Sou Luiz Fernando Rodrigues, formado em Marketing e especialista em gestão escolar. Amo educação e amo poesia. Em tempos de isolamento social, a internet passou a ser uma importante aliada. Poemas sempre fizeram parte do nosso dia a dia. Pensando nisso,
“No meio da tardea palavra arde,a palavra arde.É uma despedidaque não se despede,não se despede.Sua teimosia, sua magiafica no ar sangrando e sacodee comove esse coração.”Composição: Kleiton / Luiz De Miranda.
“Roseira de tanta rosa,Roseira de tanto espinho,Que eu deixei pelo caminho,Aberta em flor, e parti:Por me não perder, perdi-te:Mas mal posso assegurar-me,— Com te perder e ganhar-me,Se ganhei, ou se perdi...”Saudadepor Vicente de Carvalho
“Chega pra perto, me dá um arrochoQue eu já tô roxo de tanto roerAcende o fogo da minha fogueiraQue a noite inteira só faltei morrerTe procurando, meu amor te dandoE tu me negando, fazendo eu sofrerTe procurando, meu amor te dandoE tu me negando, fazendo eu sofrer”Procurando tu - Antonio BarrosInterpretação: Trio Nordestino
“O forró tava armado na casa de SalomãoTodo mundo só dançava, sem haver preocupaçãoQuando grita Ana Maria bem no meio do salãoPara a festa, para tudo, que morreu Mané JoãoTodos saíram correndo pra casa de seu ManéLogo que chegaram lá, o velho estava de péEra primeiro de Abril e até lá ninguém sabiaQue era o dia da mentira e que mentia Ana Maria”Primeiro de Abril - Ney Matogrosso
Meu Poeta Marginal': canção de Luana Tavares, Helena Cristina e Karynna Spinelli com participação especial de Michelle Monteiro. “Peça sempre permissão para falar do nosso mestreSobre força e proteção não há ninguém que contestedos bares ao sarau todo mundo te conhece peça sempre permissão para falar do nosso mestre certeiro inspiração para gente preta o amor de ser poeta em cada letramantendo a chama acesa sempre representando Nossa excelência preta por você poeta inspiração por você poeta oamor de poder cantar em qualquer naçãovou perambular risos pelo chão”
“Nós sabe bem o que cê faz escondido da sua famíliaSua filha quer bandido pra viver na adrenalinaE seu filho com a mesada enche o cu de cocaínaO Mano Brown pra mim não é Jesus, ele é realQue me ensinou a sobreviver nesse inferno racialE se a lei fosse cobrar quem rouba e mataA cadeia tava lotada de terno e gravataVocê é racista, igual aos teus antepassadosVocês fazem parte da escória, tudo racistaE se não fossem, estariam fazendo uma pra mudar a história”Eu Não Sou RacistaNego Max
Linda canção sobre o poema de Affonso Romano de Sant'Anna.“Com Affonso eu fiz ‘Os Amantes', uma canção bem ao estilo do poeta mineiro, cujo traço sempre me agradou. Lamento profundamente essa perda!", escreveu Fagner.“Os amantes em geralPassam horas figurandoO corpo amado, curvas, gestos, Preferências,como euOs amantes em geralSão patetas, maus estetasFazem versos ruinsE são poetas,Como euComo euComo eu”Os Amantes - Fagner
"Desconstruindo Amélia" é um hino de empoderamento e libertação. A música incentiva as mulheres a se rebelarem contra as expectativas opressivas da sociedade e a buscarem sua própria identidade e felicidade. A mensagem é clara: as mulheres não devem ser servas nem objetos, mas sim sujeitos de suas próprias vidas, com direitos e desejos próprios.“Disfarça e segue em frenteDisfarça e segue em frente, todo dia, até cansar (uhu!)E eis que de repente ela resolve então mudarVira a mesa, assume o jogo, faz questão de se cuidar (uhu!)Nem serva, nem objeto, já não quer ser o outro, hoje ela é um também (uhu!)”Desconstruindo Amélia - Pitty
A beleza perene da 'Jardineira' no CarnavalA canção 'A Jardineira', um clássico das marchinhas de Carnaval, é uma expressão alegre e ao mesmo tempo melancólica que reflete a efemeridade da vida e a importância de superar as tristezas. A letra fala de uma jardineira que está triste pela morte de uma camélia, uma flor que caiu do galho e morreu após dar dois suspiros. A repetição dessa estrofe enfatiza a causa da tristeza da jardineira e a natureza passageira da beleza e da vida.fonte: letras.mus.br“Oh, jardineira, por que estás tão triste?Mas o que foi que te aconteceu?Foi a camélia que caiu do galhoDeu dois suspiros e depois morreuFoi a camélia que caiu do galhoDeu dois suspiros e depois morreu”
“Como uma mão pode segurar a canetaUma caneta segura as pessoas?Uma mão segura a caneta (Uh)Uma caneta segura as pessoas (Uma mão, uma caneta, uh)Como uma mão pode segurar a caneta (Uh, uma mão)Uma caneta segura as pessoas? (Uma caneta, uh)Uma mão segura a caneta (Uh)Uma caneta segura as pessoas (Uh, yo, uh, yo) (Toni Morrison)”The Miner's Canary - Akua Naru
“Amado,Nesse vale de dorEu sei, o amor é a luzO amor é a pazO amor é pra sempreSaudade é uma ponte entre nósE a bondade em sua vozTrará você pra mim...E o véu que hoje encobre o céuDos teus olhos iráDesvanecer-se assim”Maria João de Deus - A Sinfonia do AmorPlinio Oliveira
“Ó vida da minha vida,Ó Rosa, Tirana!Adeusinho regalarTrai laró, laró, laró.Anda para a minha beiraÓ rosa, Tirana,Que eu vou para o teu lugarTrai laró, laró, laró.”Trovar d'Alma | Rosa Tirana | Música Tradicional Portuguesa
“Porque podia me amar eu o levei ao rio entre junquilhos. Mas amante não era era só homem e na água afoguei a minha sede de palavras mais doces que ambrosia. Porque era um homem só homem eu o levei ao rio entre junquilhos.” CANÇÃO PARA UM HOMEM E UM RIO Poema: Marina Colasanti Música: Milena Torres
“Ah, se ela soubesse que quando ela passa O mundo inteirinho se enche de graça E fica mais lindo por causa do amor Por causa do amor Por causa do amor" Garota de Ipanema Tom Jobim
“Paranaguá Se estás me ouvindo Não estou mentindo Tua gente é muito boa Eu vou pra lá Vou no mercado Por todo lado Ver balanço de canoa" Paranaguá Nhô Belarmino e Nhâ Gabriela
“O cordel é uma expressão Da autêntica poesia Do povo da minha terra Que luta pra que um dia Acabem a fome e a miséria, Haja paz e harmonia." Literatura de Cordel Francisco Diniz
“É uma cova grande pra tua carne pouca Mas à terra dada, não se abre a boca É a conta menor que tiraste em vida É a parte que te cabe deste latifúndio É a terra que querias ver dividida Estarás mais ancho que estavas no mundo Mas à terra dada, não se abre a boca" Funeral de um lavrador Canção de Chico Buarque ‧ 1968
“Há muito tempo Que essa minha gente Vai vivendo a muque É o mesmo batente É o mesmo batuque Já ficou descrente É sempre o mesmo truque E que já viu de pé O mesmo velho ovo Hoje fica contente Porque é Ano Novo" Ano Novo Chico Buarque
“Um Amor Tão Lindo A Love So Beautiful O sol de verão se pôs sobre The summer sun went down on Nosso amor há muito tempo Our love long ago Mas no meu peito eu sinto o mesmo But in my heart I feel the same Brilho antigo Old afterglow" A Love So Beautiful - Michael Bolton - Trilha Sonora do Filme Orgulho e Preconceito, inspirado na obra de Jane Austen
Canção no gênero blues, adaptada de um poema de Clarice Lispector e musicado por Frejat e Cazuza, a música 'Que o Deus Venha' é uma reflexão profunda sobre a inquietação e a busca por paz interior. Cazuza clama para que 'o Deus venha antes que seja tarde demais', indicando uma urgência em sua busca por tranquilidade e compreensão. “Mas eu sei Que vou ter paz antes da morte Que vou experimentar um dia O delicado da vida Vou aprender Como se come e vive O gosto da comida"
“Ela é a mais bela, rainha Não é cinderela Ela é forte e guerreira que lutou por nós Hoje brilha estrela Dandara eu sou sua voz Pra que princesa? Se eu tenho rainha Tanta nobreza, mas eu sou da magia" Vanessa Borges - Dandara
"Identidade", de Jorge Aragão, mais do que grito é clamor - pelo reconhecimento dos direitos inerentes à plena existência identitária do indivíduo, assim como pelo brio e pela dignidade de todo o ser humano -, em forma de canto. “Quem cede a vez não quer vitória Somos herança da memória Temos a cor da noite Filhos de todo açoite Fato real de nossa história"
Amor I Love You Trecho da Obra Intitulada "Primo Basilio" De Eça de Queiroz Declamado por Arnaldo Antunes · Marisa Monte · Carlinhos Brown “Tinha suspirado Tinha beijado o papel devotamente Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades E o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas Como um corpo ressequido que se estira num banho lépido Sentia um acréscimo de estima por si mesma E parecia-lhe que entrava enfim uma existência superiormente interessante Onde cada hora tinha o seu intuito diferente Cada passo conduzia um êxtase E a alma se cobria de um luxo radioso de sensações."
“Abro as janelas por fim E o frio vento se esquece Nenhuma estrela caiu Nem a lua me ajudou Mas a ruiva madrugada Por trás da ponte aparece” Nenhuma Estrela Caiu Letra: José Saramago Interpretação: Misia
Fullgás: Uma Ode ao Amor que Energiza e Transforma* A música 'Fullgás', interpretada por Marina Lima e de autoria de Antonio Cícero e dela, é uma expressão poética que celebra o amor e a influência transformadora que uma pessoa pode ter na vida de outra. A letra sugere uma relação onde o ser amado é a fonte de inspiração e energia, comparável ao 'full gás', uma expressão que remete à ideia de algo completo, potente e que impulsiona para frente. “E tudo de lindo que eu faço É, vem com você, vem feliz Você me abre seus braços E a gente faz um país”
A canção PAI NOSSO DOS MÁRTIRES foi composta em 1987 pelo missionário verbita Cireneu Kuhn. “Queremos fazer Tua vontade, és o verdadeiro Deus libertador, Não vamos seguir as doutrinas corrompidas pelo poder opressor. Pedimos-Te o pão da vida, O pão da segurança, O pão das multidões. O pão que traz humanidade, Que constrói o homem em vez de canhões”
A música "Amor de Índio" de Beto Guedes expressa um movimento pacifista, ambientalista e de retorno às origens. A canção foi lançada em 1978 no álbum homônimo e foi influenciada pela contracultura antiguerra e anticapitalista, e pelos hippies, que foram fortes nas décadas de 1960 e 1970. A letra da música foi escrita por Ronaldo Bastos e a composição é de Beto Guedes. “Sim, todo amor é sagrado E o fruto do trabalho É mais que sagrado Meu amor A massa que faz o pão Vale a luz do seu suor Lembra que o sono é sagrado E alimenta de horizontes O tempo acordado de viver”
“Lá vai São Francisco pelo caminho Lá vai São Francisco pelo caminho De pé descalço, tão pobrezinho Dormindo à noite junto ao moinho Bebendo a água do ribeirinho Lá vai São Francisco pelo caminho” São Francisco Compositores: Vinicius De Moraes / Sergio Bardotti / Paulo Valente Soledade
“Meus senhores aqui está a água que rega rosas e manjericos que lava o bidé, que lava penicos tira mau cheiro das algibeiras dá de beber ás fressureiras lava a tromba a qualquer fantoche e lava a boca depois de um broche.” "A Água" Autor: Manuel Maria Barbosa du Bocage. Intérprete: Quim Barreiros
_Stars when you shine, you know how I feel_ Estrelas quando você brilha, você sabe como eu me sinto _Scent of the pine, you know how I feel_ Aroma do pinheiro, você sabe como eu me sinto _Oh, freedom is mine!_ Ah, a liberdade é minha! _And I know how I feel_ E eu sei como eu me sinto _Feeling Good - Nina Simone_
“Olho os mortos dos retratos sempre a olhar para nós, Conversam sem fazer gestos e falam sem terem voz. E falam sem terem voz, A não ser a voz do vento, Até que a morte nos diga: - Filho já vai sendo tempo.” Vitorino & Janita Salomé - "Os mortos dos retratos" Texto de António Lobo Antunes
“Cambia lo superficial Cambia también lo profundo Cambia el modo de pensar Cambia todo en este mundo Cambia el clima con los años Cambia el pastor su rebaño Y así como todo cambia Que yo cambie no es extraño Cambia, cambia Cambia, cambia” Todo Cambia Canção de Mercedes Sosa
“Ó meu sabiá formoso, Sonoroso, Já desponta a madrugada, Desabrocha a linda rosa Donairosa, Sobre a campina orvalhada.” *O SABIÁ* Letra: Fagundes Varela (“Vozes da América", 1864)
“Eu nasci assim, eu cresci assim Eu sou mesmo assim Vou ser sempre assim Gabriela, sempre Gabriela Quem me batizou, quem me iluminou Pouco me importou, e assim que eu sou Gabriela, sempre Gabriela” Modinha para Gabriela Dorival Caymmi
Eu fiz promessa Que o primeiro pingo d'água Eu molhava a flor da santa Que estava em frente do altar Pingo D'Água João Pacífico
A galera se anima e diz: Olhem só, isso é o Pata Pata (o Pata Pata é assim) Saguquga sathi bega nantsi pata pa (sathi pata pata) A galera se anima e diz: Olhem só, isso é o Pata Pata (o Pata Pata é assim) Saguquga sathi bega nantsi pata pa (sathi pata pata) A galera se anima e diz: Olhem só, isso é o Pata Pata (o Pata Pata é assim) Saguquga sathi bega nantsi pata pa (sathi pata pata) A galera se anima e diz: Olhem só, isso é o Pata Pata (o Pata Pata é assim) Saguquga sathi bega nantsi pata pa (sathi pata pata) Pata Pata - Stereo Version Miriam Makeba
Com a fé de quem olha do banco a cena Do gol que nóiz mais precisava, na trave A felicidade do branco, é plena A pé trilha em brasa e barranco, que pena Se até pra sonhar tem entrave A felicidade do branco, é plena A felicidade do preto, é quase Ismália - Emicida com participação Fernanda Montenegro Voz de Fernanda Montenegro interpreta poema "Ismália" de Alphonsus de Guimarães
Eu vou tirar você de letra Nem que tenha que inventar Outra gramática Eu vou tirar você de mim Assim que descobrir Com quantos "nãos" se faz um sim Vou Tirar Você do Dicionário Composição: Alice Ruiz / Itamar Assumpção
Os 3 poemas musicados pelos Secos & Molhados são do último livro de Cassiano, Os Sobreviventes (1971). ”Prece cósmica” e ”As andorinhas” fazem parte do primeiro disco do grupo, lançado em 1973, enquanto ”Cobra-coral-indiana” é do disco de 1978, que já não contava mais com os músicos da formação original da banda, apenas João Ricardo. A versão musicada deste último conserva apenas a parte 1 do poema: "Amanhã de novo a mesma fila indiana Diante do guichê Contribuintes num rosário fulvo-negro Esperando cada um sua vez Alguns descalços Outros pagando a multa Com o suor do atraso, praquê? Para o global suicídio Que os quatro reis lhes darão Como natal final"
A música 'Lampião de Gás', interpretada por Inezita Barroso, é uma ode nostálgica à São Paulo de outrora, uma cidade que, embora tenha crescido e se modernizado, deixou para trás uma série de memórias e tradições que a cantora relembra com carinho. A autora de Lampião de Gás foi Zica Bérgami, nascida em 1912, em Ibitinga. A última estrofe da música demonstra saudosismo, parecendo alguém da atualidade falando da São Paulo antiga que cresceu rapidamente: "Minha São Paulo calma e serena Que era pequena, mas grande demais Agora cresceu, mas tudo morreu Lampião de gás que saudade me traz"
A letra desta música descreve uma caminhada por uma terra vazia, um lugar familiar que traz uma sensação de completude. A repetição da pergunta 'Oh, simple thing where have you gone?' sugere uma perda, talvez da inocência ou de um estado de paz que parece ter sido deixado para trás. A referência a um lugar que apenas 'nós conhecemos' evoca a intimidade e a exclusividade de um espaço compartilhado com alguém especial, um espaço que agora parece distante ou inacessível. Algum Lugar Que Só Nós Conhecemos Somewhere Only We Know (Lily Allen) Atravessei um terreno vazio I walked across an empty land Eu conhecia o caminho como a palma da minha mão I knew the pathway like the back of my hand Eu senti a terra sob meus pés I felt the earth beneath my feet Me sentei do lado do rio e ele me completou Sat by the river and it made me complete Oh, simplicidade, aonde você foi? Oh, simple thing where have you gone? Eu estou ficando cansada e preciso de alguém em quem confiar I'm getting tired and I need someone to rely on
Geni e o Zepelim é uma das canções mais fortes da MPB. Composta por Chico Buarque em 1978 como parte do espetáculo Ópera do Malandro, a música permanece atual e suas críticas continuam válidas. A letra começa nos apresentando Geni e o primeiro aspecto retratado é sua vida sexual. O corpo dela é dado como um objeto e, na descrição, ela se resume basicamente a isso. Ao ouvir a música completa, vamos perceber que é justamente essa a crítica que ela traz: a sociedade vê Geni como um corpo que pode ser usado. “De tudo que é nego torto Do mangue e do cais do porto Ela já foi namorada O seu corpo é dos errantes Dos cegos, dos retirantes É de quem não tem mais nada” GENI E O ZEPELIM - interpretação de Olivia Lopes
“Saudades da terra Daquela vidinha boa Entre um milagre e uma guerra Quando Deus era brasileiro E ria-se à toa Lá no sul do Cruzeiro Destino desejo Santo pandemônio Saudades do Ozônio Da minha infância querida Quero o essencial da vida Quero ser normal em Curitiba” Normal em Curitiba Canção de Rita Lee
“Harpas de amor tangendo de mansinho A música do bem ditosa e bela As mãos guardam a luz que te revela A mensagem de paz e de carinho” Mãos - Auta De Souza Maurício Gringo
“A casa é sua Por que não chega agora? Até o teto tá de ponta-cabeça Porque você demora A casa é sua Por que não chega logo? Nem o prego aguenta mais O peso desse relógio” _Arnaldo Antunes, conhecido por sua poesia concreta e por explorar a materialidade das palavras, utiliza a canção para transformar o concreto em emocional, fazendo com que o ouvinte sinta a urgência do reencontro e a dor da espera._
“Enquanto isso, não nos custa insistir Na questão do desejo, não deixar se extinguir Desafiando de vez a noção Na qual se crê que o inferno é aqui Existirá E toda raça então experimentará Para todo mal, a cura” Quando Lulu Santos lançou “A cura”, em 1988, o motivo era a epidemia da Aids, e versos como “Enquanto isso, não nos custa insistir/ Na questão do desejo, não deixar se extinguir” miravam em como aquela doença desconhecida e mortal, pejorativamente chamada de “câncer gay”, botava em risco o toque, a libido. Hoje sabemos que o câncer a ser curado é o preconceito!
“Estou aqui, estou aqui, fiquei aqui Você não está, você não está, não está mais Eu quero te ver, quero te ver, para te ver É preciso sonhar. E a partir desse dia, desse dia em diante Minha alegria se transformou Minha família aumentou bastante Sou pai de cinco filhos Mas um filho-pai apenas, criança sou Uma criança sou” A música 'Conta', de Nando Reis, é uma expressão profunda e emocional sobre a perda e o luto, especificamente a dor causada pela morte de sua mãe. Através de uma letra carregada de sentimentos e questionamentos, Nando Reis compartilha o impacto devastador que esse evento teve em sua vida, marcando uma ruptura com o que ele era antes dessa perda.
“Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir Por me deixar respirar, por me deixar existir Deus lhe pague Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir Pela fumaça, desgraça que a gente tem que tossir Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair Deus lhe pague Pela mulher carpinteira pra nos louvar e cuspir E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir Deus lhe pague” Construção - Chico Buarque
SONHANDO - Chiquinha Gonzaga Composição de 1879, foi publicada por Artur Napoleão e Cia. em 1881 na série Coleção de Tangos e Habaneras para Piano. Na opinião de Mariza Lira, primeira biógrafa de Chiquinha Gonzaga, esta era uma das habaneras mais fervorosas da compositora. Relata Lira que, num baile da época, esta habanera provocou vertigens em algumas moças e uma delas sentiu-se presa de crise histérica. Sonhando teve gravação pelo Grupo Chiquinha Gonzaga, formado por Antonio Maria Passos (flauta), Arthur Nascimento, o Tute (violão) e Nelson dos Santos Alves (cavaquinho), em disco Odeon, em 1914; e por Clara Sverner (piano) em 1980. Foi escrita para saxofone alto, publicada na série de choros 3, em 1932, e também para piano e pequena orquestra: flauta, violino, clarinete, violoncelo, contrabaixo.
As letras de vallenato eram compostas por camponeses e vaqueiros analfabetos, que encarnavam a visão de mundo popular. Eles inspiraram a obra de García Márquez tanto quanto as histórias contadas por seus avós, com suas hipérboles e sua visão de mundo que borra os limites entre o real e o imaginário, segundo o crítico e professor colombiano Ariel Castillo Mier. Um dos maiores compositores do país, Rafael Escalona, grande amigo de Gabo, virou personagem de “Cem anos de solidão” “Recuerdo que Jaime Molina Cuando estaba borracho ponía esta condición Recuerdo que Jaime Molina Cuando estaba borracho ponía esta condición Que, si yo moría primero él me hacía un retrato O, si él se moría primero le sacara un son” Rafael Escalona - Jaime Molina