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Brasil-Mundo
Exposição em Los Angeles destaca conexões entre arte, ativismo e justiça social em São Paulo

Brasil-Mundo

Play Episode Listen Later May 11, 2025 6:27


Los Angeles acolhe uma exposição que pode ser traduzida como um manifesto visual sobre como ocupar é também uma forma de construir. A mostra “Construction, Occupation” é um retrato da criatividade como resistência e da cidade como território de disputa, memória e esperança. Cleide Klock, correspondente da RFI em Los AngelesO Fowler Museum, espaço da Universidade da Califórnia (UCLA) que se dedica a explorar as artes e culturas do mundo com foco em contextos históricos, sociais e contemporâneos acaba de inaugurar a exposição “Construction, Occupation”, uma poderosa coletânea de obras que cruzam arte, ativismo e justiça social — com foco nas ocupações urbanas de São Paulo.A exposição reúne 24 artistas e coletivos, com obras em diferentes mídias: fotografias, esculturas, instalações, vídeos, livros e cartazes, que levam à reflexão sobre como os espaços urbanos e a vida de milhares de pessoas podem ser repaginados.“Essa exposição nasceu da vontade de contar uma história que atravessa mais de duas décadas de ocupações em São Paulo, com um eixo central que vai da Ocupação Prestes Maia, nos anos 2000, passando pela Cambridge, em 2016, até a atual ocupação 9 de Julho”, explicou a curadora Juliana Caffé.Ela também contou um pouco o que significam essas ocupações: “É um movimento político, comunitário, muito organizado, muito importante no Brasil. Eles são muito estratégicos, revelam muito da cidade de São Paulo, é um movimento que, ao longo dessas duas décadas, tem se aberto cada vez mais para o circuito artístico, para a mídia independente. Tem encontrado nessas parcerias um lugar de resistência, de colaboração e isso fica claro na exposição", detalha.Experiência interativaAs paredes externas do museu ganharam também grandes murais como parte da mostra, conectando diretamente os estudantes da Universidade da Califórnia com a memória e experiência das ocupações brasileiras.“Você vai ver um conjunto de imagens grandes que foram aplicadas na parede por meio de estêncil e, ao mesmo tempo, o coletivo disponibilizou uma série de áudios em que esses participantes, os estudantes, vão trazer um pouco da elaboração sobre as próprias experiências, as memórias e como eles chegaram nessas imagens", conta a curadora. "Para a gente era interessante, nesse esforço da exposição, trazer esses artistas que estão trabalhando com o tema da cidade ou que estão reconfigurando ou repensando ou agindo, para criar uma ponte mais direta com Los Angeles.""Ao invés de trazer algum trabalho pronto do JAMAC (Jardim Miriam Arte Clube), com uma iconografia e algum projeto que eles desenvolveram com grupos e locais específicos em São Paulo, a gente aproveitou a oportunidade para trazer eles aqui, para desenvolver um trabalho junto com estudantes da UCLA", contou à RFI o curador Yudi Rafael.Quem fez essa ponte São Paulo - Los Angeles foi o professor da UCLA, Alex Ungprateeb Flynn. Como parte da programação da mostra, ele também organizou discussões de artistas de São Paulo com coordenadores da LA Poverty Department, (LAPD, Departamento de Pobreza de Los Angeles, em tradução livre) órgão que trabalha diretamente com as comunidades em situação de rua no centro de Los Angeles."São duas das maiores cidades das Américas. Tem várias conexões, no sentido de como foram construídas, até o rio submerso, lá em São Paulo, e o rio submerso aqui em Los Angeles", compara o professor da UCLA. "Eu acho que essas conexões de infraestrutura, da topografia da cidade, também se manifestam nas conexões em termos de afeto, de construção de comunidade e da estética dessas cidades. São Paulo e Los Angeles também têm uma tradição muito longa e importante de muralismo, de arte pública, de arte socialmente engajada. Aí veio também essa questão de moradia que virou, de algum jeito, uma maneira, um caminho para pensar em sintetizar essas conexões", disse Flynn.Da Cracolândia para a Skid RowRaphael Escobar, artista visual e educador social, compartilhou suas experiências da Fundação Casa (antiga Febem) e da Cracolândia, em São Paulo, tanto com os coordenadores do Departamento de Pobreza de Los Angeles que trabalham diretamente com a Skid Row (área em LA semelhante à Cracolândia), quanto com os visitantes na abertura da exposição. Ele trouxe música e vivência das ruas da capital paulista, e mostrou através de uma performance uma história de resistência.“Trouxe o vídeo o Som da Maloca, que é um projeto que eu comecei em 2017, no qual eu tenho gravado as músicas dos artistas da Cracolândia em estúdio e produzido uma grande contra-narrativa sobre o território. Então são as músicas desses artistas junto com uma narração no qual eu conto a história da música na Cracolândia desde os anos 20 ou 30 até os dias de hoje", detalha o artista. "Esse é um trabalho que tenho muito carinho e foi se desdobrando. Começou com uma música gravada. Depois virou uma palestra, virou um disco, um filme e agora volta ao formato palestra, só que mais performática, mais musical."A exposição “Construction, Occupation” fica em cartaz no Fowler Museum (UCLA) até 11 de janeiro de 2026 e tem entrada gratuita.

Brasil-Mundo
Exposição em Los Angeles destaca conexões entre arte, ativismo e justiça social em São Paulo

Brasil-Mundo

Play Episode Listen Later May 11, 2025 6:27


Los Angeles acolhe uma exposição que pode ser traduzida como um manifesto visual sobre como ocupar é também uma forma de construir. A mostra “Construction, Occupation” é um retrato da criatividade como resistência e da cidade como território de disputa, memória e esperança. Cleide Klock, correspondente da RFI em Los AngelesO Fowler Museum, espaço da Universidade da Califórnia (UCLA) que se dedica a explorar as artes e culturas do mundo com foco em contextos históricos, sociais e contemporâneos acaba de inaugurar a exposição “Construction, Occupation”, uma poderosa coletânea de obras que cruzam arte, ativismo e justiça social — com foco nas ocupações urbanas de São Paulo.A exposição reúne 24 artistas e coletivos, com obras em diferentes mídias: fotografias, esculturas, instalações, vídeos, livros e cartazes, que levam à reflexão sobre como os espaços urbanos e a vida de milhares de pessoas podem ser repaginados.“Essa exposição nasceu da vontade de contar uma história que atravessa mais de duas décadas de ocupações em São Paulo, com um eixo central que vai da Ocupação Prestes Maia, nos anos 2000, passando pela Cambridge, em 2016, até a atual ocupação 9 de Julho”, explicou a curadora Juliana Caffé.Ela também contou um pouco o que significam essas ocupações: “É um movimento político, comunitário, muito organizado, muito importante no Brasil. Eles são muito estratégicos, revelam muito da cidade de São Paulo, é um movimento que, ao longo dessas duas décadas, tem se aberto cada vez mais para o circuito artístico, para a mídia independente. Tem encontrado nessas parcerias um lugar de resistência, de colaboração e isso fica claro na exposição", detalha.Experiência interativaAs paredes externas do museu ganharam também grandes murais como parte da mostra, conectando diretamente os estudantes da Universidade da Califórnia com a memória e experiência das ocupações brasileiras.“Você vai ver um conjunto de imagens grandes que foram aplicadas na parede por meio de estêncil e, ao mesmo tempo, o coletivo disponibilizou uma série de áudios em que esses participantes, os estudantes, vão trazer um pouco da elaboração sobre as próprias experiências, as memórias e como eles chegaram nessas imagens", conta a curadora. "Para a gente era interessante, nesse esforço da exposição, trazer esses artistas que estão trabalhando com o tema da cidade ou que estão reconfigurando ou repensando ou agindo, para criar uma ponte mais direta com Los Angeles.""Ao invés de trazer algum trabalho pronto do JAMAC (Jardim Miriam Arte Clube), com uma iconografia e algum projeto que eles desenvolveram com grupos e locais específicos em São Paulo, a gente aproveitou a oportunidade para trazer eles aqui, para desenvolver um trabalho junto com estudantes da UCLA", contou à RFI o curador Yudi Rafael.Quem fez essa ponte São Paulo - Los Angeles foi o professor da UCLA, Alex Ungprateeb Flynn. Como parte da programação da mostra, ele também organizou discussões de artistas de São Paulo com coordenadores da LA Poverty Department, (LAPD, Departamento de Pobreza de Los Angeles, em tradução livre) órgão que trabalha diretamente com as comunidades em situação de rua no centro de Los Angeles."São duas das maiores cidades das Américas. Tem várias conexões, no sentido de como foram construídas, até o rio submerso, lá em São Paulo, e o rio submerso aqui em Los Angeles", compara o professor da UCLA. "Eu acho que essas conexões de infraestrutura, da topografia da cidade, também se manifestam nas conexões em termos de afeto, de construção de comunidade e da estética dessas cidades. São Paulo e Los Angeles também têm uma tradição muito longa e importante de muralismo, de arte pública, de arte socialmente engajada. Aí veio também essa questão de moradia que virou, de algum jeito, uma maneira, um caminho para pensar em sintetizar essas conexões", disse Flynn.Da Cracolândia para a Skid RowRaphael Escobar, artista visual e educador social, compartilhou suas experiências da Fundação Casa (antiga Febem) e da Cracolândia, em São Paulo, tanto com os coordenadores do Departamento de Pobreza de Los Angeles que trabalham diretamente com a Skid Row (área em LA semelhante à Cracolândia), quanto com os visitantes na abertura da exposição. Ele trouxe música e vivência das ruas da capital paulista, e mostrou através de uma performance uma história de resistência.“Trouxe o vídeo o Som da Maloca, que é um projeto que eu comecei em 2017, no qual eu tenho gravado as músicas dos artistas da Cracolândia em estúdio e produzido uma grande contra-narrativa sobre o território. Então são as músicas desses artistas junto com uma narração no qual eu conto a história da música na Cracolândia desde os anos 20 ou 30 até os dias de hoje", detalha o artista. "Esse é um trabalho que tenho muito carinho e foi se desdobrando. Começou com uma música gravada. Depois virou uma palestra, virou um disco, um filme e agora volta ao formato palestra, só que mais performática, mais musical."A exposição “Construction, Occupation” fica em cartaz no Fowler Museum (UCLA) até 11 de janeiro de 2026 e tem entrada gratuita.

Stock Pickers
#282 - COMO GANHAR DINHEIRO NAS CRISES: as oportunidades com “juros mais altos por mais tempo”

Stock Pickers

Play Episode Listen Later May 8, 2025 87:11


Situações especiais no mercado são momentos raros em que ativos apresentam um grande desconto frente ao seu valor potencial após eventos. Os juros mais altos serão o território para criar o ambiente propício essas condições de assimetria se tornarem mais recorrentes. O grande ponto é que normalmente você não consegue "vender" essas posições por falta de compradores. Porém, alguns ativos conseguem mantes algum nível de interesse.  Daniel Gordonos, da Vinci Capital, é gestor desses mandatos específicos. Trouxe teses fora do comum e nos explicou porque tais oportunidades devem surgir cada vez mais adiante.

Foquinha FBI
20 FATOS: TIMOTHÉE CHALAMET

Foquinha FBI

Play Episode Listen Later May 2, 2025 47:57


Timothée Chalamet é o queridinho do momento. Recentemente, protagonizou ‘Um Completo Desconhecido', filme inspirado na vida de Bob Dylan, que lhe rendeu prêmios e aclamação. Trouxe um 20 Fatos sobre Timmy para celebrar esse momento especial de sua carreira com curiosidades sobre sua vida e carreira. Pesquisa: Victor AliagaEdição de roteiro: Foquinha Edição do vídeo: Antonella Vichi

Isabela Matte Podcast
#157 - trouxe a minha mentora de vida pra te ajudar na sua (com Letícia Cazarré)

Isabela Matte Podcast

Play Episode Listen Later Apr 28, 2025 90:22


Formulário de aplicação Mentoria Letícia: Clique aquiAprenda a estratégia de conteúdo que vai te fazer atrair as pessoas certas, se tornar referência no seu nicho e vender todos os dias com menos esforço. Clique aqui pra saber mais

Perdidos na Estante
PnE 331 - Nosferatu

Perdidos na Estante

Play Episode Listen Later Apr 23, 2025 74:12


Nosferatu de Robert Eggers é a última versão dessa história clássica, originalmente lançada em 1922 no cinema. O novo filme gerou muita polêmica: deveria existir? Era preciso? Vale a pena? Trouxe algo de novo? Neste episódio, Domenica e Leonardo conversam sobre os dois filmes de Nosferatu, o clássico de 1922 e a última versão de 2024, analisando suas semelhanças e diferenças e se aprofundando na crítica, passando também pela obra original na qual esses filmes são baseados, o Drácula de Bram Stoker. E aquele bigodão do Nosferatu, hein?! Precisava? Ouvindo, você descobre. Bom episódio!RecomendaçõesPerdidos na Estante 055 – Drácula de Bram Stoker Perdidos na Estante 056 – Drácula sériePodcast Cinem(ação) #568: O tal do Expressionismo AlemãoCréditos FinaisApresentação: Domenica Mendes e Leonardo TremeschinPauta: Leonardo TremeschinProdução: Domenica MendesAssistente: Leonardo Tremeschin e Domenica MendesEdição: Ace Barros

Entrevistas Jornal Eldorado
Legado: ‘Papa Francisco trouxe olhar fixo aos marginalizados'

Entrevistas Jornal Eldorado

Play Episode Listen Later Apr 21, 2025 16:17


O doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Dayvid da Silva, afirma que o Papa Francisco deixa um legado de olhar aos pobres e marginalizados e a esperança de continuidade ao estilo franciscano. Em entrevista ao Jornal Eldorado, Silva ressaltou a importância do discurso contra guerras e pró agenda climática ao longo dos 12 anos de papado de Jorge Bergoglio, que morreu nesta segunda-feira, aos 88 anos, em Roma.See omnystudio.com/listener for privacy information.

A Música do Dia
Há 40 anos, o dia 21 de abril de 1985 trouxe a primeira vitória de Senna e a morte de Tancredo Neves. No mesmo dia, Brasília fez 25 anos

A Música do Dia

Play Episode Listen Later Apr 21, 2025


Igreja Presbiteriana Redenção
JOÃO 1.1-5 - O Verbo Eterno Trouxe Vida e Luz

Igreja Presbiteriana Redenção

Play Episode Listen Later Apr 13, 2025 38:57


Sermão ministrado pelo Rev. Luciano Vieira com base em João 1.1-5. Igreja Presbiteriana Redenção.

Paizinho, Vírgula!
ADOLESCÊNCIA: A SÉRIE QUE VOCÊ PRECISA ASSISTIR! | Paizinho, Vírgula!

Paizinho, Vírgula!

Play Episode Listen Later Mar 25, 2025 38:22


Trouxe aqui a minha impressão e opinião sobre a série Adolescência da NETFLIX e apesar de ser muito forte e impactante, acho que todos deveriam assistir, principalmente os pais de crianças e adolescentes. Foi um relato muito espontâneo, sem roteiro ainda muito tocado por tudo que eu senti e por todos os debates importantes que a série traz sobre temas que eu já falo aqui normalmente, como masculinidade e como precisamos estar atentos à criação dos nossos meninos, quebrando esse estigmas adoecedores sobre o que é "ser homem" na nossa sociedade. Se você já assistiu, comenta aqui o que achou, quem não assistiu, ou assista a série ou só me conta aqui como esse tema te toca por aí e vamos juntos refletir sobre esse tema tão urgente. =========================Para conhecer mais do meu trabalho, clica aquihttp://paizinho.link/links==CRÉDITOS==Direção: Hugo BenchimolEdição e Pós-Produção: Adriano RennóRevisão: Evelyn Martins#masculinidade #adolescentes #adolescência #netflix #series

Vale a pena com Mariana Alvim
T3 #51 Giulia Caminito

Vale a pena com Mariana Alvim

Play Episode Listen Later Mar 25, 2025 30:54


Formada em Filosofia Política, assim que se estreou na escrita ganhou vários prémios de Literatura. Continuou a escrever e recentemente veio a Portugal para falar do também premiado bestseller, traduzido para mais de 20 línguas: “A Água do Lago nunca é doce”. Vamos conhecer a leitora por trás destas obras? Trouxe leituras que valem a pena.Os livros que a autora escolheu:As Primas, Aurora Venturini;Liliana's Invincible summer, Cristina Rivera Garza;The Museum of Useless Efforts, Cristina Peri Rossi.Publicado em Portugal:A Água do Lago nunca é Doce.Ofereci uma edição traduzida de 6 incríveis autoras portuguesas:Take Six:Sophia de Mello Breyner Andresen, Agustina Bessa-Luís, Maria Judite de Carvalho, Hélia Correia, Teolinda Gersão e Lídia Jorge.Os livros aqui:www.wook.pt

Vinícius Francis - Metafísica, Autoconhecimento & Espiritualidade
Sua Energia, seu Templo: Proteja-o das Vibrações Negativas - Vinícius Francis

Vinícius Francis - Metafísica, Autoconhecimento & Espiritualidade

Play Episode Listen Later Mar 23, 2025 39:40


O princípio de uma vida em harmonia é a nossa vibração. Portanto, identificar energias negativas e se trabalhar para elevar o seu estado energético harmonioso é de extrema importância para a saúde da nossa caminhada na Terra. Trouxe este tema para que possamos juntos mergulhar nos processos metafísicos da energia com o fim de melhorarmos tudo à nossa volta. :-) Confira!✅21 dias de Transformação: https://bit.ly/3Ur3CxM✅Loja Virtual: https://bit.ly/40J3GJK✅ Contato e redes sociais:✔️WhatsApp - https://bit.ly/3El8s72✔️Instagram - http://bit.ly/2GOkzMs✔️Telegram: https://t.me/viniciusfrancis

O Que Te Trouxe Aqui?
Vem aí, a segunda temporada do podcast “O que te trouxe aqui?”

O Que Te Trouxe Aqui?

Play Episode Listen Later Mar 20, 2025 2:18


Saúde vai muito além de tratar doenças ou queixas pontuais: é uma construção de longo prazo – e quanto mais cedo a gente começar, melhor. "O que te trouxe aqui?" é um podcast e videocast apresentado por Astrid Fontenelle. Criado pela equipe de Comunicação Institucional do Hospital Israelita Albert Einstein para promover a saúde, por meio de histórias diversas e reais – de quem tem plano de saúde ou de quem usa o SUS. Sempre com as recomendações dos melhores profissionais de saúde do país. Na primeira temporada, a gente falou sobre medicina do estilo de vida. Agora, vamos continuar conversando sobre esse assunto, mas com um recorte especial: a infância e a adolescência. A partir do dia 25 de março, às terças-feiras, em todas as plataformas de áudio e no Youtube!

Trip FM
Regina Casé, 71 e acelerando!

Trip FM

Play Episode Listen Later Mar 14, 2025


A atriz e apresentadora fala sobre família, religião, casamento e conta pra qual de seus tantos amigos ligaria de uma ilha deserta Regina Casé bem que tentou não comemorar seu aniversário de 71 anos, celebrado no dia 25 de fevereiro. Mas o que seria um açaí com pôr do sol na varanda do Hotel Arpoador se transformou em um samba que só terminou às 11 horas da noite em respeito à lei do silêncio. "Eu não ia fazer nada, nada, nada mesmo. Mas é meio impossível, porque todo mundo fala: vou passar aí, vou te dar um beijo", contou em um papo com Paulo Lima. A atriz e apresentadora tem esse talento extraordinário pra reunir as pessoas mais interessantes à sua volta. E isso vale para seu círculo de amigos, que inclui personalidades ilustres como Caetano Veloso e Fernanda Torres, e também para os projetos que inventa na televisão, no teatro e no cinema.  Inventar tanta coisa nova é uma vocação que ela herdou do pai e do avô, pioneiros no rádio e na televisão, mas também uma necessidade. “Nunca consegui pensar individualmente, e isso até hoje me atrapalha. Mas, ao mesmo tempo, eu tive que ser tão autoral. Eu não ia ser a mocinha na novela, então inventei um mundo para mim. Quase tudo que fiz fui eu que tive a ideia, juntei um grupo, a gente escreveu junto”, afirma. No teatro, ao lado de artistas como o diretor Hamilton Vaz Pereira e os atores Luiz Fernando Guimarães e Patrícia Travassos, ela inventou o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, que revolucionou a cena carioca nos anos 1970. Na televisão, fez programas como TV Pirata, Programa Legal e Brasil Legal. "Aquilo tudo não existia, mas eu tive que primeiro inventar para poder me jogar ali”, conta. LEIA TAMBÉM: Em 1999, Regina Casé estampou as Páginas Negras da Trip De volta aos cinemas brasileiros no fim de março com Dona Lurdes: O Filme, produção inspirada em sua personagem na novela Amor de Mãe (2019), Regina bateu um papo com Paulo Lima no Trip FM. Na conversa, ela fala do orgulho de ter vindo de uma família que, com poucos recursos e sem faculdade, foi pioneira em profissões que ainda nem tinham nome, do título de “brega” que recebeu quando sua originalidade ainda não era compreendida pelas colunas sociais, de sua relação com a religião, da dificuldade de ficar sozinha – afinal, “a sua maior qualidade é sempre o seu maior defeito” –, do casamento de 28 anos com o cineasta Estêvão Ciavatta, das intempéries e milagres que experimentou e de tudo o que leva consigo. “Eu acho que você tem que ir pegando da vida, que nem a Dona Darlene do Eu Tu Eles, que ficou com os três maridos”, afirma. “A vida vai passando e você vai guardando as coisas que foram boas e tentando se livrar das ruins”. Uma das figuras mais admiradas e admiráveis do país, ela ainda revela para quem ligaria de uma ilha deserta e mostra o presente de aniversário que ganhou da amiga Fernanda Montenegro. Você pode conferir esse papo a seguir ou ouvir no Spotify do Trip FM.  [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d446165a3ce/header-regina-interna.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Trip. Além de atriz, você é apresentadora, humorista, escritora, pensadora, criadora, diretora… Acho que tem a ver com uma certa modernidade que você carrega, essa coisa de transitar por 57 planetas diferentes. Como é que você se apresentaria se tivesse que preencher aquelas fichas antigas de hotel? Regina Casé. Até hoje ponho atriz em qualquer coisa que tenho que preencher, porque acho a palavra bonita. E é como eu, vamos dizer, vim ao mundo. As outras coisas todas vieram depois. Mesmo quando eu estava há muito tempo sem atuar, eu era primeiramente uma atriz. E até hoje me sinto uma atriz que apresenta programas, uma atriz que dirige, uma atriz que escreve, mas uma atriz. Você falou numa entrevista que, se for ver, você continua fazendo o mesmo trabalho. De alguma maneira, o programa Brasil Legal, a Val de "Que Horas Ela Volta", o grupo de teatro "Asdrúbal Trouxe o Trombone" ou agora esse programa humorístico tem a mesma essência, um eixo que une tudo isso. Encontrei entrevistas e vídeos maravilhosos seus, um lá no Asdrúbal, todo mundo com cara de quem acabou de sair da praia, falando umas coisas muito descontraídas e até mais, digamos assim, sóbrias. E tem um Roda Viva seu incrível, de 1998. Eu morro de pena, porque também o teatro que a gente fazia, a linguagem que a gente usava no Asdrúbal, era tão nova que não conseguiu ser decodificada naquela época. Porque deveria estar sendo propagada pela internet, só que não havia internet. A gente não tem registros, não filmava, só fotografava. Comprava filme, máquina, pagava pro irmão do amigo fazer aquilo no quarto de serviço da casa dele, pequenininho, com uma luz vermelha. Só que ele não tinha grana, então comprava pouco fixador, pouco revelador, e dali a meses aquilo estava apagado. Então, os documentos que a gente tem no Asdrúbal são péssimos. Fico vendo as pouquíssimas coisas guardadas e que foram para o YouTube, como essa entrevista do Roda Viva. Acho que não passa quatro dias sem que alguém me mande um corte. "Ah, você viu isso? Adorei!". Ontem o DJ Zé Pedro me mandou um TED que eu fiz, talvez o primeiro. E eu pensei: "Puxa, eu falei isso, que ótimo, concordo com tudo". Quanta coisa já mudou no Brasil, isso é anterior a tudo, dois mil e pouquinho. E eu fiquei encantada com o Roda Viva, eu era tão novinha. Acho que não mudei nada. Quando penso em mim com cinco anos de idade, andando com a minha avó na rua, a maneira como eu olhava as pessoas, como eu olhava o mundo, é muito semelhante, se não igual, a hoje em dia.  [VIDEO=https://www.youtube.com/embed/rLoqGPGmVdo; CREDITS=; LEGEND=Em 1998, aos 34 anos, Regina Casé foi entrevistada pelo programa Roda Viva, da TV Cultura; IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49b0ede6d3/1057x749x960x540x52x40/screen-shot-2025-03-14-at-180926.png] O Boni, que foi entrevistado recentemente no Trip FM, fala sobre seu pai em seu último livro, “Lado B do Boni”, como uma das pessoas que compuseram o que ele é, uma figura que teve uma relevância muito grande, inclusive na TV Globo. Conta um pouco quem foi o seu pai, Regina. Acho que não há Wikipedia que possa resgatar o tamanho do meu pai e do meu avô. Meu avô é pioneiríssimo do rádio, teve um dos primeiros programas de rádio, se não o primeiro. Ele nasceu em Belo Jardim, uma cidadezinha do agreste pernambucano, do sertão mesmo. E era brabo, criativo demais, inteligente demais, e, talvez por isso tudo, impaciente demais, não aguentava esperar ninguém terminar uma frase. Ele veio daquele clássico, com uma mão na frente e outra atrás, sem nada, e trabalhou na estiva, dormiu na rua até começar a carregar rádios. Só que, nos anos 20, 30, rádios eram um armário de madeira bem grandão. Daí o cara viu que ele era esperto e botou ele para instalar os rádios na casa das pessoas. Quando meu avô descobriu que ninguém sabia sintonizar, que era difícil, ele aprendeu. E aí ele deixava os rádios em consignação, botava um paninho com um vasinho em cima, sintonizado, funcionando. Quando ele ia buscar uma semana depois, qualquer um comprava. Aí ele disparou como vendedor dos rádios desse cara que comprava na gringa e começou a ficar meio sócio do negócio. [QUOTE=1218] Mas a programação toda era gringa, em outras línguas. Ele ficava fascinado, mas não entendia nada do que estava rolando ali. Nessa ele descobriu que tinha que botar um conteúdo ali dentro, porque aquele da gringa não estava suprindo a necessidade. Olha como é parecido com a internet hoje em dia. E aí ele foi sozinho, aquele nordestino, bateu na Philips e falou que queria comprar ondas curtas, não sei que ondas, e comprou. Aí ele ia na farmácia Granado e falava: "Se eu fizer um reclame do seu sabão, você me dá um dinheiro para pagar o pianista?". Sabe quem foram os dois primeiros contratados dele? O contrarregra era o Noel Rosa, e a única cantora que ele botou de exclusividade era a Carmen Miranda. Foram os primeiros empregos de carteira assinada. E aí o programa cresceu. Começava de manhã, tipo programa do Silvio, e ia até de noite. Chamava Programa Casé.  E o seu pai? Meu avô viveu aquela era de ouro do rádio. Quando sentiu que o negócio estava ficando estranho, ele, um cara com pouquíssimos recursos de educação formal, pegou meu pai e falou: "vai para os Estados Unidos porque o negócio agora vai ser televisão". Ele fez um curso, incipiente, para entender do que se tratava. Voltou e montou o primeiro programa de televisão feito aqui no Rio de Janeiro, Noite de Gala. Então, tem uma coisa de pioneirismo tanto no rádio quanto na televisão. E meu pai sempre teve um interesse gigante na educação, como eu. Esse interesse veio de onde? Uma das coisas que constituem o DNA de tudo o que fiz, dos meus programas, é a educação. Um Pé de Quê, no Futura, o Brasil Legal e o Programa Legal, na TV Globo… Eu sou uma professora, fico tentando viver as duas coisas juntas. O meu pai tinha isso porque esse meu avô Casé era casado com a Graziela Casé, uma professora muito, mas muito idealista, vocacionada e apaixonada. Ela trabalhou com Anísio Teixeira, Cecília Meireles, fizeram a primeira biblioteca infantil. Meu pai fez o Sítio do Picapau Amarelo acho que querendo honrar essa professora, a mãe dele. Quando eu era menina, as pessoas vinham de uma situação rural trabalhar como domésticas, e quase todas, se não todas, eram analfabetas. A minha avó as ensinava a ler e escrever. Ela dizia: "Se você conhece uma pessoa que não sabe ler e escrever e não ensina para ela, é um crime". Eu ficava até apavorada, porque ela falava muito duramente. Eu acho que sou feita desse pessoal. Tenho muito orgulho de ter vindo de uma família que, sem recursos, sem universidade, foi pioneira na cidade, no país e em suas respectivas... Não digo “profissões” porque ainda nem existiam suas profissões. Eu tento honrar.  [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49d1e03df5/header-regina-interna6.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Em 1999, a atriz e apresentadora estampou as Páginas Negras da Trip; ALT_TEXT=] Você tem uma postura de liderança muito forte. Além de ter preparo e talento, você tem uma vocação para aglutinar, juntar a galera, fazer time. Por outro lado, tem essa coisa da atriz, que é diferente, talvez um pouco mais para dentro. Você funciona melhor sozinha ou como uma espécie de capitã, técnica e jogadora do time? Eu nasci atriz dentro de um grupo. E o Asdrúbal trouxe o Trombone não era só um grupo. Apesar do Hamilton Vaz Pereira ter sido sempre um autor e um diretor, a gente criava coletivamente, escrevia coletivamente, improvisava. Nunca consegui pensar individualmente, e isso até hoje é uma coisa que me atrapalha. Todo mundo fala: "escreve um livro". Eu tenho vontade, mas falo que para escrever um livro preciso de umas 10 pessoas de público, todo mundo junto. Sou tão grupal que é difícil. Ao mesmo tempo, eu tive que ser muito autoral. Eu, Tu, Eles foi a primeira vez que alguém me tirou para dançar. Antes eu fiz participações em muitos filmes, mas foi a primeira protagonista. Quase tudo que fiz fui eu que tive a ideia, juntei um grupo, a gente escreveu junto. Então, eu sempre inventei um mundo para mim. No teatro eu não achava lugar para mim, então tive que inventar um, que era o Asdrúbal. Quando eu era novinha e fui para a televisão, eu não ia ser a mocinha na novela. Então fiz a TV Pirata, o Programa Legal, o Brasil Legal. Aquilo tudo não existia na televisão, mas eu tive que primeiro inventar para poder me jogar ali. Eu sempre me acostumei não a mandar, mas a ter total confiança de me jogar.  E nos trabalhos de atriz, como é? No Asdrúbal eu me lembro que uma vez eu virei umas três noites fazendo roupa de foca, que era de pelúcia, e entupia o gabinete na máquina. Eu distribuía filipeta, colava cartaz, pregava cenário na parede. Tudo, todo mundo fazia tudo. É difícil quando eu vou para uma novela e não posso falar que aquele figurino não tem a ver com a minha personagem, que essa casa está muito chique para ela ou acho que aqui no texto, se eu falasse mais normalzão, ia ficar mais legal. Mas eu aprendi. Porque também tem autores e autores. Eu fiz três novelas com papéis de maior relevância. Cambalacho, em que fiz a Tina Pepper, um personagem coadjuvante que ganhou a novela. Foi ao ar em 1986 e até hoje tem gente botando a dancinha e a música no YouTube, cantando. Isso também, tá vendo? É pré-internet e recebo cortes toda hora, porque aquilo já tinha cara de internet. Depois a Dona Lurdes, de Amor de Mãe, e a Zoé, de Todas as Flores. Uma é uma menina preta da periferia de São Paulo. A outra uma mulher nordestina do sertão, com cinco filhos. A terceira é uma truqueira carioca rica que morava na Barra. São três universos, mas as três foram muito fortes. Tenho muito orgulho dessas novelas. Mas quando comecei, pensei: "Gente, como é que vai ser?". Não é o meu programa. Não posso falar que a edição está lenta, que devia apertar. O começo foi difícil, mas depois que peguei a manha de ser funcionária, fazer o meu e saber que não vou ligar para o cenário, para o figurino, para a comida e não sei o quê, falei: "Isso aqui, perto de fazer um programa como o Esquenta ou o Programa Legal, é como férias no Havaí".  Você é do tipo que não aguenta ficar sozinha ou você gosta da sua companhia? Essa é uma coisa que venho perseguindo há alguns anos. Ainda estou assim: sozinha, sabendo que, se quiser, tem alguém ali. Mas ainda apanho muito para ficar sozinha porque, justamente, a sua maior qualidade é sempre o seu maior defeito. Fui criada assim, em uma família que eram três filhas, uma mãe e uma tia. Cinco mulheres num apartamento relativamente pequeno, um banheiro, então uma está escovando os dentes, outra está fazendo xixi, outra está tomando banho, todas no mesmo horário para ir para a escola. Então é muito difícil para mim ficar sozinha, mas tenho buscado muito. Quando falam "você pode fazer um pedido", eu peço para ter mais paciência e para aprender a ficar sozinha.  Você contou agora há pouco que fazia figurinos lá no Asdrúbal e também já vi você falando que sempre aparecia na lista das mais mal vestidas do Brasil. Como é ser julgada permanentemente? Agora já melhorou, mas esse é um aspecto que aparece mais porque existe uma lista de “mais mal vestidas". Se existisse lista para outras transgressões, eu estaria em todas elas. Não só porque sou transgressora, mas porque há uma demanda que eu seja. Quando não sou, o pessoal até estranha. Eu sempre gostei muito de moda, mais que isso, de me expressar através das roupas. E isso saía muito do padrão, principalmente na televisão, do blazer salmão, do nude, da unha com misturinha, do cabelo com escova. Volta e meia vinha, nos primórdios das redes sociais: "Ela não tem dinheiro para fazer uma escova naquele cabelo?". "Não tem ninguém para botar uma roupa normal nela?".  [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49c62141c1/header-regina-interna4.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Regina Casé falou à Trip em 1999, quando estampou as Páginas Negras; ALT_TEXT=] Antes da internet, existiam muitas colunas sociais em jornal. Tinha um jornalista no O Globo que me detonava uma semana sim e outra não. Eu nunca vou me esquecer. Ele falava de uma bolsa que eu tinha da Vivienne Westwood, que inclusive juntei muito para poder comprar. Eu era apaixonada por ela, que além de tudo era uma ativista, uma mulher importantíssima na gênese do Sex Pistols e do movimento punk. Ele falava o tempo todo: "Estava não sei onde e veio a Regina com aquela bolsa horrorosa que comprou no Saara". O Saara no Rio corresponde à 25 de março em São Paulo, e são lugares que sempre frequentei, que amo e que compro bolsas também. Eu usava muito torço no cabelo, e ele escrevia: "Lá vem a lavadeira do Abaeté". Mais uma vez, não só sendo preconceituoso, mas achando que estava me xingando de alguma coisa que eu acharia ruim. Eu pensava: nossa, que maravilha, estou parecendo uma lavadeira do Abaeté e não alguém com um blazer salmão, com uma blusa bege, uma bolsa arrumadinha de marca. Pra mim era elogio, mas era chato, porque cria um estigma. E aí um monte de gente, muito burra, vai no rodo e fala: "Ela é cafona, ela é horrorosa". Por isso que acho que fiquei muito tempo nessas listas.  O filme “Ainda Estou Aqui” está sendo um alento para o Brasil, uma coisa bem gostosa de ver, uma obra iluminada. A Fernanda Torres virou uma espécie de embaixadora do Brasil, falando de uma forma muito legal sobre o país, sobre a cultura. Imagino que pra você, que vivenciou essa época no Rio de Janeiro, seja ainda mais especial. Eu vivi aquela época toda e o filme, mesmo sem mostrar a tortura e as barbaridades que aconteceram, reproduz a angústia. Na parte em que as coisas não estão explicitadas, você só percebe que algo está acontecendo, e a angústia que vem dali. Mesmo depois, quando alguma coisa concreta aconteceu, você não sabe exatamente do que está com medo, o que pode acontecer a qualquer momento, porque tudo era tão aleatório, sem justificativa, ninguém era processado, julgado e preso. O filme reproduz essa sensação, mesmo para quem não viveu. É maravilhoso, maravilhoso.  [QUOTE=1219] Não vou dizer que por sorte porque ele tem todos os méritos, mas o filme caiu num momento em que a gente estava muito sofrido culturalmente. Nós, artistas, tínhamos virado bandidos, pessoas que se aproveitam. Eu nunca usei a lei Rouanet, ainda que ache ela muito boa, mas passou-se a usar isso quase como um xingamento, de uma maneira horrível. E todos os artistas muito desrespeitados, inclusive a própria Fernanda, Fernandona, a pessoa que a gente mais tem que respeitar na cultura do país. O filme veio não como uma revanche. Ele veio doce, suave e brilhantemente cuidar dessa ferida. Na equipe tenho muitos amigos, praticamente família, o Walter, a Nanda, a Fernanda. Sou tão amiga da Fernanda quanto da Nanda, sou meio mãe da Nanda, mas sou meio filha da Fernanda, sou meio irmã da Nanda e também da Fernanda. É bem misturado, e convivo muito com as duas. Por acaso, recebi ontem um presente e um cartão de aniversário da Fernandona que é muito impressionante. Tão bonitinho, acho que ela não vai ficar brava se eu mostrar para vocês. O que o cartão diz? Ela diz assim: "Regina, querida, primeiro: meu útero sabe que a Nanda já está com esse Oscar”. Adorei essa frase. "Segundo, estou trabalhando demais, está me esgotando. Teria uma leitura de 14 trechos magníficos, de acadêmicos, que estou preparando essa apresentação para a abertura da Academia [Brasileira de Letras], que está em recesso. O esgotamento acho que é por conta dos quase 100 anos que tenho". Imagina... Com esse trabalho todo. Aí ela faz um desenho lindo de flores com o coração: "Regina da nossa vida, feliz aniversário, feliz sempre da Fernanda". E me manda uma toalhinha bordada lindíssima com um PS: "Fernando [Torres] e eu compramos essa toalhinha de mão no Nordeste numa das temporadas de nossa vida pelo Brasil afora. Aliás, nós comprávamos muito lembranças como essa. Essa que eu lhe envio está até manchadinha, mas ela está feliz porque está indo para a pessoa certa. Está manchadinha porque está guardadinha faz muitos anos". Olha que coisa. Como é que essa mulher com quase 100 anos, com a filha indicada ao Oscar, trabalhando desse jeito, decorando 14 textos, tem tempo de ser tão amorosa, gentil, generosa e me fazer chorar? Não existe. Ela é maravilhosa demais. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49b9f0f548/header-regina-interna3.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Eu queria te ouvir sobre outro assunto. Há alguns anos a menopausa era um tema absolutamente proibido. As mulheres se sentiam mal, os homens, então, saíam correndo. Os médicos não falavam, as famílias não falavam. E é engraçado essa coisa do pêndulo. De repente vira uma onda, artistas falando, saem dezenas de livros sobre o assunto. Como foi para você? Você acha que estamos melhorando na maneira de lidar com as nossas questões enquanto humanidade? É bem complexo. Tem aspectos que acho que estão melhorando muito. Qualquer família que tinha uma pessoa com deficiência antigamente escondia essa pessoa, ela era quase trancada num quarto, onde nem as visitas da casa iam. E hoje em dia todas essas pessoas estão expostas, inclusive ao preconceito e ao sofrimento, mas estão na vida, na rua. Há um tempo não só não podia ter um casal gay casado como não existia nem a expressão "casal gay", porque as pessoas no máximo tinham um caso escondido com outra pessoa. Então em muitos aspectos a gente avançou bastante. Não sei se é porque agora estou ficando bem mais velha, mas acho que esse assunto do etarismo está chegando ainda de uma maneira muito nichada. Se você for assistir a esse meu primeiro TED, eu falo que a gente não pode pegar e repetir, macaquear as coisas dos Estados Unidos. Essa ideia de grupo de apoio. Sinto que essa coisa da menopausa, do etarismo, fica muito de mulher para mulher, um grupo de mulheres daquela idade. Mas não acho que isso faz um garoto de 16 anos entender que eu, uma mulher de 70 anos, posso gostar de basquete, de funk, de sambar, de namorar, de dançar. Isso tudo fica numa bolha bem impermeável. E não acho que a comunicação está indo para outros lados. É mais você, minha amiga, que também está sentindo calores. [QUOTE=1220] Tem uma coisa americana que inventaram que é muito chata. Por exemplo, a terceira idade. Aí vai ter um baile, um monte de velhinhos e velhinhas dançando todos juntos. Claro que é melhor do que ficar em casa deprimido, mas é chato. Acho que essa festa tem que ter todo mundo. Tem que ter os gays, as crianças, todo mundo nessa mesma pista com um DJ bom, com uma batucada boa. Senão você vai numa festa e todas as pessoas são idênticas. Você vai em um restaurante e tem um aquário onde põem as crianças dentro de um vidro enquanto você come. Mas a criança tem que estar na mesa ouvindo o que você está falando, comendo um troço que ela não come normalmente. O menu kids é uma aberração. Os meus filhos comem tudo, qualquer coisa que estiver na mesa, do jeito que for. Mas é tudo separado. Essa coisa de imitar americano, entendeu? Então, acho que essa coisa da menopausa está um pouco ali. Tem que abrir para a gente conversar, tem que falar sobre menopausa com o MC Cabelinho. Eu passei meio batida, porque, por sorte, não tive sintomas físicos mais fortes. Senti um pouco mais de calor, mas como aqui é tão calor e eu sou tão agitada, eu nunca soube que aquilo era específico da menopausa.  Vou mudar um pouco de assunto porque não dá para deixar de falar sobre isso. Uma das melhores entrevistas do Trip FM no ano passado foi com seu marido, o cineasta Estêvão Ciavatta. Ele contou do acidente num passeio a cavalo que o deixou paralisado do pescoço para baixo e com chances de não voltar a andar. E fez uma declaração muito forte sobre o que você representou nessa recuperação surpreendente dele. A expressão "estamos juntos" virou meio banal, mas, de fato, você estava junto ali. Voltando a falar do etarismo, o Estêvão foi muito corajoso de casar com uma mulher que era quase 15 anos mais velha, totalmente estabelecida profissionalmente, conhecida em qualquer lugar, que tinha sido casada com um cara maravilhoso, o Luiz Zerbini, que tinha uma filha, uma roda de amigos muito grande, um símbolo muito sólido, tudo isso. Ele propôs casar comigo, na igreja, com 45 anos. Eu, hippie, do Asdrúbal e tudo, levei um susto, nunca pensei que eu casar. O que aconteceu? Eu levei esse compromisso muito a sério, e não é o compromisso de ficar com a pessoa na saúde, na doença, na alegria, na tristeza. É também, mas é o compromisso de, bom, vamos entrar nessa? Então eu vou aprender como faz isso, como é esse amor, como é essa pessoa, eu vou aprender a te amar do jeito que você é. Acho que o pessoal casa meio de brincadeira, mas eu casei a sério mesmo, e estamos casados há 28 anos. Então, quando aconteceu aquilo, eu falei: ué, a gente resolveu ficar junto e viver o que a vida trouxesse pra gente, então vamos embora. O que der disso, vamos arrumar um jeito, mas estamos juntos. E acho que teve uma coisa que me ajudou muito. O quê? Aqui em casa é tipo pátio dos milagres. Teve isso que aconteceu com o Estêvão, e também a gente ter encontrado o Roque no momento que encontrou [seu filho caçula, hoje com 11 anos, foi adotado pelo casal quando bebê]. A vida que a gente tem hoje é inacreditável. Parece realmente que levou oito anos, o tempo que demorou para encontrar o filho da gente, porque estava perdido em algum lugar, igual a Dona Lurdes, de Amor de Mãe. Essa é a sensação. E a Benedita, quando nasceu, quase morreu, e eu também. Ela teve Apgar [escala que avalia os recém-nascidos] zero, praticamente morreu e viveu. Nasceu superforte, ouvinte, gorda, forte, cabeluda, mas eu tive um descolamento de placenta, e com isso ela aspirou líquido. Ela ficou surda porque a entupiram de garamicina, um antibiótico autotóxico. Foi na melhor das intenções, pra evitar uma pneumonia pelo líquido que tinha aspirado, mas ninguém conhecia muito, eram os primórdios da UTI Neonatal. O que foi para a gente uma tragédia, porque ela nasceu bem. Só que ali aprendi um negócio que ajudou muito nessa história do Estêvão: a lidar com médico. E aprendi a não aceitar os "não". Então quando o cara dizia "você tem que reformar a sua casa, tira a banheira e bota só o chuveiro largo para poder entrar a cadeira de rodas", eu falava: "Como eu vou saber se ele vai ficar pra sempre na cadeira de rodas?".  [QUOTE=1221] Quando a Benedita fala "oi, tudo bem?", ela tem um leve sotaque, anasalado e grave, porque ela só tem os graves, não tem nem médio, nem agudo. Mas ela fala, canta, já ganhou concurso de karaokê. Quando alguém vê a audiometria da Benedita, a perda dela é tão severa, tão profunda, que falam: "Esse exame não é dessa pessoa". É o caso do Estêvão. Quando olham a lesão medular dele e veem ele andando de bicicleta com o Roque, falam: "Não é possível". Por isso eu digo que aqui em casa é o pátio dos milagres. A gente desconfia de tudo que é “não”. É claro que existem coisas que são limitações estruturais, e não adianta a gente querer que seja de outro jeito, mas ajuda muito duvidar e ir avançando a cada "não" até que ele realmente seja intransponível. No caso do Estêvão, acho que ele ficou feliz porque teve perto por perto não só uma onça cuidando e amando, mas uma onça que já tinha entendido isso. Porque se a gente tivesse se acomodado a cada “não”, talvez ele não estivesse do jeito que está hoje. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49af631476/header-regina-interna2.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Eu já vi você falar que essa coisa da onça é um pouco fruto do machismo, que você teve que virar braba para se colocar no meio de grupos que eram majoritariamente de homens, numa época que esse papo do machismo era bem menos entendido. Isso acabou forjando o seu jeito de ser? Com certeza. Eu queria ser homem. Achava que tudo seria mais fácil, melhor. Achava maravilhoso até a minha filha ser mulher. Fiquei assustadíssima. Falei: "Não vou ser capaz, não vou acertar". Aí botei a Benedita no futebol, foi artilheira e tudo, e fui cercando com uma ideia nem feminista, nem machista, mas de que o masculino ia ser melhor pra ela, mais fácil. Mas aí aprendi com a Benedita não só a amar as mulheres, mas a me amar como mulher, grávida, dando de mamar, criando outra mulher, me relacionando com amigas, com outras mulheres. Isso tudo veio depois da Benedita. Mas se você falar "antigamente o machismo"... Vou te dizer uma coisa. Se eu estou no carro e falo para o motorista “é ali, eu já vim aqui, você pode dobrar à direita”, ele pergunta assim: “Seu Estêvão, você sabe onde é para dobrar?”. Aí eu falo: “Vem cá, você quer que compre um pau para dizer pra você para dobrar à direita? Vou ter que botar toda vez que eu sentar aqui? Porque não é possível, estou te dizendo que eu já vim ali”. É muito impressionante, porque não é em grandes discussões, é o tempo todo. É porque a gente não repara, sabe? Quer dizer, eu reparo, você que é homem talvez não repare. Nesses momentos mais difíceis, na hora de lidar com os problemas de saúde da Benedita ou com o acidente punk do Estêvão, o que você acha que te ajudou mais: os anos de terapia ou o Terreiro de Gantois, casa de Candomblé que você frequenta em Salvador? As duas coisas, porque a minha terapia também foi muito aberta. E não só o Gantois como o Sacré-Coeur de Marie. Eu tenho uma formação católica. Outro dia eu ri muito porque a Mãe Menininha se declarava católica em sua biografia, e perguntaram: "E o Candomblé"? Ela falava: “Candomblé é outra coisa”. E eu vejo mais ou menos assim. Não é que são duas religiões, eu não posso pegar e jogar a criança junto com a água da bacia. É claro que eu tenho todas as críticas que você quiser à Igreja Católica, mas eu fui criada por essa avó Graziela, que era professora, uma mulher genial, e tão católica que, te juro, ela conversava com Nossa Senhora como eu estou conversando com você. Quando ela recebia uma graça muito grande, ligava para mim e para minhas irmãs e falava: "Venham aqui, porque eu recebi uma graça tão grande que preciso de vocês para agradecer comigo, sozinha não vou dar conta." Estudei em colégio de freiras a minha vida inteira, zero trauma de me sentir reprimida, me dava bem, gosto do universo, da igreja. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49cbe34551/header-regina-interna5.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Em 1999, Regina Casé foi a entrevistada das Páginas Negras da Trip; ALT_TEXT=] Aí eu tenho um encontro com o Candomblé, lindíssimo, através da Mãe Menininha. Essa história é maravilhosa. O Caetano [Veloso] disse: "Mãe Menininha quer que você vá lá". Eu fiquei apavorada, porque achei que ela ia fazer uma revelação, tinha medo que fosse um vaticínio... Até que tomei coragem e fui. Cheguei lá com o olho arregalado, entrei no quarto, aquela coisa maravilhosa, aquela presença.. Aí eu pedi a benção e perguntei o que ela queria. Ela falou: "Nada não, queria conhecer a Tina Pepper". Então, não só o Gantuar, o Candomblé como um todo, só me trouxe coisas boas e acolhida. A minha relação com a Bahia vem desde os 12 anos de idade, depois eu acabei recebendo até a cidadania de tamanha paixão e dedicação. É incrível porque eu nunca procurei. No episódio da Benedita, no dia seguinte já recebi de várias pessoas orientações do que eu devia fazer. No episódio do Estêvão também, não só do Gantuar, mas da [Maria] Bethânia, e falavam: "Olha, você tem que fazer isso, você tem que cuidar daquilo". Então, como é que eu vou negar isso? Porque isso tudo está aqui dentro. Então, acho que você tem que ir pegando da vida, que nem a Dona Darlene do “Eu Tu Eles”, que ficou com os três maridos. A vida vai passando por você e você vai guardando as coisas que foram boas e tentando se livrar das ruins. A gente sabe que você tem uma rede de amizades absurda, é muito íntima de meio mundo. Eu queria brincar daquela história de te deixar sozinha numa ilha, sem internet, com todos os confortos, livros, música. Você pode ligar à vontade para os seus filhos, pro seu marido, mas só tem uma pessoa de fora do seu círculo familiar para quem você pode ligar duas vezes por semana. Quem seria o escolhido para você manter contato com a civilização? É curioso que meus grandes amigos não têm celular. Hermano [Vianna] não fala no celular, Caetano só fala por e-mail, é uma loucura, não é nem WhatsApp. Acho que escolheria o Caetano, porque numa ilha você precisa de um farol. Tenho outros faróis, mas o Caetano foi, durante toda a minha vida, o meu farol mais alto, meu norte. E acho que não suportaria ficar sem falar com ele. 

Ansiedade - Psicóloga Thalita Couto
# 146 # Traumas e a sua Auto percepção

Ansiedade - Psicóloga Thalita Couto

Play Episode Listen Later Mar 6, 2025 16:12


Oi, lindeza! Como você está? Estou bem. Trouxe uma reflexão profunda e te oriento a ouvir com cuidado. Se o tema for sensível pra você, você pode escutar num dia em que estiver se sentindo mais tranquila. Combinado? Boa audição. Meu Instagram @psithalitacoutoVocê pode apoiar o AnsiedadeCast em:https://apoia.se/ansiedadecast

Rádio Comercial - Já se faz Tarde
Qual foi a coisa mais bizarra que roubou… perdão, que trouxe de um hotel?

Rádio Comercial - Já se faz Tarde

Play Episode Listen Later Feb 19, 2025 19:16


Com Joana Azevedo e Diogo Beja

Arauto Repórter UNISC
O Furo no Barco

Arauto Repórter UNISC

Play Episode Listen Later Feb 17, 2025 3:27


Um homem foi chamado à praia para pintar um barco. Trouxe com ele tinta e pincéis, e começou a pintar o barco de um vermelho brilhante, como fora contratado para fazer. 

Enquanto pintava, viu que a tinta estava passando pelo fundo do barco. Percebeu que havia um vazamento e decidiu consertá-lo. Quando terminou a pintura, recebeu seu dinheiro e se foi.

No dia seguinte, o proprietário do barco procurou o pintor e presenteou-o com um belo cheque. O pintor ficou surpreso:
O senhor já me pagou pela pintura do barco! - disse ele.

- Mas isto não é pelo trabalho de pintura. É por ter consertado o vazamento do barco.
- Ah!, mas foi um serviço tão pequeno... Certamente, não está me pagando uma quantia tão alta por algo tão insignificante!
- Meu caro amigo, você não compreende. Deixe-me contar-lhe o que aconteceu. 

Quando pedi a você que pintasse o barco, esqueci de mencionar o vazamento. Quando o barco secou, meus filhos o pegaram e saíram para uma pescaria. Eu não estava em casa naquele momento. Quando voltei e notei que haviam saído com o barco, fiquei desesperado, pois lembrei-me que o barco tinha um furo.

Imagine meu alívio e alegria quando os vi retornando sãos e salvos. Então, examinei o barco e constatei que você o havia consertado! Percebe, agora, o que fez? Salvou a vida de meus filhos! Não tenho dinheiro suficiente para pagar a sua "pequena" boa ação.

Não importa para quem, quando ou de que maneira: mas, ajude, ampare, enxugue as lágrimas, escute com atenção e carinho, e conserte todos os "vazamentos" que perceber, pois nunca sabemos quando estão precisando de nós ou quando Deus nos reserva a agradável surpresa de ser útil e importante para alguém.

Assunto Nosso
O Furo no Barco

Assunto Nosso

Play Episode Listen Later Feb 17, 2025 3:27


Um homem foi chamado à praia para pintar um barco. Trouxe com ele tinta e pincéis, e começou a pintar o barco de um vermelho brilhante, como fora contratado para fazer. 

Enquanto pintava, viu que a tinta estava passando pelo fundo do barco. Percebeu que havia um vazamento e decidiu consertá-lo. Quando terminou a pintura, recebeu seu dinheiro e se foi.

No dia seguinte, o proprietário do barco procurou o pintor e presenteou-o com um belo cheque. O pintor ficou surpreso:
O senhor já me pagou pela pintura do barco! - disse ele.

- Mas isto não é pelo trabalho de pintura. É por ter consertado o vazamento do barco.
- Ah!, mas foi um serviço tão pequeno... Certamente, não está me pagando uma quantia tão alta por algo tão insignificante!
- Meu caro amigo, você não compreende. Deixe-me contar-lhe o que aconteceu. 

Quando pedi a você que pintasse o barco, esqueci de mencionar o vazamento. Quando o barco secou, meus filhos o pegaram e saíram para uma pescaria. Eu não estava em casa naquele momento. Quando voltei e notei que haviam saído com o barco, fiquei desesperado, pois lembrei-me que o barco tinha um furo.

Imagine meu alívio e alegria quando os vi retornando sãos e salvos. Então, examinei o barco e constatei que você o havia consertado! Percebe, agora, o que fez? Salvou a vida de meus filhos! Não tenho dinheiro suficiente para pagar a sua "pequena" boa ação.

Não importa para quem, quando ou de que maneira: mas, ajude, ampare, enxugue as lágrimas, escute com atenção e carinho, e conserte todos os "vazamentos" que perceber, pois nunca sabemos quando estão precisando de nós ou quando Deus nos reserva a agradável surpresa de ser útil e importante para alguém.

Somos Infinitos
EP81 - Karima Manji - A Mulher Que Me Trouxe ao Mundo

Somos Infinitos

Play Episode Listen Later Feb 16, 2025 63:21


A minha mãe, Karima Manji, não é só a mulher que me deu a vida, é a prova viva de que a dor pode ser um portal para a cura e que a solidão pode ser transformada em amor e propósito. Falámos sobre luto, resiliência e as verdades que tantas mulheres carregam sem nunca as dizerem em voz alta. Sobre a força silenciosa que as mães sustentam, os medos que ninguém vê e as perdas que moldaram a sua vida. Foi uma honra receber a minha mãe numa conversa profunda, intima e autêntica como esta.

Colunistas Eldorado Estadão
Eliane: "Lula trouxe a público sua guerra com o Ibama"

Colunistas Eldorado Estadão

Play Episode Listen Later Feb 13, 2025 20:51


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a exploração de petróleo na Margem Equatorial, mas disse que antes disso é preciso haver estudos sobre a quantidade de óleo no local para determinar a viabilidade disso. Segundo o presidente, a Casa Civil deve ter uma reunião nesta ou na próxima semana com o Ibama para discutir o aval para essas pesquisas. A declaração foi dada em entrevista à Rádio Diário FM, de Macapá. "Sidônio Palmeira [ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência] decidiu que o presidente tem de viajar pelo País para ter contato com as pessoas e recuperar popularidade, mas toda vez que Lula vai visitar um estado, fala com uma Rádio, abre a boca e cria um problema. E com uma particularidade, neste caso: ele não respondeu uma pergunta sobre o tema, mas tomou a iniciativa de dar este recado. O presidente trouxe a público sua guerra com o Ibama", diz Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Eliane Cantanhêde responde
"Lula trouxe a público sua guerra com o Ibama"

Eliane Cantanhêde responde

Play Episode Listen Later Feb 13, 2025 20:51


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a exploração de petróleo na Margem Equatorial, mas disse que antes disso é preciso haver estudos sobre a quantidade de óleo no local para determinar a viabilidade disso. Segundo o presidente, a Casa Civil deve ter uma reunião nesta ou na próxima semana com o Ibama para discutir o aval para essas pesquisas. A declaração foi dada em entrevista à Rádio Diário FM, de Macapá. "Sidônio Palmeira [ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência] decidiu que o presidente tem de viajar pelo País para ter contato com as pessoas e recuperar popularidade, mas toda vez que Lula vai visitar um estado, fala com uma Rádio, abre a boca e cria um problema. E com uma particularidade, neste caso: ele não respondeu uma pergunta sobre o tema, mas tomou a iniciativa de dar este recado. O presidente trouxe a público sua guerra com o Ibama", diz Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Terceira Igreja Presbiteriana de Colatina
João 16 - O Amado partiu e trouxe o Consolador nos fez vencedores | Rev. Thiago de Souza Dias

Terceira Igreja Presbiteriana de Colatina

Play Episode Listen Later Feb 12, 2025 45:23


Texto Bíblico base deste vídeo: João 16Tema: "O Amado partiu e trouxe o Consolador nos fez vencedores"Pregador: Pastor Thiago de Souza Dias

Terceira Igreja Presbiteriana de Colatina
João 14.16-31 - O Amado partiu e trouxe o Consolador nos fez vencedores

Terceira Igreja Presbiteriana de Colatina

Play Episode Listen Later Feb 6, 2025 52:15


Texto Bíblico base deste vídeo: João 14.16-31 Tema: "O Amado partiu e trouxe o Consolador nos fez vencedores." Pregador: Pastor Thiago de Souza Dias

Foquinha FBI
COMO ERA O POP EM 2015?

Foquinha FBI

Play Episode Listen Later Jan 31, 2025 41:05


Como parte da comemoração de uma década do canal, nada melhor do que relembrar como era a cultura pop há 10 anos. Trouxe um resumo dos maiores baphos da época para a gente curtir essa nostalgia. Pesquisa: Rodrigo Dadds Edição de roteiro: Foquinha Edição do vídeo: Antonella Vichi

Radio Idefran
Sementeira Cristã -25-01-2025 - Vivendo com Jesus

Radio Idefran

Play Episode Listen Later Jan 30, 2025 43:44


Prezados internautas, hoje o Sementeira Cristã abordará o tema: Vivendo com Jesus Veio Jesus, o Peregrino cantor da Galileia, e apresentou a chave da harmonia, da autorrealização, em um conceito simples, numa linguagem clara e numa lógica incomum. Trouxe o amor, puro e simples, como a única e eficaz solução para todos os enigmas e conflitos. Ainda hoje, de alguma forma, a fidelidade a Jesus é vista como comportamento patológico, alienação, covardia moral. Os Seus servidores não encontram espaço no mundo em que triunfam os equivocados. Jesus, porém, vela pelos seus continuadores, e prossegue convocando os Seus trabalhadores para que permaneçam na seara imensa onde os poucos fiéis devem viver em vigília de amor e de perdão, de misericórdia e de compaixão, experienciando a caridade. Cristão sem testemunho é solo árido dominado pela seca e pela morte... O testemunho de qualquer natureza, mesmo aqueles interiores, silenciosos, são a condecoração de quem ama Jesus e resolveu por servi-lo. Boa jornada a todos, seguindo o Mestre Jesus Sempre!

Morgana Secco
10 principais diferenças entre Brasil e Inglaterra

Morgana Secco

Play Episode Listen Later Jan 22, 2025 25:36


Trouxe nesse vídeo de forma ilustrada e na minha percepção as 10 principais diferenças entre os países Brasil e Inglaterra. São curiosidades que achei interessante trazer pra cá. Vídeo publicado no meu canal do Youtube em 16.08.2024 Rede Sociais Youtube:⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ https://www.youtube.com/@MorganaSecco⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Instagram: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.instagram.com/morganasecco/⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Facebook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.facebook.com/morganasecco⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Tiktok: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.tiktok.com/@morganasecco⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Twitter: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://twitter.com/morganasecco⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Threads: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.threads.net/@morganasecco⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Canal do Schiller (Finanças): https://www.youtube.com/@LuizSchiller Curso Essencial da Maternidade: https://morganasecco.com.br/essencial

Notícias Agrícolas - Podcasts
USDA de 6ªfeira trouxe suporte temporário à soja em Chicago, mas safra do Brasil já voltou a pressionar

Notícias Agrícolas - Podcasts

Play Episode Listen Later Jan 15, 2025 13:02


Além de olhar para produção, movimentos de Trump e dólar devem seguir interferindo nas cotações

Ouro Sobre Azul
Ep. 242 - tatuagens, amizades do digital e muito mais, com a Beles

Ouro Sobre Azul

Play Episode Listen Later Jan 12, 2025 82:29


Trouxe a minha amiga Beatriz Beles (@beatrizbeles), para falarmos sobre tatuagens (@belestattoos), influência do digital, alimentação vegetariana e casamentos. Um episódio levezinho e divertido. Espero que gostem!

Mix Tudo
10.01.25 - E aquele rolo de 2024? Trouxe pra 2025 ou deixou pra trás?

Mix Tudo

Play Episode Listen Later Jan 10, 2025 29:34


Conversas de Personal Trainers
69. 24 lições que o ano de 2024 me trouxe

Conversas de Personal Trainers

Play Episode Listen Later Dec 30, 2024 31:46


Neste episódio, partilho contigo 24 lições que o ano de 2024 me trouxe. #personaltrainer #negocio #crescimento #treino #treinoonline ------------------------------------------------------------------------------------------------ Poupa tempo e entrega mais qualidade aos teus alunos com o software EliteTrainer. Experimenta grátis: https://elitetrainer.fit ------------------------------------------------------------------------------------------------ Segue-me para mais conteúdo ✉️ NEWSLETTER ‧ https://academiadopersonaltrainer.com/lp/squat-time-baby/squattimebaby/

Amorosidade Estrela da Manhã
TÊM DUAS DATAS QUE EU CHEGUEI NO GRUPO, A PRIMEIRA FOI SÓ DE CORPO, NA SEGUNDA DAÍ TROUXE A ALMA

Amorosidade Estrela da Manhã

Play Episode Listen Later Dec 27, 2024 1:17


Rádio Minghui
Programa 1171: "​Memorizar o Fa me trouxe mudanças incríveis"

Rádio Minghui

Play Episode Listen Later Dec 26, 2024 6:39


Bem-vindo à Rádio Minghui. As transmissões incluem assuntos relativos à perseguição ao Falun Gong na China, entendimentos e experiências dos praticantes adquiridas no curso de seus cultivos, interesses e música composta e executada pelos praticantes do Dafa. Programa 1171: Experiência de cultivo da categoria Autoaprimoramento, intitulada: "​Memorizar o Fa me trouxe mudanças incríveis", escrita por uma praticante do Falun Dafa na China.

Venham a mim - Histórias bíblicas
O bebê que trouxe luz ao mundo.

Venham a mim - Histórias bíblicas

Play Episode Listen Later Dec 22, 2024 9:02


Venham conhecer o verdadeiro significado do natal. Musica: Night Light by Blue Dot Sessions

Podcast Cinem(ação)
#584: Balanço de 2024

Podcast Cinem(ação)

Play Episode Listen Later Dec 20, 2024 104:02


2024 nos levou de “Furiosa: Uma Saga Mad Max” a “Ainda Estou Aqui” e também promoveu uma "batalha" de palhaços com “Coringa: Delírio a Dois” e “Terrifier 3”. Trouxe animações maravilhosas como “Arcane” e “X-Men '97”, além de séries envolventes como “Alguém em Algum Lugar” e “Amor da Minha Vida”.Dá para dizer que 2024 foi um ano repleto de produções incríveis, mas também de obras questionáveis e decepcionantes. Neste último episódio do nosso podcast no ano, resolvemos fazer aquele balanço de tudo que vimos: das obras que amamos, como “Rivais” e “Dias Perfeitos”, até aquelas cuja criação nos deixou sem palavras (Alô, “Twisters”!).Hoje, Rafael Arinelli recebe Ieda Marcondes e Edu Sacer para conversar sobre os filmes e séries de 2024. Um papo leve, sincero e descontraído, perfeito para encerrar o ano e aquecer os motores para 2025. Então, acomode-se, coloque seus fones e venha conferir o balanço do ano! Ah, e no Plano Detalhe temos um anúncio sobre o nosso período de férias!• 02m23: Pauta Principal• 1h17m34: Plano Detalhe• 1h35m18: EncerramentoOuça nosso Podcast também no:• Feed: https://bit.ly/cinemacaofeed• Apple Podcast: https://bit.ly/itunes-cinemacao• Android: https://bit.ly/android-cinemacao• Deezer: https://bit.ly/deezer-cinemacao• Spotify: https://bit.ly/spotify-cinemacao• Amazon Music: https://bit.ly/amazoncinemacaoAgradecimentos aos patrões e padrinhos: • Bruna Mercer• Charles Calisto Souza• Daniel Barbosa da Silva Feijó• Diego Alves Lima• Eloi Xavier• Flavia Sanches• Gabriela Pastori Marino• Guilherme S. Arinelli• Katia Barga• Thiago Custodio Coquelet• William SaitoFale Conosco:• Email: contato@cinemacao.com• Facebook: https://bit.ly/facebookcinemacao• BlueSky: https://bit.ly/bskycinemacao• Instagram: https://bit.ly/instagramcinemacao• Tiktok: https://bit.ly/tiktokcinemacaoApoie o Cinem(ação)!Apoie o Cinem(ação) e faça parte de um seleto clube de ouvintes privilegiados, desfrutando de inúmeros benefícios! Com uma assinatura a partir de apenas R$5,00, você terá acesso a vantagens incríveis. E o melhor de tudo: após 1 ano de contribuição, recebe um presente exclusivo como agradecimento! Não perca mais tempo, acesse agora a página de Contribuição, escolha o plano que mais se adequa ao seu estilo e torne-se um apoiador especial do nosso canal! Junte-se a nós para uma experiência cinematográfica única!Plano Detalhe:• (Edu): Série: Round 6• (Edu): Série: Amor da Minha Vida• (Edu): Filme: Aquele Natal• (Ieda): Filme: A Garota Da Vez• (Rafa): Comida: Molho para vegetarianos• (Rafa): Comida: Faça terapia!Edição: ISSOaí

Morgana Secco
Dicas de presentes de Natal para as crianças sairem das telas

Morgana Secco

Play Episode Listen Later Dec 18, 2024 23:58


Sua criança não usa telas e quer dicas de presentes? Trouxe um vídeo para vocês que sempre pedem essas dicas, do que seria legal dar pra entreter a criança de forma simples, e ao mesmo tempo que ela esteja estimulando o seu criativo. É o que temos feito com a Alice e Julia por aqui, portanto espero que seja útil para vocês também. Vídeo publicado no meu canal do Youtube em 18.12.2024 Rede Sociais Youtube:⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ https://www.youtube.com/@MorganaSecco⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Instagram: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.instagram.com/morganasecco/⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Facebook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.facebook.com/morganasecco⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Tiktok: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.tiktok.com/@morganasecco⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Twitter: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://twitter.com/morganasecco⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Threads: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.threads.net/@morganasecco⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Canal do Schiller (Finanças): https://www.youtube.com/@LuizSchiller Curso Essencial da Maternidade: https://morganasecco.com.br/essencial

Brasil-Mundo
Do Brasil para o mundo mágico da Disney: conheça o paulista por trás do fenômeno “Moana 2”

Brasil-Mundo

Play Episode Listen Later Dec 8, 2024 5:43


“Moana 2” chegou batendo todos os recordes: a animação se tornou a maior estreia de todos os tempos dos estúdios da Disney e, somente nos primeiros cinco dias, arrecadou ao redor do mundo US$ 389 milhões. As aventuras da heroína ou princesa polinésia, como muitos preferem chamar Moana, e do semideus atrapalhado Maui seguem conquistando tanto mares quanto o público. O filme nada contra a corrente da crise que esvazia as salas de cinema, e segue em direção ao bilhão de dólares de faturamento. Cleide Klock, correspondente da RFI em Los AngelesAssim como a protagonista Moana, que navega por águas desconhecidas em busca de seu destino, Vitor Vilela também deixou a zona de conforto para realizar seus sonhos. O brasileiro, natural de São Paulo, decidiu seguir sua paixão pela animação, se mudou para os Estados Unidos e desde 2015, trabalha nos estúdios da Disney em Burbank, na Califórnia. Ele assina como supervisor de animação de “Moana 2”.“Acho que esse é o legal da Moana: ela é uma personagem independente, tão forte. Tem uma presença tão grandiosa e acho que ela vai trazer essa mensagem de que as coisas são possíveis. É só você quem tem que ir atrás, batalhar para chegar lá. Acho que isso diz um pouco dessa história do imigrante, que chega com a cara e com a coragem e não sabe o que está por vir, mas a gente segue seguindo", confiou à RFI. "Eu me identifico muito com essa personalidade, com essa perseverança da Moana."Vilela se formou em Publicidade na Universidade Metodista de Piracicaba, chegou a trabalhar na Rede Globo e agora, há quase uma década nos estúdios, já traz no currículo outros campeões de bilheterias bilionárias da Disney, como Zootopia (2016) e Frozen 2 (2019), além da primeira animação de “Moana" – o filme mais visto nos serviços de streaming nos Estados Unidos em 2023.A continuação das aventuras de Moana seria, originalmente, uma série para o Disney+, mas a companhia resolver transformá-la em filme.“Eu entrei no time para dar suporte para terminar o filme. Foi uma parte que foi feita em dois estúdios: em Burbank a gente entrou para ajudar a finalizar esse projeto que foi começado pelo outro time", relata Vilela. "Moana foi o meu personagem, que eu supervisionei. Foi bem legal estar interagindo com os dois times e participar desse projeto novamente, interagir com esses personagens. Trouxe para mim boas lembranças e está sendo muito legal ver esse filme finalizado."Conexão e personagens que crescem com o espectador“Moana 2” conquistou esse sucesso estrondoso garças, em parte, à conexão emocional que a personagem estabeleceu com seu público. Assim como Riley, do outro sucesso do ano "Divertidamente 2" (Pixar, que também pertence à Disney), Moana cresceu junto com seus espectadores.As sequências não apenas continuam essas histórias, como celebram o amadurecimento da personagem e do público, oferecendo aos fãs a oportunidade de revisitar um universo familiar e acompanhar a evolução de suas heroínas.“Acho que é uma identificação com o público bem direta. Esse é o legal de acompanhar o personagem: você envelhece junto com ele", diz o brasileiro. "Você acompanha essa jornada, as dificuldades e a aventura vai evoluindo conforme a gente vai crescendo."Cultura polinésia, emoção universalA criação de “Moana 2” foi um processo colaborativo que envolveu não apenas artistas e animadores, mas também consultores que incluem antropólogos, historiadores, linguistas e coreógrafos, para que o projeto fosse culturalmente autêntico com os povos do Pacífico. A direção é assinada por três cineastas, Jason Hand, Dana Miller e David Derrick Jr., e os últimos dois têm sangue polinésio, como a protagonista.Para Vilela, a inspiração vem das ilhas do Pacífico, mas a conexão com essa história é universal. “Se o primeiro filme foi sobre o passado, conectar com os ancestrais dela e conectar com ela mesma e ter aquela descoberta pessoal dela, esse segundo é sobre o futuro. É sobre conectar com a comunidade e conectar com as pessoas que estão ao seu redor", salienta Vilela. "Acho que isso vem muito dessa cultura deles, de unir os povos. É muito bonita essa história de como eles fizeram. Naquele tempo, quão grandioso foi o ato de atravessar oceanos para chegar em outros lugares e descobrir, por exemplo, o Havaí", observa o brasileiro. "É uma cultura que realmente inspira a gente e traz aprendizados muito importantes. Eu me inspiro muito na cultura polinésia também, tanto na música, quanto no contato com a natureza e o oceano. É uma cultura muito linda", finaliza Vilela.

Bola Nas Costas
adams voltou e trouxe o tomer savoia

Bola Nas Costas

Play Episode Listen Later Dec 4, 2024 48:57


Futebol, informação, humor, opinião e corneta! Um programa de debate sobre tudo que envolve futebol de um jeito descontraído e animado.

AoQuadrado - Mangá²
Quadrinho ao Quadrado #73 - E o mar me trouxe até aqui

AoQuadrado - Mangá²

Play Episode Listen Later Nov 14, 2024


Estranho e Judeu Ateu conversam sobre às enigmáticas metáforas textuais e visuais de E o Mar Me Trouxe Até Aqui, de Phellip Willian e Eduardo Ribas.O Quadrinho ao Quadrado é o podcast sobre quadrinhos nacionais do AoQuadrado.No próximo programa: Aqueles Dias, de Luana Cristini e Gil Gomes.Apoie o AoQuadrado² no APOIA.se

Morgana Secco
Como lidar com as birras? O que fazemos quando acontece

Morgana Secco

Play Episode Listen Later Oct 22, 2024 19:22


No vídeo de hoje, falei sobre um tema que sempre surge por aqui quando me perguntam se a Alice ou a Julia fazem birras e como eu lido quando isso acontece. Trouxe o vídeo bem completinho pra vocês sobre o tema. Vídeo publicado no meu canal do Youtube em 10.10.2024 Rede Sociais Youtube:⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ https://www.youtube.com/@MorganaSecco⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Instagram: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.instagram.com/morganasecco/⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Facebook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.facebook.com/morganasecco⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Tiktok: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.tiktok.com/@morganasecco⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Twitter: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://twitter.com/morganasecco⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Threads: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.threads.net/@morganasecco⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Canal do Schiller (Finanças): https://www.youtube.com/@LuizSchiller Curso Essencial da Maternidade: https://morganasecco.com.br/essencial ☀ Inscreva-se na SEMANA CRIAR SEM COMPLICAR - Evento online e gratuito de 5 a 7 de novembro. Só clicar no link: https://morganasecco.com.br/inscricao-criar-sem-complicar?fbclid=PAZXh0bgNhZW0CMTEAAaaRkuBBIH3gwcgO4Rg0PlzMQgvhE_G3VsUSvGn5XlQyZzWnDe0QTAUHHKo_aem_E_v7K0fGDEk--6Zwfi84Sw

ONU News
Visita na ONU trouxe “maior propósito” para abordar mudança climática, diz Pedro Loos

ONU News

Play Episode Listen Later Oct 9, 2024 3:35


Pedro Loos, do Canal Ciência Todo Dia, disse que participar de debates durante a Assembleia Geral motivou a tratar do tema que causa cada vez mais impactos no Brasil; influenciador abordou também a perda de confiança nas instituições e o futuro da educação.

Mídia e Marketing – UOL
Como o EAD trouxe a democratização ao ensino no país? Com Marcel Desco, vice-presidente de marketing da Yduqs

Mídia e Marketing – UOL

Play Episode Listen Later Sep 2, 2024 35:47


Patrocinadora de eventos como Rock in Rio e Lollapalooza, presente no Big Brother e apoiadora do Comitê Olímpico do Brasil, a Yduqs tem mais de 1,4 milhão de alunos. A holding, dona de faculdades como Estácio, Ibmec e Damásio, tem investido forte na construção de marca e em ferramentas de tecnologia para seus alunos. O UOL Mídia e Marketing desta semana conversa com Marcel Desco, vice-presidente de marketing da Yduqs, que fala sobre a democratização do ensino no país e como a inteligência artificial tem otimizado suas campanhas publicitárias.See omnystudio.com/listener for privacy information.

E eu com isso?
#285 Onde Benjamin Netanyahu nos trouxe?

E eu com isso?

Play Episode Listen Later Aug 28, 2024 41:51


Quando o 7 de outubro aconteceu, muitos se apressaram em cravar: a carreira política de Benjamin Netanyahu havia acabado. Estamos às vésperas de completar 11 meses de guerra e Bibi ainda é primeiro-ministro. Sustentado por políticos de extrema-direita, como Itamar Ben Gvir e Bezalel Smotrich, não há qualquer previsão para que Netanyahu deixe o poder. Hoje, Benjamin Netanyahu faz parte de uma rede mundial de políticos populistas de extrema-direita, que inclui ainda Donald Trump, Viktor Orban e Jair Bolsonaro. Mas ele sempre foi assim? Como Bibi chegou ao lugar onde está atualmente? Nosso convidado hoje é Gregório Noya, cientista político, professor de história judaica, pós-boger do Habonim Dror e alvirrubro fanático. E também é um dos autores do e-book que o IBI lança neste dia 28, com um artigo no qual ele fala justamente sobre Benjamin Netanyahu. 

Podcast do Ladeira
Ep. 290. Planilha que vende milhões

Podcast do Ladeira

Play Episode Listen Later Aug 22, 2024 56:33


Trouxe a planilha que vende milhões para te mostrar que o que vai fazer você enriquecer não é viralizar, não é produzir conteúdo. Você precisa ter um produto e ter um plano. O grande segredo é você dominar a capacidade de criar produto, a capacidade de criar funis de venda, vídeos de venda, página de vendas e anúncios. E só depois, mais pra frente, criar conteúdo. Se você quer entrar para o digital e ainda não tem um produto, um plano e ainda fica perdido quando escuta todos os termos e siglas que falam por aí, recomendo fortemente que escute o episódio completo.Conheça o VTSD:http://vtsd.com.br/ep290-ladeira-pv-vtsd Me siga no Instagram:https://bit.ly/Insta-Leandro-LadeiraConheça o canal principal:https://bit.ly/Canal-Metodo-VTSDOuça nosso podcast:https://bit.ly/Podcast-do-Ladeira-no-Spotify

Morgana Secco
Como eu recuperei meu cabelo detonado, dicas e cuidados

Morgana Secco

Play Episode Listen Later Aug 19, 2024 25:29


Como eu recuperei o meu cabelo depois de química, ambiente, água e vários processos que foram danificando muito o meu cabelo ao longo dos anos. Trouxe um vídeo bem completo de todo o processo, histórico, cuidados que eu tive pra recuperar, e que tenho feito até hoje pra ficar bem mais bonito e saudável. Vídeo publicado no meu canal do Youtube em 05.07.2024 Rede Sociais Youtube:⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ https://www.youtube.com/@MorganaSecco⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Instagram: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.instagram.com/morganasecco/⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Facebook: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.facebook.com/morganasecco⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Tiktok: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.tiktok.com/@morganasecco⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Twitter: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://twitter.com/morganasecco⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Threads: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.threads.net/@morganasecco⁠⁠⁠ Curso Essencial da Maternidade: https://morganasecco.com.br/essencial

Sem Moderação
A brisa de verão trouxe a paz e o diálogo às discussões do Orçamento do Estado?

Sem Moderação

Play Episode Listen Later Jul 26, 2024 23:21


A descida do IRS, os diplomas promulgados pelo Presidente da República e o cenário político norte-americano a caminho das eleições presidenciais em análise no Antes Pelo Contrário em podcast, com Pedro Delgado Alves e José Eduardo Martins. Prosseguem as negociações do Orçamento do Estado 2025, será que o governo tem margem para não aplicar já as descida nas tabelas de retenção na fonte? Estão PS e PSD mais dialogantes? Nos EUA, Biden passou a tocha para proteger a democracia. Será que ainda foi a tempo? O Antes Pelo Contrário foi emitido a 25 de julho na SIC NotíciasSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Paizinho, Vírgula!
5 COISAS QUE VOCÊ PRECISA FAZER PARA SER UM BOM PAI. | Paizinho, Vírgula!

Paizinho, Vírgula!

Play Episode Listen Later Jun 24, 2024 14:41


Quais critérios precisamos atender para ser um bom pai? Trouxe aqui uma lista com 5 coisas que você precisa fazer para se considerar um bom pai. Aproveita e conta aqui nos comentários o que achou e se falta alguma coisa. ========================= Para conhecer mais do meu trabalho, clica aqui http://paizinho.link/links --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/paizinhovirgula/message

Paizinho, Vírgula!
MENINO ABAIXA SHORT DA MENINA? COMO LIDAR? | Paizinho, Vírgula!

Paizinho, Vírgula!

Play Episode Listen Later Jun 10, 2024 16:31


Trouxe aqui a dúvida de uma seguidora com esse tema que é muito necessário ser conversado com os nossos filhos e que ainda é um tabu. Como ensinar às crianças sobre consentimento, respeito ao corpo do outro, e proteção do próprio corpo? Se você tem filhos, precisa assistir esse vídeo. ========================= Para conhecer mais do meu trabalho, clica aqui http://paizinho.link/links --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/paizinhovirgula/message

Prova Oral
Transumante

Prova Oral

Play Episode Listen Later Apr 8, 2024 52:31


Depois de se ver obrigado a uma pausa devido a questões de saúde, Jorge Cruz está de volta à música e aos palcos com o novo álbum "Transumante". Trouxe-o à Prova Oral, onde foi bombardeado com mensagens de admiração.