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Debate da Super Manhã: O Natal é um convite para olhar para Jesus Cristo e para o sentido mais profundo desta data. Neste 25 de dezembro, os cristãos celebram o nascimento de Jesus, que, segundo a bíblia, veio ao mundo como sinal de amor, esperança e renovação. Ele nasceu de forma simples para ensinar valores que continuam atuais: solidariedade, perdão, humildade e cuidado com o próximo. Independentemente de religião, quais outros ensinamentos Jesus Cristo pode levar ao mundo atual, marcado pelas desigualdades? No Debate desta quinta-feira (25), a comunicadora Natalia Ribeiro conversa com os nossos convidados sobre a importância de Cristo e as reflexões provocadas pela maior figura da fé mundial. Participam o historiador e professor do Programa de Pós-graduação em Ciência Política da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Filipe Domingues, o coordenador da Comunidade dos Viventes, Gabriel Marquim, e o advogado e cientista político, doutor em Direito (PPGD/Unicap), titular da Cátedra Unesco/Unicap Dom Helder Câmara, coordenador do Cendhec e professor do Programa de Pós-graduação em Direitos Humanos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Manoel Moraes.
Graduado em Pedagogia pela Universidade Estadual do Vale do Acaraú, com especializações em psicopedagogia, educação especial, autismo, análise do comportamento aplicada e também em Neurociência pela Universidade Federal de Pernambuco, Victor Eustaquio passou a atuar no campo do autismo a partir de uma experiência em São Paulo na Associação de Amigos do Autista. Depois, migrou para o estado de Pernambuco, onde fundou a clínica Somar. Com essas credenciais, é entrevistado do mês no Espectros.O Espectros é o podcast de entrevistas da Revista Autismo. Acesse em: http://canalautismo.com.br/espectros
Pela primeira vez o Brasil terá um retrato detalhado da saúde mental da população adulta. Liderada por uma professora do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), a pesquisa nacional vai entrevistar 10 mil pessoas em todas as regiões do país para estimar a prevalência de transtornos mentais, avaliar fatores de risco e entender como questões sociais, familiares e o acesso aos serviços de saúde impactam o bem-estar emocional dos brasileiros. Em entrevista à CBN Vitória, a médica psiquiatra Maria Carmen Miranda detalha os objetivos do estudo, cita quais os principais transtornos investigados e explica como os dados poderão orientar políticas públicas de prevenção, diagnóstico e tratamento.
O Natal é um dos momentos mais especiais do ano, quando a gente se reúne com a família e os amigos para celebrar a vida, compartilhar histórias e fortalecer as relações. E tudo isso é feito aonde? Em volta da mesa! Sim, a ceia é o ponto forte desse momento, com receitas de família, que passam de geração em geração. E a gente quer agradar a todos, então acaba fazendo muitos pratos e em grandes quantidades. E quem não ama as comidas natalinas? Peru, bacalhau, tender, aquela farofinha deliciosa, arroz à grega, rabanada, panetone... já estou aqui salivando! Preparar a ceia avaliando direitinho as quantidades é o que a gente procura fazer, mas é comum sobrar comida. Uma alternativa para evitar o desperdício é congelar essas sobras. No episódio de hoje, a gente recebe a bióloga e professora do curso de Engenharia de Alimentos da Universidade Federal do Rio de Janeiro Karen Signori. Ela vai dar dicas preciosas de como congelar a ceia de forma adequada para que você possa reaproveitar todas essas delícias na hora que quiser.
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O badalar dos sinos do mundo hoje podem nos lembrar o quão maravilhoso pode ser o Natal, quando nos preparamos, de dentro para fora, para esta comemoração. O conto de hoje é para aqueles que - talvez há anos - não se importam com a data de Natal. E vai derrubar as expectativas de quem: “achou que tudo, seria como sempre”. Os advérbios vão ser remexidos e garanto que o seu coração também, pois o foco aqui é humanização, com problemas de um mundo real.Luís Fernando Garcia (30/04/1978) é assistente social, Graduado em Serviço Social pela Faculdade Paulista de Serviço Social - FAPSS e mora em Vargem Grande Paulista. Tem Especialização Humanização em Saúde: Narrativas do Adoecimento do Sofrimento e As possibilidades de Cuidado, pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).Nosso apoiador Luis Fernando Garcia tirou da gaveta o seu texto de mais de uma década "Um conto de Natal" e comissionou esta produção lindíssima de hoje! É uma reflexão sem igual! Desejamos a você os melhores abraços de seus familiares e amigos e que o seu Natal possa se diferenciar, do da história que apresentamos. Ela é a realidade para muitas famílias.✅ Torne-se MEMBRO do CLUBE LEITURA de OUVIDO: encontros virtuais mensais, com notas de rodapé ao vivo e interação entre os leitores e Daiana Pasquim. Para isso, faça um apoio a partir de R$ 20 mensais:
No episódio 241 do Filosofia Pop, intitulado ‘Esperança Ativa’, Marcos Carvalho Lopes recebe novamente o antropólogo, cientista político e escritor Luiz Eduardo Soares para uma conversa que parte do contexto sombrio do final de 2025 – com o avanço da ultradireita global, a aprovação de uma anistia disfarçada no Senado brasileiro, o genocídio em Gaza e massacres em favelas do Rio . A questão é como preservar a capacidade de pensar criticamente e agir em meio à barbárie. Luiz Eduardo Soares defende uma esperança militante e ativa, que não espera milagres passivamente, mas reconhece o ‘milagre laico’ da criação humana em momentos de ruptura. Ele alerta para o risco de desistência entre jovens críticos e celebra experiências como o projeto de Educação de Jovens e Adultos (EJA) na Maré, onde a prática pedagógica libertadora, inspirada em Paulo Freire, fortalece a autonomia, o pensamento crítico e o respeito mútuo. Uma conversa que termina com um convite à perseverança: pensar é agir, e a esperança só se mantém viva quando exercida coletivamente. O Filosofia Pop é um podcast que aborda a filosofia como parte da cultura. A cada 15 dias, sempre às segundas-feiras, a gente vai estar aqui pra continuar essa conversa com vocês. Intercalando com nossos episódios normais de quando em quando vamos apresentar episódios de entrevistas temáticas especiais. O episódio de hoje que é uma parceria com o projeto de extensão Filosofia, Cultura popular e Ética, desenvolvido na Universidade Federal de Jataí. Lembrando que você pode encontrar o podcast filosofia popo no twitter, instagram, Facebook e outras redes sociais. Nosso email é contato@filosofiapop.com.br Alguns recados que também gostaríamos de compartilhar: Esta disponível para download gratuito o livro Tcholonadur: entrevistas sobre filosofia africana. Este é um projeto que reúne 34 entrevistas com pensadores que estão moldando a filosofia africana fora da lusofonia. Com prólogo de Filomeno Lopes; Prefácio de Severino Ngoenha e Ergimino Mucale, “Tcholonadur” oferece uma oportunidade imperdível de mergulhar nas ideias e pensamentos que estão moldando o futuro da filosofia africana. https://filosofiapop.com.br/texto/tcholonadur/livro-tcholonadur-entrevistas-sobre-filosofia-africana/ Twitter: @filosofia_popFacebook: Página do Filosofia PopYouTube: Canal do Filosofia Pope-mail: contato@filosofiapop.com.brSite: https://filosofiapop.com.brPodcast: Feed RSS Com vocês, mais um episódio do podcast Filosofia Pop! O post #241 – Esperança Ativa, com Luiz Eduardo Soares apareceu primeiro em filosofia pop.
O Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Secretaria Executiva da Aquicultura e Pesca (SAQ), publicou nesta semana a Portaria SAQ nº 010/2025, que veda a entrada, trânsito, comercialização e distribuição de tilápia proveniente do Vietnã em todo o território catarinense. A decisão, de caráter preventivo, foi tomada após o Governo Federal autorizar a importação do pescado asiático sem a conclusão da Análise de Risco de Importação (ARI) e antes da revisão formal dos protocolos sanitários. A medida de “tolerância zero” aplica-se a peixes frescos ou congelados, inteiros ou em filés , e fundamenta-se no princípio da precaução para evitar a introdução do Tilapia Lake Virus (TiLV) em Santa Catarina. O estado é hoje o quarto maior produtor nacional da espécie, reconhecido pela alta tecnologia e qualidade de seus cultivos. “Não podemos colocar em risco uma cadeia produtiva onde estamos investindo mais de R$ 100 milhões por meio do Programa Pescados SC, com apoio total do governador Jorginho Mello. Já sofremos no passado com a mancha branca no camarão e, agora, com o alerta de pesquisadores da Epagri e da UFSC sobre o risco do Tilapia Lake Virus, não permitiremos a entrada de tilápia do Vietnã sem uma análise de risco rigorosa. Nossa decisão visa blindar a produção catarinense, proteger nossos investimentos em regiões como Armazém e Massaranduba e garantir a segurança sanitária que o Governo Federal negligenciou ao revogar a suspensão da importação”, explica o secretário de Estado da Aquicultura e Pesca, Tiago Frigo. Embasamento científico e risco sanitário A decisão estadual é respaldada por pareceres técnicos contundentes emitidos pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Segundo o alerta emitido pela Epagri, o vírus TiLV possui alto potencial destrutivo, podendo causar mortalidade de até 80% nos plantéis, repetindo cenários desastrosos já observados em outros países. Estudos citados pela pesquisa agropecuária estadual indicam que o congelamento tradicional não garante a inativação do vírus: o RNA viral foi detectado em filés armazenados por até 120 dias, e o vírus manteve viabilidade infecciosa em congelamentos de até 28 dias. Além da questão sanitária, a medida visa proteger a viabilidade econômica de milhares de famílias. A aquicultura catarinense é caracterizada pela produção em pequenas propriedades e pela integração familiar. A introdução de uma doença exótica exigiria o sacrifício de plantéis e quarentenas que poderiam inviabilizar o pequeno produtor. O secretário Executivo da Aquicultura e Pesca, Tiago Bolan Frigo, ressalta que Santa Catarina já sofreu no passado com a introdução de patógenos exóticos, como o vírus da mancha branca na carcinicultura (camarão), e não permitirá que o erro se repita. “Não podemos colocar em risco uma cadeia produtiva que gera emprego, renda e segurança alimentar para os catarinenses baseados em uma abertura de mercado federal feita sem as devidas garantias científicas. Santa Catarina tem um status sanitário diferenciado e vamos mantê-lo”, afirma a pasta. Fiscalização e próximos passos, a partir da publicação da portaria: Fiscalização: A Cidasc, a Vigilância Sanitária e o Procon/SC atuarão na fiscalização do trânsito, armazenamento e comércio. Comércio: Estabelecimentos que possuam estoques do produto vietnamita devem interromper a venda imediatamente, segregar os lotes e manter registros para auditoria.Exceção: Lotes comprovadamente recebidos antes da data da portaria não serão afetados, desde que documentados. O Governo do Estado reitera que a medida poderá ser revista caso surjam novos dados científicos que garantam a segurança total da importação, ou estendida a outros países se necessário. O secretário de Estado da Aquicultura e Pesca, Tiago Frigo, falou mais sobre o assunto em entrevista ao Cruz de Malta Notícias desta segunda-feira (22).
Send us a textNeste episódio do Clube da Cardio, a conversa é sobre como usar a inteligência artificial na medicina sem promessas irreais, dependência de softwares caros ou soluções mágicas.Falamos sobre a diferença entre as ferramentas disponíveis e a base da IA, como o médico pode utilizar essa tecnologia para organizar o raciocínio clínico, reduzir o tempo gasto com digitação e ganhar eficiência no dia a dia do consultório e do plantão. Também discutimos por que o médico precisa assumir um papel de protagonista nessa transformação e não apenas consumir tecnologia de forma passiva.Para esse papo, recebemos Hernando Nascimento Lima, médico formado pela Universidade Federal da Bahia UFBA, que atua na interseção entre medicina, tecnologia e inteligência artificial.Um episódio para quem vive a medicina real e busca usar a IA com critério, responsabilidade e foco no cuidado ao paciente.
LEGENDA: O aleitamento materno tem um papel fundamental na saúde do bebê. No episódio de hoje do InfoNutri, vamos falar sobre este importante alimento. Acesse nossas redes sociais e descubra tudo!Ficha Técnica:Apresentação: Júlia IsabeliTexto: Angela Bonuti e Rodolffo SimisRevisão Técnica: Sônia Maria de FigueiredoEdição de Texto: Isabela Vilela e Patrícia ConscienteEdição de áudio e sonoplastia: Danilo NonatoProdução: PET Nutrição e Rádio UFOP
As festas de fim de ano são um momento aguardado: reencontros com familiares e amigos, mesas fartas e as expectativas para um novo ciclo que se inicia. É uma época de celebração, gratidão e alegria. No entanto, é também um período em que os excessos – seja na alimentação, na bebida ou até mesmo na quebra da rotina – podem se tornar vilões, impactando nossa saúde e bem-estar de forma significativa. Pensando nisso, então, como aproveitar todas as delícias e a magia das confraternizações sem colocar a saúde em risco? No UFOP Entrevista de hoje, conversamos com Pedro Henrique Miranda, docente do Departamento de Medicina de Família, Saúde mental e Coletiva, que apresenta informações muito importantes sobre como conciliar todas essas questões no fim de ano, tendo em vista a alimentação, a hidratação e manutenção de hábitos saudáveis para toda a família. Ficha Técnica:Produção: Maria Caroline Carmo Edição de Texto: Patrícia ConscienteEdição de áudio e sonoplastia: Eduardo Rodrigues
Professores do Departamento de Física da Universidade Federal de Ouro Preto, lançaram o livro intitulado “Minas, Bahia & Poesia”. A obra reúne poemas sobre amor, memória, tempo e território. Conversamos com os autores Mário Mazzoni e Matheus Matos para entendermos qual foi a motivação e as dificuldades no processo de criação do livro. Vale ressaltar que todo o valor das vendas da obra serão doadas para o Instituto de Defesa Dos Direitos dos Animais (ONG IDDA).Acompanhe essa produção e saiba como ajudar.Ficha TécnicaProdução: Rafaella PaivaEdição de Texto: Elis Cristina Barbosa de JesusEdição de áudio e sonoplastia: Eduardo Rodrigues
Com o aumento das temperaturas, o cuidado com a alimentação precisa ser redobrado! Neste Podcast Informativo conversamos com a nutricionista Miriam Silva, mestre e doutoranda em Saúde e Nutrição pela UFOP, que explica como o calor afeta o nosso corpo, o que evitar nos dias quentes e quais alimentos ajudam a manter a saúde e a disposição durante o verão. Ficha TécnicaProdução: Maria Julia MouraEdição de Texto: Elis CristinaEdição de áudio e sonoplastia: Aurélio Bernardi
How does militarization threaten contemporary democracies? Why is Brazil's case significant for understanding the causes and consequences of militarizing politics? How does it compare to other current cases of the same phenomenon in terms of similarities and differences? Join Deborah Monte in this episode of the People, Power, Politics podcast to explore these questions and the state of civil-military relations in Brazil. This episode is based on Octávio Amorim and Igor Acácio's book “Presidentialism and Civil-Military Relations – Brazil in Comparative Perspective”, published in 2025 by Palgrave Macmillan. Dr. Octavio Amorim Neto is a professor of political science at the Brazilian School of Public and Business Administration in Rio de Janeiro. He specializes in comparative political institutions, civil-military relations, and Brazilian politics and foreign policy. Dr. Igor Acácio is an assistant professor in the Division of Politics, Administration, and Justice at California State University, Fullerton. He specializes in democracy, civil–military relations, and defense and security issues in Latin America. Déborah Monte is an adjunct professor of international studies at Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD – Brazil) and a visiting researcher at CEDAR during the 2024-25 academic year. The People, Power, Politics podcast brings you the latest insights into the factors that are shaping and re-shaping our political world. It is brought to you by the Centre for Elections, Democracy, Accountability and Representation (CEDAR) based at the University of Birmingham, United Kingdom. Join us to better understand the factors that promote and undermine democratic government around the world and follow us on Twitter at @CEDAR_Bham! Read the transcript here Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices Support our show by becoming a premium member! https://newbooksnetwork.supportingcast.fm/new-books-network
Tá nos ares +1 episódio do Maconhômetro Educação, um projeto do Cannabis Monitor em parceria com o Grupo de Pesquisa Educação e Drogas (GPED), vinculado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).Neste episódio, Francisco Coelho e Maria de Lourdes da Silva recebem para uma troca o Paulo Morais, que é Psicólogo, mestre em Psicobiologia e doutor em Psiquiatria e Psicologia Médica. Ele é Professor Associado do Departamento de Psicologia e orientador no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Rondônia, onde coordena o Laboratório de Estudos Psicodélicos (LEP). Foi coordenador de pesquisa e extensão do Centro Regional de Referência em Álcool e outras Drogas - vinculado à Secretaria Nacional de Drogas (Senad) e a Universidade Federal de Rondônia. Ele pesquisa os usos sociais e terapêuticos da cannabis e de drogas psicodélicas, estados alterados de consciência e experiências psico-náuticas, psicoeducação e promoção de saúde.Neste papo, ele compartilha sua trajetória no campo da educação sobre drogas e da Psicoeducação, da Redução de Danos e das pesquisas científicas nessas áreas, além de suas motivações, referências, entre outras brisas... Confira!Conheça mais sobre o GPED: ww.gped.net | educacaosobredrogas.com.brConsidere apoiar o Cannabis Monitor: http://apoia.se/cannabismonitor
Você sabia que consumir os alimentos na sua safra é interessante para aproveitar os nutrientes melhor preservados e obter diversos benefícios para a saúde? No caso das frutas, trata-se de alimentos ricos em vitaminas e minerais, e o consumo diário é muito importante para manter um estilo de vida saudável. Neste Spot Educativo, confira as propriedades nutricionais do pêssego e da pitanga, que são frutas da primavera.
Na última edição do ano do Rádio ASPUV, nós debatemos a arte como resistência, ou seja, como um instrumento de questionamentos e, consequentemente, de mudanças sociais. Também falamos sobre as políticas culturais públicas brasileiras: como elas se estruturam e se realmente dão conta da nossa diversidade.Para enriquecer o debate convidamos o professor Guilherme Marcondes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).Além disso, entrevistamos a primeira-presidente da ASPUV, Mônica Ribeiro Pirozi, que analisou as ações da seção sindical em 2025 e trouxe as perspectivas para 2026.Confira.....Dicas culturais:- Link da playlist 'Vamos à Luta!' do Rádio ASPUV.- 'Teatro Experimental do Negro: Testemunhos e Ressonâncias', livro organizado por Elisa Larkin, Jessé Oliveira e Abdias do Nascimento;- 'Festas Populares no Brasil', livro de Lélia Gonzalez;- 'Quarto de Despejo', livro de Carolina Maria de Jesus;- 'Arte Brasileira na Ditadura Militar', livro de Claudia Calirman;- 'Zero', livro de Ignácio de Loyola Brandão;- 'As Meninas', livro de Lygia Fagundes Telles;- 'Respiração Artificial', livro de Ricardo Piglia;- 'Primavera Num Espelho Partido', livro de Mario Benedetti;- 'Bacurau' e 'Aquarius', filmes de Kleber Mendonça Filho;- 'Temporada', 'No Coração do Mundo' e 'Marte Um', filmes da produtora Filmes de Plástico;- 'Da Lama ao Caos', álbum de Chico Science e Nação Zumbi;- 'Sobrevivendo no Inferno', álbum dos Racionais MC's;- 'A Mulher do Fim do Mundo', álbum de Elza Soares;- 'Duas Cidades', álbum do grupo BaianaSystem.
Debate da Super Manhã: Um terço dos ônibus que circulam nos municípios do Grande Recife operam acima do limite da vida útil estabelecido em lei, segundo dados do Consórcio de Transportes da Região Metropolitana do Recife (CTM). Os usuários sentem o impacto dessa realidade cotidianamente, com atrasos, quebras e o desgaste do serviço. Mas as consequências podem ser piores e irreversíveis, colocando as vidas de centenas de pessoas em risco. No Debate desta sexta-feira (12), a comunicadora Natalia Ribeiro conversa com os nossos convidados sobre uma iniciativa do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) que pretende cobrar melhorias efetivas aos responsáveis pela operação do sistema de transporte de ônibus no Grande Recife. Participam o promotor de Justiça Leonardo Caribé, o professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e especialista em mobilidade urbana, Leonardo Meira, e o especialista em mobilidade Ivan Carlos Cunha.
Nesta sexta (12), a CBN Vitória dá sequência à série especial dedicada à trajetória dos cientistas da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) que estão entre os mais influentes do mundo – segundo um levantamento realizado pela Universidade de Stanford, dos Estados Unidos. Nesta reta final, o enfoque é na carreira do professor Wanderson Romão: químico, doutor em Ciências, docente da Ufes e do Ifes e referência em pesquisa aplicada à química forense em questões de segurança pública.À frente do Laboratório de Petroleômica e Química Forense, ele busca desenvolver métodos mais precisos e acessíveis que possam atender a sociedade e a polícia forense. Um dos seus principais trabalhos é em parceria com a Polícia Técnica Científica (PCIES), auxiliando demandas perícias e contribuindo para o desenvolvimento de metodologias e capacitações. Ouça a entrevista completa e saiba mais!
Você sabe ler rótulos corretamente? No InfoNutri de hoje, vamos te ajudar a entender melhor o que você está consumindo. Acesse nossas redes sociais e saiba mais!Ficha Técnica:Apresentação: Júlia IsabeliTexto: Júlia Isabeli e Milena BreguezRevisão Técnica: Sônia Maria de FigueiredoEdição de Texto: Isabela Vilela e Patrícia ConscienteEdição de áudio e sonoplastia: Danilo NonatoProdução: PET Nutrição e Rádio UFOP
No Isso também é Ciência de hoje você vai conhecer um pouco mais sobre a antiga Febem, Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor. A instituição que abrigava menores infratores ou em vulnerabilidade social atuou por anos na cidade de Ouro Preto, e foi tema de pesquisa da Luciana Ferreira, entrevistada do episódio de hoje. Em “Meninas da FEBEM : uma análise de narrativas de ex-internas da FEBEM de Ouro Preto”, Luciana ouviu algumas das ex internas do instituto, investigando suas vivências, desafios e perspectivas.Ficha TécnicaProdução: Isabela Vilela e Mileyde GomesEdição de Texto: Isabela VilelaEdição de áudio e sonoplastia: Breno Estavam
No episódio 94 do Fronteiras no Tempo, Marcelo Beraba e o Estagiário Rodolfo conversam sobre a Revolução Pernambucana de 1817 e a Confederação do Equador de 1824. Eles exploram como esses movimentos revelam disputas de poder, conflitos regionais e diferentes projetos de país em meio à construção do Estado brasileiro após a Independência. Se você quer entender como o Brasil nasceu entre tensões, insatisfações com o poder central e visões concorrentes de nação é só dar o play e vir com a gente atravessar essas revoluções que ajudaram a moldar o país! Artes do Episódio: C. A. Financiamento Coletivo Existem duas formas de nos apoiar Pix recorrente – chave: fronteirasnotempo@gmail.com Apoia-se – https://apoia.se/fronteirasnotempo Redes Sociais Twitter, Facebook, Youtube, Instagram Contato fronteirasnotempo@gmail.com Material Complementar ALARCÃO, Janine Pereira de Sousa. O saber e o fazer: República, Federalismo e Separatismo na Confederação do Equador. 2006. Dissertação (Mestrado em História)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de História, 2006. Disponível em: http://repositorio.unb.br/handle/10482/2509 [ ANDREWS, George Reide. América Afro-Latina (1800-2000). trad. Magda Lopes. São Carlos: EDUFSCAR, 2007 BUCK-MORSS, Susan. Hegel e Haiti. Novos Estudos – Cebrap, São Paulo, n. 90, p. 131-171, jul. 2011. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/s0101-33002011000200010 JANCSÓ, István e PIMENTA, João Paulo Garrido. Peças de um mosaico: ou apontamentos para o estudo da emergência da identidade nacional brasileira. Revista de história das idéias, v. 21, p. 389-440, 2000Tradução . . Disponível em: https://doi.org/10.14195/2183-8925_21_11 PORFÍRIO, Francisco Weber Pinto. (Re) pensando a nação: a Confederação do Equador através dos jornais O Spectador Brasileiro (RJ) e o Diário do Governo do Ceará em 1824. 2019. 179 f. Dissertação (Mestrado em História)—Universidade Federal do Ceará, Centro de Humanidades, Programa de Pós-Graduação em História, Fortaleza, 2019. Disponível em: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/45340 Link IMPRESSÕES REBELDES Como citar esse episódio Fronteiras no Tempo #94 Revoluções Pernambucanas. Locução Marcelo de Souza Silva, Rodolfo Grande Neto, Willian Spengler e Cesar Agenor Fernandes da Silva [S.l.] Portal Deviante, 10/12/2025. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/?p=66131&preview=true Expediente Produção Geral: C. A. e Beraba. Hosts: Marcelo Beraba e Estagiário Rodolfo. Recordar é viver: Willian Spengler. Artes do Episódio: C. A. Edição: Talk’nCast Madrinhas e Padrinhos Apoios a partir de 12 de junho de 2024 Alexsandro de Souza Junior, Aline Silva Lima, André Santos, André Trapani, Andréa Gomes da Silva, Andressa Marcelino Cardoso, Augusto Carvalho, Carolina Pereira Lyon, Charles Calisto Souza, Edimilson Borges, Elisnei Menezes de Oliveira, Erick Marlon Fernandes da Silva, Flávio Henrique Dias Saldanha, Gislaine Colman, Iara Grisi, João Ariedi, Klaus Henrique de Oliveira, Manuel Macias, Marlon Fernandes da Silva, Pedro Júnior Coelho da Silva Nunes, Rafael Henrique Silva, Raul Sousa Silva Junior, Renata de Souza Silva, Ricardo Orosco, Rodrigo Mello Campos, Rubens Lima e Willian SpenglerSee omnystudio.com/listener for privacy information.
No episódio 94 do Fronteiras no Tempo, Marcelo Beraba e o Estagiário Rodolfo conversam sobre a Revolução Pernambucana de 1817 e a Confederação do Equador de 1824. Eles exploram como esses movimentos revelam disputas de poder, conflitos regionais e diferentes projetos de país em meio à construção do Estado brasileiro após a Independência. Se você quer entender como o Brasil nasceu entre tensões, insatisfações com o poder central e visões concorrentes de nação é só dar o play e vir com a gente atravessar essas revoluções que ajudaram a moldar o país! Artes do Episódio: C. A. Financiamento Coletivo Existem duas formas de nos apoiar Pix recorrente – chave: fronteirasnotempo@gmail.com Apoia-se – https://apoia.se/fronteirasnotempo Redes Sociais Twitter, Facebook, Youtube, Instagram Contato fronteirasnotempo@gmail.com Material Complementar ALARCÃO, Janine Pereira de Sousa. O saber e o fazer: República, Federalismo e Separatismo na Confederação do Equador. 2006. Dissertação (Mestrado em História)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de História, 2006. Disponível em: http://repositorio.unb.br/handle/10482/2509 [ ANDREWS, George Reide. América Afro-Latina (1800-2000). trad. Magda Lopes. São Carlos: EDUFSCAR, 2007 BUCK-MORSS, Susan. Hegel e Haiti. Novos Estudos – Cebrap, São Paulo, n. 90, p. 131-171, jul. 2011. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/s0101-33002011000200010 JANCSÓ, István e PIMENTA, João Paulo Garrido. Peças de um mosaico: ou apontamentos para o estudo da emergência da identidade nacional brasileira. Revista de história das idéias, v. 21, p. 389-440, 2000Tradução . . Disponível em: https://doi.org/10.14195/2183-8925_21_11 PORFÍRIO, Francisco Weber Pinto. (Re) pensando a nação: a Confederação do Equador através dos jornais O Spectador Brasileiro (RJ) e o Diário do Governo do Ceará em 1824. 2019. 179 f. Dissertação (Mestrado em História)—Universidade Federal do Ceará, Centro de Humanidades, Programa de Pós-Graduação em História, Fortaleza, 2019. Disponível em: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/45340 Link IMPRESSÕES REBELDES Como citar esse episódio Fronteiras no Tempo #94 Revoluções Pernambucanas. Locução Marcelo de Souza Silva, Rodolfo Grande Neto, Willian Spengler e Cesar Agenor Fernandes da Silva [S.l.] Portal Deviante, 10/12/2025. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/?p=66131&preview=true Expediente Produção Geral: C. A. e Beraba. Hosts: Marcelo Beraba e Estagiário Rodolfo. Recordar é viver: Willian Spengler. Artes do Episódio: C. A. Edição: Talk’nCast Madrinhas e Padrinhos Apoios a partir de 12 de junho de 2024 Alexsandro de Souza Junior, Aline Silva Lima, André Santos, André Trapani, Andréa Gomes da Silva, Andressa Marcelino Cardoso, Augusto Carvalho, Carolina Pereira Lyon, Charles Calisto Souza, Edimilson Borges, Elisnei Menezes de Oliveira, Erick Marlon Fernandes da Silva, Flávio Henrique Dias Saldanha, Gislaine Colman, Iara Grisi, João Ariedi, Klaus Henrique de Oliveira, Manuel Macias, Marlon Fernandes da Silva, Pedro Júnior Coelho da Silva Nunes, Rafael Henrique Silva, Raul Sousa Silva Junior, Renata de Souza Silva, Ricardo Orosco, Rodrigo Mello Campos, Rubens Lima e Willian SpenglerSee omnystudio.com/listener for privacy information.
A mistura de culturas e personalidades é o que desenha o Centro-Leste, que virou um ponto de encontro para a comunidade alternativa. Desde os shows de drag queens, até os shows de rock. No segundo e último episódio do Centrou: a diversidade no Centro-Leste, te levamos para conhecer as cenas LGBTQIA+ e de rock no Centro de Florianópolis, e te mostramos como elas vêm criando um espaço de crescimento para esses artistas.Este programa foi produzido como trabalho final para a disciplina de Áudio e Rádiojornalismo no curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina no segundo semestre de 2025;Roteiro, edição e locução por Eduarda Fernandes e Julia Wust;Vinheta com participação de Ana Gueiros, Matheus Locks, Olivia Scheel, Rafael Viegas e Carol Gabilan;Coordenação técnica de Peter Lobo e Roque Bezerra;Monitoria de Rafael Viegas;Orientação da professora Raphaela Ferro.Coordenação geral da professora Valci Zuculoto.
As ocupações fazem parte da história da Grande Florianópolis. Mas você sabe como as principais ocupações aconteceram e o que leva as pessoas a se organizar e a ocupar um terreno sem uso? No programa "Ocupar e Resistir: a Luta por Moradia na Grande Florianópolis" você vai entender mais sobre o contexto histórico, geográfico e político das ocupações e ouvir o relato de quem vive na Ocupação Carlos Marighella, em Palhoça - SC. A rádio reportagem foi produzida para a disciplina de Áudio e Radiojornalismo do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina, no segundo semestre de 2025.Roteiro, Locução e Edição por Amanda Melo, Ana Gueiros e Dora Bringhenti. Locução da vinheta por Ibrahim Khan. Monitoria de Danielly Alves e Estágio de Docência de Luiza Zanotti. Coordenação técnica por Peter Lobo e Roque Bezerra. Orientação da professora Valci Zuculoto.
No dia 21 de Setembro de 2024, o ônibus da equipe de Futebol Americano, Coritiba Crocodiles, sofreu um acidente na estrada onde três jogadores do time morreram. O programa "Por Eles e Para Eles: o Croco de Volta aos Gramados" acompanha o time nos anos de 2024 e 2025 e te explica como uma equipe de esporte amador consegue se reerguer após uma tragédia como essa.A rádio reportagem foi produzida para a disciplina de Áudio e Radiojornalismo do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina, no segundo semestre de 2025.Roteiro, locução e edição por Gustavo Wendler. Participação na locução por Bela Nowalls, Guilherme Kuhnen e Lillian Carlotto. Monitoria de Danielly Alves. Estagio de docência de Luiza Zanotti. Coordenação técnica por Roque Bezerra e Peter Lobo. Orientação da professora Valci Zuculoto.
Você já desligou seus fones por um instante e percebeu como quase todos os jovens ao redor também estavam imersos na própria trilha sonora? Já se perguntou como, e por que, a música exerce esse papel tão importante na construção da juventude contemporânea? É justamente essa relação que o programa "Ecos da Identidade: Música e Juventude" investiga. Aqui, o som se transforma em espelho: investigamos como a música atravessa nossas vivências e ajuda a compor quem somos.A rádio reportagem foi produzida para a disciplina de Áudio e Radiojornalismo do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina, no segundo semestre de 2025.Roteiro, Locução e Edição por Elis Virgílio e Paula de Milano. Locução da Vinheta por Luiza Cardoso. Monitoria de Danielly Alves. Estágio de Docência da doutoranda Luiza Zanotti. Coordenação técnica por Peter Lobo e Roque Bezerra. Orientação da professora Valci Zuculoto.
O programa “Na Batida da Ilha: A cultura viva do Centro-Leste de Florianópolis” te leva para dentro do coração urbano da Ilha da Magia. A partir de entrevistas com quem produz, vive e frequenta essa cena, a reportagem explora as dinâmicas culturais da região, dos espaços de convivência às festas, movimentos artísticos e histórias que moldam o cotidiano do centro expandido.A rádio-reportagem foi produzida para a disciplina de Áudio e Radiojornalismo do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina, no segundo semestre de 2025.Roteiro, locução e edição por Karla Monare.Participações especiais dos entrevistados do centro-leste.Monitoria de Danielly Alves.Estágio de docência por Luiza Zanotti.Coordenação técnica por Peter Lobo e Roque Bezerra.Orientação da professora Valci Zuculoto.
O programa “Memória Pré-Histórica: Dinossauros e Estereótipos Cinematográficos” aborda as boas e más representações de dinossauros no cinema. O objetivo é analisar suas origens e desmistificar características atribuídas a estes animais.A rádio reportagem foi produzida para a disciplina de Áudio e Radiojornalismo do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina, no segundo semestre de 2025.Roteiro, locução e edição por Bela Nowalls. Monitoria de Danielly Alves. Estágio docência por Luiza Zanotti. Coordenação técnica por Peter Lobo e Roque Bezerra. Orientação da professora Valci Zuculoto.
Ao longo dos últimos tempos, o mercado de DJs em Florianópolis passou por transformações marcantes. Enquanto cresce o número de artistas iniciando sua carreira, diminuem os espaços e oportunidades em casas noturnas, festivais e eventos. No programa “Música como expressão: o que o DJ entrega, o mercado filtra”, você acompanha como esses profissionais constroem sua carreira e tentam se manter nela.A rádio reportagem foi produzida para a disciplina de Áudio e Radiojornalismo do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina, no segundo semestre de 2025.Roteiro, locução e edição por Joaquim Schil.Monitoria de Danielly Alves, estágio de docência de Luiza Zanotti. Coordenação técnica por Peter Lobo e Roque Bezerra.Orientação da professora Valci Zuculoto.
“A Era digital e suas mudanças na criação de conteúdo de cultura pop”, desenvolvido para as disciplinas de Áudio e Radiojornalismo e Iniciação ao Trabalho Acadêmico. O estudo discute como a digitalização ampliou a criação de conteúdo de cultura pop, destacando a profissionalização dos criadores, a convergência midiática e os desafios enfrentados por produtores independentes. O relatório articula aspectos de pauta, apuração, linguagem sonora e edição, relacionando-os às referências teóricas estudadas.Esta reportagem foi produzida como trabalho final para a disciplina de Áudio e Radiojornalismo, do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina, no segundo semestre de 2025.Roteiro, locução e edição: Rafael Silva.Vinheta: Ellen RamosEstagiária docente: Luiza ZanottiMonitoria: Danielly Alves.Coordenação técnica: Roque Bezerra e Peter LoboOrientação: Valci Zuculoto.
O programa “Floripa tá frita: A cena clubber Underground de Florianópolis” te leva pra descobrir o que é ser clubber na Ilha da Magia. A partir de entrevistas com quem entende e frequenta a cena, a reportagem aborda a história da cultura clubber, sua relação com movimentos queer e as transformações que moldaram as festas eletrônicas na ilha.A rádio reportagem foi produzida para a disciplina de Áudio e Radiojornalismo do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina, no segundo semestre de 2025.Roteiro, locução e edição por Nico Vieira.Participação na dramatização por Luisa Paz. Monitoria de Danielly Alves. Estágio de docência por Luiza Zanotti. Coordenação técnica por Peter Lobo e Roque Bezerra. Orientação da professora Valci Zuculoto.
O programa "O Futuro dos Traços: Mercado de Ilustração após IA generativa" te conta mais sobre às problemáticas do uso de Inteligência Artificial generativa para a criação de ilustrações prontas. E explora o modo em que o mercado ilustrativo está sendo afetado pela ferramenta.Como a IA generativa é treinada? O artista humano pode ser substituído pela máquina? O ilustrador pode trabalhar lado a lado com a IA? A gente te conta aqui!A rádio reportagem foi produzida como trabalho final da Disciplina de Áudio e Radiojornalismo do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina, no segundo semestre de 2025.Roteiro, Locução e Edição por Lillian Carlotto. Locução da Vinheta por Willian Carlotto. Coordenação técnica por Peter Lobo e Roque Bezerra. Monitoria de Danielly Alves. Orientação da professora Valci Zuculoto.
Garota Futuro é um episódio único que mergulha no universo do time de futebol feminino homônimo, localizado em Santo Antônio de Lisboa, Florianópolis. A partir das histórias de Cássia, Giovana e do treinador Caio, o programa explora tanto a rotina do grupo quanto os desafios estruturais e simbólicos que moldam o futebol feminino no Brasil.A rádio-reportagem foi produzida para a disciplina de Áudio e Radiojornalismo do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina, no segundo semestre de 2025.Créditos:Roteiro, entrevistas e edição: Maria Moran e Raíssa LemosCoordenação: Roque BezerraOrientação: Valci ZucolottoMonitoria: Danielly Alves
Florianópolis é amplamente conhecida como a capital mais segura do país, mas os problemas da cidade vem ganhando destaque nos últimos tempos após as redes sociais do prefeito se tornarem virais. “ À Margem da Ilha da Magia : a precariedade social na capital mais segura do Brasil” explora a precariedade em que pessoas em vulnerabilidade vivem na capital e explica as últimas polêmicas envolvendo o assunto na cidade.A rádio reportagem foi produzida para a disciplina de Áudio e Radiojornalismo do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina, no primeiro semestre de 2025.Pauta, produção, roteirização e edição por Graziela Pasinatto e Helena Espezim.Monitoria de Danielly Alves. Coordenação técnica por Roque Bezerra e Peter Lobo. Estágio de docência de Luiza Zanotti. Orientação da professora Valci Zuculoto.
Como duas empresas australianas desconhecidas estão atropelando passos importantes em processos de licenciamento ambiental para lucrar bilhões com a mineração de terras raras no sul de Minas Gerais.Caldas e Poços de Caldas, duas cidades do sul de Minas, se tornaram centrais numa das maiores disputas geopolíticas da atualidade. Isso se deve à alta concentração de minerais de terras raras ali. Especialistas chamam a reserva de "unicórnio da mineração". Ela é tão grande que poderia suprir 20% da demanda mundial.Os minerais de terras raras hoje estão entre os recursos mais valiosos do mundo por serem essenciais na produção de imãs, componentes básicos de dois itens de extrema importância no mundo atual: motores elétricos - vitais na tentativa global de diminuir o uso de combustíveis fósseis - e armas de guerra.O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras do mundo, ficando trás só da China, que está numa guerra tarifária com os EUA. Nesse episódio nos fomos a Minas Gerais para acompanhar as movimentações de um grupo de moradores que resolveu se opor aos projetos de mineração nas cidades onde eles vivem.Mergulhe mais fundoDa objetividade do risco à subjetividade da sua percepção: dimensões do risco socioambiental no Jardim Kennedy em Poços de Caldas, MGEpisódios relacionados#13: Brumadinho em dois atos#108: Salve o planeta, pergunte-me como#147: Um data center incomoda muita genteEntrevistados do episódioDaniel TygelMestre em física, ex-vereador e candidato a prefeito de Caldas pelo Partido dos Trabalhadores (PT).Nathália FranciscoArquiteta e urbanista. Pesquisadora do Núcleo de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).Mariano Laio de OliveiraChefe da Divisão de Minerais Críticos e Estratégicos da Agencia Nacional de Mineração (ANM).Wagner FaninEletricista e técnico ambiental.Ademilson Kariri e Cariusa KiririLideranças do povo Kiriri em Caldas.Rogério CorreiaProfessor e deputado federal de Minas Gerais pelo Partido dos Trabalhadores (PT-MG).Ficha técnicaEdição: Matheus Marcolino.Mixagem de som: Vitor Coroa.Trilha sonora tema: Paulo GamaDesign das capas dos aplicativos e do site: Cláudia FurnariDireção, roteiro e apresentação: Tomás Chiaverini
Passando a Limpo: Nesta terça-feira (9), Igor Maciel e a bancada do programa conversam com o agroambientalista, agrônomo, professor e escritor, Xico Graziano, sobre o lançamento do livro O Caipira e o Príncipe. A Professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e especialista em América Latina, Regiane Bressan, conversa sobre quem pode assumir o poder na Venezuela caso Maduro caia.
Debate da Super Manhã: Cerca de dois milhões de pernambucanos poderiam ser abastecidos com água tratada caso o estado reduzisse os atuais índices de perdas no sistema de distribuição. A conclusão é do Estudo de Perdas de Água 2025: Desafios na Eficiência do Saneamento Básico no Brasil. Em um estado que enfrenta sérios desafios no abastecimento de água, como Pernambuco, discutir alternativas para evitar o desperdício é um assunto urgente. No Debate desta quarta-feira (03), a comunicadora Natalia Ribeiro fala com os convidados sobre estratégias para diminuir as perdas e levar água para um número ainda maior de lares pernambucanos. Participam o secretário de Recursos Hídricos e Saneamento de Pernambuco, Almir Cirilo, a pesquisadora-chefe de Gestão Ambiental da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Soraya El-Deir, e o professor do programa de pós-graduação em Geografia do Departamento de Ciências Geográficas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Osvaldo Girão.
O consumo de feijão, alimento rico em fibras, proteínas e micronutrientes, vem caindo nas últimas décadas, como aponta um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais, a UFMG. Essa redução coincide com o aumento da presença de alimentos ultraprocessados na dieta do brasileiro. Os dois fatos não são fenômenos isolados e, sim, parte de uma transformação alimentar que vem ocorrendo no país. De um lado, diminui a presença de um alimento que contribui para a saciedade e para o equilíbrio nutricional. De outro, cresce a influência de produtos que estão diretamente ligados ao avanço de doenças crônicas como diabetes, hipertensão e obesidade. No episódio de hoje, explicamos porque a tradicional combinação do feijão com arroz é considerada o casamento nutricional perfeito. Com dicas práticas para o preparo desses dois alimentos. Nossa convidada é a doutora em Nutrição pela USP, Lara Natacci.
Este é o nosso episódio de número 240 e hoje recebemos o filósofo José Crisóstomo de Souza para uma conversa sobre o livro O avesso de Marx. A proposta de Crisóstomo é descentralizar Marx, afastando-se tanto do comunismo especulativo, quanto do Humanismo especulativo, valorizando seu materialismo prático. Em 2019, no nosso episódio 79, conversamos com o professor José Crisóstomo sobre a sua proposta de uma poética pragmática. O Filosofia Pop é um podcast que aborda a filosofia como parte da cultura. A cada 15 dias, sempre às segundas-feiras, a gente vai estar aqui pra continuar essa conversa com vocês. Intercalando com nossos episódios normais de quando em quando vamos apresentar episódios de entrevistas temáticas especiais. O episódio de hoje que é uma parceria com o projeto de extensão Filosofia, Cultura popular e Ética, desenvolvido na Universidade Federal de Jataí. Lembrando que você pode encontrar o podcast filosofia popo no twitter, instagram, Facebook e outras redes sociais. Nosso email é contato@filosofiapop.com.br Alguns recados que também gostaríamos de compartilhar: Esta disponível para download gratuito o livro Tcholonadur: entrevistas sobre filosofia africana. Este é um projeto que reúne 34 entrevistas com pensadores que estão moldando a filosofia africana fora da lusofonia. Com prólogo de Filomeno Lopes; Prefácio de Severino Ngoenha e Ergimino Mucale, “Tcholonadur” oferece uma oportunidade imperdível de mergulhar nas ideias e pensamentos que estão moldando o futuro da filosofia africana. https://filosofiapop.com.br/texto/tcholonadur/livro-tcholonadur-entrevistas-sobre-filosofia-africana/ Twitter: @filosofia_popFacebook: Página do Filosofia PopYouTube: Canal do Filosofia Pope-mail: contato@filosofiapop.com.brSite: https://filosofiapop.com.brPodcast: Feed RSS Com vocês, mais um episódio do podcast Filosofia Pop! O post #240 – Avesso de Marx, com Crisóstomo de Souza apareceu primeiro em filosofia pop.
Debate da Super Manhã: Criminosos que viram celebridades. Culpados que passam a receber mais destaque que as próprias vítimas. Casos de grande repercussão policial no Brasil, que receberam extrema atenção da imprensa, hoje viram livros e produções de audiovisual para o streaming com enorme sucesso. No Debate desta sexta-feira (27), a comunicadora Natalia Ribeiro conversa com os convidados para falar sobre mentes criminosas: o que é a psicopatia? todo mundo tem um pouco de psicopata? e por que algumas pessoas começam a desenvolver simpatia pelas histórias dos presidiários famosos. Participam a perita criminal, professora e palestrante Sandra Santos, o historiador, psicólogo e psicanalista Miguel Gomes e o psicólogo e professor de Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Sylvio Ferreira.
Os projetos de lei que criam duas novas instituições de ensino superior no país: a Universidade Federal Indígena (Unind) e a Universidade Federal do Esporte (UFEsporte), foram encaminhados ao Congresso Nacional pelo presidente Lula.Sonoras:
O podcast PodTremer desta quinta-feira, 27 de novembro, vai falar sobre o "Fim da Escala 6x1". Quem conversa com a gente é Cristiana Paiva, integrante do Conselho Nacional de Juventude e Secretária de Juventude da CUT Nacional, agricultora familiar, graduada em Licenciatura em Educação do Campo pela Universidade Federal de Roraima e mestre em Agroecologia pela Universidade Estadual de Roraima.
Você já parou pra pensar quem traduz os livros que você lê e como esse trabalho molda a forma como entende o mundo? Neste episódio, Lívia Mendes e Lidia Torres irão nos conduzir em uma viagem no tempo para entendermos como os textos gregos e latinos chegam até nós. Vamos descobrir por que traduzir é sempre também interpretar, criar e disputar sentidos. Conversamos com Andrea Kouklanakis, professora permanente na Hunter College, Nova York, EUA, e Guilherme Gontijo Flores, professor da Universidade Federal do Paraná. Eles compartilharam suas trajetórias no estudo de línguas antigas, seus desafios e descobertas com o mundo da tradução e as questões políticas, históricas e estéticas que a prática e as teorias da tradução abarcam. Esse episódio faz parte do trabalho de divulgação científica que a Lívia Mendes desenvolve no Centro de Estudos Clássicos e Centro de Teoria da Filologia, vinculados ao Instituto de Estudos da Linguagem e ao Instituto de Estudos Avançados da Unicamp, financiado pelo projeto Mídia Ciência da FAPESP, a quem agradecemos pelo financiamento. O roteiro foi escrito por Lívia Mendes e a revisão é de Lidia Torres e Mayra Trinca. A edição é de Daniel Rangel. Se você gosta de literatura, história, tradução ou quer entender novas formas de aproximar o passado do presente, esse episódio é pra você. __________________________________________________________________ ROTEIRO [música, bg] Lívia: Quem traduziu o livro que você está lendo? Lívia: E se você tivesse que aprender todas as línguas dos clássicos que deseja ler? Aqueles livros escritos em russo, alemão ou qualquer outra língua diferente da sua? Lívia: E aqueles livros das literaturas que foram escritas em línguas que chamamos antigas, como o latim e o grego? Lidia: A verdade é que, na maioria das vezes, a gente não pensa muito sobre essas questões. Mas, no Brasil, boa parte dos livros que lemos, tanto literários quanto teóricos, não chegaria até a gente se não fossem os tradutores. Lidia: Essas obras, que fazem parte de todo um legado social, filosófico e cultural da nossa sociedade, só chegaram até nós por causa do trabalho cuidadoso de pesquisadores e tradutores dessas línguas, que estão tão distantes, mas ao mesmo tempo, tão próximas de nós. [música de transição] Lívia: Eu sou a Lívia Mendes. Lidia: E eu sou a Lidia Torres. Lívia: Você já conhece a gente aqui do Oxigênio e no episódio de hoje vamos explorar como traduzimos, interpretamos e recebemos textos da Antiguidade greco-romana. Lidia: E, também vamos pensar por que essas obras ainda hoje mobilizam debates políticos, culturais e estéticos. Lívia: Vem com a gente explorar o mundo da antiguidade greco-romana que segue tão presente na atualidade, especialmente por meio da tradução dos seus textos. [vinheta O2] Andrea [1:05-2:12]: Então, meu nome é Andrea Kouklanakis e, eu sou brasileira, nasci no Brasil e morei lá até 21 anos quando eu emigrei para cá. Lívia: O “cá” da Andrea é nos Estados Unidos, país que ela se mudou ainda em 1980, então faz um tempo que ela mora fora do Brasil. Mas mesmo antes de se mudar, ela já tinha uma experiência com o inglês. Andrea Kouklanakis: Quando eu vim pra cá, eu não tinha terminado faculdade ainda, eu tinha feito um ano e meio, quase dois anos na PUC de São Paulo. Ah, e mas chegou uma hora que não deu mais para arcar com a responsabilidade financeira de matrícula da PUC, de mensalidades, então eu passei um tempo trabalhando só, dei aulas de inglês numa dessas escolas assim de business, inglês pra business people e que foi até legal, porque eu era novinha, acho que eu tinha 18, 19 anos e é interessante que todo mundo era mais velho que eu, né? Os homens de negócios, as mulheres de negócio lá, mas foi uma experiência legal e que também, apesar de eu não poder estar na faculdade daquela época, é uma experiência que condiz muito com o meu trabalho com línguas desde pequena. Lívia: Essa que você ouviu é a nossa primeira entrevistada no episódio de hoje, a professora Andrea Kouklanakis. Como ela falou ali na apresentação, ela se mudou ainda jovem pros Estados Unidos. Lidia: E, como faz muito tempo que ela se comunica somente em inglês, em alguns momentos ela acaba esquecendo as palavras em português e substitui por uma palavra do inglês. Então, a conversa com a Andrea já é um início pra nossa experimentação linguística neste episódio. Andrea Kouklanakis: Eu sou professora associada da Hunter College, que faz parte da cidade universitária de Nova York, City University of New York. E eles têm vários campus e a minha home college é aqui na Hunter College, em Manhattan. Eh, eu sou agora professora permanente aqui. Lívia: A professora Andrea, que conversou com a gente por vídeo chamada lá de Nova Iorque, contou que já era interessada por línguas desde pequena. A mãe dela trabalhava na casa de uma professora de línguas, com quem ela fez as primeiras aulas. E ela aprendeu também algumas palavras da língua materna do seu pai, que é grego e mais tarde, estudou francês e russo na escola. Lidia: Mas, além de todas essas línguas, hoje ela trabalha com Latim e Grego.Como será que essas línguas antigas entraram na vida da Andrea? Andrea Kouklanakis: Então, quando eu comecei aqui na Hunter College, eu comecei a fazer latim porque, bom, quando você tem uma língua natal sua, você é isenta do requerimento de línguas, que todo mundo tem que ter um requerimento de língua estrangeira na faculdade aqui. Então, quando eu comecei aqui, eu fiquei sabendo, que eu não precisava da língua, porque eu tinha o português. Mas, eu falei: “É, mas eu peguei pensando a língua é o que eu quero, né?” Então, foi super assim por acaso, que eu tava olhando no catálogo de cursos oferecidos. Aí eu pensei: “Ah, Latim, OK. Why not?. Por que não, né? Uma língua antiga, OK. Lívia: A professora Andrea, relembrando essa escolha por cursar as disciplinas de Latim, quando chegou na Hunter College, percebeu que ela gostou bastante das aulas por um motivo afetivo e familiar com a maneira com que ela tinha aprendido a língua portuguesa aqui no Brasil, que era diferente da forma como seus colegas estadunidenses tinham aprendido o inglês, sem muita conexão com a gramática. Lidia: Ela gostava de estudar sintaxe, orações subordinadas e todas essas regras gramaticais, que são muito importantes pra quem quer estudar uma língua antiga e mais pra frente a gente vai entender bem o porquê. [som de ícone] Lívia: sintaxe, é a parte da gramática que estuda como as palavras se organizam dentro das frases pra formar sentidos. Ela explica quem é o sujeito, o que é o verbo, quais termos completam ou modificam outros, e assim por diante. [som de ícone]: Lívia: Oração subordinada é uma frase que depende de outra para ter sentido completo. Ela não “anda sozinha”: precisa da oração principal pra formar o significado total. [música de transição] Lidia: E, agora, você deve estar se perguntando, será que todo mundo que resolve estudar língua antiga faz escolhas parecidas com a da professora Andrea? Lidia: É isso que a gente perguntou pro nosso próximo entrevistado. Guilherme Gontijo: Eu sou atualmente professor de latim na UFPR, no Paraná, moro em Curitiba. Mas, eu fiz a minha graduação em letras português na UFES, na Federal do Espírito Santo. E lá quando eu tive que fazer as disciplinas obrigatórias de latim, eu tinha que escolher uma língua complementar, eu lembro que eu peguei italiano porque eu estudava francês fora da universidade e eu tinha que estudar o latim obrigatório. Estudei latim com Raimundo Carvalho. Lívia: Bom, parece que o Guilherme teve uma trajetória parecida com a da Andrea e gostar de estudar línguas é uma das premissas pra se tornar um estudioso de latim e de grego. Lidia: O professor Raimundo de Carvalho, que o Guilherme citou, foi professor de Latim da Federal do Espírito Santo. Desde a década de 80 ele escreve poesias e é um importante estudioso da língua latina. Ele quem traduziu a obra Bucólicas, do Vírgílio, um importante poeta romano, o autor da Eneida, que talvez você já deva ter ouvido falar. O professor Raimundo se aposentou recentemente, mas segue trabalhando na tradução de Metamorfoses, de outro poeta romano, o Ovídio. Lívia: O Guilherme contou o privilégio que foi ter tido a oportunidade de ser orientado de perto pelo professor Raimundo. Guilherme Gontijo: Eu lembro que eu era um aluno bastante correto, assim, eu achava muito interessante aprender latim, mas eu estudei latim pensando que ele teria algum uso linguístico pras pessoas que estudam literatura brasileira. E quando ele levou Catulo pra traduzir, eu lembro de ficar enlouquecido, assim, foi incrível e foi a primeira vez na minha vida que eu percebi que eu poderia traduzir um texto de poema como um poema. E isso foi insistivo pra mim, eu não tinha lido teoria nenhuma sobre tradução. Lívia: Um episódio sobre literatura antiga traz esses nomes diferentes, e a gente vai comentando e explicando. O Catulo, que o Guilherme citou, foi um poeta romano do século I a.C.. Ele é conhecido por escrever odes, que são poemas líricos que expressam admiração, elogio ou reflexão sobre alguém, algo ou uma ideia. A obra do Catulo é marcada pelos poemas que ele dedicou a Lésbia, figura central de muitos dos seus versos. Guilherme Gontijo: Eu fiz as duas disciplinas obrigatórias de latim, que é toda a minha formação oficial de latim, acaba aí. E passei a frequentar a casa do Raimundo Carvalho semanalmente, às vezes duas vezes por semana, passava a tarde inteira tendo aula de latim com ele, lendo poetas romanos ou prosa romana e estudava em casa e ele tirava minhas dúvidas. Então, graças à generosidade do Raimundo, eu me tornei latinista e eu não tinha ideia que eu, ainda por cima, teria ali um mestre, porque ele é poeta, é tradutor de poesia. Lidia: Essa conexão com a língua latina fez o Guilherme nunca mais abandonar a tradução. Ele disse que era uma forma natural de conseguir conciliar o seu interesse intelectual acadêmico e o lado criativo, já que desde o início da graduação ele já era um aspirante a poeta. Lívia: É importante a gente lembrar que o Guilherme tem uma vasta carreira como autor, poeta e tradutor e já vamos aproveitar pra deixar algumas dicas dos livros autorais e dos autores que ele traduziu. Lívia: Guilherme é autor dos poemas de carvão :: capim (2018), Todos os nomes que talvez tivéssemos (2020), Arcano 13 em parceria com Marcelo Ariel. Ele também escreveu o romance História de Joia (2019) e os livros de ensaios Algo infiel: corpo performance tradução (2017) em parceria com Rodrigo Gonçalves e A mulher ventriloquada: o limite da linguagem em Arquíloco (2018). Se aventurou pelo infanto-juvenil com os livros A Mancha (2020) e o Coestelário (2021), ambos em parceria com Daniel Kondo. E traduziu autores como Safo, Propércio, Catulo, Horácio, Rabelais e Whitman. Lidia: Os poetas Rabelais e Whitman são autores modernos, viveram nos séculos XVI e XIX, já os outros poetas são da antiguidade romana, aquele período aproximadamente entre o século IV a.C. e o século V d.C. Lívia: Então, o Guilherme traduz tanto textos de línguas modernas quanto de línguas antigas. E, a gente perguntou pra ele se existe alguma diferença no trabalho do tradutor quando vai traduzir um texto de uma língua moderna, que está mais próxima de nós no tempo, e quando vai traduzir do latim ou do grego, que são línguas mais distantes temporalmente. Lívia: O Guilherme falou que quando ele vai traduzir de uma língua moderna pra outra língua moderna existem duas possibilidades: traduzir diacronicamente, que é quando o tradutor escreve o texto na língua produzida como se fosse da época mesmo que ele foi escrito. E a outra possibilidade é traduzir deslocando o autor temporalmente, e fazendo a linguagem do texto conversar com a linguagem contemporânea. Lidia: Pode parecer um pouco confuso de início, mas ouve só o exemplo do Guilherme da experiência de tradução que ele teve com o Rimbaud, que é um autor francês. Guilherme Gontijo: Por exemplo, fui traduzir Rimbaud, o Rimbaud do século XIX. Quando eu vou traduzir, eu posso tentar traduzir pensando diacronicamente e aí eu vou tentar traduzir o Rimbaud pra ele parecer um poeta do século XIX em português. E aí eu vou dar essa sensação de espaço temporal pro leitor contemporâneo agora. É, o Guilherme de Almeida fez um experimento genial assim, traduzindo o poeta francês François Villon para uma espécie de pastiche de galego-português, botando a linha temporal de modo que é isso, Villon é difícil para um francês ler hoje, que a língua francesa já sofreu tanta alteração que muitas vezes eles leem numa espécie de edição bilíngue, francês antigo, francês moderno. A gente também tem um pouco essa dificuldade com o galego-português, que é a língua literária da Península ali pra gente, né? Ah, então essa é uma abordagem. Outra abordagem, eu acho que a gente faz com muito menos frequência, é tentar deslocar a relação da temporalidade, ou seja, traduzir Rimbaud, não para produzir um equivalente do Rimbaud, século XIX no Brasil, mas pra talvez criar o efeito que ele poderia criar nos seus contemporâneos imediatos. Lívia: Ou seja, a ideia aqui seria escrever um texto da maneira como se escreve hoje em dia, meio que transpondo a história no tempo. Lidia: Pra quem não conhece, fica aqui mais uma dica de leitura: o poeta francês Arthur Rimbaud, que o Guilherme citou, viveu entre 1854 e 1891 e escreveu quase toda sua obra ainda adolescente. Ele renovou a poesia moderna com imagens ousadas, experimentação formal e uma vida marcada pela rebeldia. Abandonou a literatura muito jovem e passou o resto da vida viajando e trabalhando na África. Lívia: Mas, e pra traduzir da língua antiga, será que esse dois caminhos também são possíveis? Guilherme Gontijo: Quando eu vou traduzir do latim, por exemplo, eu não tenho esse equivalente. Não existe o português equivalente de Propércio. O português equivalente de Propércio como língua literária é o próprio latim. Lívia: Ou seja, o que o Guilherme quis dizer é que não existe uma possibilidade de traduzir um texto latino como ele soava na antiguidade, porque o latim é a língua que originou as línguas modernas latinas, e a língua portuguesa é uma delas, junto com o espanhol, o francês e o italiano. Lidia: Mas, o que pode acontecer é uma classicização dos textos antigos e o Guilherme enfatizou que acontece muito nas traduções que a gente tem disponível do latim pro português. A classicização, nesses casos, é traduzir os textos da antiguidade com o português do século XVIII ou XIX, transformando esses textos em clássicos também pra nós. Guilherme Gontijo:Curiosamente, a gente, quando estuda os clássicos, a gente sempre fala: “Não, mas isso é moderno demais. Será que ele falaria assim?” Acho curioso, quando, na verdade, a gente vendo que os clássicos tão falando sobre literatura, eles parecem não ter esses pudores. Aliás, eles são bem menos arqueológicos ou museológicos do que nós. Eles derrubavam um templo e botavam outro templo em cima sem pensar duas vezes enquanto nós temos muito mais pudores. Então, a minha abordagem atual de traduzir os clássicos é muito tentar usar as possibilidades do português brasileiro, isso é muito marcado pra mim, uma das variedades do português brasileiro, que é a minha, né? De modo ativo. Lívia: Só pra dar um exemplo do que faz a língua soar clássica, seria o uso do pronome “tu” ao invés de “você”, ou, os pronomes oblíquos como “eu te disse” ou “eu te amo”, porque ninguém fala “eu lhe amo” no dia a dia. Lidia: E esse é justamente o ponto quando a gente fala de tradução do texto antigo. Eles não vão ter um equivalente, e a gente não tem como traduzir por algo da mesma época. Guilherme Gontijo: Então, a gente precisa fazer um exercício especulativo, experimental, pra imaginar os possíveis efeitos daqueles textos no seu mundo de partida, né? A gente nunca vai saber o sabor exato de um texto grego ou romano, porque por mais que a gente tenha dicionário e gramática, a gente não tem o afeto, aquele afeto minucioso da língua que a gente tem na nossa. Lívia: Essas questões de escolhas de tradução, que podem aproximar ou afastar a língua da qual vai se traduzir pra língua que será traduzida se aproximam das questões sociais e políticas que são intrínsecas à linguagem. [música de transição] Lidia: Assim como qualquer outro texto, os escritos em latim ou grego nunca serão neutros. Mesmo fazendo parte de um mundo tão distante da gente, eles reproduzem projetos políticos e identitários tanto da antiguidade quanto dos atuais. Andrea Kouklanakis: Eu acho que esse aspecto político e histórico dos estudos clássicos é interessante porque é uma coisa quando você tá fazendo faculdade, quando eu fiz pelo menos, a gente não tinha muita ideia, né? Você tava completamente sempre perdida no nível microscópico da gramática, né? De tentar a tradução, essas coisas, você tá só, completamente submersa nos seus livros, no seu trabalho de aula em aula, tentando sobreviver ao Cícero. Lívia: Como a Andrea explicou, os estudos que chamamos de filológicos, soam como uma ciência objetiva. Eles tentam achar a gênese de um texto correto, como uma origem e acabam transformando os estudos clássicos em um modelo de programa de império ou de colonização. Andrea Kouklanakis: Então, por exemplo, agora quando eu dou aula sobre o legado dos estudos clássicos na América Latina Agora eu sei disso, então com os meus alunos a gente lê vários textos primários, né, e secundários, que envolvem discurso de construção de nação, de construção de império, de construção do outro, que são tecidos com os discursos clássicos, né, que é essa constante volta a Atenas, a Roma, é, o prestígio dos estudos clássicos, né? Então, a minha pesquisa se desenvolveu nesse sentido de como que esses latino afro brasileiros, esses escritores de várias áreas, como que eles lidaram na evolução intelectual deles, na história intelectual deles, como que eles lidaram com um ramo de conhecimento que é o centro do prestígio. Eles mesmo incorporando a falta de prestígio completa. O próprio corpo deles significa ausência total de prestígio e como que eles então interagem com uma área que é o centro do prestígio, sabe? Lidia: Então, como você percebeu, a Andrea investiga como os escritores afro-latino-americanos negociaram essa tradição clássica, símbolo máximo de prestígio, com suas histórias incorporadas a um lugar sem prestígio, marcadas em seus corpos pelo tom de pele. Lívia: Esse exercício que a professora Andrea tem feito com seus alunos na Hunter College tem sido uma prática cada vez mais presente nos Estudos Clássicos da América Latina e aqui no Brasil. É um exercício de colocar um olhar crítico pro mundo antigo e não apenas como uma forma de simplesmente celebrar uma antiguidade hierarquicamente superior a nós e a nossa história. Lidia: Nesse ponto, é importante a gente pontuar que a professora Andrea fala de um lugar muito particular, porque ela é uma mulher negra, brasileira, atuando em uma universidade nos Estados Unidos e em uma área de estudos historicamente tradicional. Lívia: Ela relatou pra gente um pouco da sua experiência como uma das primeiras mulheres negras a se doutorar em Estudos Clássicos em Harvard. Andrea Kouklanakis: Eu também não queria deixar de dizer que, politicamente, o meu entendimento como classista foi mais ou menos imposto de fora pra mim, sobre mim como uma mulher de cor nos estudos clássicos, porque eu estava exatamente na década de final de 90, meio final de 90, quando eu comecei a fazer os estudos clássicos na Harvard e foi coincidentemente ali quando também saiu, acho que o segundo ou terceiro volume do Black Athena, do Bernal. E, infelizmente, então, coincidiu com eu estar lá, né? Fazendo o meu doutorado nessa época. E na época existiam esses chat rooms, você podia entrar no computador e é uma coisa estranha, as pessoas interagiam ali, né? O nível de antipatia e posso até dizer ódio mesmo que muitas pessoas expressavam pela ideia de que poderia existir uma conexão entre a Grécia e a África, sabe? A mera ideia. Era uma coisa tão forte sabe, eu não tinha a experiência ou a preparação psicológica de receber esse tipo de resposta que era com tantos ânimos, sabe? Lidia: Com esse relato, a professora Andrea revelou pra gente como o preconceito com a população negra é tão explícita nos Estados Unidos e como ela, mesmo tendo passado a infância e a adolescência no Brasil, sentiu mais os impactos disso por lá. Lívia: Mas, fora o preconceito racial, historicamente construído pelas nossas raízes de colonização e escravização da população negra, como estudiosa de Estudos Clássicos, foi nessa época que a Andrea percebeu que existia esse tipo de discussão e que ainda não estava sendo apresentada pra ela na faculdade. Andrea Kouklanakis: Depois que eu me formei, eu entrei em contato com a mulher que era diretora de admissão de alunos e ela confirmou pra mim que é eu acho que eu sou a primeira pessoa de cor a ter um doutorado da Harvard nos Estudos Clássicos. E eu acho que mesmo que eu não seja a primeira pessoa de cor fazendo doutorado lá, provavelmente eu sou a primeira mulher de cor. Lidia: Vamos destacar agora, alguns pontos significativos do relato da professora Andrea. [som de ícone] Lívia: O livro que ela citou é o Black Athena, do estudioso de história política Martin Bernal. A teoria criada pelo autor afirmava que a civilização clássica grega na realidade se originou de culturas da região do Crescente Fértil, Egito, Fenícia e Mesopotâmia, ao invés de ter surgido de forma completamente independente, como tradicionalmente é colocado pelos historiadores germânicos. [som de ícone] Lívia: Ao propor uma hipótese alternativa sobre as origens da Grécia antiga e da civilização clássica, o livro fomentou discussões relevantes nos estudos da área, gerando controvérsias científicas, ideológicas e raciais. [som de ícone] Lidia: Em contrapartida às concepções racistas vinda de pesquisadores, historiadores e classicistas conservadores, a professora Andrea citou também um aluno negro de Harvard, o historiador e classicista Frank Snowden Jr.. [som de ícone] Lívia: Entre seus diversos estudos sobre a relação de brancos e negros na antiguidade, está o livro Before Color Prejudice: The Ancient View of Black, em português, Antes do Preconceito Racial: A Visão Antiga dos Negros. Um aprofundamento de suas investigações sobre as relações entre africanos e as civilizações clássicas de Roma e da Grécia e demonstra que os antigos não discriminavam os negros por causa de sua cor. [som de ícone] Lidia: O livro lança luz pra um debate importantíssimo, que é a diferença de atitudes dos brancos em relação aos negros nas sociedades antigas e modernas, além de observar que muitas das representações artísticas desses povos se assemelham aos afro-americanos da atualidade. Andrea Kouklanakis: Mas, então é isso, então essa coisa política é uma coisa que foi imposta, mas a imposição foi até legal porque aí me levou a conhecer e descobrir e pesquisar essa área inteira, que agora é uma coisa que eu me dedico muito, que é olhar qual que é a implicação dos estudos clássicos na política, na raça, na história e continuando dando as minhas aulas e traduzindo, fazendo tradução, eu adoro tradução, então, esse aspecto do estudo clássico, eu sempre gostei. [música de transição] Lívia: O Guilherme também falou pra gente sobre essa questão política e histórica dos Estudos Clássicos, de que ficar olhando pro passado como objeto desvinculado, nos impede de poder articular essas discussões com a política do presente. Guilherme Gontijo: E acho que o resultado quando a gente faz isso é muitas vezes colocar os clássicos como defensores do status quo, que é o que o um certo império brasileiro fez no período de Dom Pedro, é o que Mussolini fez também. Quer dizer, vira propaganda de estado. Lidia: Mas, ao contrário, quando a gente usa os clássicos pra pensar as angústias do presente, a gente percebe que é uma área de estudos que pode ser super relevante e super viva pra qualquer conversa do presente. Lívia: E, na tradução e na recepção desses textos antigos, como será que essas questões aparecem? O Guilherme deu um exemplo pra gente, de uma tradução que ele fez do poeta romano Horácio. [som de ícone] Lidia: Horácio foi um poeta romano do século I a.C., famoso por escrever poesias nos formatos de Odes, Sátiras e Epístolas, e defendia a ideia do “justo meio” — evitar excessos e buscar a medida certa na vida. Guilherme Gontijo: Tô lembrando aqui de uma ode de Horácio, acho que esse exemplo vai ser bom. Em que ele termina o poema oferecendo um vai matar um cabrito pra uma fonte, vai oferendar um cabrito para uma fonte. E quando eu tava traduzindo, vários comentadores lembravam de como essa imagem chocou violentamente o século XIX na recepção. Os comentadores sempre assim: “Como assim, Horácio, um homem tão refinado vai fazer um ato tão brutal, tão irracional?” Quer dizer, isso diz muito mais sobre a recepção do XIX e do começo do XX, do que sobre Horácio. Porque, assim, é óbvio que Horácio sacrificaria um cabrito para uma fonte. E nisso, ele não está escapando em nada do resto da sua cultura. Agora, é curioso como, por exemplo, o nosso modelo estatal coloca a área de clássicas no centro, por exemplo, dos cursos de Letras, mas acha que práticas do Candomblé, que são análogas, por exemplo, você pode oferecer animais para divindades ou mesmo para águas, seriam práticas não não não racionais ou não razoáveis ou sujas ou qualquer coisa do tipo, como quiserem. Né? Então, eu acho que a gente pode e esse é o nosso lugar, talvez seja nossa missão mesmo. Lívia: Como o Guilherme explicou, nós no Brasil e na América Latina temos influência do Atlântico Negro, das línguas bantas, do candomblé, da umbanda e temos um aporte, tanto teórico quanto afetivo, pra pensar os clássicos, a partir dessas tradições tão próximas, que a própria tradição europeia tem que fazer um esforço gigantesco pra chegar perto, enquanto pra gente é natural. Lidia: E não podemos nos esquecer também da nossa convivência com várias etnias indígenas, que possuem comparações muito fortes entre essas culturas. Guilherme Gontijo: Eu diria, eu entendo muito melhor o sentido de um hino arcaico, grego, ouvindo uma cantiga de terreiro no Brasil, do que só comparando com literatura. Eu acho que é relevante para a área de clássicas, não é uma mera curiosidade, sabe? Então, eu tenho cada vez mais lido gregos e romanos à luz da antropologia moderna, contemporaneíssima, sabe? Eu acho que muitos frutos aparecem de modo mais exemplar ou mais óbvio quando a gente faz essa comparação, porque a gente aí tira de fato os clássicos do lugar de clássicos que lhes é dado. [música de transição] Lívia: Pra além dessas discussões teóricas e políticas, a tradução é também um ato estético e existem algumas formas de repensar a presença da poesia antiga no mundo contemporâneo a partir de uma estética aplicada na linguagem e nos modos de traduzir. Lidia: No caso do Guilherme, ele vem trabalhando há um tempo com a tradução como performance. Guilherme Gontijo: E aí eu pensei: “Não, eu poderia traduzir Horácio para cantar”. Eu vou aprender a cantar esses metros antigos e vou cantar a tradução na mesmíssima melodia. Quer dizer, ao invés de eu pensar em metro no sentido do papel, eu vou pensar em metro no sentido de uma vocalidade. E foi isso que eu fiz. Foi o meu o meu doutorado, isso acabou rendendo a tradução de Safo. Lívia: Além das traduções publicadas em livros e artigos, o Guilherme também coloca essas performances na rua com o grupo Pecora Loca, que desde 2015 se propõe a fazer performances de poemas antigos, medievais e, às vezes, modernos, como um modo de ação poética. Lidia: Inclusive a trilha sonora que você ouviu ali no início deste trecho é uma das performances realizada pelo grupo, nesse caso do poema da Ode 34 de Horácio, com tradução do próprio Guilherme e música de Guilherme Bernardes, que o grupo gentilmente nos passou. Guilherme Gontijo: Isso pra mim foi um aprendizado teórico também muito grande, porque você percebe que um poema vocal, ele demanda pra valorizar a sua ou valorar a sua qualidade, também a performance. Quer dizer, o poema não é só um texto no papel, mas ele depende de quem canta, como canta, qual instrumento canta. Lívia: O Guilherme explicou que no início eles usavam instrumentos antigos como tímpano, címbalo, lira e até uma espécie de aulos. Mas, como, na verdade, não temos informações precisas sobre como era a musicalidade antiga, eles resolveram afirmar o anacronismo e a forma síncrona de poesia e performance, e, atualmente, incorporaram instrumentos modernos ao grupo como a guitarra elétrica, o baixo elétrico, o teclado e a bateria. Guilherme Gontijo: Então, a gente tem feito isso e eu acho que tem um gesto político, porque é muito curioso que a gente vai tocar num bar e às vezes tem alguém desavisado e gosta de Anacreonte. Olha, caramba, adorei Anacreonte. É, é, e ela percebe que Anacreonte, ela ouviu a letra e a letra é basicamente: “Traga um vinho para mim que eu quero encher a cara”. Então ela percebe que poesia antiga não é algo elevado, para poucos eleitos capazes de depreender a profundidade do saber grego. Ó, Anacreonte é poema de farra. Lidia: A partir da performance as pessoas se sentem autorizadas a tomar posse dessa herança cultural e a se relacionar com ela. O que cria uma forma de divulgar e difundir os Estudos Clássicos a partir de uma relação íntima, que é a linguagem musical. Guilherme Gontijo: E a experiência mais forte que eu tive nisso, ela é do passado e foi com o Guilherme Bernardes. Lembro que dei uma aula e mostrei a melodia do Carpe Diem, do Horácio. Da Ode. E tava lá mostrando o poema, sendo bem técnico ali, como é que explica o metro, como é que põe uma melodia, etc, etc. E uns três dias depois ele me mandou uma gravação que ele fez no Garage Band, totalmente sintética. De uma versão só instrumental, quer dizer, o que ele mais curtiu foi a melodia. E a gente às vezes esquece disso, quer dizer, um aspecto da poesia arcaica ou da poesia oral antiga romana é que alguém poderia adorar a melodia e nem prestar tanta atenção na letra. E que continuariam dizendo: “É um grande poeta”. Eu senti uma glória quando eu pensei: “Caraca, um asclepiadeu maior tocou uma pessoa como melodia”. A pessoa nem se preocupou tanto que é o poema do Carpe Diem, mas a melodia do asclepiadeu maior. [som de ícone] Lívia: Só por curiosidade, “asclepiadeu maior” é um tipo de verso poético greco-latino composto por um espondeu, dois coriambos e um iambo. Você não precisa saber como funcionam esses versos na teoria. Essa forma poética foi criada pelo poeta lírico grego Asclepíades de Samos, que viveu no século III a.C., por isso o nome, o mais importante é que foi o verso utilizado por Horácio em muitas de suas odes. [música de transição] Lidia: Agora, já encaminhando para o final do nosso episódio, não podemos ir embora sem falar sobre o trabalho de recepção e tradução realizado pela professora Andrea, lá na Hunter College, nos EUA. Lívia: Além do seu projeto sobre a presença dos clássicos nas obras de escritores afro-latino-americanos, com foco especial no Brasil, de autores como Lima Barreto, Luís Gama, Juliano Moreira e Auta de Sousa. A professora também publicou o livro Reis Imperfeitos: Pretendentes na Odisseia, Poética da Culpa e Sátira Irlandesa, pela Harvard University Press, em 2023, e as suas pesquisas abarcam a poesia homérica, a poética comparada e as teorias da tradução. Lidia: A professora Andrea faz um exercício muito importante de tradução de autores negros brasileiros pro inglês, não somente das obras literárias, mas também de seus pensamentos teóricos, pra que esses pensamentos sejam conhecidos fora do Brasil e alcance um público maior. Lívia: E é muito interessante como a relação com os estudos da tradução pra professora Andrea também tocam em um lugar muito íntimo e pessoal, assim como foi pro Guilherme nas suas traduções em performances. Lidia: E ela contou pra gente um pouco dessa história. Andrea Kouklanakis: Antes de falar da língua, é eu vou falar que, quando eu vejo a biografia deles, especialmente quando eu passei bastante tempo com o Luiz Gama. O que eu achei incrível é o nível de familiaridade de entendimento que eu tive da vida corriqueira deles. Por exemplo, Cruz e Souza, né? A família dele morava no fundo lá da casa, né? Esse tipo de coisa assim. O Luiz Gama também quando ele fala do aluno lá que estava na casa quando ele foi escravizado por um tempo, quando ele era criança, o cara que escravizou ele tinha basicamente uma pensão pra estudantes, que estavam fazendo advocacia, essas coisas, então na casa tinham residentes e um deles ensinou ele a ler, a escrever. O que eu achei interessantíssimo é que eu estou há 100 anos separada desse povo, mas a dinâmica social foi completamente familiar pra mim, né? A minha mãe, como eu te falei, ela sempre foi empregada doméstica, ela já se aposentou há muito tempo, mas a vida dela toda inteira ela trabalhou como empregada doméstica. E pra mim foi muito interessante ver como que as coisas não tinham mudado muito entre a infância de alguém como Cruz e Souza e a minha infância, né? Obviamente ninguém me adotou, nada disso, mas eu passei muito tempo dentro da casa de família. que era gente que tinha muito interesse em ajudar a gente, em dar, como se diz, a scholarship, né? O lugar que a minha mãe trabalhou mais tempo assim, continuamente por 10 anos, foi, aliás, na casa do ex-reitor da USP, na década de 70 e 80, o Dr. Orlando Marques de Paiva. Lívia: Ao contar essa história tão íntima, a Andrea explicou como ela tenta passar essa coincidência de vivências, separada por cem anos ou mais no tempo, mas que, apesar de todo avanço na luta contra desigualdades raciais, ainda hoje refletem na sua memória e ainda são muito estáticas. Lidia: Essa memória reflete na linguagem, porque, como ela explicou, esses autores utilizam muitas palavras que a gente não usa mais, porque são palavras lá do século XVIII e XIX, mas o contexto chega pra ela de uma forma muito íntima e ainda viva, por ela ter vivenciado essas questões. Andrea Kouklanakis: Eu não sou poeta, mas eu tô dando uma de poeta, sabe? E quando eu percebo que tem algum estilo assim, a Auta de vez em quando tem um certo estilo assim, ambrósia, não sei do quê, sabe? Eu sei que ela está querendo dizer perfume, não sei o quê, eu não vou mudar, especialmente palavras, porque eu também estou vindo da minha perspectiva é de quem sabe grego e latim, eu também estou interessada em palavras que são em português, mas são gregas. Então, eu preservo, sabe? Lívia: Então, pra Andrea, no seu trabalho tradutório ela procura mesclar essas duas questões, a sua relação íntima com os textos e também a sua formação como classicista, que pensa a etimologia das palavras e convive com essa multiplicidade de línguas e culturas, caminhando entre o grego, o latim, o inglês e o português. [música de transição] [bg] Lidia: Ao ouvir nossos convidados de hoje, a Andrea Koclanakis e o Guilherme Gontijo Flores, percebemos que traduzir textos clássicos é muito mais do que passar palavras de uma língua pra outra. É atravessar disputas políticas, revisitar o passado com olhos do presente, reconstruir memórias coloniais e imaginar novos modos de convivência com as tradições antigas. Lívia: A tradução é pesquisa, criação, crítica e também pode ser transformação. Agradecemos aos entrevistados e a você que nos acompanhou até aqui! [música de transição] [créditos] Livia: O roteiro desse episódio foi escrito por mim, Lívia Mendes, que também fiz a locução junto com a Lidia Torres. Lidia: A revisão foi feita por mim, Lidia Torres e pela Mayra Trinca. Lidia: Esse episódio faz parte do trabalho de divulgação científica que a Lívia Mendes desenvolve no Centro de Estudos Clássicos e Centro de Teoria da Filologia, vinculados ao Instituto de Estudos da Linguagem e ao Instituto de Estudos Avançados da Unicamp, financiado pelo projeto Mídia Ciência da FAPESP, a quem agradecemos pelo financiamento. Lívia: Os trabalhos técnicos são de Daniel Rangel. A trilha sonora é de Kevin MacLeod e também gentilmente cedida pelo grupo Pecora Loca. A vinheta do Oxigênio foi produzida pelo Elias Mendez. Lidia: O Oxigênio conta com apoio da Secretaria Executiva de Comunicação da Unicamp. Você encontra a gente no site oxigenio.comciencia.br, no Instagram e no Facebook, basta procurar por Oxigênio Podcast. Lívia: Pra quem chegou até aqui, tomara que você tenha curtido passear pelo mundo da antiguidade greco-romana e entender um pouco de como os textos antigos chegam até nós pela recepção e tradução. Você pode deixar um comentário, na sua plataforma de áudio favorita, contando o que achou. A gente vai adorar te ver por lá! Até mais e nos encontramos no próximo episódio. [vinheta final]
Convidados: Ana Flor, colunista do g1 e comentarista da GloboNews; e Carlos Fico, professor de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O dia 25 de novembro de 2025 marca o fim do processo do chamado núcleo crucial da tentativa de golpe de Estado. Nesta terça-feira, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a execução das sentenças dos oito condenados por tentativa de golpe, entre eles Jair Bolsonaro e militares de alta patente. Neste episódio, Natuza Nery recebe dois convidados: a jornalista Ana Flor e o historiador Carlos Fico. Colunista do g1 e comentarista da GloboNews, Ana Flor detalha em que circunstâncias foram executadas as penas dos condenados. Ela responde como foram as prisões - e para onde foram levados os militares presos: o almirante Almir Garniere (ex-comandante da Marinha), e os generais Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional) e Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa). Ana analisa como fica a situação de Alexandre Ramagem. Moraes pediu que Ramagem perca o mandato de deputado - o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro está nos EUA e é considerado foragido. Também condenado pelo STF, o general Braga Netto está preso desde dezembro de 2024 em uma vila militar no Rio. Além dele, o tenente-coronel Mauro Cid cumpre prisão domiciliar por ter fechado acordo de delação premiada. Depois, Natuza conversa com o historiador Carlos Fico. Professor de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Fico esclarece qual a simbologia de, pela primeira vez na história, militares serem presos por tentativa de golpe.
Na série de conversas descontraídas com cientistas, chegou a vez da Psicóloga, Mestra em Psicologia e Doutora em Neurociências e Comportamento, Claudia Berlim de Mello.Só vem!>> OUÇA (93min 10s)*Naruhodo! é o podcast pra quem tem fome de aprender. Ciência, senso comum, curiosidades, desafios e muito mais. Com o leigo curioso, Ken Fujioka, e o cientista PhD, Altay de Souza.Edição: Reginaldo Cursino.http://naruhodo.b9.com.br*Ilustríssima ouvinte, ilustríssimo ouvinte do Naruhodo, Chegamos na Black Week da Black November INSIDER, a maior promoção da história da marca no seu ponto alto!Ponto alto pra valer: nesta Black Week, seu desconto total pode chegar a 70%, combinando o cupom NARUHODO com os descontos do site. É isso mesmo que você ouviu: até 70% de desconto total!Link do cupom NARUHODO aplicado no carrinho:creators.insiderstore.com.br/NARUHODOE mais: frete grátis em todas as compras e brindes especiais nas compras a partir de R$399. Mas você precisa correr, por que as roupas da INSIDER duram muito, mas as promoções não.Meu destaque hoje vai pra Camiseta Polo Core, que traz estilo clássico com tecnologia.Você está cansado daquelas pólos que amassam, desbotam e têm caimento ruim? Então essa peça é pra você: tecido tecnológico estruturado, respirável e elegante. Do casual ao sofisticado, você vai estar sempre impecável.E você já sabe: entrando no canal de WhatsApp da INSIDER, você pode acessar descontos ainda maiores, por tempo super limitado.Entre no grupo de Zap agora mesmo:https://creators.insiderstore.com.br/NARUHODOWPPBFINSIDER: inteligência em cada escolha.#InsiderStore*Claudia Berlim de Mello tem graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1985), mestrado em Psicologia pela Universidade de Brasília (1993) e doutorado em Psicologia (Neurociências e Comportamento) pela Universidade de São Paulo (2003).É Professora Adjunta do Departamento de Psicobiologia, EPM/UNIFESP, Orientadora do Programa de Pós Graduação em Psicobiologia (Campus São Paulo) da UNIFESP e Bolsista produtividade CNPq.Membro do GT de Neuropsicologia da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia (ANPEPP), do Instituto Brasileiro de Neuropsicologia e Comportamento (IBENeC) e da Academia Brasileira de Neuropsicologia.Suas linhas de pesquisa concentram-se nas áreas da Psicologia Cognitiva e Neuropsicologia do Desenvolvimento, com ênfase nos seguintes temas: Cognição Social, Transtornos do Neurodesenvolvimento, Genética do Comportamento, Desenvolvimento e adaptação de testes neuropsicológicos.Lattes: http://lattes.cnpq.br/1758368777559433*APOIE O NARUHODO!O Altay e eu temos duas mensagens pra você.A primeira é: muito, muito obrigado pela sua audiência. Sem ela, o Naruhodo sequer teria sentido de existir. Você nos ajuda demais não só quando ouve, mas também quando espalha episódios para familiares, amigos - e, por que não?, inimigos.A segunda mensagem é: existe uma outra forma de apoiar o Naruhodo, a ciência e o pensamento científico - apoiando financeiramente o nosso projeto de podcast semanal independente, que só descansa no recesso do fim de ano.Manter o Naruhodo tem custos e despesas: servidores, domínio, pesquisa, produção, edição, atendimento, tempo... Enfim, muitas coisas para cobrir - e, algumas delas, em dólar.A gente sabe que nem todo mundo pode apoiar financeiramente. E tá tudo bem. Tente mandar um episódio para alguém que você conhece e acha que vai gostar.A gente sabe que alguns podem, mas não mensalmente. E tá tudo bem também. Você pode apoiar quando puder e cancelar quando quiser. O apoio mínimo é de 15 reais e pode ser feito pela plataforma ORELO ou pela plataforma APOIA-SE. Para quem está fora do Brasil, temos até a plataforma PATREON.É isso, gente. Estamos enfrentando um momento importante e você pode ajudar a combater o negacionismo e manter a chama da ciência acesa. Então, fica aqui o nosso convite: apóie o Naruhodo como puder.bit.ly/naruhodo-no-orelo
Este é o nosso episódio de número 239 e hoje recebemos o filósofo e editor Maikel da Silveira para uma conversa longa e extremamente rica sobre o pensador japonês Kōjin Karatani. No episódio de hoje do Filosofia Pop, Maikel (que frente da primeira tradução brasileira da obra principal de Karatani, A Estrutura da História Mundial, prevista para março de 2026 pela Editora Machado) nos apresenta a trajetória intelectual desse filósofo japonês ainda pouco conhecido no Brasil, mas já considerado um dos maiores pensadores vivos do Japão e ganhador, em 2022, do prestigioso Berggruen Prize, muitas vezes chamado de “Nobel da Filosofia”. Partindo de sua própria experiência acadêmica e política, Michael explica como chegou a Karatani a partir de uma crítica ao populismo de esquerda, mostra como o japonês reelabora Marx a partir de uma leitura transversal com Kant, expõe a famosa teoria dos modos de troca (A, B, C e o retorno do modo D), o nó borromeu capital–Estado–nação e a proposta política do associationism como alternativa real ao capitalismo-nação-Estado. Tudo isso atravessado por uma perspectiva única: a de alguém que viveu a modernização acelerada e forçada do Japão pós-guerra e que, a partir daí, consegue ver fissuras que muitos teóricos ocidentais simplesmente não enxergam. Resumo dos temas principais abordados na entrevista Quem é Kōjin Karatani Filósofo japonês nascido em 1941, um dos maiores pensadores vivos do Japão; Ganhador do Berggruen Prize 2022 (“Nobel da Filosofia”); Trajetória que vai da crítica literária (anos 60-70) ao marxismo japonês (influência de Kozo Uno), passando pelo estruturalismo, pós-estruturalismo e diálogo com Derrida, Jameson, De Man, etc. Como Michael Silveira chegou a Karatani Via crítica ao populismo de esquerda (mestrado com Laclau → conclusão de que populismo é sintoma e resposta precária à crise de representação); Doutorado orientado pela necessidade de pensar a articulação entre política nacional e economia mundial → Karatani como resposta. Ideias centrais de Karatani O nó borromeu da modernidade: Capital – Estado-nação – Nação (com dominância do capital); Teoria dos modos de troca (base de toda a sua filosofia da história): • Modo A: reciprocidade de dádiva (clã, comunidade primitiva) • Modo B: dominação e proteção (Estado imperial antigo) • Modo C: mercadoria (capital) • Modo D: retorno em nível superior da reciprocidade (associationism, redes de ajuda mútua transnacionais) História como repetição e recombinação desses modos, não como progresso linear; Conceito de “paralaxe” (depois popularizado por Žižek); Crítica ao nacionalismo e ao estatismo; proposta política do New Associationist Movement (NAM) e do “modo D” como alternativa real ao capitalismo. Posição “entre-lugares” Perspectiva privilegiada do Japão (modernização forçada pós-guerra) permite ver fissuras que teóricos ocidentais não enxergam; Comparação com a posição “marrana” de Spinoza: crítica simultânea à tradição própria e à ocidental, sem conciliação fácil, mantendo a tensão (stay with the trouble). Recepção e atualidade Ainda quase desconhecido no Brasil (nenhum livro traduzido até agora); Primeira tradução brasileira: A Estrutura da História Mundial (Editora Machado, março 2026, trad. Alain Ilane); Por que marxistas tradicionais rejeitam (abandona “modos de produção” por “modos de troca”); Indicações feitas por Michael Silveira no episódio Livros Kōjin Karatani – A Estrutura da História Mundial (Editora Machado, lançamento março 2026) André Castro – A Luta que Há nos Deuses: do bolsonarismo à extrema-direita evangélica (Editora Machado) Houria Bouteldja – Permanecer Bárbaros: não brancos contra o império (prefácio de Acauã Oliveira) Euclides Mance – Uma Economia da Libertação (4 volumes, em lançamento) Gabriel Tupinambá – O desejo da psicanálise Gabriel Tupinambá et al. – Atlas da Política Experimental (GLAC Editora, organizado com base nos modos de troca de Karatani) Investigar, Compor e Continuar (livro interno do Espaço Comum de Organizações, também baseado em Karatani) Música Marcelo D2 – Manual Prático do Novo Samba (disco mais recente) Audiovisual / Anime One Piece (muito recomendado no momento atual, inclusive por aparecer em protestos da geração Z) Leitura complementar já disponível em outras línguas Transcrítica (Transcritique) – já existe tradução em espanhol O Filosofia Pop é um podcast que aborda a filosofia como parte da cultura. A cada 15 dias, sempre às segundas-feiras, a gente vai estar aqui pra continuar essa conversa com vocês. Intercalando com nossos episódios normais de quando em quando vamos apresentar episódios de entrevistas temáticas especiais. O episódio de hoje que é uma parceria com o projeto de extensão Filosofia, Cultura popular e Ética, desenvolvido na Universidade Federal de Jataí. Lembrando que você pode encontrar o podcast filosofia popo no twitter, instagram, Facebook e outras redes sociais. Nosso email é contato@filosofiapop.com.br Alguns recados que também gostaríamos de compartilhar: Esta disponível para download gratuito o livro Tcholonadur: entrevistas sobre filosofia africana. Este é um projeto que reúne 34 entrevistas com pensadores que estão moldando a filosofia africana fora da lusofonia. Com prólogo de Filomeno Lopes; Prefácio de Severino Ngoenha e Ergimino Mucale, “Tcholonadur” oferece uma oportunidade imperdível de mergulhar nas ideias e pensamentos que estão moldando o futuro da filosofia africana. https://filosofiapop.com.br/texto/tcholonadur/livro-tcholonadur-entrevistas-sobre-filosofia-africana/ Twitter: @filosofia_popFacebook: Página do Filosofia PopYouTube: Canal do Filosofia Pope-mail: contato@filosofiapop.com.brSite: https://filosofiapop.com.brPodcast: Feed RSS Com vocês, mais um episódio do podcast Filosofia Pop! O post #239 – Kojin Karatani, com Maikel da Silveira apareceu primeiro em filosofia pop.
Hace unas horas ha llegado a Nicaragua un buque hospital chino en una misión humanitaria. Una noticia que puede parecer anecdótica pero que sirve para poner de relieve cómo han ido mejorando las relaciones entre Mangua y Pekín. Hablamos con Paula Fernández, Universidade Federal da Integração Latino-americana (UNILA).Escuchar audio
Saudações pessoas!Caio Maximino, professor da Universidade Federal do Sul e do Sudeste do Pará , pesquisador das áreas da neurociência comportamental, saúde mental e psicobiologia - além de cientista reconhecido como um dos pesquisadores mais influentes do mundo! - retorna ao Vira para falar do seu tema de estimação, em novos contextos: o sofrimento mental ao qual estamos submetidos ganha toques mais agudos à medida em que vemos a ampliação cada vez maior de inseguranças e cobranças em nossas vidas, sendo que há uma parcela da população que (vide a operação policial-militaresca realizada no Rio de Janeiro, semana passada), convive com a crueza da morte sanguinolenta como um risco presente e constante.A saúde mental é um assunto que precisa passar ao largo de dicotomias tolas, quem dirá estacionar em discursos sobre "pílulas mágicas" (literais ou metafóricas). Taca play que esse veio quente!