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Faltando um pedaço +Començar de novo — Lucas González — Lemb3anças Elegidas: Um Tributo Íntimo à Música BrasileiraFalar de Ti — Manuel García, Lenine — Falar de TiAzul (with Rodrigo Amarante) — Natalia Lafourcade, Rodrigo Amarante — Mujer Divina - Homenaje a Agustín LaraLo Sensible Se Renueva — Karel García — Hambre De QuimerasEl Corazón al Sur — Encarna Anillo, Martirio — El Corazón al SurVuelvo Al Sur — Caetano Veloso — Fina EstampaSur o No Sur — Kevin Johansen, León Gieco — Sur o No SurL'envie de valser — Kimberose, Sofiane Pamart — OutCome Wander With Me — Lula Pena — Archivo PittorescoFix It — Lady Blackbird — Black Acid SoulI'll Tell You Something — Gabi Hartmann — Always Seem to Get Things Wrongcuídate — Valeria Castro — chiquitaWaltz for Debby — Niño Josele — PazEscuchar audio
Muitas músicas embalaram os comícios das Diretas Já, movimento que eclodiu no Brasil em 1984. Neste Curta Musical você vai relembrar alguns desses "hinos" - como a canção Inútil, da banda Ultraje a Rigor - além de composições de Chico Buarque, Caetano Veloso e, é claro, Milton Nascimento, com a música Coração de Estudante, o maior de todos os hinos das Diretas Já, que toca ao final do programa.
En este mes de julio hubiera cumplido 98 años. Recordamos a Henri Salvador con canciones de sus discos 'Chambre avec vue' ('Chambre avec vue', 'J´ai vu', 'Aime-moi', 'Mademoiselle', 'Vagabond', 'Le fou de la reine' -a dúo con Françoise Hardy-) y 'Révèrence' ('Cherche la rose' -dúo con Caetano Veloso-, 'Les amours qu´on délaisse'). Y recuperamos el último disco de Pat Metheny', 'Moondial', que el guitarrista publicó en julio del año pasado, con piezas propias como 'Shôga' o 'Moondial' y grabaciones en solitario de 'My love and I', de David Raksin y Johnny Mercer', 'Here, there and everywhere', de Lennon y McCartney, o 'Angel eyes' de Matt Dennis y Earl Brent'.Escuchar audio
Dediquem tot un programa a la música de Brasil a través dels fills de Caetano Veloso, començant per Moreno Veloso i també els seus germans Tom i Zeca. Sempre amb la presència de son pare però també com la generació dels fills ha influit en la música del propi Caetano.
El disco 'Caetano e Bethânia ao vivo' recoge el espectáculo que los dos hermanos, María Bethânia y Caetano Veloso, han llevado por las principales ciudades de Brasil con canciones como 'Alegria, alegria', 'Os mais doces dos bárbaros', 'Gente', 'Oração ao tempo', 'Motriz/Não identificado', 'A tua presença', 'Milagre do povo', 'O leãozinho', 'Você não me ensinou a te esquecer', 'Você é linda', 'As cançoes que você fez pra mim', 'Negue', 'Baby', 'Vaca profana', 'Um baiana' y 'O quereres'.Escuchar audio
Anexos al abecé de la música de Brasil en forma de compilaciones. Intervienen: Gilberto Gil, Joâo Nogueira, Jorge Ben, Tamba Trio, César Camargo Mariano, Joâo Bosco, Gaviôes da Fiel, Carmen Miranda, Jackson do Pandeiro, Chico Buarque, Caetano Veloso, Marijo, Joâo Bosco, Elis Regina y Jorge Ben.Escuchar audio
En películas de Pedro Almodóvar suenan canciones como 'Ne me quitte pas' en la grabación de la cantante brasileña Maysa Matarzazzo ('La ley del deseo'), 'Tonada de luna llena' por Caetano Veloso ('La flor de mi secreto') y 'Cucurrucucú paloma' también por Caetano ('Hable con ella'), 'Por toda minha vida' grabación de Elis Regina & Tom Jobim ('Hable con ella'), 'Raquel' del caboverdiano Baú ('Hable con ella') y 'Tajabone' del senegalés Ismaël Lò ('Todo sobre mi madre' ). Ryuichi Sakamoto con Everton Nelson y Jaques Morelenbaum tocando 'High heels' (de la película de Almodóvar 'Tacones lejanos'), 'The sheltering sky' (de la película de Bernardo Bertolucci 'El cielo protector') y 'Merry Xmas Mr.Lawrence' (de la película de Nagisa Oshima 'Feliz navidad Mr. Lawrence'). David Bowie canta con el Pat Metheny Group 'This is not America' en la película de John Schlessinger 'The falcon and the snowman' y el pianista Bill Evans toca en trío el tema de la película de Robert Altman M.A.S.H. Abre la orquesta de Maria Schneider ('Love theme from Spartacus' que Johnny Mandel escribió para la película de Kubrick 'Espartaco') y lo cierran el pianista Giovanni Ceccarelli, el bajista Ferruccio Spinetti y la cantante Chiara Civello ('Chanson de maxence' que Michel Legrand compuso para 'Les demoiselles de Rochefort').Escuchar audio
Anexos al abecé de la música popular de Brasil en forma de compilaciones. Intervienen: Marçal e Caetano Veloso, Cássia Eller, MPB 4 & Quarteto em Cy, Caetano Veloso, Rita Lee, Paulo Ricardo, Zizi Possi, Leo Gandelman, Verônica Sabino, Tunai, Rosa Maria y Os Mutantes.Escuchar audio
Anexos al abecé de la música popular de Brasil en forma de compilaciones. Intervienen: Joâo Nogueira e Coro SACI, Gal Costa, Caetano Veloso, Elis Regina, Joâo Bosco, Guinga, Chico Buarque, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Márcio Faraco, Orquestra de Cordas Brasileiras, Doris Monteiro, Paulo Sérgio Santos, Vander Lee y Paulinho da Viola.Escuchar audio
Pedro Luís é um cantor de multidões. À frente do Monobloco, ele arrasta milhares de pessoas há 25 anos. Mas ele diz que o nervosismo bate quando está apresentando seus trabalhos solos para plateias menores. Neste papo, Pedro vai falar sobre seu álbum mais recente, “E se tudo terminasse em amor?”. Um disco bonito de se ouvir e melhor ainda para ser objeto de reflexão, ainda mais em tempos de cólera. Falamos também sobre a grandeza de Chico César, da obra de Caetano Veloso, da importância do reggae e dos desgastes promovidos pela propagação do ódio nas redes sociais. Sim, redes sociais (e não digitais) como bem nos lembrou o presidente Lula, recentemente.
durée : 00:59:02 - La Série musicale - par : Zoé Sfez - Suite de notre portrait amoureux du chanteur, compositeur et guitariste Caetano Veloso. Dans cet épisode : son rapport aux langues, au cinéma et à la masculinité. - réalisation : Louise André, Colin Gruel
durée : 00:59:02 - La Série musicale - par : Zoé Sfez - Suite de notre portrait amoureux du chanteur, compositeur et guitariste Caetano Veloso. Dans cet épisode : son rapport aux langues, au cinéma et à la masculinité. - réalisation : Louise André, Colin Gruel
durée : 01:59:18 - 1975, année pléthorique (2/3) : Chansons, jazz et parfums brésiliens - par : Thierry Jousse - Deuxième traversée musicale de l'année 1975, avec des couleurs franco-brésiliennes et du jazz, où l'on croisera, par exemple, Jacques Dutronc, Dexter Gordon ou Caetano Veloso. Vous aimez ce podcast ? Pour écouter tous les autres épisodes sans limite, rendez-vous sur Radio France.
O autor e encenador Tiago Rodrigues estreou esta segunda-feira A Distância no Festival de Avignon. Entre a Terra e Marte, a peça fala do amor e da distância entre um pai e uma filha. Uma ficção científica íntima, com o coração sempre ligado, mesmo a anos-luz. Tiago Rodrigues transforma o futuro em palco para reflectir sobre herança, memória e esperança. Estamos em 2077. A Terra arde, afogada nas consequências da crise climática, e uma parte da humanidade fugiu para o planeta Marte. O que resiste, ainda, entre um pai que ficou e uma filha que partiu? Em A Distância, Tiago Rodrigues constrói uma ficção científica do íntimo, “uma miniatura perdida na imensidão do cosmos”, como se lê na sinopse, e como se escuta, em cada frase do encenador, também director do festival de teatro de Avignon. “Quis falar do futuro e da relação entre gerações. Quis perceber o que acontece a um amor, como o de um pai por uma filha, quando há uma distância. Não uma distância de quilómetros, mas uma longa, longa, longa, longa distância entre dois planetas”, diz Tiago Rodrigues. A peça, protagonizada por Adama Diop e Alison Dechamps, gira como dois corpos celestes em órbita: ora se encontram, ora se perdem. Tiago Rodrigues não esconde que a ideia tem raízes pessoais: “Emigrei para França há três anos, mas a minha filha continua os seus estudos em Portugal. Temos uma relação de amor à distância. Esta peça toca-me porque parte também dessa realidade”, partilha. No palco, a distância não é apenas física, é sobretudo uma questão de tempo, de memória, de esperança ameaçada. “A peça fala da transmissão. Que planeta vão herdar as próximas gerações? E o que é que isso faz ao amor, à ideia de esperança, à memória?”, questiona o autor. Há na peça um certo desespero sereno, um aceno à impotência, mas também uma vontade de escuta. “Julgo que hoje já começamos a ter uma geração de jovens que pensa que vai viver pior que os seus antepassados. Isso é novo, é tremendo. E o que é que isso faz à esperança? Talvez nos leve a esquecer tudo, a começar de novo em Marte. Não é a minha proposta para o futuro, mas é um cenário que já nos habita”, desenvolve. Se A Distância traça linhas ténues entre planetas, o Festival de Avignon, que Tiago Rodrigues dirige desde 2023, propõe outras ligações improváveis; entre línguas, estéticas, histórias e geografias. Este ano, o festival abriu com um gesto que é também um manifesto: Marlene Monteiro Freitas, cabo-verdiana, fez dançar no Palácio dos Papas, no mesmo dia em que se celebraram os 50 anos da independência de Cabo Verde. “É um gesto de risco, mas compensado por um espetáculo sublime. Pela primeira vez, uma cabo-verdiana abre o festival e acontece no dia em que se celebram os 50 anos da independência de Cabo Verde. Uma coincidência poética, histórica. Essa cabo-verdiana é convidada por um português que é o primeiro estrangeiro a dirigir o festival de Avignon”, explica Tiago Rodrigues. Nesta edição, a língua árabe é convidada como “língua mundo”. Uma escolha com peso político, feita num tempo em que tantas das geografias onde ela se fala vivem em exílio, guerra ou luto. “A razão principal para convidarmos a língua árabe é a sua riqueza e diversidade. Mas claro que sabemos que ela carrega também complexidades políticas. E queremos lidar com essas complexidades com aquilo que o festival faz melhor: criar espaços de escuta, de diálogo, de pensamento”, sublinha o seu director. Escutar, acolher, debater. Fazer do teatro um lugar de confronto e, sim, de utopia. Tiago acredita nisso. “Em Avinhão, a utopia é palpável. As pessoas não dizem que vêm ao festival. Dizem que fazem Avingon”, acrescenta. E fazem-no aos milhares: “Este ano temos números de público absolutamente record. Isso diz muito sobre a fome que temos de diversidade, de descoberta, de formas novas de pensar o mundo". No meio de tudo isto, A Distância estreia entre a Terra e Marte, entre o amor e o silêncio, entre o que se perdeu e o que insiste em permanecer. No centro deste palco político e poético, Tiago Rodrigues apresenta um teatro de ciência íntima, que escava o futuro para tentar escutar o presente. Durante a peça, há uma música que regressa, "Sonhos" de Caetano Veloso. É a favorita do pai e da filha e é por ela que se reconhecem, é com ela que se lembram. Como se, mesmo a anos-luz de distância, ainda existisse um lugar comum onde pousar o ouvido. “Parti da ideia de que a comunicação não se quebra, forma-se”, diz o encenador. E no seu teatro, mesmo quando a linha parece frágil, há sempre alguém do outro lado.
durée : 00:58:18 - La Série musicale - par : Zoé Sfez - Portrait amoureux du chanteur, compositeur et guitariste Caetano Veloso. Depuis 1968 et la naissance du tropicalisme, il ne cesse de se réinventer à l'image de son pays, le Brésil. - réalisation : Louise André, Colin Gruel
durée : 00:58:18 - La Série musicale - par : Zoé Sfez - Portrait amoureux du chanteur, compositeur et guitariste Caetano Veloso. Depuis 1968 et la naissance du tropicalisme, il ne cesse de se réinventer à l'image de son pays, le Brésil. - réalisation : Louise André, Colin Gruel
El 4 de julio de 1992 nos dejó un genio de la música del siglo XX: Astor Piazzolla. Escuchamos su música en grabaciones al frente de su Quinteto Nuevo Tango: 'Tanguedia', 'Milonga loca', 'Milonga del ángel', 'Michelangelo 70', 'Soledad', 'Sur: los sueños', 'Sur: regreso al amor', 'Libertango', 'Decarísimo' e 'Invierno porteño'. Y 'Vuelvo al sur', composición a la que puso letra el cieneasta Pino Solanas, en la voz de Roberto Goyeneche y también cantada por Caetano Veloso. Escuchar audio
durée : 00:56:44 - Certains l'aiment Fip - Figure du mouvement tropicaliste, le crooner brésilien entretient une relation forte avec le 7ème Art et a inspiré de nombreux cinéastes. Vous aimez ce podcast ? Pour écouter tous les autres épisodes sans limite, rendez-vous sur Radio France.
Canciones de Gilberto Gil grabadas por Tim Maia ('Aquele abraço'), Djavan ('Drão'), Emilio Santiago ('Amor até o fim'), Ângela Rô Rô & Antonio Adolfo ('Deixar você'), Elba Ramalho & Dominguinhos ('De onde vem o baião'), Leny Andrade ('Mar de Copacabana'), Gal Costa ('Se eu quiser falar com Deus'), Cassia Eller ('Oriente'), Caetano Veloso ('Super-homem. A canção'), Paulinho da Viola ('Felicidade vem depois'), Zizi Possi & Hélio Delmiro ('Copo vazio'), Leila Pinheiro & Oscar Castro-Neves ('Eu vim da Bahia'), Nana Caymmi ('Zabelê') y Sandra de Sá & Eduardo Dusek ('Realce').Escuchar audio
La guitarrista, compositora y cantante Badi Assad firma el disco 'Acústico' con obras suyas ya grabadas anteriormente como 'Ilha das flores' y 'Do silêncio veio o som' junto a canciones de Chico César ('À primeira vista'), Caetano Veloso ('Araçã azul') o Gilberto Gil ('Se eu quiser falar com Deus'). Del disco de Keith Jarrett, 'New Vienna', grabado durante un concierto de piano solo en 2016 en la capital austriaca, 'Part VIII', 'Part II' y 'Somewhere over the rainbow'. Y, en 'Gênesis', la grabación de un concierto de João Bosco y la Orquestra de Ouro Preto con clásicos de Bosco como 'O ronco da cuíca', 'Kid cavaquinho', 'O bêbado e a equilibrista' y 'Papel maché'. Despedida con Marcos Valle y Joyce Moreno compartiendo 'Valeu'. Escuchar audio
Anexos al abecé de la música popular de Brasil en forma de compilaciones. Intervienen: Neguinho da Beija Flor & Dominguinhos do Estácio, Roberto Silva & Caetano Veloso, Zeca Pagodinho & Sandra de Sá, Jorge Aragâo & Ivete Sangalo, Velha Guarda da Mangueira & Alcione, Beth Carvalho & Zélia Duncan, Velha Guarda da Portela & Waguinho, Noite Ilustrada & Cássia Eller, Arlindo Cruz & Sombrinha & Mart’nália, Martinho da Vila & Leila Pinheiro, Dudu Nobre & Joâo Bosco, Bebeto & Márcia Freire, Walter Alfaiate & Dorina y Dona Ivone Lara & Paula Toller.Escuchar audio
María Bethânia ha cumplido años el 18 de junio. La escuchamos cantando 'Explode coração', 'Reconvexo', 'Mel', 'É de manhã' -con Vinicius de Moraes y Toquinho-, 'Viramundo' -con Vinicius y Toquinho-, 'O que tinha de ser', 'Modinha', 'A felicidade', 'Tarde em Itapoã', 'Eu não existo sem você', 'Gente humilde', 'Detalhes', 'Emoçoes', 'As cançoes que você fez pra mim', 'Negue' y, de la reciente gira con su hermano Caetano Veloso, 'Os mais doces dos bárbaros'.Escuchar audio
Anexos al abecé de la música popular de Brasil en forma de compilaciones. Intervienen: Jair Rodrigues & Baby do Brasil, Velha Guarda da Portela & Leila Pinheiro, Noite Ilustrada & Márcia Freire, Beth Carvalho & Belô Veloso, Nei Lopes & Zélia Duncan, MPB-4 & Paulo Ricardo, Guilherme de Brito & Fagner, Roberto Silva & Fernanda Abreu, Luiz Melodia & Zizi Possi, Neguinho da Beija Flor & Dominguinhos do Estácio & Wander Pires & Rixxa, Caetano Veloso & Dona Ivone Lara y Lobâo & Elza Soares.Escuchar audio
Anexos al abecé de la música popular de Brasil en forma de compilaciones. Intervienen: Joel Nascimento, Waldir Azevedo, Roberto Szidon, Pixinguinha & Gente da Antiga, Severino Araújo & Orquestra Tabajara, Os Chorôes, Paulinho da Viola, Abel Ferreira, Joel Nascimento, Déo Rian, Waldir Azevedo, Zeca Pagodinho & Caetano Veloso, Elza Soares & Ney Matogrosso, Fundo de Quintal & Gabriel o Pensador y Timbalada & Lobâo.Escuchar audio
Aunque ya no están entre nosotros ni José Roberto Bertrami ni Ivan Conti 'Mamão', que fundaron el trío hace cinco décadas, el superviviente Alex Malheiros mantiene viva la llama de Azymuth con un nuevo disco titulado 'Marca passo'y piezas como 'Fantasy 82', 'Belenzinho', 'Marca tempo' o 'Last summer in Rio'. 'Cacofonia', segundo disco de Gabriel da Rosa, contiene canciones suyas como 'Pé patu pá', 'Seu João' y 'O pacto'. Del disco en concierto de Caetano Veloso y María Bethânia, 'Caetano e Bethânia ao vivo', la inédita 'Um baiana', 'As cançoes que você fez pra mim', 'Negue', 'O quereres', 'Fé', 'Reconvexo' y 'Filhos de Gandhi'.Escuchar audio
El 9 de junio de 1891 nació en una pequeña población del estado de Indiana uno de los mayores compositores de la historia de la música popular. Clásicos de Cole Porter en grabaciones de Stéphane Grappelli & Yehudi Menuhin ('I get a kick out of you'), Louis Armstrong ('Let´s do it'), Ella Fitzgerald ('Love for sale', I love Paris'), Frank Sinatra ('I´ve got you under my skin', 'Just one of those things'), Tony Bennett & Lady Gaga ('I concentrate on you'), João Gilberto ('You do something to me'), Bebel Gilberto ('Night and day'), Caetano Veloso ('So in love'), Melody Gardot ('Get out of town') y John Coltrane ('Everytime we say goodbye').Escuchar audio
Recién editado, el disco 'Caetano e Bethânia ao vivo' recoge las canciones del espectáculo que los dos hermanos han llevado por las principales ciudades de Brasil desde agosto del año pasado hasta marzo de este año. Un reencuentro en los escenarios de Caetano Veloso y María Bethânia 46 años después. Escuchamos 'Alegria, alegria', 'Os mais doces dos bárbaros', 'Gente', 'Oração ao tempo', 'Motriz/Não identificado', 'A tua presença', 'Milagre do povo', 'pot-pourri: 13 de maio/Samba de dóis dóis/Cosme e Damião/Lindomar/A donzela se casou', 'Um índio', 'Cajuina', 'Sozinho', 'O leãozinho', 'Você não me ensinou a te esquecer', 'Você é linda' y 'Baby'.Escuchar audio
El Cello Samba Trio con 'Tim tim por tim tim', 'Maracatuesday', 'Eu vim da Bahia', de Gilberto Gil, y 'Coração vagabundo', de Caetano Veloso, del primer disco de Lula Galvão, Rafael Barata y Jaques Morelenbaum titulado 'Saudade do futuro futuro da saudade'; Dora Morelenbaum, la hija de Jaques, canta 'Não vou te esquecer', 'Essa confusão', 'Caco' y 'VW blue' en su disco 'Pique'; Bala Desejo, cuarteto que forman Dora Morelenbaum, Zé Ibarra, Lucas Nunes y Júlia Mestre, con 'Baile de máscaras' y 'Lua comanche' y Zé Ibarra cantando 'São Vicente', de Milton Nascimento, 'Itamonte' y 'Dó a dó', canción suya y de Dora Morelenbaum, grabada como instrumental por el Cello Samba Trio.Escuchar audio
La banda sonora de la película sobre Vinicius de Moraes, 'Vinicius', de Miguel Faria Jr. estrenada en 2005: con lecturas de un par de textos del poeta y las grabaciones de Ricardo Blatt (texto de Rubem Braga), Renato Braz ('Se todos fossem iguais a você'), Mônica Salmaso ('Insensatez'), Camila Morgado ('Soneto da fidelidade'), Yamandu Costa ('Valsa de Eurídice'), Chico Buarque ('Medo de amar'), Caetano Veloso ('Poema dos olhos da amada'), María Bethânia ('Soneto do amor total'), Adriana Calcanhotto ('Eu sei que vou te amar'), Carlos Lyra ('Você e eu'), Mart´nália ('Sei là a vida tem sempre razão'), Toquinho ('Tarde em Itapoã'), Edu lobo ('Berimbau'), Zeca Pagodinho ('Pra que chorar'), Gilberto Gil ('Formosa'), Mariana de Moraes ('Coisa mais linda'), Renato Braz ('Por toda minha vida'), Olivia Byington ('Modinha'), María Bethânia ('O que tinha de ser'), Francis Hime ('Sem mais adeus'), Sérgio Cassiano ('Pau de arara') y Mônica Salmaso ('Canto triste').Escuchar audio
Chappaqua Stan Getz Jazz en Buenos Aires Everything Happens to Me Jimmy Raney, Jim Hall Two of a KindOwl Song 2 (con Bill Frisell & Herlin Riley) Ambrose Akinmusire Owl SongLove in the Garden Joe Lovano, Marcin Wasilewski Trio Love in the GardenMagical Distance Kamasi Washington LazarusStreet Singer Tina Brooks American Jazz SaxHullo Bolinas Chano Domínguez Con AlmaEleanor Rigby Caetano Veloso Qualquer CoisaEscuchar audio
Dica de Damares leva PF a carros de luxo do “Careca do INSS”. Michelle Bolsonaro manda PL demitir Fábio Wajngarten. Deputados italianos aprovam lei que restringe cidadania a estrangeiros e afeta brasileiros. Inglaterra amplia pressão sobre Israel e aplica sanções. Caetano Veloso e Maria Bethânia lançam álbum ao vivo com registro de turnê. Tinder lança canal exclusivo no Brasil para acolher mulheres vítimas de violência. E Festival The Town começa a pré-venda de ingressos para edição 2025. Essas e outras notícias, você escuta No Pé do Ouvido, com Yasmim Restum.See omnystudio.com/listener for privacy information.
La Venganza Será Terrible: todo el año festejando los 40 años Estudios AM 750 Alejandro Dolina, Patricio Barton Introducción • Entrada0:01:26 Segmento Inicial • ¿Podría vivir como un esquimal en el Polo Norte?0:09:17 • Oyentes Segmento Dispositivo • Perfumes y perfumistas0:49:45 • "Gotas de Veneno" ♫ (Canta Jorge Casal) Juan Carlos Welker/Alberto Tavarozzi Segmento Humorístico • Las peores humillaciones que se pueden experimentar en público Sordo Gancé / Manuel Moreira • Presentación • "Gotas De Lluvia" ♫ (Félix Lipesker/Homero Manzi) • "Branquinha" ♫ (Caetano Veloso) • "Del Barrio de las Latas" ♫ (Raúl de los Hoyos/Emilio Fresedo) • "Imagine" ♫ (John Lennon) • "Carla" ♫ (Palito Ortega)
Tercera entrega de los conciertos de la última edición del Festival Tensamba. Del que ofreció el 21 de septiembre de 2024, en el Teatro Leal de La Laguna, el guitarrista y cantante brasileño Will Sant, clásicos de la bossa nova como 'Bolinha de papel', 'Brigas nunca mais', 'Batida diferente', 'O morro não tem vez', 'Saudade fez um samba', 'O barquinho', 'Se é tarde me perdoa', 'É preciso perdoar', 'O pato' o 'Coisa mais linda', además de algunas canciones propias ('Baiana preta', 'Meu caminho', 'Disfarce de mulher') y 'Mande um sinal' de Djavan y 'Saudosismo' de Caetano Veloso. Escuchar audio
La Venganza Será Terrible: todo el año festejando los 40 años Estudios AM 750 Alejandro Dolina, Patricio Barton Introducción • Entrada0:01:28 Segmento Inicial • ¿Quiere viajar al África?0:15:27 Segmento Dispositivo • Los duelos0:42:58 • "Duelo criollo" ♫ (Canta Nelly Omar/Guitarras de José Canet) Juan Rezzano/Lito Bayardo Segmento Humorístico • ¿Cómo seducir en el gimnasio? Sordo Gancé / Manuel Moreira • Presentación • "Los Ejes De Mi Carreta" ♫ (Atahualpa Yupanqui/Romildo Risso) • "For You Blue" ♫ (The Beatles) • "Palomita Blanca" ♫ (Anselmo Aieta/Francisco García Jiménez) • "Sampa" ♫ (Caetano Veloso) • "Qué Amargura! (Con sonido de Bandoneón)" ♫ (Antonio Cetinic/Antonio Modesto Pernas)
Salve! This is a bonus episode for Brazuca Sounds paid subscribers!Every episode is a different song. This is the song today:"Emoriô" and "Naturalemente" by Fafá de BelémToday we're celebrating the first compacto (single) released in 1975 by singer Fafá de Belém. "Emoriô" was written by João Donato with lyrics by Gilberto Gil, and its Afro-Brazilian arrangements, heavy percussion, and repetitive chorus elevated 19-year-old Fafá into a Brazilian star. The B-side, "Naturalmente", written by Donato with lyrics by Caetano Veloso, is no less impressive, with its carimbó rhythm, and putting a spotlight for the first time on the North sounds of Brazil, especially the state of Pará, where the singer was from. Caetano's lyrics are "a veritable linguistic playground", almost a catalog of Amazonian terminology, and I recommend checking out the full translation with our friends at Translationsmith.
La Venganza Será Terrible: todo el año festejando los 40 años Estudios AM 750 Alejandro Dolina, Patricio Barton, Gillespi Introducción • Entrada0:09:00 Segmento Inicial • Instrucciones para vivir mejor0:17:10 Segmento Dispositivo • La venganza de Olga de Kiev0:55:10 • "Olga" ♫ (Versión de Ariel Ramírez) Francisco Peña, 1918 Segmento Humorístico • Las mascotas más raras que se están popularizando Sordo Gancé / Manuel Moreira • Presentación • "Una Tarde Cualquiera" ♫ (Rodolfo Taboada/Roberto Puccio/Miguel Ángel Puccio) • "Tigresa" ♫ (Caetano Veloso) • "Vivere" ♫ (Cesare Andrea Bixio) • "Blue Monk" ♫ (Thelonious Monk) • "Cuando Los Santos Vienen Marchando (When The Saints Go Marching In)" ♫ (Origen Desconocido) Brother Higginbotham.. blow it, boy!
durée : 00:59:20 - Année du Brésil (2/3) : Caetano Veloso, cinéphile et compositeur - par : Thierry Jousse - Pour ce deuxième Ciné Tempo brésilien, nous suivons les aventures cinématographiques et musicales d'un grand musicien et chanteur brésilien, Caetano Veloso qu'on retrouvera, notamment, chez Pedro Almodovar, Wong Kar-wai ou Carlos Diegues…
Hoy, 29 de abril, cumple años Vinicius Cantuária, baterista, guitarrista, cantante y compositor brasileño, que trabajó para Caetano Veloso, Gilberto Gil y Chico Buarque antes de emprender su propia carrera. Lo celebramos con discos como 'Sol na cara' de 1996 ('Sem pisar no chão' canción suya y de Caetano, 'O nome dela' suya y de Arto Lindsay, 'Ludo real' suya y de Chico Buarque); como 'Tucumã' de 1999 ('Amor brasileiro' -con Bill Frisell y Joey Baron-, 'Vivo isolado do mundo' de Alcides Dias Lopes -con Arto Lindsay-, 'Jóia' de Caetano Veloso -con Naná Vasconcelos y Sean Lennon-); como 'Vinicius' del año 2001 ('Agua rasa' -con Caetano-, 'Rio' -con David Byrne-, 'Quase choro' -con Brad Mehldau'-, 'Ela é carioca de Jobim'); como 'Indio de apartamento' del 2012 ('Moça feia' -con Ryuichi Sakamoto-, 'Quem sou eu' -con Norah Jones-, 'This time' -con Jesse Harris-. Además, Caetano canta 'Lua e estrela', de Cantuária, en el disco de 1981 'Outras palavras'.Escuchar audio
Salve! This is a preview to our bonus episode for paid subscribers!Every episode is a different song. This is the song today:"Jorge da Capadócia" by Jorge BenApril 23rd is a state holiday in Rio de Janeiro, celebrated in honor of Saint George's Day. Among his many devotees is Jorge Ben, who paid tribute to the saint in several songs, sometimes blended with Afro-Brazilian spirituality, through Saint George's syncretic counterpart, Ogum. One of his most iconic songs is "Jorge da Capadócia", released in 1975 on the album Solta o Pavão, featuring direct lines from a traditional prayer to Saint George, invoking protection against enemies. Find the full translation with our friends at Translationsmith. Over the years, the song has become a staple of Brazilian music, covered by influential artists like Caetano Veloso, pop singer Fernanda Abreu, and hip-hop legends Racionais MCs.
En el día de San Jorge y el día del libro grabaciones ad hoc de Caetano Veloso ('Lua de São Jorge', 'Cavaleiro de Jorge'), Jorge Ben ('Jorge de Capadócia'), Fernanda Abreu ('Jorge de Capadócia', 'Jorge de capadócia/Ponto de Oxóssi/Duo de Jorge'), Zeca Pagodinho & Jorge Ben ('Ogum'), Zeca Pagodinho & Seu Jorge ('Lua de Ogum'), Seu Jorge ('Alma de guerreiro'), Moacyr Luz ('Medalha de São Jorge'), María Bethânia ('Medalha de São Jorge'), Caetano Veloso ('Livros') y Vitor Ramil ('Livro aberto').Escuchar audio
La Venganza Será Terrible: todo el año festejando los 40 años Estudios AM 750 Alejandro Dolina, Patricio Barton, Gillespi Introducción • Entrada0:01:36 • El segmento reflexivo en La Venganza0:08:16 Segmento Inicial • Datos científicos sobre el cuerpo humano0:12:19 • Oyentes Segmento Dispositivo • El mago Merlín0:51:22 • "Besos brujos" ♫ (Canta Libertad Lamarque) Alfredo Malerba y Rodolfo Sciammarella. Segmento Humorístico • ¡Mamá, me voy a vivir con mi pareja! Sordo Gancé / Manuel Moreira • Presentación • "Ay de Mí" ♫ (Homero Manzi/Sebastián Piana) • "Queixa" ♫ (Caetano Veloso) • "Crazy" ♫ (Gnarls Barkley) • "How High the Moon" ♫ (Nancy Hamilton/Morgan Lewis) • "Al Ritmo Del Pan Dulce De Rolón" ♫ (Ritmo de Maracas y Bongo, Los Lamas)
La pianista, compositora y vocalista Clélya Abraham, que tiene sus raíces en la isla antillana de Guadalupe, firma 'Atacama', su segundo disco, con piezas como 'Orion', 'Célébration', 'São Paulo' o 'Nébuleuse'. Élise Vasalluci canta 'Capharnaüm' -que da título a su primer disco- y 'The peacocks', de Jimmy Rowles, con letra en inglés y francés. Del disco del laudista tunecino Anouar Brahem 'After the last sky', con Dave Holland, Django Bates y Anja Lechner, 'Edward Said´s rêverie', 'After the last sky' y 'Dancing under the meteorites'. Y del disco del brasileño Thiago Amud 'Enseada perdida' las canciones 'Oração à cobra grande', 'Cidade possessa' -con Chico Buarque- y 'Cantiga de ninar o mar' -con Caetano Veloso-. Despide el cuarteto del baterista Sergio Reze con 'Conversa de botequim' de Noel Rosa.Escuchar audio
Torna la banda liderada pel bateria Anton Jarl i amb la veu imponent de Jonathan Herrero. "Plays for the brokenhearted"
Del nuevo disco de Thiago Amud, 'Enseada perdida', las canciones 'Dinamismo', 'Oração à cobra grande', 'Se você pensasse', 'Cidade possessa' -con Chico Buarque-, 'Cantiga de ninar o mar' -con Caetano Veloso—, 'Dela' y 'O raio'. El guitarrista Cainã Cavalcante publica 'Coração de melodia' con grabaciones en solitario y con una orquesta de Estonia de 'Pedacinhos do céu', 'Faltando um pedaço', 'Mucuripe' o 'Carinhoso' -con la voz de Rosa Passos-. Despide el cuarteto del baterista Sergio Reze tocando 'Asa branca/O trenzinho do caipira/Lôro' de su disco 'Um olhar interior'.Escuchar audio
A atriz e apresentadora fala sobre família, religião, casamento e conta pra qual de seus tantos amigos ligaria de uma ilha deserta Regina Casé bem que tentou não comemorar seu aniversário de 71 anos, celebrado no dia 25 de fevereiro. Mas o que seria um açaí com pôr do sol na varanda do Hotel Arpoador se transformou em um samba que só terminou às 11 horas da noite em respeito à lei do silêncio. "Eu não ia fazer nada, nada, nada mesmo. Mas é meio impossível, porque todo mundo fala: vou passar aí, vou te dar um beijo", contou em um papo com Paulo Lima. A atriz e apresentadora tem esse talento extraordinário pra reunir as pessoas mais interessantes à sua volta. E isso vale para seu círculo de amigos, que inclui personalidades ilustres como Caetano Veloso e Fernanda Torres, e também para os projetos que inventa na televisão, no teatro e no cinema. Inventar tanta coisa nova é uma vocação que ela herdou do pai e do avô, pioneiros no rádio e na televisão, mas também uma necessidade. “Nunca consegui pensar individualmente, e isso até hoje me atrapalha. Mas, ao mesmo tempo, eu tive que ser tão autoral. Eu não ia ser a mocinha na novela, então inventei um mundo para mim. Quase tudo que fiz fui eu que tive a ideia, juntei um grupo, a gente escreveu junto”, afirma. No teatro, ao lado de artistas como o diretor Hamilton Vaz Pereira e os atores Luiz Fernando Guimarães e Patrícia Travassos, ela inventou o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, que revolucionou a cena carioca nos anos 1970. Na televisão, fez programas como TV Pirata, Programa Legal e Brasil Legal. "Aquilo tudo não existia, mas eu tive que primeiro inventar para poder me jogar ali”, conta. LEIA TAMBÉM: Em 1999, Regina Casé estampou as Páginas Negras da Trip De volta aos cinemas brasileiros no fim de março com Dona Lurdes: O Filme, produção inspirada em sua personagem na novela Amor de Mãe (2019), Regina bateu um papo com Paulo Lima no Trip FM. Na conversa, ela fala do orgulho de ter vindo de uma família que, com poucos recursos e sem faculdade, foi pioneira em profissões que ainda nem tinham nome, do título de “brega” que recebeu quando sua originalidade ainda não era compreendida pelas colunas sociais, de sua relação com a religião, da dificuldade de ficar sozinha – afinal, “a sua maior qualidade é sempre o seu maior defeito” –, do casamento de 28 anos com o cineasta Estêvão Ciavatta, das intempéries e milagres que experimentou e de tudo o que leva consigo. “Eu acho que você tem que ir pegando da vida, que nem a Dona Darlene do Eu Tu Eles, que ficou com os três maridos”, afirma. “A vida vai passando e você vai guardando as coisas que foram boas e tentando se livrar das ruins”. Uma das figuras mais admiradas e admiráveis do país, ela ainda revela para quem ligaria de uma ilha deserta e mostra o presente de aniversário que ganhou da amiga Fernanda Montenegro. Você pode conferir esse papo a seguir ou ouvir no Spotify do Trip FM. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d446165a3ce/header-regina-interna.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Trip. Além de atriz, você é apresentadora, humorista, escritora, pensadora, criadora, diretora… Acho que tem a ver com uma certa modernidade que você carrega, essa coisa de transitar por 57 planetas diferentes. Como é que você se apresentaria se tivesse que preencher aquelas fichas antigas de hotel? Regina Casé. Até hoje ponho atriz em qualquer coisa que tenho que preencher, porque acho a palavra bonita. E é como eu, vamos dizer, vim ao mundo. As outras coisas todas vieram depois. Mesmo quando eu estava há muito tempo sem atuar, eu era primeiramente uma atriz. E até hoje me sinto uma atriz que apresenta programas, uma atriz que dirige, uma atriz que escreve, mas uma atriz. Você falou numa entrevista que, se for ver, você continua fazendo o mesmo trabalho. De alguma maneira, o programa Brasil Legal, a Val de "Que Horas Ela Volta", o grupo de teatro "Asdrúbal Trouxe o Trombone" ou agora esse programa humorístico tem a mesma essência, um eixo que une tudo isso. Encontrei entrevistas e vídeos maravilhosos seus, um lá no Asdrúbal, todo mundo com cara de quem acabou de sair da praia, falando umas coisas muito descontraídas e até mais, digamos assim, sóbrias. E tem um Roda Viva seu incrível, de 1998. Eu morro de pena, porque também o teatro que a gente fazia, a linguagem que a gente usava no Asdrúbal, era tão nova que não conseguiu ser decodificada naquela época. Porque deveria estar sendo propagada pela internet, só que não havia internet. A gente não tem registros, não filmava, só fotografava. Comprava filme, máquina, pagava pro irmão do amigo fazer aquilo no quarto de serviço da casa dele, pequenininho, com uma luz vermelha. Só que ele não tinha grana, então comprava pouco fixador, pouco revelador, e dali a meses aquilo estava apagado. Então, os documentos que a gente tem no Asdrúbal são péssimos. Fico vendo as pouquíssimas coisas guardadas e que foram para o YouTube, como essa entrevista do Roda Viva. Acho que não passa quatro dias sem que alguém me mande um corte. "Ah, você viu isso? Adorei!". Ontem o DJ Zé Pedro me mandou um TED que eu fiz, talvez o primeiro. E eu pensei: "Puxa, eu falei isso, que ótimo, concordo com tudo". Quanta coisa já mudou no Brasil, isso é anterior a tudo, dois mil e pouquinho. E eu fiquei encantada com o Roda Viva, eu era tão novinha. Acho que não mudei nada. Quando penso em mim com cinco anos de idade, andando com a minha avó na rua, a maneira como eu olhava as pessoas, como eu olhava o mundo, é muito semelhante, se não igual, a hoje em dia. [VIDEO=https://www.youtube.com/embed/rLoqGPGmVdo; CREDITS=; LEGEND=Em 1998, aos 34 anos, Regina Casé foi entrevistada pelo programa Roda Viva, da TV Cultura; IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49b0ede6d3/1057x749x960x540x52x40/screen-shot-2025-03-14-at-180926.png] O Boni, que foi entrevistado recentemente no Trip FM, fala sobre seu pai em seu último livro, “Lado B do Boni”, como uma das pessoas que compuseram o que ele é, uma figura que teve uma relevância muito grande, inclusive na TV Globo. Conta um pouco quem foi o seu pai, Regina. Acho que não há Wikipedia que possa resgatar o tamanho do meu pai e do meu avô. Meu avô é pioneiríssimo do rádio, teve um dos primeiros programas de rádio, se não o primeiro. Ele nasceu em Belo Jardim, uma cidadezinha do agreste pernambucano, do sertão mesmo. E era brabo, criativo demais, inteligente demais, e, talvez por isso tudo, impaciente demais, não aguentava esperar ninguém terminar uma frase. Ele veio daquele clássico, com uma mão na frente e outra atrás, sem nada, e trabalhou na estiva, dormiu na rua até começar a carregar rádios. Só que, nos anos 20, 30, rádios eram um armário de madeira bem grandão. Daí o cara viu que ele era esperto e botou ele para instalar os rádios na casa das pessoas. Quando meu avô descobriu que ninguém sabia sintonizar, que era difícil, ele aprendeu. E aí ele deixava os rádios em consignação, botava um paninho com um vasinho em cima, sintonizado, funcionando. Quando ele ia buscar uma semana depois, qualquer um comprava. Aí ele disparou como vendedor dos rádios desse cara que comprava na gringa e começou a ficar meio sócio do negócio. [QUOTE=1218] Mas a programação toda era gringa, em outras línguas. Ele ficava fascinado, mas não entendia nada do que estava rolando ali. Nessa ele descobriu que tinha que botar um conteúdo ali dentro, porque aquele da gringa não estava suprindo a necessidade. Olha como é parecido com a internet hoje em dia. E aí ele foi sozinho, aquele nordestino, bateu na Philips e falou que queria comprar ondas curtas, não sei que ondas, e comprou. Aí ele ia na farmácia Granado e falava: "Se eu fizer um reclame do seu sabão, você me dá um dinheiro para pagar o pianista?". Sabe quem foram os dois primeiros contratados dele? O contrarregra era o Noel Rosa, e a única cantora que ele botou de exclusividade era a Carmen Miranda. Foram os primeiros empregos de carteira assinada. E aí o programa cresceu. Começava de manhã, tipo programa do Silvio, e ia até de noite. Chamava Programa Casé. E o seu pai? Meu avô viveu aquela era de ouro do rádio. Quando sentiu que o negócio estava ficando estranho, ele, um cara com pouquíssimos recursos de educação formal, pegou meu pai e falou: "vai para os Estados Unidos porque o negócio agora vai ser televisão". Ele fez um curso, incipiente, para entender do que se tratava. Voltou e montou o primeiro programa de televisão feito aqui no Rio de Janeiro, Noite de Gala. Então, tem uma coisa de pioneirismo tanto no rádio quanto na televisão. E meu pai sempre teve um interesse gigante na educação, como eu. Esse interesse veio de onde? Uma das coisas que constituem o DNA de tudo o que fiz, dos meus programas, é a educação. Um Pé de Quê, no Futura, o Brasil Legal e o Programa Legal, na TV Globo… Eu sou uma professora, fico tentando viver as duas coisas juntas. O meu pai tinha isso porque esse meu avô Casé era casado com a Graziela Casé, uma professora muito, mas muito idealista, vocacionada e apaixonada. Ela trabalhou com Anísio Teixeira, Cecília Meireles, fizeram a primeira biblioteca infantil. Meu pai fez o Sítio do Picapau Amarelo acho que querendo honrar essa professora, a mãe dele. Quando eu era menina, as pessoas vinham de uma situação rural trabalhar como domésticas, e quase todas, se não todas, eram analfabetas. A minha avó as ensinava a ler e escrever. Ela dizia: "Se você conhece uma pessoa que não sabe ler e escrever e não ensina para ela, é um crime". Eu ficava até apavorada, porque ela falava muito duramente. Eu acho que sou feita desse pessoal. Tenho muito orgulho de ter vindo de uma família que, sem recursos, sem universidade, foi pioneira na cidade, no país e em suas respectivas... Não digo “profissões” porque ainda nem existiam suas profissões. Eu tento honrar. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49d1e03df5/header-regina-interna6.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Em 1999, a atriz e apresentadora estampou as Páginas Negras da Trip; ALT_TEXT=] Você tem uma postura de liderança muito forte. Além de ter preparo e talento, você tem uma vocação para aglutinar, juntar a galera, fazer time. Por outro lado, tem essa coisa da atriz, que é diferente, talvez um pouco mais para dentro. Você funciona melhor sozinha ou como uma espécie de capitã, técnica e jogadora do time? Eu nasci atriz dentro de um grupo. E o Asdrúbal trouxe o Trombone não era só um grupo. Apesar do Hamilton Vaz Pereira ter sido sempre um autor e um diretor, a gente criava coletivamente, escrevia coletivamente, improvisava. Nunca consegui pensar individualmente, e isso até hoje é uma coisa que me atrapalha. Todo mundo fala: "escreve um livro". Eu tenho vontade, mas falo que para escrever um livro preciso de umas 10 pessoas de público, todo mundo junto. Sou tão grupal que é difícil. Ao mesmo tempo, eu tive que ser muito autoral. Eu, Tu, Eles foi a primeira vez que alguém me tirou para dançar. Antes eu fiz participações em muitos filmes, mas foi a primeira protagonista. Quase tudo que fiz fui eu que tive a ideia, juntei um grupo, a gente escreveu junto. Então, eu sempre inventei um mundo para mim. No teatro eu não achava lugar para mim, então tive que inventar um, que era o Asdrúbal. Quando eu era novinha e fui para a televisão, eu não ia ser a mocinha na novela. Então fiz a TV Pirata, o Programa Legal, o Brasil Legal. Aquilo tudo não existia na televisão, mas eu tive que primeiro inventar para poder me jogar ali. Eu sempre me acostumei não a mandar, mas a ter total confiança de me jogar. E nos trabalhos de atriz, como é? No Asdrúbal eu me lembro que uma vez eu virei umas três noites fazendo roupa de foca, que era de pelúcia, e entupia o gabinete na máquina. Eu distribuía filipeta, colava cartaz, pregava cenário na parede. Tudo, todo mundo fazia tudo. É difícil quando eu vou para uma novela e não posso falar que aquele figurino não tem a ver com a minha personagem, que essa casa está muito chique para ela ou acho que aqui no texto, se eu falasse mais normalzão, ia ficar mais legal. Mas eu aprendi. Porque também tem autores e autores. Eu fiz três novelas com papéis de maior relevância. Cambalacho, em que fiz a Tina Pepper, um personagem coadjuvante que ganhou a novela. Foi ao ar em 1986 e até hoje tem gente botando a dancinha e a música no YouTube, cantando. Isso também, tá vendo? É pré-internet e recebo cortes toda hora, porque aquilo já tinha cara de internet. Depois a Dona Lurdes, de Amor de Mãe, e a Zoé, de Todas as Flores. Uma é uma menina preta da periferia de São Paulo. A outra uma mulher nordestina do sertão, com cinco filhos. A terceira é uma truqueira carioca rica que morava na Barra. São três universos, mas as três foram muito fortes. Tenho muito orgulho dessas novelas. Mas quando comecei, pensei: "Gente, como é que vai ser?". Não é o meu programa. Não posso falar que a edição está lenta, que devia apertar. O começo foi difícil, mas depois que peguei a manha de ser funcionária, fazer o meu e saber que não vou ligar para o cenário, para o figurino, para a comida e não sei o quê, falei: "Isso aqui, perto de fazer um programa como o Esquenta ou o Programa Legal, é como férias no Havaí". Você é do tipo que não aguenta ficar sozinha ou você gosta da sua companhia? Essa é uma coisa que venho perseguindo há alguns anos. Ainda estou assim: sozinha, sabendo que, se quiser, tem alguém ali. Mas ainda apanho muito para ficar sozinha porque, justamente, a sua maior qualidade é sempre o seu maior defeito. Fui criada assim, em uma família que eram três filhas, uma mãe e uma tia. Cinco mulheres num apartamento relativamente pequeno, um banheiro, então uma está escovando os dentes, outra está fazendo xixi, outra está tomando banho, todas no mesmo horário para ir para a escola. Então é muito difícil para mim ficar sozinha, mas tenho buscado muito. Quando falam "você pode fazer um pedido", eu peço para ter mais paciência e para aprender a ficar sozinha. Você contou agora há pouco que fazia figurinos lá no Asdrúbal e também já vi você falando que sempre aparecia na lista das mais mal vestidas do Brasil. Como é ser julgada permanentemente? Agora já melhorou, mas esse é um aspecto que aparece mais porque existe uma lista de “mais mal vestidas". Se existisse lista para outras transgressões, eu estaria em todas elas. Não só porque sou transgressora, mas porque há uma demanda que eu seja. Quando não sou, o pessoal até estranha. Eu sempre gostei muito de moda, mais que isso, de me expressar através das roupas. E isso saía muito do padrão, principalmente na televisão, do blazer salmão, do nude, da unha com misturinha, do cabelo com escova. Volta e meia vinha, nos primórdios das redes sociais: "Ela não tem dinheiro para fazer uma escova naquele cabelo?". "Não tem ninguém para botar uma roupa normal nela?". [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49c62141c1/header-regina-interna4.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Regina Casé falou à Trip em 1999, quando estampou as Páginas Negras; ALT_TEXT=] Antes da internet, existiam muitas colunas sociais em jornal. Tinha um jornalista no O Globo que me detonava uma semana sim e outra não. Eu nunca vou me esquecer. Ele falava de uma bolsa que eu tinha da Vivienne Westwood, que inclusive juntei muito para poder comprar. Eu era apaixonada por ela, que além de tudo era uma ativista, uma mulher importantíssima na gênese do Sex Pistols e do movimento punk. Ele falava o tempo todo: "Estava não sei onde e veio a Regina com aquela bolsa horrorosa que comprou no Saara". O Saara no Rio corresponde à 25 de março em São Paulo, e são lugares que sempre frequentei, que amo e que compro bolsas também. Eu usava muito torço no cabelo, e ele escrevia: "Lá vem a lavadeira do Abaeté". Mais uma vez, não só sendo preconceituoso, mas achando que estava me xingando de alguma coisa que eu acharia ruim. Eu pensava: nossa, que maravilha, estou parecendo uma lavadeira do Abaeté e não alguém com um blazer salmão, com uma blusa bege, uma bolsa arrumadinha de marca. Pra mim era elogio, mas era chato, porque cria um estigma. E aí um monte de gente, muito burra, vai no rodo e fala: "Ela é cafona, ela é horrorosa". Por isso que acho que fiquei muito tempo nessas listas. O filme “Ainda Estou Aqui” está sendo um alento para o Brasil, uma coisa bem gostosa de ver, uma obra iluminada. A Fernanda Torres virou uma espécie de embaixadora do Brasil, falando de uma forma muito legal sobre o país, sobre a cultura. Imagino que pra você, que vivenciou essa época no Rio de Janeiro, seja ainda mais especial. Eu vivi aquela época toda e o filme, mesmo sem mostrar a tortura e as barbaridades que aconteceram, reproduz a angústia. Na parte em que as coisas não estão explicitadas, você só percebe que algo está acontecendo, e a angústia que vem dali. Mesmo depois, quando alguma coisa concreta aconteceu, você não sabe exatamente do que está com medo, o que pode acontecer a qualquer momento, porque tudo era tão aleatório, sem justificativa, ninguém era processado, julgado e preso. O filme reproduz essa sensação, mesmo para quem não viveu. É maravilhoso, maravilhoso. [QUOTE=1219] Não vou dizer que por sorte porque ele tem todos os méritos, mas o filme caiu num momento em que a gente estava muito sofrido culturalmente. Nós, artistas, tínhamos virado bandidos, pessoas que se aproveitam. Eu nunca usei a lei Rouanet, ainda que ache ela muito boa, mas passou-se a usar isso quase como um xingamento, de uma maneira horrível. E todos os artistas muito desrespeitados, inclusive a própria Fernanda, Fernandona, a pessoa que a gente mais tem que respeitar na cultura do país. O filme veio não como uma revanche. Ele veio doce, suave e brilhantemente cuidar dessa ferida. Na equipe tenho muitos amigos, praticamente família, o Walter, a Nanda, a Fernanda. Sou tão amiga da Fernanda quanto da Nanda, sou meio mãe da Nanda, mas sou meio filha da Fernanda, sou meio irmã da Nanda e também da Fernanda. É bem misturado, e convivo muito com as duas. Por acaso, recebi ontem um presente e um cartão de aniversário da Fernandona que é muito impressionante. Tão bonitinho, acho que ela não vai ficar brava se eu mostrar para vocês. O que o cartão diz? Ela diz assim: "Regina, querida, primeiro: meu útero sabe que a Nanda já está com esse Oscar”. Adorei essa frase. "Segundo, estou trabalhando demais, está me esgotando. Teria uma leitura de 14 trechos magníficos, de acadêmicos, que estou preparando essa apresentação para a abertura da Academia [Brasileira de Letras], que está em recesso. O esgotamento acho que é por conta dos quase 100 anos que tenho". Imagina... Com esse trabalho todo. Aí ela faz um desenho lindo de flores com o coração: "Regina da nossa vida, feliz aniversário, feliz sempre da Fernanda". E me manda uma toalhinha bordada lindíssima com um PS: "Fernando [Torres] e eu compramos essa toalhinha de mão no Nordeste numa das temporadas de nossa vida pelo Brasil afora. Aliás, nós comprávamos muito lembranças como essa. Essa que eu lhe envio está até manchadinha, mas ela está feliz porque está indo para a pessoa certa. Está manchadinha porque está guardadinha faz muitos anos". Olha que coisa. Como é que essa mulher com quase 100 anos, com a filha indicada ao Oscar, trabalhando desse jeito, decorando 14 textos, tem tempo de ser tão amorosa, gentil, generosa e me fazer chorar? Não existe. Ela é maravilhosa demais. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49b9f0f548/header-regina-interna3.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Eu queria te ouvir sobre outro assunto. Há alguns anos a menopausa era um tema absolutamente proibido. As mulheres se sentiam mal, os homens, então, saíam correndo. Os médicos não falavam, as famílias não falavam. E é engraçado essa coisa do pêndulo. De repente vira uma onda, artistas falando, saem dezenas de livros sobre o assunto. Como foi para você? Você acha que estamos melhorando na maneira de lidar com as nossas questões enquanto humanidade? É bem complexo. Tem aspectos que acho que estão melhorando muito. Qualquer família que tinha uma pessoa com deficiência antigamente escondia essa pessoa, ela era quase trancada num quarto, onde nem as visitas da casa iam. E hoje em dia todas essas pessoas estão expostas, inclusive ao preconceito e ao sofrimento, mas estão na vida, na rua. Há um tempo não só não podia ter um casal gay casado como não existia nem a expressão "casal gay", porque as pessoas no máximo tinham um caso escondido com outra pessoa. Então em muitos aspectos a gente avançou bastante. Não sei se é porque agora estou ficando bem mais velha, mas acho que esse assunto do etarismo está chegando ainda de uma maneira muito nichada. Se você for assistir a esse meu primeiro TED, eu falo que a gente não pode pegar e repetir, macaquear as coisas dos Estados Unidos. Essa ideia de grupo de apoio. Sinto que essa coisa da menopausa, do etarismo, fica muito de mulher para mulher, um grupo de mulheres daquela idade. Mas não acho que isso faz um garoto de 16 anos entender que eu, uma mulher de 70 anos, posso gostar de basquete, de funk, de sambar, de namorar, de dançar. Isso tudo fica numa bolha bem impermeável. E não acho que a comunicação está indo para outros lados. É mais você, minha amiga, que também está sentindo calores. [QUOTE=1220] Tem uma coisa americana que inventaram que é muito chata. Por exemplo, a terceira idade. Aí vai ter um baile, um monte de velhinhos e velhinhas dançando todos juntos. Claro que é melhor do que ficar em casa deprimido, mas é chato. Acho que essa festa tem que ter todo mundo. Tem que ter os gays, as crianças, todo mundo nessa mesma pista com um DJ bom, com uma batucada boa. Senão você vai numa festa e todas as pessoas são idênticas. Você vai em um restaurante e tem um aquário onde põem as crianças dentro de um vidro enquanto você come. Mas a criança tem que estar na mesa ouvindo o que você está falando, comendo um troço que ela não come normalmente. O menu kids é uma aberração. Os meus filhos comem tudo, qualquer coisa que estiver na mesa, do jeito que for. Mas é tudo separado. Essa coisa de imitar americano, entendeu? Então, acho que essa coisa da menopausa está um pouco ali. Tem que abrir para a gente conversar, tem que falar sobre menopausa com o MC Cabelinho. Eu passei meio batida, porque, por sorte, não tive sintomas físicos mais fortes. Senti um pouco mais de calor, mas como aqui é tão calor e eu sou tão agitada, eu nunca soube que aquilo era específico da menopausa. Vou mudar um pouco de assunto porque não dá para deixar de falar sobre isso. Uma das melhores entrevistas do Trip FM no ano passado foi com seu marido, o cineasta Estêvão Ciavatta. Ele contou do acidente num passeio a cavalo que o deixou paralisado do pescoço para baixo e com chances de não voltar a andar. E fez uma declaração muito forte sobre o que você representou nessa recuperação surpreendente dele. A expressão "estamos juntos" virou meio banal, mas, de fato, você estava junto ali. Voltando a falar do etarismo, o Estêvão foi muito corajoso de casar com uma mulher que era quase 15 anos mais velha, totalmente estabelecida profissionalmente, conhecida em qualquer lugar, que tinha sido casada com um cara maravilhoso, o Luiz Zerbini, que tinha uma filha, uma roda de amigos muito grande, um símbolo muito sólido, tudo isso. Ele propôs casar comigo, na igreja, com 45 anos. Eu, hippie, do Asdrúbal e tudo, levei um susto, nunca pensei que eu casar. O que aconteceu? Eu levei esse compromisso muito a sério, e não é o compromisso de ficar com a pessoa na saúde, na doença, na alegria, na tristeza. É também, mas é o compromisso de, bom, vamos entrar nessa? Então eu vou aprender como faz isso, como é esse amor, como é essa pessoa, eu vou aprender a te amar do jeito que você é. Acho que o pessoal casa meio de brincadeira, mas eu casei a sério mesmo, e estamos casados há 28 anos. Então, quando aconteceu aquilo, eu falei: ué, a gente resolveu ficar junto e viver o que a vida trouxesse pra gente, então vamos embora. O que der disso, vamos arrumar um jeito, mas estamos juntos. E acho que teve uma coisa que me ajudou muito. O quê? Aqui em casa é tipo pátio dos milagres. Teve isso que aconteceu com o Estêvão, e também a gente ter encontrado o Roque no momento que encontrou [seu filho caçula, hoje com 11 anos, foi adotado pelo casal quando bebê]. A vida que a gente tem hoje é inacreditável. Parece realmente que levou oito anos, o tempo que demorou para encontrar o filho da gente, porque estava perdido em algum lugar, igual a Dona Lurdes, de Amor de Mãe. Essa é a sensação. E a Benedita, quando nasceu, quase morreu, e eu também. Ela teve Apgar [escala que avalia os recém-nascidos] zero, praticamente morreu e viveu. Nasceu superforte, ouvinte, gorda, forte, cabeluda, mas eu tive um descolamento de placenta, e com isso ela aspirou líquido. Ela ficou surda porque a entupiram de garamicina, um antibiótico autotóxico. Foi na melhor das intenções, pra evitar uma pneumonia pelo líquido que tinha aspirado, mas ninguém conhecia muito, eram os primórdios da UTI Neonatal. O que foi para a gente uma tragédia, porque ela nasceu bem. Só que ali aprendi um negócio que ajudou muito nessa história do Estêvão: a lidar com médico. E aprendi a não aceitar os "não". Então quando o cara dizia "você tem que reformar a sua casa, tira a banheira e bota só o chuveiro largo para poder entrar a cadeira de rodas", eu falava: "Como eu vou saber se ele vai ficar pra sempre na cadeira de rodas?". [QUOTE=1221] Quando a Benedita fala "oi, tudo bem?", ela tem um leve sotaque, anasalado e grave, porque ela só tem os graves, não tem nem médio, nem agudo. Mas ela fala, canta, já ganhou concurso de karaokê. Quando alguém vê a audiometria da Benedita, a perda dela é tão severa, tão profunda, que falam: "Esse exame não é dessa pessoa". É o caso do Estêvão. Quando olham a lesão medular dele e veem ele andando de bicicleta com o Roque, falam: "Não é possível". Por isso eu digo que aqui em casa é o pátio dos milagres. A gente desconfia de tudo que é “não”. É claro que existem coisas que são limitações estruturais, e não adianta a gente querer que seja de outro jeito, mas ajuda muito duvidar e ir avançando a cada "não" até que ele realmente seja intransponível. No caso do Estêvão, acho que ele ficou feliz porque teve perto por perto não só uma onça cuidando e amando, mas uma onça que já tinha entendido isso. Porque se a gente tivesse se acomodado a cada “não”, talvez ele não estivesse do jeito que está hoje. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49af631476/header-regina-interna2.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Eu já vi você falar que essa coisa da onça é um pouco fruto do machismo, que você teve que virar braba para se colocar no meio de grupos que eram majoritariamente de homens, numa época que esse papo do machismo era bem menos entendido. Isso acabou forjando o seu jeito de ser? Com certeza. Eu queria ser homem. Achava que tudo seria mais fácil, melhor. Achava maravilhoso até a minha filha ser mulher. Fiquei assustadíssima. Falei: "Não vou ser capaz, não vou acertar". Aí botei a Benedita no futebol, foi artilheira e tudo, e fui cercando com uma ideia nem feminista, nem machista, mas de que o masculino ia ser melhor pra ela, mais fácil. Mas aí aprendi com a Benedita não só a amar as mulheres, mas a me amar como mulher, grávida, dando de mamar, criando outra mulher, me relacionando com amigas, com outras mulheres. Isso tudo veio depois da Benedita. Mas se você falar "antigamente o machismo"... Vou te dizer uma coisa. Se eu estou no carro e falo para o motorista “é ali, eu já vim aqui, você pode dobrar à direita”, ele pergunta assim: “Seu Estêvão, você sabe onde é para dobrar?”. Aí eu falo: “Vem cá, você quer que compre um pau para dizer pra você para dobrar à direita? Vou ter que botar toda vez que eu sentar aqui? Porque não é possível, estou te dizendo que eu já vim ali”. É muito impressionante, porque não é em grandes discussões, é o tempo todo. É porque a gente não repara, sabe? Quer dizer, eu reparo, você que é homem talvez não repare. Nesses momentos mais difíceis, na hora de lidar com os problemas de saúde da Benedita ou com o acidente punk do Estêvão, o que você acha que te ajudou mais: os anos de terapia ou o Terreiro de Gantois, casa de Candomblé que você frequenta em Salvador? As duas coisas, porque a minha terapia também foi muito aberta. E não só o Gantois como o Sacré-Coeur de Marie. Eu tenho uma formação católica. Outro dia eu ri muito porque a Mãe Menininha se declarava católica em sua biografia, e perguntaram: "E o Candomblé"? Ela falava: “Candomblé é outra coisa”. E eu vejo mais ou menos assim. Não é que são duas religiões, eu não posso pegar e jogar a criança junto com a água da bacia. É claro que eu tenho todas as críticas que você quiser à Igreja Católica, mas eu fui criada por essa avó Graziela, que era professora, uma mulher genial, e tão católica que, te juro, ela conversava com Nossa Senhora como eu estou conversando com você. Quando ela recebia uma graça muito grande, ligava para mim e para minhas irmãs e falava: "Venham aqui, porque eu recebi uma graça tão grande que preciso de vocês para agradecer comigo, sozinha não vou dar conta." Estudei em colégio de freiras a minha vida inteira, zero trauma de me sentir reprimida, me dava bem, gosto do universo, da igreja. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49cbe34551/header-regina-interna5.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Em 1999, Regina Casé foi a entrevistada das Páginas Negras da Trip; ALT_TEXT=] Aí eu tenho um encontro com o Candomblé, lindíssimo, através da Mãe Menininha. Essa história é maravilhosa. O Caetano [Veloso] disse: "Mãe Menininha quer que você vá lá". Eu fiquei apavorada, porque achei que ela ia fazer uma revelação, tinha medo que fosse um vaticínio... Até que tomei coragem e fui. Cheguei lá com o olho arregalado, entrei no quarto, aquela coisa maravilhosa, aquela presença.. Aí eu pedi a benção e perguntei o que ela queria. Ela falou: "Nada não, queria conhecer a Tina Pepper". Então, não só o Gantuar, o Candomblé como um todo, só me trouxe coisas boas e acolhida. A minha relação com a Bahia vem desde os 12 anos de idade, depois eu acabei recebendo até a cidadania de tamanha paixão e dedicação. É incrível porque eu nunca procurei. No episódio da Benedita, no dia seguinte já recebi de várias pessoas orientações do que eu devia fazer. No episódio do Estêvão também, não só do Gantuar, mas da [Maria] Bethânia, e falavam: "Olha, você tem que fazer isso, você tem que cuidar daquilo". Então, como é que eu vou negar isso? Porque isso tudo está aqui dentro. Então, acho que você tem que ir pegando da vida, que nem a Dona Darlene do “Eu Tu Eles”, que ficou com os três maridos. A vida vai passando por você e você vai guardando as coisas que foram boas e tentando se livrar das ruins. A gente sabe que você tem uma rede de amizades absurda, é muito íntima de meio mundo. Eu queria brincar daquela história de te deixar sozinha numa ilha, sem internet, com todos os confortos, livros, música. Você pode ligar à vontade para os seus filhos, pro seu marido, mas só tem uma pessoa de fora do seu círculo familiar para quem você pode ligar duas vezes por semana. Quem seria o escolhido para você manter contato com a civilização? É curioso que meus grandes amigos não têm celular. Hermano [Vianna] não fala no celular, Caetano só fala por e-mail, é uma loucura, não é nem WhatsApp. Acho que escolheria o Caetano, porque numa ilha você precisa de um farol. Tenho outros faróis, mas o Caetano foi, durante toda a minha vida, o meu farol mais alto, meu norte. E acho que não suportaria ficar sem falar com ele.
El 11 de marzo de 1921 nacía en Mar del Plata, Argentina, Astor Piazzolla, el genio que encontró nuevas expresiones para la música de la ciudad de Buenos Aires. Recordamos al compositor y bandoneonista con grabaciones de 'Caliente', 'Michelangelo 70', 'Milonga del ángel', 'Tanguedia III', 'Regreso al amor', 'Vuelvo al sur' -cantada por Roberto Goyeneche y también por Caetano Veloso-, 'Sur: los sueños', 'Revirado', 'Milonga loca', 'Libertango', 'Oblivion', 'Tristeza, separación' y 'Adiós nonino'. Escuchar audio
Hace 50 años que se grabó en Johannesburgo este disco del grupo sudafricano Themba ahora reeditado y del que suenan los cortes 'Themba themba' y 'Fana fana'. Del disco brasileño de la pianista canadiense Rosnes, 'Crossing paths', 'Pra dizer adeus' de Edu Lobo -con la voz del propio Edu-, 'Essa mulher' de Joyce Moreno y Ana Terra -con la voz de Joyce-, 'Trilhos urbano' de Caetano Veloso y 'Amor até o fim' de Gilberto Gil. Y Kurt Elling, el cantante de Chicago, acompañado por el pianista Sullivan Fortner en 'Ana Maria', de Wayne Shorter, y por el pianista Joey Calderazzo en 'Lost in the stars' de Kurt Weill y Maxwell Anderson y 'Stars (Endless stars)' de Fred Hersch y Norma Winstone. Abren la sesión Carlos Malta y Pife Muderno con 'Lero lero' de su disco 'Edu pife' dedicado a Edu Lobo.Escuchar audio
This episode soon will be exclusive for paid subscribers. Unlock this and future episodes at https://www.patreon.com/BrazucaSoundsIn episode #76, we talked about the soundtrack of the movie "I'm Still Here", Oscar winner for Best International Feature Film. From Tom Zé electrifying guitar-driver Tropicalia to the sarcastic pop of Juca Chaves' "Take Me Back to Piauí", we left no stone unturned, contextualizing what the songs represent to the narrative. Among other highlights are Erasmo Carlos, a couple of Roberto Carlos, Caetano Veloso, Mutantes and Serge Gainsbourg. Follow our playlist on Spotify: Brazuca Sounds Soundtrack Podcast.