Podcasts about Caetano

  • 799PODCASTS
  • 2,525EPISODES
  • 31mAVG DURATION
  • 1DAILY NEW EPISODE
  • Jun 13, 2025LATEST

POPULARITY

20172018201920202021202220232024

Categories



Best podcasts about Caetano

Show all podcasts related to caetano

Latest podcast episodes about Caetano

El Larguero
El Larguero a las 00.00 | ¿Qué está pasando con el Mundial de Clubes en EEUU? y entrevista con Rodrigo Caetano

El Larguero

Play Episode Listen Later Jun 13, 2025 40:05


Nos acercamos a Estados Unidos para conocer como los disturbios están afectando al inicio del Mundial de Clubes y charlamos con Rodrigo Caetano, director deportivo de la CBF

El Larguero
Entrevista | Rodrigo Caetano, director de la CBF, cuenta toda la verdad sobre el 'caso Ancelotti'

El Larguero

Play Episode Listen Later Jun 12, 2025 20:13


Rodrigo Caetano ha hablado en 'El Larguero' sobre la accidentada salida del italiano: "¿Usted piensa que la CBF iba a hacer algo con lo que el Real Madrid no va a estar de acuerdo?"

Bola Laranja
Podcast #262 - Pacers vence o jogo 3 e fica a duas vitórias do título!

Bola Laranja

Play Episode Listen Later Jun 12, 2025 59:40


O Indiana Pacers seguiu as recomendações do Bola Laranja no último episódio e venceu, em casa, o Oklahoma City Thunder no jogo 3 das finais da NBA por 116 a 107.Hoje, nossa equipe analisa o quão importante foi essa vitória, atuações dos jogadores, o impacto na moral do Thunder e a possibilidade da série ser decidida no jogo 5 segunda-feira, 16.Seja bem-vindo ao canal do Bola Laranja!⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Siga o Bola Laranja no Instagram!⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠SEJA MEMBRO DO BOLA LARANJA NO YOUTUBE⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Os melhores produtos Nike estão no Bola Laranja Store!⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Aposte na Donald Bet!⁠⁠⁠⁠Assista à participação de André Fantato no Central Live Show, do Central do Basquete, de 11/06/2025O melhor conteúdo da NBA você encontra aqui!0:00 Introdução0:59 Curta, compartilhe, se inscreva e seja membro do BL1:34 Impressões iniciais3:22 Laranjinha4:54 Boas-vindas à audiência5:41 Kevin Durant vai para onde?17:33 Análise de OKC 107 @ 116 IND (1-2) (11/06/25)29:00 Pacers pode ser campeão no jogo 631:19 Comentários33:13 Thunder perdeu o jogo 3 duas vezes nos playoffs40:16 New York Knicks em busca de novo técnico44:18 Projeções para o jogo 4 (13/06/25)50:49 Seja membro do Bola Laranja52:28 Palpites para o jogo 4 (13/06/25)55:45 Dica58:14 Tchau coletivoDica: canal Essa é Minha Cara, de Fábio Caetano

Radiomundo 1170 AM
La Conversación - José Miguel Onaindia con Israel Adrián Caetano y Rogelio Gracia

Radiomundo 1170 AM

Play Episode Listen Later Jun 12, 2025 19:24


Actor y director, ambos de amplia y reconocida trayectoria vuelven a embarcarse en un proyecto junto al Coro de Niños del Sodre. Con el exitoso antecedente de "La Principesa" en la temporada de 2021, el equipo se lanza a un nuevo desafío, en este caso "Metrópolis". Es un musical basado en la película homónima de Fritz Lang, estrenada en 1927, que contará con 200 niños en escena. Con guion y dirección escénica del propio Caetano, dirección musical y general de Víctor Mederos y composiciones de Fernando Rondán.Metrópolis estará protagonizado por Danna Liberman, Rogelio Gracia, Camila Aguirre, Bautista Rey e Iván Rosas y contará con la participación de 200 niños integrantes del Coro Nacional de Niños & Juvenil del SODRE.Se presentará en el Auditorio Nacional Adela Reta, los días 22 y 23 de junio a las 20:00 horas. Entradas en venta por Tickantel.

Cuando los elefantes sueñan con la música
Cuando los elefantes sueñan con la música - Lo último de Azymuth - 11/06/25

Cuando los elefantes sueñan con la música

Play Episode Listen Later Jun 11, 2025 58:54


Aunque ya no están entre nosotros ni José Roberto Bertrami ni Ivan Conti 'Mamão', que fundaron el trío hace cinco décadas, el superviviente Alex Malheiros mantiene viva la llama de Azymuth con un nuevo disco titulado 'Marca passo'y piezas como 'Fantasy 82', 'Belenzinho', 'Marca tempo' o 'Last summer in Rio'. 'Cacofonia', segundo disco de Gabriel da Rosa, contiene canciones suyas como 'Pé patu pá', 'Seu João' y 'O pacto'. Del disco en concierto de Caetano Veloso y María Bethânia, 'Caetano e Bethânia ao vivo', la inédita 'Um baiana', 'As cançoes que você fez pra mim', 'Negue', 'O quereres', 'Fé', 'Reconvexo' y 'Filhos de Gandhi'.Escuchar audio

Governo do Estado de São Paulo
Boletim: Estação reformada leva água tratada à 120 mil pessoas em SP - 11.06.2025

Governo do Estado de São Paulo

Play Episode Listen Later Jun 11, 2025 2:41


O Governo de São Paulo, por meio da Sabesp, entregou, nesta quarta-feira (11), a ampliação da estação de tratamento de água (ETA) Rio Grande, em São Bernardo do Campo. A unidade passa agora a produzir 400 litros de água por segundo a mais, o suficiente para abastecer 120 mil pessoas. Além disso, cinco grandes obras de coleta e tratamento de esgoto tiveram início no município, como parte do programa IntegraTietê. Além de saneamento para a cidade, as obras vão contribuir para a melhoria da qualidade dos rios e córregos da região. Juntos, os investimentos superam R$ 320 milhões. Na ocasião, o governador Tarcísio de Freitas também vistoriou as obras do Piscinão Jaboticabal, no limite entre São Bernardo, São Caetano do Sul e a capital.

IBA Cast - Igreja Batista do Amor
PR. EMERSON CAETANO - 20 ANOS IBA - 01 DE JUNHO - NOITE

IBA Cast - Igreja Batista do Amor

Play Episode Listen Later Jun 10, 2025 61:15


CULTO DE COMEMORAÇÃO 20 ANOS IBA Acontecerá nos dias 31/05 as 19h e 01/06/2025 as 9h e 18h Igreja Batista do Amor - Uberlândia/MG ----------------------------------------------------------------- //Contato: 99867-7775 (WhatsApp) 34 3087-4810 //LinkTree (principais informações consolidadas): https://linktr.ee/batistadoamor //Ficha de visitantes Você que nos visita, pedimos que preencha a ficha no link abaixo para que possamos entrar em contato contigo e te enviar um presente https://forms.gle/XgASw5gpKp4FPWCj9 //Ficha de decisão Você que aceitou o Senhor Jesus como Senhor e Salvador ou se reconciliou com Cristo, pedimos que preencha a ficha no link abaixo para que possamos entrar em contato contigo e te enviar um presente https://forms.gle/aXiMSJdps2V9qdHo6 //Contas para depósitos CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (104): Agência 3152 op 003 Conta Corrente 886-9 BANCO BRASIL (001): AG 4165-3 Conta Corrente 26415-6 CNPJ 11.482.378.0001/95 (PIX) //Inscreva-se no canal: https://www.youtube.com/user/IgrejaBatistaAmor // Site https://batistadoamor.com

Cuando los elefantes sueñan con la música
Cuando los elefantes sueñan con la música - Gabriel da Rosa y su Cacofonía - 05/06/25

Cuando los elefantes sueñan con la música

Play Episode Listen Later Jun 5, 2025 59:01


'Cacofonia', segundo disco del brasileño afincado en Los Ángeles Gabriel da Rosa, contiene canciones suyas como 'Pé patu pá', 'Seu João', 'No fundo', 'Abusei', 'O pacto' o 'Walker'. De 'Plural', disco del armonicista Gabriel Grossi, 'Motion' -con los teclados de Jacob Collier-, 'Nosso amor vadio' -con la voz de Zelia Duncan-, 'Onde nascem as ondas' -con la voz de Ed Motta- y 'Banzo'. Y del disco 'Caetano e Bethânia ao vivo' los temas 'Os mais doces dos bárbaros'/'Gente' y 'Tropicália'/'Marginália II'.Escuchar audio

Cuando los elefantes sueñan con la música
Cuando los elefantes sueñan con la música - Caetano y Bethânia 'Ao vivo' - 04/06/25

Cuando los elefantes sueñan con la música

Play Episode Listen Later Jun 4, 2025 59:00


Recién editado, el disco 'Caetano e Bethânia ao vivo' recoge las canciones del espectáculo que los dos hermanos han llevado por las principales ciudades de Brasil desde agosto del año pasado hasta marzo de este año. Un reencuentro en los escenarios de Caetano Veloso y María Bethânia 46 años después. Escuchamos 'Alegria, alegria', 'Os mais doces dos bárbaros', 'Gente', 'Oração ao tempo', 'Motriz/Não identificado', 'A tua presença', 'Milagre do povo', 'pot-pourri: 13 de maio/Samba de dóis dóis/Cosme e Damião/Lindomar/A donzela se casou', 'Um índio', 'Cajuina', 'Sozinho', 'O leãozinho', 'Você não me ensinou a te esquecer', 'Você é linda' y 'Baby'.Escuchar audio

The J Curve
Caetano Lacerda & Raphael Dyxklay (Barte) on How to Win Mid-to-Large B2B Customers in Latin America

The J Curve

Play Episode Listen Later Jun 3, 2025 62:34


Welcome to Season 4 of The J Curve with me, Olga Maslikhova.This week, I sit down with Caetano Lacerda and Raphael Dyxklay, co-founders of Brazilian fintech Barte, which is transforming the payments and working capital landscape for mid-to-large companies.Barte's journey is a masterclass in efficient growth: from zero to $10M ARR in less than two years on just $1.5M of burn—and then growing sustainably to $20M ARR. Along the way, they've pioneered a build-in-public strategy that attracts customers, builds trust, and fosters engagement. They've also developed sharp insights into segmenting by use case rather than industry, prioritizing speed and first-principles thinking, and leveraging customer feedback to scale efficiently—insights that have become part of their DNA and that they generously share in this conversation.Here's what we cover:What founders need to know about horizontal vs. vertical strategies in B2BWhy building in public is more than a marketing tactic—it's a B2B growth engineHow to find product-market fit in fragmented, high-friction industriesWhat Brazilian complexity taught Barte about opportunity and executionLessons in prioritizing product bets when everything feels urgentThis episode is the second in a special three-part series brought to you by AWS.AWS has become a key growth partner for Latin America's startup ecosystem—helping founders scale from idea to IPO with world-class cloud infrastructure, local expertise, and a global support network. We're incredibly happy to partner with them.For founders and investors who see Latin America's friction as an opportunity—and fintech as the future—this conversation is a must-listen.More from us: Subscribe to our weekly newsletter ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠The J Curve Insider⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠, where we go beyond the podcast to break down the most exciting investment & tech trends in LATAM. Sharp. Concise. Real business strategies and market insights you won't find anywhere else. Delivered straight to your inbox.Follow us on⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ LinkedIn⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ or ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Instagram

IBA Cast - Igreja Batista do Amor
PR. EMERSON CAETANO - 20 ANOS IBA - 01 DE JUNHO MANHÃ

IBA Cast - Igreja Batista do Amor

Play Episode Listen Later Jun 3, 2025 57:18


CULTO DE COMEMORAÇÃO 20 ANOS IBA Acontecerá nos dias 31/05 as 19h e 01/06/2025 as 9h e 18h Igreja Batista do Amor - Uberlândia/MG ----------------------------------------------------------------- //Contato: 99867-7775 (WhatsApp) 34 3087-4810 //LinkTree (principais informações consolidadas): https://linktr.ee/batistadoamor //Ficha de visitantes Você que nos visita, pedimos que preencha a ficha no link abaixo para que possamos entrar em contato contigo e te enviar um presente https://forms.gle/XgASw5gpKp4FPWCj9 //Ficha de decisão Você que aceitou o Senhor Jesus como Senhor e Salvador ou se reconciliou com Cristo, pedimos que preencha a ficha no link abaixo para que possamos entrar em contato contigo e te enviar um presente https://forms.gle/aXiMSJdps2V9qdHo6 //Contas para depósitos CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (104): Agência 3152 op 003 Conta Corrente 886-9 BANCO BRASIL (001): AG 4165-3 Conta Corrente 26415-6 CNPJ 11.482.378.0001/95 (PIX) //Inscreva-se no canal: https://www.youtube.com/user/IgrejaBatistaAmor // Site https://batistadoamor.com

IBA Cast - Igreja Batista do Amor
PR EMERSON CAETANO - 20 ANOS IBA - 31 DE MAIO

IBA Cast - Igreja Batista do Amor

Play Episode Listen Later Jun 3, 2025 69:52


CULTO DE COMEMORAÇÃO 20 ANOS IBA Acontecerá nos dias 31/05 as 19h e 01/06/2025 as 9h e 18h Igreja Batista do Amor - Uberlândia/MG ----------------------------------------------------------------- //Contato: 99867-7775 (WhatsApp) 34 3087-4810 //LinkTree (principais informações consolidadas): https://linktr.ee/batistadoamor //Ficha de visitantes Você que nos visita, pedimos que preencha a ficha no link abaixo para que possamos entrar em contato contigo e te enviar um presente https://forms.gle/XgASw5gpKp4FPWCj9 //Ficha de decisão Você que aceitou o Senhor Jesus como Senhor e Salvador ou se reconciliou com Cristo, pedimos que preencha a ficha no link abaixo para que possamos entrar em contato contigo e te enviar um presente https://forms.gle/aXiMSJdps2V9qdHo6 //Contas para depósitos CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (104): Agência 3152 op 003 Conta Corrente 886-9 BANCO BRASIL (001): AG 4165-3 Conta Corrente 26415-6 CNPJ 11.482.378.0001/95 (PIX) //Inscreva-se no canal: https://www.youtube.com/user/IgrejaBatistaAmor // Site https://batistadoamor.com

A Vida Breve
Jorge Vaz de Carvalho - A barca

A Vida Breve

Play Episode Listen Later Jun 3, 2025 3:12


Em cada dia, Luís Caetano propõe um poema na voz de quem o escreveu.

A Vida Breve
Fernando Venâncio - Poema

A Vida Breve

Play Episode Listen Later Jun 2, 2025 3:42


Em cada dia, Luís Caetano propõe um poema na voz de quem o escreveu.

A Vida Breve
Eunice de Souza

A Vida Breve

Play Episode Listen Later May 30, 2025 4:21


Em cada dia, Luís Caetano propõe um poema na voz de quem o escreveu.

A Vida Breve
Calí Boreaz - Ainda sou muito nova para escrever este poema

A Vida Breve

Play Episode Listen Later May 29, 2025 6:04


Em cada dia, Luís Caetano propõe um poema na voz de quem o escreveu.

A Vida Breve
Vitorino Nemésio

A Vida Breve

Play Episode Listen Later May 28, 2025 3:53


Em cada dia, Luís Caetano propõe um poema na voz de quem o escreveu.

Avenida Brasil
Avenida Brasil di martedì 27/05/2025

Avenida Brasil

Play Episode Listen Later May 27, 2025 59:51


A cura di Monica Paes - Playlist: Sigla: Av. Brasil (M. Lima/Antonio Cicero), Marina Lima, Todas, 1985 poi 1. Copacabana (Braguinha/Alberto Ribeiro), Nana Caymmi, Chora Brasileira, 1985 2. Levantados do chão (Milton Nascimento/Chico Buarque - composta per il cd che accompagnava il libro TERRA di Sebastião Salgado), Milton Nascimento, Nascimento, 1997 (Grammy Award come miglior album di world music nel 1998) 3. Gamboa, Luedji Luna, Um mar pra cada um, 2025 4. Um Baiana (Caetano Veloso), Caetano Veloso, CAE - BTH. Caetano e Bethânia ao vivo, 2025 5. Negue (Adelino Moreira/Enzo De Almeida Passos), Maria Bethânia, CAE - BTH. Caetano e Bethânia ao vivo, 2025 6. Cajuina (Caetano Veloso), CAE - BTH. Caetano e Bethânia ao vivo, 2025 7. Mayonga, Liniker, Caju, 2024 8. Plenamente acordado, Joaquim, Varanda dos palpites, 2025 9. Disciplina, Joaquim, Varanda dos palpites, 2025 10. Dias que são assim (João e Francisco Bosco), João Bosco, Boca cheia de frutas, 2024 11. Maria sem vergonha, Vanessa da Mata, Todas elas, 2025 12. Samba pra Martinho (Francis Hime/Geraldo Carneiro/Olivia Hime), Francis Hime feat. Simone, Não navego pra chegar, 2025 13. Céu da boca, Castelo Branco feat. Tori, 1D10 (ao vivo no estudio) 2025 14. Adeus, Amélia, Joyce Moreno, singolo, 2025

A Vida Breve
Herberto Helder

A Vida Breve

Play Episode Listen Later May 27, 2025 5:33


Em cada dia, Luís Caetano propõe um poema na voz de quem o escreveu.

A Vida Breve
Mohammed El-Kurd - É por isto que dançamos

A Vida Breve

Play Episode Listen Later May 26, 2025 8:34


Em cada dia, Luís Caetano propõe um poema na voz de quem o escreveu.

Palestras e Estudos do Ceasa
Conhecimento do princípio das coisas - 23.05.2025 - Antonio Caetano

Palestras e Estudos do Ceasa

Play Episode Listen Later May 24, 2025 27:18


Palestra do Livro dos Espíritos do CEASA - Centro Espírita Abel Sebastião de Almeida - Rio de Janeiro - Brasil

A Vida Breve
Jorge de Sena - Missa Solene de Beethoven

A Vida Breve

Play Episode Listen Later May 23, 2025 4:39


Em cada dia, Luís Caetano propõe um poema na voz de quem o escreveu.

A Vida Breve
José Jorge Letria - Para que tu, Liberdade

A Vida Breve

Play Episode Listen Later May 22, 2025 3:54


Em cada dia, Luís Caetano propõe um poema na voz de quem o escreveu.

VendaMais
O seu cliente compra mal! Aprenda a guiá-lo para decisões melhores com Raul e Marcelo

VendaMais

Play Episode Listen Later May 22, 2025 36:57


Você já parou para pensar que muitos clientes compram mal — e que isso é (também) responsabilidade da sua empresa?Neste episódio, Raul Candeloro e Marcelo Caetano destrincham um dos pontos mais negligenciados em estratégias comerciais: a forma como os clientes decidem suas compras — e como isso pode estar sabotando suas vendas.

A Vida Breve
Ana Marques Gastão - O mel de Hildegarda

A Vida Breve

Play Episode Listen Later May 21, 2025 3:30


Em cada dia, Luís Caetano propõe um poema na voz de quem o escreveu.

A Vida Breve
Mário Cesariny

A Vida Breve

Play Episode Listen Later May 20, 2025 3:51


Em cada dia, Luís Caetano propõe um poema na voz de quem o escreveu.

Bola Laranja
Podcast #257 - Prévia das finais de conferência

Bola Laranja

Play Episode Listen Later May 19, 2025 67:03


Chegou a hora de definir os finalistas da NBA 2024/25!As finais de conferência começam nesta terça-feira, 20, com Oklahoma City Thunder e Minnesota Timberwolves se enfrentando, em Oklahoma, pelo jogo 1 das finais da conferência Oeste. Dono da melhor campanha geral da temporada regular, com 68 vitórias, o Thunder chega para confirmar o favoritismo contra o ótimo time do Wolves. Vai dar a lógica?Já na quarta-feira, New York Knicks e Indiana Pacers iniciam a série no Madison Square Garden para definir o campeão da conferência Leste. Terceiro e quarto colocados, respectivamente, na fase de classificação, o duelo sugere equilíbrio. O confronto irá até o jogo 7?André Fantato e Fábio Caetano hoje conversam sobre tudo o que envolve ambas as finais em mais um episódio do Podcast do Bola Laranja. Não perca!Thunder nos playoffs: Grizzlies (4-0) e Nuggets (4-3)Wolves nos playoffs: Lakers (4-1) e Warriors (4-1)Knicks nos playoffs: Pistons (4-2) e Celtics (4-2)Pacers nos playoffs: Bucks (4-1) e Cavaliers (4-1)Seja bem-vindo ao canal do Bola Laranja!⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Siga o Bola Laranja no Instagram!⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠SEJA MEMBRO DO BOLA LARANJA NO YOUTUBE⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Os melhores produtos Nike estão no Bola Laranja Store!⁠⁠⁠⁠⁠O melhor conteúdo da NBA você encontra aqui!Dica: That Peter Crouch Film (2023), de Benjamin Hirsch0:00 Contagem0:32 Introdução1:39 Curta, compartilhe e se inscreva no BL2:01 Impressões iniciais3:50 Surpresas nas finais5:06 Sete campeões diferentes em sete anos11:22 Boas-vindas à audiência12:24 DEN 93 @ 125 OKC (3-4) (18/05/2025)17:22 Denver Nuggets21:05 Prévia: Thunder x Wolves35:50 Palpites: Thunder x Wolves38:22 Transmissão da ESPN38:57 BOS 81 @ 119 NYK (2-4) (16/05/2025)42:47 Boston Celtics48:42 Prévia: Knicks x Pacers1:01:05 Seja membro do Bola Laranja1:03:06 BL Store1:03:25 Palpites: Knicks x Pacers1:05:09 Dica1:06:10 Tchau

A Vida Breve
Antonio Cicero

A Vida Breve

Play Episode Listen Later May 19, 2025 3:32


Em cada dia, Luís Caetano propõe um poema na voz de quem o escreveu.

da ideia à luz
Criação Ep#178 - 25/03/2025 - Renato Navarro e a criação da trilha sonora de “Fim de Festa: Um Mergulho Para Remixar a Realidade”

da ideia à luz

Play Episode Listen Later May 19, 2025 138:01


Renato Navarro é compositor, sound designer e pesquisador das sonoridades da cena. Como engenheiro de som, iniciou seus trabalhos em estúdio em 2002 na produtora A Voz do Brasil de Zé Rodrix, e desde então gravou artistas como Sá & Guarabyra, Arrigo Barnabé, Toninho Ferragutti, Walmir Gil, Coletivo Negro e Melvin Santhana. Como compositor e produtor musical, compôs trilhas sonoras para séries do Canal Brasil produzidas por Luiz Carlos Lacerda, e para cinema, incluindo o filme Virgens (vencedor do prêmio de melhor curta-metragem do festival LABRFF de Los Angeles) e Alfredo Não Gosta de Despedidas (vencedor do prêmio Suzy Capó do 26º Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade). No teatro, realizou trabalhos como compositor e sound designer para as companhias Sutil Cia. de Teatro, Teatro de Narradores, Desvio Coletivo, Coletivo Pi, Cia. de Teatro Heliópolis (Prêmio Shell na categoria Música para “Cárcere ou Porque as Mulheres Viram Búfalos”), Cia. da Não Ficção e Cia. Teatro do Fim do Mundo, além de trabalhos com Isabel Tica Lemos, Eugênio Lima, Fernando Neves, Dagoberto Feliz, Cia Oito Nova Dança e Janaina Leite. Integra o Teatro da Pombagira desde 2015 como compositor e sound designer dos espetáculos, performances e videoartes do coletivo “Anatomia do Fauno” (2015), “Demønios” (2018), “Sombra” (2018), “Narciso” (2018), “A Fome da Carne” (2018), “Pele Digital” (2019), “Máquina” (2022) e “Viver É Urgente” (2022). Realizou como performer e criador a performance urbana “Est[ação] Marielle” (2018), nas linhas do metrô de São Paulo, e a perfomance “BOLObolo....” (2019), apresentada no 4º Ampliterra Festival de Performances, em São Paulo. Como docente, trabalhou na SP Escola de Teatro como formador do curso regular de Sonoplastia e técnico de áudio do estúdio de som (2015-18); coordenou três cursos de trilha sonora e áudio em Cabo Verde (2014), o curso de trilha sonora para cinema do projeto Cine Tragédia da Oficina Cultural Metropolitana em São Paulo (2016), o curso de trilha sonora para mídias digitais no Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes (2018) e duas oficinas de Artes Cênicas na Universidade Federal de São João de-Rei (2019 e 2023); e elaborou o plano do Curso de Formação Inicial e Continuada (FIC) de Operador de Gravação e Edição de Áudio da Fundação das Artes São Caetano do Sul (2022). É mestre em Artes Cênicas pela ECA/USP com a pesquisa “[CE]NA ESCUTA[DA]: Poéticas e aspectos políticos do uso de fones de ouvido na cena contemporânea”; formado técnico de áudio pelo IAV (2010) e sonoplasta pela SP Escola de Teatro (2012).@‌_renatonavarroRelease do trabalhoDois homens acordam no dia seguinte a uma festa de despedida, mas tudo está em ruínas e fora do lugar. Híbrido de espetáculo performativo e obra instalativa sensorial que ativa o corpo do espectador por meio da escuta e o convida a mergulhar em si, compreender o outro e reposicionar-se no mundo a partir da experiência de estar dentro do acontecimento cênico.Ficha TécnicaConcepção e direção geral: Fabiana MonsalúDramaturgia: Camila DamascenoAtuação: Hercules Morais e Magno ArgoloDesenho de som binaural e música original: Renato NavarroAssistência de direção e dramaturgia: Beatriz BelintaniPoética do espaço: Marisa BentivegnaIluminação: Junior DociniViolino: Magno ArgoloFotografia: Hugo FazAssessoria de Imprensa: Nossa Senhora da PautaProdução: Corpo RastreadoRealização: CompanhiaDaNãoFicção@companhiadanaoficcao

Radio Sociedade da Bahia
Balanço Geral: Entrevista com prefeito de Camaçari, Luiz Caetano

Radio Sociedade da Bahia

Play Episode Listen Later May 19, 2025 37:28


A Vida Breve
Raquel Patriarca - De passagem

A Vida Breve

Play Episode Listen Later May 16, 2025 2:55


Em cada dia, Luís Caetano propõe um poema na voz de quem o escreveu.

Venganzas del Pasado
La venganza será terrible del 14/05/2025

Venganzas del Pasado

Play Episode Listen Later May 15, 2025


La Venganza Será Terrible: todo el año festejando los 40 años Estudios AM 750 Alejandro Dolina, Patricio Barton, Gillespi Introducción • Entrada0:01:26 Segmento Inicial • Verdadero o falso sobre animales marinos*0:13:15 *Con la participación del erudito, Marcelo Gillespi • ..bueno, tan machos no serán0:30:55 • Oyentes Segmento Dispositivo • El cónclave0:53:18 • "La Canción del Pobre Juan" ♫ (Franck Pourcel) La Goualante du pauvre Jean; Marguerite Monnot/Rene Rouzaud. Segmento Humorístico • Diez cosas a las que me aferro y ya tendría que soltar • Esa ramera vieja..1:14:12 Sordo Gancé / Manuel Moreira • Presentación • "La Fulana" ♫ (Alberto Mastra/Luis Caruso) Con Permiso • "Aquarela" ♫ (Guido Morra/Maurizio Fabrizio/Toquinho/Vinícius) • "For No One" ♫ (The Beatles) Caetano • "How High the Moon" ♫ (Nancy Hamilton/Morgan Lewis) • "El Cumbanchero" ♫ (Rafael 'El Jibarito' Hernández)

A Vida Breve
Alexandre O'Neill - O Quotidiano Não

A Vida Breve

Play Episode Listen Later May 15, 2025 3:46


Em cada dia, Luís Caetano propõe um poema na voz de quem o escreveu.

En Perspectiva
Entrevista Gerardo Caetano - Historiador y politólogo

En Perspectiva

Play Episode Listen Later May 14, 2025 47:35


El fallecimiento de José Mujica, ocurrido este martes, marca el cierre de un ciclo histórico que trasciende largamente a la política uruguaya. Para ayudarnos a comprender qué representó y representa hoy su figura para la historia nacional y cuál es su legado político, conversamos En Perspectiva con el politólogo e historiador Gerardo Caetano. Exguerrillero tupamaro, encarcelado antes del golpe de estado y después rehén de la dictadura durante 12 años, emergió a partir de la vuelta de la democracia como un referente ineludible de la política nacional. Llegó al Parlamento en 1995, después de ser electo diputado. Cinco años más tarde accedió al Senado y en el período siguiente fue ministro mientras construía un liderazgo que en 2015 lo convertiría en Presidente de la Republica. Porque la política no es un negocio. La política es una pasión que se tiene o no se tiene. Acá no venimos por lo que vamos a ganar o por lo que nos van a dar. Venimos porque estamos convencidos del punto de vista social. ¿Por qué? Porque el homo sapiens es un animal político. No puede vivir en soledad. Es su característica antropológica. No deja se ser individuo, pero necesita la existencia de la sociedad. Eso genera conflictos y ese es el papel, amortiguar los conflictos, que tienen la política”. Amante del trabajo de la tierra, un “campesino” ilustrado, como se definía él mismo, Mujica fue bastante más que un presidente y un símbolo del Frente Amplio: fue una figura política y social de primera línea de las últimas tres décadas, que alcanzó, además, dimensiones globales. Arrastrado por ese impulso, el profesor Yamandú Orsi fue electo presidente en los comicios del año pasado mientras su sector, el Movimiento de Participación Popular (MPP), se consolidaba como la fuerza preponderante del Frente Amplio, donde ya era la fuerza más votada desde 2004.

A Vida Breve
Wilson Alves-Bezerra - O Poeta Palestino

A Vida Breve

Play Episode Listen Later May 14, 2025 5:18


Em cada dia, Luís Caetano propõe um poema na voz de quem o escreveu.

A Vida Breve
Luís Filipe Castro Mendes - Um obscuro oboé de bruma na noite...

A Vida Breve

Play Episode Listen Later May 13, 2025 4:19


Em cada dia, Luís Caetano propõe um poema na voz de quem o escreveu.

451 MHz
#137 Palavras, palavras, palavras – Caetano W. Galindo e Marcos Bagno

451 MHz

Play Episode Listen Later May 9, 2025 61:22


Maio é o mês da língua portuguesa e, para comemorar, o 451 MHz apresenta uma conversa entre Caetano W. Galindo e Marcos Bagno: dois autores que compartilham a paixão pelo nosso idioma na escrita, tradução e estudo da língua. Eles discutem as origens, o presente e futuro do português, principalmente da variante brasileira, e ainda falam de como o preconceito linguístico é uma expressão do racismo em nossa sociedade. O encontro aconteceu durante A Feira do Livro 2024 e foi mediado pela professora e escritora Luana Chnaiderman.   O episódio foi realizado com apoio da Lei Rouanet – Incentivo a Projetos Culturais. Seja um Ouvinte Entusiasta e apoie o 451 MHz: https://bit.ly/Assine451  

Trip FM
O homem que ousou dirigir Gilberto Gil

Trip FM

Play Episode Listen Later May 9, 2025


Rafael Dragaud fala sobre arte com propósito, bastidores da TV, parcerias com Regina Casé, Paulo Gustavo e o desafio de dirigir turnê do Gil Rafael Dragaud é o diretor artístico da turnê Tempo Rei, a última da carreira de Gilberto Gil. No Trip FM, ele fala sobre o processo de criação do espetáculo e sobre o Brasil, esse país que “está eternamente acabando e renascendo" – ideia inspirada por uma conversa com o próprio Gil, que já foi sogro de Rafael durante seu casamento com Preta Gil. Com uma carreira que passa pela criação de programas de televisão, filmes e shows, Dragaud construiu uma trajetória que mistura cultura popular, reflexão política e transformação social. Roteirista de mais de dez longas, como Cinco Vezes Favela e Minha Mãe é uma Peça, ele dirigiu shows marcantes como Ivete no Maracanã, Ivete, Gil e Caetano e Batalha do Passinho. Fundador da Central Única das Favelas (Cufa) e vencedor de dois Grammys, o carioca de 53 anos também deixou sua marca na TV Globo com projetos como Falas Negras, Falas da Terra, Linha Direta e Amor & Sexo. Na conversa com Paulo Lima, o diretor artístico também reflete sobre a importância de um audiovisual com propósito – capaz de tocar, emocionar e mover estruturas. “As questões ligadas à desigualdade no Brasil passaram a me guiar. Como homem branco e hétero, entendi que, em projetos que abordassem esses temas, meu papel era apoiar e aprender com lutas que não são minhas, sem necessariamente ter a palavra final neles. Isso se tornou uma ética no meu processo criativo." O programa fica disponível no play aqui em cima e no Spotify. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/05/681e62a4b0445/rafael-dragaud-produtor-artisticos-globo-gilberto-gil-trip-fm-mh.jpg; CREDITS=Arquivo pessoal; LEGEND=Rafael Dragaud é o diretor artístico da turnê Tempo Rei, a última da carreira de Gilberto Gil.; ALT_TEXT=Rafael Dragaud é o diretor artístico da turnê Tempo Rei, a última da carreira de Gilberto Gil.] Você fala do Gilberto Gil com uma admiração muito especial. O que ele representa pra você? Rafael Dragaud. A verdade é que o Gil tem um quê de inexplicável, que é fascinante. É lógico que ele sintetiza o Brasil, é lógico que ele expande o Brasil. O Gil é um Brasil e o que o Brasil poderia ser — e o que o Brasil é. É um negócio muito louco. Ele é um orixá, mas também tem uma coisa católica... Junta todas as cosmogonias: é indígena, é africano, é brasileiro — e é muito ele. Ele é uma aula constante. Eu tô muito mergulhado nisso, inclusive, em estar o mais aberto possível pra essa aula. Pra mim, não é um trabalho fazer isso. Você deixou a Globo depois de 30 anos. O que te levou a fazer essa mudança? Eu tive uma fase muito profissional, industrial, foram 30 anos de TV Globo. E eu resolvi, ao sair da Globo, abraçar a artesania. Não tive assistente de direção nesse trabalho com o Gil, por exemplo. Eu escolhi cada foto, li cada livro, ouvi cada disco de novo. Mergulhei num processo totalmente artesanal. Claro que não abri mão do meu profissionalismo, porque ele tá em mim. Mas abracei um jeito mais artesanal de trabalhar. Fiquei um ano dedicado a isso. Essa mudança de processo também tem a ver com uma escuta mais atenta ao outro? Totalmente. Essas questões ligadas à desigualdade, à raça — que no Brasil são muito próximas — me direcionaram. E eu, como homem branco, hétero, estava apoiando e aprendendo sobre causas que não são as minhas. Em projetos assim, eu necessariamente não devo ser o protagonista, nem ter a palavra final. Isso combinou com a minha ética de processo. Porque, acima de tudo, por mais que eu seja vaidoso e egóico como muita gente, eu escuto mais do que a média. Eu escuto. Por fim, como você vê o Brasil hoje? O Brasil não tem futuro — e tem o maior futuro de todos. Ele está eternamente acabando e renascendo. A gente faz parte desse movimento o tempo todo. Se você olhar pra trás, esse padrão está lá. É que o Brasil está morrendo e renascendo desde que foi inventado. O Gil tem uma imagem linda: ele fala que o estado que ele busca é o do passarinho que pousa no tronco que desce o rio — ele está parado num movimento. É isso.

Trip FM
O Homem que ousou dirigir Gilberto Gil

Trip FM

Play Episode Listen Later May 9, 2025


Rafael Dragaud fala sobre arte com propósito, bastidores da TV, parcerias com Regina Casé, Paulo Gustavo e o desafio de dirigir turnê do Gil Rafael Dragaud é o diretor artístico da turnê Tempo Rei, a última da carreira de Gilberto Gil. No Trip FM, ele fala sobre o processo de criação do espetáculo e sobre o Brasil, esse país que “está eternamente acabando e renascendo" – ideia inspirada por uma conversa com o próprio Gil, que já foi sogro de Rafael durante seu casamento com Preta Gil. Com uma carreira que passa pela criação de programas de televisão, filmes e shows, Dragaud construiu uma trajetória que mistura cultura popular, reflexão política e transformação social. Roteirista de mais de dez longas, como Cinco Vezes Favela e Minha Mãe é uma Peça, ele dirigiu shows marcantes como Ivete no Maracanã, Ivete, Gil e Caetano e Batalha do Passinho. Fundador da Central Única das Favelas (Cufa) e vencedor de dois Grammys, o carioca de 53 anos também deixou sua marca na TV Globo com projetos como Falas Negras, Falas da Terra, Linha Direta e Amor & Sexo. Na conversa com Paulo Lima, o diretor artístico também reflete sobre a importância de um audiovisual com propósito – capaz de tocar, emocionar e mover estruturas. “As questões ligadas à desigualdade no Brasil passaram a me guiar. Como homem branco e hétero, entendi que, em projetos que abordassem esses temas, meu papel era apoiar e aprender com lutas que não são minhas, sem necessariamente ter a palavra final neles. Isso se tornou uma ética no meu processo criativo." O programa fica disponível no play aqui em cima e no Spotify. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/05/681e62a4b0445/rafael-dragaud-produtor-artisticos-globo-gilberto-gil-trip-fm-mh.jpg; CREDITS=Arquivo pessoal; LEGEND=Rafael Dragaud é o diretor artístico da turnê Tempo Rei, a última da carreira de Gilberto Gil.; ALT_TEXT=Rafael Dragaud é o diretor artístico da turnê Tempo Rei, a última da carreira de Gilberto Gil.] Você fala do Gilberto Gil com uma admiração muito especial. O que ele representa pra você? Rafael Dragaud. A verdade é que o Gil tem um quê de inexplicável, que é fascinante. É lógico que ele sintetiza o Brasil, é lógico que ele expande o Brasil. O Gil é um Brasil e o que o Brasil poderia ser — e o que o Brasil é. É um negócio muito louco. Ele é um orixá, mas também tem uma coisa católica... Junta todas as cosmogonias: é indígena, é africano, é brasileiro — e é muito ele. Ele é uma aula constante. Eu tô muito mergulhado nisso, inclusive, em estar o mais aberto possível pra essa aula. Pra mim, não é um trabalho fazer isso. Você deixou a Globo depois de 30 anos. O que te levou a fazer essa mudança? Eu tive uma fase muito profissional, industrial, foram 30 anos de TV Globo. E eu resolvi, ao sair da Globo, abraçar a artesania. Não tive assistente de direção nesse trabalho com o Gil, por exemplo. Eu escolhi cada foto, li cada livro, ouvi cada disco de novo. Mergulhei num processo totalmente artesanal. Claro que não abri mão do meu profissionalismo, porque ele tá em mim. Mas abracei um jeito mais artesanal de trabalhar. Fiquei um ano dedicado a isso. Essa mudança de processo também tem a ver com uma escuta mais atenta ao outro? Totalmente. Essas questões ligadas à desigualdade, à raça — que no Brasil são muito próximas — me direcionaram. E eu, como homem branco, hétero, estava apoiando e aprendendo sobre causas que não são as minhas. Em projetos assim, eu necessariamente não devo ser o protagonista, nem ter a palavra final. Isso combinou com a minha ética de processo. Porque, acima de tudo, por mais que eu seja vaidoso e egóico como muita gente, eu escuto mais do que a média. Eu escuto. Por fim, como você vê o Brasil hoje? O Brasil não tem futuro — e tem o maior futuro de todos. Ele está eternamente acabando e renascendo. A gente faz parte desse movimento o tempo todo. Se você olhar pra trás, esse padrão está lá. É que o Brasil está morrendo e renascendo desde que foi inventado. O Gil tem uma imagem linda: ele fala que o estado que ele busca é o do passarinho que pousa no tronco que desce o rio — ele está parado num movimento. É isso.

Brazuca Sounds
BONUS EP. (Fafá de Belém - Emoriô/Naturalmente)

Brazuca Sounds

Play Episode Listen Later May 6, 2025 2:59


Salve! This is a bonus episode for Brazuca Sounds ⁠paid subscribers⁠!Every episode is a different song. This is the song today:"Emoriô" and "Naturalemente" by Fafá de BelémToday we're celebrating the first compacto (single) released in 1975 by singer Fafá de Belém. "Emoriô" was written by João Donato with lyrics by Gilberto Gil, and its Afro-Brazilian arrangements, heavy percussion, and repetitive chorus elevated 19-year-old Fafá into a Brazilian star. The B-side, "Naturalmente", written by Donato with lyrics by Caetano Veloso, is no less impressive, with its carimbó rhythm, and putting a spotlight for the first time on the North sounds of Brazil, especially the state of Pará, where the singer was from. Caetano's lyrics are "a veritable linguistic playground", almost a catalog of Amazonian terminology, and I recommend checking out the full translation with our friends at Translationsmith.

Pânico
Roger Moreira: Ultaje a Rigor

Pânico

Play Episode Listen Later May 6, 2025 124:35


O convidado do programa Pânico dessa terça-feira (06) é Roger Moreira: Ultaje a Rigor.Roger Rocha Moreira é formado em Língua inglesa pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos e frequentou o Conservatório Dramático e Musical, o Conservatório Musical Brooklin Paulista, o Clam e a Fundação das Artes de São Caetano do Sul. Com habilidade em guitarra e a flauta, Roger morou nos EUA e afirmou que aprendeu a ler sozinho, aos três anos de idade, que era um bom aluno e que os colegas o excluíam do convívio.Tem medo de viajar de avião e para seus deslocamentos, recorre do auxílio do ônibus. Torcedor do São Paulo Futebol Clube, Roger gosta de tocar em seus shows o hino do time em versão rock'n'roll.Trabalhou com o Ultraje a Rigor no programa Agora É Tarde, apresentado por Danilo Gentili, na Band. Com a ida de Gentili para o SBT no final de 2013, a banda acompanhou o elenco do "The Noite".Redes Sociais:Instagram: https://www.instagram.com/roxmo

Ciné Tempo
Année du Brésil (2/3) : Caetano Veloso, cinéphile et compositeur

Ciné Tempo

Play Episode Listen Later May 3, 2025 59:20


durée : 00:59:20 - Année du Brésil (2/3) : Caetano Veloso, cinéphile et compositeur - par : Thierry Jousse - Pour ce deuxième Ciné Tempo brésilien, nous suivons les aventures cinématographiques et musicales d'un grand musicien et chanteur brésilien, Caetano Veloso qu'on retrouvera, notamment, chez Pedro Almodovar, Wong Kar-wai ou Carlos Diegues…

Cuando los elefantes sueñan con la música
Cuando los elefantes sueñan con la música - Cumpleaños de Vinicius Cantuária - 29/04/25

Cuando los elefantes sueñan con la música

Play Episode Listen Later Apr 29, 2025 58:59


Hoy, 29 de abril, cumple años Vinicius Cantuária, baterista, guitarrista, cantante y compositor brasileño, que trabajó para Caetano Veloso, Gilberto Gil y Chico Buarque antes de emprender su propia carrera. Lo celebramos con discos como 'Sol na cara' de 1996 ('Sem pisar no chão' canción suya y de Caetano, 'O nome dela' suya y de Arto Lindsay, 'Ludo real' suya y de Chico Buarque); como 'Tucumã' de 1999 ('Amor brasileiro' -con Bill Frisell y Joey Baron-, 'Vivo isolado do mundo' de Alcides Dias Lopes -con Arto Lindsay-, 'Jóia' de Caetano Veloso -con Naná Vasconcelos y Sean Lennon-); como 'Vinicius' del año 2001 ('Agua rasa' -con Caetano-, 'Rio' -con David Byrne-, 'Quase choro' -con Brad Mehldau'-, 'Ela é carioca de Jobim'); como 'Indio de apartamento' del 2012 ('Moça feia' -con Ryuichi Sakamoto-, 'Quem sou eu' -con Norah Jones-, 'This time' -con Jesse Harris-. Además, Caetano canta 'Lua e estrela', de Cantuária, en el disco de 1981 'Outras palavras'.Escuchar audio

Brazuca Sounds
Brazuca Sounds #77 - A Trip to Brazil in 100 Songs

Brazuca Sounds

Play Episode Listen Later Mar 27, 2025 55:18


In episode #77, we shared 25 songs explicitly talking about Brazilian places in their lyrics, from worldwide famous Corcovado and Copacabana in Rio de Janeiro, to its neighborhoods, favelas, and birth to samba. We traveled to São Paulo with Caetano, Os Mutantes, and the mango opus album released by César Camargo Maria & Cia. Then we go to Minas Gerais with Milton Nascimento and his Clube da Equina's associates, and we finish the first part of our journey in Brazil's capital Brasília. Follow our playlist 'A Trip to Brazil' on Spotify. Follow our playlist Brazuca Sounds Soundtrack on Spotify.

SBS Portuguese - SBS em Português
Zai Pereira e Márcio Mendes dão roupagem jazzística a Caetano e Djavan em Perth

SBS Portuguese - SBS em Português

Play Episode Listen Later Mar 21, 2025 7:14


Os músicos Zai Pereira e Márcio Mendes apresenta o show 'The music of Caetano Veloso e Djavan' no Ellington Jazz Club em Perth.

SBS Portuguese - SBS em Português
Programa ao vivo | Quarta-feira 19 de março

SBS Portuguese - SBS em Português

Play Episode Listen Later Mar 19, 2025 40:15


O programa que foi ao ar hoje: A geóloga brasileira Jaqueline Lopes Diniz recebeu uma bolsa de estudos para Doutorado em geologia da Fundação Forrest de Pesquisa no valor de A$430 mil. Músico brasileiro Zai Pereira tem novo show em Perth, chamado "A música de Djavan e Caetano". Adriano Gustavo Leonardi Thiem, de 48 anos, viajava em um navio de cruzeiro de luxo quando foi preso pela polícia federal australiana e acusado de tentar contrabandear 10 quilos de cocaína avaliada em A$3 milhões para Sydney.

Trip FM
Regina Casé, 71 e acelerando!

Trip FM

Play Episode Listen Later Mar 14, 2025


A atriz e apresentadora fala sobre família, religião, casamento e conta pra qual de seus tantos amigos ligaria de uma ilha deserta Regina Casé bem que tentou não comemorar seu aniversário de 71 anos, celebrado no dia 25 de fevereiro. Mas o que seria um açaí com pôr do sol na varanda do Hotel Arpoador se transformou em um samba que só terminou às 11 horas da noite em respeito à lei do silêncio. "Eu não ia fazer nada, nada, nada mesmo. Mas é meio impossível, porque todo mundo fala: vou passar aí, vou te dar um beijo", contou em um papo com Paulo Lima. A atriz e apresentadora tem esse talento extraordinário pra reunir as pessoas mais interessantes à sua volta. E isso vale para seu círculo de amigos, que inclui personalidades ilustres como Caetano Veloso e Fernanda Torres, e também para os projetos que inventa na televisão, no teatro e no cinema.  Inventar tanta coisa nova é uma vocação que ela herdou do pai e do avô, pioneiros no rádio e na televisão, mas também uma necessidade. “Nunca consegui pensar individualmente, e isso até hoje me atrapalha. Mas, ao mesmo tempo, eu tive que ser tão autoral. Eu não ia ser a mocinha na novela, então inventei um mundo para mim. Quase tudo que fiz fui eu que tive a ideia, juntei um grupo, a gente escreveu junto”, afirma. No teatro, ao lado de artistas como o diretor Hamilton Vaz Pereira e os atores Luiz Fernando Guimarães e Patrícia Travassos, ela inventou o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, que revolucionou a cena carioca nos anos 1970. Na televisão, fez programas como TV Pirata, Programa Legal e Brasil Legal. "Aquilo tudo não existia, mas eu tive que primeiro inventar para poder me jogar ali”, conta. LEIA TAMBÉM: Em 1999, Regina Casé estampou as Páginas Negras da Trip De volta aos cinemas brasileiros no fim de março com Dona Lurdes: O Filme, produção inspirada em sua personagem na novela Amor de Mãe (2019), Regina bateu um papo com Paulo Lima no Trip FM. Na conversa, ela fala do orgulho de ter vindo de uma família que, com poucos recursos e sem faculdade, foi pioneira em profissões que ainda nem tinham nome, do título de “brega” que recebeu quando sua originalidade ainda não era compreendida pelas colunas sociais, de sua relação com a religião, da dificuldade de ficar sozinha – afinal, “a sua maior qualidade é sempre o seu maior defeito” –, do casamento de 28 anos com o cineasta Estêvão Ciavatta, das intempéries e milagres que experimentou e de tudo o que leva consigo. “Eu acho que você tem que ir pegando da vida, que nem a Dona Darlene do Eu Tu Eles, que ficou com os três maridos”, afirma. “A vida vai passando e você vai guardando as coisas que foram boas e tentando se livrar das ruins”. Uma das figuras mais admiradas e admiráveis do país, ela ainda revela para quem ligaria de uma ilha deserta e mostra o presente de aniversário que ganhou da amiga Fernanda Montenegro. Você pode conferir esse papo a seguir ou ouvir no Spotify do Trip FM.  [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d446165a3ce/header-regina-interna.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Trip. Além de atriz, você é apresentadora, humorista, escritora, pensadora, criadora, diretora… Acho que tem a ver com uma certa modernidade que você carrega, essa coisa de transitar por 57 planetas diferentes. Como é que você se apresentaria se tivesse que preencher aquelas fichas antigas de hotel? Regina Casé. Até hoje ponho atriz em qualquer coisa que tenho que preencher, porque acho a palavra bonita. E é como eu, vamos dizer, vim ao mundo. As outras coisas todas vieram depois. Mesmo quando eu estava há muito tempo sem atuar, eu era primeiramente uma atriz. E até hoje me sinto uma atriz que apresenta programas, uma atriz que dirige, uma atriz que escreve, mas uma atriz. Você falou numa entrevista que, se for ver, você continua fazendo o mesmo trabalho. De alguma maneira, o programa Brasil Legal, a Val de "Que Horas Ela Volta", o grupo de teatro "Asdrúbal Trouxe o Trombone" ou agora esse programa humorístico tem a mesma essência, um eixo que une tudo isso. Encontrei entrevistas e vídeos maravilhosos seus, um lá no Asdrúbal, todo mundo com cara de quem acabou de sair da praia, falando umas coisas muito descontraídas e até mais, digamos assim, sóbrias. E tem um Roda Viva seu incrível, de 1998. Eu morro de pena, porque também o teatro que a gente fazia, a linguagem que a gente usava no Asdrúbal, era tão nova que não conseguiu ser decodificada naquela época. Porque deveria estar sendo propagada pela internet, só que não havia internet. A gente não tem registros, não filmava, só fotografava. Comprava filme, máquina, pagava pro irmão do amigo fazer aquilo no quarto de serviço da casa dele, pequenininho, com uma luz vermelha. Só que ele não tinha grana, então comprava pouco fixador, pouco revelador, e dali a meses aquilo estava apagado. Então, os documentos que a gente tem no Asdrúbal são péssimos. Fico vendo as pouquíssimas coisas guardadas e que foram para o YouTube, como essa entrevista do Roda Viva. Acho que não passa quatro dias sem que alguém me mande um corte. "Ah, você viu isso? Adorei!". Ontem o DJ Zé Pedro me mandou um TED que eu fiz, talvez o primeiro. E eu pensei: "Puxa, eu falei isso, que ótimo, concordo com tudo". Quanta coisa já mudou no Brasil, isso é anterior a tudo, dois mil e pouquinho. E eu fiquei encantada com o Roda Viva, eu era tão novinha. Acho que não mudei nada. Quando penso em mim com cinco anos de idade, andando com a minha avó na rua, a maneira como eu olhava as pessoas, como eu olhava o mundo, é muito semelhante, se não igual, a hoje em dia.  [VIDEO=https://www.youtube.com/embed/rLoqGPGmVdo; CREDITS=; LEGEND=Em 1998, aos 34 anos, Regina Casé foi entrevistada pelo programa Roda Viva, da TV Cultura; IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49b0ede6d3/1057x749x960x540x52x40/screen-shot-2025-03-14-at-180926.png] O Boni, que foi entrevistado recentemente no Trip FM, fala sobre seu pai em seu último livro, “Lado B do Boni”, como uma das pessoas que compuseram o que ele é, uma figura que teve uma relevância muito grande, inclusive na TV Globo. Conta um pouco quem foi o seu pai, Regina. Acho que não há Wikipedia que possa resgatar o tamanho do meu pai e do meu avô. Meu avô é pioneiríssimo do rádio, teve um dos primeiros programas de rádio, se não o primeiro. Ele nasceu em Belo Jardim, uma cidadezinha do agreste pernambucano, do sertão mesmo. E era brabo, criativo demais, inteligente demais, e, talvez por isso tudo, impaciente demais, não aguentava esperar ninguém terminar uma frase. Ele veio daquele clássico, com uma mão na frente e outra atrás, sem nada, e trabalhou na estiva, dormiu na rua até começar a carregar rádios. Só que, nos anos 20, 30, rádios eram um armário de madeira bem grandão. Daí o cara viu que ele era esperto e botou ele para instalar os rádios na casa das pessoas. Quando meu avô descobriu que ninguém sabia sintonizar, que era difícil, ele aprendeu. E aí ele deixava os rádios em consignação, botava um paninho com um vasinho em cima, sintonizado, funcionando. Quando ele ia buscar uma semana depois, qualquer um comprava. Aí ele disparou como vendedor dos rádios desse cara que comprava na gringa e começou a ficar meio sócio do negócio. [QUOTE=1218] Mas a programação toda era gringa, em outras línguas. Ele ficava fascinado, mas não entendia nada do que estava rolando ali. Nessa ele descobriu que tinha que botar um conteúdo ali dentro, porque aquele da gringa não estava suprindo a necessidade. Olha como é parecido com a internet hoje em dia. E aí ele foi sozinho, aquele nordestino, bateu na Philips e falou que queria comprar ondas curtas, não sei que ondas, e comprou. Aí ele ia na farmácia Granado e falava: "Se eu fizer um reclame do seu sabão, você me dá um dinheiro para pagar o pianista?". Sabe quem foram os dois primeiros contratados dele? O contrarregra era o Noel Rosa, e a única cantora que ele botou de exclusividade era a Carmen Miranda. Foram os primeiros empregos de carteira assinada. E aí o programa cresceu. Começava de manhã, tipo programa do Silvio, e ia até de noite. Chamava Programa Casé.  E o seu pai? Meu avô viveu aquela era de ouro do rádio. Quando sentiu que o negócio estava ficando estranho, ele, um cara com pouquíssimos recursos de educação formal, pegou meu pai e falou: "vai para os Estados Unidos porque o negócio agora vai ser televisão". Ele fez um curso, incipiente, para entender do que se tratava. Voltou e montou o primeiro programa de televisão feito aqui no Rio de Janeiro, Noite de Gala. Então, tem uma coisa de pioneirismo tanto no rádio quanto na televisão. E meu pai sempre teve um interesse gigante na educação, como eu. Esse interesse veio de onde? Uma das coisas que constituem o DNA de tudo o que fiz, dos meus programas, é a educação. Um Pé de Quê, no Futura, o Brasil Legal e o Programa Legal, na TV Globo… Eu sou uma professora, fico tentando viver as duas coisas juntas. O meu pai tinha isso porque esse meu avô Casé era casado com a Graziela Casé, uma professora muito, mas muito idealista, vocacionada e apaixonada. Ela trabalhou com Anísio Teixeira, Cecília Meireles, fizeram a primeira biblioteca infantil. Meu pai fez o Sítio do Picapau Amarelo acho que querendo honrar essa professora, a mãe dele. Quando eu era menina, as pessoas vinham de uma situação rural trabalhar como domésticas, e quase todas, se não todas, eram analfabetas. A minha avó as ensinava a ler e escrever. Ela dizia: "Se você conhece uma pessoa que não sabe ler e escrever e não ensina para ela, é um crime". Eu ficava até apavorada, porque ela falava muito duramente. Eu acho que sou feita desse pessoal. Tenho muito orgulho de ter vindo de uma família que, sem recursos, sem universidade, foi pioneira na cidade, no país e em suas respectivas... Não digo “profissões” porque ainda nem existiam suas profissões. Eu tento honrar.  [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49d1e03df5/header-regina-interna6.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Em 1999, a atriz e apresentadora estampou as Páginas Negras da Trip; ALT_TEXT=] Você tem uma postura de liderança muito forte. Além de ter preparo e talento, você tem uma vocação para aglutinar, juntar a galera, fazer time. Por outro lado, tem essa coisa da atriz, que é diferente, talvez um pouco mais para dentro. Você funciona melhor sozinha ou como uma espécie de capitã, técnica e jogadora do time? Eu nasci atriz dentro de um grupo. E o Asdrúbal trouxe o Trombone não era só um grupo. Apesar do Hamilton Vaz Pereira ter sido sempre um autor e um diretor, a gente criava coletivamente, escrevia coletivamente, improvisava. Nunca consegui pensar individualmente, e isso até hoje é uma coisa que me atrapalha. Todo mundo fala: "escreve um livro". Eu tenho vontade, mas falo que para escrever um livro preciso de umas 10 pessoas de público, todo mundo junto. Sou tão grupal que é difícil. Ao mesmo tempo, eu tive que ser muito autoral. Eu, Tu, Eles foi a primeira vez que alguém me tirou para dançar. Antes eu fiz participações em muitos filmes, mas foi a primeira protagonista. Quase tudo que fiz fui eu que tive a ideia, juntei um grupo, a gente escreveu junto. Então, eu sempre inventei um mundo para mim. No teatro eu não achava lugar para mim, então tive que inventar um, que era o Asdrúbal. Quando eu era novinha e fui para a televisão, eu não ia ser a mocinha na novela. Então fiz a TV Pirata, o Programa Legal, o Brasil Legal. Aquilo tudo não existia na televisão, mas eu tive que primeiro inventar para poder me jogar ali. Eu sempre me acostumei não a mandar, mas a ter total confiança de me jogar.  E nos trabalhos de atriz, como é? No Asdrúbal eu me lembro que uma vez eu virei umas três noites fazendo roupa de foca, que era de pelúcia, e entupia o gabinete na máquina. Eu distribuía filipeta, colava cartaz, pregava cenário na parede. Tudo, todo mundo fazia tudo. É difícil quando eu vou para uma novela e não posso falar que aquele figurino não tem a ver com a minha personagem, que essa casa está muito chique para ela ou acho que aqui no texto, se eu falasse mais normalzão, ia ficar mais legal. Mas eu aprendi. Porque também tem autores e autores. Eu fiz três novelas com papéis de maior relevância. Cambalacho, em que fiz a Tina Pepper, um personagem coadjuvante que ganhou a novela. Foi ao ar em 1986 e até hoje tem gente botando a dancinha e a música no YouTube, cantando. Isso também, tá vendo? É pré-internet e recebo cortes toda hora, porque aquilo já tinha cara de internet. Depois a Dona Lurdes, de Amor de Mãe, e a Zoé, de Todas as Flores. Uma é uma menina preta da periferia de São Paulo. A outra uma mulher nordestina do sertão, com cinco filhos. A terceira é uma truqueira carioca rica que morava na Barra. São três universos, mas as três foram muito fortes. Tenho muito orgulho dessas novelas. Mas quando comecei, pensei: "Gente, como é que vai ser?". Não é o meu programa. Não posso falar que a edição está lenta, que devia apertar. O começo foi difícil, mas depois que peguei a manha de ser funcionária, fazer o meu e saber que não vou ligar para o cenário, para o figurino, para a comida e não sei o quê, falei: "Isso aqui, perto de fazer um programa como o Esquenta ou o Programa Legal, é como férias no Havaí".  Você é do tipo que não aguenta ficar sozinha ou você gosta da sua companhia? Essa é uma coisa que venho perseguindo há alguns anos. Ainda estou assim: sozinha, sabendo que, se quiser, tem alguém ali. Mas ainda apanho muito para ficar sozinha porque, justamente, a sua maior qualidade é sempre o seu maior defeito. Fui criada assim, em uma família que eram três filhas, uma mãe e uma tia. Cinco mulheres num apartamento relativamente pequeno, um banheiro, então uma está escovando os dentes, outra está fazendo xixi, outra está tomando banho, todas no mesmo horário para ir para a escola. Então é muito difícil para mim ficar sozinha, mas tenho buscado muito. Quando falam "você pode fazer um pedido", eu peço para ter mais paciência e para aprender a ficar sozinha.  Você contou agora há pouco que fazia figurinos lá no Asdrúbal e também já vi você falando que sempre aparecia na lista das mais mal vestidas do Brasil. Como é ser julgada permanentemente? Agora já melhorou, mas esse é um aspecto que aparece mais porque existe uma lista de “mais mal vestidas". Se existisse lista para outras transgressões, eu estaria em todas elas. Não só porque sou transgressora, mas porque há uma demanda que eu seja. Quando não sou, o pessoal até estranha. Eu sempre gostei muito de moda, mais que isso, de me expressar através das roupas. E isso saía muito do padrão, principalmente na televisão, do blazer salmão, do nude, da unha com misturinha, do cabelo com escova. Volta e meia vinha, nos primórdios das redes sociais: "Ela não tem dinheiro para fazer uma escova naquele cabelo?". "Não tem ninguém para botar uma roupa normal nela?".  [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49c62141c1/header-regina-interna4.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Regina Casé falou à Trip em 1999, quando estampou as Páginas Negras; ALT_TEXT=] Antes da internet, existiam muitas colunas sociais em jornal. Tinha um jornalista no O Globo que me detonava uma semana sim e outra não. Eu nunca vou me esquecer. Ele falava de uma bolsa que eu tinha da Vivienne Westwood, que inclusive juntei muito para poder comprar. Eu era apaixonada por ela, que além de tudo era uma ativista, uma mulher importantíssima na gênese do Sex Pistols e do movimento punk. Ele falava o tempo todo: "Estava não sei onde e veio a Regina com aquela bolsa horrorosa que comprou no Saara". O Saara no Rio corresponde à 25 de março em São Paulo, e são lugares que sempre frequentei, que amo e que compro bolsas também. Eu usava muito torço no cabelo, e ele escrevia: "Lá vem a lavadeira do Abaeté". Mais uma vez, não só sendo preconceituoso, mas achando que estava me xingando de alguma coisa que eu acharia ruim. Eu pensava: nossa, que maravilha, estou parecendo uma lavadeira do Abaeté e não alguém com um blazer salmão, com uma blusa bege, uma bolsa arrumadinha de marca. Pra mim era elogio, mas era chato, porque cria um estigma. E aí um monte de gente, muito burra, vai no rodo e fala: "Ela é cafona, ela é horrorosa". Por isso que acho que fiquei muito tempo nessas listas.  O filme “Ainda Estou Aqui” está sendo um alento para o Brasil, uma coisa bem gostosa de ver, uma obra iluminada. A Fernanda Torres virou uma espécie de embaixadora do Brasil, falando de uma forma muito legal sobre o país, sobre a cultura. Imagino que pra você, que vivenciou essa época no Rio de Janeiro, seja ainda mais especial. Eu vivi aquela época toda e o filme, mesmo sem mostrar a tortura e as barbaridades que aconteceram, reproduz a angústia. Na parte em que as coisas não estão explicitadas, você só percebe que algo está acontecendo, e a angústia que vem dali. Mesmo depois, quando alguma coisa concreta aconteceu, você não sabe exatamente do que está com medo, o que pode acontecer a qualquer momento, porque tudo era tão aleatório, sem justificativa, ninguém era processado, julgado e preso. O filme reproduz essa sensação, mesmo para quem não viveu. É maravilhoso, maravilhoso.  [QUOTE=1219] Não vou dizer que por sorte porque ele tem todos os méritos, mas o filme caiu num momento em que a gente estava muito sofrido culturalmente. Nós, artistas, tínhamos virado bandidos, pessoas que se aproveitam. Eu nunca usei a lei Rouanet, ainda que ache ela muito boa, mas passou-se a usar isso quase como um xingamento, de uma maneira horrível. E todos os artistas muito desrespeitados, inclusive a própria Fernanda, Fernandona, a pessoa que a gente mais tem que respeitar na cultura do país. O filme veio não como uma revanche. Ele veio doce, suave e brilhantemente cuidar dessa ferida. Na equipe tenho muitos amigos, praticamente família, o Walter, a Nanda, a Fernanda. Sou tão amiga da Fernanda quanto da Nanda, sou meio mãe da Nanda, mas sou meio filha da Fernanda, sou meio irmã da Nanda e também da Fernanda. É bem misturado, e convivo muito com as duas. Por acaso, recebi ontem um presente e um cartão de aniversário da Fernandona que é muito impressionante. Tão bonitinho, acho que ela não vai ficar brava se eu mostrar para vocês. O que o cartão diz? Ela diz assim: "Regina, querida, primeiro: meu útero sabe que a Nanda já está com esse Oscar”. Adorei essa frase. "Segundo, estou trabalhando demais, está me esgotando. Teria uma leitura de 14 trechos magníficos, de acadêmicos, que estou preparando essa apresentação para a abertura da Academia [Brasileira de Letras], que está em recesso. O esgotamento acho que é por conta dos quase 100 anos que tenho". Imagina... Com esse trabalho todo. Aí ela faz um desenho lindo de flores com o coração: "Regina da nossa vida, feliz aniversário, feliz sempre da Fernanda". E me manda uma toalhinha bordada lindíssima com um PS: "Fernando [Torres] e eu compramos essa toalhinha de mão no Nordeste numa das temporadas de nossa vida pelo Brasil afora. Aliás, nós comprávamos muito lembranças como essa. Essa que eu lhe envio está até manchadinha, mas ela está feliz porque está indo para a pessoa certa. Está manchadinha porque está guardadinha faz muitos anos". Olha que coisa. Como é que essa mulher com quase 100 anos, com a filha indicada ao Oscar, trabalhando desse jeito, decorando 14 textos, tem tempo de ser tão amorosa, gentil, generosa e me fazer chorar? Não existe. Ela é maravilhosa demais. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49b9f0f548/header-regina-interna3.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Eu queria te ouvir sobre outro assunto. Há alguns anos a menopausa era um tema absolutamente proibido. As mulheres se sentiam mal, os homens, então, saíam correndo. Os médicos não falavam, as famílias não falavam. E é engraçado essa coisa do pêndulo. De repente vira uma onda, artistas falando, saem dezenas de livros sobre o assunto. Como foi para você? Você acha que estamos melhorando na maneira de lidar com as nossas questões enquanto humanidade? É bem complexo. Tem aspectos que acho que estão melhorando muito. Qualquer família que tinha uma pessoa com deficiência antigamente escondia essa pessoa, ela era quase trancada num quarto, onde nem as visitas da casa iam. E hoje em dia todas essas pessoas estão expostas, inclusive ao preconceito e ao sofrimento, mas estão na vida, na rua. Há um tempo não só não podia ter um casal gay casado como não existia nem a expressão "casal gay", porque as pessoas no máximo tinham um caso escondido com outra pessoa. Então em muitos aspectos a gente avançou bastante. Não sei se é porque agora estou ficando bem mais velha, mas acho que esse assunto do etarismo está chegando ainda de uma maneira muito nichada. Se você for assistir a esse meu primeiro TED, eu falo que a gente não pode pegar e repetir, macaquear as coisas dos Estados Unidos. Essa ideia de grupo de apoio. Sinto que essa coisa da menopausa, do etarismo, fica muito de mulher para mulher, um grupo de mulheres daquela idade. Mas não acho que isso faz um garoto de 16 anos entender que eu, uma mulher de 70 anos, posso gostar de basquete, de funk, de sambar, de namorar, de dançar. Isso tudo fica numa bolha bem impermeável. E não acho que a comunicação está indo para outros lados. É mais você, minha amiga, que também está sentindo calores. [QUOTE=1220] Tem uma coisa americana que inventaram que é muito chata. Por exemplo, a terceira idade. Aí vai ter um baile, um monte de velhinhos e velhinhas dançando todos juntos. Claro que é melhor do que ficar em casa deprimido, mas é chato. Acho que essa festa tem que ter todo mundo. Tem que ter os gays, as crianças, todo mundo nessa mesma pista com um DJ bom, com uma batucada boa. Senão você vai numa festa e todas as pessoas são idênticas. Você vai em um restaurante e tem um aquário onde põem as crianças dentro de um vidro enquanto você come. Mas a criança tem que estar na mesa ouvindo o que você está falando, comendo um troço que ela não come normalmente. O menu kids é uma aberração. Os meus filhos comem tudo, qualquer coisa que estiver na mesa, do jeito que for. Mas é tudo separado. Essa coisa de imitar americano, entendeu? Então, acho que essa coisa da menopausa está um pouco ali. Tem que abrir para a gente conversar, tem que falar sobre menopausa com o MC Cabelinho. Eu passei meio batida, porque, por sorte, não tive sintomas físicos mais fortes. Senti um pouco mais de calor, mas como aqui é tão calor e eu sou tão agitada, eu nunca soube que aquilo era específico da menopausa.  Vou mudar um pouco de assunto porque não dá para deixar de falar sobre isso. Uma das melhores entrevistas do Trip FM no ano passado foi com seu marido, o cineasta Estêvão Ciavatta. Ele contou do acidente num passeio a cavalo que o deixou paralisado do pescoço para baixo e com chances de não voltar a andar. E fez uma declaração muito forte sobre o que você representou nessa recuperação surpreendente dele. A expressão "estamos juntos" virou meio banal, mas, de fato, você estava junto ali. Voltando a falar do etarismo, o Estêvão foi muito corajoso de casar com uma mulher que era quase 15 anos mais velha, totalmente estabelecida profissionalmente, conhecida em qualquer lugar, que tinha sido casada com um cara maravilhoso, o Luiz Zerbini, que tinha uma filha, uma roda de amigos muito grande, um símbolo muito sólido, tudo isso. Ele propôs casar comigo, na igreja, com 45 anos. Eu, hippie, do Asdrúbal e tudo, levei um susto, nunca pensei que eu casar. O que aconteceu? Eu levei esse compromisso muito a sério, e não é o compromisso de ficar com a pessoa na saúde, na doença, na alegria, na tristeza. É também, mas é o compromisso de, bom, vamos entrar nessa? Então eu vou aprender como faz isso, como é esse amor, como é essa pessoa, eu vou aprender a te amar do jeito que você é. Acho que o pessoal casa meio de brincadeira, mas eu casei a sério mesmo, e estamos casados há 28 anos. Então, quando aconteceu aquilo, eu falei: ué, a gente resolveu ficar junto e viver o que a vida trouxesse pra gente, então vamos embora. O que der disso, vamos arrumar um jeito, mas estamos juntos. E acho que teve uma coisa que me ajudou muito. O quê? Aqui em casa é tipo pátio dos milagres. Teve isso que aconteceu com o Estêvão, e também a gente ter encontrado o Roque no momento que encontrou [seu filho caçula, hoje com 11 anos, foi adotado pelo casal quando bebê]. A vida que a gente tem hoje é inacreditável. Parece realmente que levou oito anos, o tempo que demorou para encontrar o filho da gente, porque estava perdido em algum lugar, igual a Dona Lurdes, de Amor de Mãe. Essa é a sensação. E a Benedita, quando nasceu, quase morreu, e eu também. Ela teve Apgar [escala que avalia os recém-nascidos] zero, praticamente morreu e viveu. Nasceu superforte, ouvinte, gorda, forte, cabeluda, mas eu tive um descolamento de placenta, e com isso ela aspirou líquido. Ela ficou surda porque a entupiram de garamicina, um antibiótico autotóxico. Foi na melhor das intenções, pra evitar uma pneumonia pelo líquido que tinha aspirado, mas ninguém conhecia muito, eram os primórdios da UTI Neonatal. O que foi para a gente uma tragédia, porque ela nasceu bem. Só que ali aprendi um negócio que ajudou muito nessa história do Estêvão: a lidar com médico. E aprendi a não aceitar os "não". Então quando o cara dizia "você tem que reformar a sua casa, tira a banheira e bota só o chuveiro largo para poder entrar a cadeira de rodas", eu falava: "Como eu vou saber se ele vai ficar pra sempre na cadeira de rodas?".  [QUOTE=1221] Quando a Benedita fala "oi, tudo bem?", ela tem um leve sotaque, anasalado e grave, porque ela só tem os graves, não tem nem médio, nem agudo. Mas ela fala, canta, já ganhou concurso de karaokê. Quando alguém vê a audiometria da Benedita, a perda dela é tão severa, tão profunda, que falam: "Esse exame não é dessa pessoa". É o caso do Estêvão. Quando olham a lesão medular dele e veem ele andando de bicicleta com o Roque, falam: "Não é possível". Por isso eu digo que aqui em casa é o pátio dos milagres. A gente desconfia de tudo que é “não”. É claro que existem coisas que são limitações estruturais, e não adianta a gente querer que seja de outro jeito, mas ajuda muito duvidar e ir avançando a cada "não" até que ele realmente seja intransponível. No caso do Estêvão, acho que ele ficou feliz porque teve perto por perto não só uma onça cuidando e amando, mas uma onça que já tinha entendido isso. Porque se a gente tivesse se acomodado a cada “não”, talvez ele não estivesse do jeito que está hoje. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49af631476/header-regina-interna2.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Eu já vi você falar que essa coisa da onça é um pouco fruto do machismo, que você teve que virar braba para se colocar no meio de grupos que eram majoritariamente de homens, numa época que esse papo do machismo era bem menos entendido. Isso acabou forjando o seu jeito de ser? Com certeza. Eu queria ser homem. Achava que tudo seria mais fácil, melhor. Achava maravilhoso até a minha filha ser mulher. Fiquei assustadíssima. Falei: "Não vou ser capaz, não vou acertar". Aí botei a Benedita no futebol, foi artilheira e tudo, e fui cercando com uma ideia nem feminista, nem machista, mas de que o masculino ia ser melhor pra ela, mais fácil. Mas aí aprendi com a Benedita não só a amar as mulheres, mas a me amar como mulher, grávida, dando de mamar, criando outra mulher, me relacionando com amigas, com outras mulheres. Isso tudo veio depois da Benedita. Mas se você falar "antigamente o machismo"... Vou te dizer uma coisa. Se eu estou no carro e falo para o motorista “é ali, eu já vim aqui, você pode dobrar à direita”, ele pergunta assim: “Seu Estêvão, você sabe onde é para dobrar?”. Aí eu falo: “Vem cá, você quer que compre um pau para dizer pra você para dobrar à direita? Vou ter que botar toda vez que eu sentar aqui? Porque não é possível, estou te dizendo que eu já vim ali”. É muito impressionante, porque não é em grandes discussões, é o tempo todo. É porque a gente não repara, sabe? Quer dizer, eu reparo, você que é homem talvez não repare. Nesses momentos mais difíceis, na hora de lidar com os problemas de saúde da Benedita ou com o acidente punk do Estêvão, o que você acha que te ajudou mais: os anos de terapia ou o Terreiro de Gantois, casa de Candomblé que você frequenta em Salvador? As duas coisas, porque a minha terapia também foi muito aberta. E não só o Gantois como o Sacré-Coeur de Marie. Eu tenho uma formação católica. Outro dia eu ri muito porque a Mãe Menininha se declarava católica em sua biografia, e perguntaram: "E o Candomblé"? Ela falava: “Candomblé é outra coisa”. E eu vejo mais ou menos assim. Não é que são duas religiões, eu não posso pegar e jogar a criança junto com a água da bacia. É claro que eu tenho todas as críticas que você quiser à Igreja Católica, mas eu fui criada por essa avó Graziela, que era professora, uma mulher genial, e tão católica que, te juro, ela conversava com Nossa Senhora como eu estou conversando com você. Quando ela recebia uma graça muito grande, ligava para mim e para minhas irmãs e falava: "Venham aqui, porque eu recebi uma graça tão grande que preciso de vocês para agradecer comigo, sozinha não vou dar conta." Estudei em colégio de freiras a minha vida inteira, zero trauma de me sentir reprimida, me dava bem, gosto do universo, da igreja. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49cbe34551/header-regina-interna5.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Em 1999, Regina Casé foi a entrevistada das Páginas Negras da Trip; ALT_TEXT=] Aí eu tenho um encontro com o Candomblé, lindíssimo, através da Mãe Menininha. Essa história é maravilhosa. O Caetano [Veloso] disse: "Mãe Menininha quer que você vá lá". Eu fiquei apavorada, porque achei que ela ia fazer uma revelação, tinha medo que fosse um vaticínio... Até que tomei coragem e fui. Cheguei lá com o olho arregalado, entrei no quarto, aquela coisa maravilhosa, aquela presença.. Aí eu pedi a benção e perguntei o que ela queria. Ela falou: "Nada não, queria conhecer a Tina Pepper". Então, não só o Gantuar, o Candomblé como um todo, só me trouxe coisas boas e acolhida. A minha relação com a Bahia vem desde os 12 anos de idade, depois eu acabei recebendo até a cidadania de tamanha paixão e dedicação. É incrível porque eu nunca procurei. No episódio da Benedita, no dia seguinte já recebi de várias pessoas orientações do que eu devia fazer. No episódio do Estêvão também, não só do Gantuar, mas da [Maria] Bethânia, e falavam: "Olha, você tem que fazer isso, você tem que cuidar daquilo". Então, como é que eu vou negar isso? Porque isso tudo está aqui dentro. Então, acho que você tem que ir pegando da vida, que nem a Dona Darlene do “Eu Tu Eles”, que ficou com os três maridos. A vida vai passando por você e você vai guardando as coisas que foram boas e tentando se livrar das ruins. A gente sabe que você tem uma rede de amizades absurda, é muito íntima de meio mundo. Eu queria brincar daquela história de te deixar sozinha numa ilha, sem internet, com todos os confortos, livros, música. Você pode ligar à vontade para os seus filhos, pro seu marido, mas só tem uma pessoa de fora do seu círculo familiar para quem você pode ligar duas vezes por semana. Quem seria o escolhido para você manter contato com a civilização? É curioso que meus grandes amigos não têm celular. Hermano [Vianna] não fala no celular, Caetano só fala por e-mail, é uma loucura, não é nem WhatsApp. Acho que escolheria o Caetano, porque numa ilha você precisa de um farol. Tenho outros faróis, mas o Caetano foi, durante toda a minha vida, o meu farol mais alto, meu norte. E acho que não suportaria ficar sem falar com ele. 

Brazuca Sounds
BONUS EP. (Tom Zé - Jimi Renda-se)

Brazuca Sounds

Play Episode Listen Later Mar 6, 2025 2:12


Bonus episodes are exclusively for paid subscribers. Unlock now at patreon.com/brazucasoundsReleased in Tom Zé's sophomore album in 1970, the song is an avalanche of Tropicalia elements, blending together psychedelia, rock, and orchestral arrangements that are seemingly weird. The lyrics are a mixture of invented English and Portuguese, with the citation of counter-culture figures like Caetano, Gal Costa, Bob Dylan, Janis Joplin, and Jimi Hendrix, whose name is a play of words with the song's title. Access the Translatiosmith for a complete translation and lyrical analysis. "Jimmy Renda-se" was never a hit in the 1970s, but gained cult status over the years, and is now and ultimately was included in the soundtrack of Oscar-winner movie "Ainda Estou Aqui" in a pivotal car scene.

Endörfina com Michel Bögli
#400 Iara Caetano

Endörfina com Michel Bögli

Play Episode Listen Later Feb 20, 2025 85:30


Ela nasceu há 22 anos em uma pequena cidade no interior de Minas Gerais. Filha de uma família de trabalhadores do campo, cresceu ao lado do irmão gêmeo e de um irmão mais velho, vivendo uma infância típica entre a escola, o trabalho na roça e os momentos em que montava a cavalo. Em 2015, o diagnóstico de leucemia do irmão mais velho abalou a família. Seu pai, que havia sido ciclista amador, fez então uma promessa: assim que o filho estivesse curado, pedalaria 400 km até a praia Costa Dourada, em Mucuri, na Bahia. Com isso, ele voltou a treinar e, assim que o irmão foi liberado pelos médicos, este se juntou ao pai. Logo o outro irmão passou a pedalar com o propósito de incentivá-lo, e ela, algum tempo depois, aproveitou o embalo para seguir o mesmo caminho. Seguindo os passos dos irmãos, começou no downhill e, algum tempo depois, migrou para o XCO. O que começou como uma brincadeira e diversão em família ganhou um ar mais sério após sua primeira competição. O quinto lugar a deixou surpresa e animada e, já na segunda competição, melhor preparada, veio a primeira vitória. Esse foi o início de uma trajetória de sucesso no mountain bike. Nos primeiros anos, acumulou pódios em provas locais, dividindo seu tempo entre treinos, trabalho e estudos, enquanto lapidava seu potencial e construía os alicerces de sua carreira esportiva. Em 2022, com resultados cada vez mais expressivos, tomou uma decisão que mudaria sua vida: dedicar-se integralmente ao ciclismo. Desde então, passou a competir no mais alto nível, conquistando títulos que a colocaram no topo do esporte. Ela é bicampeã brasileira e pan-americana de XCE, bicampeã mineira de XCO. Em sua estreia em solo europeu, conquistou um segundo lugar na Série Continental Europeia de XCE. No ano passado, conquistou um quinto lugar na etapa francesa da Copa do Mundo e foi vice-campeã na etapa realizada no Brasil, além de títulos na CIMTB e a vitória em duas etapas da Internacional Estrada Real. Sua paixão e dedicação ao esporte vão além das competições. Em sua cidade natal, ela, ao lado dos irmãos, promove o ciclismo entre crianças e adolescentes. Com projetos que incluem a construção da primeira pista de treino da região, pedais guiados e palestras motivacionais, ela inspira novos talentos e reforça a importância do esporte como ferramenta de transformação social. Conosco aqui, a estudante de Educação Física e jovem ciclista profissional que é um exemplo de coragem, persistência e paixão pelo mountain bike. Uma jovem determinada a conquistar o mundo com sua bicicleta e que, mesmo com tantas vitórias, mantém os pés no chão, fiel às suas origens e com um coração generoso. Uma mulher que sabe valorizar cada conquista, a frei-inocenciana Iara Caetano Leite. Inspire-se! Um oferecimento @oakleybr SIGA e COMPARTILHE o Endörfina através do seu app preferido de podcasts. Contribua também com este projeto através do Apoia.se.