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A tradicional Ópera de Paris também entra em ritmo brasileiro neste ano em que se celebra o bicentenário das relações diplomáticas entre a França e o Brasil. A instituição programou vários concertos que integram a temporada cruzada entre os dois países. O primeiro recital, “Melodias Francesas e Brasileiras”, acontece nesta quarta-feira (9), trazendo pela primeira vez à cena da Ópera da Bastilha várias obras de compositores brasileiros. Os ingressos estão esgotados. O concerto “Melodias Francesas e Brasileiras” é uma iniciativa da Academia da Ópera de Paris, braço educativo da instituição de aperfeiçoamento de novas gerações de artistas líricos. A ideia de mostrar músicas do repertório brasileiro pouco tocadas na França, e do repertório francês no Brasil, foi da diretora da Academia, Myriam Mazouzi.Ele pensou em integrar a temporada cultural França-Brasil durante uma primeira viagem ao Brasil no ano passado. “A primeira ideia que tive foi um concerto colocando lado a lado melodias francesas de Poulenc, por exemplo, e melodias brasileiras para apresentar ao público francês e ao brasileiro as melodias de cada um de nossos países”, conta.Myriam Mazouzi reconhece que esse repertório brasileiro “não é uma música que conhecemos muito bem”. Foi necessário fazer uma pesquisa aprofundada para definir o programa do concerto, que conta com cerca de 20 músicas de compositores dos dois países.A França será representada por obras de Francis Poulenc, Erik Satie, Léo Delibes e Pauline Viardot. Do Brasil, serão interpretadas composições de Villa-Lobos, Carlos Gomes, Marlos Nobre, Alberto Nepomuceno, Jayme Ovalle, Hekel Tavares e Carlos Alberto Pinto Fonseca. Destes, o único que teve obras tocadas na Ópera da Bastilha foi Villa-Lobos, o compositor brasileiro mais conhecido na França.“Foi muito interessante ver (essa) riqueza da música brasileira”, avalia Mazouzi.Artistas-residentes brasileiros na Academia da Ópera de ParisPara fazer a escolha, o diretor artístico da Academia, Christian Schirm, contou com a ajuda de dois artistas brasileiros que passaram ou ainda estão se aperfeiçoando na instituição. O pianista e maestro carioca Ramon Theobald foi o primeiro brasileiro a integrar a Academia da Ópera de Paris, de 2021 a 2023. Ele estará no palco no dia 9 de abril e acredita que o repertório escolhido dá um panorama da produção brasileira.“Das melodias brasileiras escolhidas, muitas têm a ver com as nossas origens. Há melodias que falam de Yemanjá, de Xangô, há melodias do Villa-Lobos, que tem o estilo modinha, que é a música popular brasileira que começou com a influência portuguesa. É realmente uma foto geral do Brasil”, afirma Ramon.O baixo-barítono Luis Felipe Sousa, atualmente cantor-residente na Academia da Ópera de Paris, também ajudou a montar o programa e será um dos solistas do concerto “Melodias Francesas e Brasileiras”.Para ele, essa “é uma oportunidade muito especial de poder interpretar a música brasileira nos palcos estrangeiros, especialmente num palco tão importante quanto o da Ópera de Paris”. Luis Felipe ressalta que será "realmente muito emocionante" poder interpretar um repertório "que tem uma certa herança artística” e interpretar "canções que foram escritas por professores dos meus professores”.Além de Ramon Theobald e Luis Felipe, duas cantoras líricas brasileiras, Juliana Kreling e Lorena Pires, também estarão em cena. O concerto Melodias Francesas e Brasileiras contará ainda com a participação de todos os artistas residentes da instituição, que recebe anualmente 30 alunos de vários países do mundo.Primeira soprano brasileiraA soprano capixaba Lorena Pires, aliás, acaba de ser selecionada e será a terceira brasileira a integrar a Academia da Ópera de Paris a partir de setembro. Ramon Theobald lembra que a seleção é dificílima, mas garante que a rica experiência compensa.“Depois que a gente entra, a estrutura é incrível. A Ópera de Paris faz mais de 20 óperas por ano. Para assistir 20 óperas no Brasil, eu teria que ter vivido uns 3 ou 4 anos. Desde que estou aqui, já assisti produções, ensaios, de mais de 60 produções. É um ambiente riquíssimo. Todo o esforço para passar na audição valeu a pena”, relata o pianista que resolveu ficar na Europa. Ele mantém a conexão com a Academia e inicia uma carreira como maestro.A experiência desse aperfeiçoamento parisiense também é considerada fantástica pelo baixo-barítono Luis Felipe que, paralelamente às atividades da Academia, que produz em média um concerto por mês, tem a chance de participar de grandes produções da Ópera de Paris.“Isso não acontece com todos os cantores da Academia”, revela. O baixo-barítono brasileiro teve a oportunidade de cantar no início dessa temporada na ópera “Le Brigands”, de Offenbach, e atualmente está ensaiando “Il Trittico”, de Puccini, que estreia em 29 de abril. “Realmente é muito enriquecedor porque você canta em vários ambientes, com vários repertórios muito diferenciados”, resume.Olhar renovadoA vinda dos artistas-residentes brasileiros à Academia da Ópera, que recebem uma bolsa de estudo, é financiada com o apoio de um grupo de mecenas brasileiras, radicadas na França. E esses artistas trazem um olhar renovado à tradicional Ópera de Paris, diz Myriam Mazouzi.“O que está acontecendo hoje na Europa, na América do Norte, nos faz pensar nas nossas profissões, nossas missões, nossos desafios, nossas ambições, de forma diferente. A contribuição dos artistas brasileiros é trazer um olhar diferente sobre o que estamos vivenciando e sobre o nosso patrimônio. A música clássica, a Ópera de Paris, são instituições que datam de vários séculos atrás e, por isso, ter um olhar renovado, enriquecido, nos traz muito”, salienta a diretora e fundadora da Academia.“Eu diria que essa contribuição brasileira é justamente o que rompe com esse tradicionalismo. A gente traz a diferença, a gente traz a cor, a gente traz o axé. E a gente faz muito bem, jogar com a tradição de uma forma extremamente única, extremamente nossa”, completa Luis Felipe.Os ingressos para a apresentação de “Melodias Francesas e Brasileiras” no anfiteatro da Ópera Bastilha em 9 de abril já estão esgotados. Em setembro, o concerto será apresentado no Rio e em São Paulo. Os artistas-residentes da Academia também participam, em outubro, de três concertos no Teatro Muncipal do Rio, no Teatro Guaíra e no Municipal de São Paulo, em homenagem a Bizet.Ainda como parte da temporada cruzada França-Brasil, haverá em Paris, em julho, e, em São Paulo, em setembro, um concerto conjunto com músicos das orquestras de jovens ADO, da Academia da Ópera, e da paulista Guri. Nesse estreitamento de laços com o Brasil, a tradicional instituição francesa sonha em abrir uma filial da Escola de Dança da Ópera em Curitiba. As discussões começaram no ano passado.
Os 160 anos de Alberto Nepomuceno (1864-1920) são comemorados nesta edição de USP Especiais, que traz dez composições do músico cearense. Entre as obras veiculadas estão Serenata para Cordas, Batuque - ambas para orquestra -, as peças para piano Prece, Devaneio e Improviso, as canções Coração Triste - com letra do escritor Machado de Assis -, Tu És o Sol e Turquesa, a abertura da ópera inacabada O Garatuja e Ave Maria para Coro Feminino. Alberto Nepomuceno nasceu em Fortaleza (CE) no dia 6 de julho de 1864. Transferindo-se para o Rio de Janeiro em 1884, ali ele conheceu personalidades como o escritor Machado de Assis e o poeta Olavo Bilac. Depois foi estudar na Europa, onde conviveu com compositores como Johannes Brahms, Edvard Grieg, Claude Debussy e Camille Saint-Saëns. De volta ao Brasil, tornou-se diretor do Instituto Nacional de Música, no Rio de Janeiro, e foi incentivador de um então jovem compositor carioca, Heitor Villa-Lobos. As 176 obras preservadas de Alberto Nepomuceno podem ser classificadas em cinco gêneros musicais: óperas, música para orquestra, música de câmara, música vocal e música sacra. Nepomuceno morreu no Rio de Janeiro, em 1920, aos 56 anos. Este podcast reproduz o programa USP Especiais, da Rádio USP, que foi ao ar no dia 2 de julho de 2024.
A cura di Carlo Centemeri. Mentre Salgari e Verne raccontavano mondi esotici che non avevano ai visto, l'Europa si divideva tra autori che ricordavano le origini, musicisti che provenivano da lontano (e venivano guardati con sospetto) e compositori europei che si inventavano mondi remotii scatenando l'immaginazione. Con musiche di Sergei Prokofiev, Darius Milhaud, Manuel De Falla, Alexandre Borodin, Alberto Nepomuceno, Louis Moreau Gottschalk, Carlos Chavez
A Série Brasileira (1891), de Alberto Nepomuceno, contém os seguintes movimentos: ‘Alvorada na Serra', ‘Intermédio', ‘Sesta na Rede' e ‘Batuque'. A Série Brasileira corretamente pode ser considerada como um retrato da natureza e da sociedade brasileira da sua época. Ademais, leituras das obras de Nepomuceno que buscam correlação em obras de compositores contemporâneos seus são frequentes. No entanto, não se deve limitar a leitura a este tipo de indagação com o perigo de uma simplificação, por vezes demasiada, de uma possível contextualização e argumentação analítica mais complexa Conversa de Câmara é apresentado por Aroldo Glomb com Eduardo Masses na bancada! Estamos também no programa Antigas Novidades! ESSE PROGRAMA É PRODUZIDO POR NA PAUTA PODCAST! FAÇA PARTE DO CONVERSA DE CÂMARA COM O NOSSO PADRIM! Então entre na conversa! No Padrin.com.br você pode ajudar o Conversa de Câmara a crescer e seguir divulgando ainda mais a boa música da humanidade. Mostre que você tem um gosto refinado apoiando a gente no Padrim.com.br https://www.padrim.com.br/conversadecamara RELAÇÃO DE PADRINS Karollina Coimbra, Aarão Barreto, Gustavo Klein, Eduardo Barreto, Ediney Giordani, Tramujas Jr, Brasa de Andrade Neto, Thiago Gonçalves e Aldo França
Dentre as riquezas históricas do Brasil esquecidas com o tempo, está a produção musical realizada no país. Infelizmente, tal ignorância se disseminou pelo povo brasileiro, certamente contribuindo para a crise de identidade de um povo que, às vezes, não quer ser brasileiro e, às vezes, quer buscar uma identidade própria. O Professor Octávio nos explica neste episódio como a música foi se formando historicamente até o século XIX, desde as influências religiosas até as origens da boa música popular. 00:00 Introdução, a música para os índios 09:01 O quinhentismo brasileiro 31:45 Compositores barrocos 48:28 Música popular: lundu e modinha 55:25 A escola mineira 01:07:09 Lobo de Mesquita 01:13:55 José Maurício Nunes Garcia 01:19:23 Período pré-romântico 01:35:30 Carlos Gomes 01:42:23 Henrique Oswald, Alberto Nepomuceno e outros compositores 01:53:06 Considerações finais Para contato e doações (Pix/PayPal): tradtalk [arroba] mail.com Telegram: https://t.me/tradtalk CastBox: http://bit.ly/CastBox1 Canal mencionado: Enrique Guerrero Bibliografia: KIEFER, Bruno: História da Música Brasileira Músicas mencionadas Autor desconhecido - Venid a Sospirar al Verde Prado Padre José de Anchieta - Venid a Sospirar con Jesú Amado António Marques Lésbio (?) - Matais de Incêndios Luís Álvares Pinto - Beata Virgo Damião Barbosa de Araújo - Memento Baiano Tomás Antônio Gonzaga - Marília de Dirceu Autor desconhecido - Asperges Me Francisco Martins - Pueri Hebraeorum Francisco Gomes da Rocha - Virgo Prudentissima Autor desconhecido - Prazer Igual ao que Sinto Lobo de Mesquita - Missa em Fá maior Lobo de Mesquita - Missa para Quarta-feira de Cinzas José Maurício Nunes Garcia - Tota Pulchra es Maria José Maurício Nunes Garcia - Beijo a mão que me condena Carlos Gomes - Uma Paixão Amorosa Carlos Gomes - A Cayumba Carlos Gomes - O Guarani Carlos Gomes - Quem Sabe
Neste programa ouviremos as canções de Alberto Nepomuceno disponibilizadas no CD Luz e Névoa, gravado pelo tenor André Vidal e pela pianista Gisele Pires Mota, em 2014, como homenagem aos 150 anos de nascimento do compositor.
A partir da obra do maestro Heitor Villa-Lobos, nossos músicos Werner Silveira (percussão) e Rossini Parucci (contrabaixo) conversam sobre modernismo e nacionalismo na música. Neste segundo episódio da segunda temporada do podcast "Filarmônica no Ar", apresentado pela Cemig, ouvimos trechos das seguintes obras: "Série Brasileira, 4º mov: Batuque", de Alberto Nepomuceno; Filarmônica de Minas Gerais; Fabio Mechetti, regente. "Tributo a Portinari", de César Guerra-Peixe; Orquestra Petrobras Sinfônica; Carlos Prazeres, regente. "Choros nº 1", de Heitor Villa-Lobos; Fabio Lima, violão. Floresta do Amazonas, de Heitor Villa-Lobos; Filarmônica de Minas Gerais; Fabio Mechetti, regente. "O Uirapuru", Heitor Villa-Lobos; Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal de São Paulo; Rodrigo de Carvalho, regente.
Neste episódio do Podcast Theatro Municipal, a apresentadora Ligiana Costa nos leva a uma jornada de conhecimento da vida do compositor brasileiro Alberto Nepomuceno. Para isso, ela convida a musicóloga e professora Mônica Vermes, os jornalistas e pesquisadores Irineu F. Perpetuo e Camila Fresca, os cantores Anna Maria Kieffer e André Vidal, e o escritor do livro "Ana em Veneza", que tem Nepomuceno como personagem, João Silvério Trevisan. Em homenagem ao compositor, que este ano completa 100 anos de sua morte, os convidados contam sobre sua carreira, que começou em Recife, mas alavancou no Rio de Janeiro, onde teve contato com a família Bernardelli e pôde ir estudar na Europa. Sua estadia na França e Alemanha serviu como inspiração para suas composições, que trazem elementos de compositores como Richard Wagner e Johannes Brahms, mas que estão carregadas de referências brasileiras. Nepomuceno lutou pelo financiamento para estudos, por mais oportunidades e profissionalização na música no Brasil, além de defender a popularização da música erudita.
O pianista Antonio Vaz Lemes conversou com Alexandre Dias sobre o novo álbum "Cromo" que ele está lançando juntamente com a cantora Eliane Barni, cuja proposta é apresentar canções líricas brasileiras com uma estética do canto popular. São canções de Villani-Côrtes, Camargo Guarnieri, Lina Pires de Campos, Oswaldo de Souza, Villa-Lobos, Osvaldo Lacerda, Lorenzo Fernandez, José Vieira Brandão, Ronaldo Miranda, Alberto Nepomuceno e duas peças para piano solo. A sequência das músicas é livremente inspirada no ciclo de canções "Dichterliebe" de Robert Schumann. Ao longo do programa, foram escolhidas 6 faixas do álbum para serem comentadas. Boa audição!
Alberto Nepomuceno fue un compositor brasileño y es considerado como uno de los primeros en incorporar elementos musicales folclóricos y populares, que dieron a su discurso musical una riqueza única y distintiva.
Alberto Nepomuceno was a herald of Brazilian musical nationalism. He was one of the first composers in his country to employ elements of folklore in his compositions, he encouraged younger composers such as VillaLobos, and his music was conducted by Richard Strauss. The Prelude to O Garatuja, an incomplete opera, is one of his best-known works and an example of a truly Brazilian lyric comedy. Série Brasileira is a vivacious suite that employs maxixe rhythms and ends with the feverish batuque dance, while the Symphony in G minor is one of the earliest such examples by a Brazilian, a heroic and lyric structure revealing the influence of Brahms.
1 - "Lost landscapes - IV. West 23rd Street, NY" (Rautavaara). Pekka Kuusisto, violino/violin. Paavali Jumppanen, piano. 2 - "Rejoice greatly" de/from "Messiah" (Handel). Emma Kirkby, soprano. Taverner Players. Andrew Patton, regente/conductor. 3 - "Sonata N.12 para/for piano preparado/prepared piano" (John Cage). Grace Torres, piano. 4 - Canto do azulão do Paraná/ Brazilian birdcall 5 - "Batuque" de/from "Suite brasileira" (Alberto Nepomuceno). Orquestra Sinfônica Nacional da UFF. Lígia Amadio,regente/conductor