POPULARITY
Categories
Balestrin e Richard tiveram uma experiência muito foda na Amazônia.
Estudo do Unodc expõe como mineração ilícita do metal afeta meio ambiente; danos envolvem uso de mercúrio, desmatamento e despejo de resíduos; facções ligadas ao tráfico de drogas na América Latina exploram minério para aumentar lucros e lavar dinheiro.
Cálculos da ONU incluem perdas em saúde, educação e empregos; desmatamento na Amazônia brasileira é citado como risco evitável; ações antecipadas de resposta à seca em Moçambique recebem destaque.
1172 - AULA - Sobre o Sínodo da Amazônia - Prof. Marcelo Andrade
Marcelo Tas recebe a cantora, compositora e atriz Gaby Amarantos. Nascida em Belém, no Pará, a artista é uma das responsáveis pelo surgimento e difusão do tecnobrega no Brasil. Ela também já conquistou diversos prêmios importantes ao longo da carreira, como o Grammy Latino. No programa, ela reflete sobre as suas diversas personas: “Eu tenho essa persona Gabriela separada da Gaby Amarantos, e ainda tem uma outra terceira persona, que é a Shirley. A Shirley é a minha deusa. Ela é o meu totem de poder, ela é o meu alter ego, ela é a deusa que eu conjuro [...] e me dá o poder de conseguir falar, de olhar no teu olho, de trocar esse conhecimento”, revela.Gaby também comenta sobre a COP 30 ser sediada em Belém, sua cidade natal, e o peso dessa escolha: “Eu acho que o mais importante, Tas, é que nós, povos da Amazônia, temos que ser os protagonistas dessa história. É a nossa vez, é o nosso momento. [...] Isso não é a COP de Belém. É a COP do Brasil. É a COP do planeta”, afirma.
Confira nesta edição do JR 24 Horas: Em 2024, o desmatamento no Brasil teve uma redução de 32,4% em relação ao ano anterior. Cinco dos seis biomas brasileiros apresentaram queda, com destaque para Pantanal, Pampa e Cerrado. A Amazônia e Caatinga também apresentaram queda. Apenas a Mata Atlântica viu o desmatamento crescer no ano passado. E ainda: Turismo mantém alta e cresce mais de 5% nos primeiro três meses do ano.
Em entrevista recente, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que uma eventual condenação pelo STF por sua suposta participação na tentativa de golpe de 2022 representaria um “game over”, já que não haveria mais instâncias para recorrer. Bolsonaro também disse se arrepender de ter chamado o ministro Alexandre de Moraes de “canalha” em 2021 e declarou que, se voltasse ao poder, buscaria uma relação mais harmoniosa com o Supremo.Enquanto isso, dados da Rede MapBiomas divulgados nesta quinta-feira (15) apontam queda de 32,4% no desmatamento em todos os biomas brasileiros em 2024, o segundo ano seguido de redução. Apesar disso, o Cerrado continua sendo o ecossistema mais afetado, com perda de 652 mil hectares. Entre 2019 e 2024, o Brasil já perdeu uma área de vegetação equivalente à Coreia do Sul — 67% dela na Amazônia Legal. Reduzir o desmatamento a zero até 2030 é uma das metas do governo Lula.
A chegada do meio de ano sinaliza o período de seca no Brasil, que nos últimos anos tem significado fogo e fumaça. Será que vamos viver o mesmo cenário dos últimos anos? Quem responde e Conversa Bem Viver é Ane Alencar, Diretora de Ciência do Instituto de Pesquisas da Amazônia (Ipam)
O movimento pela retomada da exploração petrolífera na costa da Guiana Francesa é liderado por políticos locais, como o deputado Jean-Victor Castor. No Brasil, a autorização para a exploração de petróleo na Foz do Amazonas ainda não saiu. Ibama continua avaliando os estudos de impacto ambiental na região apresentados pela Petrobras. Mas segundo o pesquisador Gustavo Moura, o Instituto de Geociências da Universidade Federal do Pará, os dados estão incompletos. Como o Brasil, a Guiana Francesa quer explorar petróleo na Amazônia. Os políticos locais reivindicam a retomada de prospecção petrolífera ao largo da costa do território francês, vizinho do Amapá. A exploração foi suspensa em 2019 pela multinacional francesa Total após o fracasso de suas buscas. Desde então, entrou em vigor na França a Lei Hulot de proteção do meio ambiente que proíbe a extração de petróleo em todo o território nacional Os defensores da retomada da exploração acreditam que há petróleo no local em abundância, como nos vizinhos Suriname, Guiana e na Foz do Amazonas no Brasil. Eles denunciam uma hipocrisia de Paris e pedem a revogação da Lei Hulot. A reportagem da RFI conversou em Caiena com o deputado Jean-Victor Castor, do grupo Esquerda Democrata e Republicana, representante da Guiana Francesa na Assembleia Nacional. “Temos que sair dessa hipocrisia. A Guiana Francesa tem muitos recursos, seja de mineração, petróleo ou gás. Eu Jean-Victor Castor, deputado pela Guiana Francesa, junto com o meu colega Davy Rimane e outros parlamentares de guianenses, somos a favor não que esse assunto seja de novo debatido, somos a favor da revogação da Lei Hulot”, defende. Até agora, um único ministro, Manuel Valls da pasta dos Territórios Ultramarinos, se mostrou favorável a reabrir o debate sobre a retomada da exploração de petróleo na região.Recursos para desenvolver a Guiana FrancesaO deputado de esquerda lembra que mais 90% da Guiana Francesa é coberta pela Floresta Amazônica e que sua pegada de carbono é baixa, ao contrário da França. Os recursos do petróleo são necessários para desenvolvimento do território de 300 mil habitantes, 60% deles em situação de pobreza. Segundo ele, “a Guiana Francesa contribui fortemente para a proteção do meio ambiente e para a redução das mudanças climáticas do planeta. Não podemos penalizar a Guiana Francesa a ponto de não serem asseguradas as necessidades mais básicas de acesso à água, acesso à eletricidade, educação”. Ele acusa a França de manter o território em uma situação de subdesenvolvimento. “Há várias décadas, tudo o que foi planejado pelas autoridades públicas fracassou simplesmente porque a França não quer investir na Guiana Francesa”, afirma. E para garantir que os recursos do petróleo sejam efetivamente investidos na Guiana Francesa, Jean-Victor Castor, que é independentista e integrante do Movimento pela Descolonização e Emancipação Social, reivindica também mais autonomia para o território francês da América do Sul. “A Guiana Francesa deve conquistar a plena soberania, mesmo que por etapas, com uma fase transitória. Mas o que é fundamental entender é que não podemos, por um lado, pedir para ter acesso aos nossos recursos, principalmente petróleo e gás, e não ter competência para poder decidir quem terá as autorizações de exploração”, demanda. Eles querem evitar sair de uma "situação colonial para uma situação neocolonial".Impacto ambiental Do outro lado da fronteira, no Brasil, a polêmica sobre a defesa do governo do presidente Lula de explorar petróleo na Foz do Amazonas continua. O Ibama avalia os estudos de impacto ambiental na região apresentados pela Petrobras. Mas segundo o pesquisador Gustavo Moura, o Instituto de Geociências da Universidade Federal do Pará e coordenador do projeto Maretórios Amazônicos, os dados estão incompletos.“São esses estudos de impacto ambiental que vão dizer como é que se deve agir, inclusive em caso de acidente. A gente encontrou diversos problemas, principalmente ligados à questão da área de influência, que tem sido delimitada no estudo, quanto também nos impactos que podem causar em povos e comunidades tradicionais na região, sobretudo as comunidades de pesca”. Segundo o oceanógrafo, várias cidades que iriam receber resíduos ficaram de fora e o estudo estabeleceu áreas de pesca tradicional descontínuas. “Não existe território de pesca descontínuo porque eles não chegam de uma área à outra voando. Eles chegam navegando, e essas áreas, que são áreas de navegação, muitas vezes são parte do território de pesca também”, indica. Consequentemente, fica difícil, em caso de derramamento, “dimensionar como isso vai afetar a cadeia produtiva, os produtos da sociobiodiversidade aqui na Amazônia”, completa, afirmando que “as consultas livres e prévias, informando as comunidades tradicionais” dos riscos e impactos não foram feitas. Gustavo Moura ressalta ainda que “o bloco fica muito próximo aos grandes sistemas recifais da Amazônia”. Por isso, ele “acha difícil que estudos consistentes mostrem que a exploração de petróleo nessa região não vá gerar um impacto inaceitável para a região”. Transição energética O discurso desenvolvimentista usado na Guiana Francesa também é usado no Brasil para justificar a exploração do petróleo na Amazônia. O governo brasileiro afirma que os recursos do setor são necessários para financiar a transição energética. Para ele, o Brasil envia um sinal negativo ao mundo, principalmente neste ano em que Belém recebe a COP 30. “Um sinal extremamente negativo. Todo mundo olha a região amazônica como um espelho do futuro da humanidade e, obviamente, a exploração de recursos fósseis não está dentro desse hall de coisas que a gente pensa enquanto alternativa de futuro. O que não nos responderam ainda é quanto de petróleo precisa ser vendido, a qual preço e durante quanto tempo para fazer o processo de transição energética?”, questiona O pesquisador considera que o Ibama está fazendo bem o papel dele. No entanto, Gustavo Moura está pessimista e estima que a autorização para a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, com impactos inaceitáveis para a região, vai acabar saindo. “Eu acho que eles têm uma pressão muito forte para liberar. Tendo a acreditar que vai ser liberado e da pior forma possível, sem resolver muitos desses problemas que eu coloquei anteriormente”, conclui.
Está no ar mais um episódio do Viração. Neste programa, falamos sobre saúde mental do/a trabalhador/a docente. Abordamos como o excesso de carga horária, as múltiplas demandas acadêmicas e a precarização do trabalho docente impactam a saúde mental, se o ambiente universitário oferece suporte adequado para os professores que enfrentam dificuldades emocionais ou psicológicas, quais políticas institucionais poderiam ser implementadas ou reforçadas para garantir uma melhor qualidade de vida e saúde mental para os docentes, entre outros assuntos. A entrevistada é a psicóloga especialista em atendimento com crianças e adolescentes na psicanálise, professora e coordenadora do curso de Psicologia da Escola Superior da Amazônia (ESAMAZ), Débora Maria da Silva Pinto.O programa Viração é uma produção da Assessoria de Imprensa da ADUFPel e vai ao ar às segundas-feiras, às 13h, na RádioCom 104.5 FM, e aqui em formato podcast. Não deixe de assinar nosso feed para receber sempre os novos episódios.Siga nossas redes sociaisADUFPel: instagram / twitter / facebook
Confira nesta edição do JR 24 Horas: Equipes de resgate seguem as buscas por avião de pequeno porte que desapareceu após decolar em Santiago, no Chile. Cerca de seis pessoas estavam a bordo da aeronave, incluindo os dois pilotos. Pouco tempo depois de decolar, o avião perdeu o contato com a torre de controle e desapareceu em uma região montanhosa, nos arredores de Santiago. O voo, que transportava um paciente, saiu da capital chilena com destino a Arica, no norte do país. E ainda: Aumento de 55% no desmatamento da Amazônia acende alerta do governo federal.
Mi huesped en este episodio es Claude Guislain, un antropólogo peruano que pasa la mayor parte de su tiempo con pueblos indígenas en Perú, Colombia y Brasil. Con su primera investigación sobre el uso de la ayahuasca y el chamanismo por parte de los occidentales en Iquitos (2005-2007), inició el viaje que lo llevó a dedicar su vida a tender un puente entre la sabiduría indígena y el mundo moderno. A lo largo de más de quince años dedicados casi exclusivamente a apoyar tanto a curanderos indígenas como a pacientes y exploradores occidentales, ha estado al servicio de los procesos de curación de cientos de personas. Ha estado trabajando y formándose con los Shipibo desde 2013, ayudando a la familia López a construir su propio centro. Fue facilitador y asesor en relaciones indígenas en el Templo del Camino de la Luz (2015-2023). Trabaja y aprende con un mamo Arhuaco desde 2012, con un Jaguar del yurupari del Tubú desde 2016 y con el pueblo Yawanawa de Brasil desde 2018.Hoy es asesor y miembro del Comité Técnico del Fondo de Conservación de Medicinas Indígenas y colabora también con ICEERS, y otras organizaciones, inspirándolas y ayudándolas a tejer sus esfuerzos y dones con los procesos indígenas de base.Notas del Episodio* La historia y esperanza de Claude* La idealizacion de los pueblos indigenas* El renacimiento psicodelico* Curacion y cantos* Contradicciones en el turismo psicodelico* La deforestacion, la demanda y la continuidad del conocimiento* Conservacion biocultural* ICEERS & MSCTareaClaude Guislain - Facebook - InstagramIndigenous Medicine Conservation FundInternational Center for Ethnobotanical Education, Research and ServiceTranscripcion en Espanol (English Below)Chris: Bienvenido Claude, al podcast El Fin del Turismo.Claude: Chris. Muchas gracias.Chris: Me gustaría saber si podrías explicar un poco de dónde te encuentras hoy y cómo el mundo aparece para ti?Claude: Buena pregunta. Estoy, ahora mismo estoy en Rio de Janeiro, donde vivo. Soy peruano y también estudié antropología y dedico mucho mi tiempo a los pueblos indígenas, sobre todo en Brasil, en Colombia y en Perú y he estado trabajando en las Amazonas durante muchos años. Y como veo el mundo hoy, desde aquí, pues con mucha preocupación, evidentemente, pero también por lo que hago con alguna esperanza, Chris: Yeah y pues en esa cuestión de lo que haces y de lo que hemos hablado antes, parece que es un gran camino, un camino de ya [00:01:00] décadas y décadas. Y me gustaría, si podemos viendo un un poco más de ese camino. Podrías comentar un poco de cómo llegaste en este gran momento sea por tus viajes, a otros países, a otros mundos, a otros maestros y maestras. Claude: Sí, claro, a ver cómo te explico. Llevo unos 20 años trabajando con lo indigena en general, pero sobre todo con el tema de espiritualidad, plantas maestras como la ayahuasca y esas cosas, y llegue ahí como, creo que, como la mayoría de personas que hoy en día llegan ahí a la selva, o a buscar estas medicinas como se les llaman, que es una, una cierta o una profunda insatisfacción por nuestra propia cultura, por la respuesta que nuestra propia sociedad [00:02:00] nos puede dar existenciales, diría yo. Es como siempre hay una pregunta que uno se dice, "No tiene que haber algo más. No puede ser eso solamente." Esa propuesta, digamos de occidente, no puede ser solamente eso, debe haber algo más, verdad? Entonces eso me embarcó a mí en una búsqueda desde, no sé cuando tenía por ahí unos veinti, veinti y pocos años.Que me llevó a experimentar estas medicinas como la ayahuasca, el San Pedro, los hongos, no por una cosa lúdica, ni ni evasiva, sino por el contrario, con una curiosidad por otras formas de saber y conocer, . Entonces yo me acerqué a estas medicinas, con curiosidad de entender cómo los pueblos indígenas saben lo que saben. Cuál es el origen de su [00:03:00] conocimimomento verdad?Entonces, estudié antropología. Me alejé de la academia rápidamente porque, me pareció mucho más interesante lo que me enseñaban los abuelos que para la antropología eran mis informantes, verdad? Era como, tenía que a mi informante tal, el informante tal. Y me di cuenta que no, que no eran mis informantes, sino que eran maestros y aprendía mucho más con ellos que lo que me enseñaba los libros, o las clases, o los seminarios, verdad?Entonces decidí mas dedicarme a seguirlos a ellos y a seguir aprendiendo con ellos, y ver de qué manera los podía ayudar a ellos. Estos abuelos, estos sabios indígenas. Y eso me llevó a un camino maravilloso de que hoy en día le llamo "la gente puente," no? O sea, gente que estamos en ese lugar de interface, entre el conocimimomento, la sabiduría que nos queda de los pueblos [00:04:00] indígenas y el mundo occidental, el mundo moderno. Y en ese nuevo tipo de encuentro que está surgiendo hace una década o tal vez dos décadas. Es este nuevo tipo de encuentro de nuestros mundos, verdad? Que hasta hoy era, siempre había sido extremadamente problemático, sino asesino, verdad? La manera con nuestro mundo occidental se encontraba con los mundos indígenas era pues y destructor. Hoy en día nos encontramos en una manera diferente, en el que muchos jóvenes y adultos y gente del norte global llegan en busca de conocimiento, de sabiduría, de cura, de sanación, de alternativas, buscando respuestas que nuestra propia civilización no nos puede dar. Habiendo un hambre, una sed de sentido por algo mayor, pues mucha gente empieza a ir allá con otros ojos, con un [00:05:00] respeto que no creo que había existido antes. Y eso trae cosas positivas y cosas negativas, evidentemente.Parece ser que estamos mal. Hay una gran maldición, que, como todo lo que toca, occidente eventualmente se vuelve en un gran desastre. parece como un súper bonito, súper maravilloso, ilusorio, nos enamora, nos seduce, pero después al poco tiempo nos vamos dando cuenta de las de las terribles consecuencias que traemos, verdad?Pero algo, no sé, algo también está cambiando, algo está mudando. Hay como una cierta madurez de ambos lados, tanto de los del lado indígena como del lado no indígena para encontrarnos desde un lugar en donde podemos celebrar nuestras diferencias y entender que esas diferencias son material para la construcción de un tiempo nuevo, verdad?Entonces esa es la parte que traigo un poco de esperanza. Chris: Ya, qué bonito. Gracias, Claude . o sea, yo siento [00:06:00] mucho de la esperanza, pero también de la desesperación por alguien que ha visitado a varios pueblos indígenas en las Amazonas hace como 15 años de más ya, en ese tiempo esas medicinas fueron llegando poco a poco a la mentalidad colectiva del occidente. Y pues me ha ayudado un montón, no solo por cuestiones espirituales, pero también por reparar el daño que hice a mi cuerpo, por ejemplo, pero también metiendome en esos círculos, en las Amazonas, por ejemplo, pero también mi tierra nativa Toronto, Canadá y otras partes Oaxaca, México. hemos visto poco a poco la descuidado de la sabiduría indígena, las culturas indígenas, las medicinas, y más que nada, las contradicciones que [00:07:00] aparece dentro de el renacimiento" psicodélico. Entonces, ya tienes mucho tiempo en esos no solo respecto a la medicina, pero también en las culturas indígenas en las Amazonas. Me gustaría preguntarte que has visto allá en el sentido de contradicciones, sobre el turismo sobre la medicina, puede ser el lado del extranjero viniendo para sanarse, o igual los locales o indígenas aprovechando al momento.Claude: Contradicciones tienen todas las culturas, tienen contradicciones. Y la contradicción principal es entre lo que se dice, no? Lo que se profesa y lo que uno ve en la práctica no? Es como si tú vas a la iglesia y escuchas al pastor hablando de cómo debe ser un buen cristiano.Y después te paseas por yo que sé por Chicago o por ciudad de México, y ves lo que [00:08:00] son los cristianos y dices wow hay una enorme contradicción, verdad? Es terrible la contradicción Cuando hablamos de los pueblos indígenas y de los conocimientos, de los pueblos indígenas, la sabiduría indígena, parece ser que hablamos desde un lugar de idealización no?Y a mí no me gustaría, caer en eso de idealizar sino tratar de ser muy concreto. Una cosa es la realidad, que es realmente terrible. Vivimos en un momento que es la cúspide, es la continuación de un proceso de colonialismo, de exterminación que no fue algo que sucedió con la llegada de los españoles, y los portugueses y el tiempo de la conquista. Y no fue algo que pasó.Es algo que sigue pasando,. Es algo que [00:09:00] sigue pasando. Como decía el gran Aílton Krenak, un gran líder indígena de aquí de Brasil, y un intelectual, miembro de la academia brasilera de las letras, recientemente. Decía lo que ustedes no entienden es que su mundo sigue en guerra con nuestro mundo. El decía eso. Él lo dice, o sea, ustedes no entienden que el mundo occidental, el mundo moderno continúa en guerra y de, y haciendo todos los esfuerzos para que las culturas indígenas desaparezcan.O sea, en la práctica, eso es lo que estamos haciendo. Entonces, cuando yo hablo de esperanza, hablo porque hay algo que está surgiendo, que es nuevo, pero realmente es muy pequeño. Y como dices tú, cuando, o sea, la expansión de la ayahuasca, del San Pedro, de lo del peyote y de una cierto [00:10:00] respeto y un cierto entendimiento sobre la importancia de los conocimientos indígenas, todavia realmente e no entendemos eso, no entendemos. Y cuando hablamos desde el norte global, y lo que se llama esta el renacimiento psicodélico, cuando hablan de los pueblos indígenas, hay una idealización, sobre todo, es solamente parte de un discurso que es un poco "woke." Es un poco para hacer bonito tu discurso, pero en la práctica no se ve, no, no, no ocupa un lugar importante. Ya está diseñado el camino por donde va esta revolución psicodélica, es extraer los principios activos de las plantas, hacer medicamentos, de hacer una pastilla que va a ayudar a la gente a mantenerse en mejor forma dentro de la locura que propone occidente.Cómo le damos a la gente [00:11:00] herramientas para que se adapten y para que resistan, es el absurdo al que los estamos sometiendo, eso es realmente. O sea necesitamos ya drogas como "Brave New World", no como "soma". Te sientes deprimido? Tómate tus pastillas. Estás cuestionando mucho las cosas, tomate esto para que puedas seguir funcionando y operando y produciendo, verdad?Pero hay una cosa muy, muy clara para mí, es que aún no hemos logrado entender la magnitud de los conocimientos indígenas. Y digo conocimientos, y no creencias porque en general, cuando hablamos de los pueblos indígenas, lo que sabe un chamán, como le dicen, un curandero, o lo que hablan ellos alrededor de su espiritualidad, la gente piensa, "ah, son sus creencias." Y en el mejor de los casos, dice "ay qué bonito, hay [00:12:00] que respetarlo, hay que cuidar sus derechos, y tienen derechos culturales y tienen todo el derecho a creer en lo que creen." Pero cuando decimos creencias, también es una incomprensión porque de creencia tiene muy poco en realidad.Cuando uno estudia más, y cuando uno profundiza sobre lo que sabe hacer un curandero, un ayahuasquero, Shipibo, Ashaninka, Huni Kuin, Karipuna, Noke Koi Kofan, lo que ellos saben, no tiene nada que ver con las creencias. No tiene nada que ver con la adoración religiosa de ciertas deidades. Nada que ver. Estamos hablando de conocimiento profundamente práctico, verdad?Es una acumulación de conocimientos durante generaciones y generaciones por estudiosos de la selva, que se organiza este [00:13:00] conocimiento. Socialmente y además que se transmite con un método. Hay un método muy estricto, muy específico de transmisión de estos conocimientos y de estas maneras de conocer, entonces te acabo de dar una definición no de una religión. Te acabo de dar una definición de ciencia.Entonces, lo que no hemos llegado a entender hasta ahora es que lo poquito que ha sobrevivido hasta hoy de esos conocimientos se asemeja mucho más a una ciencia que a una religión. Es mucho más un conocimiento práctico que una creencia religiosa, verdad? Y en ese sentido, es de suma importancia. Y entonces, cuando tenemos más y más personas tienen esta experiencia, qué es lo que pasa?Mucha gente viene a la selva en Iquitos, he trabajado muchos años, durante años he sido como el centro principal donde he recibido mucha gente para [00:14:00] tomar ayahuasca y esas cosas, y viene gente a sanarse de cosas que en sus países, pues no, nadie los puede sanar de depresiones, de traumas, cosas físicas también, pero sobre todo cosas psicológicas, verdad? Y después vuelven y dice "oh, yo tomé ayahuasca y me curé." "Cómo te curaste?" "Ah, fui, tomé ayahuasca," pero nadie dice estuve tomando con un viejo que todas las noches me cantaba durante media hora. Y después venía en la mañana y me preguntaba cómo era mis sueños. Y después venía con otros remedios y me daba y me hacía unos baños. Y cuando me hacía esos baños me cantaba de nuevo. Y después me daba esto, y me daba esta medicina y me cantaba, y cuando él me cantaba, me hacía ver este tipo de... Nadie habla de eso. La gente dice "yo tomé ayahuasca y el ayahuasca me curó", pero el viejito que estaba cantando solamente parece un accesorio de un viejito cantando.Pero no es así.La mayoría de la gente dice, "Wow, cómo te curaste de eso? Qué pasó? Qué hiciste?"Ah ya tomé ayahuasca. El ayahuasca me curó." Verdad? Realmente yo he escuchado muy poca gente decir "el abuelito, la abuelita, me dio ayahuasca, pero me cantó durante horas, me dio baños, me preguntó mis sueños, adaptó todas las plantas y el tratamiento que iba haciendo según mis sueños, según lo que iba viendo. Cuando me cantaba, me guiaba para ver cosas, o no ver cosas." Parece ser que el abuelito que cantaba fuese un accesorio, decoración. Y no realmente, no le damos crédito al trabajo profundo que ellos hacen, y el conocimiento que ponen en practica. Y no es extraño porque es muy difícil de entender, cómo una persona cantando, me va, me va a curar con un canto, verdad? No, como para nosotros, es muy difícil, no tiene sentido. [00:01:00] Tiene que ser la substancia que tomaste y que se metió en tu cerebro y hizo alguna cosas de conexiones neurológicas. Yo que sé. No puede ser esa cosa, porque para nosotros, ya sería el pensamiento mágico, verdad?Pero como te digo, eso que nosotros llamamos pensamiento mágico para ellos no es un pensamiento mágico. Es un conocimiento muy concreto que se aprende que tiene métodos de aprendizaje. Son conocimientos y habilidades, y capacidades que se adquieren con métodos de transmisión, verdad? Y hasta ahora no hemos logrado darle realmente el lugar que le corresponde a eso.Por el contrario, estamos impactando en eso de maneras muy profundas, y hay una contradicción fundamental que yo veo en lo, en para volver un poco a la pregunta que me haces. En todo este turismo que ha llegado, y [00:02:00] esta fascinación, este interés. Cuáles son los impactos que esto ha tenido en las comunidades indígenas en el mundo indígena, verdad?Entonces yo creo que hay dos cosas que parecen ser un poco contradictorias. Por un lado, hay una gran bendición. Hace 20 años, tú no veías gente de nuestra edad, jóvenes interesados en sentarse con los abuelos y aprender realmente, y ser continuadores de esas tradiciones y cultivadores de ese tipo de conocimientos.La mayoría de gente de nuestra edad, un poco más viejos, hasta la edad de nuestro, gente que tiene hoy día 50, 55 años, 60 años, no querían hacer, no. Querían ser profesores interculturales bilingües, querían ser [00:03:00] profesionales, pertenecer al mundo de los blancos, verdad? Entonces, los viejos, eran de un tiempo pasado que estaba destinado a extinguirse.Entonces, con la llegada de los occidentales y con este interés por esas cosas, ha habido cierto renacimiento y sobre todo, un verdadero interés de la juventud por aprender estas cosas como una alternativa profesional, digamos. Digamos, oye, para qué voy a ser abogado? Si yo, si mira todos los gringos que están viniendo, yo puedo ser esto y me va a ir mejor, verdad?Entonces, por un lado, hay esa parte que, hoy en día vemos, por ejemplo, en los Shipibo, muchísima gente que está aprendiendo, verdad? Muchos jóvenes están interesados, no solamente en los Shipibo, pero sino, pero en muchos lugares en Brasil, en Colombia, en Ecuador, yo veo, veo eso, una juventud que está poco a poco interesándose más y [00:04:00] volviendo a sus propias raíces.Es como, como decir, todo desde que eres niño, siempre te dicen, "los antiguos ser una porquería ya ese mundo acabó, lo único que cuenta es la modernidad y integrarse a la vida urbana, a la vida oficial de esta civilización, ir a la iglesia, tener una carrera, y ser alguien en la vida," verdad?Y entonces era como, y los estados con políticas de esa naturaleza, los gobiernos, los estados de nuestros países, era, pues la cuestión indígena era cómo civilizamos a los indios. Civilizar al indio no es otra cosa que hacerlo olvidar de sus sistemas, de sus culturas, pero como una parte así de como digo, "woke," no como, "ay, que lindo los indios que mantengan sus danzas, que mantengan su folclore, que mantengan [00:05:00] sus ropitas y que mantengan su ciertas cosas que es como bonito, que ellos mantengan como algo pintoresco y algo folclórico," pero sin entender realmente la profundidad. Pero hoy en día, yo creo que en gran medida, gracias a esto, no solamente, es una cosa más compleja evidentemente, pero, la juventud, viendo que hay esta llegada de blancos, de extranjeros, de gringos, no? Interesadisimos por los conocimientos de los abuelos, por la medicina. Y que van y están ahí, dicen "uy acá tiene que haber algo interesante, yo también quiero aprender." Si a los gringos les gusta esto, es porque algo bueno debe haber entiendes? Llegamos a ese punto en que estaba destinado a desaparecer, pero de una a otra manera, hay un renacimiento, verdad? Al mismo tiempo, [00:06:00] en la transmisión de estos conocimientos, como te decía sumamente complejos, sumamente estricta, estrictos métodos de transmisión, pues se ha tenido que simplificar porque los jóvenes no están aptos ya, habiendo ido a la escuela, teniendo un pie en la ciudad. No, no es tan aptos ni tienen el interés, ni las condiciones, ni las aptitudes para realmente entrar en esos procesos como lo podían haber hecho los abuelos, que hoy en día tienen 70, 80 años, verdad, que fueron realmente los últimos. A menos que uno se vaya muy lejos en la selva donde lugares que no tienen mucho contacto, que ellos todavía deben de mantener algunas cosas, pero ellos están alejados también de estos circuitos, Pero entonces, sí, hay una gran simplificación de estos sistemas. Entonces se pierden muchas cosas. Para bien o para mal, no? Mucha gente dice, bueno, por lo menos se está perdiendo toda esta parte de la brujería y [00:07:00] los ataques chamánicos y toda esa cosa, pero a lo cual se le da mucha, mucha importancia que tampoco logramos entender, porque nosotros lo vemos con esa visión judeo cristiana, esa distinción maniquea del bien y del mal, que en los mundos indígenas no es que no exista, sino que es totalmente diferente, no?. Y eso forma parte de esas diferencias que son importantes de entender y de respetar, verdad? Entonces, toda esta parte que nosotros vemos como brujería, como diabólico y tal, tienen su función dentro de un sistema, y que no, tratar de hacerlo desaparecer es hacer desaparecer el sistema mismo, verdad?Porque no lo entendemos. Es lo mismo que pasa, es lo que ha pasado siempre, algo que nos escandaliza, entonces lo queremos cambiar, pero nos escandaliza desde nuestra propia visión del mundo y no estamos entendiéndolo desde la visión de [00:08:00] ellos. No quiere decir que todo se puede relativizar, verdad? Hay cosas que son, pues muy difíciles, no, y muy delicadas, pero en en reglas general, cuando hay algo que nos escandaliza, lo queremos cambiar, sin realmente profundizar en un entendimiento de la función de esas cosas, pues estamos siguiendo los mismos patrones que los curas que llegaban hace 400 años, 500 años. Que decían ah, esto es diabólico. Tenemos que extirpar estas cosas, no? Entonces seguimos haciendo eso. Entonces, por un lado, vemos que hay un renacimiento del interés de la juventud y una reconexión con su propia identidad al mismo tiempo que hay una simplificación algo peligrosa de estos sistemas, quiere decir que los jóvenes que de aquí a poco van a ser los abuelos no saben la [00:09:00] mitad de lo que sabían sus abuelos. Saben lo mínimo indispensable que sirve para darle al gringo lo que requiere, lo que necesita, lo que está buscando, lo suficiente para hacer negocio en realidad y eso no es para culparlos a ellos, sino que es parte del sistema en el que estamos navegando, porque todo funciona así. Para qué te vas a profundizar tanto si con este mínimo ya te alcanza? Sobre todo cuando vemos que muchos gringos, muchos extranjeros van toman ayahuasca unas cuantas veces o hacen alguna dieta, y después se llevan ayahuasca a sus países, se ponen las plumas, agarran su guitarrita, y empiezan a cantar estas cosas como decoración alrededor de esta experiencia y hacen mucho dinero. Y así se ha ido expandiendo la ayahuasca por el mundo, verdad? Y eso cumple su función también. No es para juzgarlo, pero [00:10:00] también hay, es de una superficialidad, muchas veces, hiriente, cuando tú ves lo que sabe un abuelo y lo que ha tenido que pasar las dificultades, las pruebas y las responsabilidades que tiene un curandero amazónico para su comunidad, y los sistemas de rendición de cuentas que son los que más o menos lo mantienen a raya, que uno no puede hacer lo que le da la gana con ese poder, sino que hay un sistema de control, cuando esto sale y se va afuera en estos círculos, medios new age, medios hippie, medio neochamánico, pues toda esa cuestión se pierde y se empiezan a inventar un montón de cosas, y sobre todo, un discurso que es bastante problemático. Entonces surge esta idea que la ayahuasca es la panacea universal, y "la madrecita ayahuasca" me [00:11:00] dijo, y, "esto es lo que va a salvar el mundo." Entonces más personas tenemos que buscar la forma que más y más personas tengan esta experiencia para salvar el mundo verdad? Y la verdad que yo creo que eso no es así. Si fuera así, si fuera por la cantidad de ayahuasca que se toma en el mundo, pues el mundo ya habría cambiado, porque realmente se toma mucha ayahuasca. Cuando yo, el principio de los años 2000 en Europa, era muy raro escuchar de eso no? Hoy en día, en cualquier país europeo, todos los fines de semana tú puedes encontrar una ceremonia de ayahuasca, en todas partes. Eso se ha expandido. Se ha normalizado. Ya es mainstream, ya se volvió mainstream. Pero qué se ha vuelto mainstream? Nuestra propia interpretación, que es bastante problemática sobre esto y no se le ha dado el lugar que le [00:12:00] corresponde a los guardianes de esos conocimientos. Entonces eso es lo que yo tengo para criticar en todo este tema de la revolución psicodélica, que hablamos de psicodélico psicodélico, psicodélico, como la panacea, lo que puede salvar el mundo, pero cuánta experiencia tiene nuestra sociedad con los psicodélicos?Dos generaciones? Máximo? Desde Hoffman, y esa, ya de la generación Beat, de los 50. Vale?, un poco eso. Y entonces, hoy día, tú tienes psychodelic studies en las universidades y formación de terapias con psicodélicos que los enseñan en institutos, de estudios bastante importantes. Y uno se pregunta, pero qué estudia?Qué les enseñan? Qué podemos haber acumulado como conocimiento en esas dos generaciones, siendo que durante más o menos 40 años, esto ha sido o 50 o 60 años. Esto ha sido prohibido. Era [00:13:00] ilegal. Hoy en día se está más o menos legalizando, entonces se puede estudiar más abiertamente, se puede investigar, se puede aprender, se puede experimentar mucho más, pero durante muchos años, era ilegal, era underground, subterráneo, verdad? Entonces, qué es lo que hemos podido acumular como el conocimiento? Es mínimo, es muy superficial, sobre todo si lo comparas con lo que saben allá en la selva, los indígenas en México, los Wixarika allá donde, por donde tu estás, los mazatecos y toda esa gente que tiene conocimiento de los hongos.Eso es una acumulación, de conocimiento extraordinaria. Lo que pasa es que, como son indios, no les damos el lugar. Qué me va, si tú tienes un doctorado en cualquier universidad del mundo y te sienta junto con indios, adentro de uno tiene esa terrible arrogancia que tenemos [00:14:00] los occidentales de decir, si yo soy un doctor, qué me va a enseñar un indio?Entiendes? Y eso, eso demuestra que aún por más que tratamos de idealizar y por más que hay un gran respeto, y algo que esté cambiando, todavía seguimos regidos por un profundo racismo. Un profundo complejo de superioridad, que creo yo, que está la base de los grandes problemas que tenemos hoy en día como humanidad es realmente la arrogancia y el complejo de superioridad que tenemos como miembros de esta civilización, que es extraordinaria, pero también es la que nos está llevando el hecatombe verdad? Es la que está destruyendo el mundo.Entonces, hay verdades muy incómodas que no queremos ver pero es la verdad, a pesar de toda la grandeza que hemos logrado con este, con los conocimientos de nuestra ciencia, es también nuestra misma ciencia la que está destruyendo [00:15:00] el mundo, nuestra manera de entender y de conocer el mundo. Entonces ahora, poco a poco, nos estamos dando cuenta que necesitamos de la participación de estos otros pueblos que tienen otras maneras de ver, de entender, de estar en el mundo, y de conocer, de aprender otras maneras, no? Entonces sucede una cosa muy bonita y extraordinaria cuando juntamos personas que piensan diferente y realmente ya no es una discusión sobre cuál es mejor, cuál sistema es mejor, si mi ciencia o tu ciencia o no, sino que es como complementamos nuestros tipos de conocimiento, verdad? Lo que decíamos también, o sea, a partir de nuestras diferencias, con nuestras diferencias como material, que es lo que podemos tejer juntos, que no se ha hecho nunca, verdad? Entonces, eso es lo que está surgiendo también, pero en un contexto muy [00:16:00] problemático en lo que surgen los intereses económicos, financieros, grandes farmacéutica, grandes capitales que quieren invertir en estas cosas y no se les da el lugar a los grandes detentores de estos conocimientos. Y sobretodo no se les da lugar en el diálogo, ni en la creación de acuerdos, sino que no se le da una participación financiera de lo que se puede recaudar como beneficios a partir de sus conocimientos, verdad? Entonces seguimos reproduciendo ese sistema colonial, ese sistema de explotación del otro y de la tierra, de la naturaleza en beneficio del capital, en beneficio para generar, ingresos económicos, no? Entonces estamos en eso es, es altamente complejo. [00:17:00] Hay cosas buenas y hay cosas negativas. Hay un impacto muy grande también en la Amazonía con toda la llegada de toda esta gente, pero impactos positivos. Yo, yo he encontrado muchos líderes, en Amazonía que me dicen "gracias a ustedes que vienen acá. Nosotros estamos volviendo a nuestras raíces", "Si no fuera por ustedes, ya estaríamos perdidos." Entonces hay algo que está sucediendo, que es algo muy positivo, pero también, como venimos con esos programas, no logramos darle la profundidad que podríamos estar alcanzando. Y que nuevamente, creo yo, que lo que está la base es nuestro terrible complejo de superioridad, que creemos que todos lo sabemos y que, pues somos mejores y que, qué nos va a enseñar, me entiendes? Aunque algo esté cambiando, aunque haya un poco de esperanza, todavía hay mucho camino por delante, [00:18:00] no?Chris: Mm. gracias Claude poder sacar algunos de esos hilos del nudo enorme en que vivimos. Pues sí, yo siento que, una de las cosas menos escuchados en nuestros tiempos de gente que tiene comentarios, opiniones, lo que sea, es, pues "no sé la verdad, no sé" . O sea, hay una una falta enorme de humildad.Creo que de la gente que critica la revolución o renacimiento psicodélico, o la gente que celebra no? O sea, hay una gran falta de humildad igual de tiempo profundo o de conocimiento histórico podemos decir, y como mencionaste, la cuestión de los abuelos y las relaciones que la gente tiene, o sea, las Amazonas y los pueblos indígenas ya por miles y miles de [00:19:00] años con sus lugares.Y como poco a poco se profundizaron su propio lugar dentro de los otros seres en su ecología, en su ecosistema, sus ecosistemas, y que, ese idea de que alguien puede irse a un lugar así. tomar la medicina como es una pastilla nada más volverse o simplemente quedarse y decir que "ah me curó" o algo Pues eso, eso me suena como bastante fascinante, no? Y porque, para mí al final también tiene que ver con la relacion con los ancianos o sabios de un lugar o sea, el maestro mío me dijo una vez que son los jóvenes que hacen ancianos, que hacen sabios que hacen como elders no? No son los viejos.O sea, los viejos son el vehículo para la función de esa sabiduría. Pero son los jóvenes que tienen que preguntar y [00:20:00] eso. Parece que está muy, muy perdido en el mundo occidental. O sea más bien la gente urbana, la gente del norte, la gran mayoría son migrantes o familias de inmigrantes.Entonces, yo siento que la relación que tenemos con la medicina, que es solo medicina, es una pastilla o aunque sí, es un ser que no, como dijiste, como no tenemos a veces la capacidad de entender, el lugar del abuelo, abuela humana en esa relación, pues hay muchas, muchas direcciones que podemos ir en ese sentido, pero también lo que he visto, lo que he escuchado, he leído un poco es sobre la deforestación de las medicinas, las plantas sagradas, y que la gente va [00:21:00] domesticando poco a poco las plantas y que las plantas domesticadas no tienen la misma fuerza, en parte porque están cosechadas o cosechados más y más joven, más y más antes de su maduración, y que eso también quizás tiene algo que ver con nuestra contexto del occidente como la necesidad o rapidez o velocidad en que necesitamos conseguir y consumir la medicina y ser curado, etcétera. Entonces entiendo que también has estado trabajando por algunas organizaciones que trabajan específicamente en la conservación de las medicinas, y también, otras que trabajan en la educación e investigaciones sobre lo etnobotánico. Entonces, me gustaría preguntarte sobre y ICEERS y MSCF tiene [00:22:00] un, una perspectiva fija o quizás como desde tu perspectiva, cómo vamos en ese camino?Claude: Mira, esa es una problemática, que corresponde a ese mismo sistema, no? O sea, en otras palabras, por ejemplo, cuando surgió este fondo, esta fundación, que es el fondo para la conservación de las medicinas indígenas o INC por sus en inglés. La primera inquietud que surgió, o sea el primer impulso y el primer, el primer capital semilla para para lanzar esto era exactamente esa idea no? Estas medicinas se están expandiendo, más y más personas lo van a necesitar, lo van a usar. Entonces va a haber un impacto en la sostenibilidad de estas plantas.Se va a poner en riesgo su continuidad, verdad? Cuando a mí me propusieron a [00:23:00] trabajar en esto y ayudar a la creación de este fondo, y me lo pusieron en esos términos, mi respuesta fue negativa. Yo dije no tengo el menor interés en trabajar en eso. Porque, o sea, en otras palabras, es ¿Cómo hacemos para garantizar la demanda?Cómo hacemos para para que tengamos suficiente, vamos a hacer plantaciones de peyote y plantaciones de ayahuasca para que no se acabe, para que alcance para todas las personas en el mundo que lo van a necesitar. Y yo dije no tengo el menor interés en hacer eso. Además, no creo que ese sea el real problema.Dije ahora si se tratase de la conservación de los conocimientos, estamos hablando de otra cosa. Eso es lo realmente precioso que debemos poner todo nuestros esfuerzos [00:24:00] para que exista una continuidad, para que no desaparezca como está desapareciendo, desaparece. Cada vez que se muere un abuelo y se han muerto muchos últimamente, sobre todo con el COVID, se han muerto muchos abuelos, pues se pierde, se pierde, o sea, es una tragedia para la humanidad entera, que se muera un abuelo que no tuvo la posibilidad de transmitirle a uno, a dos, a tres de sus hijos, a sus nietos, ese conocimiento, que no haya nadie que vaya a saber lo que sabe él, pues es una tragedia para todos nosotros.Entonces, cuando estamos pensando en cómo vamos a hacer? Se va a acabar la ayahuasca, o hay plantaciones, si no es lo mismo, es una inquietud válida, evidentemente, dentro nuestra lógica. Pero olvidamos que lo principal es la conservación de estos conocimientos. Entonces, tanto [00:25:00] MSC como ICEERS se está enfocando cada vez más en un trabajo profundo de desarrollar relaciones, cultivar relaciones con estos abuelos detentores de conocimientos, con estas comunidades que aún practican, mantiene sus sistemas, verdad? Y trabajando con ellos, digamos para ellos, para con programas, y con proyectos, y procesos que son diseñados por ellos, guiados por ellos, y nosotros solamente nos dedicamos a dar, un apoyo técnico y financiero, no? Para garantizar esto, entonces, al hacer esto, al dedicarlos más a la conservación de estos conocimientos, nos damos cuenta que la cultura no puede sobrevivir sin el [00:26:00] territorio.El conocimiento de los abuelos no tiene sentido sin un territorio, verdad? Y cuando hablamos de la conservación de la Amazonía, tampoco podemos entender la conservación de los ecosistemas sin la conservación de las culturas que han vivido ahí durante miles de años. O sea, todo va de la par, todo va de la mano, no?Entonces con una visión mucho más holistica, digamos más amplia. Pues entendemos eso, que cuidando de la cultura y poniendo todos los esfuerzos necesarios para la continuidad de esas culturas también estamos cuidando a la Amazonía, cuidando la biodiversidad, cuidando el agua, cuidando las medicinas, cuidando todo.Entiendes? Ya existen en Brasil enormes plantaciones de ayahuasca, de chacruna. Encuentras plantaciones en diferentes partes del mundo, [00:27:00] en Hawaii, y en Costa Rica, y en diferentes lugares. Ya la gente ha ido a sembrar hace años. Entonces, hay, no, eso no va a faltar. Lo que sí no vanos faltar, nos estamos quedando huérfanos de esos conocimientos.Y eso sí que es una gran pérdida porque yo tengo la certeza, la convicción que en esos, en esos conocimientos están las llaves, las respuestas que nos pueden ayudar a resolver los grandes desafíos que tiene la humanidad hoy en día. Desde nuestra ciencia no vamos a resolver, estamos, estamos en una crisis civilizatoria, estamos en una crisis global, y lo único que nos dicen los científicos es que tenemos que reducir las emisiones de gases de efecto invernadero.Y ahí van 20 años o más tratando de hacer eso, y no lo consiguen. No [00:28:00] solamente es insuficiente pensarlo de esa manera tan reduccionista, sino que, igualmente están acatandose a una sola cosa y no lo consiguen, no hemos logrado nada, no? Lo que realmente necesitamos es un cambio de sentido, un cambio entender una profundidad mucho mayor de cuál es nuestra relación como especie con este planeta.Y para eso necesitamos los entendimientos de lo más extraordinario que ha guardado la humanidad hasta hoy, no solamente de la civilización occidental, sino de todos, no? Entonces, cada vez que se pierde una lengua, cada vez que se muere un abuelo sabedor es una tragedia para toda la humanidad.Entonces, está muy bien que utilicemos estas medicinas, está muy bien que se esté expandiendo estas prácticas, pero esto sirve, [00:29:00] como un proceso inicial, como abrir una ventana hacia un mundo de posibilidades. Entonces, a mí me gusta que haya gente dando ayahuasca en Estados Unidos, en Europa.Me gusta porque mucha gente tiene la experiencia y dice "wow, en verdad si hay algo más. En verdad, aquí hay todo un mundo que yo no tenía idea que existía y que podría leer millones de cosas, y puedo creer o no creer, pero teniendo la experiencia, ya no necesito creer. Yo sé que hay algo. Sé que la naturaleza está viva. Sé que la naturaleza habla, sé que hay manera de comunicarse con la sutileza del funcionamiento de este planeta, de las aguas, de los ríos, de los vientos de las montañas. Todo es un sistema que está vivo, y hay manera de comunicarse con eso y mantenerse en una profunda relación, simbiótica, de profundo respeto y de amor con todo esto no? Entonces, es [00:30:00] importante que muchas personas tengan ese tipo de experiencia, pero después qué? Después de esa experiencia qué? Volvemos a nuestra vida normal, a nuestro trabajo de siempre, a la dificultad de nuestras relaciones cotidianas y el drama de la imposibilidad de mantener una conexión profunda con el tejido de la vida.Todo de nuestra civilización está hecho para mantenernos desconectados de la vida, del funcionamiento de la vida en este planeta, verdad? Entonces, hacia eso es lo que tenemos que apuntar, porque el problema no son las emisiones de gases de efecto invernadero, el problema es nuestra relación con el mundo.No es las historias que nos hacen creer que el mundo es una fuente de recursos para extraer, transformar y generar riqueza. Esa historia es profundamente [00:31:00] problemática. Y cuando conversamos con los sabios, con los abuelos, con los indígenas, escuchamos esas historias. Nos damos cuenta. Wow. Estas historias necesitan ser escuchadas.Estas historias necesitan, necesitan ser contadas en diferentes espacios. Y estos abuelos, estos sabios necesitan ocupar el lugar que les corresponde en la mesa de negociaciones de la humanidad. No se trata de conservar esto como algo folclórico, como un derecho de estos pobrecitos pueblos que tienen el derecho de vivir, como siempre vivieron, como quieran vivir. No, se trata de nuestra sobrevivencia.Entonces, hacia eso, creo yo, que debemos estar apuntando y sobre todo el tema de la revolución del renacimiento psicodélico yo creo que es una punta de lanza. Es una primera entrada en el que vamos poco a poco, demostrando que no se trata [00:32:00] solamente de convencer así retóricamente, sino que hay que demostrar, con hechos, la pertinencia, la utilidad de estos conocimientos para hoy para el mundo de hoy, verdad?Entonces, el tema de la salud y el tema de la salud mental es como es una problemática gigantesca, no? Enorme, hiper compleja. Es la primera cosa que, más y más científicos y gente que decide se está dando cuenta. "Uy, aquí esta gente sabe algo que nosotros no sabemos y tiene una manera de saber y entender el funcionamiento de la mente y el espíritu humano que nosotros no tenemos idea y que realmente funciona."Entonces eso es como una primera parte, como una punta de lanza. Estamos entrando en un lugar para poder demostrar al mundo. "Oye, lo que saben estos [00:33:00] pueblos es importante no solamente para ellos, no solamente para la continuidad de sus culturas, de sus tradiciones, no solamente para la salvaguarda de la selva Amazónica sino para toda la humanidad." Verdad? Y es muy triste ver en nuestros países, en Colombia. Bueno, Colombia hay otro nivel de entendimiento mucho más maduro, sobre lo indígena. Creo que están mucho más avanzados en ese sentido, pero en Brasil, en Perú, en Ecuador, en México, no le estamos dando la importancia que merece a esta problemática, o sea al rescate de lo poco que ha sobrevivido esos conocimientos extraordinarios que se mantienen en las selvas, en los desiertos, en las montañas, que se han ido guardando en secreto hasta hoy, o sea es heroico que haya [00:34:00] sobrevivido hasta hoy. Y hoy en día nos estamos dando cuenta de la pertinencia y la importancia de todo eso.Entonces, cuando hablamos de conservación, estamos hablando de conservación biocultural. Entender que no se puede preservar una cultura sin preservar la totalidad de su territorio, sin derechos de esos pueblos sobre sus territorios, y no se puede preservar los ecosistemas y los derechos si no se hace todos los esfuerzos para preservar esas culturas que han vivido en profundo respeto, en simbiosis con esos ecosistemas.Y tenemos muchísimo que aprender. Todo este tema de la cooperación internacional, de las ayudas de las ONGs, de los proyectos de los pueblos indígenas es de un paternalismo triste y absurdo que en el fondo dice "ay pobrecitos los indios vamos a ayudarlos", vamos a ayudarlos a qué? Vamos a ayudarlos a que sean más como nosotros.Eso es lo que estamos haciendo, creyendo que [00:35:00] somos lo mejor. Pero entonces más y más estamos entendiendo que es es mucho más lo que nosotros podemos aprender de ellos, que ellos transformarse en nosotros. Tenemos que re indigenizarnos, sabes?. Tenemos que volver a ciertas raíces que nos permitan una profunda conexión con la vida, con la naturaleza, con todos los seres que viven en nuestro territorio.Y eso es lo que en la misma naturaleza, la misma tierra nos está indicando, nos está llamando. O sea, si siguen así de desconectados, los vamos a exterminar. Tienen que re conectarse con eso, entonces ahí yo creo que hay una, algo nuevo que está surgiendo, que es maravilloso, verdad? Y espero yo que eso llegue a más y más personas.Estamos trabajando duro para eso la [00:36:00] verdad. Chris: Mm, pues muchísimas gracias por esos trabajos Claude. Y por tener la capacidad de afilar el cuchillo, en estos tiempos y en nuestra conversación, para sacar la grasa, digamos, como digamos. Yo siento que es, es un trabajo muy fuerte, no? O sea, para mí, eso es el fin de turismo, la capacidad de parar, de ver al mundo como algo que existe sólo por tus gustos. Algo que existe en un sentido temporal, es decir desechable. Pero eso va a durar como un montón de trabajo en el sentido de recordar, de recordar que en algún momento sus antepasados, los urbanos, los del norte, etcétera, fueron indígenas. Pero qué pasó? Qué ha pasado? Qué rompió [00:37:00] esa relación con la tierra? Y eso, eso es un trabajo muy, muy fuerte y obviamente generacional y intergeneracional, entonces. Pues hay mucho más que podemos hablar y ojalá que tenemos la oportunidad en algún momento, pero quería agradecerte por la parte de mí, por la parte del podcast y los escuchantes. Y al final quería preguntarte, y para nuestros oyentes, si hay una manera de seguir a tu trabajo o contactarte, si estás dispuesto a eso, cómo se pueden conocer lo de ICEERS y MSC? Claude: Bueno, tienes, el trabajo de MSC es muy importante. Y pues, si necesitamos a más gente que se sume, que done. Necesitamos canalizar muchos [00:38:00] recursos para poder hacer estas cosas bien, verdad? Con pocos recursos estamos haciendo cosas increíbles, pero ya estamos viendo que, ya llegamos a niveles en los que podemos administrar mucho mayores recursos. Entonces, si la gente se siente inspirada y pueden entrar a la página web de MSC o ICEERS, y MSC fund FND, ver lo que estamos haciendo, los diferentes proyectos que tenemos ahí y se sientan inspirados para donar o conseguir recursos, pues, genial. ICEERS también hace un trabajo extraordinario en la creación de conocimientos, artículos científicos y defensa legal también de estos detentores, de estas medicinas. Trabajo con incidencia política con gente que decide en el mundo. [00:39:00] Entonces estamos luchando ahí por los derechos de los pueblos indígenas, por el derecho del uso de estas medicinas que en muchos lugares son ilegales, y también sobre todo, decir a la gente que más que ir a la selva, o tomar ayahuasca cerca de sus lugares, muchas veces ahí cerca también tienen una reserva, algunos abuelos, pueblos indígenas que están cerca de ustedes, no? En sus países, cerca de sus ciudades. Y pues es tiempo de reconectar, y es muy difícil, pero la verdad que vale la pena, ir, ver lo que necesitan, cómo podemos ayudar, cómo podemos colaborar, simplemente con esa presencia, con otro tipo de encuentro, y cultivar esas relaciones de amistad, es algo, es algo muy importante que podemos hacer hoy en día, y que, [00:40:00] pues la tierra nos está pidiendo a gritos que nos re conectemos. Y ahí están los abuelos, todavía hay abuelos que, como dices tú, solamente esperan que vengan los jóvenes a preguntar no? Y muchas veces cuando no son los propios jóvenes de sus comunidades, pues están muy felices cuando viene gente de afuera de otros lugares, con esas preguntas, porque los ayaban a practicar, los ayudan a compartir, pero también inspiran a los jóvenes de su comunidad a sentarse con los abuelos.Creo que es un tiempo en el que es muy importante volver a sentarse con los abuelos, y los abuelos están ahí y están necesitando mucho de nosotros. Entonces, hagámoslo.Chris: Oye, gracias, hermano. Voy a asegurar que esos enlaces están en la página de El Fin del Turismo cuando lance el episodio. Y [00:41:00] pues, desde el norte hacia el sur te mando un gran abrazo. Y gracias por tu tiempo hoy, por tu trabajo y por tus compromisos Claude. Claude: Un placer, Chris, gracias a ti. Gracias por lo que estás haciendo. Saludos.English TranscriptionChris: [00:00:00] Welcome Claude, to the podcast The End of Tourism.Claude: Chris. Thank you very much.Chris: I was wondering if you could explain a little bit about where you are today and how the world appears to you?Claude: Good question. I am, right now I am in Rio de Janeiro, where I live. I am Peruvian and I also studied anthropology and I dedicate a lot of my time to indigenous peoples, especially in Brazil, Colombia and Peru and I have been working in the Amazon for many years. And as I see the world today, from here, well, with a lot of concern, obviously, but also because of what I do with some hope,Chris: Yeah, and in that matter of what you do and what we talked about before, it seems like it's a great path, a path of [00:01:00] decades and decades. And I would like, if we could see a little more of that path. Could you comment a little on how you got to this great moment, be it through your travels, to other countries, to other worlds, to other teachers.Claude: Yes, of course, let me explain. I've been working with indigenous people in general for about 20 years, but especially with the topic of spirituality, master plants like ayahuasca and those things, and I got there like, I think, like most people who go to the jungle today, or to look for these medicines, as they are called, which is a certain or deep dissatisfaction with our own culture, with the existential response that our own society [00:02:00] can give us, I would say.It's like there's always a question that one asks oneself, "Doesn't there have to be something more? It can't just be that." That proposal, let's say from the West, can't just be that, there has to be something more, right? So that led me on a search since, I don't know when I was around twenty, twenty-something years old.What led me to experiment with these medicines like ayahuasca, San Pedro, mushrooms, not for a playful or evasive reason, but on the contrary, with a curiosity for other ways of knowing and understanding. So I approached these medicines, with curiosity to understand how indigenous peoples know what they know. What is the origin of their [00:03:00] knowledge at the moment, right?So, I studied anthropology. I quickly moved away from academia because I found it much more interesting what my grandparents taught me, who for anthropology were my informants, right? It was like, I had to have my informant, this informant. And I realized that no, they were not my informants, but they were teachers and I learned much more from them than what I was taught in books, or in classes, or in seminars, right?So I decided to dedicate myself more to following them and to continue learning with them, and to see how I could help them. These grandparents, these wise indigenous people. And that led me to a wonderful path that today I call "the bridge people," right? In other words, people who are in that place of interface, between the knowledge, the wisdom that remains to us from the indigenous peoples [00:04:00] and the Western world, the modern world.And in this new type of encounter that has been emerging for a decade or maybe two decades. It is this new type of encounter of our worlds, right? That until today was, had always been extremely problematic, if not murderous, right? The way our Western world met the indigenous worlds was destructive. Today we find ourselves in a different way, in which many young people and adults and people from the global north come in search of knowledge, wisdom, cure, healing, alternatives, looking for answers that our own civilization cannot give us. There is a hunger, a thirst for meaning for something greater, so many people begin to go there with different eyes, with a [00:05:00] respect that I don't think had existed before. And that brings positive things and negative things, obviously.It seems that we are wrong. There is a great curse, that, like everything that the West touches, it eventually turns into a great disaster. It seems like something super nice, super wonderful, illusory, it makes us fall in love, it seduces us, but after a short time we begin to realize the terrible consequences that we bring, right?But something, I don't know, something is also changing, something is shifting. There is a certain maturity on both sides, both on the indigenous side and on the non-indigenous side, to meet from a place where we can celebrate our differences and understand that those differences are material for the construction of a new time , right?So that's the part that brings me a little bit of hope.Chris: Yeah, that's nice. Thank you, Claude. I mean, I feel [00:06:00] a lot of hope, but also despair for someone who has visited several indigenous peoples in the Amazon for about 15 years now, during which time these medicines were gradually reaching the collective mentality of the West.And it has helped me a lot, not only for spiritual reasons, but also for repairing the damage I did to my body, for example, but also getting into those circles, in the Amazon, for example, but also my native land Toronto, Canada and other parts Oaxaca, Mexico. We have seen little by little the neglect of indigenous wisdom, indigenous cultures, medicines, and more than anything, the contradictions that [00:07:00] appear within the "psychedelic renaissance." So, you have been in those for a long time, not only regarding medicine, but also in indigenous cultures in the Amazon. I would like to ask you what you have seen there in the sense of contradictions, about tourism regarding medicine, it can be the side of foreigners coming to heal themselves, or maybe the locals or indigenous people taking advantage of the moment.Claude: All cultures have contradictions. And the main contradiction is between what is said, right? What is professed and what one sees in practice, right? It's like going to church and listening to the pastor talking about what a good Christian should be like.And then you walk around, I don't know, Chicago or Mexico City, and you see what [00:08:00] Christians are like and you say, wow, there's a huge contradiction, right? The contradiction is terrible. When we talk about indigenous peoples and knowledge, indigenous peoples, indigenous wisdom, it seems like we're speaking from a place of idealization, right?And I would not like to fall into that idealization but rather try to be very concrete. One thing is reality, which is truly terrible. We live in a time that is the peak, it is the continuation of a process of colonialism, of extermination that was not something that happened with the arrival of the Spanish, and the Portuguese and the time of the conquest. And it was not something that happened.It's something that keeps happening, . It's something that [00:09:00] It keeps happening. As the great Aílton Krenak, a great indigenous leader from here in Brazil, and an intellectual , member of the Brazilian Academy of Letters, recently said, what you don't understand is that your world is still at war with our world.He said that . He says that, in other words, you don't understand that the Western world, the modern world, continues at war and making every effort to make indigenous cultures disappear.I mean, in practice, that's what we're doing. So, when I talk about hope, I'm talking about it because there's something that's emerging, that's new, but it's really very small. And as you say, when, I mean, the expansion of ayahuasca, of San Pedro, of peyote and of a certain [00:10:00] Respect and a certain understanding of the importance of indigenous knowledge , we still don't really understand that, we don't understand. And when we talk from the global north, and what is called the psychedelic renaissance, when they talk about indigenous peoples, there is an idealization, above all, it is only part of a discourse that is a bit " woke. "It's a bit of a way of making your speech pretty, but in practice it's not visible, no, no, it doesn't occupy an important place. The path that this psychedelic revolution is going to follow is already designed, it is to extract the active principles from plants, to make medicines, to make a pill that will help people stay in better shape within the madness that the West proposes.How we give to people [00:11:00] tools to adapt and to resist , that's the absurdity we're subjecting them to , that 's really it. I mean, we need drugs like Brave New World now , not Soma. Are you feeling depressed? Take your pills . You're questioning things too much , take this so you can keep functioning and operating and producing, right?But one thing is very, very clear to me, and that is that we have not yet managed to understand the magnitude of indigenous knowledge. And I say knowledge, not beliefs, because in general, when we talk about indigenous peoples, what a shaman, as they call him, a healer, knows, or what they talk about regarding their spirituality, people think, "ah, those are their beliefs." And in the best of cases, they say, "oh, how nice, we have to respect it, we have to take care of their rights, and they have cultural rights and they have every right to believe in what they believe." But when we say beliefs, it is also a misunderstanding because it has very little of belief in reality.When one studies more, and when one goes deeper into what a healer, an ayahuasca, Shipibo, Ashaninka, Huni Kuin, Karipuna, Noke Koi Kofan, knows how to do, what they know, it has nothing to do with beliefs. It has nothing to do with the religious worship of certain deities. Nothing to do with it. We are talking about deeply practical knowledge, right?It is an accumulation of knowledge over generations and generations by scholars of the jungle, who organize this [00:13:00] knowledge. Socially and also transmitted with a method. There is a very strict, very specific method of transmitting this knowledge and these ways of knowing, so I just gave you a definition not of a religion. I just gave you a definition of science.So what we haven't really understood until now is that the little bit of that knowledge that has survived to this day is much more like a science than a religion. It's much more practical knowledge than a religious belief, right? And in that sense, it's of the utmost importance. And so, when we have more and more people having this experience, what happens?Many people come to the jungle in Iquitos, I have worked for many years, for years I have been like the main center where I have received many people to [00:14:00] take ayahuasca and those things, and people come to heal themselves of things that in their countries, well, no, no one can heal them of depression, trauma, physical things too, but above all psychological things, right?And then they come back and say, "Oh, I took ayahuasca and I was cured." "How did you get cured?" "Oh, I went, I took ayahuasca," but nobody says, "I was drinking with an old man who sang to me every night for half an hour. And then he would come in the morning and ask me what my dreams were like. And then he would come with other medicines and he would give me baths. And when he would give me baths, he would sing to me again. And then he would give me this, and he would give me this medicine and sing to me, and when he would sing to me, he would make me see this kind of... Nobody talks about it. People say, "I took ayahuasca and the ayahuasca cured me," but the old man who was singing just seems like an accessory to an old man singing.But that is not the case.Claude: [00:00:00] Most people say, "Wow, how did you heal from that? What happened? What did you do?"Ah, I already took ayahuasca. Ayahuasca cured me."True? I've actually heard very few people say, "Grandpa, Grandma gave me ayahuasca, but he sang to me for hours, gave me baths, asked me about my dreams, adapted all the plants and the treatment he was doing to my dreams, to what he was seeing. When he sang to me, he guided me to see things, or not see things."It seems as if the old man who sang was an accessory, a decoration. And no, really, we don't give credit to the deep work they do, and the knowledge they put into practice. And it's not strange because it's very difficult to understand how a person singing is going to heal me with a song, right?No, for us, it's very difficult, it doesn't make sense. [00:01:00] It has to be the substance that you took that got into your brain and made some neurological connections. I don't know. It can't be that thing, because for us, it would be magical thinking, right?But as I say, what we call magical thinking is not magical thinking for them. It is a very concrete knowledge that is learned and has learning methods. It is knowledge and skills and abilities that are acquired through transmission methods, right? And up to now we have not really managed to give it the place it deserves.On the contrary, we are impacting this in very profound ways, and there is a fundamental contradiction that I see in this, in going back to the question you asked me. In all this tourism that has arrived, and [00:02:00] this fascination, this interest. What are the impacts that this has had on indigenous communities in the indigenous world, right?So I think there are two things that seem to be a bit contradictory. On the one hand, there is a great blessing. Twenty years ago, you didn't see people our age, young people interested in sitting with their grandparents and really learning, and continuing those traditions and cultivating that kind of knowledge.Most people our age, a little older, up to our age, people who are 50, 55, 60 years old today, didn't want to do anything, no. They wanted to be bilingual intercultural teachers, they wanted to be [00:03:00] professionals, to belong to the white world, right? So, the old people were from a bygone era that was destined to become extinct.So, with the arrival of the Westerners and with this interest in these things, there has been a certain renaissance and above all, a real interest among the youth to learn these things as a professional alternative, let's say. Let's say, hey, why should I be a lawyer? If I, if you look at all the gringos that are coming, I can be this and I'll do better, right?So, on the one hand, there is this part that, today we see, for example, in the Shipibo, a lot of people who are learning, right? Many young people are interested, not only in the Shipibo, but in many places in Brazil, in Colombia, in Ecuador, I see, I see that, a youth that is little by little becoming more interested and [00:04:00] returning to their own roots.It's like, how to say, since you're a kid, they always tell you, "The ancients were crap, that world is over, the only thing that matters is modernity and integrating into urban life, into the official life of this civilization, going to church, having a career, and being someone in life," right?And then it was like, and the states with policies of that nature, the governments, the states of our countries, it was, well, the indigenous question was how do we civilize the Indians. Civilizing the Indian is nothing other than making them forget their systems, their cultures, but as a part of how I say, " woke, " not like," Oh, how nice the Indians are that they keep their dances, that they keep their folklore, that they keep [00:05:00] their clothes and that they keep certain things that are kind of nice, that they keep as something picturesque and somewhat folkloric, " but without really understanding the depth.But today, I think that to a large extent, thanks to this, not only is it a more complex thing, obviously, but, the youth, seeing that there is this arrival of whites , of foreigners, of gringos, right? Very interested in the knowledge of their grandparents, in medicine. And they go and are there, they say " oh, there must be something interesting here, I also want to learn. " If gringos like this, it's because there must be something good, you know? We got to that point where it was meant to disappear, but one way or another, there's a rebirth, right? At the same time, [00:06:00] In the transmission of this knowledge, as I was saying, it is extremely complex, extremely strict, strict methods of transmission, so it has had to be simplified because young people are no longer capable, having gone to school, having one foot in the city. No, they are not as capable, nor do they have the interest, nor the conditions, nor the aptitudes to really enter into these processes as the grandparents could have done, who today are 70, 80 years old, right , who were really the last . Unless you go very far into the jungle where there are places where there is not much contact, they still have to maintain some things, but they are also far from these circuits,But then, yes, there is a great simplification of these systems. So many things are lost. For better or worse, right? Many people say, well, at least this whole part of witchcraft and [00:07:00] shamanic attacks and all that stuff is being lost, but to which a lot, a lot of importance is given that we also fail to understand, because we see it with that Judeo-Christian vision, that Manichean distinction of good and evil, which in the indigenous worlds does not just not exist, but is totally different, right? And that is part of those differences that are important to understand and respect, right? So, all this part that we see as witchcraft, as diabolical and such, has its function within a system, and that no, trying to make it disappear is to make the system itself disappear, right?Because we don't understand it. It's the same thing that happens, it's what has always happened, something that scandalizes us, so we want to change it, but it scandalizes us from our own worldview and we are not understanding it from the vision of [00:08:00] They do not. It does not mean that everything can be put into perspective, right? There are things that are very difficult, no, and very delicate, but in general, when there is something that scandalizes us, we want to change it, without really going into an understanding of the function of those things, because we are following the same patterns as the priests who arrived 400, 500 years ago. They said, "Oh, this is diabolical. We have to eradicate these things, right?" So we continue doing that. So, on the one hand, we see that there is a rebirth of interest among the youth and a reconnection with their own identity, while at the same time there is a somewhat dangerous simplification of these systems, meaning that the young people who will soon be grandparents do not know half of what their grandparents knew. They know the bare minimum that is needed to give the gringo what he requires, what he needs, what he is looking for, enough to actually do business, and that is not to blame them, but it is part of the system in which we are navigating, because everything works like that.Why are you going to go so deep if this minimum is enough? Especially when we see that many gringos, many foreigners, take ayahuasca a few times or go on a diet, and then they take ayahuasca back to their countries, put on the feathers, grab their little guitar, and start singing these things as decoration around this experience and make a lot of money.And so ayahuasca has been expanding throughout the world, right? And that serves its purpose too. Not to judge, but [00:10:00] there is also, it is a superficiality, many times, hurtful, when you see what a grandfather knows and what he has had to go through, the difficulties, the tests and the responsibilities that an
Cineasta vem ao podcast contar sobre os laços com a Amazônia e sua história, que está virando filme, de reabilitação após ficar tetraplégico em um acidente aos 40 anos.Newsletter Pós-JovemPós-Jovem nas redes: Instagram |BlueSkyPlaylist"Episódios Essenciais"Canal do Whatsapp:Acesso aos BastidoresDesign: Nayara LaraTrilha: Peartree
A seis meses da Conferência do Clima de Belém, pesquisadores já pensam no impacto do megaevento para a capital do Pará, na Amazônia. Olga Lucia Castreghini de Freitas, coordenadora de um projeto de pesquisa sobre a COP 30, diz que a organização do evento tem pontos positivos e negativos. “O que a gente observa de mais problemático é a inexistência de formas de controle social e de participação”, afirma. Belém recebe dezenas de obras para sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas que complicam o dia a dia da cidade, mas prometem transformar a capital paraense. O projeto de pesquisa “COP 30 das oportunidades de transformações urbanas aos desafios para a participação e o controle social”, coordenado pela professora Olga Lucia Castreghini de Freitas, professora visitante do programa de pós-graduação em Geografia da Universidade Federal do Pará (UFPA), visa fazer uma análise critica dos impactos do megaevento para Belém. A expetativa era que por ser um encontro “não comercial”, que vai discutir a emergência climática e sediado na Amazônia, a organização seria “diferente e inovadora”. Mas os preparativos da COP 30 repetem os erros do passado e frustram expectativas. Muitas obras, principalmente de saneamento, eram necessárias, estavam na gaveta há anos e só agora foram viabilizadas com os recursos disponibilizados, principalmente pelo BNDES e Itaipu Binacional, para a organização da COP. “Belém é uma cidade que tem uma carência estrutural e histórica de obras, de saneamento, em especial. A COP tem potencializado o surgimento de investimentos e de recursos para uma série de obras de macrodrenagem, por exemplo. Isto é um ponto positivo”. A restauração de pontos turísticos de Belém, como o Mercado Ver-o-Peso, também é apontada como um ponto positivo da realização do evento pela professora Olga Castreghini de Freitas. Mas em nome da urgência para terminar tudo a tempo para a COP 30, que será realizada de 10 a 21 de novembro, as obras são feitas a toque de caixa e alguns processos desejáveis, como a transparência e a sustentabilidade, são atropelados.“O mais problemático, que a gente observa, é que as formas de controle social e de participação são inexistentes”, critica a geógrafa. Ela cita, por exemplo, as remoções para a realização de obras da COP. Remoções “Embora as áreas de remoção para as obras da COP sejam pontuais, nós não estamos falando de remoção em massa, elas impactam pessoas”, salienta. A reportagem da RFI foi até a obra do Parque Linear da Tamandaré, no bairro Cidade Velha. No local, onde há um canal e será construído um terminal hidroviário, espaço turístico e área de lazer, vários moradores já foram removidos e as casas destruídas. A RFI encontrou a moradora Oscarita. Ela estava “gostando” e achando o projeto “bonito”, até ser notificada para deixar a casa onde mora há décadas. “Eu perguntei: mas porque mexer com a minha casa se eu não moro na beira do canal? Ela me disse que vão fazer uma estação (de esgoto) aqui”, conta mostrando a casa de madeira branca e dois andares onde mora. “É uma casa simples, mas isso aqui para mim é um paraíso”, garante. Dona Oscarita diz que está “resistindo mentalmente” e que vai bater o pé, também por não concordar com o preço proposto, feito sem nenhuma avaliação ou vistoria da casa dela, informa. “Nem entraram na minha casa. O valor era R$ 80 mil, agora passou para R$ 96 mil. Esse valor eu não quero, porque esse valor aí não dá nem para comprar uma sepultura. Eu ainda não vou morrer!”, sentencia, rindo. Sustentabilidade Belém é uma cidade com alta informalidade na economia e um elemento simbólico importante envolvendo a organização é que muitos moradores veem o evento como uma oportunidade financeira para mudar suas vidas. O Jonathan Nunes, estudante de pós-graduação em Geoturismo da UFPA, acredita muitas pessoas “nem sabem o que é a COP e encaram o evento como uma festa” de oportunidades. Os preços exorbitantes cobrados por hospedagem em algumas plataformas seriam um bom indicador disso. Outra questão problemática é a realização de obras pouco sustentáveis. Duas grandes vias, a avenida Liberdade e a rua da Marinha estão sendo construídas ou ampliadas para solucionar problemas crônicos de mobilidade na região metropolitana, mas elas avançam sobre áreas verdes protegidas. “São obras viárias baseadas no ideal do rodoviarismo, incrementando aquilo que a própria COP discute como potencializar das mudanças climáticas”, contextualiza Olga Castreghini de Freitas. A pesquisadora lembra ainda a polêmica, das “eco árvores”, que são estruturas artificiais criadas para fazer sombra. “Isso é o tipo de coisa que, na minha opinião e na opinião do nosso grupo de pesquisa, conflitam com os próprios interesses e com a própria noção de sustentabilidade que está envolvida nos processos ligados à discussão da COP”, completa.Legado Para debater todas essas questões, o grupo de pesquisa e a UFPA organizaram, no final de abril, o seminário “Tinha uma COP no meio do caminho; nunca esqueceremos desse momento”, com a participação de pesquisadores e representantes da sociedade civil. A analogia com o poema do Carlos Drummond de Andrade “No Meio do Caminho”, foi feita por conta da “ideia de legado” que ele contém. “A ideia do ‘nunca nos esqueceremos é uma coisa que remete ao legado, uma fórmula discursiva muito recorrente, característica dos megaeventos. Em nome do legado, tudo se faz”, ressalta. No entanto, segundo Olga Castreghini, o legado não existe de forma “apriorística” e só em alguns anos será possível avaliar a permanência e pertinência das obras. "Por isso, a COP foi colocada no meio do nosso caminho, para o bem e para o mal. Eu acho que tem oportunidades e tem muitos desafios em relação a isso. Por isso que a gente fez essa reflexão sobre o meio do caminho", acrescenta.Apesar de tudo, e ao contrário do que defendeu Ailton Krenak em recente entrevista à RFI, professora Olga Lucia Castreghini de Freitas é favorável à realização da COP 30 em Belém. A maioria dos participantes da Conferência do Clima nunca esteve na Amazônia. Para a pesquisadora, “estar em Belém será uma oportunidade de entender o modo de vida das pessoas. Vai ser importante para tomar um choque de realidade do que é a Amazônia brasileira e não olhar só de fora, sem se envolver nesse bioma, que é fantástico”, resume.
Quer descobrir como internacionalizar sua marca mesmo começando do zero? Veja como Pedro Mendes levou sua bebida brasileira para 10 países.Eu sou Carol Viudes e estou aqui com Dom Barros para mais um episódio do Made in Brasil. Vamos receber e conhecer a trajetória de Pedro Mendes, fundador da Açaí Futuro. Neste episódio, descobriremos como autenticidade, pesquisa de campo e visão estratégica fizeram essa marca se destacar mesmo em um mercado dominado por gigantes.Aprenda como iniciar seu negócio com propósito, escalar internacionalmente e evitar os erros mais comuns de quem está começando. Assista até o final e inspire-se nessa jornada!
Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê!Na mesa temos André Ricardo de Souza (UFScar), Claudio de Oliveira Ribeiro (UFJF), André Magnelli e Lucas Faial Soneghet. Nesse episódio conversamos sobre o legado de Papa Francisco.Dom Jorge Mário Cardeal Bergoglio foi eleito papa no dia 13 de março de 2013 e veio a falecer no dia 21 de abril de 2025. Seu papado inspira diversas reações, mas é indiscutível a sua importância na Igreja Católica do século XXI. A escolha do nome deu o tom e estabeleceu expectativas para o papado: inspirado em São Francisco de Assis, o frade católico fundador da ordem mendicante, padroeiro dos animais e da ecologia e dedicado aos pobres, Papa Francisco buscou fazer jus ao nome. Alegria, simplicidade e inclusão foram algumas das palavras que definem seus 12 anos de papado. Nomeou bispos e cardeais de regiões distantes de roma, nomeou santos de países pobres e percorreu o que ele mesmo chamou de “margens” do mundo.Promoveu o diálogo com outras religiões, especificamente com o Islã, permitiu que católicos divorciados e recasados pudessem receber a comunhão e, em um discurso histórico, disse que “não poderia julgar” os homossexuais. Reforçou também a atuação da Igreja Católica na frente ambiental. Por exemplo, no Sínodo da Amazônia em 2019, Francisco afirmou que a igreja deveria reatar as relações com a população da região e não com os seus governantes. Na face menos pública, dedicou-se a reformas administrativas na igreja, submetendo o Banco do Vaticano, prenhe de suspeitas de lavagem de dinheiro, a uma profunda investigação e transformação. Visou a modernização e simplificação da estrutura hierárquica da Igreja, promovendo mudanças na Cúria Romana, a administração central do Vaticano, e incentivando a participação de leigos em cargos importantes. Além disso, formou um conselho de cardeais para aconselhá-lo, um movimento de descentralização incomum na história do papado.Ao que tudo indica, o Papa Francisco conciliou liderança carismática e técnica de governo. Os impactos dos últimos 12 anos de papado são agora, após sua morte, objeto de interpretação e disputa, assim como o próprio cargo de sumo pontífice. Figuras mais conservadoras como os cardeais Ambongo da República Democrática do Congo e Erdo da Hungria, disputam com progressistas da linha de Francisco como Zuppi e Parolin da Itália, e moderados como Tagle das Filipinas. Qual foi a significância desse papado e de seu legado para a Igreja Católica e para a sociedade contemporânea? O que podemos esperar do Conclave vindouro?Tópicos: Papa Francisco; Igreja Católica; Religião e PolíticaYoutube: https://youtu.be/d2YFRsny3rMTorne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube!Clique no link para apoiar o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento. Você encontra as opções de apoio na página inicial do site, clicando em "Torne-se Sócio-Apoiador Aqui": https://ateliedehumanidades.com/
O Collège de France, uma das instituições de ensino superior e pesquisa científica mais prestigiosas da França, recebeu nesta terça-feira (29) o único imortal indígena da Academia Brasileira de Letras, o escritor Ailton Krenak. O filósofo emocionou a plateia de acadêmicos com uma visão singular sobre a crise climática e a destruição dos recursos naturais do planeta – e criticou a realização da próxima Conferência do Clima da ONU na Amazônia, em novembro (COP30). O escritor alertou que, diante das evidências científicas sobre o impacto das ações humanas sobre o clima, como o uso combustíveis fósseis, a humanidade “está experimentando a imensa perda da qualidade da experiência de estar vivo”. Segundo ele, “não estamos só ameaçados pelo clima, mas pela imobilidade”.Depois do evento, a jornalistas, Krenak foi mais direto sobre os projetos do governo brasileiro de abrir novas frentes de petróleo na foz do rio Amazonas. "É uma espécie de divórcio da realidade o governo brasileiro, ou qualquer outro governo regional, insistir na exploração de fósseis, de petróleo”, afirmou.O filósofo lembrou que, na última Conferência do Clima, no Azerbaijão, o presidente do país anfitrião considerou que o gás e o petróleo são “um presente de Deus”. "Enquanto a gente viver essa ideia simplória e oportunista de recursos naturais que Deus deu, nós vamos entrar pelo cano”, disse Krenak.O escritor lamentou que os acordos relacionados à proteção do meio ambiente "estejam todos derretendo”, e criticou a decisão do Brasil e a ONU de fazer a próxima COP em uma cidade amazônica."Eu acho que a COP30 vai ser um ônus. Ela vai exigir muito investimento, vai gastar muita coisa para promover uma conferência que podia acontecer online. Não precisava ser na Amazônia”, alegou. "Como é que vai você dizer que uma conferência vai ser boa se o legado imediato que ela deixa é a perda da qualidade de vida dos habitantes e da liberdade desses habitantes de se organizarem?”, avaliou, antes de afirmar que, com a ausência dos Estados Unidos na mesa de negociações, a conferência "vai ser um grande evento de empresários". "Corporações e empresários vão ganhar muito com a COP30, e populações locais vão perder tudo”, comentou.Cogitar 'outros mundos'Na sua palestra, Krenak incitou os presentes a "cogitarem outros mundos, além dessa experiência quase terminal que nós passamos a experimentar no século 21". Segundo ele, “estamos provocando o colapso do mundo que nós habitamos, o seu empobrecimento, e não estamos sendo capazes de cogitar outros”.Nestes outros mundos, que o escritor reporta da floresta, o modo de vida e os hábitos de consumo dos centros urbanos não são mais o foco. "Nós somos a presença mais efêmera da Terra, e estamos causando um dano irreparável a outras formas de vida, como se nós tivéssemos a Terra à nossa disposição”, constatou.Para atender à cada vez mais consumo e ocupação de espaços “vazios” do planeta, a humanidade passou a “comer a Terra”, disse Krenak, parafraseando seu colega yanomami Davi Kopenawa."Se nós olharmos para o desaparecimento de rios, de florestas, nós vamos ver que a escala é suficientemente grande para incomodar e nos por diante da pergunta de quanto nós ainda podemos comer da Terra”, insistiu.'Florestania' e 'floricidade'O filósofo brasileiro, nascido em Minas Gerais e eleito imortal em 2023, trouxe ao público seus conceitos de "florestania" (da junção de “floresta” com "cidadania") e "floricidade" ("floresta" e “cidade”). Em plena capital francesa, erguida sobre pedras e concreto e que hoje briga para devolver os espaços verdes aos seus moradores, as palavras de Krenak inspiram."Na maioria das cidades, jazem os rios debaixo das calçadas e estruturas que vão erigindo essa paisagem tão atraente que são as cidades. Como pensar uma floricidade? Como pensar num lugar onde um rio e uma floresta possam conviver com essa nossa disposição para nos socializarmos e reunirmos em espaços tão acolhedores e seguros que são as cidades?”, indagou.
A sua assinatura ajuda a manter esse espaço de informação livre e relevante.Assine já em www.gazetadopovo.com.br/promo *) Já aconteceu na época de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), agora acontece com a presidência de Davi Alcolumbre (União-AP): a parceria entre Governo Federal e o comando do Senado. Essa aliança envolve, claro, interesses dos dois lados. Para Alcolumbre, tem significado a indicação de cargos na administração federal, por exemplo. Para o governo Lula, a possibilidade de contar com um apoio em pautas de interesse, como deixar na gaveta a proposta de anistia. Há ainda em jogo o interesse de Alcolumbre na questão polêmica da exploração de petróleo na Amazônia. Nesse episódio do podcast 15 Minutos nós analisamos a parceria entre o governo Lula e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. O convidado para falar do assunto é o Silvio Ribas, da equipe de República da Gazeta do Povo, que assina reportagem sobre o tema.
Confira nesta edição do JR 24 Horas: A região Norte do país enfrenta o chamado inverno amazônico, um período de chuvas fortes que vai até maio. Em Manaus, no Amazonas, um dos bairros mais afetados é o Nova Esperança. A falta de estrutura adequada, como drenagem e manutenção de igarapés, também favoreceu as enchentes. Várias famílias perderam tudo e estão vivendo em situação precária. E ainda: Seis ministros do STF votam a favor da manutenção da prisão do ex-presidente Fernando Collor.
Neste episódio, conversamos com Salim Jacaúna, engenheiro agrônomo e professor na Universidade Federal do Pará sobre a pecuária na Amazônia. Salim compartilha sua trajetória e expertise, abordando as particularidades da região, o crescimento do rebanho, os desafios ambientais e fundiários, e a importância da sustentabilidade. Descubra como a pecuária na Amazônia, com sua tradição centenária, se equilibra com a preservação ambiental e vislumbra um futuro promissor, impulsionada pela produção de grãos e novas tecnologias. Acompanhe essa conversa rica em informações e perspectivas sobre o agronegócio brasileiro e o desenvolvimento da Amazônia. PARCEIROS DESTE EPISÓDIO Este episódio foi trazido até você pela SCADIAgro! A SCADIAgro trabalha diariamente com o compromisso de garantir aos produtores rurais as informações que tornem a gestão econômica e fiscal de suas propriedades mais sustentável e eficiente. Com mais de 30 anos no mercado, a empresa desenvolve soluções de gestão para produtores rurais espalhados pelo Brasil através de seu software. SCADIAgro: Simplificando a Gestão para o Produtor Rural Site: https://scadiagro.com.br/Podcast Gestão Rural: https://open.spotify.com/show/7cSnKbi7Ad3bcZV9nExfMi?si=766354cb313f4785Instagram: https://www.instagram.com/scadiagro/LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/scadiagroYouTube: https://www.youtube.com/channel/UCQxErIaU0zBkCAmFqkMohcQ Este episódio também foi trazido até você pela Nutripura Nutrição e Pastagem! A Nutripura, que tem como base valores como honestidade, qualidade e inovação nos produtos e excelência no atendimento, atua há mais de 20 anos no segmento pecuário, oferecendo os melhores produtos e serviços aos pecuaristas. Fique ligado nos artigos que saem no Blog Canivete e no podcast CaniveteCast! Com certeza é o melhor conteúdo sobre pecuária que você irá encontrar na internet. Nutripura: O produto certo, na hora certa. Site: http://www.nutripura.com.brBlog Canivete: https://www.nutripura.com.br/pub/blog-canivete/Instagram: https://www.instagram.com/nutripura/Facebook: https://www.facebook.com/Nutripura/LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/nutripura/YouTube: https://www.youtube.com/user/TvNutripura INTERAJA COM O AGRO RESENHAInstagram: http://www.instagram.com/agroresenhaTwitter: http://www.twitter.com/agroresenhaFacebook: http://www.facebook.com/agroresenhaYouTube: https://www.youtube.com/agroresenhaCanal do Telegram: https://t.me/agroresenhaCanal do WhatsApp: https://bit.ly/arp-zap-01 E-MAILSe você tem alguma sugestão de pauta, reclamação ou dúvida envie um e-mail para contato@agroresenha.com.br QUERO PATROCINARSe você deseja posicionar sua marca junto ao Agro Resenha Podcast, envie um e-mail para comercial@elodigital.net.br ACOMPANHE A REDE AGROCASTInstagram: https://www.instagram.com/redeagrocast/Facebook: https://www.facebook.com/redeagrocast/Twitter: https://twitter.com/redeagrocast FICHA TÉCNICAApresentação: Paulo OzakiProdução: Agro ResenhaConvidado: Salim JacaúnaEdição: Senhor A - https://editorsenhor-a.com.brSee omnystudio.com/listener for privacy information.
No segundo e fabuloso episódio do novo formato do podcast Nós na História pegamos carona na morte do escritor peruano Mario Vargas Llosa – mas só para celebrar sua vida e sua obra. Só que já vamos avisando: periga você sair dessa história com um olho roxo...Ganhador do Prêmio Nobel de Literatura pelo conjunto da obra, Vargas Llosa foi um mestre das palavras e um gênio da narrativa. E o melhor de tudo é que o Brasil esteve no centro de dois de seus magistrais romances: “A Guerra do Fim do Mundo”, onde ele ousou – e conseguiu – seguir os passos de Euclides da Cunha, recriando o clássico “Os Sertões”, sobre a Guerra de Canudos, travada no sertão da Bahia, em 1897, e em “O Sonho do Celta”, no qual ele descreve os horrores indizíveis do ciclo da borracha na Amazônia.Mas é claro que Eduardo Bueno, Luciano Potter e Arthur Gubert folheiam outras páginas de outros livros do mestre peruano – que, aliás, saiu na porrada com outro gênio da literatura latino-americana, o esplendoroso García Márquez. O que causou a briga? Dissidência política, ciúmes literário ou intrigas amorosas? Você só vai saber se acompanhar o episódio... Ou não... Afinal, o nó dessa questão é apertado, e talvez seja cego.De quebra, para dar aquele toque que só Nós na História sempre trás, Eduardo Bueno relembra seu encontro com Vargas Llosa num jantar no seio da alta burguesia, em Porto Alegre, em 1991 – quando um dos temas foi o rastafarianismo e a maconha. Onde mais você encontraria histórias entrelaçadas como essas? Ora, só aqui, no seu, no meu, no nosso Nós na História.APOIE o programa: apoia.se/nosnahistoriaSIGA-NOS no Instagram: @nosnahistoria_@buenasideias@lucianopotter @arthurdeverdadePatrocínio:Traduzca
Cortes de financiamento para 2025 podem prejudicar progresso em muitos países endêmicos; região africana é a mais afetada pela doença, com 95% dos casos a cada ano; novo acordo vai fortalecer atividades de controle nas regiões fronteiriças da Amazônia dos países das Américas.
Confira nesta edição do JR 24 Horas: A Polícia Civil recuperou quase meio milhão de reais em objetos roubados por uma quadrilha especializada em invadir imóveis de alto padrão em São Paulo. Agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais estiveram em 14 endereços da zona sul da capital e, nesta sexta-feira (25), apreenderam uma grande quantidade de relógios, joias, bolsas de luxo, dinheiro e até quadros de pintores renomados — todos os itens sem nota fiscal. Agora a investigação tenta identificar os receptadores e localizar os verdadeiros donos para fazer a devolução. E ainda: Degradação da Amazônia aumenta 329% em dois anos.
Confira nesta edição do JR 24 Horas: O IPCA-15, conhecido como prévia da inflação, teve alta de 0,43% em abril. Em 12 meses, o índice soma 5,49% de alta, acima dos 4,5% do limite da meta de inflação para 2025. A taxa de 0,43% da prévia de abril foi puxada principalmente pelos alimentos e pelos gastos com a saúde. E ainda: Degradação da Amazônia cresce mais de 300% nos últimos dois anos.
A proteção da natureza e do meio ambiente perde um dos seus defensores mais influentes: o papa Francisco colocou a crise ecológica no foco da sua liderança da Igreja Católica. As mensagens do pontífice em favor da preservação do planeta, amparadas pela ciência, ecoaram muito além dos 1,4 bilhão de fiéis no mundo. Lúcia Müzell, da RFI em ParisDos novos paradigmas conceituais para alertar sobre a destruição do planeta à primeira viagem de um papa à Amazônia, passando pela valorização inédita dos povos indígenas, Francisco incorporou na liturgia cristã as constatações da ciência sobre o aquecimento global e os seus efeitos devastadores nas populações, principalmente as mais vulneráveis. No mesmo ano em que seria assinado o Acordo de Paris sobre o Clima, em 2015, o papa publicou a Carta Encíclica Laudato Si, na qual introduziu o termo "ecologia integral”, a interconexão entre os sistemas sociais e naturais. Para ele, a humanidade é uma parte de um ecossistema mais amplo – e as suas ações afetam o ambiente.O pontífice argentino multiplicou os apelos para que homens e mulheres cuidassem melhor da “nossa casa comum”, a Terra. “A humanidade perde uma grande liderança que buscava sempre nos sensibilizar para o cuidado da casa comum e de nos recordar que tudo está interligado: uma coisa que acontece na região amazônica vai ter consequências no sudeste do Brasil, no sul da América do Sul, mas também na Europa”, afirma o padre jesuíta Adelson Araújo dos Santos, professor de Teologia da Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.“Ele mostra que isso está intrinsecamente ligado com a nossa fé, na medida em que Deus é o criador de tudo e nós não somos proprietários de nada: somos meros administradores e devemos cuidar bem da obra de Deus”, explica ele, segundo a fé católica.Proximidade com a ciênciaO cientista Virgilio Viana, superintendente da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), foi o primeiro brasileiro a integrar a Pontifícia Academia de Ciências Sociais do Vaticano, um seleto grupo de especialistas – entre eles, 35 prêmios Nobel – que orientam o papa sobre diversos ramos da ciência, incluindo os ambientais. Doutor em Biologia por Harvard e pós-doutor em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade da Flórida, Viana teve diversas oportunidades de debater sobre a crise climática com Francisco.“O papa fala não apenas da ecologia integral como fala da necessidade de repensarmos a economia. Não é uma mensagem apenas ambientalista: é um pensamento muito ancorado numa visão holística, sistêmica, que percebe, a partir da visão da ecologia integral, que os nossos hábitos de consumo, o nosso estilo de vida, estão conectados com a crise global”, indica. “Nós precisamos de uma profunda reflexão, enquanto indivíduos e enquanto atores econômicos e políticos, que temos impacto, com as nossas decisões, no futuro do planeta”, complementa.Oito anos depois da Carta Encíclica Laudato Si, Francisco voltou a se aprofundar no tema com a Exortação Apostólica Laudate Deum, esta específica sobre as mudanças climáticas. Jorge Bergoglio demonstrou, mais uma vez, o seu apreço pela ciência, observa o padre Adelson.“Ele se preocupou em chamar o mundo da ciência para escutá-lo, e isso gerou, no meio científico, uma admiração pela sua pessoa. Eu acredito que isso é algo para a gente não perder. É uma lição que fica: a nossa fé não é fechada em si mesma, ela é dialogal”, analisa o teólogo.O pontífice costumava enviar mensagens aos participantes das conferências das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COPs) e chegou a planejar ir pessoalmente à COP28 em Dubai, em 2023, mas teve de cancelar a viagem por razões de saúde. Em sua última mensagem aos fiéis brasileiros, em fevereiro, na ocasião do lançamento da Campanha da Fraternidade sobre a ecologia integral, mencionou a importância da Conferência de Belém, em novembro. Francisco desejou que, no evento, "as nações e os organismos internacionais possam comprometer-se efetivamente com práticas que ajudem na superação da crise climática e na preservação da obra maravilhosa que Deus nos confiou e que temos a responsabilidade de transmitir às futuras gerações".Sínodo para a Amazônia e valorização indígenaA noção da proteção do planeta está longe de ser nova na Igreja: foi introduzida por São Francisco de Assis, inspirador do papa argentino, há mais de 800 anos. Pouco a pouco, o tema ganhou importância após a doutrina social da Igreja, no fim do século 19. Com a publicação de Fides e Ratio (“Fé e Razão”), em 1998, João Paulo II pedia que a fé fosse amparada pela ciência, e vice-versa.Mas foi sob Francisco que a temática ganhou uma nova dimensão, como quando anunciou a realização do Sínodo para a Amazônia e viajou, pela primeira vez na história da Igreja, para o coração da floresta. Em Puerto Maldonato, no Peru, escutou os “guardiões da floresta”.“Ele pôde ouvir de diversos povos indígenas a visão deles sobre a natureza, a preservação da floresta e a ação do ser humano. Eles são os primeiros a sofrerem quando veem seus rios poluídos, diminuírem os seus peixes e verem suas florestas incendiarem”, salienta Araújo dos Santos, ligado à arquidiocese de Manaus e autor de “Os passos espirituais do caminho sinodal”, sobre o legado do evento. “Há uma sabedoria, de fato, nas tradições dos povos originários que o papa Francisco percebeu, com muita sensibilidade e uma abertura imensa.”No momento em que a Igreja se prepara para eleger um sucessor, Virgilio Viana avalia que, apesar do fortalecimento do discurso negacionista em diversos países e governos, o Vaticano não deverá recuar neste caminho.“Eu não vejo uma ruptura. A própria doutrina de Francisco se ancora no pensamento de papas que o antecederam, então eu acredito que o próximo papa dará continuidade a esse pensamento, mesmo porque ele é baseado não só em ciência, como na leitura da Bíblia”, destaca o superintendente da FAS. “No Gênesis diz que Deus não dá ao homem o direito de explorar a natureza.”Padre Adelson Araújo dos Santos relembra, entretanto, que dentro da própria Igreja, as palavras de Francisco sobre o “pecado ecológico” causaram rejeição da ala mais conservadora da Cúria. Os críticos alegavam que Francisco “gostava mais de defender as árvores do que as almas”, relata o professor da Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.“Ainda temos uma tarefa muito grande de sensibilização. A Laudato Si está completando 10 anos, mas em muitos lugares, em paróquias e meios cristãos católicos, ela não chegou ainda, porque não há a sensibilidade e uma palavra que o papa usa nas suas encíclicas, o processo de conversão”, detalha o teólogo. “Nestes casos, falta ver a dimensão do pecado presente quando você causa a destruição do meio ambiente e dos recursos naturais. Temos que realmente mudar os nossos paradigmas: não podemos mais ficar num modelo de desenvolvimento que esquece que tudo parte de uma harmonia”, observa.
A escrita sobre uma experiência vivida ou sobre seus pensamentos é uma ferramenta importante para a construção da subjetividade. É partindo dessa ideia que a escritora, jornalista e pesquisadora Bianca Santana fala neste episódio do Podcast da Semana sobre a "escrita de si"."Nós costumamos utilizar a escrita como possibilidade de elaboração, mesmo que a gente não perceba. Se alguma coisa me irritou muito, eu não quero falar disso com ninguém, eu escrevo. Eu salvo um rascunho de e-mail, mando uma mensagem de WhatsApp para mim mesma. E, quando a gente estuda essa escrita de si, e colocamos a intenção nela, a coisa fica mais interessante", diz Santana ao Podcast da Semana.Bianca Santana conta que desde que teve contato com a obra de Sueli Carneiro passou a pensar sobre a escrita de si. Quando passou a dar aulas em oficinas de escrita para mulheres negras, ela entendeu que as memórias dessas mulheres eram também memórias coletivas e entendeu o interesse das histórias pessoais como algo que pode contar a história de uma época e de um lugar."A escrita em primeira pessoa de uma mulher negra da periferia da Amazônia é também uma escrita universal porque ela vai mergulhar em temas que dizem respeito às pessoas que vivem em qualquer lugar do mundo. Ao mesmo tempo em que ela vai contar particularidades do seu tempo e da sua região que precisam ser conhecidas por mais pessoas. Tem o poder de identificação, tem o poder também da curiosidade. A gente adora saber da vida dos outros, não é?", provoca.Autora de livros como “Quando me Descobri Negra” (Fósforo, 2023), “Arruda e Guiné: Resistência negra no Brasil contemporâneo” (Fósforo, 2022) e "Continuo Preta: A vida de Sueli Carneiro" (Companhia das Letras, 2021), ela é parceira da Gama em seu primeiro clube do livro e vai ser a facilitadora dos encontros. Com o nome de Leitura de Si, ela propõe que coletivamente os participantes leiam textos de autores como Conceição Evaristo, Marcelo Rubens Paiva, Abdias Nascimento e Natália Timerman, entre outros.Doutora em ciência da informação e mestra em educação pela Universidade de São Paulo, Santana estudou jornalismo na Faculdade Cásper Líbero e é colunista da Folha de S.Paulo, comentarista do Jornal da Cultura e professora da Faap.Nessa edição do Podcast da Semana, além da escrita de si, Santana comenta o fenômeno dos clubes de leitura como uma resposta à solidão e ao mundo acelerado de hoje e conta sobre o novo clube da Gama.
Por Peninha, Potter e Arthur Gubert. No episódio de estreia do novo formato de Nós na História, agora incorporado ao fabuloso canal Buenas Ideias, a gente já chega chegando e metendo o pé na porta do surrealismo geopolítico misturando Trump, Groenlândia e o Brasil. Isso mesmo. Um trio que parece piada pronta, mas é pura realidade — daquelas que doem, mas fazem rir. Ou fazem rir, mas doem depois. Sim, Trump — o bilionário de bronzeado duvidoso, cosplay de Doritos e dono de um ego do tamanho do Alasca — agora quer tomar a Groenlândia. De canudinho – e sem pagar nada.Porque, claro, se você já é presidente dos EUA, o próximo passo lógico é adquirir uma ilha de gelo como se fosse um terreno em Miami – de mar a lago. E por que não? Afinal, lá tem minérios raros, tem petróleo, e o planeta tá esquentando — logo, aquele gelo todo vai virar ouro derretido.Mas aí você se pergunta: e o Brasil tem a ver com isso? Ora, TUDO, meu caro e meu barato! Porque enquanto o mundo se engalfinha por recursos naturais, nós aqui, deitados eternamente em berço esplêndido, estamos oferecendo a Amazônia em 10 vezes sem juros. A lógica é a mesma: a terra é nossa, mas sempre tem alguém lá fora querendo tomar. E, pior, tem gente aqui dentro querendo vender. Ou então, queimar – a preço de banana.Neste episódio, a gente te manda pra Groenlândia — mas será só pra você entender como os vikings, os enuís (não é mais pra chamar de esquimó, mané) e os absurdos coloniais do século XXI têm tudo a ver com o nosso quintal, com a nossa história, com a nossa eterna posição de colônia com complexo de vira-lata.Venha viajar no gelo no quentíssimo episodio de (re)estreia de NÓS NA HISTÓRIA, o seu, o meu, o nosso podcast que tudo poder e nada quer – só tua atenção (e teu vil metal).
¿Qué te pareció este episodio?Del río Mayo en Moyobamba, al desierto californiano de Coachella.Lee el artículo aquí: https://jugo.pe/los-mirlos-y-el-ascenso-de-la-cumbia-amazonica/Al suscribirte a Jugo recibes nuestro contenido diariamente. Tienes la oportunidad de ser juguero por un día. Pero, sobre todo, patrocinas que nuestro contenido llegue gratuitamente a personas que lo necesitan. Contamos con tu apoyo para no desenchufar la licuadora. Suscríbete aquí. Haz clic aquí para seguirnos en Twitter Haz clic aquí para seguirnos en Facebook Haz clic aquí para seguirnos en Instagram
Os números foram divulgados pelo Monitor do Fogo, uma ferramenta do MapBiomas que utiliza imagens de satélite para fazer o mapeamento. Amazônia e Pantanal tiveram os melhores resultados entre os biomas analisados. Sonora:
O Roda Viva entrevista o médico Drauzio Varella.O Sentido das Águas (Companhia das Letras), novo livro de Drauzio Varella, promete levar ao público a realidade de uma região ainda pouco conhecida de muitos brasileiros - a Amazônia. O próprio médico chegou a se questionar: "Como eu passei 50 anos e nunca tinha vindo para a floresta amazônica?". Para falar sobre seu novo livro, Drauzio participa do programa.Nesta edição, participam da bancada de entrevistadores: Bruna Cambraia, jornalista e editora-chefe da Obvious; Cassia Godoy, jornalista e apresentadora da Rádio CBN; Gabriel Zorzetto, repórter de Cultura do jornal O Estado de S.Paulo; Iara Biderman, editora da Quatro Cinco Um; e Naief Haddad, repórter especial da Folha S.Paulo.Com apresentação de Vera Magalhães, as ilustrações em tempo real são de Luciano Veronezi.#TVCultura #RodaViva #DrauzioVarella #Amazônia
O primeiro trimestre do ano mostrou desequilíbrio no comércio entre o Brasil e os Estados Unidos e a balança é favorável ao país de Donald Trump. Contas em atraso atormentam milhões de famílias brasileiras e uma série especial de reportagens mostra como é possível sair desse labirinto. Fotografias ajudam a medir a população de onças pintadas na Amazônia. Começou o mutirão nacional de vacinação de milhões de alunos de escolas públicas. A Anvisa aprovou o imunizante contra a chikungunya. E a polícia suspeita que mais uma criança brasileira tenha sido vítima dos desafios perigosos divulgados em redes sociais.
No Amazônia em 5 Minutos desta semana:
A bailarina e coreógrafa Deborah Colker é a convidada do Provoca, com Marcelo Tas. No programa, ela fala sobre sua trajetória pessoal e profissional, seus projetos atuais e como sua visão sobre a dança evoluiu ao longo dos anos.Com mais de 14 espetáculos no currículo, Colker foi responsável pela coreografia da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, tornou-se a primeira mulher a dirigir um espetáculo do Cirque du Soleil e já assinou coreografias para óperas e comissões de frente de escolas de samba.Durante a conversa, Deborah também compartilha a experiência vivida na Amazônia com os povos originários do Xingu — um encontro que mudou sua percepção artística: “Mais do que a música ou a dança, me lembrei do tempo”.
No 'TV Elas Por Elas Formação' desta quarta-feira (09/04) acompanhe a apresentação da aula: "Mulheres no combate à fome", com Mayara Suelirta. Mayara é Educadora Popular, nutricionista, pesquisadora na área de Segurança Alimentar e Nutricional. Ela também tem Residência em Saúde da Família com ênfase em Saúde da Populações do Campo, mestra em Saúde, Sociedade e Endemias na Amazônia, doutoranda em Saúde Coletiva pela Universidade de Brasília e trabalhadoras do Núcleo de Educação Popular, Cuidado e Participação na Saúde - Angicos, da Fiocruz Brasília.
O novo episódio de Entrevista com Autores aborda o Suplemento Temático “Trajetórias de síntese: relações entre saúde e ambiente na Amazônia Contemporânea” (https://cadernos.ensp.fiocruz.br/ojs/index.php/csp/issue/view/387).Este episódio foi composto por um bate-papo dos dois organizadores do fascículo temático: Cláudia Torres Codeço e Antonio Miguel Vieira Monteiro.Acompanhe CSPSite: http://cadernos.ensp.fiocruz.br/Instagram: https://www.instagram.com/cadernossp/Facebook: www.facebook.com/cadernosdesaudepublica
Competição entre facções criminosas na Amazônia contribui para taxas de homicídio acima da média nacional; extração ilegal de madeira é usada para aumentar influência e controle territorial; crime organizado está expandindo operações de mineração na reserva indígena Yanomami.
No Podcast genial Analisa de hoje vamos conversar com Vinícius Poit, CEO do Estímulo, o maior fundo de impacto do Brasil. Criado em 2020, o fundo já apoiou milhares de pequenos empreendedores com crédito facilitado, educação e rede de conexões. Com mais de R$ 200 milhões em apoio financeiro, o Estímulo mostra que é possível gerar impacto social com sustentabilidade e atitude empreendedora.DIRETO AO PONTO00:00 Introdução02:34 Explicação sobre o fundo de impacto Estímulo05:58 A importância do serviço público e do impacto social09:20 Estrutura do FIDIC e a filosofia do investimento de impacto14:44 Redução de risco de inadimplência com capacitação19:30 A importância do crédito acessível e capacitação21:04 Foco em igualdade de oportunidades para mulheres26:00 Comparação com o BNDES29:14 Democratização do investimento de impacto33:19 Geração de empregos como objetivo central37:54 Geração de empregos na Amazônia 41:07 Estratégia de fundos e captação internacional
No Amazônia em 5 Minutos desta semana: ⚠️ Cacique Raoni alerta, em cerimônia com Lula, que os espíritos da floresta estão preocupados com os riscos da exploração de petróleo na Amazônia;
No Café PT desta quarta-feira (02), a deputada federal Dandara Tonantzin (PT-MG), presidente da comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais da Câmara dos Deputados, fala sobre suas prioridades à frente do cargo.
Sim, é isso mesmo que vocês estão vendo! Episódio especial de O Tempo Virou direto da Amazônia, no Parque Nacional de Anavilhanas – o segundo maior arquipélago fluvial do mundo. Nossa equipe embarcou na Expedição Katerre, uma travessia imersiva de cinco dias pelo Rio Negro.Hoje e na próxima terça, lançamos dois episódios gravados por lá. No primeiro, conversamos com Ruy Carlos Tone, idealizador da expedição, sobre a importância do turismo socioambiental.No primeiro episódio, conversamos com Ruy Carlos Tone, idealizador da expedição, sobre a importância do turismo socioambiental como alternativa ao turismo privatista e predatório.
Secas severas e intensas têm se tornado mais frequentes e devastadoras no Brasil e no mundo, principalmente nas últimas quatro décadas. Neste período, o país registrou mais de 13 mil casos de estiagem extrema, de norte a sul -- essa é a conclusão de um estudo publicado na revista científica "Science". Em 2024, por exemplo, quase 60% do país sofreu com a maior seca da história, comprometendo biomas e a produção agrícola, já que o cenário de seca favorece incêndios e compromete pastos, tomados pelo fogo. As consequências são vistas agora, de imediato, e tendem a ser ainda mais preocupantes para o futuro. Cientistas alertam que as secas vão ficar piores até 2060. As saídas apontam para a diminuição do desmatamento, o investimento em tecnologias sustentáveis e a cobrança de ações do governo. Quem explica isso é Ana Paula Martins do Amaral Cunha, pesquisadora no Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, o Cemaden. "As imagens que nós temos visto nesses últimos anos são rios sumindo". Trata-se de uma situação que, segundo ela, se espalha pelo Brasil. "Agora a gente tem visto grandes rios na Amazônia, onde isso não é comum, secando. E não só na Amazônia, como também na região da Bacia do Paraguai, ou seja, região do Bioma Pantanal."
NESTA EDIÇÃO. STJ concede liminar para suspender critério do leilão de reserva de capacidade. Mercado de autoprodução de energia elétrica começa a movimentar contratos para data centers e a atrair clientes de menor porte. BNDES e Petrobras fecham acordo para compra de créditos de carbono na Amazônia. Projeto de lei amplia instituições financeiras aptas a conceder financiamentos do Fundo da Marinha Mercante.
A artista brasileira Adriana Varejão apresenta, no Hispanic Society Museum & Library, em Nova York, uma exposição que une história, arte e natureza. Sua nova série de pratos em grandes formatos estabelece um diálogo com a coleção de cerâmicas do museu, mas com uma mudança de perspectiva: se antes seu olhar estava direcionado ao oceano, agora ele se volta para a floresta amazônica. Luciana Rosa, correspondente da RFI em Nova YorkVarejão conta que a ideia surgiu após visitar a Hispanic Society e se encantar com o acervo. “Achei um lugar incrível, com uma coleção maravilhosa. Como tenho muito interesse em cerâmica, decidi estabelecer um diálogo com essa coleção. Assim, comecei a desenvolver no meu ateliê, no Rio de Janeiro, essa série de pratos em grandes formatos, que agora estão expostos aqui no meio do salão”, explica.A exposição é inspirada na primeira Bienal das Amazônias, realizada em 2024, e reflete a biodiversidade da região. O animal escolhido para essa nova fase foi a mucura, um marsupial amazônico. Mas a relação da artista com a floresta vem de muito antes. “Desde 2003, realizo projetos na Amazônia. Naquele ano, tive a oportunidade de visitar a Reserva Yanomami e aprender muito sobre o bioma e a cultura local. Desde então, essa relação se fortaleceu e influenciou meu trabalho”, conta Varejão.Natureza versus Colonialismo Um dos destaques da exposição é uma instalação impactante: a representação de uma sucuri abraçando a estátua de El Cid, um embate visual entre natureza e colonialismo. Rodrigo Díaz de Vivar, El Cid, foi um líder militar castelhano do século XI que desempenhou um papel crucial na Reconquista, expulsando os mouros de diversas regiões da Península Ibérica. Para Varejão, a obra é uma provocação à simbologia da dominação. “Quando a gente entra na Hispanic Society, se depara com nomes de conquistadores e a estátua de El Cid, um símbolo de força imperial e dominação. A sucuri vem para subverter essa ordem, abraçando e ameaçando essa simbologia. É um lembrete de que a natureza não pode ser controlada”, reflete a artista.A exposição também desafia as hierarquias entre arte e artesanato, valorizando as influências das artes decorativas na produção contemporânea. “Sempre me interessei muito por artes decorativas. Nos anos 80, me referia ao barroco, depois aos azulejos portugueses, e agora a cerâmica tem um papel fundamental no meu trabalho. Me inspirei, por exemplo, na cerâmica portuguesa de Bordalo Pinheiro e em referências de diferentes períodos e culturas”, revela.Amazônia, crise climática e preservaçãoA relação entre arte e natureza também levanta questões urgentes sobre a crise climática e a exploração da floresta amazônica. Para Varejão, o conhecimento sobre a biodiversidade é um passo fundamental para sua preservação. “A Amazônia é um sistema frágil. Quando a gente se conhece e se aproxima das espécies, elas passam a existir para nós", diz a artista. Adriana Varejão destaca a importância de dar visibilidade à fauna amazônica por meio das peças expostas em Nova York. Segundo a artista, poucas pessoas conhecem a tartaruga matamatá, uma espécie intensamente traficada e ameaçada de extinção. Para chamar atenção para essa realidade, cada prato da exposição recebe o nome de um animal amazônico representado na obra. Entre eles, estão a mucura, o boto vermelho, o guaraná, que traz a presença do sapo que coexa, o urutau, uma ave típica da região, e as borboletas amazônicas. Nomear esses animais, afirma Varejão, é uma forma de dar visibilidade e incentivar o conhecimento sobre a fauna da floresta.O diretor do Hispanic Society Museum & Library, Guillaume Kientz, destaca a importância da exposição para o museu. "Quando eu descobri o trabalho de Adriana Varejão pela primeira vez, fiquei muito interessado no uso que ela fazia do material histórico e na maneira como ela questionava e desafiava o que resta do passado, refletindo sobre como isso é utilizado para aprendermos sobre a história, mas também para sermos melhores no presente e no futuro. Então, achei que estabelecer uma relação com a nossa coleção de cerâmicas e a exposição que ela criou a partir de algumas peças do nosso acervo seria uma ótima maneira de renovar nosso olhar sobre a própria coleção, trazendo-a também para o século 20."Em cartaz até junho e com entrada livreA exposição "Don't Forget, We Come From the Tropics" estará em cartaz no Hispanic Society Museum & Library de 27 de março a 22 de junho de 2025. Esta será a primeira exposição individual de Adriana Varejão em um museu de Nova York e a terceira nos Estados Unidos. Além das pinturas da sua série de pratos, a mostra apresenta uma intervenção escultórica ao ar livre, estabelecendo um diálogo entre passado e presente, história e natureza.
Neste sábado, o Amazônia em 5 Minutos traz um resumo das principais notícias sobre a Floresta Amazônica que aconteceram entre 16 e 28 de março. Os destaques desta semana são: ✊ Cacique Raoni contra o petróleo – O líder indígena pede a Lula que suspenda o apoio à exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas, defendendo a proteção das comunidades tradicionais.
Chuvas no Rio Grande do Sul, seca na Amazônia e onda de calor na região central do país foram considerados sem precedentes; relatório revela que desastres naturais causaram abalos na produção de alimentos e incêndios florestais; em diversas partes da América Latina, geleiras estão desaparecendo.
O dendê da Bahia foi desbancado pelo óleo de palma do Pará. O açaí do Pará viajou para divertir o gringo. O chef paulista vende peixe da Amazônia e carne do Nordeste a preço de ouro. Este episódio explora a teoria sobre gentrificação urbana para se perguntar: será que estamos diante da gentrificação alimentar? Nossa equipe tenta entender como inovação, gourmetização e apropriação formam um cenário que exclui as pessoas mais pobres – e aquelas que sempre valorizaram, de fato, um alimento ou uma cultura. Afinal, será que existe alguma maneira de escapar a esse fenômeno? A ficha técnica completa, com todas as fontes de informação está disponível em nosso site. O Joio e o Prato Cheio são mantidos com o apoio de organizações da sociedade que atuam na promoção da alimentação adequada e saudável. Este episódio é fruto de um edital do Instituto Serrapilheira pra fomentar a cooperação entre jornalistas e cientistas. A temporada tem o apoio da Fundação Heinrich Boll. ACT Promoção da Saúde, Oak Foundation, Fundação Ford, Instituto Ibirapitanga e Instituto Clima e Sociedade são apoiadores regulares dos nossos projetos.Entre em nosso canal do Whatsapp e fique mais perto da nossa comunidade. Contamos com a colaboração de leitores e ouvintes para continuar produzindo conteúdo independente e de qualidade. Se puder nos apoiar financeiramente, todos os caminhos estão aqui. Se não puder, divulgue a Prato Cheio pra família e amigos, isso nos ajuda muito!
As mentiras em que a gente quer acreditar. No primeiro ato: é fofo, mas morde. Por Bia Guimarães. No segundo ato: por trás das árvores do rei do carbono no Brasil. Por Vitor Hugo Brandalise e Fernanda Wenzel. A reportagem "O capitalista verde" teve o apoio do iCS, o Instituto Clima e Sociedade. Acesse este link da TAG - Experiências Literárias e escolha o clube que mais combina com você! Use o cupom NOVELO100 na assinatura dos planos anuais para ganhar frete grátis por 12 meses e assinando até 10/05 você recebe, na sua 1° caixinha, o novo romance da Chimamanda pelo clube TAG Inéditos e o livro escolhido por Edouard Louis pelo clube TAG Curadoria. Palavras-chave: vício; jogos de azar; crianças; grilagem de terras; Amazônia; créditos de carbono; greenwashing; desmatamento; corrupção; lavagem de dinheiro Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
Podem fartos cardumes de sardinha invadir os rios da maior floresta tropical do mundo? O mercado financeiro mostrou que sim. Pequenos investidores, conhecidos como sardinhas, aplicam suas economias em fundos de investimento do agronegócio, o Fiagro, para financiar atividades de produção de soja, milho e carne. Neste episódio, você vai conhecer o impacto do dinheiro da Bolsa de Valores nos territórios às margens do rio dos Peixes, em Mato Grosso, e do rio Tanaru, em Rondônia.A ficha técnica completa, com todas as fontes de informação está disponível em nosso site. O Joio e o Prato Cheio são mantidos com o apoio de organizações da sociedade que atuam na promoção da alimentação adequada e saudável. Este episódio é fruto de um edital do Instituto Serrapilheira pra fomentar a cooperação entre jornalistas e cientistas. A temporada tem o apoio da Fundação Heinrich Boll. ACT Promoção da Saúde, Oak Foundation, Fundação Ford, Instituto Ibirapitanga e Instituto Clima e Sociedade são apoiadores regulares dos nossos projetos.Entre em nosso canal do Whatsapp e fique mais perto da nossa comunidade. Contamos com a colaboração de leitores e ouvintes para continuar produzindo conteúdo independente e de qualidade. Se puder nos apoiar financeiramente, todos os caminhos estão aqui. Se não puder, divulgue a Prato Cheio pra família e amigos, isso nos ajuda muito!
SD297 - A Saúde Suplementar do Brasil na visão de um médico empreendedor. Neste podcast, Dr. Lorenzo Tomé conversa com o médico e fundador da Horuss AI, Dr. Pedro Baptista Junior, contando como ele saiu de residente e plantonista a diretor executivo de um dos maiores planos de saúde do país, a importância do seu posicionamento de marca pessoal, aliando ideias e execução, o cenário da gestão em saúde do país e como a health analytics pode contribuir nesse cenário. A Horuss AI é uma startup que usa dados e inteligência artificial para melhorar a eficiência dos planos de saúde. Participe da 2ª Imersão da SD Escola de Negócios Médicos. Acesse AQUI. Participe das comunidades SD Conecta. Acesse AQUI! Baixe nosso app: Android ou IOS O Background do Pedro Pedro formou-se em medicina pela PUC de Sorocaba, passou 1 ano na Tríplice Fronteira na Amazônia, foi pra SP fazer residência na BP em cirurgia geral, começou a atuar como plantonista no Hospital Sancta Maggiore da Prevent Sênior onde iniciou um importante posicionamento de sua marca pessoal, propondo a microgestão do plantão, com uma apresentação visual diferenciada e muita dedicação. Em sua trajetória a partir daí, Pedro atuou como Diretor Operacional dos Serviços de Pronto atendimento do Hospital, Diretor Técnico e clínico de Hospitais da Rede, Superintendente Hospitalar e Diretor Executivo da Prevent Senior. No início de 2022, Pedro decidiu buscar novos caminhos como executivo, conselheiro e investidor. Assista este episódio também em vídeo no YouTube no nosso canal Saúde Digital Podcast: AQUI! Acesse os Episódios Anteriores! SD296 - Estratégias e tecnologia para o sucesso do negócio médico SD295 - Media for Equity para startups: o que é e como funciona SD294 - Novos tempos: Itinerário Formativo na graduação médica Music: Declan DP - Charmed "Music © Copyright Declan DP 2018 - Present. https://license.declandp.info | License ID: DDP1590665"
Send us a textIs your Amazon product launch actually working? Running out of stock, getting reviews, and ranking up are all signs of success., but what happens next? Learn how to keep momentum, increase sales, and decide whether to merge ASINs.Get our Amazon PPC guide and start improving your ads today https://bit.ly/419pOQ3#AmazonSales #EcommerceTips #AmazonFBA #AmazonSellerWatch these videos next:The Reason You're Losing on Amazon: https://www.youtube.com/watch?v=sQkjfTkECIc&list=PLDkvNlz8yl_a_tbXXQwrYz29cKKyvVbLu&index=12Creating Parentages with Flat File on Amazon in 2025 https://www.youtube.com/watch?v=Zk8xOa3E0JM&list=PLDkvNlz8yl_a_tbXXQwrYz29cKKyvVbLu&index=13-----------------------------------------------Need help with your listing? Let us fix it!: http://bit.ly/3B1LvHtNeed expert advice? Book a FREE call with us today: http://bit.ly/3B3HMJATimestamps00:00 - Is Your Product Launch Successful?00:16 - Signs That Your Product is Doing Well00:50 - Running Out of Stock: Good or Bad?01:30 - How to Increase Sales After Launch02:00 - Fixing Click-Through & Conversion Issues02:40 - The IAP Funnel for Better Amazon Sales03:30 - Should You Merge ASINs?04:00 - Why Reviews Aren't Everything04:30 - Selling on Amazon Can Be Easier!----------------------------------------------Follow us:LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/28605816/Instagram: https://www.instagram.com/stevenpopemag/Pinterest: https://www.pinterest.com/myamazonguys/Twitter: https://twitter.com/myamazonguySubscribe to the My Amazon Guy podcast: https://podcast.myamazonguy.comApple Podcast: https://podcasts.apple.com/us/podcast/my-amazon-guy/id1501974229Spotify: https://open.spotify.com/show/4A5ASHGGfr6s4wWNQIqyVwSupport the show