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Santiago González comenta la serie sobre el triunfo de Massiel en Eurovisión.
Lucas Brêda RIO DE JANEIRO Eram os primeiros meses de 1970, e Cassiano desfilava seu "black power" reluzente por São Paulo quando conheceu outro cabeludo chamado Paulo Ricardo Botafogo, de aspecto e ideologia hippie, fã de Marvin Gaye como ele. Nos alto-falantes de uma lanchonete, o locutor da rádio anunciava a nova música de Tim Maia, que deixou seu novo amigo boquiaberto. Ao som de "Primavera (Vai Chuva)", a dupla pagou a conta, mas o dinheiro de Cassiano acabou. Ele estava sem lugar para dormir e pediu abrigo a Botafogo. Voltava de uma excursão, quando viu calças de homem no varal de sua mulher e não quis conversa. Também fez uma revelação. "Olha, essa música é minha, mas por favor não fale para ninguém." Dita como um pedido singelo, a frase se tornou uma maldição para Cassiano. Autor de sucessos na voz de Tim Maia e Ivete Sangalo, o paraibano fascinou músicos, virou "sample" e rima dos Racionais MCs e gravou discos até hoje cultuados. Mas morreu há quatro anos como um gênio esquecido —a dimensão de seu talento é um segredo guardado por quem conviveu e trabalhou com ele.  Reprodução de foto do músico Cassiano, morto em 2021 - Eduardo Anizelli/Folhapress Isso não quer dizer que Cassiano tenha sido um desconhecido. Bastião do movimento black e precursor do soul brasileiro, angariou uma legião de fãs, vem sendo redescoberto por novas gerações e acumula milhões de "plays" no streaming. Sua obra que veio ao mundo, no entanto, é só uma parcela do que produziu de maneira informal durante toda a vida —e que segue inédita até hoje. Cassiano, morto aos 78, deixou um disco de inéditas incompleto, gravado em 1978 e hoje em posse da Sony. Também tem gravações "demo" feitas nas décadas de 1980 e 1990 que há anos circulam entre fãs e amigos. Isso fora o que William Magalhães, líder da banda Black Rio, chama de "baú do tesouro" —as dezenas de fitas cassete com gravações caseiras nunca ouvidas. "Ele nunca parou. Só parou para o mundo", diz Magalhães, que herdou do pai, Oberdan, não só a banda que reativou nos anos 2000, mas a amizade e o respeito de Cassiano. "Todo dia ele tocava piano, passeava com gente simples, trocava ideia. Era tão puro que às vezes a gente duvidava da bondade dele." O tal baú, ele diz, contém "coisas que fizemos em estúdio, composições dele tocando em casa, ideias, tudo inédito". "E só coisa boa. Cassiano nunca fez nada ruim, musicalmente falando. Com ou sem banda, arrasava. A voz, o jeito de compor. Era uma genialidade ímpar." Acervo de Cassiano Esse material está na casa que Cassiano dividiu com a mulher, Cássia, e a filha, Clara, no fim da vida, no bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro. Há também registros escritos de memórias, recortes de revistas e jornais, filmagens de performances no palco e em casa, diversos instrumentos e até desenhos e colagens que ele costumava fazer. A viúva conta que o marido saía às vezes para o bar e para conversar na rua, mas "não era um homem de multidões". "Gostava de música e queria trabalhar o tempo todo, não era tanto de atividade social. Mas, se chamasse para o estúdio ou para o palco, esse era o grande sonho. Ele queria estar entre os músicos." Por volta de 2016, na reunião com o presidente da Sony, Paulo Junqueiro, para negociar o lançamento do disco de 1978, Cassiano estava mais interessado em apresentar o material mais novo que vinha criando. Não se opôs ao lançamento do álbum engavetado, mas suas prioridades eram diferentes daquelas da gravadora, e o papo esfriou. Descoberto antes desse encontro pelo produtor Rodrigo Gorky, hoje conhecido pelo trabalho com Pabllo Vittar, o disco chegou aos ouvidos de Junqueiro, fã declarado do cantor, que logo se interessou. Kassin, produtor que trabalhou na finalização póstuma do álbum "Racional 3", de Tim Maia, foi chamado para ajudar. No primeiro contato com as músicas, ele diz, sentiu que tinha "um negócio enorme na frente". O produtor conta que o trabalho que ele e Gorky fizeram foi apenas de "limpar e viabilizar", além de reorganizar e mixar as músicas, sem edições ou acréscimos. Em sua opinião, o álbum não precisa de muitos retoques para ser lançado. Segundo Junqueiro, ainda há o que ser feito. "Chamei Cassiano para ouvir, ele se lembrava de tudo, mas concordava que faltava muito. O que existe é uma pré-mixagem e, a partir dela, terminar o disco, caso a família queira finalizar. Na minha opinião, não está terminado. Mas, se a família achar que está terminado, tudo bem. Estamos tentando encontrar uma maneira de chegar lá." Um dos impeditivos para que o disco perdido de 1978 seja lançado é a falta de créditos aos músicos que participaram das gravações. Claudio Zoli, no entanto, lembra não só que gravou "backing vocals", mas sabe de vários dos instrumentistas envolvidos no disco. Tinha 14 anos e mal tocava violão, mas Cassiano vislumbrou um futuro para ele na música. "A gente se reunia numa casa lá em Jacarepaguá", diz Zoli. "Era aquele clima meio Novos Baianos, todo mundo dormindo lá, ensaiando. Nos reunimos para gravar esse disco da CBS, que não saiu, e o Cassiano fazia um ‘esquenta' antes de entrar em estúdio. Ficava tocando violão, falando sobre harmonia." Há alguns registros desses momentos de "esquenta" e também de estúdio feitos por Paulo Ricardo Botafogo, que é fotógrafo. Ele acreditava, sem muita certeza, que eram imagens da gravação de "Cuban Soul", disco de Cassiano do qual fez a foto da capa, gravado há 50 anos. Mas é bastante improvável que Zoli, nascido em 1964, tivesse apenas 11 anos nas imagens. Produtor que trabalhou com Tim Maia e foi amigo de Cassiano, Carlos Lemos se mudou da Philips, hoje Universal, para a CBS, hoje Sony, na segunda metade dos anos 1970. Pelas fotos, ele diz ter certeza que as gravações aconteceram no estúdio Haway, que era alugado pela CBS. Ele também confirma as identidades dos músicos lembrados por Zoli. São eles os guitarristas Paulinho Roquette, Paulinho Guitarra, Beto Cajueiro e Paulo Zdan, além de Dom Charles no piano e Paulo César Barros no baixo. Quem também corrobora as lembranças de Zoli é Paulo Zdan, médico de Cassiano, de quem se tornou grande amigo e foi letrista do disco "Cuban Soul". Morto há um ano, ele deu uma entrevista a Christian Bernard, que preparava um documentário sobre Cassiano —o filme acabou não autorizado pela família. A reportagem ouviu uma pré-mixagem desse disco de 1978, que destaca a faceta mais suingada de Cassiano. É um registro coeso de 12 faixas, mais funk do que soul, com vocais simultâneos cheios de candura e um flerte com a música disco daquela época. Para Kassin, é um registro "mais pop". "Se tivesse saído na época, teria feito sucesso", ele diz. Junqueiro, da Sony, concorda que as faixas mantêm uma coerência, mas que não é possível saber se isso se manteria caso Cassiano continuasse o trabalho no álbum. "Não tem nenhuma música que eu imagino que o Cassiano não botaria no disco. Talvez ele colocasse mais músicas. É um disco mais para cima, mas para ser mais dançante faltam arranjos." Clara, filha de Cassiano, lembra que o pai não tinha boas memórias da época que fez esse disco. "Não sei o que ele estava sentindo, mas não era um momento feliz para ele", ela diz. "Ele já não se via mais tanto como aquele Cassiano de 1978. Mas hoje reconheço a importância de lançar. Acho que todo mundo merece, mesmo que ele não tenha ficado tão empolgado assim com a ideia."  Retrato do cantor Cassiano em 1998 As gravações foram pausadas depois que Cassiano teve tuberculose e passou por uma cirurgia para a retirada de uma parte do pulmão. Mas as pessoas ouvidas pela reportagem também relatam um hábito constante do artista —demorar para finalizar seus trabalhos, ao ponto de as gravadoras desistirem de bancar as horas de estúdio e os músicos caros, pondo os projetos na geladeira. Bernard, o documentarista, também afirma que foi logo após as gravações desse álbum da CBS que Cassiano rompeu com Paulo Zdan e ficou 40 anos sem falar com ele. "Zoli depois tocou na banda do Cassiano, no show ‘Cassiano Disco Club'. Mas na verdade não tocou. Só ensaiou e, como nunca faziam shows, ele e o Zdan saíram e montaram a banda Brylho." A década de 1980 marcou o período de maior dificuldade para Cassiano, que passou a gravar esporadicamente, parou de lançar álbuns e enfrentou dificuldades financeiras. Cassiano nasceu em Campina Grande, na Paraíba, e no fim dos anos 1940 se mudou para o Rio de Janeiro com o pai, que ganhava a vida como pedreiro e era também um seresteiro e amigo de Jackson do Pandeiro. O menino acompanhava, tocando cavaquinho desde pequeno. Conheceu Amaro na Rocinha, onde morava, e formou com ele e o irmão, conhecido como Camarão, o Bossa Trio, que deu origem à banda Os Diagonais. O forte do trio eram os vocais simultâneos. Chegaram a gravar até para Roberto Carlos. "Ele era um mestre em vocalização. Era impressionante, um talento", diz Jairo Pires, que foi produtor de diversos discos de Tim Maia e depois diretor de grandes gravadoras. "Foram pioneiros nessa música negra. Esse tipo de vocalização era muito moderna. Ele já tinha essa coisa no sangue. Por isso que o Tim amava o Cassiano." Não demorou até que o lado compositor do artista fosse notado por gente da indústria. Em 1970, ele assinou quatro músicas do primeiro disco de Tim Maia e ainda é tido como um arranjador informal, por não ter sido creditado, daquele álbum. O Síndico havia voltado dos Estados Unidos impregnado pela música negra americana, e a única pessoa que tinha bagagem suficiente para conversar com ele era Cassiano. "Cassiano tinha esse dom", diz Carlos Lemos, que foi de músico a assistente de produção e depois produtor nessa época. "Ele era muito criativo e teve momentos na gravação que ele cantou a bola de praticamente o arranjo todo. Ele não escrevia, mas sabia o que queria. Praticamente nos três primeiros discos do Tim Maia ele estava junto." Dali em diante, o paraibano despontou numa carreira solo que concentra nos anos 1970 sua fase mais influente. São três discos —"Imagem e Som", de 1971, "Apresentamos Nosso Cassiano", de 1973, e o mais conhecido deles, "Cuban Soul: 18 Kilates", de 1976, que teve duas músicas em novelas da Globo. São elas "A Lua e Eu", o maior sucesso em sua voz, e "Coleção", que há 30 anos virou hit com Ivete Sangalo, na Banda Eva. Lemos se recorda de que chegou a dividir apartamento com Cassiano e outros músicos na rua Major Sertório, no centro de São Paulo, nos anos 1970. O artista estava apaixonado por uma mulher chamada Ingrid, para quem compôs algumas músicas. Era uma época inspirada para o cantor, que em 1975 atingiu sucesso com "A Lua e Eu", produzida por Lemos e feita ao longo de seis meses. "Produzir um disco com Cassiano demorava uma infinidade", afirma Carlos Lemos. "Ele entrava em estúdio, falava que queria assim e assado, chamava os músicos. Quando voltava para o aquário [espaço onde se ouvem as gravações], já tinha outra coisa na cabeça. Era difícil gravar. Você tinha que administrar uma criatividade excessiva. Ele falava ‘isso pode ficar muito melhor', e realmente ficava. Mas quem tem paciência? A gravadora quer vender logo. Mas era nessa essência que estava a verdade dele —e também seu sucesso." Lemos calcula que, na época em que faziam "A Lua e Eu", deixaram mais de 20 músicas prontas, mais de 500 horas de gravações em estúdio, uma quantidade de fitas suficiente para encher um cômodo inteiro. Procurada pela reportagem desde o fim do ano passado, a Universal, que hoje detém o acervo da Philips, onde essas gravações aconteceram, não respondeu sobre o paradeiro das fitas. O antigo assistente lembra que Jairo Pires, então um dos diretores da Philips, ficava desesperado com essa situação. "Ele tinha um temperamento difícil", diz Pires. "Fora do estúdio, era maravilhoso, um doce de criatura, mas, quando entrava no estúdio, era complicado." Cassiano era especialmente preocupado com o ritmo e a química entre baixo e bateria, com os quais gastava dias e mais dias fazendo e refazendo. Claudio Zoli diz que ele gravava cada parte da bateria separadamente para depois juntar, o que para Ed Motta era "uma invenção da bateria eletrônica antes de ela existir". Lemos conta que Cassiano tinha uma precisão detalhista. "Ele tinha uma visão de matemática forte, de como as frequências combinavam. E era o grande segredo de tudo, porque nem sempre o resultado da sonoridade é o que está na imaginação. Só vi coisa parecida em João Gilberto. E também com Tim Maia —que não respeitava quase ninguém, mas respeitava Cassiano." Outras duas pessoas ouvidas pela reportagem lembraram o pai da bossa nova para falar de Cassiano. Uma delas é Claudio Zoli, que destaca sua qualidade como compositor. O outro é Ed Motta, que foi amigo do paraibano e tentou diversas vezes viabilizar sua carreira. "Ele era o João Gilberto do soul brasileiro", afirma. "Mas, você imagine, um João Gilberto que não é abraçado pelos tropicalistas. Claro que ele tinha um gênio difícil, mas e a Maria Bethânia não tem?" Cassiano chegou a integrar a mesma gravadora de Bethânia e Caetano Veloso, a Philips, mas no braço da firma dedicado à música mais popular, a Polydor. Lemos, o assistente de produção, diz que o paraibano, na época, era humilde e não tinha rancor, mas não dava tanta importância aos baianos, "porque sua qualidade musical era muito superior à de todos eles".  Capa do álbum 'Cuban Soul: 18 Kilates', de Cassiano, de 1976 - Reprodução "Ainda tinha uma rivalidade interna dentro da Philips, criada naturalmente. Poucos sabem que quem sustentava toda a estrutura da gravadora para os baianos serem os caras eram os artistas da Polydor. A Philips gastava e tinha nome, amava os baianos, mas eles nunca venderam como Tim Maia. Vendiam coisa de 50 mil cópias", diz o produtor. Os desentendimentos com a indústria foram gerando mais problemas com o passar do tempo. Paulo Ricardo Botafogo conta que Cassiano recusava oportunidades de aparecer em programas de TV, dar entrevistas e ser fotografado. "Não sei se foi sacaneado, mas ele era um cara muito fácil de enganar. Era muito puro, quase uma criança", afirma. "Cassiano ganhava dinheiro e distribuía entre os músicos. E imagine o que ele passou. Preto, pobre e nordestino. Ele se achava feio. Chamavam ele de ‘Paraíba'", diz Paulo Ricardo Botafogo. Quando "Cuban Soul" foi lançado, depois das centenas de horas de gravações lembradas por Carlos Lemos, o cantor deixou a gravadora. Há na capa do disco um detalhe que, segundo Botafogo, Cassiano interpretou como uma indireta sutil contra ele —é um espaço entre as sílabas da primeira palavra do título do álbum, deixando um "cu" em destaque. Uma reportagem deste jornal de 2001 retratou a dificuldade de Cassiano para gravar. "Levamos para várias gravadoras, mas nenhuma teve interesse, até por ele estar há muito fora da mídia. Mas sua participação em ‘Movimento' prova que ele está a mil, numa fase criativa. Ele tem umas 150 músicas no baú", disse William Magalhães na época.  CD com músicas inéditas do músico Cassiano, morto em 2021 - Eduardo Anizelli/Folhapress "Movimento", o disco que marcou o retorno da Black Rio sob o comando do filho de Oberdan, traz composições, arranjos e a voz de Cassiano, como a faixa "Tomorrow". É uma das músicas que a dupla trabalhou em conjunto, incluindo uma gravação dela apenas com o paraibano cantando, além de duas canções já famosas de maneira informal entre fãs e amigos do artista, "Pérola" e "Maldito Celular". Feitas entre 1993 e 1995, foram gravadas como "demo" e nunca lançadas comercialmente. Magalhães já havia tocado teclado e piano com Cassiano alguns anos antes. Foi quando Ed Motta conseguiu convencer um italiano chamado Willy David a bancar um disco do cantor. "Falei que ele era um gênio, o Stevie Wonder brasileiro", diz. "George Benson era amigo desse David e ia participar do disco. Chegou até a ouvir algumas músicas." Eles gravaram as "demos" no estúdio de Guto Graça Mello, no Rio de Janeiro. As fitas em melhor qualidade dessas gravações, nunca lançadas, estariam com David, que nunca mais foi localizado depois de ter ido morar em Cuba. Nem mesmo por Christian Bernard, que o procurou exaustivamente nos últimos anos para seu documentário. Há, no entanto, cópias dessas faixas em qualidade pior com amigos do cantor. "São umas oito músicas inéditas, coisas que ele já tinha guardado por anos", diz Ed Motta. "Não era um disco pronto, mas tinha qualidade de disco." Na segunda metade da década de 1980, Cassiano passava por dificuldades financeiras até para conseguir o que comer. Tinha apenas um violão antigo, de estrutura quadrada, que o pai fez, ainda na Paraíba, e que a família guarda até hoje. Morava no Catete, no Rio de Janeiro, e costumava gravar em estúdios liberados por amigos nas horas vagas —caso da estrutura do músico e produtor Junior Mendes, na Barra da Tijuca.  Violão feito pelo pai do músico Cassiano, morto em 2021 - Eduardo Anizelli/Folhapress Cassiano viveu um breve renascimento artístico na virada dos anos 1980 para os 1990. Ele se casou com Cássia, aprendeu a tocar piano e fez um show lotado no Circo Voador, registrado em vídeo. Gravou também o álbum "Cedo ou Tarde", com um repertório de canções antigas, que saiu pela Sony em 1991 e tem participações de Djavan, Marisa Monte, Sandra de Sá e Luiz Melodia, entre outros. Esse álbum não vendeu tão bem, o que frustrou os planos de gravar material novo, mas, com o sucesso de "Coleção" na voz de Ivete Sangalo, há 30 anos, Cassiano conseguiu comprar um apartamento às margens da lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. Praticamente não fazia shows e sobrevivia dos direitos autorais que ganhava com suas composições. No início da década de 2000, William Magalhães chegou a viabilizar a gravação de um disco para Cassiano. Diretor da gravadora Regata, Bernardo Vilhena tinha US$ 140 mil para um álbum de Claudio Zoli, que acabou indo para outro selo. Com isso, decidiu redirecionar todo esse dinheiro ao paraibano. "Quando Cassiano soube disso, disse ‘US$ 140 mil é só a luva'", diz Magalhães. "Ele era muito orgulhoso, queria que as pessoas o tratassem à altura que ele se via. Seria o dinheiro para começar a produzir. A gente conseguiria fazer, mas ele recusou por causa dos traumas que tinha da indústria. Quando soube que o dinheiro era do Zoli, ainda se sentiu desmerecido, por ser um discípulo dele. Não tirando o direito dele, mas acho que ele viajou um pouco nesse trauma." Ao longo das últimas décadas, Magalhães diminuiu o contato com Cassiano, mas eles se reaproximaram no fim da vida do cantor. Falaram sobre fazer novos projetos, e o paraibano disse que o líder da Black Rio, que ele admirava por ser um grande músico negro, era uma das poucas pessoas com quem ele aceitaria trabalhar àquela altura. "O que eu posso dizer é que o Cassiano ainda vai dar muito pano para manga", afirma Magalhães. "O dia que a Cássia abrir esse baú dele, eu sou o primeiro da fila." Há muitas razões pelas quais Cassiano não conseguiu deixar uma obra mais volumosa, e elas não têm a ver com o respeito que ele tem até hoje no meio da música. Mas o ícone da soul music brasileira encarava essa devoção com ceticismo. "Mestre é o cacete. Não adianta falar isso. Me bota no estúdio", ele dizia, segundo Cássia, a viúva. "Era assim. Todo mundo pira nas ideias do cara, mas ninguém deixa ele gravar. O empresário André Midani chegou a declarar que as gravadoras devem um disco ao Cassiano", afirma ela. "Tudo bem, é ‘cult', é um nicho, mas é um nicho importante e não é tão pequeno assim." O último "não" que Cassiano ouviu de uma gravadora talvez tenha sido nos momentos posteriores à reunião de 2016 com Paulo Junqueiro. Depois de falar à reportagem, o presidente da Sony pediu para marcar uma nova entrevista, em que admitiu ter ouvido o material novo que o paraibano queria lançar e não quis apostar naquelas músicas. A Sony passava por um período complicado, ele diz. Tinha feito uma reestruturação em que perdeu muita gente de sua equipe. "Do que ouvi, não fiquei tão fascinado e, quando pensei em fazer discos inéditos do Cassiano àquela altura, disse ‘não consigo'. Não tinha estrutura financeira nem emocional." Posto isso, ele acrescenta que se arrepende profundamente. "Ajoelho no milho todos os dias. Tive uma oportunidade de ouro nas mãos, de registrar as últimas obras dele, e a perdi. Não tenho nem palavras para pedir desculpas à família, aos fãs e a mim mesmo. Não tenho como ser mais honesto do que estou sendo. Se gostei ou não, foda-se. Se vai vender para caralho ou não, foda-se." Junqueiro se põe à disposição da família para lançar o disco de 1978, diz que tinha seus motivos para fazer o que fez, mas errou. "Se alguém tivesse me contado essa história, eu ia falar ‘olha que filho da puta, não gravou as coisas do Cassiano'. Então, se eu teria essa visão sobre alguém, eu no mínimo tenho que ter essa visão sobre mim também." Hoje, Cassiano vive no imaginário por sua produção nos anos 1970 e pelos fragmentos que deixou espalhados em fitas e memórias. Dizia que fazer música era como o mar —"ondas que vêm e vão, mas nunca estão no mesmo lugar". Os fãs, por sua vez, aguardam uma movimentação das marés que traga para a superfície pelo menos algumas dessas pérolas submersas.
Aos 87, David Hockney, um dos artistas britânicos mais influentes dos séculos 20 e 21, continua ativo como nunca. Prova disso é a exposição “David Hockney, 25”, em cartaz na Fundação Louis Vuitton, em Paris, dedicada à sua produção dos últimos 25 anos. Patrícia Moribe, em ParisPela primeira vez no imponente prédio projetado por Frank Gehry, um artista ainda vivo ganha as honras da casa. As filas de entrada são longas, mas uma vez dentro do museu, os visitantes se espalham pelas onze salas em três andares, sem a sensação de acotovelamento diante das obras.São mais de 400 trabalhos expostos, geralmente de grandes proporções, entre pinturas, desenhos, fotografias, colagens, projeções e a sua paixão dos últimos anos – as pinturas feitas no telefone celular e tablet. “Não se trata de uma retrospectiva, embora apresentemos uma espécie de prelúdio com obras célebres, como a famosa pintura da piscina, A Bigger Splash” (1967), explica Magdalena Gemra, da equipe de curadoria da fundação, entrevistada por Muriel Maloouf, da RFI, referindo-se ao quadro da fase californiana de Hockney, com muita luminosidade e referências à água. Outra pérola dessa época, também na mostra, é “Retrato de um Artista”, de 1972, arrematado em leilão em 2018 por US$ 90 milhões, valor recorde na época para um quadro de um artista ainda em vida.Mas o foco da exposição em Paris, explica Gemra, foi especialmente para as obras dos últimos 25 anos, incluindo quatro anos passados na Normandia, isolado durante a Covid, quando Hockney mergulhou na paisagem local e nos retratos das pessoas próximas a ele.A exposição começa com um grande letreiro de neon na parede: Remember you cannot cancel spring (“Lembre-se de que não se pode cancelar a primavera”), uma frase que Hockney escreveu para um grupo de amigos durante a pandemia, em 2020. “É uma mensagem alegre e esperançosa que queremos transmitir com a exposição. Mesmo diante das tragédias que todos vivemos, a obra de David transmite uma alegria que permanece”, disse Magdalena Gemra.O irrequieto Hockney participou ativamente de todas as etapas da montagem da exposição, passando pelas cores das paredes, até o catálogo. A equipe da fundação o visitou várias vezes em seu ateliê em Londres e o artista veio a Paris três vezes, sempre acompanhado de familiares e amigos.Sempre rebeldeDavid Hockney nasceu em 9 de julho de 1937, em Bradford, Inglaterra. Estudou na Royal Academy of Arts e foi apontado como um dos pioneiros da arte pop na Grã-Bretanha. Mudou-se nos anos 1960 para Los Angeles, também com temporadas em Londres e Paris.Na virada do século, ele voltou seus olhos e paletas para a Yorkshire natal, retratando o que via e sentia com aquarelas e óleos.Hockney sempre explorou técnicas diferentes, das tintas, passando pela foto, até a imagem digital, na qual virou referência.Influência“Em 2010, eu vi na Fundação Pierre Bergé e Yves Saint Laurent, em Paris, seus primeiros desenhos feitos no iPhone e fiquei muito impressionado”, diz o artista visual Fernando Barata, radicado em Paris e que também trabalha com imagens digitais. “Enquanto muitos artistas pop usavam a tecnologia como comentário sobre a cultura de massa e reprodução, mecânica, Hockney a incorporou em seu processo criativo. Para ele, um iPad não é apenas uma referência cultural, mas um suporte legítimo, um novo meio expressivo que merece a mesma seriedade da pintura tradicional”, apontou o artista. “Foi uma verdadeira alavanca para meus primeiros trabalhos digitais em iPad. A difusão instantânea das obras digitais criou um novo paradigma que desafia o modelo tradicional de galerias, marchands e leilões. Essa democratização dos meios de distribuição transformou a relação entre artistas e público, permitindo conexões diretas sem os intermediários tradicionais de sistema artístico”, diz Fernando Barata.A exposição também traz as paisagens grandiosas da natureza americana e muitos retratos, principalmente de amigos e pessoas próximas, como o companheiro e braço-direito Jean-Pierre Gonçalves de Lima. O rebelde Hockney chegou a recusar uma condecoração e uma encomenda para pintar o retrato da rainha Elizabeth II.Na última sala, imersiva, suas criações para óperas passeiam pelas paredes. Os visitantes podem ficar onde quiserem, mas os locais mais disputados são as almofadas espalhadas pelo chão.Homossexual assumido e fumante inveterado, sempre com roupas coloridas e um sorriso no rosto, Hockney não para de se reinventar."David Hockney 25" fica em cartaz na Fundação Louis Vuitton, em Paris, até 31 de agosto de 2025.
El maestro es un retrato en claroscuro donde Toíbín explora el costo emocional del genio. Entre biografía y ficción, la novela revela cómo James convirtió su vida en material narrativo y su corazón en "una casa de ficción" con habitaciones prohibidas. Como dice el narrador: "El verdadero drama no ocurrió en sus libros, sino en todo lo que dejó fuera."AVISO LEGAL: Los cuentos, poemas, fragmentos de novelas, ensayos y todo contenido literario que aparece en Crónicas Lunares di Sun podrían estar protegidos por derecho de autor (copyright). Si por alguna razón los propietarios no están conformes con el uso de ellos por favor escribirnos al correo electrónico cronicaslunares.sun@hotmail.com y nos encargaremos de borrarlo inmediatamente. Si te gusta lo que escuchas y deseas apoyarnos puedes dejar tu donación en PayPal, ahí nos encuentras como @IrvingSun https://paypal.me/IrvingSun?country.x=MX&locale.x=es_XC Síguenos en: Telegram: Crónicas Lunares di Sun Crónicas Lunares di Sun - YouTube https://t.me/joinchat/QFjDxu9fqR8uf3eR https://www.facebook.com/cronicalunar/?modal=admin_todo_tour Crónicas Lunares (@cronicaslunares.sun) • Fotos y videos de Instagram https://twitter.com/isun_g1 https://www.google.com/podcasts?feed=aHR0cHM6Ly9hbmNob3IuZm0vcy9lODVmOWY0L3BvZGNhc3QvcnNz https://open.spotify.com/show/4x2gFdKw3FeoaAORteQomp https://mx.ivoox.com/es/s_p2_759303_1.html https://tunein.com/user/gnivrinavi/favorites
En esta ocasión, la memoria histórica nos llevará a conocer una de las figuras más oscuras de la represión franquista en el exilio: Pedro Urraca Rendueles, policía enviado por el régimen de Franco a Francia en 1939 para perseguir a los republicanos refugiados.
In studio questa sera il sassofonista, compositore, professore al Conservatorio, Daniele Comoglio (detto anche 'Com molho' all'interno della comunità brasiliana a Milano), che ci racconta in anteprima il suo terzo album - Paradeiro - in uscita il 24 aprile. Disco autorale registrato per metà a New York, con straordinari musicisti brasiliani che di base stanno negli USA e con alcuni dei quali (Helio Alves - piano/Gili Lopes - contrabasso/Rafael Barata - batteria) martedì 29 aprile alle 21, si presenterà al Teatro Borgo in via Verga, a Milano e il 30 a Chiaravalle (AN). Insieme alla sua compagna brasiliana, Julye Jacomel (fotografa, videomaker), sono venuti a trovarmi e Daniele ci ha parlato della genesi dell'album, dell'interesse per la musica brasiliana e per il jazz. In apertura abbiamo omaggiato Cristina Buarque, discreta ma appassionatissima sambista di Rio de Janeiro, ricercatrice di perle dimenticate del genere, oltre a promotrice delle più notevole rodas de samba cariocas, nonché sorella del nostro Chico, scomparsa l'ultimo 20 aprile. Playlist: Sigla: Av. Brasil (M. Lima/Antonio Cicero), Marina Lima, Todas, 1985 Sottosigla: E' preciso dar um jeito, meu amigo (Roberto e Erasmo Carlos), Erasmo Carlos, Carlos, Erasmo, 1971 poi 1. Quantas lágrimas (Manacéia), Cristina Buarque, 1974 2. Molecada, Daniele Comoglio, Paradeiro, 2025 3. Julye, idem 4. Retrato em branco e preto (Jobim/Buarque), idem 4. Paradeiro, idem
En El Rincón de Lectura hoy ojeamos Los Doce de José María Zavala y descubrimos el lado oculto y desconocido de los doce apóstoles.
En entrevista con Pamela Cerdeira, para MVS Noticias, Heidi Putscher Basave, abogada y autora de “El Roedor: Andrés Roemer, Retrato de un Depredador, contó por qué la Corte Suprema de Israel abre la puerta para extraditar a México a Andrés Roemer.See omnystudio.com/listener for privacy information.
PRESENTACIÓN LIBROS 00:02:05 Asesinatos en familia (Nina Simon) 00:03:35 Los orígenes del totalitarismo (Hannah Arendt) 00:05:40 El cuerpo de Cristo (Bea Lema) 00:07:25 Oposición (Sara Mesa) 00:09:15 Un futuro prometedor (Pierre Lemaitre) 00:11:55 Mayores con reparos. Contrapaso #2 (Teresa Valero) 00:14:15 Zapatos nuevos y sopa de almendras (Begoña Oro) 00:16:00 Afterschool Dice Club #6 (Hiro Nakamichi) 00:18:10 Agatha Raisin y las brujas desdichadas (M.C. Beaton) 00:21:40 Aprendiz del villano (Hannah Nicole Maehrer) PELÍCULAS 00:24:40 Retrato de una mujer en llamas 00:26:50 Zero dark Thirty 00:31:00 Los últimos románticos 00:31:15 Larger than life: el legado de las Boybands 00:36:15 I’m still here 00:38:10 Novocaine 00:40:40 Vaiana 2 00:42:30 Tierra de nadie 00:45:15 Holland 00:46:45 Deberes: Deadpool y Wolverine SERIES 00:48:00 El juicio de Karen Read 00:50:50 Receta para un asesinato 00:53:15 Majestad (T1) 00:55:35 Manual para señoritas (T1) 00:57:35 Severance (T2) 01:00:00 Mythic Quest (T4) 01:02:10 A dos metros bajo tierra (T1-T5) 01:06:25 Love is blind USA (T8) 01:11:40 Deberes: Evil (T1-T4) 01:14:00 DESPEDIDA En este programa suenan: Radical Opinion (Archers) / Siesta (Jahzzar) / Place on Fire (Creo) / I saw you on TV (Jahzzar) /Bicycle Waltz (Goobye Kumiko)
“Nada se improvisa ni nace de la nada. El éxito como medida del logro, progreso y eficiencia se ha convertido en la palabra clave del modelo económico-productivo desde el que se autolegitima el sistema capitalista desde hace 200 años. Mientras tanto y en continuo, incesante y obligado crecimiento de los indicadores macroeconómicos, los individuos quedan rendidos al albur de una sociedad sonámbula que los moldea a su imagen y semejanza hasta poder convertirlos en seres erráticos y, en muchos casos,“fracasados”… Hoy hacemos un acercamiento al Éxito. Retrato de una sociedad sonámbula (Ed. Parámo) , un ensayo de nuestro invitado Ángel Olaz, escritor y profesor de sociología. Sumamos a la reflexión al economista y también escritor Ignacio SÁinz de Medrano para , juntos, conextualizar uno de los conceptos clave para entender nuestra sociedad contemporánea.Con Don Victor y Duque de Champagne y con la ayuda de la IA nos preguntaremos qué elementos tiene que tener un cómic para ser un éxitoEscuchar audio
Noticias Virgas ✨Prohiben entrada al santuario del Ghost of TsushimaElon Mods! bardea a Ubisoft y Ubisoft lo boludea peorEl nuevo DLC del Lies of P explota de nuevo contenidoRevelan el cast de Avengers: DoomsdayAnuncian Marvel: Cosmic InvasionRescatan Coyote vs. AcmeTrailer de El EternautaLas pelis/series que vimos
O filme Les Habitants estreou esta segunda-feira, 24 de Março, no festival documentário Cinéma du Réel, em Paris. A realizadora Maureen Fazendeiro filma a cidade onde cresceu, Périgny, na região parisiense, onde a instalação de um acampamento de ciganos gera xenofobia e divisões. Através das cartas que recebe da sua mãe, a realizadora retrata o dia-a-dia desta cidade e a solidariedade de alguns habitantes. Maureen Fazendeiro faz um filme sobre "a negação do mal-estar, da pobreza — tudo aquilo que a sociedade não consegue integrar, acolher e acaba por marginalizar". RFI: O filme Les Habitants estreou no Festival de Documentário Cinema du Réel, em Paris. O que a motivou a fazer um filme sobre Périgny-sur-Yerres e sobre a comunidade cigana?Maureen Fazendeiro: Eu vivo em Portugal há dez anos e vejo França ao longe. A minha mãe nunca me escreve cartas, mas quando apareceu uma comunidade de pessoas ciganas na cidade onde ela vive, sentiu a necessidade de me contar o que se estava a passar. A primeira carta foi enviada de maneira completamente espontânea, pedi-lhe para continuar a escrever sempre que fosse visitar o acampamento, porque senti que havia algo a acontecer naquela cidade que, ao mesmo tempo, era muito específico. Era a história da minha mãe, mas também uma história muito comum em França, nos arredores das grandes cidades: famílias que se instalam, constroem bairros de lata e, poucos meses depois, são expulsas, vivendo neste ciclo desde a entrada da Roménia na União Europeia, sem que haja nenhuma transformação, nenhuma reacção ao nível da sociedade, como se fosse algo aceite — que as coisas acontecem assim.Como se fosse normal.Sim, como se fosse normal. E foi isso que quis retratar no filme. Ou seja, a minha mãe conta, nas cartas, o que aconteceu durante os meses em que essas pessoas estavam a viver naquela cidade. Nós vemos o dia-a-dia, a banalidade do quotidiano, tal e qual como é. E a verdade é que o que aconteceu nessa cidade acontece em todas as outras. São 3.000 habitantes e há apenas dez pessoas que vão ver se precisam de mantas, de comida, de alguma coisa. Eu quis retratar esses gestos. Não gosto de falar de doença, mas, para mim, havia um sintoma da sociedade francesa. Ou seja, o filme não é só sobre a comunidade cigana que não é bem recebida, é sobre a maneira como olhamos para os outros, como recebemos aqueles que têm um modo de vida diferente. Acho que o racismo está muito presente na sociedade francesa, e foi isso que quis retratar no filme.É também um filme sobre não olhar para o outro?Sim, é um filme sobre não querer ver os outros. A minha mãe explica, nas cartas, que quase toda a gente naquela cidade queria que eles fossem expulsos, usando palavras muito duras para com essas comunidades. Mas ninguém foi lá ver. Eles estavam escondidos atrás de uma zona de bosque, e ninguém se preocupou em perceber realmente quem eram. Porque acho que, a partir do momento em que fossem ver, perceberiam que são pessoas que vivem numa situação difícil. Eu quis fazer um filme sobre a negação do mal-estar, da pobreza — tudo aquilo que a nossa sociedade não consegue integrar, acolher e acaba por marginalizar.O seu filme Les Habitants procura retratar o dia-a-dia desta comunidade sem a mostrar. Essa comunidade é invisível. O que vemos, durante pouco mais de 40 minutos, é o dia-a-dia da sua mãe, Valérie, que tem um olhar curioso e se aproxima dessa comunidade. Em que momento, na troca de correspondências com a sua mãe, percebeu que havia um filme para fazer?Acho que logo na primeira carta percebi que não sabia se havia um filme, mas havia algo a explorar. Quando lhe pedi para continuar a escrever, ainda não sabia se conseguiria fazer um filme ou que tipo de filme seria, mas queria perceber melhor. As cartas que ela me escreveu tinham descrições muito concretas dos lugares e de tudo o que ela estava a viver. Ela ia buscar roupa suja ao acampamento para lavar em casa e devolvê-la depois. Ia todas as semanas tratar da roupa das pessoas. Achei que as descrições eram tão detalhadas que, através delas, eu já conseguia visualizar tudo. Por isso, percebi que não precisava de filmar o acampamento, mas sim outra coisa: o resto da cidade que decidiu não ver essa comunidade e a forma como essas pessoas vivem. A estrutura do filme só começou a ganhar forma para mim depois de tudo ter terminado — depois de parar de receber cartas, depois da expulsão. Foi então que comecei a filmar e a procurar uma outra maneira de olhar para aquela paisagem.As imagens do filme são muito bonitas. São imagens da natureza, do renascer, da construção. Como é que as escolheu?Procurei explorar a cidade como se fosse um lugar que não conhecia. Aprendi coisas que nem sequer sabia. Por exemplo, que, nos anos 70, a cidade teve uma produção de flores muito importante, exportando rosas para Paris. Isso explica por que havia tantas estufas abandonadas onde as pessoas ciganas montaram o acampamento. Também descobri que as ruas daquela cidade têm nomes de flores. Compreendi melhor a história: campos transformados em estufas para produzir flores lindas, depois abandonadas durante uma crise económica, quando a produção foi deslocada para a Índia e para outros países. O único espaço abandonado que ainda estava de pé foi precisamente onde os ciganos tentaram instalar-se. Há algo de irónico nisso. A rua que ladeava o acampamento chamava-se "Allee de l'Europe" (Rua da Europa), e era exactamente ali que os romenos, não aceites, tentaram viver.Esse acampamento acabou por ser desmantelado em 2018. Acompanhou a história da chegada desta comunidade cigana ao acampamento e ao seu desmantelamento. Chegou a filmar o acampamento, mas não o mostra no filme. Porquê?Sim, fui ao acampamento, conversei com eles, ajudei a minha mãe a ajudar. Mas não achei que mostrar a história de uma relação individual tornaria o filme mais impactante. Eu não acho que o cinema mude a realidade, por isso quis fazer um filme mais seco e talvez mais duro. O final do filme é muito duro, porque percebemos que este é um ciclo sem fim. As cartas terminam porque as pessoas se vão embora, e o filme quase tenta procurá-las, mas elas já não estão lá. Esse fim deixa-me sempre zangada, porque reflecte o ciclo infernal que estas pessoas vivem.O seu filme propõe uma reflexão ao público. Como espera que ele reaja?Espero que o filme seja um espaço para o espectador pensar sobre o seu papel na sociedade. Não quero impor uma opinião, mas sim proporcionar um espaço de reflexão.De que forma é que a sua história pessoal, o facto de ter crescido nesta cidade, influenciou a forma como aborda o tema da habitação e da integração?Bom, eu tenho uma relação complexa com essa cidade porque não foi o melhor lugar para ser adolescente. É muito estranho como essas cidades são construídas sem nenhum lugar para as pessoas estarem juntas. Acho que isso também tem a ver com esse afastamento e essa impossibilidade de se relacionar com os outros. O individualismo é um modelo que domina essa cidade, até na sua construção e na maneira como as pessoas não estão juntas, porque nem sequer há um lugar para estarem juntas.Apesar de tudo, tentei filmar todos os lugares onde as pessoas estavam, mas são muito poucos – uma cascata, uma ponte. Mas não existem cafés, não existem padarias, não há uma vida social local ou, se há, é muito fraca. Nunca pensei que ia filmar esta cidade antes de isso acontecer e, quando aconteceu, achei que tinha que o fazer.Porque é uma cidade também de imigração, não é?É uma cidade de imigração. Todos os arredores de Paris são, não é? Espanhóis, portugueses, italianos que chegaram nos anos 60 e 70 ficaram mais perto de Paris. Depois, com o tempo, segunda e terceira gerações foram-se afastando de Paris e ocupando estas zonas mais suburbanas com casas.Eu questionei um bocadinho o lugar da minha família nesta cidade e o lugar das famílias romenas. A minha mãe escrevia-me: "Eles são como nós". Ela estava a perceber que eles poderiam ser como o meu avô, que chegou ao final dos anos 60 a França. Ou seja, havia um paralelo entre a minha história familiar e o que estava a acontecer agora. Só que, entretanto, os portugueses já se integraram na sociedade e agora estava a ver outra comunidade que ainda não tinha lugar na sociedade francesa.Acha que o facto de termos uma família imigrante nos leva a ter um olhar mais atento em relação às novas comunidades imigrantes?Infelizmente, acho que não. É uma coisa muito triste, mas vejo esse medo. Acho que o filme também fala disso, não é? Do medo do outro. Parece quase que há um receio de que esses recém-chegados ocupem o lugar que nós conquistámos.Essa cidade tem resultados eleitorais em que a extrema-direita é sempre muito forte. Apesar de serem cidades com franceses – são franceses –, quase toda a gente vem de outras origens, tem uma história de imigração. Para mim, é espantoso como esquecemos o nosso percurso, o percurso da nossa família, e como, para defender aquilo que conquistámos, fazemos quase o contrário do que deveríamos fazer ao pensar na nossa história.Les Habitants estreou na segunda-feira aqui no Festival do Réel. O seu filme está em competição. Como é que foi apresentá-lo pela primeira vez ao público? Sim, foi uma noite bonita. Foi importante porque a minha mãe estava na sala. Ela escreveu-me cartas, assim como outras mulheres que foram visitar o acampamento, e elas também estavam presentes. A equipa também estava lá. Foi uma noite bonita. Acho que o filme foi bem recebido.De que forma acompanha e assiste, mesmo à distância, uma vez que vive em Portugal, aos sucessivos cortes orçamentais deste governo? O Orçamento do Estado para a Cultura deste ano teve um corte de 50 milhões de euros. Isto é grave?É grave. Muito grave, e é sempre uma grande preocupação. Vivo há dez anos em Portugal e nós olhamos sempre para França quase como um modelo.É grave porque não é um bom augúrio para os outros países. Ou seja, quando começa assim em França, o risco é que o resto também siga esse caminho. Acho que nem é só sobre França – podemos falar da Europa.Muitos festivais de cinema, por exemplo, são um espaço muito importante para apresentar filmes fora do circuito comercial. Há muitas regiões que têm cortado orçamento e, no próximo ano, muitos festivais não sabem se vão conseguir continuar a funcionar e a existir. Isso é muito grave porque um festival de cinema ou todas as outras formas de arte são maneiras de nos juntarmos, de trocarmos ideias e de estarmos juntos numa sala de cinema.E isso é muito importante. Quanto mais deixamos de estar juntos e de pensar juntos, mais ficamos isolados – e quanto mais ficamos isolados, mais a extrema-direita cresce.
Es uno de los grandes pintores de la historia que comenzó como aprendiz en Sevilla y llegó a pintor de cámara del Rey. El sevillano Diego de Silva y Velázquez protagoniza “Retrato de una corte”, la novela histórica que firma Clara Mendivil y que nos lleva a una época de grandes cambios, la primera mitad del siglo XVII, los años del ascenso al poder del conde-duque de Olivares en la corte de Felipe IV. Protagonistas reales para conocer de forma sencilla y atractiva la trastienda de los grandes hechos históricos.Otro escenario distinto, el contemporáneo, es el que explora Belén Rivas en su opera prima “Debí conformarme contigo”, una novela con protagonistas femeninas que se abren a descubrir el mundo y sus posibilidades.
Hablamos con Clara Mendívil, escritora y coach de escritura, sobre su última novela, "Retrato de una corte". En una corte repleta de escándalos, un joven de Sevilla obsesionado con la luz consigue convertirse no solo en pintor de cámara, sino en el artista más importante de la Historia de España. ¿Cómo llega Velázquez a ser el pintor del rey?
Marcelo quer garantias de governabilidade, mas as eleições podem ser um berbicacho. Tudo em aberto para as legislativas e também para as regionais da Madeira. Miguel Albuquerque até pode vencer e não conseguir governar.
La muerte es un tema del que nunca se quiere hablar, tratamos de vivir dándole la espalda a lo inevitable, pero ¿cuál era la relación con la muerte hace cinco siglos?, ¿ha cambiado mucho en el último siglo? Para descubrirlo, escucharemos a unos protagonistas que han trascendido a la muerte, los de las obras «Retrato de Giovanna degli Albizzi Tornabuoni» de Domenico Ghirlandaio (siglo XV) y «En memoria de Ceccino Brasi» de David Hockney (siglo XX), que nos ayudan a entender cómo se convivía con la muerte en el tiempo en el que fueron retratados. Junto a ellos, contaremos con María Eugenia Alonso, conservadora de pintura antigua del Museo Nacional Thyssen Bornemisza y con la colaboración del filósofo Alejandro G. J. Peña, autor del ensayo ‘El arte de vivir la muerte'.
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Hace tiempo que nos lo pedíais. Lo veíamos en los mensajes de Telegram, en los comentarios de nuestros podcasts y hasta en los correos que nos enviáis. “El podcast está genial, pero me encantaría veros en acción.”Y lo entendemos. Porque aunque en nuestros episodios soltamos auténticas barbaridades de información, hay cosas que es mejor ver que imaginar.Así que nos liamos la manta a la cabeza y hoy os presentamos las masterclass en vídeo de Sin Filtro. Sí, sí, lo que lees. Ahora también nos podéis ver trabajando en sesiones reales, explicando cada técnica, cada decisión y, sobre todo, cada estrategia de negocio que nos ha permitido vivir de la fotografía. ¿Qué encontrarás en estas masterclass? Nos conocemos. Sabemos que no quieres tutoriales genéricos ni clases teóricas de relleno. Para eso ya está YouTube. Nuestras masterclass son prácticas y al grano, con material real de nuestras sesiones. · Te mostramos cómo trabajamos con clientes de verdad, sin postureo. · Aprenderás técnicas de iluminación, dirección y composición en directo. · Descubrirás cómo estructuramos cada sesión para rentabilizarla al máximo. · Te enseñaremos estrategias de preventa y postventa para multiplicar tu facturación. Porque aquí no solo se trata de hacer buenas fotos. Se trata de hacer negocio con ellas.
El baterista Duduka da Fonseca firma 'Rio fantasia' con el pianista David Feldman y el contrabajista Guto Wirtti y piezas como 'Navegar', 'Minha', de Francis Hime, 'Retrato en branco e preto', de Jobim y Chico Buarque -con la voz de Maúcha Adnet- o 'Eu e a brisa' de Johnny Alf. 'Undiú', por la canción mantra de João Gilberto, es el título del nuevo disco del cantante y guitarrista Luiz Murá, que contiene grabaciones de 'Corcovado', 'Flor de maracujá' y 'Segredo'. También Meno del Picchia con 'Retina', 'Nunca vi nevar' y 'Sombra e luz', de su disco 'Maré cheia', y Nyron Higor, del disco con su nombre, y 'São só palavras' y 'Estou pensando em você'. Despide el pianista Sullivan Fortner en trío con el bolero 'Tres palabras'.Escuchar audio
Jalisco enfrenta una crisis humanitaria profunda: miles de familias buscan a sus seres queridos desaparecidos, enfrentando un camino de incertidumbre, dolor y lucha. La desaparición de personas no es solo una cifra en los informes, sino una realidad que transforma vidas, deja hogares vacíos y obliga a madres, padres, hermanos e hijos a convertirse en incansables buscadores. Ante la crisis de personas desaparecidas que afecta al estado de Jalisco Radio universidad de Guadalajara produce el podcast “Historias de la ausencia, Un retrato sonoro de quienes nos faltan” Porque detrás de cada nombre hay una vida, sueños truncos y un amor que se niega a olvidar. Con gran respeto a su trabajo periodístico te presentamos en este podcast de El Expresso de las 10 al equipo que realiza “Historias en la ausencia”: la Periodista Fátima Aguilar, Premio Jalisco de Periodismo, Víctor Magaña, Director de la Red Radio Universidad de Guadalajara quien dirige este proyecto y nuestro reconocimiento al trabajo de guión de Gaby Bautista y Juan Almeida en la producción de este podcast. Escúchalo en https://open.spotify.com/show/05bKn1QRfxy292Z0gGPtnW
Luis Rendueles y Manu Marlasca dedican el programa a uno de los últimos asesinos en serie más conocidos en España: David Soler, alias El Tuvi.
Luis Rendueles y Manu Marlasca dedican el programa a uno de los últimos asesinos en serie más conocidos en España: David Soler, alias El Tuvi.
Luis Herrero entrevista a José María Zavala, periodista, escritor y autor del libro.
En entrevista para MVS Noticias con Luis Cárdenas, la experta en comunicación no verbal, Patrycia Centeno, analizó el mensaje detrás del retrato oficial de la primera dama de Estados Unidos, Melania Trump.See omnystudio.com/listener for privacy information.
La Casa Blanca difundió el retrato oficial de la primera dama, Melania Trump. Dos expertas en imagen analizan la fotografía.
Kate y José conversan con Macarena Ríos Llaneza, investigadora del Centro de Investigaciones Diego Barros Arana de la Biblioteca Nacional de Chile, sobre un dibujo de las manos de José Toribio Medina y el retrato de su esposa, Mercedes Ibáñez, realizado por Courtois de Bonnencontre en 1927.
En este episodio conversamos con la arquitecta y fotógrafa Marisol Cid González sobre su profesión y su trabajo retratando personas en la CDMX. Así como una hoja en el viento, estas son ideas transmitidas a la memoria. #CultivamosMemorias Síguenos en nuestras redes sociales Libreta Negra Mx TW: https://twitter.com/LibretaNegraMx FB: https://www.facebook.com/LibretaNegraMx/ IG: https://www.instagram.com/libretanegramx/ Apóyanos para continuar la labor de difusión y divulgación cultural. Paypal: https://www.paypal.com/donate/?hosted_button_id=NCGTRH8N57XFE Ko-Fi: https://ko-fi.com/libretanegramx Patreon: https://patreon.com/LibretaNegraMx?utm_medium=clipboard_copy&utm_source=copyLink&utm_campaign=creatorshare_creator&utm_content=join_link #LaHojaSuelta #Podcast #Cultura
Los retratos del presidente electo y de su vicepresidente "son impactantes", según afirmó su equipo de prensa.
En este episodio de Quizá Hablemos de Ti, Gil Barrera y equipo analizan la obra Migrantes de Salowmir Mrozek, presentada por el Grupo Teatral Emergente en el Foro Shakespeare. Descubre cómo esta pieza, que combina humor negro y una potente reflexión social, logra conmover y cuestionar la realidad de los migrantes en cualquier parte del mundo. Además, te contamos por qué esta experiencia teatral es imperdible y cómo dos actuaciones magistrales han conquistado al público mexicano. ¡Acompáñanos y reflexionemos juntos sobre esta obra que toca fibras profundas!
Há cerca de 400 mil imigrantes brasileiros em Portugal que contribuíram, nos primeiros nove meses do ano passado, com quase mil milhões de euros para a Segurança Social. Na última década, a comunidade brasileira mudou muito e é bastante mais qualificada em relação a vagas anteriores que procuraram Portugal à procura de trabalho. Para perceber melhor quem são eles e elas, conversamos com a cientista política Ana Paula Costa que é também presidente da Casa do Brasil em Lisboa.See omnystudio.com/listener for privacy information.
El 5 de abril de 1998 el genio de la bossa nova se presentó en el teatro del Sesc Vila Mariana en São Paulo. Dos horas de música publicadas el año pasado en el disco 'João Gilberto ao vivo no Sesc 1998': 'Violão amigo', 'Isto aquí o que é', 'Vivo sonhando', 'Nova ilusão', 'Isaura', 'Curare', 'Doralice', 'Rosa Morena', 'Aos pés da cruz', 'Louco', 'Pra que discutir com madame', 'Corcovado', 'Retrato em branco e presto', 'Rei sem coroa', 'Preconceito', 'Saudade da Bahia' y 'O pato'.Escuchar audio
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Jaques Morelenbaum con el Cello Samba Trio, que forma con el guitarrista Lula Galvão y el baterista Rafael Barata, tocando 'Tim tim por tim tim', 'Coração vagabundo' y 'Maracatuesday'; acompañando con su arreglo a Caetano Veloso en 'So in love' y, en directo en el estudio de Radio 3, en solitario, con 'Retrato em branco e preto' y 'Modinha' de Jobim. Su hija Dora, componente de Bala Desejo, canta 'Não vou te esquecer', 'Venha comigo', 'Essa confusão', 'Caco' y 'VW blue' en su disco 'Pique'. Y la madre de Dora, Paula Morelenbaum, acaba también de publicar un disco, 'Jobim canção', que firma con el guitarrista Arthur Nestrovski para canciones como 'Caminhos cruzados', 'Você vai ver', 'Wave' o 'Piano na Mangueira'.Escuchar audio
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Un grupo de intelectuales, bajo la dirección letrada de José Antonio Martín Pallín, magistrado emérito del Tribunal Supremo, han presentado una querella ante la Sala Segunda del Supremo contra Juan Carlos I de Borbón por la presunta comisión de cinco delitos contra la Hacienda Pública.
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Desde hace menos de una semana están colgadas en el Banco de España las famosísimas fotos de los reyes hechas por Annie Leibovitz. Ya se han analizado, ya se han criticado y hoy queremos que nuestro Artesano, Pablo Ortiz de Zárate, nos explique cuál es el secreto para que un retrato real se quede grabado en nuestra mente.
Virginia Riezu, Marina Lobo y Antonio Castelo repasan la actualidad política de la semana. Además, Ricardo Sanz, pintor y retratista, nos cuenta cómo es pintar a miembros de la Casa Real. Y Sonia Mangas, creadora de contenido, nos cuenta cómo ha evolucionado la televisión.CRÉDITOS:Guion: Pere AznarProducción: Toni CuartDirige: Javier del PinoRealización técnica: Carlos Higueras
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En 'Cuenta con Bob', hemos hablado sobre el Congreso del PSOE donde se aprobó eliminar las siglas 'Q+' de LGTBI, además de resolver las consultas de los oyentes. En 'La Dupla', Galder Reguera y Rafa Cabeleira nos han hablado de fútbol y religión. Nuestro 'Artesano', Pablo Ortiz de Zárate, nos ha contado cuáles son los secretos de un buen retrato real. Los desmontadores de 'Mitos 2.0', Pepe Rubio y Sergio Castro, se han traído a la psicóloga Olga Merino para hablar de lo estresante que es el mes de diciembre.
Miguel Herdade trabalha em inovação social, gestão de organizações sem fins lucrativos, e implementação de políticas públicas, com especial interesse por desigualdades, educação e integração social. Radicado em Londres há vários anos, fundou e dirigiu organizações sem fins lucrativos em Portugal e no Reino Unido. No RU, foi Director Associado no Ambition Institute e “governador” de uma escola primária. Em Portugal, foi co-fundador e Director na Orquestra Sem Fronteiras, co-fundador e Diretor Executivo da Academia do Johnson e foi assistente na Nova SBE. É membro (independente) do Grupo de Reflexão Sobre o Futuro de Portugal junto do Presidente da República e cronista na revista SÁBADO. -> Apoie este podcast e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45grauspodcast.com -> Deixe o seu email aqui para ser informado(a) do próximo Curso de Pensamento Crítico [a anunciar em breve]. _______________ Índice: (0:00) Introdução (3:58) Retrato dos portugueses a nível de escolaridade. | Expulsão dos Jesuítas pelo Marquês de Pombal. (20:17) A proeza de Portugal ter conseguido aumentar, ao mesmo tempo, a quantidade e qualidade do ensino. (28:03) Evolução dos rankings PISA: problema da falta de professores e impacto da Pandemia (34:28) Quando Portugal é capaz de ter boas políticas públicas — e como aprender com isso | Somos o país do Mundo em que menos crianças passam fome na escola (dados: OECD, PISA 2022 Database, Tables I.B1.4.46) e dos que têm refeições com maior qualidade nutricional (fonte: O'Connell, R. and Brannen, J. 2021. Families and Food in Hard Times: European comparative research. London: UCL) (41:25) Quem são os heróis não celebrados desta revolução no ensino? | Números do ensino profissional (45:48) O lado bom dos exames -- e como exigência é boa para as crianças mais pobres | Cultura de desrespeito pelos dados entre os decisores políticos (53:43) O lado mau dos exames | cognitive load theory | Lei de Goodhart (1:04:51) A importância subvalorizada do ensino Pré-escolar | Curva de Heckman | Impacto da pobreza equivalente a QI | Polémica nos Açores: filhos de desempregados discriminados no acesso às creches gratuitas | Dados OCDE. em Portugal, cash benefits vão sobretudo para quem ganha mais (tabela 6.12) | Porque o Reino Unido decidiu aumentar propinas e criar bolsas generosas (1:16:19) Porque é que as mães são mais importantes do que os pais para os resultados escolares dos filhos? | Estudo do convidado sobre a pandemia (em co-autoria) (1:17:42) O problema do crescente fosso nas notas entre rapazes e raparigas | John Locke e a educação das raparigas | Problemas identitários | Desigualdade | Livro: The Spirit Level: Why More Equal Societies Almost Always Do Better, de Richard G. Wilkinson e Kate Pickett (1:28:08) Ensino pre-escolar | Ras Chetty - estudo sobre amigos no Facebook (1:38:22) Como dar mais condições aos professores? Livros recomendados: Hillbilly Elegy, de J.D. Vance | Regresso a Reims, de Didier Eribon | Trilogia de Copenhaga, de Tove Ditlevsen | Submissão, de Michel Houellebecq ______________ Esta conversa foi editada por: Hugo Oliveira
Conversamos con el gran chelista y arreglista brasileño sobre sus trabajos con Antonio Carlos Jobim, Caetano Veloso o Ryuichi Sakamoto. Toca en directo en el estudio 'Retrato em branco e preto' y 'Modinha' de Jobim. Escuchar audio
Estão proibidas as postagens de fotos de jumento no grupo de WhatsApp. Retrato de cachorro é permitido se o bicho não for feio. Essas são regras, o que se pode fazer? Mergulhado no mundo de mais um agrupamento de pessoas pelo celular, o senhor perde o peixe, que estava imerso em óleo, e contabiliza a perda financeira. O WhatsApp gera prejuízo! O que se pode fazer? E, em outro coletivo de indivíduos, todos utilizados como testemunha, um pacto é firmado: R$ 10.000 ou presentes misteriosos? Fica a seu critério! Vote no "THIS IS BRAZIL" na categoria "Humor" do Prêmio Melhores Podcasts do Brasil: https://www.premiompb.com.br PIX: contato@thisisbrazil.com.br Telegram: https://t.me/thisisbraziloficial Apoie! https://apoia.se/thisisbrazil
Como cualquier otra ciudad, Tijuana tiene su folklore y sus leyendas escalofriantes. Una de esas historias es la leyenda de La Faraona, la bailarina que ronda los terrenos de lo que solía ser el viejo Resort y Casino Agua Caliente, ahora la preparatoria Lázaro Cárdenas. Hablamos con Fernando Escobedo (https://www.facebook.com/joferes29?rdid=hobyJJtDjsRPc8DR&share_url=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fshare%2F5KZxza5JKGR8fSVS%2F), historiador de Tijuana que ha investigado la vida de Esperanza López Padilla, la mujer detrás de la Faraona. También escuchamos a Ursula Mansur (https://www.instagram.com/ursulamansur_actriz/), una actriz de Tijuana que ha dedicado gran parte de su trayectoria profesional a interpretar a La Faraona. No te quieres perder este episodio donde desmitificamos esta leyenda tan emblemática de la ciudad de Tijuana. Agradecimiento especial al Prof. José de Jesús Barajas, propietario del bungalow 21 y curador del museo de La Faraona. Si estás interesado en visitar el museo y hacer un tour, por favor contacta a Ursula a través de este enlace (https://www.facebook.com/people/Tours-Tijuana-Agua-Caliente/100054570634146/?mibextid=ZbWKwL). Sor Abeja's Leyendas de Tijuana video de la historia por Tijuana en el Tiempo (https://issuu.com/franciscoruiz81/docs/leyendas_de_tijuana) Arte de portada: Retrato de Ursula Mansur como La Faraona por Carlos Varela Redes sociales y contacto De KPBS, Port of Entry cuenta historias que cruzan fronteras. Para escuchar más historias visita www.portofentrypod.org Facebook: www.facebook.com/portofentrypodcast Instagram: www.instagram.com/portofentrypod Puedes apoyar nuestro podcast en www.kpbs.org/donate, escribe en la sección de regalos (gift section) “Port of Entry” y como agradecimiento podrás recibir un regalo. Si tu empresa u organización sin fines de lucro desea patrocinar nuestro podcast, envía un correo a corporatesupport@kpbs.org Nos encantaría recibir tu retroalimentación, envíanos un mensaje al 619-500-3197 o un correo a podcasts@kpbs.org con tus comentarios y/o preguntas sobre nuestro podcast. Créditos Hosts: Alan Lilienthal y Natalie González Escritor/Productor: Julio C. Ortiz Franco Productor Técnico/Diseñador Sonoro: Adrian Villalobos Productora Técnica: Rebecca Chacon Editora: Elma Gonzalez Lima Brandao y Melissa Sandoval Episodios traducidos por: Natalie González, Julio C. Ortíz Franco y Melissa Sandoval Directora de Programación de Audio y Operaciones: Lisa Morrisette This program is made possible, in part, by the Corporation for Public Broadcasting, a private corporation funded by the American people
Adalberto Costa Júnior pode aprender com Venâncio Mondlane? Em Angola, as opiniões dividem-se. Escritor Ungulani Ba Ka Khosa encara artigo de José Agualusa como um "insulto aos moçambicanos". Retrato estereotipado de África cria visão monolítica do continente, defende ONG.
O Narrativas é um programa que aborda os principais temas da atualidade sobre o aspecto do fato, das narrativas da direita e da esquerda e da opinião da colunista Madeleine Lacsko. O programa vai ao ar de segunda a sexta às 17h. Leia a coluna de Madeleine Lacsko no Antagonista. Apoie o jornalismo Vigilante: 10% de desconto para audiência do Narrativas https://bit.ly/narrativasoa Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp. Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais. https://whatsapp.com/channel/0029Va2S... Ouça O Antagonista | Crusoé quando quiser nos principais aplicativos de podcast. Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br
Confirman que una obra conservada en un museo en Argentina pertenece al reconocido pintor veneciano del siglo XVI, Jacopo Comin, conocido como Tintoretto. Los análisis químicos e históricos ratificaron la autenticidad del ‘Retrato de Melchior Michael'. Escucha esta y otras noticias positivas.
Andrés Amorós nos trae la recomendación literaria de la semana, esta vez con Retrato de Jennie, de Robert Nathan.