-Europa: Acabar com a Dependência Estrutural: o Momento da Verdade face à Auto-ilusão” é o novo livro do economista guineense Carlos Lopes, que ocupou o cargo de Alto Representante da União Africana para as Parcerias com a Europa. A obra aborda a dependência estrutural nas relações entre África e Europa, propondo uma reflexão sobre a auto-ilusão e a necessidade de mudanças nas abordagens de ajuda e desenvolvimento. No livro, fala sobre a dependência estrutural nas relações entre África e Europa. De que forma se pode acabar com essa dependência? Essa dependência não pode ser explicada apenas com factos políticos ou com teoria económica. Necessita de mais profundidade para se poder entender que as narrativas foram construídas através de uma história muito complexa, dos dois lados, e que leva a que haja um determinado número de condicionalismos que fazem crescer uma mentalidade difícil de mudar. Tive de recorrer à psicologia para poder explicar alguns destes fenómenos. É por isso que o título do livro inclui a expressão "auto-ilusão", um fenómeno estudado na psicologia: quando as pessoas enfeitam a realidade e utilizam técnicas manipuladoras para que essa "verdade" construída seja a que prevalece. Infelizmente, encontrei esse defeito, se assim lhe podemos chamar, dos dois lados da equação: tanto do lado dos europeus, como do lado dos africanos. Por razões diferentes, evidentemente, mas ambos confortáveis com esta forma de interpretação das relações, o que impede a tal transformação estrutural. Fala na fragmentação das abordagens africanas, que têm sido estrategicamente exploradas pela Europa nas negociações. Como se pode ultrapassar essa divisão interna e criar uma posição mais forte entre os países africanos? Essa divisão dos africanos já é uma consequência. O principal problema é a ideia de que se pode, com altruísmo e uma certa forma de compensação pelos erros do passado, tirar os países africanos da sua condição de menos desenvolvidos. É essa a justificação ideológica da ajuda ao desenvolvimento. Pensa-se que, através dessa ajuda, se podem operar grandes modificações. Na realidade, essa ajuda insere-se num sistema que não permite mudanças estruturais, a não ser em casos muito excepcionais. Defende uma diplomacia africana mais proactiva. O que tem impedido os países africanos de adoptarem essa postura mais assertiva nas negociações com a União Europeia? O que impede é o facto de, devido às características que mencionei, a União Europeia conseguir escolher facilmente os interlocutores que falarão como gostaria de ouvir. Portanto, há auto-ilusão. Escolhem-se os países para determinados tipos de reuniões, conferências, eventos, dando-se atenção àqueles que se comportam "bem", para usar uma linguagem simples. As pessoas pensam que, ao fazerem aquilo que lhes pedem, vão receber compensações: mais ajuda, mais acesso, mais visibilidade, mais protagonismo. Este jogo faz com que África apareça sempre dividida. É evidente que os africanos poderiam ter o à-vontade político para superar isto, mas é preciso ver que estas divisões têm raízes históricas muito profundas, que descrevo em detalhe no livro, e que são difíceis de mudar. O conceito de “auto-ilusão” é central no livro. Pode explicar o impacto dessa “auto-ilusão” nas decisões políticas no continente africano e como se reflecte nas relações com a Europa? Esse conceito faz com que os europeus não mudem a sua postura em relação a África, e, portanto, estejam a perder terreno. Outros parceiros do continente, que não têm esse tipo de dificuldade nem esse “pedigree” histórico, abordam as coisas de forma diferente. No lado africano, como a Europa continua a ser o principal doador, o bloco com mais comércio e onde existe mais investimento (em termos de stock, não necessariamente em novos investimentos), a falta de uma relação clara e transparente com a Europa afecta também as relações com os outros parceiros. Essa é, digamos, a perenidade do problema. Temos de o superar através de várias formas de negociação, que tentei introduzir enquanto Alto Representante da União Africana, mas falhei. Por isso, senti a obrigação de explicar as razões mais profundas. Daí a ideia do livro. Estas razões passam também pelo legado colonial, tema presente no livro. De que forma as narrativas colonialistas moldam ainda hoje as relações entre os dois blocos, sobretudo em matéria económica? Sobretudo em matéria económica. Por exemplo, temos a teoria das vantagens comparativas, que é conhecida dos economistas, mas que no caso africano é usada para perpetuar a ideia de que as vantagens comparativas africanas são a exportação de matérias-primas, exactamente o modelo colonial. Mantém-se uma estrutura económica colonial que se traduz em várias práticas: em matéria de transportes, os investimentos mais importantes continuam a ser os que facilitam a exportação de matérias-primas para os portos, e não para servir a economia doméstica; as políticas macroeconómicas visam sobretudo garantir o cumprimento das obrigações internacionais e não necessariamente reduzir a pobreza da população. Acabamos por ser reféns de uma ideia colonial, apenas com uma nova roupagem. Critica a ajuda internacional e sugere que ela perpetua o subdesenvolvimento. Quais seriam, na sua opinião, os mecanismos mais eficazes para que a ajuda se torne uma força real para o desenvolvimento sustentável? Para mim, é relativamente fácil dizer onde a ajuda poderia ser importante, transformadora e significativa: na regulação internacional. Por exemplo, em matéria de comércio: os países africanos são penalizados de várias formas. A “Rodada de Doha”, aprovada há 17 anos na OMC, visava fazer do comércio um instrumento de desenvolvimento, mas nunca foi implementada, em parte por oposição de países europeus. Outro exemplo: a regulação financeira. Os países africanos enfrentam avaliações de risco que não condizem com a realidade. Comparando os dados macroeconómicos de África com os da América Latina ou da Ásia, vemos que as taxas de juro para os empréstimos africanos são muito mais elevadas, apesar de os indicadores africanos, por vezes, serem melhores. Também em matéria de investimento: o retorno sobre o investimento em África é dos melhores, segundo a Organização do Comércio das Nações Unidas. Mas isso não se traduz em mais investimento. Este ano, por exemplo, as projecções do Banco Mundial e do FMI indicam que África será o continente que mais crescerá, pela primeira vez, ultrapassando a Ásia. Mas esta não é a percepção generalizada. A França tem tido influência sobre muitos países africanos e é muitas vezes acusada de manter dinâmicas neocoloniais. Como vê actualmente a posição da França em relação a África? Vejo uma posição de perda de influência. Numa altura em que a França se dá conta de que deveria mudar a sua postura ,por ser considerada excessivamente marcada por uma visão neocolonial, fá-lo de forma atabalhoada, o que provoca o efeito contrário: um afastamento ainda maior. É um lugar-comum, mas os jovens africanos vêem a atitude francesa como demasiado intrusiva nos processos políticos dos seus países. Lamentavelmente, a França está em perda. E nos sistemas políticos não existe vácuo, esse espaço é rapidamente ocupado por outros. Mas existe espaço para uma mudança genuína na abordagem da França? Existe. Claro que sim. Bastava, por exemplo, que os bancos franceses mais importantes vissem em África como os turcos, chineses, vietnamitas ou indianos estão a ver: uma oportunidade de expansão. Mas, em vez disso, os bancos franceses estão a retirar-se. Isso revela uma percepção de risco contrária à tendência mundial. Sugere que África deveria explorar o seu potencial em comércio, tecnologia e ambiente. Quais são os obstáculos actuais para o continente afirmar-se internacionalmente? Antes de mais, é preciso reconhecer que, em qualquer das megatendências mundiais, demográfica, climática ou tecnológica, o mundo precisa de África. Demografia: o envelhecimento da população mundial favorece o crescimento do consumo em África, onde a população continua a crescer. O Clima: em energias renováveis e minerais críticos, África é essencial para a transição ecológica; Tecnologia: apesar da inovação não estar centrada em África, a complexidade crescente das tecnologias torna-as mais difíceis de absorver por populações envelhecidas. Ora, os nativos digitais do futuro estão em África. Em 2050, um em cada dois jovens no mundo será africano. Temos de repensar o conceito de risco. Este ainda é avaliado com base em parâmetros ultrapassados pelas megatendências actuais. Enquanto isso não mudar, continuaremos a negligenciar o papel central que África terá no futuro. Qual seria, a seu ver, o maior passo a ser dado pelos líderes africanos e europeus para garantir que as futuras gerações não herdem estas dinâmicas de poder desigual que ainda dominam estas relações? Acabar com a auto-ilusão. E isso começa por ter a noção de que a maioria dos conceitos que utilizamos hoje para interpretar o processo de desenvolvimento está errada. São conceitos que devem ser cada vez mais ancorados nas experiências recentes, nomeadamente nas transições bem-sucedidas dos países da Ásia, do Sudeste Asiático e, mais recentemente, da Índia. Temos, portanto, um corpo de conhecimento que nos permite sair da auto-ilusão com factos reais. Como foi possível, por exemplo, que um país como o Vietname se transforme num colosso exportador, como é hoje? Como foi possível que um país com índices de pobreza muito elevados, como o Laos, consiga alcançar, digamos, patamares aceitáveis de desenvolvimento? Como é que um país como Bangladesh, que era um dos países com maior densidade populacional entre os menos desenvolvidos, seja hoje uma potência industrial? Portanto, temos exemplos concretos. E esses exemplos, infelizmente, não são frequentemente encontrados em África.
Fernando del Collado conversa con Tomás Pérez Vejo, historiador español radicado en México, quien señala que el país es “extraordinariamente violento” y la “tolerancia de la sociedad mexicana frente a la violencia” le parece todavía más inasible, “a veces tiendo a pensar que este país está viviendo una guerra fratricida a plazos”, lamenta. Premiado en 2018 con la orden del Águila Azteca, el máximo galardón otorgado por el gobierno de México a los extranjeros, Pérez Vejo señala que tanto los “mexicanos como españoles somos hijos de la disgregación de la monarquía católica”, reconoce que la celebración del 12 de octubre, es “un mito historiográfico español”, observa que “de todas las fobias” hacia España provenientes de “las izquierdas en latinoamericana”, la más “exacerbada” es la fobia de la izquierda mexicana. El “resentimiento”, añade, “tiene una salida y es a través del conocimiento”. Y advierte: “el nacionalismo es una de las mayores enfermedades del mundo contemporáneo”. Para el académico e investigador del INAH, la historia no debería estar “para solapar al poder en turno” y señala que los “propagandistas oficiosos” no tienen “nada que ver con la historia”. Resalta que “en este régimen presidencialista es difícil que no haya autoritarismo” y sobre las mentiras como recursos muy socorridos por los políticos, el historiador disgrega que no habría otra explicación salvo que el hecho de “refugiarse en las mentiras les resulte gratificante porque da respuestas falsas a problemas verdaderos”. En su más reciente libro, "México, la nación doliente" (Grano de Sal, 2025), el historiador quiso llamarle así “porque está construida con un relato doliente”. Todo un país edificado, agrega, con “ese mito que es la idea de una historia entendida como un ciclo de nacimiento, muerte y resurrección”. Un título de libro no sólo sugerente sino que, además, plantea “destruir algunos de los mitos fundacionales de la nación mexicana y pasar a construir a la nación como proyecto de futuro y no como venganza del pasado”.
Neste episódio, lemos um dos textos mais singulares de Freud: “Psicanálise e Telepatia”, escrito em 1921 mas publicado apenas em 1941, já após a morte do autor. Freud não o destinara à publicação — apresentou-o apenas a um círculo íntimo de colaboradores. Quando veio a público, foi sob este título, com cortes que preservavam a identidade de pacientes.“Não é seguro que o maior interesse pelo ocultismo envolva perigo para a psicanálise. Pelo contrário, seria de esperar simpatia entre aquele e esta. (…) A psicanálise não tem interesse em defender a autoridade da ciência com o próprio sacrifício. Ela mesma se acha em oposição a tudo o que é limitado convencionalmente.”O texto traz a tensão entre psicanálise e ocultismo, em um tempo marcado pela crise de valores após a Primeira Guerra Mundial. Freud relata casos em que profecias, médiuns e experiências ditas “ocultas” aparecem, interpretando-os como formações ligadas ao desejo inconsciente e à transmissão psíquica, e não a poderes sobrenaturais.“Vejo apenas uma forma de escapar à conclusão imposta por esse caso. (…) É possível que a paciente tenha desenvolvido uma paramnésia, introduzindo detalhes significativos a partir de seu inconsciente. Então, desapareceria o fato que nos impõe tão sérias conclusões.”Entre ceticismo e fascínio, Freud revela sua ambivalência diante desses fenômenos, mas nunca deixa de reafirmar a psicanálise como método de investigação rigorosa do inconsciente.
Manel Cruz é o convidado do Posto Emissor desta semana. A experiência enquanto presidente da associação do STOP, o momento vivido pela cultura em Portugal e os novos “temperos” da digressão “Cru”, que em breve passará por Lisboa e Porto, foram temas da conversa com a voz dos Ornatos Violeta e senhor de uma respeitável carreira a solo, na primeira edição do Posto Emissor após a pausa estival. Falámos ainda do 80º aniversário de Sérgio Godinho e do regresso de David Byrne aos discos.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Apeadeiros da conversa: .Vejo Sísifos a sorrir diariamente. .A matemática vista à luz chegana. .Fogo na cueca no tempo das armaduras. .Ninguém quer levar o crítico para casa. .Entretenimento é a fábrica do Mesmo. .A crítica e os Comediantes idólatras .O podcast veio salvar o microfone. .Realidades em simultâneo. ---- O menino está aqui: Substack: robertogamito.substack.com Twitter: twitter.com/RobertoGamito Instagram: www.instagram.com/robertogamito Facebook: www.facebook.com/robertogamito Youtube: bit.ly/2LxkfF8 Threads: www.threads.com/@robertogamito
O cronista do Expresso não tem grande esperança de que algo mude no combate aos incêndios e na desertificação do interior: “O problema em Portugal é que, quando se faz uma comissão, ela apresenta as suas conclusões e elas vão imediatamente para a gaveta”See omnystudio.com/listener for privacy information.
Como é actuar num mega-festival europeu de artes de rua, com mais de 700 espectáculos diários numa cidade de 26.000 habitantes que, em quatro dias, junta acima de 150 mil pessoas? As expectativas de encontrar produtores e programadores no Festival Internacional de Teatro de Rua de Aurillac, em França, são grandes, mas o desafio financeiro é imenso para a maior parte das 640 “companhias de passagem” que participam à margem do programa oficial. Foi o caso da companhia portuguesa “Seistopeia” que nos contou a sua aventura, expectativas e dissabores relativamente à participação no festival que terminou este sábado. RFI: De que falam os espectáculos que trouxeram a Aurillac? Vítor Rodrigues: “A primeira peça que trouxemos foi ‘Soul Trio', que é inspirado no ‘Soul Train', que era um programa dos anos 70, em que havia muitos bailarinos, um apresentador muito charmoso. Então, nós decidimos criar esta peça inspirada nesse programa em que os nossos personagens também são bailarinos e dizem-se os salvadores das festas e os salvadores da alma das festas. Eles vêm tentar trazer a alegria às ruas.” E depois vão deambular por elas… Vítor Rodrigues:“Exactamente porque não é um espectáculo, na verdade, é uma performance. A ideia desta performance não é que as pessoas párem a nossa beira para ver ali alguma coisa muito concreta. É só que se sintam ali energizadas, de alguma forma, e que batam um bocadinho o pezinho, dancem um bocadinho connosco, que sorriam um pouco. A segunda peça é ‘Os Irmãos Fumière'.” Marisa Freitas: “Chama-se ‘Irmãos Fumière', é inspirada nos irmãos Lumière e é uma peça inspirada no cinema mudo, em que se quer trazer aquelas memórias antigas do cinema, que também está muito próximo do teatro físico e, portanto, continua dentro da linguagem da Seistopeia, e é uma peça que traz animação e boa disposição ao público.” O facto de a apresentarem em França, na terra dos irmãos Lumière, traz algo especial? Marisa Freitas: “Ela é muito recente, é uma estreia internacional, é a primeira vez que estamos a fazê-la fora de Portugal e senti que o público mal nos viu reconheceu logo que éramos dessa altura do cinema mudo. Foi bastante positivo.” Inês Jesus: “Tivemos o apoio da GDA, que é uma fundação portuguesa que apoia diversos espectáculos e apoia desde a criação a circulação dos projectos internacionalmente. No nosso caso, o apoio foi para a criação, foi para podermos montar este espectáculo.” Como é estar no Festival Internacional de Teatro de Rua de Aurillac no meio de 640 “companhias de passagem”? Como é em termos de apoios? Como correu? Marisa Freitas: “Nós devemos começar por dizer que isto é um investimento nosso, actores e pessoas, nem sequer a companhia tem poder económico para financiar a viagem até cá. Portanto, é um esforço colectivo. Nós os quatro juntámos dinheiro, juntámo-nos e viemos. Em termos de apoio da organização, sentimos um bocado de abandono porque não há um espaço específico ou suficiente para o artista, por exemplo. Eles sabem que algumas companhias de passagem vêm com tenda e não há um espaço só para as companhias. As companhias acampam - e nós estamos a acampar - juntamente com o público. Depois é público que uns são mais diurnos, outros são mais nocturnos e levamos com os barulhos de todos eles. Os que acordam de manhã acordam-nos, os que vêem mais espectáculos à noite não nos deixam dormir. Faltam casas-de-banho nessa zona também para o público porque estamos à beira de duas pastilhas.” “Pastilles” que é o nome dos espaços de actuação… Marisa Freitas:“Sim. Exacto. As zonas de actuação são 'as pastilhas'. Há um descuido que eu sinto para com o artista e também para com o público. Há uma casa-de-banho num espaço onde há dois palcos e todas as manhãs acordamos com, pelo menos, 50 ou 100 pessoas à espera para ver um espectáculo.” O Vítor também se sente um pouco abandonado pelo festival? Vítor Rodrigues: “Sim, de certa forma. Uma coisa que me deixou um pouco chateado foi que nós temos que pagar um seguro de responsabilidade civil. Ou seja, eu sinto que, no fundo, em relação às companhias de passagem, o festival esquiva-se. Fazem um festival que se diz um festival com mais de 600 e tal companhias, mas não pagam essas 600 e tal companhias. São cerca de 20 as companhias que realmente são pagas totalmente. Portanto, eu sinto que eles vendem a ideia de que realmente vêm cá muitos produtores e é verdade que vêm cá, há muitos produtores, mas também é verdade que são tantas companhias e o espaço não é assim tão bem organizado. Torna-se um bocado complicado para que realmente esses produtores consigam assistir a todos os espectáculos.” É um balde de água fria nas expectativas que vocês tinham? Vítor Rodrigues:“Sim, mas por outro lado, foi um investimento de nossa parte. Nós queríamos correr este risco também, de alguma maneira, porque queríamo-nos atirar aos lobos e é um espectáculo novo também, como é que este novo espectáculo funciona com um público estrangeiro… Foram várias coisas, sim. Não ficámos muito felizes com a recepção, por outro lado, também não estávamos à espera que fôssemos aqui recebidos como deuses, não é?” Inês Jesus: “Eu senti os mesmos dissabores. Partilho com eles o sentimento de abandono. Vejo que para a companhia é importante estarmos em França, é a primeira vez que a companhia vem a França e França é uma plataforma de arte grande, onde eu já vivi. Havia essa vontade de mostrar o nosso trabalho, fazê-lo chegar cá de alguma maneira. Vejo o lado positivo da oportunidade, mas…” Não vê os produtores? “Não vemos os produtores. E tivemos um problema com o nosso espaço porque o nosso espaço, que é concedido pelo festival, estava a ser usado por outros artistas que não estão programados. Então, o estado em que deixaram o sítio onde actuamos influencia a nossa intervenção no lugar e tivemos que readaptar o nosso espectáculo ao espaço. São questões que é importante serem discutidas, na minha opinião e na nossa opinião, com o festival e são coisas que queremos partilhar com eles e questionar.” E o público como vos tratou? Vítor Rodrigues: “O público tratou-nos muito bem. Nós sentimos que o público é muito generoso, muito receptivo. Realmente procuram coisas novas, procuram ver mais espectáculos, inclusivamente, contribuem no final, no ‘chapéu'. Eu senti que, nesse aspecto, foi bastante positivo, embora este os ‘Irmãos Fumière' seja praticamente uma estreia e conseguimos manter o público praticamente até ao fim. Ou seja, estiveram connosco, não nos largaram a mão." Inês Jesus: “Para nós é bastante ambicioso estar em França, apresentar ‘Irmãos Fumière' pela terceira vez no Festival de Aurillac. É super bonito porque os nossos espectáculos têm esta característica participativa, já o ‘Soul Trio' tem e agora ‘Irmãos Fumière também'. É super bonito ver este público que diz que sim, que vem sem medo, que confia nos artistas e que está connosco em cena. Acho que é o que nos alimenta também, de alguma maneira.” Filipe Maia: “O que eu queria dizer é que a liberdade do artista acaba onde começa a liberdade da produção e, neste caso, queria apenas salientar a importância de que se o festival vive do artista e da rua e do público, é muito importante dar condições para isso. É o que nós sentimos e que nos faltou muito. O festival quer dar muito às pessoas e ao público, mas depois peca também, pelo outro lado, de fornecer ferramentas importantes e básicas, até muitas vezes, para a boa performance do artista.” Marisa Freitas: “Acho que o conceito de Aurillac é bonito porque para entrar cá não há selecção, só há um limite e quando se chega a esse limite, fecham-se as candidaturas. Eu acho isso bonito, mas acho que depois toda a gente tem responsabilidades. O público tem responsabilidade. A produção tem responsabilidade e o artista tem responsabilidade. A responsabilidade do artista, por exemplo, no que nos aconteceu hoje, é deixar o espaço livre e limpo, em boas condições para a companhia que vem a seguir poder actuar. O espaço da produção, se calhar, é limitar: ‘Olha aqui nesta zona mais espectáculos de fogo porque deixam mais sujeira neste espaço, se calhar mais para bailarinos porque precisam do chão liso'. Pronto, esse tipo de atenção. Se calhar deixar alguém da produção a tomar conta desses espaços, por exemplo. E o público, nós estarmos a fazer uma peça e passar um grupo de adolescentes aos gritos com uma coluna só porque sim, também acho interessante haver um bocadinho esse respeito por parte do público, o que se calhar é mais difícil, mas acho que para um festival com os anos que tem Aurillac, era algo que já poderia existir.”
Como é actuar num mega-festival europeu de artes de rua, com mais de 700 espectáculos diários numa cidade de 26.000 habitantes que, em quatro dias, junta acima de 150 mil pessoas? As expectativas de encontrar produtores e programadores no Festival Internacional de Teatro de Rua de Aurillac, em França, são grandes, mas o desafio financeiro é imenso para a maior parte das 640 “companhias de passagem” que participam à margem do programa oficial. Foi o caso da companhia portuguesa “Seistopeia” que nos contou a sua aventura, expectativas e dissabores relativamente à participação no festival que terminou este sábado. RFI: De que falam os espectáculos que trouxeram a Aurillac? Vítor Rodrigues: “A primeira peça que trouxemos foi ‘Soul Trio', que é inspirado no ‘Soul Train', que era um programa dos anos 70, em que havia muitos bailarinos, um apresentador muito charmoso. Então, nós decidimos criar esta peça inspirada nesse programa em que os nossos personagens também são bailarinos e dizem-se os salvadores das festas e os salvadores da alma das festas. Eles vêm tentar trazer a alegria às ruas.” E depois vão deambular por elas… Vítor Rodrigues:“Exactamente porque não é um espectáculo, na verdade, é uma performance. A ideia desta performance não é que as pessoas párem a nossa beira para ver ali alguma coisa muito concreta. É só que se sintam ali energizadas, de alguma forma, e que batam um bocadinho o pezinho, dancem um bocadinho connosco, que sorriam um pouco. A segunda peça é ‘Os Irmãos Fumière'.” Marisa Freitas: “Chama-se ‘Irmãos Fumière', é inspirada nos irmãos Lumière e é uma peça inspirada no cinema mudo, em que se quer trazer aquelas memórias antigas do cinema, que também está muito próximo do teatro físico e, portanto, continua dentro da linguagem da Seistopeia, e é uma peça que traz animação e boa disposição ao público.” O facto de a apresentarem em França, na terra dos irmãos Lumière, traz algo especial? Marisa Freitas: “Ela é muito recente, é uma estreia internacional, é a primeira vez que estamos a fazê-la fora de Portugal e senti que o público mal nos viu reconheceu logo que éramos dessa altura do cinema mudo. Foi bastante positivo.” Inês Jesus: “Tivemos o apoio da GDA, que é uma fundação portuguesa que apoia diversos espectáculos e apoia desde a criação a circulação dos projectos internacionalmente. No nosso caso, o apoio foi para a criação, foi para podermos montar este espectáculo.” Como é estar no Festival Internacional de Teatro de Rua de Aurillac no meio de 640 “companhias de passagem”? Como é em termos de apoios? Como correu? Marisa Freitas: “Nós devemos começar por dizer que isto é um investimento nosso, actores e pessoas, nem sequer a companhia tem poder económico para financiar a viagem até cá. Portanto, é um esforço colectivo. Nós os quatro juntámos dinheiro, juntámo-nos e viemos. Em termos de apoio da organização, sentimos um bocado de abandono porque não há um espaço específico ou suficiente para o artista, por exemplo. Eles sabem que algumas companhias de passagem vêm com tenda e não há um espaço só para as companhias. As companhias acampam - e nós estamos a acampar - juntamente com o público. Depois é público que uns são mais diurnos, outros são mais nocturnos e levamos com os barulhos de todos eles. Os que acordam de manhã acordam-nos, os que vêem mais espectáculos à noite não nos deixam dormir. Faltam casas-de-banho nessa zona também para o público porque estamos à beira de duas pastilhas.” “Pastilles” que é o nome dos espaços de actuação… Marisa Freitas:“Sim. Exacto. As zonas de actuação são 'as pastilhas'. Há um descuido que eu sinto para com o artista e também para com o público. Há uma casa-de-banho num espaço onde há dois palcos e todas as manhãs acordamos com, pelo menos, 50 ou 100 pessoas à espera para ver um espectáculo.” O Vítor também se sente um pouco abandonado pelo festival? Vítor Rodrigues: “Sim, de certa forma. Uma coisa que me deixou um pouco chateado foi que nós temos que pagar um seguro de responsabilidade civil. Ou seja, eu sinto que, no fundo, em relação às companhias de passagem, o festival esquiva-se. Fazem um festival que se diz um festival com mais de 600 e tal companhias, mas não pagam essas 600 e tal companhias. São cerca de 20 as companhias que realmente são pagas totalmente. Portanto, eu sinto que eles vendem a ideia de que realmente vêm cá muitos produtores e é verdade que vêm cá, há muitos produtores, mas também é verdade que são tantas companhias e o espaço não é assim tão bem organizado. Torna-se um bocado complicado para que realmente esses produtores consigam assistir a todos os espectáculos.” É um balde de água fria nas expectativas que vocês tinham? Vítor Rodrigues:“Sim, mas por outro lado, foi um investimento de nossa parte. Nós queríamos correr este risco também, de alguma maneira, porque queríamo-nos atirar aos lobos e é um espectáculo novo também, como é que este novo espectáculo funciona com um público estrangeiro… Foram várias coisas, sim. Não ficámos muito felizes com a recepção, por outro lado, também não estávamos à espera que fôssemos aqui recebidos como deuses, não é?” Inês Jesus: “Eu senti os mesmos dissabores. Partilho com eles o sentimento de abandono. Vejo que para a companhia é importante estarmos em França, é a primeira vez que a companhia vem a França e França é uma plataforma de arte grande, onde eu já vivi. Havia essa vontade de mostrar o nosso trabalho, fazê-lo chegar cá de alguma maneira. Vejo o lado positivo da oportunidade, mas…” Não vê os produtores? “Não vemos os produtores. E tivemos um problema com o nosso espaço porque o nosso espaço, que é concedido pelo festival, estava a ser usado por outros artistas que não estão programados. Então, o estado em que deixaram o sítio onde actuamos influencia a nossa intervenção no lugar e tivemos que readaptar o nosso espectáculo ao espaço. São questões que é importante serem discutidas, na minha opinião e na nossa opinião, com o festival e são coisas que queremos partilhar com eles e questionar.” E o público como vos tratou? Vítor Rodrigues: “O público tratou-nos muito bem. Nós sentimos que o público é muito generoso, muito receptivo. Realmente procuram coisas novas, procuram ver mais espectáculos, inclusivamente, contribuem no final, no ‘chapéu'. Eu senti que, nesse aspecto, foi bastante positivo, embora este os ‘Irmãos Fumière' seja praticamente uma estreia e conseguimos manter o público praticamente até ao fim. Ou seja, estiveram connosco, não nos largaram a mão." Inês Jesus: “Para nós é bastante ambicioso estar em França, apresentar ‘Irmãos Fumière' pela terceira vez no Festival de Aurillac. É super bonito porque os nossos espectáculos têm esta característica participativa, já o ‘Soul Trio' tem e agora ‘Irmãos Fumière também'. É super bonito ver este público que diz que sim, que vem sem medo, que confia nos artistas e que está connosco em cena. Acho que é o que nos alimenta também, de alguma maneira.” Filipe Maia: “O que eu queria dizer é que a liberdade do artista acaba onde começa a liberdade da produção e, neste caso, queria apenas salientar a importância de que se o festival vive do artista e da rua e do público, é muito importante dar condições para isso. É o que nós sentimos e que nos faltou muito. O festival quer dar muito às pessoas e ao público, mas depois peca também, pelo outro lado, de fornecer ferramentas importantes e básicas, até muitas vezes, para a boa performance do artista.” Marisa Freitas: “Acho que o conceito de Aurillac é bonito porque para entrar cá não há selecção, só há um limite e quando se chega a esse limite, fecham-se as candidaturas. Eu acho isso bonito, mas acho que depois toda a gente tem responsabilidades. O público tem responsabilidade. A produção tem responsabilidade e o artista tem responsabilidade. A responsabilidade do artista, por exemplo, no que nos aconteceu hoje, é deixar o espaço livre e limpo, em boas condições para a companhia que vem a seguir poder actuar. O espaço da produção, se calhar, é limitar: ‘Olha aqui nesta zona mais espectáculos de fogo porque deixam mais sujeira neste espaço, se calhar mais para bailarinos porque precisam do chão liso'. Pronto, esse tipo de atenção. Se calhar deixar alguém da produção a tomar conta desses espaços, por exemplo. E o público, nós estarmos a fazer uma peça e passar um grupo de adolescentes aos gritos com uma coluna só porque sim, também acho interessante haver um bocadinho esse respeito por parte do público, o que se calhar é mais difícil, mas acho que para um festival com os anos que tem Aurillac, era algo que já poderia existir.”
Episódio do dia 22/08/2025, com o tema "O que define uma seita?" Apresentação: Itamir Neves, André Castilho e Renata Burjato. Pergunta do dia: O que define uma seita? Vejo muitos irmãos dizendo que determinadas denominações são seitas, mas qual o critério? Redes Sociais Instagram: @rtmbrasil@itabeti@acastilhortm Site: www.rtmbrasil.org.br WhatsApp da RTM - (11) 97418-1456See omnystudio.com/listener for privacy information.
Oro Por Você 02860 – 23 de Julho de 2025 Obrigado, Senhor, por Tuas promessas nunca falharem. Vejo esse princípio exemplificado em Tua Palavra, em […]
Doutor, quando olho no espelho, não vejo mais a Marina. Vejo uma estranha que tomou meu lugar."Esta frase de uma paciente mudou para sempre como vejo a alopecia. Não é "só cabelo" - é identidade, autoestima, a própria alma sendo testada.Em 20 anos como tricologista, descobri que por trás de cada folículo que para de funcionar existe uma biografia de sofrimento. E é essa descoberta que quero compartilhar com vocês hoje.Se você ou alguém que ama está passando por isso, este episódio é para vocês. Porque transformação é possível.#alopecia #quedacapilar #saudemental #tricologia #autoestima #ansiedade #mindfulness #psicossomatica #cuidadointegrativo #bemestar #calvicie #alopeciareata #imagemcorporal #transformacao #esperanca #podcast #drademir #tricologista #saopaulo #medicina #psicologia #cura #aceitacao
Como Falar com Alguém que Pensa o Oposto de Ti (Sem Entrar em Guerra) Há conversas que são fáceis.— Gosto de cães.— Também eu.— Que bom. E depois há as outras:— Gosto de cães.— Eu prefiro gatos.— Tu odeias cães?? Pronto. Já estamos em guerra. E nem falámos de política, vacinas ou futebol. Hoje quero falar contigo sobre isso mesmo: como ter conversas com quem discorda de nós, sem perder a compostura. Ou a amizade. Quando alguém diz algo que nos irrita profundamente, nem sempre é pela ideia em si. Muitas vezes é pelo tom. Pela certeza. Pela provocação. E o nosso cérebro entra logo em modo combate. Já não estamos a ouvir. Estamos a preparar um contra-ataque. Mas aqui vai uma pergunta simples:Quero ganhar esta conversa… ou quero compreender esta pessoa? Há estratégias práticas que podem evitar o confronto direto e abrir espaço para o diálogo: 1. Respira antes de responder.Parece um conselho zen — e é. Mas funciona.Se alguém grita “o sistema é corrupto!”, respira.Não para concordar, mas para evitar responder “tu é que és burro”. Isso não ajuda ninguém. 2. Troca o ataque por uma pergunta.Em vez de “isso é absurdo!”, tenta “como chegaste a essa ideia?”.Mas diz com curiosidade verdadeira — não com aquele ar de julgamento que se nota logo na sobrancelha levantada. 3. Usa a frase mágica:“Vejo isso de outra forma.”É uma maneira de abrir espaço sem ceder e sem agredir.Por exemplo, alguém diz: “O mundo está pior por causa dos imigrantes.”Tu podes responder: “Eu vejo isso de outra forma. Posso explicar?”Se a pessoa não quiser ouvir — tudo bem. Nem toda a gente está disponível para conversar. E às vezes, a melhor resposta… é não responder.Se alguém diz “tu não percebes nada disto”, talvez o melhor seja dizer: “Pode ser.”Depende do tom, claro. Mas manter a relação, por vezes, é mais importante do que ganhar o debate. Eis cinco coisas a evitar numa conversa tensa: Interromper logo à primeira frase. Usar sarcasmo. Querer “ganhar” a conversa. Dizer “não tens razão” sem explicar porquê. Levar tudo para o lado pessoal. E cinco coisas que ajudam uma conversa a correr bem: Começa com curiosidade. Reconhece um ponto válido do outro lado. Faz pausas — para respirar e ouvir. Pede licença: “Posso dar-te o meu ponto de vista?” Termina com respeito, mesmo sem concordar. Quero partilhar também três segredos de comunicador: Primeiro: ouvir com generosidade muda tudo. Quando alguém sente que foi mesmo ouvido, o tom da conversa muda.Segundo: quem domina o tom, domina a conversa. A tua voz é metade da tua mensagem.Terceiro: quanto mais preparado estás, mais simples consegues ser. E na comunicação difícil, a simplicidade é a chave. Conversar com quem discorda de nós não é só uma questão de paciência. É uma questão de escolha. Quero ter razão ou quero ter relação?Se quiseres as duas coisas ao mesmo tempo — bem-vindo ao clube. É difícil, mas é possível. E tudo começa com uma pergunta simples. E com vontade de ouvir a resposta.
Nos bastidores do Festival de Avignon, um dos mais importantes palcos do teatro do mundo, há uma programadora que observa, escolhe e molda. Magda Bizarro, programadora internacional do festival e braço direito de Tiago Rodrigues, é uma arquitecta do invisível. Trabalha na escuta e acredita que programar é arriscar. Nesta entrevista, Magda Bizzaro, levanta o véu sobre o que é fazer curadoria num lugar onde a arte é feita para estremecer, deslocar e revelar. Quando lhe perguntamos o que faz com que um espectáculo mereça estar no Festival de Avignon, Magda Bizarro responde sem hesitação: “Uma coisa muito importante para nós é sempre o público”. Antes de construir o programa, dedicou-se a entender quem o vê: “Passei o festival de 2022 inteiro a pisar cada espaço para perceber o que é que o público procura, mas também o que é que ele não está à espera de ver”. Essa escuta inicial marca toda a sua abordagem curatorial: “A programação é pensada tanto para o público habitual como para aquilo que pode desafiá-lo”. Não se trata de agradar, mas de propor. “Queremos trazer artistas que o público conhece bem, mas também outros que nunca viu. Propostas arriscadas, que o fazem descobrir”, conta. A linha que define o ADN do festival é esse cruzamento entre reconhecimento e surpresa. A escolha dos espectáculos é um processo longo e exigente: “Vejo mais de 300 espetáculos por ano”. Não se trata apenas do que está pronto porque "muitas vezes, o espectáculo que eu vejo não é o que vai ser apresentado - é o próximo”. A programação não se baseia em produtos finalizados, mas em relações, em processos. “É um trabalho que se constrói ao longo do tempo", conta. Um exemplo claro é o caso de Thomas Ostermeier: “Comecei um diálogo com ele em 2023, e agora, em 2025, apresentamos o espetáculo 'O pato selvagem'”. Mesmo com todas as conversas e acompanhamento, a programadora portuguesa só o viu completo no momento da estreia. “Descobri o espectáculo ao mesmo tempo que o público", diz. Essa partilha do risco é uma das marcas do festival: “É um festival de criação, muitas vezes não sabemos o que vamos ver. E isso é extraordinário”. Nem sempre os projectos chegam ao palco. “Houve um espectáculo que não conseguimos estrear este ano porque o artista perdeu o teatro onde ensaiava, vivia numa zona de conflito”, recorda. Questionada se existem enganos na escolha da programação, Magda Bizzaro sublinha que “não é engano. Às vezes, simplesmente, as condições não se reúnem. E isso faz parte do nosso trabalho: reunir tempo, apoios e espaço para que as criações possam existir”. É nesse contexto que surge La FabricA, espaço de residência artística ao serviço de quem mais precisa: “Muitos dos artistas que recebemos em residência vêm de regiões onde os governos não os apoiam”. Este ano, por exemplo, “a Marlène Monteiro Freitas esteve duas semanas e meia connosco, para ensaiar o seu espectáculo num espaço com as condições que ela precisava” A estreia do espectáculo, no grande recinto que é o pátio de honra do Palácio dos Papas, foi um sucesso, mas só o foi porque houve escuta e propostas práticas. O festival também reflecte uma visão política da linguagem. Desde 2023, há uma língua convidada. Depois do inglês e do espanhol, este ano é a vez do árabe. “Queríamos desassociar o árabe da ideia de conflito e religião”. O objectivo é outro: “Mostrar a sua diversidade, a sua viagem pelo mundo e as formas como se transformou e foi transformando outras línguas”, descreve a programadora portuguesa. Dois espectáculos mostram essa pluralidade. “Temos o "Laaroussa Quartet" de Selma e Sofiane Ouissi, sobre as mulheres de Sejnane, no norte da Tunísia e temos "When I Saw the Sea" de Ali Chahrour, com três mulheres vindas da Etiópia e do Sudão para viver no Líbano”. São abordagens completamente diferentes, “com sonoridades distintas, dois árabes diferentes, mas que falam da mesma urgência”, defende. Magda Bizarro insiste que o festival é desenhado como uma viagem para o espectador: “Pensamos o dia completo: pode ver-se teatro de texto de manhã, à tarde dança, e depois algo sem palavras. O objectivo é um percurso rico e pleno”. E, para isso, a programação precisa ser feita em articulação com os espaços: “Temos 22 locais em Avignon. Cada um tem as suas especificidades. Há espectáculos que não podem acontecer ao ar livre, por exemplo”. A complexidade da operação exige uma equipa gigantesca: “Durante o ano, somos 34. Em Julho, passamos a ser 750. Com os artistas, somos cerca de 1500”, descreve. Mas essa força não é só logística: “É uma equipa que sabe adaptar-se às necessidades dos artistas. E isso torna o festival mais rico". Magda Bizarro fala com carinho dessa máquina invisível que sustenta o brilho do palco. Quando se fala em reinvenção, a programadora admite: “É muito difícil reinventar cada edição. O festival tem um passado pesado, uma história densa”. E isso obriga a pensar em múltiplos equilíbrios: “Não é só diversidade geográfica ou estética. É também equilíbrio geracional, financeiro, técnico”. No mesmo cartaz, convivem mestres como Christoph Marthaler e estreantes como Mário Banushi: “Esse encontro entre gerações é o segredo da reinvenção”. Por fim, perguntamos-lhe se o facto de ser portuguesa afecta o seu olhar como programadora. A resposta vem com a nitidez de quem já viu e viveu muito: “Sim, há uma diferença. Eu sei o que é trabalhar com quase nada. Já paguei cenários do meu bolso. Já fiz espectáculos em garagens com luzes de velas". E isso dá-lhe uma escuta particular, uma atenção ao que ainda está a nascer: “Se calhar, vou a Buenos Aires ver um espectáculo numa garagem porque já fiz um espectáculo numa garagem. É aí que se descobrem pérolas”. Quando lhe pedimos uma palavra para resumir o Festival de Avignon, não hesita: “Aventura”. Mas no seu olhar percebe-se que essa aventura não é feita de impulso, antes de persistência. Não é o desvario de quem salta no escuro, mas de quem aposta no que ainda não se viu, de quem arrisca sem espetáculo e trabalha para que outros possam estar em cena. Magda Bizarro está no silêncio atento das grandes decisões deste que não é apenas um festival: é um território de possibilidades, onde o teatro continua a ser um dos lugares mais íntimos e bonitos.
Mensagem compartilhada na noite do dia 10 de Julho de 2025 pelo pastor Mauricio Fragale em comemoração aos 10 anos da Nova Igreja Ipanema.
Eu Vejo a Glória do Senhor Hoje Aqui | Jhonny Medeiros | 27/09/24
Dar Voz a esQrever: Pluralidade, Diversidade e Inclusão LGBTI
O DUCENTÉSIMO TRIGÉSIMO OITAVO EPISÓDIO do Podcast Dar Voz A esQrever
Em época de santos populares, o Posto Emissor tem como convidada uma cantora omnipresente em festas e arraiais: Rosinha. Entre a escalpelização de canções e memórias de momentos inusitados em concertos, a intérprete de tantos êxitos de duplo sentido da música popular fala ainda sobre a dor provocada pela morte do pai e a fotossensibilidade que a obriga a usar sempre óculos escuros. O festival Meo Kalorama, que principia esta quinta-feira, também merece destaque nesta edição do podcast da BLITZ.See omnystudio.com/listener for privacy information.
À Rádio Observador, o 4.ª candidato à presidência do Benfica fala da importância de um diretor-geral para o futebol - para o qual tem três nomes - e da relação com João Diogo Manteigas: "Somos amigos".See omnystudio.com/listener for privacy information.
Nesta aula de francês, vamos aprender a descrever atividades do dia a dia com mais detalhes, usando vocabulário e estruturas que vão além do básico. Ideal para quem quer contar sobre sua rotina, compromissos, imprevistos e planos com fluidez e naturalidade.1. Falar sobre a manhã em francêsJe me réveille à 7h, mais je me lève à 7h30. – Eu acordo às 7h, mas me levanto às 7h30. Je prends une douche, je m'habille et je prends mon petit-déjeuner. – Tomo banho, me visto e tomo café da manhã. Je bois du café pendant que je regarde les nouvelles. – Tomo café enquanto vejo as notícias. Je pars de chez moi vers 8h15. – Saio de casa por volta das 8h15.2. Transporte e trajetos em francêsJe prends le métro / le bus / mon vélo pour aller au travail. – Pego o metrô / ônibus / bicicleta para ir ao trabalho. Il y a souvent des bouchons / des retards. – Frequentemente há trânsito / atrasos. Je mets environ 30 minutes pour arriver. – Levo cerca de 30 minutos para chegar. Parfois, je travaille à distance. – Às vezes, trabalho de casa.3. Durante o diaJ'ai des réunions, je réponds à des e-mails, je travaille sur des projets. – Tenho reuniões, respondo e-mails, trabalho em projetos. Je fais une pause vers midi. – Faço uma pausa por volta do meio-dia. Je déjeune avec des collègues ou je mange à la maison. – Almoço com colegas ou em casa. L'après-midi est souvent plus calme. – A tarde geralmente é mais tranquila. 4. Fim de dia e noiteJe termine le travail vers 18h. – Termino o trabalho por volta das 18h. Je fais des courses ou je vais à la salle de sport. – Faço compras ou vou para a academia. Je rentre, je cuisine et je dîne. – Volto para casa, cozinho e janto. Je regarde une série, je lis un peu ou j'appelle ma famille. – Vejo uma série, leio um pouco ou ligo para minha família. Je me couche vers 23h. – Vou dormir por volta das 23h. 5. Expressões para contar sobre a rotinaD'habitude, je… – Normalmente, eu…Il m'arrive de… – Acontece de eu…En général… – Em geral…Quand j'ai du temps, je… – Quando tenho tempo, eu…Je suis souvent débordé(e). – Estou frequentemente sobrecarregado(a).Exemplo: D'habitude, je commence ma journée en écoutant un podcast pendant que je prépare le petit-déjeuner.6. Perguntas para conversar sobre rotinaÀ quelle heure tu te lèves le matin ?Tu travailles à la maison ou au bureau ?Qu'est-ce que tu fais après le travail ?Tu fais du sport en semaine ?Quel est ton moment préféré de la journée ?Falar da rotina é um tema muito comum em conversas e entrevistas. Com esse vocabulário, você vai poder se expressar com mais naturalidade e variedade. Bonne journée !
20 anos depois, a "Becas" ainda vive em Sara Prata, mas há muito mais para contar. Sem filtros, a atriz reflete sobre a maternidade, o que perdemos com os ecrãs e o que ganhamos com arte e a natureza.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Filipe Anacoreta Correia, vice-presidente da Câmara de Lisboa, foi o convidado da Vichyssoise onde confirmou a sua desfiliação do CDS, falou sobre o seu futuro político e defendeu coligação com a IL.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Carlos Moedas explica que Lisboa tem um dos maiores projetos de inovação mundial. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa admite que Lisboa não quer uma imigração descontrolada. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Sandra Duarte Cardoso fundou há dezoito anos a organização não governamental SOS Animal e, em 2020, criou um santuário em Santarém onde tem mais de uma centena de animais que vivem livres, sem serem alvo de qualquer exploração. Autora e apresentadora do programa “À Descoberta com…”, na SIC, e das curta-metragens “Saudade” e “Profundo”, há quatro anos sofreu um acidente com uma égua que lhe atingiu as costas e o cotovelo. Desde aí, passou a viver com uma dor neuropática crónica. E revela como o tratamento com psicadélicos a fez sair da escuridão. Defensora do uso da IA em todas as profissões, até na medicina, para que a sociedade ganhe mais tempo, afirma-se preocupada com as ameaças à democracia. Ouçam-na na primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Bem-vindo à Rádio Minghui. As transmissões incluem assuntos relativos à perseguição ao Falun Gong na China, entendimentos e experiências dos praticantes adquiridas no curso de seus cultivos, interesses e música composta e executada pelos praticantes do Dafa. Programa 1303: Experiência de cultivo da categoria Poder divino do Falun Dafa, intitulada: "Com pensamentos retos eu vejo milagres", escrita por um praticante do Falun Dafa em Shandong, China.
Nesse episódio Juliana Amador conversa com Vanessa Cavalieri, juíza titular da Vara da Infância e Juventude do Rio de Janeiro e coordenadora do projeto “protocolo eu te vejo”. Diante das novas demandas observadas no seu juizado, se tornou uma referência na militância pela defesa da infância e da adolescência no ambiente digital, defende o letramento digital da sociedade, o banimento dos celulares na escola, o monitoramento, pelos responsáveis, do que as crianças e jovens fazem na internet e a regulamentação das redes. Uma conversa importante e urgente. Esse programa é completamente independente e precisa muito da colaboração de vcs para seguir nessa luta incansável, vem apoiar a gente para ampliar as vozes de diversas mulheres. ✅ APOIA-SE: https://apoia.se/sentadireitogarota ✅ FACEBOOK: https://www.facebook.com/profile.php?id=61558474657149 ✅ INSTAGRAM: https://www.instagram.com/sentadireitogarota/?hl=pt ✅ TIKTOK: https://www.tiktok.com/@sentadireitogarota?_t=8nYG2q5V72L&_r=1 ✅ @sentadireitogarota ✅ @jujuamador ✅ @protocoloeutevejo ✅ @vanessacavalieri #podcastfeminista #lugardemulheréondeelaquiser #sentadireitogarota #lutecomoumagarota #feminismo #fortecomoumamãe #podcast #podcastbrasil #videocasting #videocast #PodcastFeminista #Feminismo #Antirracismo #FeminismoInterseccional #empoderamentofeminino #MulheresPodcasters #PodcastsDeEsquerda #JustiçaSocial #IgualdadeDeGênero #ResistênciaFeminista #MovimentosSociais #Diversidade #Inclusão #EquidadeRacial #VozesFemininas #MulheresNoPodcast #LutaAntirracista #PolíticaDeEsquerda #FeministasUnidas #HistóriasDeMulheres #Feminismo #Antirracismo #FeminismoInterseccional #JustiçaSocial #empoderamentofeminino #DireitosDasMulheres #IgualdadeDeGênero #LutaAntirracista #PolíticaDeEsquerda #MovimentosSociais #Diversidade #Inclusão #EquidadeRacial #FeministasUnidas #ResistênciaFeminista #fofoca #fofocas #fofocasdosfamosos Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
A primeira vez que fez stand-up comedy foi numa igreja. Com uma carreira abençoada à partida, é dos mais veteranos humoristas de bares em Portugal e apresenta agora o segundo solo de stand-up comedy. Pedro Alves vai estar “Na Boca do Lobo”, espetáculo que leva em abril a Lisboa. Atua regularmente no Lisboa Comedy Club, fez parte do projeto “Comedy Therapy”, e é co-autor dos podcasts “Clickbait” e “A Primeira Vez”. Já abriu digressões para os humoristas Hugo Sousa e Manuel Cardoso. No Humor À Primeira Vista, com Gustavo Carvalho, revela as histórias de atuações que fez em prisões e em igrejas, explica porque não tem interesse em ver stand-up comedy e realça o teatro e os musicais como áreas que mais o inspiram.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Abertura dos trabalhos na Amorosidade
Por Marcella Lorenzon: No episódio 146 batemos um papo com a ultracriativa Isabella Sclowsky, artista e maquiadora à frente do estúdio A Penteadeira. Multitalentosa, empreendedora e comunicadora, Bella mistura arte e poesia nas suas maquiagem, editoriais e também no cotidiano. Falamos de tudo isso. E falamos de moda, muita moda. Porque moda importa.Entrevistada Isabella Sclowsky@isabellasclowskyhttps://www.instagram.com/isabellasclovsky?igsh=NjJmZ3l0am5wbGg4@apenteadeirahttps://www.instagram.com/apenteadeira?igsh=OGV6bjF3ZGhkbzN2Patrocínio: Grupo IESA@grupoiesahttp://www.grupoiesa.com.brTrilha: Sonora Trilhas@sonoratrilhasEdição de áudio e vídeo: Bárbara Saccomori@barbarasaccomori
É importante para nós conversar com artistas independentes, que no início da carreira estão a descobrir um som característico e a aprender os desafios da indústria musical. A Tatiana é o exemplo perfeito de uma artista em ascensão, e deu-nos uma excelente oportunidade para conversarmos sobre o progresso de alguém que se está a destacar no meio de uma indústria pop algo saturada e cheia de conteúdo. Este copo trouxe-nos um exemplo de evolução que começa com estudo no conservatório, passando por um programa de televisão e indo até aos primeiros singles e aos medos, desafios, e conquistas que a música traz, carregando pelo caminho todas as influências nacionais e internacionais que são importantes para a carreira de qualquer artista.Segue-nos: https://linktr.ee/1cover1copoSegue a Tatiana Duarte: https://www.instagram.com/tatianaleduarte/CRÉDITOS MÚSICOS- Voz: Tatiana Duarte- Guitarra: Miguel Castro- Bateria: João Osório- Baixo: Julião Mendes- Guitarra: Gonçalo Salema- Teclas: Manuel AlmeidaHosts do podcast:https://www.instagram.com/joaoosorio98/https://www.instagram.com/miguelyoncastro/https://www.instagram.com/juliao.cm/Estúdio: https://www.instagram.com/redstudio.pt/Áudio: https://www.instagram.com/diogo_nabais/Vídeo: https://www.instagram.com/tomasoestrondo/
Como é possível engatar um novo relacionamento com alguém se a gente vive a lógica da rapidez das redes e uma crise de atenção generalizada? Ajustar o foco e controlar a própria ansiedade são dois passos importantes, segundo a psicanalista e pesquisadora das relações amorosas Carol Tilian. É ela a entrevistada da edição sobre relacionamento do Podcast da Semana.“Tente entender menos e criar menos regras, estar mais presente. Preste atenção também se a pessoa é interessada, além de interessante. Vejo que, nesse início de relação, há um encantamento que vem pela construção da fantasia que fazemos a partir dos primeiros encontros e da nossa coleta de dados digitais”, diz na entrevista a Gama. “Nos apaixonamos pela ideia da pessoa e por como a gente se sente por estar ali com ela, sem perceber que talvez ela não esteja interessada na sua vida.”Na entrevista, Tilkian fala sobre o que se deve e o que não se deve fazer para que uma série de encontros vire um relacionamento. Responde também sobre o desejo de muitos de ter uma “relação leve”.“As pessoas dizem que querem uma relação leve como quem diz ‘eu não quero problema', como se relação fosse sinônimo de problema. Na verdade não existe essa leveza que se busca. Parte desse discurso é o que tem causado a gente viver essa epidemia de solidão”, afirma.Colunista do jornal Folha de S.Paulo, onde responde a perguntas dos leitores numa espécie de consultório amoroso, e comentarista da rádio CBN, ela também dá cursos na Casa do Saber sobre os relacionamentos hoje. Ao Podcast da Semana, falou ainda sobre como continuar apostando no amor mesmo depois de tantas desilusões.Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima
Neste episódio vais acompanhar a minha experiência num exame de visão e vais aprender como falar sobre sintomas relacionados com a saúde dos teus olhos.Este tema é ideal para quem gosta de histórias pessoais, quer aprender vocabulário útil sobre saúde e quer praticar a compreensão oral em português de forma natural.Want to study Portuguese with me?
Ninguém te contou que seria assim, não é?Que ser pai ou mãe atípico exigiria mais do que força… exigiria a alma.Eu vejo você, pai atípico…Que deixou de ser só o provedor e se tornou enfermeiro, professor, psicólogo, herói silencioso.Que troca o próprio descanso por horas ao lado de um filho que precisa de você — sempre.Eu vejo você, mãe atípica…Que carrega o peso do mundo nos ombros, mas ainda encontra um sorriso para dar quando tudo dentro de você pede para desistir.Que conhece o medo de cada diagnóstico e, mesmo assim, escolhe o amor todos os dias.Vejo você… Quando sai cedo de casa, não para um passeio, mas para mais uma consulta, mais uma terapia, mais uma batalha.Vejo você… Engolindo a dor, segurando o choro, porque alguém precisa ser forte. E esse alguém, por mais injusto que pareça, sempre acaba sendo você.Eu sei que você se sente invisível. Sei que, muitas vezes, acha que ninguém entende o tamanho da sua luta.Mas eu quero que você escute, com o coração aberto: Eu vejo você.Vejo seu cansaço disfarçado de coragem.Vejo sua tristeza escondida atrás de um “tá tudo bem”.Vejo o quanto dói — mas também o quanto você resiste.Você, pai atípico, mãe atípica, é feito de uma fibra que poucos conhecem.Você é o herói que nunca pediu capa.A guerreira que não teve escolha, mas que luta com tudo o que tem — e o que nem sabia que tinha.E, nos momentos em que o mundo parece esquecer de você…Eu vejo você.Deus vê você.Você não está sozinho. Você não está sozinha.Cada pequeno avanço do seu filho, cada vitória silenciosa, cada passo que parece mínimo para os outros… é imenso para você. E eu sei disso.Você não falhou. Você é necessário. Você é a fortaleza que sustenta um lar inteiro.E quando a dor apertar, quando a solidão gritar… Lembre-se: o seu amor já faz de você alguém extraordinário.Você é o verdadeiro significado de coragem.Eu vejo você.E Deus… Deus caminha ao seu lado.
Ninguém te contou que seria assim, não é?Que ser pai ou mãe atípico exigiria mais do que força… exigiria a alma.Eu vejo você, pai atípico…Que deixou de ser só o provedor e se tornou enfermeiro, professor, psicólogo, herói silencioso.Que troca o próprio descanso por horas ao lado de um filho que precisa de você — sempre.Eu vejo você, mãe atípica…Que carrega o peso do mundo nos ombros, mas ainda encontra um sorriso para dar quando tudo dentro de você pede para desistir.Que conhece o medo de cada diagnóstico e, mesmo assim, escolhe o amor todos os dias.Vejo você… Quando sai cedo de casa, não para um passeio, mas para mais uma consulta, mais uma terapia, mais uma batalha.Vejo você… Engolindo a dor, segurando o choro, porque alguém precisa ser forte. E esse alguém, por mais injusto que pareça, sempre acaba sendo você.Eu sei que você se sente invisível. Sei que, muitas vezes, acha que ninguém entende o tamanho da sua luta.Mas eu quero que você escute, com o coração aberto: Eu vejo você.Vejo seu cansaço disfarçado de coragem.Vejo sua tristeza escondida atrás de um “tá tudo bem”.Vejo o quanto dói — mas também o quanto você resiste.Você, pai atípico, mãe atípica, é feito de uma fibra que poucos conhecem.Você é o herói que nunca pediu capa.A guerreira que não teve escolha, mas que luta com tudo o que tem — e o que nem sabia que tinha.E, nos momentos em que o mundo parece esquecer de você…Eu vejo você.Deus vê você.Você não está sozinho. Você não está sozinha.Cada pequeno avanço do seu filho, cada vitória silenciosa, cada passo que parece mínimo para os outros… é imenso para você. E eu sei disso.Você não falhou. Você é necessário. Você é a fortaleza que sustenta um lar inteiro.E quando a dor apertar, quando a solidão gritar… Lembre-se: o seu amor já faz de você alguém extraordinário.Você é o verdadeiro significado de coragem.Eu vejo você.E Deus… Deus caminha ao seu lado.
Leitura bíblica do dia: 1 Samuel 20:26-34 Plano de leitura anual:Amós 1-3, Apocalipse 6 Já fez seu devocional hoje? Aproveite e marque um amigo para fazer junto com você! Confira: William Cowper (1731-1800), poeta inglês, tornou-se amigo do seu pastor, John Newton (1725-1807), o ex-traficante de escravos. Cowper sofria de depressão e ansiedade, e tentou suicidar-se mais de uma vez. Quando Newton o visitava, eles faziam longas caminhadas e falavam de Deus. Pensando que Cowper se beneficiaria em se envolver criativamente e ter uma razão para escrever sua poesia, o pastor teve a ideia de compilar um hinário. Cowper contribuiu com muitas canções, incluindo “Misterioso é o nosso Deus”. Quando Newton mudou-se para outra igreja, ele e Cowper permaneceram amigos e trocaram cartas regularmente. Vejo paralelos entre a amizade de Cowper e Newton com a de Davi e Jônatas no Antigo Testamento. Após Davi derrotar Golias, “formou-se um forte laço de amizade entre ele e Jônatas” (1 Samuel 18:1). Embora Jônatas fosse filho do rei Saul, ele defendeu Davi contra o ciúme e a raiva do rei, questionando-o por que Davi deveria ser morto. Mas “Saul atirou sua lança contra Jônatas, com a intenção de matá-lo” (20:33). Jônatas se esquivou e frustrou-se pelo modo como seu pai desonrou o seu amigo (v.34). Para as duplas de amigos, o vínculo deles era vivificante enquanto estimulavam um ao outro a servir e amar a Deus. Como você poderia, da mesma forma, encorajar um amigo hoje? Por: Amy Boucher Pye
Desde hace años varios políticos mexicanos exigen que España pida perdón a México por la conquista ocurrida hace cinco siglos. Utilizar en beneficio propio los hechos históricos es una vieja estrategia en la historia de las naciones cuando lo que se busca es desviar la atención de la ciudadanía para ocultar otros problemas. España y México son dos países unidos por el idioma y por muchos lazos e intereses comunes y debieran mirar con más inteligencia su presente y su futuro.Esta semana hablamos de las relaciones entre España y México con José Cruz García González, director de GDP Consultoría e Internacionalización, dedicada a asesorar e impulsar los procesos de internacionalización e inversión entre España, México y otros países de Latinoamérica; Tomás Enrique Pérez Vejo, doctor en Geografía e Historia por la Universidad Complutense de Madrid y profesor-investigador en el Posgrado en Historia y Etnohistoria (Posgrado de Competencia Internacional) de la Escuela Nacional de Antropología e Historia de México (ENAH-INAH), y Fernando Harto de Vera, profesor Titular de Universidad del Departamento de Historia, Teoría y Geografías Políticas de la Universidad Complutense de Madrid. Especialista en Política Contemporánea de América Latina.Escuchar audio
Vejo tanta gente falando pra você ser o protagonista da sua vida, e não acho que você deveria não. Você deveria ser é o diretor ou diretora. É aí que o negócio fica legal. Escuta esse episódio que, se você entender o raciocínio, vai amar tanto quanto eu. Se quiser fazer sua aplicação para participar do SPARKZ (meu clube de mentoria exclusivo, com um grupo forte selecionado por mim), preencha o formulário e entraremos em contato para comunicarmos sua aprovação e agendarmos sua call individual: https://encurtador.com.br/m1TiA • SOCIALZ by Imatize (Curso sobre produzir conteúdo específico para 5 redes sociais): https://imatize.com/socialz • CREATORZ by Imatize (curso de produção de conteúdo): https://imatize.com/creators • Workshop de Posicionamento: https://imatize.com/wsvenda/ • O Jovem Digital - meu livro: https://encurtador.com.br/eijnD • Instagram: @isabelamatte • TikTok: @isabela.matte
Você pode conhecer o Fred Nicácio do BBB 23, ou do Queer Eye Brasil, mas não provavelmente a história do garoto da periferia do interior do Rio, que se tornou médico e logo depois uma personalidade da mídia. Fred nasceu em uma família pobre, que vivia na periferia de Campos dos Goytacazes, no interior do Rio de Janeiro. Mas sua origem humilde não significava que sua família não tinha letramento racial. Desde cedo, ele ouviu do pai que não seria tratado da mesma forma que os filhos brancos dos vizinhos. Esse ensinamento se tornou ainda mais latente quando Fred e sua família ascendem e vão morar no centro da cidade. Eles eram a única família preta daquela rua, da igreja e dos ambientes sociais que frequentavam. Se o racismo era uma pauta dentro de casa, para driblá-lo Fred e seus irmãos foram ensinados pelos pais a estudar. Logo após concluir o Ensino Médio, Fred entra para a faculdade de fisioterapia e se forma. Trabalhando na UTI de um hospital, ele se encanta pela medicina e como essa profissão pode salvar vidas. Quando comentou com uma colega de trabalho que ficou muito animado com um procedimento que um médico fez, ela desdenhou dele: "Isso é só para um doutor". Fred sentiu o olhar de desprezo da colega e sabe que se ele fosse um homem branco, ela o incentivaria a se formar nessa profissão. Mas com incentivo ou não, ele sabia o que queria e anos depois se formou em medicina e foi trabalhar em um hospital público em outra cidade do interior do Rio. Foi nesse hospital que sua vida se transformou por completo. Em um atendimento de plantão pediátrico, Fred recebe dona Eunice, de 74 anos, e seu neto, de 9. Ele notou que a senhora não parava de olhar para ele durante toda a consulta, mas seguiu o atendimento com o neto dela. No final da consulta, ela pergunta se poderia tirar um retrato com Fred. Nos mais de 70 anos de dona Eunice, ela nunca havia sido atendida por um médico preto, como ela. Além da foto, ela pediu para ele publicar a foto na internet porque outra neta dela tinha acesso à internet também. Quando Fred publicou, não imaginava que essa foto fosse mudar tudo. A publicação viralizou, foi parar em jornais, ele foi convidado a dar entrevistas... e virou o Fred Nicácio que conhecemos hoje nas redes e dos programas de TV, como Queer Eye e Big Brother Brasil. A representatividade que ele tinha ali naquele hospital no interior do Rio de Janeiro foi potencializada após seu encontro com dona Eunice. Tudo porque ela pediu para postar nas redes aquele encontrou que mudou não só a vida do Fred, mas da Eunice também. Hoje Fred sabe da importância de ter um homem preto, gay, macumbeiro e fashionista com visibilidade nas redes, na TV ou onde for. Para que mais Eunices não precisem esperar até seus 70 anos para se sentirem representadas. Compre o livro do ter.a.pia "A história do outro muda a gente" e se emocione com as histórias: https://amzn.to/3CGZkc5 Tenha acesso a histórias e conteúdos exclusivos do canal, seja um apoiador http://apoia.se/historiasdeterapia
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A partir de Salmo 139 + David Goggins, vamos refletir sobre sinceridade e amor.
Roberto Carlos Rafael destaca necessidade de exportar 50 milhões de toneladas para reequilibrar oferta/demanda
Obrigado, Senhor, por Tuas promessas nunca falharem. Vejo esse princípio exemplificado em Tua Palavra, em cada um de Teus servos por meio dos quais cumpriu todas […]
Mensagem do dia 17 de Março de 2024 por Silvia Kivitz “Eu Vejo Você” |Gênesis 16.13 www.ibab.com.br Nos acompanhe nas redes sociais: www.instagram.com/oficialibab www.facebook.com/oficialibab www.twitter.com/oficialibab
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Histórias de ontem que podem ser de amanhã. No primeiro ato: o que há de moderno e antiquado no ChatGPT, a inteligência artificial do momento. Por Gisele Lobato. No segundo ato: uma carona arriscada em Anapu. Por Giovana Girardi. Inscreva-se na nossa newsletter e receba o link para o episódio, dicas culturais da nossa equipe e mais direto na sua caixa de e-mail https://bit.ly/newsletterna Ouça o podcast Tempo Quente na sua plataforma de áudio favorita ou no nosso site: https://bit.ly/tempoquentepodcast Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
Muitas pessoas acham que a criação com afeto e diálogo pode ser uma receita desastrosa resultando em crianças mimadas, arrogantes e sem limites. Mas isso não é verdade, meu amooor! No programa de hoje, nosso querido convidado Thiago Queiroz mostra como é possível os pais terem autoridade através do vínculo e como o diálogo e acolhimento resulta em crianças e adultos com mais maturidade emocional para lidar com as diversas questões do cotidiano. Quando os filhos confiam nos pais, um vínculo de amor e empatia nasce para toda a vida! ARTE DA VITRINE: Gabi Vasconcelos Versão Wallpaper da Vitrine REDES SOCIAIS Thiago Queiroz - @paizinhovirgula Andreia Pazos - @deiaduboc Agatha Ottoni - @agathaottoni CITADOS NO PROGRAMA Vídeo das bebês gêmeas E-MAILS Mande suas histórias, críticas, elogios e sugestões para: canecademamicas@jovemnerd.com.br EDIÇÃO COMPLETA POR RADIOFOBIA PODCAST E MULTIMÍDIA http://radiofobia.com.br
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