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A polícia do Rio identificou 109 mortos na operação da terça-feira. Revelou que 78 tinham ficha criminal e que dez eram chefes do Comando Vermelho em outros estados. O anúncio da retomada de testes nucleares pelos Estados Unidos pôs o mundo em alerta. Especialistas dizem que outros países podem se sentir no direito de conduzir testes também. O Escritório de Direitos Humanos da ONU chamou atenção para execuções na guerra civil do Sudão. Na série especial sobre esperança e meio ambiente, projetos que levaram dinheiro, educação e futuro para a Amazônia. William Bonner e Renata Vasconcellos receberam César Tralli, que vai estar presente no JN todas as noites a partir de segunda-feira.
No podcast ‘Notícia No Seu Tempo’, confira em áudio as principais notícias da edição impressa do jornal ‘O Estado de S.Paulo’ desta sexta-feira (31/10/2025): Projetos relacionados à segurança pública estacionados há meses no Congresso estão sendo retomados e uma CPI do Crime Organizado será instalada. A PEC da Segurança Pública volta a ser discutida pelos parlamentares. Governadores de oposição, reunidos no Rio, anunciaram a criação de um “Consórcio da Paz” para que Estados se ajudem no enfrentamento à criminalidade. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que endurece o combate ao crime e amplia a proteção de autoridades envolvidas nessa área. Governo e oposição tentam calibrar a narrativa na semana em que operação policial contra o Comando Vermelho, no Rio, deixou 121 mortos. O episódio acentuou a polarização política no País e antecipa um tema que deve ser central na campanha de 2026. E mais: Economia: Congresso aprova MP que muda regras do setor elétrico Metrópole: Desmatamento cai 11% na Amazônia e no Cerrado Internacional: Rússia e China rebatem ameaça de Trump de retomar testes nucleares Cultura: Filme sobre Springsteen traz a juventude e os dramas do ídoloSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Armas do Comando Vermelho apreendidas pela polícia confirmaram a expansão da facção pelo território nacional. Foram enterrados com honras militares os PMs mortos na operação da terça-feira. A Polícia Rodoviária Federal prometeu reforço da segurança nas estradas do Rio, e os governos do Paraguai e da Argentina fizeram o mesmo nas fronteiras com o Brasil. Os presidentes dos Estados Unidos e da China acertaram uma trégua comercial de um ano. Donald Trump ordenou a retomada de testes com armas nucleares. Foi anunciado o menor desmatamento dos últimos 11 anos na Amazônia e dos últimos cinco no Cerrado. Saiba como produtores brasileiros estão plantando água no Centro-Oeste.
Neste episódio especial pré-COP 30, Paulina Chamorro conversa com três vozes convidadas a respeito do que esperar sobre as negociações, sobre o Oceano na Pauta e a participação indígena na COP 30, que será sediada em Belém, Pará.Ana Toni, CEO da COP 30, compartilha os bastidores da organização e os desafios de sediar uma conferência histórica na Amazônia. Énh Xym Akroá Gamella, jornalista-floresta em SUMAÚMA, traz a perspectiva dos povos originários e da comunicação comprometida com a floresta viva. E Ana Paula Prates, diretora do Departamento de Oceano e Gestão Costeira do MMA, destaca a importância do oceano na pauta climática e o papel do Brasil na liderança azul. Um episódio para entender o que está em jogo, quem está falando e como podemos nos preparar para um evento que pode redefinir o futuro climático do Planeta.
Você já pensou como comunidades ribeirinhas podem unir tradição, cuidado ambiental e inovação para transformar sua cidade? Neste episódio do Belém 30º, conheça o Movimento Mulheres da Ilha, que há mais de 25 anos trabalha pela autonomia feminina, preservação ambiental e fortalecimento da comunidade. Com foco na coletividade, elas mostram como iniciativas locais podem inspirar mudanças globais e servir de exemplo para toda a Amazônia.Este projeto é realizado pela Politize!, em parceria com o Pulitzer Center.Siga a Politize! no Instagram: @_politize e no tiktok @politizeAcompanhe a Politize! no YouTube: https://www.youtube.com/@PolitizeAcompanhe o Portal Politize!: https://www.politize.com.br/
Você sabia que resíduos urbanos podem se tornar ferramentas de educação e transformação social? Neste episódio do Belém 30º, conheça o Movimento Escola Viva, que promove educação ambiental, bioconstrução e criatividade sustentável. O movimento ressignifica materiais que seriam descartados, levando práticas sustentáveis para a cidade e para as comunidades próximas. A Escola Viva mostra como iniciativas locais podem ensinar responsabilidade ambiental, inspirar mudanças e servir de exemplo para outras regiões da floresta Amazônica e do Brasil.Este projeto é realizado pela Politize!, em parceria com o Pulitzer Center.Siga a Politize! no Instagram: @_politize e no tiktok @politizeAcompanhe a Politize! no YouTube: https://www.youtube.com/@PolitizeAcompanhe o Portal Politize!: https://www.politize.com.br/
Em uma semana, o Brasil estará no foco das atenções do mundo, com o início da Cúpula do Clima em Belém, no Pará (COP30). Num contexto internacional desfavorável, a presidência brasileira do evento trabalha para que esta seja a COP da implementação: que a conferência enderece soluções para os países tirarem do papel as promessas feitas até aqui, para o enfrentamento do aquecimento do planeta. Lúcia Müzell, da RFI em Paris Em entrevista exclusiva à RFI, em Paris, o presidente designado da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, ressaltou que a revolução das energias renováveis desde a assinatura do Acordo de Paris, há 10 anos, traz razões para otimismo. “Antes do acordo, havia uma perspectiva de que a temperatura chegaria a no mínimo 4ºC até 2100, e agora já há um certo consenso científico que ela deve estar a caminho de 2,7ºC, se nós não fizermos ainda mais esforços", ressaltou. "Por mais que a gente não esteja no nível que nós deveríamos estar, muitos avanços aconteceram e nós podemos ser otimistas." A COP30 vai ocorrer em duas etapas: primeiro, nos 6 e 7, chefes de Estado e de Governo se reunião para a Cúpula dos Líderes na capital paraense, a convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O francês Emmanuel Macron e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, estão entre os que confirmaram presença, mas é esperado que Belém não receberá números expressivos de lideranças, ao contrário do que ocorreu na reunião em Dubai, há dois anos. Na sequência, de 10 a 21 de novembro, acontece a conferência propriamente dita, reunindo diplomatas, cientistas, especialistas, setor privado e sociedade civil, para duas semanas de negociações sobre os principais temas relacionados à mudança do clima. "Nós vamos ter anúncios muito importantes de aumento de recursos para adaptação", antecipa Corrêa do Lago. A preocupação de que os Estados Unidos não apenas não participem da COP, como atuem para bloquear qualquer acordo em Belém, paira sobre o evento. O país, maior emissor histórico de gases de efeito estufa, não tem participado das negociações prévias à conferência, mas poderia enviar uma delegação para as negociações oficiais. “A questão da participação americana ainda é uma incógnita”, reconheceu o diplomata. Confira os principais trechos da conversa: Quantos líderes exatamente vão participar da cúpula? Quais serão os chefes de Estado e de governo esperados e, depois dela, quantos países vão participar da Conferência do Clima de Belém? O número de autoridades que vão vir para cúpula ainda está indefinido, porque qualquer programação que inclua chefes de Estado hoje em dia é muito complexa: questões de deslocamento, segurança etc. Eu acredito que vai ser uma cúpula com alguns dos chefes de Estado mais relevantes, porque a liderança do presidente Lula hoje é particularmente notável no mundo e a questão do clima é um tema que alguns acreditam que diminuiu de intensidade do ponto de vista das trocas internacionais, mas quando a gente está falando de fortalecimento do multilateralismo, a questão do clima é absolutamente central. Então, eu acredito que nós vamos ter a esmagadora maioria dos países na COP. Dez anos depois da assinatura do Acordo de Paris, não podemos dizer que algum país tenha cumprido plenamente as suas metas climáticas. Nenhum grande emissor está, de fato, no caminho de limitar o aquecimento global a 1,5ºC, conforme o acordo prevê, entre eles o próprio Brasil. O que precisa acontecer em Belém para que essa conferência não seja lembrada como apenas mais uma rodada de promessas? Eu acho que tem certos países que estão no bom caminho, sim. Um deles é o nosso. A nossa NDC [Contribuição Nacionalmente Determinada, na sigla em inglês] para 2030 deve ser cumprida. Nós realmente temos sido exemplares, inclusive porque, como todos sabem, um dos grandes problemas das nossas emissões é o desmatamento. Eu acho que nós vamos continuar a ter números positivos no combate ao desmatamento. Outros países também progrediram de maneira significativa, aumentando os seus investimentos em renováveis. Tem uma quantidade de países que a gente não imagina que evoluiu de maneira incrível. Você pega o Uruguai, por exemplo: em oito anos, passou a ter tanta eólica que agora está com 99% da sua eletricidade renovável. O Quênia também está praticamente com 99%. Para nós, brasileiros, é natural, porque o Brasil tem renováveis há muito tempo, mais ou menos a 90%. Essa tendência tem se expandido de maneira impressionante. Vários países desenvolvidos estão reduzindo de maneira significativa as suas emissões. Ou seja, tem muitos resultados, e um dos que são muito claros é o quanto nós já conseguimos mudar o caminho que estava traçado antes do Acordo de Paris. Havia uma perspectiva de que a temperatura chegaria a no mínimo 4ºC até 2100, e agora já há um certo consenso científico que ela deve estar a caminho de 2,7ºC, se nós não fizermos ainda mais esforços. Ou seja, o Acordo de Paris funcionou para baixar, mas ainda não o suficiente. A expectativa é que nós poderemos progredir ainda mais, porque a economia que mais está crescendo e tem mais impacto sobre o clima, a chinesa, está clarissimamente voltada para o combate à mudança do clima. Então, eu acho que é isso que a gente gostaria muito que saísse de Belém: que o mundo reconhecesse que, por mais que a gente não esteja no nível que nós deveríamos estar, muitos avanços aconteceram e nós podemos ser otimistas. O Brasil pode continuar sendo um exemplo na área de clima depois de o Ibama autorizar os testes para a prospecção de petróleo na foz do rio Amazonas, apenas duas semanas antes da COP30? Nós temos instituições, e o momento em que essa autorização pôde ser concedida foi agora. É o Ibama a instituição que decidiu. Eu acho que isso mostra que o Brasil, como todos os países, tem interesses e circunstâncias diferentes. Em um país que se tornou um produtor importante de petróleo, como o Brasil, é preciso pensar no petróleo no conjunto da equação do nosso esforço para diminuir a dependência das energias fósseis. Isso parece um pouco estranho, mas o Brasil já demonstrou coisas extraordinariamente positivas, como nas energias renováveis. Nós somos, ao mesmo tempo, campeões das energias renováveis e um importante produtor de petróleo. É preciso que a sociedade brasileira decida quais são as direções que o país deverá tomar e esse é um debate muito importante no Brasil. Decisões sobre a adaptação dos países às mudanças climáticas, que durante muito tempo foi um tema tabu nas COPs, estão entre as apostas da Conferência de Belém. Quais são as medidas concretas que o senhor espera sobre a adaptação? Isso não abre o caminho perigoso de os países acabarem contornando o grande causador do problema, que são os combustíveis fósseis? Quando eu comecei a trabalhar na área de clima, mais ou menos no ano 2000, havia, sim, essa ideia. “Meu Deus do céu, se a gente já for cuidar de adaptação, a gente não vai fazer o esforço de mitigação” [redução de emissões]. E a verdade é que nós todos estávamos errados, porque nós não sabíamos que a mudança do clima chegaria tão rápido. Você vê hoje, no Brasil, uma percepção muito clara do impacto da adaptação. Quando você pega o que aconteceu em Porto Alegre, é uma coisa que poderia ter sido diminuída se as obras de adaptação tivessem sido feitas – e isso é um alerta para todas as cidades brasileiras, de certa forma. Mas quando os rios secam na Amazônia, não é uma questão de adaptação. Isso só a mitigação resolve. Então, nós temos que avançar com os dois juntos. Leia tambémDivisão de europeus sobre metas climáticas simboliza riscos à COP30 em Belém Mitigação tem uma outra dimensão que sempre a tornou mais atraente na negociação que é a seguinte: onde quer que você reduza as emissões, vai ter um impacto no mundo todo. E a adaptação é vista como um problema local, um problema de prefeitura ou de estados dentro de um país, o que também é uma percepção errada, porque a adaptação é algo que tem hoje muito claramente um impacto grande, inclusive na atração de investimento para um país. Um país que tem condições para receber fábricas, infraestrutura, vai fazer uma diferença gigantesca nos investimentos. Eu acho que a gente tem que entender que são dois problemas diferentes, mas que são dois problemas que não podem ser dissociados. Na COP de Belém, nós vamos ter anúncios muito importantes de aumento de recursos, porque um dos problemas é que, como adaptação não tem um efeito global, muitos países doadores preferem dar dinheiro para mitigação porque, de certa forma, indiretamente, eles serão beneficiados, enquanto a adaptação é uma coisa que vai atingir pessoas que eles nem conhecem. Eu acredito que, inclusive, os bancos multilaterais de desenvolvimento vão colocar a adaptação como uma prioridade absoluta. Diante de um contexto internacional delicado, a presidência brasileira da conferência também dá ênfase à implementação das metas, ou seja, viabilizar que essas promessas feitas nas COPs sejam cumpridas. Vai ter como impulsionar a implementação sem resolver o grande embate sobre o financiamento, que sempre bloqueia as COPs? O senhor reconheceu recentemente que não vai ser possível garantir já em Belém o US$ 1,3 trilhão por ano de financiamento que se estimam necessários. Não, ninguém vai aparecer um cheque com esses recursos. Mas o que há é uma consciência muito grande de que a mudança do clima está atingindo todos os setores da economia e os países em desenvolvimento não podem continuar a ter as responsabilidades, que ainda têm de assegurar educação, saúde, infraestrutura para as suas populações e, além do mais, incorporar a dimensão de mudanças do clima. Desde o início dessas negociações, os países desenvolvidos, que já emitiram muito para o seu desenvolvimento, teriam que contribuir. Eles têm contribuído menos do que se espera, mas eles têm contribuído. Dos US$ 100 bilhões que eram supostos aparecer entre 2020 e 2025, só a partir de 2023 é que ultrapassaram os US$ 100 bi que deveriam ter vindo. Agora, houve um acordo na COP de 2024 em Baku, de subir para US$ 300 bilhões a partir de 2035. Muitos países em desenvolvimento ficaram muito frustrados, porque ainda é muito pouco. É esse número que você disse sobre o qual nós estamos trabalhando, US$ 1,3 trilhão. Esse valor parece estratosférico. Na verdade, é um valor possível. Eu devo publicar dia 3 de novembro mais um relatório que deve sair antes da COP, assinado por mim e o presidente da COP29, sobre como traçar o caminho para conseguir US$ 1,3 trilhão. Especialistas em negociações climáticas temem que os Estados Unidos não apenas não participem da COP30, como atuem fortemente para bloquear qualquer acordo relevante na conferência. Essa é uma preocupação sua? Hoje há várias preocupações. Nas negociações oficiais, tudo tem que ser aprovado por consenso. Na verdade, qualquer país pode bloquear uma COP, e já aconteceu em várias negociações de um país se opor ao que os mais de 190 outros estavam de acordo. A questão da participação americana ainda é uma incógnita, porque, em princípio, os Estados Unidos, ao se retirarem do Acordo de Paris formalmente há 11 meses, apenas estão esperando a formalidade do trâmite. Eles têm que esperar um ano para sair formalmente, o que só vai acontecer em janeiro. Em princípio, os Estados Unidos não têm participado das negociações porque eles querem sair delas. Vamos ver como é que a coisa evolui, porque nós sabemos muito bem que há um contexto internacional um pouco especial. Os Estados Unidos têm participado muito ativamente de outras reuniões em organismos e convenções das quais eles não disseram que sairiam, que foi o que aconteceu com a Organização Marítima Internacional e na negociação de plásticos, em que os Estados Unidos foram muito atuantes. Mas eles estavam atuantes num contexto em que eles são membros plenos e pretendem continuar a ser membros plenos, que não é o caso do Acordo de Paris. Então, vamos ver como é que vai ser: se os Estados Unidos vão mandar uma delegação, e como vai ser a atuação americana em Belém. Leia tambémAmazônia: a equação delicada entre preservação e combate à pobreza
Salve, salve, confrade. Hoje, como já é tradição, trazemos a vocês a primeira parte do especial de Dia das Bruxas 2025, onde lemos causos enviados pelos nossos ouvintes. Neste programa, conheça a ligação espiritual entre duas irmãs gêmeas; confira a história de uma casa mal-assombrada no meio da Amazônia; descubra segredos ocultos da nossa mente; saiba como identificar uma abdução alienígena; e escute um relato clássico de espíritos no necrotério.
O Brasil é o país homenageado no 30° Salon du Chocolat de Paris, a principal feira do setor no mundo, que começou nesta quarta-feira (29) na capital francesa. O cacau e o chocolate brasileiros terão um lugar de destaque, com o maior estande em 15 anos de participação no evento. Fabricantes querem aproveitar a ocasião para se posicionar no competitivo mercado europeu. O Salon du Chocolat reúne cada ano, em Paris, chocolate makers, chefs de cozinha, produtores de cacau e marcas internacionais. O evento também atrai mais de 100 mil visitantes e cerca de 200 expositores de 50 países. O objetivo dos expositores brasileiros é consolidar o Brasil como um país com qualidade e sustentabilidade na produção do cacau e de chocolates, como explica Marco Lessa, criador no Brasil do Chocolat Festival e principal promotor do produto brasileiro no Salon du Chocolat de Paris. “O Salon é importante porque você reúne aqui atores do mundo inteiro: o Japão, os Estados Unidos, a Europa”, diz, lembrando que o continente europeu produz e consome 50% do chocolate do mundo e, por sequência, o cacau também. A feira representa uma vitrine para os produtos brasileiros. “Ela dita tendências. Aqui a gente lê as tendências, mas muito mais. Traz o Brasil para protagonismo, traz o cacau brasileiro, o chocolate brasileiro, estimula as pessoas que já produzem cacau e chocolate lá”, diz. “O chocolate sempre foi considerado um produto europeu, belga, suíço, francês, e a gente aprendeu, melhorou e hoje o chocolate brasileiro ganhou uma reputação.” Com um mercado europeu cada vez mais sensibilizado sobre os impactos ambientais da agricultura e às vésperas da COP30, realizada em Belém, os produtores paraenses querem mostrar “a sustentabilidade do cacau”, diz Maria Goreti Gomes, presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Cacau do Estado do Pará, grupo que reúne instituições públicas das esferas estadual e federal, além da iniciativa privada, cooperativas e produtores. O Estado é o maior produtor de cacau do Brasil atualmente. “Nós temos muitos cases de sucesso fantásticos com essa cultura para apresentar para o mundo”, diz. “Toda a cultura do cacau é movida pela sustentabilidade e pela questão ambiental. Na realidade, no Brasil como um todo, o cacau se sustenta pela venda das suas amêndoas, pela qualidade delas, pela sua sustentabilidade. Nós vamos apresentar para o mundo o que o cacau representa na cultura da Amazônia, na cultura do Brasil e na cultura do mundo”. A expositora e produtora de cacau Márcia Nóbrega, da Lábios de Mel Chocolates do Pará, explica que sua produção é inteiramente baseada no modelo da agrofloresta. “A minha fazenda, de 45 anos, era uma fazenda de gado e piscicultura. Nós fizemos um reflorestamento. Nós resolvemos, de 15 anos para cá, reflorestar com SAFs (Sistemas agroflorestais) de banana, cacau e açaí”, explica. “Nós colhemos toda a nossa matéria-prima da nossa própria propriedade, onde nós fazemos desde do plantio da semente até o produto que a gente apresenta aqui para vender. É uma produção, uma plantação sustentável. A gente preserva a sustentabilidade e a floresta em pé”, diz. Chocolate brasileiro abre caminho no exterior O cacau do Brasil já é conhecido e vendido mundialmente. Mas o chocolate brasileiro tem mais dificuldade de abrir espaço no concorrido mercado internacional, dominado pelos europeus. Há alguns anos, os fabricantes nacionais investem em produtos finos, de origem comprovada, “tree to bar” (da árvore para a barra) e “beans to bar” (da castanha para a barra), em que a cadeia de produção é conhecida. Alguns destes chocolates finos conseguiram abrir espaço no exterior. A marca Martinus, da Bahia, obteve a medalha de prata no Chocolate Awards, nos Estados Unidos, pelo chocolate 56% ao leite, e o bronze da Academy of Chocolate em Londres, na Inglaterra, por um chocolate ao leite de cabra. “A expectativa nossa é mostrar que o sul da Bahia, além de origem de cacau, hoje em dia também é a origem de chocolate de qualidade”, disse o dono da Martinus, Rodrigo Moraes Souza. Outra preocupação dos fabricantes de chocolate é conhecer as características do mercado europeu e tentar vencer as barreiras para se posicionar. “É difícil entrar no mercado”, diz Ariana Ribeiro, da C'Alma Chocolates de Goiânia, que participa pela primeira vez da feira. “É uma experiência para entender mercado, para entender o nosso posicionamento em mercados diferentes. Então a gente veio mais para entender. Para vender também, claro, porque não é barato estar aqui, mas para entender mercado, ver como que a gente se posiciona no mercado europeu, para tentar expandir mesmo”, diz. A expectativa de Marco Lessa é que muitas vendas e negócios sejam fechados na feira, tanto para os produtores de cacau quanto para fabricantes de chocolate. “O interesse de chocolateiros da Europa e de outras partes do mundo pelo cacau brasileiro é muito maior. Mas a gente já tem também muitos interessados em importar o chocolate brasileiro”, afirma. “Mal abriu o Salon, já houve reuniões com o Japão, com a própria Europa, querendo comprar o chocolate brasileiro”, disse. “O mundo já deseja um chocolate que preserva o meio ambiente, chocolate puro, mais verdadeiro, por razões de princípio de preservação, de saúde. Então as pessoas vão muito atrás disso”, diz.
À medida que a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP 30) se aproxima, o debate sobre financiamento sustentável ganha relevância global. Neste episódio, exploramos o papel das finanças verdes como vetor estratégico na luta contra as mudanças climáticas, impulsionando a transição para uma economia de baixo carbono.Nesse contexto, o Brasil está em posição de destaque, segundo os convidados Luana Maia, diretora da NatureFinance no Brasil, e Marcelo Furtado, head de Sustentabilidade da Itaúsa. A conversa conduzida pela jornalista Mona Dorf, diretora-adjunta de Mídias Sociais da Febraban, passa pela iniciativa Climate Action, Sustainability and Equity, a CASE, que propõe uma abordagem integrada do setor privado para enfrentar os desafios climático, sem perder de vista a equidade; e chega até à Amazônia.A região tem potencial para ser protagonista não apenas como bioma essencial para o equilíbrio climático, mas como território estratégico para atração de investimentos internacionais, com geração de emprego e renda.Mas como destravar esse potencial? Quais são os entraves regulatórios, políticos e estruturais que ainda limitam o fluxo de capital verde para projetos sustentáveis? Juntos, os entrevistados respondem ao conectar os pontos entre financiamento verde, justiça social e futuro climático, trazendo uma visão prática sobre os caminhos possíveis para uma transição justa e inclusiva.Fique por dentro das soluções que estão posicionando o Brasil como potência climática.
Oelze, Sabine www.deutschlandfunkkultur.de, Fazit
L'Amazonie est un territoire immense que se partagent neuf pays d'Amérique du Sud. L'Europe y a attaché de nombreux clichés tenaces : un espace naturel comme hors du monde et du temps. Avec l'exposition «Amazônia» au musée du Quai Branly Jacques Chirac à Paris, on inverse le point de vue, on trouve des représentations actuelles de l'Amazonie par celles et ceux qui l'habitent : des photos, des peintures, des objets... On accède à un imaginaire riche et connecté à la modernité. Leandro Varison, co-commissaire de l'exposition «Amazônia», était l'invité de Nathalie Amar. ► Chronique Le hit de la semaine : Ali Bilali, de la rédaction kiswahili de RFI, à Nairobi nous fait découvrir son coup de coeur du moment, le rwandais Element Eleée. ► Reportage Justine Babin est allée au Caire pour nous faire voyager dans l'Égypte antique grâce au musée GEM, Great Egypt Museum, qui sera inauguré ce week-end. ► Playlist du jour - Lucas Santtana et Gilberto Gil - A historia da nossa lingua. - Suraras do Tapajos - Segredos da Floresta. - Charlelie Couture - Aime moi encore.
L'Amazonie est un territoire immense que se partagent neuf pays d'Amérique du Sud. L'Europe y a attaché de nombreux clichés tenaces : un espace naturel comme hors du monde et du temps. Avec l'exposition «Amazônia» au musée du Quai Branly Jacques Chirac à Paris, on inverse le point de vue, on trouve des représentations actuelles de l'Amazonie par celles et ceux qui l'habitent : des photos, des peintures, des objets... On accède à un imaginaire riche et connecté à la modernité. Leandro Varison, co-commissaire de l'exposition «Amazônia», était l'invité de Nathalie Amar. ► Chronique Le hit de la semaine : Ali Bilali, de la rédaction kiswahili de RFI, à Nairobi nous fait découvrir son coup de coeur du moment, le rwandais Element Eleée. ► Reportage Justine Babin est allée au Caire pour nous faire voyager dans l'Égypte antique grâce au musée GEM, Great Egypt Museum, qui sera inauguré ce week-end. ► Playlist du jour - Lucas Santtana et Gilberto Gil - A historia da nossa lingua. - Suraras do Tapajos - Segredos da Floresta. - Charlelie Couture - Aime moi encore.
Alexandre Garcia comenta condições para Trump retirar tarifas do Brasil, vitória de Milei na Argentina, saudades de Paulo Guedes e reação de missionários à remoção de agricultores na Amazônia.
Não somos bandidos, também somos produtores rurais e precisamos ser ouvidos", afirma presidente da APRIA
O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da sua Diretoria de Comunicação, participou da 9ª edição do ExpoJud, Congresso de Tecnologia, Inovação e Direito para o Ecossistema da Justiça, realizado nos dias 14, 15 e 16 de outubro, em Brasília. O evento é reconhecido como o maior do país voltado à inovação no sistema de Justiça e reuniu representantes de diversas instituições públicas do Brasil.
Uma conversa sobre a promessa radical da esquerda americana com um prefeito imigrante em Nova Iorque, e a promessa bilionária da esquerda brasileira com o petróleo da Amazônia. Com Alessandra Orofino e Gregorio DuvivierSéries indicadasCaçador de Marajás (2025) - Charly BraunChico Anysio: Um Homem À Procura De Um Personagem (2025) - Bruno Mazzeo-------O Clube do Livro, em 2026, terá muitas novidades.Fique ligado, coloque seu nome na lista de espera!
Jornal da ONU, com Felipe de Carvalho:*Unicef estima que furacão Melissa coloca 1,6 milhão de crianças em risco no Caribe*Agricultura sustentável promove conservação e empregos na Amazônia e no Cerrado *Cortes no financiamento ameaçam combate à violência contra mulheres*Timor-Leste inicia novo capítulo com adesão histórica ao bloco regional Asean
Documento do Banco Mundial e Embrapa reúne evidências econômicas e traz recomendações para ampliar a adoção de sistemas agroflorestais e o de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta.
Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana
O Fala Carlão marcou presença no Rio+Agro, direto do Rio de Janeiro/RJ, em uma cobertura especial para o Canal do Boi que reuniu grandes nomes e destacou o protagonismo do agro fluminense.Entre os destaques, Fabiana Villa Alves, adida agrícola do Brasil para a Etiópia e União Africana; Marcello Brito, secretário-geral do Consórcio Amazônia Legal; e Victor Tinoco, superintendente do MDA no Rio de Janeiro, falaram sobre o papel estratégico do estado e o impacto do agro em diferentes regiões e setores.Foi um encontro que reforçou a importância do Rio de Janeiro como ponto de convergência entre sustentabilidade, inovação e desenvolvimento, mostrando que o agro é parte essencial do presente e do futuro do Brasil.
O professor Bruno Soares, da Universidade Federal Rural da Amazônia, fala sobre a inclusão de bufalino no Programa de Melhoramento Genético da Embrapa, o Gene Plus.
Onde de calor bate recorde em Sydney e interior de Queensland, enquanto Victoria sofre com rajadas de vento. NSW tem recorde de morte de indígenas sob custódia. Portugal vive 'grande greve' de servidores públicos nesta sexta-feira. Entidades pedem na Justiça o cancelamento da licença da Petrobras para explorar petróleo na Amazônia dada pelo Ibama.
A COP30 será realizada em Belém, no coração da Amazônia, e representa uma oportunidade histórica para recolocar o Brasil no centro das decisões globais sobre clima, biodiversidade e desenvolvimento sustentável. Diante desse cenário, quais são as articulações entre o setor privado e o mercado financeiro para acelerar os compromissos climáticos? E como podemos avançar rumo a uma transição mais rápida e com menor emissão de carbono? Para explorar esses caminhos rumo à COP, que vem sendo chamada de “a conferência da implementação”, o Insights traz uma conversa especial com Guilherme Xavier, diretor-executivo do Pacto Global da ONU no Brasil, e Marcelo Billi, head de Sustentabilidade, Inovação e Educação da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). A condução deste episódio é da Fabiana Costa, superintendente de Sustentabilidade do Bradesco. Acompanhe e vamos juntos transformar compromissos em ações concretas. O conteúdo a seguir exposto pela empresa convidada não representa, necessariamente, a opinião e as práticas utilizadas pelo Bradesco. #cop30 #Belem #sustentabilidade #NET-Zero #mudançasclimáticas #meioambienteSee omnystudio.com/listener for privacy information.
O Estúdio Rain, de São Paulo, é o único escritório brasileiro convidado a participar do salão Les Nouveaux Ensembliers (os novos designers), evento realizado em Paris para celebrar o centenário da Exposição Internacional de Artes Decorativas de 1925, que consagrou o movimento Art Déco. Patrícia Moribe, em Paris O evento, que acontece na histórica tapeçaria Manufacture des Gobelins, é organizado pela recém-criada instituição Manufactures Nationales (manufaturas nacionais), que reúne a cerâmica de Sèvres e o Mobilier National, dedicado à preservação de técnicas tradicionais e do mobiliário histórico do país. A edição deste ano tem como tema “A Embaixada do Futuro”, com o desafio de repensar os espaços diplomáticos sob a ótica dos designers contemporâneos, utilizando materiais sustentáveis. Uma comissão selecionou dez escritórios – nove franceses e um brasileiro – para repensar cada cômodo de uma embaixada moderna, revisitando o espírito da exposição de 1925, com uma nova tradução contemporânea. O Estúdio Rain, fundado por Ricardo Innecco e Mariana Ramos, foi selecionado para representar o Brasil por um comitê composto por 19 membros. O estúdio foi encarregado de projetar o hall de entrada da exposição. Inspirado pelos palácios governamentais de Brasília, cidade natal de Innecco e Ramos, o projeto se distanciou da ideia de recepção fria e impessoal. “O hall foi projetado para que as pessoas se sintam acolhidas, com elementos que as façam refletir enquanto esperam”, explica Ricardo Innecco. Mamona e Chanel O projeto do Estúdio Rain também destacou a importância do "savoir-faire", a "expertise" artesanal. A pesquisa do estúdio em biomateriais foi essencial para a criação de peças inovadoras, como luminárias e o portal, feitos com biorresina à base de óleo de mamona – um material sustentável desenvolvido ao longo de cinco anos. O estúdio também fez parceria com o Studio MTX, da Chanel, que criou um painel de "bordado arquitetônico", como explica Innecco, com 12.000 tubos de metal e 7.000 sementes de feijão beiçudo (não comestível), gerando um contraste entre o industrial e o natural. Outras colaborações incluíram a Marchetaria do Acre, que produziu um armário que evoca a história do pau-brasil, e a Móveis Amazônia, que criou poltronas feitas de junco. Além do hall de entrada projetado pelo escritório brasileiro, a "Embaixada do Amanhã" inclui outros espaços revisitados, como o escritório do embaixador, a sala de jantar, o bar, a cozinha de recepção, o dormitório do presidente e uma área de relaxamento. O salão busca, com essas múltiplas linguagens e refinamento, equilibrar tradição e modernidade, mostrando que a figura do ensemblier – ou designer, aquele que dá coesão ao conjunto – continua essencial para refletir a cultura francesa e seus valores, acoplando sustentabilidade e "savoir-faire". O salão dos Novos Designers (Les Nouveaux Ensembliers) segue até 2 de novembro, na Manufacture des Gobelins, no 13° distrito de Paris.
Leitura da ótima entrevista com Hamza Hamouchene, intitulada "A libertação da Palestina é inseparável da luta contra o capitalismo fóssil", por Maria Landi e Francisco Claramunt, publicado no site da Editora Elefante em 17/out/2025.Hamza é pesquisador-ativista argelino estabelecido em Londres. Membro fundador da Campanha de Solidariedade da Argélia (ASC), da Justiça Ambiental da África do Norte (EJNA) e da Rede Norte-Africana de Soberania Alimentar (Siyada). Atualmente, é coordenador de programas para a região árabe do Transnational Institute. A Elefante é uma editora com livros primorosamente editados e autores que nem sei como adjetivar, como: Atef Abu Saif (Quero estar acordado quando morrer), Larissa Mies Bombardi (Agrotóxicos e colonialismo químico), Günther Anders (Hiroshima está em toda parte), Bela Gil (Quem vai fazer essa comida?), Tithi Bhattacharya (Teoria da reprodução social), Ricardo Abramovay (Infraestrutura para o desenvolvimento sustentável da Amazônia), Audre Lorde (Zami), Silvia Federici (Calibã e a bruxa), João Peres (Corumbiara, caso enterrado), Felipe Milanez (Lutar com a floresta) que conheci rapidamente na viagem pela Transamazônica, Rafael Domingos Oliveira (Gaza no coração), e muitos mais. Desse último livro já pedi autorização para ler uns trechos, o Rafael gentilmente permitiu, mas não tive ainda a capacidade de escolher um pedaço porque ele é todo incrível. Mas um dia gravo! Então, acompanhe as publicações da editora, que vale muito a pena!Esse texto foi originalmente publicado no veículo uruguaio Brecha (https://brecha.com.uy/). O link para o artigo é:https://editoraelefante.com.br/a-libertacao-da-palestina-e-inseparavel-da-luta-contra-o-capitalismo-fossil/E para o artigo original:https://brecha.com.uy/liberacion-palestina-inseparable-lucha-contra-capitalismo-global-fosil/Sou Helena Salgado e vc pode acompanhar o TáTó no Instagram @tatopodcast. Lá encontra, na bio, os links para todos os episódios e o contato, caso queira mandar alguma mensagem.O episódio foi gravado em São Paulo em outubro de 2025. A vinheta de início é uma interpretação minha pra música “Antônia” (Fabio Torres) e a imagem é de 31/ago/25, quando o @coletivo_batuquemos apresentou a toada "Alma Palestina" no @aljaniah_oficial. Boa escuta! Palestina livre
While attending the recent Magistrorum Conference in Dallas, I was surprised to see and hear from a variety of entertainers I had never met, seen, nor (in most cases) even heard of before. It was refreshing to see such robust and exciting talent. One such person who made an impression on me was Susan Gerbic. A long time skeptic (and regular contributor to the Skeptical Inquirer), Susan has been dispelling myths about psychics, spiritualists, and others who “suck the life and money” out of unsuspecting “believers.” Her late partner, Mark Edwards coined the term “Grief Vampires” for those who prey on the grief of others and promise the hope of talking with their dead loved ones from beyond the grave…for the right price.Susan busts psychics much like Houdini did in his day which was part of his three pronged act in his later years: magic, escapes, and spiritualism exposes. She does it using today's social media and speaker platforms across the country. Not only does she have a rich background in the skeptic community, she is also known for her contributions to Wikipedia. In 2010, Gerbic founded "Guerrilla Skepticism on Wikipedia" (GSoW), a group of editors who create and edit Wikipedia articles that reflect scientific skepticism. Among her many awards, she has received the "James Randi Award for Skepticism in the Public Interest" at The Amaz!ng Meeting 2013. View fullsize View fullsize View fullsize View fullsize View fullsize View fullsize View fullsize View fullsize Having never met nor knowing anything about Susan Gerbic before we sat down to chat, we talked first about our common interests and friends in the community, like Banachek and the Amazing Randi. We quickly connected then I turned on the microphones and the results are obvious in our warm conversation as I seek to explore more about what Susan does. Since this is the “Month of Boo,” I felt it appropriate to celebrate the life of Houdini and his work on busting spiritualism by introducing you to this dynamic woman who is following in those big footsteps. Download this podcast in an MP3 file by Clicking Here and then right click to save the file. You can also subscribe to the RSS feed by Clicking Here. You can download or listen to the podcast through Pandora and SiriusXM (formerly Stitcher) by Clicking Here or through FeedPress by Clicking Here or through Tunein.com by Clicking Here or through iHeart Radio by Clicking Here. If you have a Spotify account, then you can also hear us through that app, too. You can also listen through your Amazon Alexa and Google Home devices. Remember, you can download it through the iTunes store, too. See the preview page by Clicking Here. The winner for Week #3 was Ken Wheeler, Jr. Congratulations, Ken. A Houdini Legacy Deck of cards will be awarded to a different winner each week in October so you have ONE more chances to win. These beautiful cards were designed by the Past National President and artist, John Midgley. If you are interested in learning more about these cards and the cause, then please visit their website at https://houdinicards.com Enter for a Chance to Win a Houdini Legacy Deck of Playing Cards Designed by John Midgley. Designed to help raise funds for the Houdini Memorial Restoration of the Houdini gravesite. Enter with your name and email address. Free shipping within the U.S. First Name Last Name Email Address enter now We respect your privacy. Your email address will only be shared with John Midgley. Thank you for entering this contest. If your name is randomly selected, then you will be sent an email requesting your physical address where you want the cards sent. A FREE copy of “Houdini's Texas Tours: 1916 & 1923” by Ron Cartliege will be given to a lucky winner of our new contest, compliments of Kent Cummins. Long out of print, this rare book could be yours if your name is randomly selected. Postpaid to U.S. residents. If a winner is selected who lives outside the U.S., then foreign shipping charges will apply. Enter for a Chance to Win a FREE copy of "Houdini's Texas Tours: 1916 & 1923" by Ron Cartlidge Donated by Kent Cummins. Free shipping within the U.S. First Name Last Name Email Address enter now We respect your privacy. Your email may be shared with Kent Cummins, donor of this prize. Thank you for entering this contest. If your name is randomly selected, then you will be sent an email requesting your physical address where you want the cards sent. If you resided outside the U.S., then you will be advised of the cost of foreign shipping. If you don't agree to pay for foreign postage, then another name will be randomly selected. Register now to save on registration. Click on the graphic above for more information.
Esse episódio não é sobre petróleo — mas a conversa que você vai ouvir é ainda mais relevante no contexto atual, em que o Brasil discute a abertura de uma nova área de exploração na foz do Rio Amazonas, no norte do país.Além de todos os efeitos adversos da possível exploração — o impacto climático e o impacto socioambiental em uma região tão sensível — o ponto é que o impacto econômico do petróleo não é óbvio. Transformar as receitas do petróleo em desenvolvimento duradouro depende de muita coisa: de instituições sólidas, de disciplina fiscal, de fundos soberanos eficientes e de políticas de diversificação econômica. E tudo isso dentro de um período limitado, porque a transição energética já está em curso. Ou seja: é uma tarefa muito maior do que simplesmente começar a furar poços.É nesse contexto que o episódio de hoje traz uma discussão sobre outra alternativa para o desenvolvimento econômico da Amazônia: a exportação de produtos agrícolas compatíveis com a floresta. O meu entrevistado é Salo Coslovsky, professor da New York University e pesquisador do Projeto Amazônia 2030. Na opinião dele, já existe um mercado global de cerca de 200 bilhões de dólares para commodities que podem ser exploradas com respeito à floresta — mas cuja participação da Amazônia brasileira ainda é mínima.Nessa conversa, ele explica que produtos são esses, quais os possíveis modelos de exploração e o que precisa ser feito para viabilizar essa oportunidade. Support the showO Economia do Futuro é publicado quinzenalmente. Para entrar em contato, escreva para podcast@economiadofuturo.com
A pecuária extensiva é o principal vetor da devastação da Amazônia: entre 80% e 90% das áreas desmatadas são convertidas em pasto para o gado, segundo diferentes estudos de instituições de referência, como Mapbiomas. Nos holofotes do mundo por sediar a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), o país ainda engatinha em implementar a rastreabilidade da cadeia bovina, etapa fundamental para evitar que mais árvores sejam derrubadas para a produção de carne. Lúcia Müzell, enviada especial da RFI a Belém, Novo Repartimento e Assentamento Tuerê (Pará) Sede da maior reunião do mundo sobre a crise climática, o Pará – segundo maior produtor do Brasil, atrás do Mato Grosso – quer dar o exemplo e adota o primeiro programa de rastreabilidade do gado na Amazônia. O plano é que, até 2027, todo o rebanho estará com o chip na orelha, dando acesso ao trânsito completo de um animal desde o nascimento até chegar à prateleira do supermercado. Do ponto de vista ambiental, a informação crucial é saber se, em alguma etapa, o boi passou por áreas ilegalmente desmatadas. O controle do início da cadeia é o principal desafio para o sucesso do programa – e envolve centenas de milhares de pequenos produtores, espalhados pelo estado. Desde 2013, o Pará ultrapassou o Mato Grosso e está no topo da lista dos que mais devastam a Amazônia. “Para lhe falar a verdade, vontade de desmatar, eu tenho muita. Muita mesmo”, disse à RFI o agricultor familiar Adelson Alves da Silva Torres. Há 25 anos, ele deixou o Maranhão e chegou ao Pará, atraído pela promessa de uma vida melhor. Há 19, conseguiu um lote de 25 hectares no Assentamento Tuerê, conhecido como o maior da América Latina, no leste do estado. Nesta região, a pressão do desmatamento para a pecuária já devastou praticamente tudo que havia de floresta. Produtividade baixa impulsiona mais desmatamento Na maioria das vezes, os rebanhos ocupam vastas áreas, em lugares remotos, com produtividade muito baixa: menos de um boi por hectare. Na Europa, em países como Holanda, o índice chega a sete. Mas num país extenso como o Brasil, é mais barato abrir novas áreas de pastagem do que conservar as que já existem, com manejo adequado do pasto, do solo e do próprio gado. O desafio é ainda maior para os pequenos produtores, de até 100 animais. No Pará, 67% dos pecuaristas se enquadram nesta categoria. O carro-chefe da roça de Adelson sempre foi a agricultura: cacau, banana, mandioca. Nos últimos anos, voltou a criar gado e hoje tem dez cabeças. A diferença é que, desta vez, ele está recebendo orientação técnica para produzir mais, no mesmo espaço de terra. “Através dessas reuniões que eu tenho participado, eu resolvi deixar [a mata]. Até na serra, eu não posso mexer”, garantiu. “Se tivesse como o governo ajudar a gente no manejo dentro de uma área pequena, com a cerca elétrica, dividir tudo direitinho. Mas, para isso, nós, que somos pobres, nós não aguentamos. Se fosse assim, não precisava desmatar.” Mudança de mentalidade Convencer os agricultores de que dá para produzir mais sem derrubar a floresta é um trabalho de formiguinha. “É uma região muito desafiadora. São famílias que estão lutando no seu dia a dia, buscando a sua independência financeira, sua regularização fundiária e ambiental”, explica Leonardo Dutra, coordenador de projetos do Programa da Amazônia da Fundação Solidaridad, que atua há 10 anos em municípios na rodovia Transamazônica. A entidade ensina técnicas de agropecuária sustentável e ajuda os pequenos produtores a se regularizarem à luz do novo Código Florestal, adotado em 2012. “É um desafio porque são famílias que têm uma cultura longeva, com determinado tipo de trabalho, e a gente precisa avançar nessas técnicas para que elas assimilem, ano após ano. A gente costuma trazer lideranças de outras regiões que já conhecem o nosso trabalho, e aí a gente começa a ganhar confiança deles.” Do total da carne produzida no Brasil, 43% vem da Amazônia Legal, segundo levantamento do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia). A produção é profundamente fragmentada: entre o nascimento e o abate, o boi pode passar por três proprietários diferentes – e apenas a última etapa, a do fornecedor direto para o frigorífico, tem fiscalização ambiental rigorosa no país. Isso significa que milhares de produtores em condição irregular conseguem revender os animais para fornecedores "limpos", que comercializam com os grandes frigoríficos. É a chamada lavagem de gado. “A gente ainda não está em plenas condições de garantir que temos controle sobre isso”, afirma Camila Trigueiro, analista de pesquisa do Imazon, instituto especializado em desenvolvimento sustentável, em Belém. “Se a gente conseguir identificar todos os animais, a origem deles, tornar isso transparente, a gente consegue trazer para a sociedade e para as empresas que estão adquirindo esses animais a informação de que existe esse produtor, ele está comercializando o gado, e você deve verificar o status socioambiental dele – que é algo que a gente ainda não consegue fazer.” ‘Brinco' na orelha do gado ainda ainda é exceção Atualmente, o único estado brasileiro que oferece a identificação da cadeia bovina é Santa Catarina, implementada há mais de 15 anos para o controle da febre aftosa. No âmbito federal, primeiro Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos foi lançado no fim de 2024, mas o prazo de implementação é extenso, até o fim de 2032. “A identificação individual tem um potencial muito grande de colocar a produção pecuária do Brasil num caminho de maior sustentabilidade. Mas para isso acontecer, você tem que trazer os produtores para junto porque, no fim das contas, quem vai fazer a transição e vai realizar as ações necessárias, botar o brinco no boi, fazer o processo de regularização ambiental, fazer o isolamento das áreas desmatadas, são os produtores”, destaca Bruno Vello, coordenador de políticas públicas do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola). “Tem que ser viável para eles, em termos de custos, principalmente.” No Pará, estimativas de organizações da sociedade civil, como a The Nature Conservancy, indicam que cerca da metade do gado sai de áreas irregulares, com passivos ambientais e fundiários. O governo estadual não desmente e afirma que, destes, 50% poderão voltar para o mercado formal por meio de um novo protocolo de regularização de pequenos e médios produtores. O dispositivo inclui a obrigação de reflorestamento de áreas ilegalmente desmatadas. “Mais da metade deles estão em propriedades cujo desmatamento ilegal representa menos de 10% do tamanho total da propriedade. São propriedades que tendem a buscar a regularização porque o prejuízo delas é muito grande frente ao tamanho do passivo”, aposta o secretário do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Raul Protazio Romão, que antes de assumir o cargo, era procurador do Estado. “O custo-benefício de essa propriedade se regularizar é muito maior.” Vulnerabilidades atrasam aplicação O produtor Wanderlan Sousa Damasceno, no Assentamento Tuerê, pode se enquadrar nesta situação: já recuperou áreas desmatadas ilegalmente e, nos cinco hectares onde cria 100 cabeças de gado, investiu em infraestrutura para fazer manejo com pastagem rotacionada, mais produtiva. Em um ano, o goiano conseguiu chegar a cinco animais por hectare. Mas as próximas etapas do processo, a identificação individual do rebanho, lhe causam uma certa apreensão. “Tem que ver também como é que funciona, porque às vezes a gente quer, mas não dá conta. Chegar lá e tem esses problemas de queimada”, relata. Na tentativa de se regularizar, Wanderlan se deparou com a informação de que existe um registro de uma queimada que, segundo ele, não aconteceu. “E aí como é que eu vou fazer, se eu moro aqui há tantos anos? Fui eu que abri isso aqui. Eu não tenho uma queimada de 2008 para cá”, garante. “Eu sou um cara analfabeto. A gente fica até com medo do mundo que a gente vive hoje, com as leis chegando. É complicado para nós.” Recursos para a implementação E tem ainda a situação da segunda metade dos produtores em situação ilegal, incluindo os que invadem terras indígenas, unidades de conservação ou outras terras públicas para criar gado. Nestes casos, a fiscalização e as multas deverão aumentar, assegura o secretário Protazio, e o custo da ilegalidade tende a ser ainda maior quando o programa de rastreabilidade sair do papel. O orçamento para reforçar as autuações, entretanto, ainda é vago. Mais servidores estão sendo contratados pela Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), responsável pela implementação do programa do ponto de vista sanitário, e a frota de veículos da agência para percorrer o estado está sendo renovada. O desafio é imenso: com uma superfície mais extensa do que o dobro de um país como a França, o Pará tem 90 mil famílias que trabalham na pecuária, com um rebanho que chega a 26 milhões de cabeças de gado. As autuações cabem tanto à Secretaria Estadual do Meio Ambiente, quanto a órgãos federais, como o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). A despeito de não apresentar números específicos sobre como essa fiscalização será ampliada, o secretário do Meio Ambiente pega o exemplo do esforço feito pelo estado no combate ao desmatamento, que caiu pela metade desde 2019. “Nós decuplicamos a força de combate ao desmatamento. O estado tinha dez fiscais, para o estado inteiro. Nós fomos para 100 fiscais”, defende. “Não só fiscais, como veículos, drones, impressoras. Todo o aparato necessário para essa fiscalização acontecer”, complementa. O maior frigorífico do país, a JBS, é parceiro do programa: financia parcialmente a compra dos “brincos” para pequenos produtores e das máquinas usadas para ler as informações. Em outubro, cerca de 180 cabeças de gado já estavam registradas, ou menos de 1% do total do rebanho estadual. “A programação para que tudo isso aconteça está no papel. O programa é factível, ele tem potencial para acontecer”, avalia Camila Trigueiro, do Imazon. “O que é necessário é que sejam direcionados recursos para que as fases que foram planejadas sejam de fato executadas.” Resistência em campo e cruzamento de informações Em campo, a resistência dos produtores é outra barreira a ser vencida. Não à toa, na hora de conversar com os pecuaristas para explicar o programa da identificação individual, o governo do estado prefere a abordagem sanitária, focada nos benefícios para o controle de doenças no rebanho, em vez do viés ambiental do projeto. Uma associação de produtores rurais “independentes da Amazônia” chegou a entrar na Justiça para questionar o plano, alegando que ele “desvirtuou a finalidade sanitária e comercial” para ter objetivos “ambientalistas”. Jamir Macedo, diretor-geral da Adepará reconhece as dificuldades. “Quando a gente implementou o programa, muita fake news e muita desinformação circulou no Estado. Essas matérias negativas correm muito mais rápido que a verdadeira informação”, aponta. “As nossas idas a campo desmistificam isso. A gente mostra a realidade para o produtor, com muito pé no chão, sem prometer mundos e fundos.” As informações não estão obrigatoriamente comparadas aos dados ambientais da propriedade, como a validação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) – que atesta a produção isenta de desmatamento ilegal. Sem o cruzamento sistemático desses dados, a eficiência do programa no combate ao desmatamento fica limitada. Custo alto e a desigualdade no campo Segundo Macedo, as propriedades com mais de mil cabeças já tendem a adotar a identificação individual para a gestão do rebanho. Para os pequenos produtores, o maior freio é o custo da regularização. “É um processo bastante longo. Exige diversas etapas e uma certa expertise técnica da parte do proprietário, de identificar com precisão essas áreas, o uso de imagens de satélite, e também exige o isolamento das áreas que estão desmatadas. Ou seja, é um processo que é caro”, reitera Bruno Vello, do Imaflora. “Num país que é muito desigual, a viabilidade disso para os produtores, a capacidade de arcar com esses custos, ela também é desigual. Grandes produtores, que possuem mais capital, conseguem arcar com os custos de transição e fazer isso de uma maneira mais autônoma. Pequenos produtores, agricultores familiares, precisam de apoio para conseguir fazer essa transição”, complementa. O governo paraense fornece e aplica gratuitamente o dispositivo para os donos de até 100 cabeças de gado. Maria Gorete Rios, agricultora familiar em Novo Repartimento, foi a primeira da região a ter o seu rastreado. “A gente já fazia um mínimo de controle: tu enumeravas o gado e marcavas a ferro. Só que para o comércio de couro não é legal”, recorda. “Quando vem um brinco com a numeração, fica tranquilo, e não tem maus-tratos dos animais”, comenta. Depois de um demorado processo para regularizar a propriedade, comprada há 11 anos, ela começou a criar gado. Foram três anos vendendo seus animais para atravessadores, até que, em 2024, ela fez a primeira venda direta para a JBS. “O atravessador compra da gente para vender para o frigorífico. Então por que não eu me organizar, fazer a documentação, tudo bonitinho, e vender direto para o frigorifico?”, conclui. Exigência dos mercados: UE e, no futuro, China? Gorete vê a rastreabilidade como um caminho sem volta, num mercado que, pouco a pouco, se torna mais exigente. A Lei Antidesmatamento da União Europeia, que proíbe os países do bloco de comprarem produtos cultivados em áreas desmatadas ilegalmente, inclusive no exterior, foi a primeira a exigir a rastreabilidade dos parceiros comerciais dos europeus, como o Brasil. Hoje, o único estado da Amazônia Legal que exporta para a União Europeia é o Mato Grosso, mas o Pará pode comercializar gado para o vizinho – o que ilustra outro grande desafio para o país, a movimentação dos animais entre os estados. A expectativa é que a China, maior cliente da carne bovina brasileira, não demore a também aumentar os padrões ambientais da carne que compra do exterior. Em um relatório de 2022, o Conselho Chinês para Cooperação Internacional em Meio Ambiente e Desenvolvimento (CCICED) indica que Pequim considerando medidas "para evitar que a importação de commodities agrícolas esteja ligada à conversão de ecossistemas naturais no exterior". “A China pode ser uma grande influência para o Brasil conseguir implementar esse programa, porque praticamente todos os estados que exportam carne bovina têm habilitação para exportar para a China”, aposta Camila Trigueiro. “Se vier dela mais exigências sobre o aspecto socioambiental, acredito que o Brasil vai se movimentar de maneira acelerada para atender, como fez no passado, para evitar vaca louca.” Mesmo assim, em volta da propriedade da Gorete, a maioria dos vizinhos ainda não está convencida. Segundo ela, muitos temem só poder comercializar com quem tiver gado “brincado”, e preferem esperar para entrar no programa só mais perto do prazo final para a identificação individual do rebanho, em 2027. Ao mesmo tempo em que a hesitação persiste na região, a vizinhança amarga os impactos das mudanças climáticas na agropecuária. O desmatamento aumenta o calor na Amazônia e a adaptação ao novo clima já é uma realidade para os produtores rurais. “De uns dois anos para cá, não é a maioria, mas tem muita gente preservando. Tem muita gente sentindo na pele e tendo que preservar para poder se manter nessa atividade, porque senão não vai dar”, constata. “Se você não vai ter pasto, não vai ter água para os animais, vai viver como? Já tem produtor perdendo animais por falta de chuva. A gente tira a vegetação e paga as consequências disso.” * Esta é a quinta e última reportagem da série Caminhos para uma Amazônia sustentável, do podcast Planeta Verde. As reportagens foram parcialmente financiadas pelo Imaflora.
O programa que foi ao ar ao vivo em rede nacional no dial da SBS 2 na Austrália. O noticiário do dia. Conversamos com a premiada diretora australiana Lynette Wallworth, que dirigiu o documentário Edge of Life, filmado na Amazônia que une ciência, espiritualidade e saberes ancestrais. A morte de Francisco Pinto Balsemão, importante primeiro-ministro de Portugal nos anos 80 e também jornalista e empresário reformulador de media do país.
Liberação de pesquisas para exploração da chamada Margem Equatorial se torna uma dor de cabeça para o governo Lula.Meio-Dia em Brasília traz as principais notícias e análises da política nacional direto de Brasília. Com apresentação de José Inácio Pilar e Wilson Lima, o programa aborda os temas mais quentes do cenário político e econômico do Brasil. Com um olhar atento sobre política, notícias e economia, mantém o público bem informado. Transmissão ao vivo de segunda a sexta-feira às 12h. Apoie o jornalismo Vigilante: 10% de desconto para audiência do Meio-Dia em Brasília https://bit.ly/meiodiaoa Siga O Antagonista no X: https://x.com/o_antagonista Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp. Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais. https://whatsapp.com/channel/0029Va2SurQHLHQbI5yJN344 Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br
A produção de petróleo no Brasil pode começar a entrar em declínio a partir de 2031 devido ao esgotamento gradual das reservas do pré-sal. Por isso, a Petrobras busca expandir frentes exploratórias e aumentar a produção em locais já ativos, como na Amazônia. A analista de Economia da CNN Thais Herédia, o analista de Política da CNN Caio Junqueira, o diretor de Jornalismo da CNN em Brasília, Daniel Rittner, e David Zylbersztajn, ex-diretor-geral da ANP, debatem o assunto.
Cartógrafo, major e explorador, Percy Fawcett percorreu alguns dos lugares mais inóspitos do planeta. Em sua juventude, no Sri Lanka, explorou baías remotas e identificou ruínas de antigos reinos budistas.Quando adulto, trabalhou como espião para a Grã-Bretanha, investigando o sultão do Marrocos em Fez.Mas foi na Amazônia tornou-se famoso: Fawcett liderou expedições pelo Acre e pela Bolívia, ajudando a definir as fronteiras entre os dois países.Suas jornadas tornaram-se célebres, com seu rosto impresso em capas de jornais e revistas por toda Europa. Um tabloide da época dizia:“Esse é o verdadeiro escoteiro: tomem-o como exemplo! "O prestígio foi tanto que Leonard Darwin, filho de Charles Darwin e presidente da Royal Geographical Society, o levou em turnê para palestrar pela Inglaterra.Com chapéu de feltro, caderno de anotações e um jeito independente de trabalhar, Fawcett acabou se tornando o molde do aventureiro que mais tarde inspiraria personagens como Indiana Jones.Mas...nem todos o viam como um herói. Muitos colegas o consideravam rígido, arrogante e charlatão, um homem obcecado por glória pessoal e convicções quase absolutas sobre o território que explorava.E, de fato, havia muitas coisas sobre a vida de Fawcett que não era divulgada pela mídia geral...
O documentário Não Haverá Mais História Sem Nós (No More History Without Us, 2024), dirigido pela cineasta amazônida Priscilla Brasil, será exibido pela primeira vez na Austrália como parte do Environmental Film Festival 2025.
Após três anos de briga dentro do governo, a Petrobras ganhou a queda de braço e o Ibama autorizou o início da exploração de petróleo na bacia do rio Amazonas. E vocês não sabem do conto a metade.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Após 15 anos de espera, o Cais das Artes deverá ser inaugurado em dezembro próximo. O projeto conta com museu, teatro, biblioteca, café e outros espaços. Segundo informações do governo do Estado, o Museu será a primeira parte das obras a serem entregues à população. Já no primeiro trimestre de 2026, o espaço do Cais receberá também a sua primeira exposição: “Amazônia”, do fotógrafo Sebastião Salgado, falecido neste ano. Na última sexta-feira (17), também foi realizado o lançamento do “Edital Ocupação Cais das Artes: Artes Visuais”, que vai contemplar quatro propostas no valor de R$ 500 mil reais cada, com recursos do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura). "O instrumento garantirá a presença ativa dos artistas capixabas dentro do espaço cultural", informa o governo. Já para a gestão do Cais, foi anunciada a parceria com a Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) e com a Fundação Roberto Marinho, que ficarão responsáveis pelas programações formativa e educacional que acontecerão no local. Em entrevista à CBN Vitória, o secretário de Estado da Cultura, Fabricio Noronha, detalha o assunto. Ouça a conversa completa!
O Brasil tem o maior rebanho bovino comercial do mundo: são mais de 230 milhões de bois, e 44% dos animais estão nos estados da Amazônia Legal. Só o município de São Félix do Xingu, no sudeste do Pará, tem 2,5 milhões de bois, cerca de 38 cabeças de gado para cada habitante humano. O rebanho do país vem crescendo nas últimas décadas, e a pecuária é um dos principais vetores de desmatamento da amazônia —se calcula que 90% da área desmatada do bioma vira pasto. Esses são alguns dos dados reunidos pela jornalista Marina Rossi em “O Cerco”, livro recém-lançado que busca entender como a maior floresta tropical do mundo foi invadida pela pecuária e quais são as consequências ambientais e sociais desse processo. Neste episódio, Rossi lembra que a amazônia é fundamental para a viabilidade ambiental do Brasil e diz que a transformação do bioma em pasto conta, há décadas, com incentivos do Estado, seja por meio do financiamento a propriedades que desmatam, seja por falhas na fiscalização ambiental. Na entrevista, a autora também discute os desafios relacionados à redução do consumo de carne no país e defende que mudanças no comportamento dos consumidores podem ter impacto em toda a indústria. Produção e apresentação: Eduardo Sombini Edição de som: Lucas Monteiro See omnystudio.com/listener for privacy information.
Programa Restaura Amazônia seleciona 17 projetos em assentamentos rurais e destina R$150 milhões do Fundo Amazônia para recuperar áreas degradadas, gerar renda e fortalecer a segurança alimentar na região.
Evento em Brasília reúne sociedade civil, ministérios e representantes da Amazônia Legal para consolidar contribuições à COP30. Documento final será entregue à presidência da conferência com foco em justiça climática, Amazônia e transição ecológica.
No podcast ‘Notícia No Seu Tempo’, confira em áudio as principais notícias da edição impressa do jornal ‘O Estado de S.Paulo’ desta sexta-feira (17/10/2025): Mudança na legislação sobre operações de câmbio isentou de responsabilidade cinco instituições financeiras que eram investigadas pela PF em suposta participação em esquema de evasão de divisas, informam Marcelo Godoy e Fausto Macedo. As operações envolviam compra de criptoativos e lavagem de dinheiro para organizações como o Hezbollah e o PCC. A alteração da lei tirou da PF o principal argumento para imputar a funcionários dos bancos os crimes de evasão de divisas e de gestão fraudulenta: a responsabilidade compartilhada com clientes do registro correto das operações de câmbio. Os bancos investigados eram Master, Genial, Travelex Banco de Câmbio S/A, Santander e Haitong. As instituições negam irregularidades. E mais: Política: Em reunião com Rubio, Mauro Vieira pede reversão de tarifaço e de sanções Metrópole: Licenciamento especial deve acelerar obras na Região Amazônica Internacional: Chefe militar dos EUA, responsável por ataques no Caribe, deixa o cargo Cultura: Legado de grandes nomes da MPB é celebrado em showsSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Achados, roubados e roubadas. No primeiro ato: um carro velho e uma sequência de ironias cruéis. Por Bárbara Rubira. No segundo ato: na floresta amazônica, todos os caminhos levam… ao cambuche. Por Camila Moraes. Você já parou pra pensar com quem passa um terço da sua vida? Nossa parceira Emma Colchões te ajuda a cuidar dessa relação tão intensa com o sono. Pra comemorar os 10 anos da Emma, os ouvintes Novelo ganham 55% de desconto no site + 10% extra aplicando o cupom RADIONOVELO ao fim da compra. Confere aqui. Acompanhe a Rádio Novelo no Instagram: https://www.instagram.com/radionovelo/ Siga a Rádio Novelo no TikTok: https://www.tiktok.com/ Palavras-chave: roubo de carro, Fusca 73, floresta mazônica, perdido na Amazônia' Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
A disparada dos preços do cacau nos últimos anos dá o que falar na Amazônia e impulsiona um movimento tímido, porém crescente, de produtores rurais que decidem reduzir o rebanho de gado e apostar na matéria-prima do chocolate. Na economia da floresta em pé, o cacau desponta não apenas como uma alternativa promissora de renda, como pode ser vetor de recuperação de áreas desmatadas. Lúcia Müzell, enviada especial da RFI a Marabá, Assentamento Tuerê e Altamira (Pará) Na região de Marabá, na fronteira leste do desmatamento da Amazônia no Pará, restam apenas vestígios do que um dia já foi tomado pela floresta. Dos dois lados da rodovia Transamazônica, obra faraônica do período da ditadura militar, predominam extensas áreas de pastagens para a criação de gado. É neste contexto que culturas agrícolas alternativas à pecuária, ou pelo menos complementares, aparecem como um caminho para conter este processo de avanço da agricultura em direção à mata. O cacau é uma das que melhor se associa à floresta nativa da Amazônia. Sob a copa de árvores como cumaru e andiroba, e com manejo adequado, a planta é mais resistente às pragas, tem maior durabilidade e dá frutos de melhor qualidade, com maior valor de mercado. Ao contrário de outros grandes produtores mundiais, em especial na África – onde a monocultura de cacau “a pleno sol” leva ao desmatamento –, no Brasil o plantio do fruto hoje ocupa áreas já degradadas ou em consórcio com outras culturas. O pequeno agricultor Rubens Miranda, 73 anos, chegou a Marabá aos 17 e, desde então, trabalha na roça e cria gado. Mas desde 2016, a área de pasto da sua propriedade de 27 hectares está cada vez menor – dando lugar a uma variada produção em sistema agroflorestal (SAF), da qual o cacau é estrela. "Estou com só 25 cabeças agora. Eu tinha 70 quando eu comecei a investir no plantio", conta ele. Produção de cacau por agricultores familiares No Pará, líder nacional no setor, mais de 80% da produção do cacau vem da agricultura familiar e 70% se desenvolve em sistemas agroflorestais como este, de acordo com um levantamento de 2022 da Embrapa Amazônia Oriental. Mas nem sempre foi assim. Na era dourada do cacau na Bahia, que alçou o país a maior produtor mundial no século 20, a produção em monocultura empobreceu a Mata Atlântica no nordeste. As lições da história agora servem de alerta para o avanço da cultura na Amazônia. "O que a gente vê no cacau é um exemplo de retorno de atividades agrícolas rentáveis trazendo árvores para o sistema. A gente entende que os consórcios são muito bem-vindos, fazem bem para a cultura do cacau, e são uma solução mais adequada para o que a gente está vivendo, especialmente as mudanças climáticas", indica João Eduardo Ávila, engenheiro agrônomo do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola). O instituto é um dos que levam capacitação técnica para os pequenos agricultores não repetirem os mesmos erros do passado. "A cacauicultura tem um potencial enorme de renda para as famílias, para que elas não fiquem só dependentes da pecuária", frisa. A cultura também exerce um papel positivo contra a crise climática: com manejo adequado e à sombra de outras árvores, tem potencial de acumular até 60 toneladas de carbono por hectare no solo, operando como sumidouro de CO2 em regiões que sofrem cada vez mais as consequências do desmatamento. Retorno financeiro é maior, mas não imediato Mas o cultivo do fruto exige paciência e dedicação: a safra demora cerca de quatro anos para começar, a poda é trabalhosa e, para sair pelo melhor preço, a amêndoa precisa ser fermentada. No final, o retorno financeiro compensa – o quilo é comercializado a cerca de R$ 60, podendo chegar a R$ 90, conforme a qualidade. Os preços fazem os olhos de Rubens Miranda brilhar. Agora que consegue produzir mais no mesmo espaço de terra, ele se arrepende de, no passado, ter aberto tanta mata para criar gado. "Se fosse hoje, em uns cinco hectares eu trabalhava. Teria sido suficiente." Organizações da sociedade civil e outras instituições, como a Embrapa e o Ministério Público, além do governo do Pará, fazem um trabalho de longo prazo para convencer os agricultores familiares a migrarem para práticas agrícolas mais sustentáveis. Os gargalos são muitos: conhecimento técnico, logística, dificuldade de acesso aos mercados e, principalmente, recursos limitados para viabilizar a transição. "Nessa nossa região, é muito importante essa quebra de paradigmas, mostrar que é um resgate a um sistema produtivo que foi se perdendo ao longo do tempo. O monocultivo e a pecuária aqui na região é muito forte por questões históricas: aquela ideia de que você precisaria desmatar tudo para instalar um sistema novo", comenta Gilmar Lima Costa, engenheiro agrônomo do Ministério Público do Pará. " Você vê muitas extensões de áreas degradadas justamente pela falta de manejo adequado nas pastagens. Não faz a adubação, não faz a correção do solo, não faz a divisão das pastagens e, sempre que é possível, eles adentram e fazem a abertura de uma nova área, sendo que não era necessário fazer isso." Batalha pelo sustento do dia seguinte Os técnicos do Instituto de Desenvolvimento Florestal e Biodiversidade do Pará (Ideflor Bio) percorrem o Estado para acompanhar a transição destes agricultores e oferecer mudas de espécies nativas da Amazônia, e assim estimular a recomposição florestal. Mas Marcio Holanda, gerente do escritório regional em Carajás, reconhece que os que trabalham em SAF ainda são uma minoria. "Hoje, com as mudanças climáticas, a gente tem que incentivar, apoiar e buscar condições, buscando parceiros, se juntando para que os sistemas agroflorestais cumpram também a missão ambiental, num processo de reflorestamento, e na questão da geração de renda desses agricultores, porque já é comprovado que é viável", afirma. A 300 quilômetros a oeste, a organização Solidaridad busca aumentar a conscientização na região de Novo Repartimento e no Assentamento Tuerê, conhecido como o maior da América Latina. Historicamente, os assentamentos de terras registram índices superiores de desmatamento do que outras áreas da Amazônia – uma herança da campanha de ocupação da região por meio da devastação, a partir dos anos 1960. Para grande parte dos pequenos produtores, a maioria imigrantes de outros estados do Brasil, a principal preocupação é garantir o sustento do dia seguinte, salienta Pedro Souza dos Santos, coordenador de campo da entidade. "Isso é um desafio para nós. Quando a gente vê como era antes, o que é hoje, com o marco do Código Florestal, e o que pode ser no futuro, a gente tem que colocar tudo isso para o produtor, que antes ele não enxergava. Ele enxergava só o agora", diz. "A gente vem colocando na cabeça do produtor que ele pode produzir sem agredir, sem desmatar e que, nessa área aberta, ele pode ter o uso das tecnologias para ele avançar e ter uma produção sustentável. Mas ainda falta muito. Nós somos um pingo na Amazônia, tentando fazer essa transformação, dia após dia, ano após ano, fazendo aquela insistência, voltando lá de novo, dando acompanhamento", afirma Santos. Cacau como ferramenta de regeneração florestal O agricultor Jackson da Silva Costa, na localidade de Rio Gelado, simboliza essas vulnerabilidades da região. Desde o ano passado, a venda da produção de gado dele está embargada por desmatamento ilegal. Para voltar ao mercado, Jackson precisará recuperar a mata que derrubou ilegalmente em 2023. Nos seus 24 hectares de terra, ele já produz cacau há muito tempo. Agora, o aumento da área destinada ao fruto vai ser o caminho para a regularização do passivo ambiental gerado pela pecuária. "O entendimento que a gente tem é o seguinte: 'você não pode desmatar'. Só que chega um ponto em que é assim: 'eu vou fazer aqui e depois eu vou ver o que vai dar'", relata Costa. "Eu tenho consciência de que eu fui errado e por isso eu perdi. A conta chega e não tem para onde correr. Eu vou ter que pagar o que eu devo." Pagar o preço, para ele, significa isolar os 5 hectares desmatados e deixar a floresta se regenerar. Em consórcio, poderá plantar cacau e outros frutos compatíveis com a mata, como o açaí ou o cupuaçu. "Esse capim aqui já não vai me servir. Eu vou deixar ele já para iniciar o processo de reflorestamento", indica, ao mostrar uma área entre o local onde ele já plantava cacau e o que restou de floresta virgem na sua propriedade. "Eu vou deixar que árvores nativas cresçam. Mas com o cultivo do cacau que vai vir, com certeza vai dar uma rentabilidade maior. E quando eu for replantar, eu já quero colocar cacau de qualidade." Histórias de sucesso do chocolate da Amazônia Os encontros com a equipe da Solidariedad são importantes para manter a motivação de agricultores como Jackson, em meio às dificuldades de uma vida com poucos confortos. Nas conversas, Pedro traz as histórias de sucesso de cacauicultores da região, que conquistaram até prêmios no exterior pela qualidade do chocolate produzido na Amazônia. "O entendimento de que o produtor tem que esperar o momento certo para as amêndoas chegarem no ponto, tem que mandar uma amostra para teste e só depois vender, demora. A maioria aqui são produtores pequenos, que querem colher, processar todo o manejo rapidamente e logo vender", ressalta. "Mas quando ele faz o cacau fino, que é uma minoria muito baixa, e vende por um preço melhor, ele não quer sair mais. " Há cerca de 10 anos, a produção do Pará superou a da Bahia, antiga líder histórica do setor no Brasil. Na região de Altamira, maior polo produtor do Estado, a fabricante Abelha Cacau transforma o produto da região não apenas em chocolate, como explora o universo de 30 derivados possíveis do cacau – mel, suco, chá, manteiga, adubo e até cerveja. "De um quilo de cacau seco, a gente consegue extrair, em média, quase metade de manteiga, que hoje está a R$ 200. Ou seja, só esse derivado já tem mais de 100% de lucro", explica. "E se eu pego o que resta para fazer cacau em pó, vai vir mais R$ 200 o quilo. Ou seja, eu estou vendendo a R$ 60, onde eu poderia tirar 400. E se eu transformo isso em barras de chocolate, eu multiplico isso por mais dez. O valor agregado só vai escalonado". O Brasil hoje oscila entre o sétimo e o sexto lugar entre os maiores produtores mundiais da commoditie. O setor busca recuperar posições no ranking, mas sob bases diferentes das que impulsionaram os prósperos ciclos do cacau nos séculos 19 e 20. A meta é dobrar a produção atual e chegar ao fim da década com 400 mil toneladas por ano. "A gente está vendo que isso está acontecendo, não só a ampliação da área, mas também novas tecnologias, variedades mais produtivas existentes, adubação, orientação técnica, tecnologias de equipamentos para beneficiar as amêndoas de cacau", salienta João Ávila, coordenador do programa Cacau 2030, do Imaflora. Um dos objetivos do programa é promover a rastreabilidade da cadeia, essencial para garantir a sustentabilidade do cacau brasileiro. "Ainda é muito incipiente, quando comparada as outras cadeias, como café, por exemplo", reconhece Ávila. "Mas a gente já tem uma cartilha com um passo a passo mais claro, para que todo mundo tenha sua participação responsável, tanto no ambiente fiscal quanto socioambiental." * Esta é a quarta reportagem da série Caminhos para uma Amazônia sustentável, do podcast Planeta Verde. As reportagens, parcialmente financiadas pelo Imaflora, vão ao ar todas as quintas-feiras até a COP30 em Belém, em novembro.
Estudo revela dados concretos sobre a relação do desmatamento com as chuvas e a temperatura para embasar políticas contra o aquecimento global
Realizado em Belém, no Pará, evento não traz na pauta a produção agropecuária amazônida e a desinformação sobre o setor na região, que é diferente do restante do país, ainda domina o cenário.
A viagem é longa até a Terra Indígena Koatinemo: de Altamira, no coração do Pará, são mais três horas de "voadeira" pelo rio Xingu até chegar à casa do povo asurini, que acaba de comemorar meio século de contato com as populações urbanas "brancas". De lá para cá, o povo indígena resiste às pressões de invasores de terra, do desmatamento e do garimpo ilegal. Agora, faz frente a uma nova e poderosa ameaça: um clima cada vez mais quente. Lúcia Müzell, enviada especial da RFI à Terra Indígena Koatinemo (Pará) Em 2024, pela primeira vez, a seca recorde na Amazônia quebrou a safra da castanha, base da alimentação tradicional e carro-chefe da produção comercializada por populações indígenas, ribeirinhas e extrativistas da região. "Acho que passou uns três, quatro meses sem pingar uma gota de chuva. O verão castigou o nosso castanhal e não teve frutos”, relembra o cacique Kwain Asurini, na aldeia Ita'aka, com pouco menos de 400 habitantes. "A gente também está sentindo essa mudança climática aqui, mesmo sendo a floresta. A floresta sente que o aquecimento está, cada vez mais, prejudicando a própria floresta.” Sem água, os ouriços no alto de uma das árvores mais emblemáticas da Amazônia, a castanheira, não se desenvolveram, e eles caíram na terra vazios. A castanha é um dos produtos da floresta mais sensíveis ao calor, diferentemente de outros frutos, como o açaí. Milhares de pequenos produtores de comunidades tradicionais tiveram impacto não só na renda, como em toda a cadeia alimentar. A castanha é ingrediente para diversos pratos típicos e também é consumida por animais da floresta. Se eles não encontram o fruto, não aparecem e ficam menos acessíveis para a caça de subsistência dos povos indígenas. Iuri Parakanã, um dos caciques da Terra Indígena Apyterewa, descreve a situação como “um desespero” para toda a região conhecida como Terra do Meio. Ele conta que, naquele ano, a mandioca também não cresceu como deveria. "A floresta fala com os indígenas, e nós transmitimos a fala da natureza para o mundo saber o que está acontecendo, o que a natureza está sentindo. Estamos preocupados não somente com o nosso bem viver, mas também com os animais, que estão aqui na floresta e sentem isso”, salienta. "Tudo que plantamos morreu, por causa da quentura." Aquecimento pode chegar a 6°C em 2100 Já faz mais de 40 anos que o respeitado climatologista Carlos Nobre alerta sobre o risco de aumento desta “quentura” que Iuri Parakanã agora sente na Amazônia. Prêmio Nobel da Paz junto com os cientistas do Painel de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), Nobre afirma que os registros históricos da Amazônia apontavam para uma seca severa a cada 20 anos, em média. Nas últimas duas décadas, porém, quatro episódios graves de estiagem já ocorreram. Pior: os dois últimos se repetiram em dois anos consecutivos, 2023 e 2024 – quando o bioma teve a mais forte seca já registrada. "Mesmo que não tivesse nenhum fogo de origem humana, ainda assim seria muito difícil para a floresta se recompor. Quando tem uma seca muito forte, são quatro ou cinco anos para começar a recompor”, explica. "Mas aí vem uma outra seca, então, o que está acontecendo é que com essas quatro secas muito fortes, aumentou demais a área degradada na Amazônia." Estudos mostram que 40% da Amazônia já estão em algum estágio de degradação. A temperatura na região tem aumentado de 0,3°C a 0,4°C por década, havendo projeções que apontam para uma alta de até 6°C até 2100, no cenário de altas emissões de gases de efeito estufa, em comparação aos níveis pré-industriais. Na Terra Indígena Koatinemo, a adaptação às mudanças climáticas foi um dos tópicos mais debatidos na 10ª edição da Semana do Extrativismo (Semex), realizada em maio. Representantes de dezenas de comunidades tradicionais relataram o impacto da seca nos seus plantios de subsistência. "Os cacaus secaram, os rios e igarapés secaram e os animais sentiram. Os rios também secaram além do normal. Os peixes diminuíram muito”, disse Kremoro Xikrin, que veio do território de Trincheira Bacajá para o encontro. Carlos Nobre e o risco de colapso da floresta Enquanto isso, em volta da floresta protegida, o desmatamento continua – diminuindo a resiliência da mata para um clima em mutação. “A intenção deles é só fazer capim e pasto para o gado. Não plantam mais um pé de mandioca. Não plantam milho, não plantam feijão, não plantam um arroz”, diz o pequeno agricultor Joilton Moreira, ao contar sobre a pressão da ampliação das terras por grandes fazendeiros em torno da Comunidade Santa Fé, em Uruará, onde ele vive. Em 1990, um grupo de cientistas coordenados por Carlos Nobre advertiu, pela primeira vez, sobre o risco de a Amazônia atingir “um ponto de não retorno” causado pelas mudanças climáticas e à degradação – ou seja, de a floresta não conseguir mais se regenerar ao seu estado original. O aumento do desmatamento e dos incêndios é fatal para esta tendência. “Tem a seca do aquecimento global e aí fica mais seco ainda por causa do desmatamento, e muito mais quente. A temperatura ali às vezes aumenta mais de 2ºC do que vem de uma onda de calor na região, comparando com uma região que não tem nada de desmatamento”, salienta. "A floresta recicla muito bem a água, baixa a temperatura e às vezes até aumenta a chuva. Mas quando você tem superáreas desmatadas, diminui tanto a reciclagem de água que aumenta a temperatura e você tem menos chuva.” Outro complicador são as queimadas, em alta no bioma. Não mais do que 5% dos incêndios ocorrem por descargas elétricas, ou seja, por causas naturais como raios, assegura Nobre. "Não é natural. Os incêndios explodiram e mais de 95% são de origem humana. Aí vem um outro fator de degradação enorme da floresta: tivemos, no ano passado, a maior área degradada na Amazônia, porque teve muito incêndio”, ressalta. "E como tinha o recorde de seca e de onda de calor, a vegetação ficou muito inflamável, aumentando muito a propagação do fogo.” Populações locais se organizam para se adaptar Nas comunidades tradicionais, a escala de produção na floresta se dá pela união dos povos, e não pelo desmatamento e a monocultura. A castanha, comum na região do Xingu, conectou a Rede da Terra do Meio, uma articulação de povos indígenas, ribeirinhos, extrativistas e da agricultura familiar que, a partir dos seus conhecimentos de manejo florestal, busca impulsionar a comercialização do excedente da produção nos territórios. A quebra da safra da castanha em 2024 e a provável repetição do drama no futuro aceleram os projetos de diversificação produtiva da rede. Uma das ideias é planejar estoques de outros produtos menos sensíveis ao clima, como o babaçu. "Não vai dar para cruzar os braços agora e dizer que foi esse ano e, no outro, não vai ser. A gente sabe que sempre vai ter esses problemas, então a rede serve para observar, para tomar cuidado e a gente se organizar para fugir dessas situações”, afirma Francisco de Assis Porto de Oliveira, da reserva extrativista do rio Iriri e presidente da Rede Terra do Meio. “Quando fala de renda, a gente tem que ter muito cuidado, porque se deixarmos para cuidar do problema depois de ele ser identificado, pode ser muito tarde." A rede tem pressionado para que os produtos da floresta sejam cobertos por seguros climáticos, a exemplo dos que beneficiam monoculturas como a soja ou milho. Novas dificuldades surgiram, como o aumento das pragas nas roças e o impacto no transporte, majoritariamente fluvial. Com os rios mais secos, o acesso das comunidades tradicionais a políticas públicas também é prejudicado. Duas delas têm buscado ampliar a participação de indígenas, extrativistas e pequenos agricultores: o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Cada vez mais, as escolas nas comunidades locais oferecem merenda com ingredientes tradicionais, dando um impulso importante à diversificação produtiva nos territórios. Atualmente, 87 produtos da floresta foram integrados à cesta do PAA. "O próprio Estado não conhecia esses alimentos, e a gente precisou provar que eles existem. A gente precisou vir no campo, coletar o cacauí e levar par ao pessoal da Conab, que só conhecia o cacau”, observa Marcio Luiz Silva Souza, engenheiro florestal e técnico da Rede Terra do Meio. “Tem o uxi, uma fruta muito boa que tem em vários territórios e o pessoal não conhecia, a golosa, uma fruta muito saborosa. Palmito de babaçu, tucum, inajá, piqui, cajá. Várias frutas da natureza”, exemplifica. Coleta de sementes contribui para reflorestamento Novas parcerias comerciais impulsionam a diversificação. A produção de sementes, por exemplo, representa um potencial ainda pouco explorado pelas comunidades da floresta. "A gente está num ano de COP, está se falando de mudanças climáticas, de recompor a floresta que já foi destruída. Todos os territórios estão coletando e disponibilizando suas sementes”, continua Souza. Espécies conhecidas e valorizadas, como a castanha e a seringa, já estão consolidadas, mas a demanda por diversidade de sementes nativas tende a crescer para atender a obrigações de reflorestamento por grandes empresas ou empreendimentos, que possuem passivos ambientais. “A gente vai comprar ipê, jatobá, várias favas cabulosas que ninguém nunca observou porque não existia interesse econômico por elas. Com este estímulo do reflorestamento, a gente vai poder incluir segmentos da população brasileira que estão completamente isolados: pequenos produtores rurais muito vulneráveis, comunidades tradicionais, quilombolas, ribeirinhas, indígenas, que moram na floresta e estão longe dos grandes centros econômicos”, afirma Marie de Lassus, diretora de suprimentos da Morfo. A empresa é especializada em restauração de florestas nativas no Brasil e faz a ponte entre a demanda crescente e os coletores de sementes, usadas na recuperação de áreas desmatadas ou degradadas. “Eles mesmos estão começando a entender que existe potencialmente um mercado. Eu recebi sementes deles e a gente já plantou em Santarém, ano passado, num projeto experimental com Embrapa”, indica de Lassus. COP30 e o papel das comunidades tradicionais contra a crise climática Ao colaborar para o reflorestamento, a cadeia das sementes também contribui para o enfrentamento da crise climática. A meta do Brasil é recuperar 12 milhões de hectares de floresta em todo o país, até 2030. Projetos como este estarão em destaque na Conferência do Clima de Belém (COP30), em novembro. Promover sistemas de produção e alimentares que transformam floresta em floresta é investir em um programa climático, avalia Jefferson Straatmann, facilitador de Economias da Sociobiodiversidade do Instituto Socioambiental (ISA). “Essas conferências, a partir da Rio 92, trouxeram para a sociedade a importância dessa questão, que foi se desdobrando na criação dos territórios tradicionais, em cobrança entre os países para que algo fosse feito. Se a gente não tivesse as conferências da ONU para ter essa troca, muito provavelmente cada país estaria agindo ao seu total entendimento”, analisa. “A gente tem uma crise que é planetária. A COP ser na Amazônia eu acho que traz essa possibilidade de um olhar para esses povos e para seus modos de vida, para suas economias, como um caminho futuro. Não precisa ser igual, não vai ser igual. Mas tem referências que a gente precisa buscar para construir um novo caminho de sociedade”, espera Straatmann. * Esta é a terceira reportagem da série Caminhos para uma Amazônia sustentável, do podcast Planeta Verde. As reportagens, parcialmente financiadas pelo Imaflora, vão ao ar todas as quintas-feiras até a COP30 em Belém, em novembro.
(via ChatGPT) Animal Spectators of Conflict https://chatgpt.com/share/68e3939c-e944-8006-acad-172889eb7eef Ratanabá, capital do Brasil https://revistaquestaodeciencia.com.br/apocalipse-now/2022/06/18/ratanaba-capital-do-brasil 20 bird species can understand each other's anti-cuckoo call https://www.newscientist.com/article/2498809-20-bird-species-can-understand-each-others-anti-cuckoo-call/ Free Speech – An Ancient History https://pca.st/4d192lfz Parrhesia https://en.wikipedia.org/wiki/Parrhesia canal do radinho no whatsapp! https://whatsapp.com/channel/0029VaDRCiu9xVJl8belu51Z canal do radinho no telegram: http://t.me/radinhodepilha meu perfil no Threads: https://www.threads.net/@renedepaulajr meu perfil no BlueSky https://bsky.app/profile/renedepaula.bsky.social meu ... Read more The post alienígenas na Amazônia??? por que gostamos de futebol? falemos de liberdade de expressão appeared first on radinho de pilha.
Malgré cinq siècles de contact avec l'Amazonie, ce territoire est toujours perçu comme mystérieux, notamment par les Européens. Beaucoup imaginent à tort une immense forêt vierge peuplée d'Amérindiens, isolés du reste du monde. Un décor exotique figé, vision réductrice et même fausse de cette région du monde. Au Quai Branly, l'exposition « Amazônia, Créations et futurs autochtones » rétablit une forme de vérité en donnant à voir un point de vue plus juste : celui des peuples autochtones. Coiffes traditionnelles, masques, poupées en argile, corbeilles à manioc, flèches ou encore urnes funéraires : plus de deux cents œuvres sont rassemblées au Quai Branly, entre objets, peintures, sculptures, photos et vidéos. Denilson Baniwa, artiste et militant brésilien pour les droits des peuples autochtones et co-commissaire de l'exposition « Amazônia » : « Nous avons un grand cliché sur l'Amazonie : c'est juste une vaste zone inhabitable, très inhospitalière à l'humain. Alors qu'il y a plusieurs peuples qui y vivent, et qui s'épanouissent dans leurs territoires. Et un deuxième cliché, c'est qu'il faut préserver cet endroit. Donc, on veut le préserver sans demander aux gens qui sont là-bas ce qu'ils pensent de cette préservation, comment eux, ils veulent se connecter avec le monde, comment eux, ils veulent protéger la forêt ». La pluralité de l'Amazonie L'exposition renverse ainsi le regard, loin de la vision occidentale, plus proche du vécu des autochtones, de leurs désirs et de leur mode de vie. Chaque œuvre, au-delà de son aspect esthétique, porte une signification politique ou chamanique. Les masques font surgir des entités surnaturelles parfois dangereuses, les diadèmes sont à l'image d'un défunt particulier selon leurs couleurs et les plumes utilisées, les peintures corporelles marquent naissances, fêtes ou un deuil. Pour Leandro Varison, anthropologue brésilien et co-commissaire, il faut avant tout saisir la pluralité de l'Amazonie : ses environnements, ses langues, ses futurs. Il explique : « Les peuples autochtones sont très divers, à la fois d'une communauté à l'autre, mais même au sein d'une seule communauté. Nous avons des autochtones qui habitent en ville, qui ont un compte en banque, qui vont faire leurs courses au supermarché. Et nous avons des autochtones isolés, qui ne parlent pas d'autres langues et qui refusent tout contact. Donc entre ces différentes situations et les différentes réponses apportées aux communautés, tout est très varié, c'est presque du sur-mesure. Il y a une résistance formulée – ou en train d'être formulée – par ces communautés pour repenser à comment nous pouvons réfléchir à ces menaces qui pèsent sur nous. À la fois en replongeant dans notre propre histoire, à la fois en récupérant et en rendant plus forte notre culture, mais aussi en récupérant des instruments qui nous sont offerts par le monde global. » Avec « Amazônia », l'art contemporain prend un tout autre sens puisque tout est lié au vivant, aux humains, aux plantes et aux esprits. L'exposition se veut claire : non, l'histoire de l'Amazonie ne commence pas avec la colonisation et non, ce territoire ne se résume pas aux menaces futures. Et si les communautés autochtones paraissent isolées, nous le sommes tout autant d'elles. L'exposition « Amazônia, Créations et futurs autochtones » est à voir au Quai Branly à Paris jusqu'au 18 janvier prochain.
[In Portuguese] Episódio 4 | O Caminho para a COP30 – Uma Série com a The Nature Conservancy No quarto episódio da nossa série de seis partes, conversamos com Lisa Ferguson, Diretora de Economias Regenerativas e Finanças Comunitárias da The Nature Conservancy, e Juliana Simões, Gerente Adjunta de Estratégia para Povos Indígenas e Comunidades Locais.