Podcasts about Caetano Veloso

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Caetano Veloso

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Músicas posibles
Músicas posibles - Love in the garden - 24/05/25

Músicas posibles

Play Episode Listen Later May 24, 2025 57:19


Chappaqua Stan Getz Jazz en Buenos Aires Everything Happens to Me Jimmy Raney, Jim Hall Two of a KindOwl Song 2 (con Bill Frisell & Herlin Riley) Ambrose Akinmusire Owl SongLove in the Garden Joe Lovano, Marcin Wasilewski Trio Love in the GardenMagical Distance Kamasi Washington LazarusStreet Singer Tina Brooks American Jazz SaxHullo Bolinas Chano Domínguez Con AlmaEleanor Rigby Caetano Veloso Qualquer CoisaEscuchar audio

Venganzas del Pasado
La venganza será terrible del 15/05/2025

Venganzas del Pasado

Play Episode Listen Later May 16, 2025


La Venganza Será Terrible: todo el año festejando los 40 años Estudios AM 750 Alejandro Dolina, Patricio Barton Introducción • Entrada0:01:26 Segmento Inicial • ¿Podría vivir como un esquimal en el Polo Norte?0:09:17 • Oyentes Segmento Dispositivo • Perfumes y perfumistas0:49:45 • "Gotas de Veneno" ♫ (Canta Jorge Casal) Juan Carlos Welker/Alberto Tavarozzi Segmento Humorístico • Las peores humillaciones que se pueden experimentar en público Sordo Gancé / Manuel Moreira • Presentación • "Gotas De Lluvia" ♫ (Félix Lipesker/Homero Manzi) • "Branquinha" ♫ (Caetano Veloso) • "Del Barrio de las Latas" ♫ (Raúl de los Hoyos/Emilio Fresedo) • "Imagine" ♫ (John Lennon) • "Carla" ♫ (Palito Ortega)

Cuando los elefantes sueñan con la música
Cuando los elefantes sueñan con la música - 21º Tensamba: Will Santt - 15/05/25

Cuando los elefantes sueñan con la música

Play Episode Listen Later May 15, 2025 63:05


Tercera entrega de los conciertos de la última edición del Festival Tensamba. Del que ofreció el 21 de septiembre de 2024, en el Teatro Leal de La Laguna, el guitarrista y cantante brasileño Will Sant, clásicos de la bossa nova como 'Bolinha de papel', 'Brigas nunca mais', 'Batida diferente', 'O morro não tem vez', 'Saudade fez um samba', 'O barquinho', 'Se é tarde me perdoa', 'É preciso perdoar', 'O pato' o 'Coisa mais linda', además de algunas canciones propias ('Baiana preta', 'Meu caminho', 'Disfarce de mulher') y 'Mande um sinal' de Djavan y 'Saudosismo' de Caetano Veloso. Escuchar audio

Avenida Brasil
Avenida Brasil di martedì 13/05/2025

Avenida Brasil

Play Episode Listen Later May 13, 2025 59:11


A cura di Monica Paes - Playlist: Sigla: Av. Brasil (M. Lima/Antonio Cicero), Marina Lima, Todas, 1985 Sottosigla: Balanço Zona Sul (Tito Madi), Nana Caymmi feat. Dori Caymmi, Nana Caymmi canta Tito Madi, 2019 poi: 1. 13 de maio, Caetano Veloso, Noites do Norte, 2000 2. Rio (Marcelo Frota/Wado), MOMO., Gira, 2024 3. Quase um segundo (Herbert VIanna), Xênia França e TIAGO IORC, singolo, maggio 2025 4. Demorou, Vanessa da Mata feat. João Gomes, Todas elas, maggio 2025 5. Lembrei de nós (Kaique Carneiro/Kinho/Luizinho/Rian Lucas), João Gomes, Mestrinho e Jota.pê, Dominguinho, 2025 6. Um, dois, três, Jota.pê, Se o meu peito fosse o mundo, 2024 7. Marinou, limou (Julia Mestre/Gabriel Quinto/Marina Lima), Julia Mestre feat. Marina Lima, Maravilhosamente bem, 2025 8. Saudade (Gilberto Gil), Flor Gil feat. Vitão, Cinema Love, 2025 9. O Corre, Kal dos Santos e Soteropolijah, singolo, 2025 10. Quase um segundo, Paralamas do Sucesso, Bora Bora, 1988 11. Derreteu, Ana Cañas feat. Ney Matogrosso, Vida real, 2025

Radio Futura
Cassiano

Radio Futura

Play Episode Listen Later May 10, 2025 149:21


Lucas Brêda RIO DE JANEIRO Eram os primeiros meses de 1970, e Cassiano desfilava seu "black power" reluzente por São Paulo quando conheceu outro cabeludo chamado Paulo Ricardo Botafogo, de aspecto e ideologia hippie, fã de Marvin Gaye como ele. Nos alto-falantes de uma lanchonete, o locutor da rádio anunciava a nova música de Tim Maia, que deixou seu novo amigo boquiaberto. Ao som de "Primavera (Vai Chuva)", a dupla pagou a conta, mas o dinheiro de Cassiano acabou. Ele estava sem lugar para dormir e pediu abrigo a Botafogo. Voltava de uma excursão, quando viu calças de homem no varal de sua mulher e não quis conversa. Também fez uma revelação. "Olha, essa música é minha, mas por favor não fale para ninguém." Dita como um pedido singelo, a frase se tornou uma maldição para Cassiano. Autor de sucessos na voz de Tim Maia e Ivete Sangalo, o paraibano fascinou músicos, virou "sample" e rima dos Racionais MCs e gravou discos até hoje cultuados. Mas morreu há quatro anos como um gênio esquecido —a dimensão de seu talento é um segredo guardado por quem conviveu e trabalhou com ele.  Reprodução de foto do músico Cassiano, morto em 2021 - Eduardo Anizelli/Folhapress Isso não quer dizer que Cassiano tenha sido um desconhecido. Bastião do movimento black e precursor do soul brasileiro, angariou uma legião de fãs, vem sendo redescoberto por novas gerações e acumula milhões de "plays" no streaming. Sua obra que veio ao mundo, no entanto, é só uma parcela do que produziu de maneira informal durante toda a vida —e que segue inédita até hoje. Cassiano, morto aos 78, deixou um disco de inéditas incompleto, gravado em 1978 e hoje em posse da Sony. Também tem gravações "demo" feitas nas décadas de 1980 e 1990 que há anos circulam entre fãs e amigos. Isso fora o que William Magalhães, líder da banda Black Rio, chama de "baú do tesouro" —as dezenas de fitas cassete com gravações caseiras nunca ouvidas. "Ele nunca parou. Só parou para o mundo", diz Magalhães, que herdou do pai, Oberdan, não só a banda que reativou nos anos 2000, mas a amizade e o respeito de Cassiano. "Todo dia ele tocava piano, passeava com gente simples, trocava ideia. Era tão puro que às vezes a gente duvidava da bondade dele." O tal baú, ele diz, contém "coisas que fizemos em estúdio, composições dele tocando em casa, ideias, tudo inédito". "E só coisa boa. Cassiano nunca fez nada ruim, musicalmente falando. Com ou sem banda, arrasava. A voz, o jeito de compor. Era uma genialidade ímpar." Acervo de Cassiano Esse material está na casa que Cassiano dividiu com a mulher, Cássia, e a filha, Clara, no fim da vida, no bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro. Há também registros escritos de memórias, recortes de revistas e jornais, filmagens de performances no palco e em casa, diversos instrumentos e até desenhos e colagens que ele costumava fazer. A viúva conta que o marido saía às vezes para o bar e para conversar na rua, mas "não era um homem de multidões". "Gostava de música e queria trabalhar o tempo todo, não era tanto de atividade social. Mas, se chamasse para o estúdio ou para o palco, esse era o grande sonho. Ele queria estar entre os músicos." Por volta de 2016, na reunião com o presidente da Sony, Paulo Junqueiro, para negociar o lançamento do disco de 1978, Cassiano estava mais interessado em apresentar o material mais novo que vinha criando. Não se opôs ao lançamento do álbum engavetado, mas suas prioridades eram diferentes daquelas da gravadora, e o papo esfriou. Descoberto antes desse encontro pelo produtor Rodrigo Gorky, hoje conhecido pelo trabalho com Pabllo Vittar, o disco chegou aos ouvidos de Junqueiro, fã declarado do cantor, que logo se interessou. Kassin, produtor que trabalhou na finalização póstuma do álbum "Racional 3", de Tim Maia, foi chamado para ajudar. No primeiro contato com as músicas, ele diz, sentiu que tinha "um negócio enorme na frente". O produtor conta que o trabalho que ele e Gorky fizeram foi apenas de "limpar e viabilizar", além de reorganizar e mixar as músicas, sem edições ou acréscimos. Em sua opinião, o álbum não precisa de muitos retoques para ser lançado. Segundo Junqueiro, ainda há o que ser feito. "Chamei Cassiano para ouvir, ele se lembrava de tudo, mas concordava que faltava muito. O que existe é uma pré-mixagem e, a partir dela, terminar o disco, caso a família queira finalizar. Na minha opinião, não está terminado. Mas, se a família achar que está terminado, tudo bem. Estamos tentando encontrar uma maneira de chegar lá." Um dos impeditivos para que o disco perdido de 1978 seja lançado é a falta de créditos aos músicos que participaram das gravações. Claudio Zoli, no entanto, lembra não só que gravou "backing vocals", mas sabe de vários dos instrumentistas envolvidos no disco. Tinha 14 anos e mal tocava violão, mas Cassiano vislumbrou um futuro para ele na música. "A gente se reunia numa casa lá em Jacarepaguá", diz Zoli. "Era aquele clima meio Novos Baianos, todo mundo dormindo lá, ensaiando. Nos reunimos para gravar esse disco da CBS, que não saiu, e o Cassiano fazia um ‘esquenta' antes de entrar em estúdio. Ficava tocando violão, falando sobre harmonia." Há alguns registros desses momentos de "esquenta" e também de estúdio feitos por Paulo Ricardo Botafogo, que é fotógrafo. Ele acreditava, sem muita certeza, que eram imagens da gravação de "Cuban Soul", disco de Cassiano do qual fez a foto da capa, gravado há 50 anos. Mas é bastante improvável que Zoli, nascido em 1964, tivesse apenas 11 anos nas imagens. Produtor que trabalhou com Tim Maia e foi amigo de Cassiano, Carlos Lemos se mudou da Philips, hoje Universal, para a CBS, hoje Sony, na segunda metade dos anos 1970. Pelas fotos, ele diz ter certeza que as gravações aconteceram no estúdio Haway, que era alugado pela CBS. Ele também confirma as identidades dos músicos lembrados por Zoli. São eles os guitarristas Paulinho Roquette, Paulinho Guitarra, Beto Cajueiro e Paulo Zdan, além de Dom Charles no piano e Paulo César Barros no baixo. Quem também corrobora as lembranças de Zoli é Paulo Zdan, médico de Cassiano, de quem se tornou grande amigo e foi letrista do disco "Cuban Soul". Morto há um ano, ele deu uma entrevista a Christian Bernard, que preparava um documentário sobre Cassiano —o filme acabou não autorizado pela família. A reportagem ouviu uma pré-mixagem desse disco de 1978, que destaca a faceta mais suingada de Cassiano. É um registro coeso de 12 faixas, mais funk do que soul, com vocais simultâneos cheios de candura e um flerte com a música disco daquela época. Para Kassin, é um registro "mais pop". "Se tivesse saído na época, teria feito sucesso", ele diz. Junqueiro, da Sony, concorda que as faixas mantêm uma coerência, mas que não é possível saber se isso se manteria caso Cassiano continuasse o trabalho no álbum. "Não tem nenhuma música que eu imagino que o Cassiano não botaria no disco. Talvez ele colocasse mais músicas. É um disco mais para cima, mas para ser mais dançante faltam arranjos." Clara, filha de Cassiano, lembra que o pai não tinha boas memórias da época que fez esse disco. "Não sei o que ele estava sentindo, mas não era um momento feliz para ele", ela diz. "Ele já não se via mais tanto como aquele Cassiano de 1978. Mas hoje reconheço a importância de lançar. Acho que todo mundo merece, mesmo que ele não tenha ficado tão empolgado assim com a ideia."  Retrato do cantor Cassiano em 1998 As gravações foram pausadas depois que Cassiano teve tuberculose e passou por uma cirurgia para a retirada de uma parte do pulmão. Mas as pessoas ouvidas pela reportagem também relatam um hábito constante do artista —demorar para finalizar seus trabalhos, ao ponto de as gravadoras desistirem de bancar as horas de estúdio e os músicos caros, pondo os projetos na geladeira. Bernard, o documentarista, também afirma que foi logo após as gravações desse álbum da CBS que Cassiano rompeu com Paulo Zdan e ficou 40 anos sem falar com ele. "Zoli depois tocou na banda do Cassiano, no show ‘Cassiano Disco Club'. Mas na verdade não tocou. Só ensaiou e, como nunca faziam shows, ele e o Zdan saíram e montaram a banda Brylho." A década de 1980 marcou o período de maior dificuldade para Cassiano, que passou a gravar esporadicamente, parou de lançar álbuns e enfrentou dificuldades financeiras. Cassiano nasceu em Campina Grande, na Paraíba, e no fim dos anos 1940 se mudou para o Rio de Janeiro com o pai, que ganhava a vida como pedreiro e era também um seresteiro e amigo de Jackson do Pandeiro. O menino acompanhava, tocando cavaquinho desde pequeno. Conheceu Amaro na Rocinha, onde morava, e formou com ele e o irmão, conhecido como Camarão, o Bossa Trio, que deu origem à banda Os Diagonais. O forte do trio eram os vocais simultâneos. Chegaram a gravar até para Roberto Carlos. "Ele era um mestre em vocalização. Era impressionante, um talento", diz Jairo Pires, que foi produtor de diversos discos de Tim Maia e depois diretor de grandes gravadoras. "Foram pioneiros nessa música negra. Esse tipo de vocalização era muito moderna. Ele já tinha essa coisa no sangue. Por isso que o Tim amava o Cassiano." Não demorou até que o lado compositor do artista fosse notado por gente da indústria. Em 1970, ele assinou quatro músicas do primeiro disco de Tim Maia e ainda é tido como um arranjador informal, por não ter sido creditado, daquele álbum. O Síndico havia voltado dos Estados Unidos impregnado pela música negra americana, e a única pessoa que tinha bagagem suficiente para conversar com ele era Cassiano. "Cassiano tinha esse dom", diz Carlos Lemos, que foi de músico a assistente de produção e depois produtor nessa época. "Ele era muito criativo e teve momentos na gravação que ele cantou a bola de praticamente o arranjo todo. Ele não escrevia, mas sabia o que queria. Praticamente nos três primeiros discos do Tim Maia ele estava junto." Dali em diante, o paraibano despontou numa carreira solo que concentra nos anos 1970 sua fase mais influente. São três discos —"Imagem e Som", de 1971, "Apresentamos Nosso Cassiano", de 1973, e o mais conhecido deles, "Cuban Soul: 18 Kilates", de 1976, que teve duas músicas em novelas da Globo. São elas "A Lua e Eu", o maior sucesso em sua voz, e "Coleção", que há 30 anos virou hit com Ivete Sangalo, na Banda Eva. Lemos se recorda de que chegou a dividir apartamento com Cassiano e outros músicos na rua Major Sertório, no centro de São Paulo, nos anos 1970. O artista estava apaixonado por uma mulher chamada Ingrid, para quem compôs algumas músicas. Era uma época inspirada para o cantor, que em 1975 atingiu sucesso com "A Lua e Eu", produzida por Lemos e feita ao longo de seis meses. "Produzir um disco com Cassiano demorava uma infinidade", afirma Carlos Lemos. "Ele entrava em estúdio, falava que queria assim e assado, chamava os músicos. Quando voltava para o aquário [espaço onde se ouvem as gravações], já tinha outra coisa na cabeça. Era difícil gravar. Você tinha que administrar uma criatividade excessiva. Ele falava ‘isso pode ficar muito melhor', e realmente ficava. Mas quem tem paciência? A gravadora quer vender logo. Mas era nessa essência que estava a verdade dele —e também seu sucesso." Lemos calcula que, na época em que faziam "A Lua e Eu", deixaram mais de 20 músicas prontas, mais de 500 horas de gravações em estúdio, uma quantidade de fitas suficiente para encher um cômodo inteiro. Procurada pela reportagem desde o fim do ano passado, a Universal, que hoje detém o acervo da Philips, onde essas gravações aconteceram, não respondeu sobre o paradeiro das fitas. O antigo assistente lembra que Jairo Pires, então um dos diretores da Philips, ficava desesperado com essa situação. "Ele tinha um temperamento difícil", diz Pires. "Fora do estúdio, era maravilhoso, um doce de criatura, mas, quando entrava no estúdio, era complicado." Cassiano era especialmente preocupado com o ritmo e a química entre baixo e bateria, com os quais gastava dias e mais dias fazendo e refazendo. Claudio Zoli diz que ele gravava cada parte da bateria separadamente para depois juntar, o que para Ed Motta era "uma invenção da bateria eletrônica antes de ela existir". Lemos conta que Cassiano tinha uma precisão detalhista. "Ele tinha uma visão de matemática forte, de como as frequências combinavam. E era o grande segredo de tudo, porque nem sempre o resultado da sonoridade é o que está na imaginação. Só vi coisa parecida em João Gilberto. E também com Tim Maia —que não respeitava quase ninguém, mas respeitava Cassiano." Outras duas pessoas ouvidas pela reportagem lembraram o pai da bossa nova para falar de Cassiano. Uma delas é Claudio Zoli, que destaca sua qualidade como compositor. O outro é Ed Motta, que foi amigo do paraibano e tentou diversas vezes viabilizar sua carreira. "Ele era o João Gilberto do soul brasileiro", afirma. "Mas, você imagine, um João Gilberto que não é abraçado pelos tropicalistas. Claro que ele tinha um gênio difícil, mas e a Maria Bethânia não tem?" Cassiano chegou a integrar a mesma gravadora de Bethânia e Caetano Veloso, a Philips, mas no braço da firma dedicado à música mais popular, a Polydor. Lemos, o assistente de produção, diz que o paraibano, na época, era humilde e não tinha rancor, mas não dava tanta importância aos baianos, "porque sua qualidade musical era muito superior à de todos eles".  Capa do álbum 'Cuban Soul: 18 Kilates', de Cassiano, de 1976 - Reprodução "Ainda tinha uma rivalidade interna dentro da Philips, criada naturalmente. Poucos sabem que quem sustentava toda a estrutura da gravadora para os baianos serem os caras eram os artistas da Polydor. A Philips gastava e tinha nome, amava os baianos, mas eles nunca venderam como Tim Maia. Vendiam coisa de 50 mil cópias", diz o produtor. Os desentendimentos com a indústria foram gerando mais problemas com o passar do tempo. Paulo Ricardo Botafogo conta que Cassiano recusava oportunidades de aparecer em programas de TV, dar entrevistas e ser fotografado. "Não sei se foi sacaneado, mas ele era um cara muito fácil de enganar. Era muito puro, quase uma criança", afirma. "Cassiano ganhava dinheiro e distribuía entre os músicos. E imagine o que ele passou. Preto, pobre e nordestino. Ele se achava feio. Chamavam ele de ‘Paraíba'", diz Paulo Ricardo Botafogo. Quando "Cuban Soul" foi lançado, depois das centenas de horas de gravações lembradas por Carlos Lemos, o cantor deixou a gravadora. Há na capa do disco um detalhe que, segundo Botafogo, Cassiano interpretou como uma indireta sutil contra ele —é um espaço entre as sílabas da primeira palavra do título do álbum, deixando um "cu" em destaque. Uma reportagem deste jornal de 2001 retratou a dificuldade de Cassiano para gravar. "Levamos para várias gravadoras, mas nenhuma teve interesse, até por ele estar há muito fora da mídia. Mas sua participação em ‘Movimento' prova que ele está a mil, numa fase criativa. Ele tem umas 150 músicas no baú", disse William Magalhães na época.  CD com músicas inéditas do músico Cassiano, morto em 2021 - Eduardo Anizelli/Folhapress "Movimento", o disco que marcou o retorno da Black Rio sob o comando do filho de Oberdan, traz composições, arranjos e a voz de Cassiano, como a faixa "Tomorrow". É uma das músicas que a dupla trabalhou em conjunto, incluindo uma gravação dela apenas com o paraibano cantando, além de duas canções já famosas de maneira informal entre fãs e amigos do artista, "Pérola" e "Maldito Celular". Feitas entre 1993 e 1995, foram gravadas como "demo" e nunca lançadas comercialmente. Magalhães já havia tocado teclado e piano com Cassiano alguns anos antes. Foi quando Ed Motta conseguiu convencer um italiano chamado Willy David a bancar um disco do cantor. "Falei que ele era um gênio, o Stevie Wonder brasileiro", diz. "George Benson era amigo desse David e ia participar do disco. Chegou até a ouvir algumas músicas." Eles gravaram as "demos" no estúdio de Guto Graça Mello, no Rio de Janeiro. As fitas em melhor qualidade dessas gravações, nunca lançadas, estariam com David, que nunca mais foi localizado depois de ter ido morar em Cuba. Nem mesmo por Christian Bernard, que o procurou exaustivamente nos últimos anos para seu documentário. Há, no entanto, cópias dessas faixas em qualidade pior com amigos do cantor. "São umas oito músicas inéditas, coisas que ele já tinha guardado por anos", diz Ed Motta. "Não era um disco pronto, mas tinha qualidade de disco." Na segunda metade da década de 1980, Cassiano passava por dificuldades financeiras até para conseguir o que comer. Tinha apenas um violão antigo, de estrutura quadrada, que o pai fez, ainda na Paraíba, e que a família guarda até hoje. Morava no Catete, no Rio de Janeiro, e costumava gravar em estúdios liberados por amigos nas horas vagas —caso da estrutura do músico e produtor Junior Mendes, na Barra da Tijuca.  Violão feito pelo pai do músico Cassiano, morto em 2021 - Eduardo Anizelli/Folhapress Cassiano viveu um breve renascimento artístico na virada dos anos 1980 para os 1990. Ele se casou com Cássia, aprendeu a tocar piano e fez um show lotado no Circo Voador, registrado em vídeo. Gravou também o álbum "Cedo ou Tarde", com um repertório de canções antigas, que saiu pela Sony em 1991 e tem participações de Djavan, Marisa Monte, Sandra de Sá e Luiz Melodia, entre outros. Esse álbum não vendeu tão bem, o que frustrou os planos de gravar material novo, mas, com o sucesso de "Coleção" na voz de Ivete Sangalo, há 30 anos, Cassiano conseguiu comprar um apartamento às margens da lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. Praticamente não fazia shows e sobrevivia dos direitos autorais que ganhava com suas composições. No início da década de 2000, William Magalhães chegou a viabilizar a gravação de um disco para Cassiano. Diretor da gravadora Regata, Bernardo Vilhena tinha US$ 140 mil para um álbum de Claudio Zoli, que acabou indo para outro selo. Com isso, decidiu redirecionar todo esse dinheiro ao paraibano. "Quando Cassiano soube disso, disse ‘US$ 140 mil é só a luva'", diz Magalhães. "Ele era muito orgulhoso, queria que as pessoas o tratassem à altura que ele se via. Seria o dinheiro para começar a produzir. A gente conseguiria fazer, mas ele recusou por causa dos traumas que tinha da indústria. Quando soube que o dinheiro era do Zoli, ainda se sentiu desmerecido, por ser um discípulo dele. Não tirando o direito dele, mas acho que ele viajou um pouco nesse trauma." Ao longo das últimas décadas, Magalhães diminuiu o contato com Cassiano, mas eles se reaproximaram no fim da vida do cantor. Falaram sobre fazer novos projetos, e o paraibano disse que o líder da Black Rio, que ele admirava por ser um grande músico negro, era uma das poucas pessoas com quem ele aceitaria trabalhar àquela altura. "O que eu posso dizer é que o Cassiano ainda vai dar muito pano para manga", afirma Magalhães. "O dia que a Cássia abrir esse baú dele, eu sou o primeiro da fila." Há muitas razões pelas quais Cassiano não conseguiu deixar uma obra mais volumosa, e elas não têm a ver com o respeito que ele tem até hoje no meio da música. Mas o ícone da soul music brasileira encarava essa devoção com ceticismo. "Mestre é o cacete. Não adianta falar isso. Me bota no estúdio", ele dizia, segundo Cássia, a viúva. "Era assim. Todo mundo pira nas ideias do cara, mas ninguém deixa ele gravar. O empresário André Midani chegou a declarar que as gravadoras devem um disco ao Cassiano", afirma ela. "Tudo bem, é ‘cult', é um nicho, mas é um nicho importante e não é tão pequeno assim." O último "não" que Cassiano ouviu de uma gravadora talvez tenha sido nos momentos posteriores à reunião de 2016 com Paulo Junqueiro. Depois de falar à reportagem, o presidente da Sony pediu para marcar uma nova entrevista, em que admitiu ter ouvido o material novo que o paraibano queria lançar e não quis apostar naquelas músicas. A Sony passava por um período complicado, ele diz. Tinha feito uma reestruturação em que perdeu muita gente de sua equipe. "Do que ouvi, não fiquei tão fascinado e, quando pensei em fazer discos inéditos do Cassiano àquela altura, disse ‘não consigo'. Não tinha estrutura financeira nem emocional." Posto isso, ele acrescenta que se arrepende profundamente. "Ajoelho no milho todos os dias. Tive uma oportunidade de ouro nas mãos, de registrar as últimas obras dele, e a perdi. Não tenho nem palavras para pedir desculpas à família, aos fãs e a mim mesmo. Não tenho como ser mais honesto do que estou sendo. Se gostei ou não, foda-se. Se vai vender para caralho ou não, foda-se." Junqueiro se põe à disposição da família para lançar o disco de 1978, diz que tinha seus motivos para fazer o que fez, mas errou. "Se alguém tivesse me contado essa história, eu ia falar ‘olha que filho da puta, não gravou as coisas do Cassiano'. Então, se eu teria essa visão sobre alguém, eu no mínimo tenho que ter essa visão sobre mim também." Hoje, Cassiano vive no imaginário por sua produção nos anos 1970 e pelos fragmentos que deixou espalhados em fitas e memórias. Dizia que fazer música era como o mar —"ondas que vêm e vão, mas nunca estão no mesmo lugar". Os fãs, por sua vez, aguardam uma movimentação das marés que traga para a superfície pelo menos algumas dessas pérolas submersas.

Venganzas del Pasado
La venganza será terrible del 08/05/2025

Venganzas del Pasado

Play Episode Listen Later May 9, 2025


La Venganza Será Terrible: todo el año festejando los 40 años Estudios AM 750 Alejandro Dolina, Patricio Barton Introducción • Entrada0:01:28 Segmento Inicial • ¿Quiere viajar al África?0:15:27 Segmento Dispositivo • Los duelos0:42:58 • "Duelo criollo" ♫ (Canta Nelly Omar/Guitarras de José Canet) Juan Rezzano/Lito Bayardo Segmento Humorístico • ¿Cómo seducir en el gimnasio? Sordo Gancé / Manuel Moreira • Presentación • "Los Ejes De Mi Carreta" ♫ (Atahualpa Yupanqui/Romildo Risso) • "For You Blue" ♫ (The Beatles) • "Palomita Blanca" ♫ (Anselmo Aieta/Francisco García Jiménez) • "Sampa" ♫ (Caetano Veloso) • "Qué Amargura! (Con sonido de Bandoneón)" ♫ (Antonio Cetinic/Antonio Modesto Pernas)

Brazuca Sounds
BONUS EP. (Fafá de Belém - Emoriô/Naturalmente)

Brazuca Sounds

Play Episode Listen Later May 6, 2025 2:59


Salve! This is a bonus episode for Brazuca Sounds ⁠paid subscribers⁠!Every episode is a different song. This is the song today:"Emoriô" and "Naturalemente" by Fafá de BelémToday we're celebrating the first compacto (single) released in 1975 by singer Fafá de Belém. "Emoriô" was written by João Donato with lyrics by Gilberto Gil, and its Afro-Brazilian arrangements, heavy percussion, and repetitive chorus elevated 19-year-old Fafá into a Brazilian star. The B-side, "Naturalmente", written by Donato with lyrics by Caetano Veloso, is no less impressive, with its carimbó rhythm, and putting a spotlight for the first time on the North sounds of Brazil, especially the state of Pará, where the singer was from. Caetano's lyrics are "a veritable linguistic playground", almost a catalog of Amazonian terminology, and I recommend checking out the full translation with our friends at Translationsmith.

São Paulo de Todos os Tempos
Randal Juliano - segunda parte #222

São Paulo de Todos os Tempos

Play Episode Listen Later May 6, 2025 51:52


Na segunda parte da entrevista, Randal Juliano explica com detalhes o incidente ocorrido entre ele e Caetano Veloso, durante o regime militar, e também os motivos que o levaram a sair da Rádio Jovem Pan.

Venganzas del Pasado
La venganza será terrible del 02/05/2025

Venganzas del Pasado

Play Episode Listen Later May 3, 2025


La Venganza Será Terrible: todo el año festejando los 40 años Estudios AM 750 Alejandro Dolina, Patricio Barton, Gillespi Introducción • Entrada0:09:00 Segmento Inicial • Instrucciones para vivir mejor0:17:10 Segmento Dispositivo • La venganza de Olga de Kiev0:55:10 • "Olga" ♫ (Versión de Ariel Ramírez) Francisco Peña, 1918 Segmento Humorístico • Las mascotas más raras que se están popularizando Sordo Gancé / Manuel Moreira • Presentación • "Una Tarde Cualquiera" ♫ (Rodolfo Taboada/Roberto Puccio/Miguel Ángel Puccio) • "Tigresa" ♫ (Caetano Veloso) • "Vivere" ♫ (Cesare Andrea Bixio) • "Blue Monk" ♫ (Thelonious Monk) • "Cuando Los Santos Vienen Marchando (When The Saints Go Marching In)" ♫ (Origen Desconocido) Brother Higginbotham.. blow it, boy!

Ciné Tempo
Année du Brésil (2/3) : Caetano Veloso, cinéphile et compositeur

Ciné Tempo

Play Episode Listen Later May 3, 2025 59:20


durée : 00:59:20 - Année du Brésil (2/3) : Caetano Veloso, cinéphile et compositeur - par : Thierry Jousse - Pour ce deuxième Ciné Tempo brésilien, nous suivons les aventures cinématographiques et musicales d'un grand musicien et chanteur brésilien, Caetano Veloso qu'on retrouvera, notamment, chez Pedro Almodovar, Wong Kar-wai ou Carlos Diegues…

Cuando los elefantes sueñan con la música
Cuando los elefantes sueñan con la música - Cumpleaños de Vinicius Cantuária - 29/04/25

Cuando los elefantes sueñan con la música

Play Episode Listen Later Apr 29, 2025 58:59


Hoy, 29 de abril, cumple años Vinicius Cantuária, baterista, guitarrista, cantante y compositor brasileño, que trabajó para Caetano Veloso, Gilberto Gil y Chico Buarque antes de emprender su propia carrera. Lo celebramos con discos como 'Sol na cara' de 1996 ('Sem pisar no chão' canción suya y de Caetano, 'O nome dela' suya y de Arto Lindsay, 'Ludo real' suya y de Chico Buarque); como 'Tucumã' de 1999 ('Amor brasileiro' -con Bill Frisell y Joey Baron-, 'Vivo isolado do mundo' de Alcides Dias Lopes -con Arto Lindsay-, 'Jóia' de Caetano Veloso -con Naná Vasconcelos y Sean Lennon-); como 'Vinicius' del año 2001 ('Agua rasa' -con Caetano-, 'Rio' -con David Byrne-, 'Quase choro' -con Brad Mehldau'-, 'Ela é carioca de Jobim'); como 'Indio de apartamento' del 2012 ('Moça feia' -con Ryuichi Sakamoto-, 'Quem sou eu' -con Norah Jones-, 'This time' -con Jesse Harris-. Además, Caetano canta 'Lua e estrela', de Cantuária, en el disco de 1981 'Outras palavras'.Escuchar audio

Brazuca Sounds
BONUS EP. (Jorge Ben - Jorge da Capadócia) | PREVIEW

Brazuca Sounds

Play Episode Listen Later Apr 23, 2025 2:17


Salve! This is a preview to our bonus episode for ⁠paid subscribers⁠!Every episode is a different song. This is the song today:"Jorge da Capadócia" by Jorge BenApril 23rd is a state holiday in Rio de Janeiro, celebrated in honor of Saint George's Day. Among his many devotees is Jorge Ben, who paid tribute to the saint in several songs, sometimes blended with Afro-Brazilian spirituality, through Saint George's syncretic counterpart, Ogum. One of his most iconic songs is "Jorge da Capadócia", released in 1975 on the album Solta o Pavão, featuring direct lines from a traditional prayer to Saint George, invoking protection against enemies. Find the full translation with our friends at Translationsmith. Over the years, the song has become a staple of Brazilian music, covered by influential artists like Caetano Veloso, pop singer Fernanda Abreu, and hip-hop legends Racionais MCs.

Cuando los elefantes sueñan con la música
Cuando los elefantes sueñan con la música - San Jorge (y el libro) - 23/04/25

Cuando los elefantes sueñan con la música

Play Episode Listen Later Apr 23, 2025 58:58


En el día de San Jorge y el día del libro grabaciones ad hoc de Caetano Veloso ('Lua de São Jorge', 'Cavaleiro de Jorge'), Jorge Ben ('Jorge de Capadócia'), Fernanda Abreu ('Jorge de Capadócia', 'Jorge de capadócia/Ponto de Oxóssi/Duo de Jorge'), Zeca Pagodinho & Jorge Ben ('Ogum'), Zeca Pagodinho & Seu Jorge ('Lua de Ogum'), Seu Jorge ('Alma de guerreiro'), Moacyr Luz ('Medalha de São Jorge'), María Bethânia ('Medalha de São Jorge'), Caetano Veloso ('Livros') y Vitor Ramil ('Livro aberto').Escuchar audio

Venganzas del Pasado
La venganza será terrible del 16/04/2025

Venganzas del Pasado

Play Episode Listen Later Apr 17, 2025


La Venganza Será Terrible: todo el año festejando los 40 años Estudios AM 750 Alejandro Dolina, Patricio Barton, Gillespi Introducción • Entrada0:01:36 • El segmento reflexivo en La Venganza0:08:16 Segmento Inicial • Datos científicos sobre el cuerpo humano0:12:19 • Oyentes Segmento Dispositivo • El mago Merlín0:51:22 • "Besos brujos" ♫ (Canta Libertad Lamarque) Alfredo Malerba y Rodolfo Sciammarella. Segmento Humorístico • ¡Mamá, me voy a vivir con mi pareja! Sordo Gancé / Manuel Moreira • Presentación • "Ay de Mí" ♫ (Homero Manzi/Sebastián Piana) • "Queixa" ♫ (Caetano Veloso) • "Crazy" ♫ (Gnarls Barkley) • "How High the Moon" ♫ (Nancy Hamilton/Morgan Lewis) • "Al Ritmo Del Pan Dulce De Rolón" ♫ (Ritmo de Maracas y Bongo, Los Lamas)

Cuando los elefantes sueñan con la música
Cuando los elefantes sueñan con la música - El desierto de Clélya Abraham - 04/04/25

Cuando los elefantes sueñan con la música

Play Episode Listen Later Apr 4, 2025 58:53


La pianista, compositora y vocalista Clélya Abraham, que tiene sus raíces en la isla antillana de Guadalupe, firma 'Atacama', su segundo disco, con piezas como 'Orion', 'Célébration', 'São Paulo' o 'Nébuleuse'. Élise Vasalluci canta 'Capharnaüm' -que da título a su primer disco- y 'The peacocks', de Jimmy Rowles, con letra en inglés y francés. Del disco del laudista tunecino Anouar Brahem 'After the last sky', con Dave Holland, Django Bates y Anja Lechner, 'Edward Said´s rêverie', 'After the last sky' y 'Dancing under the meteorites'. Y del disco del brasileño Thiago Amud 'Enseada perdida' las canciones 'Oração à cobra grande', 'Cidade possessa' -con Chico Buarque- y 'Cantiga de ninar o mar' -con Caetano Veloso-. Despide el cuarteto del baterista Sergio Reze con 'Conversa de botequim' de Noel Rosa.Escuchar audio

DeliCatessen
Rambalaya, entre el blues i el ball de sal

DeliCatessen

Play Episode Listen Later Apr 2, 2025 60:01


Torna la banda liderada pel bateria Anton Jarl i amb la veu imponent de Jonathan Herrero. "Plays for the brokenhearted"

Cuando los elefantes sueñan con la música
Cuando los elefantes sueñan con la música - La ensenada perdida de Thiago Amud - 27/03/25

Cuando los elefantes sueñan con la música

Play Episode Listen Later Mar 27, 2025 58:45


Del nuevo disco de Thiago Amud, 'Enseada perdida', las canciones 'Dinamismo', 'Oração à cobra grande', 'Se você pensasse', 'Cidade possessa' -con Chico Buarque-, 'Cantiga de ninar o mar' -con Caetano Veloso—, 'Dela' y 'O raio'. El guitarrista Cainã Cavalcante publica 'Coração de melodia' con grabaciones en solitario y con una orquesta de Estonia de 'Pedacinhos do céu', 'Faltando um pedaço', 'Mucuripe' o 'Carinhoso' -con la voz de Rosa Passos-. Despide el cuarteto del baterista Sergio Reze tocando 'Asa branca/O trenzinho do caipira/Lôro' de su disco 'Um olhar interior'.Escuchar audio

Mondolivro
Mondolivro - Caetano Veloso e sua produção literária

Mondolivro

Play Episode Listen Later Mar 27, 2025 1:19


No episódio de hoje, Afonso Borges destaca as obras literárias do músico Caetano Veloso. Confira! See omnystudio.com/listener for privacy information.

SBS Portuguese - SBS em Português
Zai Pereira e Márcio Mendes dão roupagem jazzística a Caetano e Djavan em Perth

SBS Portuguese - SBS em Português

Play Episode Listen Later Mar 21, 2025 7:14


Os músicos Zai Pereira e Márcio Mendes apresenta o show 'The music of Caetano Veloso e Djavan' no Ellington Jazz Club em Perth.

Trópico utópico
Trópico utópico - Mistérios - 19/03/25

Trópico utópico

Play Episode Listen Later Mar 19, 2025 60:05


Anexos al abecé de la música popular de Brasil en forma de compilaciones. Intervienen: Aloe Blacc & Clara Moreno, Curumin, Alice Smith & Aloe Blacc, Superhuman Happiness & Cult, Om’ Mas Keith, Forró in The Dark & Brazilian Girls & Angelique Kidjo, Mia Doi Todd, Caetano Veloso, Marisa Monte & Devendra Banhart & Rodrigo Amarante, Bebel Gilberto y Caetano Veloso & David Byrne.Escuchar audio

Trip FM
Regina Casé, 71 e acelerando!

Trip FM

Play Episode Listen Later Mar 14, 2025


A atriz e apresentadora fala sobre família, religião, casamento e conta pra qual de seus tantos amigos ligaria de uma ilha deserta Regina Casé bem que tentou não comemorar seu aniversário de 71 anos, celebrado no dia 25 de fevereiro. Mas o que seria um açaí com pôr do sol na varanda do Hotel Arpoador se transformou em um samba que só terminou às 11 horas da noite em respeito à lei do silêncio. "Eu não ia fazer nada, nada, nada mesmo. Mas é meio impossível, porque todo mundo fala: vou passar aí, vou te dar um beijo", contou em um papo com Paulo Lima. A atriz e apresentadora tem esse talento extraordinário pra reunir as pessoas mais interessantes à sua volta. E isso vale para seu círculo de amigos, que inclui personalidades ilustres como Caetano Veloso e Fernanda Torres, e também para os projetos que inventa na televisão, no teatro e no cinema.  Inventar tanta coisa nova é uma vocação que ela herdou do pai e do avô, pioneiros no rádio e na televisão, mas também uma necessidade. “Nunca consegui pensar individualmente, e isso até hoje me atrapalha. Mas, ao mesmo tempo, eu tive que ser tão autoral. Eu não ia ser a mocinha na novela, então inventei um mundo para mim. Quase tudo que fiz fui eu que tive a ideia, juntei um grupo, a gente escreveu junto”, afirma. No teatro, ao lado de artistas como o diretor Hamilton Vaz Pereira e os atores Luiz Fernando Guimarães e Patrícia Travassos, ela inventou o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, que revolucionou a cena carioca nos anos 1970. Na televisão, fez programas como TV Pirata, Programa Legal e Brasil Legal. "Aquilo tudo não existia, mas eu tive que primeiro inventar para poder me jogar ali”, conta. LEIA TAMBÉM: Em 1999, Regina Casé estampou as Páginas Negras da Trip De volta aos cinemas brasileiros no fim de março com Dona Lurdes: O Filme, produção inspirada em sua personagem na novela Amor de Mãe (2019), Regina bateu um papo com Paulo Lima no Trip FM. Na conversa, ela fala do orgulho de ter vindo de uma família que, com poucos recursos e sem faculdade, foi pioneira em profissões que ainda nem tinham nome, do título de “brega” que recebeu quando sua originalidade ainda não era compreendida pelas colunas sociais, de sua relação com a religião, da dificuldade de ficar sozinha – afinal, “a sua maior qualidade é sempre o seu maior defeito” –, do casamento de 28 anos com o cineasta Estêvão Ciavatta, das intempéries e milagres que experimentou e de tudo o que leva consigo. “Eu acho que você tem que ir pegando da vida, que nem a Dona Darlene do Eu Tu Eles, que ficou com os três maridos”, afirma. “A vida vai passando e você vai guardando as coisas que foram boas e tentando se livrar das ruins”. Uma das figuras mais admiradas e admiráveis do país, ela ainda revela para quem ligaria de uma ilha deserta e mostra o presente de aniversário que ganhou da amiga Fernanda Montenegro. Você pode conferir esse papo a seguir ou ouvir no Spotify do Trip FM.  [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d446165a3ce/header-regina-interna.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Trip. Além de atriz, você é apresentadora, humorista, escritora, pensadora, criadora, diretora… Acho que tem a ver com uma certa modernidade que você carrega, essa coisa de transitar por 57 planetas diferentes. Como é que você se apresentaria se tivesse que preencher aquelas fichas antigas de hotel? Regina Casé. Até hoje ponho atriz em qualquer coisa que tenho que preencher, porque acho a palavra bonita. E é como eu, vamos dizer, vim ao mundo. As outras coisas todas vieram depois. Mesmo quando eu estava há muito tempo sem atuar, eu era primeiramente uma atriz. E até hoje me sinto uma atriz que apresenta programas, uma atriz que dirige, uma atriz que escreve, mas uma atriz. Você falou numa entrevista que, se for ver, você continua fazendo o mesmo trabalho. De alguma maneira, o programa Brasil Legal, a Val de "Que Horas Ela Volta", o grupo de teatro "Asdrúbal Trouxe o Trombone" ou agora esse programa humorístico tem a mesma essência, um eixo que une tudo isso. Encontrei entrevistas e vídeos maravilhosos seus, um lá no Asdrúbal, todo mundo com cara de quem acabou de sair da praia, falando umas coisas muito descontraídas e até mais, digamos assim, sóbrias. E tem um Roda Viva seu incrível, de 1998. Eu morro de pena, porque também o teatro que a gente fazia, a linguagem que a gente usava no Asdrúbal, era tão nova que não conseguiu ser decodificada naquela época. Porque deveria estar sendo propagada pela internet, só que não havia internet. A gente não tem registros, não filmava, só fotografava. Comprava filme, máquina, pagava pro irmão do amigo fazer aquilo no quarto de serviço da casa dele, pequenininho, com uma luz vermelha. Só que ele não tinha grana, então comprava pouco fixador, pouco revelador, e dali a meses aquilo estava apagado. Então, os documentos que a gente tem no Asdrúbal são péssimos. Fico vendo as pouquíssimas coisas guardadas e que foram para o YouTube, como essa entrevista do Roda Viva. Acho que não passa quatro dias sem que alguém me mande um corte. "Ah, você viu isso? Adorei!". Ontem o DJ Zé Pedro me mandou um TED que eu fiz, talvez o primeiro. E eu pensei: "Puxa, eu falei isso, que ótimo, concordo com tudo". Quanta coisa já mudou no Brasil, isso é anterior a tudo, dois mil e pouquinho. E eu fiquei encantada com o Roda Viva, eu era tão novinha. Acho que não mudei nada. Quando penso em mim com cinco anos de idade, andando com a minha avó na rua, a maneira como eu olhava as pessoas, como eu olhava o mundo, é muito semelhante, se não igual, a hoje em dia.  [VIDEO=https://www.youtube.com/embed/rLoqGPGmVdo; CREDITS=; LEGEND=Em 1998, aos 34 anos, Regina Casé foi entrevistada pelo programa Roda Viva, da TV Cultura; IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49b0ede6d3/1057x749x960x540x52x40/screen-shot-2025-03-14-at-180926.png] O Boni, que foi entrevistado recentemente no Trip FM, fala sobre seu pai em seu último livro, “Lado B do Boni”, como uma das pessoas que compuseram o que ele é, uma figura que teve uma relevância muito grande, inclusive na TV Globo. Conta um pouco quem foi o seu pai, Regina. Acho que não há Wikipedia que possa resgatar o tamanho do meu pai e do meu avô. Meu avô é pioneiríssimo do rádio, teve um dos primeiros programas de rádio, se não o primeiro. Ele nasceu em Belo Jardim, uma cidadezinha do agreste pernambucano, do sertão mesmo. E era brabo, criativo demais, inteligente demais, e, talvez por isso tudo, impaciente demais, não aguentava esperar ninguém terminar uma frase. Ele veio daquele clássico, com uma mão na frente e outra atrás, sem nada, e trabalhou na estiva, dormiu na rua até começar a carregar rádios. Só que, nos anos 20, 30, rádios eram um armário de madeira bem grandão. Daí o cara viu que ele era esperto e botou ele para instalar os rádios na casa das pessoas. Quando meu avô descobriu que ninguém sabia sintonizar, que era difícil, ele aprendeu. E aí ele deixava os rádios em consignação, botava um paninho com um vasinho em cima, sintonizado, funcionando. Quando ele ia buscar uma semana depois, qualquer um comprava. Aí ele disparou como vendedor dos rádios desse cara que comprava na gringa e começou a ficar meio sócio do negócio. [QUOTE=1218] Mas a programação toda era gringa, em outras línguas. Ele ficava fascinado, mas não entendia nada do que estava rolando ali. Nessa ele descobriu que tinha que botar um conteúdo ali dentro, porque aquele da gringa não estava suprindo a necessidade. Olha como é parecido com a internet hoje em dia. E aí ele foi sozinho, aquele nordestino, bateu na Philips e falou que queria comprar ondas curtas, não sei que ondas, e comprou. Aí ele ia na farmácia Granado e falava: "Se eu fizer um reclame do seu sabão, você me dá um dinheiro para pagar o pianista?". Sabe quem foram os dois primeiros contratados dele? O contrarregra era o Noel Rosa, e a única cantora que ele botou de exclusividade era a Carmen Miranda. Foram os primeiros empregos de carteira assinada. E aí o programa cresceu. Começava de manhã, tipo programa do Silvio, e ia até de noite. Chamava Programa Casé.  E o seu pai? Meu avô viveu aquela era de ouro do rádio. Quando sentiu que o negócio estava ficando estranho, ele, um cara com pouquíssimos recursos de educação formal, pegou meu pai e falou: "vai para os Estados Unidos porque o negócio agora vai ser televisão". Ele fez um curso, incipiente, para entender do que se tratava. Voltou e montou o primeiro programa de televisão feito aqui no Rio de Janeiro, Noite de Gala. Então, tem uma coisa de pioneirismo tanto no rádio quanto na televisão. E meu pai sempre teve um interesse gigante na educação, como eu. Esse interesse veio de onde? Uma das coisas que constituem o DNA de tudo o que fiz, dos meus programas, é a educação. Um Pé de Quê, no Futura, o Brasil Legal e o Programa Legal, na TV Globo… Eu sou uma professora, fico tentando viver as duas coisas juntas. O meu pai tinha isso porque esse meu avô Casé era casado com a Graziela Casé, uma professora muito, mas muito idealista, vocacionada e apaixonada. Ela trabalhou com Anísio Teixeira, Cecília Meireles, fizeram a primeira biblioteca infantil. Meu pai fez o Sítio do Picapau Amarelo acho que querendo honrar essa professora, a mãe dele. Quando eu era menina, as pessoas vinham de uma situação rural trabalhar como domésticas, e quase todas, se não todas, eram analfabetas. A minha avó as ensinava a ler e escrever. Ela dizia: "Se você conhece uma pessoa que não sabe ler e escrever e não ensina para ela, é um crime". Eu ficava até apavorada, porque ela falava muito duramente. Eu acho que sou feita desse pessoal. Tenho muito orgulho de ter vindo de uma família que, sem recursos, sem universidade, foi pioneira na cidade, no país e em suas respectivas... Não digo “profissões” porque ainda nem existiam suas profissões. Eu tento honrar.  [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49d1e03df5/header-regina-interna6.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Em 1999, a atriz e apresentadora estampou as Páginas Negras da Trip; ALT_TEXT=] Você tem uma postura de liderança muito forte. Além de ter preparo e talento, você tem uma vocação para aglutinar, juntar a galera, fazer time. Por outro lado, tem essa coisa da atriz, que é diferente, talvez um pouco mais para dentro. Você funciona melhor sozinha ou como uma espécie de capitã, técnica e jogadora do time? Eu nasci atriz dentro de um grupo. E o Asdrúbal trouxe o Trombone não era só um grupo. Apesar do Hamilton Vaz Pereira ter sido sempre um autor e um diretor, a gente criava coletivamente, escrevia coletivamente, improvisava. Nunca consegui pensar individualmente, e isso até hoje é uma coisa que me atrapalha. Todo mundo fala: "escreve um livro". Eu tenho vontade, mas falo que para escrever um livro preciso de umas 10 pessoas de público, todo mundo junto. Sou tão grupal que é difícil. Ao mesmo tempo, eu tive que ser muito autoral. Eu, Tu, Eles foi a primeira vez que alguém me tirou para dançar. Antes eu fiz participações em muitos filmes, mas foi a primeira protagonista. Quase tudo que fiz fui eu que tive a ideia, juntei um grupo, a gente escreveu junto. Então, eu sempre inventei um mundo para mim. No teatro eu não achava lugar para mim, então tive que inventar um, que era o Asdrúbal. Quando eu era novinha e fui para a televisão, eu não ia ser a mocinha na novela. Então fiz a TV Pirata, o Programa Legal, o Brasil Legal. Aquilo tudo não existia na televisão, mas eu tive que primeiro inventar para poder me jogar ali. Eu sempre me acostumei não a mandar, mas a ter total confiança de me jogar.  E nos trabalhos de atriz, como é? No Asdrúbal eu me lembro que uma vez eu virei umas três noites fazendo roupa de foca, que era de pelúcia, e entupia o gabinete na máquina. Eu distribuía filipeta, colava cartaz, pregava cenário na parede. Tudo, todo mundo fazia tudo. É difícil quando eu vou para uma novela e não posso falar que aquele figurino não tem a ver com a minha personagem, que essa casa está muito chique para ela ou acho que aqui no texto, se eu falasse mais normalzão, ia ficar mais legal. Mas eu aprendi. Porque também tem autores e autores. Eu fiz três novelas com papéis de maior relevância. Cambalacho, em que fiz a Tina Pepper, um personagem coadjuvante que ganhou a novela. Foi ao ar em 1986 e até hoje tem gente botando a dancinha e a música no YouTube, cantando. Isso também, tá vendo? É pré-internet e recebo cortes toda hora, porque aquilo já tinha cara de internet. Depois a Dona Lurdes, de Amor de Mãe, e a Zoé, de Todas as Flores. Uma é uma menina preta da periferia de São Paulo. A outra uma mulher nordestina do sertão, com cinco filhos. A terceira é uma truqueira carioca rica que morava na Barra. São três universos, mas as três foram muito fortes. Tenho muito orgulho dessas novelas. Mas quando comecei, pensei: "Gente, como é que vai ser?". Não é o meu programa. Não posso falar que a edição está lenta, que devia apertar. O começo foi difícil, mas depois que peguei a manha de ser funcionária, fazer o meu e saber que não vou ligar para o cenário, para o figurino, para a comida e não sei o quê, falei: "Isso aqui, perto de fazer um programa como o Esquenta ou o Programa Legal, é como férias no Havaí".  Você é do tipo que não aguenta ficar sozinha ou você gosta da sua companhia? Essa é uma coisa que venho perseguindo há alguns anos. Ainda estou assim: sozinha, sabendo que, se quiser, tem alguém ali. Mas ainda apanho muito para ficar sozinha porque, justamente, a sua maior qualidade é sempre o seu maior defeito. Fui criada assim, em uma família que eram três filhas, uma mãe e uma tia. Cinco mulheres num apartamento relativamente pequeno, um banheiro, então uma está escovando os dentes, outra está fazendo xixi, outra está tomando banho, todas no mesmo horário para ir para a escola. Então é muito difícil para mim ficar sozinha, mas tenho buscado muito. Quando falam "você pode fazer um pedido", eu peço para ter mais paciência e para aprender a ficar sozinha.  Você contou agora há pouco que fazia figurinos lá no Asdrúbal e também já vi você falando que sempre aparecia na lista das mais mal vestidas do Brasil. Como é ser julgada permanentemente? Agora já melhorou, mas esse é um aspecto que aparece mais porque existe uma lista de “mais mal vestidas". Se existisse lista para outras transgressões, eu estaria em todas elas. Não só porque sou transgressora, mas porque há uma demanda que eu seja. Quando não sou, o pessoal até estranha. Eu sempre gostei muito de moda, mais que isso, de me expressar através das roupas. E isso saía muito do padrão, principalmente na televisão, do blazer salmão, do nude, da unha com misturinha, do cabelo com escova. Volta e meia vinha, nos primórdios das redes sociais: "Ela não tem dinheiro para fazer uma escova naquele cabelo?". "Não tem ninguém para botar uma roupa normal nela?".  [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49c62141c1/header-regina-interna4.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Regina Casé falou à Trip em 1999, quando estampou as Páginas Negras; ALT_TEXT=] Antes da internet, existiam muitas colunas sociais em jornal. Tinha um jornalista no O Globo que me detonava uma semana sim e outra não. Eu nunca vou me esquecer. Ele falava de uma bolsa que eu tinha da Vivienne Westwood, que inclusive juntei muito para poder comprar. Eu era apaixonada por ela, que além de tudo era uma ativista, uma mulher importantíssima na gênese do Sex Pistols e do movimento punk. Ele falava o tempo todo: "Estava não sei onde e veio a Regina com aquela bolsa horrorosa que comprou no Saara". O Saara no Rio corresponde à 25 de março em São Paulo, e são lugares que sempre frequentei, que amo e que compro bolsas também. Eu usava muito torço no cabelo, e ele escrevia: "Lá vem a lavadeira do Abaeté". Mais uma vez, não só sendo preconceituoso, mas achando que estava me xingando de alguma coisa que eu acharia ruim. Eu pensava: nossa, que maravilha, estou parecendo uma lavadeira do Abaeté e não alguém com um blazer salmão, com uma blusa bege, uma bolsa arrumadinha de marca. Pra mim era elogio, mas era chato, porque cria um estigma. E aí um monte de gente, muito burra, vai no rodo e fala: "Ela é cafona, ela é horrorosa". Por isso que acho que fiquei muito tempo nessas listas.  O filme “Ainda Estou Aqui” está sendo um alento para o Brasil, uma coisa bem gostosa de ver, uma obra iluminada. A Fernanda Torres virou uma espécie de embaixadora do Brasil, falando de uma forma muito legal sobre o país, sobre a cultura. Imagino que pra você, que vivenciou essa época no Rio de Janeiro, seja ainda mais especial. Eu vivi aquela época toda e o filme, mesmo sem mostrar a tortura e as barbaridades que aconteceram, reproduz a angústia. Na parte em que as coisas não estão explicitadas, você só percebe que algo está acontecendo, e a angústia que vem dali. Mesmo depois, quando alguma coisa concreta aconteceu, você não sabe exatamente do que está com medo, o que pode acontecer a qualquer momento, porque tudo era tão aleatório, sem justificativa, ninguém era processado, julgado e preso. O filme reproduz essa sensação, mesmo para quem não viveu. É maravilhoso, maravilhoso.  [QUOTE=1219] Não vou dizer que por sorte porque ele tem todos os méritos, mas o filme caiu num momento em que a gente estava muito sofrido culturalmente. Nós, artistas, tínhamos virado bandidos, pessoas que se aproveitam. Eu nunca usei a lei Rouanet, ainda que ache ela muito boa, mas passou-se a usar isso quase como um xingamento, de uma maneira horrível. E todos os artistas muito desrespeitados, inclusive a própria Fernanda, Fernandona, a pessoa que a gente mais tem que respeitar na cultura do país. O filme veio não como uma revanche. Ele veio doce, suave e brilhantemente cuidar dessa ferida. Na equipe tenho muitos amigos, praticamente família, o Walter, a Nanda, a Fernanda. Sou tão amiga da Fernanda quanto da Nanda, sou meio mãe da Nanda, mas sou meio filha da Fernanda, sou meio irmã da Nanda e também da Fernanda. É bem misturado, e convivo muito com as duas. Por acaso, recebi ontem um presente e um cartão de aniversário da Fernandona que é muito impressionante. Tão bonitinho, acho que ela não vai ficar brava se eu mostrar para vocês. O que o cartão diz? Ela diz assim: "Regina, querida, primeiro: meu útero sabe que a Nanda já está com esse Oscar”. Adorei essa frase. "Segundo, estou trabalhando demais, está me esgotando. Teria uma leitura de 14 trechos magníficos, de acadêmicos, que estou preparando essa apresentação para a abertura da Academia [Brasileira de Letras], que está em recesso. O esgotamento acho que é por conta dos quase 100 anos que tenho". Imagina... Com esse trabalho todo. Aí ela faz um desenho lindo de flores com o coração: "Regina da nossa vida, feliz aniversário, feliz sempre da Fernanda". E me manda uma toalhinha bordada lindíssima com um PS: "Fernando [Torres] e eu compramos essa toalhinha de mão no Nordeste numa das temporadas de nossa vida pelo Brasil afora. Aliás, nós comprávamos muito lembranças como essa. Essa que eu lhe envio está até manchadinha, mas ela está feliz porque está indo para a pessoa certa. Está manchadinha porque está guardadinha faz muitos anos". Olha que coisa. Como é que essa mulher com quase 100 anos, com a filha indicada ao Oscar, trabalhando desse jeito, decorando 14 textos, tem tempo de ser tão amorosa, gentil, generosa e me fazer chorar? Não existe. Ela é maravilhosa demais. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49b9f0f548/header-regina-interna3.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Eu queria te ouvir sobre outro assunto. Há alguns anos a menopausa era um tema absolutamente proibido. As mulheres se sentiam mal, os homens, então, saíam correndo. Os médicos não falavam, as famílias não falavam. E é engraçado essa coisa do pêndulo. De repente vira uma onda, artistas falando, saem dezenas de livros sobre o assunto. Como foi para você? Você acha que estamos melhorando na maneira de lidar com as nossas questões enquanto humanidade? É bem complexo. Tem aspectos que acho que estão melhorando muito. Qualquer família que tinha uma pessoa com deficiência antigamente escondia essa pessoa, ela era quase trancada num quarto, onde nem as visitas da casa iam. E hoje em dia todas essas pessoas estão expostas, inclusive ao preconceito e ao sofrimento, mas estão na vida, na rua. Há um tempo não só não podia ter um casal gay casado como não existia nem a expressão "casal gay", porque as pessoas no máximo tinham um caso escondido com outra pessoa. Então em muitos aspectos a gente avançou bastante. Não sei se é porque agora estou ficando bem mais velha, mas acho que esse assunto do etarismo está chegando ainda de uma maneira muito nichada. Se você for assistir a esse meu primeiro TED, eu falo que a gente não pode pegar e repetir, macaquear as coisas dos Estados Unidos. Essa ideia de grupo de apoio. Sinto que essa coisa da menopausa, do etarismo, fica muito de mulher para mulher, um grupo de mulheres daquela idade. Mas não acho que isso faz um garoto de 16 anos entender que eu, uma mulher de 70 anos, posso gostar de basquete, de funk, de sambar, de namorar, de dançar. Isso tudo fica numa bolha bem impermeável. E não acho que a comunicação está indo para outros lados. É mais você, minha amiga, que também está sentindo calores. [QUOTE=1220] Tem uma coisa americana que inventaram que é muito chata. Por exemplo, a terceira idade. Aí vai ter um baile, um monte de velhinhos e velhinhas dançando todos juntos. Claro que é melhor do que ficar em casa deprimido, mas é chato. Acho que essa festa tem que ter todo mundo. Tem que ter os gays, as crianças, todo mundo nessa mesma pista com um DJ bom, com uma batucada boa. Senão você vai numa festa e todas as pessoas são idênticas. Você vai em um restaurante e tem um aquário onde põem as crianças dentro de um vidro enquanto você come. Mas a criança tem que estar na mesa ouvindo o que você está falando, comendo um troço que ela não come normalmente. O menu kids é uma aberração. Os meus filhos comem tudo, qualquer coisa que estiver na mesa, do jeito que for. Mas é tudo separado. Essa coisa de imitar americano, entendeu? Então, acho que essa coisa da menopausa está um pouco ali. Tem que abrir para a gente conversar, tem que falar sobre menopausa com o MC Cabelinho. Eu passei meio batida, porque, por sorte, não tive sintomas físicos mais fortes. Senti um pouco mais de calor, mas como aqui é tão calor e eu sou tão agitada, eu nunca soube que aquilo era específico da menopausa.  Vou mudar um pouco de assunto porque não dá para deixar de falar sobre isso. Uma das melhores entrevistas do Trip FM no ano passado foi com seu marido, o cineasta Estêvão Ciavatta. Ele contou do acidente num passeio a cavalo que o deixou paralisado do pescoço para baixo e com chances de não voltar a andar. E fez uma declaração muito forte sobre o que você representou nessa recuperação surpreendente dele. A expressão "estamos juntos" virou meio banal, mas, de fato, você estava junto ali. Voltando a falar do etarismo, o Estêvão foi muito corajoso de casar com uma mulher que era quase 15 anos mais velha, totalmente estabelecida profissionalmente, conhecida em qualquer lugar, que tinha sido casada com um cara maravilhoso, o Luiz Zerbini, que tinha uma filha, uma roda de amigos muito grande, um símbolo muito sólido, tudo isso. Ele propôs casar comigo, na igreja, com 45 anos. Eu, hippie, do Asdrúbal e tudo, levei um susto, nunca pensei que eu casar. O que aconteceu? Eu levei esse compromisso muito a sério, e não é o compromisso de ficar com a pessoa na saúde, na doença, na alegria, na tristeza. É também, mas é o compromisso de, bom, vamos entrar nessa? Então eu vou aprender como faz isso, como é esse amor, como é essa pessoa, eu vou aprender a te amar do jeito que você é. Acho que o pessoal casa meio de brincadeira, mas eu casei a sério mesmo, e estamos casados há 28 anos. Então, quando aconteceu aquilo, eu falei: ué, a gente resolveu ficar junto e viver o que a vida trouxesse pra gente, então vamos embora. O que der disso, vamos arrumar um jeito, mas estamos juntos. E acho que teve uma coisa que me ajudou muito. O quê? Aqui em casa é tipo pátio dos milagres. Teve isso que aconteceu com o Estêvão, e também a gente ter encontrado o Roque no momento que encontrou [seu filho caçula, hoje com 11 anos, foi adotado pelo casal quando bebê]. A vida que a gente tem hoje é inacreditável. Parece realmente que levou oito anos, o tempo que demorou para encontrar o filho da gente, porque estava perdido em algum lugar, igual a Dona Lurdes, de Amor de Mãe. Essa é a sensação. E a Benedita, quando nasceu, quase morreu, e eu também. Ela teve Apgar [escala que avalia os recém-nascidos] zero, praticamente morreu e viveu. Nasceu superforte, ouvinte, gorda, forte, cabeluda, mas eu tive um descolamento de placenta, e com isso ela aspirou líquido. Ela ficou surda porque a entupiram de garamicina, um antibiótico autotóxico. Foi na melhor das intenções, pra evitar uma pneumonia pelo líquido que tinha aspirado, mas ninguém conhecia muito, eram os primórdios da UTI Neonatal. O que foi para a gente uma tragédia, porque ela nasceu bem. Só que ali aprendi um negócio que ajudou muito nessa história do Estêvão: a lidar com médico. E aprendi a não aceitar os "não". Então quando o cara dizia "você tem que reformar a sua casa, tira a banheira e bota só o chuveiro largo para poder entrar a cadeira de rodas", eu falava: "Como eu vou saber se ele vai ficar pra sempre na cadeira de rodas?".  [QUOTE=1221] Quando a Benedita fala "oi, tudo bem?", ela tem um leve sotaque, anasalado e grave, porque ela só tem os graves, não tem nem médio, nem agudo. Mas ela fala, canta, já ganhou concurso de karaokê. Quando alguém vê a audiometria da Benedita, a perda dela é tão severa, tão profunda, que falam: "Esse exame não é dessa pessoa". É o caso do Estêvão. Quando olham a lesão medular dele e veem ele andando de bicicleta com o Roque, falam: "Não é possível". Por isso eu digo que aqui em casa é o pátio dos milagres. A gente desconfia de tudo que é “não”. É claro que existem coisas que são limitações estruturais, e não adianta a gente querer que seja de outro jeito, mas ajuda muito duvidar e ir avançando a cada "não" até que ele realmente seja intransponível. No caso do Estêvão, acho que ele ficou feliz porque teve perto por perto não só uma onça cuidando e amando, mas uma onça que já tinha entendido isso. Porque se a gente tivesse se acomodado a cada “não”, talvez ele não estivesse do jeito que está hoje. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49af631476/header-regina-interna2.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Eu já vi você falar que essa coisa da onça é um pouco fruto do machismo, que você teve que virar braba para se colocar no meio de grupos que eram majoritariamente de homens, numa época que esse papo do machismo era bem menos entendido. Isso acabou forjando o seu jeito de ser? Com certeza. Eu queria ser homem. Achava que tudo seria mais fácil, melhor. Achava maravilhoso até a minha filha ser mulher. Fiquei assustadíssima. Falei: "Não vou ser capaz, não vou acertar". Aí botei a Benedita no futebol, foi artilheira e tudo, e fui cercando com uma ideia nem feminista, nem machista, mas de que o masculino ia ser melhor pra ela, mais fácil. Mas aí aprendi com a Benedita não só a amar as mulheres, mas a me amar como mulher, grávida, dando de mamar, criando outra mulher, me relacionando com amigas, com outras mulheres. Isso tudo veio depois da Benedita. Mas se você falar "antigamente o machismo"... Vou te dizer uma coisa. Se eu estou no carro e falo para o motorista “é ali, eu já vim aqui, você pode dobrar à direita”, ele pergunta assim: “Seu Estêvão, você sabe onde é para dobrar?”. Aí eu falo: “Vem cá, você quer que compre um pau para dizer pra você para dobrar à direita? Vou ter que botar toda vez que eu sentar aqui? Porque não é possível, estou te dizendo que eu já vim ali”. É muito impressionante, porque não é em grandes discussões, é o tempo todo. É porque a gente não repara, sabe? Quer dizer, eu reparo, você que é homem talvez não repare. Nesses momentos mais difíceis, na hora de lidar com os problemas de saúde da Benedita ou com o acidente punk do Estêvão, o que você acha que te ajudou mais: os anos de terapia ou o Terreiro de Gantois, casa de Candomblé que você frequenta em Salvador? As duas coisas, porque a minha terapia também foi muito aberta. E não só o Gantois como o Sacré-Coeur de Marie. Eu tenho uma formação católica. Outro dia eu ri muito porque a Mãe Menininha se declarava católica em sua biografia, e perguntaram: "E o Candomblé"? Ela falava: “Candomblé é outra coisa”. E eu vejo mais ou menos assim. Não é que são duas religiões, eu não posso pegar e jogar a criança junto com a água da bacia. É claro que eu tenho todas as críticas que você quiser à Igreja Católica, mas eu fui criada por essa avó Graziela, que era professora, uma mulher genial, e tão católica que, te juro, ela conversava com Nossa Senhora como eu estou conversando com você. Quando ela recebia uma graça muito grande, ligava para mim e para minhas irmãs e falava: "Venham aqui, porque eu recebi uma graça tão grande que preciso de vocês para agradecer comigo, sozinha não vou dar conta." Estudei em colégio de freiras a minha vida inteira, zero trauma de me sentir reprimida, me dava bem, gosto do universo, da igreja. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49cbe34551/header-regina-interna5.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Em 1999, Regina Casé foi a entrevistada das Páginas Negras da Trip; ALT_TEXT=] Aí eu tenho um encontro com o Candomblé, lindíssimo, através da Mãe Menininha. Essa história é maravilhosa. O Caetano [Veloso] disse: "Mãe Menininha quer que você vá lá". Eu fiquei apavorada, porque achei que ela ia fazer uma revelação, tinha medo que fosse um vaticínio... Até que tomei coragem e fui. Cheguei lá com o olho arregalado, entrei no quarto, aquela coisa maravilhosa, aquela presença.. Aí eu pedi a benção e perguntei o que ela queria. Ela falou: "Nada não, queria conhecer a Tina Pepper". Então, não só o Gantuar, o Candomblé como um todo, só me trouxe coisas boas e acolhida. A minha relação com a Bahia vem desde os 12 anos de idade, depois eu acabei recebendo até a cidadania de tamanha paixão e dedicação. É incrível porque eu nunca procurei. No episódio da Benedita, no dia seguinte já recebi de várias pessoas orientações do que eu devia fazer. No episódio do Estêvão também, não só do Gantuar, mas da [Maria] Bethânia, e falavam: "Olha, você tem que fazer isso, você tem que cuidar daquilo". Então, como é que eu vou negar isso? Porque isso tudo está aqui dentro. Então, acho que você tem que ir pegando da vida, que nem a Dona Darlene do “Eu Tu Eles”, que ficou com os três maridos. A vida vai passando por você e você vai guardando as coisas que foram boas e tentando se livrar das ruins. A gente sabe que você tem uma rede de amizades absurda, é muito íntima de meio mundo. Eu queria brincar daquela história de te deixar sozinha numa ilha, sem internet, com todos os confortos, livros, música. Você pode ligar à vontade para os seus filhos, pro seu marido, mas só tem uma pessoa de fora do seu círculo familiar para quem você pode ligar duas vezes por semana. Quem seria o escolhido para você manter contato com a civilização? É curioso que meus grandes amigos não têm celular. Hermano [Vianna] não fala no celular, Caetano só fala por e-mail, é uma loucura, não é nem WhatsApp. Acho que escolheria o Caetano, porque numa ilha você precisa de um farol. Tenho outros faróis, mas o Caetano foi, durante toda a minha vida, o meu farol mais alto, meu norte. E acho que não suportaria ficar sem falar com ele. 

Cuando los elefantes sueñan con la música
Cuando los elefantes sueñan con la música - Más de cien años de Piazzolla - 11/03/25

Cuando los elefantes sueñan con la música

Play Episode Listen Later Mar 11, 2025 58:53


El 11 de marzo de 1921 nacía en Mar del Plata, Argentina, Astor Piazzolla, el genio que encontró nuevas expresiones para la música de la ciudad de Buenos Aires. Recordamos al compositor y bandoneonista con grabaciones de 'Caliente', 'Michelangelo 70', 'Milonga del ángel', 'Tanguedia III', 'Regreso al amor', 'Vuelvo al sur' -cantada por Roberto Goyeneche y también por Caetano Veloso-, 'Sur: los sueños', 'Revirado', 'Milonga loca', 'Libertango', 'Oblivion', 'Tristeza, separación' y 'Adiós nonino'. Escuchar audio

Cuando los elefantes sueñan con la música
Cuando los elefantes sueñan con la música - Themba, desde Sudáfrica - 10/03/25

Cuando los elefantes sueñan con la música

Play Episode Listen Later Mar 10, 2025 58:52


Hace 50 años que se grabó en Johannesburgo este disco del grupo sudafricano Themba ahora reeditado y del que suenan los cortes 'Themba themba' y 'Fana fana'. Del disco brasileño de la pianista canadiense Rosnes, 'Crossing paths', 'Pra dizer adeus' de Edu Lobo -con la voz del propio Edu-, 'Essa mulher' de Joyce Moreno y Ana Terra -con la voz de Joyce-, 'Trilhos urbano' de Caetano Veloso y 'Amor até o fim' de Gilberto Gil. Y Kurt Elling, el cantante de Chicago, acompañado por el pianista Sullivan Fortner en 'Ana Maria', de Wayne Shorter, y por el pianista Joey Calderazzo en 'Lost in the stars' de Kurt Weill y Maxwell Anderson y 'Stars (Endless stars)' de Fred Hersch y Norma Winstone. Abren la sesión Carlos Malta y Pife Muderno con 'Lero lero' de su disco 'Edu pife' dedicado a Edu Lobo.Escuchar audio

Brazuca Sounds
Brazuca Sounds #76: Ainda Estou Aqui - The Soundtrack

Brazuca Sounds

Play Episode Listen Later Mar 4, 2025 42:07


This episode soon will be exclusive for paid subscribers. Unlock this and future episodes at https://www.patreon.com/BrazucaSoundsIn episode #76, we talked about the soundtrack of the movie "I'm Still Here", Oscar winner for Best International Feature Film. From Tom Zé electrifying guitar-driver Tropicalia to the sarcastic pop of Juca Chaves' "Take Me Back to Piauí", we left no stone unturned, contextualizing what the songs represent to the narrative. Among other highlights are Erasmo Carlos, a couple of Roberto Carlos, Caetano Veloso, Mutantes and Serge Gainsbourg. Follow our playlist on Spotify: Brazuca Sounds Soundtrack Podcast.

Cuando los elefantes sueñan con la música
Cuando los elefantes sueñan con la música - Las plantas de Artemis(a) - 03/03/25

Cuando los elefantes sueñan con la música

Play Episode Listen Later Mar 3, 2025 58:51


La diosa griega Artemisa da nombre al grupo de mujeres -Ingrid Jensen (trompeta), Nicole Glover (saxo tenor), Noriko Ueda (contrabajo) y Allison Miller (batería)- que lidera la pianista canadiense Renee Rosnes. Del nuevo disco de Artemis, 'Arboresque', que acaba de publicarse, las piezas 'The smile of the snake' y 'Footprints' de Wayne Shorter. Del disco brasileño de Rosnes, 'Crossing paths' los nueve cortes: 'Frevo', de Egberto Gismonti, 'Pra dizer adeus' y 'Casaforte' de Edu Lobo -con la voz del propio Edu-, 'Essa mulher' de Joyce Moreno y Ana Terra -con la voz de Joyce-, 'Trilhos urbano' de Caetano Veloso, 'Canta, canta mais' de Jobim y Vinicius y 'Caminhos cruzados' de Jobim y Newton Mendonça -cantadas ambas por Maúcha Adnet-, 'Amor até o fim' de Gilberto Gil y 'Estórias da floresta' de Milton Nascimento. Abre el bajista John Patitucci, que ha participado en el disco de Renee Rosnes, con 'Silent prayer' de su reciente 'Spirit fall'. Escuchar audio

Brasil-Mundo
Conduzidas por sambistas argentinos, rodas de samba do Brasil viram fenômeno musical em Buenos Aires

Brasil-Mundo

Play Episode Listen Later Mar 2, 2025 7:57


Na Argentina, um fenômeno ganha força, sobretudo nesta época do ano: rodas de samba, típicas do Brasil, multiplicam-se pelo país. Já são 38 rodas, todas conduzidas por argentinos que cantam em português como se estivessem no Brasil. As apresentações acontecem também em bairros de Buenos Aires considerados berços do tango. Márcio Resende, correspondente da RFI em Buenos AiresArgentina. Buenos Aires. Samba. Quem acha que há algum erro nessa sequência, é porque não conhece um movimento que tem ganho, ano a ano, mais e mais adeptos: em toda a todo o país, já são 38 rodas de samba, metade delas em Buenos Aires.“Hoje podemos dizer que o movimento do samba em Buenos Aires é muito importante, e uma coisa notável é que a maioria das rodas de samba é conduzida por argentinos que gostaram de samba, que tiveram a oportunidade de entrar em contato com o ritmo”, explica à RFI Guillermo Schneider, integrante de duas rodas de samba, a “Bom Malandro” e a “Malandragem”, a primeira de argentinos, formada há 25 anos.Guillermo, já rebatizado Guilherme pelos amigos brasileiros, comete um pequeno erro: absolutamente todas as rodas de samba – em bom português – são lideradas por argentinos, assim como a grande maioria dos músicos. No público, os  frequentadores conhecem as letras e têm samba no pé.“Eu estava de viagem pelo Brasil quando escutei, pela primeira vez, um grupo de três pessoas tocando samba ao vivo. Eu nem sabia o que era. Eu fiquei apaixonado. Me aproximei e lhes perguntei o que estavam fazendo. Quando me responderam que faziam samba, pensei que queria aprender", recorda Guilherme, sobre a sua viagem a Porto Seguro, em 1998. "Voltei a Buenos Aires e comecei a estudar. Com o passar do tempo, muitas pessoas que assistiam o nosso samba começaram a formar os seus próprios grupos, e colegas meus, professores de música, passaram o conhecimento adiante para muita gente”, descreve.Mestre RenatoPor trás de tantos músicos argentinos dedicados ao samba, há um brasileiro. O carioca Renato dos Santos chegou a Buenos Aires em 1992 e foi o primeiro brasileiro a revelar aos argentinos como fazer. Na época, não havia rodas conduzidas por argentinos. Hoje, não há mais brasileiros liderando rodas.Renato também foi mestre de Guilherme e continua a ensinar os truques. “Fui o primeiro brasileiro que inventou de dar oportunidade aos músicos argentinos para tocarem. Mas eu não gosto de falar isso, porque eu ensino, mas não sou professor teórico. Não me considero professor deles, mas fui considerado assim por eles", indica Renato à RFI. "Eu explicava: ‘não, esse instrumento se toca assim'. Outra coisa que eu fazia era o ritmo. Um, dois. Marcava o tempo para eles. Em vez de tocar assim, mostrava o ritmo e o tempo, coordenados”, recorda.Hoje, Renato dos Santos é o convidado ilustre de qualquer roda de samba em Buenos Aires. Considerado uma eminência do gênero, é chamado ao palco. Quando aparece entre o público, uma roda de sambistas o cerca.“Eles me fazem chorar. Muitas vezes, estão tocando em lugares importantes. Apareço como cliente, mas não me deixam pagar. Mas eu lhes digo que o que aprenderam comigo já passou. O pessoal não aceita”, emociona-se Renato.O samba e o TangoNão é a canção homônima de Caetano Veloso, mas poderia inspirar outra. Nesse movimento de argentinos que entram num mundo tipicamente brasileiro, como o do samba, existe outra curiosidade: várias apresentações dessas rodas de samba acontecem em bairros historicamente ligados ao tango. É quando a queixa do bandoneon vira o choro da cuíca.Nessa fusão cultural dos dois ambientes, algumas rodas de samba acontecem, por exemplo, a poucos metros da casa onde morou o mítico Carlos Gardel, ao lado de espaços de referência do tango e perto de salões da típica dança argentina. No Centro Cultural Macedônia, num dia se dança tango, no dia seguinte, samba. Esse é um dos palcos do Samba na Calçada, a mais raiz de todas as rodas na Argentina.O líder do Samba na Calçada é o argentino Cristian Mansilla, que bem podia ter estudado o bandoneon do tango, mas preferiu a percussão e cavaquinho do samba.“Tem um paralelismo entre o samba e o tango com base na sofrência. A sofrência na poesia é muito parecida tanto no samba, quanto no tango. A diferença está na música, na forma de lidar com essa sofrência. O tango é uma sofrência de morrer e a música acompanha esse sentimento”, aponta Cristian à RFI.“Já no samba as letras também têm essa sofrência, mas a música é para frente, do tipo ‘levanta, sacode a poeira e dá volta por cima'”, compara.Leia tambémFenasamba e Federação de Carnaval de Paris assinam parceria para promover samba e carnaval na FrançaEnergia vitalMas o que leva um argentino a escolher um ritmo brasileiro, tão distante da própria cultura? “O samba me escolheu”, corrige Cristian. “Foi o samba que me escolheu porque eu sempre ouvi muita música, mas o samba me pegou para eu ficar colado nesse movimento, os instrumentos, a música, a harmonia, a poesia. Isso só me acontece com o samba. Escuto muitos outros gêneros de música, mas, quando escuto o samba, sinto uma coisa batendo aqui no peito que não acontece com nenhuma outra música. Chega a arrepiar”, desabafa Cristian.Laura Peirano tornou-se cantora de samba há três anos, quando formou o grupo Quintal do Galo. Ao falar sobre samba, a argentina abre um imenso sorriso para explicar as razões para a sua decisão.“Principalmente, essa energia que acontece nas rodas de samba, de cantar no formato de roda. Não temos isso aqui na Argentina. No folclore argentino ou no tango, essa energia de cantar em roda é como se fosse um coração, batendo o tempo todo com todas as pessoas ao mesmo ritmo, como um coração gigante”, descreve Laura à RFI.“Na roda de samba, você só precisa caminhar, bater a palma da mão e já está dançando. Todos os sambas têm o ‘laialaiá'. Você pode cantar sem saber a letra toda. Então, é muito mais democrático”, considera. “Essa felicidade do samba é um antídoto para este mundo que tem pego fogo e no qual tentamos sobreviver diante de muitas coisas tristes”, observa Laura.Nível altoE, afinal, as rodas de samba conduzidas por argentinos deixam a desejar ou o nível é alto como no Brasil? Para tirar essa dúvida, o mestre que ensinou a todos, Renato dos Santos, tem a resposta:“São de alta qualidade. As rodas de samba são excepcionais. Você até acha que está no Brasil", constata. "Inclusive tem grupos aqui em Buenos Aires que gravam os seus discos no Rio de Janeiro”, conta Renato.O aluno pioneiro, Guillermo Schneider, naturaliza a universalidade do samba: “Em todo o lugar do mundo, tem alguém que gosta de samba. Em todo lugar da Argentina, tem alguém que gosta de samba. Por quê? Porque o samba não tem fronteira. É um estilo que fala do povo, fala das pessoas, do coração das pessoas", salienta. "Você não tem que falar com o psicólogo do compositor porque ele escreve simples. Ele escreve direto. Ele conta a história da sua vida, conta o seu dia-a-dia. Ele conta o que é a vida no Brasil no morro e, hoje em dia, no asfalto”, conclui Guilherme.

Cuando los elefantes sueñan con la música
Cuando los elefantes sueñan con la música - El Brasil de Renee Rosnes - 26/02/25

Cuando los elefantes sueñan con la música

Play Episode Listen Later Feb 26, 2025 58:58


La pianista canadiense Renee Rosnes publica 'Crossing paths', un disco con obras de los brasileños Egberto Gismonti ('Frevo'), Edu Lobo ('Pra dizer adeus', 'Casaforte' -cantadas por el propio Edu-), Caetano Veloso ('Trilhos urbanos'), Joyce Moreno ('Essa mulher' -cantada por ella-) o Gilberto Gil ('Amor até o fim'). La cantante Paula Morelenbaum y el guitarrista Arthur Nestrovski firman 'Jobim canção' con canciones del maestro soberano: 'Caminhos cruzados', 'Wave', 'Você vai ver'. Y la hija de Paula y Jaques Morelenbaum, Dora, el disco 'Pique' con canciones como 'Não vou te esquecer', 'Caco' y 'VW blue'. Cierra el cuarteto de Dora, Júlia Mestre, Lucas Nunes y Zé Ibarra, Bala Desejo', con su 'Baile de máscaras'.Escuchar audio

Trópico utópico
Trópico utópico - Subúrbios - 26/02/25

Trópico utópico

Play Episode Listen Later Feb 26, 2025 60:59


Anexos al abecé de la música popular de Brasil en forma de compilaciones. Intervienen: Trio Calafrio, Maria Bethânia, Chico Buarque, Mart’nália, Caetano Veloso, Monarco & Martinho da Vila, Guinga, Tira Poeira, Jards Macalé, Leila Pinheiro, Francis Hime y Gal Costa.Escuchar audio

Cuando los elefantes sueñan con la música
Cuando los elefantes sueñan con la música - 'Qualquer coisa' y 'Jóia' - 18/02/25

Cuando los elefantes sueñan con la música

Play Episode Listen Later Feb 18, 2025 58:35


Hace 50 años que Caetano Veloso publicó en Brasil, de forma simultánea, dos discos -quiso que fueran dos y no un doble LP- de características opuestas y complementarias: 'Jóia' y 'Qualquer coisa'. Del primero, más conceptual y vanguardista, escuchamos las canciones 'Minha mulher', 'Guá', 'Pelos olhos', 'Lua, lua, lua, lua', 'Canto do povo de um lugar', 'Gravidade', 'Jóia' y 'Help'; del segundo, disco más de intérprete que de compositor, 'Qualquer coisa', 'Da maior importância', 'A tua presença', 'Samba e amor', 'Eleanor Rigby', 'For no one' y 'Drume negrinha'.Escuchar audio

Cuando los elefantes sueñan con la música
Cuando los elefantes sueñan con la música - Henri Salvador 'in memoriam' - 13/02/25

Cuando los elefantes sueñan con la música

Play Episode Listen Later Feb 13, 2025 58:46


El cantante y compositor francés Henri Salvador nos dejó un 13 de febrero a los 90 años de edad. Le recordamos con grabaciones de los años cincuenta de 'Dans mon île' -que también escuchamos grabada en 1980 por Caetano Veloso- y de 'Une chanson douce' y con canciones de sus discos de 2006 'Révérence' ('Cherche la rose' -dúo con Caetano-, 'La vie c´est la vie', 'Les amours qu´on délaisse', 'Tu sais je vais t´aimer') y de 2001 'Chambre avec vue' ('Chambre avec vue', 'J´ai vu', 'Il fait dimanche', 'Jazz Méditerranée', 'Vagabond', 'Je sais que tu sais', 'Mademoiselle', 'Le fou de la reine' -dúo con Françoise Hardy-). Escuchar audio

Trópico utópico
Trópico utópico - Eu e a brisa - 04/02/25

Trópico utópico

Play Episode Listen Later Feb 4, 2025 60:05


Anexos al abecé de la música popular de Brasil en forma de compilaciones. Intervienen: Tiago Iorc, Legiâo Urbana, Caetano Veloso, Wilson Simoninha, Cássia Eller, Dani Black, Chico Buarque, Luiza Possi, Titâs, Nana Caymmi, Orquestra Contemporânea de Olinda, Academia da Berlinda, Zé Cafofinho e Suas Correntes y Jam da Silva.Escuchar audio

Trópico utópico
Trópico utópico - 'O sole mio - 29/01/25

Trópico utópico

Play Episode Listen Later Jan 29, 2025 60:31


Anexos al abecé de la música popular de Brasil en forma de compilaciones. Intervienen: José Augusto, Toquinho, Emílio Santiago, Caetano Veloso, Mafalda Minozzi, Sandy & Júnior, Paulo Szot & David Marcondes, Zizi Possi, Stefano Saturnini, Família Lima, Jerry Adriani, Netinho y Nova Era.Escuchar audio

Cuando los elefantes sueñan con la música
Cuando los elefantes sueñan con la música - Milton y Caetano orquestales - 17/01/25

Cuando los elefantes sueñan con la música

Play Episode Listen Later Jan 17, 2025 58:49


La Orquestra do Estado de Mato Grosso toca música de Milton Nascimento en el disco 'Flores, janelas e quintais' ('Ponta de areia', 'Cravo e canela', 'Travessia', 'Canção de América') y la formacion dirigida por Gaia Wimer y Jaques Morelenbaum toca música de Caetano Veloso en 'Trem das cores' ('Trilhos urbanos'', 'Trem das cores' -con la voz de Mônica Salmaso-, 'Queixa', 'Tropicália', 'Minha voz, minha vida'). Escuchar audio

Trópico utópico
Trópico utópico - Na palma da mâo - 08/01/25

Trópico utópico

Play Episode Listen Later Jan 8, 2025 59:59


Anexos al abecé de la música popular de Brasil en forma de compilaciones. Intervienen: Quinteto Sâo do Mato, Renegado, Tânia Braz, Tulio Mourâo, Zé da Guiomar, Caetano Veloso, Roberto Carlos, Mariana Aydar, Wesley Safadâo, Marília Mendonça, Dona Onete, Roberta Sá, Fafá de Belém, Agepê y Dhi Ribeiro.Escuchar audio

Cuando los elefantes sueñan con la música
Cuando los elefantes sueñan con la música - Serrat en portugués y Chico en español - 07/01/25

Cuando los elefantes sueñan con la música

Play Episode Listen Later Jan 7, 2025 59:13


Aquilo del Nisso ('Deixe a menina'), Chico Buarque ('Pequeña serenata diurna'), Chico Buarque y Milton Nascimento ('O que será'), Chico Buarque ('Mar y luna', 'Cotidiano', 'Acalanto', 'Mambembe'', 'Construcción'), Daniel Viglietti ('Construcción', 'Dios le pague'), Joan Manuel Serrat con Bethânia ('Sinceramente tuyo'), Serrat con Gal Costa ('No hago otra cosa que pensar en ti'), Serrat con Caetano Veloso ('Cada loco con su tema'), Serrat ('De vez en cuando la vida') y Aquilo del Nisso ('Samba e amor'). Escuchar audio

Los conciertos de Radio 3
Los conciertos de Radio 3 - Versiones 4 - 07/01/25

Los conciertos de Radio 3

Play Episode Listen Later Jan 7, 2025 57:35


En este capítulo de versiones encontrarás a bandas como Carmen Vela, Twanguero, Penny Ikinger o Le Parody versionando a artistas como Caetano Veloso, Harry Styles, Camarón de la Isla o The Talking Heads. Escuchar audio

Cuando los elefantes sueñan con la música
Cuando los elefantes sueñan con la música - Beatles para fin de año - 31/12/24

Cuando los elefantes sueñan con la música

Play Episode Listen Later Dec 31, 2024 59:17


Canciones de los Beatles para despedir el año: 'Drive my car' (Bobby McFerrin), 'Minha vida'/'In my life' y 'Michelle' (Rita Lee), 'Norwegian wood' (Milton Nascimento), 'The long and winding road' (Danilo Rea), 'Across the universe' (André Mehmari), 'Because' (André Mehmari & Ná Ozzetti), 'Mother´s nature son', 'Julia' y 'She´s leaving home' (Uakti), 'She´s leaving home' (Toninho Horta), 'Martha, my dear' (Madeleine Peyroux), 'Eleanor Rigby' (Caetano Veloso) y 'Blackbird' (Brad Mehldau).Escuchar audio

DeliCatessen
Dora Morelenbaum, homenatge als cl

DeliCatessen

Play Episode Listen Later Dec 17, 2024 60:01


La filla de gran Jaques Morelenbaum debuta amb "Pique", un primer llarga durada que suposa tot un homenatge a les grans veus de la m

Cuando los elefantes sueñan con la música
Cuando los elefantes sueñan con la música - Los Morelenbaum - 16/12/24

Cuando los elefantes sueñan con la música

Play Episode Listen Later Dec 16, 2024 58:54


Jaques Morelenbaum con el Cello Samba Trio, que forma con el guitarrista Lula Galvão y el baterista Rafael Barata, tocando 'Tim tim por tim tim', 'Coração vagabundo' y 'Maracatuesday'; acompañando con su arreglo a Caetano Veloso en 'So in love' y, en directo en el estudio de Radio 3, en solitario, con 'Retrato em branco e preto' y 'Modinha' de Jobim. Su hija Dora, componente de Bala Desejo, canta 'Não vou te esquecer', 'Venha comigo', 'Essa confusão', 'Caco' y 'VW blue' en su disco 'Pique'. Y la madre de Dora, Paula Morelenbaum, acaba también de publicar un disco, 'Jobim canção', que firma con el guitarrista Arthur Nestrovski para canciones como 'Caminhos cruzados', 'Você vai ver', 'Wave' o 'Piano na Mangueira'.Escuchar audio

Venganzas del Pasado
La venganza será terrible del 12/12/2024

Venganzas del Pasado

Play Episode Listen Later Dec 13, 2024


Estudios Radio AM 750 Alejandro Dolina, Patricio Barton, Gillespi Introducción • Entrada Segmento Inicial • El boxeo: el deporte de moda • Oyentes Segmento Dispositivo • La castración • "Tu Pálida Voz" ♫ (Canta Charlo) Carlos José Perez de la Riestra/Homero Manzi, 1943. Segmento Humorístico • Cómo elegir una mascota que se adapte a tu estilo de vida Sordo Gancé / Manuel Moreira • Presentación1:40:25 • "Muñequita" ♫ (Francisco Lomuto/Adolfo Herschel, 1918) • "Sampa" ♫ (Caetano Veloso y A Outra Banda da Terra, Muito (Dentro da Estrela Azulada), 1978) • "El Viejito Del Acordeón" ♫ (José Domingo Aiello/Carmelo Aiello, 1936) Francisco Canaro, voz de Roberto Maida, 1934. • "Tenderly" ♫ (Walter Gross/Jack Lawrence, 1946) Canta Dick Farney, 1947. Chet Baker, 1956. Y Nat King Cole. También Sarah Vaughan. • "Al Ritmo Del Pan Dulce De Rolón" ♫ (Contrafactum de Ritmo De Maracas Y Bongos, Los Lamas, 1988) *La película con Tita Merello que a cada tanto glosan se llama El amor Nunca Muere, de Luis César Amadori, 1955.

Cuando los elefantes sueñan con la música
Cuando los elefantes sueñan con la música - La Orquesta Nómada - 27/11/24

Cuando los elefantes sueñan con la música

Play Episode Listen Later Nov 27, 2024 59:01


La brasileña Nomade Orquestra publica su quinto disco, 'Terceiro mundo', con temas como 'EntreMundos', 'O nascimento do sol invencível', 'Peixeira amolada e quebra queixo' o 'Cidade estrangeira'. Y la portuguesa Orquestra Jazz de Matosinhos ha editado en este 2024 'Música brasileira músicos portugueses' con grabaciones de 'Vovô Manuel', de Nailor Azevedo, 'Corcovado' y 'Wave', de Jobim, y 'Linha de passe' de João Bosco. Despiden Gaia Wilmer y Jaques Morelenbaum con 'Trihos urbanos' de su disco dedicado a Caetano Veloso 'Trem das cores'.Escuchar audio

Cuando los elefantes sueñan con la música
Cuando los elefantes sueñan con la música - Los afectos de Bruno Berle - 19/11/24

Cuando los elefantes sueñan con la música

Play Episode Listen Later Nov 19, 2024 58:49


Bruno Berle, cantante y compositor de Alagoas, que actúa mañana y pasado en Madrid y Barcelona, ha publicado este año 'No reino dos afetos 2' con canciones como 'Te amar eterno', 'New hit', 'Sonho', 'É só você chegar' o 'Tirolirole'. Lionel Loueke y Dave Holland firman 'United' con temas como 'Essaouira', 'Pure thought' y 'Transit'. Por los 80 años de Chico Buarque el contrabajista Jorge Helder ha grabado el disco 'Samba e amor' con 'As vitrines', 'O que será', 'Morro dois irmãos', 'Ela desatinou' o 'Brejo da cruz'. Despiden Gaia Wilmer y Jaques Morelenbaum tocando 'Trilhos urbanos' de Caetano Veloso. Escuchar audio

Budejo
#208. Apoiamos a escala 1x6

Budejo

Play Episode Listen Later Nov 17, 2024 37:18


Vamille foi a Brasília pela primeira vez e ajudou a estátua da Justiça a se defender de bomba, emprestou uma caneta bic pra Erika Hilton assinar a PEC da escala 6x1, deu dinheiro a bilionário pra prestigiar o cinema nacional e quase desmaiou no show de Maria Bethânia e Caetano Veloso quando descobriu que os dois eram irmãos.==========CRÉDITOS:- PARTICIPANTES: Luan Alencar, Pedro Philippe e Vamille Furtado - EDIÇÃO: Luan Alencar- TRILHA ORIGINAL: Victor Oliveira==========APOIE O BUDEJO:Para nos ajudar a continuar produzindo conteúdos como estes, considere nos apoiar financeiramente pela ORELO, para ter acesso a recompensas exclusivas: https://orelo.cc/budejo/apoios. Você também pode nos enviar qualquer valor, junto com uma mensagem, para o PIX budejopodcast@gmail.com.

Choque de Cultura - Ambiente de Música
T4 EP11 - Caetano Veloso e Furioso

Choque de Cultura - Ambiente de Música

Play Episode Listen Later Nov 7, 2024 31:37


Em ritmo de Kadett tunado, o episódio mergulha fundo na obra de Caetano Veloso. Maurílio exalta Caetano como o Flea brasileiro, enquanto Julinho e Renan decidem que o verdadeiro feito do cantor foi estacionar no Leblon. Em uma verdadeira “rasgação de seda” aos seus talentos pouco reconhecidos como piloto e manobrista, os três comparam Caetano a Serginho Mallandro, tecem teorias sobre rachas secretos com Adriana Calcanhotto e Cazuza, e questionam os nomes místicos de seus discos, como Transa e Livro. Misturando fatos e teorias, o trio reimagina Caetano como um verdadeiro homem furioso, fazendo uma homenagem que vai de rasante na trajetória do ícone da MPB.

Latin Roll, Rock en tu idioma

La historia de Pedro Aznar es bastante extensa, comenzó muy joven con Madre Atómica, fue integrante de la banda Seru Giran, uno de los proyectos musicales mas importantes en la historia de la música Argentina y del Pat Metheny Group, donde hizo varias giras mundiales y ganó 3 Premios Grammys. Con mas de 12 trabajos en estudio, una decena de bandas sonoras y grabaciones en directo, su carrera como solista se ha fortalecido. Ha participado en grabaciones y conciertos, con muchas de las más importantes figuras argentinas e internacionales, como: Charly García, Luis Alberto Spinetta, Mercedes Sosa, Fito Paez, Roger Waters, Shakira, Caetano Veloso o Soda Stereo, entre otros. Actualmente esta recorriendo el mundo con una gira para festejar sus 50 años en la música. Escucha la entrevista especial con Pedo Aznar aquí:

Brazuca Sounds
PREVIEW | Brazuca Sounds #71: Gal Costa- Cantar

Brazuca Sounds

Play Episode Listen Later Oct 29, 2024 4:36


This episode is exclusive for paid subscribers. We celebrate the 50-year release of "Cantar" by Gal Costa. Unlike her two previous works, the live album Fa-Tal, and the masterpiece album "India", this is a more soft, calm, reaffirming Gal Costa's and her early bossa nova style - before she turned into Tropicalia sex symbol. Produced by Caetano Veloso and several tracks arranged by João Donato, it was a massive commercial failure in the 1970s but regained a cult status over the years. It is the only Gal Costa album to make the "100 Greatest Brazilian Music Records" list chosen by Rolling Stone Brasil. All songs from Brazuca Sounds are available on our Spotify playlist: Brazuca Sounds Soundtracks. Get bonus content on Patreon Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.

Boia
Boia 275 - Miguel Pedreira faz as contas! Tito Rosemberg retorna!

Boia

Play Episode Listen Later Oct 29, 2024 156:16


No quarto show da turnê do Boia por terras lusitanas, tivemos como convidados especialíssimos MP, vulgo Miguel Pedreira, o paralelo português de Bruno Bocayuva no quesito nomes, números e datas do surfe, e Tito Rosemberg, em áudio no Pra Lá de Marrakesh e ao vivo, comentando suas próprias palavras. O impacto econômico da WSL em Portugal, o Festival de Curtas da Lourinhã, a entrega de prêmios das ondas grandes na Nazaré, a nova edição da ressuscitada SURFER, gaita de foles, os segredos da Margem Sul do Tejo e muito mais em maís um episódio antológico do podcast mais delirante dos sete mares. O episódio começa com o velho canalha Serge Gainsbourg cantando Vielle Canalle, segue com Jamie Hinckson e uma versão jazz de Waiting In Vain e a novidade portuguesa A Garota Não, com Dilúvio e encerra com o encontro luso-tupiniquim de Sérgio Godinho e Caetano Veloso com uma versão de Lisboa Que Amanhece de fazer inveja a Burt Bacharach.

Brazuca Sounds
FREE | BONUS EP. (Gal Costa: "A Rã")

Brazuca Sounds

Play Episode Listen Later Oct 23, 2024 14:29


Salve! This is a bonus episode for Brazuca Sounds paid subscribers!Every episode is a different song.This is the song today:"A Rã" by Gal Costa (written by João Donato/Caetano Veloso)João Donato composed this music as "The Frog", which was recorded by his friend João Gilberto as "O Sapo" and finally has its definitive title after Caetano Veloso wrote the lyrics. Gal Costa recorded for her Caetano's produced album "Cantar", from 1974, featuring Donato on the Fender Rhodes, what we consider the ultimate version of "A Rã". Get bonus content on Patreon Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.

Profiles With Maggie LePique
67th Monterey Jazz Festival Shorts Take Four: Lila Downs Episode Updated

Profiles With Maggie LePique

Play Episode Listen Later Oct 21, 2024 10:38


Lila Downs is one of the most influential artists in Latin America. She has one of the most unique voices in the world and is known for her charismatic performances. His own compositions combine genres and rhythms as diverse as Mexican rancheras and corridos, boleros, jazz standards, hip-hop, cumbia and popular American music. Frequently her lyrics focus on justice, immigration and women's problems.She grew up in both Minnesota and Oaxaca, Mexico, her mother is from the Mixtec indigenous group and her father was Scottish-American. Lila sings in Spanish, English and several native American languages ​​such as Zapotec, Mixtec, Nahuatl, Mayan and Purepecha.She has recorded duets with artists as diverse as Mercedes Sosa, Caetano Veloso, Juanes, Nora Jones, Juan Gabriel, Carla Morison, Natalia LaFourcade, Santana , The boss, Nina Pastori, Soledad, Diego La Cigala, Aida Cuevas, Toto La Momposina, and Bunbury. Chavela Vargas “named” Lila as her “successor.”She has been invited to sing with symphonies such as the Chicago Symphony Orchestra, the San Francisco Symphony and the UNAM Symphony in Mexico, as well as with Wynton Marsalis and the Lincoln Center Jazz Orchestra. He has given concerts at Carnegie Hall, the Lincoln Center, the Teatro Colón in Buenos Aires, the Hollywood Bowl and the National Auditorium in Mexico City. She was invited by Barack Obama to sing in the White House, and acted in the Oscars for her participation in the film Frida. Lila has recorded nine studio albums.She has been nominated for nine Grammy awards and has won six.Maggie & Lila discuss her first appearance at the infamous Monterey Jazz Festival and her amazing performance + members of her current band. Source: https://www.liladowns.com/language/en/Host Maggie LePique, a radio veteran since the 1980's at NPR in Kansas City Mo. She began her radio career in Los Angeles in the early 1990's and has worked for Pacifica station KPFK Radio in Los Angeles since 1994.Send us a textSupport the show@profileswithmaggielepique@maggielepique