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O número de votantes da 1.ª volta foi superado: “Mostra a dimensão da massa associativa do Benfica”. João Pinto, comentador do Observador e adepto das águias, espera que o clube consiga manter a união.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Olá, Poetas e admiradores de Poesia! Bem-vindos a mais umepisódio da série “Nonô Lê Versos do Blogue”.Hoje, convido-vos a uma viagem muito especial, uma viagem no tempo através dos sentidos. Acredito que os cheiros são uma das formas mais poderosas de despertar memórias, e foi com base nessa ideia que escrevi o poema"Os cheiros da minha infância".Neste áudio, partilho a leitura deste poema que evoca aromas da minha vida, como o da terra molhada, do pão quente e da maresia do mar em Sintra e Cascais. Cada cheiro é uma porta para uma história, uma recordação feliz ou agridoce.Espero que este poema vos inspire a fechar os olhos e a redescobrir os cheiros que marcaram a vossa própria infância. Deixe nos comentários qual é o cheiro que mais te transporta no tempo!
Justiça, política e saúde. No Antes pelo Contrário em podcast, Daniel Oliveira e Francisco Mendes da Silva abordam a recente renúncia do advogado de José Sócrates do caso judicial. Seria uma manobra da defesa? Enquanto isso, no setor da saúde os problemas continuam. Entre instabilidade e problemas estruturais, a saída da ministra da saúde parece inevitável. Qual o motivo que está por trás do adiamento da demissão de Ana Paula Martins? Emitido na SIC Notícias a 4 de novembro. Para ver a versão vídeo deste episódio, clique aquiSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Começou nesta segunda-feira (3), em Annecy, nos Alpes franceses, o julgamento do ex-pastor brasileiro Edi Maikel dos Santos Silva, acusado de seis crimes sexuais contra menores na França. Diante dos juízes, após três anos e meio de prisão preventiva, o réu voltou a negar ter mantido relações sexuais ou abusado das vítimas. A RFI conversou com algumas delas, que esperam por justiça. Maria Paula Carvalho, da RFI Pelo menos três vítimas estiveram presentes na audiência na Corte Criminal do Tribunal de Annecy. Todas têm parentesco com o acusado e autorizaram que os fatos narrados fossem tornados públicos. Natural de Belém do Pará, Edi Maikel dos Santos Silva, de 38 anos, está preso preventivamente por decisão do Tribunal de Annecy, no sudeste da França, desde maio de 2022. Ele atuou como pastor em Annemasse, uma pequena cidade francesa na fronteira com a Suíça. O ex-pastor responde por três estupros e três agressões sexuais contra menores. Em três desses casos, o acusado exercia autoridade sobre a vítima, o que pode agravar a pena em caso de condenação. Ao menos oito pessoas prestaram queixa à Justiça francesa, relatando terem sido agredidas por ele ao longo dos últimos 20 anos. Entre elas está Camilla Araújo de Souza, sobrinha de Edi Maikel. "São momentos de muita apreensão, mas estamos confiantes de que tudo vai dar certo. O importante é que estamos aqui todos juntos, torcendo pela nossa vitória", disse ela esta manhã, à RFI. Camilla conta que começou a ser abusada em 2002, quando ainda era criança. Após denunciar o caso à Justiça francesa, ela revelou à RFI detalhes dos abusos: "Minha mãe nos surpreendeu — ele estava tentando esfregar o pênis no meu bumbum", relatou. "Ele é meu tio, irmão da minha mãe. Depois disso, meus pais se separaram. Moramos com minha avó e, em seguida, com minha tia. Quando estávamos na casa da minha avó, ele tentou novamente," acrescenta. O assédio continuou após a mudança de Camilla para a França, onde, segundo ela, "começaram a ocorrer relações sexuais com penetração". Na época, Camilla tinha entre 12 e 13 anos. "O que mais me revolta é ele dizer que é cristão, que acredita em Deus, mas não assumir o que fez. Então, não está arrependido", lamentou. Acusado nega denúncias Na tarde desta segunda-feira, diante da juíza que preside a sessão, Edi Maikel dos Santos Silva voltou a negar qualquer envolvimento com Camilla. "Ele diz que nunca aconteceu nada. Afirma que eu comecei a me apaixonar por ele e, para evitar problemas, foi embora para o Brasil. Mas isso é mentira", segue Camilla. "Na verdade, ele foi para o Brasil porque, quando fui denunciá-lo à polícia, minha avó comprou uma passagem e o mandou para lá, com medo de que fosse preso", denuncia. Hoje adulta e mãe de dois filhos, Camilla compareceu ao Palácio de Justiça de Annecy acompanhada do pai, João Maria, que viajou da Guiana Francesa — região ultramarina da França. "Estamos aqui juntos", disse o pai da vítima à RFI. Frédéric Fabrice Cordeiro Brasil, tio de Camila, percebeu imediatamente a atitude suspeita do ex-cunhado, que na época fugiu com a jovem. Mas foi ao descobrir que suas próprias filhas, Kíssia e Victoria, então com 4 e 5 anos, também haviam sido molestadas por Edi Maikel, que ele denunciou o ex-cunhado à polícia. "Todas as noites elas acordavam com a mão dele na calcinha", revelou à reportagem da RFI. Frédéric será ouvido durante o julgamento nesta terça-feira à tarde. Ele afirma estar impressionado com a negação do réu. "Ele negou tudo. Disse que desconhece toda a situação. Não reconhece nada. Ele se lembra de muitos detalhes da infância, mas não se lembra do que fez com essas crianças. Mesmo com provas, declarações, testemunhas, ele diz que não tem nada a declarar e mantém a negação. Com deboche e cinismo, ele responde e ainda olha para as vítimas com desprezo e falta de respeito. As irmãs dele declaram que ele é uma pessoa normal e que não têm nada a se queixar dele" relata. Nesta primeira audiência, a juíza principal apresentou o caso a outros quatro juízes. Entre as testemunhas, foram ouvidas uma ex-namorada de Edi Maikel e uma criança da terceira série de uma escola onde o ex-pastor trabalhava na França. Frédéric conta que a menina denunciou o fato de que o réu havia conseguido seu número de celular e que ela teve medo, pedindo para trocar de turma. Segundo ele, colegas de trabalho de Edi Maikel também declararam à Justiça que o réu "tinha um comportamento esquisito em relação a uma aluna". "O que todos nós queremos é que ele seja severamente punido, por muitos anos, que receba uma pena severa e exemplar. Por tudo aquilo que ele fez, que passe mais de 20, 30 anos na cadeia,", diz Frédéric. "Nós fomos traídos, fomos enganados. Pensávamos que era uma pessoa boa, mas por trás dessa camada de ovelha havia um bicho muito perigoso," continua. "Alívio e recuperar a honra" A ex-mulher de Edi Maikel, Mayra Angela Silveira Vieira, e a filha Marjorie Vieira Palheta, foram ouvidas esta tarde. Mayra descobriu que o acusado abusou da filha pequena quando passaram a viver com ele. Ao estranhar o comportamento da menina, ela resolveu investigar. Em entrevista à RFI, ela contou que os abusos começaram quando a menina tinha cinco anos. As agressões duraram cerca de 10 anos. Por conta disso, a filha desenvolveu transtornos, como apontou a conclusão do exame psicológico feito pelo Tribunal de Annecy quando a jovem tinha 18 anos. O laudo, ao qual a RFI teve acesso, afirma que a vítima "tinha medo de homens, sofria de insônia, tinha pesadelos e não suportava a vergonha pelo ocorrido". Mayra Angela Silveira conta que o ex-marido chegou a confessar os abusos, em uma reunião gravada em vídeo com a mediação de um pastor. Mas ao ser interrogado no inquérito, ele negou tudo. "Estamos muito emocionadas. Os sentimentos são muito intensos. A raiva, a revolta são muito intensas. Ele negou tudo, então eu ainda tinha um pingo de esperança de que ele pelo menos assumisse, porque isso alivia a nossa dor, alivia a nossa revolta. Mas ele nega tudo, e sempre tenta se fazer de vítima", disse Mayra. "Acredito que ele está cavando o próprio buraco. É muito revoltante. Ao mesmo tempo, dá um alívio poder viver isso. Dar voz a muitas vítimas que não têm a oportunidade que a gente tem. E eu quero que a minha filha sinta dessa forma: lutando pela verdade dela, tentando recuperar um pouco da sua honra. Isso é algo irreversível, mas queremos viver isso ao máximo para virar essa página e tentar viver em paz." A advogada de defesa, Sylvie Correia, explicou que as vítimas tinham a possibilidade de escolher uma audiência fechada, mas optaram por uma audiência pública para expor os fatos. "Acho que vamos viver uns cinco dias bastante intensos. Para as pessoas que eu represento, este julgamento é visto como o fim deste processo, deste caminho que elas fizeram para serem consideradas como vítimas e aceitar que o que elas viveram não era um caso normal, e que têm direitos." Detenção prorrogada pela justiça O acusado passou por exames psicológicos. No laudo, ao qual a RFI teve acesso, Edi Maikel revela ter sofrido agressões sexuais na adolescência. A sua detenção provisória foi prorrogada quatro vezes pela justiça francesa. A reportagem entrou em contato com o advogado do acusado, mas não obteve retorno até esta publicação. A legislação da França prevê penas mais duras quando há agressão de membros da própria família. O brasileiro, que diz ser vítima de um complô, pode pegar até 20 anos de prisão. O julgamento vai até a próxima sexta-feira (7).
Existe uma frase cristã muito conhecida, que nos ensina que é dando que se recebe. Por sua vez, as escrituras sagradas nos dizem que dar é um ato nobre. Mas, e receber? Será que o ato de receber também é nobre? Eu tenho certeza que sim, por um motivo bem simples: dar e receber são os dois lados da mesma moeda. São complementares, pois a nobreza do ato de dar somente se complementa quando existe alguém que quer, precisa e sabe receber. Acredito também que saber receber, sem orgulho ou constrangimento, é tão nobre e importante quanto a doação, pois a nobreza de dar somente se completa quando encontra a nobreza de saber receber.---------------------------------------------------------------A vida é uma jornada, com várias etapas e ciclos! E depois de muito tempo trabalhando com Coaching, eu aperfeiçoei a metodologia de coaching para ajudar você a encarar os desafios e promover o seu crescimento pessoal e profissional. Descubra a Jornada e seja Coach de si mesmo!A Jornada é muito mais do que um produto digital, é mais do que uma metodologia, é mais do que ferramentas, é a SUA HISTÓRIA! Acesse: https://ponteaofuturo.com.br/jornada/
Manuel Cardoso admite ter uma grande expectativa da decisão ser tomada sem uma ida à segunda volta. O humorista e apoiante de João Noronha Lopes acredita que a noite vai ser longa. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Sou Renato Lopes, especialista em vendas, marketing e criação de conteúdo, além de mentor de profissionais que buscam crescimento pessoal e profissional. Criei o Profissão Mundo Podcast com um objetivo simples: ter a oportunidade de conversar com mentores que eu não poderia pagar no início da minha carreira. Aos poucos, percebi que o podcast se tornaria uma ferramenta poderosa de desenvolvimento pessoal, me permitindo aprender com cada história e experiência, e compartilhar lições sobre autoconhecimento, resiliência, propósito e evolução humana. Acredito que o crescimento pessoal é a base para alcançar resultados consistentes em qualquer área da vida.https://www.instagram.com/renatolopes.pro/https://www.linkedin.com/in/renato-lopes-lopes/
A disputa entre as duas superpotências pelo domínio do setor automotivo parece ter chegado à reta final e com um cenário preocupante para os europeus. Enquanto a produção no bloco freia, o rolo compressor chinês acelera. A RFI conversou com Sigrid de Vries, diretora-geral da ACEA, a Associação dos Fabricantes Europeus de Automóveis, para entender as estratégias e necessidades da União Europeia nessa corrida. Artur Capuani, correspondente da RFI em Bruxelas “Não podemos deixar que a China e outros conquistem esse mercado”. A frase da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em seu discurso anual ao Parlamento Europeu é um misto de temor e determinação que sublinha bem o momento decisivo da indústria automobilística na Europa. Entre a pressão por descarbonizar o transporte, o aumento dos custos de energia e a concorrência cada vez mais feroz da China, o setor tenta redefinir suas bases para permanecer competitivo e seguir como um dos pilares da economia do bloco, empregando quase 14 milhões de trabalhadores direta e indiretamente (mais de 6% dos empregos totais da UE). Mas, pelo menos por enquanto, o setor automotivo serve como um exemplo fundamental da falta de planejamento dos europeus. A necessidade de um plano mais robusto para enfrentar a crise do setor levou Von der Leyen a se reunir por três vezes neste ano com representantes da indústria para discutir medidas de apoio. O chamado Plano de Ação, lançado em março pela Comissão e que prevê a injeção de €1,8 bilhão para a produção de baterias de carros, ainda não surtiu efeito e segue com dificuldades de tração. Os números mais recentes da indústria automotiva europeia escancaram esse cenário. A produção de automóveis na UE caiu 2,8% no primeiro semestre de 2025, enquanto na China houve um salto de 12,3%. A discrepância também é observada nos números totais. A superpotência asiática é disparada a maior fabricante de veículos do mundo, produzindo mais de 2 milhões de automóveis por mês em 2025, enquanto a Europa, em segundo lugar, não chega a 1 milhão. As montadoras europeias demonstram crescente preocupação com a crise que afeta o setor. “Precisamos que a União Europeia nos ajude a reduzir a base de custos, porque enfrentamos uma situação de desvantagem em relação aos fabricantes chineses”, afirma Sigrid de Vries, diretora-geral da ACEA (Associação dos Fabricantes Europeus de Automóveis), em entrevista exclusiva à RFI. “Temos uma eletricidade mais cara e infraestrutura de recarga insuficiente, o que torna o mercado muito lento para gerar escala.” O enfraquecimento das fabricantes de carros impacta principalmente no mercado de trabalho. Em diversos países europeus, como Alemanha e Suécia, a indústria automotiva emprega uma parcela significativa dos trabalhadores, chegando a mais de 10% em alguns casos. No último ano, os alemães registraram uma baixa de mais de 50 mil empregos nesse segmento, o que reverberou em toda a economia europeia. O pedido urgente das fabricantes ganha coro também no relatório de competitividade elaborado pelo ex-presidente do Banco Central Europeu e ex-primeiro ministro italiano Mario Draghi. O documento de 400 páginas foi encomendado pela Comissão e é tido como uma bússola do projeto econômico da UE. Na avaliação do italiano, a Europa enfrenta um dilema. A crescente dependência da China pode oferecer o caminho mais barato e eficiente para atingir as metas de descarbonização. Mas essa concorrência também representa uma ameaça às indústrias europeias de tecnologia limpa e automotiva. Segundo o relatório, a curto prazo, o principal objetivo do setor deve ser evitar o êxodo da produção para outros países e combater a aquisição de fábricas e empresas europeias por estrangeiros. Sobre a competição com o mercado asiático, De Vries reconhece a qualidade dos carros chineses e defende uma abordagem pragmática para conciliar sustentabilidade e competitividade. “Não é uma questão de abandonar as metas de descarbonização, mas de fazê-las funcionar em conjunto com uma indústria forte. Precisamos de mais flexibilidade e realismo”, explica. Nos planos da Comissão Europeia para virar essa mesa, está o lançamento de um projeto de incentivo à produção de veículos elétricos pequenos e baratos. “Milhões de europeus querem comprar carros europeus acessíveis. Por isso, também devemos investir em veículos pequenos e com preços acessíveis, tanto para o mercado europeu quanto para atender ao aumento da demanda global. Acredito que a Europa deve ter o seu próprio carro elétrico”, explicou Ursula von der Leyen. Tarifas ou subsídios? Antes mesmo de Trump propagar a guerra tarifária pelo mundo, o mercado automobilístico já levava China e Europa para essas trincheiras, em um duelo de porcentagens. Em 2024, a UE implementou 35,3% de tarifas de importação sobre veículos elétricos chineses, com o objetivo de frear o avanço desses modelos mais baratos e estimular a produção local. O argumento central é que os subsídios concedidos pelo governo chinês conferem aos veículos do país uma vantagem desleal. A medida provocou reação imediata de Pequim, que anunciou em resposta a taxação em 39% do conhaque europeu, afetando produtores tradicionais do bloco. E, ainda assim, a estratégia europeia parece não ter sido suficiente para bloquear o avanço dos elétricos chineses. As importações de carros da China para a Europa cresceram 36%, alcançando 465 mil unidades no primeiro semestre deste ano. Já as exportações europeias para a China despencaram 42%. Seriam então os subsídios também a solução para a Europa se tornar mais competitiva? Não, pelo menos na opinião da diretora-geral da ACEA. “Não acho que subsidiar seja a solução mágica. Precisamos de mais energias renováveis, mas também precisamos que a disponibilidade de eletricidade seja constante, que a rede seja modernizada para que haja disponibilidade o tempo todo", pondera De Vries. Acordo Mercosul-UE Apesar do cenário desafiador, a executiva vê oportunidades em acordos comerciais internacionais, como a parceria UE-Mercosul. “É muito importante que esse acordo tenha recebido sinal verde. Acredito que ele será benéfico para a indústria automotiva dos dois lados. Vai impulsionar as exportações e fortalecer a colaboração entre os setores automotivos da Europa e do Mercosul", defende De Vries. Leia na íntegra a entrevista com Sigrid de Vries, diretora-geral da ACEA (Associação Europeia dos Fabricantes de Automóveis). RFI: Quais deveriam ser as prioridades da indústria europeia para que ela continue competitiva em relação à China? Sigrid de Vries: Em primeiro lugar, precisamos de bons carros, produtos competitivos, e acredito que nossos membros estão colocando isso no mercado. Agora, também em diferentes faixas de preço: carros pequenos, médios e grandes. Temos visto que eles estão sendo bem recebidos. Portanto, há uma disputa real, mas a competição na indústria automobilística não é algo novo, sempre houve muita concorrência. Os chineses estão fabricando carros muito bons, então existe, claro, esse elemento competitivo. O que precisamos da União Europeia é de ajuda para reduzir nossa base de custos, porque enfrentamos uma situação de desvantagem em relação aos fabricantes chineses. Pagamos mais caro pela eletricidade. Não há infraestrutura de recarga suficiente para tornar os carros elétricos atraentes para a maioria das pessoas na Europa. O mercado avança devagar demais, o que prejudica o bom funcionamento e também impede que alcancemos a escala necessária. E escala é essencial, tanto no mercado quanto na produção industrial, para reduzir custos. Esse é um grande tema no momento. RFI - E como você imagina que os custos de energia podem cair? A solução seria oferecer subsídios, como faz o governo chinês, mesmo sendo isso algo que muitos europeus criticam e que motivou a taxação de produtos chineses? Ou há outro caminho? SV - É uma questão muito complexa, ainda mais porque estamos vivendo uma transição energética. Trata-se de uma transformação sistêmica. Não acredito que subsidiar seja a solução mágica. Pode ajudar, por exemplo, a estimular a demanda do consumidor. Em qualquer transformação, é preciso ativar o mercado; depois de certo ponto, ele se torna autossustentável e os subsídios deixam de ser necessários. No caso da energia, é uma boa pergunta o que pode ser feito, porque produzir energia na Europa é caro. Precisamos de mais fontes renováveis, mas também é necessário garantir que o fornecimento de eletricidade seja constante, o que é um grande desafio. A rede elétrica precisa ser modernizada para garantir disponibilidade o tempo todo. Não posso dizer se isso deve ser feito via subsídios ou outras medidas, mas sabemos que é um grande problema, não só para a indústria automobilística, mas também para outros setores importantes da Europa. E precisa ser enfrentado, porque quando conversamos com empresas que querem construir fábricas de baterias na Europa, elas sempre citam dois grandes obstáculos para viabilizar economicamente seus investimentos: o primeiro é o preço da energia e o segundo é o tempo para conseguir licenças. As autorizações demoram demais. RFI - Nessa corrida, há o risco de que as metas de sustentabilidade fiquem em segundo plano diante da busca por competitividade? SV - Não, acredito que esses dois objetivos precisam caminhar melhor lado a lado. No momento, o principal foco é a descarbonização, mas é preciso ter uma indústria forte para alcançar as metas de descarbonização. Precisamos de mais pragmatismo, de uma checagem de realidade e de manter o pé no acelerador da transformação. No caso da indústria automotiva, o caminho principal é o da eletrificação. Mas, para chegar lá, precisamos mudar a forma de fazer essa transição, com mais pragmatismo e flexibilidade. Não podemos perder de vista as metas de descarbonização, mas precisamos dar mais importância à competitividade e à segurança econômica. Isso é essencial também para que as metas ambientais sejam atingidas. RFI - Nesse contexto, você acredita que há espaço para o hidrogênio e os combustíveis sintéticos? SV - Certamente há um papel para essas tecnologias, porque precisamos de todas as soluções possíveis para descarbonizar nossas economias. É provavelmente um papel mais de longo prazo, porque atualmente ainda é caro, a infraestrutura não está pronta e os custos são altos. Mas tudo começa com um modelo de negócio viável e um ambiente competitivo, e, a partir daí, pode funcionar. O elétrico é o caminho principal, então o hidrogênio e os combustíveis sintéticos devem ser usados em uma pequena parcela, especialmente nos carros novos. No entanto, hoje existem mais de 250 milhões de carros circulando na Europa, e eles também precisam ser descarbonizados. Portanto, é necessário agir também no lado dos combustíveis. RFI - A Alemanha apoia o acordo da União Europeia com o Mercosul, em grande parte pelos benefícios que ele pode trazer ao setor automotivo. Como você acha que esse acordo impactaria a indústria europeia como um todo? SV - É muito importante que esse acordo tenha recebido sinal verde. Acredito que ele será benéfico para a indústria automotiva dos dois lados. Vai impulsionar as exportações e fortalecer a colaboração entre os setores automotivos da Europa e do Mercosul. Hoje vemos uma tendência à desglobalização e ao protecionismo, mas acredito que abrir mercados de maneira justa beneficia a todos, não apenas as indústrias, mas também os consumidores, que têm acesso a melhores preços, mais competição e mais inovação. É algo positivo. Claro, precisa ser feito de forma cuidadosa, e o acordo com o Mercosul prevê uma redução gradual das barreiras comerciais, como normalmente acontece. Isso ajuda na adaptação, e no fim das contas é algo muito positivo. RFI - Esse acordo também é importante por causa do acesso a matérias-primas. Esse é um tema central quando falamos em carros elétricos e na indústria automotiva? SV - Sim, esse é outro aspecto fundamental que torna o acordo tão bom e oportuno. Precisamos de parcerias estratégicas para garantir o fornecimento de matérias-primas, e esse é um exemplo de que isso é possível, com benefícios claros para ambos os lados. É algo muito positivo e necessário.
Sejam bem-vindos a mais uma Semana em África. A actualidade desta semana ficou marcada por novos desenvolvimentos em Cabo Delgado, no extremo norte de Moçambique, onde se caminha para atingir um novo recorde de violência ainda este ano. As Nações Unidas falam em 519 ataques até ao final de agosto, em comparação com 448 em 2022. Em comunicado, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, dá conta de que a maioria dos incidentes são ataques de grupos armados contra civis, ataques estes que incluem a utilização de explosivos improvisados. De acordo com o mesmo organismo, desde agosto, mais de 20 mil pessoas foram obrigadas a fugir desta província, incluindo mais de 10 mil crianças. A violência levou mesmo os Médicos Sem Fronteiras a anunciar a suspensão temporária das suas actividades na vila e nas localidades do distrito de Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado. A organização justifica a decisão devido ao agravamento da violência e apela a que a segurança de civis e dos trabalhadores humanitários seja assegurada. A presidente cessante da organização "Continuadores de Moçambique", Isaura Nyusi, lamentou esta situação, em entrevista à RFI. “Os ataques terroristas perpetrados na província de Cabo Delgado causaram deslocações das populações com impacto negativo na vida das criancas e adolescentes privando-os dos seus direitos e deveres incluindo o de estudar e de cuidados de saúde”, rematou. Apesar desta instabilidade, o Presidente da República considera que estão criadas todas as condições de segurança para a retoma do projecto da Total em Palma, na província de Cabo Delgado. A garantia foi deixada na cerimónia de assinatura, em Maputo, da decisão final de investimento do Coral norte FNLG com a italiana ENI, projecto com funcionamento previsto para 2029 e, onde se prevê mais de 23 mil milhões de dólares em receitas fiscais e o assegurar de 800 milhões de dólares em contratos para empresas moçambicanas só nos primeiros seis anos. Daniel Chapo afirmou que a decisão final de investimento entre os operadores da Área 4 da bacia do Rovuma e o Governo abre "uma janela de esperança para os moçambicanos". "O Coral Norte é mais do que um projecto de gás. É um passo em direcção à independência económica de Moçambique, ao fortalecimento da nossa resiliência enquanto moçambicanos, unidos do Rovuma ao Maputo", declarou o Presidente moçambicano. O chefe de Estado assegurou ainda que a retirada das forças ruandesas acontecerá após a fase de desenvolvimento do projecto de gás e da formação de militares moçambicanos para o combate ao terrorismo. “Afirmamos que estão reunidas condições para o levantamento da força maior e aguardamos, em breve, o pronunciamento da concessionária da Área 1, projecto Mozambique LNG, sobre esta matéria”, terminou. Angola vai realizar Congresso Nacional de Reconciliação Angola vai realizar, na primeira semana de Novembro, o Congresso Nacional de Reconciliação, uma iniciativa da Conferência Episcopal. O Presidente angolano já confirmou a sua presença neste evento, que antecede os 50 anos da independência. Para a Igreja Católica, nomeadamente, na voz de José Manuel Imbamba, Presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, a reconciliação seria a “peça fundamental” para o país. "Para nós é a peça fundamental e isto é um processo que nós devemos construir juntos, sem exclusão, sem rotulações, sem esta tendência da política do militante que nós estamos a levar a cabo, que está a nos colocar de costas viradas uns contra os outros e, sobretudo, nos focarmos na política da cidadania. É isto que nós desejamos e é esta Angola que nós queremos", começou por referir. O responsável acredita que é tempo de deixar de viver do passado inglório. "Basta de estarmos sempre a viver do passado inglório que nós carregamos ainda. E então há a necessidade de fazermos este exorcismo nacional, este exorcismo das consciências, esse exorcismo dos políticos", salientou ainda, em entrevista à RFI. Cabo Verde é o novo "destino sexual" para as cidadãs espanholas Cabo Verde é o “novo destino sexual” para as cidadãs espanholas. Quem o diz é o jornal “El Español”, que revelou, esta semana, que existem mulheres que viajam para as ilhas do Sal e de São Vicente à procura de sexo com homens jovens. O presidente da Associação dos Guias de Turismo de São Vicente, Ruben Moreira, já reagiu e afirmou à RFI que, em São Vicente, não existe turismo sexual, sublinhando que os turistas que visitam o país, vêm à procura das paisagens e gastronomia. “O turismo sexual não existe aqui em São Vicente, até porque, quando as pessoas vêm, independentemente da nacionalidade, o que fazemos é mostrar-lhes o que temos de mais interessante e bonito sobre a nossa história, a nossa cultura e tudo o que as traz aqui: as nossas paisagens, a gastronomia e tudo o que elas ou eles também possam encontrar aqui em Mindelo, em Cabo Verde, de forma geral. Eu não acredito que o turismo sexual seja algo para se levar a sério em Cabo Verde. Acredito, sinceramente, do meu ponto de vista, que pode haver um ou outro caso pontual, mas não existe em Cabo Verde da forma como está a ser retratado na imprensa internacional”, disse o presidente da Associação dos Guias de Turismo de São Vicente, Rúben Moreira. Apesar dos nossos esforços, não foi possível ouvir, até ao momento, a reacção do Instituto Nacional do Turismo sobre o fenómeno de turismo sexual no arquipélago apontado pelo jornal "El Español". Em Cabo Verde, o sector do turismo bateu novos recordes em 2024, dados do Instituto do Turismo de Cabo Verde deram conta de que cerca de 1,2 milhões de turistas visitaram o arquipélago no ano passado. Geração Z: da Ásia a África alastram os protestos juvenis Para terminar, falamos-lhe ainda sobre um tema que está a marcar a actualidade dos últimos dias. Vários países do mundo, nomeadamente, na Ásia e África que têm sido palco de protestos levados a cabo pela chamada geração Z. É o caso de Marrocos ou de Madagáscar. Grupos de jovens têm contestado a governação de uma série de países e conseguido até, em alguns casos, concessões do poder, por exemplo as marchas estudantis em Timor Leste ou os protestos em Madagáscar. A chamada "Geração Z" refere-se a pessoas nascidas nos finais da década de 90 do século passado e no início dos anos 2010, do século XXI. Jovens que estão inconformados com a gestão dos seus países e têm saído à rua. Foi o caso nesta terça-feira nas maiores cidades marroquinas com apelos de centenas de jovens à reforma da educação e à melhoria dos serviços de saúde pública. Era já o quarto protesto do género, com registo de confrontos entre manifestantes e forças da ordem, num movimento sem líder declarado.O governo em comunicado na noite passada afirmava perceber as reivindicações e estar pronto a responder de forma positiva. Já em Madagáscar, apesar da demissão do governo, os protestos também sob a batuta da dita geração Z prosseguiram nesta terça. Os jovens querem agora a demissão do chefe de Estado, Andry Rajoelina e apelam à solidariedade dos mais velhos, da geração X, nascidos nos anos 60, para que venham engrossar as fileiras do movimento. O símbolo da revolta desta geração Z tem sido um pirata, o herói "One Piece" dos livros japoneses de banda desenhada "manga". Em Madagáscar, o movimento conseguiu já a demissão do ministro da energia, e depois, mesmo, de todo o executivo, mas continua a sair à rua, apesar das desculpas do Presidente pela gestão política do país, apelando a que este também seja afastado dos desígnios nacionais. Protestos idênticos também se registaram numa série de países asiáticos como o Nepal ou a Indonésia ou, mesmo, em Timor Leste de estudantes, inconformados com a forma como o país é gerido. Neste território lusófono, o parlamento voltou atrás em relação a regalias de deputados e da classe dirigente, incluindo a compra de carros topo de gama e pensões vitalícias para parlamentares e ex-titulares de órgãos de soberania.
É uma prestigiada atriz de teatro e a voz de inúmeras lutas sociais. Enquanto ativista participou na campanha pela legalização da IVG, deu a cara pela igualdade no casamento, pela despatologização das pessoas trans e integrou o grupo inicial que convocou a manifestação “Que Se Lixe a Troika — Queremos as Nossas Vidas”, de 15 de Setembro de 2012. Há mais de uma década, uma intervenção de Joana Manuel numa conferência em que falou da desesperança de uma geração precária, viralizou no Youtube com milhares de visualizações. Este ano, a atriz protagonizou no teatro a extravagante matriarca 'Mortícia' no musical “A Família Adams” e prepara-se para participar numa nova série da Netflix. Apesar das críticas ao atual Governo, e da precariedade da profissão, Joana deixa claro: “O teatro salvou-me a vida!” Ouçam-na nesta conversa em podcast com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Até 2030, a Arábia Saudita quer que o sector do desporto no país valha 22 mil milhões de euros. Números cada vez mais próximos com grandes estrelas, como Cristiano Ronaldo, a jogaram no país, mas investimento não se limita apenas ao futebol, com grandes apostas no ténis, golfe, equitação ou mesmo e-sports. Este é também um sector que pode trazer mudança cultural ao país, numa altura em que a Arábia Saudita ainda é citicada por desrespeito dos direitos humanos e considerada como uma ditadura. A Arábia Saudita está a afirmar-se como uma das potências mundiais do futebol, tendo atraído nos últimos anos estrelas do futebol como o português Cristiano Ronaldo ou o franco-argelino Karim Benzema, mas também treinadores, preparadores físicos ou dirigentes vindos de todo o Mundo para dinamizar o campeonato saudita – que tem agora transmissão em vários países. A Arábia saudita vai mesmo organizar o Mundial de 2034, uma atribuição criticada devido ao facto de o país não ter pluralidade política e de acusações de desrespeito dos direitos humanos. No entanto, a aposta da Arábia Saudita não fica pelo futebol, e o país está a tentar atrair torneios de ténis, golfe e outras modalidades. Diogo Aires Coelho é líder de projectos na consultora Boston Consulting Group, vive em Riade e já aconselhou as autoridades sauditas no sector do Desporto e explicou em entrevista à RFI que esta aposta está a servir para diversificar a economia do país, mas também para motivar os seus cidadãos a praticarem mais actividade física, ajudando também o país a alargar o seu soft power e influencia internacionalmente. "O desporto, nomeadamente o futebol, é uma grande paixão que os sauditas têm já há muito tempo. Ou seja, não é, não é uma coisa fabricada agora, não é uma coisa nova. Mas acho que é importante perceber o contexto do país. É um país que historicamente tem sido um país mais fechado, mais conservador e que teve uma nova liderança. O príncipe herdeiro começou a ter mais protagonismo na última década, alguém bastante jovem e que trouxe uma nova visão. Um dos objectivos era a Arábia Saudita, que depende muito do petróleo, tentar diversificar economicamente para outras áreas. O desporto permite um impacto na economia, mas depois também há um impacto que tem na vida social e na qualidade de vida das pessoas que estão aqui. E por último, também tem um ângulo de marca país", indicou Diogo Aires Coelho que vive e trabalha há quatro anos na Arábia Saudita. Actualmente, as receitas do petróleo e dos investimentos ligados aos combustíveis representam menos de 50% do PIB do país, com actividades como o turismo, serviços financeiros, construção civil ou transportes a crescerem nos últimos anos. O desporto enquadra-se nesta procura de diversificação, com o consultor português a afirmar que até 2030 este sector vai criar mais 200 mil postos de trabalho. Ao mesmo tempo, desde 2017, data de chegada do príncipe herdeiro e primeiro-ministro, Mohammad bin Salman bin Abdulaziz Al Saud, ao poder, o país começou progressivamente a permitir às mulheres conduzirem ou entrarem num estádio de futebol, algo completamente poribido antes. Para Diogo Aires Coelho o desporto poderá servir de acelerador social face às regras ainda conservadoras do país, já que actualmente há cada vez mais meninas sauditas a praticar desporto - há mesmo uma selecção nacional feminina de futebol. "Eu penso que o desporto tem um papel aqui de uma espécie de acelerador cultural, também acelerador económico. De facto, estamos a falar de um país em que isto é muito recente e onde houve muitas limitações de liberdade a vários níveis, não é? E, por exemplo, as mulheres não podiam guiar em 2018. As mulheres não podiam ir a um estádio de futebol. Só a partir de 2018 é que passaram a poder ir. E o que se tem visto é que muitas famílias agora vão aos estádios de futebol e enchem os estádios. E isso, de facto, é um acelerador da mudança cultural a que se está a assistir. Também começa a haver cada vez mais modalidades com femininas, a selecção de futebol é um excelente exemplo que já está no ranking da FIFA", explicou. Em 2024, a Arábia Saudita ganhou a atribuição do Mundial de futebol a realizar em 2034, multiplicando-se as critícas de organizações não-governamentais devido ao desrespeito pelos direitos humanos no país e a falta de liberdade de expressão. Diogo Aires Coelho considera que o país se está a abrir e que todos os países ocidentais já utilizaram grandes competições para melhorar a sua imagem. Para este consultor especialista no Desporto, a atribuição do Mundial por parte da FIFA à Arábia Saudita, foi justa. "Em 2034 cabia à região da Ásia e da Oceania organizar o evento. Quem se chegou à frente com propostas credíveis foi inicialmente a Austrália e a Arábia Saudita. O Qatar já tinha organizado em 2022. Acredito, obviamente, que a atribuição também aconteceu devido ao apetite da Arábia Saudita. Todos os recursos que empregou que conseguiu no fundo tornar-se a candidatura mais forte e a Austrália acabou por retirar a sua candidatura. Mas de facto, já existe um precedente do Mundial ser feito no Médio Oriente. Eu, na minha perspectiva, pensando no futebol, neste caso a nível mundial, eu acho que é positivo que estas competições vão sendo em diferentes regiões do mundo e não se confina em uma só", concluiu.
Numa entrevista à imprensa regional, este fim-de-semana, o primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, afastou a hipótese de retomar o debate sobre a idade da reforma, mostrou-se disponível para discutir a justiça fiscal, recuou na proposta de suprimir dois feriados nacionais e anunciou a retirada de privilégios concedidos a antigos chefes de Governo. A medida entra em vigor a partir do dia 1 de Janeiro de 2026. Em declarações à RFI, o economista franco-português Pascal de Lima sublinha que “quando se exige um esforço a todos os franceses, é necessária uma postura exemplar da parte administração pública”. O primeiro-ministro francês, Sébastian Lecornu, decidiu voltar atrás na medida de François Bayrou que pretendia suprimir dois dias de feriado do calendário dos franceses. Considera que foi a decisão mais acertada, numa altura em que o país está a braços com um movimento social? Sim, mas penso que o assunto dos dias de feriado não é prioritário. Acredito que o mais importante são as 35 horas de trabalho semanais e, nesse aspecto, defendo que devia ser feita uma reforma mais eficaz, com a implementação de horários legais que garantam o cumprimento das 35 horas por semana. Está a dizer que os franceses não cumprem as 35 horas de trabalho semanais? Sim, exacto. Em relação a outros países europeus, a França está abaixo da quota mínima de trabalho para poder ser competitiva na economia europeia. Seria melhor reformar directamente o número de horas de trabalho semanais. Depois, há também o número de dias de férias dos quadros, particularmente nas categorias superiores do mercado de trabalho. O número de dias de férias penso que teria um impacto ainda mais significativo. Por exemplo, se pensarmos que mais uma hora de trabalho representaria cerca de 8 mil milhões de euros para os cofres franceses. Questionado sobre a taxa Zucman, Sébastian Lecornu mostrou-se receptivo a trabalhar as questões de justiça fiscal. Quando fala sobre questões de justiça fiscal, a que se refere concretamente? A taxa Zucman é um imposto mínimo sobre as grandes fortunas, que pode reforçar a justiça fiscal e gerar receitas adicionais. Mas só funciona com uma forte coordenação internacional, porque, caso contrário, existe o risco de fuga de capitais. Trata-se de um instrumento complementar, não de uma solução única. O facto de se mostrar receptivo a trabalhar as questões de justiça fiscal é positivo e dá legitimidade social. Todavia, o esforço orçamental deve ser feito com critério, protegendo o património produtivo - que gera investimento e emprego - e concentrando a tributação acrescida sobre patrimónios essencialmente financeiros ou especulativos, menos sensíveis. O patrão do MEDEF, Patrick Martin, associa a taxa Zucman à palavra “espoliação”? Porque a pressão fiscal é muito elevada e Patrick Martin receia que a taxa Zucman diminua a atractividade da França. Isso pode acontecer? Sim, pode. É muito importante fazer a distinção entre um património ganho pelo trabalho e um património totalmente ligado a heranças - são realidades muito diferentes. Portanto, o MEDEF não está contra e, eventualmente, até preconiza um pequeno imposto sobre os grandes patrimónios ligados à herança, mas não sobre os patrimónios resultantes do trabalho. O problema é que o Governo não faz essa diferenciação. Mas, a seu ver, seria necessário fazê-lo? Claro que sim. Seria essencial fazer essa distinção entre o património de herança e o património ligado ao trabalho. O chefe do executivo francês falou ainda em retirar privilégios vitalícios a antigos primeiros-ministros, a medida entra em vigor a partir de Janeiro de 2026. O que representa este corte em termos de despesa do Estado? Ou trata-se apenas de um sinal para os franceses, numa altura em que o executivo fala em austeridade? Quando se pede um esforço a todos os franceses, espera-se também um comportamento exemplar da parte da administração pública. O peso da administração pública e das colectividades representa cerca de 500 mil milhões de euros. Ou seja, é uma parte importante das despesas públicas, com a administração a apresentar fraca eficácia. É importante pensar na eficiência da despesa pública, como fazem os países anglo-saxónicos, em áreas como a saúde, a educação e outros sectores. Segundo o Tribunal de Contas, o desperdício de medicamentos representou, em 2023, entre 561 milhões e 1,7 mil milhões de euros ao Estado francês... É urgente reforçar a prevenção para melhorar a eficácia da despesa em saúde. É exactamente o mesmo em relação a outras despesas sociais, como o desemprego, as reformas no mercado de trabalho, os subsídios às empresas. Precisamos de perceber que há subsídios que ajudam efectivamente as empresas, mas outros são ineficazes. É essa reflexão que precisamos de fazer em 2025. Sébastian Lecornu fala ainda de um debate sobre a descentralização. O que pode ser feito aqui? Olhar para o Estado e perceber onde é possível cortar mantendo a eficácia? Sim, pode ser uma oportunidade para melhorar a eficiência e a responsabilização da administração pública. Mas só funcionará se a transferência de competências vier acompanhada de um financiamento estável e de um mecanismo claro de avaliação. Caso contrário, corre-se o risco de aumentar a complexidade sem ganhos reais - e é isso que devemos evitar. Sébastian Lecornu disse, no entanto, que não está disponível para voltar ao debate sobre a idade da reforma. Considera que é uma decisão sensata, numa altura em que tenta dialogar com todas as forças políticas? Sim, penso que é uma boa ideia, uma vez que a estabilidade política é uma questão sensível. As greves não são positivas para a economia francesa e diminuem a atractividade do território. Considero, por isso, que se trata de uma decisão política com impactos positivos, que evita tensões entre gerações e contribui para a coesão social num período de instabilidade política. Este fim-de-semana vimos a agência de rating norte-americana Fitch baixar a nota da dívida soberana da França. Quais são os verdadeiros impactos desta decisão? É sobretudo um sinal de alerta quanto à trajectória das finanças públicas. A França continua a ser considerada um país de baixo risco, mas perde uma parte da confiança dos mercados. A primeira consequência é que o país tem hoje menos margem de manobra orçamental. E, se não há margem de manobra, é porque o Estado precisa de financiamento para as suas despesas, o que antecipa um cenário de aumento dos impostos. Outra consequência prende-se com as taxas de juro no mercado do crédito imobiliário, já que os investidores exigem um prémio de risco maior para investir em dívida pública francesa - e essa taxa serve de referência para o crédito imobiliário. Assim, os bancos vão também aumentar ligeiramente o custo do crédito à habitação, impactando o poder de compra dos franceses. Há também o peso da dívida francesa: o valor que o país paga em juros passou de 58,8 mil milhões em 2024 e pode atingir os 107 mil milhões em 2029. Esta realidade revela que é imperativo organizar as contas públicas ou expõe um modelo económico que deixou de funcionar? Mostra que o custo da dívida está a consumir uma fatia crescente dos recursos públicos, reduzindo a margem de manobra para investimentos e políticas sociais. Não significa que o modelo económico francês tenha falhado completamente, mas que precisa de ser ajustado quanto à eficácia da despesa pública. É preciso racionalizar a despesa para investir melhor. Sem uma gestão mais rigorosa, os juros tornam-se uma bola de neve que asfixia a capacidade de acção do Estado.
As ruas de Paris ganharam um colorido baiano neste domingo (14) com a Lavagem da Igreja da Madeleine, que acontece anualmente desde 2002 na capital francesa e já faz parte do calendário oficial da prefeitura parisiense. O evento tem raízes na tradicional lavagem das escadarias da Igreja do Senhor do Bonfim, em Salvador. Renan Tolentino, da RFI, em Paris Esta 24ª edição também faz parte da programação do Ano do Brasil na França, que tem o objetivo de fortalecer os laços históricos e culturais entre os dois países, em comemoração aos 200 anos de suas relações diplomáticas. “Para mim, é uma alegria passar a mensagem dessa história da Lavagem para a França e para o mundo afora (...) Essa edição é especial por conta do Ano do Brasil na França. Isso fortalece a difusão, também temos mais apoio. A Lavagem também faz parte do patrimônio cultural imaterial da França, isso é bom para proteger e perenizar o evento, que vai ficar no calendário. Essa relação França-Brasil vai continuar por uma longa data”, diz Robertinho Chaves, idealizador da Lavagem da Madeleine. “Quando começamos lá atrás, há mais de 20 anos, não imaginava que seria tão apoteótico do jeito que é hoje. Fico feliz que tenha dado certo”, comemora Robertinho. A modelo e apresentadora carioca Cristina Córdula, personalidade conhecida do público francês e que vive em Paris, é madrinha do evento e também celebra esse reconhecimento. “Sou madrinha do evento há muitos anos. Para mim é uma honra. É um movimento muito bonito, na paz, sem briga, todo mundo junto para dançar e passar um momento legal, com essa bênção final na igreja. E este ano, a Lavagem da Madeleine tem muita força por ser o Ano do Brasil na França”, pontua Cristina. Olodum aquece o público debaixo de chuva Entre diversas atrações, a programação deste ano trouxe, pela primeira vez, o grupo baiano de percussão Olodum, que animou o público ao lado de Armandinho em cima do tradicional trio-elétrico. “Primeira vez que o Olodum vem, sempre tive esse sonho de trazê-los e agora foi realizado. Por ser um grupo tão grande, também fortalece a divulgação e o interesse das pessoas no evento”, destaca o organizador Robertinho. “É muito bom trazer a cultura da Bahia e de Salvador para Paris, com muita energia, muita elegância, com esse samba-reggae, que é uma música do mundo. Impressionante o número de pessoas que estão aqui. É muito gratificante para nós do Olodum viver essa atmosfera brasileira em Paris”, conta Thiago Silva, percussionista do grupo. Leia tambémJau celebra retorno a Paris na Lavagem da Madeleine ao lado do Olodum Nem a chuva foi capaz de esfriar a disposição das milhares de pessoas nas ruas, entre brasileiros e franceses. Para a baiana Carla Rodrigues, acompanhar a apresentação do Olodum em Paris fez reviver memórias afetivas. “Estou muito feliz que o Olodum está aqui hoje. Me toca muito, porque a última vez que estive no show deles foi em Salvador, junto com a minha avó, que Deus a tenha. Foi um momento muito importante para mim que não vou esquecer nunca. É uma forma também de estar perto do Brasil. Acredito que todo mundo aqui hoje está com a mesma sensação, de estar em casa, de acolhimento”, conta Carla. Já a pernambucana Deusamir, que vive em Paris há 17 anos, viveu uma experiência inédita, tanto na apresentação do grupo quanto na Lavagem da Madeleine. “É a primeira vez que venho ao evento e é a primeira vez que vou ao show do Olodum. No Brasil nunca tive oportunidade. Que maravilha, estou muito contente. A gente está aqui para dançar, sorrir e mostrar para esse povo que o Brasil está na moda”, celebrou. Entre o público presente, cada participante vivencia de uma forma particular este evento multicultural. Cátia, por exemplo, aproveitou para comemorar seu aniversário. “Estou fazendo 50 anos hoje e vim festejar aqui, com o Olodum, na Lavagem da Madeleine”, contou a brasileira Cátia. Aos 74 anos, Nilza dos Santos conta que acompanha a Lavagem da Madeleine há quase 17. Quase todos os anos ela viaja de Salvador para Paris para participar do cortejo, junto com a filha, Viviane, que mora na Holanda. “Minha filha mora aqui na Europa há 30 anos e foi ela quem me falou desse evento. Como eu faço parte de outros movimentos culturais em Salvador, achei interessante. Aí, me encantei pela Lavagem da Madeleine. Acompanho já há 17 anos e quase todos os anos estou aqui. A integração e o encontro de pessoas é sempre bom. Isso faz bem tanto para Paris, como para Salvador e a Bahia”, diz dona Nilza. “Me senti como se eu estivesse participando de um evento na Bahia, de onde eu venho. É uma coisa muito impressionante fechar as ruas de Paris para que o cortejo brasileiro possa passar”, conta Viviane dos Santos. Manifestações políticas Além de festejar muito, parte do público aproveitou o evento também para se manifestar politicamente. Ao longo do cortejo, um grupo apartidário ostentava cartazes com a frase "Sem Anistia", em referência ao julgamento dos suspeitos de envolvimento na tentativa de golpe de Estado no Brasil, no ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos de prisão. “Somos um grupo apartidário, onde todos são bem-vindos, basta ser antifascista. Temos que entender que tudo é político, então, devemos aproveitar todos os espaços para nos manifestar. E a Lavagem tem uma visibilidade muito grande, até internacional”, explica Marcia Camargos, coordenadora do grupo Sem Anistia. “Neste momento, temos que unir todas as forças, as forças progressistas, de esquerda em defesa do Estado Democrático de Direito”, opina. Após duas horas de cortejo e muita música, a euforia dá lugar à reflexão e ao sincretismo religioso com o início da lavagem das escadarias da Madeleine, comandada pelo babalorixá Pai Pote ao lado do pároco da igreja, o monsenhor Patrick Chauvet. “Estamos aqui representando o povo negro, brasileiro, celebrando nossa resistência, nossa negritude, mas também estamos celebrando a paz, o amor e a alegria no mundo. Muito axé para todos”, disse Pai Pote. No Ano do Brasil na França, a Lavagem da Madeleine mostra que a diplomacia e a boa relação entre dois países se constrói também nas ruas, através de uma rica mistura cultural.
Quando o teatro é usado para curar feridas internas, restaurar a confiança e fortalecer comunidades que lutam contas as diversas formas de opressão, ele revela um poder transformador. É exactamente esse trabalho que o Centro de Teatro do Oprimido, em Maputo, tem realizado. Recentemente, entre 1 e 5 de Setembro, o centro concluiu uma formação voltada para as comunidades deslocadas e vítimas do terrorismo na província de Cabo Delgado, com o apoio da Organização Internacional para as Migrações. Em entrevista à RFI, Alvim Cossa, actor e coordenador-geral do Centro de Teatro do Oprimido, destaca como o teatro pode ser uma ferramenta poderosa contra diferentes formas de opressão. Como surgiu a ideia de criar esta formação para as comunidades deslocadas e vítimas do terrorismo na província de Cabo Delgado?O Centro de Teatro do Oprimido de Maputo está a trabalhar com a Organização Internacional para as Migrações desde 2018, quando, em 2017, começaram os ataques de homens armados na província de Cabo Delgado. Desde essa altura, começamos a usar as técnicas do Teatro do Oprimido num projecto que nós denominamos: Cura através da arte. O projecto abrange os distritos severamente afectados pelo conflito e que acolhem muitas das pessoas deslocadas. Esta formação destina-se apenas aos deslocados pelo conflito em Cabo Delgado?Sim, trabalhamos com pessoas deslocadas. Mas também trabalhamos com comunidades de acolhimento, porque, em alguns dos locais onde os deslocados chegam, há pequenos conflitos de tribo, raça, língua. E usamos o Teatro do Oprimido para trazer um ambiente de tolerância, um ambiente de socialização, de tranquilidade entre os deslocados e as comunidades de acolhimento. Trabalhamos com os dois grupos, mas também incluímos na nossa formação membros das Forças de Defesa e Segurança, como a polícia e o exército. Como é que organizam esta formação?No Teatro do Oprimido temos a formação de Coringa, de facilitadores do debate, do diálogo comunitário. Quanto à selecção das pessoas, vamos aos campos de acolhimento, às comunidades, e, com a ajuda das autoridades locais, identificamos as pessoas que têm alguma vontade de trabalhar nas artes - especialmente no teatro, dança, música, poesia. São essas pessoas que passam pela formação do Teatro do Oprimido. A escolha é baseada na vontade e entrega das pessoas para o trabalho com as artes como ferramenta. De que forma pode a arte ser utilizada como ferramenta social e permitir o fortalecimento comunitário?O Teatro do Oprimido é extremamente poderoso por ser uma ferramenta que nos convoca a uma reflexão introspectiva sobre o nosso percurso de vida, sobre o que estamos a fazer e os vários tipos de opressões que nos assolam no dia-a-dia, permitindo um espaço de interacção com o outro. O teatro abre a possibilidade do outro olhar a nossa história e poder contribuir para ela. Permitimos que as pessoas olhem umas para as outras, olhem às práticas e partilhem as boas práticas, mas também partilhem como se devem corrigir as más práticas. Tem sido bastante útil na pacificação e no diálogo. Tem sido bastante útil na construção da autoconfiança, na devolução da esperança das pessoas que viveram situações de horror ou de terror e que perderam a esperança. Muitas vezes, essas pessoas apresentam-se com problemas psiquiátricos e o teatro também ajuda a identificar essas pessoas, encaminhando-as para uma assistência especializada dos médicos, dos psicólogos e dos psiquiatras. O diálogo que promovemos possibilita às pessoas abrirem-se e contarem as coisas que as corroem por dentro. Desta formação que terminou no dia 5 de Setembro, tem alguma história que possa partilhar?Temos a história de uma menina de 16 anos que viu os pais serem degolados e que foi vítima de abusos durante a fuga da zona de ataque para uma zona segura. Segundo as explicações que tivemos, essa menina vivia isolada, não falava com as pessoas, nem se abria com ninguém. Ao participar na formação do Teatro do Oprimido, com um conjunto de jogos e exercícios teatrais, ela começou a soltar-se mais e, no último dia, começou a conversar - até mesmo a rir - e contou a sua história. Inclusive, a história dessa menina foi usada numa das peças criadas durante a formação. Não vou dizer "final feliz", mas conseguimos resgatar uma criança de 16 anos, que parece que está a voltar à vida, está a voltar a sonhar e a ter esperança. A arte permite esse regresso à vida?Acredito que não temos melhor ferramenta do que a arte para curar feridas interiores, para trazer um bálsamo do espírito, fazendo com que as pessoas efectivamente se reencontrem. O que temos estado a dizer - juntamente com os nossos parceiros - é que alguém que passou por situações de trauma físico ou psicológico, que assistiu a momentos de horror, pode receber comida, pode receber roupa, pode receber uma tenda para habitar. A pessoa vai comer, vai vestir-se e vai sentar-se em frente da tenda… e chorar. Porque há coisas que os bens materiais não curam, mas a arte consegue preencher a alma das pessoas e trazer esse sentimento de paz, de alegria, mas, sobretudo, devolver o lado humano do ser. Devolve a dignidade?Exactamente. Então, a arte faz coisas que outras áreas tentam fazer — e não conseguem. Para além da participação das comunidades, esta formação contou ainda com outros intervenientes: a Polícia da República, técnicos dos Serviços Distritais de Educação e Saúde, Mulher, Género e Criança. Qual é o objectivo de envolver outros participantes nesta formação?O principal objectivo é termos a coerência da abordagem e da linguagem, porque criamos peças que falam, por exemplo, da exploração infantil, da violência baseada no género, que falam da protecção e que abordam a área da saúde mental. E nós, como grupo de teatro, reconhecemos que não somos completos em termos de conhecimento. As pessoas de outras instituições ajudam-nos a ter coerência na abordagem, na linguagem, mas também nos ajudam a não retrair as pessoas.Às vezes, como artistas, somos tentados a ver a parte do espectáculo da criação, mas eles ajudam-nos a olhar para a sensibilidade do ser humano e a saber como tratar, mesmo sendo artisticamente, de forma correcta, os assuntos que são profundos e mexem com a vida das pessoas. Então, essas pessoas servem muito para isso. Todavia, em relação à polícia, por exemplo, há um receio das comunidades - sobretudo deslocadas - de verem pessoas com fardamento da polícia e das Forças Armadas. Cria situações de trauma, de susto, e, quando eles são parte do processo de formação, fazemos exercícios em conjunto, abraçamo-nos, corremos juntos, interagimos, actuamos - e essa performance devolve um pouco o sentido de: "embora armado, é um ser humano, pensa e sente como eu". Devolve a confiança?Sim, devolve a confiança! Que balanço faz desta formação? Pensa que se deve repetir esta iniciativa numa sociedade que está tão polarizada? Falou aqui do conflito em Cabo Delgado, mas também tivemos episódios de violência no país, depois do resultado das eleições… Acredito que sim, porque o Teatro do Oprimido abre espaços para o diálogo, abre espaços para a interacção, abre espaços para reflectirmos e buscarmos respostas de forma conjunta e não separada. Infelizmente, o mundo está-se a encher de monólogos. O Teatro do Oprimido busca trazer o diálogo. O que falta na nossa sociedade actual é o diálogo. O que falta é reorganizarmos a nossa sociedade, repensarmos as coisas na perspectiva da paz e da alegria do outro também. Então, nós estamos a trabalhar, sem contrato, em várias províncias do país - não só para as situações do conflito armado, como em Cabo Delgado, Niassa e Nampula - mas também com grupos de mulheres vítimas de violência doméstica. Trabalhamos com grupos de pessoas vivendo com HIV/SIDA, que são discriminadas, que são maltratadas, que são levadas a níveis de vulnerabilidade inaceitáveis. Trabalhamos com todos os grupos de oprimidos para buscar a sua dignidade. Trabalhamos ainda com grupos em zonas que estão a viver o conflito de terras. Em Moçambique temos um grande problema ligado à indústria extractiva, mas também o da agricultura industrializada, como a ameaça da produção de eucaliptos, que está a movimentar comunidades inteiras para abrir machambas de monocultura, que vão criar problemas de alimentação nos próximos anos às comunidades. E usamos o teatro como uma ferramenta de luta dessas comunidades - pela sua dignidade, pelos seus direitos, mas, sobretudo, pelo respeito à vida. E também para criar pontes?Criar pontes, criar espaços de diálogo. É treinar comunidades em estratégias de diálogo e de enfrentamento dos vários tipos de opressores que temos no nosso dia-a-dia.
A artista brasileira Val Souza apresenta em Paris a exposição “Vênus”, uma instalação monumental com mais de 800 imagens que ocupa a Maison Européenne de la Photographie (MEP) entre os dias 3 e 28 de setembro. A mostra é resultado de uma pesquisa iconográfica profunda sobre a representação das mulheres negras no Brasil e no mundo - uma investigação que Souza desenvolve há anos, entre arquivos familiares, revistas, livros, redes sociais e registros etnográficos. A proposta da artista vai muito além da estética. Em “Vênus”, que possui curadoria de Thyago Nogueira (IMS, São Paulo) e Clothilde Morette, Val Souza confronta a violência simbólica presente nas imagens históricas dos corpos negros, ao mesmo tempo em que propõe novas formas de ver e sentir essas presenças. A figura de Vênus, que dá nome à exposição, é ressignificada: não se trata da beleza idealizada da mitologia greco-romana, mas de uma beleza construída a partir "da memória, do afeto e da resistência". Segundo Souza, o trabalho é fruto de "uma trajetória pessoal e artística que remonta à infância". Os álbuns de família criados por sua mãe foram o ponto de partida para uma reflexão sobre a importância da imagem negra. “Minha mãe repetidas vezes mostrou o quanto a nossa imagem era importante”, relembra. Esses gestos cotidianos de afeto contrastavam com a forma como a sociedade tratava sua imagem. “Desde criança eu me perguntava por que algumas pessoas não gostavam de mim, quando em casa eu era tão amada.” A tensão entre o afeto íntimo e a hostilidade pública é um dos motores da pesquisa visual da artista. “A minha intenção não é resolver imagens, muito pelo contrário, é colocar cada vez mais tensão em algumas imagens, que possam produzir na gente outras maneiras de ver, de se perguntar e de conversar com estas imagens”, disse Val Souza à RFI. “Vênus Hotentote” Na exposição, figuras da cultura pop como Beyoncé e Kim Kardashian aparecem ao lado de retratos da própria artista, da escritora e ativista Sueli Carneiro, da cantora Nina Simone, de mulheres anônimas e de Saartjie Baartman — a “Vênus Hotentote”, escravizada e explorada na França no século 19. A multiplicidade de imagens revela uma Vênus essencialmente plural, que existe "tanto na dor quanto na alegria, tanto na opressão quanto na liberdade". A artista também traz para o campo da imagem sua experiência com a performance. “Acredito que aquilo que eu faço ainda é performance, num outro lugar. As imagens que eu crio têm esse agenciamento que não é só visual. No painel da MEP, as pessoas vão ter essa sensação: você vai precisar se mexer, estar perto, estar longe, fazer associações.” Val Souza entende que esse deslocamento do corpo do artista para o corpo da obra é também uma forma de proteção. “Fui entendendo como proteger o meu próprio corpo de situações de violência.” "Periguete" Entre suas performances mais conhecidas, Souza menciona Periguete, uma mulher negra que circula com um carrinho de bebidas. “Ela tem esse nome, mas o nome inicial era Can You See It — você consegue ver isso?”, explica. A performance questiona a visibilidade e os estereótipos associados ao corpo da mulher negra. Segundo a artista, o carrinho carrega bebidas típicas do local onde a ação acontece, como o vinho em Paris ou as cervejas pequenas e rápidas de beber no Brasil, que são associadas à ideia de uma mulher “fácil”. “Essa mulher também tem a ver com a independência de quem está ali bebendo, curtindo uma festa, e por isso é taxada como periguete, por causa da roupa, da atitude.” Val Souza usa um top e um short curto, deixando partes do corpo à mostra, e oferece dança e bebida sem dizer uma palavra — apenas uma placa com “R$ 2” sinaliza a interação. “Se as pessoas conversam comigo, eu posso responder, mas não inicio nenhuma conversa.” A artista reflete sobre como a beleza, na iconografia da mulher negra, se mistura com voyeurismo, sexualidade, exibicionismo e opressão. Costumo dizer que o mapa colonial do Brasil também é o mapa da imagem da mulher negra. Sinônimos como gostosura, delícia, captura, selvageria são usados tanto para o território quanto para os corpos colonizados. Val Souza vê essas camadas como inseparáveis: a selvageria atribuída ao corpo negro convive com uma beleza hipnótica. “Gosto da imagem da onça pintada. Ela pode acabar com você em segundos, mas você fica hipnotizado. É esse misto que sinto que pulsa na minha imagem e nas imagens de mulheres negras.”
Aqui explico de forma "raiz" o que me levou a tocar esse projeto. Acredito que a grife visual é uma busca utópica sim, mas nem por isso deixa de ser valiosa. Neste conteúdo especial explico como vejo isso e porque o branding fotográfico supera de longe o marketing na fotografia profissional. Conheça o Manual Prático do Branding Fotográfico: https://www.enfbyleosaldanha.com/post/manual-pr%C3%A1tico-do-branding-fotogr%C3%A1fico-2026Com apoio de:Fotto – plataforma de vendas com inteligência para fotógrafos - https://www.fotto.com.br/vender-fotosAlboom – soluções completas em sites, marketing e automação - https://www.alboompro.com/
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, disse acreditar que o próprio poder Executivo dos Estados Unidos, chefiado por Donald Trump, vai reverter as sanções aplicadas contra ele com base na LeiMagnitsky. Moraes afirmou o seguinte em entrevista à agência de notícias Reuters: “Assim que as informações corretas forem repassadas, como está sendo feito agora, e as informações documentadas chegarem às autoridades americanas, acredito que não seránecessária nenhuma ação legal para reverter [as sanções]. Acredito que o próprio poder executivo dos Estados Unidos, o presidente, as reverterá.”Felipe Moura Brasil, Duda Teixeira e Ricardo Kertzman comentam:Papo Antagonista é o programa que explica e debate os principais acontecimentos do dia com análises críticas e aprofundadas sobre a política brasileira e seus bastidores. Apresentado por Felipe Moura Brasil, o programa traz contexto e opinião sobre os temas mais quentes da atualidade. Com foco em jornalismo, eleições e debate, é um espaço essencial para quem busca informação de qualidade. Ao vivo de segunda a sexta-feira às 18h. Apoie o jornalismo Vigilante: 10% de desconto para audiência do Papo Antagonista https://bit.ly/papoantagonista Siga O Antagonista no X: https://x.com/o_antagonista Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp. Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais. https://whatsapp.com/channel/0029Va2SurQHLHQbI5yJN344 Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br
Quase 180 países participam de negociações globais para um tratado juridicamente vinculante sobre a poluição plástica, em Genebra, na Suíça. No ano passado, em Busan, na Coreia do Sul, países produtores de petróleo emperraram as discussões. O encontro começou na terça-feira (5) e deve durar dez dias. Para o Brasil, um dos principais pontos de discussão e das propostas apresentadas nas negociações é a questão da saúde humana, explica Maria Angélica Ikeda, diretora do Departamento de Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores e negociadora-chefe da delegação brasileira. “As pesquisas já encontraram microplásticos no corpo humano, no feto, na placenta, no leite materno. Segundo os cientistas, estamos ingerindo muitos microplásticos por várias vias – alimentos, líquidos, etc. O Brasil enfatiza a importância de promover e fortalecer as pesquisas científicas sobre essa inter-relação entre poluição por plásticos e saúde”, diz Ikeda. “Nós sabemos que há muita oposição de algumas outras delegações por várias razões específicas. Estamos abertos ao diálogo e à negociação. Temos, como sempre, como princípio, a flexibilidade, porque queremos ouvir todas as delegações e chegar a um resultado consensual. Mas gostaríamos de preservar o conteúdo relacionado à saúde no tratado”, assinalou a negociadora brasileira. Outro ponto defendido pela delegação brasileira é a transição justa para os trabalhadores da cadeia do ciclo de vida dos plásticos, sobretudo os trabalhadores informais, incluindo os catadores de materiais recicláveis. "Os catadores dependem de valores justos para o material reciclável, para poder garantir sua renda. Eles vendem esse material para os recicladores. Então, é muito importante protegermos esses trabalhadores das flutuações de mercado e prover regulações que realmente assegurem essa fonte de renda”, enfatizou Ikeda. A representante do governo brasileiro também defende a criação de um mecanismo financeiro ambicioso, para que os países em desenvolvimento tenham meios de implementar o acordo. WWF apresenta relatório contundente A organização de conservação WWF corrobora as preocupações com a saúde. Um relatório da WWF de julho de 2025, intitulado Plásticos, Saúde e Um Planeta, destaca que a poluição por partículas plásticas microscópicas representa uma ameaça física e química, devido aos aditivos tóxicos. Substâncias como ftalatos, bisfenóis e PFAS ("químicos eternos") são particularmente preocupantes, associadas a riscos de infertilidade, câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares, além de impactos no desenvolvimento cerebral. O relatório defende uma abordagem de “Saúde Única” (One Health), reconhecendo as profundas interconexões entre a saúde humana, animal e ambiental. Entre as reivindicações da WWF estão o banimento e a eliminação progressiva de plásticos de uso único e de químicos perigosos. Atualmente, menos de 6% das 16.000 substâncias químicas usadas em plásticos são reguladas internacionalmente, embora mais de 26% sejam conhecidas por serem perigosas. A ONG pede regras harmonizadas e vinculantes para o design de produtos plásticos, a fim de melhorar a gestão e a reciclagem dos materiais, além de financiamento e transferência de tecnologia para países em desenvolvimento. Assim, como a delegação brasileira, a WWF também solicita a transição justa para os trabalhadores da cadeia do ciclo de vida dos plásticos, incluindo os catadores de materiais recicláveis. “Uma questão de direitos humanos”, explica Michel Santos, gerente de Políticas Públicas do WWF-Brasil. Críticas à posição brasileira Embora o Brasil tenha uma Política Nacional de Resíduos Sólidos avançada, que prevê o ciclo de vida completo do produto, o país não tem defendido amplamente a redução da produção no tratado, devido à pressão da indústria petroquímica, que não quer ver essa redução no Brasil e no mundo, aponta Santos. Ele ressalta que a indústria insiste que bastam medidas de gestão e reciclagem ("midstream" e "downstream") para resolver o problema, mas a WWF defende que, sem medidas "upstream" (redução da produção), uma solução de fato não será alcançada. Santos lamenta que iniciativas domésticas importantes, como a Estratégia Nacional de Oceanos Sem Plásticos, estejam paralisadas e “desidratadas” por influência dessa indústria. Ele enfatiza que “o capital não pode se sobrepor à saúde das pessoas e à saúde do meio ambiente”. Perspectivas para o tratado Apesar do impasse em Busan, há um otimismo cauteloso em Genebra a respeito de um acordo. Maria Angélica Ikeda compartilha essa visão: “Acredito, pelas conversas com as outras delegações, que existe uma intenção forte dos países de conseguir um acordo em Genebra”. No entanto, ela reconhece que o texto é extenso, aborda muitos temas e as posições dos países são divergentes, o que torna a negociação desafiadora. Michel Santos elogia políticas em relação ao plástico de países como Noruega, Alemanha, México e Guatemala, que defendem um tratado ambicioso. Ele teme que outros, produtores de petróleo como Arábia Saudita, Rússia e Kuwait, possam tentar arrastar as discussões e evitar acordos vinculantes.
Não acredito mais que as organizações sejam o veículo da transformação que o mundo precisa… então porque sigo trabalhando com elas?Depois de mais de 20 anos dedicando minha energia a ajudar organizações a se tornarem espaços de transformação, cheguei a uma constatação dolorida: talvez elas não consigam entregar a regeneração e a inclusão que o mundo precisa.Foi um processo longo, de mais de um ano, revisitando meu propósito, lidando com frustrações, com a sensação de que muitos dos projetos que construí com profundidade foram desfeitos com uma única ‘canetada'.Muita gente interpretou essa fala como um “desistir” das organizações. Mas é o contrário! O paradoxo é esse: mesmo vendo as limitações, sigo apostando nelas – porque é nelas que estão as relações, os vínculos, as possibilidades de aprendizagem e amadurecimento. E é ali, nas frestas, que sigo colocando minha energia!Esse episódio é pessoal. É um convite pra olhar com mais lucidez pro papel que as organizações ocupam e pro que ainda pode ser construído a partir delas. Bom play!Host:Marcelo CardosoProdução:Gabriela Szulcsewski@travs.estudio
Falaa obscuros!! Ontem não pude postar o episódio, semana passada foi um pouco conturbada, então preferi trazer algo um pouco diferente para vocês! Acredito que muitas pessoas que gostam do Receios Obscuros, sejam fãs do Relatos do Além também. Nesse caso, alguns de vocês ouviram esse episódio em que eu regravei um dos relatos mais assustadores do Receios Obscuros - A Criatura. Para quem ainda não ouviu, tenho certeza que vai gostar muito e para quem já ouviu, aconselho ouvir de novo, nunca é demais! Boa diversão!
No ‘Programa das Minas‘ você ouve bate-papo, descontração e interação com a audiência da Atlântida Santa Catarina. Acompanhe as lives dos programas no YouTube Atlântida SC.De segunda à sexta, das 14h às 15h, para toda Santa Catarina!
A persistência vem de uma espécie de força interior que anda de mãos dadas com a paciência, com a certeza e com o propósito, porque só assim a gente se mantém firme na caminhada mesmo diante de dificuldades, fracassos ou derrotas temporárias. No entanto, a vida me ensinou que persistir é diferente de insistir. Hoje, está claro para mim que muitos episódios da minha vida foram marcados pela minha insistência, e não persistência. Acredito que a gente começa a perceber que está insistindo ao invés de persistir quando aquilo que desejamos conquistar ou manter não mais gera aquele brilho nos olhos.---------------------------------------------------------------A vida é uma jornada, com várias etapas e ciclos! E depois de muito tempo trabalhando com Coaching, eu aperfeiçoei a metodologia de coaching para ajudar você a encarar os desafios e promover o seu crescimento pessoal e profissional. Descubra a Jornada e seja Coach de si mesmo!A Jornada é muito mais do que um produto digital, é mais do que uma metodologia, é mais do que ferramentas, é a SUA HISTÓRIA! Acesse: https://ponteaofuturo.com.br/jornada/
A comunicadora Ana Markl é a convidada desta semana do Posto Emissor. Com um livro, “Do Outro Lado do Tempo”, editado este ano, a radialista e escritora recordou a sua adolescência, falou do papel da música na sua vida e partilhou o que tem aprendido com a maternidade. A morte de Ozzy Osbourne e os concertos da próxima semana foram outros temas da conversa.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Hola! Que tal? Neste episodio você vai aprender de uma forma fácil e prática os números em português. Sim! É como se fosse uma conversa mesmo! Acredito que é uma forma super didática para aprender os números em português. Aproveito para informar que também me dedico a dar aulas de português em formato presencial no México(CDMX) e em formato online também para qualquer país do mundo! Para maiores informacoes acesse www.brasilfacilmx.com email: diegolavegafarias@brasilfacilmx.com instagram: brasilfacilmx
O Brasil foi o grande homenageado da tradicional queima de fogos da Torre Eiffel, espetáculo que marca o encerramento das comemorações do 14 de Julho, a festa nacional francesa. O verde e o azul tomaram conta dos céus de Paris e drones reproduziram imagens representando o samba e a Amazônia. Como acontece todos os anos, o encerramento da festa nacional aconteceu na Torre Eiffel. Diversos artistas se apresentaram em um concerto gratuito, em um palco montado no Campo de Marte. No programa, música clássica, ópera e samba. A música “Saudade fez um samba”, de João Gilberto, foi apresentada pela violoncelista brasileira Dom La Nena, junto à Orquestra Nacional da França. Já o sopranista Bruno de Sá interpretou a obra Bachianas Brasileiras nº 5, de Heitor Villa-Lobos. As referências ao Brasil continuaram ao longo de todo o show e no fim os artistas brasileiros se juntaram aos demais para cantar o Hino Nacional francês, a Marselhesa. Leia tambémSopranista brasileiro vai cantar em concerto do 14 de julho, um dos mais importantes da França Animais e sambistas Mas o ponto alto da noite foi, sem dúvida, a queima de fogos de artifício. Celebrando a amizade entre França e Brasil, o espetáculo, que durou 25 minutos, começou com a torre iluminada de verde e azul. Mais de mil drones foram responsáveis por formar frases e imagens, como figuras dançando samba, animais, corações e símbolos da França, incluindo a frase Liberté, Égalité, Fraternité (Liberdade, Igualdade e Fraternidade), além de uma homenagem aos dez anos da assinatura do Acordo de Paris, sempre acompanhados por música. Drones impactam o público O público compareceu em peso para prestigiar o espetáculo. Com algumas estações de metrô fechadas por questões de segurança nas imediações do Campo de Marte e do Trocadéro, uma multidão se aglomerou nos acessos mais próximos. Acompanhado da namorada, o francês Justin elogiou: “A encenação com os drones foi muito legal, com muita originalidade. E os fogos estavam lindos.” Já Solène, que é da Bretanha, falou sobre o encanto de ver o show de fogos ao vivo. “Foi a primeira vez que vi o espetáculo aqui em Paris e eu gostei muito! Já tinha visto pela TV, mas é verdade que, pessoalmente, é muito melhor.” Essa também foi a primeira vez que o francês Paul assistiu aos fogos ao vivo. “Foi excepcional! Acredito que seja o primeiro ano com os drones, e o espetáculo foi realmente fantástico”, disse. Festa nacional Mais cedo, também como parte da programação do 14 de Julho, foi realizado um desfile militar na Avenida Champs-Élysées, com a presença do presidente Emmanuel Macron.
O Canto da Poesia Nós Na Fita é um programa destinado a leitura de poemas, textos e letras de músicas com o objetivo de transmitir, através das palavras e da musicalidade, uma mensagem para o nosso ouvinte, através da curadoria dos nossos jornalistas.Nesta semana, Leonardo Sá leu um poema sem título, de autoria de Pier Paolo Pasolini (1922-1975), poeta, cineasta, romancista e ensaísta. Uma das vozes mais inquietas e radicais de seu tempo, o italiano denunciou a massificação cultural, o conformismo político e a degradação da linguagem. Ouça!"Me encontro nesta sala com o rosto de menino, adolescente e agora homem. Mas, ao meu redor, não muda o silêncio e o branco sobre os muros e as águas;há milênios anoitece o mesmo mundo.Mas mudou o coração;e após poucas noites, se apaga toda aquela luz, que do céu reacende a campina, e mil luas não bastaram para me iludir com um tempo que realmente fosse meu. Um breve arco marca a lua no céu. Viro a cabeça e a vejo descida, imóvel, como inexistente na luz cansada.E assim se reflete na campina escura e serena. Acredito tudo esgotado daquele perfeito engano e eis que parece renascer a lua, e de repente cantam, tranquilos, os grilos o canto antigo."
Quando acredito no que carrego, eu compartilho | Pr. Gilmar Souza by Igreja Cei
Fala pessoal, tudo bom com vocês? Episódio passado teve bastante comentários, então peço que continuem, não custa nada deixar um comentário positivo! Ajuda tanto pros números do Spotify quanto pro incentivo de gravar! Sobre esse episódio foram diversos relatos bem detalhados e com temas diferentes do que costumo trazer, então curti demais! Acredito que vocês também vão curtir
Nos 50 anos da independência de Cabo Verde, a RFI publica uma série de reportagens sobre este tema. No décimo episódio, ouvimos jovens que reivindicam o legado de Amílcar Cabral, que questionam o que foi feito dos ideais revolucionários e que consideram que “a luta continua”. Nesta reportagem, conversamos com o rapper Hélio Batalha, o artista plástico Hélder Cardoso, o artista multidisciplinar Djam Neguim e o sociólogo Redy Wilson Lima. A música de Hélio Batalha “não é só rap”, é muito mais e é muito político. É isso mesmo que ele diz numa das mais recentes canções, “não pode ser só rap”. Ele acredita no poder interventivo da arte e na urgência em fazer despertar os jovens para as lutas de hoje. “Esta música fala sobre a questão de que o pessoal ouve a música só com o ouvido do entretenimento, não entende que a arte não é só uma manifestação artística em si. Ela também traz no seu âmago questões políticas e ambições sociais fortes”, começa por explicar Hélio Batalha. É preciso resistir contra o esquecimento das lutas de libertação dos povos de Cabo Verde, da Guiné-Bissau e de África em geral. Face ao que é denunciado como risco de branqueamento da memória colectiva e histórica, Amílcar Cabral representa, para uma juventude desperta, o expoente máximo de uma geração que levou até às últimas consequências a resistência a um sistema opressivo, o colonialismo. Por isso, “a luta continua” 50 anos depois da independência de Cabo Verde. “Cabralistas wake up”, do rapper Pex em que Hélio Batalha participa com Rabeladu Lopi, é uma música que fala das dificuldades dos tempos actuais e que resgata Amilcar Cabral logo para o título. Para Hélio, “o jovem cabo-verdiano deve ser Cabral hoje”, um “jovem indignado e de coração cheio”. No fundo, como diz a música, um “fruto da Revolução Cabral”. O músico considera que os ideais de Amílcar Cabral foram traídos, por isso, diz - num outro rap - que “a luta continua”. “Essa luta tem de ser contínua, tem de ser uma luta todos os dias. Por isso é que falar sobre Cabral, falar sobre a independência, falar sobre a luta de libertação dos povos de África são pilares fundamentais para que a luta continue. Porque não há luta sem conhecer o passado (…) Tenho uma música que se chama ‘Imortal', que fala que nós, os povos africanos, temos a necessidade de estar sempre cientes e prontos para continuar essa luta porque temos vários problemas de diferentes ordens que não podemos deslumbrar só com o acto da independência”, explica Hélio Batalha. O rap está a fazer com que os jovens descubram ou redescubram a história de Amílcar Cabral e a própria luta de libertação de Cabo Verde. O sociólogo Redy Wilson Lima, que tem estudado este tema, reitera que “o Cabral da juventude é símbolo de resistência”, ainda que a figura histórica tenha sido demasiado partidarizada em Cabo Verde. Quanto às perspectivas de futuro do país, Redy Wilson Lima responde: “A luta continua”. Na reportagem que pode ouvir, fomos também espreitar alguns dos murais que representam Amílcar Cabral na cidade da Praia. Um dos mais conhecidos está num bairro periférico, na Achada Frente Grande, realizado pelo artista português Vhils, na fachada de um liceu. No centro da cidade, no Plateau, foi o jovem cabo-verdiano Hélder Cardoso a homenagear o líder da luta de libertação na fachada lateral da Fundação Amílcar Cabral. Esta é uma história que o inspira desde criança e é graças a ela que pode “pintar em liberdade”. Por isso, no mural em que retrata Cabral, ele também transcreveu a sua frase: “A luta pela libertação não é apenas um acto de cultura, mas também um factor de cultura”. “Acredito que se hoje tenho um grande conforto é porque um grupo resolveu, lá atrás, mesmo sabendo de todos os riscos e sabendo que poderiam nem usufruir do que estavam a lutar, que foi o caso de Amílcar Cabral, mas mesmo assim puseram isto como a causa maior. Então, o mínimo da minha parte é prestar homenagem a esse grupo, representado pela figura de Cabral sendo o líder”, explica o artista que assina as obras como HJC. Hélder Cardoso também pintou um mural de Amílcar Cabral com um bebé ao colo na ACOLP, Associação dos Combatentes da Liberdade da Pátria, assim como outro a representar Pedro Pires. A casa fica junto a um dos mais conhecidos liceus da cidade e Hélder Cardoso espera que os murais inspirem os alunos. “O mural de Amílcar Cabral é um mural onde usei de referência uma fotografia emblemática, que é a de Amílcar Cabral a segurar uma criança. Ele sempre dizia que as crianças, os jovens, são o futuro da Nação e flor da revolução. É esta responsabilidade que, nós, os artistas, temos neste processo de perpetuar, homenagear, passar a mensagem, educar”, acrescenta. A luta de libertação também inspira as artes performativas. Djam Neguim levou a palco, no ano passado, um espectáculo intitulado AMI.LCAR, em que revisitou esta figura histórica como um ponto de partida para pensar lutas contemporâneas. “Eu acredito que nós somos mais fortes juntos e que a transformação é feita pensando no colectivo e cada um de nós tem que se colocar nesse lugar de lutador. Não olhar para Cabral como uma figura a idolatrar, mas mais como um ponto de partida para nós fazermos as nossas lutas contemporâneas”, resume. Para marcar os 50 anos da independência, também nas artes de palco, o artista multidisciplinar Djam Neguim organizou, em Maio, o Kontornu, um festival internacional de dança e artes performativas, em que participaram companhias de nove países. Só que as dificuldades foram muitas devido à falta de apoios, o que mostra que apesar de a cultura ser uma marca identitária e turística de Cabo Verde, a luta continua também para os artistas e ainda se vive “uma utopia num país em construção”, conclui Djam Neguim. Se quiser aprofundar este assunto, pode ouvir aqui as entrevistas integrais aos convidados desta reportagem:
Nesta aula, vamos aprender a falar sobre metas, planos e sonhos em francês — seja para o futuro próximo, ambições de carreira, objetivos pessoais ou projetos em andamento. Esse vocabulário é muito útil para entrevistas, apresentações pessoais e conversas mais profundas.1. Expressar objetivos e metas em francêsMon objectif est de… – Meu objetivo é… J'aimerais… / Je voudrais… – Eu gostaria de… Je veux améliorer mon français. – Quero melhorar meu francês. Je rêve de travailler à l'étranger. – Sonho em trabalhar no exterior. Mon but, c'est de réussir ce projet. – Minha meta é ter sucesso/conseguir neste projeto.Exemplo: Mon objectif cette année est d'apprendre à parler couramment.********
Nesta segunda parte do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, o médico pediatra Mário Cordeiro refere alguns dos principais desafios que as crianças e jovens enfrentam atualmente e destaca algumas ferramentas e estratégias de superação. Mário confessa uma certa angústia existencial sobre a finitude e como decidiu abrandar o ritmo nos últimos anos e dedicar mais tempo à família, aos amigos, ao cão, à escrita e às aulas de piano. No final, revela ainda algumas das músicas que o acompanham, sugere várias leituras e muitas outras sugestões culturais. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Sabe aquela sensação de ter mil abas abertas na cabeça sobre a casa, os filhos e todos os processos envolvidos no cuidado? Isso é a carga mental, o peso do trabalho invisível de gerenciar lar, filhos e rotina, e neste vídeo eu quero conversar sobre isso.Muitas vezes, essa carga mental recai majoritariamente sobre as mulheres, gerando estresse, burnout e um profundo ressentimento no relacionamento. Homens, esse vídeo é um convite especial para vocês. Vamos entender por que muitas vezes não percebemos esse trabalho invisível e como podemos ser parceiros de verdade na divisão de tarefas e, principalmente, na responsabilidade compartilhada pelo gerenciamento da vida familiar.Nesse vídeo eu te mostro como identificar a carga mental, o impacto dela na saúde mental feminina e na dinâmica do casal, e trago estratégias práticas para tornar essa divisão mais justa. Vamos falar sobre como mapear tarefas, conversar abertamente, redistribuir responsabilidades (e não só tarefas!) e criar sistemas que funcionem para a sua família.Acredito que dividir a carga mental é fundamental para construir um casamento mais leve, uma parentalidade mais conectada e uma vida com mais bem-estar para todos. Assumir essa responsabilidade compartilhada é um passo importante para uma masculinidade mais consciente e presente.Como é a divisão da carga mental aí na sua casa? Você se sente sobrecarregada(o)? Você, homem, já parou para pensar sobre esse trabalho invisível? Deixe seu comentário, vamos conversar!=========================Para conhecer mais do meu trabalho, clica aquihttp://paizinho.link/links==CRÉDITOS==Direção: Hugo BenchimolEdição e Pós-Produção: Tatiana TrindadeRevisão: Evelyn Martins
Pai de cinco filhos, avô de 7 netos e o mais novo de 8 irmãos, Mário Cordeiro revela que se tornou médico pediatra, seguindo a profissão do progenitor, talvez para curar o trauma do “bullying” que sofreu na infância. Preocupado com as novas formas de violência e “cyberbullying“, partilha alguns desses relatos que lhe chegam ao consultório. Mário completa 70 anos e, depois de superar um acidente cardíaco ocorrido há 7, garante que está “para as curvas“, como o seu velho automóvel. E aqui se afirma um “cãomaníaco”, com adoração pelo seu cão Chopin. “Acredito que os cães humanizam as pessoas.” Ouçam-no nesta primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Sandra Duarte Cardoso fundou há dezoito anos a organização não governamental SOS Animal e, em 2020, criou um santuário em Santarém onde tem mais de uma centena de animais que vivem livres, sem serem alvo de qualquer exploração. Autora e apresentadora do programa “À Descoberta com…”, na SIC, e das curta-metragens “Saudade” e “Profundo”, há quatro anos sofreu um acidente com uma égua que lhe atingiu as costas e o cotovelo. Desde aí, passou a viver com uma dor neuropática crónica. E revela como o tratamento com psicadélicos a fez sair da escuridão. Defensora do uso da IA em todas as profissões, até na medicina, para que a sociedade ganhe mais tempo, afirma-se preocupada com as ameaças à democracia. Ouçam-na na primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
"Acredito que Putin quer resolver". Trump diz que seria "ótimo" ter entre conversas de paz entre a Rússia e a Ucrânia no Vaticano
No 'TV Elas Por Elas Formação' desta quarta-feira (14/05) acompanhe a apresentação da aula:“Feminismo e produção cultural", com Neide Nobre.Neide Nobre é ativista cultural, atualmente conselheira de cultura do Distrito Federal, representante da Sociedade Cívil, agente territorial do Comitê de Cultura do DF. Acredito no poder da coletividade para transformar realidades e ampliar vozes, fortalecendo quem trabalha pela cultura e pelo desenvolvimento social nos territórios periféricos do Distrito Federal.
Miguel Sousa Tavares comenta o processo de averiguação preventiva de que o líder do PS é alvo para questionar o momento escolhido pelo Ministério Público. O cronista critica ainda o Governo por "não dizer toda a verdade" sobre os custos do investimento em Defesa e aponta o dedo à falta de uma reação do Estado português perante o "absurdo" imposto por Trump às universidades.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Nesta segunda parte, a cantora, poeta, performer e ativista trans Lila Tiago fala da beleza como resistência queer, deixa uma crítica à falta de diversidade em muitos palcos musicais no país, recorda a invasão de palco da performer trans Keyla Brasil a meio da peça “Tudo Sobre a Minha Mãe”, que esteve em cena no Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, considerado por si um momento histórico de discussão cultural no país. Mais à frente fala da zanga e grande preocupação pela repetição de certos ciclos políticos no mundo. Depois, comenta o conflito de estar presente em redes sociais controladas por quem está a destruir as democracias e a restringir liberdades e direitos. No final, ainda partilha algumas das músicas que a acompanham, várias sugestões culturais e lê um texto especial de João Caçador. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Em um dia histórico, Jair Bolsonaro tornou-se o primeiro ex-presidente a virar réu por tentativa de golpe de Estado. A análise do caso foi decidida pela primeira turma do Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira (26), quando os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin leram seus votos, acompanhando o relator, ministro Alexandre de Moraes. Agora, o ex-presidente e mais sete aliados, incluindo militares de alta patente, vão a julgamento — a data ainda não foi marcada. Se condenados, eles podem ser presos por atentar contra a democracia. Diferentemente da terça-feira,(25) quando Bolsonaro esteve no plenário da Corte, neste segundo dia, ele acompanhou a análise do gabinete do filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL). Depois da sessão, Bolsonaro disse que as acusações são infundadas, repetiu os ataques a Moraes e ao sistema eleitoral. Para analisar as chances de Bolsonaro conseguir evitar uma condenação, Natuza Nery entrevista Davi Tangerino, advogado criminalista e professor de direito da UERJ, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Ele também detalhe os votos dos ministros, que decidiram de forma unânime. Depois, para entender as repercussões políticas e o discurso de Bolsonaro que, depois da sessão, disse que as acusações são infundadas e repetiu os ataques a Moraes e ao sistema eleitoral, a conversa é com Vera Magalhães, colunista do jornal O Globo, âncora na rádio CBN e apresentadora do programa Roda Viva, da TV Cultura. "Acredito que ele corre mais risco de ter produzido alguma nova prova contra si. Eu achei que, se tinha alguma estratégia ali, ela se perdeu logo no início daquela longa fala meio desconexa."
Esse episódio é como uma confissão do que me levou a me envolver com esse assunto. Acredito que foi justamente por notar que marketing não faz tanto sentido e acaba sendo doloroso para colegas. O branding fotográfico é muito melhor. Entenda como. https://www.enfbyleosaldanha.com/
Fala pessoal, tudo bem? Na sexta que vem teremos uma novidade no Podcast! A Nate do Refúgio das Sombras vai ter um quadro semanal aqui no Receios Obscuros toda sexta-feira com relato do Reddit! Acredito que vocês vão curtir muito. Ela faz participação no Relato do Além também, do Zoucas, e eu vou deixar aqui o link para o Podcast dela para quem quiser conhecer o trabalho dela: Refúgio das Sombras
“Não acredito no cessar-fogo”. Presidente da comissão de Negócios Estrangeiros quer mais armas para Ucrânia continuar a guerra
Leitura Bíblica Do Dia: 1 Samuel 24:1-7 Plano De Leitura Anual: Números 15-16; Marcos 6:1-29 Já fez seu devocional hoje? Aproveite e marque um amigo para fazer junto com você! Confira: A oferta parecia boa e era exatamente o que Pedro precisava. Ele era o único responsável pela renda de sua jovem família e, depois de ter sido dispensado, orou desesperado por um emprego. “Com certeza, esta é a resposta de Deus para as suas orações”, sugeriram seus amigos. Mas quando Pedro leu sobre o possível empregador, ele se sentiu desconfortável. A empresa investia em negócios suspeitos e havia sido denunciada por corrupção. Por fim, Pedro rejeitou a oferta com muito pesar e me disse: “Acredito que Deus quer que eu faça a coisa certa. Só preciso crer que Ele proverá”. Pedro lembrou-se do momento em que Davi encontrou Saul numa caverna. Parecia que ele havia recebido a oportunidade perfeita para matar seu perseguidor, mas Davi resistiu. “Que o Senhor me livre de […] atacar aquele que o Senhor ungiu como rei” (1 Samuel 24:6). Davi foi cauteloso e capaz de distinguir que a sua própria interpretação dos fatos era diferente da ordem de Deus para obedecer a Suas instruções e fazer a coisa certa. Em vez de sempre procurarmos por “sinais” em certas situações, busquemos em Deus e em Sua verdade a sabedoria e orientação para discernir o que se apresenta a nós. Ele nos ajudará a fazer o que é certo a Seus olhos. Por: Leslie Koh
Você, como mãe, já se sentiu incompetente? Já teve o sentimento de fingir que sabia o que estava fazendo? Já se viu ser uma impostora prestes a ser descoberta? Esse sentimento habitou Maria Carolina nos primeiros momentos da maternidade. No começo, era medo. Medo da convivência com alguém que ela não conhecia, medo do filho não gostar dela. Afinal o que deixa uma mulher plenamente capaz de exercer a maternidade? Maria Carolina fala dos cuidados com o seu bebê, da terapia que ajudou a ser mais generosa consigo mesma. Ela conta que ser reconhecida como mãe pelo outro foi essencial na construção da maternidade. Acredito que esse reconhecimento passe pela palavra, mas não só. Para sustentar a relação mãe-bebê precisamos de atos, atos de quem cuida, atos de quem participa dessa vida cotidiana. Atos dão contorno. “Estava sozinha, mas acompanhada”, diz Maria Carolina. É isso, se não existe bebê sem mãe, será que existe mãe sem um entorno que a enxergue como tal?
No episódio desta semana, Camilo Pinheiro Machado, Pedro Maia, Raphael Roque e Renato Ambrosio analisam a troca de impacto sem precedentes nas redes sociais. O Dallas Mavericks mandou Luka Doncic, Maxi Kleber e Markieff Morris para o Los Angeles Lakers em troca de Anthony Davis, Max Christie e uma escolha de 1ª rodada do Draft de 2029. Poucas horas após a celeuma gerada em torno da negociação, surgiram os primeiros porquês sobre o movimento, que para muitos é inexplicável. Nico Harrison, gerente geral dos Mavericks, disse à ESPN americana: "Acredito que defesas ganham jogos. Adquirir um pivô (Anthony Davis) que frequenta seleções de defesa da liga, que também tem seleções para time ideal e possui mentalidade defensiva nos dá uma chance melhor (de título). Nossa composição é para vencermos agora e no futuro". Dá o play!
Bom dia, boa tarde e/ou boa noite! Desculpe pela bagunça, mas é de maneira incrédula que trazemos para vocês mais um episódio do pior podcast de todos os tempos. Dessa vez contamos aquelas nossas histórias que estariam prontas para entrar nos livros de “parlendas suburbanas”, porém não temos medo de dizer: “É inacreditável, mas aconteceu comigo!”. DOAÇÕES: pix@xorume.com.br Ouça essa delícia de podcast e se emocione uma noite na casa do Tora; velhos ladrões de namoradas; e carros nada velozes, mas mesmo assim furiosos… Convidado de hoje: LAFON (Especialista em esquiva em cima de árvores).
O ser humano costuma dizer: 'Eu só acredito vendo!' Mas, curiosamente, quando finalmente vê, reage com: 'Não acredito!' Já parou para pensar nisso? Assim também é intrigante como muitos exigem sinais e provas para acreditar em Deus, mas aceitam sem questionar tantas coisas no dia a dia, mesmo sem jamais terem visto ou provado. A fé é crer sem ver e isso é uma questão de escolha e inteligência.
O Maycon teve uma infância difícil, marcada pela perda da sua mãe e pela irresponsabilidade do seu pai. Aos 20 anos, ele começou um relacionamento com a Patricia, mas devido ao seu foco no trabalho e nos estudos, ele passou a estar menos presente. Um dia, ele chegou em casa e viu o seu Pai beijando a Patricia na cozinha! Apesar da dor e da supresa, ele resolveu perdoar, mas a situação piorou quando ela ficou grávida, então esse filho era na verdade seu irmão. Novamente o Maycon resolve perdoar e em vez de ver a criança como um símbolo de dor, ele assumiu o papel de pai, algo que ele mesmo nunca teve.
William Ury é antropólogo, professor e escritor que trabalha há mais de 40 anos na negociação de conflitos. Ele foi cofundador do conhecido programa de negociação de Harvard. Além disso, ele ajudou a fundar a rede internacional de negociação com o ex-presidente Jim Carter. Ury trabalhou como consultor de negociação e mediação em conflitos do Oriente Médio, nos Bálcãs, na Antiga União Soviética, na Indonésia, na Iugoslávia, na Chechênia e na Venezuela, entre vários outros países. Seus livros sobre negociação se tornaram best-sellers, são lidos no mundo inteiro por grandes líderes. Ele inspira conversas produtivas no mundo inteiro. Hoje, o Mamilos Café recebe o professor-doutor William Ury, falando diretamente da sua casa, no Colorado, Estados Unidos. _____ Contato: mamilos@mamilos.me