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"Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado;TODAVIA eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no DEUS da minha salvação. O SENHOR DEUS é a minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas." Habacuque 3:17-19
devocional Lucas leitura bíblica Quando os setenta e dois discípulos voltaram, cheios de alegria, contaram: “Senhor, os próprios demónios nos obedecem quando nos servimos do teu nome.” Disse-lhes Jesus: “Sim, eu próprio vi Satanás cair dos céus como um raio! Dei-vos autoridade sobre os poderes do inimigo e para pisar serpentes e escorpiões. Nada vos fará mal. Todavia, não se alegrem porque os demónios vos obedecem. Alegrem-se por os vossos nomes estarem registados nos céus!” Lucas 10.17-20 devocional É óptimo reportar a Jesus o que fazemos diariamente. E quando tal acontece de coração cheio, melhor ainda. Já o mesmo não pode ser dito quando existem vestígios de auto-convencimento e excessiva confiança. Ainda que venham envoltos numa película de piedade há que desconfiar. O emproamento ministerial é meio caminho andado para o espalhanço espiritual. Basta lembrar que foi o orgulho o motivo da queda de Satanás. Connosco não será diferente se nos deixarmos enredar pelo fascínio do poder. A vaidade é altamente nociva, pois desvia-nos do foco d'Aquele que nos enche(u) as medidas. A nossa alegria assenta no facto de “termos os nossos nomes escritos no céu”, mais do que qualquer outra coisa. A nossa glória jamais deve assentar no que fazemos em nome de Deus, mas naquilo que Ele fez por nós. - jónatas figueiredo Oramos para que este tempo com Deus te encoraje e inspire. Dá a ti próprio espaço para processar as tuas notas e a tua oração e sai apenas quando te sentires preparado.
No ano em que a Agência Espacial Europeia assinala os 50 anos de existência, o Governo dos Açores tem destacado o posicionamento geoestratégico do arquipélago. A ilha de Santa Maria desempenha um papel estratégico na actividade espacial a nível internacional. Em 2024, recebeu a sede da Agência Espacial Portuguesa e, em 2027, o Space Raider, o primeiro veículo espacial europeu, vai aterrar no porto espacial da ilha. Paulo Quental, coordenador da Estrutura de Missão dos Açores para o espaço, defende que o arquipélago tem a capacidade para responder aos desafios de Portugal e da União Europeia no sector da indústria espacial. Qual é a importância do sector espacial para o arquipélago dos Açores?Representa, acima de tudo, uma oportunidade de desenvolver um novo sector de economia aqui na região. É um sector que, neste momento, pode responder a alguns desafios que a Europa apresenta e para o qual Portugal, através dos Açores, também pode contribuir.Que desafios são esses?Nomeadamente, naquelas que são as questões de soberania, segurança, autonomia, resiliência no acesso ao espaço, na gestão e operação de activos espaciais. São sectores que, nos últimos anos, a Europa — apesar de continuar a ser um player relevante — tem perdido algum espaço para outras localizações do globo. A Região Autónoma dos Açores pretende alavancar o potencial que tem instalado para poder fornecer esses novos serviços à Europa, com grande foco, obviamente, naquilo que é o acesso e retorno do espaço, mas também no segmento terrestre. Como tiveram oportunidade de ver aqui na ilha de Santa Maria.O Governo fala muito na “centralidade atlântica dos Açores”. O que representa esta centralidade para o arquipélago?Os Açores, como outras regiões europeias, são considerados uma região ultraperiférica. No entanto, a Europa é eminentemente um continente virado para o Atlântico. E os Açores são periféricos naquelas que são a maioria das suas actividades, e a sua localização efectiva pode tornar-se central quando se olha para o Atlântico como uma oportunidade. Seja naquela que é, novamente, uma afirmação de soberania, seja em novas oportunidades de negócio no desenvolvimento de novas economias, seja na própria economia azul, como também na economia global, e pela posição que se ocupa aqui, a meio caminho entre a América do Norte e a Europa.A ilha de Santa Maria tem ambição de ser um “Hub espacial”. No entanto, a aprovação da legislação tem sido descrita como um processo “moroso”. Esta legislação não acaba por ser uma dificuldade para as empresas que querem operar no sector espacial?Em 2019, Portugal aprovou uma legislação do espaço, enquanto país, e isto foi durante o decurso do anterior procedimento para um porto espacial aqui na ilha de Santa Maria. Com as lições aprendidas no decorrer desse processo e com as lacunas detectadas na primeira versão da legislação nacional, em 2023, e com entrada em vigor em 2024, foi feita uma revisão da legislação nacional, em que — não relaxando nas considerações de segurança das populações e do meio ambiente, bem como na sustentabilidade — criou-se um regime legal para o licenciamento de actividades espaciais que se torna atrativo, tentando fomentar a inovação e a competitividade nas actividades espaciais. Isto vê-se, por exemplo, com o abandono do modelo de concessão para um porto espacial (licença mais tradicional), mas também nos prazos de resposta ambiciosos que a legislação nacional pretende dar aos pedidos de licenciamento apresentados pelos operadores.Porque é que a ilha de Santa Maria foi uma escolha evidente para o Governo dos Açores?A escolha dos locais mais apropriados para este tipo de actividades espaciais é feita, acima de tudo, pelos operadores e pelos desenvolvedores das tecnologias. Santa Maria foi identificada como sendo um dos locais com melhor potencial da Europa para se alcançar órbitas polares, onde normalmente orbitam os satélites de observação da Terra.Santa Maria, em relação às outras ilhas dos Açores, tem também a sinergia de infra-estruturas, seja a capacidade do aeroporto -que tem uma das pistas mais longas do país- seja também através das próprias acessibilidades marítimas, permitindo o desenvolvimento dessas actividades. Há ainda a questão da estabilidade geológica, uma vez que é a ilha com menos impacto de abalos sísmicos permanentes, aqui na região, devido à confluência de três placas tectónicas, e também por questões climatéricas.Além disso tudo, acrescenta-se ainda a questão da densidade populacional, que é relativamente baixa. Observando todos estes pontos, Santa Maria acaba por se mostrar a ilha com maior potencial, não obstante as outras actividades que podem também vir a ser desenvolvidas noutras ilhas. Todavia, Santa Maria já tem alguma especialização na área, como por exemplo o Teleporto, que existe já há quase 20 anos.Há mão-de-obra qualificada para responder a todos estes desafios que vão nascer em Santa Maria?Actualmente, esta mão-de-obra qualificada não está toda disponível na região, mas Portugal tem vindo a formar e aumentar consideravelmente o número de vagas em cursos focados na área do espaço, nomeadamente engenharia aeroespacial, com cursos em três novas universidades. Não podemos olhar para a existência de pessoas formadas ou de quadros no sector espacial apenas a nível local, mas também alargar a abrangência a nível nacional e internacional, porque o mercado espacial, como qualquer mercado tecnológico hoje em dia, está altamente globalizado.No entanto, as principais infra-estruturas de espaço que operam em Santa Maria recorrem, muitas vezes, a locais, mas a chegada de novas empresas representa uma oportunidade para atrair novas pessoas, novos conhecimentos, que se venham formar aqui nos Açores, podendo também fazer o seu crescimento pessoal e social aqui na região.Os Açores são conhecidos como um exemplo na biodiversidade. A indústria espacial pode ameaçar esta imagem?Considero que a indústria espacial tem ajudado e beneficiado a biodiversidade. Podemos olhar para isto em toda a cadeia de valor da indústria espacial, seja na parte dos lançamentos ou dos portos espaciais, e temos dois casos de sustentabilidade ambiental promovidos directamente pela indústria espacial. Um é o Kennedy Space Center, na Flórida, em que o exemplo dos corcodilos que estavam em vias de extinção, a espécie foi recuperada após a criação da área protegida para o Kennedy Space Center. Outro exemplo paradigmático é Tanegashima, no Japão, onde a ilha que alberga o centro espacial japonês é também um santuário de biodiversidade e para o qual o sector espacial ajudou a criar condições de protecção. Mas isto não se resume apenas à parte terrestre; os dados espaciais também nos permitem realizar uma monitorização muito mais próxima da gestão dos recursos e da sustentabilidade. Seja através da observação da Terra no planeta como um todo, mas também na fauna e flora terrestre, assim como marítima, em que se tem tirado partido das tecnologias espaciais para o seguimento de cardumes ou de cetáceos, utilizando a nossa tecnologia espacial, juntamente com tecnologias terrestres, para validar esses dados e medir efectivamente os efeitos que as políticas têm na preservação ambiental e sustentável.Em 2027, o Space Raider, o primeiro veículo espacial europeu, vai aterrar no porto espacial da ilha de Santa Maria. Onde é que o Governo dos Açores se imagina daqui a 20 anos em termos de política espacial?O objectivo é tornar Santa Maria num “Hub para o espaço”. E aqui o posicionamento do Governo Regional é criar condições para que as empresas e outros stakeholders do sector -que queiram desenvolver as suas actividades nos Açores- tenham condições de se fixar na região, oferecendo atractividade. A perspectiva do Governo Regional não é só a colocação de um porto espacial. Um porto espacial é o ponto de retorno do espaço, e serve, acima de tudo, como catalisador de uma economia espacial. Se nós olharmos para a distribuição nas diferentes rubricas da economia espacial a nível mundial, o acesso e o retorno do espaço têm um peso muito pequeno, 1%, 2% ou 3%. A grande mais-valia está nos negócios das comunicações, dos serviços de localização e de observação da Terra. Este é um caminho que se pretende percorrer e que demora algum tempo, mas é um caminho que tem que ser feito.Tirar partido da capacidade do porto espacial para desenvolver também uma economia espacial à volta. E isto não é só na oferta de produtos, mas também fomentando junto da sociedade e da própria administração pública a utilização de tecnologia espacial ou de informações provenientes do espaço para aumentar a eficiência de outros processos do dia a dia, seja na agricultura, nas pescas, no turismo. Por isso é que é uma estratégia que engloba os diferentes sectores da actividade. Hoje em dia, organicamente o espaço tem entrado nas nossas vidas, não só pela localização, mas também quando queremos confirmar alguma informação geográfica sobre um sítio, acedemos a imagens de satélite que estão amplamente difundidas. Então, existe sempre uma janela de oportunidade para consolidar este ecossistema nas suas diferentes cadeias de valor.
devocional Lucas leitura bíblica João disse-lhe: “Mestre, vimos alguém que se servia do teu nome para expulsar demónios, mas dissemos-lhe que não o fizesse, por não pertencer ao nosso grupo.” Mas Jesus disse-lhe: “Não o proíbam! Porque quem não está contra vós está do vosso lado.” À medida que se aproximava o momento de regressar ao céu, Jesus mostrava-se decidido a ir a Jerusalém. Um dia, enviou mensageiros à sua frente, a fim de reservar hospedagem numa localidade samaritana. Todavia, mandaram-nos embora. O povo daquele lugar não quis nada com eles, porque viram que se dirigiam para Jerusalém. Quando chegou a notícia do que tinha acontecido, os discípulos Tiago e João perguntaram a Jesus: “Mestre, devíamos pedir que caia fogo do céu para os queimar?” Mas Jesus voltou-se e repreendeu-os. E prosseguiram até chegarem a outra aldeia. Lucas 9.49-56 devocional Somos dados a levantar muros com uma facilidade detestável. Erguemos barreiras até com aqueles que, tal como nós, arregaçam as mangas e dobram os joelhos para desfazer o império do mal. É desconcertante verificar a nossa azelhice fraternal. Arvoramo-nos em especialistas do foro espiritual para aferir, imagine-se, a autenticidade com que outros agem em nome de Jesus. Como se algum de nós detivesse o monopólio da verdade!? Felizmente, Ele tem todo o bom senso que nos falta, pelo que nos corrige e recorda: “Quem não é contra nós é um dos nossos.” Sim, a tendência para dividir é nossa, pois o Mestre, a Quem nós dizemos seguir, até aos que O repeliam amava. Mesmo quando “estava a chegar a altura em que havia de ser levado deste mundo”, Jesus foi gracioso para com os que Lhe negaram hospedagem e recusaram a mão amiga que lhes estendeu. Em nenhum momento acedeu a sugestões intempestivas, paternalistas e intolerantes de retribuir com represálias pseudo espirituais. Jesus repreende até hoje qualquer cultura de destruição e indiferença. É Seu desejo que, tal como Ele, construamos pontes todos os dias. - jónatas figueiredo Oramos para que este tempo com Deus te encoraje e inspire. Dá a ti próprio espaço para processar as tuas notas e a tua oração e sai apenas quando te sentires preparado.
Texto do dia: Lucas 1.26-45. Maria: Deus promete, cumpre e cuida. Maria era apenas uma menina quando recebeu do Senhor o anúncio de que ficaria grávida do Filho de Deus. Tal anúncio trazia muitas implicações delicadas para a sua vida. Todavia, o Deus que prometeu é o mesmo que cumpre, enquanto cuida e fortalece a sua filha. Texto e apresentação de Israel Mazzacorati.
É a hora de mergulhar no livro do Clube de Leitura 30:MIN de abril de 2025! Neste episódio, Arthur Marchetto, Cecilia Garcia Marcon e AJ Oliveira discutem Onde vivem as monstras, da autora japonesa Aoko Matsuda (ed. Gutenberg, trad. Rita Kohl).A coletânea de contos reconta histórias tradicionais do Japão, dando voz a mulheres que das narrativas originais. Matsuda escreve a partir das narrativas populares e histórias narrativas que refletem sobre papéis de gênero. No papo, o trio analisa a estrutura da coletânea, a habilidade da autora ao ressignificar o folclore e a roupagem adotada pelo elemento fantástico nessa leitura. Então, aperta o play e já se prepara para o próximo livro: Contra Fogo, de Pablo L. C. Casella (ed. Todavia)!
A reeleição do juiz Manuel Pereira da Silva para o cargo de Presidente da Comissão Nacional Eleitoral de Angola está a ser contestada pela sociedade civil e pela UNITA, que fala numa escolha “eivada de ilegalidades”. Já o partido no poder, MPLA, afirma que esta escolha resulta “da lei”. António Ventura, jurista e director da Faculdade de Direito da Universidade Lusíada de Angola, reconhece que há motivos para considerar a reeleição do Presidente da CNE ilegal. Há motivos para considerar ilegal a reeleição do juiz Manuel Pereira da Silva para o cargo de Presidente da Comissão Nacional Eleitoral de Angola?Sim, há motivos, em função do contexto em que são preparados os processos eleitorais em Angola. Quem está no poder, há todo este tempo, controla todos os instrumentos do poder e, consequentemente, a Comissão Eleitoral e as comissões provinciais. E, tendo a maioria no Parlamento, usa e abusa dessa maioria para introduzir leis cuja constitucionalidade é questionável e, muitas vezes, até para exercer maior controlo sobre a Comissão Nacional Eleitoral. Infelizmente, temos uma comissão eleitoral cujo modelo resulta de acordos políticos firmados em 1992. A representação é maioritariamente partidária. É certo que tivemos uma ligeira alteração, porque o número de votos e de assentos aumentou para a oposição, concretamente para a UNITA. No entanto, o MPLA entende que esta alteração substancial não pode ter impacto sobre o número de comissários indicados pelo partido e, por isso, introduziu um mecanismo de indicação de comissários, repartindo – com base em cálculos que só a maioria consegue explicar – a possibilidade de a UNITA indicar mais comissários, atribuindo essa mesma prerrogativa aos outros partidos da oposição.Refere-se ao processo de concurso para a eleição do Presidente da CNE de Angola?Não, refiro-me ainda à composição da Comissão Eleitoral. Todavia, realizou-se um concurso para o provimento do cargo de presidente da Comissão Nacional Eleitoral, liderado pelo Conselho Superior da Magistratura Judicial, no qual foram anunciados os requisitos para o efeito. Propositadamente – esse é o nosso entendimento – foram introduzidos requisitos que já se sabia que iriam favorecer o actual Presidente da CNE.Um concurso feito para beneficiar o Presidente da CNE?Sim. Um dos requisitos, por exemplo, era o de que o candidato, para ser eleito, teria de ter experiência em processos eleitorais durante um longo período.O que é o caso do juiz Manuel Pereira da Silva?Exactamente. Ora, no nosso contexto legal, se o juiz ou a Comissão Nacional Eleitoral deve ser liderada por um juiz, não se pode exigir do juiz experiência em gestão de processos eleitorais. Quando o legislador optou por propor um juiz para liderar a Comissão Nacional Eleitoral, fê-lo porque entendeu que essa pessoa deveria possuir alguma independência, imparcialidade e uma actuação que não fosse permanentemente questionada no contexto das disputas políticas.A UNITA, o principal partido da oposição em Angola, apresentou uma providência cautelar para tentar travar a tomada de posse do presidente da CNE, que, entretanto, foi indeferida pelo Tribunal Constitucional. Essa providência não tem fundamento jurídico?A providência tem fundamento jurídico. O que sucede é que o Tribunal Constitucional, com todo o respeito pelos juízes que o integram, dificilmente decide a favor dos partidos da oposição. E, nesse quesito, a jurisprudência tem sido clara: o Tribunal Constitucional não “andou” bem.O presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais e Jurídicos do Parlamento, António Paulo, do MPLA, afirmou que a escolha do presidente da Comissão Nacional Eleitoral e a tomada de posse pela Assembleia Nacional resultam da lei. O que é que isto quer dizer?Resulta da lei, até aí não há dúvida. Mas trata-se de uma interpretação casuística e oportunista por parte dos deputados do MPLA. Porque se temos um processo que, desde o início, foi viciado para favorecer o actual presidente da CNE, então, mesmo que seja legal, não é legítimo. Este processo está viciado desde o princípio. Na altura, a sociedade civil já tinha questionado os requisitos que haviam sido propositadamente colocados para beneficiar o actual presidente da CNE. A contestação não é recente; remonta ao concurso de 2019 e às últimas eleições gerais. A primeira eleição também já tinha sido questionada, inclusive com processos em tribunal.O juiz Manuel Pereira da Silva, que preside à Comissão Nacional Eleitoral desde 19 de Fevereiro de 2020, viu a sua idoneidade ser contestada. Considera que ele não reúne condições éticas nem legais para exercer o cargo?Do ponto de vista da experiência eleitoral, acredito que, ao longo dos anos em que participou nas comissões provinciais e na Comissão Nacional, tenha adquirido – provavelmente – experiência técnica em processos eleitorais. No que toca à integridade, independência e imparcialidade, essas são, evidentemente, questionáveis. Nas últimas eleições, realizadas em 2022, o então presidente da CNE tomou decisões e emitiu directivas – muitas das quais contrárias à lei – sobretudo no que respeita à observação eleitoral, com o objectivo de impedir os cidadãos de exercer controlo sobre o processo eleitoral, de forma a garantir que este fosse justo e transparente.Essa realidade reforça a ideia de que a CNE não é independente e que actua como uma extensão dos interesses do partido no poder?Estamos agora a assistir a uma tentativa de alteração da Lei Orgânica das Eleições Gerais, introduzindo pontos que já resultaram de decisões do presidente da Comissão Nacional Eleitoral. Por exemplo, pretende-se, mais uma vez, aumentar a distância entre a contagem e a publicação das actas nos locais de eleição.As actas que, até agora, permitiam à sociedade civil acompanhar o processo eleitoral…Exactamente. O controlo genérico por parte da sociedade civil, ao nível dos locais de votação. E é precisamente esse controlo que se pretende eliminar da lei, impedindo os cidadãos de permanecerem nos locais para verificar e publicar as actas. A intenção é obrigá-los a esperar em casa, em frente à televisão, pela divulgação dos resultados.A UNITA apela à manifestação. Acredita que essas manifestações irão ocorrer?Com certeza, é provável que ocorram. No entanto, o Governo controla de forma autoritária todas as forças de segurança – polícia, forças armadas, serviços de inteligência – e, obviamente, irá utilizar todos os meios ao seu dispor para controlar, perseguir e, em última instância, reprimir essas manifestações, com o apoio dos meios de comunicação social que o servirão. É necessário afirmar com clareza que vivemos sob um regime autoritário, pois o partido no poder capturou todas as estruturas do Estado, e não é possível falar em eleições livres, justas, pacíficas, transparentes e, naturalmente, numa Comissão Nacional Eleitoral que se queira independente e imparcial.
Na rubrica Vida em França, damos destaque à actualidade política na Guiné-Bissau, com o presidente da Liga dos Direitos Humanos, Bubacar Turé, a denunciar as tentativas de sequestro e ameaças que tem enfrentado, sublinhando que está disponível para colaborar com a justiça. Em entrevista ao jornal O Democrata, o presidente da Liga dos Direitos Humanos, cujo paradeiro continua indefinido, afirmou que, neste momento, é o homem mais procurado e que o objectivo do regime “é prendê-lo e levá-lo para o Ministério do Interior para ser torturado”.Ministério Público exige comparecimentoO Ministério Público notificou o activista para que comparecesse nesta quinta-feira, 17 de Abril, mas a Liga dos Direitos Humanos solicitou que a audiência fosse adiada para uma nova data, de forma a permitir que Bubacar Turé pudesse chegar a Bissau em segurança.O Ministério Público instou Bubacar Turé a comparecer perante as autoridades no quadro de um "inquérito aberto para investigar as denúncias feitas pelo presidente da Liga, de que todos os doentes em tratamento de hemodiálise no Hospital Simão Mendes de Bissau teriam morrido". Bubacar Turé: “Não sou fugitivo”Bubacar Turé, em resposta às acusações, afirmou que não é fugitivo e garantiu que está disposto a colaborar com a Justiça, diante dos órgãos competentes.Por sua vez, o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, considerou que Bubacar Turé “se está a esconder”, mas acrescentou que “terá de enfrentar a Justiça para provar as suas declarações”, as quais considera falsas. Umaro Sissoco Embaló comparou a Liga Guineense dos Direitos Humanos a “um partido político”, devido à forma como tem sido dirigida pelo actual líder, o jurista Bubacar Turé.Em entrevista à RFI, o jurista e membro do colectivo de advogados da Liga dos Direitos Humanos da Guiné-Bissau, Fodé Mané, descreveu a perseguição a Bubacar Turé como uma forma de calar a crítica."Eles sabem que a Liga dos Direitos Humanos e a Ordem dos Advogados são os últimos redutos dos cidadãos, onde eles recorrem no caso de violações desses direitos. O objectivo é atingir a voz mais crítica, para amedrontar quase toda a sociedade", referiu. Transferência de cidadãos estrangeirosAinda na Guiné-Bissau, quatro cidadãos estrangeiros que estavam detidos em Bissau, condenados por tráfico de droga, foram transferidos para os Estados Unidos da América. Os advogados de defesa não concordam com a medida, devido à inexistência de um acordo de extradição entre a Guiné-Bissau e os Estados Unidos. Todavia, o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, justificou a decisão do Governo com a falta de prisões de alta segurança no país, acrescentando que a transferência foi efectuada ao abrigo da cooperação judiciária entre os dois países.Cimeira da CPLP na Guiné-BissauA Guiné-Bissau deverá acolher a próxima cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) no dia 18 de Julho, a data avançada pelas autoridades guineenses que deve ser agora avaliada pelos pares. Na ocasião, a Guiné-Bissau assumirá a presidência rotativa da CPLP por dois anos, sucedendo a São Tomé e Príncipe.Angola quer criminalizar a disseminação de informações falsasEm Angola, o Executivo propôs uma nova lei para criminalizar a disseminação de informações falsas na internet, com penas entre um e dez anos de prisão. A medida está expressa na proposta de Lei sobre a Disseminação de Informações Falsas na Internet, uma iniciativa do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social. O Governo justifica a proposta com a necessidade de combater o elevado número de notícias falsas no actual contexto nacional e internacional.Em entrevista à RFI, Cesaltina Abreu, investigadora independente em ciências sociais e humanidades, afirmou que, se o objectivo é combater as notícias falsas, o Governo deveria começar por regular os órgãos de comunicação públicos, que acusa de serem os principais agentes de desinformação no país."A sensação que temos é que isto é um atentado às liberdades individuais das pessoas e que, se o objectivo for combater a desinformação, então o Governo que olhe para si próprio e que pergunte até que ponto não é o Governo, enquanto entidade colectiva, e os meios de comunicação social públicos que são os principais agentes da desinformação", notou. Violação dos direitos humanos em MoçambiqueA Amnistia Internacional denunciou, num novo relatório, a violação dos direitos humanos pelas forças de defesa e segurança em Moçambique, mencionando o uso de balas reais, gás lacrimogéneo e a falta de assistência às vítimas durante as manifestações pós-eleitorais. As acusações foram, entretanto, negadas pelo comando-geral da polícia, Leonel Muchina.Riscos ambientais em Cabo VerdeEm Cabo Verde, especialistas alertam para os riscos ambientais do afundamento do navio Nhô Padre Benjamim, quando chegava à ilha de São Nicolau, no Barlavento. O Presidente da República, José Maria Neves, chamou a atenção para a necessidade de prevenir riscos ambientais decorrentes deste tipo de acidentes marítimos e pediu medidas para garantir a segurança marítima.
O Vietname e a China assinaram nesta terça-feira,15 de Abril, 45 acordos de cooperação em áreas como a inteligência artificial, comércio agrícola e cooperação aduaneira, durante uma visita a Hanói do Presidente chinês. Xi Jinping está a realizar um périplo pelo Sudeste Asiático, que o vai levar também à Malásia e ao Camboja, depois da guerra comercial lançada pelo Presidente dos EUA, Donald Trump. Em entrevista à RFI, Luís Tomé, professor catedrático e investigador sénior do Instituto Português de Relações Internacionais, refere que esta deslocação é uma manobra política de Xi Jinping, numa altura em que a China comunista aparece como defensora da globalização e do liberalismo económico. O que pretende o Presidente chinês, Xi Jinping, com este périplo pelo Sudeste Asiático?Em primeiro lugar, ao que se sabe, estamos a falar da primeira saída de Xi Jinpind do país este ano. Aliás, ele estava para fazer uma visita ao Vietname, antes do anúncio das tarifas alfandegárias, depois houve um adiamento, e agora, para além do Vietname, vai também à Malásia, que tem a presidência anual da Associação das Nações do Sudeste Asiático – ASEAN – e ao Camboja.Estamos a falar de vizinhos, mas é evidente que se trata de uma manobra do Presidente Xi Jinping para cultivar laços com o grupo ASEAN, aproveitando o facto de estes países – parceiros dos Estados Unidos – estarem numa posição desconfortável, porque são visados pelas tarifas anunciadas pelo Presidente Trump. O Vietname, por exemplo, tem uma tarifa de 46%, sabendo-se que nos últimos anos as exportações do Vietname para os Estados Unidos aumentaram consideravelmente.Esta visita acontece, como já aqui falou, depois do Presidente Donald Trump ter avançado com taxas alfandegárias contra vários países, nomeadamente a China. O que representa o mercado do Sudeste Asiático para a China?A China é o maior parceiro comercial do conjunto dos dez países que constituem a ASEAN, assim como os países da União Europeia são, igualmente, um parceiro comercial significativo para a República Popular da China. Agora, a questão das tarifas não se coloca apenas do ponto de vista comercial. É evidente que alguns países, por exemplo, europeus ou vizinhos da China, incluindo o Japão, a Coreia do Sul e os países do Sudeste Asiático, têm algum receio de que o gigantismo da China, com a sua capacidade de produção e tecnológica, faça disparar ainda mais a dependência destes países face Pequim. Se porventura, uma das manobras de diversificação das suas exportações, para fazer face às tarifas impostas pelos Estados Unidos, for inundar outros mercados.Essas preocupações existem. Mas agora, uma das mensagens principais de Xi Jinping é a da estabilidade da China, apresentando-a como um país fiável. A China não faz bullying com os seus parceiros, ao contrário dos Estados Unidos. E ainda por cima, a China joga, na narrativa do Presidente Xi Jinping, sempre na lógica do “win-win”, ou seja, nos ganhos mútuos. Portanto, não é a lógica da América.O Presidente chinês defendeu que a guerra das taxas alfandegárias não beneficia ninguém e que o protecionismo não leva a lado nenhum. Trata-se de mais um aviso para Donald Trump?Sim, mas isso é uma verdade “lapalisse”. Isto é, numa guerra de tarifas, é evidente que todos perdem. A questão é saber quem perde mais, sabendo que a China não está a passar propriamente pela melhor fase do seu desenvolvimento económico, desde a saída do Covid. Não é apenas com o comércio que a China se preocupa, e Xi Jinping tem essa noção.Mas é muito interessante como, em contraponto com o protecionismo e unilateralismo dos Estados Unidos, a China -oficialmente comunista- aparece como a grande defensora da globalização e do liberalismo económico. A China quer salvaguardar e tem enviado essas mensagens, não apenas para os países da região, mas também para a União Europeia, a globalização económica, as regras da ordem económica – que os Estados Unidos construíram – e quer salvaguardar a Organização Mundial de Comércio -OMC- que aparentemente a administração Trump também quer destruir.Estamos diante de uma mudança de paradigma?Sim, é a nova centralidade económica da China industrial, tecnológica e comercial, fazendo com que o país queira preservar um sistema que lhe é favorável, enquanto que, do outro lado, a administração Trump entende que esta ordem económica está obsoleta e está a ser usada como arma contra os Estados Unidos. Estou a citar palavras exactas do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio. Portanto, os Estados Unidos querem destruir esta ordem económica e travar a ascensão da China, privando-a da centralidade em tudo o que são tecnologia, minerais críticos e caudais de abastecimento.Depois, há um outro objectivo geopolítico da administração Trump, creio eu, que visa a União Europeia. Donald Trump quer acabar com a União Europeia, quer dividir os países europeus, até porque assim teríamos menos poder negocial.Com esta mudança de paradigma, a Europa pode correr o risco de vir a receber o excesso de oferta chinesa?Se fechassem os olhos, esse risco existiria. Porém, há já alguns anos, vemos que a estratégia da União Europeia, em relação à China, é muito diferente da dos Estados Unidos, sobretudo desde o primeiro mandato de Donald Trump. A estratégia dos Estados Unidos é desacoplamento e agora o que ele está a fazer é de uma forma súbita, com os custos que ele está disposto a suportar, pelo menos para já.A União Europeia tem uma lógica de redução de risco face à China e a certas dependências, em particular, não é de desacoplamento. Na vertente comercial, a União Europeia é um gigante e, portanto, consegue ombrear de igual para igual seja com os Estados Unidos, seja com a China.Todavia, é evidente que é do interesse da China e da União Europeia – se a administração Trump persistir nesta linha antagónica de tarifas completamente desproporcionais, que não têm nada a ver com reciprocidade, mas com uma tentativa de reduzir o défice externo dos EUA a zero – a União Europeia vai procurar outros parceiros e a China vai fazer o mesmo, ainda de uma forma mais intensa, incluindo a União Europeia. Portanto, os outros grandes blocos e actores económicos como o México, o Canadá, o Grupo ASEAN, a União Europeia e China tenderão a fortalecer laços entre si, como forma também de pressionar Washington a não seguir neste rumo. Ou então, de manterem as linhas que conhecemos até aqui, sem os Estados Unidos estarem no mesmo barco.Pequim e Hanói mantêm relações económicas estreitas. No entanto, são afectadas pelas disputas territoriais que se mantêm no mar da China Meridional, nomeadamente no arquipélago de Paracel, à semelhança de outros países. Estas divergências podem “beliscar” as relações económicas?A China tem sido muito hábil em conseguir manter e desenvolver [laços], criando dependências dos países do Sudeste Asiático, em particular, apesar das disputas territoriais. Aliás, é interessante como esta mesma semana, para lá da visita de Xi Jinping a Hanói, vão ocorrer os trigésimos oitavos exercícios navais conjuntos da China com o Vietname, no Golfo de Tonkin. Mas a questão é que o Vietname, à semelhança de outros países, tem desenvolvido uma diplomacia que se costuma designar de “bambu”. O Vietname procura fazer um equilíbrio, sem cair totalmente para um lado ou para outro, entre a China e os Estados Unidos. Isto é, vai fortalecendo os laços económicos, essencialmente com a China, embora também os venha desenvolvendo com os Estados Unidos, mantendo um bom relacionamento com os Estados Unidos para equilibrar estrategicamente a pressão da China, no Mar do Sul da China.Ora, se o Vietname, de repente, é apanhado, como outros países do Sudeste Asiático, com tarifas tão antagónicas de 46% – uma brutalidade que compromete definitivamente o crescimento económico do Vietname – existe o risco de os Estados Unidos estarem a alienar aliados, como acontece com o Japão, a Coreia do Sul, os países europeus ou as Filipinas, ficando um pouco mais à mercê daquilo que são as pressões chinesas, quer pelo poder de atracção e da influência, quer pelo poder até coercivo da China.
“Em seguida, foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar; e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres.” (S. Mateus 26: 36-39).
Na Groenlândia encontra-se a segunda maior camada de gelo do mundo, depois da Antárctica. O degelo dessa camada contribui para a subida do nível das águas do mar, além de que o gelo ao reflectir a luz solar ajuda a manter o equilíbrio térmico do planeta. Para João Canário, investigador do Instituto Superior Técnico, a protecção da Gronelândia deveria passar por um tratado semelhante ao da Antárctida. O debate sobre a Gronelândia está na ordem do dia, não pelo seu valor ambiental e climático, mas pelo seu valor militar, geopolítico e económico. Todavia, o papel da ilha para o equilíbrio da terra é de uma importância extrema.Para João Canário, investigador do Instituto Superior Técnico, a protecção da Gronelândia deveria passar por um tratado semelhante ao da Antárctida.Penso que a Gronelândia devia ter um estatuto semelhante ao da Antárctida.Ou seja, um tratado que proíbe acções militares e a exploração de recursos, quer biológicos, quer naturais, enquanto o tratado tiver vigor.Portanto, aquilo que eu acho é que deveria haver para a Gronelândia um tratado semelhante.O docente do Departamento de Engenharia Química, liderou uma equipa de investigação que em Julho de 2023 esteve na ilha para recolher amostras do solo com o objectivo de estudar os impactos do degelo nos ecossistemas.O meu trabalho é com solo gelado, solo que está gelado há centenas e ou milhares de anos. Ao solo gelado, em inglês chamamos de permafrost.O trabalho na Gronelândia vem no seguimento do trabalho que temos feito no Canadá e no Alasca, em zonas em que também existe permafrost, mas o permafrost já tem outras características, é descontínuo, ou seja, não ocupa uma área toda.Portanto, o que nos levou à Groenlândia foi precisamente este permafrost contínuo e sobretudo a questão o processo de degradação está agora a começar e então do ponto de vista científico para nós é interessante e é importante porque é para nós podermos acompanhar esta degradação logo do princípio.
Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê!Na mesa temos Marco Aurélio Nogueira, Elimar Pinheiro Nascimento, Paulo Henrique Martins e Lucas Faial Soneghet. Nesse episódio conversamos sobre a atual conjuntura política, inspirados por um texto de Elimar Pinheiro Nascimento (link abaixo). Segundo pesquisa do Datafolha divulgada no dia 14 de fevereiro de 2025, o índice de aprovação do governo Lula desabou para 24%, batendo recorde. Uma pesquisa do instituto Ipsos-Ipec, de 13 de março, aponta que 55% dos brasileiros desaprovam o governo. Apesar de margens de erro e eventuais distorções, não dá para negar a existência de problemas.Entre os vários desafios, destaca-se o nó na comunicação, manifestado por exemplo no imbróglio acerca da taxação do Pix. Em um ecossistema de informação plural e infestado de notícias falsas e discursos inflamatórios, a capacidade de comunicação de grupos de direita se mostrou muitas vezes superior, senão nociva. No âmbito da política externa, há de se mencionar a contestada reeleição de Maduro na Venezuela que demandou posição firme do atual presidente brasileiro. Ao mesmo tempo, com duas guerras em andamento e a eleição de Donald Trump nos EUA, o Brasil se vê pressionado entre alianças comerciais com a América do Norte e a China e afetado pelas alterações nas cadeias de produção resultantes dos conflitos. Por fim, a economia, sempre um assunto delicado, tem se mostrado mais um aspecto vulnerável. Sim, houve crescimento macroeconômico indicado pelo PIB e queda do desemprego, além de aumento da renda média dos trabalhadores. Todavia, testemunhamos a disparada de preços de alguns bens de consumo como o café, que não resultam somente da desvalorização do real em relação ao dólar, mas também dos problemas climáticos crescentes e correntes. Ajunta-se aqui a difícil tarefa de implementar novas políticas sobre o imposto de renda, que nunca ajudou a aumentar a aprovação de governo algum.Qual foi o saldo desses últimos dois anos? Como avaliar o momento atual? Se parece ser evidente que uma mudança é bem-vinda, a questão permanece: mudar como?Tópicos: Política; Governo Lula; Economia; Democracia.Youtube: https://youtu.be/F14VZOEx02sFontes: "Mudar, é preciso" por Elimar Pinheiro Nascimento: https://revistasera.info/2025/03/mudar-e-preciso/Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube!Clique no link para apoiar o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento. Você encontra as opções de apoio na página inicial do site, clicando em "Torne-se Sócio-Apoiador Aqui": https://ateliedehumanidades.com/
QUANDO A TRISTEZA BATER1 Como a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus. 2 A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo. Quando poderei entrar para apresentar-me a Deus? 3 Minhas lágrimas têm sido o meu alimento de dia e de noite, pois me perguntam o tempo todo: “Onde está o seu Deus?” 4 Quando me lembro dessas coisas, choro angustiado. Pois eu costumava ir com a multidão, conduzindo a procissão à casa de Deus, com cantos de alegria e de ação de graças em meio à multidão que festejava. 5 Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão perturbada dentro de mim? Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e 6 o meu Deus. A minha alma está profundamente triste; por isso de ti me lembro desde a terra do Jordão, das alturas do Hermom, desde o monte Mizar. 7 Abismo chama abismo ao rugir das tuas cachoeiras; todas as tuas ondas e vagalhões se abateram sobre mim. 8 Conceda-me o Senhor o seu fiel amor de dia; de noite esteja comigo a sua canção. É a minha oração ao Deus que me dá vida. 9 Direi a Deus, minha Rocha: “Por que te esqueceste de mim? Por que devo sair vagueando e pranteando, oprimido pelo inimigo?” 10 Até os meus ossos sofrem agonia mortal quando os meus adversários zombam de mim, perguntando-me o tempo todo: “Onde está o seu Deus?” 11 Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão perturbada dentro de mim? Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus.(Salmo 42:1-11 NVI)“Estou em desespero! A tristeza me consome a vista, o vigor e o apetite.” (Salmos 31:9b NVI)“eu também o guardarei da hora da provação que está para vir sobre todo o mundo” (Apocalipse 3:10b NVI)INTRODUÇÃOO que é a tristeza?A tristeza é um sentimento intrínseco ao ser humano, e todas as pessoas estão sujeitas a ele. Tristeza é a ausência de satisfação pessoal, quando o indivíduo se depara com sua fragilidade.Nem toda pessoa que está triste acha-se em depressão. A tristeza natural é um estado momentâneo. Todavia, a tristeza continuada pode se tornar uma grave enfermidade.- Você tem andado triste neste início de ano?- O que você está focando em sua mente no momento?- Seja sincero: o que você tem ganhado com isto?“Até quando terei inquietações e tristeza no coração dia após dia?”(Salmos 13:2a NVI)“Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão perturbada dentro de mim? Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus.” (Salmo 42:11 NVI)Essa declaração, que aparece tanto no Salmo 42 como no 43, descreve com clareza a condição de muitos. Esta situação é mais que uma simples tristeza.A Bíblia aborda este tema com muita frequência, e como é um problema que afetou muitos do povo de Deus e ainda afeta os cristãos de hoje, vale a pena refletirmos sobre isto hoje. O que você precisa saber com clareza é a MOTIVAÇÃO ou a RAZÃO de sua tristeza!
Fecha: 31-03-2025 Título: Todavia no es la hora parte I Autor: Sayli Guardado Locución: Analía Hein http://evangelike.com/devocionales-cristianos-para-mujeres/
Fecha: 30-03-2025 Título: Todavia no es la hora parte 1 Autor: Sayli Guardado Locución: Analía Hein http://evangelike.com/devocionales-cristianos-para-mujeres/
As Escrituras Sagradas trazem em várias passagens referente à analogia do povo de Deus ser comparado com as ovelhas e Deus e O Nosso Pai, como o Pastor de Seu Povo. Todavia, é em Cristo, conforme explicado no Capítulo 10 do Evangelho de João, e que se chega à Revelação máxima, ser o Bom Pastor, ao mesmo tempo traz revelações importantes sobre personagens malignos, como sendo o lobo e o pastor mercenário que tem como objetivo de minar a nossa fé! Como o Bom Pastor, o lobo e o mercenário atuam hoje na vida do cristão?Convido você a assistir o vídeo desta mensagem no Youtube, se inscrever no canal da IBPG, ativar o sininho, e compartilhar com seus amigos para que a Palavra de Deus possa abençoar vidas, assim fazendo permite que a Mensagem do Evangelho exposta no canal da Igreja alcance mais pessoas.----Igreja Batista Palavra da GraçaVisite nosso site: https://www.ibpg.org.br/
“Todavia, como está escrito: “Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam”;” 1 Coríntios 2:9 NVI Você consegue imaginar o que Deus preparou para aqueles que o amam?Não há como conhecer verdadeiramente a Deus sem não amá-lo, pois Ele é o próprio Amor. Neste versículo temos a Sua promessa de saber que suas benção vão além da nossa compreensão, assim como é seu próprio amor.Ainda que na vida, não tenhamos perspectiva de futuro, aquele que nos ama e que também podemos amá-lo, nos da a promessa de nos surpreender com seu amor e desejo em nos abençoar.““Sei que podes fazer todas as coisas; nenhum dos teus planos pode ser frustrado.” Jó 42:2 NVI Que possamos conhecer, amar e confiar nos planos de Deus para nossa vida, sabendo que Ele cuida de nós e sempre nos surpreende em seus propósitos.Pensamento do dia:Qual é o nível de seu conhecimento de Deus?Oração: Senhor muito obrigado por nos amar de forma tão intensa, nos ajude a conhecê-lo cada dia mais sentindo e vivendo seu amor por nós.Em nome de Jesus, Amém !Que você tenha um dia abençoado!Por Ubiratan Paggio#devocionaisdiarios#deusfalacomigo #EleMeAma#AmorInimaginavel #QueroTeConhecer#ubiratanpaggio@ubiratanpaggio@ubiratan.paggio
Depois de uma longa conversa telefónica, esta terça-feira, 18 de Março, o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou um entendimento com o homólogo russo, Vladimir Putin, para um cessar-fogo parcial na Ucrânia. Trata-se de uma trégua de 30 dias que suspende ataques contra recintos energéticos e se os europeus deixarem de armar a Ucrânia. Putin e Trump concordaram em iniciar "imediatamente" negociações, que terão lugar no Médio Oriente, sobre uma possível trégua gradual na guerra. Todavia, no terreno, os combates continuam, pouco depois do fim do telefone entre os dois estadistas, ouviram-se explosões em Kiev. A Rússia, por seu lado, afirmou ter evitado várias tentativas de incursão terrestre do exército ucraniano na região russa de Belgorod, na fronteira com a Ucrânia.Para Vítor Gabriel Oliveira, secretário-geral da SEDES Europa - Associação para o Desenvolvimento Económico e Social - este telefonema entre a Casa Branca e o Kremlin mostra que Trump “terá ajustado muita coisa para aquilo que Putin pretende, para realmente dizer: ‘Eu consegui quebrar a guerra na Ucrânia, eu consegui negociar 30 dias de cessar-fogo na Ucrânia. Fui eu consegui'”, ou seja, uma medalha para “consumo interno”, uma vez que o actual presidente norte-americano está focado na política interna, “mesmo que para isso os Estados Unidos se coloquem por debaixo de Putin, o que para alguns sectores norte-americanos não está a ser muito bem visto.”Moscovo aceitou suspender os ataques contra infra-estruturas energéticas na Ucrânia durante 30 dias, no entanto, o presidente russo exigiu, para o efeito, o fim do "rearmamento" da Ucrânia e o cessar da ajuda ocidental a Kiev.Em reacção, o chanceler alemão Olaf Scholz e o Presidente francês Emmanuel Macron garantiram que a ajuda militar à Ucrânia vai continuar: "Continuamos a apoiar o exército ucraniano na sua guerra de resistência contra a agressão russa", afirmou Emmanuel Macron."A União Europeia e o Reino Unido, a partir do momento em que Trump tomou posse, foram completamente excluídos. Portanto, a União Europeia passou a ser um pilar isolado deste cinturão de forças tripartido: China, Rússia e Estados Unidos. Portanto, o objectivo dos Estados Unidos foi não só militarmente, mas também com a aplicação de taxas, isolar a União Europeia. Portanto, a União Europeia, de certa forma, na relação com os Estados Unidos, está fragilizada, mas também tem dado boas respostas como é este programa do rearmamento", explica Vítor Gabriel Oliveira.O analista político acrescenta que “é muito importante que os líderes dentro da União Europeia e do Reino Unido comecem a pensar na pedagogia de guerra”, não apenas no sentido da mobilização de recursos humanos para a guerra, mas no sentido de explicar aos seus cidadãos a necessidade de alocar verbas para defesa europeia, financiamento esse que vai fazer falta noutro sítio. Entretanto, para esta tarde está prevista uma conversa telefónica entre o Presidente norte-americano Donald Trump e o homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky, na qual serão discutidas “as próximas etapas” segundo Kiev. Zelensky disse ainda esperar obter de Donald Trump esclarecimentos sobre a conversa que este manteve na terça-feira com Vladimir Putin.Questionado sobre o que se pode esperar deste telefonema, o secretário-geral da SEDES Europa é peremptório: “é que ele [Zelensky] seja informado do que se passou e Donald Trump dir-lhe-á ainda o que é que vai acontecer no futuro. Porque a Ucrânia está completamente dependente dos Estados Unidos. (...) Provavelmente, Zelensky tentará negociar em termos comunicacionais, para consumo interno na Ucrânia - porque sabemos que provavelmente irá a eleições - o porquê de aceitar aquilo que Donald Trump irá impor.”
Um estudo do Instituto Nacional de Estatística e Estudos Económicos indica que o salário médio das mulheres francesas que trabalham no sector privado era, em 2023, 22% inferior ao dos homens. O estudo explica que o salário relativamente baixo das mulheres se deve, em parte, a um volume anual de trabalho 9,3% inferior ao dos homens, uma vez que as mulheres trabalham mais em tempo parcial. Cristina Semblano, economista, afirma que as desigualdades se devem a um problema estrutural que continua a prejudicar as mulheres no mercado de trabalho. Desde 1972 que o princípio da igualdade de remuneração entre mulheres e homens está consagrado na lei francesa. Como é que se explicam estas desigualdades?As desigualdades têm várias explicações. Poderei começar por dizer que elas são gritantes, sabendo, nomeadamente, que a comunidade internacional tinha, há uns anos, dado 2030 como meta para eliminar as diferenças salariais entre homens e mulheres. Todavia, esta desigualdade explica-se por várias razões. Uma delas está ligada ao tempo de trabalho e ao volume de trabalho fornecido pelas mulheres, que é menor, uma vez que estas não estão em plena actividade durante todo o ano. As mulheres trabalham muito mais em tempo parcial do que os homens, um trabalho que lhes é muitas vezes imposto.O estudo diz que são as mulheres que ocupam cargos executivos que são as mais afectadas e que essas desigualdades aumentam à medida que a carreira avança...Esta realidade deve-se a um problema de mentalidade ou a um problema estrutural da diferença de género. E não é só em França que isto acontece. Em Portugal, verificamos exactamente a mesma coisa. Ou seja, à medida que as qualificações das mulheres aumentam -não forçosamente as qualificações, mas o lugar que elas ocupam na hierarquia é mais importante -maior é a disparidade em relação aos homens.Porém, mesmo com horários de trabalho idênticos, o salário médio das mulheres é 14,2% inferior ao dos homens. Porque é que o trabalho dos homens é mais valorizado?É uma boa pergunta, que gostaria de poder responder. Vivemos num país onde o lema do primeiro mandato de Emmanuel Macron era a igualdade de género. Efectivamente, isso não se está a verificar. Basta olhar para as finanças públicas francesas, que não têm nada de feministas.O orçamento do Ministério da Igualdade de Género representa 0,02% do orçamento, deixando claro que não há vontade de diminuir as desigualdades entre homens e mulheres. Trata-se de um sistema que precisa dessa desigualdade entre homens e mulheres, nacionais e imigrantes. É um sistema baseado na exploração e, portanto, a mulher é um produto que vale a pena empregar para explorar.Um outro factor, que é muito importante, está associado ao facto de as mulheres ocuparem cargos em sectores menos valorizados e mesmo precários. A saúde, a educação, os cuidados, a protecção infantil, etc. São os sectores que mais empregam mulheres e são aqueles que lhes pagam menos.É fundamental uma mudança de mentalidade?É fundamental que aqueles que nos governam não desvalorizem estes sectores. São sectores que têm de ser altamente valorizados. São sectores fundamentais do ponto de vista humano, do ponto de vista da coesão social, indispensáveis à vida.Há ainda a questão da maternidade. De que forma é que a maternidade ainda continua a lesar as mulheres no mercado de trabalho?A maternidade continua a agravar a situação das mulheres e a situação tende a piorar. A maternidade é algo incoerente, porque tem a ver com a sociedade inteira. São as mulheres que engravidam, que suportam o tempo da gravidez e o parto... Mas deveria competir à sociedade a resolução dos problemas ligados à maternidade. Ora, não é esse o caso. A mulher tem de ser individualmente menorizada, tem de ser vítima pela sua situação de maternidade.Quando as mulheres denunciam as desigualdades salariais, são muitas vezes acusadas de estar a criar mau ambiente, podendo até ser vítimas de retaliação por parte dos superiores hierárquicos...Exactamente. As mulheres estão abandonadas a elas próprias. Elas lutam, integram colectivos, fazem greve, mas estamos num tempo em que não estar de acordo com o pensamento mainstream ou com as regras vigentes é ser polémico. E não é só no caso das mulheres. Quando exprimo uma opinião que não é a opinião global, quando não somos consensuais, somos acusados de ser polémicos.A seu ver, o que precisa de ser feito? Que regras devem ser alteradas para combater esta desigualdade?Os poderes públicos devem começar por consagrar orçamentos maiores para lutar contra as desigualdades entre homens e mulheres. No caso das empresas, por exemplo, devem ser divulgados os salários. Que tipo de medidas, na sua opinião, devem ser adoptadas nas empresas para acabar com estas desigualdades?Em França, há um grande segredo em relação aos salários. Eu sou a favor da divulgação dos salários nas empresas. Nas empresas, estamos aqui numa relação de dominação. Tanto os homens como as mulheres estão numa situação de submissão e, por conseguinte, é evidente que é muito mais fácil reinar, tendo em conta que as relações de dominação existem.Nesta política de silêncio à volta dos salários, é mais fácil para as empresas terem este poder sobre os assalariados?As empresas têm poder sobre os assalariados. A relação entre o patronato e o assalariado é uma relação assimétrica. É evidente que, em relação à mulher, ela é ainda mais assimétrica.
Até 2050, se nada for feito, o excesso de peso e a obesidade vão afectar um em cada três adultos e uma criança ou adolescente em cada três. Os dados constam de um estudo publicado na revista The Lancet. Os autores consideram que a inacção dos governos, ao longo dos últimos 30 anos, conduziu a um aumento alarmante do número de pessoas afectadas. Sobre a questão da obesidade, traçamos neste magazine Ciência, o panorama em Angola com o especialista em saúde pública Jeremias Agostinho. Até 2050, se nada for feito, o excesso de peso e a obesidade vão afectar um em cada três adultos e uma criança ou adolescente em cada três. Os dados constam de um estudo publicado na revista The Lancet, que reúne dados de 204 países e territórios do mundo.Os autores consideram que a inacção dos governos face à crescente crise da obesidade e do excesso de peso ao longo dos últimos 30 anos conduziu a um aumento alarmante do número de pessoas afectadas. Entre 1990 e 2021, o número quase triplicou entre os adultos com mais de 25 anos, passando de 731 milhões para 2,11 mil milhões, e mais do que duplicou entre crianças e adolescentes dos 5 aos 24 anos, passando de 198 para 493 milhões."Sem uma reforma urgente das políticas e acções concretas, 60% dos adultos, ou seja, 3,8 mil milhões de pessoas, e quase um terço (31%) das crianças e adolescentes, ou seja, 746 milhões, deverão ter excesso de peso ou ser obesos até 2050", alerta o documento.Mais de metade dos adultos com excesso de peso ou obesidade vive actualmente em apenas oito países: China (402 milhões), Índia (180 milhões), Estados Unidos (172 milhões), Brasil (88 milhões), Rússia (71 milhões), México (58 milhões), Indonésia (52 milhões) e Egipto (41 milhões). Os dados são de 2021.Sobre a questão da obesidade, traçamos neste magazine Ciência, o panorama em Angola com o especialista em saúde pública Jeremias Agostinho. “Aqui não temos dados concretos em relação à obesidade, porque não é uma doença de notificação obrigatória. As instituições de saúde não notificam os casos que identificam para a Direcção Nacional de Saúde Pública. Então, não temos noção de qual é a situação no geral. Os dados que temos são apenas de médicos que habitualmente lidam com a doença. Estamos a falar especificamente, por exemplo, de diabéticos, muitos diabéticos que são obesos também. Os endocrinologistas habitualmente dão os seus dados, em torno de cerca de 10% dos pacientes. Estima-se que essa seja a nossa taxa nacional. É só uma estimativa, porque não temos estudos que nos mostrem qual é panorama do país.” Entretanto, no decorrer da entrevista, o médico contactou a coordenadora do programa do Ministério da Saúde sobre as doenças crónicas não transmissíveis, que avança a cifra de 20% a nível nacional e diz que, segundo a OMS, a taxa pode estar em torno de 28% da população com obesidade. Todavia, Jeremias Agostinho relembra que isso são dados, "são muito questionáveis, porque não tem uma abordagem nacional." Os casos de obesidade concentram-se mais nas “zonas urbanas, principalmente nas das grandes cidades como Luanda, Huíla, Benguela e Huambo”. “A maior parte da população obesa é feminina”, explica o especialista.Questionado sobre as razões da obesidade, Jeremias Agostinho é peremptório” deve-se, principalmente, por causa do nosso estilo de vida”. O médico acrescenta que a população é “sedentária” e o facto de não existirem locais para a prática de desporto ao ar livre, nem segurança agrava a situação. Além disso, o médico alerta para a elevada iliteracia alimentar: “Temos níveis de literacia em saúde muito baixos e as pessoas não sabem da importância da variedade dos alimentos, de consumir proteínas numa determinada quantidade, açúcares numa determinada quantidade. As pessoas consomem o que é possível e isto tudo tem o seu impacto. E infelizmente, na nossa sociedade, o indivíduo obeso ainda é visto como um indivíduo saudável. Quando a pessoa aumenta de peso, habitualmente ouve sempre: “a tua vida está a melhorar. Estás bem! Estás gordo, sim senhor!”. É sinónimo de ostentação.”A subnutrição é um problema de saúde pública em AngolaJeremias Agostinho avança que num debate recente entre a classe médica sobre a obesidade, “nós éramos unânimes em como, cá entre nós, não representa um problema de saúde pública. Aqui, o problema é o contrário: a subnutrição." "A subnutrição é um problema de saúde pública. Estamos a falar de aproximadamente 50 a 60% das crianças. E, infelizmente, a nossa população é maioritariamente jovem. Temos cerca de 70% da população com menos de 35 anos. E as crianças representam provavelmente cerca de 15%, a maior parte delas sofre de subnutrição. Então, hoje o problema que temos é de subnutrição”, conclui.
Mais de 1000 pessoas foram mortas após os confrontos entre as forças de segurança sírias e os apoiantes do Presidente deposto, Bashar al-Assad. O Presidente da Síria, Ahmed Sharaa, garantiu que todos aqueles que atentarem contra o Estado e os dissidentes serão punidos, alertando também para a possibilidade de uma nova guerra civil eclodir no país. Calton Cadeado especialista em Relações Internacionais, reconhece as fragilidades do novo Governo, contudo, refere que a violência está a ser perpetrada de ambos os lados. Esta violência entre as forças de segurança sírias e os apoiantes do presidente deposto, Bashar al-Assad, era previsível?Neste momento, há informações que ainda não estão claras e há uma disputa de narrativas, uma que é a pró-governamental e a outra que é a anti-governamental, se assim quisermos dizer. Para todos os efeitos, existe um facto que não pode ser negado e que já era esperado Refiro-me às pessoas leais a Bashar al-Assad que estão a contestar esta transição de poder por via da força. Quanto tempo isso vai levar? É uma incógnita. Mas, de todas as formas, estamos a assistir a uma contestação violenta, sendo que a resposta também é violenta e condenável. Mas, no jogo político, é preciso entrar na cabeça do novo regime para perceber porque é que eles estão a reagir desta forma. Vamos lá pensar de forma especulativa, mas com factos: estes companheiros – que tomaram o poder pela força – foram vítimas de repressão do regime de Bashar al-Assad e pensam que é legítimo, agora, fazer a vingança.Não compete à Justiça responder a esse tipo de situações?O que todos nós gostaríamos é que a Justiça funcionasse, mas neste momento existe uma resposta violenta, uma vingança violenta ao que eles não conseguiram fazer [no passado].As forças de segurança do novo Governo anunciaram a detenção de vários autores de violência contra civis nas províncias costeiras da Síria. Esta resposta parece-lhe a mais sensata?A detenção é a melhor opção, a mais ideal, pois permite às pessoas responderem perante um tribunal sobre esta situação. Mas, repito, o que se está a verificar é a ideia da vingança, também pode ser a ideia de utilização do medo como factor de imposição da autoridade. É preciso lembrar que este Governo ainda está numa fase de instalação.O Presidente sírio, Ahmed Sharaa, disse - num discurso à nação - que o país enfrenta um novo perigo, representado pelos apoiantes do antigo regime de Bashar al-Assad e pelas forças externas que procuram arrastar o país para uma guerra civil com o objetivo de o dividir, destruindo a unidade e a estabilidade. É disso que se trata? Há essa ameaça?A ameaça está lá porque a tomada de poder ainda não está consolidada na ocupação real do território. Também não sabemos quais são as pretensões destes grupos que se uniram para derrubar Bashar al-Assad. O grupo dos curdos, por exemplo, não esconde a sua pretensão de criar o tal grande Curdistão, com a Síria, a Turquia e o Iraque. Actualmente, não há garantias da efectividade do controle do território por este novo regime. Então, tudo o que vier é motivo de medo, servindo de pretexto para o uso da força, inclusive num nível extremo. Pode eventualmente ser uma situação dessas, mas também é preciso desconfiar que o Governo pode estar a usar este assunto como pretexto para justificar o excesso de violência contra qualquer um que tente pôr em causa o poder instalado, porque o poder instalado definitivamente ainda não está consolidado.Foi ainda anunciado um comité superior para preservar a paz civil, que será encarregue, em nome do presidente da República, de comunicar diretamente com o povo da costa síria, ouvi-lo e prestar-lhe o apoio necessário. Qual é a importância deste comité superior para preservar a paz civil?É uma boa iniciativa e dá um sinal de que é preciso reconhecer que a Síria precisa de paz. Pode também ser um sinal de que é preciso incluir todos os actores da paz civil. Porém, essa expressão "paz civil" pode ser um sintoma de exclusão de qualquer força armada associada a Bashar al-Assad. Pode ser uma forma de dizer, inclusive aos leais a Bashar al-Assad: “Vocês têm um espaço aqui desde que deponham as armas e façam um jogo político na Síria”. Mas o medo vai ser sempre a tónica dominante e que vai influenciar a efectivação deste comité.Dezenas de pessoas reuniram-se, no dia 7 de março, na Síria para pedir protecção de Moscovo. Bashar al-Assad, vive em Moscovo desde que deixou a Síria, a Rússia afirmou que Moscovo está a coordenar estreitamente os esforços com os parceiros estrangeiros no interesse de um rápido desanuviamento da situação…Eu tenho grande dificuldade em tratar deste assunto como um assunto puramente identitário de minorias ou maiorias. Neste caso, é claramente um assunto político entre grupos rivais políticos. Acontece, infelizmente, esta associação ao grupo da minoria alauíta [minoria da qual Bashar al-Assad faz parte]. Mas esta não é uma luta entre alauítas e xiitas, ou alauítas e sunitas. Esta é uma luta de poder entre actores políticos. Então, a protecção que vai ser dada neste momento é à população civil, sob pena de se correr o risco de estar a falar apenas de alauítas. Todavia, naquela zona, podem estar a morrer pessoas que não são alauítas. São os civis que têm de ser protegidos. Aliás, a informação que está a circular é que há gente que foi refugiar-se na base russa. Neste momento, qualquer tentativa de associar este problema à minoria alauíta é uma forma de diminuir o verdadeiro problema, instrumentalizando a identidade alauíta para fins políticos. Em todo o caso, a Rússia deve proteger todos os civis.A Turquia, que apoiou os rebeldes quando Assad ainda estava no poder, avisou que os atuais combates representam uma ameaça séria para o novo governo. O novo Governo está, de facto, ameaçado?Sem dúvida, este é um Governo que ainda está na fase de instalação, não controla todo o território. Este grupo que chegou ao poder com um elevado nível de legitimidade, por ter derrubado Bashar al-Assad, esconde as divisões internas. Uma das divisões internas, que o próprio grupo já reconheceu, é o medo da influência que o Estado Islâmico pode desempenhar neste novo xadrez político. Refiro-me ao controlo territorial, com propostas para a federalização da Síria e entregar o controlo de território a cada um destes grupos, diminuindo o peso do Estado no controlo territorial na sua globalidade. Num cenário de presença do Estado Islâmico a controlar o território, quais seriam as consequências para a Síria, Turquia ou Israel? Então, há esse medo, e é um medo real.Que papel poderá desempenhar a Turquia?A Turquia pode ser um elemento de protecção do novo regime para não dar espaço para que os grupos actuem, por exemplo, na zona norte. A Turquia pode bloquear as intervenções, sobretudo dos grupos leais a Bashar al-Assad. Na minha análise deste cenário, estes grupos leais – que estão a tentar pôr em causa o novo regime – não têm pernas para andar, pelo menos na zona norte, porque não têm uma retaguarda segura no mar .A Europa mostrou-se chocada com esta escalada de violência. Apelou a todos para que procurem soluções pacíficas para a unidade nacional, um diálogo político inclusivo e justiça transitória. Há aqui o risco de a Europa voltar atrás na intenção de levantar as sanções contra a Síria com esta situação?Neste momento, tudo está em aberto e é possível que isso venha a acontecer. Agora, vamos ver quais são as discussões que a Europa faz com o novo regime, porque a Europa quer preservar os direitos humanos, mas o novo regime quer preservar o poder e a integridade territorial. O que vem primeiro? Se formos a usar a teoria liberal, são os valores dos seres humanos que vêm primeiro, mas se formos usar a teoria realista, o que vem primeiro é o Estado. Podiam-se fazer as duas coisas ao mesmo tempo; seria o mais desejável, mas estamos a falar de duas perspetivas de grupos diferentes.
Graça e Paz! Todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma. Hebreus 10.38 Primeira Igreja Presbiteriana da Arniqueira www.1ipar.com Entre em contato conosco 1iparniqueiras@gmail.com Faça nos uma visita SHA Conjunto 3 Chácara 47A Arniqueira Brasília DF maps.app.goo.gl/iQSRtWrk9Hy6eaUT6 YouTube https://youtube.com/@primeiraigrejapresbiterian1958 Contribua Ore e ajude esta obra! Pix 40222748 000153 (CNPJ) Banco do Brasil Conta Corrente 51214-1 Agência 2901-7 Que Deus abençoe você! Porque de tal manera amó Dios al mundo, que ha dado á su Hijo unigénito, para que todo aquel que en él cree, no se pierda, mas tenga vida eterna. Juan 3:16 For God so loved the world, that he gave his only begotten Son, that whoever believes in him should not perish, but have everlasting life. John 3:16 ¹⁶ Ибо так возлюбил Бог мир , что отдал Сына Своего Единородного , дабы всякий верующий в Него , не погиб , но имел жизнь вечную . João 3:16 Car Dieu a tellement aimé le monde, qu'il a donné son Fils unique; afin que tout homme qui croit en lui ne périsse point, mais qu'il ait la vie éternelle. João 3:16 ¹⁶ Want so lief het God die wêreld gehad, dat Hy sy eniggebore Seun gegee het, sodat elkeen wat in Hom glo, nie verlore mag gaan nie, maar die ewige lewe kan hê. João 3:16 ¹⁶ 하나님이 세상을 이처럼 사랑하사 독생자를 주셨으니 이는 저를 믿는 자마다 멸망치 않고 영생을 얻게 하려 하심이니라 João 3:16 ¹⁷ Tanrı, Oğlunu dünyayı yargılamak için göndermedi, dünya Onun aracılığıyla kurtulsun diye gönderdi. João 3:17
Esta semana, a actualidade em moçambique ficou marcada pela assinatura do acordo histórico com o Presidente Daniel Chapo e os nove partidos da oposição, no âmbito do diálogo político para o fim da crise pós-eleitoral no país. Todavia, este acordo deixa de fora o ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane que classificou este entedimento como um acordo "sem povo". O Presidente da Guiné-Bissau marcou para 23 de Novembro as eleições gerais no país, presidenciais e legislativas, Sissoco Embaló tinha anunciado 30 de novembro, mas teve que ajustar a data ao período previsto na lei eleitoral. A oposição exige que o escrutínio seja em Maio, justificando que o mandato de Umaro Sissoco Embaló terminou no dia 27 de Fevereiro.O país continua a aguardar o posicionamento da missão da CEDEAO, que esteve em Bissau entre 21 e 28 de Fevereiro, mas que deixou o país na madrugada de 1 de Março, sob ameaça de expulsão por parte do chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló.O silêncio da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental CEDEAO, afirmou Domingos Simões Pereira, presidente da Assembleia Nacional popular da Guiné Bissau, que em entrevista à RFI, acrescentou que a CEDEAO está a provar "o veneno" que os guineenses têm vindo a consumir ao longo do mandato de Umaro Sissoco Embalo.Já o ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Carlos Pinto Pereira, afirmou que o país “aguarda da parte da CEDEAO uma retratação pública”, acrescentando que o nome do país foi “vilipendiado na praça pública” pela delegação de alto nível da organização sub-regional.O Presidente angolano rejeitou, esta semana, as tentativas de deslocalização do povo palestiniano e a contínua política israelita de expansão dos colonatos e ocupação de territórios pertencentes à Palestina. As declarações de João Lourenço foram feitas na cimeira extraordinária da Liga Árabe sobre a situação na Faixa de Gaza, que decorre no Cairo, Egipto, onde falou na qualidade de presidente em exercício da União Africana.Em Cabo Verde, foi apresentada uma tradução da Constituição para língua materna, nomeadamente para a variedade da ilha de Santiago da língua cabo-verdiana. A tradução é da autoria do linguista e escritor Manuel Veiga. A obra foi apresentada pelo Presidente cabo-verdiano, José Maria Neves, em mais uma iniciativa para a valorização do idioma nos 50 anos de independência.
O primeiro-ministro francês, François Bayrou, abriu a porta à possibilidade de se realizar um referendo sobre a reforma do sistema de pensões, numa altura em que os sindicatos exigem a revogação da lei que estabelece que os franceses devem trabalhar até aos 64 anos. Vários modelos estão em cima da mesa e dividem a sociedade, nomeadamente o aumento das cotizações, a redução do valor da reforma ou o sistema por capitalização. O professor de Finanças da Universidade de Paris, Carlos Vinhas Pereira, afirma que o aumento da idade de reforma e o modelo de capitalização poderão ser as soluções para responder ao desequilíbrio do modelo de repartição, impactado pelo declínio demográfico. O primeiro-ministro francês, François Bayrou, abriu a porta à possibilidade de se realizar um referendo sobre a reforma do sistema de pensões em França. Esta é a melhor solução?Talvez a pergunta devesse ser feita de outra forma: os franceses estão ou não de acordo em arriscar a possibilidade de, a partir de um certo momento, o sistema não ser capaz de pagar as pensões.Neste momento, os franceses recebem as pensões que estão baseadas num equilíbrio financeiro. Nesta reunião, as autoridades, os parceiros sociais e os representantes das empresas tentam encontrar uma solução para não desequilibrar o sistema de repartição, que é o único sistema que a França tem.A verdade é que, actualmente, muitos franceses são favoráveis a que uma parte do sistema seja feita através do modelo de capitalização, uma possibilidade que tem sido, até à data, recusada pelas instituições.O sistema de reformas francês é deficitário desde a década de 70. O que falhou neste sistema de repartição?O modelo de repartição está baseado na demografia, na esperança de vida e indexado à inflação. O que acontece é que, hoje em dia, já não consegue compensar o reforço que é necessário para este sistema.Para as pessoas nos perceberem, o modelo de repartição é um modelo de duplo pagamento, ou seja, uma geração faz descontos que permitem pagar as reformas da geração anterior e também faz descontos para as próprias reformas...Exactamente. Ou seja, podemos dizer que é um financiamento por gerações e também está baseado na taxa de mortalidade. Com o aumento da esperança de vida, o número de anos a pagar a reforma aumentou, mas temos menos pessoas a fazer descontos. Esta situação levou a um desequilíbrio no modelo de repartição.Uma das medidas defendidas passa por baixar o valor das reformas. Esta pode ser a resposta?É uma das possibilidades. Porém, politicamente, é muito complicado. Em França, existem cerca de 24 milhões de reformados e dizer a essas pessoas, que já descontaram, que vão receber menos e perder poder de compra é muito difícil. É mais fácil, efectivamente, entrar dentro do sistema mais tarde.Ou seja, aumentar a idade da partida para a reforma?Sim. Alargar o número de anos para poder partir para a reforma, neste momento, chega para equilibrar o sistema de pensões francês, contando também com uma taxa de crescimento e mais pessoas a cotizar. Aqui, é preciso não esquecer as pessoas que estão no desemprego e que não fazem descontos.A crise no sector do imobiliário e os conflitos mundiais têm contribuído para o aumento do desemprego, o que nos leva a pensar que o Governo também está a considerar que terá de voltar a fazer uma reforma no sistema de pensões em 2030.Todavia, o Governo está a pensar em fazer uma lista de profissões que terão um tratamento diferente, ou seja, não partirão aos 64, mas poderão sair com uma base de trimestres de cotizações, podendo essas pessoas aceder à reforma antes dos 64 anos.Uma das soluções que tem sido também avançada é o modelo de capitalização. Uma das vantagens seria contornar a crise demográfica. Concorda?Sim, permite contornar. Neste momento, os franceses têm nas suas contas poupança cerca de 6 mil milhões de euros que estão colocados em obrigações sem risco. Estas economias não permitem ter um crescimento muito importante, nem são utilizadas no financiamento das empresas, nem no crescimento económico.Se olharmos para o modelo de capitalização, com o horizonte de aplicação dos fundos muito alargado (30 ou 40 anos), é possível fazer aplicações mais arriscadas, ou seja, financiar as empresas, comprar acções com a possibilidade de ter rendimentos muito mais importantes e chegar à reforma com o montante de capitalização que vai compensar uma eventual perda que se poderia ter no sistema de repartição.Porém, muitas são as vozes a afirmar que são os mais ricos que conseguem ter um bom plano de capitalização. Como é que se pode permitir que todas as pessoas tenham acesso a esses planos de poupança reforma, isentos de impostos?Um jovem pode começar, e muitos deles já o fazem. O que está em causa é a proporcionalidade. Os 6 mil milhões de euros a que me refiro não são detidos pelos mais ricos. Estou a falar de pequenas contas, não de grandes fortunas, nem de fundos de investimento.Em vez de pôr as economias num Livret A (conta poupança), poderia ser aplicada num sistema que será criado, com incentivos fiscais e com algum controlo do Estado. Uma espécie de fundo soberano constituído pela França, onde as pessoas pudessem colocar as poupanças, mas com um único objectivo: preparar a reforma.Olhando para a evolução da nossa sociedade, acredita que o sistema de repartição será, no futuro, substituído pelo sistema de capitalização?Com o declínio demográfico, se não houver uma política familiar, não vai ser possível manter o modelo de repartição. A partir de certo momento, terá de haver um sistema de capitalização associado ao modelo de repartição.
Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê!Na mesa temos Leopoldo Lusquino Filho, Bia Martins, André Magnelli e Lucas Faial Soneghet. A Deepseek inc. foi fundada em 2023 na China, mas virou assunto nos últimos meses por se diferenciar dos demais modelos. Com custo menor, transparência e capacidades únicas, o DeepSeek impactou o mercado de investimento em datificação e IAs, além de colocar em questão o atual funcionamento de empresas como a OpenAI, responsável pelo conhecido ChatGPT. A DeepSeek publica seus métodos e disponibiliza seus modelos para pesquisadores, possibilitando sua replicação em menor escala em diversos lugares do mundo. Além disso, seus modelos parecem ser capazes de gerar respostas e resolver problemas complexos, com um processo parecido com o raciocínio humano que envolve um diálogo interno próprio. Isso tudo utilizando um hardware considerado ultrapassado em relação aos seus competidores em países europeus e anglo-saxões.Conversamos sobre a DeepSeek, mas também sobre o cenário atual das inteligências artificiais. No Brasil, temos avançado na pesquisa em IAs sustentáveis e em tecnologias de detecção de conteúdos produzidos por IA. Todavia, estamos longe de algo parecido com soberania digital. Em contraste, pode-se pensar na China, país no qual o DeepSeek foi desenvolvido, onde há investimento pesado e contínuo na criação de novas tecnologias e técnicas em inteligência artificial. A complexificação das IAs coloca questões políticas e éticas: como lidar com os vieses muitas vezes imprevisíveis dessas tecnologias? Como abrir as “caixas-pretas” dos processos automatizados que parecem estar além dos limites da agência e do conhecimento humano?Temas: Inteligência artificial; Tecnologia; Soberania digital; DeepSeekVamos conversar? No Youtube: https://youtu.be/SXOE8X1n4yATorne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube!Clique no link para apoiar o Ateliê de Humanidades nos regimes Padrão, Premium e Sócio-leitor e receba quinzenalmente uma conversa com um dedo de prosa, um tanto de inteligência e um bocado de questões do momento. Você encontra as opções de apoio na página inicial do site, clicando em "Torne-se Sócio-Apoiador Aqui": https://ateliedehumanidades.com/Torne-se sócio-apoiador do Ateliê Clube!
"Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado;Todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação." Habacuque 3:17-18
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Esta semana, na rubrica Vida em França, visitámos o Salão da Agricultura de Paris, que decorre até ao dia 28 de Fevereiro, na capital francesa. Este ano, o certame contou com a visita do ministro português da Agricultura, José Manuel Fernandes, que visitou os stands das duas empresas portuguesas que participam no evento. Durante a visita ao Salão da Agricultura de Paris, o responsável português pela pasta da agricultura reuniu-se com a ministra francesa da Agricultura e da Soberania Alimentar, Annie Genevard. Em declarações à imprensa, José Manuel Fernandes adiantou que os dois países deixaram clara a vontade de reforçarem a Política Agrícola Comum.“Coincidimos no objectivo de termos uma Política Agrícola Comum forte, que tenha os dois pilares: um pilar para apoiar o rendimento dos agricultores e outro para o investimento. Não aceitamos cortes na Política Agrícola Comum, até porque ela é essencial para a segurança alimentar e também é importantíssima para a própria defesa da União Europeia e a autonomia estratégica da União Europeia”, explicou.Esta visita acontece numa altura em que Portugal se apresenta como o maior defensor do acordo agrícola com o Mercosul, enquanto a França, primeira potência agrícola da União Europeia, está determinada a impedir a sua aplicação. Este fim-de-semana, o Presidente Emmanuel Macron, afirmou que continua à procura de “uma minoria de bloqueio” dentro da União Europeia contra o acordo comercial com o Mercosul.O ministro português da Agricultura reitera que a União Europeia precisa de alargar os seus mercados e espera que o acordo seja aprovado“Eu espero que seja aprovado o Acordo Mercosul e, portanto, aqui existe, efectivamente, uma divergência. A União Europeia precisa de alargar os seus mercados, de preferência com democracias. O Mercosul significa aceder a um mercado de 720 milhões de habitantes, 25% do PIB. É importante também que se diga que, quando falamos de Mercosul, estamos a falar do Brasil, da Argentina, do Paraguai e do Uruguai. É um win-win. Com este acordo, a reciprocidade será um elemento que terá de existir também do outro lado, onde os direitos sociais terão de avançar e ser mais fortes. As questões do respeito pelo ambiente e da utilização dos mesmos produtos fitofarmacêuticos também terão de ser avançadas nesse caminho”, detalhou.José Manuel Fernandes visitou ainda os stands das duas empresas portuguesas que participam no evento, sublinhando a importância destes certames para a divulgação dos produtos portugueses:“É sempre importante divulgarmos os nossos produtos. Este é um salão de produtos e da agricultura francesa, por isso a presença simbólica aquela que temos aqui. (…) Todavia, os nossos produtos são inimitáveis. Ninguém consegue fazer vinho verde, em nenhuma parte do mundo, nem o azeite com a qualidade que temos. Não se consegue imitar. Os nossos produtos, felizmente, são de excelente qualidade", admitiu.Há mais de dez anos que a empresa portuguesa Saudade Lusa Produtos de Portugal marca presença no Salão da Agricultura de Paris. Alexandre Pinto reconhece que o objectivo é mostrar uma gastronomia diferente:“O nosso produto da Serra da Estrela vem diretamente da cidade de Seia. Aqui expomos o queijo amanteigado, os nossos enchidos, nomeadamente presunto. E ainda temos o café português e o pastel de nata para a sobremesa. Estar aqui significa dar a conhecer o nosso produto, dar a conhecer Portugal, mas mostrar uma gastronomia diferente e com qualidade", notou.A Lusa Nata é também é uma presença habitual do Salão da Agricultura de Paris. Fernando Cachola refere que este evento tem um enorme potencial de vendas:“Participamos neste salão há cerca de 12 anos. Os custos são enormes, mas compensa ao nível da divulgação e o potencial de vendas é bastante grande”, concluiu.O Salão da Agricultura de Paris decorre até ao dia 28 de Fevereiro, na capital francesa.
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Em Cabo Verde são já muitas as áreas que procuram a inteligência artificial, nomeadamente a agricultura. Todavia, os ganhos da inteligência artificial podem sentir-se também no sector da medicina, na educação e na promoção do crioulo. O professor na Universidade de Cabo Verde e especialista em inteligência artificial, Arlindo Veiga, acredita que a inteligência artificial pode ser um motor de desenvolvimento em África. A inteligência artificial pode ser um motor de desenvolvimento em África? Sinceramente, sim. Basta ver o potencial que é reconhecido através da utilização da inteligência artificial. No entanto, não podemos esquecer o perigo de se criar um fosso, ainda maior, entre os países ricos e os países pobres. Uma forma de combater essa realidade é garantir que o benefício da inteligência artificial seja efectivamente distribuído por todos. Se assim for, será um grande aliado no desenvolvimento dos países africanos.Qual é a utilização da inteligência artificial em Cabo Verde?Neste momento, estamos a fazer ainda uma utilização exploratória, mas reconhecemos também um potencial enorme, principalmente na agricultura e na questão das regas inteligentes. Em Cabo Verde temos um problema de escassez de água e se arranjarmos sistemas inteligentes que controlem a irrigação, por exemplo, e fazer a gestão inteligente da água, distribuindo-a entre os vários reservatórios que existem cá, seria uma grande ajuda. Cabo Verde é um país arquipélagico e é muito difícil termos infra-estruturas em todas as ilhas. Estou a falar, por exemplo, na área da medicina, é difícil termos hospitais em todas as ilhas habitadas, talvez seja possível num futuro muito distante. Porém, se utilizamos as tecnologias de inteligência artificial, podemos levar certos serviços a zonas onde, sem essas tecnologias, seria impossível.Ou seja, onde muitas vezes não pode estar um médico, poderá estar uma máquina que fará um diagnóstico ao paciente que não se pode deslocar a um hospital?Sim. Ou em vez de ter o médico, ter apenas um especialista em recolha de imagens e análise, Ou então, ter um médico, mas todo o processo de exames ser auxiliado pela inteligência artificial.A inteligência artificial pode ainda ter um impacto na educação, uma vez que não temos universidades em todas as ilhas e fica dispendioso para os alunos deslocarem-se, auxiliando na difusão do conhecimento de forma equitativa entre todas as pessoas deste país. A língua materna, que é o crioulo e que não tem muitos recursos, pode muito bem ser desenvolvida, difundida a nível mundial e na nossa diáspora espalhada pelo mundo.A seu ver, as autoridades têm criado infra-estruturas e têm providenciado, por exemplo, formação para que todos os cabo-verdianos possam beneficiar da inteligência artificial?Ainda estamos um pouco atrasados, porque já temos países na região que já têm uma estratégia de inteligência artificial. Felizmente, em Janeiro, tivemos a semana da República que comemora datas importantes [34.º aniversário do Dia da Liberdade e da Democracia] a inteligência artificial esteve no centro do debate [o Presidente da República, José Maria Neves, afirmou que o país não pode ficar à margem das oportunidades oferecidas pela inteligência artificial para promover a dignidade da pessoa humana]. Entretanto, o meu receio é que este discurso vá mais no sentido de regulamentar. Eu tenho alguma prudência quanto a isso. Não se pode regulamentar o que não se conhece.A desinformação está muitas vezes associada à inteligência artificial. Quais são os riscos da desinformação?Tivemos uma campanha autárquica e vimos várias publicações - imagens e vídeos - com vozes adulteradas e figuras de relevo a fazerem afirmações que exigem muita atenção para perceber que não é real. Ou seja, é algo que já está a acontecer na nossa sociedade.Acredita que há uma ameaça à boa governação, à democracia e aos direitos humanos?A inteligência artificial em si não é uma ameaça, mas é preciso ter mecanismos que controlem a sua utilização. Como todas as outras tecnologias, podemos usá-la para o bem e podemos usá-la para o mal.Qual é o papel da regulamentação? O que tem sido feito em Cabo Verde?A regulamentação é importante, sem dúvida, mas eu ponho o foco na educação, mostrando o potencial que a inteligência artificial pode ter. Todas as pessoas que hoje em dia falam em regulamentação, normalmente, falam em regulamentação no sentido de controlar, o que a meu ver terá um impacto na criatividade. Eu teria alguma cautela neste ponto. É claro que existem directivas da UNESCO sobre a ética na inteligência artificial, que são reconhecidas quase por todos os países. A União Europeia já tem regulamentação que se pode aplicar aqui também ou fazer a sua adaptação interna.O que realmente precisamos é que os políticos definam quais são as áreas prioritárias e definam uma estratégia. Depois, haverá um financiamento, políticas e terão de se criar infra-estruturas. Nós não podemos regulamentar antes de fazermos este percurso.Considera que Cabo Verde se aproxima mais da Europa, que muitas vezes é acusada de ter uma regulamentação pesada, ou dos Estados Unidos ou da China, onde muitas vezes a regulação não existe e até se está mais a desregulamentar?Em termos tecnológicos, temos a tendência de seguir a regulamentação da Europa. No entanto, neste ponto da inteligência artificial, deveríamos seguir o bloco da nossa região. Na nossa região africana, o Senegal, o Gana e outros países que também estão a tentar ter uma visão africana da inteligência.Ou a Nigéria?Exactamente. A Nigéria que é o grande player. No entanto, nestas questões é preciso que haja equilíbrio e Cabo Verde, nesta região, não tem muita expressão. Somos um país de meio milhão de habitantes, falamos português e na nossa região há um grande lobby francês e inglês. Porém, o facto de sermos um arquipélago, com todas as particularidades, faz com que faça todo o sentido englobar Cabo Verde neste bloco, se se quiser fazer uma implementação responsável de inteligência artificial. Ou seja, sem deixar ninguém para trás e contemplando toda a diversidade.Nesse sentido, devemos criar uma estratégia específica para a nossa região e, quiçá, ser o exemplo para a África. Para que o continente tenha a sua voz no mundo e não apenas fazer um "copy-paste" do que existe nas outras regiões em termos regulamentares. Também acho que deveríamos ter um regulamento adaptado à nossa realidade. Um regulamento que não seja tão pesado como na Europa, mas que não seja tão desregulado, como nos outros exemplos que citou.O DeepSeek, lançado por uma startup chinesa, ganhou grande destaque ao superar o ChatGPT. No entanto, vários países se mostraram preocupados com a segurança, e alguns até proibiram a utilização do DeepSeek. Qual é a posição de Cabo Verde relativamente ao DeepSeek?Não posso falar em nome de Cabo Verde, mas posso dizer que foi recebido com um sentido crítico junto da comunidade académica. Todavia, há um facto que todos reconhecem, conseguiu-se fazer algo com muito menos recursos e com grandes restrições. Trata-se de um sinal de que, se for usada não apenas a força bruta do processamento, mas também a eficiência com poucos recursos, pode-se chegar longe.Em Cabo Verde podemos muito bem aproveitar o código aberto, aliás não é assim tão aberto, mas oferece mais detalhes dos sistemas, que outros escondem, devido à questão da propriedade intelectual como segredo de negócio, para não revelar como os modelos foram feitos. Aqui podemos aprender com os vários movimentos, focando-nos não só num único ponto, mas vendo tudo o que está a acontecer nos vários blocos e adaptando, criando a nossa própria abordagem. Num país com recursos limitados como o nosso, eu sugeriria que fosse melhor fazer a adaptação de modelos ou "transfer learning", que é um termo muito utilizado, com modelos que já deram provas, mas para os quais não temos capacidade para desenvolver do zero. Podemos injectar os nossos dados e adaptá-los para reflectir a nossa realidade.
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"Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos Meus Estatutos, e não os guardastes; TORNAI-VOS PARA MIM, E EU ME TORNAREI PARA VÓS, diz o Senhor dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar? Roubará o homem a Deus? Todavia vós Me roubais, e dizeis: Em que Te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a Mim Me roubais, sim, toda esta nação. Trazei todos os dízimos à Casa do Tesouro, para que haja mantimento na Minha Casa, E DEPOIS FAZEI PROVA DE MIM NISTO, diz o Senhor dos Exércitos, Se Eu não vos abrir as janelas do Céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes." Malaquias 3:7-10
No podcast do PublishNews desta semana, temos um painel que se você não estava na FLIP, vale muito a pena ouvir aqui: Kalaf Epalanga e Tom Farias. Eles lotaram a Casa PN em uma conversa sobre ancestralidade, língua portuguesa, literatura e outras conexões.E com a mediação de Yasmin Santos (jornalista, editora da Companhia das Letras) A construção de suas obras, a influência da língua portuguesa, a importância da ancestralidade e a questão da musicalidade em suas escritas passaram pela conversa.Kalaf Epalanga, escritor angolano, autor de “Também os brancos sabem dançar” e “Minha pátria é a língua pretuguesa", ambos publicados pela Todavia. Tom Farias compartilhou os bastidores da produção da obra Carolina: Uma biografia (Malê) e a influência que a autora de Quarto de despejo teve na literatura brasileira e anunciou que uma nova edição do livro está sendo preparada. Este podcast é um oferecimento da MVB Brasil, empresa que traz soluções em tecnologia para o mercado do livro. Além da Metabooks, reconhecida plataforma de metadados, a MVB oferece para o mercado brasileiro o único serviço de EDI exclusivo para o negócio do livro. Com a Pubnet, o seu processo de pedidos ganha mais eficiência. https://brasil.mvb-online.com/home Já ouviu falar em POD, impressão sob demanda? Nossos parceiros da UmLivro são referência dessa tecnologia no Brasil, que permite vender primeiro e imprimir depois; reduzindo custos com estoque, armazenamento e distribuição. Com o POD da UmLivro, você disponibiliza 100% do seu catálogo sem perder nenhuma venda. http://umlivro.com.br e também com o apoio da CBL A Câmara Brasileira do Livro representa editores, livreiros, distribuidores e demais profissionais do setor e atua para promover o acesso ao livro e a democratização da leitura no Brasil. É a Agência Brasileira do ISBN e possui uma plataforma digital que oferece serviços como: ISBN, Código de Barras, Ficha Catalográfica, Registro de Direito Autoral e Carta de Exclusividade. https://cbl.org.br Este é um episódio 353 do Podcast do PublishNews do dia 6 de janeiro de 2025 e gravado no dia 10 de outubro de 2024 na Casa PN . Eu sou Fabio Uehara e este episodio conta com a participação de Guilherme Sobota. E não se esqueça de assinar a nossa newsletter, nos seguir nas redes sociais: Instagram, Linkedin, YouTube, Facebook e TikTok . Todos os dias com novos conteúdos para você. E agora: Kalaf Epalanga e Tom Farias: uma conversa sobre ancestralidade, língua portuguesa, literatura e outras conexões
A violência pós-eleitoral continua a marcar a actualidade no continente africano. O Conselho Constitucional de Moçambique validou, esta segunda-feira, 23 de Dezembro, os resultados finais das eleições gerais de 9 de Outubro e proclamou o candidato apoiado pela Frelimo, Daniel Chapo, como vencedor nas presidenciais com 65,17%. A decisão, que não é passível de recurso, trouxe o caos às ruas do país, fazendo mais de 120 mortos nos confrontos entre manifestantes de polícia. Segundo o Conselho Constitucional, em segundo lugar ficou Venâncio Mondlane, do Podemos, com 24,19% dos votos, seguido de Ossufo Momade, da Renamo, com 6,62%, enquanto o líder do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Lutero Simango, obteve 4,02%.Daniel Chapo garante que as vozes de todos foram ouvidas e apela ao “diálogo” para “superar as diferenças”. O candidato Frelimo diz ter chegado o momento de pensar “sobre a melhor forma de criar uma realidade democrática representativa da riqueza e diversidade do país” e tal deve ser feito com “calma e serenidade”. Acrescentando que é necessário a construção de uma “nova arquitectura democrática que responda às aspirações da sociedade”. “A todos os estratos sociais e, principalmente à juventude, aos militantes, simpatizantes, membros e apoiantes de todos os partidos políticos, asseguro que a vossa voz foi ouvida e vamos trabalhar durante esses dias. Que o nosso sistema eleitoral necessita de reformas profundas, todos nós concordamos. Precisamos construir uma nova arquitectura democrática que responda às aspirações da nossa sociedade e não apenas aos interesses partidários. Estou disposto a liderar este processo de reformas. Quero ainda aproveitar esta ocasião para dizer que chegou a hora de pensarmos, com calma e serenidade, sobre a melhor forma de criar uma realidade democrática que envolva os diversos actores que representam a riqueza e a diversidade do nosso país.Essa diversidade é a nossa força. O diálogo é a chave para superar as nossas diferenças”, disse.O candidato presidencial Venâncio Mondlane alerta que se avizinham “dias difíceis” para os moçambicanos, acrescentando que “ou a gente organiza o nosso país agora ou então nada feito”.A proclamação dos resultados eleitorais levou o caos às ruas em diversos pontos do país, com o registo de feridos a tiro e um rastro de destruição ainda por calcular.Mondlane, também nas redes sociais, reagiu à proclamação dos resultados eleitorais pelo Conselho Constitucional de Moçambique. Alertou que “neste momento sério da nossa vida”, “virão dias difíceis”.“Este é um momento sério da nossa vida. Ou a gente organiza o nosso país agora ou então nada feito. Em Moçambique, o Conselho Constitucional é legal. Mas esta legalidade está a legalizar o roubo, a fraude, a humilhação do próprio povo. Chegou a hora! Temos que estar prontos! Moçambicanos temos que estar prontos!Virão dias difíceis, mas é de dias difíceis onde se faz também a melhor história. A história dos povos não é feita apenas de mar de rosas, não é feita apenas de momentos de felicidade, de gozos, de beijos. É feita também por momentos espinhosos, pedregosos. É feita por momentos difíceis.Mas a verdade é que a vitória está garantida para todos nós. E em todas as coisas que ocorrerem, fiquem a saber: sairemos sempre mais do que vencedores”, alertou.Os resultados das eleições gerais moçambicanas mostram, ainda, uma grande queda da Renamo, até agora maior partido da oposição. Ossufo Momade, Presidente da Renamo, fala “num retrocesso da democracia”, distancia-se dos resultados anunciados pelo Conselho Constitucional e promete mobilizar a população para sair à rua pela verdade eleitoral. Momade voltou a pedir "a anulação deste processo".“Este acórdão representa o desrespeito pelo povo. É um retrocesso para a nossa democracia. O partido Renamo não pode, de forma alguma, permitir que isso aconteça. O partido Renamo convocou esta conferência de imprensa para dizer que não reconhecemos os resultados, nem o suposto vencedor, muito menos números atribuídos ao seu partido. A Renamo entende que Moçambique merece um Governo legítimo, escolhido pelo povo e não por um grupinho de pessoas. A Renamo defende, sempre defendeu, a anulação deste processo.Estamos diante de uma situação intolerável. A decisão do Conselho Constitucional de validar e proclamar os resultados eleitorais, mesmo após a exposição de evidências contundentes de fraude, é um acto de traição à nação. Este órgão devia ser baluarte da justiça e da democracia. Tornou-se numa ferramenta de opressão e de desrespeito da verdade eleitoral. É inaceitável que um órgão que carrega a responsabilidade de zelar pela integridade do nosso sistema democrático ignore as denúncias de manipulação e corrupção. O Conselho Constitucional não falhou apenas na sua missão, mas tornou-se cúmplice de um processo que sufoca a voz e a vontade do povo”, denunciou.O candidato presidencial do MDM, Lutero Simango também não reconhece os resultados do escrutínio que dão vitória à Frelimo e ao seu candidato, Daniel Chapo. Simango ressalva que “Moçambique está em crise” e que a “anulação das eleições” “teria sido a decisão mais acertada” para “um ambiente de paz”.“Queremos dizer a todos os moçambicanos e moçambicanas que não concordamos com o acórdão que ontem foi pronunciado. Pelas mesmas razões que dissemos aquando do anúncio dos resultados feita pela CNE: discrepâncias, enchimento nas urnas, falsificação de editais, manipulação de resultados e má gestão do todo processo eleitoral em cadeia, desde o orçamento eleitoral até ao tratamento dos resultados expressos nas urnas. Não reconhecemos os resultados. Não se pode aceitar a fraude eleitoral. É por essa razão que o MDM sempre defendeu a anulação das eleições. E essa teria sido a decisão mais acertada para se poder criar não só um ambiente de paz, assim como buscar uma outra verdade eleitoral. Moçambique está em crise. Não podemos negar que a situação política que se vive no país hoje só espelha a crise”, defendeu.A proclamação dos resultados eleitorais pelo Conselho Constitucional trouxe o caos às ruas em diversos pontos do país, com feridos a tiro e um rastro de destruição, levando à fuga 1500 reclusos da cadeia Central de Maputo. As autoridades têm um discurso contraditório quanto aos responsáveis pela evasão da prisão. O comandante-geral da polícia Bernardino Rafael acusou os manifestantes de serem os responsáveis pela fuga de prisioneiros. Todavia, a ministra moçambicana da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Helena Kida, apresentou uma versão diferente dos factos, garantindo que “a rebelião começou no interior do estabelecimento prisional”.O candidato presidencial suportado pelo partido Podemos fala em “manipulação” e afirma que “foram os guardas que abriram as portas da cadeia”. Venâncio Mondlane denuncia ainda um plano macabro da Frelimo, responsabilizando o chefe de Estado Filipe Nyusi e o comandante-geral da polícia Bernardino Rafael.“Bernardino Rafael, o principal responsável disto, é um homem sanguinário, um assassino frio. Ele é que é responsável, juntamente com o comandante em chefe das Forças Armadas, o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi. [Eles] combinaram isto porque sabiam que, no terreno, estavam a perder espaço para os manifestantes”, acusou.A tensão social está também a ter impacto no funcionamento do Hospital Central de Maputo que conta com apenas 60% do pessoal de saúde necessários. Há ainda o risco de começar a faltar comida para os pacientes internados na unidade hospitalar, alerta a diretora clínica substituta do HCM, Eugénia Macassa.“Os nossos fornecedores também não conseguem chegar à unidade sanitária. Não conseguimos ter os alimentos que precisamos para alimentar os nossos pacientes (…). Não há pacientes que ficam sem comida, mas corremos esse risco se não recebermos alimentos nas próximas horas”.A União Africana pediu uma “solução pacífica” para os confrontos pós-eleitorais em Moçambique. Declarações que traduzem uma certa impotência de uma comunidade internacional que está mais preocupada com os investimentos que tem no país, considera João Feijó, investigador do observatório do Meio rural em Maputo.“Os países da região, sobretudo a África do Sul, que depende fortemente das matérias primas que saem de Moçambique (…) Por outro lado, os países da região também estão com medo, nomeadamente os partidos dominantes que ainda estão no poder, o ANC, o ZANU-PF do Zimbabwe ou o MPLA de Angola estão com medo daquilo que podem ser os ventos de mudança de Moçambique que podem depois contagiar também a oposição nestes países”, admite.Também o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, lançou um apelo aos líderes políticos do país, com o objetivo de acalmar as tensões, através do diálogo.De acordo com a plataforma eleitoral Decide, Mais de 120 pessoas foram mortas em dois dias de confrontos com as forças de segurança em Moçambique. A plataforma diz que a expansão de novos focos de protestos, saques e a agitação em cadeias causaram o aumento do número de óbitos, referindo que mais de 250 pessoas morreram nas manifestações pós-eleitorais em Moçambique desde 21 de outubro.
REDES SOCIALES Alejandro Helguera https://www.instagram.com/alejandrohelguera1/ Poncho Gutierrez https://www.instagram.com/poncho.gtz/ “2024: El Año que Cambiará el Rumbo del Planeta
En este episodio, hablamos con Yiddi Cappe, una de las promesas internacionales de los Marlins, y su entrenador Adrián. Exploramos los inicios de Yiddi en el béisbol y su pasado como futbolista, además de los motivos que lo llevaron a elegir la pelota como su pasión. Nos cuenta sobre sus ídolos, la experiencia antes de firmar, y cómo fue su adaptación al llegar al campamento de los Marlins en Estados Unidos.También repasamos sus destacadas temporadas 2022 y 2023, incluyendo el reconocimiento como Jugador del Año en ligas menores, los retos de la última temporada y los ajustes que lo llevaron a un sólido inicio en el spring training. Hablamos de su experiencia enfrentando una lesión y lo que aprendió de esa etapa.Yiddi nos comparte cómo es su rutina en el offseason, su relación con sus coaches, y sus metas para la próxima temporada. Para cerrar, nos alejamos un poco del béisbol y conocemos más sobre sus gustos personales, incluyendo su interés por el fútbol, su equipo y jugador favoritos, y otros pasatiempos fuera del diamante. ¡No te lo pierdas!
O Roda Viva entrevista o escritor Édouard Louis, destaque da Flip 2024. Uma das maiores sensações da literatura francesa contemporânea, ele lançou recentemente o livro “Monique se Liberta”, pela editora Todavia, no Brasil, além de ter sido destaque na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) de 2024. Nesta edição, participam da bancada de entrevistadores: Gabriela Mayer, apresentadora do podcast “Café da Manhã”, da Folha de S.Paulo, a jornalista e tradutora Marina Della Valle, Pedro Pacífico, advogado e produtor de conteúdo literário, a jornalista e pesquisadora Paula Jacob, e Roberta Martinelli, apresentadora da TV Cultura e da Rádio Eldorado. Com apresentação de Vera Magalhães, as ilustrações em tempo real são de Luciano Veronezi. #TVCultura #RodaViva #ÉdouardLouis #Flip #Literatura
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¿Quién no querría tener por amigo a un indio fuerte y alto como un árbol, que siempre está a tiempo cuando uno lo necesita? Mi Instagram: https://instagram.com/cuentos_e_historias_infantiles Mi Facebook: https://www.facebook.com/CuentosHistoriasMexico
No segundo episódio do 30:MIN Entrevista, Arthur Marchetto e Cecilia Garcia Marcon entrevistam com a escritora e jornalista Anna Virginia Balloussier sobre a escrita como forma de lidar com a realidade, os significados de "gongórico", as diferenças para tratar a ficção e a não-ficção e um panorama sobre a religião evangélica no Brasil. Anna Virginia Balloussier é jornalista da Folha de S.Paulo desde 2010 e, pela editora Todavia, já integrou o “Anuário 2018/2019” com depoimentos sobre o mundo ideal e utópico de pessoas evangélicas, publicou o diário sobre os períodos de quarentena da pandemia do Covid-19 e da gravidez em “Talvez ela não precise de mim: diários de uma mãe em quarentena” e, por último, lançou “O púlpito: fé, poder e o Brasil dos evangélicos”, um livro que apresenta a estruturação, representatividade e estigmatização dos evangélicos no Brasil organizado em sete capítulos temáticos: conversão, empreendedorismo, política, aborto, sexo, poder e dízimo. - Links Apoie o 30:MIN Siga a gente nas redes
Arthur Marchetto e Cecília Garcia Marcon (com uma presença espectral de Vilto Reis) conversam sobre o Prêmio São Paulo de Literatura e apresentam um de seus ganhadores recentes: "Não fossem as sílabas do sábado" (Ed. Todavia), de Mariana Salomão Carrara. O livro conta a história de duas mulheres e uma menina afetadas pela morte de dois maridos: uma situação que envolve a queda de um homem do décimo andar em cima de outro, que passava na rua. No episódio, eles discutem questões sobre luto, memória, relacionamentos e amores. E você, o que acha: merece o prêmio? - Links Apoie o 30:MIN Siga a gente nas redes Já apoia? Acesse suas recompensas
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"Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é a minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas." Habacuque 3:17-19
En este nuevo episodio analizo un video de una mujer de 46 años que dice que está buscando una relación seria, es una evidencia mas de lo que hace el feminismo en la vida de las mujeres.Conviértete en un seguidor de este podcast: https://www.spreaker.com/podcast/un-podcast-for-men--5782664/support.
"O homem fiel será coberto de bênçãos, mas o que se apressa a enriquecer não ficará impune." Provérbios 28:20 "Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação." Habacuque 3:17-18
Rusia invade Georgia y Ucrania, poniendo a Putin bajo un intenso escrutinio. Si bien la desinformación prospera, persisten las amenazas de una guerra nuclear y casi 50 años después de la caída de la URSS y el fin de la guerra fría, una nueva guerra fría amenaza nuevamente a la humanidad alimentada por obstinación política de las partes.
Neste 114º episódio do 451 MHz, a escritora Tatiana Salem Levy e a documentarista Paula Sacchetta conversam sobre ‘Melhor não contar' (Todavia), novo romance no qual Salem Levy revela um assédio na infância e trata de histórias familiares resgatadas de diários, cartas e memórias. As duas, que também estarão n'A Feira do Livro, falam ainda sobre autoras que escrevem sobre si e os não-ditos da vida das mulheres. O episódio foi realizado com apoio da Lei de Incentivo à Cultura. Apoie o 451 MHz: https://bit.ly/Assine45