Nesse podcast vamos desconstruir alguns tabus em torno da meditação e trazer de volta aos ambientes Cristãos essa prática tão importante e milenar, não só para a saúde física, emocional, mas também espirital

Vivemos cercados de luzes, sons, imagens que nos chamam o tempo todo.Tudo nos pede atenção, reação e resposta.E sem perceber, tornamo-nos escravos de um ritmo que não escolhemos.A escravidão invisível de quem não suporta o silêncio.A distração nos promete leveza, mas nos rouba a alma.Ela nos faz acreditar que viver é acumular experiências, quando na verdade viver é aprofundar a Presença.No coração que descansa, as vozes cessam,a pressa se desfaz.Ali, libertos da "Tirania da diversão",Descobrimos que o mais profundo da vidaNão é o que se faz,Mas o que se acolhe em SILÊNCIO

Para Thomas Merton nada é mais estranho para a Contemplação do que o modelo cartesiano do "Penso, logo existo" de René Descartes. No caminho contemplativo, o ser humano descobre que sua existência não depende do pensamento, mas de algo mais profundo: a consciência silenciosa que permanece quando o pensamento se aquieta."No silêncio do intelecto, Deus é conhecido. Quando o pensar cessa, o Ser se revela".

"Há um caminho que não se percorre com os pés, mas é trilhado com o coração. A via contemplativa é isso:Cessar o fazer e abrir-se ao SerÉ o chamado do coraçãopara voltar o centro,Onde Deus nos espera em Silêncio"

Trilhar um caminho que vai da alienação perante Deus até o resgate do "Paraíso Perdido".Thomas Merton vai então usar o "Mito do paraíso perdido" como símbolo da condição espiritual do Ser Humano. O paraíso perdido não como lugar geográfico do passado, mas como uma realidade interior esquecida. O mito fala da queda da consciência.

Há um saber que enche a mente,Mas não sacia o coração!Que fala de Deus como se fosse possível ConTê-lo em palavras.Há outro saber que não se aprende nos livrosE que nasce quando tudo se cala,No silêncio.No primeiro eu falo,No segundo eu escuto.No primeiro tento controlar,No segundo deixo-me conduzir No primeiro o Eu se defende,No segundo o Eu se rende.Então percebo que Deus não é um objeto a ser estudado, mas uma Presença a ser acolhida.Não é um conceito para a mente,Mas um encontro para o coração.Quando o saber se esgota e o silêncio se abre que finalmente conheço:Não sobre Deus, mas Deus em mim."Já não sou eu quem vivo, mas Cristo vive em mim". (Gálatas 2:20)

Esvaziar-seNão como quem perde,Mas como quem abre espaço.O Eterno se fez tempoO Todo se curvou em silêncio Num gesto de amor sem medidaKenosis é esse chamado:Descer,Desarmar-se,Ser pequeno,Ser simples,Ser nada,Para que o Tudo floresça.Não é anulação,É revelação.Quando o cálice se esvazia,Pode finalmente ser preenchido.E o coração Livre de si mesmo, do Falso EuTorna-se morada do Mistério.

Ser Peregrino na VidaNão sou dono do caminho,sou apenas hóspede da estrada.Meus pés, pisam terras que não me pertencemSou Peregrino:Aquele que não se fixanem em espaços físicos, nem mentais.Que não se amarra a certezas rígidas Não confunde a palavra com a verdadenem o pensamento com a experiêncianão se prende as corrente do "Já sei".Sua sabedoria é despojada:acolhe cada ideia como companheira de jornada,mas deixa partir quando o caminho pede silêncio. O Peregrino não caminha apenas para fora,seu maior caminho é para dentro.Carrego pouco, mas dentro de mim levo tudo:as perguntas, a sede, o desejo de encontrar-me em Deus.Ser Peregrino da vidaé reconhecer que o destino é sagrado,mas que o próprio percurso já é graça.

Há em ti um lugar silencioso que não pode ser tocado pelas vozes do mundo.Ali não entram as máscaras, nem as exigências do Ego, nem o ruído das comparações!Esse lugar é tua morada secreta,teu coração verdadeiro.Nele não há necessidade de provar nada porque já é amado antes de qualquer gesto.O falso Eu se agita, se veste de aplausos, deseja ser visto, reconhecido, admirado.Corre atrás do brilho que não dura,mas o verdadeiro Eu permanece tranquilo como a raiz escondida que sustenta a árvore.Não precisa correr, pois o que busca já te habita.Um cansa, o outro liberta!Um é invenção frágil, o outro é recordação eterna!O verdadeiro não é algo a conquistar, mas a recordar.E nessa lembrança, nasce a liberdade de "Ser que és em Deus".

A expressão “falso eu” aparece em diferentes tradições espirituais e a teologia cristã, sobretudo a mística, faz dela um tema central para a vida interior.Para Merton, o “falso eu” é a identidade construída a partir de máscaras sociais, desejos de poder, prestígio ou aprovação. É o eu alienado, que vive desconectado da sua fonte e do mistério.

O ego é um nome que damos à casa que construímos com medos e memórias. As paredes são de histórias antigas, o telhado, de comparações, as janelas, pequenas demais para ver o horizonte.Ele nos protege, mas também nos aprisiona. Sussurra que somos a nossa profissão, nossas vitórias, nossas feridas. Convence-nos de que, se soltarmos o controle, desapareceremos.Mas há um lugar, no fundo do silêncio, onde esse “eu” não tem domínio. Lá, não há paredes nem nomes, nem dentro nem fora,nem eu nem tu — apenas o sopro sem origem que nos anima.Ali, descobrimos que o ego não é um inimigo, mas uma sombra que se forma quando viramos as costas para a luz. Quando nos voltamos de novo para ela, a sombra se alonga, se dissolve, e tudo o que resta é o espaço aberto onde Deus respira em nós.O ego é um nome, não a alma.É a roupa que visto,não a pele que habito. É a sombra que me segue,não a luz que me guia.Quando acredito que sou ele, perco-me.Quando o observo,liberto-me. O ego é útil na estrada, mas não é o destino.O ego é o homem exterior, feito de títulos, medos e vaidades. Bate à porta de Deus com as mãos cheias de si mesmo e por isso não consegue entrar.A alma, porém, é o homem interior, o silêncio onde Cristo habita. Ali, não há “eu” nem “meu”, apenas um coração aberto que se deixa possuir pelo Amor.Morrer para o ego não é deixar de existir, é nascer de novo no lugar onde “já não sou eu quem vivo, mas Cristo vive em mim”.

Há tanto tempo caminhamos, correndo atrás de promessas que se desfazem no ar.Buscamos fora o que sempre esteve perto.Pelas ruas da pressa, pelas praças do ruído, esquecemos que havia um lar dentro de nós.O silêncio é a chave esquecida no bolso.Ao abri-lo, reencontramos um espaço que nunca deixou de existir.Não há móveis antigos, nem paredes frias, há apenas presença.Um calor que não vem de fora, uma luz que não precisa de lâmpadas.No começo, o retorno assusta.O silêncio nos apresenta os ecos que tentávamos evitar: medos, lembranças, feridas. Mas, como viajante que descansa depois de uma longa estrada, percebemos que até as sombras são familiares, e que, ao aceitá-las, ganham contornos de paz.É então que entendemos o provérbio antigo:O silêncio vale ouro.Não pelo que evita, mas pelo que revela.Ele nos mostra o ouro que carregamos:a essência viva, o amor que somos, a luz que não se apaga.No silêncio, retornamos para casa e descobrimos que a casa sempre fomos nóse que o ouro sempre esteve aqui, brilhando no centro do nosso ser.

Parece que estamos falando da mesma coisa, mas são estados totalmente diferentes!A solidão pode ser considerada um estado de "desconexão", de ausência de vínculos e de sentido. Na psicologia, a solidão pode ser vista como um alerta, já que o Ser Humano é ser relacional e quando desconectado de vínculos significativos, sua saúde Integral é afetada.Aqui já temos um ponto de atenção! Muitas pessoas confundem ou rejeitam a meditação por acharem que essa é uma prática solitária, uma prática que me afasta dos outros, por isso precisamos entender o conceito de SOLITUDE.Solitude, diferente da solidão, é um estado de "conexão". Existe uma escolha de estar só, em recolhimento, para um tempo nutritivo. Existe na "solitude" um desejo de retornar a si mesmo, de se reconectar com sua interioridade, com um lugar mais profundo em si mesmo.Existe na solitude um "Silêncio fértil", que na Tradição Cristã é conhecido como: DESERTO FECUNDO (lembre-se da passagem de Jesus no deserto) ou RETORNO AO CENTRO.A solidão pode até ser uma porta de entrada para a solitude, porque a dor de estar só, pode ensinar a estar consigo de forma plena, a tomar gosto pela própria companhia e nela descobrir um companheiro sempre Presente, mas nem sempre Percebido.Nesse quesito podemos dizer que a Meditação Cristã, diferente de outras Práticas de Meditação, não é um "Vazio", mas uma "Presença"!Para finalizar essa primeira parte do tema, vou deixar uma frase do teólogo e psicólogo holandês, um grande contemplativo, Henri Nouwen:"Solitude é o lugar onde se nasce o verdadeiro amor pelo outro, pois só ali deixamos de usar o outro como preenchimento do nosso vazio"

Nesse episódio vamos abordar um símbolo muito relevante do ministério de Jesus: O PÃO E O VINHO Nesse simbolismo o autor vai enfatizar a dimensão que vai além de uma existência pautada na mera sobrevivência

O projeto de Deus para história humana, o programa do Reino apresentado por Jesus está direcionado para a felicidade, para o bem, para superação e para o combate do mal

De acordo com as pesquisas e reflexão do autor, o Cristianismo reconheceu desde o início o anseio humano pela felicidade, mas ao mesmo tempo sua construção ao longo da história foi colocando essa vida feliz fora do alcance da humanidade. Tal distanciamento vai tomando forma ao se perceber que a salvação tem um caráter futuro, desvinculado dessa existência

Será q a construção dessa imagem que perdura anos de teologia cristã se aproxima da imagem do Deus revelado por Jesus? Mantêm alguma fidelidade ao Pai amoroso apresentado no Evangelho?

Nesse episódio vamos abordar a doutrina da queda e do dualismo como raízes de uma percepção negativa do ser humano, do mundo e de Deus

Como as raízes da construção teológica podem interferir no desejo inato do ser humano em Ser Feliz?

Nesse segundo episódio do livro Teologia da Felicidade, vamos perceber que a vida feliz estipulada pela sociedade atual, com suas intermináveis obrigações vai se revelar um fardo a ser carregado e suportado e o que se descobrirá que a sociedade que mais oferece formas de ser feliz e caminhos de satisfação, é extremamente infeliz. A EXPERIENCIA DA INFELICIDADE POR NAO SER FELIZ

Nessa nova temporada do Podcast Medita Cristão, vou trazer reflexões sobre o livro TEOLOGIA DA FELICIDADE, do autor Sérgio Albuquerque Damião

O primeiro remédio de Epicuro abordado no curso a " A arte de ser feliz em tempos de catástrofe" do Jean Yves Leloup

Segunda temporada das reflexões sobre o curso Odisséia da Consciência de Jean Yves Leloup

A escola dos estoicos com sua arte de ser feliz em tempos de catástrofe e de como buscar uma vida abençoada.

Reflexões apresentadas no curso "A arte de ser feliz em tempos de colapso" - do Jean Yves Leloup sobre as escolas filosóficas do Séc. IV A.C em Atenas

Reflexões sobre o curso a arte de ser feliz em tempos de catástrofe, do Jean Yves Leloup, Apresentando as 4 grandes escolas de sabedoria do Século IV

Reflexões sobre o curso Odisséia da Consciência - como ser feliz em tempos de catástrofe - do Jean Yves Leloup

Nessa nova temporada de gravações, vou abordar alguns temas do curso Odisséia da Consciência ministrado por Jean Yves Leloup e esse primeiro episódio traz a introdução desse curso

Filocalia significa "amor à beleza", ou "amor ao bem". Um livro clássico da literatura ortodoxa com textos de diversos autores

Apresentação de uma importante obra da mística contemplativa no Ocidente, a Nuvem do não saber, de autoria anônima

Uma visão da Contemplação pela lente do místico Cristão Thomas Merton, um monge da ordem dos Trapistas

Abordagem sobre uma obra fundamental da Mística Cristã do século XIX - Relatos de um Peregrino Russo

Abordagem feita a partir do capítulo 4 do livro "Retorno ao Centro", de autoria de Bede Griffiths monge da ordem dos Beneditinos que viveu durante anos na Índia onde fundou o primeiro Ashram Cristão

Abordagem do livro Terapeutas do Deserto - Jean Yves Leloup

Uma breve introdução ao livro Cuidar do Ser de autoria do Jean Yves Leloup

Estudo do livro Caminhos da realização, dos medos do eu ao Mergulho no Ser - Jean Yves Leloup

Estudo do livro Caminhos da realização, dos medos do Eu ao mergulho no Ser- Jean Yves Leloup

Estudo do livro Caminhos da realização, dos medos do Eu ao mergulho no Ser- Jean Yves Leloup

Estudo do livro "Caminhos da realização, dos medos do EU ao mergulho no SER" - Jean Yves Leloup

Terceiro episódio do arquétipo de Maria Madalena - estudo do livro Caminhos da realização, dos medos do Eu ao mergulho no Ser- Jean Yves Leloup

Estudo do livro "Caminhos da realização - dos medos do EU ao mergulho no SER" (Jean Yves Leloup)

Estudo do livro "Caminhos da realização - dos medos do Eu ao mergulho no Ser" - Jean Yves Leloup

Estudo do livro Caminhos da realização - dos medos do eu ao mergulho no Ser - Jean Yves Leloup

Estudo do livro "Caminhos da realização - dos medos do Eu ao mergulho no ser" Jean Yves Leloup

Continuação do estudo do livro Caminhos da realização - dos medos do Eu ao mergulho no ser - Jean Yves Leloup

Estudo do livro Caminhos da realização, dos medos do Eu ao mergulho no Ser - Jean Yves Leloup

Nesse episódio vamos falar de Judas para além de seu personagem histórico

Continuação do estudo do livro "Caminhos da realização - dos medos do Eu ao mergulho no Ser" - Jean Yves Leloup

Segundo episódio da série sobre o livro "Caminhos da realização - dos medos do Eu ao mergulho no Ser" - Jean Yves Leloup

A partir deste episódio vamos começar a leitura e resumo do livro "Caminhos da realização - dos medos do Eu ao mergulho no Ser" (Jean Yves Leloup)

Descansar é diferente de entreter e nesse episódio, eu falo sobre a importância do descanso para saúde fisica, emocional, mas também espiritual

Nesse episódio vamos falar sobre o significado do "Silêncio" na tradição contemplativa Cristã. "Antes Deus era uma idéia, depois passou a ser uma imagem, agora é um silêncio" - Jean Yves Leloup