Conversas inspiradoras sobre os nossos aprendizados do cotidiano, criatividade e escrita, com a escritora e jornalista Ana Holanda.
Carol Enguetsu Lefevre tem uma trajetória interessante. Conheceu o zen-budismo há alguns anos e fez disso uma prática de vida. Passou um bom tempo em mosteiros e foi por lá que uniu um prazer, o desenho, com a prática da meditação. Carol percebeu que existem formas de aquietar a mente pelo traço. É isso o que ela ensina atualmente e foi sobre isso que conversamos neste episódio do podcast que fecha a temporada deste ano.
Se não registramos a memória, as histórias, se perdem. As autoras do livro A Porta Aberta do Sertão (editora Relicário), Isla Nakano e Renata Ribeiro, sabem bem disso. Foi isso que as motivou a escrever a obra e colocar no papel a história de uma figura emblemática: vó Geralda, guardadora de saberes que remetem a história do nosso país. Ela vivenciou um período histórico importante, no noroeste de Minas. Uma mulher sertaneja, simples, que foi administradora de uma fazenda chamada Menino. Foi testemunha de uma cidade projetada por Niemeyer, no Sertão, que não aconteceu, e a perseguição a vários integrantes do Partido Comunista, que pernoitavam na fazenda. Saberes históricos e da vida. E como as memórias podem e devem ser registradas. A de todos nós. Este foi o papo mais do que gostoso deste episódio com Isla Nakano.
Ninguém precisa se sentir sozinha quando coloca seu negócio no mundo. Tão pouco tentar adotar uma voz que não lhe cabe. E se você não se encontra nos modelos e processos adotados por ai, tudo bem? E sabe a intuição? Então, ela pode entrar sim na hora de decidir quais caminhos seguir. Neste episódio do Levo na Bolsa, Fabiana Soares, que atua dando a mãos para mulheres que empreendem, conta como ter um negócio tem mais a ver com uma lógica pessoal, da história que você carrega, daquilo que acredita para si, do que com estratégias muito prontas. Uma baita lição de como tudo o que a gente é e acredita pesa demais na balança. Principalmente na hora de construir um caminho para si.
A jornalista Luciana Benatti passou, recentemente, por uma transição de carreira. De jornalista à corretora de imóveis. Em pouco tempo conseguiu resultados incríveis de venda para quem está iniciando. E isso, acredite, aconteceu muito por conta da forma como ela se comunica no digital, com autenticidade. Neste episódio, Luciana me contou como trabalha a comunicação em textos e vídeos, do WhatsApp ao Instagram. E como transforma isso em resultado financeiro. Não dá para perder esse bate papo gostoso ou uma aula de comunicação autêntica.
Ser mãe nos abre uma baita oportunidade para nos conhecermos melhor. E desta auto apresentação, que nos leva para nossa luz e nossa sombra, nasce a possibilidade de criar. Nesta conversa, do episódio de número 30, converso com a médica Mônica Cereser, que criou um grupo potente de crescimento entre mães chamado Mães ajudam mães e é autora do livro “Ai se eu soubesse”.
"O estado de escrita é o estado de sonho; assumir esse lugar do corpo e da memória". A frase é da escritora Sheyla Smanioto, que aborda lindamente sobre como os nossos sonhos, aqueles que temos quando estamos dormindo, podem ser uma porta de entrada para a construção das nossas narrativas. Uma conversa daquelas que dá vontade de ouvir diversas vezes, anotar e voltar para ter certeza de que não deixou nada passar.
A gente se acostuma com as expressões, equidade e diversidade, e não percebe que estão presentes todo o tempo na nossa vida. Ana Franzoti não pode -- nem quer -- esquecer. Ela vive isso todos os dias, como responsável pela área de equidade e diversidade de uma corporação gigante. Nesta conversa, Ana conta de uma forma clara como as expressões da moda atravessam as diversas áreas da empresa, influenciam nas relações e nos negócios. Uma conversa para viver a palavra na vida de todo dia e entender tudo de mais bonito que ela pode carregar.
Olhar para o corpo como parte do processo de criação de um texto é algo que não estamos habituados. Neste episódio, conversei com a terapeuta paulista Adriana Perazzelli sobre como o corpo pode ser um guia importante. Como é seu corpo quando você está criando? Não sei se você já pensou nisso, mas esta indagação costuma me inquietar. E é a partir dela que começamos este bate papo.
Quando os pais adoeceram – os dois quase ao mesmo tempo – Julia Jalbut tinha apenas 22 anos. De filha que era cuidada passou a cuidar. Ao longo deste período, que durou alguns anos com a perda da mãe e, na sequência, do pai, Julia precisou lidar com uma avalanche de sentimentos. Além da terapia, escrever lhe ajudou a sobreviver a esta fase difícil. Seus escritos foram publicados, recentemente, no livro Uma casa que não pode cair. Nesta conversa, ela fala sobre cuidar, sobre perda e como a escrita é companheira neste processo de luto e de dor.
Você quer escrever um livro, mas não sabe como viabilizar isso financeiramente. A mesma lógica vale para viver como escritora ou viver da escrita, que podem ser diferentes. Nesta conversa, a planejadora financeira Vivian Rodrigues conta a dificuldade que escritores e artistas têm para precificar aquilo que produzem e como fazer disso uma atividade viável. No meio do bate-papo compartilhei também alguns aprendizados meus sobre este caminho. Tem muita coisa boa para ouvir. Só apertar o play.
Anita Gomes trabalhava com cinema. Ao acaso começou a frequentar rodas de mulheres. Para conversar, trocar. Ela não fazia ideia, mas isso mudou completamente a sua rota. No mês passado, até escola ela criou, a escola do feminino. Nesta conversa em que falamos a valer, Anita contou sobre a força escondida em cada uma de nós. Força para criar, para ser e sobre a necessidade de termos um modelo (de gestão, de negócio) alinhado com quem somos, respeitando a nossa intuição, jeito de ver e perceber as coisas e, principalmente, nossos limites. Também falamos brevemente também sobre agrojardim, porque descobri que Anita tem um no quintal. Mas isso, entendi, pode ser assunto para outro encontro.
Neste episódio, conversei com a Fernanda Ávila, uma das criadoras do clube de livros Amora, que oferece as assinantes uma curadoria, mensal, de livros escritos por mulheres contemporâneas. Mas por que devemos ler mulheres? Foi essa a pergunta que norteou o bate-papo e que também trouxe à tona questões sobre o papel da escrita nas nossas vidas e se podemos, tendo livros publicados ou não, nos considerarmos escritoras.
Heloisa Rocha ou Helô Rocha tem um perfil de sucesso no Instagram, chamado Manufaturah. Nele, ela compartilha sua paixão pelo bordado, pelo crochê e por tantos outros fazeres manuais. Paixão que foi descoberta há pouco tempo, após o convite de uma amiga para crochetarem juntas. Helô, que nunca quis sequer aprender a cozinhar, e não fazia ideia de como usar as agulhas resgatou nas linhas algo que nem ela sabia que a habitava: uma força enorme. Do feminino, de uma roda de mulheres juntas, de um saber ancestral. Nesta conversa, falamos sobre essa profundidade que pode vir à tona quando resgatamos o fazer manual e o que isso tem a ver com a criatividade.
A historiadora Camila Lovisaro descobriu na joalheria artesanal sua forma de expressão no mundo. Sua marca, que leva seu nome, traz peças delicadas, que contam histórias e não se rendem aos modismos momentâneos. Neste bate papo ela conta como lida com a intuição, o tempo das coisas (porque nem sempre uma coleção é um sucesso de cara) e o afeto no criar. Uma bonita lição sobre aquilo que todas compartilhamos também no nosso processo de criação do texto.
A ilustradora Tici Pinzon compartilha nesta conversa, generosamente, seu processo de criar ilustrações. Ela desenha lindas e delicadas bonecas, um resgate da criança interior. Nas linhas, ela encontra também um lugar para organizar os sentimentos e perceber sua força.
Criança gosta de ler notícias. Essa foi a descoberta das colegas Cinthia Behr, diretora de arte, e Maria Clara Cabral, jornalista. Ambas são mães e tinham o desejo de ver seus filhos se tornarem leitores de notícias. Ler, afinal, nos ajuda a desenvolver uma mente mais crítica, a pensar e a chegar as próprias conclusões. Foi assim que nasceu a Qualé, uma revista (física, em papel) para crianças e jovens que aborda conflitos, economia e as transformações sociais. Tudo com uma linguagem inteligente e adequada para a faixa etária. Se o negócio deu certo? É isso que elas contam: como saíram de uma ideia para ter, atualmente, milhares de assinantes. Parte deste segredo é a construção da narrativa. Mas para saber isso, você precisa ouvir.
A gaúcha Ana Goelzer organiza o TEDx Laçador (o TEDx de Porto Alegre) há mais de uma década. Nessa experiência, aprendeu algo valioso: como buscar em cada pessoa o melhor que cada um tem para compartilhar com o mundo. Nesta conversa, ela conta como é preciso alinhar ideias e peneira-las para buscar o que é realmente essencial – para si e para o outro.
Quando a jornalista Camila Balthazar decidiu parar de tingir os cabelos, no início da pandemia, não imaginou que isso a transformaria tanto. Deixar a mostra seus fios brancos não apenas a fez repensar sobre suas escolhas -- que também são as nossas -- como a fez escrever um livro autobiográfico, baseado em uma excelente reportagem, chamado Sem tinta. Nesta conversa, Camila conta sobre suas descobertas ao longo dos meses em que viu nascer não apenas fios brancos, mas a si mesma.
Luciana de Gnone se tornou escritora. De gestora decidiu mudar de carreira a partir da paixão pelos livros policiais. Se embrenhou pela literatura e transformou isso em um negócio, mas sem perder o olhar de uma boa construção narrativa. Seus romances policiais, publicados pela plataforma de auto publicação da Amazon, KDP, é sucesso de vendas. Nesta conversa ela conta como transformar a paixão por escrever em um negócio rentável.
Olhar para a nossa fragilidade e se transformar. É possível fazer isso pela escrita. Quem me contou foi a psicóloga Erika Pallottino, uma das fundadoras do Instituto Entrelaços que ajuda as pessoas a lidarem com seus lutos diversos: a morte em si, uma separação, uma mudança de país, uma demissão. A escrita é uma ferramenta para que a gente com as nossas diversas perdas ao longo da vida e também com situações de mudanças internas como o envelhecimento, a descoberta de uma doença... Uma conversa bonita demais sobre como a palavra pode abrir portas dentro da gente e ajudar em nossas travessias.
Tive uma conversa bonita com a linguista Carol Jesper, criadora de um perfil de sucesso no Instagram, português é legal. De fala apaixonante, Carol mostra que o português não é tão difícil quanto imaginamos e o quanto entender ou não, fazer a interpretação correta ou não, depende muito mais da forma como estamos no mundo do que com saber regras gramaticais. Um bate-papo delicioso para quebrar qualquer ranço que você possa ter com a língua portuguesa.
Nesta segunda temporada do Levo na bolsa conversei com a Juliana Kaiser, alguém que transforma a frase "igualdade nas questões de raça no ambiente de trabalho" em algo passível de ser praticado todos os dias. O mais bonito é perceber que isso tem tudo a ver com uma linguagem simples. Tomar consciência no jeito como estamos nos comunicando e, a partir dai, perceber que isso cria degraus entre nós. E mudar. No trabalho e na vida. A conversa foi cheia de exemplos práticos, a partir de situações que acontecem no cotidiano e nem nos damos conta disso. Profundo, intenso e valoroso quando percebemos que precisamos mudar dentro para transformar a realidade fora.
É possível ter aos 50 o corpo que tínhamos aos 20? Não. Mas por que, então, exigimos uma perfeição que não vamos atingir? Por que nos colocamos em restrição, gastamos o que temos -- e às vezes não temos -- com isso? Nesta conversa gostosa -- e a última desta primeira temporada do podcast -- a nutricionista Marina Nogueira fala sobre dietas e como nosso corpo muda ao longo do tempo. Um corpo real, que acumula gordura, que não é o mesmo da juventude, mas que nos coloca diante da vida para aproveita-la com inteireza.
Amar não é submissão. Violência também não cabe no amor. Tão pouco desconfiança, controle e ausência de liberdade. Ao ouvir tudo o que não era o amor, me senti perdida sobre o que era, afinal, o amor, sem romantismo, sem idealizações. O que é? Para responder a esta pergunta, conversei com a psicóloga Desirée Cassado, que se dedica, entre outras coisas, ao estudo do amor em suas diversas facetas. Um bate papo bonito demais sobre um sentimento que necessitamos ter mais clareza para vive-lo com intensidade e profundidade.
Ter ou não filhos parece uma decisão natural. Vai ter né? Quando não tem é porque geralmente aconteceu algo no meio do caminho. Antiquado? Nem tanto. Nesta conversa, Madalena Spinazzola mostra que decisões assim são um exercício bonito de liberdade sobre as rotas que escolhemos seguir.
Neste episódio do Levo na Bolsa conversei com a empresária da moda Thais Gusmão, que revolucionou a indústria de underwear. Falamos sobre processo criativo, amor por aquilo que fazemos, sucesso, perdas, esperança e força para seguir em frente.
Criar, seja em qualquer expressão artística - e a escrita se inclui nisso -, tem a ver com saber olhar. Elissa Rocabado iniciou sua carreira com a moda, depois passou a desenhar, ilustrar e a fazer estampas. Hoje, ela tatua a partir da observação delicada das plantas. Elissa conta aqui como este olhar nasceu.
Muitas de nós, em algum momento da vida, pensou em mudar. Tudo. Mas poucas de nós faz isso. A empreendedora Camila Marinho fez isso. Ela estava em um ótimo momento profissional, mas algo a chamava. Uma viagem para o Piauí alterou seu curso. O lugar a chamou. E lá foi ela -- e o namorado. Na bagagem, coragem e fé. Essa história já tem mais de três anos. E nessa conversa gostosa demais, ela conta os sabores e dissabores de uma mudança radical de vida.
Neste episódio, a nutricionista Marcia Daskal fala sobre comida (sem citar calorias) e sobre peso (sem rótulos). Porque escrever e criar é também sobre ser mais gentil com quem somos.
Rock, bandas formadas exclusivamente por mulheres, feminismo, trabalho coletivo e criativo. O Rock Camp, um acampamento que tem como fio condutor a música, é uma iniciativa apenas para meninas e que tem como objetivo mostrar a força que carregamos. Uma conversa boa demais com a Carla, coordenadora do Rock Camp de Curitiba.
Papel, papelão, folha seca, tampas. Para Estéfi Machado, tudo isso é material rico de trabalho, que alimenta a criatividade e a criança que mora dentro dela. Em uma conversa descontraída, ela fala sobre a importância do olhar e da fantasia para não nos perdemos de quem somos.
O corpo pode mesmo definir nossa capacidade de ser, amar e estar no mundo? O que acreditar nisso diz sobre a sociedade e a história que estamos construindo todos os dias. Uma conversa com a jornalista, educadora e ativista anticapacitista, Mariana Rosa.
A escritora Cris Paz é a entrevistada deste episódio. A mineira e Ana Holanda navegaram por assuntos diversos como envelhecimento, amores e escolhas. Tudo isso entremeado pela escrita.
Uma conversa com a fotógrafa Carolina Pires. Neste episódio, Ana Holanda e Carolina falam sobre a fotografia como um registro de vida e a escrita que nasce do cotidiano. Será que estamos presentes de verdade nas fotos?