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Esportes
“PSG sabe suportar pressão”, avalia jornalista francês sobre a equipe finalista da Liga dos Campeões

Esportes

Play Episode Listen Later May 11, 2025 7:20


Próxima parada: Munique. É lá, em terras alemãs, que o Paris Saint-Germain vai em busca do seu primeiro título da Liga dos Campeões da Uefa. Esta semana, o clube francês garantiu o passaporte para a grande decisão ao derrotar o Arsenal, da Inglaterra, por 2 a 1, jogando em casa no Parque dos Príncipes. Renan Tolentino, em ParisEm 55 anos de história, esta é a segunda vez que o PSG chega à final da principal competição europeia. O capitão do time, o zagueiro brasileiro Marquinhos, celebrou o feito histórico em entrevista para a emissora francesa Canal+. “É uma grande emoção. Creio que o clube fez por merecer isso, fez um bom trabalho. Nossa trajetória foi dura e longa, com confrontos muito difíceis. Agora que a ficha caiu, temos que desfrutar ao máximo, daqui até a final, se preparar da melhor maneira”, celebrou em francês.“Nosso trabalho foi feito para chegar à final, mas não está terminado, a gente quer mais, a gente quer muito buscar esse título. Temos que desfrutar deste momento, desta classificação, porque foi muito difícil, e se preparar bem para a decisão”, reforçou o brasileiro.Símbolo desta atual fase do PSG, Marquinhos é um dos poucos remanescentes do elenco vice-campeão, após derrota para o Bayern de Munique em 2020, em plena pandemia. A equipe parisiense ainda contava com Neymar e Mbappé no ataque, responsáveis por levarem o clube à sua primeira final.Evolução e resiliênciaNaquela ocasião, o adversário alemão era o time a ser batido. Desta vez, o cenário é diferente na opinião de Loïc Tanzi, que cobre o PSG para o diário esportivo francês L'Equipe. Em entrevista à RFI, o setorista aponta que o Paris chega com um ligeiro favoritismo em relação à Inter de Milão.“O PSG tem uma grande chance. Acredito que o clube provou ser melhor do que a Inter de Milão durante a temporada, apesar de estarmos falando de um time acostumado a jogar este tipo de competição. A Inter jogou a final há dois anos, é uma equipe mais experiente na Liga, montada ao longo de cinco anos para ganhar novamente o torneio, os jogadores se conhecem bem. Mas eu não diria que a Inter é favorita. Eles têm um grande elenco, mas acredito que não têm a mesma ambição do PSG”, avalia o jornalista.Apesar da boa temporada, para chegar à final da Champions o clube francês percorreu um caminho tortuoso. Na primeira fase, se classificou em 15°, garantindo a vaga para os play-offs apenas da última rodada. No mata-mata, iniciou sua caminhada eliminando o modesto Brest, também da França, sem dificuldades. Mas a facilidade parou por aí, porque depois foram só duelos equilibrados contra três equipes inglesas. Nas oitavas, diante do Liverpool, teve que buscar a classificação nos pênaltis, fora de casa.Nas quartas, sofreu para passar pelo Aston Villa. E, por fim, superou o Arsenal na semifinal. Para Tanzi, a resiliência é justamente uma das características mais fortes deste elenco.“A sensação é de que, mesmo sob pressão, esse elenco do Paris não entra em pânico. Tenta manter a cabeça fria e jogar unido", diz Loïc Tanzi do L'Equipe.“O PSG fez uma grande partida de volta. Mesmo tendo sofrido, mereceu essa vitória (...) Acredito inclusive que este confronto com o Arsenal mostrou que o PSG sabe suportar a pressão. Não era assim no começo da temporada. Então, acredito que a equipe evoluiu neste aspecto. É um PSG que avança à final com plena confiança e que merece estar na decisão (...) É um Paris Saint-Germain que evoluiu diante deste tipo de situação, porque antes, ao encarar pressões assim, como no duelo com o Arsenal, talvez poderia perder o controle”, conclui o setorista."Hoje estamos mais fortes"O português Nuno Mendes, lateral-esquerdo do PSG, faz uma análise semelhante à do jornalista francês. Titular contra o Arsenal na última quarta-feira (7), o jogador acredita que o time evoluiu ao longo da temporada, principalmente após o fim da primeira fase da Champions.“Foi um momento difícil no início, mas conseguimos ter uma boa comunhão, uma boa equipe, uma família dentro de campo. Acho que isso foi o mais importante para que pudéssemos dar a volta por cima. Hoje estamos mais fortes e mais juntos que no início da temporada. Acho que é um bom presente para nós estarmos na final da Liga dos Campeões e agora poder ganhar lá (em Munique)”, disse o português.“Nunca joguei uma final de Champions League, mas acho que vai ser um grande jogo. Esperamos que possamos sair de lá com uma vitória”, projeta Nuno Mendes.A decisão da Liga dos Campeões entre PSG e Inter de Milão está marcada para o dia 31 de maio, às 16h (horário de Brasília) no estádio Allianz Arena, em Munique, na Alemanha.Donos de três títulos, os italianos colocam à prova sua tradição na Champions. Do lado francês, o PSG aposta na força do grupo e no bom momento de Dembélé para conquistar sua tão sonhada primeira taça. Neste cenário imprevisível, quem ganha é o futebol.

Artes
UNESCO reconhece arquivos sobre a escravatura em Cabo Verde

Artes

Play Episode Listen Later Apr 23, 2025 8:45


O projecto "Documentos sobre a Escravatura nos Arquivos da Secretaria-Geral do Governo de Cabo Verde - 1842-1869" foi reconhecido na edição de 2025 do programa da UNESCO, que visa preservar o património documental da humanidade. Em entrevista à RFI, o teólogo e historiador cabo-verdiano Jairzinho Lopes Pereira afirma que esta distinção é o reconhecimento do trabalho realizado pelo Ministério da Cultura e pelo Instituto do Arquivo Nacional de Cabo Verde, sublinhando ainda que estes documentos desempenham um papel fundamental na preservação da memória da escravatura. O que representa este reconhecimento da UNESCO para Cabo Verde?Trata-se do reconhecimento da UNESCO pelo trabalho que tem sido feito pelo Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, em Cabo Verde, através do Instituto do Arquivo Nacional de Cabo Verde, no sentido de promover a preservação do espólio documental, que é de grande importância.Um segundo aspecto diz respeito ao reconhecimento do valor — não só científico, académico, cultural, mas também patrimonial — que a UNESCO atribui a este Fundo da Secretaria-Geral do Governo, relativo à escravatura.Há um terceiro elemento que gostaria de realçar, que tem a ver com o estímulo, pois tenho a certeza de que, após este reconhecimento, os documentos do Fundo passarão a ser mais conhecidos.Este arquivo é constituído por quantos documentos e em que estado se encontram?Não posso dar detalhes precisos dos números. Sei que são quatro caixas, com muitos livros, manuscritos e também documentos avulsos.Trabalhei pessoalmente neste Fundo e o que posso dizer é que são registos de grande importância para o estudo da escravatura na zona do Atlântico, sobretudo no caso de Cabo Verde.Como sabe, existiu na Cidade Velha, [na ilha de Santiago] um entreposto de grande importância no que toca ao tráfico transatlântico. Portanto, acho que o reconhecimento vem mesmo a calhar e é totalmente merecido.Qe importância têm estes documentos para a preservação da memória, nomeadamente da memória da escravatura em Cabo Verde?Têm uma importância enorme. A diversidade dos documentos remete para a quantidade e variedade de informações ali presentes. Depois, há um outro aspecto, uma vez que temos, nestes documentos, um conjunto de realidades díspares e até divergentes que são importantes para perceber a questão da memória e da preservação. Primeiro, estamos a falar de duas fases distintas — no século XVII até ao século XVIII, temos um período em que a escravatura está em vigor, em que os movimentos abolicionistas ainda são tímidos. Mas depois, no século XIX, sobretudo após a abolição da escravatura na Grã-Bretanha, ou na Inglaterra, surge a questão da pressão inglesa sobre as outras colónias, no sentido de também avançarem com a abolição da escravatura.É aí que entra o caso português e a Comissão Mista instalada na Boavista, que surge na sequência de um tratado assinado entre Portugal e Inglaterra, em 1842, com vista à abolição progressiva da escravatura nas colónias portuguesas.O que traz de novo essa informação?Permite-nos, por exemplo, perceber como é que a Inglaterra, através da Marinha, desenvolvia todo um conjunto de acções não só para pressionar, mas também para vigiar. Dispomos das correspondências dos cônsules, dos representantes da Foreign Office na Boavista, informações sobre como os portugueses violavam constantemente o Tratado de 1842.Dispomos, igualmente, de um conjunto de casos de violência contra escravos libertos que são relatados à Foreign Office em Londres e também nos permite comparar as informações desta parte da Comissão Mista, com uma outra comissão que se instalou em Cabo Verde: a Junta Protectora de Escravos e Libertos de Cabo Verde.Para além de permitir a preservação da memória, estes novos dados vão permitir aos investigadores actualizarem a história?Actualizar a historiografia, sim. Mas também temos de nos lembrar que este Fundo já existia há algum tempo. Porém, isto vai permitir um tratamento mais adequado, actualizar a produção historiográfica nesta matéria e também possibilitar novas análises, tendo em conta um conjunto de informações que muitos investigadores poderão não ter tido o cuidado de explorar devidamente.Quando fala desse conjunto de informações, refere-se, por exemplo, aos nomes, ao sexo e ao local de nascimento dos escravos?Refiro-me, sobretudo, a dados que têm a ver com o tratamento dos escravos, com questões de masculinidades, com a violência praticada sobre os escravizados.Falo sobre a rotina diária dos escravos, sobre os registos de baptismo, e sobre as informações que constam nas cartas de missão ou nas chamadas cartas de alforria.Refiro-me ainda, por exemplo, à informação sobre a religiosidade e a espiritualidade dos escravos.Portanto, um conjunto de elementos que nos permitem reconstruir a realidade da escravatura em Cabo Verde.Dados importantes para o estudo da escravatura no país…Evidentemente. Até porque, em Cabo Verde, não temos propriamente nenhum estudo actualizado e sistemático sobre a escravatura. Parece difícil de acreditar, mas o último grande estudo sistemático e detalhado que temos sobre a escravatura é da autoria do historiador António Carreira.Urge actualizar o estudo da escravatura e com toda a importância que este tema assume na História, Cabo Verde não tem tido a atenção que merece por parte dos académicos.Este reconhecimento da UNESCO poderá ser um novo incentivo?Acredito que sim. Eu já estudei a questão da escravatura em Cabo Verde, mas sobretudo através de artigos especializados sobre temas específicos — mais relacionados com a missionação, com a história eclesiástica, com o baptismo dos escravos, com a violência colonial. Mas há muitos outros aspectos que podem ser estudados e que ainda não o foram.Esta distinção pode contribuir para que se avance nos movimentos de reparação?Evidentemente. Hoje há já um renovado interesse em torno da questão da violência colonial, sobretudo em relação aos movimentos de reparação pelas barbaridades cometidas durante o período colonial. Ainda há dias houve uma reunião. em Nova Iorque, nas Nações Unidas, promovida por um grupo de descendentes de africanos que estão a explorar esta questão das reparações.Há todo um movimento internacional e acho que estes Fundos devem servir de base de estudo e preparação para fazermos um trabalho mais sério e mais objectivo nesta luta pelas reparações.A Unesco reconheceu ainda a candidatura conjunta dos livros e registos de escravos entre Angola, Moçambique e Cabo Verde. "Recenseamento de escravos em Angola, Cabo Verde e Moçambique determinado por decreto português de 14/12/1854". Trata.se de um projecto com 79 livros de registo de escravos nestes trés países, criados principalmente entre 1856 e 1875. A Unesco afirma que estes registos são sobre "uma época em que a escravidão tinha oponentes em todo o mundo" e que esses livros "forneciam registos detalhados, incluindo nomes, sexo, local de nascimento, idade, características físicas, ocupações e informações sobre proprietários de escravos".

Convidado
Papa Francisco foi "o pai, amigo e avô" que “provocou e exortou a Humanidade”

Convidado

Play Episode Listen Later Apr 21, 2025 10:14


O cardeal Américo Aguiar é um dos quatro cardeais portugueses que vão participar no conclave para a eleição do sucessor do Papa Francisco e espera que o escolhido dê continuidade ao legado de “fraternidade” que Francisco deixou. O mais jovem cardeal português diz que o Papa Francisco deu atenção às pessoas e às periferias mais diversas, que “provocou e exortou a Humanidade” com as suas mensagens e recorda-o como “um pai, um amigo e um avô” que se deliciou com pastéis de Belém na Jornada Mundial da Juventude em Lisboa. RFI: Qual é o legado que deixa o Papa Francisco?Cardeal Américo Aguiar: “A palavra que resume o pontificado, o legado, é ‘fraternidade'. Ou seja, o Papa Francisco, neste seu pontificado, desde 2013, provocou, convidou, exortou, sensibilizou a humanidade toda ao gosto de nos redescobrirmos verdadeiramente, irmãos. Que o outro, a outra, que é de outro país, que é de outra religião, que é de outra raça, que é de outra proveniência, que é de outra sensibilidade, que tem gostos diversos, não é um problema, nem um obstáculo, nem uma ameaça, é um irmão. Sendo um irmão, somos todos irmãos e todos juntos somos capazes de fazer o que for necessário para a felicidade e para a alegria de “todos, todos, todos”, como nos ensinou o Papa Francisco em Lisboa. É, por isso, que eu acho que o grande legado, acima de tudo, a grande herança com que ficámos todos, cristãos, católicos, não crentes, é este desafio, a redescoberta desta fraternidade universal.”Essa mensagem de fraternidade não foi um pouco manchada por algumas críticas. É que o Papa Francisco suscitou tanto fervor, quantas críticas… Quais foram as medidas que, se calhar, mudaram uma página no Vaticano? “O que o Papa Francisco nos propôs, o que o Papa Bento XVI nos propunha, o que o nosso querido e saudoso Papa João Paulo II também nos propôs, foi sempre o Evangelho e o Evangelho, já no tempo de Jesus, teve as consequências que teve. Eu acredito que cada homem, cada mulher, cada crente, cada homem e mulher de boa vontade, em cada circunstância, faz uma leitura dos acontecimentos e reage e adere ou não adere àquilo que são as propostas. O Papa Francisco foi-nos acompanhando, foi-nos provocando para esse caminho. Há coisas que ficaram resolvidas e decididas, outras que não, mas sempre naquilo que ele nos pedia que aprendêssemos com o estilo sinodal, ou seja, ouvirmo-nos todos uns aos outros, cada um tem uma opinião, cada um tem uma sensibilidade e, depois, escolhermos em conjunto aquilo que possa ser o caminho comum, apesar daquilo que nos torna diferenciados, por ventura. Esse é o desafio maior que nós temos pela frente. É óbvio que nestes 13 anos, quer na Igreja, quer fora da Igreja, há homens e mulheres que entenderam de modo diferente, sentem de modo diferente, mas isso nunca é problema, isso é a riqueza da diversidade dos filhos de Deus.”O combate aos abusos sexuais no seio da Igreja Católica foi uma das suas bandeiras. Foi uma luta que deu frutos?“Eu acredito, creio e sei que sim. Aliás, a situação que a sociedade, em geral, vive em relação à questão do abuso de menores não tem nada a ver com o antes. E ainda bem. Por exemplo, falando da situação de Portugal, o 2019 e depois de 2019, a situação é totalmente diferente. Nós aprendemos todos a colocar a vítima no lugar que lhe é devido, no respeito, na protecção, a fazer tudo para que nada se volte a repetir. Aquele slogan do Papa “tolerância zero” e “transparência total” fizeram caminho e fazem parte agora do quotidiano de todos. Infelizmente ainda não está resolvido na totalidade, seja no contexto da Igreja, seja no contexto da sociedade, mas é um assunto que temos de continuar a acompanhar, sem distrações sequer.”O Papa Francisco discursou sobre grupos marginalizados, sobre os refugiados, sobre a população LGBTQ+. Que peso é que estes discursos tiveram e podem continuar a ter? Haverá uma continuidade no seio do Vaticano?“Se eu falei há bocadinho de fraternidade, naquilo que significa a palavra legado, eu agora posso falar naquilo que foi uma marca muito portuguesa, muito Jornada Mundial da Juventude 2023 e que é o tal “todos, todos, todos”. Ou seja, o Papa dizia muitas vezes que o importante é a pessoa. Aliás, numa entrevista com jovens, a certa altura, ele diz que o importante é o substantivo, não os adjectivos. Portanto, nós temos que ter presente - e eu acredito e rezarei para que o próximo Papa, o próximo pontificado, não deixe de ter esta palavra e esta força desta palavra repetida no coração e na mente e naquilo que é a atenção às periferias mais diversas, mas, acima de tudo, às pessoas e a cada pessoa.”Mais do que rezar, o cardeal Américo Aguiar tem um poder de voto. No colégio cardinalício há quatro cardeais portugueses eleitores para o conclave que irá escolher o sucessor de Francisco. Há mais cardeais lusófonos: sete brasileiros, um cabo-verdiano e um timorense. Desta vez poderia haver um Papa de língua portuguesa?“Neste dia, esse não é propriamente o assunto nem mais prioritário, nem que deva merecer da minha parte alguma reflexão. O que eu quero que aconteça naquilo que disse é que nós nos abramos àquilo que será o sopro do Espírito Santo. Eu acredito profundamente que estes mais de 140 homens que estarão na Capela Sistina, cada um à sua maneira, com o seu modo de ser, com a sua história de vida, adaptar-se-à e adaptar-se-à com o seu coração e com a sua mente para sentir aquilo que o Espírito Santo de Deus diz à Igreja em relação àquilo que será o sucessor de Pedro.” Há 137 cardeais eleitores, 108 foram escolhidos pelo Papa Francisco. A sucessão do Papa Francisco deverá ser marcada pela continuidade daquilo que ele defendia? Acredita que isso pode acontecer? “Acredito, quero acreditar e, do que me toca a mim, farei para que assim seja.” O Papa Francisco apelou à acção no combate às alterações climáticas. Isto foi recordado pela ONU esta segunda-feira. Até que ponto foi importante esta mensagem?“Nós não podemos esquecer - e vou usar a imagem – que nunca tínhamos tido um ‘Papa verde' e, por isso, o Papa, quer com a ‘Laudato si', quer o ‘Laudato Deum', se não estou enganado, no quinto aniversário da ‘Laudato si', digamos que formalmente, institucionalmente e com documento formal da parte da Igreja assinado por um Papa, foi um pronunciamento muitíssimo importante para colocar a Igreja na frente daquilo que significa a salvaguarda do planeta, a urgência e o grito da Mãe Terra, do planeta, para aquilo que significa a possibilidade de não termos muita margem de manobra para salvaguardar o planeta que é a nossa casa comum. Os pronunciamentos do Papa, as suas palavras, os seus gestos e as suas decisões fizeram dele efectivamente o ‘Papa verde'.” Outra encíclica feita por ele foi um alerta contra o populismo e o neoliberalismo, a ‘Fratelli tutti”. Este foi também um combate, mas serviu para alguma coisa? No domingo de Páscoa, quando ele fez a última aparição pública, o seu testamento espiritual, digamos assim, foi para denunciar o populismo, o agravamento dos actuais conflitos armados, o desrespeito das liberdades fundamentais…“Isto tem tudo a ver com a palavra-chave que é a fraternidade. Eu explico: quando o bem comum sai do centro da mesa de reuniões, quando o bem comum desaparece da sala, desaparece a pessoa, o critério da pessoa humana. E quando o chefe de Estado, o chefe de um partido, o responsável de um governo, o pai de família, o bispo, o padre ou cardeal, quando sai do centro da preocupação a pessoa humana e o bem comum, as coisas começam a correr mal. E é o que nós temos assistido um pouquinho nos tempos que vivemos. Quando o Papa nos chama, nos exorta, nos provoca à fraternidade universal, está a colocar no meio da mesa, no meio da sala, no coração, no centro do coração, a preocupação pela pessoa, por cada pessoa. Acho que não precisamos de muitas explicações para entender que os tempos que vivemos agora não são de ter a pessoa no centro e muito menos o bem comum.”Conheceu pessoalmente o Papa Francisco? Como é que o descreve? “O mais normal que possa imaginar. Um pai, um amigo, um avô. E eu não posso esquecer, durante a preparação da Jornada Mundial da Juventude, em que várias vezes tivemos reuniões em privado. Não esqueço o abraço confortável, o cheirinho a café que partilhávamos.”O gosto pelo futebol?“Exactamente, o São Lourenço dele. Aqui em Lisboa, na Jornada Mundial da Juventude, no almoço com jovens, a certa altura, há uma jovem, que lhe pergunta se ele já tinha provado os pastéis de Belém. E ele olha para mim com ar de crítica e diz assim: ‘Já me falaram, mas ninguém me ofereceu.' E eu percebi e mandei uma mensagem ao presidente da Câmara, o engenheiro Carlos Moedas, para ele me salvar e enviar uns pastéis de nata que chegaram passado pouco tempo. Sei que nesse dia e no dia seguinte se maravilhou a degustar os pastéis de Belém!”

Arauto Repórter UNISC
Quer saber quais as coisas que você ama?

Arauto Repórter UNISC

Play Episode Listen Later Apr 21, 2025 3:12


Acredito profundamente na máxima que diz: “Quem ama cuida”, e percebo que tal ditado se estabelece como critério avaliativo para pesarmos nossos relacionamentos. Quer saber quais as coisas que você ama? É só verificar atentamente as coisas das quais você cuida, pois a gente só percebe que ama depois que descobre que cuida.Você ama sua família? Seus amigos? Sua esposa (o)? Você cuida destes? Quanto tempo você gasta com eles? Ou seu amor é apenas um vago sentimento que não muda em nada a vida dos que lhe são caros… Amor implica atitude, não existe amor estático, só de palavras; quem ama incomoda.Amar é buscar o outro, é preocupar-se com ele, é gastar tempo com a pessoa e por causa da pessoa. Amar é ter a coragem de se expor pelo outro.Não acredito naqueles que dizem nos amar, mas não fazem nada para que nossa vida se torne melhor. Quem ama dá um jeito, arranja tempo, liga, se envolve; enfim, se faz presença.Não se constroem grandes relacionamentos por meio de cursos de correspondência. Para que os laços se aprofundem é preciso gastar tempo ao lado do outro. Deus nos livre de relacionamentos superficiais, nos quais o que impera é a representatividade e o cuidado é ausente… Amor sem cuidado é arte sem encanto, é corpo sem alma, é abstração.E mais: será que nós nos amamos? Será que cuidamos de nós, de nosso visual, de nosso coração? Será que investimos em nós? É impossível cuidarmos de alguém se não aprendemos a nos cuidar. E também, por vezes, teremos que aprender a nos deixar cuidar pelos outros, pois, do contrário, correremos o risco de morrer isolados em nossa própria resistência.O que você ama? Do que você cuida ou precisa cuidar?Ainda dá tempo, sempre dá…

Assunto Nosso
Quer saber quais as coisas que você ama?

Assunto Nosso

Play Episode Listen Later Apr 21, 2025 3:12


Acredito profundamente na máxima que diz: “Quem ama cuida”, e percebo que tal ditado se estabelece como critério avaliativo para pesarmos nossos relacionamentos. Quer saber quais as coisas que você ama? É só verificar atentamente as coisas das quais você cuida, pois a gente só percebe que ama depois que descobre que cuida.Você ama sua família? Seus amigos? Sua esposa (o)? Você cuida destes? Quanto tempo você gasta com eles? Ou seu amor é apenas um vago sentimento que não muda em nada a vida dos que lhe são caros… Amor implica atitude, não existe amor estático, só de palavras; quem ama incomoda.Amar é buscar o outro, é preocupar-se com ele, é gastar tempo com a pessoa e por causa da pessoa. Amar é ter a coragem de se expor pelo outro.Não acredito naqueles que dizem nos amar, mas não fazem nada para que nossa vida se torne melhor. Quem ama dá um jeito, arranja tempo, liga, se envolve; enfim, se faz presença.Não se constroem grandes relacionamentos por meio de cursos de correspondência. Para que os laços se aprofundem é preciso gastar tempo ao lado do outro. Deus nos livre de relacionamentos superficiais, nos quais o que impera é a representatividade e o cuidado é ausente… Amor sem cuidado é arte sem encanto, é corpo sem alma, é abstração.E mais: será que nós nos amamos? Será que cuidamos de nós, de nosso visual, de nosso coração? Será que investimos em nós? É impossível cuidarmos de alguém se não aprendemos a nos cuidar. E também, por vezes, teremos que aprender a nos deixar cuidar pelos outros, pois, do contrário, correremos o risco de morrer isolados em nossa própria resistência.O que você ama? Do que você cuida ou precisa cuidar?Ainda dá tempo, sempre dá…

Tetelestai Financeiro
#043 - Você Entendeu TUDO Errado Sobre Previdência Privada!

Tetelestai Financeiro

Play Episode Listen Later Apr 18, 2025 11:47


Previdência Privada. Só de ouvir essas palavras, talvez você sinta um arrepio. Complexidade, taxas escondidas, papo de banco... É normal ter essa percepção, porque muita gente te explicou isso do jeito errado, ou nem explicou.Mas e se eu te disser que o conceito fundamental é mais simples do que parece? E que entender esse básico é ESSENCIAL para você não cair em ciladas e tomar decisões financeiras realmente inteligentes? A verdade é que você provavelmente entendeu TUDO errado sobre previdência.Neste episódio, esqueça o jargão complicado. Vamos direto ao ponto: o que é, por que existe e como funciona o mecanismo principal por trás da Previdência Complementar. Sem mistério, sem enrolação.Acredito que a excelência financeira passa por entender as ferramentas que temos à disposição. E a previdência é uma delas. Ignorá-la por medo ou por achar que "já passou o tempo" é abrir mão de construir um futuro mais seguro e tranquilo. Vamos virar esse jogo?Aqui você vai aprender:

Pr Klaus Piragine
Encontrando propósito - #225

Pr Klaus Piragine

Play Episode Listen Later Apr 18, 2025 27:16


Podcast de Liderança - Pr. Klaus Piragine - Encontrando propósitoNo episódio de hoje, quero te ajudar a refletir sobre o propósito por trás das suas ações de liderança.

Miguel Sousa Tavares de Viva Voz
“Há uma atuação política do MP: não acredito em coincidências” e a “aldrabice” dos custos na Defesa

Miguel Sousa Tavares de Viva Voz

Play Episode Listen Later Apr 17, 2025 16:39


Miguel Sousa Tavares comenta o processo de averiguação preventiva de que o líder do PS é alvo para questionar o momento escolhido pelo Ministério Público. O cronista critica ainda o Governo por "não dizer toda a verdade" sobre os custos do investimento em Defesa e aponta o dedo à falta de uma reação do Estado português perante o "absurdo" imposto por Trump às universidades.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Expresso - Blitz Posto Emissor
Luísa Sobral: “Eu acredito em Deus, não acredito é na Igreja”

Expresso - Blitz Posto Emissor

Play Episode Listen Later Apr 17, 2025 81:40


Com o primeiro romance, “Nem Todas as Árvores Morrem de Pé”, nas lojas, Luísa Sobral veio ao Posto Emissor falar sobre a inspiração do seu livro, mas também sobre a sua relação com a fé e a forma como recentemente passou a ver a morte. O festival Sónar, a ‘festa’ dos Blasted Mechanism, música nova e os concertos dos próximos dias fazem também parte do podcast desta semana da BLITZ.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Vida em França
Israel/Gaza:"A criação de dois Estados é a solução para o conflito"

Vida em França

Play Episode Listen Later Apr 17, 2025 8:18


O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou recentemente que a França tenciona reconhecer a Palestina como Estado, em Junho deste ano, numa conferência de dois dias da ONU, juntamente com a Arábia Saudita, em Nova Iorque. Emmanuel Macron sublinhou que este reconhecimento permitirá à França "ser clara na luta contra aqueles que negam o direito de Israel existir". O Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu, durante uma conversa telefónica com o chefe de Estado francês, defendeu que o estabelecimento de um Estado palestiniano seria uma "recompensa para o terrorismo". O jornalista e escritor Rui Neumann defende que a criação de dois Estados é a solução para o conflito, porém admite que Emmanuel Macron procura um palco na cena da política internacional. O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou recentemente que a França tenciona reconhecer a Palestina como Estado, em Junho deste ano, numa conferência de dois dias da ONU, juntamente com a Arábia Saudita, em Nova Iorque. Que mensagem quer enviar Emmanuel Macron à comunidade internacional com este posicionamento?A política externa de Emmanuel Macron tem sofrido reveses enormes, nomeadamente no Sahel, mas também na Argélia. A França também não conseguiu obter qualquer resultado na mediação do conflito da Ucrânia com a Rússia.Emmanuel Macron está à procura de protagonismo?Emmanuel Macron tenta ter o seu palco na cena política internacional, e aqui será mais um desses casos. Avança com a possibilidade de a França reconhecer o Estado palestiniano em Junho próximo, num encontro que terá com a Arábia Saudita, em Nova Iorque, mas não apresenta modalidades concretas das condições para que o Estado palestiniano deva existir. Ainda persiste a dúvida sobre se se trata de um reconhecimento simbólico ou de um reconhecimento político.O chefe de Estado francês afirma que este reconhecimento permitirá à França "ser clara na luta contra aqueles que negam o direito de Israel existir"...Entre os 148 países que, neste momento, já reconhecem o Estado da Palestina, muitos deles não reconhecem o Estado de Israel. Portanto, não se trata unicamente dos países árabes. Não acredito que o Irão venha a reconhecer o Estado de Israel e, quanto aos países árabes, a Argélia — que apoia incondicionalmente a causa palestiniana — também dificilmente mudará de posição. Portanto, digamos, há aqui uma narrativa de Emmanuel Macron que dificilmente será aplicável.Emmanuel Macron propõe ainda que o Hamas deve ser afastado de Gaza e que a Autoridade Palestiniana deve ser reformada. Não há uma posição concreta?Não, é utópica. O Hamas nunca aceitará que lhe retirem, enquanto organização, a vertente armada. Por outro lado, o grande problema da Autoridade Palestiniana, liderada por Mahmoud Abbas, é a falta de credibilidade e de aceitação junto dos próprios palestinianos. Desde o ataque terrorista de 7 de Outubro de 2023, o Hamas ganhou popularidade e quase ultrapassou a Autoridade Palestiniana.Mas não é a essa situação que se refere Emmanuel Macron quando propõe que a Autoridade Palestiniana deve ser reformada?Emmanuel Macron, numa conversa que teve recentemente com Mahmoud Abbas, disse que era necessário afastar completamente o Hamas e reformar a Autoridade Palestiniana. Porém, a reforma começa logo com um problema: o próprio Mahmoud Abbas, que não está disposto a ceder o poder da Autoridade Palestiniana. Depois, há também outros problemas estruturais, desde a corrupção à desorganização interna, com os palestinianos a não verem a Autoridade Palestiniana como um espelho das suas próprias necessidades. Portanto, tem de haver uma remodelação completa desta Autoridade. Mas não é com o reconhecimento do Estado da Palestina que as coisas vão avançar. É aí que se insere o reconhecimento que Emmanuel Macron diz que poderá acontecer por parte da França.O Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acusou Emmanuel Macron de cometer um grave erro ao promover o Estado da Palestina. Está cada vez mais longe a hipótese da criação de dois Estados?Não. A criação de dois Estados é a única solução para a resolução do problema. Mas é preciso escolher o momento certo para fazer os anúncios certos, e neste momento há uma guerra em curso. Israel continua a atacar o Hamas em Gaza desde os massacres de Outubro. Antes da criação do Estado palestiniano, é preciso encontrar pontos de concordância em questões fundamentais.Uma delas é a continuidade territorial, ou seja, de um Estado palestiniano. Terá de existir uma continuidade territorial de Gaza para a Cisjordânia. Mas esta continuidade deve existir de Gaza para a Cisjordânia e Israel perderá a sua continuidade territorial. Ou seja, a região do Negueve ficará separada do resto do país.Outra questão é o complexo problema da definição do estatuto de Jerusalém. Jerusalém será capital do Estado de Israel e do Estado da Palestina? Vamos regressar à configuração existente quando a Jordânia ocupava a Cisjordânia, até 1967? Há ainda outra questão: a definição das fronteiras. Houve aqui uma mutação com as implantações israelitas na Cisjordânia, que se multiplicaram e estão sempre num processo avançado, apesar das críticas da ONU e da oposição israelita ao governo de Benjamin Netanyahu.Benjamin Netanyahu é o homem que Israel precisa para representar o país nestas negociações?Os israelitas já não se revêem neste Primeiro-Ministro. Benjamin Netanyahu está envolvido em vários escândalos; acresce ainda a contestada reforma do sistema judicial e a crise económica em que Israel mergulhou.Se a França reconhecer, em Junho, o Estado da Palestina, este reconhecimento pode levar outros países a fazer o mesmo?Pessoalmente, não acredito. Acredito que Emmanuel Macron tem essa intenção, mas não creio que isso vá alterar a posição de outros países. Há países que já reconhecem o Estado da Palestina, mas o importante é perceber o que representa esse reconhecimento para a criação efectiva do Estado palestiniano. Poucos sabem responder a esta pergunta, uma vez que a Palestina, neste momento, já é membro observador da ONU e está presente em várias agências da organização.Agora, como é que os próprios palestinianos vêem este reconhecimento? Não lhes confere uma independência de facto. Há um reconhecimento formal do Estado, mas não há uma alteração concreta do estatuto dos palestinianos.Tanto que apenas uma minoria dos palestinianos defende a solução de dois Estados, tal como uma minoria dos israelitas a defende, desde o ataque de 7 de Outubro.Antes dos reconhecimentos, deveria existir uma preparação para a existência do Estado palestiniano que, neste momento, em termos administrativos, estruturais, democráticos e de liberdades individuais, ainda não existe — nem no governo que está na Cisjordânia, muito menos com a autoridade do Hamas em Gaza.

Convidado
Angola: Lei contra fakenews "é uma tentativa de limitar as liberdades"

Convidado

Play Episode Listen Later Apr 17, 2025 8:45


O executivo angolano quer criminalizar a disseminação de informações falsas na internet, com penas entre um e dez anos de prisão. A medida vem expressa na proposta de Lei sobre a Disseminação de Informações Falsas na Internet. Um enquadramento legal que, segundo Cesaltina Abreu, investigadora independente em ciências sociais e humanidades, representa mais uma tentativa de limitar as liberdades de expressão e de informação no país. Cesaltina Abreu afirma ainda que, se o objectivo é combater as notícias falsas, o Governo devia começar por regular os órgãos de comunicação públicos, que a investigadora acusa de serem os principais agentes de desinformação no país. O que prevê esta proposta de Lei do Ministério que tutela a Comunicação Social em Angola?Esta proposta de lei insere-se no âmbito de um conjunto de medidas que vêm sendo tomadas e que, de alguma forma, visam a securitização do Estado em Angola e a preparação para 2027.Refere-se ao período eleitoral…Sim. Vários cenários estão a ser preparados para 2027. Desde a criação de impossibilidades, como é o caso, aparentemente, da nova divisão político-administrativa, e uma série de outros aspectos que visam, de facto, criminalizar, usando o respaldo da implementação destas disposições da Lei Maior, da Constituição da República de Angola, para defender todas essas leis.A iniciativa legislativa afirma que a Constituição da República de Angola salvaguarda as liberdades de expressão e de informação de todos os cidadãos, respeitando os limites do direito de todos ao bom nome. É disto que se trata, ou estamos diante de uma tentativa de limitar as liberdades de expressão e de informação?Sim, mais uma tentativa que deve ser percebida. Esse “todos” não existe, assim como não existe esse respeito pelos direitos. Basta ver as classificações de Angola no que se refere aos índices de democracia. As pessoas sabem que a classificação de Angola no índice de democracia do jornal The Economist, em 2024, deveu-se à conquista de mais espaço cívico, espaço público, uma conquista da sociedade civil, dos angolanos, e não uma concessão da parte do Governo. Foi uma conquista das pessoas que não desistem de lutar pelos seus direitos.O Governo angolano diz que está a registar um acentuado número de notícias falsas no actual contexto nacional e internacional, associado ao elevado crescimento tecnológico. Estamos aqui a falar, nomeadamente, da inteligência artificial. Esta realidade não justifica a existência de um novo quadro legal?Esta é uma situação que afeta todos os países, mais uns do que outros, mas é uma realidade mundial com a qual vamos ter de lidar. Se tivermos ambientes democráticos, com inclusão, não haverá necessidade de recorrer ao uso de fake news. No entanto, parece que [esta proposta de lei] é mais uma iniciativa no âmbito de muitas outras. Refiro-me à lei das ONGs, da Segurança de Estado, no ano passado, à lei da vandalização dos bens públicos ou à criação de um instituto que vai supervisionar as acções das comunidades (...). Não há nos registos de actividades criminais, relacionados com terrorismo, nenhuma referência às actividades de ONGs ou de grupos de cidadãos. Existem, sim, registos de empresas que estão associadas ao poder.A revisão da lei eleitoral, onde já existe a intenção de retirar as actas, as actas simples, o instrumento que usámos nas eleições passadas para poder ir acompanhando os resultados à medida que a eleição ia acontecendo. A sensação que temos é que isto é um atentado às liberdades individuais das pessoas e que, se o objectivo for combater a desinformação, então o Governo que olhe para si próprio e que pergunte até que ponto não é o Governo, enquanto entidade colectiva, e os meios de comunicação social públicos que são os principais agentes da desinformação.O Governo considera que este diploma pretende fortalecer o processo democrático através do combate à desinformação, e desencorajar a utilização de contas falsas para acabar com a desinformação…Uma pessoa, por exemplo, que seja analfabeta pelo facto de reencaminhar alguma coisa — que de alguma maneira seja um atentado à boa imagem — pode ser penalizada. Temos uma série de casos de pessoas detidas em Angola por mostrarem solidariedade em relação a grupos. A 23 de Setembro de 2024, quatro jovens foram detidos por mostrarem solidariedade com os motoqueiros [que protestavam contra o desemprego no país].Quais são as penas que incorrem as pessoas que não respeitarem esta lei?Acho que uma das penas previstas é de dez anos, que tem a ver com o bom nome. Uma das coisas que eu tenho interrogado, em relação a todas essas leis, perguntei isso quando foi da lei da vandalização de bens públicos, é o que está ali em causa. E o que se pretende é impedir as manifestações, os protestos, uma série de outras acções, através das quais as pessoas mostram o seu descontentamento e procuram lutar por aquilo que são os seus direitos.Obviamente que eu reconheço que há aproveitamentos nisso tudo. Agora, do meu ponto de vista, tanto a salvaguarda da segurança nacional quanto o fortalecimento de valores democráticos não se fazem com leis dessa natureza, mais leis produzidas por uma iniciativa em geral do Executivo. A Assembleia que temos, aparentemente, só lá está para dizer “amém”! Não temos as condições para que haja um diálogo, porque não há esse diálogo entre os poderes instituídos e a sociedade.Qual é o risco de não haver este diálogo, este debate?O risco de não haver o debate é o de se caminhar para uma situação cada vez mais de divisão. O diálogo não é uma conversa de amigos. O diálogo é a tentativa de estabelecer pontes, de construir consensos, a partir das concepções das diferentes partes que estão envolvidas nesse diálogo e que, à partida, pensam de forma diferente. Em Angola não temos isso. E enquanto não tivermos isso, não construiremos, os entendimentos não serão suficientes para avançar. Não temos uma governação, não temos políticas públicas, embora esse seja o discurso oficial, porque, de facto, existem acções unilaterais, de cima para baixo, mas que não conseguem absorver aquilo que são as necessidades, as expectativas das pessoas para as quais deviam estar a governar.Neste diploma indica-se que a lei é aplicável, mesmo que as actividades sejam realizadas por pessoas residentes ou sediadas no exterior do país, desde que se trate de informações falsas. O que é que isto significa?Por um lado, é a tentativa de se ligar a outros regimes parecidos com estes regimes autocráticos. Por outro lado, é um pouco também a cultura do medo. É preciso lembrar que estas acções têm sempre por trás algo que está a ser criado para fomentar a cultura de medo e de intimidação. O passo seguinte é a opressão e o uso da coerção, usando meios físicos, usando a polícia e as armas. Mas, para já, a ideia é criar uma cultura do medo que paralisa as pessoas com medo das retaliações que podem sofrer por expressarem as suas opiniões.Que impacto terá isto no trabalho dos jornalistas, no trabalho da sociedade civil?Tem um impacto brutal, na medida em que é mais uma ação para limitar, coagir, de auto-censura, de omissão e de silêncio, que tem sido, infelizmente, as respostas de muitas pessoas por uma questão de salvaguarda de vida, de um bem maior.A sociedade civil, os jornalistas, vão continuar a lutar pela liberdade de expressão?Acredito que sim. Estamos preocupados, mas estamos principalmente, como temos procurado fazer aqui, a demonstrar que o que se pretende fazer não corresponde àquilo que vem na própria Lei de fundamentação. Estamos a criar evidências, dizendo: vocês estão a continuar com a vossa política de coerção, com a vossa política de intimidação, mas nós também vamos continuar com a nossa luta.

DICAS DE NEGÓCIOS E CARREIRA
Prefácio do meu novo Livro da Quadrilogia NO BRAIN NO GAIN

DICAS DE NEGÓCIOS E CARREIRA

Play Episode Listen Later Apr 12, 2025 7:13


Este prefácio foi gerado por uma Inteligência Artificial (IA), com base em informações sobre minha trajetória, valores e visão de mundo que compartilhei. A intenção é demonstrar como a IA pode ser uma ferramenta poderosa para sintetizar informações, identificar padrões e expressar ideias de forma coerente.Apoio o trabalho da IA e, ao mesmo tempo, reafirmo que a experiência humana, a intuição e o discernimento continuam sendo insubstituíveis. Acredito que esta colaboração inovadora reflete meu compromisso com a exploração das fronteiras do conhecimento e com a busca por um futuro onde a tecnologia e a humanidade caminhem juntas.#tecnologiasdisruptivas #inteligenciaartificial

Mix Tudo
04.04.25 - Finge que me engana e eu finjo que acredito (part. Criss Paiva)

Mix Tudo

Play Episode Listen Later Apr 4, 2025 32:53


Artes
Violência de género: "Precisamos de ser incansáveis para mudar essa realidade"

Artes

Play Episode Listen Later Apr 1, 2025 9:04


A escritora e socióloga cabo-verdiana Miriam Medina apresentou no fim-de-semana, 29 e 30 de Março seu livro Filhas da Violência em Paris. A obra trata da violência entre familiares, revela os impactos profundos nas vítimas e defende a necessidade de ações concretas contra a violência baseada no género. A autora iniciou o trabalho sobre o tema em 2017, dando palestras em escolas e ouvindo relatos de meninas e adolescentes vítimas de agressão e de violência dentro de casa. RFI: O seu livro não só denuncia a realidade dessas jovens, mas também dá voz e tenta sensibilizar a sociedade sobre o problema?Miriam Medina: Sim. Desde 2017, tenho vindo a trabalhar a questão da violência contra meninas e mulheres. Já escrevi três livros. O meu primeiro livro foi sobre a violência no namoro, que se chama Se causa dor não é amor, e relata a violência nos relacionamentos de meninas na faixa dos 14, 15 anos. Depois, escrevi o segundo livro, Uma dor além do parto, que aborda a violência obstétrica em Cabo Verde. E este terceiro, cuja apresentação pública fiz no mês de Novembro de 2024, primeiramente em Cabo Verde, e em Março comecei a apresentação em alguns países da Europa, como Luxemburgo e Paris. Agora estou em Lisboa para a apresentação na sexta-feira, e no dia 12 de Abril será em Madrid.O que a levou a transformar os relatos das vítimas num livro?O primeiro livro que escrevi foi motivado pelo facto de uma amiga minha ter sofrido violência no namoro em Portugal. Eu estava em Cabo Verde quando ela entrou em contacto comigo. Quando fui fazer a minha licenciatura no Brasil, fiz um estágio numa favela e trabalhei exactamente essa questão da violência nos relacionamentos. Muitas meninas estavam em relacionamentos abusivos. Em Cabo Verde, falamos muito sobre a violência baseada no género, que normalmente ocorre quando a mulher já mora com um homem, tem filhos, etc. Mas no namoro, que muitas vezes é onde essa violência começa, eu não ouvia nada. No dia seguinte, entrei em contacto com as câmaras municipais do país e solicitei uma parceria para ir às escolas secundárias e ministrar palestras, a fim de entender melhor a realidade do amor na vida dos nossos jovens.Já na primeira palestra que realizei, na Escola Secundária Pedro Gomes, em Achada Santo António, falei para 25 meninas de 14 e 15 anos e fiquei estupefacta ao perceber que todas já tinham sofrido algum tipo de violência no relacionamento, seja ela física, psicológica ou sexual. À medida que fazia as palestras, sentia a necessidade de dar a conhecer essa realidade à sociedade, não só através das minhas entrevistas, mas também colocando tudo por escrito para dar uma ideia real do que estava acontecendo diante dos olhos de todos. Mas parecia que ninguém queria ver. E foi assim que comecei a escrever. É uma leitura indigesta, mas necessária. Quando escrevi o primeiro livro, jurei que nunca mais escreveria sobre violência. Mas acho que é uma missão que tenho, porque já estou a escrever o quarto. E é sobre violência também. Acho que isso se deve, em grande parte, ao impacto que o meu trabalho tem tido, não só para essas meninas, mas na sociedade como um todo.Como é que a sociedade pode criar um ambiente mais seguro para que as vítimas de violência familiar consigam falar?A violência acontece dentro da própria casa. Acho que é necessário promover uma mentalidade de sensibilização por parte dos pais e encarregados de educação. No contexto intrafamiliar, há meninas são abusadas sexualmente pelo pai, padrasto, irmão, tio, primo. Ficam em silêncio porque essa violência acontece dentro do próprio lar, e a família muitas vezes inibe as vítimas de denunciarem. Elas são ameaçadas e enfrentam a vergonha de expor o que aconteceu. Se o abuso for cometido por um pai ou padrasto, por exemplo, há um receio enorme do julgamento da sociedade. Isso faz com que essas meninas acabem por se sentir culpadas. Portanto, é fundamental trabalhar também com as famílias.De que forma o seu livro Filhas da Violência tem sido recebido pelo público em Cabo Verde?Não só em Cabo Verde, mas também aqui na Europa, senti um grande impacto. Mesmo antes de apresentar o livro em certos países, ele já chegou a esses lugares. Por exemplo, na Suíça, no último fim de semana, houve um evento sobre o Dia da Mulher Cabo-Verdiana, e o livro já está a causar impacto sem que eu tenha estado presente. Isso deixa-me muito feliz, porque significa que a mensagem está a sensibilizar homens e mulheres. Em Paris, fiz duas apresentações que foram das mais impactantes que já realizei. Senti que as mulheres, as vítimas, precisavam de um espaço para falar. Foi muito poderoso. Muitas mulheres partilharam as suas histórias, algumas com 50 anos, relatando abusos sofridos quando tinham 11, 14 anos. E claro, esse trauma ainda persiste nas suas vidas.Porque ao ouvir falar deste tipo de violência, há uma identificação que cria uma abertura para falar?Sim, está a acontecer isso. Como disseram em Paris, foi uma revolução. Pedi ao público presente que eles mesmos, enquanto comunidade cabo-verdiana, criassem esses espaços de fala e partilha. O abuso também acontece dentro dessa comunidade, porque são questões transversais. Não sou eu que preciso estar lá para falar desses temas, mas a própria comunidade pode criar esses espaços.E por que foi uma revolução?Porque eu não esperava tantos testemunhos. O ambiente ficou tenso e muito emocionante. Acho que as mulheres se inspiraram nas que começaram a partilhar no início do evento. Foi um efeito dominó. Uma começou a falar, depois outra e outra, e assim sucessivamente. Tivemos vários depoimentos naquele dia. Para teres uma noção, o evento deveria terminar às 15h00, mas saímos de lá às 18h00.Nunca se falou tanto sobre a luta contra a violência sexual como hoje. Enquanto escritora e socióloga que acompanha essa temática há anos, sente que houve uma transformação? Sim, eu sinto isso. Quando faço palestras, percebo que os jovens são grandes agentes de transformação e mudança. Sempre os desafio a criar espaços de interajuda e partilha nas escolas, e isso já está a acontecer, inclusive no Brasil. Em Niterói, por exemplo, criaram uma sala específica para esses diálogos, porque há muitos problemas que os jovens trazem de casa para a escola. Acredito que essa transformação está a acontecer. É preciso incentivar e sensibilizar não só a comunidade educativa, mas a sociedade como um todo. Cada um deve fazer a sua parte e ser um agente de mudança. Se não tivermos um pulso firme nessa problemática da violência, daqui a pouco não teremos sociedade, porque a situação está gravíssima.As escolas podem e devem desempenhar um papel activo na prevenção e no apoio às vítimas de violência?As escolas, as igrejas... Todos nós somos chamados a essa causa. Homens e mulheres, todos devemos actuar nesse sentido.Há muitos casos de violência contra mulheres em Cabo Verde? Existem registos do número de casos de violência?Sim, há registos. De vez em quando, os números parecem baixar, mas surgem logo novos casos de feminicídio. Fico, por vezes, frustrada, porque tenho feito muitas palestras, não só nas escolas, mas também nas comunidades e em empresas. Dou entrevistas e informação não falta.Mas o silêncio continua...Sim, ainda há um silêncio ensurdecedor. Precisamos ser incansáveis, insistir nesta questão. Se cada um fizer a sua parte, poderemos mudar essa realidade. Mas essa mudança deve começar dentro das nossas próprias casas.

Expresso - A Beleza das Pequenas Coisas
Lila Tiago (parte 2): “Como afirma a minha amiga Tita Maravilha, acredito na beleza como vingança. Reconhecermos a nossa própria beleza e do mundo à volta”

Expresso - A Beleza das Pequenas Coisas

Play Episode Listen Later Mar 29, 2025 49:40


Nesta segunda parte, a cantora, poeta, performer e ativista trans Lila Tiago fala da beleza como resistência queer, deixa uma crítica à falta de diversidade em muitos palcos musicais no país, recorda a invasão de palco da performer trans Keyla Brasil a meio da peça “Tudo Sobre a Minha Mãe”, que esteve em cena no Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, considerado por si um momento histórico de discussão cultural no país. Mais à frente fala da zanga e grande preocupação pela repetição de certos ciclos políticos no mundo. Depois, comenta o conflito de estar presente em redes sociais controladas por quem está a destruir as democracias e a restringir liberdades e direitos. No final, ainda partilha algumas das músicas que a acompanham, várias sugestões culturais e lê um texto especial de João Caçador. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.

O Assunto
Bolsonaro réu por tentativa de golpe

O Assunto

Play Episode Listen Later Mar 27, 2025 39:53


Em um dia histórico, Jair Bolsonaro tornou-se o primeiro ex-presidente a virar réu por tentativa de golpe de Estado. A análise do caso foi decidida pela primeira turma do Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira (26), quando os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin leram seus votos, acompanhando o relator, ministro Alexandre de Moraes. Agora, o ex-presidente e mais sete aliados, incluindo militares de alta patente, vão a julgamento — a data ainda não foi marcada. Se condenados, eles podem ser presos por atentar contra a democracia. Diferentemente da terça-feira,(25) quando Bolsonaro esteve no plenário da Corte, neste segundo dia, ele acompanhou a análise do gabinete do filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL). Depois da sessão, Bolsonaro disse que as acusações são infundadas, repetiu os ataques a Moraes e ao sistema eleitoral. Para analisar as chances de Bolsonaro conseguir evitar uma condenação, Natuza Nery entrevista Davi Tangerino, advogado criminalista e professor de direito da UERJ, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Ele também detalhe os votos dos ministros, que decidiram de forma unânime. Depois, para entender as repercussões políticas e o discurso de Bolsonaro que, depois da sessão, disse que as acusações são infundadas e repetiu os ataques a Moraes e ao sistema eleitoral, a conversa é com Vera Magalhães, colunista do jornal O Globo, âncora na rádio CBN e apresentadora do programa Roda Viva, da TV Cultura. "Acredito que ele corre mais risco de ter produzido alguma nova prova contra si. Eu achei que, se tinha alguma estratégia ali, ela se perdeu logo no início daquela longa fala meio desconexa."

FHOXCast
Por que branding fotográfico importa para fotógrafos(as) profissionais?

FHOXCast

Play Episode Listen Later Mar 27, 2025 19:13


Esse episódio é como uma confissão do que me levou a me envolver com esse assunto. Acredito que foi justamente por notar que marketing não faz tanto sentido e acaba sendo doloroso para colegas. O branding fotográfico é muito melhor. Entenda como. https://www.enfbyleosaldanha.com/

Receios Obscuros
Histórias Reais de Terror - EP #42 Apoia.se - Amiga de infância / Pinturas no corpo / Sono pesado / Ah, o pessoal acordou

Receios Obscuros

Play Episode Listen Later Mar 26, 2025 12:19


Fala pessoal, tudo bem? Na sexta que vem teremos uma novidade no Podcast! A Nate do Refúgio das Sombras vai ter um quadro semanal aqui no Receios Obscuros toda sexta-feira com relato do Reddit! Acredito que vocês vão curtir muito. Ela faz participação no Relato do Além também, do Zoucas, e eu vou deixar aqui o link para o Podcast dela para quem quiser conhecer o trabalho dela: Refúgio das Sombras

Reportagem
Xenofobia aumenta em Portugal: casos visando brasileiros registraram alta de 20% em um ano

Reportagem

Play Episode Listen Later Mar 24, 2025 15:40


Nos últimos anos, Portugal se firmou como um destino popular para imigrantes, especialmente brasileiros em busca de melhores oportunidades. Entretanto, essa crescente comunidade enfrenta um aumento preocupante nos casos de xenofobia. Luciana Quaresma, correspondente da RFI em PortugalDe acordo com dados da Agência para a Migração e Asilo (AIMA) e da Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR), houve um aumento de 30% nas queixas de xenofobia entre 2022 e 2024. Em 2024, 150 dos casos registrados envolveram brasileiros, representando um aumento de 20% em relação ao ano anterior.Larissa Abreu, empresária de 38 anos e residente em Portugal desde 2018, notou essa mudança recente. "Nos últimos anos, realmente tem havido um aumento enorme de relatos de xenofobia contra brasileiros, tanto no dia a dia quanto nas redes sociais. Além de situações sutis de preconceito, sou constantemente atacada online por compartilhar minhas experiências."Para Larissa, as dificuldades não se limitam a insultos. “Quem me conhece sabe que eu adoro viver em Portugal, mas também não ignoro quando um serviço ou experiência poderia ter sido melhor. Quando expresso isso, sou alvo de ataques violentos, como ‘volte para sua terra' ou insultos extremamente agressivos como ‘sua favelada, sua macaca'! Isso mostra uma forte resistência em aceitar críticas vindas de brasileiros, mesmo quando são construtivas.”Larissa destaca que o preconceito está presente em vários aspectos da vida. “No ambiente profissional, essa mentalidade resulta numa desvalorização e na necessidade de provar constantemente nosso valor. E na vida pessoal, percebemos esse preconceito, especialmente na busca por moradia, onde muitas vezes os brasileiros enfrentam exigências desproporcionais.”A AIMA aponta que os brasileiros representam a maior comunidade de imigrantes em Portugal, com mais de 500.000 residentes. Este fluxo migratório reflete condições favoráveis, mas expõe desafios no combate à xenofobia.Desafios legais e a necessidade de denúnciaLarissa acredita que “existe uma discriminação estrutural contra brasileiros em Portugal, apesar da relação histórica e da língua em comum”. Ela optou por empreender devido à dificuldade de encontrar oportunidades justas no mercado de trabalho. “Precisamos sempre demonstrar um esforço extra para ser reconhecidos e respeitados”, ressalta.A falta de apoio é outra preocupação. “Como brasileira, muitas vezes me sinto acuada em denunciar. Deveria haver uma linha direta acessível para denúncias, prática e sem burocracia”, afirma a empresária. A insegurança e o medo de represálias dificultam ainda mais essa ação. “Existem discursos institucionais que falam sobre combate à xenofobia, mas muitos brasileiros não sabem como buscar apoio ou sentem que as denúncias não geram mudança.”Ataque a advogada brasileira gera debate sobre xenofobiaA advogada brasileira Anna Luiza Pereira, que vive em Portugal desde 2020, relata a dificuldade que enfrentou ao tentar registrar uma denúncia de xenofobia nas redes sociais. “O policial na delegacia me disse que ‘isso não daria em nada'. É muito difícil registrar crimes não visíveis, como agressões verbais. Aqui em Portugal, a legislação é um pouco mais fraca, o que torna o processo ainda mais complicado,” conta.O ataque contra a advogada ocorreu após a divulgação de uma entrevista no podcast “Papo com Fado”, que tem como objetivo compartilhar as histórias de imigrantes brasileiros que residem em Portugal. “Na nossa última gravação, entrevistamos Larissa Abreu, que falou sobre sua experiência de maternidade e comparou as maternidades privadas em Portugal com as do Brasil. Ao comentarmos sobre isso, fizemos um corte do episódio e publicamos no Instagram. A partir dessa postagem, uma senhora desconhecida, cujo perfil se identifica como Glória Pires, começou a tecer comentários depreciativos”, relata. A advogada conta que os ataques foram agressivos e racistas. “Ela fez comentários considerados extremamente ofensivos, como ‘vá pentear macacos' e ‘volte para a sua terra'. Disse também que ‘ninguém quer vocês aqui', acompanhada de uma série de posts que geraram uma discussão acalorada entre os usuários envolvidos na conversa”, detalha. Apesar da hostilidade, Anna também destaca que muitos portugueses se manifestaram em defesa dos brasileiros, expressando seu descontentamento com as atitudes xenofóbicas. “Foi uma situação muito complicada, pois fomos extremamente agredidos. Além disso, essa senhora já vinha fazendo comentários xenofóbicos em minhas publicações pessoais sobre imigração há mais de seis meses, evidenciando um padrão de comportamento problemático.”Esse incidente levanta questões sobre a crescente xenofobia em Portugal e o papel que as mídias sociais desempenham na disseminação de discursos de ódio, ao mesmo tempo que destaca a necessidade de um diálogo mais respeitável e inclusivo na sociedade.Como Denunciar?Anna oferece dicas para as vítimas de xenofobia. “Insista na denúncia. Leve o que puder como prova, como prints e gravações. Vá preparado para não deixar dúvida que você vai seguir em frente. Registre a ocorrência na polícia e também nas plataformas de redes sociais, que têm ferramentas para denunciar discursos de ódio.”Ela enfatiza a importância de recorrer à CICDR. “Pode-se fazer uma denúncia online ou por e-mail, que é uma alternativa mais tranquila.” A legislação portuguesa prevê punições para crimes de ódio e discriminação, mas muitos casos de xenofobia acabam sem consequências para os agressores. Mas, segundo Anna, as "denúncias precisam ser registradas".Ticiane Fidelis, carioca e residente em Portugal há seis anos, conta que teve um contrato de alugue negado simplesmente devido à sua nacionalidade. "O consultor imobiliário disse que o proprietário não alugava para brasileiros,” relata.Cada vez há mais casos de brasileiros em Portugal que compartilham vídeos na internet, com registros de ataques de xenofobia e racismo. No entanto, especialistas aconselham que a melhor abordagem é entregar esses materiais às autoridades competentes para a devida investigação e ação legal. Ticiane, que também fez denúncia na polícia, diz estes ataques são muito frequentes.“Acredito que, nas redes sociais, esse tipo de ataque ocorre principalmente porque muitas pessoas se sentem protegidas atrás de uma tela, achando que a internet é uma terra sem lei. Essa sensação de impunidade, sem dúvida, incentiva esse comportamento. No início, confesso que isso me afetou profundamente e despertou gatilhos, me fazendo questionar se realmente precisava passar por essa situação. Contudo, hoje me sinto muito mais forte e preparada para me defender contra esses ataques."Segundo a brasileira, a impunidade e o cenário político em Portugal têm sido favoráveis ao aumento da xenofobia. A utilização da retórica anti-imigração, que culpa imigrantes por problemas sociais ou econômicos, reforça estigmas negativos, incentivando atitudes xenofóbicas na sociedade.“Portugal está em um momento em que os imigrantes são usados como bodes expiatórios. O problema da habitação e da saúde é frequentemente atribuído aos imigrantes, sem qualquer embasamento,” critica Ticiane. Ela acredita que é fundamental denunciar, mesmo que não resulte em nada. “Quanto mais pessoas denunciarem, maior será a pressão para que as autoridades tomem medidas contra aqueles que praticam a xenofobia. Só assim podemos combater esse tipo de discriminação e exigir mudanças efetivas”.

Convidado
"Ruanda e M23 não estavam confortáveis com a mediação angolana"

Convidado

Play Episode Listen Later Mar 24, 2025 8:53


Angola anunciou esta segunda-feira, 24 de Março, que deixa a mediação entre a República Democrática do Congo e do Ruanda para se "focar na União Africana", após avanços e entraves como a ausência ruandesa em reuniões e o cancelamento de negociações com o M23. O coordenador do Observatório Político e Social de Angola, Sérgio Calundungo, aponta que tanto o Ruanda como o M23 desconfiavam da neutralidade angolana, destaca a surpresa do envolvimento do Catar, a fragilidade das organizações regionais, e defende uma solução justa e sustentável para a RDC. RFI: O que levou Angola a deixar a mediação no conflito entre a RDC e o Ruanda?Sérgio Calundungo: Ficou claro que havia um mal-estar, provavelmente mais do lado do Ruanda e do M23 com a mediação angolana, muitas vozes se levantaram desse lado, questionando a neutralidade de Angola, que é algo essencial para um mediador. A minha impressão é que tanto o Ruanda como o M23 não estavam confortáveis com a mediação angolana, embora eu acredite que Angola tinha um interesse genuíno em resolver o conflito.Angola não é neutra?Bom, na visão deles. Alegavam que havia uma proximidade muito grande entre Angola e o actual Presidente da República Democrática do Congo e, por isso, olhavam para o mediador com desconfiança.A retirada de Angola da mediação significa um fracasso diplomático para o país?Penso que o fracasso foi para o Congo. É um país com imensos recursos, aceita a diversidade étnica e cultural, mas não consegue geri-la de forma eficaz. O conflito de pontos de vista na gestão de um Estado é natural e aceitável, mas a violência não. Angola foi pressionada ao máximo, e esta retirada é uma contrariedade, mas não a classificaria como um fracasso.É claro que isso afecta a sua imagem. Angola poderia ter reforçado a sua posição como país pacificador na região. O próprio Presidente da República é promovido internamente como "campeão da paz" na região e, certamente, gostaria de honrar esse título. No entanto, o mais importante é garantir uma paz justa e sustentável naquele território. Como diz o provérbio: "Não importa a cor do gato, o importante é que ele consiga caçar ratos".O envolvimento do Catar nas negociações entre a RDC e o Ruanda, incluindo o encontro em Doha entre Félix Tshisekedi e Paul Kagame, representa uma mudança na influência diplomática africana sobre o conflito?É, sem dúvida, uma mudança substancial. Há um ou dois anos, seria impensável que o Catar assumisse esse papel. Isso reflecte uma transformação significativa. No entanto, muitas vozes criticam a tendência africana de recorrer a actores externos para resolver os seus próprios problemas, em vez de fortalecer soluções internas.O mais importante é que o Catar tenha influência suficiente para levar as partes à mesa de negociações e alcançar um acordo. No fim das contas, o essencial para aquela região e para os seus povos é a paz.Disse que há alguns anos seria impensável ver o Catar como mediador. O encontro da semana passada foi uma surpresa para si?Sim, foi uma surpresa para mim e para muitas outras pessoas. Repare que a reunião aconteceu no mesmo dia em que estava previsto um encontro entre a delegação do governo da RDC e o M23 em Luanda, que acabou por não se realizar.Não foi um acaso acontecer no mesmo dia ou foi ?Acredito que não. Provavelmente, as lideranças do Congo e do Ruanda já sabiam que haveria esse encontro no Catar, até porque reuniões deste nível são preparadas com antecedência. A questão que fica é se o governo angolano foi informado antecipadamente sobre isso. Nunca houve um pronunciamento oficial, mas seria interessante saber.A escolha de um novo mediador pode mudar a dinâmica do conflito? Há outros países candidatos ou a mediação do Quénia sai reforçada?Se o nosso foco for a resolução do conflito, o protagonismo deve estar nos envolvidos, não no mediador. O mediador precisa apenas de ser reconhecido como neutro pelas partes, para que possam negociar em pé de igualdade.O verdadeiro papel cabe ao M23, às autoridades da RDC e ao governo do Ruanda. São eles que devem chegar a um acordo de paz. O mediador é apenas um facilitador. Países que assumem mediações bem-sucedidas melhoram a sua imagem internacional, mas o foco não deve ser esse. O essencial é acabar com uma guerra sem sentido, que apenas serve interesses políticos e económicos.No terreno, o cessar-fogo acordado em Doha ainda não parece estar a surtir efeito.Sim, há dificuldades na implementação do cessar-fogo. Não basta colocá-lo no papel. Para ser eficaz, é preciso, por um lado, a vontade real das partes e, por outro, mecanismos suficientemente robustos para monitorizar e fiscalizar o cumprimento do acordo – e, se necessário, impô-lo.Qual é a importância das organizações regionais, como a SADC e a Comunidade da África Oriental, na solução do conflito?O conflito no Congo evidencia a fragilidade das nossas organizações continentais e a falta de confiança dos países nelas. No entanto, não são instituições dispensáveis. Os países da região sabem que a instabilidade no Congo os afecta directa ou indirectamente.Se não foram escolhidas para mediar este conflito, provavelmente foi porque as partes envolvidas não reconhecem nelas força suficiente para desempenhar esse papel. Mas acredito que, em algum momento, serão indispensáveis para ajudar a pôr fim à guerra.As sanções da União Europeia contra nove pessoas ligadas às ofensivas do M23 no leste do Congo representaram um obstáculo para o processo de paz de Luanda?Não acredito que essas sanções tenham tido como propósito dificultar o processo de paz. Em teoria, deveriam ajudar a reduzir o conflito, mas, na prática, tornaram-se um entrave. Noutros casos, mesmo com sanções, foram criadas excepções para permitir a participação de pessoas-chave nas negociações. Poderia ter sido feito o mesmo aqui.

Amorosidade Estrela da Manhã
EU SOU LIVRE, O PROBLEMA É ZANZAR POR AÍ COM ESSA CARTILHA GIGANTE QUE CARREGO DE BAIXO DO BRAÇO, QUE DOU CRÉDITO (ACREDITO) E IMPONHO A MIM E AOS OUTROS DE COMO TEMOS QUE SER...

Amorosidade Estrela da Manhã

Play Episode Listen Later Mar 13, 2025 1:41


Esportes
Brasil volta ao circuito mundial das corridas após sete anos de ausência na Fórmula 1

Esportes

Play Episode Listen Later Mar 2, 2025 6:03


A Fórmula 1 iniciou oficialmente a temporada 2025 na quarta-feira (26) com os testes de inverno no Bahrein. As 10 equipes e os 20 pilotos estiveram reunidos no circuito de Sakhir para uma bateria de ensaios cruciais antes do primeiro Grande Prêmio do ano, na Austrália. Mas a temporada marca, também, a volta do Brasil ao circuito mundial das corridas, após uma ausência de sete anos, com Gabriel Bortoleto, jovem piloto brasileiro de 20 anos, prestes a estrear na Fórmula 1 pela equipe Sauber. Para Eric Mendes, jornalista especializado em Fórmula 1, o brasileiro Gabriel Bortoleto "é um piloto que percebe rapidamente a estratégia e o que ele precisa fazer para dar o seu máximo durante uma corrida".E é visível que ele sabe aproveitar [a corrida] e marcar muitos pontos para ser o mais regular, e justamente por isso se tornou campeão há dois anos [na Fórmula 2]. "No ano passado, enfrentou o francês, e não estava exatamente em sua melhor forma. Mas ele se adaptou rapidamente e conseguiu mostrar consistência. Ele tinha regularidade e capacidade de estar presente nos momentos decisivos para marcar os pontos necessários, o que deu a ele a vantagem que permitiu a vitória", lembra o comentarista."Eu acredito que é uma questão de tentar manter essa mesma lógica [agora no circuito principal]. Ele precisa entender o que deve fazer para ter o carro mais rápido possível, o que vai permitir que ele dê o seu melhor ao volante. Mas será difícil, e ele precisará de um tempo de adaptação", sublinha Mendes. "Mesmo assim, ele já mostrou que é capaz, e vai acelerar o suficiente para se destacar. Ele precisa continuar com a mesma vontade de ter sucesso, independentemente do que acontecer", acredita.Comparação com SennaSobre possiveis comparações com o estilo de Ayrton Senna, Eric Mendes contemporiza e analisa a performance de Bortoleto sob um outro prisma. "Eu acho que ele tem mais a atitude do piloto moderno, que precisa se impor. Ele não é aquele piloto agressivo ou que tenta ser o mais rápido a todo custo, porque todos os pilotos agressivos acabam se destacando por um tempo, mas muitos se queimam", destaca o especialista."A questão é sempre a consistência. Quando ele chegou, por exemplo, tinha um estilo muito agressivo, o que causou uma boa impressão. Ele continua com essa imagem de piloto agressivo, mas, ao mesmo tempo, tem mostrado que é capaz de se adaptar e ser mais trabalhador. Ele não precisa ser aquele piloto agressivo do tipo 'fazer tudo na força bruta'. Ele precisa mostrar seu valor ao longo da temporada, e é isso que vai determinar seu sucesso", analisa Mendes."Claro, todos falam de Senna, das suas habilidades, especialmente sob condições adversas, como quando estava chovendo. Ele soube lidar com situações complicadas", lembra. "Mas agora, o carro é muito mais importante. A comparação também será feita com seu colega de equipe, [Nico] Hulkenberg, e veremos se Bortoleto consegue estar presente nos momentos de marcar pontos e aproveitar as oportunidades. Ele tem que aproveitar essas chances. As pessoas estão olhando para o Bortoleto com outros olhos agora, e eu tenho certeza de que ele vai aproveitar ao máximo essa oportunidade", acredita o comentarista franco-português.O "business" da Fórmula 1Perguntando sobre as possíveis razões da ausência prolongada do Brasil no circuito, Eric Mendes faz uma avaliação do contexto atual da Fórmula 1. "Estamos em uma fase onde o dinheiro e os negócios falam mais alto. É difícil para um piloto sem o suporte financeiro necessário conseguir uma vaga. Conseguir um lugar na Fórmula 1, atualmente, é um jogo de dinheiro", pontua."Foi isso que dificultou a vida dos pilotos brasileiros, como o Felipe Massa, por exemplo, que foi campeão e ainda espera por uma nova oportunidade. Para mim, quando um piloto é campeão da Fórmula 2, ele já deveria ter a chance de ir para a Fórmula 1 imediatamente. Antigamente, isso era mais natural. Mas hoje, quem não tem o suporte financeiro ou uma figura por trás, como um pai, fica para trás", sublinha o especialista."O [piloto brasileiro  Felipe] Drugovitch, por exemplo, está na equipe reserva e tem essa sorte, pois seu pai está ajudando a garantir seu lugar. Muitos pilotos acabam dependendo desses apoios, e foi o que faltou aos brasileiros. Não se trata de falta de talento, mas de oportunidade. Drugovitch tem demonstrado que pode estar no nível necessário, e agora, com sorte, ele pode finalmente ter a sua chance", afirma Mendes.Brasil também entre as promessas do circuitoO paranaense Felipe Drugovich, de 24 anos, ganhou nas categorias de base do automobilismo, especialmente na Fórmula 2, onde conquistou o título da temporada 2022 pela equipe MP Motorsport. Após seu sucesso na F2, Drugovich passou a integrar o programa de jovens pilotos da Aston Martin na Fórmula 1, atuando como piloto reserva e de testes. Ele participou de algumas sessões de treinos livres e testes de pré-temporada com a equipe, sendo considerado uma promessa para um futuro lugar na F1. Atualmente, ele continua como piloto reserva da Aston Martin e segue buscando uma oportunidade para estrear como titular no circuito.Vindo de longa tradição familiar e neto do icônico piloto Emerson Fittipaldi, Pietro Fittipaldi é piloto de testes e reserva da Haas. Ele fez sua estreia na categoria em 2020, substituindo Romain Grosjean no GP de Sakhir e no GP de Abu Dhabi, após o grave acidente do piloto francês no Bahrein. Atualmente, Pietro continua ligado à escuderia Haas como piloto reserva no circuito de 2025.Para Eric Mendes, no entanto, ainda deve levar tempo para os brasileiros darem um "susto" em grandes favoritos como Lewis Hamilton. "Ainda é muito cedo para imaginar isso. Acredito que ainda é cedo para dizer que Gabriel Bortoleto esteja na luta pelo título, pois ele ainda está se adaptando, e o carro não é um dos mais competitivos", contextualiza.Favoritos"Os grandes favoritos, por enquanto, são Max Verstappen e Red Bull, com a McLaren também mostrando boa forma. A Mercedes, com Hamilton, tem se destacado, e é claro que ele continua sendo um grande nome da F1. A McLaren também pode ser uma surpresa, mas no momento a Red Bull parece estar na frente. Max Verstappen é o atual campeão e, sem dúvida, continuará a ser um dos maiores candidatos. Claro, a Ferrari também pode ser uma surpresa, mas o Bortoleto tem um longo caminho pela frente. Quem sabe, com o tempo, ele consiga mostrar seu verdadeiro potencial e surpreender", diz Mendes.A Sauber, que se tornará a equipe de fábrica da Audi em 2026, enxerga na contratação de Bortoleto uma oportunidade de incorporar jovens talentos em sua futura formação de pilotos. A chegada do jovem talento marca o retorno de um piloto brasileiro à Fórmula 1 em tempo integral desde 2017, e promete reacender o entusiasmo dos fãs brasileiros pelo esporte.Além disso, Bortoleto garantiu o título da Fórmula 2 após terminar em segundo lugar na corrida final em Abu Dhabi, acumulando um total de 214,5 pontos na temporada. Ele se junta a nomes como Oscar Piastri, George Russell e Charles Leclerc ao conquistar títulos consecutivos nas categorias de base.MaratonaAs equipes tiveram recentemente um grande desafio pela frente: ajustar seus carros em apenas três dias de testes antes da maratona de 24 corridas ao longo do ano. Embora os layouts dos carros já tenham sido revelados e algumas imagens das novas máquinas em pista tenham circulado, os testes no Bahrein foram essenciais para entender melhor a força de cada equipe em uma temporada que promete ser bastante equilibrada."Acredito que veremos uma continuação do que aconteceu no ano passado, com quatro equipes (McLaren, Ferrari, Red Bull e Mercedes) capazes de vencer corridas e disputar o título. Teremos uma grande batalha pela frente", projetou Frédéric Vasseur, chefe da Ferrari.Com 2025 marcando o último ano antes das grandes mudanças regulatórias de 2026, a tendência é que as diferenças entre as equipes sigam diminuindo. As atualizações feitas são importantes, mas muitas escuderias já começam a desviar atenção para o desenvolvimento dos carros do novo regulamento.Até lá, o foco se concentrou nos três dias de testes em Sakhir, fundamentais para ajustes antes do GP da Austrália, marcado para o dia 16 de março, em Melbourne.A contagem regressiva para a temporada 2025 já começou, resta saber como será o retorno do Brasil de Ayrton Senna às pistas, depois de sete anos de ausência no circuito mundial.

Actualidade - Renascença V+ - Videocast
“Não acredito no cessar-fogo”. Presidente da comissão de Negócios Estrangeiros quer mais armas para Ucrânia continuar a guerra

Actualidade - Renascença V+ - Videocast

Play Episode Listen Later Feb 27, 2025 1:35


“Não acredito no cessar-fogo”. Presidente da comissão de Negócios Estrangeiros quer mais armas para Ucrânia continuar a guerra

Devocionais Pão Diário
Devocional Pão Diário | Será um sinal?

Devocionais Pão Diário

Play Episode Listen Later Feb 26, 2025 2:22


Leitura Bíblica Do Dia: 1 Samuel 24:1-7 Plano De Leitura Anual: Números 15-16; Marcos 6:1-29 Já fez seu devocional hoje? Aproveite e marque um amigo para fazer junto com você! Confira: A oferta parecia boa e era exatamente o que Pedro precisava. Ele era o único responsável pela renda de sua jovem família e, depois de ter sido dispensado, orou desesperado por um emprego. “Com certeza, esta é a resposta de Deus para as suas orações”, sugeriram seus amigos. Mas quando Pedro leu sobre o possível empregador, ele se sentiu desconfortável. A empresa investia em negócios suspeitos e havia sido denunciada por corrupção. Por fim, Pedro rejeitou a oferta com muito pesar e me disse: “Acredito que Deus quer que eu faça a coisa certa. Só preciso crer que Ele proverá”. Pedro lembrou-se do momento em que Davi encontrou Saul numa caverna. Parecia que ele havia recebido a oportunidade perfeita para matar seu perseguidor, mas Davi resistiu. “Que o Senhor me livre de […] atacar aquele que o Senhor ungiu como rei” (1 Samuel 24:6). Davi foi cauteloso e capaz de distinguir que a sua própria interpretação dos fatos era diferente da ordem de Deus para obedecer a Suas instruções e fazer a coisa certa. Em vez de sempre procurarmos por “sinais” em certas situações, busquemos em Deus e em Sua verdade a sabedoria e orientação para discernir o que se apresenta a nós. Ele nos ajudará a fazer o que é certo a Seus olhos. Por: Leslie Koh

onda.podcast
# 69 MARIA CAROLINA CASATI - SENTIR-SE MÃE E SER RECONHECIDA COMO TAL: MODOS DE DAR CONTORNOS À PRÓPRIA MATERNIDADE

onda.podcast

Play Episode Listen Later Feb 25, 2025 42:49


Você, como mãe, já se sentiu incompetente? Já teve o sentimento de fingir que sabia o que estava fazendo? Já se viu ser uma impostora prestes a ser descoberta? Esse sentimento habitou Maria Carolina nos primeiros momentos da maternidade. No começo, era medo. Medo da convivência com alguém que ela não conhecia, medo do filho não gostar dela. Afinal o que deixa uma mulher plenamente capaz de exercer a maternidade? Maria Carolina fala dos cuidados com o seu bebê, da terapia que ajudou a ser mais generosa consigo mesma. Ela conta que ser reconhecida como mãe pelo outro foi essencial na construção da maternidade. Acredito que esse reconhecimento passe pela palavra, mas não só. Para sustentar a relação mãe-bebê precisamos de atos, atos de quem cuida, atos de quem participa dessa vida cotidiana. Atos dão contorno. “Estava sozinha, mas acompanhada”, diz Maria Carolina. É isso, se não existe bebê sem mãe, será que existe mãe sem um entorno que a enxergue como tal?

Convidado
Guiné-Bissau: "CEDEAO está a cumprir a agenda de Umaro Sissoco Embaló"

Convidado

Play Episode Listen Later Feb 25, 2025 8:29


O Chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, anunciou a realização de eleições gerais para o próximo dia 30 de Novembro, enquanto a oposição e a sociedade civil reclamam a marcação dos dois escrutínios em Maio, alegando que o mandato de Umaro Sissoco Embaló termina nesta quinta-feira, 27 de Fevereiro. A decisão do Presidente guineense de marcar as eleições coincidiu com a chegada de uma delegação da Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) a Bissau, para resolver o impasse político que se vive no país. O jurista e ativista Fodé Mané reconhece que a decisão do Presidente não foi inconsciente e acusa a CEDEAO de estar a cumprir a agenda de Umaro Sissoco Embaló. O Chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, anunciou a realização de eleições gerais no próximo dia 30 de Novembro. O senhor considera que esta decisão vai resolver o impasse político que se vive no país?A nossa Constituição prevê que o mandato de um Presidente da República dura cinco anos e a eleição deve ser marcada no último ano do mandato. Então, devia ter sido marcada 90 dias antes do fim do mandato, ou seja, até 27 de Novembro de 2024 (o que não aconteceu). No processo de marcação das eleições é necessário haver concertação entre as várias entidades: partidos políticos, porque são eles a concorrer, o Governo, a entidade que disponibiliza meios e organiza, e a Assembleia Nacional, que aprova toda a resolução do Governo. Não tendo havido essa concertação, comprovamos, mais uma vez, que a única voz, a única lei, é a do chefe de Estado, que determinou o dia 30 sem concertar com ninguém, ultrapassando todos os prazos. Mas não foi inconsciente; fez coincidir o anúncio com a visita da missão da CEDEAO.O anúncio do Presidente coincide com a chegada de uma delegação da CEDEAO ao país para mediar a crise política. O que é que pode fazer agora a CEDEAO?A CEDEAO pode legitimar apenas a decisão de Umaro Sissoco Embaló. É o que está a fazer. A decisão de enviar uma missão de alto nível foi tomada no dia 15 de Dezembro de 2024, mas só chegou ao país no dia 24 de Fevereiro, com uma agenda que foi deliberadamente alterada. Porque, em princípio, devia encontrar-se com todos os atores nacionais como uma forma de buscar uma solução, ou seja, todos os partidos políticos legalmente constituídos, principalmente as duas maiores plataformas: Aliança Patriótica Inclusiva, designada API, e o PAI Terra Ranka, que tem o PAIGC como o principal partido, uma coligação que ganhou as últimas eleições. Apesar de neste momento sabermos que a Assembleia Nacional foi bloqueada, a nossa lei diz que o Presidente do Parlamento [Domingos Simões Pereira] e a Comissão Permanente são os órgãos legitimamente eleitos. Porém, é público que a CEDEAO endereçou uma carta dizendo “uma presidente interina” [Adja Satu Camara], designada por Sissoco, o que é totalmente ilegal. Sabe-se ainda que, em vez de falar com o API, vai falar com o PRS, ala de Félix Nandunga, que integra o atual Governo, e foi Satu Camara que “cozinhou isso tudo”, inclusive na Assembleia. A CEDEAO não tenciona reunir-se com Braima Camará nem com Fernando Dias, porque esses foram descartados por Umaro Sissoco. No que diz respeito às organizações da sociedade civil, está previsto que reúna com a Liga Guineense dos Direitos Humanos. O que me leva a concluir que a CEDEAO está a agir de acordo com a agenda do próprio Umaro Sissoco Embaló.Está a afirmar que o trabalho da CEDEAO não inspira credibilidade?Não! São pessoas que vieram viajar para receberem o seu per diem e legitimar esta situação, tendo em conta o calendário de Umaro Sissoco Embaló. Sabemos que vão sair daqui no dia 28 de Fevereiro, quando o mandato do Presidente termina no dia 27, depois vão levar aquela morosidade para produzir um relatório. Tudo isto vai coincidir com Junho, data da próxima reunião dos chefes de Estado da CEDEAO, e nessa reunião vai-se tomar uma deliberação que vai ao encontro do que foi anunciado antecipadamente por Sissoco Embaló. Ele quer fazer a eleição, auto-legitimar-se a 30 de Novembro e, inclusive, já anunciou a tomada de posse para Fevereiro de 2026. Isso tudo com uma ilegalidade tremenda, grosseira violação da lei e com todo o beneplácito da CEDEAO e não só, uma vez que até a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) pode cair nisto.A oposição quer realizar eleições dentro de 90 dias. Que respostas poderá dar a CEDEAO às exigências da oposição?Estas exigências não são apenas da oposição; a sociedade civil também já entendeu que estamos numa situação de impasse e não há forma de desatar isso. Deve haver uma solução política que deve ser encontrada o mais rapidamente possível com a legitimação das instituições. Isso começa com a realização das eleições, mas também com a possibilidade de desbloqueio das instituições. Concretamente, a Assembleia Nacional Popular, a sua Comissão Permanente e a sua Mesa, para poderem legitimar a situação que se vive no Supremo Tribunal. A Comissão Nacional de Eleições, que caducou em 2022.De acordo com a Constituição guineense, no dia 27 de Fevereiro termina o mandato de Umaro Sissoco Embaló. De acordo com a lei, deverá ser o presidente da Assembleia Nacional, Domingos Simões Pereira, a assumir a liderança do país até que sejam marcadas eleições?Legalmente, é ele [Domingos Simões Pereira]. Assim, vamos ter todos os atos praticados por Sissoco, porque ele tem força, tem militares, tem a Guarda Nacional para aplicar, mas juridicamente são atos inválidos. Significa que, no dia em que não estiver em condições, será responsabilizado ou responsabilizadas todas as pessoas que praticarem algumas ações com base em atos jurídicos inválidos.O antigo secretário de Estado dos Transportes e Comunicações, num dos governos do PAIGC, João Bernardo Vieira, defendeu que o mandato do atual presidente da Guiné-Bissau termina, de facto, no próximo dia 27, conforme a Constituição, mas que este só deverá desocupar o Palácio com a posse do novo presidente eleito. O senhor concorda com este argumento?No início do seu argumento é claro, baseou-se na lei. Agora, o que não ficou claro é quando é que haverá a tomada de posse? Os atos praticados são válidos ou não? Qual é a responsabilidade de alguém que praticou um ato sem ter mandato para isso?João Bernardo Vieira diz ainda que é preciso não confundir o término do mandato com vacatura…Isso já é a sua opinião, o seu entendimento. A lei diz que, se houver vacatura, é o presidente da Assembleia [que assume o poder]. Se ele não quer reconhecer o presidente da Assembleia, o problema é dele.O advogado guineense Luís Petit entende que a solução deverá ser um consenso político com a ajuda da comunidade internacional. Na sua opinião, é possível realizar eleições em 90 dias?Se houvesse coerência por parte das instituições e dos países que se dizem democráticos, sim! Já havia disponibilidade de oferecer urnas e, quanto à campanha, não é o Estado que financia cada candidato. São os partidos que arranjam os meios. Acredito que os países democráticos, como a França, a União Europeia, os Estados Unidos ou a CPLP, têm moral para poder impor uma solução democrática.O chefe de Estado Umaro Sissoco Embaló poderá aceitar a realização de eleições em 90 dias?Nunca vai aceitar, nem mesmo na data que avançou, 30 de Novembro. Não vai aceitar porque ele quer governar pela via da força. Só se houver alguma pressão, principalmente dos seus parceiros.

Reportagem
Séries brasileiras conquistam Berlinale com linguagens inovadoras e temas urgentes

Reportagem

Play Episode Listen Later Feb 22, 2025 6:28


Não foram apenas os curtas e longa-metragens brasileiros que brilharam nesta 75ª edição da Berlinale, na capital alemã, em 2025. Um outro mercado promissor, o das séries brasileiras, ganhou espaço e conquistou holofotes no Festival Internacional de Cinema de Berlim. Márcia Bechara, enviada especial da RFI a BerlimExemplo disso é a série De Menor, assinada pela diretora Caru Alves de Souza, veterana do festival berlinense que conquistou o prêmio do Júri Internacional com o longa Meu Nome é Bagdá, em 2020. De Menor, a série, convidada especial da seção Generation este ano, é uma espécie de spin off do primeiro filme homônimo da cineasta paulistana, que ganhou as telas brasileiras em 2013, e usa de uma linguagem não naturalista para criar um "olhar crítico" sobre a situação de adolescentes desassistidos e marginalizados no Brasil.  "A proposta da série não busca oferecer respostas definitivas para essa situação, pois, como cineastas, não temos todas as ferramentas necessárias para isso. Nosso objetivo é, na verdade, fazer um chamado ao espectador, incentivando-o a refletir sobre esse contexto", diz a diretora."Os episódios exibidos aqui na Berlinale incluem o primeiro, que aborda a história de um adolescente negro pego usando drogas e julgado como traficante, uma situação bastante comum no país. Já o terceiro episódio se passa inteiramente dentro de um programa de TV, quase como uma transposição da audiência para o formato sensacionalista, típico desses programas que já emitem um julgamento imediato", antecipa.Terror brasileiroJá a série de terror Reencarne, de Bruno Safadi, que fez sua estreia mundial no Festival Internacional de Cinema de Berlim, acompanha um ex-policial que é abordado por uma mulher que diz ser a reencarnação de seu falecido parceiro de trabalho, com um elenco que conta com o ator guineense Welket Bungué, além de Julia Dalavia, Taís Araujo, Enrique Diaz e a portuguesa Isabél Zuaa."Minha expectativa é apresentar uma série de terror que, embora tradicionalmente associada a narrativas norte-americanas, é uma produção brasileira. A trama se passa no interior de Goiás, uma região do Brasil que raramente é retratada nesse tipo de gênero. Trata-se de uma história que também foge dos clichês do imaginário das narrativas brasileiras. Com um elenco majoritariamente negro, acredito que Reencarne traz novas imagens do Brasil para o mundo", diz o diretor Bruno Safadi. Juan Jullian, um dos criadores de Reencarne, explica um pouco sobre o processo de criação da série. "Essa série foi aprovada em 2021, durante um pitch realizado pela TV Globo, que buscava histórias com protagonismo negro. Passamos um ano no processo de desenvolvimento e escrita, seguido de meses de filmagem, o que tornou essa jornada longa até chegarmos à Berlinale. Acredito que a série representa uma iniciativa legítima, sendo criada e escrita por autores negros e LGBTQIA+. É mais uma série de terror com protagonismo negro, o que é uma contribuição importante para o gênero", contextualizou.O diretor Bruno Safadi ressalta a importância da Berlinale como vitrine para as séries brasileiras. "A Berlinale é um dos três maiores festivais de cinema do mundo, com 75 anos de história. A trajetória do cinema passa por aqui, e as séries têm ganhado cada vez mais destaque, não só no cenário global, mas também nos festivais de cinema. Participar com uma série brasileira em um evento tão importante e tradicional como o Festival de Berlim é, sem dúvida, uma honra", afirmou em entrevista à RFI em Berlim, na sede do Berlinale Series Market.Veterano da Berlinale, onde já concorreu ao Urso de Ouro com o longa Joaquim, em 2017, e cujo filme O Homem das Multidões foi exibido na mostra Panorama, em 2013, o diretor pernambucano Marcelo Gomes assina agora sua primeira série, Máscaras de Oxigênio (não) Cairão Imediatamente, inspirado da história real de comissários de bordo que traziam remessas clandestinas do medicamento AZT para doentes de HIV na época em que a epidemia de Aids tomou conta do Brasil. "Quando a Morena Filmes me apresentou o projeto, fiquei muito emocionado, por diversas razões. Primeiramente, porque vivi os anos 1980 e 1990, ainda que fosse muito criança na época, e aqueles anos foram marcados por uma realidade terrível. O preconceito e a intolerância em relação às pessoas HIV positivas eram imensos. A série se constrói a partir dessa trama de intolerância brutal. Em um dos episódios, um dos personagens diz que a AIDS caiu como um "tailleur" na caretice, uma referência à forma como a sociedade lidava com a questão e também o descaso das autoridades públicas na época", lembra o diretor Marcelo Gomes."Essa história precisa ser contada aos jovens que não sabem nada sobre aquele momento da história. Precisamos aprender com os erros do passado. Mas também é importante que ela seja relembrada pelas pessoas que viveram aquela época, para que nunca se esqueçam do que aconteceu, especialmente em um momento como o que o mundo atravessa hoje, com novas ondas de intolerância", sublinha."Há três anos, o Brasil teve um governo que foi extremamente intolerante com a comunidade LGBTQIA+, o que torna essa narrativa ainda mais relevante. Fiquei muito emocionado ao recordar tantas pessoas que conheci e que, infelizmente, morreram devido ao preconceito", destaca."Era um momento extremamente difícil, pois não existia nenhum medicamento eficaz, com exceção do AZT, que só foi liberado nos Estados Unidos. As autoridades brasileiras demoraram cinco anos para aprovar o AZT. Durante esse período, o que aconteceu foi uma rede de solidariedade: comissários de bordo, que viajavam para os Estados Unidos toda semana, começaram a trazer o medicamento em quantidades cada vez maiores para ajudar as pessoas. Assim, formou-se uma verdadeira rede de apoio, um 'contrabando do bem', como costumamos dizer, para salvar vidas", detalha Marcelo Gomes sobre o enredo da série.A Berlinale fica em cartaz na capital alemã até o dia 23 de fevereiro. 

Convidado
Reparações devem ser "processo de reconciliação" entre paízes colonizados e colonizadores

Convidado

Play Episode Listen Later Feb 15, 2025 19:49


A secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Cabo Verde, Miryan Vieira, representa o país na Cimeira da União Africana, na Etiópia, considera que tem de se encontrar um quadro conciliador para as reparações devidas aos países colonizados, o tema fulcral desta Cimeira da União Africana, e que o continente tem pela frente tempos "desafiadores".  A cimeira de chefes de Estado e Governo da União Africana começa hoje em Addis Abeba, na Etiópia. Os líderes africanos vão hoje votar para um novo presidente comissão, uma eleição tensa sobretudo entre o queniano Raila Odinga e o djibutiano Mahamoud Ali Youssouf que pode dividir o continente. Também hoje de manhã, o Presidente angolano toma posse da presidência rotativa da União Africana.Para Cabo Verde, Angola terá um mandato desafiador. Nesta Cimeira, o arquipélago está representado pela secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Miryan Vieira, que disse em entrevista à RFI que Cabo Verde vai cooperar de perto com Angola."Vai ser um momento histórico para a lusofonia, mas sobretudo a nível dos PALOPs. Angola tem sido um país bastante comprometido com a agenda da União Africana. Tem tido um papel activo em várias questões da União, sobretudo a questão da paz e segurança, que não deixa de ser também um pilar fundamental da União. Está a altura de ter um papel bastante preponderante e trazer também ideias novas à própria União. O Presidente João Lourenço também é um presidente bastante respeitado aqui na União Africana. Acredito que nós estaremos a cooperar da melhor forma e, portanto, colaborar com a parte angolana e também com os países lusófonos, para sobretudo, facilitar o papel de Angola, que é um pouco desafiador, tendo em conta os desafios que o continente atravessa, mas também tendo em conta a própria conjuntura internacional", disse a governante.Já sobre o tema central desta Cimeira, as reparações devidas aos países colonizados, a secretária de Estado cabo-verdiana indicou que essas reparações devem existir e servir como um agente conciliador entre países colonizados e os seus colonizadores."Esta é uma temática que deve ser vista com alguma justeza e com alguma justiça. De facto, as reparações têm sido uma temática que os países da União Africana têm debatido. Essa justiça deve ser feita de forma a que venha de facto contribuir para o desenvolvimento do capital humano em África. Penso que há sectores que ainda precisam de um maior investimento em termos de educação e educação de qualidade. Penso também que há que promover cada vez mais parcerias entre África e os países europeus que levaram a cabo processos de colonização não somente em África, mas também nas Américas. Deve-se sim debater essa questão, mas de uma forma bastante franca e que haja sempre um processo de reconciliação entre os países que foram colonizados e os países que também empreenderam o colonialismo", indicou.Na Cimeira da União Africana, o Sahel é um das fontes de preocupação, sobretudo numa altura em que Mali, Burkina Faso e Níger abandonarama a CEDEAO. Para Miryan Vieira a CEDEAO precisa de um mecanismo de saída de Estados mais eficaz."A saída efectivou-se, embora Cabo Verde, desde o início, com o anúncio da retirada, tenha feito um apelo para que o diálogo prevalecesse e que a negociação continuasse no sentido de os países também se manterem na organização. Obviamente que a decisão da retirada é uma decisão soberana. Nós estamos cientes dos impactos que poderá trazer à própria comunidade. Não é a primeira vez que nós estamos a ser confrontados com retiradas, embora agora o número de países que sai seja maior. Nós já tivemos a saída da Mauritânia, agora são três países que estão a sair, mas nós deveremos ter um mecanismo que permita uma melhor negociação dos termos para a retirada dos Estados-Membros, sem que isso afecte sobretudo o funcionamento das instâncias da comunidade", concluiu.

Coisas Da Vida, Porque na vida coisas acontecem. Rodrigo Ferreira
SE6 Ep6 - O silêncio que não acredito mais como um silêncio

Coisas Da Vida, Porque na vida coisas acontecem. Rodrigo Ferreira

Play Episode Listen Later Feb 7, 2025 10:47


Como interpretar o silêncio de Deus?

Vida em França
França: Desemprego regista maior aumento dos últimos 10 anos

Vida em França

Play Episode Listen Later Feb 5, 2025 7:05


A taxa de desemprego em França registou, no quarto trimestre de 2024, o maior aumento em dez anos, excluindo o período da pandemia de 2019. Os números publicados pelo Ministério Francês do Trabalho revelam que o desemprego subiu 4% e os jovens são a categoria mais afectada. O economista Pascal de Lima afirma que estes dados se devem às medidas de austeridade do executivo francês, sublinhando que a solução passa pelos incentivos à inovação e ao empreendedorismo. Como se explica este aumento da taxa de desemprego em França?Explica-se por vários factores. O Governo implementou medidas de austeridade para reduzir o défice público, o que resultou numa redução das despesas públicas e no aumento da carga fiscal. Assim, essa política desacelerou o crescimento económico e levou a despedimentos em vários sectores. Também temos a incerteza económica global e as tensões geopolíticas, que afectaram o investimento das empresas. Penso que a diminuição dos investimentos das empresas agravou ainda mais a situação do mercado de trabalho.Quais são os sectores mais afetcados?Em primeiro lugar surge o sector da construção, seguido pelo comércio e a indústria automóvel. Vimos muitas empresas de "renome" anunciarem planos de despedimentos em massa, devido à redução da procura e ao aumento dos custos de produção. Há uma retracção no sector da construção, por exemplo, devido à subida das taxas de juro. No comércio, o consumo interno tem sofrido um abrandamento importante, levando à perda do poder de compra das famílias.Qual é o segmento da população mais exposto a este aumento do desemprego?Os jovens são a categoria mais afectada pelo aumento do desemprego. Há um dado, no terceiro trimestre de 2024, que revela que a taxa de desemprego entre os jovens de 15 a 24 anos subiu 1,8%, atingindo os 7%. Este grupo enfrenta claramente dificuldades acrescidas no acesso ao mercado de trabalho, asociadas à falta de experiência e à redução das oportunidades de aprendizagem.A decisão do Governo de reduzir os incentivos às empresas que contratam jovens aprendizes pode contribuir para o aumento do desemprego?Sim, claro. A redução dos incentivos pode agravar o desemprego dos jovens. Muitas empresas recorrem a aprendizes devido às vantagens fiscais e ao apoio do Estado. Com a retirada parcial deste benefício, as empresas podem deixar de contratar jovens em formação, dificultando ainda mais a entrada destes no mercado de trabalho e prolongando também o período de precariedade e inactividade.O patronato francês, vários empresários alertaram para o impacto que o aumento da carga fiscal pode ter nas novas contratações. Quais serão os verdadeiros impactos?Claramente, o aumento da carga fiscal pode desencorajar a criação de novos empregos. As empresas com maiores encargos fiscais veem a sua margem de lucro reduzida, o que as leva a cortar custos, nomeadamente na contratação de novos trabalhadores. É uma lógica económica simples, mas real. Além disso, a pressão fiscal pode também levar algumas empresas a transferir parte das suas operações para países com uma tributação mais favorável.A França é o quinto país mais apelativo no que se refere ao investimento. O aumento da carga fiscal pode levar os empresários a não investirem no país? Á deslocalização de empresas?Sim, pode. A França pode perder atractividade para os investidores, devido ao aumento da carga fiscal. As empresas multinacionais também procuram países onde os custos operacionais e a carga tributária sejam mais baixos. Portanto, se os impostos das empresas aumentam, a França pode perder investimento estrangeiro e assistir à deslocalização das empresas para outro país da União Europeia ou até para outros países da Ásia, por exemplo. Até mesmo para os Estados Unidos.Ao nível da União Europeia, não acha que a regulação deveria ser mais apertada? Porque, de certa forma, parece que os Estados estão sempre reféns das empresas...Claro. No entanto, existem pressões em relação às contas públicas e também precisamos ter as empresas no país para garantir um maior nível de receita fiscal. Portanto, deve haver regulação, sim, mas também um certo proteccionismo para guardar as riquezas e controlar o défice público.Até porque os Estados Unidos já disseram que estão receptivos a receber todas as empresas que queiram investir no país.Exactamente. Os Estados Unidos têm uma política muito eficaz, como por exemplo o Reduction Act, um programa para atrair investimento estrangeiro e desenvolver a economia. Acredito que essa política vai continuar nos Estados Unidos, podendo vir a ser uma referência para a União Europeia em termos de regulação.A França atravessa um período financeiro complicado, onde o equilíbrio das contas públicas é urgente. O reforço da carga fiscal é uma das soluções?O aumento da carga fiscal pode ser uma solução, mas de curto prazo, para equilibrar as contas públicas. No entanto, já percebemos bem as consequências negativas para a economia. As receitas fiscais podem aumentar a longo prazo com uma diminuição dos custos, que é totalmente o oposto. Se os impostos forem excessivos, isso pode desencorajar o investimento, reduzir o consumo das famílias, porque o investimento envolve empresas, salários e o poder de compra. Isso pode levar a uma desaceleração da economia. Portanto, a solução ideal seria um equilíbrio entre medidas de consolidação fiscal e políticas de estímulo ao crescimento. Mas esse equilíbrio, acho eu, é muito teórico.Mas como se consegue esse equilíbrio?Através dos incentivos à inovação e ao desenvolvimento do empreendedorismo. Aposta na criação de empresas, na educação, na formação para tentar acompanhar a transição económica e digital, face à concorrência internacional da China e dos Estados Unidos, líderes noas vários sectores tecnológicos. Portanto, é preciso libertar completamente as empresas para tentar criar riquezas e desenvolver o mercado de trabalho e as profissões do futuro.Refere-se à inteligência artificial?Sim, a inteligência artificial pode enriquecer os empregos da população e o sistema social, particularmente das classes médias, sem substituir o homem. A tecnologia deve substituir as funções intermediárias nas grandes empresas, o que cria desemprego tecnológico, e isso parece ser um ponto essencial.

Ponte Aérea - André Boaventura e Camilo Pinheiro Machado
Ponte Aérea #432 - Luka Doncic trocado! O mundo da NBA ainda está em choque

Ponte Aérea - André Boaventura e Camilo Pinheiro Machado

Play Episode Listen Later Feb 4, 2025 79:08


No episódio desta semana, Camilo Pinheiro Machado, Pedro Maia, Raphael Roque e Renato Ambrosio analisam a troca de impacto sem precedentes nas redes sociais. O Dallas Mavericks mandou Luka Doncic, Maxi Kleber e Markieff Morris para o Los Angeles Lakers em troca de Anthony Davis, Max Christie e uma escolha de 1ª rodada do Draft de 2029. Poucas horas após a celeuma gerada em torno da negociação, surgiram os primeiros porquês sobre o movimento, que para muitos é inexplicável. Nico Harrison, gerente geral dos Mavericks, disse à ESPN americana: "Acredito que defesas ganham jogos. Adquirir um pivô (Anthony Davis) que frequenta seleções de defesa da liga, que também tem seleções para time ideal e possui mentalidade defensiva nos dá uma chance melhor (de título). Nossa composição é para vencermos agora e no futuro". Dá o play!

Emissão Especial
"França? Acredito que Portugal pode fazer uma gracinha"

Emissão Especial

Play Episode Listen Later Jan 31, 2025 0:57


Para o treinador Frederico Santos, os "Heróis do Mar" devem descansar a cabeça e o corpo depois da derrota com a Dinamarca. Só assim, com otimismo, Portugal pode conseguir o bronze.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Convidado
Saída de Mali, Níger e Burkina Faso da CEDEAO, "organização deve evitar que se repita"

Convidado

Play Episode Listen Later Jan 29, 2025 7:04


O Mali, Níger e Burkina Faso, liderados por regimes militares no poder após golpes de Estado, saíram esta quarta-feira, 29 de Janeiro, oficialmente da CEDEAO. Os três países, unidos na Aliança dos Estados do Sahel, desde Julho de 2023, acusam a CEDEAO de impor sanções injustas e de não oferecer apoio eficaz na luta contra o jihadismo. O investigador e antigo comissário da CEDEAO, Mamadú Jao, afirma que a decisão reflecte "o apoio popular, mas alerta que só o tempo dirá se foi a melhor escolha". RFI: A insatisfação popular com a CEDEAO ficou evidente nas manifestações que celebraram a saída dos três países da organização, reforçando a ideia de que não se trata apenas de uma decisão política, mas também amplamente apoiada pela população?Mamadú Jao: Termina hoje o período de reflexão de seis meses concedido a estes três países, e certamente, a partir de hoje, já estarão formalmente fora da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental. Podemos entender isso como uma decisão amplamente apoiada pelas populações, conforme demonstrado nas manifestações. O problema é que, na minha opinião, o tempo é o melhor juiz. Vamos ver se a decisão realmente reflecte a soberania desses Estados. Não é a primeira vez que isso acontece; a Mauritânia fez parte da CEDEAO, mas decidiu sair em 2000 para se aproximar dos países do Magrebe, mantendo, no entanto, relações cordiais com a comunidade. Em 2017, assinaram formalmente um acordo de aproximação, o que serve também como uma lição para a CEDEAO.A CEDEAO e a Aliança dos Estados do Sahel mantêm a livre circulação de bens e pessoas. Que impacto tem a saída destes três países da CEDEAO?De momento, ao passar de 15 para 12 países, já é um sinal negativo. A circulação de pessoas e bens é uma das cláusulas fundamentais da criação da CEDEAO. Se isso continuar, as relações certamente irão persistir de alguma forma. No entanto, o impacto já é sentido, pois são países populosos e podem afectar a economia regional. Ainda não sabemos o efeito exacto, mas essas relações continuarão, provavelmente. A preocupação é com os três países, pois são nações sem acesso directo ao mar. Acredito que eles terão a necessidade vital de manter essas relações para suavizar as suas trocas comerciais com o exterior.Afirmou que "esta é uma lição para a CEDEAO". De que forma a comunidade pode recuperar sua influência? Ou será que esta crise representa um declínio irreversível?Depende de como a situação for gerida. Penso que a CEDEAO tentou dialogar, mas talvez não tenha havido um diálogo suficientemente profundo para analisar a situação e encontrar soluções. A CEDEAO, para continuar a ser uma organização sub-regional relevante, deverá reflectir profundamente e traçar estratégias para que situações semelhantes não se repitam. Caso contrário, haverá desmoronação. Espero que a organização possa sentar-se e reflectir sobre a situação, encontrando formas de trabalhar com os países membros para que as questões que afectam individualmente cada país possam ser discutidas de maneira colectiva. A CEDEAO deve concentrar-se em como contribuir para a solução dos problemas.Outra questão que a CEDEAO precisa resolver é a autonomia, especialmente a autonomia financeira. Uma organização que depende de 60% a 70% de financiamento externo enfrenta dificuldades para intervir de maneira efectiva e encontrar soluções. Essas limitações financeiras representam um bloqueio, e organizações continentais como a CEDEAO e a União Africana devem reflectir sobre isso. Só assim podem vir a ter uma intervenção mais robusta em termos de soberania e autonomia. Caso contrário, estarão sempre dependentes de apoios externos, o que enfraquece as suas acções.Refere-se a essa dependência de financiamento externo. De que forma a aproximação do Mali, Burkina Faso e Níger a países como a Rússia, Turquia e Irão pode influenciar o equilíbrio geopolítico da região?Inicialmente, não vejo como solução abandonar um parceiro e simplesmente se voltar para outro, sem saber quais são as bases dessa nova aliança. Contudo, tanto os países da CEDEAO quanto esses novos parceiros, como a Rússia e a Turquia, continuam a colaborar entre si. A questão é: se a CEDEAO, com o apoio dessas potências, não conseguiu resolver os problemas até agora, a fragmentação pode apenas agravar a situação. Tenho receio de que os problemas persistam, especialmente no que diz respeito à luta contra o terrorismo. Não estou muito optimista.Há riscos, a seu ver, de que outros países sigam o mesmo caminho e também saiam da CEDEAO?Depende de como a situação for gerida. Por isso, a CEDEAO deve reflectir profundamente e encontrar maneiras de evitar que situações como essa se repitam. Já temos o exemplo da Mauritânia, e isso não é um bom sinal para a CEDEAO. O importante agora é que a organização trabalhe para evitar que outros países sigam o mesmo caminho, por meio de um diálogo interno sério. Assim, a CEDEAO poderá continuar a existir, atendendo às questões globais da subregião, mas também aos problemas específicos de cada país, para que todos encontrem soluções colectivas.

XORUME
21 - EPISÓDIO 21 - NÃO ACREDITO QUE ISSO ACONTECEU COMIGO!

XORUME

Play Episode Listen Later Jan 14, 2025 75:20


Bom dia, boa tarde e/ou boa noite! Desculpe pela bagunça, mas é de maneira incrédula que trazemos para vocês mais um episódio do pior podcast de todos os tempos. Dessa vez contamos aquelas nossas histórias que estariam prontas para entrar nos livros de “parlendas suburbanas”, porém não temos medo de dizer: “É inacreditável, mas aconteceu comigo!”. DOAÇÕES: pix@xorume.com.br Ouça essa delícia de podcast e se emocione uma noite na casa do Tora; velhos ladrões de namoradas; e carros nada velozes, mas mesmo assim furiosos… Convidado de hoje: LAFON (Especialista em esquiva em cima de árvores).

Inteligência para a sua vida
#1271: SÓ ACREDITO VENDO! (EU VENDO:) NÃO ACREDITO!

Inteligência para a sua vida

Play Episode Listen Later Dec 27, 2024 11:14


O ser humano costuma dizer: 'Eu só acredito vendo!' Mas, curiosamente, quando finalmente vê, reage com: 'Não acredito!' Já parou para pensar nisso? Assim também é intrigante como muitos exigem sinais e provas para acreditar em Deus, mas aceitam sem questionar tantas coisas no dia a dia, mesmo sem jamais terem visto ou provado. A fé é crer sem ver e isso é uma questão de escolha e inteligência.

Brasil-Mundo
Professora brasileira leva a Portugal projeto inovador de canto coral

Brasil-Mundo

Play Episode Listen Later Dec 7, 2024 4:59


Com 46 anos dedicados ao canto coral, a carioca Patrícia Costa criou dois coros na cidade portuguesa de Aveiro: o Relâmpago e o Corisco d'Aveiro. Para o projeto, ela tem atraído portugueses, brasileiros e pessoas de diferentes partes do mundo, com ou sem nenhuma experiência em canto coletivo. De Portugal, Fábia BelémDoutora em Performance Musical pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), a carioca Patrícia Costa construiu, no Brasil, uma carreira sólida e bem-sucedida como professora de música, diretora de coral, arranjadora vocal e diretora de cena para música cênica. Quatro anos atrás, em plena pandemia de Covid-19, ela e o marido trocaram o Rio de Janeiro pela cidade de Aveiro, localizada na região central de Portugal. No final de 2022, ela criou um projeto inovador de canto coletivo, com o apoio do diretor da Oficina de Música de Aveiro (OMA), Zetó Rodrigues.Patrícia lembra exatamente o que sugeriu a Rodrigues dois atrás: “Um coro de prazo curto a que eu vou chamar de ‘Coro Relâmpago'”. O projeto propõe um mês e meio de ensaios semanais, cada ensaio com uma média de duas horas de duração e uma apresentação ao final do projeto.Para a alegria da regente brasileira e da OMA, o Coro Relâmpago deu tão certo que já está na nona edição. Cada vez que as inscrições são abertas, ela consegue juntar de 35 a 40 interessados de diferentes idades e nacionalidades.“Eu tenho cantores portugueses, brasileiros, africanos. Agora, estamos com uma grega, com um venezuelano”, diz. “A ideia é justamente essa mistura. No momento em que o mundo me parece tão tomado por um discurso separatista, eu quero a união, que as pessoas queiram se unir através da música”, explica a regente brasileira.“Acredito que todo mundo pode vir a cantar”Entram no Relâmpago quem já participou de suas edições passadas e quer se manter no coro, e também gente nova – o projeto é aberto a qualquer pessoa que queira experimentar o canto coletivo. “Claro que há umas pessoas que têm mais dificuldades do que outras. Mas eu, de fato, acredito que todo mundo pode vir a cantar”, garante.Ser capaz de cantar foi uma feliz descoberta para o português António Correia, que faz parte do Relâmpago desde a sua quarta edição. Ele conta que sempre gostou muito de música, mas não imaginava que pudesse fazer parte de um projeto musical.“Esta experiência tem mostrado que posso fazer parte disto e que me sinto extremamente feliz. Um ano e meio atrás, se me dissessem que isto iria acontecer, eu diria que não, que era impossível”, ressalta.Já a brasileira Victoria Garbayo dedica-se ao canto coral desde os 9 anos de idade. Ela era aluna da Patrícia Costa no Rio de Janeiro, e juntou-se ao projeto da ex-professora em Portugal, onde mora há sete anos.“Muito bom poder fazer parte desse grupo que está crescendo, se desenvolvendo musicalmente, um grupo unido com pelo menos uma coisa em comum, que é a música”, sublinha.Os ensaios do Coro Relâmpago acontecem na Oficina de Música de Aveiro, que se transformou numa grande parceira da regente brasileira e numa espécie de casa dos coralistas. O repertório reúne músicas de diferentes partes do mundo.Patrícia recorda que, nas comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos, em abril deste ano, ela decidiu “pegar algumas músicas portuguesas, africanas e brasileiras, e fazer misturas”. Ela misturou música do português Antônio Variações com canção do brasileiro Cazuza. Fez o mesmo com o cantor português Vitorino e a dupla brasileira formada pelos irmãos Kleiton & Kledir.“Eu faço essa mistura como uma forma de dizer: 'gente, que lindo que é a gente poder misturar as culturas, trazer à tona coisas que tão no sangue'”, explica Patrícia.O projeto tem feito tanto sucesso que no final de agosto deu o primeiro fruto – o coro “Corisco d'Aveiro”, formado por quem já integrou ou ainda faz parte do Relâmpago e quer se dedicar à música vocal brasileira.Assim como o Relâmpago, o Corisco trabalha em curtas temporadas, embora exija mais tempo de quem participa – de dois a três meses”. O novo coral “tem um voo um pouco mais ambicioso, de pegar um repertório, às vezes, um pouco mais puxado em termos musicais”, esclarece Patrícia Costa.Medalha de ouroNo 5º Festival e Concurso Internacional de Coros da Beira Interior, que aconteceu há dois meses, em Portugal, o Corisco d'Aveiro ganhou a medalha de ouro na categoria folclore. “Folclore brasileiro”, salienta.“E voltamos instigadíssimos para fazermos mais”, avisa a regente. Se depender dela, Victoria Garbayo, António Correia e todos os outros coralistas do projeto vão ter muito o que cantar e viver em grupo.“Eu digo que o coral é uma sociedade sã, onde impera a generosidade, o apoio, a acolhida, onde todos se dão as mãos e vão juntos. E é por aí que tem de ser.”Os coros Relâmpago e Corisco d'Aveiro apresentam concertos de Natal neste sábado (07), no Instituto Pernambuco Porto, na cidade do Porto, domingo (08), no Centro Cultural da vila portuguesa de Góis, e segunda (09), na Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Aveiro.

Quem Ama Não Esquece
NÃO ACREDITO QUE MEU PAI PODE FAZER ISSO - QUEM AMA NÃO ESQUECE 19/11/2024

Quem Ama Não Esquece

Play Episode Listen Later Nov 19, 2024 16:34


O Maycon teve uma infância difícil, marcada pela perda da sua mãe e pela irresponsabilidade do seu pai. Aos 20 anos, ele começou um relacionamento com a Patricia, mas devido ao seu foco no trabalho e nos estudos, ele passou a estar menos presente. Um dia, ele chegou em casa e viu o seu Pai beijando a Patricia na cozinha! Apesar da dor e da supresa, ele resolveu perdoar, mas a situação piorou quando ela ficou grávida, então esse filho era na verdade seu irmão. Novamente o Maycon resolve perdoar e em vez de ver a criança como um símbolo de dor, ele assumiu o papel de pai, algo que ele mesmo nunca teve.

Gabinete de Guerra
“Não acredito que Trump ajude outros países"

Gabinete de Guerra

Play Episode Listen Later Nov 12, 2024 12:54


O historiador Bruno Cardoso Reis diz que Trump promete ajudar com armamento mas acredita que não passam de falsas promessas do presidente. Conversas privadas entre Trump e Putin que enfraquecem.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Brasil-Mundo
Luana Piovani celebra 35 anos de carreira com espetáculo inédito em Lisboa

Brasil-Mundo

Play Episode Listen Later Nov 3, 2024 9:16


A atriz brasileira Luana Piovani recebeu a RFI para falar do seu mais novo espetáculo "Cantos da Lua", que está em cartaz no Auditório dos Oceanos, em Lisboa, capital de Portugal. Por Luciana Quaresma, correspondente da RFI em Portugal“Desde que vim para Portugal quase seis anos atrás, comecei a ter vontade de voltar ao teatro. Eu acredito em formação de plateia e, depois de observar o mercado, achei que não seria prudente tentar entrar em algum grupo ou fazer um texto clássico. A melhor porta de entrada seria usufruir da curiosidade das pessoas e criar algo diferente do que existe no mercado e sempre levando em consideração que estou fazendo 35 anos de carreira. Foi então que veio esta ideia, no fundo um compilado de desejos”, explica a atriz.Esta apresentação marca a celebração dos 35 anos da carreira artística da atriz brasileira e traz um formato intimista e inédito, onde Luana compartilha momentos da sua vida e trajetória. No espetáculo, Luana canta músicas ligadas às histórias que conta, criando uma atmosfera que mescla teatro, musical e stand up. O público divide o palco com a atriz em um formato cabaré o que intensifica a sensação de proximidade e interação.Em “Cantos da Lua”, Luana está “despida”. “O espetáculo é muito dúbio porque entro com uma postura de diva, naquela entrada silenciosa, triunfal e impactante e, ao mesmo tempo, eu estou pelada, estou humana. Eu rio de mim mesma. Enquanto o mundo se aplaude, se põe em um pedestal, se coloca perfeito, eu estou fazendo exatamente o oposto, o caminho inverso, eu vou para a humanização”, revela.Conexão com o públicoDiferente do que fez até agora, "Cantos da Lua" é uma forma da atriz se conectar com o público de maneira mais pessoal. “Essas minhas histórias que conto já são clássicas, pois tenho 35 anos de carreira, mas pelo menos 40 de vida bem vivida. Algumas meus amigos próximos já conhecem, pois são muito antigas e clássicas e outras fui desenterrando”.O espetáculo combina canções e relatos da vida da atriz, proporcionando uma experiência envolvente e reflexiva para os espectadores que ainda podem participar na escolha das músicas antes do espetáculo começar via QR code. Segundo a artista, cantar no palco tem sido o maior desafio.“Eu tenho que ter muita disciplina. Fico muito orgulhosa de mim quando não erro nada e sei que aprendo quando erro alguma coisa”, confessa a artista, que estreou na televisão em 1993.Revelando sua nova faceta: Luana canta no palcoDurante a apresentação, Luana canta músicas em português e inglês e conversa com a plateia, relembrando momentos marcantes de sua carreira e vida pessoal. As histórias abordadas incluem episódios engraçados e emocionantes, revelando um lado mais íntimo da atriz que o público normalmente não vê.“Eu não conto as minhas vitórias, eu estou no palco dividindo as minhas derrotas. As histórias que eu conto são engraçadas hoje, mas só eu sei o que senti quando abri o olho e acordei ao lado de uma pessoa que nunca vi na vida, num quarto de hotel”, revela.O espetáculo conta com a direção de Ando Camargo, que chegou a Lisboa dois meses antes da estreia para os ensaios, contribuindo com sua experiência para a criação de um ambiente autêntico na apresentação.“É um trabalho de amor, de amizade, mais do que um trabalho profissional. Fiquei muito feliz em fazer parte de todo este processo e de saber que as pessoas conseguiram ver meu trabalho em todas as sutilezas do espetáculo”, comenta Camargo.Luana e Ando começaram a trabalhar na peça em abril deste ano, quando a atriz esteve no Brasil. “Esse espetáculo passou por um processo enorme de transformação desde quando eu tive a ideia de fazê-lo. Acredito que tudo o que vai saindo é para a melhor. As coisas que aconteceram ao longo do tempo foi para deixar no formato perfeito. É impressionante como o universo conspira a favor quando se esta fazendo corretamente, é a lei da física”, diz Luana.A artista se conecta de maneira sincera e autêntica com o público. “Eu não quero mostrar o lado da Luana atriz e sim de uma pessoa que é idealizada dentro de um conceito que o mundo criou. Meu objetivo é desmistificar e mostrar que isso tudo é mentira. Isso é um produto que está sendo vendido, não comprem! Todos esses seres humanos que as pessoas idealizam também passam pelas mesmas coisas e, por exemplo, aqui estão algumas das minhas histórias. O espetáculo é sobre isso”, explica a artista.Para o diretor, a performance da atriz gera muitas emoções.“Isso foi aparecendo durante os ensaios. Fomos percebendo que depois das histórias engraçadas, quando chegava neste lugar da emoção, percebíamos que toda a equipe também se emocionava, isso ainda durante os ensaios”, revela Ando Camargo.Emoção que, segundo a atriz, ela também vê na expressão do público. “Estar no palco aqui em Portugal vem sendo uma experiência extremamente satisfatória. As pessoas têm muito carinho e respeito por mim. Eu tinha uma vaga ideia da proporção deste carinho, mas agora eu estou sentindo realmente. Eu vejo isso na feição das pessoas. O espetáculo tem capacidade para oitenta pessoas e quando saio tem sempre, pelo menos quarenta me esperando. É muito surpreendente”, conta Piovani.Depois de quase seis anos morando em Portugal, a atriz se sente realizada com esta peça. “Não consigo pôr em palavras como tem sido a minha experiência até agora. Hoje mesmo olhei para dentro da alma do Ando e disse para ele: 'se fui mais feliz, não me lembro'. Este espetáculo era o que faltava para coroar a grande mudança que fiz na minha vida, sair do meu país, ter atravessado um oceano, trazido minha família para Portugal, desfeito minha família aqui, ter reencontrado uma nova receita de família, ter aumentado o meu trabalho como mulher e mãe em, pelo menos 60% a mais do que era”, comenta Luana.Planos de digressão para "Cantos da Lua"As apresentações de "Cantos da Lua" seguem em cartaz nas próximas semanas na capital portuguesa, mas a atriz já tem planos de levar o espetáculo para outros teatros do país em 2025, expandindo a oportunidade de compartilhar suas histórias e experiências com um público ainda mais amplo. Mas levar para o Brasil ainda não está nos planos.“A ideia de levar para o Brasil existe, mas mais para frente. Este espetáculo é pensado para Portugal. Queremos levar para o Cassino do Estoril, Porto, que vamos fazer na mesma dinâmica com o público no palco”, revela Piovani."Quero que mais pessoas possam ver e sentir o que estou vivendo nesse espetáculo", afirma a atriz.

M80 - Macaquinhos no Sotão
Coisas em que eu acredito mais que Astrologia

M80 - Macaquinhos no Sotão

Play Episode Listen Later Sep 26, 2024 4:58


Mamilos
Mamilos Café #17 - William Ury: não sou otimista nem pessimista, sou possibilista, acredito nas possibilidades

Mamilos

Play Episode Listen Later Sep 12, 2024 71:44


William Ury é antropólogo, professor e escritor que trabalha há mais de 40 anos na negociação de conflitos. Ele foi cofundador do conhecido programa de negociação de Harvard. Além disso, ele ajudou a fundar a rede internacional de negociação com o ex-presidente Jim Carter. Ury trabalhou como consultor de negociação e mediação em conflitos do Oriente Médio, nos Bálcãs, na Antiga União Soviética, na Indonésia, na Iugoslávia, na Chechênia e na Venezuela, entre vários outros países. Seus livros sobre negociação se tornaram best-sellers, são lidos no mundo inteiro por grandes líderes. Ele inspira conversas produtivas no mundo inteiro. Hoje, o Mamilos Café recebe o professor-doutor William Ury, falando diretamente da sua casa, no Colorado, Estados Unidos. _____ Contato: mamilos@mamilos.me

Cafonada
T5E45 - Vamo fingir que eu acredito?

Cafonada

Play Episode Listen Later Aug 22, 2024 44:40


Didi e Rau falam sobre coisas que a gente finge que acredita, jogo do tigrinho e casais perfeitos. Taca play!  ·   Inscreva-se no nosso canal do YouTube: https://youtube.com/@cafonada?si=uj4OmSbTapMnTFg-    ·   Quer assistir duas temporadas inteiras extras? Assine nosso conteúdo exclusivo:    ·   ORELO: https://orelo.cc/cafonada  ·   APOIA-SE: https://apoia.se/cafonada   Camisetas, canecas e mimos na nossa lojinha  ·     Cafonada Modas: https://umapenca.com/cafonada ·  Segue a gente ·    Cafonada @cafonada ·    Didi @didistopia ·    Rau @raumarquez   Novos episódios todas as quintas-feiras, 15h e segundas-feiras (quinzenal para apoiadores) Para enviar histórias ou propostas comerciais: oicafonada@gmail.com Edição: Denis Ferreira DA e Design: Bruno Gonzales Chave Pix e PayPal: oicafonada@gmail.com

Podcasts do Portal Deviante
Eu Acredito nas Bolas do Meu Avô! (GuaxaVerso #115)

Podcasts do Portal Deviante

Play Episode Listen Later Aug 11, 2024 60:24


GuaxaVerso destrinchando episódios e respondendo comentários! Se Flopar nunca existiu. Até porque…. Nunca existiu mesmo. Esta semana vamos falar tudo sobre o episódio de 170. Ajude esse projeto Apoiase: https://apoia.se/rpguaxa...

RPG Next Podcast
CNa#046: Batalha das Eras (Parte 3) A História | Conto de Fantasia

RPG Next Podcast

Play Episode Listen Later Aug 7, 2024 20:00


“Batalha das eras” é um conto dividido em cinco partes, sobre batalhas milenares ao longo dos anos, em defesa do plano terrestre. É uma história independente que se passa em um mundo fictício idealizado pelo autor. Neste conto, a garota Ana, de vinte e poucos anos, faz uma descoberta sobre seu vizinho estranho, o senhor Benson. Esta descoberta leva Ana a viver uma aventura jamais imaginada por ela. Indicado para 14 anos ou mais.   Contos Narrados. Aqui você encontra mais um conto sonorizado produzido pelo do RPG Next. Coloque seu fone de ouvido e curta! ▬ Autor: Herica Freitas. ▬ Narração: Wevison Guimarães. ▬ Masterização, sonorização e edição: Rafael 47. Contos Narrados apresenta, “Batalha das Eras (Parte 3) A História", um Conto de Fantasia. Ao correr a lanterna sobre as pernas Ana percebeu que a figura parada sob o batente da porta estava vestida com um longo vestido de seda fina, em coloração roxa extravagante e decorado com várias estrelas douradas e prateadas dos mais diversos tamanhos. Em uma das mãos a figura segurava um cajado de metal dourado com uma lua e uma estrela na ponta. Ao iluminar a face da criatura ela reconheceu a cara carrancuda do seu vizinho, Benson. — Senhor Benson me desculpe eu n… Ela foi interrompida pelo senhor que, magicamente, moveu-se até a sua frente, tapando a sua boca com o dedo indicador esquerdo. “Shhh” ele fez sussurrando, olhando dentro dos olhos dela. Ana não conseguiu deixar de reparar que onde deveriam existir pupilas no senhor Benson existia apenas um brilho, como se fosse uma galáxia escura, repleta de estrelas. Senhor Benson tocou no ombro de Ana com sua mão esquerda e por um momento ela sentiu como se flutuasse e logo depois despencasse em um abismo sem fim. Seu estômago se virou enjoado e ela, agora com medo de abrir os olhos, apertou com força o cabo da espada e a lanterna em suas mãos. Sentiu-se como se a gravidade se dissipasse do ambiente e seus ouvidos não fossem mais capazes de ouvir absolutamente nada. — Ai, isso doeu – ela disse, ao sentir o chão de madeira gelado sob seu corpo – o que? — Não fale muito, a primeira vez é sempre conturbada. – o senhor Benson respondeu – Você fez uma viagem dimensional para se transportar para o meu terceiro andar. Abri uma janela mágica que nos mandou para o espaço e depois nos cuspiu aqui. Acredito que as aranhas não serão capazes de entrar por enquanto. Ana levantou-se do chão devagar e piscou algumas vezes para voltar a enxergar o ambiente, que se encontrava embaçado. Ela olhou para o senhor Benson, que estava parado à sua frente com o braço estendido, oferecendo algo parecido com uma balinha de hortelã. — Tome, vai melhorar o enjoo – ele disse – precisamos nos preparar, minhas defesas não vão aguentar por muito tempo. Ele virá atrás de mim. — Ei, eu exijo uma explicação agora! – ela disse aceitando o doce. — Você invade a minha casa, pega minha espada, suja meu carpete e se sente no direito de me pedir uma explicação? – ele disse cruzando os braços. — Sinto muito, eu não queria invadir a sua casa, eu queria te avisar que tinha uma aranha gigante entrando nela, tentei ser legal e uma boa vizinha, ao contrário do senhor. – Ana colocou a bala na boca e cruzou os braços emburrada – E então? — Tudo bem – ele respirou – vou te contar, sente-se. Ana percebeu que, com um gesto do cajado, duas cadeiras de madeira se materializaram logo atrás de ambos. Benson sentou-se como se aquilo para ele fosse como escovar os dentes de manhã ao acordar. — Eu vou resumir para você, não espere entender tudo. Ana sentou-se como se estivesse desacreditada que aquela cadeira fosse real. — Meu nome é Hatszu, mas aderi o nome humano de Benson, porque precisava me esconder. Sou um feiticeiro muito poderoso de uma aliança que protege este plano das criaturas mais hostis que você possa imaginar. Eu sou o responsável por guardar os portões de grandes titãs do caos, você já ouviu falar de titãs?

O Antagonista
Cortes do Papo - Foco em Biden alivia Trump?

O Antagonista

Play Episode Listen Later Jul 10, 2024 14:53


Nancy Pelosi, ex-presidente da Câmara dos Estados Unidos e aliada de Joe Biden, sugeriu que o presidente deve reconsiderar sua candidatura à reeleição. Pelosi disse, em entrevista ao programa "Morning Joe" da MSNBC, que "o tempo está se esgotando" para Biden tomar uma decisão.Quem também se pronunciou nesta direção foi o ator George Clooney, apoiador do Partido Democrata de longa data.Ele escreveu o seguinte em um artigo de opinião publicado na quarta-feira no The New York Times: “Eu amo Joe Biden. Como senador.Como vice-presidente e como presidente.Acredito no caráter dele. Acredito em sua moral. Nos últimos quatro anos, ele venceu muitas das batalhas que enfrentou.Mas a única batalha que ele não consegue vencer é a luta contra o tempo.Nenhum de nós pode.”Do lado do Partido Republicano, Donald Trump tem intensificado sua ofensiva contra a vice-presidente Kamala Harris. Felipe Moura Brasil e Duda Teixeira comentam:Ser Antagonista é fiscalizar o poder. Apoie o jornalismo Vigilante:  https://bit.ly/planosdeassinatura   Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp.  Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais.   https://whatsapp.com/channel/0029Va2S...   Ouça O Antagonista | Crusoé quando quiser nos principais aplicativos de podcast.  Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br

Café Brasil Podcast
Cafezinho 621 - Obrigado por me chamar de ignorante

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Play Episode Listen Later Apr 26, 2024 13:21


Assine o Café Brasil em https://canalcafebrasil.com.br  Meus escritos são simples, meu português é nada mais que mediano, minhas ideias nunca foram sofisticadas. Mas estou além do entendimento de uma parcela importante dos brasileiros. Nunca me conformei em me nivelar por baixo. Sempre que me dirijo a qualquer pessoa, falando ou escrevendo, procuro estar um degrau acima do que – imagino – seja sua capacidade de compreensão. Falo com uma criança de seis anos como se ela tivesse oito. Um jovem de quinze anos como se tivesse dezoito. Um estudante secundário como se fosse universitário. Acredito que assim eu estimulo a pessoa a subir um degrau. A evoluir. Não consigo tratar adultos como crianças. Ao ver as propagandas políticas, por exemplo, você não tem a impressão de que a qualquer momento o candidato dirá “o titio vai levar você no cinema?” São textos rasos, num linguajar tosco, que deixam claro que para os marqueteiros, povo é um agrupamento de miseráveis ignorantes, analfabetos e incapazes, que devem ser conduzidos da forma mais infantil possível. Aí cabe a musiquinha de fundo, o sotaque caricato, o português errado, os desenhinhos, os exemplos dos miseráveis, os sonhos minúsculos… A coisa só esquenta quando os adversários baixam o nível e começam com os xingamentos: treta!!!! Afinal, qual é o esforço intelectual para perceber que duas pessoas estão se agredindo? Pouquinho, né? Isso é uma pena. Quem nivela por baixo, mantem as pessoas onde estão, fala sempre a partir de um degrau abaixo, dificilmente estimula reflexões que prestam. Usa as técnicas maravilhosas do marketing e da comunicação para manter a mediocridade, caso contrário a turma não entende… Essa infantilização não faz bem para a sociedade. Não ajuda a amadurecer os debates. Não estimula ninguém a crescer. E com nosso sistema educacional falido e os meios de comunicação ricos em fórmulas prontas, essa infantilização colabora para que a mediocridade seja não só mantida, mas incentivada. Seja raso. Não sofistique. Ninguém vai entender. E as consequências estão aí. Afundados na ignorância, incapazes de sair atrás dos estímulos intelectuais, preferimos acreditar nas verdades simplificadas, nas soluções milagrosas simples de entender, sabe como é? Interpretamos os fatos com base em nosso reduzido repertório. Tiramos nossas conclusões superficiais ou apressadas. Atribuímos as conclusões que nós tiramos a um terceiro e depois atacamos esse terceiro por causa da conclusão que nós tiramos. Repare como é isso, especialmente nas mídias sociais. Esta semana perdi um tempo precioso dialogando com um sujeito que entendeu o que eu não escrevi. E quanto mais eu explicava, mais ele interpretava e queria discussão. Quando finalmente desisti e comentei que eu podia explicar para ele, mas não podia entender por ele, o cara respondeu: – Obrigado pela forma carinhosa de me chamar de ignorante. Percebeu? O que para mim era “você pensa diferente”, para ele era “você é um ignorante”. Cada um entende como quer. Ou como pode.See omnystudio.com/listener for privacy information.

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Um convite para você participar

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Play Episode Listen Later Apr 17, 2024 2:23


Contribua em https://cafecomleitenaescola.com.br  “Acredito que essa liberdade espiritual e intelectual, da qual nós (...) desfrutamos, é nossa maior bênção cultural. Portanto, parece-me que o primeiro dever da cultura é defender a liberdade e resistir a toda tirania." Escolhemos esta frase de Walt Disney para abrir este texto pois somos da geração Disney, que foi criada apoiada em valores morais que representam o que existe de melhor na sociedade. Nos filmes e gibis da Disney, aprendemos que a liberdade de pensamento, expressão e crença é uma característica importante da nossa cultura. E entendemos que a cultura não é apenas um conjunto de tradições e valores, mas também uma força ativa que deve ser usada para proteger e preservar as liberdades individuais e coletivas. Foi assim que crescemos. Mas algo mudou. Até mesmo na Disney, que parece subverter os valores de seu fundador. Basta olhar em volta para perceber como muitos valores foram simplesmente deixados de lado. As crianças perderam o espaço como foco central da educação, para adultos interessados em moldá-las conforme visões coletivistas do mundo. O resultado estamos vendo por todos os lados, no conteúdo distribuído pela mídia, nas escolas, nas relações sociais e incusive familiares. Como pais, avós e mentores, percebemos que temos de nos desdobrar no controle dos conteúdos que bombardeiam nossos pequenos diariamente. É uma luta inglória, pois os acessos aos conteúdos mais perniciosos estão por toda parte. Como ajudar nossos pequenos? Bem, nós acreditamos que mais que proibir acesso, oferecer conteúdo tão atraente, divertido e acessível como aqueles aos quais eles estão acostumados, é o caminho. Conteúdo baseado nos valores morais que nos trouxeram até aqui, Foi por isso que criamos o Podcast Café Com Leite.  See omnystudio.com/listener for privacy information.