Com o Supremo, com tudo!
Besuntados em álcool gel e mascarados até os dentes, nos encontramos com o dever cívico em benefício do sufrágio universal. Conversamos com Wagner Romão, cientista político, professor da Unicamp e candidato a vereador em Campinas pelo glorioso Partido dos Trabalhadores. Contamos com a ilustre presença remota de Jamila Venturini e Rafael Bantu para jogarmos no colo do candidato, tal qual um espinhoso abacaxi flamejante, temas relativos às cidades, tecnologia, cidadania e muitas tretas mais. Sem música barulhenta de fundo, um papo descontraído porém civilizado, porque o Trepa também sabe comer com garfo e faca.
O futuro ao Covid19 pertence! Mas qual é esse futuro mesmo de verdade ninguém sabe. O que temos de perspectivas agora não é bom, mas pensando que pode ser muito pior se não for tão pior vai ser bom pra caralho. Assim esperamos, e vamos rolar na grama felizes leves e soltos bebendo cerveja ao sol e abraçando todo mundo quando tudo acabar bem. Se bem que a história nunca acaba, nós sim. Foi com esse soturno espírito inquisitivo e especulador que fizemos mais um Trepa na Quarentena, falando sobre indefinições e possibilidades e iniciando – ou continuando – uma mirada trepística nos cenários que nos esperam e que faremos (embora não como queremos, já dizia o velho Karl). A fisiologia do vírus, o exoesqueleto da política internacional, o hemograma da ciência e da tecnologia, uma radiografia da briga entre os poderes locais, uma tomografia das relações Norte-Sul. O Trepa se indaga o que vai acontecer com as populações e países mais pobres se o vírus for regionalmente vencido mas se tornar globalmente operante. Também discute e condena o blame game dos líderes mundiais enquanto fica encafifado com o fato de o Estado de Bem-Estar Social estar tão em alta (bem-vindo Merval Pereira?). Tá tudo muito estranho e só nos resta confundir um pouco mais enquanto espera que o mundo se desenrole um pouco. Ao fundo, os agridoces do Bad Religion.
Mandetta, Mandetta, Mandetinha… Resista, ouvinte, a essa introdução escatológica do Trepa na Quarentena e ouça a nossa discussão sobre o ministro mais polêmico do Brasil. O ministro que é quase uma unanimidade entre os adversários e cada vez mais odiado pelos seus parceiros. O doutor que o presidente, aquele que não se sabe se exerce de fato tanto a presidência quanto exerce a parceria com o SARS-CoV-2, não consegue demitir. Estávamos anestesiados por mais um pronunciamento do genocida em chefe, e grogues de gráficos sobre mortes, quando tentamos refletir se é uma boa ou não ter o coletinho do SUS fazendo coletivas todos os dias, mais liso que álcool-gel 70% com aloe vera. E a relação dos estados e municípios com a federação? Quem segura a onda e quem tá ligando o foda-se? Falamos sobre isso no Brasil e no mundo, apontando o quanto no escuro estamos com relação a dados sobre o que afinal está acontecendo. A gente liga a TV e vê a Seleção de 82 jogando, isso é bacana, mas o resto não tá fazendo muito sentido. Mas não, não ouvimos Moraes Moreira como pode parecer. Ele ainda estava entre nós então fomos de Infectious Grooves mesmo.
E não é que o mundo tá acabando antes mesmo do Trepa, esse falso ponta-esquerda zumbi, ressuscitar? O que nos aguarda, caríssimas, caríssimos e caríssemes? Nada será como antes, um outro mundo é possível ou o bom filho à casa torna? Oh, no, no, please, God, help me, já dizia nosso amigo Ozzy Osborne, que foi o que ouvimos nesse inesperado encontro virtual às vésperas do aniversário do Golpe Militar. Pensando na encruzilhada que nos metemos e rejeitando falsas dicotomias, conversamos sobre as soluções apresentadas para a crise e empurradas na nossa goela abaixo. Claro que as tecnologias digitais e cibernéticas são o item número 1 no menu apresentado, nesse cenário de pandemia que mais parece um sonho molhado do Capitalismo de Vigilância. Mas tem também a tão esperada renda básica e o ocaso do neoliberalismo hiper-financeirizado dos mercados agora de joelhos. Será que ele volta? Se cuidem, cuidem dos outros, fiquem em casa e ouçam a gente.
Não acabou, tem que acabar, eu quero o fim do podcast Trepa Muleke… Sim, amigas, amigos e amigues, o trepa está indo embora. Já deu, ninguém aguenta mais essa zona e às vezes é melhor simplesmente recomeçar, pois um novo trepa está para chegar. Mas, enquanto o novo não vem, seguimos com aquele mais do mesmo com o qual já estamos acostumados, aquela balbúrdia inebriada sem compromisso com o acerto. Falando em desacerto, o celerado em chefe do Império simplesmente matou o general mais bem quisto do Irã, fazendo com que o mundo já tenha pesadelos com uma possível nova guerra. Uma hipótese é que o laranjão tenha seguido os métodos bolsonaristas e tenha mandado uma cortina de fumaça perigosa para distrair os estadunidenses do impeachment. Outra pauta quente é a debatida relação entre 2013 e a CIA. Hipótese coerente historicamente ou cortina de fumaça para a culpa do PT? E o Lula? Ou será que a CIA já terceirizou tudo e quem tá pautando é a Cambridge Analytica? Falamos um pouquinho de novos emails vazados por ex-funcionários da empresa e muito sobre a atuação da companhia sob a luz de matérias já publicadas e do filme Privacidade Hackeada. E discutimos como o assunto Inteligência Artificial ressurgiu e tem sido ressignificado como a grande coisa que vai mudar tudo ao mesmo tempo agora nos próximos anos. Basicamente uma geringonça com nome charmoso, tipo o que o Marcelo Freixo quer fazer no Rio de Janeiro. Especulações eleitorais geringoceiras como as conversinhas Dino-Huck fecham a tampa do caixão dessa conversa, que rolou na tarde do último sábado. Para deleite das bombas de Trump, o som foi da banda de prog metal iraniano Integral Rigor.
As Grandes Guerras Religiosas Trepa Muleke. Não, não foi por causa disso que brigamos, nessa hora a gente tava bem de boa e até nosso membro ilumino-popperiano fez uma reza para a Nhá Chica enquanto ajoelhava para Carl Sagan. Sério, teve a história do Padre Rodolfo, o polonês de São José dos Campos. Afinal, a gravação rolou no 12 de outubro, que por sinal é o dia da chegada de Colombo nas Américas. Talvez seja por isso que o pau tenha quebrado quando falamos sobre o Equador, Lênin Moreno e o medo e a validade da voz das ruas, com direito a muita psicodelia argumentativa, dedo nos olhos e gritaria. Afinal, como foi lindamente dito, “somos reféns de nossa imaginação”, mas, no caso, essa frase se aplicou ao momento autocrático brasileiro, em que o pau já está comendo, a opressão é institucional e cotidiana, mas parece que não nos demos conta porque tá faltando algum tipo de aviso oficial. Ainda que nosso maníaco em chefe já tenha declarado que o Brasil tem inimigos internos e externos. No quesito imagens mentais espúrias, inclusive, ele tem usado o reductio ad venezuelum para botar a culpa das manchas de petróleo que estão chegando e a imprensa vai embarcando. Não aqui!, caras e caros ouvintes, aqui tem informação sobre a cientificidade do CSI petróleo, uma investigação sobre origens genéticas. Informação precisa, ainda que este programa não tenha compromisso com o acerto. Tanto é que chamamos a banda do saudoso Ginger Baker de airplane e não de Ginger Baker’s Airforce, que é o correto. Mas o som rolou direitinho, Mr Baker tocando também com Fela Kuti e com os meninos do Cream.
O ar no Brasil está irrespirável. E foi sob as névoas da fumaça ocre da Região Metropolitana de Campinas fazendo ante-sala para um aparição do Godzilla que o podcast mais bissexto da Internet retorna aos seus ouvidos. Saudando a arte sutil do Facada FEST e a poesia sonora de Cérebro de Galinha e Chico Doido HC a mesa começa debatendo as estripulias ambientais do clã presidencial e os projetos militares de destruição ocupante da Amazônia. Nos próximos dias aquele que tem se alimentado de comida pastosa — por recomendação médica, dizem — vai lá falar (sic) na ONU. Lógico que vai produzir vergonha, assim como a ministra Damares, que recentemente esteve no Foro da Hungria, um convescote de gente branca e retrógrada cuja participação brasileira foi financiada com dinheiro público. Mas a elite brasileira/financista, embora se envergonhe, não parece se importar de fato, desde que o desmonte do Estado lhes renda uns caraminguás. Assim sendo, 2023 é logo ali? Devemos já fazer cálculos eleitorais para quando o Sol puder surgir de novo? Falamos um pouquinho do Direitos Já e de loucura, loucura, loucura. Soltamos até uma ideia de reality show eleitoral que vai revolucionar a democracia brasileira. Inclusive, a propósito, seriam nossos hermanos argentinos um bom exemplo de estratégia sagaz da esquerda que vai retornar ao poder? Parte da mesa já dá a Cristina e seu cabeça de chapa que mal conhecemos mas já curtimos como favas contadas. Parece que o pêndulo volta, mas ô treco demorado. Por que Maduro não cai? Com Damares, “Cúpula da Demografia” ataca ONU, feminismo e homossexuais https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2019/09/21/com-damares-cupula-da-demografia-ataca-onu-feminismo-e-homossexuais.htm Contagem regressiva para revanche peronista nas eleições argentinas https://telegra.ph/Contagem-regressiva-para-revanche-peronista-nas-elei%C3%A7%C3%B5es-argentinas-09-23 Grupo usou whatsapp para convocar “dia do fogo” no Pará https://revistagloborural.globo.com/Noticias/noticia/2019/08/grupo-usou-whatsapp-para-convocar-dia-do-fogo-no-para.html Nuvem de fumaça em São Paulo despertou interesse mundial de buscas por queimadas na Amazônia https://oglobo.globo.com/sociedade/nuvem-de-fumaca-em-sao-paulo-despertou-interesse-mundial-de-buscas-por-queimadas-na-amazonia-23908808 Paranoia com invasões, indígenas, quilombolas e ambientalistas alimenta proposta para ocupar uma das partes mais preservadas da Amazônia no Pará. https://theintercept.com/2019/09/19/plano-bolsonaro-paranoia-amazonia/ Sem Brasil, cúpula da ONU faz pressão mundial contra crise climática https://brasil.elpais.com/brasil/2019/09/22/internacional/1569181752_077318.html O porta-voz do Nordeste para discursar na ONU https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/politica/2019/09/o-porta-voz-do-nordeste-para-discursar-na-onu.html Bolsonaro prepara a venda das empresas que possuem dados de toda população brasileirahttp:// https://brasil.elpais.com/brasil/2019/09/03/politica/1567476882_349945.html
Passou, passou, passou a reforma da previdência, e nela tava escrito que ia ter uns traíras do PDT e do PSB que iam votar a favor dessa joça. Surpresos, ouvintes? Discutimos as traições de deputabatas e outros nesse contexto de rasteira nos direitos da classe trabalhadora. Tivemos casa cheia, time completo e convidadas, que botam em questão o ataques e o destaque dessas figuras. Qual o poder das escolas e das tradições intelectuais exógenas na cabeça da juventude que estreia na ribalta política pelas mãos de movimentos empresariais? Ou seria pura e simplesmente uma expressão da Cultura Quilingue? Quem se mostrou muito influenciado por essa cultura foi o promotor topzera Delta, que arquitetou um esquema turbinadíssimo pra poder levar um a mais dando palestrinhas com gostinho de quero mais. Outra expressão dessa bonita tradição vem do projeto de diplomata e experiente fritador que hambúrguer Dudu Bozo, que pretende se envolver num intercâmbio topster com o filho do Trump. Na ONU, o quilinguismo já vem dando resultado, deixando o Brasil lado a lado com as piores companhias. Aquelas que se aliam contra os direitos das mulheres, dos LGBTs e das populações tradicionais. E não estão nem aí pra liberdade de expressão. Ao final, damos nosso salve para a imprensa independente e destacamos uma matéria do Brasil de Fato sobre a base de Alcântara, que foi construída em cima de território quilombola. Faz cinco anos que perdemos nossa amiga Vange Leonel e para lembrá-la ouvimos o Nau. Links https://www.brasildefato.com.br/2019/07/12/para-entregar-a-base-de-alcantara-aos-eua-governo-federal-pode-remover-quilombolas/ Ministério da Saúde falando de homeopatia x Ministério da Educação falando de astrologiaOs dois a 80km/h… pic.twitter.com/iesOyqhd6J — É Weverton com W (@o_weverton) July 14, 2019 https://theintercept.com/2019/07/14/dallagnol-lavajato-palestras/ A empresa de palestras de Rosângela Moro
Aquela lufada de liberdade que só a tosqueragem trepamolekística pode trazer. Pura balbúrdia numa noite de inverno, o Trepa está de volta mandando um Anthrax, I am the law, juiz Dredd, juiz Moro, tudo junto, tudo igual. Prende o Moro, solta o Lula, seria a coisa mais razoável a fazer dado o cenário revelado pelo Intercept, concluem as vozes deste programa. E montam um plano infalível, esquerdismo no último grau, invadir os consultórios médicos desse Brasil e plantar ali a nova voz do comunismo, a revista Veja. Debatemos as guinadas editoriais do bastião do conservadorismo brasileiro, que agora dá em primeira mão os vazamentos todos. Falamos também do relevantíssimo papel do Senado, e do legislativo em geral, ao colocar um pouco de freio no atropelo que nos faz tão insanos ao ponto de acharmos o Itamar Franco um sujeito que sabe se vestir de forma apropriada para ir ao trabalho. Tentamos colocar umas teorias sobre a origem do vazamento, mas de alguma forma a coisa foi parar numa controvérsia informativa sobre a cultura hacker, tudo para colocar a culpa no carinha de TI do MPF mesmo. Como o Trepa não foge de polêmica, e é um programa que preza a diversidade de opiniões, se permite ir até as bordas da sanidade para ver alguma lógica no que o Bozo disse sobre as florestas da Europa. Inimigo do meu inimigo é meu amigo? Mergulhamos nesse falso dilema tão profundamente que soltamos até fogos de 4 de julho. No futuro, compraremos Caramuru com facecoins, o bitcoin do Facebook, que o Zuckerberg resolveu chamar de Libra. Inovando como sempre, terminamos o programa dando algumas (des)dicas culturais.
Enquanto o Brasil derrete com a #vazajato e as rezas públicas da galera do MPF pra que o PT nunca mais volte ao poder, o Trepa canta em uníssono com o Merda, grande conjunto capixaba: nem todo brasileiro que gosta de futebol gosta do Neymar. Num clima de energia positiva e #lulalivre, ouvimos os também capixabas do Dead Fish, do lado certo da história, e falamos do Lulapalooza, melhor lineup que muto festival por aí. Programa gravado antes dos grampos do Glenn, mas boa parte da bancada do Trepa já afirmava que estava escrito nas estrelas esse bromance Moro Dallagnol. Fazendo coro à defesa do Lulão, lembramos que os caras tiveram a cara de pau de grampear os advogados do eterno presida. E olha que ninguém aqui tem personal astrologer, como foi revelado recentemente sobre o Guaidó. E será que ele cobra tanto quanto a nossa depuTábata Amaral para palestrar por aí? O Trepa ficou dividido nessa, com parte da mesa achando que ela tá na dupla função. Até porque né, hoje ninguém para de trabalhar com esses mensageiros instantâneos, tipo o Bozo que recebe altas sugestões econômicas diretamente nas correntes de zap zap. Que ideia maravilhosa essa de trocar todas as notas como meio de colocar mais dinheiro em circulação, poxa. Ou então essa de juntar com o dinheiro argentino e criar o fantástico Peso Morto. Mas o Trepa não se deixa pautar pelos globalistas e discute a quente política de Campinas. Jonas Donizete, o prefeito, tá na bica de tomar um processinho que estaria com toda cara de #golpe tucano? Na oposição a ele, mas pela legalidade e pela democracia, discutimos esses bastidores cheios de promotores. E fechamos com muitas dicas culturais, que vão da metalidade de Serguei ao embrião dos milicianos na TV. E vamo que vamo que sexta que vem tem greve.
“It’s the end of the world as we know it…” Não, não, não ouvimos REM, mas falamos de fim do mundo. Pode ser aquele já anunciado, em que tudo vai ficando mais quentinho e derretido e a vida vai morrendo, pode ser esse mais locão que a gente está vivendo, com um governo de gente incapaz de cuidar de si, quanto mais do país, pode ser o fim do mundo civilizado. Você escolhe! Mas não decide, já que o autoritarismo tá aí metendo bala e cortando gastos. Vai acabar em 2050? Segundo os cientistas reunidos em um painel pela ONU a coisa vai ficar mais feia principalmente pra quem está nos trópicos, ou seja, nós. Falando em fim, discutimos também a previdência e suas reformas, debatendo uma figura que nessa semana passada foi novamente guindada às luzes por suas posições no assunto: Tabata Amaral. Deu feiticeira na cabeça, mas as vozes deste podcast nuançaram o que raios entendem por isso, o que quer dizer que todo mundo concordou em discordar mas depois concordou de novo. E é claro que tínhamos que falar sobre educação e universidades, já que os caras que tem a caneta para decidir sobre a ciência nacional e sobre as vidas dos cada vez mais pobres cientistas brasileiros são incapazes de fazer matemática básica usando chocolatinhos! Essa mexida com a educação está servindo muito bem para desmascarar como esses caras tem no horizonte o fim do conhecimento, e a coisa está esquentando para o dia 15. Será que vai? Será que vai poder gritar Lula Livre? Enquanto isso, tá ficando cada vez mais claro como o que aconteceu nessas eleições não foi lá muito normal, que a estratégia de comunicação dos caras, baseada no Zap, tá no limite da irresponsabilidade. Pode ser um flanco pra gente ir pra cima. Quem tá de olho nisso está falando e juntando evidências de ação organizada. No submundo dos grupos radicais os últimos dias foram de ataque às universidades, olha que coincidência, né? No som, ouvimos aquela surf music do Autoramas, do Gasolines e do saudoso Dick Dale. Porque se vem tsunami por aí é melhor pegar a prancha e já emendar aquele tubo radical. *Links* http://www.dcc.ufmg.br/~fabricio/download/resende-www2019.pdf https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/05/08/pesquisa-ibope-diz-que-59percent-dos-brasileiros-concordam-que-e-preciso-reformar-a-previdencia.ghtml https://www.istoedinheiro.com.br/os-candidatos-de-lemann/ https://brasil.elpais.com/brasil/2019/05/03/politica/1556904799_446652.html