Casa de Tapera - samba de roda podcast - #01 - samba com café - cantigas de entrada

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Nesse primeiro podcast da casa de tapera, falando sobre samba de roda, Shayanne, bebê e Mesquita, falam sobre suas experiências e deixam suas opniões sobre as cantigas de chegada dentro do ritual do samba de roda, e sobre a importância de se começar o samba da melhor maneira possível, entendendo sobre os fundamentos e a escolha mais inteligentes das cantigas, estamos só começando!

casa de tapera - escola de samba de roda


    • Jun 21, 2021 LATEST EPISODE
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    #82 - Samba de roda com café - O sentido das rodas nas culturas populares

    Play Episode Listen Later Jun 21, 2021 37:45


    As rodas estão mais do que presentes na maioria das culturas populares do nosso grande Brasil, logo elas tem uma importância enorme em tudo que fazemos, isso quer dizer que tem significados diferentes, porém elas tem a mesma essência, a mesma importância, afinal, tudo começa por elas, pelas rodas. Acreditamos que a vida é cíclica, ou seja, isso já vem dos candomblés, que estão figurados entre as primeiras manifestações ligadas aos povos negros em nosso país, apesar de também já serem usadas antes da invasão portuguesa, pelos indígenas, logo, as culturas e manifestações em roda. A roda traz consigo o ciclo, logo o dinamismo acompanha tudo o que em feito em roda, e quase todas as nossas culturas são feitas em roda e trazem em algum momento o ato de rodar, de girar, seja em torno dela, seja girando em torno de si, ou seja usando a roda de diferentes maneiras, o grande ponto é que isso tem um significado, ou melhor ainda, tem vários significados. Hora a energia está dinâmica, hora está estática, hora mais rápida, hora mais devagar, ou seja ela é cíclica, isso quer dizer que a energia nunca é a mesma, nunca está igual, ela vai se moldando, se transformando, de acordo com as necessidades do lugar ou do momento, e essa energia é o resultado de uma boa condução por parte das pessoas e/ou instrumentos envolvidos no ato. Porém o entendimento se faz necessário, tanto no âmbito político, cultural ou mesmo religioso, por isso mesmo por se acreditar na ancestralidade, por ela ser a base de tudo, entende-se, pelo menos nas religiões afro-decendentes, que esses giros devem ser sempre no sentido anti - horário para se buscar a ancestralidade, na busca pela sabedoria dos mais antigos, da energia dos mais antigos, o conhecimento armazenado pela ancestralidade, isso quer dizer que com o simples ato de rodar na roda para este lado, faz essa conexão ancestral fazer muito mais sentido e acontecer dentro de uma lógica muito inteligente. E apesar de não ser uma regra para as outras culturas populares, naturalmente o sentido da ancestralidade acaba chegando a todos os envolvidos de uma maneira ou de outra. Então as culturas populares são obrigadas a seguir esse giro no sentido anti-horário como fazem os candomblés? de maneira nenhuma, as culturas são livres para ser como são, porém a preocupação com o orgulho negro, com sua cultura e com a maneira como os negros se desenvolvem na sociedade pós diáspora, nos traz a importância de uma fundação forte de argumentos, uma base sólida para a sua cultura, a fortalece e impede que ela seja controlada por pessoas de outras culturas, que não fazem parte desse entendimento, o que obviamente é no mínimo perigoso. Podemos então concluir que apesar de não ser uma regra e nem mesmo uma verdade, com certeza é inteligente, é emponderador, e ajuda a manter a cultura preta na mão de cada vez mais pessoas pretas. Se na capoeira ou no samba os giros ou votas ao mundo são livres, e podem optar, escolher o lado que se quer girar, porque não começarmos a trabalhar uma consciência coletiva preta, que nos faz ter bases sólidas, respostas para o que fazemos? Já que sou livre para girar, porque não fazer isso do jeito que a ancestralidade nos mostra? se é igual para a sua cultura, ajude a manter o elemento preto dentro das culturas pretas. Gostou da reflexão? então vem com a gente.

    #81 - Samba de roda com café - Os dois Cristianismos e a formação e desinformação das culturas populares

    Play Episode Listen Later Jun 18, 2021 53:05


    Dois Cristianismos? como isso acontece? e o que isso tem a ver com as culturas populares? tudo. Desde que os europeus invadiram a nossa terra, a igreja Católica trouxe a desculpa perfeita para trabalhos forçados, afinal , como essas pessoas não eram Católicas, era permitido a sua escravização, ou seja, seres humanos só eram tratados assim, se fossem católicos, a outra opção era a escravização. Claro que muito indígenas e negros, se tornaram católicos nesse processo, mas a justificativa para a sua escravização, mudou, passou a ser permitida por Deus por conta da cor de sua pele e por serem tidos como selvagens. E o processo de sincretismo foi uma maneira de sobreviver, mais do que isso, o catolicismo acabou dando suporte a esses mesmos negros posteriormente, realmente os ajudando em diversas ocasiões (mesmo tendo sido, essas situações criadas por eles). Muitas revoltas de negros escravizados, tiveram suporte no fundo das igrejas, que claro, passou a ter a devoção desses mesmos negros, exatamente por estarem sendo ajudados na casa daquele santo. Muitos desses negros, naturalmente se tornaram devotos desse ou daquele santo, exatamente por estarem sim, sendo ajudados por eles. Santo Antônio, São Jorge, Santa Bárbara, São Lázaro, são exemplo de santos católicos, que muito mais do que sincretizados, eram e são cultuados, até hoje, pode-se dizer que de uma maneira política, os padres católicos, ajudaram a manter vivas algumas tradições. Já a próxima onda do cristianismo, vem através das igrejas protestantes, e mais uma vez, o povo negro se vê sendo aliciado a compactuar com o pensamento que levaram seus ancestrais a escravidão, e naturalmente desencadearam na exclusão social do povo preto que se torna cada vez mais pobre, mas continua sendo bombardeado por ideologias como a de que só esse é o caminho, porém eles acabam por erradicar a nossa cultura. A maneira de pensar das igrejas protestantes no Brasil se baseia em trazer o maior número possível de pessoas, em uma idéia de "evangelizar", muito parecida com a idéia também cristã, de catequização, que ocorreu séculos atrás, mesmo processo, novas roupagens e novas formas de escravização. Quando eles se colocam dentro das culturas populares em uma idéia de evangelização (que já deu errado antes), eles acabam excluindo das nossas culturas tudo o que eles consideram que tenha ligação com cultos afro-descendentes, tirando assim elementos que foram e ainda são essenciais para a sobrevivÊncia da nossa cultura preta, tirar o elemento preto da nossa cultura é assassinar tudo o que ela representa. Por isso esse processo é perigoso e violento, afinal, como pode uma maneira européia de pensar, poderia explicar as culturas de um povo que está totalmente baseada em sua religiosidade que é afro? ou seja, não usem as nossas culturas populares para evangelizar, usem os elementos de vocês, dos livros de vocês, com as histórias de vocês. Deixem nossas culturas com quem gosta delas como são, com quem tem a responsabilidade de preservá-las, porque assim se criam as tradições e assim que cultuamos a ancestralidade.

    #80 - Samba de roda com café - As consequências culturais da prostituição forçada no Brasil.

    Play Episode Listen Later Jun 11, 2021 73:01


    Tema mais do que polêmico, porém ao mesmo tempo, mais do que real, afinal, não é escondido de ninguém as grandes atrocidades cometidas contra as mulheres em geral sobretudo as mulheres negras, que além de estarem em uma condição de escravização, tiveram de suportar, um trabalho forçado de vender seus corpos para enriquecimento dos seus supostos senhores. Mulheres que trabalhavam sua jornada imensa durante o dia e ainda eram obrigadas a cometer uma dupla jornada pelas noites, na prostituição, que passou a ser, a principal fonte de riqueza dos senhores de negros escravizados, durante aquela época. A figura das namoradeiras está intimamente ligada a esse passado e hoje representa internacionalmente o nosso país no meio artístico, também chamadas de meninas da janela, exatamente por serem em sua maioria meninas mesmo, de 10 a 15 anos aproximadamente, que eram obrigadas a esse tipo coisa sem escrúpulo, tirando-lhes, o pouco de dignidade que ainda lhes restava, para não dizer claro, as doenças a que eram expostas , a violência que eram submetidas, e todas as inacreditáveis bizarrices cometidas naquela época, mas que algumas ainda margeiam até os dias de hoje. Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, todas as grandes cidades incentivaram e alimentaram o mercado da prostituição no Brasil. Criaram-se inclusive, camadas sociais diferenciadas para distinguir os níveis de prostituição, tudo claramente dividido politicamente é claro. Com a chegada de prostitutas vindas da Europa, também frutos de contrabando e tráfico humano, não se sabe dizer se essa condição piorou ou melhorou, se é que tem como falar que alguma coisa é melhor nesse tipo de condição. Porém, muitas coisas dessa época, estão dentro da nossa sociedade e nem sabemos porque, vocábulos, costumes, enfim, muita coisa foi influenciada por esse mercado, e ele também em contrapartida, foi influenciado igualmente. Quer saber detalhes desse pagina esquecida da nossa história? então vem com a gente.

    #79 - Samba de Roda com café na casa de Tapera - Nossa primeira turma - Nescau

    Play Episode Listen Later Jun 9, 2021 31:12


    O Ceará é especialmente importante para a Casa de Tapera, não apenas por sua importância na história do Brasil, mas principalmente por nos dar de presente pessoas tão especiais, seu povo, tão cheio de cultura, de alegria e com um simpatia única, ávidos por conhecimento, tanto que é o estado que mais coloca gente para estudar com a Casa de Tapera, depois de São Paulo. Eles são muitos e são bons, pode acreditar quando digo que lá tem gente que entende, sempre muito dedicados e espontâneos, e sobretudo, participativos. Entre eles está o Nescau, nosso menino, nosso caçula. E ele chega todo irreverente, mas como uma caixinha de surpresas, ele já chegou causando espanto, já cantava e tocava samba de roda, e mais do que isso, ele fabrica tambores, e podem acreditar que são bons, ele aprendeu com um dos seus professores de capoeira, que além de professor de capoeira, era artesão, e Nescau, muito atrevido que é, se meteu a aprender com ele a arte de fabricar tambores e assim ele faz até hoje, essa inclusive é uma das histórias mais engraçadas que ele vai contar nesse podcast que está mais do que engraçado e interessante, se quiser conferir, vem com a gente.

    #78 - Samba de Roda com café - Alguns pontos entre o samba e a religiosidade

    Play Episode Listen Later Jun 6, 2021 25:04


    No podcast de hoje, as professoras Shayanne e Vanessa, citam alguns pontos entre o samba de roda e a Religiosidade, pontos esses que muitas pessoas tem duvidas sobre ser verdade ou não. Músicas de Santos católicos no samba de roda, é normal nos finais das festas, na Bahia, acontecerem o samba de roda, logo, em alguns rituais de samba, se não em todos, cantamos algumas musicas que fazem referência a eles. ,As pessoas podem receber alguma entidade no samba de roda? falamos um pouco sobre algumas pessoas terem uma sensibilidade maior em relação a algumas músicas que fazem referência a alguma entidade, podendo mexer com ela, porém, isso é algo muito individual e sem contar que o samba não é um ritual religioso. E ai, curtiu? conta pra gente aqui o que você achou e vamos seguir em frente!

    #77 - Samba de roda com café na Casa de tapera - Nossa primeira turma - Milena

    Play Episode Listen Later Jun 5, 2021 20:04


    No nosso bate-papo de hoje, vamos conhecer um pouco da história de mais uma de nossas alunas, da primeira turma da Casa de Tapera: Milena, que teve seu primeiro contato com o samba de roda, com Mesquita, que também é seu professor de jiu-jitsu e capoeira. Ela conta sobre como a primeira turma da Casa foi importante no processo de aprendizagem dela, através das amizades e do sentimento de comunidade que eles criaram. Como ela é professora de jiu-jitsu, dentro de uma metodologia de ensino, extremamente organizada, consegue explicar a importância da estruturação da Casa de Tapera enquanto escola, e no diferencial que o método faz na aprendizagem do aluno. Comparando seus primeiros contatos com o samba antes da Casa e agora, salienta o quanto tem conseguido evoluir dentro do processo, e enxergar que cada detalhe deve ser estudado e aprofundado para fazer sentido, e que mesmo no início parecendo confuso, tudo vai se esclarecendo ao longo do curso. Milena é uma de nossas vozes de ouro, sempre cantando lindamente e também respondendo aos desafios de maneira muito inteligente e perspicaz.

    #76 - Samba de roda com café - Conhecendo nossos professores - Mesquita

    Play Episode Listen Later Jun 3, 2021 53:04


    No podcast de hoje, conversamos com o Professor Mesquita, um dos idealizadores da Casa de Tapera. Falamos um pouco sobre o seu inicio na capoeira, jiu jitsu e samba de roda, como foi sua buscar por conhecimento em relação ao samba de roda, e porque ele escolheu investir o seu tempo na criação da escola, já que, ele é uma grande referência de professor no jiu-jitsu e tem muitos anos de capoeira, correndo rodas, construindo um caminho e uma história que hoje é admirada por muitos, ele conta também sobre a dor de ter entendido que algumas pessoas estavam tirando o elemento negro da cultura negra e substituindo por instrumentos, que não casam com o processo negro, em alguns momentos também, ele conta que alguns de seus grupos de samba de roda ou de culturas populares não deram certo por conta de não estar pronto para manter e levar ele pra frente, hoje colocando ideias para casa de tapera ele percebe que para fazer um trabalho infinito, você precisa entender o jogo infinito e criar maneiras de continuar na brincadeira. Em uma das perguntas da professora Vanessa (Bebê) sobre as vergonhas que ele ja passou no samba, ele conta pra gente que já fez um maculelê trocando umbigada com um homem kkkkkkk vocês acreditam nisso? pois é gente, esse podcast tem história pra te contar, além do seu ponto de vista sobre os liderados ele esclarece também alguns pontos sobre os lideres que guiam outras pessoas de maneiras boas e ruins. sem mais, corre lá pra ver o que vem por ai! Até a próxima, aproveite!

    #75 - Samba de Roda com Café na Casa de Tapera - Nossa Primeira Turma - Muqueca

    Play Episode Listen Later Jun 2, 2021 21:21


    O grande Muqueca é esse cara incrível, tão inteligente quanto calado, o tipo de gente que não espera por ninguém para aprender, corre por si mesmo atrás dos seus objetivos, corre atrás e aprende. E como todo bom professor, ensina. Muito dedicado ao ensino e naturalmente, quem se levanta para ensinar, é porque se sentou para aprender. Muqueca vem trazendo a força do norte do país e por ter muita coerência nas suas falas, sempre é escutado por todos e sua opnião é sempre levada em consideração, por ser uma pessoa que fala somente depois que estuda sobre qualquer assunto. A gente daqui, só tem a agradecer por ele estar com a gente e sabemos o quanto ele é decidido, dedicado e o quanto nos ajuda a continuar em frente. Querido Muqueca, muito obrigado.

    #74 - Samba de Roda com Café - Nossa Primeira Turma - Sérgio Trinca Ferro

    Play Episode Listen Later Jun 1, 2021 15:56


    Com certeza ele já é um poço de conhecimento das culturas afro-brasileiras, sobre tudo as de matriz religiosa africana. Mas ainda assim ele optou por estar conosco e aprender um pouco mais sobre o samba de roda. E assim o fez. Ele sempre foi um dos alicerces do nosso primeiro grupo, centrado, sério, de poucas brincadeiras, mas muito estudioso e sempre disposto a ajudar as pessoas a sua volta, o alicerce dos amigos. Desde sempre ele buscou, mais do que sabia, sempre buscou e ainda busca saber mais sobre tudo, tem além disso raízes fortes na sua ancestralidade, sobre tudo no recôncavo baiano, e agora tem também a sua história sendo construída aqui dentro da nossa casa. Muito obrigado Serjão, conte com a gente, porque contamos com você. Nós só temos a agradecer por termos você ao nosso lado, e vai na frente abrindo os caminhos.

    #73 - Samba de Roda com Café - Pequena

    Play Episode Listen Later May 31, 2021 18:12


    Nossa irreverente pequena, essa pessoa, que está sempre feliz, sempre acelerada, sempre disposta a aprender e sempre disposta a ajudar. Desde quando chegou, notamos que ela era realmente diferenciada, muito viva, cheia de energia e aquele tipo de mulher que tem vergonha, se esconde, prefere não fazer do que talvez errar, não tem nada a ver com a pequena, que apesar do nome e da estatura, é gigante, enorme e esbanja qualidades. Falante, mais do que todo mundo com certeza, mas uma grande ouvinte, na mesma proporção, somos muito felizes e gratos por tê-la em nossa escola e sabemos que vamos dar apoio a tudo que ela precisar, assim como sabemos que seremos apoiados por ela em todas as situações, conte com a gente pequena, porque contamos com você. Muito obrigado por ser essa pessoa tão especial e por fazer a diferença na casa de tapera desde que chegou.

    #72 - Samba de Roda Com Café na Casa de Tapera - Mestre Moleque

    Play Episode Listen Later May 30, 2021 29:36


    Sempre divertido, desde o primeiro dia, com certeza uma das pessoas mais animadas do nosso primeiro grupo, mesmo apesar do extremo cansaço, da jornada diária de trabalho. Ou vocês acham que temos vídeo de todo mundo, gravado escondido pela esposa, mostrando a força que ele faz para estar acordado com a gente? afinal muitas vezes a aula passa da meia noite, e quem madruga, quase não dorme. Mas ainda assim ele está lá, tentando aprender, ensinando também, afinal, conhecimento ele tem pra dar e vender. Esse é o nosso querido mestre Moleque, direto do Rio Grande do Norte, para nos dar a honra na casa de tapera. Muito obrigado mestre Moleque.

    #71 - Samba de roda com café na casa de tapera - Nossa Primeira Turma - Mestre Gororoba e Priscila

    Play Episode Listen Later May 29, 2021 29:05


    Atendendo a pedidos, aqui vai uma série de vídeo, trazendo um pouco da história dos nossos primeiros alunos, nossa primeira turma. Como muita gente queria saber, quem são e qual a opnião deles sobre a Casa de Tapera, começamos trazendo um pouquinho da história do mestre Gororoba e da Priscila, com certeza peças fundamental desde que começamos nosso projeto, um casal que merece e tem toda a nossa gratidão e nosso carinho, muita coisa não teria tido tanta força sem eles, gostamos de ter os dois por perto e sabemos que eles também gostam de estar perto de nós, exatamente como deve ser uma boa parceria, um bom samba de roda e claro, a vontade que eles tem de aprender e correr atrás dos objetivos, trouxe um nível de qualidade absurdo para o nosso primeiro grupo. muito obrigado a vocês dois.

    #70 - Samba de Roda com café - A Balaiada

    Play Episode Listen Later May 24, 2021 25:47


    O Maranhão tem uma importância muito grande na história do Brasil, afinal ele já foi um estado independente do Brasil, você sabia disso? O estado do maranhão já se chamou estado do Maranhão-grão Pará, com a capital em São Luís, logo depois passou a se chamar estado do Grão Pará - Maranhão, com a capital agora em Belém do Pará. esses estados envolviam grande parte dos estados ao redor como Amazonas, Acre, Roraima, Mato grosso, e era um estado independente ligado a coroa de Portugal e não ao Brasil. Ou seja, no território do Brasil, existiam dois estados, um era o estado do Maranhão - Grão Pará e o outro era o estado do Brasil. Essa revolta da balaiada vem anos depois, em um contexto político que, por estar longe das capitais, o agora dissolvido estado do Pará, sofria com a falta de recursos e o abandono por parte do poder público que se encontrava na capital. O estado do Maranhão, exigia que o poder público colocasse como presidente da província, alguém escolhido por eles e não alguém ligado a capital, que não conhecia de perto os problemas da região, logo saques e violência se tornaram comuns em protestos violentíssimos, juntado-se os balaios com as outras classes de pessoas contra esse regime, como por exemplo os trabalhadores menores e negros escravizados. Esses negros escravizados, que lutavam ao lado dos balaios tiveram uma liderança muito importante, a do negro Cosme Bento que era líder de um quilombo e aderiu a guerra, trazendo consigo cerca de 3 mil homens preparados para guerra. A revolta contava ainda com outro líderes, entre eles o vaqueiro Raimundo Gomes, que lutava pela honra de sua família, e assim a balaida foi crescendo, um verdadeiro movimento popular, que foi contida tempos depois em combates terríveis que chegaram a contar mais de 12 mil mortos. Quer saber mais sobre a balaiada? vem com a gente.

    #69 - Samba de roda café - A revolta da Sabinada

    Play Episode Listen Later May 23, 2021 22:40


    Você sabia que a Bahia declarou sua independência meses antes do Brasil? E que ainda assim, ela aceitou a independência do Brasil um ano depois? Pois é, muita coisa gira em volta dessa muitas revoltas na Bahia. A Sabinada foi uma revolta que aconteceu na Bahia, trazendo a pauta das insatisfações populares, que aconteceram em todo o império, principalmente no período regencial. Entre muitas outras coisas a Sabinada estava contra o período regencial, o governo provisório que subiu ao poder temporariamente, quando Dom Pedro I abdicou do trono a favor do seu filho, Dom Pedro II, que ainda era menor de idade e não podia se sentar no trono, por conta disso, surgiu esse período, chamado de regencial, que ficaria no poder até o menino alcançar a maioridade. As províncias que começaram a sofrer com esse regime, acabaram fazendo revoltas, cada uma a sua maneira, a Sabinada foi uma dessas, uma das pautas dessa revolta, era tomar o controle da capital baiana, que era Salvador. Eles pretendiam assegurar o poder, introduzir um governo provisório, uma república, por assim dizer, mas somente até Dom Pedro II ter completado a maioridade e pudesse assumir o trono. Como a maioria das revoltas, pecaram por não pensar nas minorias, afinal a abolição da escravidão, nunca foi uma das pautas da Sabinada, eles ofereciam a liberdade sim, porém, apenas para os negros que lutassem a favor da revolta, ou seja, só poderiam ser livres, os negros que aderissem a revolta, após a vitória, a escravidão continuaria normalmente. A partir daí fica óbvio, que não é uma revolta para o povo e sim para a elite. Só que fatalmente, sem o povo, não se faz revolta e a maioria delas, aprendeu na marra. E você? Conta pra gente alguma coisa sobre a Sabinada? Deixa nos comentários.

    #68 - Samba de roda com café - A guerra dos farrapos

    Play Episode Listen Later May 22, 2021 50:40


    A guerra dos farrapos, também conhecida como revolução farroupilha, foi talvez a revolta mais falada dentre todas elas, mesmo não sendo a mais violenta. Realizada no sul do país, foi pautada nos princípios de liberdade e justiça, tendo durado 10 anos aproximadamente e envolvendo muitas pessoas e trazendo consigo uma das maiores incongruência das nossas revoltas todas, afinal, como pode uma revolução que lutava pela liberdade e contra a arbitrariedade, tivesse escravocratas ferrenhos como líderes? As muitas batalhas que foram travadas, tinham centenas de negros que lutavam obrigados, sendo-lhes prometido a tão valiosa liberdade após a vitória dos farrapos, porém, o que a história não conta é que esses negros que lutavam ao lado dos farrapos, eram os negros que eram escravizados nas muitas fazendas invadidas por eles, que usavam esses escravizados como corpo de batalha, pregando a luta pela liberdade, porém, cada um desses líderes possuíam também negros escravizados em suas terras e naturalmente a grande luta pela liberdade, não valia para esses negros escravizados em suas terras. Claro que essa grande batalha pela liberdade do estado do Rio Grande do Sul, não parou por aí, e por traz dos nobres ideais revolucionários, vou ainda uma traição, com o pelotão mais condecorado e conhecido por sua bravura e destaque no campo de batalha. Foram usados como moeda de troca e mortos covardemente, desarmados em campo de batalha, tudo em troca de uma causa que durou 10 anos, e que foi abandonada pelos próprios líderes, quem sofreram foram os negros como sempre e por diversas vezes na nossa história, claro que tem muita coisa ainda por saber, mas se você quiser saber, vem com a gente.

    #67 - Samba de roda com café - A Cabanagem

    Play Episode Listen Later May 21, 2021 28:21


    A Cabanagem foi uma revolta popular que aconteceu em Belém do pará, que já se chamou estado do Grão-Pará, você sabia que o estado do Pará, já foi um estado independente e à parte do Brasil ? Inclusive a independência do Brasil não foi reconhecida por lá, eles continuaram ligados a coroa portuguesa e não a do Brasil. Eles só aceitaram fazer parte do estado federativo do Brasil, um ano após a declaração da independência, feita pelo imperador Dom Pedro II. Isso obviamente levou muita confusão para a região, que cansados de ter sempre o presidente da província escolhido pela corte, um tipo de governador, na capital do Brasil e o fato do estado do Pará ser muito longe das duas capitais que já haviam tido no país, naturalmente deixava também o estado isolado das decisões, sem um apoio digno financeiro do estado e praticamente por conta própria. Assim como na maioria das revoltas no Brasil, elas sempre vem com um contexto de liberdade, porém sempre são pensadas e comandadas por algumas elites que se veem prejudicadas pelo sistema, manipulam as massas, o povo, e os fazem acreditar que estão lutando por uma causa justa. Cabanagem porém, saiu do controle dessa elite, que foi feita pelos próprios cabanos que se espalharam de canoas e barcos pequenos em cada um dos muitos rios que existem na região e fizeram com que a população os apoiasse e ainda mais do que isso, lutassem ao lado deles. A câmara municipal foi invadida por eles, que com aproximadamente 8 mil pessoas tomaram o edifício, matando o presidente da província, chegando ao poder e conquistando independência do Brasil, por escolherem quem estaria no poder e por não mais se retratarem a capital. Depois disso, muita coisa aconteceu e muitas batalhas foram travadas, mas se você quiser saber mais sobre a cabanagem, vem com a gente.

    #66 - Samba de roda com café - O período regencial

    Play Episode Listen Later May 20, 2021 37:01


    Entre os três períodos repenicais que tivemos, depois de declarada a independência do Brasil, com certeza o período regencial, foi o mais turbulento e trouxe muitas revoltas, que desestabilizaram o reino inteiro e criaram ainda mais fome, desemprego, insegurança e com certeza muita violência. Quando Dom Pedro I resolve abdicar do trono a favor do seu filho, que ainda era muito pequeno e não poderia assumir o trono, criou-se o que chamamos de período regencial, que foi o governo provisório que ficou responsável por manter a ordem no país, até que o jovem Dom Pedro segundo tivesse 18 anos e pudesse finalmente se sentar ao trono. Esse período foi duramente disputados por facções que se dividiam entre aquele que queriam se desligar completamente da monarquia e criar um novo Brasil em uma nova república, outros que eram contra esse período regencial e os últimos, eram a favor de uma república sim, porém apenas durante esses anos de transição, devolvendo assim poder e o governo do país nas mãos de Dom Pedro segundo quando atingisse a maioridade. Eles se dividiram e se alternaram no poder em regências conjuntas, chamadas de regências trinas e posteriormente, as regências unas. Esse governo foi o que ficou a frente do Brasil e exatamente por não termos a figura de um líder, naturalmente deixou a confiança do povo abalada, sem ter alguém pra seguir, alguém que direcionasse o povo e alguém tomasse as decisões , uma só pessoa, no caso o rei. Esse buraco no trono, permitiu que interesses de pessoas ligadas aos políticos, pudessem tirar proveito disso, eles aumentaram, taxas de imposto, aumentaram a autoridade das províncias, descentralizando o poder, e claro que isso teve consequências muito sérias, só que como sempre, para os mais pobres, que lhes foi tirado até o que eles não tinham, foi um dos períodos de maior sofrimento e maior distanciamento entre classes sociais, isso causou muitas revoltas, não um movimento único, mas sim diversos movimentos isolado, uns maiores e outros menores, que tinham de uma maneira geral o objetivo de diminuir essa distância social, mesmo as que foram encabeçadas pela nobreza, mas ainda assim usaram o poderio negro de comoção, estavam contra a maneira como a regência estava lidando com a situação. A balaiada, a Sabinada, A Cabanagem, a Farroupilha, a Independência da Bahia, a revolta dos búzios, a Inconfidência Mineira, a Confederação Baiana, a Revolta da Chibata, a Revolta da Vacina, e muitas outras que ocorreram em todos esses períodos, mas e você? Qual dessas é a sua preferida?

    #65 - Samba de roda com café - A guerra de Canudos

    Play Episode Listen Later May 19, 2021 52:04


    Você com certeza já ouviu falar em Canudos certo? Foi uma das revoltas mais sangrentas que já tivemos no Brasil, na verdade, nem podemos classificá-la como revolta, afinal, como pode ser que pessoas que só queria, viver, morar, comer e trabalhar na terra que se estabeleceram, podem ser revoltosos? Essa é a questão. Canudos foi a representação da esperança surgindo aonde há a ausência do poder público, que surgiu como uma cidade. Com o abuso de autoridade, por parte dos representantes do governo, aliado a problemas políticos ainda mais antigos e uma grande seca que se abateu sobre o sertão do nordeste, a região acabou se tornando um caldeirão pronto para se derramar, cansados de injustiças e abusos sofridos, as pessoas mais pobres encontraram em Antônio Conselheiro uma figura que o nordeste tanto precisava, um líder do povo, mas não essa figura da elite, que estava ali para ajudar o povo que tanto sofre, ele era diferente, ele fazia parte do povo, pobre, excluído pelo sistema, e achou na fé uma maneira de dar a volta por cima, dar uma palavra de conforto, que segundo ele mesmo dizia, vinha de deus. Mas o que ele deu de verdade a essas pessoas, foi esperança, de poder fugir de toda aquela realidade massacrante para os menos favorecidos, ele trouxe uma possibilidade de existir. Com a consolidação de Canudos, cada vez mais sertanejos apareciam, dia após dia, na esperança de alcançar esse lugar utópico sem diferenças, afinal o sistema de governo de Canudos funcionava dessa maneira, toda a produção que era feita em Canudos era de todos os moradores, sem classes sociais ou distinções. E isso era tentador, tão tentador que em seu auge, a cidade chegou e ter aproximadamente 25 mil moradores, ou seja, simplesmente gigantesca. Logo o sistema deu um jeito de derrubar um cidade que não seguia as regras, não pagava impostos e nem dialogava com a capital. Mandaram um contigente de homens para acabar com Canudos, que foi expulso de imediato , um tempo depois chamaram um contingente ainda maior, que foi emboscado e expulso em uma batalha violentíssima, mas contabilizando mais uma vitória de Canudos, que teve ainda mais uma vitória depois disso, que resultou em um espetacular 3 a 0 de Canudos no Brasil. Logo se fez um mobilização nacional, aonde muitas pessoas foram enviadas, inclusive a força, para lutar em Canudos, e um canhão chamado de matadeira, deu um fim nos sonhos de um estado livre de Canudos. Vale lembrar que de todas as revoltas que ocorreram no Brasil, essa foi uma das poucas onde as pessoas que perderam, lutaram até o fim, sem se entregar, literalmente, morreram no campo de batalha.. A batalha do. Povo. Mas e você? Tem alguma coisa pra contar sobre Canudos? Então conta pra gente nos comentários.

    #64 - samba de roda com café - O segundo reinado no Brasil

    Play Episode Listen Later May 18, 2021 59:10


    O segundo reinado no Brasil começou ainda antes da hora, no susto, o primeiro reinado acabou, quando o imperador Dom Pedro I foi obrigado a abdicar do trono, deixando no lugar seu filho, Pedro II, esse seria já o segundo reinado, porém, a pouca idade do novo rei o impedia de ser rei, então foi criado um período regencial, aonde um governo provisório regeu a nação, até a maioridade. Quando Dom Pedro assumiu o trono do Brasil, muitas revoltas haviam explodido em todo o território nacional, muita gente havia morrido, e muitas dessa revoltas ainda estavam acontecendo, ou seja, quando assumiu o trono, que inclusive foi através de um golpe, Dom Pedro segundo já se sentou ao trono tendo todas essas questões para resolver, além é claro de ter que lidar com uma situação econômica delicada, e já na época, uma dívida externa simplesmente impagável. Muitas dessas revoltas foram reprimidas fortemente, outras se resolveram através de acordos, outras resultaram em guerras violentíssimas, como a famosa Guerra do Paraguai, que deveria se chamar guerra contra o Paraguai, que foi completamente dizimado na guerra, tendo grande parte da sua população civil, morta. Essa foi a guerra mais sangrenta da história da América do sul e a segunda do continente Americano. A guerra dos farrapos, foi outra revolta, marcada pela vontade de algumas províncias de separarem do reino do Brasil, que como sempre terminou com percas maiores para a população negra do que para o resto dos revoltosos. Muita turbulência sim, com certeza, mas foi também um período de muito investimento e muita modernidade. Dom Pedro segundo , que era um homem muito culto, sabia da importância da educação por exemplo, tendo construído escolas, uma coisa incomum na época. Tecnologia de ponta em muitos setores, também foi obra dele, inclusive foi ele que começou o projeto de saneamento básico no Brasil, que por sinal não foi concluído até os dias de hoje, foi o responsável por grande parte da iluminação pública das grandes cidades brasileiras, primeiro feitas a óleo de origem animal e posteriormente a gás. Dom Pedro segundo perderia o trono anos depois em um golpe, para se implantar a república no país, mas essa é uma outra história. Gostou? Então vem com a gente.

    #63 - Samba de Roda com Café - A primeira favela do Brasil, o samba e o funk

    Play Episode Listen Later May 16, 2021 56:05


    Tema mais do que histórico, afinal, você sabe como formada a primeira favela do Brasil? Por mais incrível que isso pareça, a primeira favela do Brasil, teve sua raiz na Bahia, mais especificamente na guerra de canudos. Esses soldados que lutaram essa guerra, voltaram atrás de uma promessa que lhes foi feita, que era de uma casa quando retornassem vitoriosos da batalha no nordeste do país. Porém, como sempre, quando retornaram, tudo o que lhes havia sido prometido, não foi cumprido pelo poder público, que simplesmente os ignorou, gerando um grande problema na cidade. Como eles não tinham aonde morar, esses mesmos soldados junto com suas famílias, acabaram indo morar, em um dos muitos morros do Rio de Janeiro, eles não foram os primeiros, já haviam famílias morando por lá, aquelas que foram excluídas pelo poder público. Esse morro, foi chamado de morro da favela, em alusão ao morro de mesmo nome na Bahia, que por se parecer com um morro de mesmo nome que havia em Canudos. O morro da favela, acabou se chamando depois de muitos nomes, morro da providência, esperando talvez uma intervenção divina ou, no caso, esperando uma providência do governo em cumprir o prometido. Depois da ocupação desse e de outros morros, o samba acabou se ressignificando, e criando uma nova roupagem, feita pelos negros nordestinos em todos esses morros. Caindo primeiro no partido alto, saindo depois para outras vertentes do samba que culminaram na era de ouro da rádio, que trouxe fama e dinheiro, aos sambistas e que levou o samba ao estrelato, na grande mídia. Porém nem só de samba vive o morro né? outro processo na evolução cultural das chamadas favelas, foi uma outra música que vem em contrapartida ao samba, trazendo dessa vez uma influência muito grande de músicas estrangeiras, principalmente a música americana, em discos trazidos de Miami, direto para o Brasil, dando início tempos depois a discotecagem, as equipes de som, aos mc's, aos festivais, abrasileirando o funk colocando um swing diferente, criando então um novo gênero, mas isso você vai ter que ouvir pra saber mais sobre isso. Vem com a gente.

    #62 - Samba de roda com café - A Revolta da Vacina

    Play Episode Listen Later May 15, 2021 46:53


    Diante da nossa atual situação de pandemia que estamos vivendo, nada é mais real do que a importância de se cuidar e de cuidar de quem se ama. Porém, não é a primeira vez que acontece algo assim no Brasil. A Varíola, já fez muito estrago no mundo e se mostrou uma das doenças mais perigosas que já aportou em solo tupiniquim. 4 milhões de pessoas aproximadamente, morreram, vítimas de Varíola, doença que acabou com cidades, deixando sequelas em quem sobreviveu. Omolu, Xapanã, Obaluayê, Kavungo, são algumas das divindades africanas, cultuadas no Brasil nos candomblés, e essas divindades são ligadas a Varíola, a saúde, doença e outros malefício e benefícios, e o culto se faz necessário para aplacar a fúria de tais divindades, para que nos livrem de todo tipo de doença. Muita gente não se livrou, mas dentre os que sobreviveram, tiveram que lidar com um surto de febre amarela, na cidade do Rio de Janeiro, e como se não bastasse, um perigo iminente já muito conhecido dos Europeus, a peste negra, sim, a maior praga da era medieval, estava no Brasil e fazendo vítimas. esse foi o cenário que as pessoas vivam enquanto eram expulsas de suas casas pelo projeto de eugenia, de limpeza do centro das grandes cidades. Esse contexto de injustiças, e a falta de informação, fez com que a maioria das pessoas fossem contrárias não a vacina, mas sim a maneira como a vacina estava sendo imposta, a toda a população. A obrigatoriedade com a invasão daas casa por parte do governo, para conter o avanço do mosquito da febre amarela, a vacinação obrigatória mais uma vez invadindo as casa e obrigando todos a se vacinarem, mais o cenário preocupante da peste negra, fez com que a questão de tirar as casas das pessoas sem nenhum aviso prévio, parecesse piada, mas não era, isso estava mesmo acontecendo e as casa não seriam simplesmente invadidas. Você também ficou sem fôlego? então pra saber mais vem com a gente.

    #61 - Samba de Roda com café - Os chamados escravos Tigres

    Play Episode Listen Later May 14, 2021 50:25


    Você já ouviu falar em escravos tigres? Eram homens escravizados, que tinham um papel importantíssimo na limpeza das cidades brasileiras, afinal temos que lembrar que não existia saneamento básico em nenhum lugar na época e todo aquele esgoto, descartado das casa , todas as casas, tinha que ser evacuado de alguma maneira. Afinal, durante muito tempo, os lixos e dejetos das casas, eram despejados nas ruas, isso mesmo, nas ruas das cidades. Logo isso se tornou um problema de saúde pública, afinal isso já havia acontecido muito tempo antes, na idade média em toda a Europa, que culminou na peste negra, uma doença que dizimou a maior parte da população de toda a Europa. Fora isso temos o costume de limpeza das casas, que era culturalmente ineficaz, e junto a isso, o processo machista latente na sociedade, junto com o processo racista, completamente comum em todos os lugares. Isso nos explica muitas coisas que temos latente na nossa cultura ainda hoje, o processo de se sentar a mesa para as refeições, aonde apenas o marido se sentava, a mulher era proibida, ou se sentava do outro lado da sala, nunca a mesa, cuidando das crianças que comiam sentadas no chão, deixando assim os restos de comida espalhadas pela sala, já que a limpeza não era um hábito comum em nenhuma casa brasileira nesse período esse é o cenário desse período. Mas afinal, porque esses escravizados eram chamados de tigres? qual a ligação deles com esses animais perigosos dos confins da Ásia? qual era a função deles na sociedade? Quer saber mais sobre esse assunto? então vem com a gente.

    #60 - Samba de roda com café - Dona Edith do prato

    Play Episode Listen Later May 14, 2021 43:28


    Santo Amaro sempre foi e ainda é, reduto de cultura, da nossa cultura brasileira. Muita gente boa vem de lá, gente que é referência nas nossas culturas populares, terno de reis, novenas, maculelê, capoeira, samba de roda, candomblé. Nesse contexto nasceu dona Edith, que desde pequena participava com sua família dos sambas e de tudo que tinha direito dentro da cultura santamarense, tanto que ela acabou se tornando uma das maiores representantes de toda essa cultura, principalmente do samba de roda, adotando o nome do instrumento improvisado, o prato, que acabou se tornando famosos em suas mão. Foi ama de leite de Caetano Veloso, ajudou a crias Maria Bethânia e os outros filhos de dona Canô, de quem era muito amiga, participava de tudo o que a família fazia , anos depois, foi convidada por Caetano para gravar uma música e, um disco seu, levando sua voz a literalmente todo o mundo. Antes disso já havia se apresentado com Roberto Mendes, depois disso, com Bethânia, e foi reconhecida com uma das referências musicais de grandes nomes da música brasileira, como Gilberto Gil e Mariene de Castro, por exemplo. Gravou seu próprio CD de samba de roda e com certeza, sua fama fez com que ela fosse a figura que mais se destacaria no cenário musical, representando o samba de roda. Todos nós com certeza devemos muito a ela e tudo o que ela fez e ainda representa no samba de roda. Viva Santo Amaro e viva a dona Edith do prato.

    #59 - Samba de roda com café - O Primeiro Reinado do Brasil

    Play Episode Listen Later May 12, 2021 35:09


    O primeiro reinado foi marcado por diversos acontecimentos, apesar de ter durado pouco tempo, começando na independência do Brasil, em 1822, até pouco depois de 1830. Período comandado pelo imperador D. Pedro I , que ao assumir como príncipe regente do trono deixado por seu pai, decidindo, talvez não por livre arbítrio, mas ele deu o grito de independência, porém, muita coisa aconteceu nesse caminho, muitas histórias não são contadas, apesar da importância desse período, afinal, oficialmente como um país independente, o Brasil se iniciou ali. A rainha Leopoldina que o diga, afinal, ela foi uma figura muito mais importante do que a história nos faz acreditar, mesmo sendo covardemente traída, o que lhe causou uma depressão profunda, compulsão alimentar e a fez cair doente, desgostosa da vida, causando a sua morte. Maria Domitilla, é a outra figura importante nesse reinado, mesmo sendo responsável direta, pela depressão da rainha, em muitos lugares, era tratada como a própria majestade real e não como uma amante do imperador, mulher de fibra, que apesar de tudo, enfrentou muita coisa na época, e claro, causou muitos escândalos na corte, envolvendo tentativa de assassinato, violência, baixarias e tudo o que se tem direito, até ser obrigada a se retirar do Rio de Janeiro, e viver em São Paulo. Os conflitos armados? esses também não faltaram em todo o reinado, assim como o fiasco da constituição escrita e não aceita, assim como uma nova, redigida em termos totalmente tendenciosos. E assim surgiu o Brasil como nação, já confuso e desde o começo, dando aquele jeitinho brasileiro. E aí? gostou? vem com a gente.

    #58 - samba de roda com café - A guerra do Paraguai

    Play Episode Listen Later May 11, 2021 54:49


    De todas as guerras que o Brasil participou, a guerra contra o Paraguai, foi sem dúvida a mais sangrenta de todas elas, foram anos de uma guerra sem sentido, que obviamente nem valeu a pena para nenhum dos lados, deixando mortos, feridos, dívidas externas, falência e pobreza interna, a guerra nunca é boa, mas essa em especial, que estudiosos afirmam que não foi uma batalha mas sim uma matança desmedida ao povo Paraguaio, em um contexto que, tecnicamente a guerra já havia sido ganha, mas isso não impediu que os países da tríplicie aliança, Brasil, Argentina e Uruguai, dizimassem seu inimigo em comum, o vizinho Paraguai, que nem era tão inimigo assim, como você pode conferir no nosso bate papo de hoje. Entre os Voluntários da Pátria, o forte Humaitá que era feito por negros capoeiristas, que bravamente invadiram o forte, muita coisa é contada, mas será que foi isso mesmo? quanta coisa não contada ainda tem nessa história? Documentos que poderiam tirar dúvidas, estão trancados, sem acesso, os números das mortes não são confiáveis e como se nào bastasse, tem ainda o jogo político por traz disso, manipulando a situação. De conde D'eu a Duque de Caxias, do imperador a Solano Lopes, não escapa ninguém. Gostou? Quer saber mais? vem com a gente.

    #57 - Samba de roda com café - A grandiosidade de Dona Dalva Damiana no samba de roda

    Play Episode Listen Later May 10, 2021 49:46


    Todo o Recôncavo baiano, foi palco de muitas batalhas, mas também foi berço de muita cultura baiana, que de lá ganhou o mundo. Cachoeira, é um desses grandes polos do recôncavo e de lá vem muita coisa, como as primeiras batalhas na guerra pela independência, engenhos, igrejas, muita cultura e uma vida muito dura. Nesse cenário, nasce dona Dalva Damiana, a nossa rainha do samba de roda em cachoeira, a Dona Dalva do Samba. Ela aprendeu com a avó, que era lavadeira, muita cantiga e o ofício acompanhado-a por anos desde pequena, tendo seu primeiro contato na oralidade das culturas populares. Sua mãe que trabalhava em uma das muitas fábricas de charuto do recôncavo, acabou dando o exemplo e ela mesma foi trabalhar em uma dessas fábricas, desde cedo, vivendo aquele ambiente árduo de trabalho forçado, mas que lhe trouxe também um outro tipo de visão para o samba de roda, ganhando o respeito de todos a sua volta. Criou mais de um grupo de samba de roda, inclusive um grupo exclusivo de crianças, foi a primeira a uniformizar um grupo de samba, vestindo todas as mulheres de baiana, organizando o ritual do samba, cantora, compositora, sambadeira, mulher de fé inabalável no candomblé, ao mesmo tempo que é católica, como todas as baianas mais antigas. tendo portas abertas por sua avó que era membro da sociedade da nossa senhora da boa morte, lhe trazendo um outro caminho religioso. Sua fama é tão grande e o respeito pelo seu trabalho é tanto, que Dona Dalva recebeu o título de Doutora Honoris causa, pela Universidade Federal do Recôncavo. Sendo uma das principais responsáveis pelo tombamento e reconhecimento do samba de roda como patrimônio da humanidade. Depois de tudo isso, ela ainda gravou, criou filhos, netos, sambou, viajou, levando nossa cultura do samba de roda, que ainda faz maravilhosamente até hoje. Gostou? quer saber mais sobre essa gigante do samba de roda? vem com a gente.

    #56 - Samba de roda com café - A força das mães nas culturas populares

    Play Episode Listen Later May 9, 2021 38:13


    Minha mãezinha querida Oh minha mãezinha adorada És a mulher da minha vida Minha Santa Imaculada Porque aqui neste mundo Quem tem sua mãe tem tudo Quem não tem mãe não tem nada Quando a mãe vê um filho Se preparar pra sair Ela fica aperreada Eles vão se divertir Em farra em bebedeira Ela passa a noite inteira E não consegue dormir Quem tem sua mãe querida Trate ela com prazer Ler dê amor lhe dê carinho Não deixe ela sofrer Não lhe troque por ninguém Só sabe o valor que tem No dia que tu perder Quem perdeu o amor de mãe Lembra e chora com saudade Oh mãe só existe uma Que ama sem falsidades Eu tenho minha mãe querida Enquanto ela for viva Eu tenho felicidades Seus cabelos branquearam Sua vista escureceu As suas pernas cansaram Seus nervos enfraqueceu Minha mãezinha querida És tudo na minha vida Presente que Deus me deu Ofereço essa canção Que escrevi com amor A todas as mães do mundo E a minha que me criou Mulher brava de coragem Receba essa homenagem De Laelson Aboiador Mulher brava de coragem Receba essa homenagem De seu filho aboiador (Laelson Aboiador)

    #55 - Samba de roda com café - As heroínas que lutaram a independência

    Play Episode Listen Later May 8, 2021 53:05


    Como sempre a nossa história nos engana, faz de tudo para perdermos a nossa referência negra, seja nos privando de educação, tirando nossa cultura e nossos costumes, nos isolando e tirando qualquer traço que tenhamos do nosso povo, das nossas raízes. Uma dessas maneiras é nos privando dos nossos heróis, nos fazendo entender que a participação deles e delas, não foi grande o suficiente, não foi válida para se ter destaque. Mas a gente é assim, não desiste de saber, não desiste de procurar, não desiste de nos entender. Dentro desse contexto, trazemos algumas dessas mulheres, essas heroínas, que foram fundamentais em todas as rebeliões no Brasil. Com bravura, coragem, astúcia e inteligência, elas não só lutaram, como comandaram tropas, foram protagonistas em batalhas e algumas vezes condecoradas por bravura. Assim falamos de Joana Angélica, Maria Quitéria e Maria Felipa, grandes nomes da história da independência, que se destacaram por inúmeros atos de bravura, em combate, surpreendendo muitas vezes pela inteligência. Seja em salvador, Cachoeira, Ilha de Itaparica ou em qualquer lugar, elas estavam lá e deixaram sua marca na história, deixaram seu legado. Quer saber mais sobre isso? vem com a gente.

    #54 - samba de roda com café - A independência da Bahia e o samba de roda

    Play Episode Listen Later May 7, 2021 37:48


    Não é de hoje que sabemos das inúmeras revoltas que tivemos ao longo de toda a nossa história, a maioria delas, despertadas por situações de covardias, injustiças, opressões e tiranias. Foram muitas e foram grandes, mas com certeza uma das mais emocionantes, foi a da independência do Brasil na Bahia. Mesmo decretada a independência, não quer dizer que isso tenha acontecido de uma maneira pacífica e nem mesmo que tenha sido de fácil aceitação por parte de quem estava perdendo o poder, no caso, os portugueses. O final dessa longa guerra que durou mais de um ano. terminou com a retomada da capital, Salvador, e a expulsão dos portugueses, porém o que não é falado abertamente é que essas batalhas, foram lutadas por negros, mestiços e indígenas, todos de armas na mão, prontos para defender a sua terra, o caboclo sempre esteve ali, presente, por isso 2 de julho é uma data tão importante no candomblé na Bahia, não que faça parte do fundamento que inspirou a história, mas com certeza porque faz parte da história, que permitiu que esse fundamento continuasse sendo passado para as gerações seguintes. Muito samba de roda nos canta sobre essas passagens, me diz aí se você conhece algum e coloca nos nossos comentários . Quer saber mais ? vem com a gente.

    #53 - samba de roda com café na casa de tapera - A importância dos negros na revolta da chibata

    Play Episode Listen Later May 7, 2021 43:33


    O Brasil desde sempre passou por diversas revoltas, apesar de muitas delas nunca terem sido confirmadas como revolta pelo governo e sim com manifestações pequenas e regionais. Cada uma dessas guerras teve um papel fundamental na formação do nosso país como conhecemos hoje, pouco a pouco, devagar, esses episódios nos fizeram ganhar espaço, e sermos ouvidos como povo. Não o suficiente ainda, mas chegaremos lá. eu falo obviamente do povo preto. Uma dessas revoltas, foi a da chibata, organizada por marujos e marinheiros do baixo escalão da marinha brasileira, que na época não permitia homens pretos nos cargos altos de oficiais, pelo simples fatos de serem pretos. Porém o pior não estava nessa parte e sim que, mesmo após a Abolição, os marujos pretos continuaram a ser tratados da pior maneira possível e a apanhar, recebendo castigos como chibatadas, daí o nome, que inclusive foi dado muitos anos depois da revolta. João Cândido foi o homem responsável pela organização do movimento, que tomou alguns dos principais navios de guerra da marinha, invadindo as águas da Bahia de Guanabara, ameaçando explodir a cidade, caso as exigências de fim aos maus tratos não fossem cumpridas. E assim se deu uma das piores covardias feitas pela república do Brasil, ainda no começo na época. Traição, morte, ideais, sangue, covardia e opressão contra os menos favorecidos, esse foi o cenário que criou um herói negro. Um dos heróis negros do Brasil, do povo preto. salve o Almirante negro. Mas e você? gostou? então vem com a gente.

    #52 - samba de roda com café na casa de tapera - As diferenças entre os sambas

    Play Episode Listen Later May 6, 2021 33:29


    Se você faz parte das pessoas que tem interesse em saber, sobre as diferenças dentro do samba de roda, esse podcast foi feito especialmente pra você. Sabemos que a Bahia é enorme e sabemos da gigantesca diversidade cultural que ela traz, logo, mesmo sendo sim, tudo samba de roda, existem sim, as diferenças, na Bahia inclusive, existe ainda, além dessa diferença de rituais, a diferença de um samba de roda para outro, mesmo fazendo parte do mesmo tipo de samba. Mesmo tipo, porém, rituais distintos. Nessa lógica de raciocínio temos o samba de caboclo, que traz uma influência enorme dos sambas feitos ancestralmente dentro dos terreiros de candomblé. Temos o samba rural, vertente muito antiga do samba de roda, que traz dentro de si, influência maior do dia a dia do povo que mora na roça, e isso traz dentro de si, ainda outras ramificações, afinal, temos samba rural, com forte influência do aboio, outro com influência da chula, outro com influência das batas, enfim, são inúmeras possibilidades. O samba chula, que talvez seja o mais conhecido deles, que sendo mais forte no recôncavo, traz uma característica própria de samba, que o difere de todos os outros, com até uma outra vertente, sendo chamada de samba de estiva. O samba duro, criado nas ruas de Salvador, durante o carnaval, para que as pessoas pudessem se divertir, trazendo os elementos do samba de caboclo, de dentro dos terreiros de candomblé, sambas corridos com toda a sua incompreensão, trazendo muitas vezes uma falsa impressão de bagunça, tudo isso e muito mais. Gostou? então vem com a gente.

    Casa de Tapera - #51 - podcast -samba de roda com café - A escrita africana e a ancestralidade no samba de roda

    Play Episode Listen Later May 4, 2021 40:00


    O que a escrita eurocêntrica tem a ver com a África? Nossa maneira de estudar é compreendida somente pela leitura? Os africanos de uma maneira geral não escreviam? tanta mentira contada e tanta falta de informação nos faz deixar de acreditar nas antigas nações africanas como impérios evoluídos, começando em Kush, que foi o berço da civilização, aonde já existia a escrita quando a Europa sequer engatinhava, o reino da Etiópia, o reino do Mali, o próprio Egito, quanta coisa já existia, que a história contada (por ser Eurocêntrica ) simplesmente fingiu se esquecer de contar? Ancestralidade é o tema de hoje, e deveria ser o tema sempre, afinal, nós os mais novos, nem mesmo estaríamos aqui sem os ensinamentos dos mais velhos, sem a batalha que eles travaram em outros tempos, seja pela sobrevivência, seja contra o racismo, seja contra a falta de espaço e oportunidades. Ou seja, contra o sistema que sempre fez de tudo para que a nossa cultura não florescesse, e ela venceu e chegou até aqui justamente por conta desses mais velhos, eles são muito mais do que os detentores da nossa cultura, são os heróis da cultura brasileira. Esse é um dos grandes sentidos da ancestralidade, os mais velhos tem conhecimento, que pode também ser lido como experiência, esse conhecimento foi alcançado, através de muita luta, e quando é passado do mais velho para o mais novo, é mais do que transmissão de conhecimento, nesse caso, garante que a nossa identidade sobreviva, através da cultura que é perpetuada ali. Quer saber mais sobre isso? então vem com a gente.

    Casa de Tapera - #50 - podcast -samba de roda com café - Samba de marinheiro

    Play Episode Listen Later May 3, 2021 41:15


    Sobre o samba de caboclo você já ouviu falar né? já viu muita coisa com certeza, mas e quanto ao samba de marinheiro? você já participou de algum por aí? já pelo menos viu algum? tenho certeza que não foi tão fácil quanto os outros samba não é mesmo? afinal, mesmo sendo muito antigo, ele com certeza não foi tão difundido para dentro dos sambas de rodas mais conhecidos. Marinheiros, marujos, pescadores, sereias, botos, tudo faz parte dessa energia incrível, dessa força da natureza que é a água e sempre traz muito mistério e muita sabedoria em suas águas. Historicamente falando, os marinheiros sempre foram conhecidos por sua extrema valentia e por arrumar confusões em todos os lugares aonde aportam. O próprio porto, desde sempre tem sua história atrelada ao comércio, posteriormente ao contrabando, ou seja, as pessoas que trabalhavam nas zonas portuárias, eram obrigadas ao menos a saber se defender, ou nem mesmo sobreviveriam nesse ambiente. Claro que o samba nesse cenário, traz uma dinâmica totalmente diferente e mágica, outro ritual, outra energia, e se você se interessou, vem com a gente.

    Casa de Tapera - #49 - podcast -samba de roda com café - Como as mulheres devem escolher cantigas de respostas no samba de roda

    Play Episode Listen Later May 2, 2021 32:08


    Esse foi com certeza o tema mais pedido dentre todos os outros, afinal, o samba de roda, apesar de toda a sua beleza e magnitude, ainda sofre e muito com a questão do machismo desde sempre e por mais incrível que isso possa parecer, ultimamente tem sofrido com atitudes preconceituosamente racistas dentro dele. Porém a relação do nossa samba de roda e o machismo, está ligado à relação do mesmo machismo com a nossa sociedade, que traz isso latente desde sempre, e isso naturalmente fez perpetuar até os dias de hoje esse tipo de pensamento retrógrado, que naturalmente se apresenta em atitudes condenáveis e muitas vezes até não pensadas, com relação a esse tema ou mesmo sobre a importância da figura da mulher nas nossas culturas populares. Isso está tão dentro dessa formação desde sua criação, que até mesmo hoje, não é tão fácil de ver mulheres tocando tambor, por ser considerada uma função masculina, mas sabemos que em nada isso tem a ver com o fundamento do samba de roda, mas sim com a maneira como a sociedade enxerga o que é ou não função de mulheres. Claro que aos poucos essa realidade está mudando, cada vez mais mulheres estão se dedicando a aprender sobre o tambor, isso quer dizer que em pouco tempo já começaremos a mudas essa estatística. Afinal, tudo é uma construção diária. As musicas machistas estão tão forte dentro do samba que muitas vezes cantamos sem nem perceber que estamos perpetuando aquilo, mas as poucas pessoas que estão estudando, essas sim sabem, e esse podcast é para vocês, que se ofendem com músicas assim, mas não sabem exatamente como pensar de uma maneira correta para responder a ofensa na mesma moeda. Shayanne, Bebê e Milena dão suas visões sobre essas músicas e diz que músicas gostam de cantar em algumas dessas situações. Gostou do tema? vem com a gente.

    Casa de Tapera - #48 - podcast -samba de roda com café - O samba de roda infinito

    Play Episode Listen Later May 2, 2021 43:26


    No nosso podcast de hoje, trazemos a importância de como entender melhor o samba de roda e as culturas populares. E isso é importante porque só assim poderemos manter a nossa cultura, muito mais do que viva, mas sim, dando uma condição de vida digna a todos os detentores dessa cultura. Até porque isso já vem se perpetuando há muitas gerações, afinal é mais do que comum vermos os nossos mais velhos, por mais que tenham conhecimento, ou por mais tempo que tenham fazendo aquilo, sempre vemos a mesma história se repetir, eles alcançam uma idade avançada, passando necessidades financeiras, e não são poucas. Pensarmos as culturas populares como uma maneira de proporcionarmos a todos que dela vivem, uma maneira de se viver de uma maneira satisfatória e próspera, é deve ser mais que um desejo, deve ser uma meta. Pensando dessa maneira, entendemos que o melhor caminho é pensarmos o samba de roda e as culturas populares de uma maneira que maiores do que a gente, afinal ele já é maior, e mais antigo do que o sambador mais velho vivo hoje. Quando qualquer um de nós chegou ao samba, ele já estava lá, estamos nele agora, e quando morrermos ou simplesmente formos embora, ele ainda vai estar lá, estamos apenas passando por ele e não vamos ficar, não no jogo infinito que o samba de roda e as culturas populares jogam, eles são todos centenários, e nenhum ser humano pode jogar esse jogo por tanto tempo. Se entendermos isso, fica mais fácil de compreender o nosso papel dentro desse jogo, que é o de mantermos isso vivo, mas o que é isso? as nossas culturas, temos a missão de fazermos algo que seja forte o suficiente para mantê-las vivas, enquanto está na nossa vez de passar por elas, e nossa missão é levá-las até a próxima geração. Por isso não podemos simplesmente mudar aquilo que nos convém, para nos satisfazer de uma maneira tão efêmera e passageira, que na verdade só estamos matando a nossa cultura, quando tiramos algo que existe dentro dela e possui um significado forte, um significado que fez o samba de roda se manter vivo até hoje, então podemos mudar o rumo que as culturas tomaram até aqui, podemos fazer um novo caminho, que nos faça compreender cada vez mais a importância disso para o nosso povo. E você? concorda com isso? Então vem com a gente.

    Casa de Tapera - #47 - podcast -samba de roda com café - A importância da valorização e da profissionalização do samba de roda

    Play Episode Listen Later Apr 30, 2021 39:03


    Nossa cultura, foi, desde sempre negligenciada, e subestimada por todos, inclusive por nós mesmos, aqueles que buscam aprender para passar essa cultura pra frente. Nos colocamos na condição de que queremos e temos que passar nossa cultura de qualquer maneira, e muitas vezes isso quer dizer, passar para pessoas que não entendem a importância dela, que não estão prontas para recebê-la. Nessa reflexão, é claro que devemos buscar propagar nossa cultura, porém sempre preocupados em colocá-la no seu devido lugar de respeito, afinal, um povo sem cultura é um povo sem nada. Muita gente que hoje age como agente cultural, na verdade presta um desserviço, a nossa cultura e para a nossa história. Claro que na contramão disso, tem muita gente sim, fazem um ótimo trabalho, mas é fato que a maioria das pessoas não se prepara para ensinar, acha que o fato de estarem lá, de viverem aquilo, já lhes garante um bom ensinamento, mas definitivamente isso não é verdade, as culturas populares como tudo, devem ser passadas por pessoas que se preparam pra isso, afinal estar lá, não te faz saber ensinar ao próximo. E nesse momento se cria um novo problema, do sucateamento das culturas populares, exatamente por não se sentirem preparadas, vão a todos os lugares, ensinam pessoas e cobram muito pouco ou quase nada. Logo é importante que todos os envolvidos em ensinar a cultura popular, saibam valorizar esse trabalho que é sim muito sério, e as pessoas preparadas, devem sim, receber bem por aquilo, como em qualquer outro trabalho. Esse é o nosso bate-papo de hoje, se você gostou, pensa como a gente que a cultura deve ser valorizada e quer saber mais sobre isso, vem com a gente.

    Casa de Tapera - #46 - podcast -samba de roda com café - como nunca errar o tema no samba de roda

    Play Episode Listen Later Apr 29, 2021 31:06


    Tema pedido por muita gente, então nada mais justo, aí está. Você tem dificuldade em entender o tema? tem dúvidas sobre se pode ou não, cantar essa ou aquela cantiga? Saiba que não é só você, muita gente tem dúvidas a respeito do que cantar, quando cantar e como cantar. Por isso é importante sabermos entender os temas e dividirmos esses temas por momentos, assim fica menos coisa pra se pensar na hora da pratica. Como a gente faz isso? podemos começar entendendo o contexto, a história que está sendo cantada até aquele momento, através das cantigas que vieram antes Por exemplo, não é porque a última música cantada, está falando sobre papai ou mamãe, que toda cantiga que tenha pai ou mãe, na letra, que ela serve pra responder a música, afinal, muita cantiga que fala pai e mãe, na verdade estão falando sobre outras coisas nas entrelinhas, que é o que importa. Se o tema for água por exemplo, vamos todos cantar sobre água, mas... nem toda cantiga que tem água na letra, está falando especificamente sobre ela. A própria Shayanne dá o exemplo nesse podcast, cantando pra responder as cantigas de água..."tô comendo água, tô comendo água devagar", porém, para quem já acompanha nossos podcasts, é bem claro que comer água, está falando de cachaça, que apesar de ser chamada de " aguardente", com certeza não se encaixa no tema de água. E aí? gostou? quer saber mais? vem com a gente.

    Casa de Tapera - #45 - podcast -samba de roda com café - O movimento do axé music e a influência do samba de roda

    Play Episode Listen Later Apr 28, 2021 33:25


    Você saberia dizer o que é o axé music? uma música? isso sim, mas que tipo de música? existe um ritmo pré determinado sobre o que é o axé? O que determina exatamente uma musica ser ou não axé? perguntas relevantes, afinal, temos dezenas de músicas que representam o axé e elas são muito diferentes entre si. Como pode então elas serem axé? O movimento do axé music foi com certeza um dos maiores movimentos da música brasileira, levando para o mundo inteiro a nossa cultura, o nosso jeito de ser. Um marco para a cultura popular brasileira, que através sobretudo do carnaval, teve nos trios elétricos o protótipo daquilo que se tornaria uma das nossas maiores expressões musicais. Nesse bate papo de hoje, falaremos sobre tudo isso, sobre Luís Caldas, que foi o primeiro a popularizar o ritmo no Brasil, falaremos sobre a criação dos trios elétricos, sobre Dodô e Osmar, a guitarra baiana, e muito mais sobre esse ritmo contagiante que ganhou o Brasil e o mundo . Quer saber mais sobre isso? então vem com a gente.

    Casa de Tapera - #44 - podcast -samba de roda com café - significados escondidos nas cantigas no samba de roda

    Play Episode Listen Later Apr 27, 2021 33:26


    Curiosidades, essa é a palavra chave do nosso bate papo de hoje. Com a presença do nosso querido Varão, e como sempre, esse é o momento de tirarmos aquelas dúvidas que a gente sempre tem, porém não temos a quem perguntar, hoje é o dia. Muita curiosidade vem por aí. Mas e você? tenho certeza que muitas das nossas dúvidas, são suas também. Quer conferir? vem com a gente.

    Casa de Tapera - #43 - podcast -samba de roda com café - Samba Paulista?

    Play Episode Listen Later Apr 27, 2021 46:03


    Nesse bate papo de hoje, vamos falar sobre o samba paulista, que é mais tradicional do que a maioria das pessoas imagina, trazendo, claro, alguns elementos da cultura baiana do samba, mas já totalmente ressignificados, e com uma influência também do samba que era feito no Rio de Janeiro, formando assim um samba diferente, com uma característica própria, que traziam novas cantigas e novas roupagens para o samba que estava sendo criado em terras paulistas. Seja com a própria caixa de engraxar sapatos, seja com as escovas de encerar batendo uma com a outra, seja descarregando caixotes de alimentos e usando-os como instrumentos, ou seja em outro momento, aonde se incorpora instrumentos de blocos e escolas de samba, deixando muito mais rico e bonito o samba que já era feito. Seja pelos desafios dos sambistas sapateando no meio da roda, entre, bandas , tombos e rasteiras, trazendo um elemento violentíssimo, que deixava aquele samba mais perigoso, mas também muito mais elegante e respeitado na sua maneira de dançar, afinal, isso nunca foi pra qualquer um e menos ainda de brincadeira... apesar de ser tudo brincadeira, rsrsrsrs. E assim vem o samba paulista, chamado também de tiririca, mas que se desmembrou em outras vertentes, que se juntaram, para conceber o que temos por aqui, e que vai muito bem, obrigado. Quer saber mais? vem com a gente.

    Casa de Tapera - #42 - podcast -samba de roda com café - As mensagens por trás das cantigas no samba de roda

    Play Episode Listen Later Apr 25, 2021 50:21


    Como prometido no último episódio, vamos abordar hoje sobre os significados por traz das cantigas, o que quer dizer quando cantamos piranha para uma moça no samba de roda? estamos sendo mal educados? É uma cantiga pejorativa? e dentro desse mesmo contexto, aonde entra a piaba? Quanto as mensagens escondidas dentro das cantigas, desde a época da escravidão, como funciona? como as pessoas colocavam as informações de fugas e rebeliões dentro delas, já que eram cantadas abertamente? nem tudo o que nos contaram, aconteceu da maneira que nos contaram, isso é o que trazemos por hoje, espero que vocês gostem. Vem com a gente.

    Casa de Tapera - #41 - podcast -samba de roda com café - Porque não cantar para mulatas no samba de roda

    Play Episode Listen Later Apr 24, 2021 30:23


    Nesse episódio trazemos mais um tema no mínimo delicado e sensível, afinal nunca é fácil falar de uma história criada através de mentiras, opressões, escravidão, torturas e infinitas atrocidades. Uma das principais táticas do opressor sempre foi exterminar a cultura do povo oprimido, colocando a sua, assim os traços do orgulho daquela nação oprimida, morrem ali. Mas não com os africanos, sua cultura estava mais enraizada do que seus algozes podiam sequer imaginar, logo, eles poderiam reproduzir o que era imposto, porém esquecer suas origens, jamais. Percebendo isso, os brancos resolveram intensificar ainda mais esse processo, tirando tudo o que poderia ser orgulho para os negros e trazendo nomes e apelidos pejorativos, eles criaram uma cultura de que o negro só estava ali para servir seu suposto senhor, inclusive sexualmente, em um costume muitíssimo comum, mas nunca assumido publicamente, afinal, o que pensariam de um homem branco, tendo relações com uma negra, tendo sua esposa, branca em casa? o mesmo vale para o oposto. Bom, eu não sei o que pensariam não, mas sei o que fizeram, e esses estupros, criou uma enorme população de descendentes não assumidos por seus progenitores brancos, apesar da cor da pele já dar a prova, muito mais precisa do que o teste de D.N.A, que só seria descoberto séculos depois. Assim surge a mulata, mulher considerada aceitável pela sociedade por conta do tom claro de pele negra, mas ainda assim negra, mas que poderia ser usada para diversos trabalhos, inclusive para o sexo, já que se acreditava que seu corpo, considerado avantajado, era resistente a abusos sexuais, logo, atrocidades foram cometidas em cima dessa crença, que se tornou cultural, afinal assim como a mula carrega peso, a mulata pode também carregar outras coisas. Gostou da prévia? quer saber mais sobre a mulata? vem com a gente.

    Casa de Tapera - #40 - podcast -samba de roda com café na casa de tapera - O paranauê e o samba de roda

    Play Episode Listen Later Apr 24, 2021 36:38


    Parana auê, com certeza é a canção hino da capoeira, a mais popular das cantigas, mas ela com certeza não é uma música aleatória, tem significado sim, e ele é muito mais antigo do que samba ou a capoeira, claro que com o tempo surgiram as cantigas que de uma maneira ou de outra, trazem um tipo de significado, claro que com o passar do tempo isso ganhou uma nova roupagem, chegando a sobreviver inclusive a diversas batalhas em guerra, ressignificando assim algo, trazendo um outro sentido para um que já havia. Nesse cenário, misturamos algumas línguas indígenas, cultura negra, o povo brasileiro, e um cenário político caótico, que pode nos trazer algumas respostas sobre o porque essa música se tornou tão popular. tire você mesmo a sua conclusão. quer saber mais? vem com a gente.

    Casa de Tapera - #39 - podcast -samba de roda com café na casa de tapera - Capoeira e samba de roda!

    Play Episode Listen Later Apr 23, 2021 35:06


    No episódio de hoje, falamos um pouquinho sobre samba de roda e capoeira, como aconteceu esse processo de o samba ter o papel de descontração no final da roda de capoeira, tendo uma curta duração e não tendo o seu momento, atenção e respeito merecido, falamos também sobre como outros mais velhos enxergam o samba de roda da "capoeira"ou do "candomblé", onde o nosso professor Varão conta um pouco sobre o seu sentimento em relação a isso e como ele acredita que deveria ser. Bom estudo a todos vocês, esperamos que gostem e que se divirtam. Gostou? vem com a gente que jaja tem mais novidades por ai!

    Casa de Tapera - #38 - podcast -samba de roda com café na casa de tapera-O caruru, as crianças e o ritual do samba de roda

    Play Episode Listen Later Apr 21, 2021 49:54


    Com certeza as crianças sempre trazem alegria por onde passam, preenchendo o vazio de nossos dias, com essa energia tão dinâmica e sincera que sempre nos surpreende. No popular do povo brasileiro, São Cosme e São Damião sempre estão presentes nas festas ligadas as crianças, se misturando com as histórias e com os rituais dos africanos aqui em solo brasileiro, que trouxeram seus cultos às divindades de energias infantis. Dentro disso, muito samba de roda se fez presente nessas festas para as crianças, mesmo dentro dos candomblé, da umbanda, nas festas católicas, o samba sempre cabe com jeitinho né? Dentro desse processo cultural, temos ainda os famosos carurus de Cosme e Damião, que trazem sobre tudo o samba de roda, que sempre vem nessa missão de alegrar as pessoas. Tem muita música de samba de roda que são para Cosme e Damião, que inclusive são cantadas aleatoriamente por aí. quer saber mais sobre isso? então vem com a gente.

    Casa de Tapera - #37 - podcast -samba de roda com café na casa de tapera - A conexão entre o samba e a roda

    Play Episode Listen Later Apr 21, 2021 53:21


    No nosso bate-papo de hoje, vem a reflexão sobre essa conexão ancestral, das culturas populares e as rodas, tão comuns em toda a nossa cultura. E esse papo vai longe, afinal muita coisa ainda sem resposta, flutua sobre essa temática. por que fazemos em roda quase todas as nossas culturas? isso tem algum significado? existe lado certo de se rodar, ou girar? devemos realmente nos preocupar com isso? O que esse simples fato pode mudar as nossas culturas no futuro? Essa conversa vai longe e traz reflexões, desde o orgulho das pessoas negras em ser negras, de se manterem negras, quanto a importância de manter os elementos negros, dentro da cultura negra, seja ela qual for. Bebê e Mesquita trazem todas essas questões e muito mais. Gostou? então vem com a gente.

    Casa de Tapera - #36 - podcast -samba de roda com café na casa de tapera - A imposição do masculino no samba de roda

    Play Episode Listen Later Apr 19, 2021 33:32


    No nosso encontro de hoje, trazemos algumas reflexões sobre o motivo das cantigas de hoje terem uma influência muito mais masculina do que feminina, claro que esse é um problema estrutural de machismo e racismo, que tem adoecido a nossa sociedade há séculos, porém ali, dentro da criação desses rituais, será que não houve algo que também contribuiu para isso? com todos os preconceitos à parte? essa é a nossa reflexão nesse bate papo, sobre como se deu esse processo e como ele contribuiu para que o samba de roda tivesse esse formato que ele tem hoje. Gostou do tema? vem com a gente.

    Casa de Tapera - #35 - podcast -samba de roda com café na casa de tapera-minduim e a magia do samba rural

    Play Episode Listen Later Apr 18, 2021 44:19


    Dentre os diversos tipos de samba de roda que tem no nosso vasto país, sobretudo na Bahia, eles costumam ter semelhanças e claro, diversidade, essas diferenças é o que possibilita cada um de nós, poder se encontrar dentro daquele ritual que mais nos apetece, aquele que melhor nos veste e possamos de coração, nos dedicarmos a ele. Claro que é sempre bom conhecermos de tudo um pouco, mas achar aquilo que faz o nosso coração vibrar é uma das missões. Esse foi o caso de Minduim, quando conheceu de perto o samba rural, o mesmo samba que ele teve vivência desde pequeno, porém só teve a sensibilidade de olhar com olhos mais profundos anos depois, esse é o tema do nosso bate papo, que fala de samba, Serrinha, mestre kako, sua família, e sobretudo de pessoas. Gostou né? então vem com a gente.

    Casa de Tapera - #34 - podcast -samba de roda com café na casa de tapera - A introdução do pandeiro no samba de roda

    Play Episode Listen Later Apr 17, 2021 27:09


    O pandeiro com certeza é uma figura emblemática na maioria das nossas culturas populares, e com certeza é o símbolo mundial do samba internacionalmente, é o elemento que as pessoas olham e associam naturalmente ao samba. Porém nem sempre foi assim, ele chegou ao Brasil pelas mãos dos europeus, isso com certeza facilitou e muito o uso popular do pandeiro, levando em consideração que os tambores por muito tempo foram proibidos no nosso país, logo a falta de um, abriu caminho para a chegada de outro, para preencher o buraco deixado. logo, quando os tambores retornam com força nas culturas populares, elas tinham se mantido firmes, porém com elementos como viola e o próprio pandeiro, dentro disso tivemos o entendimento em algum momento que era sagrado, religioso e isso abriu mais portas e o pandeiro hoje é símbolo do samba no mundo, e transita por todos eles, e merece todo o nosso respeito.

    Casa de Tapera - #33 - podcast -samba de roda com café na casa de tapera - O ritual de saída no samba de roda

    Play Episode Listen Later Apr 16, 2021 30:47


    Até aqui, já ficou claro que existem diferentes rituais dentro de um mesmo samba de roda né? falamos sobre muita coisa ao longo dos podcasts, rituais de chegada, músicas de coreografia, samba rural, samba de caboclo, samba chula, samba duro e muitos outros rituais que se diferenciam uns dos outros, seja pela maneira de se fazer, seja pelos instrumentos, pela característica da dança, enfim, a questão é que existem sim, diversos momentos em um mesmo samba de roda, e um desses momentos, talvez o mais triste deles, é o ritual de despedida, que trazem naturalmente as cantigas de saída. Quer saber mais sobre os rituais de despedida? então vem com a gente.

    Casa de Tapera - #32 - podcast -samba de roda com café na casa de tapera - a importância da viola no samba de roda

    Play Episode Listen Later Apr 15, 2021 24:50


    A viola é um elemento importantíssimo dentro de muitas das nossas culturas populares, com certeza esse instrumento, apesar de ter origem na Europa, ela enriqueceu e muito a nossa cultura popular, trazendo uma harmonia muito rica musicalmente. Ela está presente desde sempre no nosso samba de roda, protagonista do samba chula, figura entre sambas corridos, tem seu espaço no samba de caboclo, indispensável no samba duro, e figura presente no samba rural, ou seja, mesmo tendo importâncias diferentes, nos diferentes rituais do samba , a sua importância é indiscutível. Quer saber mais sobre a viola? vem com a gente.

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