Podcasts about morrer

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Arauto Repórter UNISC
Nós vamos morrer

Arauto Repórter UNISC

Play Episode Listen Later Sep 3, 2025 4:38


Nós vamos morrer.Talvez seja difícil escutar isso… mas é a verdade.Pensa comigo: quem foi a pessoa mais famosa, mais rica, mais influente do mundo há 100 anos?Você sabe? Eu também não sei.E ninguém sabe.Porque o tempo passa… e a memória se apaga.Daqui a 100 anos… quem vai lembrar de nós?Talvez reste uma fotografia esquecida, um nome escrito em algum registro.E só.E aí eu te pergunto: isso significa que a nossa vida não tem sentido?Ou será que o sentido está justamente aqui… nesse instante em que respiramos, nesse momento em que você me escuta?A vida é esse presente breve.Mas junto com ela vêm também as irritações, os incômodos, as dores do cotidiano.E você? Até quando vai permitir que pequenas coisas roubem a grandeza de estar vivo?A vida não é só feita de alegrias.Não dá pra escolher apenas a parte boa.É um pacote completo: riso e lágrima, luz e sombra, ganhos e perdas.Você aceitaria viver apenas metade?Ou é justamente a soma de tudo que faz você ser quem é?Talvez a verdadeira sabedoria esteja em aceitar esse combo inteiro…E entender que até a dor carrega um ensinamento.Então, se a morte é certa, a pergunta não é “quando será?”.A pergunta é: como você vai viver, hoje?Vai se perder nas pequenas irritações… ou vai se entregar ao que realmente importa?Porque sim, nós vamos morrer.Mas até lá… há vida.E a vida merece ser vivida em plenitude.

Assunto Nosso
Nós vamos morrer

Assunto Nosso

Play Episode Listen Later Sep 3, 2025 4:38


Nós vamos morrer.Talvez seja difícil escutar isso… mas é a verdade.Pensa comigo: quem foi a pessoa mais famosa, mais rica, mais influente do mundo há 100 anos?Você sabe? Eu também não sei.E ninguém sabe.Porque o tempo passa… e a memória se apaga.Daqui a 100 anos… quem vai lembrar de nós?Talvez reste uma fotografia esquecida, um nome escrito em algum registro.E só.E aí eu te pergunto: isso significa que a nossa vida não tem sentido?Ou será que o sentido está justamente aqui… nesse instante em que respiramos, nesse momento em que você me escuta?A vida é esse presente breve.Mas junto com ela vêm também as irritações, os incômodos, as dores do cotidiano.E você? Até quando vai permitir que pequenas coisas roubem a grandeza de estar vivo?A vida não é só feita de alegrias.Não dá pra escolher apenas a parte boa.É um pacote completo: riso e lágrima, luz e sombra, ganhos e perdas.Você aceitaria viver apenas metade?Ou é justamente a soma de tudo que faz você ser quem é?Talvez a verdadeira sabedoria esteja em aceitar esse combo inteiro…E entender que até a dor carrega um ensinamento.Então, se a morte é certa, a pergunta não é “quando será?”.A pergunta é: como você vai viver, hoje?Vai se perder nas pequenas irritações… ou vai se entregar ao que realmente importa?Porque sim, nós vamos morrer.Mas até lá… há vida.E a vida merece ser vivida em plenitude.

Expresso - O mundo a seus pés
“Um colega meu palestiniano dizia: ‘chamem-lhe genocídio ou o que quiserem, nós estamos demasiado ocupados a morrer'” em Gaza

Expresso - O mundo a seus pés

Play Episode Listen Later Aug 25, 2025 18:16


Raul Manarte é um psicólogo humanitário da organização Médicos Sem Fronteiras que já esteve no enclave palestiniano duas vezes, a última foi há um mês. Tendo estado no terreno já por duas ocasiões diferentes e visto com os seus próprios olhos o que está a acontecer, Raul Manarte não tem pudor em usar a palavra “genocídio” devido “à matança em massa de civis, aos deslocamentos forçados, à fome ou à impossibilidade de condições básicas de vida”. Este episódio foi conduzido pela jornalista Mara Tribuna e contou com a edição técnica de Gustavo Carvalho.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Resposta Pronta
Ou encaramos os incêndios "ou continuam a morrer pessoas"

Resposta Pronta

Play Episode Listen Later Aug 21, 2025 4:12


O autarca da Guarda, Sérgio Costa, apela a um pacto de regime que resolva o problema dos incêndios em Portugal. Ainda, enumera o que deve ser feito para minimizar o impacto das chamas no imediato.See omnystudio.com/listener for privacy information.

UniForCast
#4 Ressonâncias - Livro: Primeiro tive que morrer

UniForCast

Play Episode Listen Later Aug 20, 2025 46:01


O podcast “Ressonâncias” nasce do encontro entre a literatura e a experiência individual de leitura. A proposta do programa é simples: ler um livro e compartilhar o que ficou nos pensamentos após a última página. Em cada episódio, os participantes discutem uma obra literária e refletem sobre o que veio a partir da leitura.Mais do que uma resenha ou uma análise crítica, “Ressonâncias” é uma conversa íntima sobre o impacto que a literatura tem na vida das pessoas. A escolha dos livros vai de clássicos a lançamentos contemporâneos, passando por autores nacionais e internacionais. O foco está menos na sinopse e mais no que o texto provoca: memórias, debates e descobertas.O podcast convida os ouvintes a não apenas ler, mas sentir os livros e perceber a importância da leitura para o nosso dia a dia e conhecimentos gerais. “Ressonâncias” é para quem acredita que a leitura não termina na última página, mas continua na mente, no corpo e na fala.FICHA TÉCNICA:Técnicos de áudio e edição: Rufino Sales e Serginho Freitas.Produção: Beatriz Barros, Matheus Pinheiro, João Pedro Moreira, Samuel Pordeus, Clara Cezarino, João Bosco Neto e Vinícius Pires.Coordenadores de produção de podcast: Ana Paula Farias e Max EluardDireção Geral: Max Eluard

PIB EM PILARES
#01_AS CARTAS DE UM PRISIONEIRO: MORRER OU VIVER, O QUE É MELHOR?

PIB EM PILARES

Play Episode Listen Later Aug 18, 2025 48:46


Pr. Valmir RochaTema:Morrer ou viver, o que é melhor?Texto - Filipenses 1:12-26

1ª Igreja Presbiteriana de GV
É PRECISO MORRER PARA FRUTIFICAR - João 12.24-25 - Rev. Tárcio Neres

1ª Igreja Presbiteriana de GV

Play Episode Listen Later Aug 17, 2025 21:54


Sermão É PRECISO MORRER PARA FRUTIFICAR. Texto base: João 12.24-25. Pregação do Rev. Tárcio Neres, no culto noturno da Primeira Igreja Presbiteriana de Governador Valadares.

Mondolivro
Mondolivro - Daniel Dornelas e seu livro “Para morrer como um passarinho”

Mondolivro

Play Episode Listen Later Aug 14, 2025 1:21


Afonso Borges indica o livro “Para morrer como um passarinho”. O autor da obra, Daniel Dornelas, relata casos que ele presenciou junto à uma equipe do SUS de cuidados paliativos e fala com delicadeza de temas como morte, doença, esperança e vida. See omnystudio.com/listener for privacy information.

Medita Cristão
Do Silêncio ao Ego

Medita Cristão

Play Episode Listen Later Aug 13, 2025 36:55


O ego é um nome que damos à casa que construímos com medos e memórias. As paredes são de histórias antigas, o telhado, de comparações, as janelas, pequenas demais para ver o horizonte.Ele nos protege, mas também nos aprisiona. Sussurra que somos a nossa profissão, nossas vitórias, nossas feridas. Convence-nos de que, se soltarmos o controle, desapareceremos.Mas há um lugar, no fundo do silêncio, onde esse “eu” não tem domínio. Lá, não há paredes nem nomes, nem dentro nem fora,nem eu nem tu — apenas o sopro sem origem que nos anima.Ali, descobrimos que o ego não é um inimigo, mas uma sombra que se forma quando viramos as costas para a luz. Quando nos voltamos de novo para ela, a sombra se alonga, se dissolve, e tudo o que resta é o espaço aberto onde Deus respira em nós.O ego é um nome, não a alma.É a roupa que visto,não a pele que habito. É a sombra que me segue,não a luz que me guia.Quando acredito que sou ele, perco-me.Quando o observo,liberto-me. O ego é útil na estrada, mas não é o destino.O ego é o homem exterior, feito de títulos, medos e vaidades. Bate à porta de Deus com as mãos cheias de si mesmo e por isso não consegue entrar.A alma, porém, é o homem interior, o silêncio onde Cristo habita. Ali, não há “eu” nem “meu”, apenas um coração aberto que se deixa possuir pelo Amor.Morrer para o ego não é deixar de existir, é nascer de novo no lugar onde “já não sou eu quem vivo, mas Cristo vive em mim”.

História de Imigrante
136. Pensei que Fosse Morrer

História de Imigrante

Play Episode Listen Later Aug 7, 2025 30:19


Na Capadócia, entre balões coloridos e cavernas históricas, Rachel vive um romance de conto de fadas com Mohamed — um refugiado afegão com um passado sombrio. Mas o que parecia um reencontro apaixonado se transforma num pesadelo de sequestro, prisões arbitrárias e perseguições policiais. Separados à força em uma noite aterrorizante, Rachel tenta sobreviver enquanto, do outro lado do mundo, sua mãe Carla inicia uma jornada desesperada para salvar a filha.***É imigrante e tem história pra contar? Então manda pra gente.Whats app: +1 650.834.9209Instagram: @historiadeimigranteE-mail: historiadeimigrante@gmail.com

positivaMente Consciente Podcast
" Você precisa deixar a sua vida atual Morrer para que haja espaço para uma nova vida Nascer "

positivaMente Consciente Podcast

Play Episode Listen Later Aug 5, 2025 15:32


" Existem várias coisas que causam essa Resistência " Narrado por Thomas Castro

Devocional Verdade para a Vida
Sem medo de morrer - Hebreus 2.14-15

Devocional Verdade para a Vida

Play Episode Listen Later Aug 2, 2025 2:39


Aprofunde sua devoção a Deus em fiel.in/devocionalSem medo de morrerVisto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida. (Hebreus 2.14-15)Como Cristo nos livra do pavor da morte e nos liberta para vivermos com o tipo de despreocupação amorosa que consegue “perder família, bens, prazer”?“Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue...”.O termo “filhos” é tomado do versículo anterior e refere-se à descendência espiritual de Cristo, o Messias. Estes são também os “filhos de Deus”. Em outras palavras, ao enviar Cristo, Deus visa especialmente a salvação dos seus “filhos”.“Destes [carne e sangue] também ele, igualmente, participou...”.O Filho de Deus, que existia antes da encarnação como o Verbo eterno (João 1.1), participou da carne e sangue e vestiu a sua divindade com a humanidade. Ele se tornou plenamente homem e permaneceu plenamente Deus.“Para que, por sua morte...”.O motivo pelo qual Cristo se tornou humano foi morrer. Como Deus antes da encarnação, ele não podia morrer pelos pecadores. Mas unido à carne e ao sangue, ele podia. Seu objetivo era morrer. Portanto, ele precisou nascer humano.“Destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo...”.Ao morrer, Cristo destruiu o diabo. Como? Pagando por todo o nosso pecado (Hebreus 10.12). Isso significa que Satanás não tem motivos legítimos para nos acusar diante de Deus. “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica” (Romanos 8.33). Em qual fundamento ele justifica? Pelo sangue de Jesus (Hebreus 9.14; Romanos 5.9).A arma final de Satanás contra nós é o nosso próprio pecado. Se a morte de Jesus remove o pecado, a principal arma que o diabo tem é tirada de sua mão. Nesse sentido, ele se torna impotente.“E livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida”.Portanto, estamos livres do medo da morte. Deus nos justificou. Há somente graça futura adiante de nós. Satanás não pode derrubar esse decreto. E Deus quer que nossa plena segurança tenha uma consequência imediata em nossas vidas. Ele quer que o final feliz acabe com a escravidão e o medo do presente.--Devocional Alegria Inabalável, por John Piper | Editora Fiel.Conteúdo oferecido em parceria entre Desiring God e Ministério Fiel.

Amorosidade Estrela da Manhã
Vídeo - ESTÁ AUTORIZADO A ME DAR PRANCHAÇO DE FACÃO SE DEPOIS DE EU MORRER ME PEGAR CHORANDO PARA QUERER VOLTAR PARA ESSE MUNDINHO AQUI

Amorosidade Estrela da Manhã

Play Episode Listen Later Aug 1, 2025 4:15


Amorosidade Estrela da Manhã
Áudio - ESTÁ AUTORIZADO A ME DAR PRANCHAÇO DE FACÃO SE DEPOIS DE EU MORRER ME PEGAR CHORANDO PARA QUERER VOLTAR PARA ESSE MUNDINHO AQUI

Amorosidade Estrela da Manhã

Play Episode Listen Later Aug 1, 2025 4:15


Convidado
Cabo Delgado: "Populações têm de escolher entre morrer na guerra ou morrer de fome"

Convidado

Play Episode Listen Later Aug 1, 2025 12:41


A província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, enfrenta uma intensificação dos ataques atribuídos a grupos terroristas, agravando a crise humanitária na região. Desde o início do ano, cerca de 47 mil pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, de acordo com uma ONG local, numa fuga motivada pela violência, pela fome e pelos desastres naturais. A situação preocupa autoridades e organizações, e a assistência internacional revela-se insuficiente. Ponto da situação com Abdul Tavares, do Centro para a Democracia e Direitos Humanos.   Cabo Delgado, no norte de Moçambique, vive uma nova vaga de violência, com recorrentes ataques imputados a grupos terroristas que levam à fuga das populações já ressentidas com a fome, a seca e os desastres naturais. Desde o início do ano, cerca de 47 000 pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, de acordo com um recente relatório da ONG Instituto de Psicologia Paz de Moçambique. A maioria dos deslocados concentra-se no distrito de Chiúre, que acolhe  42 411 pessoas, de acordo com a ONG, e nos distritos de Muidumbe e Ancuabe. Presente em Cabo Delgado, Abdul Tavares, do Centro para a Democracia e Direitos Humanos, recorda que a ONU disse que "Moçambique vive a terceira crise mais negligenciada do mundo". "Moçambique, sobretudo a província de Cabo Delgado, tem a terceira maior crise a nível mundial, a crise mais negligenciada. E é o que nós vemos na província, sobretudo quando vamos para os campos de deslocados que hoje em dia vivem a sua sorte. Nestes últimos dois, três meses iniciou uma nova onda de ataques esporádicos por parte dos extremistas violentos. Tivemos ataques na zona de Mocímboa da Praia e Palma. Temos reiteradamente ataques na Estrada Nacional 380, em que os extremistas atacam viaturas, incluindo recentemente atacaram uma ambulância do Serviço Distrital de Saúde. No caso das viaturas particulares, exigem resgates e no caso das ambulâncias, retiram medicamentos e outros instrumentos de saúde. Recentemente tivemos também os ataques na localidade de Chiúre-Velho, o que criou uma nova onda de deslocados internos. Mais de 13 000 pessoas deslocaram-se para a sede do distrito de Chiúre... E isto acontece num contexto em que a ajuda humanitária reduziu drasticamente, com a retirada de financiamento das organizações internacionais, sobretudo devido à saída dos Estados Unidos." Que tropas e contingentes se encontram no terreno a combater os insurgentes? Face a estes factos, o ministro da Defesa, Cristóvão Chume, admitiu preocupação, a 31 de Julho, reconhecendo o alastramento dos ataques para "fora do centro de gravidade que as autoridades vinham assinalando" e admitindo que "nem sempre será possível evitar-se que situações como estas voltem a acontecer".  "Faz sentido o ministro ter falado nesses termos. E as organizações da sociedade civil, particularmente o CDD, sempre foi alertando sobre o risco que representa a saída da SAMIM [contingente militar da Missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique].  Houve a entrada de um novo efectivo por parte de Moçambique, mas não foi suficiente para fechar a zona tampão que compreendia a zona de Macomia. Os insurgentes têm esta capacidade de andar pela mata e chegar a zonas em que é difícil acompanhar os seus movimentos." A SAMIM retirou-se oficialmente a 4 de Julho de 2024. Recentemente, a União Europeia prolongou até 2026 a missão de treino militar destinada às tropas moçambicanas e continuam, presentes no terreno, para além das tropas moçambicanas, contingentes do Ruanda, e também da Tanzânia.  Mas a resposta militar em Cabo Delgado "continua envolta em segredos", e como refere Abdul Tavares, "não se sabe" porque é que a União Europeia optou por financiar o contingente ruandês em Cabo Delgado, em vez de financiar directamente o exército moçambicano.  "Quase toda a resposta militar em Cabo Delgado continua envolta em segredos. É preocupação de todos saber porque é que a UE financia as tropas ruandesas, não as moçambicanas. Mesmo nós, organizações da sociedade civil, não temos respostas concretas em relação a esta escolha da União Europeia. Para além das tropas ruandesas e moçambicanas, há também a presença das tropas da Tanzânia. O Governo moçambicano tem um memorando com a Tanzânia em matéria de apoio bilateral. E eles ainda continuam activos, não directamente na linha de frente, mas a apoiar de alguma forma nas zonas de conflito." "O maior interesse sempre foi criar zonas-tampão à volta dos projectos das multinacionais" Em 2024, morreram 349 pessoas em ataques de grupos extremistas islâmicos no norte de Moçambique, um aumento de 36% face ao ano anterior, segundo o Centro de Estudos Estratégicos de África (ACSS). Fica uma questão: como explicar as declarações das autoridades que, até recentemente, relativizavam a situação em Cabo Delgado? Recentemente, o Presidente Daniel Chapo apelou a empresa petrolífera francesa Total Energies a retomar o projecto de exploração de gás natural liquefeito, na península de Afungi, em Cabo Delgado. "O maior interesse em termos de posicionamento das tropas, sempre foi fazer o tampão da zona onde os grandes projectos multinacionais, sobretudo de gás, estão a operar.  Então a resposta do governo moçambicano (o anterior e o actual) sempre foi para tranquilizar os investidores internacionais, para passar uma imagem de que está tudo bem. Mas no terreno sempre houve um e outro incidente que colocava em causa esta narrativa. Por exemplo, não era efectivo o regresso das pessoas deslocadas das suas zonas de origem, assim como não se consegue assegurar a circulação de mercadorias através da estrada 380 que liga ao norte de Cabo Delgado."  Quanto ao perfil dos insurgentes, de acordo com Centro de Estudos Estratégicos de África, trata-se de um grupo afiliado ao grupo extremista Estado Islâmico. Chamado Ahlu-Sunnah wal Jama`a (ASWJ), o movimento terá sido criado por um grupo de paramilitares na Somália. Foram eles que reivindicaram, nas suas redes sociais, o recente ataque em Chiúre, a 24 de Julho. Mas, em Cabo Delgado, persistem dúvidas à volta da identidade dos grupos terroristas, sabendo-se apenas, como aponta Abdul Tavares, que a maioria deles são moçambicanos. "Hoje já deveríamos estar mais ou menos esclarecidos em relação a esta questão, mas penso que as dúvidas acabam aumentando. A percepção que se tem é de que é um grupo organizado, na sua maioria composto por jovens locais, jovens moçambicanos. Pode haver uma ou outra liderança internacional, mas eles aproveitam-se da existência de esses grupos a nível internacional e fazem propaganda para merecer um determinado apoio por parte desses grupos. Então é extremamente difícil imputar-lhes uma identidade específica. O que se sabe é que este grupo tem tentáculos internacionais." Que objectivos perseguem os grupos terroristas em Cabo Delgado? Ainda de acordo com o Centro de Estudos Estratégicos de África, estes grupos terroristas afiliados ao Estado Islâmico perseguem o objectivo de "alargar o conflito, deslocando-se para o interior e para áreas mais rurais". Mas, de acordo com Abdul Tavares, não se observa uma clara intenção em conquistar novos territórios. "A ambição até pode existir, mas não nos parece que haja esta capacidade. Pelo menos por enquanto. A província de Cabo Delgado é extremamente vasta e ocupá-la significa aumentar de forma significativa o número de combatentes. E é também difícil conquistar um espaço dentro das comunidades de outros distritos.  Por exemplo, para distritos como Mocímboa da Praia ou Palma, os insurgentes precisaram de um tempo de preparação, de treinamento e de presença. Lá, os combatentes são originários dali do distrito. São jovens conhecidos, que eram comerciantes, etc. Tinham uma ligação com a terra que depois foram atacar, e onde se foram acantonar. E não nos parece fácil que um grupo que está acostumado a viver na zona norte de Cabo Delgado tenha esta mesma facilidade na zona centro, por exemplo. O alastramento do conflito para zonas mais recuadas pode significar que procuram recursos para alimentar a própria guerra e não necessariamente que eles procurem se instalar noutras zonas. Não nos parece que seja isso. Parece que o objectivo seja também o de comprometer, talvez, o regresso dos investimentos internacionais." "Deslocados actualmente escolhem entre morrer de fome ou morrer da guerra" Desde o início do ano, 47 000 pessoas foram obrigadas a deslocar-se e totalizam-se, desde o início dos ataques em 2017, mais de 1 milhão de deslocados, segundo a ONU, devido também aos desastres naturais e às secas recorrentes. Para onde vão estas pessoas? Muitos centros de acolhimento deixaram de ter ajuda alimentar, devido ao contexto internacional, explica Abdul Tavares, pelo que resta aos deslocados a dura escolha entre partir ou ficar em zonas inseguras, mas onde existem alimentos.     "Antes, as pessoas iam para centros de acolhimento de deslocados. Os centros eram locais seguros porque as agências das Nações Unidas, sobretudo o Programa Alimentar Mundial (PAM), estavam no terreno e ofereciam comida, senhas... Isto ajudava na sobrevivência de muitas famílias deslocadas.  Hoje, com a retirada do PAM, essas pessoas começaram a repensar entre ficar nos centros de acolhimento e morrer de fome ou voltar para os seus distritos para fazer a sua machamba e morrer da guerra. Os centros de acolhimento já não têm alimentação, nem água, nem conseguem garantir o acesso a cuidados básicos. Estamos a falar de pessoas que têm problemas psicossociais porque viveram a guerra, viram seus familiares a serem decapitados, viram suas casas a serem queimadas. Estes, preferem ficar numa zona segura em termos de conflito, preferem morrer de fome do que da guerra. E outros preferiram morrer da guerra do que da fome."

Gabinete de Guerra
Gaza. “Há pessoas a morrer à fome, é o fim da linha”

Gabinete de Guerra

Play Episode Listen Later Jul 29, 2025 11:33


Francisco Pereira Coutinho afirma que situação em Gaza é responsabilidade de Israel que tem bloqueado a ajuda humanitária. Garante que Netanyahu já percebeu o problema que criou, mas não o reconhece.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Irmãos Dias Podcast
GUSTAVO CERBASI: Como quase MORRER me TRANSFORMOU em um MILIONÁRIO! - Irmãos Dias Podcast

Irmãos Dias Podcast

Play Episode Listen Later Jul 29, 2025 93:50


Gustavo Cerbasi é uma das maiores referências em educação financeira do Brasil e autor e vários livros sobre finanças e investimentos. ~~~~~~~~~~~~ Converse diretamente com meu assessor de investimentos do Kaza Capital, parceiros do BTG Pactual:https://docs.google.com/forms/d/1yccOp-BQxM4hCflWDI7np9oRTKY5lzMGKB5FTjXIg9Q~~~~~~~~~~~~INVESTIDOR 10: Tudo que o investidor precisa em um só lugar:https://investidor10.com.br/click/1000386/Host: André DiasCarol Dias Convidados: Gustavo Cerbasi

Zoom
Gabinete de Guerra. Gaza. “Há pessoas a morrer à fome, é o fim da linha”

Zoom

Play Episode Listen Later Jul 29, 2025 11:33


Francisco Pereira Coutinho afirma que situação em Gaza é responsabilidade de Israel que tem bloqueado a ajuda humanitária. Garante que Netanyahu já percebeu o problema que criou, mas não o reconhece.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Noticiário Nacional
1h As pessoas estão, literalmente, a morrer à fome, em Gaza

Noticiário Nacional

Play Episode Listen Later Jul 23, 2025 9:16


Actualidade - Renascença V+ - Videocast
"Um espetáculo de horror". Em Gaza, há bebés com poucas semanas a morrer à fome

Actualidade - Renascença V+ - Videocast

Play Episode Listen Later Jul 23, 2025 1:35


"Um espetáculo de horror". Em Gaza, há bebés com poucas semanas a morrer à fomeb271e0b6

Palavra Amiga do Bispo Macedo
Quem quiser nascer do Espírito Santo tem que morrer para si mesmo e para o mundo - Meditação Matinal 21/07/25

Palavra Amiga do Bispo Macedo

Play Episode Listen Later Jul 21, 2025 35:58


"O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é Nascer de Novo." João 3:6-7"Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o Amor do Pai (Espírito Santo) não está nele.Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a Vontade de Deus permanece para sempre." I João 2:15-17

Porque Sim Não é Resposta
"E se a mãe morrer?". Há crianças torturadas com o medo

Porque Sim Não é Resposta

Play Episode Listen Later Jul 16, 2025 9:49


Como ajudamos uma criança que perdeu tantos familiares a viver sem o pânico de perder também a mãe? Não é só uma fantasia infantil, é um medo real.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Fórum Onze e Meia
Se depender da PGR, Jair Bolsonaro pode morrer na prisão | Fórum Onze e Meia | 15.07.25

Fórum Onze e Meia

Play Episode Listen Later Jul 15, 2025 124:01


No Fórum Onze e Meia de hoje: Até 43 anos de cadeia! Se depender da PGR, Jair Bolsonaro pode morrer na prisãoConvidados do programa de hoje: o deputado federal Glauber Braga, Kari Santos, vereadora em Recife e o historiador Carlito NetoApresentação de Luiz Carlos Azenha e Yuri FerreiraBecome a supporter of this podcast: https://www.spreaker.com/podcast/forum-onze-e-meia--5958149/support.

OpExCAST
Pauta Secreta #273 - Não consigo nem morrer!!! - Capítulo 1154

OpExCAST

Play Episode Listen Later Jul 14, 2025 210:50


CHEVETÃO CHEGOU!!!Dragon que lute. Hoje, quem brilhou foi o Xebec!✅ Sabemos quem é o herói nascido no West Blue!✅ A causa dos problemas climáticos de Ebalhp!✅ Os filhos do Rei Harald (tem mais de 2) @.@✅ Amor de mãe!✅ TUDO sobre o XEBEC!!!

Amorosidade Estrela da Manhã
SE VER SEMPRE COMO RUIM, QUANDO ACONTECER VAI PREFERIR MORRER DO QUE TER QUE MORRER

Amorosidade Estrela da Manhã

Play Episode Listen Later Jul 9, 2025 7:15


Conversas com as Entidades sobre temas diversos

JB Carvalho
#602 - Viva para ser inesquecível - O que sua vida vai falar depois que você morrer? | JB Carvalho

JB Carvalho

Play Episode Listen Later Jul 8, 2025 69:38


#602 - Viva para ser inesquecível - O que sua vida vai falar depois que você morrer? | JB Carvalho by JB Carvalho

Convidado
Cabo Verde: A “bandeira negra da fome” era também “fome de bandeira”

Convidado

Play Episode Listen Later Jun 26, 2025 19:04


Nos 50 anos da independência de Cabo Verde, a RFI publica uma série de reportagens sobre este tema. Neste primeiro episódio, abordamos as raízes da revolta com algumas das pessoas que lutaram pela libertação nacional, como Pedro Pires, Osvaldo Lopes da Silva, Alcides Évora, Maria Ilídia Évora e Marline Barbosa Almeida, mas também com o historiador António Correia e Silva e o jornalista José Vicente Lopes. Foram mais de cinco séculos de dominação colonial, uma história marcada pelo comércio de pessoas escravizadas, ciclos de fome, secas e emigração forçada. A independência foi a 5 de Julho de 1975, mas a resistência começou muito antes, ainda que tenha sido a Geração Cabral a desencadear a luta de libertação e a conduzir Cabo Verde à independência. No século XIX, a elite letrada já manifestava uma atitude contestatária face ao poder colonial. Intelectuais como Eugénio Tavares, Pedro Cardoso, Luís Loff e, mais tarde, os chamados “claridosos” denunciaram os problemas que afectavam a população e exaltaram a singularidade e a identidade do povo cabo-verdiano.  Na década de 1940, uma nova geração de intelectuais, inspirados pelos antecessores, passam a reivindicar o direito à independência. O historiador e sociólogo António Correia e Silva sublinha que a Geração Cabral é fruto de lutas anteriores, que o fantasma das fomes foi determinante para desencadear o movimento de libertação e que, nessa altura, a ideia de “independência se torna politicamente credível”. “Gabriel Mariano vai escrever um grande poema sobre a fome que se chama 'Capitão Ambrósio': 'Bandeira negra, negra bandeira da fome…'. Eu costumo dizer aos meus alunos que bandeira, negra e fome é um triângulo virado para o futuro e que a bandeira negra da fome era, na verdade, uma fome de bandeira, uma fome de independência”, descreve António Correia e Silva. “Essa geração de Amílcar Cabral, o grande salto é que, através de uma aliança pan-africana, aproveitando uma conjuntura pós-guerra, a criação das Nações Unidas e a ideia de autodeterminação que surge naquela altura, a ocorrência de algumas independências de países afro-asiáticos, países grandes como a Indonésia, a Índia, o Egipto, etc, tudo isto provoca a passagem, a violação do interdito, a passagem do intransponível limite que era a independência. Isto é, a independência torna-se pensável, mas mais, torna-se politicamente credível”, acrescenta o historiador. As grandes crises de fome em Cabo Verde entre 1941 e 1942 e entre 1947 e 1948 foram de uma violência brutal, com milhares de mortos. Em 1939, a população estava avaliada em 174 mil pessoas e caiu, em 1950, para 139 mil. Os sobreviventes emigravam em massa para as plantações de São Tomé e Príncipe, onde viviam, trabalhavam e muitos morriam em condições semelhantes às da escravatura. Outros conseguiam emigrar clandestinamente para espaços que não o do Império português.  Na memória colectiva há um episódio trágico que não se esquece. Foi a 20 de Fevereiro de 1949, na cidade da Praia e ficou conhecido como o Desastre da Assistência. Centenas de pessoas, que aguardavam pela distribuição de refeições quentes, morreram quando caiu o muro do edifício dos Serviços de Assistência. Estima-se que mais de três mil pessoas se reuniam diariamente nesse espaço para receber a única refeição do dia. Dados oficiais apontavam para 232 vítimas, mas teme-se que o número tenha sido muito superior. Muitas vítimas foram enterradas em valas comuns no Cemitério da Várzea, embrulhadas em lençóis, por falta de caixões. Alcides Évora era uma criança nessa altura, mas lembra-se de ter visto as valas comuns. “Eu comecei a ter uma certa revolta interna desde o início da década de 40. Na altura, eu tinha sete ou oito anos e presenciei a fome de 47. Ainda lembro quando houve o desastre da assistência em que foram transportados, feridos e mortos do local para o Hospital da Praia. Havia tantos mortos. Inclusive muitas casas ficaram fechadas porque não houve nenhum sobrevivente da família que pudesse abrir a porta das suas residências. Da mesma forma, assisti ao enterro na Várzea, na vala comum, em que punham um grupo de cadáveres, depois deitavam o cal e depois punham outra camada de mortos e assim sucessivamente. É algo que ficou gravado na memória. Isto também me fez despertar uma certa revolta interna contra o sistema colonial português”, recorda. Gil Querido Varela também testemunhou a fome de 1947 e viu crianças a morrerem. Por isso, a revolta foi inevitável e quando surgiu a oportunidade aderiu à luta clandestina nas fileiras do PAIGC em Cabo Verde. “Quem já tinha visto a fome de 47 - que eu vi - não ficava sem fazer nada. Vi crianças a morrerem de fome, corpos inflamados de fome. Vi mães com crianças mortas nas costas, não as tiravam para poderem achar esmola. Os colonialistas troçavam do povo, da fome do pobre. Quando veio o PAIGC, entrei rápido. Quem viu aquela fome, era impossível para não lutar. Só quem não tem sentimento”, lembra Gil Querido Varela, que nos leva, num outro episódio ao Campo de Concentração do Tarrafal. A fome também ensombra as memórias de Marline Barbosa Almeida. Foi a partir daí que ela decidiu juntar-se à luta, também na clandestidade. Quis ver a sua terra “livre e independente”. “Nós, que nascemos nos anos 40, 50, vimos aquele período de fome, em que morreram muitas pessoas e o culminar foi o Desastre da Assistência, que matou dezenas, para não dizer centenas de pessoas. Daí cresceu em nós uma certa revolta que não estava classificada politicamente, mas era uma revolta contra a situação de Cabo Verde. Mais tarde, eu, como lia muito - eu devorava livros – fui-me apercebendo das desigualdades, da opressão, do que era necessário para que saíssemos do jugo do colonialismo”, conta Marline Barbosa Almeida, em sua casa, na Praia. No livro “Cabo Verde - Um Corpo que se Recusa a Morrer - 70 anos de fome - 1949-2019”, o jornalista José Vicente Lopes fala sobre o Desastre da Assistência, considerando que a luta de libertação do PAIGC teve como um dos motores a fome que assolava desde sempre o arquipélago. “Este livro fala de um acontecimento que houve em Cabo Verde, que foi o Desastre de Assistência de 1949, e cobre a história de Cabo Verde de 1949 a 2019, numa perspectiva da questão alimentar em Cabo Verde, a história das fomes, o impacto que isto foi tendo nos cabo-verdianos até desembocar inclusive na criação do PAIGC. O PAIGC foi uma reacção à calamidade famélica que foi sucedendo em Cabo Verde desde o século XVI ao século XX porque até 1949, quando se dá o Desastre de Assistência, qualquer seca que acontecesse em Cabo Verde matava no mínimo 10.000, 20.000 pessoas”, sublinha o jornalista, acrescentando que “o espectro da fome não desapareceu porque, apesar de todos os investimentos feitos, apesar de tudo o que se conseguiu fazer, mesmo um bom ano agrícola, um bom ano de chuvas em Cabo Verde, Cabo Verde não consegue produzir mais de 20% das suas necessidades alimentares, logo, 80% tem que ser importado”. As violências coloniais eram de toda a ordem. Maria Ilídia Évora tinha cinco anos quando viu o pai a ser espancado por brancos. A imagem nunca mais a deixou, assim como o medo incontrolável sempre que via alguém de pele branca. Mais tarde, ela viria a integrar um grupo de cabo-verdianos que foi treinado em Cuba para desencadear a guerrilha em Cabo Verde e viria ainda a trabalhar em hospitais durante a guerra na Guiné.  “Uma pessoa a bater em alguém que não fez nada, a bater daquela maneira como baterem no meu pai, uma criança não entende. Eu não entendi. Nunca entendi. Até conhecer o Amílcar, para mim, o branco era o diabo. Eu considerava o branco uma coisa muito ruim. Bater em alguém que não fez nada, que só estava lá porque quis conviver com um patrício amigo, não tinha sentido. Porque para a gente, amizade é amizade. Ele não foi fazer nada, ele não tinha nada nas mãos, nem nos pés, nem em nenhum lugar, e acharam que era um inimigo a ser abatido. Essa coisa nunca me saiu da cabeça”, conta-nos na sua casa, no Mindelo. Todas estas circunstâncias alimentaram a coragem dos que acreditaram na luta. Muitos deles, depois de terem passado no Liceu Gil Eanes, em São Vicente, depois na Casa dos Estudantes do Império, em Portugal, acabariam por "dar o salto". Em 1961, dezenas de angolanos, mas também moçambicanos e cabo-verdianos nacionalistas fogem clandestinamente de Portugal e protagonizam uma fuga massiva histórica para França nas barbas do salazarismo. Vários acabaram por ser figuras de destaque nas lutas de libertação nacional e, mais tarde, ocuparam também postos de relevo nos novos Estados. Pedro Pires foi um dos que escolheu seguir Amílcar Cabral, o líder da luta de libertação da Guiné e Cabo Verde. Era o momento de deixar tudo para trás e arriscar por uma causa. “Chegou um momento em que era preciso alguém correr riscos. Não quer dizer que todos iam correr riscos, mas tinha chegado o momento em que aqueles que achassem que podiam correr riscos ou aqueles que achassem que estivessem no dever de correr riscos, no dever da solidariedade e no dever de serviço em favor do seu país, do seu povo, decidiu correr o risco. Mas o risco é inerente a qualquer decisão e aí nós optamos ou ficar parados e não fazer nada ou então agir e correr riscos. Eu acho que tem sempre resultados, com maiores ou menores dificuldades. O facto de corrermos risco, podemos mudar muita coisa. Foi o que aconteceu connosco. Nós éramos um grupo que saiu na mesma altura ou no mesmo dia, éramos cerca de 60 jovens que decidiram correr o risco”, resume o antigo comandante. Osvaldo Lopes da Silva, comandante de artilharia mobilizado na Guiné, também correu o risco e esteve nessa fuga. Ele recorda esse pontapé de saída para a luta de libertação. “Atravessámos a fronteira de autocarro. Foram vários grupos, cada um foi à sua maneira. Depois, estivemos concentrados nas cercanias de San Sebastian. Quando íamos atravessar a fronteira, o elemento na fronteira que devia facilitar a nossa saída, tinha desaparecido. De forma que fomos presos. Estivemos dois dias na prisão central de San Sebastian e, às tantas, de repente, aparece o director da prisão com um discurso todo terceiro-mundista que 'o povo, o governo da Espanha estiveram sempre ao lado daqueles que lutam pela liberdade, pela independência, etc, etc'. Para nós, foi uma grande surpresa e fomos postos em liberdade. E a verdade é que, pelos documentos que reuniram, viram que essa gente não são maltrapilhos quaisquer, são gente com qualificação”, lembra. Muitos dos que estiveram nessa fuga, tinham frequentado e cultivado a reafricanização dos espíritos num dos principais berços da contestação ao colonial fascismo português: a Casa dos Estudantes do Império. Foi criada em 1944, em Lisboa, pelo próprio regime ditatorial para apoiar os jovens “ultramarinos” que fossem estudar para a “metrópole”, e encerrada em 1965. Duas décadas em que foi uma escola de consciencialização política do nacionalismo africano, fosse na sede lisboeta ou nas delegações de Coimbra e no Porto, ajudando à criação dos movimentos de libertação das colónias portuguesas em África. Outro centro de pensamento anticolonial foi o Centro de Estudos Africanos, em cujo grupo fundador esteve o futuro pai das independências da Guiné-Bissau e de Cabo Verde. Amílcar Cabral foi também vice-presidente da Casa dos Estudantes do Império em 1951. A sua segunda esposa, Ana Maria Cabral, também por lá passou e recorda a importância do local para a contestação. “Fui levada pelos meus irmãos mais velhos e não havia só bailes, havia encontros, havia reuniões sobre a situação dos nossos países, em especial quando os franceses e os ingleses começaram a dar a independência às suas antigas colónias. Seguimos todo o processo dessas independências. Nós todos éramos Lumumba e Nkrumah. Nós seguíamos a luta dos outros povos, dos povos das colónias e não só das colónias em África”, explica Ana Maria Cabral. Muitos dos que passaram pela Casa dos Estudantes do Império vieram a assumir importantes responsabilidades na luta anticolonial e de libertação dos antigos territórios em África, como Amílcar Cabral, Vasco Cabral, Agostinho Neto, Mário Pinto de Andrade, Eduardo Mondlane, Marcelino dos Santos, Joaquim Chissano e Miguel Trovoada. Pedro Pires também conheceu de perto a Casa dos Estudantes do Império. Aquele que foi comandante e destacado dirigente político-militar do PAIGC na luta de libertação, assim como o principal arquitecto do Acordo de Lisboa para a independência, resume que a luta contra a opressão colonial foi desencadeada pelo próprio colonialismo. “É o próprio sistema colonial, que não dava resposta às necessidades e às dificuldades, enfim, às crises por que passava a Cabo Verde, mas também que não se interessava especialmente em encontrar soluções para esses problemas. O percurso histórico de Cabo Verde é trágico, em certa medida, porque os cabo-verdianos tiveram que enfrentar situações extremamente complicadas e difíceis de fome, secas, fugas, ter que buscar por outras vias as soluções e o próprio sistema que não dava resposta às necessidades e às exigências, para não dizer também aos sonhos daqueles que queriam ver o país numa via diferente. Portanto, o colonialismo era um sistema de bloqueio e era indispensável lutar contra ele, a fim de abrir novas perspectivas ao país para realizar os seus objectivos, os seus sonhos, mas também por uma coisa muito simples: para ter uma vida melhor”, considera Pedro Pires. Foi para buscar essa “vida melhor” que estes homens e mulheres abrem o caminho para a luta de libertação, da qual vamos recordar alguns momentos nos próximos episódios.   Pode ouvir aqui as entrevistas integrais feitas aos diferentes convidados.

IBN PLENITUDE
Prefiro morrer do que perder a vida - Jhony Mendes | Estação

IBN PLENITUDE

Play Episode Listen Later Jun 24, 2025 52:22


Ministração realizada no dia 21 de Junho de 2025

30:MIN - Literatura - Ano 7
536: Livros para morrer antes de ler

30:MIN - Literatura - Ano 7

Play Episode Listen Later Jun 13, 2025 54:40


No novo episódio escolhido pelos apoiadores no sorteio da pauta fura-fila, Arthur Marchetto e Cecilia Garcia Marcon contam sobre os livros que fizeram eles questionarem… a própria vontade de ler.De clássicos a contemporâneos, a dupla expõe várias decepções, mas, claro, com os motivos das leituras falharem. Será que algum "monstro sagrado" entra na lista? Será que seu livro preferido está aqui? Quem sobreviveu ao martírio de ler até o fim?Aperta o play e conta pra gente: já leu algum livro que você só recomendaria para quem já está em um caixão?---Links⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Apoie o 30:MIN⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Siga a gente nas redes⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Já apoia? Acesse suas recompensas⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Confira todos os títulos do clube!

BBC Lê
A médica que trocou fazer partos por ajudar pessoas gravemente doentes a morrer

BBC Lê

Play Episode Listen Later Jun 12, 2025 28:03


'Acho que o papel do médico é ajudar as pessoas em todos os estágios de suas vidas, e a morte assistida é uma extensão disso', diz Stefanie Green.

Expresso - A Beleza das Pequenas Coisas
Eduardo Gageiro (1935-2025): “Gostaria de ser recordado como um rapaz de Sacavém que procurou sempre denunciar as injustiças sociais e que vai morrer vertical e com honra. Nunca fui mau para ninguém”

Expresso - A Beleza das Pequenas Coisas

Play Episode Listen Later Jun 4, 2025 110:14


Entrevista originalmente publicada em 10 de novembro de 2017. Chamam-lhe o “fotógrafo do povo e da revolução”. Ele confessa-se “um homem de coragem por trás de uma máquina”. Aos 82 anos, Eduardo Gageiro conta a sua história e as histórias do país que documenta desde os 12 anos, quando tomou de empréstimo uma máquina de plástico do irmão. Numa época em que ser fotógrafo de jornais era tantas vezes ser um mero “bate-chapas” do sistema, Gageiro arriscou ir além: revelou o Portugal a preto e branco de Salazar, a tragédia das cheias de 1967 (que aconteceu há 50 anos), esteve na linha da frente do 25 de Abril, registou o atentado nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, ou as glórias de Eusébio e Amália. Nesta conversa, Gageiro faz contas à vida, à doença e à solidão, assume um certo mau feitio, mas assegura que “nunca foi mau para ninguém” e espera “durar mais dois anitos” para ver a inauguração da sua Casa da Imagem. Para ouvir neste episódio do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”See omnystudio.com/listener for privacy information.

Professor HOC
A HUMANIDADE VAI MORRER DE VELHICE?

Professor HOC

Play Episode Listen Later May 23, 2025 79:56


Estamos prestes a entrar em uma nova era da humanidade — e poucos estão preparados. Pela primeira vez em 700 anos, a população mundial vai encolher... mas, desta vez, não por causa de guerras ou pestes, e sim por nossas próprias escolhas. Neste vídeo, mergulhamos nas causas e consequências dessa revolução silenciosa: a queda global das taxas de fertilidade. O que acontece quando nascem menos pessoas do que morrem? Quais serão os impactos sociais, econômicos e geopolíticos dessa transformação inédita? E qual país está mais preparado para o futuro? Uma análise profunda sobre o mundo que estamos deixando para trás — e aquele que está surgindo.

Palavra Amiga do Bispo Macedo
Jesus disse: Todo aquele que vive, e crê em Mim, nunca irá morrer... – Meditação Matinal 18/05/2025

Palavra Amiga do Bispo Macedo

Play Episode Listen Later May 18, 2025 26:42


Disse-lhe Jesus: EU SOU a ressurreição e a vida; quem crê em MIM, ainda que esteja morto, viverá; E todo aquele que vive, e crê em MIM, nunca irá morrer. Crês tu isto? João 11:25-26Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da Terra; Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Colossenses 3:1-3

Os Pingos nos Is
Bolsonaro afirma que irá "morrer na cadeia" / PL cogita Nikolas em São Paulo

Os Pingos nos Is

Play Episode Listen Later May 17, 2025 120:02


NBA das Mina
Matar ou Morrer

NBA das Mina

Play Episode Listen Later May 16, 2025 58:14


Minutagem4:30 - Golden State Warriors x Minnessota Timberwolves 15:30 - Oklahoma City Thunder x Denver Nuggets37:00 - Boston Celtics x New York Knicks

BBC Lê
O que fez Joana d'Arc para mudar rumo de Guerra dos 100 Anos e sorte da França antes de morrer na fogueira

BBC Lê

Play Episode Listen Later May 6, 2025 11:55


Historiadoras explicam como a jovem camponesa analfabeta, sem conhecimentos militares ou políticos, conseguiu desempenhar um papel tão decisivo na história do país.

NerdCast
Caneca de Mamicas 191 - Coisas pra fazer antes de morrer

NerdCast

Play Episode Listen Later May 3, 2025 106:32


Se na vida real não tem gênio da lâmpada o que a gente faz? Lista todos os nossos desejos e tenta realizá-los por conta própria, é claro! E mesmo que seja algo impossível e inalcançável, sonhar não custa nada meu amooor! Aperte o play pra saber o que tem na nossa lista e pra descobrir qual situação fora da pauta fez a gente rir de passar mal! REDES SOCIAIS Príncipe Vidane - @principevidane Mary Joe - @maryjoerodrigue Andreia Pazos - @deiaduboc Agatha Ottoni - @agathaottoni ARTE DA VITRINE: Felipe Camêlo Baixe Versão Wallpaper da Vitrine CONFIRA OS OUTROS CANAIS DO JOVEM NERD  Mande suas histórias, críticas, elogios e sugestões para: canecademamicas@jovemnerd.com.br APP JOVEM NERD: Google Play Store |  Apple App Store

Cuando los elefantes sueñan con la música
Cuando los elefantes sueñan con la música - Dorival y Nana Caymmi - 30/04/25

Cuando los elefantes sueñan con la música

Play Episode Listen Later Apr 30, 2025 58:55


Dorival Caymmi nació un 30 de abril y su hija Nana un 29. Escuchamos al patriarca de la música de Bahía, que nos dejó en el 2008, en 'São Salvador', 'Acontece que eu sou baiano', 'O mar', 'O bem do mar', 'Dora', 'Marina', 'Rosa morena', 'Vestido de bolero' y 'Acalanto' -a dúo con Nana-. Y a Nana Caymmi en canciones de su padre como 'Só louco', 'Tão só' o 'E eu sem Maria', de Dolores Duran como 'A noite do meu bem', 'Solidão' y Estrada do sol', y en 'Morrer de amor', 'Resposta ao tempo' y 'Vale a pena'.Escuchar audio

ONU News
Milhões morrerão devido a cortes de financiamento, diz chefe de ajuda da ONU

ONU News

Play Episode Listen Later Apr 30, 2025 1:52


Em visita ao Afeganistão, Tom Fletcher relata hospitais superlotados com quatro pessoas dividindo uma mesma cama, médicos tendo que tomar decisões horríveis sobre quem salvar e profissionais com cortes de salário de até dois terços; crise de recursos já afeta diversos programas da ONU ao redor do mundo.

Somos Todos Malucos
O meu medo de morrer — Intermédios

Somos Todos Malucos

Play Episode Listen Later Apr 28, 2025 24:16


Neste primeiro episódio de Somos Todos Malucos — Intermédios, revisitamos os episódios sobre a morte e porque é que eu tenho medo de morrer.See omnystudio.com/listener for privacy information.

biblecast.net.br - A Fé vem pelo Ouvir
Decidir... Viver... Morrer... em e por Cristo [Coração de Discípulo #19]

biblecast.net.br - A Fé vem pelo Ouvir

Play Episode Listen Later Apr 27, 2025 37:39


Por Pr. Eduardo Pena. Mensagem 19 da série "Coração de Discípulo". | Filipenses 1: 21 | https://bbcst.net/V9248

Histórias para ouvir lavando louça
O dia que a médica que ensina a morrer se despediu da própria mãe

Histórias para ouvir lavando louça

Play Episode Listen Later Mar 27, 2025 4:34


Como médica paliativista, Ana Cláudia viu de perto o fim de muitas histórias, ajudou a aliviar a dor de quem partia e acolheu famílias no momento mais difícil. Mas nada a preparou para a despedida de sua própria mãe.A mãe dela havia passado por muitas perdas. O marido, uma filha… O luto foi se acumulando e, junto com ele, uma tristeza profunda que aos poucos foi tirando o brilho dos olhos dela. Vieram as quedas, o desequilíbrio, os sinais de que o corpo começava a se render. Foi quando Ana sugeriu que ela fosse para a casa de repouso onde trabalhava. Um lugar com fisioterapia, missa semanal, outras pessoas para conversar. A mãe disse sim.O tempo lá trouxe uma melhora, mas não impediu o avanço da esclerose lateral amiotrófica. A mãe começou a engasgar, a se atrapalhar com os próprios movimentos. Em uma visita, Ana a encontrou fazendo as unhas, arrumando o cabelo, mas no sábado seguinte, de manhã, a respiração ficou difícil. Ana não estava presente, mas percebeu que era chegada a hora e pediu à filha para dizer à avó que ela estava a caminho.Chegou no quarto e encontrou a mãe cercada pela família, deitada na cama, serena. Tocou na mão dela e sussurrou: "Mãe, cheguei". A mãe abriu os olhos, puxou um último ar, sorriu… e partiu.Dez minutos se passaram, e o médico, que um dia foi aluno de Ana, revelou que algo incomum havia acontecido. A mãe dela já não respirava fazia 10 minutos, mas todos ali concordaram em esperar. Ninguém a tocou. Todos ficaram em silêncio, em respeito ao tempo da filha que ainda não havia chegado. E então, quando Ana entrou no quarto e chamou, a mãe voltou. Só para se despedir.Se Ana pudesse desenhar essa cena, ela imaginaria sua mãe atravessando um túnel, com o pai e a filha esperando do outro lado. Prestes a ir, escutaria a voz da filha chamando. E, por um instante, interromperia a travessia. "Só um minutinho", diria. E voltaria, só para deixar à filha o último presente: um sorriso.

Igreja Batista Alameda Santa Felicidade
#122 | A Decisão de Morrer para Viver | Pr. João Brito | 22/10/23

Igreja Batista Alameda Santa Felicidade

Play Episode Listen Later Mar 27, 2025 72:42


A Decisão de Morrer para Viver | Pr. João Brito | 22/10/23

Imposturas Filosóficas
#284 tem que morrer pra germinar | luto, términos e despedidas

Imposturas Filosóficas

Play Episode Listen Later Mar 21, 2025 68:34


O luto não acontece apenas quando morre alguém. Há um paralelo inevitável entre morrer e terminar. Será que é possível, no momento derradeiro, mesmo contra a vontade, dizer: “obrigado”? Ora, se somos capazes de agradecer é porque algo na relação foi bom. Talvez este gesto, repetido todos os dias nos contextos mais banais, possa abrir a possibilidade de algo novo acontecer. No podcast desta sexta, fazemos um paralelo sobre a morte e o fim das relações, pensando a despedida como início de um trabalho de metamorfose da perda em celebração.ParticipantesMariana WatanabeRafael LauroRafael TrindadeLinksTexto lidoFilosofia para PsicólogosOficina de Reflexão e EscritaOutros LinksFicha TécnicaCapa: Felipe FrancoEdição: Pedro JanczurAss. Produção: Bru AlmeidaTexto: Rafael LauroGosta do nosso programa?Contribua para que ele continue existindo, seja um assinante!Support the show

Cultos - Igreja Batista do Povo
09.03.25 (19h15) - "Prefiro morrer a me arrepender" - (Pr. Yago Martins)

Cultos - Igreja Batista do Povo

Play Episode Listen Later Mar 10, 2025 44:23


Culto de Celebração 19h15

Histórias para ouvir lavando louça
A médica que ensina a morrer com dignidade

Histórias para ouvir lavando louça

Play Episode Listen Later Mar 6, 2025 11:27


Desde pequena, Ana Claudia Quintana Arantes  @acqa  sabia que queria ser médica. Mas crescer em uma família com dificuldades financeiras fazia esse sonho parecer distante. Ainda assim, ela insistiu e conseguiu entrar na USP, um passo que parecia impossível, mas que abriu o caminho para tudo o que viria depois.Foi na faculdade que começou a perceber algo que a maioria dos colegas evitava: a morte. O assunto era tratado como um fracasso, um erro da medicina, algo a ser contornado a qualquer custo. Mas para Ana, essa negação não fazia sentido. Quanto mais ela estudava, mais entendia que a morte não era o oposto da vida, mas parte dela. E foi assim que encontrou sua verdadeira vocação nos cuidados paliativos.Ela começou a trabalhar com pacientes em fase terminal e percebeu algo fundamental. Não era só sobre aliviar dores físicas. Era sobre acolher, ouvir, permitir que as pessoas vivessem seus últimos dias com dignidade. Ana descobriu que a maior parte do sofrimento vinha do medo, do silêncio ao redor do tema, da solidão de não poder falar sobre o próprio fim.Enquanto a maioria dos médicos olhava para a morte como um inimigo, Ana a via como parte do processo. Falava sobre isso com naturalidade, escrevia, dava palestras. Queria quebrar o tabu, ensinar que a morte não precisava ser um momento de desespero, mas sim de significado.A experiência com os pacientes trouxe reflexões profundas sobre a vida. Sobre como gastamos tempo demais preocupados com coisas que não importam e tempo de menos vivendo de verdade. Sobre como postergamos conversas difíceis, como temos medo de dizer “eu te amo” ou pedir perdão. Ela via isso todos os dias, e isso mudou como escolheu viver.Olhando para trás, Ana Claudia não tem dúvidas: escolheu a medicina para salvar vidas, mas aprendeu que, às vezes, salvar alguém significa apenas garantir que seu fim seja tratado com respeito e humanidade.O livro "Cuidar até o fim" da Ana Claudia Quintana Arantes, publicado pela  @EditoraSextanteTV , você pode comprar aqui pelo link: https://amzn.to/3ENHubq.

UOL Investiga
UOL Prime #52: Matar ou morrer por bets

UOL Investiga

Play Episode Listen Later Jan 9, 2025 36:38


A nova lei das apostas esportivas no Brasil prioriza a arrecadação, mas deixa lacunas graves no combate ao vício. No UOL Prime, José Roberto de Toledo e Camila Brandalise discutem os impactos dessa legislação e os dramas humanos causados ​​pelo jogo compulsivo. O episódio traz relatos impactantes de pessoas viciadas, envolvendo crimes, sintomas de abstinência e casos extremos, como suicídios e tentativas de homicídio, evidenciando a gravidade do problema. See omnystudio.com/listener for privacy information.

Palavra Amiga do Bispo Macedo
Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto - Meditação Matinal 30/11/24

Palavra Amiga do Bispo Macedo

Play Episode Listen Later Dec 3, 2024 44:25


"Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto. Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo odeia a sua vida, guardá-la-á para a Vida Eterna." João 12:24-25