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Brasil-Mundo
Nos palcos de Roma, brasileiras misturam circo, dança e teatro para falar da relação entre irmãs

Brasil-Mundo

Play Episode Listen Later Dec 11, 2022 9:17


As atrizes brasileiras Beatriz Sayad e Melissa Vettore interpretam irmãs gêmeas no espetáculo Nuda da Compagnia Finzi Pasca. Em turnê pela Itália, a peça conquista elogios da crítica especializada e aplausos do público. A RFI encontrou as atrizes no teatro Ambra Jovinelli, em Roma. Gina Marquez, correspondente da RFI em Roma Beatriz Sayad é autora, diretora, atriz e palhaça. Formou-se em Letras pela PUC-Rio e cursou, na França, a Escola Internacional de Teatro Jacques Lecoq. Aos 18 anos, passou a integrar a companhia suíça Teatro Sunil (atual Compagnia Finzi Pasca). No Brasil, atuou como palhaça em hospitais pelo grupo Doutores da Alegria. Integrou durante 6 anos a Companhia Teatro Balagan. Em 2011, dirigiu e escreveu o espetáculo Estamira – beira do mundo, ao lado de Dani Barros que obteve o Prêmio Shell de melhor atriz. Em 2018 ela também foi codiretora da peça Void, junto com o ator e diretor italiano Alvise Camozzi. Beatriz conta que no início da década de 1990 no Brasil conheceu a companhia fundada pelo suíço Daniele Finzi Pasca. “Desde a escola que eu conheci o trabalho deles no Brasil e depois comecei a viajar para Suíça e participar da companhia. Em seguida, voltei para o Brasil e desde 2009 estou em colaboração permanente com eles” conta a atriz. Beatriz mora em São Paulo, mas há nove anos passa parte do tempo em turnê. “Na verdade a dinâmica da companhia é de alguns meses de criação e depois sai em turnê. Nas pausas da turnê, cada um volta pra sua casa.” diz . Já a jornalista, produtora e atriz Melissa Vettore tem uma longa experiência em teatro, cinema e séries televisivas brasileiras e trabalhou com diretores renomados. A sua trajetória no teatro inclui drama e comédia. Formou-se no Indac, com formação do CPT de Antunes Filho. Destacam-se as suas idealizações e interpretações nas duas peças dirigidas por Elias Andreato: Camille & Rodin, sobre a trágica história de amor dos escultores franceses Auguste Rodin (1840-1917) e Camille Claudel (1864-1943), encenada junto a Leopoldo Pacheco; e Isadora a respeito da bailarina, pensadora e revolucionária Isadora Duncan (1877-1927), encenada ao lado do ator Daniel Dantas. Fora do Brasil, ela estudou teatro no Lee Strasberg Institute em Nova York e também com o premiado autor espanhol José Sinisterra, em Barcelona. Melissa mora em Lugano, na Suíça, e é casada com o diretor Daniele Finzi Pasca, com quem colabora como produtora criativa, além de atuar nos espetáculos desta companhia desde 2018. “Tenho uma formação de teatro contemporâneo e conheci esse mundo do clown através da Biti (Beatriz Sayad). Eu sempre gostei muito do teatro dança, que é uma linha, uma vertente que a Maria Bonzanigo, compositora e coreógrafa da companhia, trouxe para o Brasil. Aí eu me apaixonei pela linguagem da companhia”. A peça Nuda Nuda é baseada no homônimo livro de Daniele Finzi Pasca e conta a história da diversidade de duas irmãs, na qual uma é a narradora. Em torno delas gira um mundo de personagens bizarros, originais e comoventes. A peça provoca lágrimas e risos dos espectadores. O crítico teatral Rodolfo Di Giammarco escreveu sobre Nuda no jornal italiano “La Repubblica”: “Espetáculo das maravilhas, teatro denso de mistério e estupor, universo de suspensões e abismos sempre em diálogo, e mundo interativo de poesia.” A trama de Nuda é simples e complexa nos detalhes, como explica Beatriz. “É a história de duas irmãs gêmeas que uma nasce primeiro, a que narra, enquanto a segunda nasce vestida e é santificada. Então é como ela se relaciona com essa outra irmã santa. No jogo de espelhamento, no jogo de completude entre duas, ela vai se contando. Ela precisa se reinventar e fala da sua trajetória pelo mundo tentando se entender a partir da relação com essa gêmea tão diferente dela” conta Beatriz Melissa completa: “O espetáculo tem influência Latina com toque brasileiro toda essa mistura de culturas e essa família é meio felliniana, que o Daniele coloca no centro. Mas é a metáfora de uma irmã que está cansada de viver na sombra da outra, e para encontrar a sua gêmea precisa se desnudar”. Arte circense Nuda é um espetáculo permeado por arte circense, dança e música com forte influência brasileira. Dirigido e escrito por Daniele Finzi Pasca é interpretado por cinco artistas. Além de Melissa Vettore e Beatriz Sayad, fazem parte do elenco, Jess Gardolin, Micol Veglia, Francesco Lanciotti. “Eu gosto muito da maneira como o circo inserido dentro dos nossos espetáculos, porque responde realmente ao anseio onírico e imagético e não vem simplesmente pela técnica. Ao contrário, acho que a gente está sempre brincando de suavizar a questão técnica para potencializar a questão imagética, onírica, surreal, extraordinária que o circo traz para dentro do teatro”, relata Beatriz. Melissa explica que os outros atores são acrobatas bailarinos que fazem esse desdobramento das gêmeas em outra perspectiva sonhada. “Por exemplo, quando as irmãs lembram da infância, outras duas atrizes estão numa cama que voa. Além disso, o único homem da peça entra do alto como uma marionete. Coisas maravilhosas acontecem na peça”, comenta Melissa. Peça em cinco línguas Uma das dificuldades para os atores brasileiros no exterior é recitar em outra língua sem o sotaque brasileiro. Mas segundo Beatriz e Melissa, na peça Nuda o sotaque não representa um obstáculo. “A companhia produz suas próprias obras, é um teatro muito autoral. A gente não tá fazendo Shakespeare na Itália. A gente não tá fazendo Pirandello na Itália. A gente tá fazendo a obra do Daniele Finzi Pasca que é o autor e diretor. No nosso caso, a questão do sotaque é muito bem-vinda porque abre já uma fragilidade do tipo: Olha isso aqui não vai ser um teatro de lindas palavras bem pronunciadas. A gente assume isso”, diz Beatriz. Ela explica que o espetáculo é atuado em diversos países e no mínimo cinco línguas, português, espanhol, francês, italiano e inglês. “Quando dá, a gente ainda faz uns pedacinhos em alemão, em russo. São línguas que não falamos, mas que brincamos de falar para as pessoas algumas coisas na língua delas”. Beatriz conta que nunca fez uma audição para outra companhia de teatro estrangeira, ao contrário de Melissa. “No exterior é verdade que para entrar no mercado dos atores de televisão e cinema o sotaque tem um peso. Você acaba fazendo o personagem estrangeiro. Eu morei em outros países, fiz cursos em Nova York, nos Estados Unidos, e em Barcelona, na Espanha, e realmente tem uma mudança”, relata Melissa. No entanto, o português permanece no seu pensamento. “A gente pensa em português, porque é a língua-mãe que te fala na orelha, te sussurra certas coisas. Às vezes tentamos traduzir uma palavra para que ganhe a força que tem na tua língua mãe. Essa brincadeira com os idiomas é um prazer. Dá muito nervoso, mas podendo mostrar que você realmente não fala o idioma e está criando um elo de comunicação acaba te ajudando. Assim se quebra a tensão do fazer bem e se assume o fazer real.” conta Melissa. Futuro da cultura no Brasil Apesar das dificuldades do setor cultural do Brasil nos últimos anos, Melissa e Beatriz são otimistas sobre o futuro da cultura brasileira. “As pessoas me falam: Melissa, você saiu na hora certa. É tão triste ouvir isso. Eu saí do Brasil no momento muito efervescente, no qual que a gente estava produzindo bastante. Saí logo após encenar duas peças no Masp, Camille & Rodin e Isadora. Eu também estava fazendo uma série na TV Globo. A gente viu o desmonte de tudo que nos ajudava a produzir e difundir. O que resta é uma esperança enorme que com o Lula teremos de novo uma força cultural. Eu acho que a cultura brasileira vem com muita força, com muita autenticidade.” afirma a atriz. Segundo Beatriz, os meios de produção ficaram muito prejudicados nos últimos anos no Brasil e em outros países. . “No entanto, o Brasil continua sendo a maior efervescência cultural que eu conheço que eu presencio. A gente produz teatro interessantíssimo, música e literatura. Apesar das dificuldades, é um momento onde o Brasil está aparecendo muito no mercado internacional. Eu acho que com um pouco mais, e com o governo que atrapalhe um pouco menos, teremos grandes chances de se reerguer”. Beatriz ressalta que o país enfrenta grandes dificuldades financeiras que refletem no setor cultural. “A gente sabe que o Brasil está quebrado e isso tem uma consequência muito forte na cultura não só do ponto de vista da produção, mas no consumo também. Porque ainda é caro consumir cultura. Além do preço do ingresso, tem o cinema competindo com outras plataformas”, comenta Beatriz. Melissa destaca positivamente novos movimentos culturais brasileiros. “Agora no Brasil tem uma bagunça e vamos ver no que vai dar. Existem outras vozes, as vozes do movimento negro, as vozes indígenas. Eu acho que vai voltar com muita força, buscando muito as raízes. Acredito que a cultura brasileira vai chamar a atenção internacional, vai dar no mundo uma vontade imensa de estar perto”, conclui Melissa.

Brasil-Mundo
Nos palcos de Roma, brasileiras misturam circo, dança e teatro para falar da relação entre irmãs

Brasil-Mundo

Play Episode Listen Later Dec 11, 2022 9:17


As atrizes brasileiras Beatriz Sayad e Melissa Vettore interpretam irmãs gêmeas no espetáculo Nuda da Compagnia Finzi Pasca. Em turnê pela Itália, a peça conquista elogios da crítica especializada e aplausos do público. A RFI encontrou as atrizes no teatro Ambra Jovinelli, em Roma. Gina Marquez, correspondente da RFI em Roma Beatriz Sayad é autora, diretora, atriz e palhaça. Formou-se em Letras pela PUC-Rio e cursou, na França, a Escola Internacional de Teatro Jacques Lecoq. Aos 18 anos, passou a integrar a companhia suíça Teatro Sunil (atual Compagnia Finzi Pasca). No Brasil, atuou como palhaça em hospitais pelo grupo Doutores da Alegria. Integrou durante 6 anos a Companhia Teatro Balagan. Em 2011, dirigiu e escreveu o espetáculo Estamira – beira do mundo, ao lado de Dani Barros que obteve o Prêmio Shell de melhor atriz. Em 2018 ela também foi codiretora da peça Void, junto com o ator e diretor italiano Alvise Camozzi. Beatriz conta que no início da década de 1990 no Brasil conheceu a companhia fundada pelo suíço Daniele Finzi Pasca. “Desde a escola que eu conheci o trabalho deles no Brasil e depois comecei a viajar para Suíça e participar da companhia. Em seguida, voltei para o Brasil e desde 2009 estou em colaboração permanente com eles” conta a atriz. Beatriz mora em São Paulo, mas há nove anos passa parte do tempo em turnê. “Na verdade a dinâmica da companhia é de alguns meses de criação e depois sai em turnê. Nas pausas da turnê, cada um volta pra sua casa.” diz . Já a jornalista, produtora e atriz Melissa Vettore tem uma longa experiência em teatro, cinema e séries televisivas brasileiras e trabalhou com diretores renomados. A sua trajetória no teatro inclui drama e comédia. Formou-se no Indac, com formação do CPT de Antunes Filho. Destacam-se as suas idealizações e interpretações nas duas peças dirigidas por Elias Andreato: Camille & Rodin, sobre a trágica história de amor dos escultores franceses Auguste Rodin (1840-1917) e Camille Claudel (1864-1943), encenada junto a Leopoldo Pacheco; e Isadora a respeito da bailarina, pensadora e revolucionária Isadora Duncan (1877-1927), encenada ao lado do ator Daniel Dantas. Fora do Brasil, ela estudou teatro no Lee Strasberg Institute em Nova York e também com o premiado autor espanhol José Sinisterra, em Barcelona. Melissa mora em Lugano, na Suíça, e é casada com o diretor Daniele Finzi Pasca, com quem colabora como produtora criativa, além de atuar nos espetáculos desta companhia desde 2018. “Tenho uma formação de teatro contemporâneo e conheci esse mundo do clown através da Biti (Beatriz Sayad). Eu sempre gostei muito do teatro dança, que é uma linha, uma vertente que a Maria Bonzanigo, compositora e coreógrafa da companhia, trouxe para o Brasil. Aí eu me apaixonei pela linguagem da companhia”. A peça Nuda Nuda é baseada no homônimo livro de Daniele Finzi Pasca e conta a história da diversidade de duas irmãs, na qual uma é a narradora. Em torno delas gira um mundo de personagens bizarros, originais e comoventes. A peça provoca lágrimas e risos dos espectadores. O crítico teatral Rodolfo Di Giammarco escreveu sobre Nuda no jornal italiano “La Repubblica”: “Espetáculo das maravilhas, teatro denso de mistério e estupor, universo de suspensões e abismos sempre em diálogo, e mundo interativo de poesia.” A trama de Nuda é simples e complexa nos detalhes, como explica Beatriz. “É a história de duas irmãs gêmeas que uma nasce primeiro, a que narra, enquanto a segunda nasce vestida e é santificada. Então é como ela se relaciona com essa outra irmã santa. No jogo de espelhamento, no jogo de completude entre duas, ela vai se contando. Ela precisa se reinventar e fala da sua trajetória pelo mundo tentando se entender a partir da relação com essa gêmea tão diferente dela” conta Beatriz Melissa completa: “O espetáculo tem influência Latina com toque brasileiro toda essa mistura de culturas e essa família é meio felliniana, que o Daniele coloca no centro. Mas é a metáfora de uma irmã que está cansada de viver na sombra da outra, e para encontrar a sua gêmea precisa se desnudar”. Arte circense Nuda é um espetáculo permeado por arte circense, dança e música com forte influência brasileira. Dirigido e escrito por Daniele Finzi Pasca é interpretado por cinco artistas. Além de Melissa Vettore e Beatriz Sayad, fazem parte do elenco, Jess Gardolin, Micol Veglia, Francesco Lanciotti. “Eu gosto muito da maneira como o circo inserido dentro dos nossos espetáculos, porque responde realmente ao anseio onírico e imagético e não vem simplesmente pela técnica. Ao contrário, acho que a gente está sempre brincando de suavizar a questão técnica para potencializar a questão imagética, onírica, surreal, extraordinária que o circo traz para dentro do teatro”, relata Beatriz. Melissa explica que os outros atores são acrobatas bailarinos que fazem esse desdobramento das gêmeas em outra perspectiva sonhada. “Por exemplo, quando as irmãs lembram da infância, outras duas atrizes estão numa cama que voa. Além disso, o único homem da peça entra do alto como uma marionete. Coisas maravilhosas acontecem na peça”, comenta Melissa. Peça em cinco línguas Uma das dificuldades para os atores brasileiros no exterior é recitar em outra língua sem o sotaque brasileiro. Mas segundo Beatriz e Melissa, na peça Nuda o sotaque não representa um obstáculo. “A companhia produz suas próprias obras, é um teatro muito autoral. A gente não tá fazendo Shakespeare na Itália. A gente não tá fazendo Pirandello na Itália. A gente tá fazendo a obra do Daniele Finzi Pasca que é o autor e diretor. No nosso caso, a questão do sotaque é muito bem-vinda porque abre já uma fragilidade do tipo: Olha isso aqui não vai ser um teatro de lindas palavras bem pronunciadas. A gente assume isso”, diz Beatriz. Ela explica que o espetáculo é atuado em diversos países e no mínimo cinco línguas, português, espanhol, francês, italiano e inglês. “Quando dá, a gente ainda faz uns pedacinhos em alemão, em russo. São línguas que não falamos, mas que brincamos de falar para as pessoas algumas coisas na língua delas”. Beatriz conta que nunca fez uma audição para outra companhia de teatro estrangeira, ao contrário de Melissa. “No exterior é verdade que para entrar no mercado dos atores de televisão e cinema o sotaque tem um peso. Você acaba fazendo o personagem estrangeiro. Eu morei em outros países, fiz cursos em Nova York, nos Estados Unidos, e em Barcelona, na Espanha, e realmente tem uma mudança”, relata Melissa. No entanto, o português permanece no seu pensamento. “A gente pensa em português, porque é a língua-mãe que te fala na orelha, te sussurra certas coisas. Às vezes tentamos traduzir uma palavra para que ganhe a força que tem na tua língua mãe. Essa brincadeira com os idiomas é um prazer. Dá muito nervoso, mas podendo mostrar que você realmente não fala o idioma e está criando um elo de comunicação acaba te ajudando. Assim se quebra a tensão do fazer bem e se assume o fazer real.” conta Melissa. Futuro da cultura no Brasil Apesar das dificuldades do setor cultural do Brasil nos últimos anos, Melissa e Beatriz são otimistas sobre o futuro da cultura brasileira. “As pessoas me falam: Melissa, você saiu na hora certa. É tão triste ouvir isso. Eu saí do Brasil no momento muito efervescente, no qual que a gente estava produzindo bastante. Saí logo após encenar duas peças no Masp, Camille & Rodin e Isadora. Eu também estava fazendo uma série na TV Globo. A gente viu o desmonte de tudo que nos ajudava a produzir e difundir. O que resta é uma esperança enorme que com o Lula teremos de novo uma força cultural. Eu acho que a cultura brasileira vem com muita força, com muita autenticidade.” afirma a atriz. Segundo Beatriz, os meios de produção ficaram muito prejudicados nos últimos anos no Brasil e em outros países. . “No entanto, o Brasil continua sendo a maior efervescência cultural que eu conheço que eu presencio. A gente produz teatro interessantíssimo, música e literatura. Apesar das dificuldades, é um momento onde o Brasil está aparecendo muito no mercado internacional. Eu acho que com um pouco mais, e com o governo que atrapalhe um pouco menos, teremos grandes chances de se reerguer”. Beatriz ressalta que o país enfrenta grandes dificuldades financeiras que refletem no setor cultural. “A gente sabe que o Brasil está quebrado e isso tem uma consequência muito forte na cultura não só do ponto de vista da produção, mas no consumo também. Porque ainda é caro consumir cultura. Além do preço do ingresso, tem o cinema competindo com outras plataformas”, comenta Beatriz. Melissa destaca positivamente novos movimentos culturais brasileiros. “Agora no Brasil tem uma bagunça e vamos ver no que vai dar. Existem outras vozes, as vozes do movimento negro, as vozes indígenas. Eu acho que vai voltar com muita força, buscando muito as raízes. Acredito que a cultura brasileira vai chamar a atenção internacional, vai dar no mundo uma vontade imensa de estar perto”, conclui Melissa.

ONDEM Podcasts
Mundo Interno #56 - Viver perto da guerra

ONDEM Podcasts

Play Episode Listen Later Mar 29, 2022 40:21


O episódio de hoje parte da reflexão sobre viver perto da guerra. A rotina de todos nós vem sendo afetada pelos conflitos entre Rússia e Ucrânia, especialmente a de pessoas expatriadas vivendo mais próximas deste cenário. Por isso falamos um pouco sobre isso e como essa vida tem a ver com as questões dos refugiados, que vivem constantemente sob conflito e na fronteira. Nossa convidada Fátima Ventapane é ilustradora e atualmente mora em Lisboa, onde pretende realizar um mestrado em Ação Humanitária. Ela já morou na Ucrânia e na Grécia, onde realizou por alguns anos o projeto de arte “Atelier Itinerante para Nômades Viajantes”, que dá espaço e escuta para as vozes de refugiados de vários lugares do mundo, e que deverá ser retomado com a aprovação no mestrado. - Convidada: Fátima Ventapane Apresentação:Vanessa Gazetta Edição: Anna Horta Arte da vitrine: Anna Horta Música de abertura:Andrea Facciolo Feed: http://onomedissoemundo.com/feed/podcast/ — Booking — Reserve seu hotel pelo Booking.com. — Links — Whatsapp do Mundo Interno: +598 927 10127 Mais sobre a vida emocional de quem vive fora, no site Mundo Interno. Canal da Rita Von Hunty (Tempero Drag), no YouTube Canal da Rádio Estamira, de Mônica Lizardo Portfólio de Fátima Ventapane Página do movimento Walk of Shame Instagram do Mundo Interno Apoia.se do ONDEM Grupo do ONDEM no Facebook Telegram do ONDEM Mapa do ONDEM Você pode entrar em contato com a gente pelo Twitter, Instagram e Facebook. Para não perder nenhum episódio, assine o podcast no iTunes, no seu agregador de podcast preferido ou no Spotify. Para apoiar o ONDEM, acesse apoia.se/ondem e contribua com nosso projeto.

Logopatia na 7 arte - Cinema e Filosofia
Ep. 64 - Estamira (2004)

Logopatia na 7 arte - Cinema e Filosofia

Play Episode Listen Later Nov 8, 2021 68:14


Análise (com SPOILER) do filme "Estamira" de 2004, dirigido por Marcos Prado. Falamos sobre como a protagonista do documentário, que dá nome ao longa, cria um sistema metafísico, de como a sua condição de mulher, negra, pobre, periférica, portadora daquilo que os psiquiatras chamam de esquizofrenia, etc., é constitutivo da sua visão da margem e falamos da dimensão política do seu discurso metafísico. Vem conferir!!! Participação: Jean, Rayane, Robson e, como convidado especial, o professor de Filosofia da UFRJ, Ulysses Pinheiro. Para mais conteúdo segue link do Site/Instagram/Face: linktr.ee/logopatia7arte

Imposturas Filosóficas
#38 Estamira

Imposturas Filosóficas

Play Episode Listen Later Aug 15, 2019 62:23


SobreConversamos sobre o documentário de "Estamira", de Marcos Prado. Na abertura, lemos o nosso texto sobre o filme. Quer ler junto? Clique aqui! Ainda não assistiu Estamira? Assista aqui! ParticipantesRafael LauroRafael TrindadeBlocos0'' a 50'' - Abertura1' a 12' - Leitura12' a 58' - ConversaMúsicasReason Waltz - Razão InadequadaGosta do nosso programa?Contribua para que ele continue existindo, seja um assinante!Support the show (https://www.razaoinadequada.com/assine)

Pistolando Podcast
Pistolando #018 -  População de rua

Pistolando Podcast

Play Episode Listen Later Feb 15, 2019 147:35


Ficha técnica Hosts: Leticia Dáquer e Thiago Corrêa Convidada: Carolina Datria Schulze Edição: Thiago Corrêa Capa: Leticia Dáquer Data da gravação: 12/02/2019 Data da publicação: 15/02/2019   Músicas: Todas as músicas possuem antes de si um trecho das entrevistas coletadas pela Carolina em seu trabalho de Graduação Gabriel O Pensador - Resto do Mundo Chico Buarque - Geni e o Zepelim Nove Zero Nove - Mendigo André Abujamra - Mendigo (parte da peça teatral “O Homem Bruxa”) La Fuga - Mendigo   Links relacionados ao episódio Mulher na Rua (Jornal Sul21, novembro de 2017) Reportagem: Marias das Ruas (2017) e canal no YouTube Manual sobre o cuidado à saúde junto à população em situação de rua (Ministério da Saúde, 2012) Cartilha Centro POP  Estimativa população de rua (IPEA, 2016) TCC Carolina Datria Schulze (Geografias de uma cidade não vista: composições e cartografias andarilhas por moradores de rua. UDESC, 2015)  Atlas: Aprendizagens da rua (Carolina Datria Schulze, 2017) (vídeo no YouTube)  Dissertação Carolina Datria Schulze - Quando o corpo se torna lar: narrativas de moradoras de rua de Porto Alegre/RS (2018) (link ainda não disponível) Amada Massa (Clube de Pães feito por moradores de rua de Porto Alegre/RS)  Jornal Boca de Rua (Jornal feito por moradores de rua de Porto Alegre/RS em parceria com a Agência ALICE) Livro: FRANGELLA, Simone M. Corpos urbanos errantes:uma etnografia da corporalidade de moradores de rua em São Paulo. São Paulo: Annablume, Fapesp, 2009. For Homeless Women, Having a Period Isn't a Hassle – It's a Nightmare (Vice, 23/01/2015)   A Balada do Pistoleiro Carol Datria * Usem protetor solar e bebam água com gengibre, mel e limão para se refrescar nesse calor :) Livro: O papel de parede amarelo (Charlotte Perkins Gilman) Livro: A contadora de filmes (Hernán Rivera Letelier) Livro: As cidades invisíveis (Ítalo Calvino) Livro: Teoria King Kong (Virginie Despentes) Filme: The Tale (Jennifer Fox, 2018) Filme: Amores Perros (Alejandro González Iñárritu, 2000) Documentário e livro: Estamira - fragmentos de um mundo em abismo (Documentário com direção de Marcos Prado, 2004 - Livro publicado pela Editora N-1, 2013) (já foi recomendado no Pistolando #015, mas é sempre bom lembrá-lo)   Leticia Dáquer Livro: Eleanor Oliphant is Completely Fine (Gail Honeyman) Desafio de leitura das Desqualificadas Podcast: Polimorfas (episódio #001 - Carteirinha feminista e outros mitos)   Thiago Corrêa Livro: Os Pobres (Maria Filomena Mónica) Filme: Boy Erased: Uma Verdade Anulada  Trailer Legendado   Jabás Carol Datria Instagram: @caroldatria   Leticia Dáquer Twitter: @pacamanca Blog: www.pacamanca.com Papo Cético, podcast do site Mitografias    Thiago Corrêa Twitter: @thiago_czz   O Bom, o Mau e o Feio O Bom:  Leticia:  Maria Júlia Coutinho vai estrear na bancada do 'Jornal Nacional' (O Globo, 13/02/2019)   O Mau:  Leticia:  A man dies after his e-cigarette explodes in his face (CNN, 05/02/2019) Thiago:  Candace Owens: “If Hitler just wanted to make Germany great and have things run well, OK, fine.” (BuzzFeed News, 08/02/2019)   O Feio: Leticia:  This zoo will name a cockroach after your ex, then feed it to a meerkat on Valentine's Day (CBS News, 07/02/2019) Thiago:  Ibuprofeno: como ressaca levou à descoberta de um dos remédios mais populares do mundo (BBC Brasil, 05/02/2019)   #MULHERESPODCASTERSMulheres Podcasters é uma ação de iniciativa do Programa Ponto G, desenvolvida para divulgar o trabalho de mulheres na mídia podcast e mostrar para todo ouvinte que sempre existiram mulheres na comunidade de podcasts Brasil. O Pistolando apoia essa iniciativa.  Apoie você também: compartilhe este programa com a hashtag #mulherespodcasters e nos ajude a promover a igualdade de gênero dentro da podosfera.   Links do Pistolando: www.pistolando.com contato@pistolando.com Twitter: @PistolandoPod Descrição da capa: Quadrado dividido em duas partes desiguais por uma linha horizontal. A parte inferior, maior, tem uma foto que mostra uma moradora de rua, mulher negra, agachada na calçada, mexendo em algo que não fica muito claro - parece que está lavando roupa. Ela está usando um top curto listrado preto e branco com zíper na frente, está de barriga de fora (pode ser que esteja grávida) e provavelmente usando short, que não dá para ver direito na foto. Atrás dela, um carro amarelo-claro (pela cor, é provável que seja um táxi carioca). A mulher olha para a câmera com um olhar muito sério, a testa franzida, a boca entreaberta. A parte superior foi dividida em três quadrados iguais: o da esquerda tem a logo do Pistolando vermelha sobre fundo preto, o do meio tem foto da Carol, mulher branca, de cabelos ruivos bem curtinhos, com um cachecol cinza volumoso enrolado no pescoço, blusinha sem mangas, uma tatuagem escura no braço direito, sorrindo sem mostrar os dentes. Ela está em pé em frente a uma parede de azulejos cor de tijolo. O quadrado da direita tem o número do episódio vermelho sobre fundo preto. O nome do episódio está escrito em letras escuras na parte inferior direita da foto, contra uma parte da foto mais clara (o chão da calçada onde a moradora de rua está).

O que Assistir
S02E22 - 5 Filmes Marcantes do Cinema Brasileiro

O que Assistir

Play Episode Listen Later Jun 21, 2017


Na última segunda-feira, 19 de junho, celebramos o Dia do Cinema Brasileiro! Em comemoração, não podia faltar, claro, um programa super especial, com 5 pérolas da nossa produção cinematográfica, uma das mais ricas do mundo! Foi difícil montar essa lista com apenas cinco filmes, mas escolhi obras pouco conhecidas, que passaram quase que despercebidas pelos cinemas quando foram lançadas. Aproveitem! Obrigada pela sua audiência! E não deixem de votar na nossa enquete para escolha do tema do programa especial que faremos em homenagem às nossas 400 curtidas na página do Facebook! https://enquete.fbapp.io/programa-especial-400-inscritos Contatos: Grupo do Telegram “Ouvintes do Podcast O que Assistir”. Faça parte você também e receba primeiro os nossos conteúdos! Só clicar no link: https://t.me/joinchat/AAAAAEQj0Dt33q_6DRKPGg Facebook: http://www.facebook.com/podcastoqueassistir Twitter: http://www.twitter.com/podoqueassistir E-mail: podcastoqueassistir@gmail.com iTUNES: https://itunes.apple.com/br/podcast/podcast-o-que-assistir/id1150193372?mt=2 Tune In: http://tunein.com/radio/Podcast-O-que-Assistir-p999064/ Inscreva-se no nosso canal no Youtube: https://www.youtube.com/channel/UC_X9swygKviDIhl9YDTVKog Ajude na reformulação do Ouvindo Podcast! Preencha a pesquisa em: http://ouvindopodcast.com.br Filmes citados: *Batismo de Sangue (2006) *Nina (2004) *Estamira (2005) *Estômago (2007) *O som ao redor (2013) Músicas usadas neste episódio: - "Bachianas Brasileiras n° 1" - Heitor Villa Lobos - "Lunik 9" - Gilberto Gil (Trilha do filme) - "Which Way Is Up?" - Silent Partner - "Mature Sounds" - Jingle Punks - "Italian Folk Music (Tarantella and something else...)" - "Cadavres En Serie" - Serge Gainsbourg (Trilha do filme) – "Como é Grande o Meu Amor Por Você" – Roberto Carlos (versão de Caio Mesquita no Sax) – "Sunset Strip" – Audionautix Este programa é produzido, gravado e editado por Priscila Armani, usando o gravador Zoom Hn4Pro e o programa de edição de som Audacity. As músicas são provenientes de vídeos disponíveis no Youtube, da trilha sonora dos filmes e da Biblioteca de Áudio do Youtube. Todos os direitos reservados aos criadores das faixas.

Trip FM
Marcos Prado

Trip FM

Play Episode Listen Later Nov 11, 2016


Produtor dos filmes Tropa de Elite fala sobre Curumim, documentário que dirigiu sobre o primeiro brasileiro a ser executado por tráfico de drogas na Indonésia Sócio de José Padilha, Marcos Prado produziu dois dos principais filmes brasileiros de todos os tempos, Tropa de Elite 1 e 2. Como diretor, fez o premiado documentário Estamira e a ficção Paraísos Artificiais. Agora, ele lança o documentário Curumim, que conta a trágica história de Marco Archer que, em janeiro de 2015, se tornou o primeiro brasileiro a ser executado na Indonésia por tráfico de drogas.ESCUTE TAMBÉM: José Padilha no Trip FMTrip FM: Eu sei que o Curumim era uma figura muito popular no voo livre no Rio de Janeiro. Você o conhecia da praia ou conheceu depois? Marcos Prado: Eu conheci o Curumim com 18 anos, ali na Praia do Pepê, no Pepino, na época que estava começando a asa-delta. Ele participava de toda a social, mas ninguém fazia ideia de que já estava fazendo seus movimentos ilegais. Até que ele apresentou para a sociedade carioca o skank, aquela maconha concentrada.ESCUTE TAMBÉM: Fernando Meirelles no Trip FM Qual a origem do Curumim? De onde vem o Marco Archer? Ele era nativo de Manaus, de uma família abastada. O avô dele tinha televisão, rádio, jornal. Ele acabou sendo criado por duas babás no Rio, no Arpoador, na década de 70. E ele escreveu pra mim, em cartas, que sentiu muita falta da mãe na sua infância. Isso e outras coisas que surgiram na minha pesquisa me fizeram perceber que ele tinha uma necessidade de ser amado, de ser cuidado, e eu acredito que ele encontrou isso no tráfico de drogas. ESCUTE TAMBÉM:  Jorge Furtado no Trip FM Como foi filmar um documentário quando seu protagonista estava encarcerado em uma prisão de segurança máxima na Ásia? Além de entrevistar os amigos dele no Rio e em Bali, a gente se falava uma vez por semana por telefone. Até que, com sua personalidade maluca, ele colocou uma câmera pra dentro do presídio. No primeiro momento eu fui contra. Pensava, “Caramba, o cara tá no corredor da morte, vai ser pego com uma câmera escondida fazendo um documentário, vai parar na solitária e vai morrer. E eu vou ser o culpado!”. Mas ele me acalmou, dizendo que, depois de dez anos preso, ele já tinha toda uma relação com os guardas corruptos, que foram eles que tinham conseguido a câmera etc. E outra. Cinema sem imagem vira livro, né?ESCUTE A ENTREVISTA COMPLETA NO PLAY ABAIXO: [AUDIO=https://p.audio.uol.com.br/trip/2016/11/marcosprado_pod.mp3; IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2016/11/582634f176cba/1019x573x960x540x28x10/marcos-prado.png] SET LIST:The Spencer Davis Group -- I'm a ManOtis Reading -- Hard to HandleCurumin -- CompactoVillagers -- Everything I'm is YoursEdward Sharp and teh Magnetics Zeros -- No Love Like YoursOuça todas as músicas que rolaram no Trip FM em 2016

Center for Critical Inquiry and Cultural Studies
Gabriele M. Schwab, Emergent Subjectivities: Globalism, Ecology and Psychic Life in Marcos Prado's Estamira

Center for Critical Inquiry and Cultural Studies

Play Episode Listen Later Nov 30, 2011 34:55


Both Prado and Biehl choose the case of deeply traumatized women to show how the creative reworking and transformation of memory becomes a source of resilience. In Estamira's case such transformation takes place in the development of her own cosmological system and in Catarina's case (in Vita) it takes place through her poetry. In both cases the filmmaker or anthropologist become agents of memorialization through a complex dynamic of trauma and transference. Estamira(2004) was shown in conjunction with Gabriele M. Schwab’s symposium presentation on 4 November, 2011, 4-6:30 in KIVA at ASU-West campus.

Montage Film Reviews Sunday DVD Rental Suggestion - (SDRSP)
Estamira 2004 (dir. Marcos Prado) Unrated

Montage Film Reviews Sunday DVD Rental Suggestion - (SDRSP)

Play Episode Listen Later Nov 28, 2010 3:15


For more than 20 years, Estamira and her elderly friends who form a small community live off the scraps of a landfill in Rio de Janeiro. Become a Patron: https://www.patreon.com/mfrbooksandfilm?fan_landing=true

Montage Film Reviews Sunday DVD Rental Suggestion - (SDRSP)
Estamira 2004 (dir. Marcos Prado) Unrated

Montage Film Reviews Sunday DVD Rental Suggestion - (SDRSP)

Play Episode Listen Later Nov 27, 2010 3:15


For more than 20 years, Estamira and her elderly friends who form a small community live off the scraps of a landfill in Rio de Janeiro.