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Recolhimento espiritual - junho 2025
Recolhimento espiritual I - junho 2025
“O entusiasmo que Jesus despertou entre os seus seguidores e a confiança infundida pelo contacto imediato com Ele conservaram-se vivos na comunidade cristã e constituíram a atmosfera em que viviam os primeiros cristãos: [...] Jesus Cristo tem a seu favor o testemunho de uma história quase bimilenária. O cristianismo produziu frutos bons e magníficos. Penetrou no interior dos corações, apesar de todas as oposições externas e de todas as resistências ocultas. O cristianismo mudou o mundo e converteu-se na salvaguarda de todos os valores nobres e sagrados. O cristianismo passou com o maior êxito pela prova da sua persistência, a que Gamaliel se referiu certo dia (At 5, 28). Não é, portanto, obra dos homens, já que, se fosse assim, ter-se-ia desmoronado e extinguido há muito tempo” (cfr. Sagrada Bíblia, Epístolas católicas, EUNSA, Pamplona, 1988, pág. 116-117).
“A adoração é reconhecer que Jesus é o meu Senhor, que Jesus mostra o caminho que devo seguir, me faz compreender que só vivo bem se conheço o caminho indicado por Ele, se somente sigo o caminho que Ele me mostra. Deste modo adorar é dizer: ‘Jesus, eu sou teu e te sigo na minha vida; não gostaria jamais de perder esta amizade, esta comunhão contigo'. Também poderia dizer que a adoração é, na sua essência, um abraço a Jesus, dizendo-Lhe: ‘sou teu e te peço que Você também sempre esteja comigo'” (Benedicto XVI, Encuentro de catequesis con los niños de primera Comunión, 15-X-2005).
Cada dia um pouco mais - como se se tratasse de talhar uma pedra ou uma madeira -, é preciso ir limando asperezas, tirando defeitos da nossa vida pessoal, com espírito de penitência, com pequenas mortificações [...]. Depois, Jesus Cristo vai completando o que falta (São Josemaria, "Forja", n. 403).
Não é espírito de penitência o daquele que faz uns dias grandes sacrifícios, e deixa de mortificar-se nos dias seguintes. Tem espírito de penitência quem sabe vencer-se todos os dias, oferecendo ao Senhor, sem espetáculo, mil coisas pequenas. Esse é o amor sacrificado, que espera Deus de nós (São Josemaria, Carta, 24/03/30, n. 15).
O decisivo para os primeiros tempos do cristianismo não foi propriamente o ímpeto de São Pedro, a simplicidade de Natanael, a maturidade de Tiago ou a jovialidade de São João, isso sim, mas sobretudo a união entre eles e a união de cada um com Deus.
Cristãos de boa vontade, que não se decidem a esforçar-se por melhorar, por vencer erros, pecados e defeitos e por adquirir virtudes; cristãos que sempre ficam na gangorra do cai-levanta e volta-a-cair, e que não conseguirão livrar-se dessa perigosa ambiguidade enquanto não tiverem a coragem (ou a sinceridade) de se afastar das pessoas ou circunstâncias que os levam a claudicar, e a ser abocanhados pela cobra da preguiça, da desordem, do mau humor, da maledicência, do rancor, do ódio, da sensualidade sempre à espreita, da tentação de trocar o dever familiar por uma sonolência de cascavel saciada perante a TV… Não pode haver vida cristã sem luta (São Josemaria).
“No mais, irmãos, aprendestes de nós a maneira como deveis proceder para agradar a Deus - e já o fazeis. Rogamo-vos, pois, e vos exortamos no Senhor Jesus a que progridais sempre mais.“Pois conheceis que preceitos vos demos da parte do Senhor Jesus.“Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação; que eviteis a impureza; que cada um de vós saiba possuir o seu corpo santa e honestamente, sem se deixar levar pelas paixões desregradas, como os pagãos que não conhecem a Deus; e que ninguém, nesta matéria, oprima nem defraude a seu irmão, porque o Senhor faz justiça de todas estas coisas, como já antes vo-lo temos dito e asseverado.“Pois Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade.“Por conseguinte, desprezar estes preceitos é desprezar não a um homem, mas a Deus, que nos deu o seu Espírito Santo” (1 Tes 4, 1-8).
Jesus Vive, (...) “está em ti, está contigo e jamais te deixa. Por mais que te possas afastar, junto de ti está o Ressuscitado, que te chama e espera por ti para recomeçar. Quando te sentires envelhecido pela tristeza, os rancores, os medos, as dúvidas ou os fracassos, Jesus estará a teu lado para te devolver a força e a esperança” (Papa Francisco, “Exortação apostólica Christus vivit”, 2).
Dizendo o seu “sim” - quando Maria aceita e diz ao anjo: “Sim, que se faça a vontade do Senhor” e aceita ser mãe de Jesus - é como se Maria dissesse a Deus: “Eis-me, sou uma tábua onde escrever: que o Escritor escreva o que quiser, que o Senhor de tudo faça de mim o que quiser” (Cf. Orígenes, Comentário ao Evangelho de Lucas, framm. 18 (GCS 49, p. 227)).
A uma simples imagem da Virgem do Pilar confiava eu naqueles anos a minha oração, para que o Senhor me concedesse entender o que a minha alma já pressentia. Domina!, ut sit! – dizia-lhe com termos latinos, não precisamente clássicos, mas embelezados pelo carinho - que seja de mim o que Deus quer que seja (São Josemaria).
O Senhor pede tudo e, em troca, oferece a vida verdadeira, a felicidade para a qual fomos criados (Papa Francisco).
XV, rezava a Deus em uma ocasião: “Concedei-me, Senhor, uma boa digestão, e também algo para digerir. Concede-me a saúde do corpo, com o bom humor necessário para a manter. Concede-me, Senhor, uma alma santa que saiba aproveitar o que é bom e puro, para que não se assuste com o pecado, mas encontre um meio de o corrigir. Dai-me uma alma que não conheça o tédio, a murmuração, o suspiro e o lamento, e não permitais que sofra excessivamente por causa desse ser prepotente que se chama ‘eu'. Dai-me, Senhor, um sentido de humor. Concede-me a graça de compreender as piadas, para que eu conheça um pouco de alegria na vida e seja capaz de a comunicar aos outros” (São Tomás More).
Senhor, eu me proponho lutar e sei que Tu não perdes batalhas; e compreendo que, se algumas vezes as perco, é por ter me afastado de Ti! Leva-me pela mão, e não te fies de mim, não me largues! (São Josemaria).
“Para responder a este convite, devemos preparar-nos para este momento tão grande e santo. São Paulo exorta a um exame de consciência: «Quem comer o pão ou beber do cálice do Senhor indignamente será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, cada qual a si mesmo e então coma desse pão e beba deste cálice; pois quem come e bebe, sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe a própria condenação» (1Cor 11, 27-29). Aquele que tiver consciência dum pecado grave deve receber o sacramento da Reconciliação antes de se aproximar da Comunhão” (Catecismo da Igreja Católica , n. 1385).
Quem é laborioso aproveita o tempo, que não é apenas ouro; é glória a Deus! Faz o que deve e está no que faz, não por rotina nem para ocupar as horas, mas como fruto de uma reflexão atenta e ponderada. Por isso é diligente. O uso normal dessa palavra - diligente - já nos evoca a sua origem latina. Diligente vem do verbo diligo, que significa amar, apreciar, escolher alguma coisa depois de uma atenção esmerada e cuidadosa. Não é diligente quem se precipita, mas quem trabalha com amor, primorosamente (São Josemaria, "Amigos de Deus", n. 81).
E se nos entregarmos Ele se entrega a nós (São Josemaria, "Amigos de Deus", n. 22).
“Durante o domingo e os outros dias de festa de preceito, os fiéis se absterão de se entregar aos trabalhos ou atividades que impedem o culto devido a Deus, a alegria própria do dia do Senhor, a prática das obras de misericórdia e o descanso conveniente do espírito e do corpo. “As necessidades familiares ou uma grande utilidade social são motivos legítimos para dispensa do preceito do repouso dominical. Os fiéis cuidarão para que dispensas legítimas não acabem introduzindo hábitos prejudiciais à religião, à vida familiar e à saúde” (Catecismo da Igreja Católica, n. 2185).
O amor tem necessariamente as suas manifestações características. Às vezes, fala-se do amor como se fosse um impulso para a satisfação própria, ou um simples recurso para completarmos em moldes egoístas a nossa personalidade. E não é assim: amor verdadeiro é sair de si mesmo, entregar-se. O amor traz consigo a alegria, mas é uma alegria com as raízes em forma de cruz. Enquanto estivermos na terra e não tivermos chegado à plenitude da vida futura, não pode haver amor verdadeiro sem a experiência do sacrifício, da dor (São Josemaria, "É Cristo que Passa", n. 43).
Deus revelou-Se ao seu povo Israel, dando-lhe a conhecer o seu nome. O nome exprime a essência, a identidade da pessoa e o sentido da sua vida. Deus tem um nome. Não é uma força anônima. Dizer o seu nome é dar-Se a conhecer aos outros; é, de certo modo, entregar-Se a Si próprio, tornando-Se acessível, capaz de ser conhecido mais intimamente e de ser invocado pessoalmente (Catecismo da Igreja Católica, n. 203).
Este é o sentido da Lei divina: uma manifestação a mais do amor de Deus, que indica as margens fora das quais o caminho se perde, torna-se um precipício. Cristo funda uma religião de amor e de felicidade, não de regras e procedimentos rígidos (“Amar con obras: a Dios y a los hombres”, Fernando Ocáriz).
Que te entregues, que te dês! Mas diz a Jesus: tenho experiência da soberba! Senhor, faz-me humilde! E Ele responderá: para ser humilde é necessário tratar-Me, e assim me conhecerás e te conhecerás. Faz essas Normas que Eu, através do teu Fundador, te entreguei. Faz essas Normas. Seja fiel à tua vida interior, seja alma de oração, seja alma de sacrifício. E, apesar de tudo, dificuldades não faltam, eu te farei feliz (São Josemaria).
A alma humilde não julga nem critica os outros. Não julgueis, e não sereis julgados (Mt 7, 1), diz o Senhor. Como se atreverá a enfrentar esse juízo a alma que sente verdadeiramente o peso das suas misérias? Pelo contrário, recordando-se da promessa do Senhor – bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia (Mt 5, 7) –, não admitirá "um mau pensamento acerca de ninguém, mesmo que as palavras ou obras do interessado deem motivo para assim julgar razoavelmente" (São Josemaria, "Caminho", n. 442).
“Na vida em geral, dizemos às vezes de um doente que a sua doença ‘não tem remédio', e dá-se por impossível a sua cura. Na vida espiritual, não acontece o mesmo: Jesus é o Médico que nunca dá por irrecuperáveis os que adoeceram da alma. Nem o homem mais endurecido no pecado é jamais abandonado pelo Mestre; também para esse, Jesus Cristo tem um remédio que cura. Em cada homem, Ele sabe ver a capacidade de conversão que existe sempre na alma. A sua paciência e o seu amor nunca dão ninguém por perdido. Podemos nós dar alguém por perdido? E se, por desgraça, nós mesmos nos encontramos alguma vez nessa triste situação, podemos desconfiar de quem disse de Si próprio que veio buscar e salvar o que estava perdido?” (Falar com Deus IV, p. 138,2).
“Nestes tempos de esoterismo e de pessimismo da inteligência, o Papa (João Paulo II) se lançou como um valente defensor da razão. “Expressou confiança na possibilidade que possui o entendimento humano de conhecer a verdade. E apresentou a fé como uma luz, não como um limite: a fé cristã ilumina a inteligência em seu esforço por compreender a realidade. “De alguma forma, a fé protege a razão da superstição e do medo, ao mesmo tempo que convida a reconhecer a existência do mistério. A fé ajuda a razão a aperceber os seus limites, mas também a recuperar a confiança na grandeza de suas possibilidades” (D. Javier, “Nuestro Tiempo”, junho 2005, p. 34, em uma entrevista a Cesare Cavalleri).
"Cristo vive em mim" é uma novidade estupenda para a qual as analogias como a presença de um espírito profético em um homem são inúteis: aqui se trata de um homem, Cristo, que vive em outro homem, o que crê, de certa forma de maneira tão real que a vida do que crê é atribuída a Cristo e não ao próprio crente.
Tendes que pôr em vossas ocupações empenho, afã de melhorar, iniciativa, visão de conjunto, espírito de serviço, cuidado dos detalhes, competência profissional (D. Álvaro del Portillo).
“Vós sois o sal da terra. Se o sal perde o sabor, com que lhe será restituído o sabor? Para nada mais serve senão para ser lançado fora e calcado pelos homens. “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa. “Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus” (Mt 5,13-16).
O silêncio afasta-nos da superficialidade e abre “um espaço interior no nosso íntimo, para ali fazer habitar Deus, para que a sua Palavra permaneça em nós, a fim de que o amor por Ele se arraigue na nossa mente e no nosso coração, e anime a nossa vida” (Bento XVI, Audiência, 7/03/2012).
Dentro da Missa, imediatamente depois da Comunhão. Toda a obra feminina! Não posso dizer o que vi, mas sim que intelectualmente, com detalhe (depois eu acrescentei outras coisas, ao desenvolver a visão intelectual), captei o que seria a Seção Feminina do Opus Dei. Agradeci e ao mesmo tempo fui falar com o meu confessor, Padre Sanchez. Ele me escutou e me disse que isto era tão de Deus como o resto (São Josemaria).
“Por volta dos anos trinta, à mente e aos lábios do nosso Padre vinham com insistência umas palavras da Sagrada Escritura: Dei perfecta sunt opera (‘perfeita é a sua obra') (Deut 32, 4). Um dia pensou: por que estou dizendo isto tantas vezes? Não era lógico, não tinha por que guardá-las na memória. E uma luz de Deus o iluminou. Compreendeu que essas palavras se referiam às suas filhas: faltavam as mulheres no Opus Dei para que fosse uma obra perfeita, e isto não podia acontecer: as obras de Deus são perfeitas” (D. Álvaro, 14/02/90). São Josemaria “via nessa coincidência (14 de fevereiro de 30 e 43) uma manifestação da unidade essencial entre os diversos componentes do Povo de Deus que integram a Obra” (D. Javier, Carta, 2009).
Se amamos o Senhor sentiremos a necessidade imperiosa de dar-lhe a conhecer: para isso, ordinariamente, não é tão necessária a audácia. Comunicar o amor a Deus a outras pessoas é o normal, o lógico. Não fazer apostolado, por outro lado, supõe covardia (D. Álvaro del Portillo).
Cada dia um pouco mais - como se se tratasse de talhar uma pedra ou uma madeira -, é preciso ir limando asperezas, tirando defeitos da nossa vida pessoal, com espírito de penitência, com pequenas mortificações [...]. Depois, Jesus Cristo vai completando o que falta (São Josemaria, "Forja", n. 403).
Se não for um encontro pessoal com Deus, a vida interior não existe (São Josemaria, "É Cristo que Passa", n. 174).
A relativa e pobre felicidade do egoísta, que se encerra na sua torre de marfim, na sua própria carcaça, não é difícil de conseguir neste mundo. - Mas a felicidade do egoísta não é duradoura. Será que queres perder, por essa caricatura do Céu, a felicidade da Glória, que não terá fim? (São Josemaria, "Caminho", n. 29).
“Terminaram os anos de fundação da Obra, nos quais nosso Padre pôde ir perfilando, esculpindo nosso espírito, nosso ar de família, porque estava revestido de umas graças específica de Deus – graças fundacionais –, que nenhum dos seus sucessores possuirá jamais. “Obterão graças abundantes, por outro lado, para conservar e defender o espírito da Obra, e para transmiti-lo integramente aos demais; só para isso” (D. Álvaro).
Maria, Mestra de oração. - Olha como pede a seu Filho em Caná. E como insiste, sem desanimar, com perseverança. - E como consegue. Aprende (São Josemaria, "Caminho", n. 502).
- Deus é meu Pai! - Se meditares nisto, não sairás dessa consoladora consideração. - Jesus é meu Amigo íntimo! (outra descoberta), que me ama com toda a divina loucura do seu Coração. - O Espírito Santo é meu Consolador!, que me guia nos passos de todo o meu caminho. Pensa bem nisso. - Tu és de Deus..., e Deus é teu (São Josemaria, "Forja", n. 2).
Tu tiveste notícia daquilo que o Senhor te propunha e decidiste acompanhá-lo pelo caminho. Tu procuras pisar onde Ele pisou, vestir-te com as vestes de Cristo, ser o próprio Cristo. Pois então a tua fé - fé nessa luz que o Senhor te vai dando - deverá ser operativa e sacrificada. Não te iludas, não penses em descobrir formas novas. É assim a fé que Ele nos reclama: temos de andar ao seu ritmo, com obras cheias de generosidade, arrancando e soltando tudo o que é estorvo (São Josemaria, "Amigos de Deus", n. 198).
Tens que ser uma brasa acesa, que leve fogo a toda a parte. E, onde o ambiente for incapaz de arder, tens que aumentar a sua temperatura espiritual. - Senão, estás perdendo o tempo miseravelmente, e fazendo-o perder aos que te rodeiam (São Josemaria, "Sulco", n. 194).
Que importante é aprender a meditar sobre a própria vida com os olhos do Senhor! Falando com Ele desperta em nós a paixão pela verdade, pelo contato com ela; se perde o medo de conhecer o que somos realmente, sem evasões da imaginação ou deformações da soberba.
De uma maneira gráfica e em tom de brincadeira eu vos fiz notar como se pode ficar com impressões diferentes de um mesmo fenômeno, conforme o observemos com carinho ou sem ele. E vos dizia — perdoai-me, porque é muito gráfico — que, do menino que anda com o dedo no nariz, as visitas comentam: que sujo!; ao passo que a mãe diz: será pesquisador! Filhas e filhos meus, compreendeis bem o que quero dizer: temos que desculpar. Não manifesteis repugnância por ninharias espirituais ou materiais, que não têm demasiada categoria. Olhai para os vossos irmãos com amor e chegareis à conclusão — cheia de caridade — de que todos somos pesquisadores! (São Josemaria, Carta, 29-IX-1957, n. 35).
“Perdoar não muda o passado, não pode modificar o que já aconteceu; no entanto, o perdão pode-nos permitir mudar o futuro e viver de forma diferente, sem rancor, ódio e vingança. O futuro iluminado pelo perdão permite ler o passado com olhos diversos, mais serenos, mesmo que ainda banhados de lágrimas” (Papa Francisco, Spes non confundit, n. 23).
Aos olhos humanos, aquela noite em Belém poderia dar motivos para a desesperança. Jesus nasceu cercado de solidão, pobreza e frio; sem honras e sem comodidades: acolhido apenas pelo cuidado amoroso de Maria e José, e pela saudação de alguns pastores. No entanto, Deus quis entrar assim na história humana. E é no meio dessa fragilidade que se esconde a promessa de um futuro esperançoso. O nascimento de Jesus transforma a escuridão em luz, oferece-nos companhia e consolo e nos indica onde está a verdadeira riqueza (Prelado do Opus Dei, 16/12/24).
“Cristo não nos deslumbra com o seu brilho; não usa as técnicas do marketing. É bem certo que uma carícia sua seria suficiente para derreter a nossa incredulidade, e um toque do seu amor o bastante para nos magnetizar. Mas Ele não quer diminuir a nossa liberdade. “Por isso, no começo, apenas se insinua suavemente - Se conhecesses o dom de Deus... -, e só no fim, ao ritmo da nossa correspondência, é que nos entrega a plenitude do seu Amor em forma de alegria transbordante” (“A alegria de viver”, Rafael Llano, pp. 9-17).
Na arte de subir, o importante não é cair, mas não permanecer no chão (lema do soldado alpino italiano).
O encontro e o acolhimento de todos, a solidariedade e a fraternidade são os elementos que tornam a nossa civilização verdadeiramente humana (Papa Francisco, JMJ 2013, Homilia para a Missa com os sacerdotes na Catedral).
Nosso Senhor que está continuamente sussurrando no nosso ouvido... “Eu até te servirei, porque vim para servir e não para ser servido. “Eu sou amigo, membro e cabeça, irmão e irmã, e mãe; sou tudo e só quero chegar à intimidade contigo. “Eu, pobre por ti, mendigo por ti, crucificado por ti, sepultado por ti; no céu intercedo por ti diante de Deus Pai; e na terra sou seu legado (representante) diante de ti. “Tu és tudo para mim, irmão e coerdeiro, amigo e membro. Que mais queres?” (São João Crisóstomo, Homilias sobre São Mateus, 76).