A nau ou navio Argos era tripulada por heróis com habilidades únicas. Todos acompanhavam Jasão na busca pelo velocino de ouro (lã de carneiro), que detém poderes. Nós todos somos Argonautas, cada um em suas peculiaridades, em busca do conhecimento, nosso tesouro que nunca se esgota. Aqui é um espaço em que se fala sobre educação, reflexões a respeito do mundo, da vida. Ponto de encontro entre professores e alunos, entre curiosos e a busca.
Fernanda Ribeiro Queiroz de Oliveira
Ouvir não é só esperar sua vez de falar. Falar não é colonização do outro. Nesse episódio, são levantadas estratégias para uma comunicação que funcione e construa um tecido social menos puído. As alunas da Licenciatura em Educação Profissional e Técnica do Campus Samambaia - IFB refletem sobre essas possibilidades
Entre com cuidado nesse episódio. Segredos pesadíssimos serão revelados.
Não importa se é a última treta do assento no avião ou arroz por cima da feijão, a grande mídia direciona seu olhar para o que mantém as estruturas de poder.
Apresentação do artigo de Lélia Gonzales CULTURA, ETNICIDADE E TRABALHO: EFEITOS LINGUÍSTICOS E POLÍTICOS DA EXPLORAÇÃO DA MULHER (1979)
A sala de aula deve ser multicultural, absorver os conhecimentos que não são dominantes e estabelecer um fluxo entre a academia e a vida.
Classes gramaticais e as relações que estabelecem na frase e no texto estão aqui para contar sua história e demandar a compreensão básica dos conceitos.
A escola deve amplificar conhecimentos ao invés de destruir identidades e colonizar existências.
Uma das autoras mais famosas da literatura brasileira teve uma vida à altura de sua mística. Todavia, o que a torna mais espetacular é ter sido um ser humano com todas as dores que isso pode significar.
As cores falam aos olhos por serem elementos da física, mas também construções culturais e simbólicas. Estar blue ou tudo azul não é só questão de opinião.
Existe sempre um contra-movimento quando direitos civis começam a ser respeitados - um deles é o esvaziamento de conceitos e oferecer caráter pejorativo a tudo vinculado a eles. Lugas de fala é também atacado como mimimi, vitimismo, quebra de unidade da classe trabalhadora e nada disso condiz com o que o termo preconiza. LEIA AUTORAS NEGRAS.
Análise e leitura detalhadas da peça A PENA E A LEI de Ariano Suassuna, recomendada pelo PAS-UnB, ciclo 20124-2026. E fundamental para todos que gostam de uma boa história.
A discussão sobre multiversos está em alta pelo amor que o cinema redescobriu pela ciência, e, fatalmente, pelo acréscimo de magia a isso para gerar blockbusters. O que diz a física? O que diz a arte?
Esse episódio contextualiza, no âmbito das tragédias e mitologias gregas, a peça Antigona, escrita pelo grande dramaturgo Sófocles (442 a.c.)
Franz Kafka (1883-1924), foi um escritor austríaco cujas obras tornaram-se referência na literatura mundial. Autor de Metamorfose, O processo, entre outras obras-primas, desabafa nessa carta sua relação conturbada com seu pai autoritário.
As classes mais importantes semanticamente apresentadas na perspectiva da interpretação de texto.
De tantos academicismos, é preciso resgatar o frescor da linguagem e traçar um percurso produtivo entre subjetividades e métodos.
Obra indicada à etapa 3 do PAS-UnB
Obra da etspa 3 do PAS -UnB e para quem presenciou power point virando evidência de convicção
Análise de obra indicada para a etapa 3 do PAS-UNB
Análise da obra Sargento Getúlio indicada para a etapa 3 do ciclo 2020-2022, PAS UnB
Quem nunca ouviu um elogio seguido de "mas", ou uma crítica destrutiva precedida por "gosto muito de você" que atire a primeira sequência de "kkkkkkk".
Leitura dos poemas selecionados pelo PAS-UNB, que passam pelo lírico, satírico e religioso.
O Bom-Crioulo é uma obra literária escrita por Adolfo Caminha em 1895. Representante do naturalismo brasileiro, apresenta a polêmica relação homossexual entre Amaro (homem negro e ex-escravo) e Aleixo, rapazinho branco, loiro e de olhos azuis. Mais do que afrontar tabus, apresenta a concepção de que ex-escravo não é sinônimo de liberdade.
Os Argonautas, preocupados por estarem em dupla, coisa perigosa, precisavam do terceiro elemento. Georg foi aprisionada e passou por um profundo ritual de iniciação para salvá-los.
Leitura do poema NAVIO NEGREIRO de Castro Alves e análise dos elementos que constroem sua dramaticidade.
As redes sociais potencializam ações humanas - das conexões que elevam até a crimes. Praticar o autocuidado, educar-se para a era das exposições compulsórias e voluntárias e coibir comportamentos de ódio é o grande desafio para todos nós. Os argonautas recebem Otaviano e Emily, representantes do projeto IFB EM PAUTA, para uma conversa sensível e profunda a respeito de educação digital.
Não se duvida que o observador usa muitos filtros subjetivos na percepção do objeto. Mas, às vezes, é só amizade entre dois carinhas mesmo.
Claro que o observador sempre vai coar o que vê com seus filtros e referências. Mas, às vezes, um vídeo sobre dois amigos é só isso mesmo. O resto é capitalizar ideologias com trabalho alheio.
A literatura de informação são os diários de viagem a serem apresentados a europeus. Não são retratos do que viam, mas do que desejavam. É mentira que guerreiros dos povos originários abaixaram suas armas e se apavoraram com a presença de uma galinha. É verdade a massificação do estupro de indígenas quando Caminha e Gândavo enfatizam tanto "as vergonhas saradinhas" das meninas e mulheres. Entretanto, é dentro desse silenciamento que ainda se pode ouvir alguma coisa do que foi o massacre promovido pelos invasores.
Não é que a gente tenha gato em casa, a casa do gato tem a gente. E nunca precisamos tanto de doses felinas de fofura, maciez, ronrons e zero hipocrisia.
Ser mãe, ser pai são ESCOLHAS, mas o que rola são ESTIGMAS quando a pessoa decide não procriar. O melhor mesmo é entender que configuração biológica não é mérito e colocar um ser humano nesse mundo é ação que deve ser racionalizada ao máximo. E que palpite é bumerangue de merd@.
Martins Pena escreveu comédias que desenhavam a construção social de um Brasil que até hoje tenta lamber as botas do maquinista inglês sem se dar conta da própria grandeza e valor. Instituições políticas e religiosas têm as suas vergonhas expostas e o riso que parece ser contra o pobre é pancada na classe média palhaça. Divirta-se!
Poesia é filha da música, precisa de ritmo para ser escrita e compreendida. E de paciência. Feito um cubo mágico, o texto poético só se revela ao leitor se esmiuçado, analisado, tocando a metáfora até que ela se abra. E temos aqui Maya Angelou, Jacinta Passos e Conceicão Evaristo para provar que poesia também é resistência
Saber o que é amor é o mesmo que a imortalidade - impossível para pessoas. Mesmo assim, continua sendo tema atemporal da arte, fonte de felicidade, prazer, elevação e barracos dignos de reality bombados. Entre, pegue a sua garrafa (de chá ou de birita) e se divirta com a gente.
Martins Pena escreveu comédias que desenhavam a construção social de um Brasil que até hoje tenta lamber as botas do maquinista inglês sem se dar conta da própria grandeza e valor. Instituições políticas e religiosas têm as suas vergonhas expostas e o riso que parece ser contra o pobre é pancada na classe média palhaça.
Talvez a soma complete um quadro de que ninguém suspeitava da existência... Não se pode negar que combinações bizarras tornam a vida mais interessante, apesar dos perigos de explosão, gosto de alumínio e aparições do zz di kamrg.
Pode parar com esse fingimento de que nunca riu das piadas quinta-série, que nunca propagou o vírus das piadas de tiozão. A gente sabe que o ser humano não aguenta ficar no Olimpo das ideias o tempo inteiro. Tem aquela coceirinha de querer ser feliz de graça que nunca passa. E tem o duplo sentido para enganar os autoritários que só sabem ver com monóculo. Bora rir, porque a gente deu o cume do cuidado aqui.
Rock and Roll nunca morrerá. O mundo poderá estar se desmanchando em tiro, porrada e bomba que o universo estará aproveitando percussão e riffs para o álbum Apocalipse Now. E mulheres roqueiras estarão batendo cabelo e fazendo guitar air enquanto os anjos vingadores atravessam suas espadas em machistas. Aproveitem a companhia de nossa convidada incrível Paula Georg Dornelles.
A palavra não é boa ou má, isso é culpa de quem a utiliza. A mudança de um sistema opressor também será realizada e refletida pela linguagem. Eliminar ou ressignificar expressões que maltratam seres humanos, tais como,"vadia", "preto safado", "viadinho", "traveco", "mongolóide"... é fundamental. Querer atingir"minúcias" como uso de "todes", "todxs", demonstra o reverso da urgência. Mulheres negras ainda recebem menos anestesia no sistema público de saúde, meninas negras são massacradas pela servidão doméstica na casa de gente branca... Será que o menino morto a pedradas por ser efeminado morreu pelo uso da vogal "o", ou por um sistema feito para assassiná-lo. Existe a hierarquia das urgências intimamente conectada à da vida. E a língua nunca será neutra, "purificada". Ela é humana também. Negada aos travestis espancados nas esquinas em que suas famílias os abandonaram.
Todos estamos perdidos, mas alguns ganham dinheiro com isso.
Umberto Eco apresenta a ideia de a cultura popular ser tratada como "baixa cultura", coisa de gente burra e incapaz. Mas quem decide? Money e estereótipos, baby
Tantos estereótipos criados para fazer com que grandes cientistas pareçam loucos, estranhos, ridículos... Tantos tabus colocando inteligência e sexualidade como elementos excludentes.... Nada adiantou. Nesse episódio, aquela fofoca delícia do que acontecia entre os cobrires e descobrires do mundo.
Se 2020 fosse um símbolo, seria o dedo do meio. Mas a gente é rock and roll
As ciências humanas conseguem converter discurso em números?
O que é o infravermelho? Como uma coisa gordurenta desengordura outra coisa? Bem-vindos ao episódio em que perguntas dos bichos de humanas explicadas pelos caras das exatas. Será que deu certo?
Maria Firmina dos Reis é uma das tantas mulheres silenciadas pelo machismo e, no caso dela, também pelo racismo. É uma obra inscrita no Romantismo e que traz, pela primeira vez, a tônica abolicionista na literatura brasileira
Dois grandes autores negros da Literatura Brasileira, cada um, a seu modo, representa a luta contra um sistema escravocrata. Seja pela qualidade de seus trabalhos, seja por sua presença icônica em ambientes predominantemente brancos, são grandiosos artistas da palavra.
Estamos diante de poderosas ferramentas de comunicação, que, infelizmente, ao invés de ampliar as possibilidades, gerou bolhas, reforçou a uniformidade de opiniões em grupos. Deve-se lembrar que CRIMES como racismo, violência doméstica, feminicídio, pedofilia... são CRIMES. Entretanto, essa colônia de cancelar acaba substituindo, por vezes, a responsabilização criminal, como um desvio de supostos poderes. Gera-se, em paralelo, a indústria da desculpa- olhos chorosos, "quem me conhece sabe", gatinhos e terços. Há também cancelamentos de publicações feitas no passado, retirando a ideia de que as pessoas podem aprender e evoluir.
Quem decide o que é engraçado e como? Esse episódio discute se há temas que devam ser vetados para o tratamento humorístico. Quem pode decidir o que é censura e o que é discurso de ódio. Claro, que em discussão tão complexa, os Argonautas apenas levantam alguns questionamentos que contribuam para a racionalização desse debate.
Poeta brasileiro do século XVII, mais conhecido como o Boca do Inferno. Indicado pelo PAS-UnB